Revista Plástico Sul 118

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FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br

05 - Da

Redação Por Melina Gonçalves.

06 - Plast

Vip

Liliane Bortoluci fala sobre a Brasilplast.

10 - Especial

Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico

Polo Plástico Gaúcho: quando a união faz a força.

Porto Alegre - RS

22 -

Fone/Fax: 51 3062.4569

Balanço

Previsão de crescimento na indústria de borracha.

Fone: 51 3392.3975

23 - Institucional

plasticosul@conceitualpress.com.br Direção:

10

Sílvia Viale Silva

Sindicato do Nordeste gaúcho realiza reunião-janta.

24 -

Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

Destaque O plástico na indústria calçadista.

Redação:

38 - Petroquímica

Erik Farina

Braskem apresenta resultados.

Gilmar Bitencourt

40 -

Júlio Sortica

Tendências & Mercado

Departamento Financeiro:

A vez do gás natural para produção de resinas.

Rosana Mandrácio

42 - Artigo

Departamento Comercial: Débora Moreira e Magda Fernandes

Eficiência Hidráulica: teoria e prática.

Design Gráfico & Criação Publicitária:

44 -

José Francisco Alves (51 9941.5777)

Preços das resinas em ascenção.

Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual -

46 - Foco

Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração

entidades representativas, eventos, seminários, congressos,

no Verde

A novidades voltadas à sustentabilidade.

petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área,

Internacional

48 - Evento

24

Apta reúne transformadores no RS.

fóruns, exposições e imprensa em geral.

50 -

Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul.

23

É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que

Máquinas

Abimaq revela que déficit deve dobrar em 2011.

52 -

citada a fonte.

Bloco de Notas Novidades variadas sobre o setor.

Tiragem: 8.000 exemplares.

54 -

Anunciantes + Agenda Fique por dentro. >>>>

Filiada à

ANATEC

Pág. 50

Capa: divulgação

PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas

404 >> Plástico Plástico Sul > SulMarço > Março de 2011 de 2011 >> >>

Erramos Assumir os erros é a forma mais transparente de trabalhar junto ao nosso leitor. Portanto, desculpamo-nos pelas seguintes ocorrências no Guia Plástico Sul 2010-2011: • Na página 164, o telefone correto da TECK TRIL é (55 11) 2335.5300. • O nome da empresa MOBIL foi grafado de forma equivocada na página 190.


ARQUIVO/PS

Da Redação

Gente que faz

P

rezado leitor, esta edição da revista Plástico Sul está recheada de notícias importantes para setor. Mais do que isso, constam nas próximas páginas diversos exemplos de pessoas que se unem em busca do fortalecimento de toda a cadeia. A começar pela nossa seção Plast Vip, que apresenta as perspectivas e novidades da Brasilplast 2011. Liliane Bortoluci diretora de feiras da Reed Exhibitions Alcantara Machado, empresa promotora do evento, nos mostra que com muita união é possível organizar uma exposição que fomente os negócios dos empresários do setor plástico brasileiro. A feira deste ano tem como foco a sustentabilidade, promovendo importantes ações neste sentido, demonstrando que além de buscar lucro, as empresas precisam estar atentas ao meio-ambiente. Outro exemplo de união em prol do desenvolvimento da 1ª, 2ª e 3ª geração petroquímica está no Rio Grande do Sul que busca aproximação com o governo estadual para voltar aos bons tempos e aumentar o consumo de resinas no Estado. Alfredo Schmitt, do Sinplast, Orlando Marin, do Simplás e Emílio Ristow, do Simplavi unem forças junto com seus associados, para implementar uma proposta que possa conciliar aumento de receita fiscal e realização de investimentos no estado Gaúcho. Em 2010 foi observado um crescimento no consumo de resinas. Para 2011 a meta é um

incremento de 6%. Mas para isso é preciso construir uma via sustentável que permita a atração de novas empresas para o RS e para que as Companhias do estado tenham interesse e oportunidade de aumentar capacidades de produção. Este assunto, caro leitor, está bem detalhado na reportagem especial sobre o Polo Plástico do Rio Grande do Sul. Outra pauta interessante e bem pertinente é a participação do material na indústria calçadista. Ás véspe-

“Em 2010 foi observado um crescimento no consumo de resinas. Para 2011 a meta é um incremento de 6%.” ras da Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (Fimec) são muitas as novas tecnologias criadas para agregar valor ao calçado nacional. São inúmeros os assuntos que apresentam um pouco do muito que a 1ª, 2ª e 3ª geração petroquímica fazem para crescer, prosperar e se fortalecer. Afinal, o setor plástico brasileiro é composto por gente que faz. E faz bem feito. Boa leitura.

MELINA GONÇALVES / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br << Março << Março de 2011 de 2011 < Plástico < Plástico SulSul<<05 5


PLAST VIP Liliane Liliane Bortoluci Bortoluci

Por um Brasil mais sustentável

A

13ª Feira Internacional da Indústria do Plástico, a Brasilplast, ocorre de 9 a 13 de maio de 2011 no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. O evento, já conhecido como o maior da America Latina voltado ao setor e o 5ª em nível mundial, é realizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, e espera reunir 1.300 expositores, de 63 países, em 78 mil metros quadrados de exposição, recebendo 65 mil profissionais qualificados. “Temos uma expectativa bastante positiva para a BRASILPLAST 2011, uma vez que se trata de um evento consolidado e aceito pelo setor, seja por parte de expositores e compradores”, comenta Liliane Bortoluci, Diretora de Feiras da promotora. Nesta edição, a feira tráz a questão da sustentabilidade como foco principal. Além disso, aumenta a participação de vi6 >>Plástico 06 Plástico SulSul > Março > Março de 2011 de 2011 >> >>

Liliane Bortoluci é diretora de feiras da Reed Exhibitions Alcantara Machado

sitantes estrangeiros, fortalecendo a relação do Brasil com o mercado internacional e auxiliando a fomentar um aumento na exportação de máquinas, equipamentos e acessórios brasileiros. Para abrir as portas da 13ª edição da Brasilplast, a Revista Plástico Sul entrevistou Liliane Bortoluci, que falou sobre a Operação Reciclar, traçou perspectivas de participantes, detalhou sobre a Conferência que ocorrerá em paralelo e afirma: “O objetivo é que feira seja um canal de relacionamento comercial entre expositores e compradores nacionais e internacionais, gerando negócios e novos nichos de mercado”.

DIVULGAÇÃO/PS

Maior feira Latino Americana voltada ao setor plástico, a Brasilplast 2011, coloca os holofotes na área da sustentabilidade. Em um era onde a preocupação com meio ambiente está a todo vapor, o assunto será um dos principais temas da 13ª edição.


Revista Plástico Sul - Qual o mote prin- mento de plástico. Segundo o Estudo “O crescimento econômico cipal da feira de 2011? Prospectivo do Plástico, realizado em 2009 do País e a ascensão das Liliane Bortoluci - Uma das plataformas pela ABDI (Agência Brasileira de Desenvoldesta edição da Brasilplast é a sustentavimento Industrial) o Brasil, por exemplo, classes C e D estão bilidade. Diferentemente do que ocorreu em deverá continuar como líder na América trazendo para o mercado outras edições da feira, com ações pontu- Latina em produção de embalagens de plásmilhares de consumidores ais de doações de diversos expositores, a tico flexíveis, responsável por cerca de 36% direção da Reed Exhibitions Alcantara Ma- do total produzido em 14 países. A preque antes não tinham chado vai realizar, pela primeira vez, a Ope- sença de visitantes estrangeiros na Brasilacesso a produtos ração Reciclar. Ocupando uma área de 264 plast ajuda a fomentar um aumento na exmetros quadrados no Pavilhão de Exposi- portação de máquinas, equipamentos e manufaturados...” ções do Anhembi, o projeto tem o apoio da acessórios brasileiros, o que é positivo para Plastivida (http://operacaoreciclar.com.br) toda indústria. O objetivo é que feira seja reunir cerca de 1.300 expositores, de 30 e de expositores que representam todos um canal de relacionamento comercial en- países. Já estão confirmados expositores os elos da cadeia produtiva do plástico tre expositores e compradores nacionais e da Alemanha, Dinamarca, Itália, Espanha, (matéria-prima, transformadores, fabrican- internacionais, gerando negócios e novos Estados Unidos, França, Índia, Coréia, Turquia, China, Taiwan e Suíça. tes de máquinas, recicladores e coopera- nichos de mercado. tivas de coleta seletiva). A OpePlástico Sul - Qual a previsão ração Reciclar desenvolverá, Paralelo de visitantes internacionais? dentro da Brasilplast, ações que A Conferência BRASILPLAST 2011, que acontece simultaenvolvam o processo de De quais países? neamente ao evento, reunirá consultores, empresários e acareciclagem, o ciclo completo do Liliane - A nossa expectativa é dêmicos, para debater temas relevantes e atuais do setor. O plástico, produtos feitos a parde superar a marca de 2009, ciclo de palestras, organizado e promovido pela Reed tir do plástico reciclado entre que foi de 1336 visitantes inExhibitions Alcantara Machado, no Holiday Inn Park Anhembi, outros temas. ternacionais, vindos de 62 paestá dividido em três temáticas: Mercado e Negócios, íses, como Alemanha, Estados Sustentabilidade na Cadeia do Plástico e Inovações e Plástico Sul - Qual a posição da Unidos, Itália, Argentina, enTecnologia. Brasilplast, no ranking das extre outros. A Gerente da Unidade de Negócios e Conferências da proposições internacionais? motora, Márcia Coimbra, descreve o evento como um fórum de Plástico Sul - O setor de transLiliane - A Brasilplast é a princidiscussões diferenciado. “O objetivo é reunir os principais formação de plástico brasileipal Feira da América Latina e uma players da indústria do plástico para debater os desafios e ro tem sofrido com a entrada das cinco maiores do mundo. Rerumos do setor, apresentar inovações e se configurar como um de produtos internacionais tribuo este sucesso com as prinfórum de referência para o mercado”, afirma a executiva. acabados. Na sua opinião, a cipais entidades setoriais que Uma ampla análise do cenário econômico nacional com Brasilplast pode ser uma ferapoiam a feira, como ABIPLAST foco na competitividade para o mercado de plástico será apreramenta para contribuir na re(Associação Brasileira da Indússentada durante a Conferência, com temas relacionados a imdução do déficit da balança cotria do Plástico), ABIMAQ (Asportação de matérias primas, tendências de preços da nafta mercial do setor? sociação Brasileira da Indústria petroquímica e os investimentos e gestão de parques industriLiliane - Sem dúvida. O cresde Máquinas e Equipamentos), ais de transformadores. cimento econômico do País e SIRESP (Sindicato da Indústria O evento também vai debater a Sustentabilidade na Caa ascensão das classes C e D de Resinas Sintéticas) e ABIdeia do Plástico, reunindo as Tendências e Soluções Sustentáestão trazendo para o mercaQUIM (Associação Brasileira da veis para Plásticos (Reciclagem Energética e Mecânica); do milhares de consumidores Indústria Química) e aos expoBiopolímeros; Polímeros Biodegradáveis; e Polímeros de Fonque antes não tinham acesso sitores responsáveis por sempre tes Renováveis. a produtos manufaturados, o trazerem tecnologia e inúmeros Sob o tema Inovações e Tecnologia, profissionais que torna o setor de plástico lançamentos. renomados de todo o mercado apresentarão tendências e nobrasileiro um forte competivas tecnologias para o segmento, como a Aplicação Estrutural dor com fabricantes estranPlástico Sul - De acordo com o de Materiais Compósitos; Avanços da Nanotecnologia e sua geiros. número de expositores interaplicação em polímeros; Desempenho e Eficiência em Injetoras; Uma feira de negócios do pornacionais e com a expectativa e Utilização e Aplicação de Injetores Híbridos e Elétricos. te da Brasilplast é uma excede visitantes estrangeiros prelente oportunidade para que vistos para a Brasilplast deste Plástico Sul - Qual o número de exposi- as empresas nacionais tenham uma preano, o Brasil está mais comprador ou vendedor? tores estrangeiros e quais os países de sença efetiva e positiva na balança comercial do Brasil. Liliane - O Brasil vem se tornando, ao lon- origem? go dos anos, um grande produtor no segLiliane - A 13ª edição da Brasilplat deve Em 2009, segundo dados da Abiplast, as>>>> << Março << Março de 2011 de 2011 < Plástico < Plástico S ul Sul<<07 7


PLAST VIP Liliane Bortoluci exportações cresceram 24,24%. Passando de US$ 1,18 bilhão para US$ 1,47 bilhão. Plástico Sul - Quais os principais destaques da feira deste ano? Liliane - Além da Operação Reciclar, simultaneamente à Feira será realizada Conferência Brasilplast 2011, nos dias 10 e 11 de maio, e contará com a participação de consultores, empresários e acadêmicos para debater temas relevantes ao setor. O ciclo de palestras, organizado e promovido pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, no Holiday Inn Park Anhembi, está dividido em três temáticas: Mercado e Negócios, Sustentabilidade na Cadeia do Plástico e Inovações e Tecnologia. A programação completa está disponível no seguinte site: http://www.brasilplast.com.br/ Conferencia/Programacao/

Operação Reciclar Com o objetivo de orientar sobre a melhor utilização do plástico, a Brasilplast idealizou a Operação Reciclar. A iniciativa prevê um conjunto de ações para alavancar a imagem do plástico, educando os diversos segmentos consumidores do produto a utilizá-lo de forma consciente. As ações: • Promover a educação e a conscientização em todo o período do evento (Montagem, Realização e Desmontagem) • Incentivar na cadeia produtiva do setor a adoção de boas práticas com o meio ambiente; • Criação de campanha específica da OPERAÇÃO RECICLAR e peças de divulgação; • Entrada do evento tematizada mostrando a “Utilização do plástico em diversos setores da indústria e sua Importância”; • Equipe Uniformizada; • Coleta seletiva durante o evento, reduzindo a quantidade de resíduos que vai para o aterro sanitário; • Destinar o material reciclável para cooperativas de reciclagem e ou projetos de geração de trabalho e renda ou diretamente às indústrias recicladoras;

Plástico Sul - A feira de 2011 deve registrar crescimento em relação à edição anterior? Qual a área de exposição, número de expositores, previsão de visitantes e volume de negócios? Liliane - A previsão é que a Brasilplast 2011 cresça em relação a 2009. A 13ª edição da

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Feira ocupará uma área total de exposição de 85 mil m 2 do Pavilhão de Exposição do Anhembi. A expectativa é reunir cerca de 1.300 expositores, de 30 países, vindos do Brasil e de países estrangeiros, como Alemanha, Dinamarca, Itália, Espanha, Afeganistão, Estados Unidos, França, Índia, Coréia e Turquia. Com relação ao número de visitantes, a meta é de superar os

números alcançados em 2009, que chegou a mais de 63 mil visitantes/compradores nacionais e 1336 internacionais, vindos de 62 países. Também estimamos que 62% dos compradores potenciais compareçam à Brasilplast para conhecer as tendências da indústria e novos produtos, o que certamente irá gerar negócios ao longo de 2011.

Plástico Sul - Quais foram os números da mostra em 2009? Liliane - A 12ª edição da feira, que aconteceu de 4 a 8 de maio de 2009, recebeu 1302 expositores e marcas nacionais e internacionais, dos quais dois terços vieram do setor de máquinas e equipamentos. O número de visitantes/compradores chegou a 63.168 nacionais e 1.336 internacionais de 62 países durante todo o período que a Brasilplast 2009 foi realizada. Plástico Sul - O que mais deseja acrescentar? Liliane - Cada vez mais a nossa meta é ampliar a visibilidade do expositor e, com isso, possibilitar que efetue mais negócios, aumentando seu retorno sobre investimento (ROI).PS


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ESPECIAL Plástico no RS

Por Jefferson Klein

Cadeia do plástico planeja aumentar transformação de resinas no Estado DIVULGAÇÃO/PS

No ano passado os transformadores gaúchos utilizaram aproximadamente 524 mil toneladas de resinas, 12% a mais que em 2009

A

pós ter verificado um incremento em faturamento e volume em 2010, a indústria de transformação de plásticos no Rio Grande do Sul trabalha para que esse crescimento seja contínuo e maior nos próximos anos. Para isso se tornar realidade, está sendo construída uma aproximação entre os sindicatos que representam as empresas do setor e o governo do Estado, com o objetivo de concretizar um projeto de desenvolvimento para o segmento que contemple incentivos fiscais. No mês de março, integrantes dos sindicatos tiveram um encontro com o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, para debater o futuro da área. O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), Orlando Marin, revela que foi entregue a Knijnik um resumo dos benefícios fiscais

10 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

e tributários que hoje são praticados em outros estados e que têm forte impacto sobre o custo da produção nestes locais. “Queremos implementar uma proposta que possa conciliar aumento de receita fiscal e realização de investimentos”, detalha o presidente do Simplás. Marin sustenta que é possível elevar o volume de resinas transformado no Estado. Contudo, é preciso dar prosseguimento a um programa de longo prazo. “O governo se mostra aberto a novos desafios, temos tudo para que possamos trazer de volta o que perdemos e tornar a cadeia plástica um grande motivo de orgulho”, aposta o dirigente. O presidente do Simplás acrescenta que a articulação entre sindicatos da 3ª geração e companhias da 1ª e 2ª geração no Rio Grande do Sul amadureceu bastante nos últimos anos. Ele aponta esse fato como um alicerce fundamental para a nova estrutura que está sendo montada.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast-RS), Alfredo Schmitt, reitera que as entidades que representam a área do plástico estão cada vez mais unindo agendas e encontrando pontos de interesse em comum, embora preservando suas identidades próprias. “Temos que fazer nossos encaminhamentos como um setor, o que será benéfico para todos”, afirma Schmitt. O dirigente relata que, para 2011, a perspectiva do incremento do consumo de resinas pelas empresas de 3ª geração do Estado é da ordem de 6%. No ano passado, os transformadores gaúchos utilizaram aproximadamente 524 mil toneladas, o que representou uma elevação de 12% em relação a 2009. Já quanto ao faturamento, o desempenho em 2010 foi de cerca de R$ 4,5 bilhões, incremento de aproximadamente 9%, comparado ao ano anterior. Atualmente, cerca de 8,5% da produção nacional é transformada no Rio Grande do Sul. Schmitt admite que existem várias batalhas a serem travadas pelos agentes do plástico. Entre elas, estão: a melhoria da competitividade, o aprimoramento tecnológico e administrativo, entre outros pontos. O executivo também defende que os sindicatos dos transformadores, com o governo do Estado, devem construir um caminho para deixar de perder empresas para outras regiões, atrair novas companhias e para que os grupos gaúchos queiram aumentar a sua capacidade de produção. O diretor-executivo do>>>>


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FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

ESPECIAL Plástico no RS

Sindicato das Indústrias de Material Plásticos do Vale dos Vinhedos (Simplavi), João Dorval de Almeida Neto, concorda que é viável incrementar a fabricação de plástico no Estado a partir de resinas do polo petroquímico de Triunfo. “Nós, os

12 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

Marin, do Simplás, sustenta que é possível elevar o volume de resinas transformado no estado Schmitt, do Sinplast: melhoria da competitividade, aprimoramento tecnológico e administativo são batalhas do setor

empresários do setor, fazemos sempre uma avaliação e nos perguntamos como pode o polo ser aqui do lado e não conseguirmos ser competitivos”, comenta o diretor do Simplavi. Ele recorda que algumas empresas catarinenses, por exemplo, adquirem matéria-prima no Rio Grande do Sul e vendem um produto acabado mais barato. Para equilibrar esse cenário, Almeida Neto também indica a necessidade de incentivos fiscais, tributários e financeiros para a cadeia gaúcha do plástico. Ele ressalta ainda que o segmento de transformados plásticos é intensivo em mão de obra, com elevado potencial de agregação de valor às matérias-primas pro-

duzidas na região. “Nossa meta é tornar o setor mais competitivo em processos, procedimentos e produtos, só assim teremos condições de disputar com outros estados que hoje possuem incentivos de toda a ordem”, diz Almeida Neto.PS


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ESPECIAL Plástico no RS

Preços de matérias-primas preocupam empresários DIVULGAÇÃO/PS

Elevação nos preços das resinas petroquímicas e expectativa de novos aumentos preocupam os empresários gaúchos

U

Uma das questões que mais angustia os transformadores no momento é como será o comportamento dos preços das matérias-primas neste ano. O diretor da companhia Neoform, Sérgio Mendes Ribeiro, acrescenta que um dos principais problemas enfrentados pelas empresas de 3ª geração é não terem muitas opções para a compra de resinas. Para o empresário, uma forma de amenizar o impacto dessa situação seria o governo facilitar as condições de importação de resinas, diminuindo a tributação sobre essa prática. “Quando as importações são oneradas, isso permite que os fornecedores nacionais cobrem mais caro”, lamenta Ribeiro. O executivo salienta que é fundamental ter uma 3ª geração saudável, já que o segmento é o maior gerador de empregos dentro da cadeia petroquímica. O supervisor de suprimentos da empresa Acrilys do Brasil, Cesar Augusto Turella, concorda que o custo das resinas é uma das maiores preocupações das companhias atualmente. Ele também defende a necessidade de ampliar o número de fornecedores e de melhores condições quanto à importação. Segundo Turella, o mercado de plásticos em que atua a Acrilys (peças e acabamentos para montadoras e encarroçadoras de ônibus) não verificou, nesse primeiro trimestre, o aquecimento esperado e teve desempenho similar ao do mesmo período do ano passado. “Mas, estamos otimistas que nos próximos meses ocorra um crescimento”, projeta. A apreensão quanto aos preços das resinas por parte dos transformadores é procedente, já que houve elevação no ano passado e a expectativa é que se verifiquem novos aumentos durante 2011. Conforme informações prestadas no balanço dos resultados de 2010 da Braskem, o presidente da empresa,>>>> 14 > Plástico Sul > Março de 2011 >>


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ESPECIAL Plástico no RS DIVULGAÇÃO/PS

Zuñeda indica a possibilidade do aproveitamento do gás gerado nas operações das refinarias de petróleo

Carlos Fadigas, informou que, no ano passado, o preço médio da nafta ARA (Antuérpia, Roterdã e Amsterdã) foi de US$ 713 a tonelada, contra US$ 534 em 2009. E durante janeiro a março de 2011 o valor da nafta teve um incremento de 10% a 15%. O dire-

16 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

tor da MaxiQuim Assessoria de Mercado, João Luiz Zuñeda, recorda que 2010 foi o ano de recuperação de resultados para as petroquímicas no mundo todo, depois do impacto da crise financeira global de 2008. Ele comenta que, mesmo com o alto valor do petróleo, as companhias tiveram melhores resultados. Entre os motivos que explicam esse desempenho estão as adequações de custos e a valorização dos preços das resinas. “Agora, está parecendo o início de um ciclo de alta, de dois a três anos”, diz Zuñeda. No entanto, ele acrescenta que ainda pairam algumas dúvidas quanto aos cenários econômicos da Europa, Estados Unidos e a possibilidade de inflação na China. Além disso, há a inquietação quanto à questão geopolítica e eventuais conflitos bélicos na África e no Oriente Médio. Esses fatores, aponta Zuñeda, manterão elevados os custos de petróleo. Já quanto à catástrofe natural que

assolou o Japão, o diretor da MaxiQuim diz que ainda é cedo para dimensionar o impacto que isso causará no mercado. Outra das expectativas no contexto mundial é quanto à petroquímica norte-americana que pode exercer forte influência, principalmente no segmento de polietilenos, devido ao preço competitivo do gás natural naquela região. No panorama nacional, Zuñeda adianta que a grande incógnita será saber quando o Brasil terá matéria-prima competitiva para viabilizar mais e maiores empreendimentos. “O País continuando a crescer 5% ao ano, em média, a petroquímica brasileira, que é superavitária ainda e que fez o seu tema de casa em investimentos na última década, terá que aplicar mais recursos para não ficar deficitária”, alerta. Para o diretor da MaxiQuim, a provável solução para equacionar essa dificuldade é a disponibilidade de matéria-prima a baixo custo proveniente do Pré-Sal, assim como de um preço mais competitivo de gás natural nacional para o segmento petroquímico. Zuñeda também indica a possibilidade do aproveitamento do gás gerado nas operações das refinarias de petróleo.PS


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ESPECIAL Plástico no RS

O

polo petroquímico de Triunfo, que já sedia as unidades de eteno e polietileno verdes (fabricados a partir do álcool proveniente da cana-deaçúcar) da Braskem, aguarda agora a instalação de uma planta de polipropileno verde. O presidente do grupo, Carlos Fadigas, afirma que a definição quanto à localização do novo complexo deverá ocorrer ainda no primeiro semestre deste ano. A Braskem construirá uma planta com capacidade para 30 mil toneladas de polipropileno verde ao ano, que deverá iniciar as operações em 2012 ou 2013. Fadigas avisa que o em-

DIVULGAÇÃO/PS

Polo de Triunfo espera novos investimentos em petroquímica “verde”

18 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

Triunfo sedia unidades de eteno e PE proveniente da cana-de-açúcar e aguarda a definição sobre a instalação do PP verde

preendimento será situado onde a companhia consegue realizar hoje a produção de polipropileno convencional. O grupo possui unidades dessa resina nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. “Mas, essas 30 mil toneladas nem de longe refletem o desejo da Braskem nessa área, na qual continuará investindo futuramente”, garante o dirigente. O executivo revela que, além de novos complexos de polietileno e polipro->>>>


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ESPECIAL Plástico no RS pileno verdes, a ideia é ampliar as rotas tecnológicas para o desenvolvimento de outros produtos renováveis. A Braskem fez no ano passado investimentos operacionais que totalizaram R$ 1,8 bilhão (excluídos juros capitalizados), 76% acima dos R$ 894 milhões realizados em 2009. Parte importante dos recursos foi direcionada para a finalização da planta de 200 mil toneladas ao ano de eteno verde em Triunfo, que acumulou investimentos de R$ 343 milhões no período. No Estado, a companhia também confirmou em março a ampliação da fabricação de butadieno. Através de um aporte de R$ 300 milhões, o grupo construirá uma unidade com capacidade para 100 mil toneladas ao ano do insumo. A operação da estrutura deverá iniciar até o final de 2012. No momento, a empresa detém em Triunfo uma capacidade instalada para produzir até 105 mil toneladas anuais de butadieno. A iniciativa da Braskem beneficiará a cadeia da borracha sintética como um todo, já que o butadieno é um dos insumos básicos do setor. A Lanxess, por exemplo, é

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uma das maiores compradoras no Brasil, informa o presidente da companhia no País, Marcelo Lacerda. Nos últimos anos, a Lanxess realizou importantes movimentos com a aquisição de operações da Petroflex (por 370 milhões de euros) e da DSM Elastômeros (por 310 milhões de euros). Cada uma dessas empresas possuía uma unidade de produção de borracha sintética no polo de Triunfo. “Esse segmento apresentou bons resultados em 2010 e esperamos que isso prossiga neste ano, acompanhando o desempenho do mercado automobilístico”, diz Lacerda. O dirigente revela que o grupo, em sua atividade global, quer alcançar 1,4 bilhão de euros em EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) pré-excepcionais em 2015, contra os atuais 918 milhões de euros. A companhia pretende ampliar seus investimentos principalmente nos países do BRIC (Brasil, Rússia, India e China) para alcançar essa meta. Outra empresa do polo que apresentou novidades, envolvendo o campo político, foi a Innova, que produz estireno,

poliestireno e etilbenzeno. A Petrobras anunciou no começo de abril que assumiu 100% do capital social da Innova, que antes era controlada pela Petrobras Energia Internacional, subsidiária argentina controlada pela Petrobras Argentina (Pesa). O valor da transação foi de US$ 332 milhões. Segundo nota divulgada pela Petrobras, com a participação integral neste ativo petroquímico, a companhia passa a ter autonomia para realizar novos investimentos na Innova e para alinhar a atuação dessa empresa aos seus negócios atuais e futuros no Brasil. Ao mesmo tempo, a operação permitirá à Pesa concentrar suas atividades na Argentina. O deputado estadual Raul Pont (PT) era um dos defensores dessa medida. Ele explica que a meta é retomar os investimentos no setor petroquímico gaúcho como um todo. No caso da Innova, essa movimentação é facilitada, conforme Pont, por se tratar de uma estatal envolvida. “É muito relevante que a Innova cresça e amplie sua produção no Rio Grande do Sul”, sustenta Pont.PS


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Balanço

O

setor gaúcho da borracha tem como bom indicador de seu desempenho em 2011 a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias ICMS, que poderá alcançar R$ 120 milhões, um incremento de 7,2% sobre o ano anterior. A avaliação foi feita hoje (17.3) pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha do Rio Grande do Sul (Sinborsul), Arlindo Paludo, durante café da manhã para a imprensa, realizado no Sheraton Hotel, em Porto Alegre. A projeção de crescimento das exportações em cerca de 10% e a manutenção de aumento de postos de trabalho, principalmente no subsetor de pneumáticos, que se consolida como importante polo produtor do país, leva o Sinborsul a estimar um incremento no desempenho industrial do setor de 5,3% em 2011. Embora este início de ano apresente queda nos indicadores de desempenho da indústria de transformação gaúcha, acompanhando o PIB nacional, e por consequência, do setor da borracha, e o cenário macroecoconômico aponte pela continuidade

22 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

CLAUDIO BERGMAN

Indústria gaúcha da borracha mantém crescimento em 2011 Presidente do Sinborsul, (ao centro) Arlindo Paludo, apresentou desempenho do setor da borracha aos jornalistas em Porto Alegre

da valorização do Real, pelo aumento das pressões inflacionárias e uma forte possibilidade de elevação da taxa Selic já na próxima reunião do COPOM, com o objetivo de colocá-la em um patamar capaz de estabilizar preços, o Sinborsul aposta que o desempenho do setor da borracha no segundo semestre de 2011 permitirá atingir o crescimento previsto. O significativo investimento já anunciado por três empresas do setor de pneumáticos, estimado em R$ 700 milhões nos próximos 3 anos, poderá ter seu cronograma alterado por uma evidente perda da capacidade financeira causada pela elevada taxa Selic e influenciada pela retração do crédito para investimento. As exportações do setor, embora em cenário cambial adverso, deverão ultrapassar os US$ 326 milhões, mas a balança comercial continuará, pelo segundo ano consecutivo, apresentando déficit de US$ 30 milhões.PS


FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

Institucional

Laercio Gonçalves, presidente da Adirplast

Rui Chammas, vice-presidente da Braskem

Evento reuniu dezenas de transformadores em Caxias do Sul (RS)

Orlando Marin, do Simplás, deu as boas-vindas na reunião-janta

Nordeste gaúcho realiza 1ª reunião-janta do ano

O

Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), realizou no dia 14 de março sua primeira reunião janta de 2011. O Vice–Presidente Executivo da Unidade de Polímeros da Braskem, Rui Chammas, foi um dos palestrantes do evento. O VP abordou a questão da consolidação da petroquímica nacional, a situação da Companhia após a aquisição da Quattor, no Brasil, e Sunoco, nos Estados Unidos, e explicou a política de preços das resinas produzidas pela empresa, que atu-

almente é a líder nas Américas. Além disso, Chammas destacou a importância da manutenção da redução do ICMS nas compras de resina no Rio Grande do Sul, benefício estendido até 31 de dezembro de 2011. O encontro, realizado na Câmara de Indústria e Comércio (CIC) de Caxias do Sul (RS), também contou com a palestra do presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas (Adirplast), Laercio Gonçalves. O dirigente, que assumiu a entidade no início do ano, fa-

lou sobre as metas para sua gestão e sobre a relevância de seus associados para a 3ª geração. Gonçalves ressaltou a pulverização do setor plástico que conta com mais de 11 mil empresas e a importância dos distribuidores para fazer com que as matérias-primas cheguem nos transformadores com rapidez e custo acessível. Entre as diretrizes estratégicas da Adirplast para 20112012 estão o apoio aos associados, projeto de auto-regulamentação, consolidação com as petroquímicas e internacionalização.PS << Março de 2011 < Plástico Sul < 23


DESTAQUE Plástico nos Calçados

Por Gilmar Bitencourt

No passo certo Com a retração nas exportações os produtores de calçados estão de olho no mercado interno e a Fimec aposta nesta tendência.

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setor calçadista continua apostando no mercado interno. Diante de uma um cenário internacional pouco animador, com a balança comercial negativa no primeiro bimestre do ano, as empresas do setor acreditam que o bom desempenho das vendas internas registrado no ano passado deve se repetir em 2011 e direcionam a sua atuação para o consumidor brasileiro. Os dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, retrantam as dificuldades enfrentas pelo setor para colocar os seus produtos no mercado externo. O volume dos embarques de calçados para o exterior caiu 24 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

32,1%, sendo que o faturamento obteve retração de 15,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2011, foram exportados 23,3 milhões de pares, com receita de US$ 248,3 milhões, enquanto em período correspondente de 2010, foram vendidos ao exterior 34,2 milhões de pares, com divisas de US$ 295,2 milhões. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o saldo da balança comercial foi de US$ 172 milhões, ficando negativo em 31,9% em relação ao mesmo período do ano passado. As exportações somaram US$ 248,3 milhões, o que gerou uma redução de 15,9%. As importações, por sua vez, ficaram em US$ 76,3 milhões, resultando em alta de 78,4%. Essa movimentação gerou uma corrente de comércio de US$ 324,6 milhões – uma queda de 3,9% em relação a igual período do ano passado. Para o diretor executivo da Abicalçados, Heitor Klein, a redução, puxada pelos Estados Unidos, se deve principalmente ao câmbio. “Com o valor do dólar depreciado em relação ao real, o Brasil perdeu muito

espaço na exportação, pois não conseguimos mais formar um preço competitivo. Em decorrência disso, os Estados Unidos preferem comprar de outros países produtores, como a China”, sustentou. O preço médio do calçado brasileiro vendido a este mercado triplicou. Passou de US$ 6,12 nos dois primeiros meses de 2010 para US$ 18 nos dois primeiros meses deste ano. Na análise geral das exportações aos principais destinos, o preço médio do par de calçado Made in Brazil apresentou elevação de 23,8%, passando de US$ 8,62 nos dois primeiros meses do ano passado para US$ 10,67 no acumulado deste ano. Os Estados Unidos, ainda o principal compradores do calçado brasileiro, apresentou diminuição de 77,9% no volume este ano, com o embarque de 2,5 milhões de pares. Já o faturamento decorrente dos embarques aos EUA caiu 35%, ficando em US$ 45,3 milhões. Entre janeiro e fevereiro de 2010, os EUA havia adquirido 11,4 milhões de pares, gerando receita de US$ 69,6 milhões. Já o segundo melhor comprador em>>>>


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DESTAQUE Plástico nos Calçados DIVULGAÇÃO/PS

Fimec confirmará em 2011 a tradição de principal evento nacional voltado ao setor calçadista

US$ 383,3 mil. No ano passado, foram exportados 83,4 mil pares, que geraram US$ 501,6 mil em faturamento.

Fimec

termos de faturamento, a Itália registrou um decréscimo de 16,5% em volume e 27,3% em termos monetários, com o embarque de 1,5 milhão de pares e a geração de US$ 26,3 milhões. Em igual período do ano anterior, os italianos adquiriram 1,9 milhão de pares Made in Brazil, a US$ 36,2 milhões. E apesar dos atrasos na liberação das licenças de importação por parte da Argentina, o país vizinho figura no terceiro lugar do ranking das exportações brasileiras, e apresentou elevação de 6,9% no volume comprado até fevereiro deste ano, com 1 milhão de pares, e de 13,8% em termos monetários, com US$ 21,8 milhões. Nos dois primeiros meses de 2010, os argentinos compraram 970 mil pares de calçados brasileiros, gerando US$ 19,2 milhões em divisas.

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De acordo com dados da Abicalçados, todos os produtos do capítulo 64 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), os segmentos de sapatos exportados até fevereiro deste ano apresentaram redução. Porém os calçados e componentes do segmento plástico foram os mais prejudicados. Os produtos com cabedal em material sintético (NCM 6402) tiveram uma retração de 33,2% em volume e 4,4% em valores. O setor exportou US$ 82,1 milhões, frente aos US$ 85,9 milhões registrados no ano passado, no mesmo período. No mesmo ritmo, os calçados injetados (NCM 6401) despencaram 58,5% em volumes este ano e 23,6% em valores, com o envio ao exterior de 34,6 mil pares, equivalentes a

Mesmo diante dos números registrados nas vendas externas, o setor está otimista. Mais uma vez a força do mercado interno deve alavancar os negócios em 2011. Especialistas da área comentam que o momento econômico brasileiro é positivo. Acreditam que este cenário deve se refletir durante em uma das principais feiras mundiais do complexo coureiro calçadista, a Fimec. A Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes, acontecerá de 12 a 15 de abril nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo (RS), comercializou todos os seus espaços de exposição, repetindo o panorama dos anos anteriores. Para esta edição os organizadores precisaram criar mais um espaço de 1.000 metros quadrados para abrigar a demanda crescente do setor de máquinas. Elivir Desiam, diretor-presidente da Fenac, promotora, da Fimec, fala que o crescimento no número de expositores reflete o potencial da exposição que representa todo o setor. “Estamos muito otimistas com os negócios que tendem a acontecer não somente durante a Fimec, mas também nas semanas seguintes ao>>>>


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DESTAQUE Plástico nos Calçados evento, já que muitas negociações se iniciam aqui na Fenac e seguem durante algum tempo até serem concretizadas. A expectativa é muito grande por parte de todos os expositores”, comenta. A Fimec 2011 vai contar com 1.200 marcas, cerca de 600 expositores de 20 países e tem a expectativa de 50 mil visitantes de todos os continentes. Segundo Desiam, a tecnologia e a inovação estarão em evidência neste ano, consolidando o evento como o segundo maior do mundo no setor coureiro-calçadista. Empresas da Alemanha, Argentina, China, Coreia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Guatemala, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Tailândia, Taiwan, Turquia e Uruguai, além do Brasil, estarão apresentando seus principais produtos e serviços nos setores de acabamentos em couro, adesivos, componentes para calçados e artefatos, curtumes, embalagens, equipamentos, máquinas, produtos químicos, sintéticos, solados, tecidos, assessoria técnica, entre outros. “Temos um histórico de uma participação muito forte de todos os segmentos e neste ano não será diferente. Acreditamos em excelentes resultados tanto para os expositores quanto para os visitantes, que encontrarão em Novo Hamburgo o que existe de mais moderno dentro dos conceitos de tecnologia, inovação, design e sustentabilidade. Esta será a Fimec da evolução”, projeta o diretor-presidente da Fenac. Para ele, a ocupação total de todos os espaços disponíveis, além da ampliação em mil metros quadrados para o

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setor de máquinas, é um forte demonstrativo de que o setor está aquecido e otimista. “O quadro é favorável para os negócios, especialmente no mercado interno”, acrescenta Elivir Desiam.

Sapato verde Uma das grandes novidades da Fimec é o lançamento da FCC, fabricante de TPU para solados e tacos. Seguindo a tendência mundial de sustentabilidade a empresa apresenta na feira um modelo de sapato feito de materiais de fontes renováveis, que representa um avanço importante no sentido sustentável do setor calçadista. De acordo com a empresa o sapato que será apresentado é diferente pela sua composição inovadora, em que boa parte dos seus componentes, solado TR, palmilha TR, forro de couro e adesivos são fabricados com materiais obtidos a partir de fontes renováveis. Idealizado a partir do Fortiprene TR Verde, produto que a empresa lança na feira é uma forma de mostrar aos fabricantes de calçados que é possível investir na construção de um sapato feito totalmente de materiais de fontes renováveis. O principal desafio para o desenvolvimento do Conceito FCC Sapato Verde era obter solas e palmilhas originadas de matérias-primas de fontes renováveis, sem perder as características necessárias para estes componentes, que são a flexibilidade, aparência e resistência ao desgaste. Depois de três anos de pesquisa, a FCC conseguiu viabilizar a obtenção de um solado feito em material elastomérico,

totalmente reciclável e que contém até 50% de matérias-primas de fonte renovável em sua composição. A apresentação do novo produto acontece dois anos após a empresa ter lançado e registrado patente do composto FORTIPUR 4222 Bio, que tem como principal característica a biodegradabilidade. Denominada de a quarta geração de TRs, a principal vantagem do TR Verde é a possibilidade de redução significativa da utilização de recursos provenientes do petróleo, substituindo-os por materiais de origem vegetal, que contribuem positivamente para a natureza, são totalmente recicláveis e não contêm metais pesados em sua formulação. “O conceito FCC Sapato Verde também é resultado da utilização de matérias-primas recicladas, ou seja, resíduos gerados em outras fontes industriais, como o PET para fabricação do cadarço, cabedal e algodão com tingimento à base de água”, informa a empresa. Um aspecto importante da nova matéria-prima é o fato de que ela pode ser usada em qualquer injetora de plásticos. “O produto foi desenvolvido para ser uma solução imediata para os fabricantes de solados”, afirma o diretor de termopláticos da FCC, Julio Schmitt. A companhia projeta que nos próximos dois anos, em torno de 50% das vendas de matérias-primas para solados deverão ser deste novo produto, “porque ele atende à questão econômica, na medida em que é um substituto para os derivados de petróleo, sem impactar no preço final do calçado”, afirma Schmitt. PS


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DESTAQUE Plástico nos Calçados

De olho nos pés

Produtores de resinas acompanham as tedências do mercado calçadista e investem em pesquisa de novas tecnlogias.

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ano de 2011 deixou claro que o plástico está fazendo moda no calçados femininos. E os sapatos com plástico transparente foram as apostas de várias marcas conhecidas para fazer a cabeça das mulheres. lheres. O estilo retrô, polêmico na década de 60, voltou à cena. cena. Em Em vários vários modelos modelos ee formatos, formatos, as as marcas marcas nacionais nacionais apreapresentaram sentaram calçados calçados inusitados inusitados feitos feitos com com esse esse material, material, que que agrega um valor diferenciado ao visual. agrega um valor diferenciado ao visual.

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Assim como ocorre com os calçados femininos, o plástico está cada vez mais presente em todos os segmentos da indústria calçadista. Prova disso é volume de produção e exportação de calçados de material sintético, que superou os produzidos em couro. De olho neste mercado e nas tendências do setor os produtores de matéria-prima estão investindo em novidades para atender esta demanda. A Braskem, além de fornecer resinas de PVC e EVA, oferece assistência técnica diferenciada para seus clientes, “sempre buscando a inovação nesta aplicação, pois a tendência e moda ditam os modelos e acabamentos para conquistar o consumidor final a cada coleção”, destaca a empresa. Segundo os engenheiros Wagner Ormanji, de aplicação em PVC, e Issack Inoue, de aplicação em EVA da empresa, a busca contínua por esses objetivos tem permitido acabamentos diferenciados, com similaridade ao couro, aplicações de diferentes texturas e efeitos inovadores aos calçados.

Ormanji comenta que as resinas de PVC, pela excelente relação custo x benefício, têm presença importante no setor de calçados, pois cumprem as exigências e requisitos técnicos com relação às propriedades mecânicas, versatilidade e design. Para o processo de injeção a empresa apresenta as resinas da linha Norvic® SP1000 e SP1300HP, que são destinadas para solados, saltos, amortecedores e insertos, além de calçados totalmente de PVC (full plastics). “Promovem acabamento diferenciado com trans-

Calçados transparentes estão nos pés das brasileiras, contribuindo para o aumento do consumo de plásticos neste segmento

parência (brilho) ou fosco, cristal ou cores vibrantes, rígido ou flexível; tudo isto porque a resina tem grande compatibilidade com aditivos, promovendo combinações mágicas que proporcionam inovação em cada nova formulação”, acrescenta o engenheiro. Os laminados sintéticos, destinados a calçados (cabedais, palmilhas, forro, entressola, gáspeas), também são produzidos com resinas de PVC, obtidas pelo processo de emulsão. A Braskem tem a resina Norvic® P75LMT, que proporciona ao laminado acabamento com característica de transparência, brilho e alto desempenho mecânico. Outras resinas de emulsão utilizadas são Norvic® P70HMF e Norvic® P68MMF, que tem como característica principal a excelente expansão (espuma uniforme), destinadas a produção de palmilhas, forro e cabedais, oferecendo alto conforto ao calçado. Já o EVA é muito voltado para os calçados esportivos e tem como características a leveza e o conforto. É muito usado em entressolas e palmilhas. Segundo os engenheiros o setor calçadista é muito importante para a Braskem. Destacam que é composto por empresas competitivas e exportadoras. “Os maiores fabricantes de calçados do Brasil são nossos clientes. Como é um mercado que é movido>>>> << Março de 2011 < Plástico Sul < 31


DESTAQUE Plástico nos Calçados

pela moda e tendências, há uma necessidade constante de novos produtos e, consequentemente, de novas aplicações”, informam os executivos. Eles destacam que o setor tem sofrido um pouco com a desvalorização do dólar frente ao real, impossibilitando a exportação, mas segue sendo um mercado em franca expansão. As grandes empresas do setor estão ampliando sua capacidade produtiva e montando novas unidades. Para atender essa demanda, a Braskem está construindo uma nova planta de PVC em Alagoas (que deve entrar em operação em 2012), duplicando a capacidade atual da unidade. Issack Inoue comenta que em EVA, destacam-se as ações anti-dumping, que estão colaborando para o fortalecimento do mercado de calçados esportivos. “Também podemos destacar que os chinelos de EVA

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Ao se referir ao setor calçadista, a Evonik comenta que é um segmen-

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Polímeros de alta performance ganham espaço na indústria de calçados

estão ganhando mercado que anteriormente era ocupado pelos chinelos de borracha”, informa o engenheiro. Neste sentido comenta que a tendência para os calçados neste ano será de produtos que ofereçam cada vez mais conforto e leveza.

to importante para empresa e para economia como um todo. Observa que o fato do Brasil ser um dos três maiores produtores de calçados do mundo, se destaca como um forte consumidor de matérias-primas e insumos. Neste sentido, a forte competitividade do segmento leva a companhia a investir constantemente no desenvolvimento de produtos de melhor desempenho e que atendam às necessidades de uma indústria em contínua evolução. “É desafiador, especialmente porque o setor tem apresentado crescimento nos últimos anos, conquistando novas parcelas de mercado”, destaca a Evonik. Segundo Haroldo Paganini Rodrigues, chefe de produto para a América do Sul da área de Polímeros de Alta Performance, Flávio Martins, gerente regional de vendas, da América Central e do Sul da Evonik, o setor calçadista está acompanhando o ritmo de crescimento da economia nacional. Tem apresentado significativos e crescentes resultados, especialmente no mercado interno, cujo aquecimento tem superado as expectativas,>>>>


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DESTAQUE Plástico nos Calçados DIVULGAÇÃO/PS

Para Haroldo Rodrigues, da Evonik, setor calçadista acompanha o ritmo de crescimento da economia nacional

estimulado principalmente pela ampliação do emprego e renda. “Os calçados brasileiros também são conhecidos no exterior, principalmente pela qualidade e design. Estes aspectos demonstram o potencial de ampliação deste segmento. Acreditamos que o se-

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tor manterá a média de crescimento registrado nos últimos dois anos”, observam os representantes da empresa. Conforme os executivos a Evonik disponibiliza diversas matérias-primas voltadas à indústria calçadista. A cada lançamen-

to, novas propriedades são apresentadas, tornando os produtos mais eficientes. No seu portifólio destacam-se o Vestamid L, poliamida 12, plástico de alta performance utilizado na fabricação de solados de tênis, e o Vestamid E, poliamida elastomérica (PEBA), de alta resistência mecânica e leveza, também indicada para a fabricação de solados de tênis. Para fabricação de saltos transparentes para sapatos femininos, a empresa oferece o Acrylite Plus, PMMA, polímero acrílico com modificador de impacto. As resinas Vestoplast, Poli Alfa Olefinas (APAO) feitos de eteno, propeno e 1-Buteno, são predominantemente amorfas e aplicadas na produção de hot melt termoplástico utilizado nos processos de colagem de calçados. “Destaque para Vestoplast EP 807, com excelente resistência térmica e baixa viscosidade, direcionado aos sistemas de colagem de alta performance”, acrescenta a empresa.PS


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FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

DESTAQUE Plástico nos Calçados

Espaço Color Works foi projetado para atender clientes da Clariant

As cores da estação Empresa lança a linha Renol e apresenta as principais tendências da estação.

C

om mais de 50 fábricas distribuídas nos principais continentes, e com presença marcante na América Latina, a Clariant atua no mercado com um planejamento fundamentado em aspectos econômicos, ambientais e sociais. O negócio de masterbatch para a indústria de calçados está em terceiro lugar no faturamento da empresa, com um percentual de 20%, o que corresponde a aproximadamente ao volume de 400/450 ton/ano. Sua principal inovação no segmento de calçados é a linha Renol, que se destaca por uma ampla linha de bases com alta concentração de pigmentos orgânicos, permitindo 36 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

aos fabricantes de calçados o desenvolvimento de uma variedade de cores para atender as solicitações demandadas pela moda primavera/verão e inverno/outono. Essa linha foi desenvolvida para ser aplicada nos produtos fabricados pelo processo de Injeção, Banbury, Cilindro e Expansão de compostos de EVA, Borrachas, compostos de PVC e Compostos Poliolefinicos. “Cores e brilhos, fortes e vivas”. Essas são as tendências para os calçados femininos segundo o consultor de vendas, Márcio Borges. Modelos coloridos e texturas imitando animais. Saltos que alteram as cores, imitando tons florais. Cores como o roxo, tur-

quesa, verde, entre outros. Tendências que são resultado de um processo de intensa pesquisa através do ColorForward®, - catálogo anual de prognóstico de conceitos de cores para a indústria de plásticos - onde são encontradas tendências sociais em voga no mundo todo, e consequentemente, as influências que terão nas preferências das cores. Toda essa pesquisa estende-se ao espaço Color Works®, originado na Itália, e hoje, presente em todo o mundo. Um ambiente criativo, onde a Clariant atende seus clientes, buscando soluções personalizadas para cada necessidade, tanto no aspecto conceitual do produto quanto técnico.PS


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Petroquímica

Com a corda toda

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oje oitava maior petroquímica do mundo, a Braskem finalizou em fevereiro desde ano um importante processo de consolidação da petroquímica brasileira com aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para a aquisição da Quattor pela Companhia. O acontecimento posiciona a Braskem como a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, colocando-a em um novo patamar de escala e eficiência para fazer frente aos desafios do mercado internacional. Como parte da operação, a Braskem se comprometeu a notificar previamente o CADE sobre os futuros contratos para a compra de resinas de fornecedores estrangeiros que contenham cláusula de exclusividade e que preencham os demais requisitos legais que tornam tais contratos notificáveis, em linha com o projeto de lei que reestrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Além disso a Braskem concordou em submeter periodicamente, sob regime de confidencialidade, informações a respeito de seus contratos e atividades de importação e comercialização de resinas.

Os resultados da companhia refletem o novo patamar de competitividade e porte alcançado após a aquisição da Quattor e dos ativos de polipropileno da norte-americana Sunoco Chemicals, hoje Braskem America. Em 2010, a Braskem obteve um EBITDA – lucro antes de impostos, taxas, depreciações e amortizações – de R$ 4,1 bilhões, 27% superior ao de 2009. Em dólares, o EBITDA apresentou alta de 41%, atingindo US$ 2,3 bilhões. Contribuíram para esse desempenho a expressiva evolução da eficiência operacional da Quattor, cujo EBITDA, sob a gestão da Braskem, dobrou no período, e o aumento médio das vendas no mercado doméstico, consequência do bom desempenho da economia brasileira, que registrou um crescimento de 7,5% e impulsionou a demanda doméstica por resinas em 15%. Além disso, a recuperação dos preços internacionais de 38 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

resinas termoplásticas e dos petroquímicos básicos, decorrente da melhoria do cenário econômico global no segundo semestre, impactou positivamente os resultados. As importações mantiveram market share de 26% em praticamente em todos os trimestres, como consequência da apreciação do real, do forte crescimento do mercado de PVC e do ganho de competitividade do PE norte americano em razão dos baixos custos de etano naquele país. Tais fatores, aliados às baixas taxas de operação da Quattor no primeiro semestre e aos efeitos das paradas para manutenção no segundo semestre, levaram a um aumento médio de 11% nas vendas internas de resina da Braskem, crescimento esse menor do que o registrado no mercado brasileiro, que foi de 15%. “O ano de 2010 marcou o começo de um novo ciclo na trajetória empresarial da companhia, a partir das diversas conquistas estratégicas obtidas no período, com destaque para a integração da Quattor, um passo decisivo no fortalecimento da cadeia produtiva da petroquímica e dos plásticos no país”, afirma Carlos Fadigas, presidente da Braskem. “Na frente externa, a aquisição nos Estados Unidos inaugurou a internacionalização das nossas operações, combinada com o avanço do projeto integrado de polietileno no México. Além disso, a Braskem tornou-se líder mundial em biopolímeros com o início da produção de PE Verde no segundo semestre”, acrescenta Fadigas. A receita bruta consolidada da companhia atingiu R$ 34,7 bilhões em 2010, com aumento de 22% sobre os R$ 28,4 bilhões registrados em 2009. Em dólares, a receita bruta foi de US$ 19,7 bilhões, 36% superior aos US$ 14,6 bilhões do período anterior. Já a receita líquida foi de R$ 27,7 bilhões, ou US$ 15,8 bilhões, o que representou um crescimento de 23% e 36%, respectivamente, na comparação com o ano anterior. PS


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Tendências & Mercado

A vez do gás natural Grande oferta nos EUA e investimentos na produção de gás natural para fins petroquímicos no Comperj colocam o tema na pauta do setor plástico nacional e internacional.

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indústria americana no seu conjunto já alcançou bons resultados em 2010 com a recente recuperação econômica. Para colaborar com essa boa fase, as projeções de faturamento são ainda mais animadoras para os próximos anos devido aos baixos preços e grandes ofertas de gás natural proveniente dos EUA (shale gas). Com isso, a aposta é no crescimento da petroquímica nos EUA, principalmente na produção de polietilenos (PE’s). Segundo o Departamento de Energia Americano, a produção de gás natural deverá dobrar até 2035. Com essa grande oferta de gás natural, estima-se que a produção de gás etano pode subir em torno de 25%, acarretando em investimentos de US$ 16 bi em plantas químicas e petroquímicas. Segundo informações da Consultoria Maxiquim, empresas gigantes com Bayer, Chevron e Eastman Chemical afirmaram recentemente que pretendem retomar as atividades, principalmente no Texas, devido à baixa nos preços do etano. Atenta às mudanças do mercado e ao bom momento vivido nos EUA devido a produção de shale gás, a Petrobras fez uma alteração radical no projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em construção em Itaboraí, no Estado do Rio. Além do petróleo pesado, que será usado na produção de combustíveis (diesel, nafta e querosene de aviação), a estatal agora vai usar gás natural do pré-sal para a fabricação de matéria-prima destinada à indústria petroquímica. A Braskem, que definiu sua participação no Comperj e de cujo capital a Petrobras detém 32%, irá comandar a parte petroquímica no empreendimento.

Entenda:

Eteno a partir do gás natural Com o aumento do preço do petróleo, a petroquímica baseada a gás ficou mais competitiva. Desta forma, no Comperj, a Braskem, segundo a Petrobras, terá unidade que vai produzir eteno (petroquímico básico) usando o gás natural. Além disso, a empresa vai construir no polo uma unidade industrial para produzir polietileno e uma outra para polipropileno, usando o

eteno como matéria-prima. A última versão do projeto incluía duas refinarias que usariam apenas petróleo pesado para produzir combustíveis e matérias-primas petroquímicas. Agora, disse a Petrobrás aos principais meios de comunicação do país, a unidade que será construída pela Braskem, com capacidade para produção de 1 milhão de toneladas de eteno, usando como matéria-prima 14 milhões de m3/ dia de gás natural, deverá entrar em produção entre 2016 e 2017.PS

• Nos últimos anos, houve uma mudança no perfil de produção das maiores empresas petroquímicas do mundo, especialmente dos EUA e do Oriente Médio, que passaram a usar o gás natural, ao invés do petróleo como matéria-prima básica e, com isso, conseguiram diminuição de custos, pois o gás natural é mais barato que o petróleo. • Essa mudança diminuiu a oferta de certas resinas que só podem ser obtidas através da nafta, isto é, do petróleo, e foi isso que fortaleceu a decisão da Braskem de investir mais de R$ 300 milhões, numa nova fábrica de butadieno, em Triunfo. O butadieno, usado para a produção de borracha sintética destinada ao mercado automobilístico, só pode ser obtido através da nafta.

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Artigo

Eficiência Hidráulica*

O

mundo atual, competitivo e globalizado, motiva os fabricantes a obter o máximo de seus equipamentos. Até mesmo pequenos aumentos na produtividade dos equipamentos podem significar a diferença entre ganhos e perdas. Além disso, as preocupações ambientais exigem que o enfoque seja mantido sob as práticas de negócios sustentáveis e sistemas com eficiência energética. Em resposta a isso, os sistemas hidráulicos dos equipamentos industriais e móveis tornaram-se menores e mais leves e utilizam pressões mais altas para atingir a máxima eficiência do sistema. Agora, fluidos hidráulicos avançados estão disponíveis para satisfazer as demandas destes sistemas, bem como para contribuir com a eficiência global do sistema e da energia. 42 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

Eficiência Hidráulica: Teoria Os sistemas hidráulicos convertem a energia mecânica que recebem de um motor elétrico ou de combustão interna em fluxo e pressão, que podem realizar uma quantidade específica de trabalho. As bombas hidráulicas convertem a energia mecânica do mecanismo que as move em fluxo fluido. A pressão é gerada pelas restrições enfrentadas por este fluxo no sistema. Infelizmente, a bomba hidráulica não pode ser 100% eficiente nesta conversão de energia. Uma bomba hidráulica típica é somente 80 a 90% eficiente neste processo. A energia se perde de duas maneiras: • Perdas mecânicas – energia que se perde por atrito fluido; • Perdas volumétricas – energia perdida como resultado de fugas internas do fluido na bomba.

A quantidade de perdas volumétricas e mecânicas em uma bomba ocorre, principalmente, em função da viscosidade e propriedades de lubrificação do fluido. Isso pode ser visto no gráfico abaixo. As perdas mecânicas são maiores quando a viscosidade do fluido é alta, e as perdas volumétricas são maiores quando a viscosidade do fluido é baixa. Vendo estas duas curvas no gráfico, podemos estabelecer uma faixa de viscosidades para a ótima eficiência. Pelo fato da viscosidade do fluido hidráulico ser alta em temperaturas baixas e diminuir à medida que a temperatura do fluido sobe, manter-se dentro desta faixa de operação ótima não é fácil. Os fluidos hidráulicos especialmente formulados podem reduzir a magnitude destas perdas utilizando um alto I.V. (índice de viscosidade) para manter a viscosidade do fluido na faixa ótima, através de uma ampla faixa de temperaturas operacionais. Aumentar a pressão do sistema também reduz a eficiência da bomba hidráulica. Geralmente, as pressões mais altas levam tanto a perdas mecânicas maiores (há maiores cargas sobre a bomba), quanto a maiores perdas volumétricas (maiores pressões aumentam a quantidade de vazamentos internos). Além dos benefícios da eficiência hidráulica de manter a viscosidade do fluido hidráulico na faixa ótima, podemos obter ganhos adicionais na eficiência mediante a seleção de bons óleos básicos e tecnologia de aditivos para reduzir o atrito: resistência natural do fluido ao cisalhamento sob as condições de Lubrificação Elasto Hidrodinâmica (EHL).

A Teoria na Prática: As diferenças na eficiência hidráulica podem ser quantificadas através da comparação dos fluidos, em um circuito hidráulico simples. O circuito contém uma bomba hidráulica e a pressão do sistema é controlada sobre uma faixa especificada. A energia mecânica inserida no sistema e o fluxo da bomba podem então ser medidos e utilizados para calcular a eficiência mecânica e volumétrica dos diferentes fluidos. O gráfico da próxima página (abaixo) mostra esses dados comparativos entre um fluido hidráulico antidesgaste ISO VG 46 típico e um fluido de testes de alto IV formulado especialmente. O fluido de testes apresenta um aumento entre 3% e 6% na eficiência hidráulica neste teste. Observe


de tamanho médio foi organizada, para comparar um fluido típico SAE 10W, frequentemente utilizado em aplicações de equipamentos móveis, com um fluido hidráulico elaborado especificamente para otimizar a eficiência hidráulica. Para os fins desta demonstração, somente um operador foi utilizado e somente um lote de combustível para operar a escavadeira em uma sequência de movimentos determinados previamente. Nesta demonstração, a aplicação do fluido hidráulico eficiente resultou em até 6% de redução no consumo de combustível por ciclo e uma redução de até 5% no tempo para concluir cada ciclo de trabalho. O operador da máquina também observou que a capacidade de resposta do sistema melhorou imediatamente após a adição do fluido testado. Os resultados demonstram claramente o impacto do aumento da eficiência hidráulica: redução do consumo de combustível ou aumento na produtividade. O uso deste fluido hidráulico especialmente elaborado, durante um ano inteiro em uma escavadeira de tamanho médio, reduziria o uso de combustível em 3.400 litros e as emissões de CO² em 9 toneladas. Existem oportunidades semelhantes de melhorias da eficiência energética nas aplicações hidráulicas industriais. Um exemplo importante é a moldagem por injeção de plástico, que se caracteriza por temperaturas e pressões relativamente altas, grande consumo de energia, ciclos repetidos, etc. O uso de fluidos hidráulicos eficientes na injeção de plástico demonstrou economias de energia de até 10% em comparação a um fluido hidráulico típico, em testes controlados.

Conclusão

que na medida em que a temperatura e a pressão aumentam, o benefício de eficiência do fluido de teste também aumenta. Isso mostra o impacto que a fórmula e as características físicas do fluido podem ter sobre a eficiência hidráulica global. Porém, a eficiência hidráulica não é uma meta final por si só. Esta eficiência adicional de bombeamento pode se transformar em economias de energia, medida através do consumo de combustível ou eletricidade ou pelas diminuições do tempo para completar um ciclo de trabalho em um equipamento movido hidraulicamente.

Eficiência hidráulica = Melhorias na Produtividade Um bom exemplo para demonstrar o impacto da eficiência hidráulica sobre o consumo de energia e o tempo de ciclo é uma escavadeira. Impulsionada por um motor a diesel, uma escavadeira utiliza sistemas hidráulicos de alta pressão para operar o braço para girar a máquina e deslocá-la através da área de trabalho. As pressões no sistema hidráulico podem alcançar 4.000 psig (275 Bar) e as temperaturas geralmente se aproximam dos 100 ºC. Uma demonstração com uma escavadeira

Aplicar os conhecimentos sobre como a eficiência hidráulica pode ser melhorada através da seleção do fluido hidráulico apropriado pode aumentar a linha básica. Utilizar um fluido hidráulico bem formulado pode reduzir as perdas de eficiência nos sistemas hidráulicos, gerando economias de energia e aumentos da produtividade.PS *Material extraído de Boletim Técnico da Mobil. A Cosan Combustíveis e Lubrificantes S.A. é a distribuidora autorizada pela Exxon Mobil Corporation para o desenvolvimento da atividade de distribuição de produtos Mobil no Brasil, sendo sua a responsabilidade pelo exercício local dessa atividade. << Março de 2011 < Plástico Sul < 43


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Internacional

Aumento do custo de produção marca início de 2011 Transformadores sofrem com o aumento das matériasprimas estimulado pela crise no Oriente Médio e pelo crescimento da demanda mundial. 44 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

O

início de 2011 está sendo marcado pelo aumento dos custos de produção das indústrias brasileiras, fruto da elevação dos preços das commodities, que tiveram um reajuste de 20% em média nos últimos meses. No caso das resinas termoplásticas, este efeito deve-se ao crescimento da demanda mundial e a crise do petróleo decorrente dos países árabes. As incertezas geradas pela crise política em alguns países produtores de petróleo e os efeitos sobre suas cotações, elevando o barril acima dos US$ 100 desde o começo do ano, têm estimulado a elevação nos valores das resinas plásticas no mercado brasileiro. Segundo os dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), em janeiro foi verificada uma elevação de mais de 20% nos preços das principais resinas utilizadas no país, frente ao mesmo período do ano passado. Como exemplo o polietileno de baixa densidade (PEBD), teve uma alta de aproximadamente 27,63%. São alguns os fatores que explicam essa alta. Com o clima de incerteza de suprimen-


quanto não atingir países produtores como Arábia Saudita, Abu Dhabi, Qatar, Irã, ou centros financeiros relevantes como Dubai e Bahrein, teoricamente não haverá maiores impactos”, comenta. Mas a instabilidade política no Oriente Médio afetou a nafta, que é um derivado do petróleo utilizado para a fabricação das principais matérias-primas das resinas no país. Séries históricas mostram que quando o preço do barril do petróleo sobe em US$ 1, o preço da tonelada da nafta avança US$ 9 no exterior. De acordo com o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, o preço da nafta já aumentou entre 10% e 15% em 2011, dependendo da região. Porém, vale lembrar que o repasse da elevação destes valores não ocorre de modo tão direto para o mercado brasileiro. Cerca de 60% da nafta consumida pela Braskem é fornecida pela Petrobras, que tem um acordo com a petroquímica que atenua os efeitos da volatilidade do mercado. Fadigas informa que a empresa só vai sentir o impacto cheio da alta no segundo semestre do ano, em função da fórmula de cálculo que

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to, diante da instabilidade dos governos produtores de petróleo, os grandes consumidores da commodity começaram a aumentar seus estoques, dando impulso à demanda no curto prazo. Segundo o diretor da Maxiquim, empresa especializada em consultoria para o setor, Otávio Carvalho, o aumento das resinas no Brasil deve-se principalmente ao crescimento do consumo do mercado, que elevou os preços a nível global. “O impacto da elevação do petróleo sobre as resinas depende de algumas variáveis. A influência maior vem do equilíbrio entre a oferta e a demanda a nível global que, nos dois primeiros meses do ano, estava apertado, situação agravada pela demanda forte na Ásia”, explica o diretor da consultoria especializada Maxiquim, Otávio Carvalho. Carvalho explica que a crise no Oriente Médio é um acontecimento de extrema relevância no setor, justamente no momento em que diversas novas plantas de elevada capacidade estão partindo na região. Mas destaca que, por enquanto é algo restrito a poucos países sem grande expressão como fornecedores de petróleo e petroquímicos. “En-

faz uma média dos últimos seis meses. Apesar disso, ele ponderou que a indústria petroquímica já está acostumada com esse cenário de volatilidade. “O preço médio da nafta ARA subiu 34% em 2010”, citou. A Braskem consome, anualmente, cerca de 10 milhões de toneladas de nafta. No exterior, o setor, além de mais competitivo, utiliza matérias-primas diferentes. Nos EUA, por exemplo, as fábricas têm a vantagem de utilizar mais o gás natural, ao invés do nafta, para a produção das resinas. Essa opção diminui, portanto, a pressão sobre a cadeia, já que o gás natural apresentou uma queda de 15% nos últimos doze meses. PS

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Foco no Verde

Reduzir para crescer A Tigre, produtora de tubos e conexões em PVC no Brasil e América do Sul, investiu em 2010 na substituição de cerca de 20% das embalagens de conexões comercializadas no mercado para torná-las mais sustentáveis. O desafio era reduzir o consumo do polietileno, recurso natural não renovável e principal matéria-prima utilizada na fabricação do material. A equipe de Pesquisa & Desenvolvimento da Tigre fez testes para diminuir de 10% a 15% a espessura do plástico e acrescentou o EVA (Elitelo Acetato de Vinila) na fórmula para dar maior resistência. Ambos são recicláveis e não tóxicos. A empresa conseguiu em um ano reduzir em 25 toneladas o consumo de polietileno, o que representa, por exemplo, 4,8 milhões de sacolinhas de supermercado, 400 mil garrafas PET ou até mesmo 1,6 milhão embalagens da própria Tigre. O valor economizado, mais de R$ 100 mil, tornou os produtos mais competitivos, com maior margem de contribuição. 46 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

Água da chuva abastece e supre necessidades da Acrilys Comprometida com a preservação ambiental, a Acrilys do Brasil é a empresa pioneira de Caxias do Sul e região a implantar o sistema de captação de água da chuva em sua planta fabril, inaugurada em 2008. A captação é feita por meio de calhas e direcionada aos reservatórios. Depois a água da chuva é utilizada para vestiários, banheiros, irrigação dos jardins e para resfriamento de 100% do maquinário. A capacidade de armazenamento é de aproximadamente 300.000 litros de água. Além da preservação dos recursos hídricos, o investimento trouxe ganho financeiro e, principalmente, o desenvolvimento da educação ambiental nos colaboradores e visitantes. Nestes três anos, a Acrilys recebeu grupos de empresas e escolas, para mostrar seu empreendimento, e apostou na ampla divulgação deste sistema em universidades e escolas, com o intuito de mostrar às pessoas que é possível agir para mudar o cenário ambiental.

Plásticos feitos de abacaxi e banana Para desenvolver uma maneira mais sustentável de reforçar plásticos aplicados nos automóveis, cientistas brasileiros usaram fibras de bananas e abacaxis. Em uma apresentação no encontro nacional da American Chemical Society´, Alcides Leão, disse que as fibras de celulose são quase tão duras quanto o Kevlar. Segundo Leão, as propriedades desses plásticos são incríveis: 30% mais leves e 3 ou 4 vezes mais fortes. “Acreditamos que muitas partes de carros como o painel de instrumentos poderão ser feitos de nanofibras de frutas no futuro. Elas vão ajudar a reduzir o peso dos carros e aumentar a economia de combustível” - disse o pesquisador ao Discovery News. Para criar as fibras os cientistas puseram folhas e caules de abacaxis e outras plantas em um aparelho similar a uma panela de pressão. Compostos químicos foram adicionados e aquecidos em diversos ciclos, produzindo um pó fino que foi adicionado ao plástico comum, dando origem ao novo plástico.


Em 2009, o professor de engenharia química Leonardo Simon, mostrou na Universidade de Waterloo, no Canadá, que a palha do trigo poderia fazer parte de peças de veículos e substituir materiais não renováveis, obtidos por meio da mineração. A palha é uma alternativa viável ao uso de carbonato de cálcio, talco e mica. Transformada em um pó, ela é misturada com polipropileno e pode formar peças tanto para a parte interna quanto para a externa dos veículos. No ano passado, o novo plástico já era utilizado em algumas peças do carro Ford Flex.

Empresa fabrica saco para lixo com matériaprima 100% renovável A Embalixo, fabricante de sacos para lixo no país e América Latina, assinou contrato com a Braskem, petroquímica líder na América Latina, para fabricação com

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Novo plástico já é utilizado em algumas peças do carro Ford Flex

Cana-de-açúcar: "solução inteligente por um planeta mais verde"

exclusividade no território brasileiro do saco para lixo feito de matéria-prima 100% renovável. O Embalixo Sustentável não é feito do petróleo e sim de Cana-de-Açúcar, tem como slogan “Solução Inteligente por um Planeta mais Verde”, uma nova tecnologia Brasileira da Braskem disponível nas principais redes de varejo no Brasil por um mundo mais verde. O saco para lixo, produzido a partir do plástico verde Braskem está sendo lançado na cor verde e nas medidas especiais para a lixeirinha da cozinha, pia e do banheiro, além dos padrões do mercado nacional 15 Litros, 30 Litros, 50 Litros, 100 Litros e no tamanho especial 110 Litros, especialmente pensando em condomínios e jardins, onde se faz necessário sacos bem resistentes.

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Evento

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Apta traz nova linha de produtos para o Brasil Agentes de purga, limpadores e desengordurantes prometem economia e proteção aos equipamentos.

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Diretores da empresa e representantes da Chem Trend apresentaram os novos produtos no evento

N

o dia 17 março, a Apta Resinas Termoplásticas reuniu transformadores de Porto Alegre, da região metropolitana e do interior do estado, em um jantar na churrascaria Schneider, em São Leopoldo. O objetivo principal do encontro foi a divulgação da nova linha de produtos, da Chem Trend, destinados para limpeza e conservação de roscas e moldes, que a distribuidora incorporou no seu portifólio. A Chem Trend é uma empresa do grupo alemão FCS. E através da parceria, a Apta traz para o mercado brasileiro produtos especiais da linha Lusin. A empresa vai atuar no desenvolvimento de mercado e na comercialização, prestando suporte técnico necessário para correta utilização dos produtos. Os materiais são indicados para aplicação como agentes de purga, limpeza e proteção de moldes e roscas, além de desmoldantes na indústria de termoplásticos. Durante o evento, o representante da indústria alemã, René Gräwe, fez uma palestra sobre as aplicações, indicações e benefícios destes produtos. Segundo ele, os agentes de limpeza Luzin removem resíduos plásticos de moldes e matrizes, inclusive aqueles provocados por fissuras. Comenta também que permitem economia de tempo através dos processos de produção, para a precisão dimen-

sional das partes plásticas e dos moldes na obtenção de superíficies e estruturas exatas, além de preservarem a máquinas por dentro e por fora. Segundo Gräwe, os agentes de purga granulados garantem alta eficiência. “Os limpadores granulados, pronto para o uso, permitem a purga rápida e eficiente das máquinas de injeção com baixo consumo de material”, comenta. Os produtos são indicados para limpeza de roscas, cilindros e bicos injetores de máquinas de moldagem de termoplásticos por injeção e extrusão. O diretor da Apta, Eduardo Cansi, fala que a linha de produtos da Chem Trend é uma novidade no Brasil, pois atualmente a purga é feita com matéria-prima e outros materiais, que as vezes podem afetar a rosca. “Já os sprays, limpadores e desengordurantes, também são inovadores para o nosso mercado, principalmente quando falamos em limpar e proteger corretamente o molde antes de guardá-lo”, acrescenta. A Apta pretende atingir o faturamento de US$ 600 mil, neste primeiro ano de investimentos, com a representação da Chem Trend. De acordo com o Eduardo Cansi, a empresa que distribui resinas de engenharia e de alta performance da Basf, Evonik, Radici, Laja e Solvay, ampliou a sua atuação. “A partir de janeiro deste ano estamos atuando também em regiões específicas do sudeste”, informa.PS


Plast Mix

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Máquinas

Para Abimaq, déficit do setor dobra em 2011

O

faturamento bruto deflacionado da Indústria Fabricante de Máquinas e Equipamentos no mês de fevereiro de 2011 alçou o montante de R$ 5,81 bilhões, o que significou um aumento de 12,0% sobre janeiro de 2011 e 11,8% de crescimento quando comparado com o mês de fevereiro de 2010.

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O resultado no ano foi de R$ 11 bilhões com um crescimento de 10,9% sobre 2010. Os setores que tiveram um desempenho positivo no primeiro bimestre de 2011 contra o mesmo bimestre do ano passado foram máquinas para trabalhar madeira, bombas e motobombas, hidráulica e pneumática, máquinas agrícolas, outras máquinas e

bens sob encomenda. Já os que apresentaram um desempenho negativo nesse mesmo período foram válvulas industriais, máquinas-ferramenta, máquinas têxteis e máquinas para a indústria do plástico. O consumo aparente (soma da produção e das importações menos as exportações) atingiu um total de R$ 15,11 bilhões,


representando um acréscimo de 8,73% em relação ao mesmo período do ano anterior. Deste volume, o faturamento nacional para o mercado interno foi responsável por uma taxa de crescimento de apenas 3%, enquanto as importações brasileiras de máquinas e equipamentos cresceram, no mesmo período, 31% em dólares ou 17% em Reais.

Balança comercial O setor de máquinas e equipamentos continua sofrendo com o déficit na balança comercial, ponto de preocupações do segmento, que cada vez mais perde mercado com as importações, principalmente para a China. O total de máquinas importadas no mês de fevereiro foi 32% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. No primeiro bimestre deste

ano, as importações de bens de capital da China cresceram 63,1% e da Coréia do Sul tiveram um aumento de em comparação ao mesmo período de 2010. Para Luiz Aubert Neto, presidente da ABIMAQ, o país está sofrendo uma verdadeira “invasão asiática” e o setor de máquinas e equipamentos só será capaz de sobreviver com as medidas emergenciais reivindicadas junto ao governo, para criar as “barreiras técnicas” necessárias à proteção da indústria nacional. Precisamos acompanhar o que o mundo todo já faz, dando condições competitivas ao fabricante nacional. Em fevereiro, as exportações do setor de máquinas e equipamentos brasileiros ficaram mais uma vez abaixo das importações, com exportação de US$ 895 milhões, e importação de US$ 2.044 milhões. No mês

de fevereiro deste ano, o déficit na balança comercial do setor de bens de capital mecânico foi de US$ 1.149 milhões. Segundo Aubert, o déficit no setor de máquinas e equipamentos este ano deve chegar a US$ 30 bilhões, US$ 15 bilhões a mais que o saldo negativo da balança do setor em 2010 (US$ 15,7 bilhões). Entre os principais exportadores de bens para o mercado brasileiro, a China está em segundo lugar, responsável por 16 % dos itens importados no país, atrás dos Estados Unidos, com participação de 25% dos importados. Em terceiro lugar está a Alemanha, seguida por Japão e Itália. Entre os principais destinos do produto brasileiro no mercado internacional estão: Estados Unidos, Argentina, Países Baixos, Peru e Alemanha.PS

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Bloco de Notas Braskem vai participar do Comperj Após longo período de análise, o conselho de administração da Braskem ratificou a participação no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), prevista no acordo que, em janeiro do ano passado, selou a incorporação da Quattor pela empresa controlada pelo grupo Odebrecht. A informação foi dada pelo diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, membro do conselho da Braskem. A parte petroquímica do projeto ainda não tem um valor definido porque o projeto não está detalhado. O projeto como um todo estava avaliado em US$ 8,5 bilhões, mas o valor já é considerado defasado.

FIESC leva indústrias do setor plástico à China A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) está com inscrições abertas para a missão empresarial brasileira à China, que ocorrerá de 14 a 21 de maio. A delegação participará da Chinaplas, a maior feira de borracha e plástico da Ásia. O evento será realizado em Guangzou, no Sul do país asiático. A feira contará com 2,1 mil expositores e mais de 80 mil visitantes. A programação também prevê visitas técnicas a indústrias locais. A feira reunirá fornecedores de matérias-primas como aditivos, adesivos, colas, revestimentos de compostos, enchimentos, espumas e intermediários e fibras reforçadas. Na área de equipamentos, os visitantes conhecerão as novidades para o setor em máquinas de moldagem de sopro, extrusora e injetora, equipamentos para reciclagem; máquinas e instalações para o acabamento, decoração, impressão e marcação; máquinas para resinas de espuma, peças e componentes, prensas e máquinas de solda.

Abiquim tem novo Conselho Diretor O Conselho Diretor da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) está com nova composição, que deve seguir no comando, até março de 2013. Para a presidência do Conselho Diretor, foi indicado o empresário Henri Armand Slezynger, da Unigel, tendo como vicepresidentes Carlos Fadigas de Souza Filho, presidente da Braskem, Pedro Emílio Suarez, presidente da Dow, Marcos de Marchi, presidente da Rhodia, Marcelo Lacerda Soares Neto, presidente da Lanxess, Paulo Francisco Schirch, presidente da Solvay, Alfred Hackenberger, presidente da Basf, e João Benjamin Parolin, diretor superintendente da Oxiteno. 52 > Plástico Sul > Março de 2011 >>

Petrobras compra Innova A Petrobras comprou a empresa petroquímica Innova, localizada no Polo de Triunfo (RS), por US$ 332 milhões. A companhia pertencia à Petrobras Energia Internacional, subsidiária argentina controlada pela Petrobras Argentina (Pesa). Com a operação, a Petrobras passa a ter autonomia para realizar novos in-

vestimentos e alinhar a atuação da Innova aos seus negócios no Brasil, notou a estatal em comunicado ao mercado. A Innova produz estireno, poliestireno e etilbenzeno, matérias-primas da borracha sintética, de resinas acrílicas e da resina poliéster, utilizados na fabricação de descartáveis, tintas, isopor, pneus, embalagens e papel, entre outros.

quantiQ distribui nova família para elastômeros A quantiQ com a parceira Ergon, a maior refinaria em capacidade de produção de óleos naftênicos dos Estados Unidos, traz para o Brasil uma nova linha de blends de óleos minerais para o mercado de elastômeros termoplásticos. Os produtos possuem características naftênicas com baixos teores de enxofre e hidrocarbonetos aromáticos, baixo nível de odor e com excelente solvência. “Os óleos minerais naftênicos são muito utilizados, por não serem manchantes nas composições de TR. Estes novos produtos são ideais para abastecer a cadeia produtiva da indústria que trabalha principalmente na obtenção de solados e peças técnicas para calçados”, explica Cristiano Silva Albanez, gestor de Produtos Formulados da quantiQ.


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Mexichem unifica gestão das operações no Brasil O grupo mexicano Mexichem confirmou, na quinta-feira (10), que decidiu colocar sob o comando de uma única holding todos seus negócios no Brasil, que compreendem as empresas tubos e conexões Amanco e Plastubos, além da Bidim, fabricante de revestimentos sintéticos (não tecidos) usados por diversos setores industriais. O nome da nova empresa é Mexichem Brasil, mas o grupo já adiantou que manterá todas as marcas comerciais e suas respectivas estratégias. A unificação segue uma estratégia global de integração vertical dos negócios e visa facilitar a gestão, possibilitando ganhos de eficiência operacional. A executiva Marise Barroso, que já comandava as empresas do grupo, assume agora a presidência da Mexichem Brasil. “Esta mudança contribui também para acelerar o crescimento e fortalecer a atuação do grupo no Brasil”, comenta Marise, em nota. Junto com a criação da holding, a Mexichem anunciou planos de investir R$ 148 milhões na operação brasileira neste ano, o que inclui um aumento de 20% da capacidade produtiva, além de aportes no desenvolvimento de produtos, publicidade e capacitação de profissionais. No ano passado, a Mexichem Brasil registrou receita líquida de R$ 946 milhões, 18% acima do montante de 2009. Na mesma base de comparação, houve um aumento de 14% da produção e um avanço de 20% no resultado operacional medido pelo Ebitda.

Tigre quer disputar grandes obras com tubos de polietileno em alta densidade A brasileira Tigre e a americana ADS inauguraram em Rio Claro (SP), a primeira fábrica em território nacional da joint venture criada em 2009, para atender os mercados de infraestrutura, construção civil e mineração da América do Sul com tubos de polietileno em alta densidade.

Essa é a terceira unidade da Tigre-ADS, que já possui duas fábricas no Chile e pretende abrir uma quarta unidade na Argentina, em 2012. Fruto de investimentos de US$ 40 milhões das duas empresas, a Tigre-ADS faz parte do agressivo projeto de internacionalização da fabricante brasileira de tubos e conexões. Até o fim de 2014, a empresa pretende mais do que dobrar seu faturamento em relação a 2009, atingindo R$ 5 bilhões em receitas.

Braskem América tem novo presidente Luiz de Mendonça foi escolhido para liderar a Unidade de Negócios Internacionais da Braskem, que passa a integrar a Braskem America – operação baseada nos Estados Unidos oriunda da aquisição dos ativos de polipropileno da Sunoco Chemicals, em 2010 – e todos os projetos de expansão global da companhia, incluindo aqueles em andamento no México, Peru e Venezuela. Na Braskem America, Mendonça assume a presidência, com sede na Filadélfia, em substituição a Carlos Fadigas, que vinha acumulando a função após tornar-se presidente da Braskem S.A. A área de negócios a partir de matéria-prima renovável, que inclui o PE Verde, também ficará sob sua responsabilidade.

Peças de brinquedos da China substituirão produtos prontos A Estrela, maior fabricante nacional de brinquedos (setor que utiliza plásticos em seu processo produtivo), planeja diminuir a participação dos importados entre os produtos que oferece ao mercado. Segundo o presidente da empresa, Carlos Tilkian, cerca de 40% do faturamento atual vêm de brinquedos trazidos do mercado externo. “Vamos diminuir essa participação em 10% este ano. Para 2012, a projeção é trabalhar com menos de 20% da receita atrelada aos importados”, afirma ele.

MVC vai fornecer peças para aerogerador Focada até agora nos segmentos automotivo e da construção civil, a MVC, controlada pela Artecola e Marcopolo, está começando a produzir também peças para geradores de energia eólica. A empresa com sede em São José dos Pinhais (PR) fechou contrato para suprir a fábrica de aerogeradores, que a espanhola Gamesa, está construindo em Camaçari. Segundo o diretor-geral da MVC, Gilmar Lima, a operação deve gerar R$ 5 milhões em 2012, ou 2,5% da receita líquida de R$ 200 milhões, estimado para o exercício. Para 2015, a previsão é que a participação do novo segmento avance para cerca de 10% de uma receita total projetada de R$ 400 milhões. A MVC vai fornecer os bicos dos aerogeradores, peças com 4,2 metros de altura. Serão 10 unidades este ano, com a primeira entrega programada para daqui a duas semanas. A partir do segundo semestre de 2012 ela fabricará também o corpo dos equipamentos, que fica integrado ao bico, e o volume total deve chegar a 150 peças no acumulado de 2012, disse Lima.

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Anunciantes Agenda

Activas # Pág. 56 Apema # Pág. 20 Apta Resinas # Pág. 13 Artek # Pág. 32 Aura # Pág. 49 AX Plásticos # Pág. 50 Brasilplast # Pág. 35 Braskem # Pág. 11 By Engenharia # Pág. 26 Chiang # Pág. 19 Cristal Master # Pág. 27 Cromex # Pág. 15 Deb’Maq # Pág. 25 Detectores Brasil # Pág. 50 Embala Nordeste # Pág. 39 FCS # Pág. 33 Foothills # Pág. 31 G.A.M. # Pág. 50 Gabiplast # Pág. 51 Incoe # Pág. 38 Itatex # Pág. 32 Matripeças # Pág. 45 Mecalor # Pág. 12 Mecanofar # Pág. 49 Mega Steel # Págs. 02 e 03 Mercure # Pág. 48 Moynofac # Pág. 49 Multi-União # Pág. 30 Nazkon # Pág. 45 Nova # Pág. 16 NZ Cooperpolymer # Pág. 30 NZ Philpolymer # Pág. 34 Olifieri # Pág. 49 Omega Telas # Pág. 49 Plastech # Pág. 37 Plastimaster # Pág. 21 Polyfast # Pág. 08 Prestex # Pág. 40 Procolor # Pág. 18 R. Pieroni # Pág. 28 Radial # Pág. 51 Replas # Pág. 29 Resinet # Pág. 17 Rone # Pág. 48 Rosciltec # Pág. 49 Seibt # Pág. 34 Techcollor # Pág. 55 Wortex # Pág. 22 54 > > Plástico PlásticoSul Sul >> Março Março de de 2011 2011 >>>>

Olinda, em Pernambuco

Nacionais Brasilplast 2011 – 13ª Feira Internacional da Indústria do Plástico De 09 a 13 de maio Pavilhão de Exposições Anhembi São Paulo (SP) www.brasilplast.com.br Feimafe 2011 - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura De 23 a 28 de maio Pavilhão de Exposições Anhembi São Paulo (SP) www.feimafe.com.br Fispal Tecnologia 2011 De 07 a 10 de junho Pavilhão de Exposições Anhembi São Paulo (SP) www.fispal.com Plastech Brasil 2011 – Feira de Tecnologias para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Equipamentos De 16 a 19 de agosto Parque Mário Bernardino Ramos (Parque de Eventos Festa da Uva) Caxias do Sul (RS) www.plastechbrasil.com.br Feipack - 4ª Feira Sul-Brasileira da Embalagem De 17 a 20 de agosto

Expotrade, Pinhais/Curitiba (PR) www.feipack.com.br Embala Nordeste 2011 Feira Internacional de Embalagens e Processos De 23 a 26 de agosto Centro de Convenções de Pernambuco – Recife/Olinda (PE) www.greenfield-brm.com Mercopar – Feira de Subcontratação e Inovação Industrial De 18 a 21 de outubro Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva Caxias do Sul (RS) www.mercopar.com.br

Internacionais Plásticos - Exposição Internacional da Indústriado Plástico de Buenos Aires 27 a 30 de junho Buenos Aires – Argentina Interpack - Evento Internacional de Embalagem e Processamento 12 a 18 de maio Düsseldorf – Alemanha www.interpack2011.com.br Chinaplas – Feira Comercial Asiática de Plásticos e Borrachas De 17 a 20 de maio Guangzhou – China www.chinaplasonline.com


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