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Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3392.3975

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plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

"A alma resiste muito mais facilmente às mais vivas dores do que à tristeza prolongada." (Jean Jacques Rousseau)

Redação:

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Erik Farina Gilmar Bitencourt Júlio Sortica Departamento Financeiro:

Da Redação

Rosana Mandrácio Departamento Comercial:

Por Melina Gonçalves. >>>> Pág. 05

Débora Moreira e Magda Fernandes

Plast Vip

Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777)

Denise Dybas Dias, do Simpep. >>>> Pág. 06

Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual -

Especial

Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração

Embalagens: consumo interno aquece setor. >>>> Pág. 10

petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil,

Destaque

formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos,

Extrusoras, uma nova ordem no mercado. >>>> Pág. 20

fóruns, exposições e imprensa em geral.

Energia

Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul.

Empresas querem redução de custos. >>>> Pág. 26

É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que

Foco no Verde

citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

As ações ambientais do setor. >>>> Pág. 30

Expansão

Filiada à

FCC investe em nova unidade . >>>> Pág. 32

ANATEC

Balanço

PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

Reciclagem e indústria química. >>>> Pág. 35

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas,

Bloco de Notas

Dirigidas e Especializadas

Novidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 38

06 404 >> Plástico Plástico Sul Sul > Novembro > Novembro de 2010 de >> 2010 >

Anunciantes + Agenda Fique por dentro. >>>> Pág. 42

Capa: divulgação


ARQUIVO/PS

Da Redação

Com emoção

Q

uando se aproxima o final de ano e as festas, paramos um pouco para refletir sobre o que foi feito afinal dos 12 meses anteriores. Vivemos com ou sem emoção os nossos dias no trabalho e na vida pessoal? Pelo que retratamos nesta edição da Plástico Sul, pode-se dizer que os 365 dias de 2010 serão concluídos com intensidade. Vivemos este setor plástico com muita emoção: as turbulências arrepiaram os cabelos de uns, branquearam os de outros, aceleraram os corações e desgastaram as rotinas. Importação talvez tenha sido a palavra mais citada em nossas reportagens. Importação de resinas, importação de máquinas, importação de moldes, importação de embalagens, importação de calçados, importação de tudo. Mas também ouvimos bastante a palavra competitividade. E o termo sustentabilidade então? O aquecimento do mercado interno também causou muita emoção nos transformadores plásticos: consumo alto e produção a todo o vapor. Mas dentro desta parte

boa, temos duas ramificações a melhorar, ramificações estas que também fizeram muitos empresários suar a camisa. Uma foi o déficit na balança comercial de transformados como no caso das embalagens flexíveis. Não fosse o aquecimento do consumo dos brasileiros, o sufoco seria grande já que exportamos pouco e importamos muito plástico. Outro ponto foi a perda de rentabilidade. Margens apertadas castigaram os transformadores, mesmo com alta demanda, como confirma a presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná, Denise Dybas Dias. E o que dizer da planta de polietileno verde da Braskem? Um salto do Brasil no que diz respeito à fontes renováveis. A sustentabilidade é a cara do nosso país: verde, muito verde. E mais: consolidação da petroquímica, eleições, Interplast e Feira K’2010. E para 2011, viveremos com ou sem emoção? Se nos pautarmos pelas tendências das próximas páginas, apertem os cintos: a velocidade será máxima.

MELINA GONÇALVES / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br <<<< << Novembro Novembro de de 2010 2010 << Plástico PlásticoSulSul<<05 5


PLAST VIP Denise Dybas Dias

A presidente do SIMPEP, Denise Dybas Dias, abre as portas do estado: faz um balanço de 2010, apresenta os obstáculos, fala sobre as conquistas e revela o que espera de 2011.

O

Paraná é um dos estados de maior destaque no setor de transformação de plásticos nacional. Com cerca de 950 empresas, a região tem suas atividades predominantemente voltadas à área de extrusão de filmes, embora segmentos como não-tecidos e injeção cresçam a passo largos. Na liderança da indústria de transformação paranaense está Denise Denise Dias. A paixão pelo plástico herdada de seu pai, Mário Dybas, a fez seguir o mes6> > Plástico PlásticoSul Sul>> Novembro Novembro de 2010 de 2010 >> >>>>

mo caminho de liderança e pró atividade. Desta forma, Denise dirige há cinco anos a Dyplast, empresa fabricante de filmes de polietileno, sacarias e sacos para lixo e também preside paralelamente o Sindicato da Indústria de Material Plástico no estado do Paraná (SIMPEP). Em entrevista concedida a Revista Plástico Sul, Denise mostra toda a sua experiência de 20 anos de mercado. A presidente fala sobre obstáculos como guerra fiscal entre estados, falta de mão-de-obra, medidas anti-dumping para determinadas resinas, o aumento da demanda, falta de rentabilidade, e revela o que espera da nova configuração petroquímica que formou-se nos últimos anos. Revista Plástico Sul - Primeiramente, um breve histórico seu? Denise Dybas Dias - Minha formação acadêmica é Ciências Econômicas, traba-

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A Voz do plástico paranaense

Por Melina Gonçalves

lho na Dyplast Indústria e Comércio de Plásticos há 20 anos. Meu pai (Mario Dybas )foi o fundador da empresa em conjunto com dois irmãos, e nestes últimos 5 anos, após o seu falecimento, assumi a direção da empresa. Plástico Sul - Como surgiu a oportunidade de presidir o SIMPEP? Denise Dias - Meu pai era apaixonado pelo setor e era um dos diretores do sindicato, herdei também essa paixão e continuei seu trabalho no SIMPEP como di-


retora. Não tinha como projeto ser presidente, então na ultima eleição fui indicada por toda a diretoria para assumir a presidência. A vontade de trabalhar pelo setor e dar continuidade no trabalho do meu pai e de outros diretores, que tornaram o SIMPEP um sindicato forte e atuante, me fez aceitar o convite.

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Plástico Sul - Qual o perfil do transformador paranaense? Denise Dias - O Paraná tem uma diversidade muito grande de indústrias de trans-

Plástico Sul - Quais são os principais obstáculos dos empresários? Denise Dias - No momento sentimos todas as dificuldades que a esfera federal apresenta e que todos os transformadores brasileiros estão no contexto. Nosso estado não foi competitivo, até o momento, na guerra fiscal e na guerra de incentivos, fazendo com que o crescimento das indústrias do Paraná não tenha alcançado números satisfatórios e possíveis sem esses entraves. Agora estamos muito otimistas com a mu-

“Nosso estado não foi competitivo, até o momento, na guerra fiscal e na guerra de incentivos, fazendo com que o crescimento das indústrias do Paraná não tenha alcançado números satisfatórios e possíveis sem esses entraves.” O segmento de extrusão de filmes é predominante nas empresas paranaenses de plásticos

setor investiram muito em equipamentos novos, aproveitando as condições especiais de financiamento. A oferta de equipamentos usados aumentou significativamente e a concorrência aumentou em proporção. Algumas vezes, o transformador é obrigado a vender sem nenhum ganho para poder honrar os seus compromissos.

formação. Se observarmos pelo número de empresas, podemos afirmar que a extrusão de filmes ainda é predominante. Mas se observarmos por volumes transformados, outros segmentos também se destacam como Não-Tecido e injeção. O Estado possui cerca de 950 empresas transformadoras, que empregam aproximadamente 24.000 pessoas de forma direta. Já o SIMPEP tem 132 empresas associadas. Plástico Sul - Como avalia o setor de transformação de plásticos no Estado? Denise Dias - O Paraná está entre os cinco Estados que se destacam na transformação de plásticos. Nosso parque está atualizado quanto à tecnologia e foram feitos muitos investimentos recentemente. Além disso, possuímos várias empresas que se destacam no mercado brasileiro e mundial.

dança no Governo do Paraná, que certamente trará uma política de desenvolvimento e crescimento das indústrias do Estado como prioridade. Plástico Sul - O aumento do consumo da população foi sentido pelos transformadores da região em 2010, principalmente nos bens não-duráveis? Denise Dias - Certamente em 2010 nenhum transformador pode se queixar de falta de demanda. Mas pode talvez se lamentar pela falta de rentabilidade em suas vendas. O aumento da renda da população refletiu diretamente no consumo de nossos produtos. Absorvemos muitas altas de preços das resinas e não foi possível fazer o repasse adequado. Muitos transformadores trabalham com contratos de fornecimento e tivemos que lidar com uma concorrência mais acirrada. As empresas do

Plástico Sul - Como avalia a situação das sacolas plásticas? Denise Dias - Acho que toda polêmica e discussão com a finalidade de encontrar uma solução viável é importante. Na questão das sacolas, nenhuma sentença definitiva foi dada, mas todas as entidades nacionais e estaduais estão trabalhando para que ocorra uma normatização para a fabricação e o uso das sacolas. Salientando que o que o mais importante é a destinação correta para a reciclagem.

Plástico Sul - A polêmica afetou diretamente os negócios dos fabricantes das sacolas? Denise Dias - Os fabricantes de sacolas naturalmente estão preocupados com a situação, mas todos estão com suas plantas funcionando e a demanda está alta. Até o momento o segmento não foi afetado de forma significativa. A imagem do setor como um todo não foi abalada, porque a maioria das pessoas não associa que outros produtos tão importantes e usados>>>> <<<< << Novembro Novembrodede202010 10 <<Plástico Plástico Sul Sul < 7


PLAST VIP Denise Dybas Dias no seu dia-dia também são feitos de plástico. Plástico Sul - O que é possível ser feito ainda? Denise Dias - Conversar sobre o assunto, debater, esclarecer e desmistificar que as sacolas ou garrafas PET são bandidas e tem pernas para irem sozinhas poluir o meio ambiente. Devemos investir na educação e cultura das pessoas para que evitem desperdícios, tenham a cultura do reaproveitamento: separem seus lixos e os destinem corretamente. Plástico Sul - Toda essa polêmica não gerou novas oportunidades, como o aumento de consumo de sacos de lixo? Denise Dias - Houve um aumento no consumo de sacos de lixo, mas não podemos afirmar que isto ocorreu pela diminuição do uso de sacolas, acredito que apenas acompanhou o aumento da demanda de todos os produtos. Mas certamente um produto é a outra ponta da balança do outro. Plástico Sul - Como driblar os preços altos? A importação de resinas é uma solução? Denise Dias - Em alguns momentos, enquanto o preço internacional estiver competitivo e a taxa de câmbio favorável, a saída é a importação. Mas como o mercado internacional está muito volátil, não devemos ter só a importação como alternativa. As empresas brasileiras estão enxugando seus custos, revendo estratégias, agregando valor em seus produtos, enfim usando de toda a criatividade que nós brasileiros temos como característica para poder continuar no mercado. Plástico Sul - Como avalia fatores como impostos, juros, cambio e mão-de-obra em 2010? Denise Dias - Um dos maiores obstáculos que enfrentamos em 2010, retirando os problemas da alta carga tributária e questões econômicas, foi a escassez de mão de obra qualificada e como novidade a falta de mão-de-obra sem qualificação. As indústrias de transformação sempre formaram seus profissionais dentro de suas fábricas, quando não os tinham disponíveis no mercado. Mas este ano, outros setores tiveram um crescimento muito forte e absorveram toda a mão8> >Plástico PlásticoSul Sul>> Novembro Novembro de 2010 de 2010 >> >>>>

de-obra disponível. A construção civil foi uma das que mais absorveu os trabalhadores, muitas vezes inflacionando as remunerações, as quais não podemos competir na busca de trabalhadores, pois a realidade econômica do setor de transformação não é compatível. Plástico Sul - Qual sua opinião sobre a nova configuração da indústria petroquímica? Denise Dias - A minha opinião é de consenso com todos os transformadores e entidades do Setor. Está feito! Só esperamos que haja uma política para o fortalecimento do Setor como um todo, e que não haja apenas o fortalecimento de um lado da cadeia. Esperamos que a política de preço seja revista e adequada a nova realidade da economia do Brasil, da realidade de país auto suficiente na produção do petróleo. Plástico Sul - O setor de transformação também deveria passar por uma reestruturação através de fusões e aquisições para tornar-se competitivo internacionalmente? Denise Dias - Estamos na expectativa para ver as mudanças após a efetivação da fusão das petroquímicas. O mercado deve clarear após este fato, principalmente na questão da definição de qual mercado as Distribuidoras de resinas irão atuar e quais a Braskem atenderá. A partir disto, acredito que possam ocorrer fusões e aquisições. Quanto a competitividade internacional do nosso setor, isto depende muito mais de políticas de comércio exterior do que uma reestruturação. Recentemente, a segunda geração do setor conseguiu o direito antidumping definitivo sobre as importações de algumas resinas, e deverá conseguir o mesmo fato sobre as outras. Os transformadores do final da cadeia serão prejudicados e o sentimento é de revolta. Mas como isto foi obtido de forma legal e transparente, não nos resta outra alternativa a não ser driblar mais esta pedra em nossa luta diária. Teremos que agir da mesma forma, pleitear pela proteção do nosso mercado interno, freando a entrada de produtos acabados do mercado internacional no Brasil.

“Os fabricantes de sacolas naturalmente estão preocupados com a situação, mas todos estão com suas plantas funcionando e a demanda está alta.” Plástico Sul - Quais são as perspectivas do sindicato para 2011 tanto em relação ao desempenho do setor no estado, quanto no Brasil? Denise Dias - As indústrias de transformação, com a realidade da economia brasileira atual, apresentam um substantivo potencial de crescimento para os próximos anos. Além de possuirmos um amplo mercado, constituído por praticamente todos os segmentos industriais, construção civil e bens de consumo, aliados ao aumento do poder aquisitivo da população, temos outro fator primordial, o petróleo, que está cada vez mais disponível no Brasil. Já possuímos auto-suficiência em petróleo e em breve seremos um grande exportador. O que ainda nos falta para validar esse potencial crescimento do nosso setor são alguns gargalos que precisam ser solucionados. Principalmente na questão dos preços das resinas termoplásticas, que ainda têm seus preços baseados no mercado dos EUA e da Europa, os quais vêm perdendo sua competitividade para a Ásia, Leste Europeu e Oriente Médio. Esperamos agora, que com a fusão de nossos fornecedores, uma adequação da política de preços, vindo melhorar a nossa competitividade no mercado internacional, tendo em vista a nossa realidade de país produtor de petróleo. Além dos preços de nossas matérias-primas, precisamos que outras questões sejam solucionadas, como a revisão e a alteração de nossa carga tributária, acesso a financiamentos competitivos, taxas de câmbio favoráveis para a exportação e impostos de importação que favoreçam a nossa competitividade internacional e que ao mesmo tempo protejam nosso mercado da invasão de produtos acabados de outros países.PS


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ESPECIAL Embalagens

Embalado pelo real GILMAR BITENCOURT/PS

Com a balança comercial deficitária, as vendas internas projetam o setor de embalagens plásticas.

Schmitt: previsão de crescimento de 8% em 2010 no segmento de flexíveis

P

rodução equivalente a R$ 40 bilhões. Crescimento de 16,29%, no primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2009 e de 6% sobre 2008, período imediatamente anterior à crise. Isso não é nenhuma aula de estatística. São os números e estimativas do setor de embalagens no Brasil, demonstrando a força e o desempenho ascendente do segmento em 2010. As embalagens de plástico, que segundo a Associação Brasileira de Embalagens (Abre) detêm o market share de aproximadamente 30% do segmento, trilham o mesmo caminho de crescimento. Um dos principais fatores que motivou esta ascensão é o aumento do consumo da população brasileira, em especial das classes C e D. Segundo o vice-presidente de 10 > Plástico Sul > Novembro de 2010 >>

polímeros da Braskem, Rui Chammas, o resultado é um setor aquecido e com a produção em alta. “Com o crescimento constante do consumo, as embalagens seguem o mesmo ritmo”, explica.

Nesta mesma onda surfam as embalagens flexíveis, com previsão de crescimento próximo de dois dígitos. A informação é do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis (Abief), Alfredo Schmitt. “Em 2009 retraímos cerca de 5,5% mas em 2010 esperamos um crescimento de 8%, recuperando a marca de 2008, de R$ 10,31 bilhões de faturamento”, vislumbra o dirigente. Segundo ele, no ano passado a produção total sofreu uma queda de 5,1%, passando de 1.596 mil toneladas atingidas em 2008 para 1.514 mil toneladas. Foram 67 mil toneladas a menos no mercado interno e outras 15 mil a menos nas exportações, que caíram 18,75%, de 80 mil toneladas para 65 mil toneladas exportadas. “Houve um déficit de 165 milhões de dólares nas vendas externas”, comenta. Já em relação aos resultados de 2010, o dirigente também credita o bom desempenho do setor ao aumento do poder aquisitivo da população. Inclusive ele destaca que esta tendência de crescimento é cada vez maior, devido a participação das emba->>>>


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ESPECIAL Embalagens Dias revela que a indústria de embalagens tem responsabilidade pelo desempenho das especialidades da Eastman

lagens flexíveis em setores de destaque no país, como o agrícola. “Não podemos esquecer que o Brasil é um grande produtor agrícola e como tal, existe uma janela de oportunidades para exportar produtos também embalados, não só a granel”, salienta.

Déficit continua Mesmo diante destas previsões otimistas de evolução do setor, o desequilíbrio da balança comercial deve continuar. De acordo com o presidente da Abief, a tendência é do déficit aumentar em 2010. “A perspectiva para o ano é de continuar deficitária, talvez, com índices superiores a 2009, principalmente pela falta de competitividade do setor”, acrescenta. Por outro lado, o dirigente afirma que está aumentando a importação de produtos de maior valor agregado. “Dessa forma, exportamos produtos de baixo valor e ao mesmo tempo importamos outros produtos com valores altos, o que pesa mais ainda para o desequilíbrio da balança comercial”, informa. Outro fator que dificulta a exportação dos produtos nacionais é, segundo Schmitt, a grande pulverização do setor, diminuido o poder de escala. Atualmente são aproximadamente 4 mil empresas que produzem embalagens flexíveis no país. O impacto dos reflexos negativos da balança comercial não foi tão grande para os transformadores graças ao aquecimento da economia nacional. Mas Schmitt alerta que a competitividade das empresas está diminuindo cada vez mais. “Ser industrial no Brasil hoje é um ato de heroísmo”, desabafa. Segundo ele o custo Brasil sobe geometricamente. Comenta que os valores das resinas são motivo de grande preocupação, mas flutuam internacionalmente, “sobem e desce”. “Entretanto os custos fundamentais como energia e mão-de-obra somente sobem”, informa.

Pontos Positivos Entre os pontos positivos do ano o presidente aponta o realinhamento da cadeia produtiva do plástico, “o conceito de cadeia produtiva” e a luta do setor no sen12 > Plástico Sul > Novembro de 2010 >>

tido de conquistar a desoneração fiscal, “cujo objetivo é aumentar a competitividade”, comenta. Neste sentido as entidades representativas do setor estão desenvolvendo várias atividades em Brasília na busca de soluções econômicas para o segmento. “Também destaco a participação nos Programas de Desenvolvimento Produtivo (PDP) para o setor plástico”, acrescenta. Para 2011, o dirigente prevê a intensificação do trabalho de representatividade dos plásticos em geral. “Viemos trabalhando na modernização do associativismo no Brasil. Tudo isso com a finalidade de criar e dar condições para que o setor crie musculatura e possa se desenvolver adequadamente”, conta Schmitt. Ele fala que é necessário ampliar a representatividade do segmento, que representa 12% do PIB industrial do país e que emprega 330 mil pessoas.

Cresce vendas de PP e PE A segunda geração petroquímica também percebe os impactos do aquecimento do mercado interno. O vice-presidente da Braskem, Rui Chammas, destaca que o aumento nas vendas de Polietileno (PE) e Polipropileno (PP) refletem o bom desempenho do setor de embalagens, que é grande consumidor destas resinas. Ele informa que o consumo de produtos embalados seguiu o ritmo de crescimento da demanda de PE e PP, que foi respectivamente de 13% e 9%. Segundo Chammas, a Braskem em 2010 concentrou a sua atuação no desen-

volvimento de melhorias em grades já existente para a área de embalagens. O vicepresidente conta que o grande destaque da empresa para o setor foi o início da comercialização do polietileno verde, de origem renovável. A planta industrial de PE verde, localizada em Triunfo (RS), produzirá 200 mil toneladas anuais. Para o executivo, o início da produção da resina de fonte renovável representa um marco histórico para a empresa. “Desde então, a Braskem se tornou a maior produtora mundial de bioresinas, reforçando assim a estratégia da empresa em desenvolver produtos a partir de matérias-primas renováveis, como a cana de açúcar, e se tornar líder global na química sustentável até 2020”, afirma. A meta para o próximo ano é de continuar trabalhando em parceria com os clientes “para desenvolver cada vez mais produtos que atendam e superem as necessidades e expectativas, trazendo benefícios para toda a cadeia do plástico e para o consumidor final”, acrescenta. A maioria da produção de PE verde da Braskem é destinada para o mercado internacional. No país a companhia fechou contrato com empresas como a Natura, Acinplas e Estrela. “O que mostra que o leque de aplicações do PE verde é bastante amplo”, enfatiza Chammas. Ele vê a exportação da maior parte da produção como uma questão natural, em virtude do mercado europeu ser mais maduro em relação a produtos sustentáveis e ter consumidores mais exigentes nesse quesito.

Especialidades

Para o gerente de desenvolvimento de mercado da Eastman Chemical do Brasil, Rogério Assad Dias, o setor de embalagens é um dos pilares da economia nacional e um dos principais responsáveis pelo sucesso das especialidades da empresa. O executivo não revela valores e índices, mas comenta que a empresa teve um crescimento sustentável em 2009, principalmente na área de cosméticos. A previsão para este ano também é de expansão nas vendas. “Com o lançamento de nossa linha de filmes de copoliéster, como alternativa ao PVC, e do copoliéster tritan™, esperamos crescer ainda mais no segmento em 2011”, observa Dias. O gerente vê o segmento de embalagens como um mercado em busca de alter->>>>


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ESPECIAL Embalagens Polietileno linear de baixa densidade da DOW promete ao transformador resistência ao furo e rasgo

nativas em design, materiais e desempenho e observa que o consumidor compra pela embalagem e ser apenas mais um produto na prateleira não garante sucesso de retorno em vendas às grandes marcas. “Nossos copoliésteres são uma alternativa a muitos materiais existente e alinham, propriedades, mecânicas, de design, transparência, robustez e processabilidade que agregam valor e diferenciam os produtos finais existentes”, acrescenta. Entre os principais lançamentos da Eastman para a área de embalagens, Dias destaca os filmes de copoliésteres PETG e o copoliéster Tritan. “Eles alinham transparência, versatilidade, processabilidade, resistência a temperatura e são livres de Biosfenol A (BPA free)”, acrescenta. A Dow, uma das grandes produtoras mundiais de resinas plásticas, também apostou no mercado de embalagens, em 2010. Durante a feira Argenplás, realizada no mês de março, em Bueno Aires, apresentou vários lançamentos para o setor de embalagens flexíveis para alimentos, saúde e higiene, filmes industriais e de consumo e embalagens rígidas. Segundo a empresa os produtos refletem a excelência da companhia em pesquisa e desenvolvimento e agregam importantes elementos de sustentabilidade. “O mercado de polietileno na América Latina é um dos mais estratégicos para a Dow e queremos fortalecer nossa posição de liderança na região. Os produtos que foram lançados na feira reforçam a presença da Dow nos mercados considerados prioritários em nossa estratégia de negócios”, afirma o diretorcomercial de Plásticos Básicos para a Dow na América Latina, Javier Constante. O executivo reforça também a importância da discussão sobre sustentabilidade dentro da cadeia produtiva do plástico: “O plástico é estratégico para um futuro sustentável. Procuramos desenvolver soluções com matérias-primas cada vez mais aprimoradas, que possibilitem a redução de desperdícios e um aproveitamento mais inteligente dos recursos naturais”, complementa. Na esteira dos lançamentos, a Dow de14 > > Plástico Plástico Sul Sul > > Novembro Novembro de de 2010 2010 >> >>

senvolveu uma nova e exclusiva família de lineares com base octeno a partir de tecnologia inovadora de catálise e apurados controles de processo durante a polimerização. Os principais diferenciais dessa família, segundo a empresa, são melhores propriedades óticas (brilho e transparência) aliadas a uma superior resistência ao manuseio (impacto e perfuração). O primeiro produto desta linha a lançado no Brasil é o DOWLEX™ NG 5085 B, “que traz a última tecnologia de PE comonômero octeno e catalisador Z/N, permitindo um novo desenho de distribuição de peso molecular”, observa Constante. O produto proporciona maior produtividade na fabricação de filmes e oferece mais resistência, brilho e transparência. É indiciado para aplicações onde são exigidas alta velocidade de empacotamento e excelentes propriedades mecânicas, tais como bobinas técnicas para empacotamento. Já o DOWLEX™ TG 2085B, polietileno linear de baixa densidade copolímero com base octeno, foi especificamente desenvolvida para otimizar as propriedades óticas em películas brancas, pigmentadas e impressas, apresentando melhor estabilidade térmica, de modo a oferecer maior resistência a enrijecimento fenólico e ao amarelamento térmico. A resina tem um índice de fluidez (I2) de 0,95 g/10 min e densidade de 0,919 g/cm3. “O material proporciona uma aparência brilhante e atrativa que destaca os produtos, sem prejuízo às propriedades mecânicas da película

e mantendo excelente resistência ao furo e ao rasgo, o que permite a fabricação de películas mais resistentes, com espessura mais fina e mais atrativa aos olhos do consumidor”, destaca a empresa. Outro destaque da Dow são as resinas ATTANE™, uma família de polietilenos lineares de baixa densidade (PEBDL), copolímeros de octeno, produzidos mediante o processo de solução. As novas resinas ATTANE™ NG 4701 e NG 4703 apresentam grande flexibilidade e propriedades mecânicas, como resistência à perfuração e ao rasgo. Por isso são indicadas para a fabricação de filmes de pouca espessura com altas exigências mecânicas para embalagens congeladas (até -40C). Os produtos da família ATTANE™ destacam-se também pelas suas propriedades óticas e baixa temperatura de início de selagem. São ainda utilizadas em aplicações de filme stretch, onde podem proporcionar maior aderência ao filme. Como opção de resina de alto desempenho para filmes que necessitam de barreira a umidade, o novo grade ELITE™ 5960G apresenta combinação única de barreira e resistência mecânica, além de excelente estabilidade de balão durante o processo de extrusão. “O grande diferencial de sustentabilidade deste lançamento está na capacidade de proporcionar maior tempo de conservação a alimentos secos, como cereais e farinhas, por causa de sua proteção diferenciada contra umidade”, acrescenta a Dow.PS


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ESPECIAL Embalagens

Tecnologia

SUP briga para mudar percepção do consumidor Não é de hoje que as embalagens standup pouch (SUP) vivem em compasso de espera no Brasil. Já foram várias as previsões de que a tendência internacional finalmente se consolidaria no país, mas de fato, muito pouco evoluiu neste sentido. Os especialistas apostam que a solução para a embalagem ganhar escala está no refil. Recentemente a Natura apostou no SUP e lançou uma linha de refis para os hidratantes corporais da marca Tododia. Os produtos chegam ao consumidor com um apelo sustentável. A empresa comunica que graças ao SUP está reduzindo a emissão de gases de efeito estufa em 77% e deixará de usar 83 toneladas de resinas plásticas somente no primeiro ano do projeto. Outros dois lançamentos que estão dando novo fôlego ao stand-up pouch no Brasil são o da linha de produtos de limpeza doméstica Ecobril e o da tinta imobiliária Glasurit. No caso da Ecobril, da Bombril, o lançamento está centrado no conceito dos 4Rs (reduzir, reutilizar, reciclar e respeitar) e por isso mesmo utiliza stand-up pouches 16 > > Plástico Plástico Sul Sul > > Novembro Novembro de de 2010 2010 >> >>

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Por Liliam Benzi - Matéria reproduzida do informativo Flex, da ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis).

como refis, além dos produtos serem concentrados. Os refis de 500 ml – SUP utilizam entre 70% e 90% menos material que uma embalagem rígida tradicional, além de reduzirem a área de armazenagem

Especialistas apontam que solução para embalagem ganhar escala está no refil

e o peso do transporte, impactando positivamente na logística. No caso das tintas imobiliárias Glasurit, marca da Basf, o SUP foi usado para lançar a linha Na Medida Certa, composta por 24 variedades de cores. Focada no mercado de auto-serviço, cada pouch acondiciona 1 litro de tinta acrílica, o suficiente para cobrir com duas demãos uma área de 2,5 metros quadrados. O lançamento foi precedido por uma pesquisa junto aos consumidores que detectou a oportunidade de oferecer a quem compra tintas econômicas uma embalagem prática, leve e, principalmente, uma grande oferta de cores por um valor acessível. A embalagem conta ainda com uma janela na face frontal que possibilita a visualização da cor da tinta. Mas como explicou Guilherme Kamio,>>>>


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ESPECIAL Embalagens Editor Executivo da Revista Embalagem Marca durante o Fórum Stand-Up Pouches, organizado pela própria publicação, “o SUP não foi originalmente concebido para ser refil e sim uma embalagem regular. Mas infelizmente ele ficou restrito a marcas e produtos como pet food, doces, azeitonas e lenços umedecidos”. Na área de molhos de tomate o lançamento no mercado brasileiro aconteceu em 2003 pelas mãos da SóFruta, uma empresa 100% nacional. Mas o grande impulso veio com a entrada da Fugini no mercado com o apelo de um produto 30% mais barato que o oferecido em embalagens rígidas convencionais. Em seis anos o faturamento da Fugini cresceu 30 vezes basicamente por conta da adoção do SUP. Atualmente entre 70% e 75% do mercado brasileiro de molhos prontos de tomate estão concentrados nesta embalagem. O avanço deflagrou uma guerra de preços neste mercado que acabou crescendo 14% em volume, mas apenas 13% em valor (dados Nielsen de 2009). Há expectativas de que um quadro semelhante ocorra no segmento de conservas alimentícias. A JBS (Swift) e a Fugini prometem liderar esse processo com lançamentos; outras empresas no setor também já estudam a adoção do SUP em substituição aos potes plásticos e de vidro, latas metálicas e embalagens cartonadas assépticas. Neste caso a opção é pelo stand-up pouch retortable.

Baixa percepção de valor Mas até quando o SUP será percebido pelo consumidor brasileiro como si-

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nônimo de produto de baixo valor? Alan Baumgarten, Diretor da Tradbor, não nega que os desafios e gargalos para esta embalagem no Brasil ainda são muitos apesar de ser a embalagem que mais cresce no mundo. Dados da Mintel mostram que em 2007 foram 4.390 lançamentos em SUP, em 2008 4.464 e em 2009 5.626; para 2010 a previsão é atingir 6.369 novos produtos. Sobre as vantagens do SUP pré formado (fill-seal – FS) em relação ao fornecido em bobinas (form-fill-seal – FFS), ele destaca a eficiência do processo. Enquanto em equipamentos de alta velocidade para FFS são feitas cerca de 2.700 trocas de bobinas/ano e entre 50 a 100 set ups, no sistema pré formado essas paradas não existem e o fornecedor da embalagem é o responsável por sua performance na linha. Marcio Dal Bello, da Ferrostal, explicou que hoje já existem equipamentos híbridos – FFS + FS (equipamento que forma a bobina e envasa em um sistema rotativo), mas que a escolha do processo realmente depende da aplicação. Embora pouco conhecido, este equipamento chega a uma velocidade de 240 embalagens/minuto. Mas Dal Bello não recomenda, por exemplo, o sistema FFS para embalagens superiores a 1,5 Kg. Para Raul Matos, da Karlville, representada no Brasil pela Nilpeter, o sistema pré formado é o mais indicado para alavancar o mercado de SUP no país. “É importante começar de forma simples, só envasando. Além disso, o FS tem menos riscos para o end user, especialmente no

que tange ao controle de qualidade da solda e possíveis vazamentos.” Ele também aposta no pouch de polietileno (PE) como uma solução bastante atraente para o Brasil pelo baixo custo e pelo apelo ambiental (monomaterial). Matos anunciou que, ainda este ano, o mercado brasileiro verá um SUP com velcro para produtos congelados. A patente do exclusivo sistema Press-Lok ainda está pendente. Outra novidade internacional citada no Fórum foi o Zipbox, apresentada em primeira mão na PackExpo, em Chicago. A partir de uma parceria entre a T.H.E.M (Technical Help in Engineering and Marketing) e a Zip-Pak o Zipbox™ surge como uma embalagem revolucionária que combina as melhores propriedades dos cartuchos tradicionais de cartão com a conveniência e funcionalidade do pouch com zíper. Trata-se de um fundo de cartão revestido com uma parte superior flexível. A eficiência do sistema é garantida pela alta velocidade de envase e pela utilização cúbica de área no transporte e armazenagem. A embalagem foi utilizada na feira para demonstrar também o exclusivo sistema de código de barras binário, escaneável, Jagtag que possibilita que o consumidor final receba mensagens instantâneas sobre o produto em seu celular. A nova embalagem é ideal para cereais, snacks, cookies, alimentos congelados, pet food e detergentes em pó. Sua solda perfeita no fundo da embalagem elimina o uso de um liner por garantir o frescor do produto; ela também permite aumentar o conteúdo envasado em 10%.PS


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DESTAQUE Extrusoras

Na esteira da economia nacional Por Gilmar Bitencourt

Setor de extrusão, tanto de perfis quanto de filmes, acompanha o desempenho do mercado interno e amplia qualidade dos equipamentos para atender as exigências dos transformadores.

buscam cada vez mais a redução de perdas, a diminuição do consumo energético, maior repetitibilidade, entre outros fatores que possam garantir a sua participação no mercado. Esta mudança no perfil dos clientes refletiu diretamente nos fabricantes e revendedores de máquinas para o setor, que se pautaram pelo crescimento do nível tecnológico de seus equipamentos. As feiras técnicas que reúnem toda a cadeia do plástico são uma prova dessa realidade, sendo palco de vários lançamentos.

R

Para a empresa alemã, Krauss Maffei, a exemplo do que acontece com outros setores produtivos no Brasil, o mercado de extrusão de plásticos está bastante aquecido “e isso já vem desde final de 2008”, comenta o gerente da divisão da empresa de extrusão para a América Latina, Bruno Sommer. Prova disso foi a performance de 2010, que bateu recorde de vendas em extrusão no Brasil. Segundo Sommer, o aumento do nível de renda da população somado ao bom momento dos principais setores do país, como a construção civil e o automotivo, tem incentivado a grande maioria dos transformadores de plástico por extrusão a investir no aumento da capacidade de produção e no lançamento de novos produtos. Em uma análise do setor o gerente comenta que existe um grande potencial de renovação tecnológica no país, sendo que os grandes transformadores já possuem um parque fabril com equipamentos de alta tecnologia. Mas ele destaca que ainda tem em-

esponsável por 57% dos processos de transformação de plástico, o setor de extrusão também foi impulsionado pelo desempenho da economia nacional. Os fabricantes de máquinas extrusoras comemoram o crescimento das vendas, em especial nas áreas de embalagens flexíveis, de tubos e perfis e de compostagem. Enquanto o aumento do consumo da população impulsiona o segmento de extrusão de filmes, o clima de euforia do setor da construção civil é fator determinante para o desempenho do segmento de tubos e perfis. Mas de acordo com os entrevistados, os convertedores também precisam se adequar a nova ordem do mercado, que apresenta maior competitividade. Para isso investem em novos equipamentos, em busca de melhora de qualidade dos produtos e redução de custos. O mercado de extrusão está comprador, mas ao mesmo tempo mais exigente, tanto no que tange a questão de valores como na qualidade das máquinas. Os transformadores 20 > Plástico Sul > Novembro de 2010 >>

presas tradicionais com grande participação no segmento de extrusão, que estão deixando de ampliar seus lucros, devido defasagem de seus equipamentos. “Perdem rendimento e eficácia quando comparado a equipamentos mais modernos”, acrescenta. De acordo com o executivo o aumento da competitividade e a diminuição das margens tornam mais evidente a necessidade de se usar equipamentos de alto rendimento, confiáveis, precisos e que diminuam a um mínimo possível os níveis de perdas. Diante desta ordem de mercado, os clientes da Krauss Maffei buscam equipamentos com a maior produtividade, “exigindo rendimentos acima do que aqueles normalmente garantidos”, comenta o gerente. Na área de extrusão a principal atuação da Krauss Maffei do Brasil é nos segmentos de tubos, perfis, chapas e compostos em geral, de PVC ou de outros materiais. Aproximadamente 80% da produção da empresa é destinada para a área de tubos e perfis. Sommer observa que devido ao aquecimento na construção civil e a perspectiva de novos investimentos em infra-estrutura, o maior potencial está no segmento de máquinas para tubos e perfis. A empresa também vislumbra um aquecimento do mercado de compostos, devido à necessidade crescente da utilização de materiais tecnicamente mais complexos, como compostos com muita carga (exemplo a PP com mais de 80% de CaCO3), ou incorporação de fibras naturais. “Acreditamos que o mercado para equipamentos especiais, para produção de compostos também tenha um potencial interessante”, conta o gerente. Entre os últimos lançamentos da Krauss Maffei está a linha de extrusoras mono-rosca com motor AC de acionamento direto, sem redutor. Modelos KME 45-36N/R, KME 6036N/R e KME 75-36N/R. “Nesta série de extrusoras a filosofia foi de criar uma máquina com flexibilidade, que possa processar em altos níveis de rendimento tanto PE como PP”, informa o gerente. Ainda em relação a tubos de Poliolefinas, a Krauss Maffei lançou recentemente um sistema mais eficiente de resfriamento do tubo durante a produção, chamado de IPC (Internal Pipe Cooling). É um sistema que injeta ar à temperatura ambiente no final da linha, é retirado pelo cabeçote através de uma bomba de vácuo. O equipamento permite aumentar a produtividade de uma linha, ou diminuir o compri-


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Enrico Miotto destaca lançamento da terceira geração das extrusoras de dupla rosca

mento. “O sistema da Krauss Maffei é bastante inteligente pois não altera as características do material por evitar o uso de ar ou água gelada, e por consequencia evitando um choque de temperatura na massa quente que está saindo do cabeçote”, frisa o gerente. Outro lançamento recente é a nova série de extrusoras dupla rosca contra-rotante para tubos de PVC, com uma só degasagem. “Trata-se de uma evolução de uma série muito bem sucedida, cujo L/D nas máquinas com roscas paralelas é de 36L/D”, acrescenta Sommer. Nesta nova série foi possível aumentar em 10% o rendimento de cada tamanho de extrusora em relação ao seu respectivo tamanho na série anterior, usando um desenho de roscas que possa trabalhar com formulações para diferentes aplicações, como : U-PVC, formulações de PVC com alta con-

centração de carga, PVC expandido, MPVC e PVC Bio- orientado.

O diretor presidente da Miotto faz uma avaliação mais moderada do setor

de extrusão. Enrico Miotto diz que o setor está “médio” e que deve continuar da mesma forma para 2011. Apesar do pouco entusiasmo, ele revela que a empresa atingiu a meta >>>> de faturamento traçada para 2010.

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DESTAQUE Extrusoras Em uma análise mais técnica do segmento, o diretor fala que a qualidade tecnológica dos fabricantes brasileiros é boa. A queixa fica por conta da grande exigência do mercado de máquinas de baixo valor. “O mercado está a procura de preços baixos e com alta tecnologia, isso não combina”, desabafa. No ano de 2010 a principal atuação da Miotto ocorreu nos segmentos de tubos e perfis, granulação e fios e cabos elétricos. Segundo o empresário os quatro setores foram bem equilibrados neste ano. O mais recente lançamento da empresa é a terceira geração das extrusoras de dupla rosca. O modelo EM02G3, destinado para fabricação de tubos e perfis de PVC, é o resultado de um processo reengenharia da versão anterior do equipamento. Com novo design a máquina foi produzida para atender a exigência do mercado de preço mais baixo. Segundo Enrico Miotto, a extrusora custa em média 15% a menos. A nova linha teve uma redução na quantidade de peças e vem com CLP opcional. O diretor informa que outro grande diferencial da linha é a facilidade de

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operação, limpeza e manutenção. Com a atuação direcionada para o segmento de máquinas para embalagens, tanto para o processo blow (quench), como para processo plano (cast), a Acmack projeta um crescimento de 15% para o fechamento de 2010. O diretor da empresa, Aldo Ciola, confirma o crescimento do mercado de extrusão. Ele destaca que as principais demandas são para equipamentos mais produtivos, que apresentem melhor qualidade aos produtos e com isto dar maior competitividade aos clientes. Para Ciola o Brasil conta com um alto nível tecnológico no segmento de extrusão. Ele observa que praticamente todas as empresas têm investido em novas tecnologias e aperfeiçoamentos.

Queda nas exportações Ao mesmo tempo em que a empresa comemora a boa atuação no mercado interno, lamenta a queda nas vendas para fora do país. Atualmente, 23% da sua produção é destinada para a exportação. “Para nós é um valor baixo, pois já atingimos no passado

valores de até 50% de nossa produção. Nossos produtos são muito conhecidos internacionalmente”, fala o executivo. As exportações da Acmack são direcionadas principalmente para a América Latina. Mas o diretor informa que a empresa também exporta para a África do Sul, Kênia, Arábia Saudita, Polônia, Siry lanka, China, Inglaterra, Espanha, Portugal, entre outros países. Entre as novidades para o mercado de extrusão, a empresa está lançando uma linha para filmes planos tipo Cast de 2100mm útil para PP em coextrusão.

Ano recorde Ao ser perguntado sobre o mercado de extrusão de plásticos, o gerente de vendas da BY Engenharia, Marco Antonio Gianesi, foi taxativo ao afirmar que, como outros setores, está em franco desenvolvimento e expansão em busca de melhor performance técnica e financeira. Ele conta que o primeiro semestre de 2010, foi um dos melhores nos 20 anos de atuação da empresa. Neste período foram comercializadas seis linhas de


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Extrusora TM 70-HT comercializada pela BY é indicada para compostos com alto teor de carga mineral

extrusão. E a previsão para o fechamento do ano, é de crescimento de 15% nas vendas. O executivo afirma que o nível tecnológico do segmento da extrusão no país está em constante aperfeiçoamento, buscando novas tecnologias, novos materiais, inovações em termos de processo. Gianesi explica que o empresário dos dias de hoje ficou muito mais criterioso e exigente, procurando na maioria das vezes equilibrar o custo/beneficio ao retorno de investimento do equipamento proposto. “Os profissionais da área de extrusão estão mais qualificados e sempre questionando os produtos, processos, equipamentos com muito mais propriedade e conhecimento de causa. Estamos avançando a passos largos”, acrescenta. Gianesi destaca ainda, que a economia de energia de equipamentos de extrusão é certamente o maior desafio e uma

das principais solicitações dos clientes. A BY Engenharia é representante técnico-comercial de máquinas e equipamentos para extrusão de empresas dos Estado Uni-

dos e da Europa. Atualmente oferece ao mercado brasileiro as linhas de extrusão plana para fabricação de filmes barreira, stretch, embalagens, da fabricante norte americana,>>>>

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DESTAQUE Extrusoras Davis Standard. Também da mesma indústria, oferece linhas de extrusão para produção de chapas. A extrusora dupla roca corrotante, de fabricação da empresa italiana Maris, é outro produto dispinibilizado pela BY. A máquina é destinada para produção de compostos com alto teor de carga mineral. Tem rosca modular, permitindo o ajuste do perfil mais eficiente para a aplicação. O diâmetro da rosca é de 70 mm. Além de alto torque, com rotação de 1300 RPM, o equipamento tem dois alimentadores laterais para introdução de cargas em duas etapas. Uma das últimas novidades da empresa para a área de extrusão é o Filter Test. Equipamento destinado para controle de qualidade em tempo real durante o processo de extrusão em extrusora dupla rosca corrotante. Segundo Gianesi, o produto fabricado pela Maris permite a redução de desperdício de material fora de especificação. O sistema detecta problemas ou obstrução maior que uma tela de metal (filtro), por medir e observar aumento de pressão sobre sua superfície da passagem definida de uma determinada quantidade de material. O periférico permite avaliar a dispersão qualitativamente ou quantitativamente, com uma fórmula adequada. “Esta avaliação pode ser feita no local ou dentro do controle de qualidade departamento”, explica o gerente.

O diretor da Extrusão Brasil, Leonardo Rocha Borges, comenta que o mercado de extrusão no Brasil está em franco crescimento, “no entanto, alguns fatores internos do nosso país continuam a frear o crescimento das empresas e de novos investidores”. Os números registrados no primeiro semestre não foram muito animadores para a empresa. “Foi longe de ser um bom início de ano, as consultas e interesses por equipamentos foram razoáveis e a efetivação real de compra foi também um pouco abaixo do esperado”, informa o executivo. No período foram vendidos aproximadamente dez conjuntos completos, “praticamente o mesmo percentual do ano anterior”, acrescenta. Apesar do primeiro semestre fraco a expectativas da empresa para o fechamento do ano são boas. Segundo o diretor a previsão é de concretizar a venda de pelo menos quatro linhas completas de extrusão. Neste mesmo ritmo seguem as exportações da empresa. Com um fraco desempenho no início do ano, mas com expectativa de 24 > Plástico Sul > Novembro de 2010 >>

crescimento até o encerramento de 2010. A Extrusão Brasil exporta para os países da América Latina. As vendas externas representam 15% do faturamento da indústria. O crescimento do setor não é sentido somente nas vendas, mas também no nível tecnológico das empresas que produzem máquinas e equipamentos para extrusão no país. De acordo com o diretor, nos últimos cinco anos os fabricantes realizaram investimentos em novas tecnologias, “hoje podemos nos comparar tecnologicamente com os maiores fabricantes de linhas completas de extrusão do mundo”. A extrusão Brasil tem uma ampla participação no mercado de extrusão, mas a sua principal atuação é na área de perfís e tubos de PVC, com extrusoras dupla rosca contra rotante. “As linhas completas para perfilados representam até 60% do faturamento da empresa”, informa Borges. Ele destaca ainda, que está tendência deve ser mantida para o próximo ano, devido ao crescimento da demanda do mercado da construção civil. “As linhas de tubos e perfis de PVC apontam como potência para 2011”, afirma. Entre os lançamentos da empresa neste ano, destaca-se a extrusora dupla rosca modelo EB-DR 69:28 ( L/D 28 ), própria para a fabricação de perfís de PVC ( forros e outros) , tubos PVC e granulação PVC. Conforme o diretor, as principais inovações ficam por conta do multi-acionamento através de dois motores de 15 CV, que consomem menos energia. “Tem r elação L/D mais comprida e CLP para a extrusora e para a linha de frente”, acrescenta. Outra novidade é a extrusora dupla rosca modelo EB-DR 75:32 ( L/D 32 ), também destinada para a fabricação de perfís de PVC ( forros duplos e outros ), tubos PVC e granulação PVC. Neste modelo o multiacionamento é realizado por dois motores de 20 CV. Assim como a outra máquina citada, apresenta redução no consumo de energia, apresenta a relação L/D mais comprida e CLP para a extrusora e para a linha de frente. Para a área de masterbatches, a empresa lançou uma extrusora dupla rosca corotante modelo EB&Comac 40:47 HT. Apresenta a relação L/D 47. Tem o torque de 1.200 RPM, com acionamento através de inversor de frequência (ABB) de 150 CV. A máquina conta ainda com cilindro e jogos de roscas seccionados, construído na Itália, em aço importado Böhler K 110.PS


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Energia DIVULGAÇÃO/PS

Geradores e equipamentos mais econômicos possibilitam que fabricantes de plástico reduzam custos na linha de produção.

Por Erik Farina

Indústrias procuram redução da energia

A

s recentes altas no preço da energia no Brasil, além da necessidade das indústrias em implementarem soluções sustentáveis e reduzirem os custos de produção, têm lançado à cadeia do plástico o desafio de derrubar o consumo energético em suas fábricas. Nos últimos anos, as fabricantes passaram a priorizar a compra de máquinas e equipamentos que cortem estes cursos sem afetar a qualidade dos produtos. Desta forma, encontram um caminho importante para a sobrevivência do negócio, ao reduzir os custos fixos e manter suas resinas e seus itens prontos com preços competitivos, além de encontrarem uma margem mais alta. A redução da energia na concepção 26 > Plástico Sul > Novembro de 2010 >>

do plástico também passa a ser vista pelo mercado como diferencial de vendas. Grandes empresas começam a priorizar fornecedores com este tipo de atitude, que se estica à redução do uso da água na fabricação, na tentativa de criar produtos que usem a sustentabilidade como argumento de vendas. Recentemente, a Nestlé anunciou a chegada ao mercado de uma garrafa plástica feita com menos consumo de água (50% a menos) e energia (9% inferior) em parceria com seus fornecedores, em sua linha Água Pureza Vital. Atentas às oportunidades, as fabricantes de máquinas para a indústria passam a vender equipamentos que possibilitem redução de gasto com energia na pro-

dução. A Piab lançou a piINLINE, nova linha de ejetores de vácuo inline, para serem utilizados na manipulação automatizada em companhias de plástico e metalmecânicas. O equipamento é vendido como uma solução ecologicamente mais correta do que os ejetores simples. O menor modelo, o Micro, utiliza em média 50% menor energia do que os produtos equivalentes, o que implica numa redução significativa de consumo de energia e menor emissão de carbono. Os níveis de ruído também são menores, contribuindo assim um ambiente de trabalho melhor. A venda de geradores também tem sido ofertada para reduzir o gasto com energia. A Caterpillar, fabricante de máquinas e peças


com vasta rede de revendedores no Brasil, oferece algumas máquinas que ajudam neste fim, como o grupo de geradores C32. O equipamento fornece 910kW, sendo um pouco mais do que isso em ocasiões de emergência. Vem equipado com tecnologia Acert, que atende a padrões internacionais de emissões em instalações estacionárias. O equipamento consome a mesma quantidade de energia que o uso convencional, mas com um preço entre 6 e 7 vezes abaixo do cobrado no pico de consumo da rede elétrica. De acordo com a empresa, o equipamento se paga em três anos, embora esta medida possa ser alterada conforme o porte e o segmento da empresa. “Os grupos geradores CAT são utilizados na indústria, entre outras aplicações, em substituição da conta de energia substituindo a rede elétrica num período chamado “hora de ponta”, quando grandes consumidores de energia são obrigados por força de contrato a pagar um valor diferenciado pela energia consumida”, explica Paulo Trigo, Gerente de Vendas - Mercado de Energia da Caterpillar no País. Neste período, que no Brasil ocorre entre 16h e 21h, o custo da energia elétrica gerada por um grupo gerador da indústria é menor que o valor da energia da rede elétrica. No caso de grupos geradores, os distribuidores da indústria multinacional normalmente agregam soluções aos produtos, como a instalação dos equipamentos nas operações dos cientes, adicionando painéis de comando, controle, potência, assim como outros equipamentos elétricos que venham a ser necessários. Os distribuidores e representantes defendem a economia que um gerador pode oferecer para uma linha de produção, ao não acessar a rede elétrica e seus elevados custos e impactos ambientais. De acordo com Cláudio Peres de Peres, do departamento comercial da Pesa, no horário de ponta a energia chega a custar 10 vezes o preço do horário normal, isto é, algo em torno de R$1,50/kW. “Quando optamos pela geração própria podemos chegar a R$0,65/kW no caso do diesel e R$0,35/kW no caso do gás. Isso pode representar uma economia de 30% no custo mensal de energia elétrica, um impacto bastante positivo nos custo totais de produção, sem falar no aumento de disponibilidade da planta já que passa a não estar mais sujeita a paradas de produ-

ção por falta de energia”, diz ele. Fornecedoras brasileiras de equipamentos de alta tecnologia também começam a ofertar no mercado interno máquinas que proporcionam redução nas linhas industriais da cadeia do plástico. E a região sul do Brasil está no foco. A Steelmach Brasil lançou em agosto na Interplast 2010, um dos principais eventos do setor, a injetora elétrica da LS Metron, empresa coreana do Grupo LG. O principal diferencial do equipamento é a redução de energia em até 80%, além de outros itens sustentáveis, como a não contaminação do equipamento por óleo hidráulico, comum nas injetoras convencionais, menor emissão do ruído e aumento de produtividade – devido à redução do processo de movimentos simultâneos. O objetivo é atingir clientes dos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. As injetoras elétricas estão disponíveis nas capacidades de 30 a 550 toneladas em versões standard , high speed e super hight speed, podendo atingir até 800mm/ s de velocidade de injeção. A Steelmach representa duas marcas de injetoras no mercado brasileiro, a Rhino Plast e a LS Metron. A empresa está sediada em Caxias do Sul-RS e o escritório em Changzhou, província de Jiangsu, na China. Além do segmento de plástico, com injetoras e sopradoras, a empresa atende o mercado de corte e conformação de metais (guilhotinas, dobradeiras, puncionadeiras e prensas). Outra opção para cortar custos no consumo é a co-geração de energia, que utiliza o calor gerado por equipamentos da linha industrial, como geradores e caldeiras, para implementação em outros fins, como ar condicionado ou sistemas de regulagem de temperatura da água.

Os periféricos também podem ser utilizados no sentido de reduzir o uso de energia na indústria plástica. Um exemplo de solução para pequenas estruturas são as Torres de Resfriamento da Körper, que são moldadas de forma a serem compactas e, por conseqüência, de baixo consumo de energia já que elas não possuem os gases de refrigeração na mesma proporção dos convencionais e a mesma quantidade de energia elétrica, sendo soluções simples para pequenas capacidades e fácil instalação em locais com espaços limitados. A Série 40, por exemplo, oferece bai->>>> << Novembro de 2010 < Plástico Sul < 27


Energia xo consumo de energia, opera com pressão de água requerida de 0,3 kg/cm² e equipase com dreno, bóia e ladrão. Integra os modelos 40/3, 40/6 e 40/9, com altura de 1.340, 1.620 e 1.980 mm, respectivamente, e está disponível nas versões SL (0,25 cv, 1.150 rpm, IP 55) e ST (0,75 cv, 1.750 rpm, IP 55). Compacta, pode ser instalada com o corpo encostado na parede e funciona com vários módulos próximos uns aos outros. Compõe-se de carcaça, reservatório, suporte do motor e grade de proteção construídos com poliéster reforçado com fibra de vidro, enchimento fabricado com grades injetadas de polipropileno e ventilador com pás de polipropileno injetadas e cubo de alumínio fundido.

O tema do consumo de energia na indústria não deve ser ignorado, diante do crescimento da atividade nas fábricas brasileiras e a conseqüente disparada na demanda. O uso industrial de energia elétrica no Brasil bateu o recorde histórico no mês de julho, alcançando 15.915 gigawatts-hora (GWh), de acordo com a

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Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Isso equivale a uma demanda 13,7% superior a igual período em 2009 e um novo recorde, já que o anterior foi de 15.823 GWh, registrado em agosto de 2008. Em outubro, o setor industrial expandiu em 5,8% a demanda por energia na comparação entre outubro de 2010 e igual período de 2009, para 15,83 mil GWH, após uma pequena redução no mês de setembro. O número coloca a indústria como responsável por quase metade do total de uso do País, que gira em 34.382 GWh. No entanto, a indústria aumenta de forma mais vertiginosa seu consumo sobre a média total, que cresceu, no mesmo período de comparação, 8,4%. Já o uso comercial cresceu 4,5% na comparação com julho de 2009, chegando a 5.220 GWh. Apesar de ser a primeira vez que o crescimento mensal dessa categoria fica abaixo de 5%, a taxa acumulada até julho mostra um crescimento ainda expressivo, de 6,7%, e atinge diversos ramos, como veículos, motos, peças, móveis, eletroeletrônicos, informática e materiais de construção. As

regiões Norte e Nordeste também receberam destaque da EPE neste grupo, com taxas de crescimento de 9,8% e 9% respectivamente. Deve-se observar as elevações nos preços da energia nos últimos sete anos para se ter noção de quanto o consumo impacta nos custos de uma unidade industrial. Entre 2002 e 2009, a tarifa cobrada das empresas subiu 150% e se tornou a terceira maior do mundo, segundo dados da Agência Internacional de Energia, coletados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Neste período, o preço do megawatt/ hora saltou de R$ 92 para R$ 230. Como na indústria, há casos em que o uso de energia representa até 45% do custo total, pode-se imaginar o impacto nas contas. As elevações se deveram ao trabalho de realinhamento tarifário colocado em prática pelo Governo Federal, para equilibrar os preços cobrados do consumidor residencial e o industrial, com objetivo era eliminar o que foi considerado subsídio cruzado nas tarifas do País. Assim, a conta das empresas atingiu 78% do que os consumidores residenciais pagam, enquanto antes ficava em 45%.PS


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Foco no Verde

Reciclagem de EPS é destaque no seminário de consciência ambiental Projeto já permitiu o reaproveitamento de 7,2 mil toneladas do produto. O programa de reciclagem de EPS desenvolvido pela Termotécnica, empresa especializada na produção de EPS (poliestireno expandido, conhecido como Isopor®) e integrante da Comissão Setorial de EPS da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), foi apresentado no Seminário de Consciência Ambiental, que aconteceu recentemente em Joinville (SC). O objetivo foi mostrar o atual estágio da reciclagem do produto e as ações que precisam ser feitas para que seja implementado um programa nacional realmente eficiente. O fator mais importante para o sucesso da reciclagem do EPS está no retorno das peças, sobretudo de embalagens, para a indústria. O processo de logística reversa do

programa “Leva e Traz”, criada pela Termotécnica e apresentada pelo seu presidente, Albano Schmidt, permite o retorno das peças de EPS utilizadas nas embalagens de eletrodomésticos para a própria empresa. O produto é reciclado e reutilizado em aplicações diversas, como construção civil e embalagens para frutas. “Isso evita que o consumidor, sem conscientização ambiental, promova o descarte desse material no lixo comum destinando-o, consequentemente, aos aterros sanitários”, ressalta o executivo.

Outras campanhas de reciclagem Há dois anos, a empresa catarinense iniciou um programa de reciclagem do EPS que reutiliza as aparas que sobram no processo de produção das peças e também de coletas realizadas por catadores ou classificadores de materiais recicláveis. O projeto já possibilitou o reaproveitamento de 7,2 mil

toneladas de EPS e atende às unidades da Termotécnica instaladas nas cidades de Joinville (SC), Sapucaia do Sul (RS), São José dos Pinhais (PR), Goiânia (GO), Manaus (AM) e Sumaré, Rio Claro e Indaiatuba (SP). “A campanha está sendo gradativamente ampliada à medida que surgem novas ideias, como o estabelecimento de parcerias com grandes magazines e supermercados”, explica Schmidt. Também está em fase de estudos o programa Ecoponto, que prevê a criação de postos de recolhimento de peças de isopor. O Seminário de Consciência Ambiental, promovido pela Câmara de Vereadores em parceria com o jornal “A Notícia” e o Grupo RBS, foi realizado teve como tema “Reciclagem do Lixo Nosso de Cada Dia”. O evento reuniu especialistas para debates sobre a nova legislação, coleta seletiva, reciclagem, geração de energia a partir do lixo e lixo hospitalar.

GP de reciclagem Braskem arrecada resíduos plásticos

O plástico biodegradável feito a partir do leite e da argila pode ser uma possível solução para o problema dos materiais descartados. Cientistas da Tailândia e dos EUA conseguiram desenvolver um novo material plástico com base numa proteína do leite e na argila comum, dessas de moldar. As matérias-primas do novo invento são a caseína, uma proteína presente em abundância em leite e queijo de vaca, já usada para fabricação de adesivos, e um mineral argiloso. A novidade está na revista “Biomacromolecules”, da Sociedade Química Americana, uma das publicações químicas mais importantes da atualidade. Trabalhando em escala nanométrica, os cientistas introduziram, por meio de uma reação química, a caseína no aerogel, preparado a partir da argila. Esse aerogel é um material sólido e extremamente leve. Nesse processo, os químicos conseguiram reforçar tanto a caseína, que facilmente se dissolve na água, quanto o frágil aerogel.

A campanha GP de Reciclagem Braskem conseguiu atingir seu objetivo em mobilizar os cidadãos de São Paulo a fazer o descarte dos resíduos plásticos em postos de coletas específicos. A campanha que aconteceu em cinco parques localizados em diferentes regiões da cidade, e no Autódromo de Interlagos durante os três dias da etapa brasileira da Fórmula 1, arrecadou 13,5 toneladas de resíduos plásticos. Por este gesto de cidadania e de respeito ao meio ambiente, a cidade de São Paulo receberá 500 unidades de mobília urbana, como floreiras e lixeiras. A empresa gaúcha Plásticos Suzuki será responsável por fazer os móveis de plástico reciclado doados pela Braskem à Prefeitura de São Paulo no aniversário da cidade – no dia 25 de janeiro.

FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

Químicos transformam leite e argila em plástico

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DIVULGAÇÃO/PS

Cartilha ambiental sobre embalagens é feita com papel sintético de plásticos reciclados Roriz: “cada tonelada de Vitopaper retira das ruas cerca de 850 quilos de resíduos plásticos”

A Vitopel, terceira maior produtora mundial de filmes flexíveis, vai fornecer com exclusividade seu papel sintético reciclado (Vitopaper®) para a produção de material didático sobre educação ambiental, que terá como tema as embalagens. O projeto “Nós, as Embalagens e o Meio Ambiente” é uma iniciativa do Instituto de Embalagens e tem o objetivo de contribuir para que as embalagens possam ser entendidas e usadas como aliadas na educação e conscientização ambiental das crianças. O pacote conta com a cartilha de 64 páginas que explica como são fabricadas as embalagens, fala de consumo consciente, reciclagem e sobre a simbologia que as identifica. Também acompanha um caderno de exercícios com 48 páginas que consolida os conceitos aprendidos e propõe construção de brinquedos e objetos com embalagens usadas. O conjunto vem numa sacola e ainda tem uma cartela com oito adesivos para que as crianças possam identificar as lixeiras de coleta seletiva.

Material 100% reciclável Foram produzidos 30 mil conjuntos

didáticos, todos impressos em Vitopaper®, produto de tecnologia nacional, exclusiva da Vitopel. O Vitopaper® foi desenvolvido após três anos de pesquisas e seu diferencial é ser resultado da reciclagem de diferentes tipos de plásticos (PP, PE, EPS, entre outros). Esses plásticos são coletados no pósconsumo, como embalagens plásticas, rótulos e sacolas plásticas. “Para cada tonelada de Vitopaper® produzido, retiramos das ruas e lixões cerca de 850 quilos de resíduos plásticos”, destaca o presidente da Vitopel, José Ricardo Roriz Coelho. << Novembro de 2010 < Plástico Sul < 31


Expansão

FCC investe R$ 10 milhões em nova unidade para produzir elastômeros termoplásticos Indústria aposta no incremento da substituição da borracha.

A

té janeiro de 2011 estará em operação na cidade de Campo Bom/RS, junto à matriz, uma nova fábrica da FCC. Prestes a comemorar 42 anos de fundação (a indústria foi criada em março de 1969), a FCC é o maior e mais diversificado produtor nacional de elastômeros termoplásticos, além de um dos maiores fabricantes de adesivos e vedantes. Resultado de R$ 10 milhões em investimentos, a nova unidade da FCC terá um total de 4.100 metros quadrados de área construída, totalizando 21 mil metros quadrados de área de produção na matriz. A nova unidade aumenta a capacidade de produção de TPEs – elastômeros termoplásticos totalmente recicláveis que substituem as borrachas vulcanizadas tradicionais com vantagens econômicas e ecológicas. Hoje a empresa tem capacidade para produzir 25.000 toneladas de TPE por ano – com a nova unidade, a capacidade de pro-

dução passará para 30.000 toneladas. Mercados como o automobilístico, que hoje consomem 5.000 toneladas/ano da produção da FCC, receberão a maior fatia da expansão, com a duplicação da capacidade de atendimento exatamente para este segmento. O crescimento das vendas de TPE, de 40% em 2010, foi um dos fatores que motivaram o investimento na ampliação da capacidade de produção. Além do fato de que o setor automobilístico registra os maiores índices de incremento da substituição do uso de borracha em seus componentes.

Na nova unidade fabril da FCC, estarão instala-

dos equipa mentos que refletem o que há de melhor em tecnologia, o que permitirá à indústria produzir em larga escala o primeiro elastômero termoplástico dinamicamente vulcanizado (TPV) produzido com tecnologia nacional. Resultado de muito investimento em pesquisa aplicada, o TPV é um elastômero à base de polipropileno (PP) e borracha de eteno-propeno-dieno (EPDM) dinamicamente reticulado. A nova matéria-prima da FCC é destinada primordialmente a autopeças para vedação. A FCC é a precursora brasileira na concepção dessa tecnologia: as demais empresas trabalham com produto ou tecnologia importados. Entre as vantagens da substituição da borracha convencional por elastômeros termoplásticos, está o fato de que o material é totalmente reciclável e, portanto, reutilizável. Os termoplásticos são atóxicos e anti-alérgicos, consomem menos energia no seu processamento, têm processos com menor volume de perdas, são materiais com menos peso, além de oferecerem facilidades para o design, na medida em que são de fácil pigmentação e possibilitam co-injeção ou co-extrusão. Além disso, os elastômeros termoplásticos possibilitam ciclos mais rápidos e processos mais seguros e limpos na produção.

Grupo Fleckstan cria Termoplástico Indústria e Comércio de Plásticos Zerar o passivo ambiental das empresas do Grupo Flecksan, de Campo Bom/RS. Com este objetivo o Grupo Fleckstan implantou a Termoplástico Indústria e Comércio de Plásticos. A nova empresa foi criada especialmente para acabar com os rejeitos da produção das indústrias fabricantes de componentes para calçados do grupo. A meta com a criação da Termoplástico “é zerar a geração de resíduos nos nossos processos e dos clientes das nossas empresas”, afirma o diretor presidente do Grupo Fleckstan, Martinho Fleck. 32 > > Plástico Plástico Sul Sul > > Novembro Novembro de de 2010 2010 >> >>

Hoje, a Termoplástico garante o reaproveitamento de 40% de todos os retalhos e rejeitos dos processos de produção de suas empresas. Os clientes também são beneficiados com a criação da nova indústria, encaminhando seus rejeitos para serem aproveitados. A expectativa de Martinho Fleck “é de que até o final de 2011 tenhamos 100% dos rejeitos dos nossos produtos reaproveitados pela Termoplástico Indústria e Comércio de Plásticos”. A Termoplástico foi idealizada a partir do conceito de Sistema Zero de Resíduos. O

sistema prevê a responsabilidade da empresa geradora dos componentes sobre todos os seus resíduos. Por isto, os clientes das empresas do Grupo Fleckstan têm acesso à tecnologia da Termoplásticos para direcionar seus rejeitos. O Grupo Fleckstan é formado pelas empresas Boxflex Componentes para Calçados, Pollibox Termopláticos, Duvinil Componentes para Calçados,Termoplástico Indústria e Comércio de Plásticos, Ecogreen Componentes para Calçados, Hamburgo Village Incorporações e MNX Empreendimentos e Construções.PS


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Balanço

Indústria do PET reciclado cresce e consolida posição no Brasil Dados do 6º Censo da Reciclagem do PET também mostram que intenção de investimento aumentou entre as empresas do setor. A indústria do PET conseguiu atravessar o período mais grave da crise econômica de 2008/2009 com o crescimento e a consolidação de suas atividades no País. Esta foi uma das conclusões do 6.º Censo

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da Reciclagem do PET no Brasil divulgado pela da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). Além disso, o trabalho comprova também que uma tendência de alta na demanda pelo material reciclado e de investimentos por parte da indústria. De acordo com os dados levantados, houve um aumento de 3,6% na quantidade de embalagens de PET recicladas em 2009, na comparação com o ano anterior. Em números absolutos, o Censo registrou que 262 mil toneladas do produto receberam destinação ambientalmente adequada, acima das 253 mil toneladas de 2008.

Para o presidente da Abipet, Auri Marçon, o resultado do Censo supera as previsões mais otimistas. “O volume do PET reciclado continuou crescendo no Brasil em um período fortemente afetado por uma crise financeira que se estendeu até meados de 2009”, afirma. O total reciclado pelo Brasil corresponde a 55,6% das 471 mil toneladas de novas embalagens produzidas em 2009. Esse resultado mantém o Brasil em posição de destaque diante do cenário mundial, superando os índices da União Européia e dos Estados Unidos. O 6.º Censo da Reciclagem do PET no


Brasil também mostra que a atividade está cada vez mais difundida por todo o País. As 462 empresas pesquisadas estão presentes em 21 Estados de todas as regiões brasileiras. Além disso, quase a totalidade dessas empresas (86%) tem mais de cinco anos de existência, o que demonstra a viabilidade econômica da indústria.

O trabalho realizado pela Abipet também detectou que o PET reciclado tem ampla aprovação por parte das indústrias usuárias. Indica, ainda, uma forte intenção por parte dessas empresas (74% dos entrevistados) de ampliarem o uso do ma-

terial reciclado na fabricação de seus produtos – em 2006, esse índice era de 50%. Essa forte demanda é acompanhada pelos planos de investimentos das empresas recicladoras. Enquanto, em 2006, apenas 41% das companhias pretendiam investir em ampliação e modernização, em 2009 esse percentual saltou para 83%. O 6º Censo da Reciclagem de PET mostra, ainda, que o PET reciclado continua sendo usado principalmente pela indústria têxtil, com 39% do volume total, seguida pelas resinas insaturadas e alquídicas (19. Os laminados e chapas respondem por 15% e embalagens de ali-

mentos, por 10%. Outro dado levantado pela Abipet revela que, embora as taxas de reciclagem do PET tenham um histórico de crescimento sustentável ao longo dos anos, 44% das empresas pesquisadas apontaram algum tipo de dificuldade na obtenção de embalagens para serem recicladas. Para ajudar a resolver este problema, gerado pela ausência de um sistema de coleta eficiente nas cidades, a Abipet lança um novo serviço pela Internet, o LevPet, que vai orientar os usuários a respeito de pontos de descarte adequado de suas embalagens pósconsumo (ver release específico).

Déficit em produtos químicos chega a US$ 19,1 bilhões Pelo quinto mês consecutivo, as importações brasileiras de produtos químicos superaram o patamar de US$ 3 bilhões. Em novembro, as compras externas totalizaram US$ 3,3 bilhões, um aumento de 2,3% em relação a outubro. As exportações tiveram acréscimo de 9,9% na mesma comparação, somando US$ 1,2 bilhão. Em relação a novembro de 2009, as importações cresceram 36,7% e as exportações 26,2%. De janeiro a novembro deste ano, as exportações de produtos químicos tive-

ram acréscimo de 25,8% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 11,8 bilhões. As importações, no mesmo período, cresceram 29,4%, totalizando US$ 30,9 bilhões. No acumulado do ano, o déficit na balança comercial de produtos químicos chega a US$ 19,1 bilhões. As vendas de resinas termoplásticas, principal item da pauta de exportações de produtos químicos do País, caíram 2,6% em novembro, alcançando US$ 151,8 milhões. No acumulado do ano, as exporta-

ções de resinas termoplásticas tiveram incremento de 11,8% na comparação com 2009, chegando a US$ 1,6 bilhão. Em novembro, foram importados US$ 613,4 milhões em intermediários para fertilizantes, principais produtos químicos importados pelo Brasil, um decréscimo de 13% em relação a outubro. De janeiro a novembro, as compras externas destes produtos aumentaram 22% em comparação ao mesmo período de 2009, totalizando US$ 4,5 bilhões.

Evonik: expectativa de crescimento recorde em 2010 A Evonik Industries, uma das líderes mundiais em especialidades químicas, tem expectativa de crescimento recorde em 2010.”O terceiro trimestre continuou forte;

os primeiros nove meses foram excelentes. Estamos satisfeitos com nosso negócio”, comentou Klaus Engel, presidente do Conselho Executivo da Evonik Industries, quando

o grupo publicou seus principais números financeiros para o terceiro trimestre e para os primeiros nove meses de 2010. Na área de Químicos, com maior de->>>>

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Balanço manda global, uma melhora substancial em capacidade de utilização e ações efetivas para aumentar a eficiência elevaram os ganhos consideravelmente. “No fim dos primeiros nove meses, os ganhos da nossa área de Químicos estão a caminho de um recorde histórico”, comentou Engel. A área de Energia também mostrou uma grande melhora. A Evonik espera que a tendência dos negócios continue positiva no quarto trimestre e anunciou uma estimativa para o ano: “Nós esperamos resultados excelentes com mais de 20% de crescimento de vendas”, disse Engel. Ao mesmo tempo, a Evonik iniciou investimentos estrategicamente importantes para garantir que a trajetória de crescimento continue a longo prazo. Esses investimentos incluem a construção de uma planta para produção de metionina para aditivos de ração, em Cingapura, e o aumento da capacidade de sílica precipitada para os setores de pneus, ração, alimentos, revestimentos e colorantes na Ásia e na Europa. A Evonik já se encontra entre os líderes mundiais de mercado nas duas áreas e

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agora almeja reforçá-las seletivamente em mercados emergentes. A tendência positiva de negócios nos primeiros nove meses de 2010 permitiram à Evonik o crescimento significativo de vendas e de todos os parâmetros de lucro, comparando com os primeiros nove meses de 2009. As vendas do Grupo subiram 24%, para 11,887 milhões de euros (9 meses 2009: 9,590 milhões de euros). O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 55% para 2,276 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2010 (9 meses 2009: 1,468 milhão de euros) e a margem foi de 19.1%, muito acima do nível de 15.3% do ano anterior. A perda não operacional de 165 milhões de euros foi principalmente composta por despesas de pensões no Reino Unido e pelo programa On Track, de aumento de eficiência. A receita antes de imposto de renda de atividades continuadas foi 1,118 milhões de euros. Isso foi 745 milhões de euros (199%) superior ao ano anterior. No geral, o lucro líquido do Grupo Evonik quase quadru-

plicou para 790 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2010 (9 meses 2009: 211 milhões de euros). O crescimento considerável no resultado operacional dos primeiros nove meses de 2010 trouxeram um significante aumento no fluxo de capital de atividades operacionais, para 1,360 milhões de euros. Isso foi 101 milhões de euros acima do número esperado, apesar do aumento do capital circulante líquido, graças à recuperação substancial dos negócios. As despesas de capital somaram 479 milhões de euros. Uma usina piloto para a fabricação de produtos chaves de alta pureza para o setor de semicondutores foi iniciada com sucesso em Rheinfelden (Alemanha); e projetos para aumentar a produção estão em andamento. Em Nanning (China), a Evonik conta com uma nova planta de produção de ingredientes ativos farmacêuticos. Adicionalmente, outra nova instalação de produção de catalisadores de pó de metais preciosos para o setor farmacêutico e de químicos finos e industriais, iniciou atividades em Xangai (China). PS


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Bloco de Notas

O Instituto Nacional do Plástico (INP), por meio do Programa Export Plastic, venceu o 3º Prêmio ApexBrasil, na categoria Inserção de Novas Empresas no Esforço Exportador. Para o gerente executivo do Programa Export Plastic, Marco Wydra, a premiação, em uma categoria que é a razão de ser do Programa Export Plastic, é um importante reconhecimento de nosso trabalho e da parceria de sucesso com nossos associados. O Prêmio Apex-Brasil ocorre a cada dois anos e o INP esteve presente nas três edições já realizadas, tendo sido premiado em duas delas (2006 e 2010) e indicado como finalista na outra (2008).

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Seis meses depois de obter a homologação da ONU e do Ministério do Meio Ambiente às suas espumas de poliuretano à base de Ecomate®, que dispensa o uso do gás HCFC (hidroclorofluorcarbono), a Purcom Química, com sede em Barueri-SP, acaba de conquistar o Prêmio Abiquim de Tecnologia 2010, disputado por grandes empresas como a Petrobras, que, este ano, ficou com a Menção Honrosa da premiação. A Purcom investiu cerca de R$ 2 milhões, nos últimos cinco anos, para obter a aprovação de seus sistemas a 14 aplicações de PU, entre elas, o recheio de geladeiras fabricadas segundo padrões de sustentabilidade exigidos pela maior produtora de refrigerantes do mundo. O HCFC destrói a camada de ozônio que protege a atmosfera da terra e atenua o efeito estufa causado pela poluição. Ele já foi condenado em diversos países, e deve ser

banido do mercado brasileiro a partir de 2013, como prevê o Protocolo de Montreal. Fundada em 2002, a Purcom deve encerrar 2010 com um faturamento acima dos R$ 100 milhões e produz, atualmente, cerca de 1,2 mil toneladas de PU por FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

Programa Export Plastic é o vencedor na categoria ”Inserção de Novas Empresas no Esforço Exportador”

Poliuretano sem HCFC garante Prêmio Abiquim à PURCOM

mês. Em seu quarto ano de vendas externas, prevê encerrar o exercício com um faturamento de R$ 2 milhões em vendas para países da America Latina, México, Italia, Estados Unidos e Índia. Para 2011, espera incrementar em 30% o seu atual volume de exportação.


A Romi Itália, uma subsidiária de Indústrias Romi S.A., obteve a recertificação do Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2008 para as seguintes funções em sua unidade fabril na Itália: projeto, fabricação e serviços associados de injetoras de plásticos; e venda de peças de reposição. Os seus processos foram auditados pelo TÜV e essa certificação é válida até 2013. Essa conquista confirma que os processos dentro da Romi Itália estão estruturados e mantidos de forma a atender os requisitos do cliente, do governo e da própria empresa, refletindo o seu comprometimento com a Política Integrada Corporativa para Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança Ocupacional. As Indústrias Romi, em sua unidade no Brasil, mantém a certificação do Sistema de Gestão Integrada em conformidade com as normas ISO 9001:2008, o 14001:2004 e ISO/TS 16949:2009.

DIVULGAÇÃO/PS

Romi Itália obtém a recertificação ISO 9001

Nãotecidos garantem lucro para Providência A Cia Providência - fabricante de nãotecidos usados em produtos como fraldas descartáveis e absorventes - atingiu lucro líquido de R$ 14,2 milhões no 3º trimestre, superando em 98,3%, os ganhos obtidos nos três meses antecedentes. Em relação ao terceiro trimestre de 2009, a alta foi de 33,1%. Segundo o presidente da empresa Hermínio de Freitas, a Providência conseguiu repor margens operacionais após os reajustes nos preços da principal matéria-prima, o polipropileno. De acordo com a Providência, o volume de vendas somou 19,7 mil toneladas no 3º trimestre, com crescimento de 3,2% em relação ao montante de um ano antes. A receita líquida atingiu R$116,6 milhões entre julho e setembro, o que representa uma alta de apenas 0,2% sobre o 2º trimestre e alta de 12,2% ante o mesmo trimestre de 2009. A companhia lembra ainda que contratou no período R$ 150 milhões em financiamento à exportação do BNDES. O empréstimo foi fechado com taxa de juros pré-fixada de 7% ao ano e tem o prazo de pagamento de 18 meses. A empresa informou que fará a distribuição de R$ 11,1 milhões (R$ 0,13 por ação ordinária) referentes a dividendos dos resultados concluídos em 30 de junho. O pagamento está previsto para o dia 26 de novembro.

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FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

Bloco de Notas Rhodia e Daicolor fazem acordo em plásticos de engenharia na AL A Rhodia Plásticos de Engenharia América Latina e a Daicolor do Brasil assinaram carta de intenção para formalização de parceria técnico-comercial de longo prazo para produção e comercialização de poliamidas coloridas na América Latina. Os plásticos de engenharia em poliamidas, desenvolvidos em cores especiais, são utilizados principalmente na produção de peças técnicas para diversos segmentos de mercado, tais como automotivo e de transporte, elétrico e eletrônico, esportes e lazer. Segundo a carta de intenção, a Rhodia transferirá a sua carteira de clientes desse segmento de mercado para a Daicolor, de quem será a fornecedora exclusiva de polímero de poliamida. As duas empresas trabalharão em conjunto para atender as necessidades de poliamida colorida dos clientes na região, incluindo em uma primeira etapa o suporte técnico necessário para o desenvolvimento das atividades. “Juntas, as nossas companhias poderão agregar novos serviços e ampliar a expertise para o desenvolvimento de novas aplicações de poliamidas coloridas”, afirmou François Hincker, presidente da GBU (Global Business Unit) Rhodia Engineering Plastics. “Graças a essa aliança com a Daicolor na América Latina, nós planejamos duplicar nosso market share em compostos de poliamidas coloridas na região”, acrescentou.

Processo de incorporação da Quattor termina em março de 2011 A Braskem aguarda só o parecer do Cade para oficializar a aquisição (iniciada em janeiro de 2010) da Quattor, que integra o Polo Petroquímico do ABC. A consolidação dos ativos posicionará a Braskem como a maior empresa petroquímica das Américas em capacidade de resinas, colocando-a em um novo patamar de escala e eficiência, com faturamento anual de R$ 26 bilhões, para fazer frente aos desafios do mercado internacional. Segundo o VP da Unidade de Químicos Básicos da Quattor, Celso Ferreira, a integração entre as empresas já ocorre, porém com o despacho favorável, terá início o processo de integração efetivo dos 1,2 mil colaboradores, com treinamentos e consultorias voltados ao tripé prioritário da Braskem (saúde, segurança e meio ambiente).

FDTE quer ampliar serviços de engenharia e inovação no Brasil A Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) inaugura no dia 30 de novembro sua nova sede, em São Paulo. Um prédio maior que contribuirá para que a instituição amplie sua atuação no desenvolvimento da engenharia, por meio do aprimoramento tecnológico, do ensino continuado, da qualificação de mão de obra e de certificações de qualidade. Com aproximadamente dois mil metros quadrados, a nova sede, localizada na Rua Padre Eugenio Lopes, 323/361, no Morumbi, capital paulista, demandou investimentos de R$ 11 milhões, considerando a aquisição e reforma do prédio de quatro andares, que conta com dez salas de aula, anfiteatro e salas de reuniões. O novo endereço permitirá a ampliação da atuação da FDTE no desenvolvimento de projetos de tecnologia e engenharia e na área de educação executiva e qualificação de mão de obra. A estrutura de negócios da FDTE é 40 > Plástico Sul > Novembro de 2010 >>

formada por diretores de áreas, composta por coordenadores de projetos especializados por área de atuação. A entidade é auditada pelo Tribunal de Contas, Ministério Público e auditoria externa. Possui comitês internos com responsabilidades para algumas questões específicas: estratégia, gestão de pessoas, excelência operacional, sistema de integração e normalização, inovação, investimento, socioambiental, gestão de ética e comunicação. A FDTE atua em duas frentes de trabalho, uma voltada à prestação de serviços na área de engenharia, e outra, destinada ao aprimoramento de profissionais do setor.


Plast Mix

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Eventos movimentam os negócios do setor plástico em 2011

O

ano de 2011 será muito agitado para o setor plástico brasileiro. Além de eventos em todo território nacional as feiras da região sul e sudeste movimentam o Brasil e exterior. De 9 a 13 de maio acontece a 13ª Feira Internacional da Indústria do Plástico (Brasilplast 2011) no Pavilhão de Exposição do Anhembi, em São Paulo. Já no mês de agosto, mais precisamente entre os dias 16 e 19, acontece em Caxias do Sul (RS), a Plastech Brasil 2011 no Parque de Eventos Festa da Uva.

Principal evento do setor na América Latina, Brasilplast é uma realização da Reed Exhibitions Alcantara Machado. A Feira espera reunir 1.300 expositores, de 63 países, em 78 mil metros quadrados de exposição e receber 65 mil profissionais qualificados. “Temos uma expectativa bastante positiva para a Brasilplast 2011, uma vez que se trata de um evento consolidado e aceito pelo setor, seja por parte de expositores e compradores”, comenta Liliane Bortoluci, Diretora de Feiras da promotora. Na Brasilplast os visitantes encontrarão todo o ciclo da indústria do plástico, desde a matéria-prima até máquinas e equipamentos de grande porte, que permitem a produção compactada, passando por diversos processos de produção, conhecendo assim as tendências tecnológicas visando a preservação do meio ambiente e o produto fi-

nal. O evento tem o apoio da ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), da ABIMAQ (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), do SIRESP (Sindicato das Indústrias de Resinas Sintéticas do Estado de São Paulo) e da ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química).

Já a Plastech Brasil vem despontando como uma das mais importantes feiras técnicas da América Latina. Desde sua idealização, o Simplás – Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho buscou oportunizar um evento organizado diretamente pelos próprios empresários que vivem o dia-a-dia do segmento plástico. A primeira edição,em julho de 2007, contou com 150 empresas expositoras que apresentaram mais de 250 marcas, com visitação de 11.000 pessoas. Em julho de 2009, quando da segunda edição, os números apresentaram um crescimento significativo, considerando principalmente o momento econômico que antecedeu o evento: 220 expositores e 18.000 visitantes. Para a terceira edição, que acontecerá em agosto, a expectativa da organização é de superar os 400 expositores, para um público de 25.000 visitantes qualificados, abrangendo os segmentos de interesse do setor, reunindo empresários, técnicos, administradores, compradores, estudantes e entidades de classe ligadas ao plástico.

FFOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

Anunciantes Agenda


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