Revista PlasticoSul 121

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Da Redação ARQUIVO/PS

Expediente

Jeitinho brasileiro

Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3392.3975 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Erik Farina Gilmar Bitencourt Júlio Sortica Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio Departamento Comercial: Débora Moreira, Leandro Salinos e Magda Fernandes Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

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ANATEC PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas

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indústria da construção está de vento em popa. Embora números da Anamaco apontem um decréscimo nas estimativas de crescimento do setor, ações governamentais, investimentos privados no setor imobiliário e os jogos olímpicos que acontecerão no país, empurram as expectativas para cima e colocam todos os fornecedores desta indústria de antenas ligadas nos movimentos das obras. Especialistas indicam que o setor plástico está bem preparado para atender a demanda dos próximos anos. As petroquímicas estão produzindo soluções que agregam valor ao material e os transformadores, por sua vez, estão atentos às principais exigências em busca do crescimento da participação do plástico nas construções. É evidente, porém, que para que o setor abocanhe uma boa fatia desta pizza são necessários investimentos em tecnologia e inovação. Criar soluções que otimizem processos e facilitem a vida das construtoras e consumidores é um ponto extremamente fundamental para que o plástico entre de cabeça nesta indústria que é um dos termômetros do desempenho nacional. É preciso lembrar ainda que faltam três anos para a Copa do Mundo de 2014. Desta forma, a demanda tende a aumentar consi-

deravelmente daqui para frente, já que muita coisa ainda não foi feita e alguns atrasos já começam a causar preocupação aos brasileiros, tendo em vista que ninguém que honre a camiseta verde e amarela quer fazer feio no Campeonato e passar uma imagem de desorganização ao mundo inteiro. Com o aumento desta demanda, é preciso que os empresários do setor plástico estejam atentos às oportunidades que estão por vir. Afinal, o Brasil tende a virar um canteiro de obras cada vez maior, com a construção e reforma de hotéis, aeroportos, rodovias, estádios etc, lugares onde o plástico já é um material imprescindível. Ainda dá tempo de fazermos bonito em 2014? Que dá tempo dá. Talvez não façamos 100% de tudo que foi projetado, provavelmente não teremos tanto orgulho no final da última partida, mas faremos o que for possível e o que for preciso para recebermos o mundo em nosso território. Se de tudo que foi estimado, fizermos 70%, já estamos em vantagem, pois teremos estradas menos esburacadas, aeroportos mais bem estruturados e saneamento mais humano para a população. O que não podemos é achar que o velho jeitinho brasileiro dará um jeito em tudo e que varrer a sujeira para debaixo do tapete resolverá os problemas. Afinal, o mundo inteiro está de olho em nós.

MELINA GONÇALVES / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 404 >> Plástico Plástico Sul Sul > Junho > Junho de 2011 de 2011 >> >>


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PLAST VIP Nilton Valentim

“A grande ameaça é não aproveitar as oportunidades”

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Copa do Mundo de 2014 que ocorrerá em solo verde e amarelo abre um leque de oportunidades para diversos setores. A construção e reforma de estádios, rodovias, hotéis, aeroportos, entre outras obras, acarretam em boas perspectivas para a cadeia produtiva do plástico. Além disso, outros termômetros colocam o setor de construção em alta: são programas governamentais que estimulam o setor imobiliário, construções privadas que animam os fornecedores da indústria e diversas outras expectativas que elevam o grau do segmento. Na busca pelo entendimento sobre as formas que o setor plástico poderá participar deste cenário e como ganhar uma fatia gorda deste mercado, buscamos no engenheiro químico Nilton Valentim, algumas respostas. Pós – graduado em marketing e atuando há 25 anos no setor, o executivo já foi responsável pelo desenvolvimento de negócio na construção civil da Braskem, onde está há quatro anos, e atualmente ocupa o cargo de gerente comercial para PVC da Companhia. Na entrevista a seguir, Valentim traça um panorama das perspectivas futuras para esta indústria, faz suas apostas sobre oportunidades dos jogos olímpicos que estão por vir e explica de que forma o plástico pode entrar com tudo na construção do Brasil de amanhã e como os empresários devem agir para abocanhar uma boa fatia deste mercado. Para variar, tecnologia e inovação são palavras de ordem. Confira. Revista Plástico Sul - Como avalia a indústria da construção civil? Nilton Valentim - Numa visão de longo pra-

6 >>Plástico 06 Plástico SulSul > Junho > Junho de 2011 de 2011 >> >>

zo a indústria da construção é um segmento que crescerá muito, com seus altos e baixos, mas com muita ascenção sem dúvida nenhuma. Antigamente a falta de pressa, o pouco investimento e a mão-de-obra barata e desqualificada, não permitiam a inovação. Hoje nós saímos desta estrutura, porque na verdade começou a ter financiamentos e teve inicio a restrição de mão-de-obra, ocorrendo à necessidade de meios produtivos melhores. Aí é que entra o plástico, a partir do momento em que ele tem como trazer inovações nos seus vários produtos para industrializar a construção civil trazendo com isso rapidez e redução de custos e diminuição de necessidade de mão-de-obra. Observando isso você vê que há oportunidades para todos os plásticos. Claro que o PVC é muito mais focado na construção civil, pois esta indústria já está na veia do material, mas eu vejo oportunidades para todas as resinas. A construção de maneira geral vai requerer soluções e a indústria do plástico deve estar preparada.

Plástico Sul - Quais são os segmentos mais importantes dentro deste quadro? Valentim - O segmento imobiliário sem dúvida é importante, pois demanda muitos produtos diferenciados, por isso sempre será propicio a inovações. Mas também há a questão das grandes obras onde também acho que terá bastante demanda para produtos plásticos. Vou dar um exemplo, o Brasil precisa renovar sua malha viária e para que realmente possa ter um produto com durabilidade de décadas é necessário utilizar um pouco de tecnologia, que são os plás-

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Faltando três anos para Copa de Mundo de 2014, Nilton Valentim, atual gerente comercial para PVC da Braskem, acredita que dá tempo para a cadeia produtiva do plástico abocanhar todas as oportunidades que o evento trará para a indústria da construção no Brasil. Só que para isso, arregaçar as mangas é fundamental.

“A construção de maneira geral vai requerer soluções e a indústria do plástico deve estar preparada.” ticos: geotexteis, geomembranas etc. Hoje no Brasil usa-se muito pouco essas soluções e por isso há aquela situação de fazer uma estrada e daqui alguns anos ela estar toda esburacada. Desta forma, é preciso agregar tecnologia e o plástico tem muito a oferecer através dos polipropilenos, polietilenos e PVC entre outros, porque a abertura da construção civil se dá para todos os produtos, já que há uma infinidade de carências e de coisas que nós podemos fazer para melhorar a construção.


Plástico Sul - A Braskem como única produtora brasileira de commodities está preparada para atender a toda essa demanda? Não apenas em capacidade, mas também em preços competitivos? Valentim - A Braskem está totalmente preparada do ponto de vista de capacidade e de qualificação do produto, pois é uma empresa que tem dentro de sua estratégia a inovação, o apoio a cadeia produtiva e o apoio aos seus clientes para desenvolver seus mercados e trazer soluções. Isso está no DNA da Braskem. A construção civil é um dos segmentos onde temos muita coisa para fazer. A questão de preços é conjuntural. Principalmente na construção civil acredito que o preço é menos importante do que a solução apresentada. Do ponto de vista das inovações, o que precisamos é agregar valor para as construtoras e usuários, tanto de residências quanto consumidores das obras públicas. Se você consegue desenvolver e ter soluções inovadoras que agreguem qualidade e valor às obras, a discussão de preço é menor. Plástico Sul - Então o preço não é um fator decisivo? Valentim - Não. Fator decisivo é encaixarmos corretamente a solução. O que o cliente quer é saber o que a solução vai trazer de ganhos e benefícios e é por isso que nos abre uma grande oportunidade. Plástico Sul - O PVC e as outras resinas commodites estão nas mesmas condições de demanda? Valentim - O PVC é naturalmente um produto focado na construção civil, é uma questão de vocação, porque ele se desenvolveu muito nos perfis e acabamento, é um produto que tem um conjunto de propriedades e qualidades que fez com que ele se desenvolvesse mundialmente muito fortemente na construção civil. Por isso é evidente que eles não têm a mesma importância em termos que quantidade de cada um dos produtos que são destinados à construção. Mas o PVC no Brasil tem muito o que crescer com isso não só nas aplicações onde é tradicional mas com inovações. Resumindo: o PVC, o PP e o PE tem muitas oportunidades dentro desta indústria. Plástico Sul - O mercado transformador já tem capacidade instalada e preço para

atender toda essa demanda? Valentim - Eu acho que esse é o grande desafio. Naquelas aplicações já consagradas, eu acredito que não há nenhum problema. Se você avaliar, o PVC por exemplo, são empresas de ponta, como a Tigre, que tem máquinas, tem qualidade e tem preço. Entretanto, temos outra parte do mercado onde há carência de soluções inovadoras para melhorar a industrialização na construção. Aí sim eu acho que a cadeia do plástico em geral, e nós estamos dentro junto com nossos clientes, temos que trabalhar focado. Precisamos mobilizar a indústria do plástico para que passe a olhar a construção civil como uma oportunidade. Sem dúvida, tem muito para ser feito ainda na cadeia produtiva de uma maneira geral. Plástico Sul - De que forma a Braskem participará junto ao transformador para viabilização de crescimento? Valentim - A Braskem é uma empresa estruturada, com área de tecnologia e inovação, com profissionais com vontade, com motivação e com bons laboratórios. É assim que vamos apoiar a cadeia. Nós temos em nossa área de desenvolvimento uma constante avaliação do que tem de novidade, o que pode ser feito e eu acho que os dois sentidos têm que trabalhar juntos: A Braskem gerando ideias e levando para os clientes, e estes trazendo também suas ideias e apoiando a Braskem no desenvolvimento, Nós estamos abertos nos dois canais. O que colocamos a disposição de é nossa vontade, motivação, laboratório, conhecimento, e bons profissionais para fazer acontecer. Plástico Sul - Qual a perspectivas da Companhia quanto a participação de produtos nacionais e importados transformados para atender esse crescimento? Valentim - A Braskem é uma empresa que está aqui para apoiar os clientes brasileiros que estão aqui no país e que compram nossas resinas. Estamos aqui para apoiar toda a cadeia de plástico a oferecer soluções que o mercado necessite. Esta é nossa estratégia. Agora os produtos importados poderão ocupar uma fatia desse mercado? É lógico que poderão. Cada vez mais o mercado é aberto. Vai depender de alguns fatores. Um deles é a nossa capacidade, ou seja, a capacidade da cadeia produtiva como um todo de apresentar ao mercado aquilo que

“Se você consegue desenvolver e ter soluções inovadoras que agreguem qualidade e valor às obras, a discussão de preço é menor.” ele precisa, de trazer soluções. É isso que a cadeia terá que fazer de maneira competitiva e adequada. É evidente que pode ocorrer a entrada de produtos importados, mas nossa estratégia está focada nos seus clientes e no atendimento das necessidades do mercado. Plástico Sul - Na sua visão, quais as e ameaças do mercado de construção para os próximos cinco anos? Valentim - A oportunidade está em dois fatores: crescimento e oportunidade de inovação. A indústria da construção civil já se deu conta de que se ela não incorporar inovação e tecnologia, não conseguirá dar conta do que tem que ser feito nas próximas décadas no Brasil. Nós temos um déficit de obras de infraestrutura, de residências e de saneamento muito grandes. Para que nos possamos solucionar estes problemas é preciso trabalhar muito, investir muito, mas também colocar muita tecnologia e inovação. Então essa é a oportunidade, que está diretamente relacionada à capacidade de ação. Temos que arregaçar as mangas e fazer as coisas acontecerem, com investimentos e trabalho focado no segmento. Eu não vejo ameaças no segmento da construção. Porque nos acreditamos que a posição que temos hoje consolidada, muito focada no PVC, não corre ameaças, por exemplo, de materiais sucedâneos. Eu acho que o PVC tem uma indústria muito forte e que vai continuar atendendo cada vez melhor e com produtos inovadores o mercado. E na parte da inovação e tecnologia o que temos é um monte de oportunidades que podemos ou não aproveitar. A grande ameaça é não aproveitar as oportunidades. Se nós, a indústria do plástico e os produtores de commodites, não formos capazes de apresentar soluções, outros materiais vão apresentar também.

Plástico Sul - Dados da Associação Brasileira de Materiais de Construção, um dos>>>> << << Junho Junho de 2011 de 2011 << Plástico Plástico SulSul<<07 7


PLAST VIP Nilton Valentim DIVULGAÇÃO

Copa e Olimpíada: para os transformadores colocarem a mão na taça é preciso atenção às oportunidades

to e outros produtos feitos pelas médias e pequenas empresas. Há mercado para todo mundo, desde que a empresa se capacite, se motive e vá atrás.

termômetros do setor de construção civil, apontam uma desaceleração no crescimento do setor. Este reflexo é perceptível no setor plástico? Valentim - Isso ocorreu sim, houve uma desaceleração, mas entendemos que é uma questão conjuntural, que é uma variação dos altos e baixos do mercado por vários fatores. Toda vez que há troca de governo, há dificuldades de liberação de financiamentos das licitações, das obras públicas etc. Com a entrada de novo governos, houve um atraso no saneamento, por exemplo, ocorreram poucas licitações neste começo do ano. Então há um impacto, mas acreditamos que no segundo semestre haverá uma recuperação. Plástico Sul - Falando em Jogos Olímpicos de 2014 e 2016. Dá tempo para fazer tudo que é preciso até lá? Valentim - Essa é o tipo da pergunta difícil de responder. O que eu posso dizer: muita coisa foi mapeada para ser feita. Daquilo, com certeza uma parte ficará para trás. Ou seja, foi mapeado o “ótimo”, mas se realizarmos parte disso o Brasil já sairá de maneira extremamente positiva deste proces-

“Temos que arregaçar as mangas e fazer as coisas acontecerem, com investimentos e trabalho focado no segmento.” 8 >>Plástico 08 Plástico SulSul > Junho > Junho de 2011 de 2011 >> >>

so. Com certeza haverá um papel importante na construção. Eu não sei quanto vai dar para fazer, mas com certeza tem agregação de obras em função da Copa, e não é pouca coisa. Agora se você perguntar se vamos fazer bonito ou feio, aí já não saberia dizer. Plástico Sul - Em três anos e meio os transformadores brasileiros conseguirão atender essa demanda? Ou há tendência de crescimento dos importados? Valentim - Eu acho que dá tempo. Eu não vejo nenhuma dificuldade de abocanharmos, por exemplo, os assentos, as coberturas, toda a parte de infraestrutura dos estádios. É muito rápido equacionar os problemas de produção. Existe um parque de máquinas muito grande no Brasil, existe a possibilidade de se adquirir rapidamente equipamentos, existe muita tecnologia. O país é bem capacitado na cadeia do plástico. Eu não vejo grandes problemas específicos para a Copa, pelo menos nos produtos da cadeia produtiva dos plásticos. Plástico Sul - Terá mercado para o pequeno e médio transformador? Valentim - Lógico. Porque tem muita coisa para ser feita. Vou dar somente um exemplo: Metrô. Estão sendo construídas muitas linhas, algumas delas estão inclusive nos projetos da Copa, dentro do item de mobilidade. Metrô usa muitos plásticos que são de consumo massivo, como tubos, eletrodutos especiais, perfis de acabamen-

Plástico Sul - Há algum projeto de transferência de tecnologia ou parcerias para patentes entre a Braskem e os pequenos e médios? Valentim - Temos parcerias e estamos abertos para fazer outras. A Braskem, por ser uma empresa grande e bem estruturada, tem uma serie de ideias e projetos que estão atrelados a alguns clientes, mas isso não pode e não é o único canal, tem que existir o canal do cliente vir até nós também. Não temos a pretensão de sermos os únicos estimuladores disso. O que temos falado muito com a cadeia em geral é: “vamos ficar atentos na construção civil porque ela mudou seus paradigmas e tem espaço para desenvolvermos coisas interessantes”. Plástico Sul - Você acha que os jogos deixarão o legado da universalização do saneamento básico no país? Valentim - Esse é um sonho. O saneamento é um dos principais problemas de infraestrutura que o Brasil tem. Já está sendo feito algo, mas muito aquém do que necessitamos. É preciso aumentar e muito os investimentos em saneamento para poder realmente resolver o problema. E resolver significa universalizar o saneamento. E isso levará décadas. O saneamento é um grave problema no Brasil e por outro lado uma grande oportunidade. Nós esperamos que a Copa possa trazer algum legado nas cidades onde os jogos ocorrerão. Com certeza algumas obras estão sendo planejadas e executadas. Inclusive existe o Instituto Trata Brasil que trabalha com essa visão da Copa deixar um legado em termos de saneamento. O Trata Brasil realiza reuniões e eventos nas cidades sedes para mobilizar a sociedade a realmente aproveitar essas linhas de crédito e motivação da Copa para fazer não só estádio, mas também saneamento. Deixar algum legado em saneamento eu acredito que sim. Agora deixar legado de universalização do saneamento, isso não vai deixar. PS


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Plástico na Construção

Um Eldorado à vista Por Melina Gonçalves

Mãos à obra: estimativas de crescimento colocam indústria da construção no centro das atenções

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Boas perspectivas para a indústria da construção coloca o Brasil na mira de investimentos por parte dos transformadores e das empresas fabricantes de matérias-primas.

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aíses de economias emergentes como o Brasil possuem seus mercados de construção em franca expansão, com constante busca por eficiência energética e sustentabilidade. Desta forma, são inúmeros os investimentos anuais nesta indústria e diversos segmentos pegam carona neste cenário promissor. O plástico é um deles. Os fabricantes de resinas aprimoram suas matérias-primas buscando a ampliação de aplicações e os transformadores buscam oportunidades de negócios para agregar cada vez mais produtos plásticos nas obras. Mas quais são as principais necessidades que os transformadores precisam preencher para participar do mercado da construção? O conforto acústico é um requisito muito importante em ambientes comerciais e residenciais. Geralmente esta necessidade caminha junto com outro requisito fundamental na construção civil: segurança ao fogo. As principais exigências hoje são: utilização 10 > Plástico Sul > Junho de 2011 >>

de produto com menos impacto no meio ambiente e que seja um bom isolante térmico, o que ajuda a reduzir o uso e gastos com ar condicionado. Além disso, a grande demanda está em materiais que reduzem o consumo de energia, possibilitam estruturas mais leves, agilidade e limpeza na montagem, além de serem sustentáveis.

Diversas empresas estão atentas a essas demandas e investem pesado neste mercado. A Brasilit, por exemplo, anunciou recentemente investimentos de R$ 160 milhões que farão com que a capacidade produtiva da empresa cresça 40% até 2016. A companhia - que pertence ao braço de construção civil da francesa Saint-Gobain - vai>>>>


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Telha de PVC: além de matéria-prima reciclável, apresenta redução de peso em comparação ao modelo de barro

aplicar esses recursos na construção de duas novas fábricas, além de ampliar as unidades já existentes. A empresa desenvolve produtos livres de amianto e utiliza fibras de polipropileno na fabricação do fibrocimento. “Acreditamos que o foco do crescimento do setor de construção está nas habitações populares. Esse mercado vai crescer pela postura do governo de reduzir o déficit habitacional”, afirmou o diretor geral da Brasilit, Roberto Luiz Correa. Cerca de R$ 37 milhões serão destinados a uma nova unidade, com uma linha de fabricação de telhas onduladas, que deve entrar em operação no segundo semestre de 2013. Além dos investimentos, o setor apresenta novidades, como a telha de PVC. Em seu lançamento, na Feira Internacional da Construção 2011, o produto mostrou como um dos diferenciais o peso. O PVC chega a 5% a 10% do peso das telhas de barro, por

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Plástico na Construção

exemplo, o que dispensa o uso de caibros, ripas e outras estruturas de sustentação. Enquanto a cerâmica exige um espaçamento do madeiramento que dá suporte às telhas de 30 em 30 centímetros, a de PVC requer um metro. Isso gera economia com a madei-

ra e a mão de obra, já que o serviço a ser executado é menor. “Além disso, o projeto foi desenvolvido com matérias-primas não tóxicas e recicláveis. Nossa produção não gera resíduos e tem circuito fechado e todo automatizado”, revela Cléber Mário Borges,>>>>


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Plástico na Construção DIVULGAÇÃO

Piso vinílico TechVinyl é um dos destaques na Casa Cor Paraná por ser ambientalmente correto

diretor de Operações da unidade de PVC da Precon. A economia é de 15% a 20% usando o PVC, segundo a fabricante. A durabilidade do PVC também gera economia. As telhas de PVC se mantêm estáveis às tempestades, granizos e outras intempéries. Também podem ser usadas como fechamento de espaços. As peças têm baixíssimos índices de expansão térmica e, frente a variações de temperatura, sua estabilidade dimensional e de cor é superior à das telhas convencionais. Em caso de incêndio não propaga as chamas. Mas não é só em telhas que o PVC tem se destacado em aplicações. Na Casa Cor Paraná, que acontece em Curitiba de 10 de junho a 19 de julho, em um dos ambientes, o Lounge Balaroti - assinado pelo designer Yury Albertcht - um dos produtos utilizados para misturar o estilo moderno com o clássico é o piso vinílico TechVinyl, produzido em PVC. O objetivo é reforçar que o PVC é 100% reciclável. Este produto, comercializado pela MBM Brasil com exclusividade ao Balaroti, utiliza a mais moderna tecnologia e possui alta resistência de riscos, alem de ser ambientalmente correto.

Preocupação Apesar das perspectivas positivas, o cenário atual apresenta preocupação. A indústria fabricante de material de construção termômetro do setor da construção civil, fez revisões para baixo nas expectativas de crescimento para 2011. A previsão inicial de crescimento de 9% no faturamento neste ano havia sido revisada para 7% e 14 > Plástico Sul > Junho de 2011 >>

aguarda agora os resultados das encomendas de junho para fazer uma nova estimativa, ainda mais baixa. “Estamos esperando os dados consolidados de maio e junho, mas, diante do desempenho do setor no primeiro quadrimestre, considero cada vez mais difícil conseguirmos crescimento de 7% neste ano”, diz Melvyn Fox, presidente da Associação Brasileira de Materiais de Construção (Abramat). A associação atribui o fraco desempenho no período às medidas de contenção do crédito e da inflação. De 8,5% de crescimento, a nova expectativa não deve passar de 5%. Segundo a Anamaco, a elevação de juros e o aumento do IOF afetaram o crédito de curto prazo, combustível para a principal fonte de venda de material de construção: a reforma e a ampliação. Esse segmento representa 78% das vendas no país.

Região sul em destaque A região sul do país é conhecida pela sua alta performance em produtos plásticos direcionados à construção civil. Entre as inúmeras empresas que atuam neste nicho de mercado, há bons exemplos. Um deles é a Plásticos Vipal, do Rio Grande do Sul, e a Tubozan, de Santa Catarina, que formalizaram a criação da BR Plásticos Participações, que vai controlar os ativos das duas empresas e será a terceira maior indústria do país no segmento voltado para a construção civil. A sócia gaúcha tem 51% da nova companhia, que prevê obter uma receita bruta de R$ 230 milhões neste ano, ante o

faturamento combinado de R$ 205 milhões em 2010. A Vipal é uma tradicional fabricante de portas, forros e divisórias de PVC e no início do ano passado adquiriu o controle da Conforme, uma pequena indústria de tubos e conexões em Colombo, no Paraná. A companhia tem capacidade instalada total de 18 mil toneladas de produtos plásticos por ano e decidiu formar a joint venture para acelerar a expansão no novo segmento. Segundo o diretor da Vipal e presidente da BR Plásticos, Gilberto Borges Filho, a nova empresa nasce com o objetivo de ser uma “alternativa” em relação às lideres do setor no país. A BR Plásticos atende 3 mil pontos de venda, a maior parte deles no Sul do Brasil, e o plano é expandir as operações para as demais regiões, com foco no varejo de pequeno e médio porte. “O mercado de tubos e conexões é muito competitivo e por isso é importante ganhar escala.” A BR Plásticos deve produzir 36 mil toneladas de produtos em 2011, ou quase 90% da capacidade instalada, e o plano para os próximos dois anos é investir R$ 20 milhões em expansão e modernização das fábricas. Até o fim do ano dois centros de distribuição serão transformados em fábricas e vão agregar mais 5 mil toneladas/ano de capacidade. Quando Borges Filho fala em ser alternativa às empresas líderes de mercado, o presidente da BR Plásticos refere-se à Tigre e Amanco. A primeira, uma multinacional brasileira líder na fabricação de tubos, conexões e acessórios em PVC no Brasil e na América do Sul, é referência nos mercados Predial, de Infraestrutura, Irrigação e Indústria. Fundada em 1941, tem nove plantas no Brasil, e 12 no exterior contando com mais de 6.700 funcionários e mais de 350 mil toneladas de produtos fabricados anualmente. A Tigre, que teve receita bruta em 2010 de R$ 2,6 bilhões, acaba de fechar uma parceria com a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). Através desta parceria, as empresas associadas à entidade terão desconto na aquisição de produtos da Linha Industrial. De acordo com o vice-presidente de tubos e conexões da Tigre, Paulo Nascentes, a iniciativa amplia a relação co->>>>


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Plástico na Construção mercial com o setor industrial e torna a empresa “mais competitiva para atuar num setor que teve crescimento superior a 10% no ano passado”. Já a Amanco, é uma empresa pertencente ao grupo mexicano Mexichem, que recentemente decidiu colocar sob o comando de uma única holding todos seus negócios no Brasil, que compreendem a empresa de tubos e conexões e Plastubos, além da Bidim, fabricante de revestimentos sintéticos (não tecidos) usados por diversos setores industriais. O nome da nova empresa é Mexichem Brasil, mas o grupo já adiantou que manterá todas as marcas comerciais e suas respectivas estratégias. A unificação segue uma estratégia global de integração vertical dos negócios e visa facilitar a gestão, possibilitando ganhos de eficiência operacional. A executiva Marise Barroso, que já comandava as empresas do gru-

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po, assume agora a presidência da Mexichem Brasil. “Esta mudança contribui também para acelerar o crescimento e fortalecer a atuação do grupo no Brasil”, comenta Marise, em nota. Junto com a criação da holding, a Mexichem anunciou planos de investir R$ 148 milhões

na operação brasileira neste ano, o que inclui um aumento de 20% da capacidade produtiva, além de aportes no desenvolvimento de produtos, publicidade e capacitação de profissionais. No ano passado, a Mexichem Brasil registrou receita líquida de R$ 946 milhões, 18%>>>>


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Plástico na Construção

acima do montante de 2009. Na mesma base de comparação, houve um aumento de 14% da produção e um avanço de 20% no resultado operacional medido pelo Ebitda.

Expectativas para a Copa Um dos principais fatores que fazem do Brasil um verdadeiro canteiro de obras, é o fato do país sediar a copa do Mundo de

2014 e as Olimpíadas de 2016. Tais acontecimentos trazem grandes investimentos, geram empregos e fomentam a economia de diversos segmentos, entre eles, do setor plástico. A expectativas de investimentos são na ordem de R$ 100 bilhões em quatro anos. Os recursos serão investidos em 12 cidades e em 9 dimensões da infraestrutura. Só na construção e reforma de estádios, aeroportos e mobilidade são investidos R$ 23 bilhões. Entretanto, a certeza da concretização de todas as obras necessárias esbarra nos atrasos das construções. Das 12 arenas multiuso que estão planejadas para os jogos da Copa do Mundo de 2014, oito estão sendo construídas, mas três ainda podem ser consideradas “obras no papel”. Com raras exceções, os preços de todos os projetos subiram. Os casos mais emblemáticos são São Paulo (ainda uma incógnita de prazo e preço) e o Maracanã, que ficou 30% mais caro. As obras com menor variação de custo são aquelas desenvolvidas como Parceria Público-Privada (PPP). O governo federal só iniciou este ano um>>>>

Porto Alegre

Curitiba

Ações pactuadas entre o Governo Federal, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e o Sport Club Internacional, tradicional clube de futebol da cidade, têm o objetivo de preparar a cidade para a realização da Copa das Confederações em 2013 e a Copa Mundial em 2014. As obras previstas compreendem a adequação do Estádio Beira Rio e a ampliação do sistema de transporte, com a construção do corredores exclusivos para ônibus e duplicação das principais avenidas de acesso ao estádio. Valor das ações previstas para o evento: R$ 968.500.000,00 - Gastos e investimentos. •Aeroportos e Portos •Estádio José Pinheiro Borda (Beira-Rio) •Obras de mobilidade urbana •Segurança Projeto do escritório HypeStudio, a reforma do estádio portoalegrense compreende: cobertura metálica, suportada por 65 módulos de 23m em forma de asa, e capacidadede 60 mil lugares. Integra um projeto de renovação urbana em toda a região ribeirinha. Custo: em torno de R$ 270 milhões / Contrato: privado / Construtora: não definida. Demolição teve início em 12 de dezembro e deve ser feita em quatro etapas, a primeira com término previsto em abril/2011. O estádio permanece aberto durante as obras. Porcentagem da obra: 15%

Ações pactuadas entre o Governo Federal , o Governo do Estado do Paraná, a Prefeitura de Curitiba e o Clube Atlético Paranaense objetivam preparar a cidade e o estádio, de propriedade do clube, para realização da Copa das Confederações em 2013 e a Copa Mundial em 2014. Além da reforma e da ampliação do estádio, estão previstas melhorias no sistema de transporte com a construção de corredores de BRT (Bus RapidTransport), obras na Rodoferroviária, no Terminal Santa Cândida, no Corredor Metropolitano, no Corredor Marechal Floriano e em vias de integração Radial Metropolitanas. O sistema de transporte também deverá ganhar um sistema integrado de monitoramento para a sua gestão. Valor das ações previstas para o evento: R$ 703.400.000,00 - Gastos e investimentos. •Aeroportos e Portos •Complexo Esportivo Curitiba •Obras de mobilidade urbana Para as obras (construção do quarto lance de arquibancadas e da cobertura),o município liberou créditos de potencial construtivo de R$ 90 milhões para o Atlético-PR. Atlético Paranaense pretende começar as obras em junho de 2011. Custo: R$ 130 milhões / Contrato: privado / Construtora: não definida. Porcentagem da obra: 0%

Copa 2014

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Fonte: Portal da Transparência e Portal da Copa 2014

Situação dos estádios da região em maio de 2011


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Plástico na Construção DIVULGAÇÃO

Investimentos em coleta e tratamento de esgoto devem ser vistos pelo poder público como prioridades

bilhões, sem considerar o preço do estádio paulista, ainda não definido. O Ministério do Esporte considera que existem alguns exageros nas obras das arenas que acabaram causando aumento desnecessário dos investimentos. O valor financiado pelo BNDES continua limitado a R$ 400 milhões por arena, acrescenta.

E o saneamento?

acompanhamento das obras nas cidadessede. Segundo levantamento do consultor legislativo do Senado Federal, Alexandre Sidnei Guimarães, comparando com os valores de investimentos indicados na assinatura da “matriz de responsabilidade”, em

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janeiro de 2010, os custos das arenas hoje estão até 34% maiores. No começo do ano passado o total dos gastos estimados em 11 estádios - Belo Horizonte não havia apresentado previsão - era de R$ 5,4 bilhões, enquanto hoje é algo próximo de R$ 7,2

Os sistemas de coleta de esgoto e saneamento básico são grandes mercados de aplicações de plásticos. Com um déficit alto nesta área, a esperança do Brasil está justamente nos jogos olímpicos de 2014 e 2016. A primeira edição da pesquisa “Desafios do Saneamento em Metrópoles da Copa 2014”, com foco na região metropolitana do Rio de Janeiro, lançada pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou um crescimento de


DIVULGAÇÃO

Especialistas afirmam: a população não deve permitir que o saneamento seja esquecido

53% no número de domicílios com acesso à rede de esgoto na região metropolitana do Rio no período compreendido entre 20002010 (4,3% ao ano no período). De acordo com estimativas feitas com base nos dados preliminares do censo demográfico, o nú-

mero de domicílios com acesso à rede de esgoto na região foi de 3,2 milhões em 2010. Apesar do avanço, o estudo também revelou que 19% das moradias da região ainda não tinha acesso à rede de esgoto em 2010, cerca de 750 mil domicílios. O déficit mai-

or, contudo, está no tratamento do esgoto coletado. O estudo estimou que, do total de esgoto produzido na região, apenas 68,5% receba tratamento antes do descarte, ou seja, 31,5% do esgoto residencial produzido é jogado diretamente no meio ambiente. Em 2010, estima-se que o esgoto de 1,2 milhão de moradias não recebeu qualquer tratamento. O Rio de Janeiro, junto com outras 11 cidades, será palco da Copa do Mundo de 2014. Além da Copa, o Rio também será sede das Olimpíadas 2016. Segundo Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, em todos os países que recebem eventos mundiais e de grande porte como esse, muito se discute sobre o legado que será deixado para a população após a realização dos eventos. “Sem dúvida, para o Brasil, o legado mais substantivo para a população deve ser a universalização do saneamento básico, por>>>>

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O desenvolvimento de resinas com características especificas para cada necessidade torna o plástico um material cada vez mais presente nesta indústria, mantendo o produto com boas taxas de crescimento nas obras.

Plástico na Construção

ser fundamental para as condições de saúde e qualidade de vida, educação, produtividade e renda, valorização imobiliária e até mesmo no turismo”, completa. A pesquisa apontou que, para deixar esse verdadeiro legado para a população da região metropolitana do Rio de Janeiro e universalizar a coleta e tratamento de esgoto na região, o volume de investimentos necessário é de R$ 1,1 bilhão. Isso equivale a um acréscimo de R$ 250 milhões por ano no orçamento do saneamento até a Copa de 2014. Para Édison Carlos, é essencial que esse investimento seja visto pelo poder público como prioridade, em vista de todos os benefícios que pode trazer a população: “A população brasileira não deve permitir que, mais uma vez, o saneamento seja esquecido, em detrimento de outros investimentos, como em estádios, por exemplo, que não trazem benefícios para toda a população, em geral, como o saneamento, comprovadamente, traz”, conclui.

Resinas específicas Há algumas décadas o plástico tem se mostrado um eficiente substituto de diversos materiais, como o vidro, o metal e a 22 > Plástico Sul > Junho de 2011 >>

madeira. No segmento da construção não é diferente. O desenvolvimento de resinas com características especificas para cada necessidade torna o plástico um material cada vez mais presente nesta indústria, mantendo o produto com boas taxas de crescimento nas obras. Dos produtos transformados anualmente no país, 14,6% são direcionados à construção civil. E diversas são as resinas que auxiliam na produção de materiais aplicáveis no setor. Do polietileno ao poliuretano, acrílico e EPS, cada matéria-prima confere uma traço peculiar ao produto transformado. O Geofoam, da Basf, por exemplo, é uma solução para estabilização de solos moles em regiões brasileiras. A solução é feita através de grandes blocos moldados de EPS (Poliestireno expandido) que tem com uma de suas vantagens a leveza e rapidez na execução da obra, além do fácil manuseio, baixo desperdício de material, facilidade no transporte, e a possibilidade da execução da obra em dias chuvosos. Com aprovação pelo Departamento Nacional de Infraestutura e Transporte (DNIT), o Geofoam foi utilizado no aterro do viaduto principal de acesso à

BR101, em Tubarão (SC). Além disso, um sistema de poliuretano para pavimentações, denominado Elastopave® também é fabricado pela empresa, que salienta a finalidade do produto, que serve como permeabilizante, pois permite o escoamento da água para o subsolo. Ainda na linha de poliuretanos para a construção, a Basf fabrica o Elastopor®, utilizado na confecção de painéis e telhas, com a finalidade de isolamento térmico e eficiência energética e o Elastospray® (spray de poliuretano), desenvolvido especialmente para construções já existentes onde a principal vantagem é a rapidez e facilidade de aplicação, além do isolamento térmico, impermeabilização e auto-aderência. Pensando nos jogos olímpicos a empresa destaca uma espuma especial feita de resina de melamina conhecida como Basotect® que tem como principal característica a elevada absorção acústica, principalmente em elevadas freqüências, promovendo conforto acústico aos diversos ambientes como cabines de transmissão de jogos, salas de coletivas de imprensa e camarotes. Esta tecnologia foi utilizada nas


DIVULGAÇÃO

Resinas de alta performance da Evonik para aplicações em fachadas, coberturas e etc.

Olimpíadas de Pequim: no Cubo d’Água (local que recebeu as provas de natação) painéis acústicos feitos de Basotect® foram instalados ao longo de toda a arquibancada com o objetivo de proporcionar conforto acústico aos expectadores. Resina bastante aplicável no setor é o acrílico. Para o chefe de desenvolvimento de novos negócios da Evonik, Vitor Lavini, o material oferece diversas vantagens para o setor da construção, mas ainda é pouco utilizado no Brasil. “No exterior, seu uso é muito disseminado em infraestrutura, rodovias, aeroportos, projetos viários, hotelaria, hospitais, iluminação, mobiliários, sinalização e comunicação visual, decoração, entre outros segmentos”. A empresa ressalta os polímeros como dotados de excelente resistência a raios ultravioletas e ao amarelamento, alta transparência e brilho, para serem utilizadas em coberturas, fachadas, decoração, móveis, sinalização, comunicação visual e iluminação, entre outras aplicações. Há também as resinas metacrílicas reativas, indicadas para pisos em áreas de alto tráfego, resistentes aos raios UV e ao intemperismo, com elevada resistência mecânica e química, ideal para estádios, aeroportos, hotéis, cozinhas industriais, halls de acesso, áreas de exposição, etc. Além destas, há ainda as resinas metacrílicas reativas para sinalização horizontal (sistema plástico a frio) para demarcação horizontal de aeroportos, estádios (estacionamento), sinalização para deficientes,

ciclovias e corredores de elevada circulação (como BRT´s). Outro personagem importante que confere ao plástico o título de um dos principais atores na indústria da construção é o aditivo. Nos assentos dos estádios eles permitem maior durabilidade e resistência. “É preciso colocar aditivos que tornem o material resistente aos raios solares que provocam rachaduras, além de pigmentos que não desbotem facilmente”, ressalta o Responsável pelo Grupo de Construção da BASF na América do Sul, Marcos Correia. Ele afirma que a BASF foi a primeira no mundo a desenvolver uma tecnologia de baixa interação com os produtos antichama dos assentos, cumprindo as normas internacionais e garantindo maior segurança. A principal exigência seria um estabilizante a luz que pudesse ser usado em conjunto com os retardantes a chamas que não perdesse a sua performance.

Impactos O atraso da maioria das obras a serem reformadas e construídas para os jogos olímpicos reflete no desempenho dos fornecedores, mas os impactos positivos já começam a ser percebidos. Já algumas aplicações são realizadas mesmo no processo final dos empreendimentos, como ressalta Marcos Correia, da Basf. “No caso do tratamento acústico necessário às obras dos estádios da Copa, os elementos acústicos serão instalados na última fase de construção (provavelmente final de 2013 ou início de 2014), porém a discussão dos projetos acústicos e cotação dos elementos ou sistemas a serem utilizados já estão ocorrendo”, revela o executivo. Para Vitor Lavini, da Evonik, as linhas de produtos da empresa atendem direta ou indiretamente os setores que envolvem as obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. “Podemos perceber maior interesse por esses materiais, a exemplo do que já ocorre em outros países, que também sediaram eventos esportivos de grande porte. Esses resultados serão ainda mais palpáveis quando as obras estiverem mais adiantadas”, destaca.PS << Junho de 2011 < Plástico Sul < 23




Um dos mais importantes polos nacionais do plástico, Caxias do Sul, receberá integrantes da indústria do plástico do Brasil e exterior durante a Plastech Brasil 2011.

GILMAR BITENCOURT

Um evento que promete aquecer os negócios do setor

O

Sul do Brasil é conhecido como uma das principais regiões para o setor de transformação de plásticos do Brasil. São mais de três mil empresas fabricantes que dedicam-se aos mais variados segmentos da indústria. Um pouco mais para o sul do país, Caxias do Sul (RS) vem ganhando espaço no cenário do setor. A Serra Gaúcha se destaca em nível nacional, processando mais de 450 mil toneladas/ano. Possui mais de 450 empresas de transformação e é considerada a maior consumidora de resinas plásticas do Rio Grande do Sul, contando com um universo de máquinas e equipamentos utilizados que ultrapassa quatro mil unidades. É neste palco que acontece, entre os dias 16 e 19 de agosto, em Caxias do Sul (RS) a Plastech Brasil, Feira de Tecnologias para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Equipamentos. A cada edição o evento alcança força e reconhecimento dentro do segmento plástico. Para 2011 o evento conta com mais de 300 expositores já confirmados e a expectativa é apresentar mais de 700 marcas nacionais e do exterior em exposição e um público visitante próximo a 25 mil pessoas. Organizada e realizada pelo Simplás – Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho -, conta com especial apoio do Sinplast/RS – Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul-, e do Simplavi – Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos-, de Bento Gon26 > Plástico Sul > Junho de 2011 >>

çalves. A Plastech Brasil também tem o apoio das principais entidades representativas da cadeia petroquímica-plástica do país – Abiplast, Abief, Abmaco, Abimaq, Adirplast, Abimei, Siresp, INP e também da FIERGS, do Simecs, da CIC-Caxias e Prefeitura Municipal de Caxias do Sul.

Onde a feira acontece Caxias do Sul é a cidade que sedia a Plastech Brasil. É uma das mais prósperas cidades do país, localizada na região de maior crescimento socioeconômico do Rio Grande do Sul. Caracterizada pela força da indústria, a cidade é considerada o segundo pólo metal-mecânico do Brasil, atraindo investimentos de diversos países. Abriga um dos parques industriais mais diversificados da América Latina, distribuídos num universo superior a 32 mil empresas de grande, médio e pequeno porte. Além disso, o eixo Porto Alegre – Caxias do Sul concentra a grande maioria dos setores ligados à exportação do Estado. O comércio entre Caxias do Sul e o restante do mundo é também um importante

Feira pretende crescer em relação à 2009, atingindo um público visitante próximo a 25 mil pessoas

fator de sustentação e crescimento da economia local, sendo que as exportações caxienses são concentradas no complexo metal-mecânico e apresentam crescimento superior às importações. A cidade tem o terceiro PIB do Estado em um dos 50 PIBS do país. Uma ampla rede hoteleira dá suporte ao turismo e ao crescimento empresarial e na região. São muitas as opções, fazendo de Caxias do Sul um ótimo local para aliar bons negócios e lazer.

Parque de Eventos A Plastech Brasil acontece no Complexo da Festa da Uva – Parque Mário Bernardino Ramos -, um dos maiores e mais completos espaços para eventos do Brasil, com 367.142 m² de área total disponíveis. O Parque está instalado em local privilegiado, com acesso facilitado, cercado por uma ampla área verde em uma região elevada, ofere-


tech Brasil 2011 possibilitará novos conhecimentos para os públicos envolvidos com o segmenEstá disponível o credenciamento para visitantes no site to plástico. A programação terá da Plastech Brasil 2011 www.plastechbrasil.com.br. O preeninício no dia 17/08, com uma chimento de dados, pela internet, agilizará o processo, com a retirada da credencial nos terminais de autoatendimento, Palestra Especial, e no dia 18/08 disponíveis na recepção principal da Feira. com a realização do 1º FORUM PLASTECH BRASIL com a participação da UCS – Universidade de Cartão do Expositor Divulgação no Caxias do Sul, Ulbra – UniversidaDurante o período da Plastech Brasil 2011 vários estaBrasil e exterior de Luterana do Brasil, IFRS – Insbelecimentos comerciais de Caxias do Sul oferecerão vantaAs ações de divulgação da tituto Federal do Rio Grande do gens e descontos para os expositores que participam da FeiPlastech Brasil 2011 são planejaSul e Ftec – Faculdade de Tecnora. Restaurantes, lojas, bares, entre outros, oferecem seus das para, além de cumprir o palogia, apresentando o tema “Inoserviços com preços mais acessíveis. pel de divulgação institucional, vação, Sustentabilidade e Para usufruir das vantagens, os expositores receberão, criar um cenário de negócios no Tecnologia no setor Plástico”. juntamente com a credencial, o Cartão de Amizade Clube do período que antecede a feira. DesIntegrando a Programação Expositor Plastech Brasil. O cartão deverá ser apresentado ta forma, destaca-se a participada Feira, serão oferecidos cursos nos estabelecimentos parceiros para receber os descontos. ção em feiras do segmento, do de qualificação: sobre “SeguranBrasil e exterior, o que resulta ça em Máquinas Injetoras”, miDeslocamento facilitado numa maior aproximação e relacionamento nistrado pelos instrutores da Fundacentro com as empresas expositoras e com as que para expositores e visitantes Fundação Jorge Duprat Figueiredo de SeguPara os expositores e visitantes que irão rança e Medicina do Trabalho; “Produtos e ainda não o são. Outro destaque é a parceria de fora de Caxias do Sul para a Plastech Bra- Moldes” e “Defeitos em Injeção”, ambos com a mídia especializada, através de revistas e sites do segmento no estado e no país. sil 2011, o transporte não será problema. ministrados por instrutores da Sociesc (SoAlém disso, o evento acompanha a Tranfers serão oferecidos dos aeroportos de ciedade Educacional de Santa Catarina). tendência web 2.0 e conta com ações es- Caxias e Porto Alegre até o Complexo dos Também o Senai do Plástico estará com uma Pavilhões da Festa da Uva. Os horários e ro- programação de qualificação especial neste pecíficas na internet, como o site – teiros estarão disponíveis no site da Plastech. período da realização da Plastech Brasil. www.plastechbrasil.com.br –, que é consTambém estarão disponibilizados no tantemente atualizado com as principais Os Expositores contarão com salas em informações da feira; uma newsletter se- site opções de roteiros turísticos em Caxias formato de auditório, com toda a infraestrumanal, que mantém os expositores infordo Sul e região. Expositores e seus acom- tura necessária, onde poderão desenvolver mados sobre as ações realizadas; e está panhantes poderão desfrutar das atrações palestras ou treinamentos técnicos, medipresente também no twitter, como forma que a cidade tem a oferecer. ante agendamento prévio. de se aproximar ainda mais do seu públiA programação completa estará disco-alvo. Outra ferramenta muito importante Feira contará com ponível no site www.plastechbrasil.com.br, de divulgação é o Informe Plastech Brasil, atividades paralelas com orientações para inscrições nos curcom periodicidade mensal. Além de exposição e negócios, a Plas- sos e palestras.PS cendo ma belíssima vista panorâmica da cidade. A Plastech Brasil 2011 contará com aproximadamente 10 mil m² de área de exposição de estantes, ocupando, na totalidade, o Centro de Eventos e o Pavilhão 1.

Credenciamento online

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Os Expositores Seibt destaca tradicionais moinhos A SEIBT estará marcando presença novamente na Plastech Brasil. Para a edição 2011 reservamos o que há de melhor em moinhos. Estarão expostos para à apreciação do público os tradicionais modelos MGHS 600-A e MGHS 800-AYF, bem como os moinhos de baixa rotação MGHS 200 LR e 320 LRX. O MGHS 600-A é um equipamento com estrutura construída em SAE 1020 e caixa de moagem em aço fundido SAE 1030. Indicado para centrais de moagem, com capacidade de recuperação de materiais plásticos de diversos tamanhos e formatos. Possui facas com corte tipo tesoura e pode ser alimentado e descarregado de maneira manual ou automatizada. Já o MGHS 800-A-YF é um equipamento construído em SAE 1020 e caixa de moagem em aço fundido SAE 1020. Indicado para moagem de filmes, com sistema de facas corte tesoura, transpassadas, o que garante um maior rendimento a moenda desse tipo de material. Além disso, pode ser utilizado para a moagem de outros materiais plásticos, podendo a moenda, ser com água ou a seco. Outro equipamento apresentado será o MGHS 200 LR, para a recuperação em circuito fechado de aparas e sobras dos processos de injeção e sopro. Os modelos de limpeza rápida (LR), possuem 3 lâminas rotativas e duas lâminas fixas, com corte tipo tesoura. E por fim o MGHS 320 LRX, moinho de baixa rotação, adequado a norma de segurança NBR 15107 da ABNT, indicado para a recuperação de aparas e sobras do processo de sopro e injeção, em circuito fechado, possui 4 lâminas rotativas e duas fixas. Possui corte tipo tesoura em “X”.

Joint venture Ineal-Syncro A Ineal participa da Plastch Brasil apresentando sistemas de controle de extrusão de filme e chapa. Através da joint venture Ineal-Syncro, estará em exposição a linha de gravímetros para mono e multi camadas e será oferecido aos visitantes a oportunidade de conhecer a tecnologia para controle de espessura através de anéis de ar automático e medidores. Além dessas novidades, a Ineal também trará evoluções na sua linha tradicional com avanços consideráveis na otimização energética e compactação do sistema. Conforme Marcel Brito, executivo da empresa, atualmente a Ineal é referência nacional em sistema de desumidificação para as mais diferentes aplicações. “Oferecemos centrais de alimentação ao alcance de empresas de menor porte, mostrando mais uma vez a força da marca em um dos mercados de transformação mais importantes do Brasil”, revela Brito.

Oportunidades de negócios A Mecanofar Indústria e Comércio de Máquina Ltda, situada na cidade de Farroupilha-RS estará participando da Feira Plastech Brasil expondo no Stand nº 116 sua linha de moinhos granuladores, projetados para resolver problemas na moagem de sobras e rejeitos, para reaproveitamento do material, além de contar com uma linha avançada de moinhos, silo, exaustores e peças de reposição. Para a Mecanofar, expor na feira Plastech Brasil 2011 é de suma importância, pois além da divulgação da Marca, surgem oportunidades de negócios e também de demonstração dos produtos e da qualidade dos equipamentos.

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Os Expositores Secco apresenta compressores Há mais de 30 anos oferecendo soluções em ar comprimido, a SECCO AR compressores é distribuidor e assistente técnico autorizado dos compressores a parafuso SCHULZ na serra gaúcha. Com uma linha completa de compressores rotativos a parafuso, secadores, filtros e reservatórios, a SECCO AR apresentará ao mercado na Plastech 2011 equipamentos para geração e tratamento de ar comprimido como: compressores com secador integrado e variador de velocidade.

Moldes da JR Oliveira Ao completar 25 anos a JR Oliveira, apresenta uma história de trabalho e desenvolvimento no setor de fabricação de moldes e injetados, associada a evolução tecnológica do setor. A empresa vai apresentar na Plastech, todo o seu Know-how em fabricação de moldes. Com capacidade para produção de moldes de até 25 ton, a empresa está capacitada a produzir moldes de alta complexidade técnica. Além disso, junto ao setor de injetados, a empresa possui a tecnologia de injeção de bi-componentes que também estará apresentando nesta feira. Esta tecnologia a JR Oliveira deixa a disposição para seus clientes e para novos parceiros através da terceirização do serviço de injeção. A empresa espera que a Plastech abra novos mercados, bem como solidifique a parceria que possui com seus clientes atuais. “Nesta edição da feira, que haja a possibilidade de todos prestigiarem o que as empresas nacionais vem agregando em termos de tecnologia, se tornando extremamente competitiva, tanto no cenário nacional como internacional” ressalta Juliano Marcon Oliveira.

Boeira completa 30 anos A Metalúrgica Boeira, participa da Plastech Brasil desde o inicio da feira em 2007. Para o diretor da empresa Josemar Boeira Martins, a expectativa em relação ao evento é que proporcione a busca de parcerias comerciais, conhecimento de novas tecnologias e divulgação dos produtos da empresa. Fundada em 1981, com a fabricação de peças industriais e em 1987 a Metalúrgica Boeira passou a agregar a fabricação de molde e matrizes para peças plásticas, e em 1996 a empresa passou a investir em um novo projeto, o ramo de injetados, injetando peças técnicas da linha industrial e utilidades domésticas da marca UTILITY que está presente em todo o Brasil. A empresa, situada em Caxias do Sul (RS), completou 30 anos em março de 2011.

Misturador Vertical Premiata A empresa Premiata é especializada na fabricação de misturadores e secadores com capacidade de 25 kg a 5000 kg. Estará expondo na Plastech Brasil 2011 um misturador vertical modelo PRM 200 NP com capacidade de mistura de 200 kg. “O misturador modelo NP é um projeto totalmente exclusivo e inovador desenvolvido pela Máquinas Premiata”, destaca Rafael Rosanelli. O empresário explica que tata-se de um misturador vertical com rosca externa que facilita a limpeza nas trocas de cor ou de material. “Este modelo é compacto e ocupa pouca área física na empresa. Suas capacidades são de 100, 200 e 300 kg”, ressalta. Além de misturadores e secadores de diversos modelos e capacidades, a empresa fabrica também aglutinadores, afiadoras de facas para moinhos, silos, tanques de decantação, lavadoras e secadoras centrífugas para linhas de reciclagem de plásticos, roscas transportadoras, turbinas de transporte e acessórios para verticalização para a indústria em geral como racks de empilhamento e porta big bags.

Macroplast divulga marca

Macroplast: mais de 40 anos de experiência em resinas coloridas, compostos, blendas e masterbatches

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A Macroplast, empresa que atua há 40 anos no mercado destacando-se pelas referências em resinas coloridas, compostos, blendas e masterbatches, estará presente na Plastech Brasil 2011. Conforme informações da Companhia, participar da feira coloca a empresa em uma ótima posição no segmento, já que é é um meio de divulgar a marca e conquistar novos clientes visando o bom atendimento e a qualidade dos serviços e produtos. Oferecendo soluções integradas aos clientes por meio de serviços diferenciados e um portfólio completo de produtos, a Macroplast dispõe de modernos equipamentos de produção, laboratórios de controle de qualidade, pesquisa e desenvolvimento. “Isso garante um primor técnico e a alta qualidade dos produtos, atribuídos, reconhecidos e aprovados pelos mercados interno e externo e certificados pelo sistema ISO 9001-2008”.


Expectativa Você sabia que... - A primeira edição,em julho de 2007, contou com 150 empresas expositoras que apresentaram mais de 250 marcas, com visitação de 11.000 pessoas. - Em julho de 2009, quando da segunda edição, os números apresentaram um crescimento significativo, considerando principalmente o momento econômico que antecedeu o evento: 220 expositores e 18.000 visitantes. - A Plastech Brasil é realizada pelo Simplás – Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho. Nos oito municípios de abrangência do Simplás, são mais de 450 empresas transformadoras que processam acima de 400 mil toneladas/ano, tornando a região a maior consumidora de resinas plásticas do estado.

São esperadas mais de 700 marcas em exposição, com fabricantes e fornecedores dos principais segmentos da cadeia produtiva do plástico: • Matérias-primas e produtos básicos • Máquinas, equipamentos e acessórios • Moldes e ferramentas • Instrumentos, controle e automação • Transformadores de plástico • Serviços e projetos técnicos • Publicações técnicas • Entidades e instituições

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Tendências & MercadoAutomação

Por Gilmar Bitencourt

Do luxo à necessidade

A

necessidade de automação é uma realidade cada vez mais presente nas empresas de transformação de plástico. Fatores como o aumento dos custos de produção, a redução das margens e o crescimento da concorrência estão pressionando os convertedores de plástico a trabalhar com capacidades ociosas mínimas. Diante deste quadro e animados pelo bom momento da economia nacional, os transformadores passaram a investir na compra de novas máquinas e equipamentos para otimizar a produção. Nesse processo de renovação do parque industrial os robôs estão ganhando mais espaço nas empresas. Esta nova realidade da indústria de transformação de plásticos brasileira tem animado os produtores de robôs, pois o potencial de crescimento no país é grande. Segundo dados estatísticos do setor, o índice de automação das transformadoras

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japonesas é de aproximadamente 85%. Nos Estados Unidos e na Europa este índice está estimado em 70%. Já no Brasil o índice não chega a 15%. A boa expectativa das empresas do ramo também é respaldada pelo crescimento da utilização de novas tecnologias pelos transformadores nacionais, que estão atreladas ao uso da mecatrônica. Este é o caso do In Mold Labeling (IML), que existe há pelo menos 30 anos, criado pela norte-americana Procter & Gamble, mas que no Brasil ainda está dando os primeiros passos. A tecnologia amplamente utilizada nos EUA e na Europa, começa a ganhar mais visibilidade no mercado nacional. A técnica é indicada para a fabricação de embalagens, em especial de produtos alimentícios ou químicos. São os casos, por exemplo, de potes de sorvete, margarina, iogurte, tintas ou produtos de limpeza. Também é usada para a

confecção de móveis, como as cadeiras e mesas promocionais encontradas principalmente em bares, decoradas com marcas de bebidas, entre outras aplicações. O In mold Labeling é um sistema que possibilita a aplicação de um filme impresso dentro do molde de injeção visando a decoração ou rotulagem da peça injetada. O filme é fixado na parte interna da cavidade e se funde durante o processo, integrando-se ao corpo da peça. A garra do robô pega os rótulos, com a ajuda de ventosas, e leva para as cavidades do molde de injeção e lá são fixados por meio de uma descarga elétrica ou de sistema de vácuo presente na ferramenta, dependendo das características da peça. A resina é injetada e incorpora o rótulo. A peça é retirada, já decorada e pronta para ser usada de acordo com sua finalidade. O IML é mais empregado no processo de injeção, pelos>>>>


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Tendências & MercadoAutomação

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Dal Maschio foi pioneira da tecnologia no Brasil, que tem como principal motor a indústria de móveis para bares

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volumes produzidos, mas também pode ser aplicado em peças sopradas. A tecnologia apresenta várias vantagens. Após o processo de injeção ou de sopro a embalagem não precisa sofrer operações posteriores, como colagem de etiquetas, colocações de cintas de papelão ou gravações feitas em serigrafia. A qualidade da impressão obtida é muito superior a dos outros métodos. E, além do produto com embalagens IML se destacar nas gôndolas das lojas e supermercados, a embalagem quando é reaproveitada, como o caso dos potes de sovertes, a marca do produto permanece gravada para sempre e será lembrada pelo consumidor por todo o período em que ele a reutilizar. A dificuldade para a popularização do IML no Brasil se explica por vários fatores. A aplicação da tecnologia exige grandes investimentos, know-how e produção em grande escala. Outro grande impedimento está na produção dos rótulos, problema que há alguns anos dificultou o ingresso da tecnologia no exterior e hoje ainda é uma das barreiras para o desenvolvimento do mercado brasileiro.

Para a Dal Maschio do Brasil, com fábrica em Diadema-SP, o in mold é a tecnologia de decoração que mais agrega valor aos produtos, com uma incomparável qualidade visual. O diretor comercial da empresa, José Luis Galvão Gomes, observa que

o processo oferece mais segurança para o segmento de embalagens alimentícias, pois evita contaminação em etapas posteriores, como a impressão. Ele destaca que a técnica está atraindo cada vez mais adeptos na área de transformação. Gomes conta que a DM foi a pioneira na introdução da tecnologia no Brasil em 1996, com a produção de um robô para a Plagon, de Recife (PE), que passou a fabricar mesas e cadeiras decoradas para jardins. Segundo ele, o principal motor deste mercado é o segmento de móveis para bares e restaurantes, “creio que hoje é um dos que contam com maior número de clientes operando. Apenas no último ano vendemos mais de 25 robôs para diversos clientes deste setor, no qual temos praticamente monopólio no Brasil”, salienta. Gomes comenta também que é praticamente inexistente a venda de móveis decorados para casas. “Desta forma existe


DIVULGAÇÃO

ainda um grande potencial de crescimento quando este importante nicho for melhor tratado pelos fabricantes”, acrescenta. Conforme o gerente, a aplicação do in mold para os segmentos utilidades domésticas e de brinquedos no Brasil ainda está bem atrasada, em comparação a mercados como o europeu. No entanto, ele comenta que as vendas têm crescido exponencialmente, com os fabricantes buscando agregar maior valor e diferenciar seus produtos. O executivo salienta que na área de embalagens descartáveis o atraso ainda é maior. Porém, ele comenta que no mercado de baldes industriais o uso da técnica tem crescido fortemente, principalmente no Nordeste. Neste setor a DM conta com mais de 20 células em operação, “algumas já há 10 anos”, destaca Gomes. Na feira Brasilplast, realizada no mês de maio, a empresa apresentou uma célula para a automação da produção de copos para requeijão com IML. A célula opera com molde de 8 cavidades, em tempo de ciclo total de 6 segundos. É composta por um robô de entrada lateral modelo Snap Tank, com movimentação da abertura da garra na área do molde assistida por servo motor, reduzindo o tempo de molde aberto e simplificando o set-uo do sistema. A alimentação dos rótulos ao robô lateral é feita com o uso de magazine com transferência automática dos rótulos e sistema de pinça para a garantia do completo fechamento dos rótulos em cada um dos 8 mandrís de manipulação. A descarga elétrica é feita de forma ativa nos rótulos, ou seja, dentro da cavidade do molde, aumentando a carga eletrostática durante o processo de injeção, com maior repetibilidade e segurança. O empilhamento das peças extraídas é feito por robô auxiliar com dois eixos. Segundo o diretor, para aplicações como esta, de ciclo rápido, é comum o uso de robôs de entrada lateral, os quais podem operar em ciclos inferiores a 4 segundos. No caso de peças maiores (baldes, mesas, brinquedos), com tempos de ciclo mais altos, ele aconselha o uso de robôs do tipo cartesiano, com três eixos servo controlados. “Além do tipo de robô, o mais importante é a sua procedência e quem fará a sua integração. A Dal Maschio é a única empresa com engenharia local de desenvolvimento de aplicações, com fabricação local e com maior experiência no mercado”, acrescenta.

Milito, da Wittmann: experiência no desenvolvimento de sistemas de automação para IML

Segundo a austríaca Wittmann, que também conta com grande experiência no desenvolvimento de sistemas de automação para IML, o mercado brasileiro vem evoluindo e a utilização da tecnologia se intensificou nos dois últimos anos. O diretor geral da empresa no país, Reinaldo Carmo Milito, confirma que a aplicação do processo é indicada para produção em grande escala. “É necessário considerar a necessidade de se produzir altas quantidades para justificar o investimento e principalmente para obter custos razoáveis na compra dos labels (rótulos plásticos)”, acrescenta. Milito alerta que existem muitas empresas interessadas na aplicação do in mold no seu processo produtivo, mas a maioria tem sonhos muito longe da realidade. Além das dificuldades do custo de produção, ele comenta que os transformadores também enfrentam problemas com relação aos segredos do processo, que definem o sucesso do projeto já na construção do molde. “É comum ouvirmos os interessados comentarem que já produzem determinada peça e que gostariam de aplicar o label. Isso é praticamente impossível se não foram considerados alguns aspectos técnicos na construção do molde. O que demonstra o total desconhecimento técnico por grande parte>>>> << Junho de 2011 < Plástico Sul < 35


Tendências & MercadoAutomação de muitos dos interessados”, observa. Na relação custo benefício, o diretor fala que é evidente a melhor apresentação de uma peça com label aplicado, em comparação com qualquer outro sistema de rotulagem ou decoração. Mas afirma que é importante avaliar se esse fator realmente pode ser considerado como um diferencial de peso junto ao seu mercado receptor. Neste caso o sistema se apresenta como vantajoso. Conforme Milito, na aplicação do IML, o robô é responsável pela colocação precisa dos rótulos dentro do molde, geralmente em várias cavidades, pela retirada das peças produzidas e pelo empilhamento na esteira. Isso tudo em ciclos de até 2,5 segundos. Diante disso, o executivo destaca que o robô tem que ser preciso para evitar refugos com rótulos aplicados em posições não adequadas. Ainda, deve ser veloz e estável para trabalhar o mais rápido possível e constante para propiciar os menores custos de produção. Nas produções cujos ciclos produtivos estão abaixo de 6 segundos ele indica os robôs laterais e para

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ciclos acima deste tempo, os cartesianos. Os robôs cartesianos possuem 3 eixos acionados por servo motores, são montados sobre a injetora e entram na área de molde pela parte superior. Também contam com um eixo transversal, um longitudinal e um vertical tendo como referência o eixo longitudinal da injetora. Os cursos dos eixos depende do tamanho da injetora. Em processo de IML esse modelo de robô atende os moldes de até 2 cavidades e ciclo acima de 8 segundos, devido a necessidade de precisão e estabilidade na colocação do label no molde. Já os robôs laterais são equipamentos montados ao lado da injetora e entram na área de molde lateralmente. Possuem um eixo transversal com acionamento servo motorizado de alta aceleração permitindo um reduzido tempo de molde aberto. O acionamento do eixo longitudinal pode ser pneumático ou servo-motor dependendo da utilização. Para atender a um ciclo inferior a 5 segundos há a necessidade da utilização de um segundo eixo servo acionado para executar a tarefa de empilhamento dos produtos. O curso do eixo transversal varia de 1500 a

3000 mm e são utilizados geralmente em injetoras de 200 a 800 ton. No processo de in mold esse modelo de robô atende moldes de várias cavidades (até hoje máximo 8) e com ciclos inferiores a 5 segundos. Para um robô trabalhar em conjunto com uma injetora há a necessidade de uma interface entre ambos, fazendo com que os equipamentos troquem sinais e reconheçam os movimentos e posicionamentos de suas partes móveis, além de todos os sinais de segurança. De acordo com Milito, essa interface é realizada através de sinais elétricos e seguem um padrão (E12 ou E67) estabelecido internacionalmente pela EUROMAP. O executivo informa que a Wittmann produz robôs para aplicação de label tanto em processos produtivos de ciclos baixos como em longos. Também fabrica robôs e sistema de aplicação de label em múltiplas cavidades, seja em stack-molds ou moldes simples.

O gerente geral da Star Seiki, Roberto Eiji Kimura, afirma que aplicação do processo de in mold labeling no Brasil ainda está em fase inicial, mas comenta que


está aumentando o número de produtos com este processo no país, nos segmentos de UD’s, mesas e cadeiras plásticas promocionais e principalmente na área de embalagens. “O mercado se encontra em expansão”, comenta. O executivo fala que o IML não teve uma evolução acentuada em termos de tecnologia. O processo que já existe na Europa de longa data e não mudou muito nos últimos anos. “O que há é uma variação das aplicações”, comenta. Segundo Kimura, a opção pela técnica vai além do alto investimento inicial. É preciso um estudo detalhado do processo, pois envolve desde da injetora adequada ao processo ideal, a construção do molde que atenda o processo com eficiência, a matéria-prima do produto e das etiquetas (qualidade e acabamento do filme, tinta e vernizes). Entre as principais dificuldades enfrentadas pelos transformares, que impede a difusão do IML no país, Kimura aponta a necessidade do domínio de todas as variáveis do processo, principalmente no que tange a qualidade das etiquetas. Ele comenta que este fator está ligado diretamente a efici-

ência do processo, com redução de perdas, que determina o custo final do produto. “Hoje existem processos que tem uma perda de 10% o que torna o custo final do produto alto, é preciso manter este índice abaixo de 4%, para se ter um retorno em menor prazo”, acrescenta. Em contra partida, Kimura destaca que o IML apresenta várias vantagens, desde que haja o controle das variáveis do processo. Ele destaca a eliminação da necessidade de licenças ambientais, para a serigrafia, tintas e área de estufas de secagem após a serigrafia. Salienta também, a melhoria qualidade de impressão, principalmente do código de barras, a otimização do processo de produção, além de evitar a contaminação no caso de embalagens. Segundo o gerente, os robôs são primordiais para utilização desta técnica, pois garantem o posicionamento correto do rótulo no molde. “Não se consegue em muitos casos efetuar manualmente, seja por número de cavidades, tamanho e geometria do produto, ou por ciclo de trabalho”, comenta. Destaca ainda que os peri-

féricos mais indicados para aplicação do IML são os robôs com os três eixos controlados com servo motores eletrônicos, “pois possuem precisão necessária para a colocação dos labels dentro do molde, velocidade e rapidez exigido pelo processo”. O último lançamento da Star Seiki para o segmento é destinado para a área de sopro. O Blow IML, que além faz o posicionamento dos labels dentro do molde de sopro, conta com o “já conhecido processo para múltiplas cavidade, que consegue injetar 4 cavidades de copos de yogurte em 4 segundos”, acrescenta Kimura. O sistema tem um robô posicionado lateralmente para a alimentação do rótulo. A embalagem soprada já sai pronta para envase. No caso dos copos de yougurte o robô de colocação de etiqueta também fica posicionado ao lado da injetora, coloca o label, retira o produto acabado e estoca o dispositivo, tudo automaticamente. De acordo com o executivo, o sistema pode ser instalado em qualquer sopradora, mas é preciso a realização de um estudo apurado do molde e do rótulo pretendido.PS

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Tendências & MercadoAutomação

Periféricos ganham importância e a indústria de equipamentos apresenta novidades para o mercado.

Q

uando se fala em automação, logo lembramos da figura dos robôs. Porém este processo vai muito além, evolve vários equipamentos que têm auxiliado as empresas transformadoras de plásticos a ganhar competitividade e garantir o seu espaço no mercado. Os empresários que antes se preocupavam apenas com as máquinas, já estão vendo os periféricos com outros olhos. Nos últimos anos, estes equipamentos passaram a ter cada vez mais importância, tanto na questão da redução do custo de produção como na qualidade dos transformados. Já é comum se ver nos projetos de investimentos das indústrias do setor, alimentadores e dosadores, que permitem processos mais homogêneos e produtos finais melhor acabados. Muitas empresas que ainda usavam a famosa “canequinha” eliminaram a dosagem manual, reduzindo as perdas, desperdícios de matériasprimas e o risco de acidentes dos operadores das máquinas. Cientes desta realidade, a indústria de equipamentos está investindo constantemente no processo fabril de seus produtos, com o objetivo oferecer para o mercado lançamentos com qualidade e tecnologia, como pode ser comprovado na última edição da Brasilplast, realizada no mês de maio passado. A Plast-Equip/Rax, por exemplo, levou para a feira várias novidades, como dosadores gravimétricos de até 1.000 kg/ h, totalizador gravimétrico, alimentadores para materiais de baixa densidade aparente, mini central de alimentação, nova linha construtiva nos dosadores volumétricos para injetoras, silos internos de armazenagem e carrinhos de transporte em aço inox. A Ineal, além da evolução tecnológica de alguns itens da sua linha de produtos, como os desumidificadores, secadores e 38 > Plástico Sul > Junho de 2011 >>

Brito, da Ineal, conta que a empresa está preparando a fabricação de anéis de ar automáticos para controle de espessura

dosadores volumétricos, está produzindo em parceria com a empresa italiana, Syncro, dosadores gravimétricos para extrusão de filme com controle grama/metro. A empresa também está preparando a fabricação de anéis de ar automáticos para controle de espessura e aumento de produção, que segundo o gerente comercial da indústria, Marcel Brito, deve chegar a 70%, além de sistemas de medição de espessura para filme e chapa. “Dessa forma traremos o que há de mais avançado para controle de extrusão de filme com fabricação, peças de reposição e suporte em território nacional”, acrescenta. As esteiras com correias modulares em PP são o último lançamento da Crizaf. Segundo a empresa, são mais resistentes a temperaturas das peças injetadas ou sopradas, em comparação com as correias convencionais de PVC ou PU. As esteiras também possuem um sistema vedação lateral, evitando que peças pequenas transportadas travem a esteira. Por serem modulares oferecem redução no custo de manutenção. Em caso de desgaste, não é necessária a troca de toda a correia, apenas da parte danificada. Para esta linha de equipamentos a empresa oferece garantia de três anos. A Crizaf está intensificando a sua atuação no Rio Grande do Sul, com o objetivo de expandir a sua carteira de clientes no estado, para isso já confirmou a sua primeira participação na feira Plastech, que será realizada em agosto, em Caxias do Sul. A Piovan lançou recentemente o dosador Lybra para masterbatch. Segundo o vice-presidente da empresa, na América Latina, Ricardo Prado, é uma aplicação gravimétrica com controle por perda de peso, muito útil para processos de ciclo rápido, tampas e paredes finas, entre outras aplicações. Entre as novidades, também estão os controladores gravimétricos para extrusão de filmes, perfis e tubos, fabricados no Brasil, que permitem a melhoria

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Em busca da competitividade

do controle deste processo, reduzindo o consumo de matéria-prima e mantendo estreito controle da espessura de parede do tubo ou perfil ou espessura do filme. A Comm5 está oferecendo para o mercado, o microterminal inteligente TI2000, que segundo a empresa é um dos mais revolucionários hardwares para automação comercial, industrial e vigilância, porque ajuda a reduzir custos com manutenção e gastos com energia elétrica, além de ter um custo bem acessível. Destaca que o produto é uma solução que une um microterminal a um módulo de entradas e saídas digitais, por onde é possível acionar máquinas, motores, portões, iluminação, entre outros por relés, determinando comandos como abrir/ fechar, ligar/desligar, entre outros. No microterminal, podem ser ligados diversos equipamentos com conexão serial, USB ou PS2, como teclados, leitoras de código de barras, balanças e impressoras fiscais. O TI-2000 também se conecta à rede TCP/IP trafegando dados e alimentando sistemas de gestão. O TI2000 também pode ser usado em registros de apontamento de produção em indústrias, lançamento de vendas no comércio e restaurantes e identificação em áreas de acesso restrito ou controlado. PS


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DESTAQUE Controle Térmico

Produtores de equipamentos para refrigeração aprimoram a tecnologia de seus equipamentos para consumirem menos energia.

A

ordem é consumir menos. Com uma das tarifas de energia mais cara do mundo, os transformadores de plásticos estão ficando mais criteriosos no momento da aquisição de máquinas e periféricos. Atualmente as exigências dos empresários vão além de questões como valor atrativo e de recursos tecnológicos. O baixo consumo energético do equipamento passou a ser uma necessidade e um forte argumento de venda. Para atender esta demanda a indús40 > Plástico Sul > Junho de 2011 >>

Prado: “definir consumo de energia dos refrigeradores no processo de transformação não é tarefa fácil”

tria de refrigeração está investindo pesado, produzindo unidades e centrais de água gelada que atendam ao apelo de eficiência energética. Afinal o setor de transformação de plásticos é um grande filão. Todo o processo de conformação de resinas plásticas (que chegam a ser aquecidas a mais de 200ºC) necessita de resfriamento, nos moldes, fluidos hidráulicos e outros equipamentos auxiliares. Além disso, o resfriamento rápido e controlado do material processado possibilita o aumento da produtividade das empresas. O vice-presidente da Piovan, na América Latina, Ricardo Prado, observa que o

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Quem gasta menos pode mais


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Linha média de chillers Mecalor está entre os produtos fabricados pela empresa

condensação a ar ou a água, com ou sem tanque e “se diferenciam também pela construção extremamente inteligente com uma eficiência energética que em geral supera em 20% as melhores máquinas disponíveis no mercado”, informa Prado.

A Mecalor também salienta

consumo é um item importante que deve ser observado na aquisição de um equipamento de refrigeração, mas que não deve ser o principal diferencial. Ele explica que só o consumo do periférico separadamente pode não ser a solução final, porque muitas perdas podem estar ocorrendo em outras áreas do processo, como por exemplo, com instalações mal dimensionadas ou mal isoladas, bombas excessivamente potentes para a aplicação requerida e assim por diante. “Além disso o consumo energético só é um argumento de venda, caso se possa provar na prática, o que deveria ser exigido por todo e qualquer cliente”, observa. Além disso, Prado observa que definir o consumo de energia dos refrigeradores no processo de transformação completo, não é uma tarefa fácil, pois varia de acordo com o tipo de instalação, produto produzido e tipo de processo (extrusão, injeção, termoformagem, preformas PET, etc.). “O que pode-

mos dizer, é que em determinados processos, por exemplo, a injeção de preformas PET, o consumo do sistema de refrigeração de água, chega a 30% do consumo total em sistemas tradicionais e pode cair abaixo de 15% com soluções de alta performance como o PET Chiller”, exemplifica. Ampliando a sua linha de produtos e com objetivo suprir esta demanda do mercado, a Piovan lançou recentemente duas novas linhas de refrigeradores. A primeira, chamada de Mini Chiller, que tem como pontos principais a construção compacta, garantindo a menor ocupação de espaço. De acordo com o executivo, o equipamento conta com um projeto moderno, com grande eficiência energética. Os Mini Chillers, estão disponíveis para aplicações que requeiram até 25.000 kCal/h de refrigeração. A segunda é a nova linha CA e CW de chillers grandes para aplicações locais ou centralizadas. Estão disponíveis com

que o consumo de energia dos equipamentos pode variar de acordo com a aplicação, além de outros fatores, como a tecnologia aplicada aos chillers, o dimensionamento e a seleção do equipamento. Como exemplo, cita que em um processo de injeção, para gerar água gelada para resfriar o molde pode representar cerca de 10% a 20% do consumo de energia total do equipamento. “De uma forma geral, as centrais de água gelada tendem a consumir menos energia elétrica do que unidades independentes”, acresecenta o gerente de vendas da empresa, Marcelo Zimmaro. Apesar de reconhecer que baixo consumo de energia dos equipamentos pode ter um grande peso na hora venda, o gerente explica que a empresa presta o apoio técnico ao transformador para encontrar a solução certa para o cliente. “O transformador não é um especialista em refrigeração, o negócio dele é plásticos, e um dos maiores erros cometidos pelas indústrias é especificar mal o equipamento e isso gera custos desnecessários por muito>>>>

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DESTAQUE Controle Térmico

tempo”, frisa Zimmaro. No entanto, ele destaca a confiabilidade do produto, facilidade de manutenção e operação e eficiência energética são exigências comuns de grande parte dos transformadores. Na Brasilplast, que ocorreu em maio passado, a Mecalor lançou o Chiller Modular, “que além de ocupar 25% do espaço em planta de um chiller convencional, tem consumo de energia muito reduzido com a utilização de compressores digitais, evaporadores a placas e fluido R-410”, informa o gerente. O equipamento pode ser utilizado em várias aplicações, injeção, extrusão, sopro e termoformagem. Entre as novidades também se destaca a Unidade de Ar Frio (UAF), que conta com compressores digitais e pode ser utilizada para resfriamento de extrusoras de balão. A UAF promete economia de energia elétrica de até 30%, em relação às soluções convencionais. O mesmo apelo tem a Unida-

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Central de água gelada, da Körper, com condensação a água, oferece custo operacional reduzido

de de Ar Seco (UAS) da empresa. O equipamento é indicado para desumidificar moldes de injeção e sopro. “O consumo de energia elétrica é radicalmente menor do que as tecnologias difundidas por fabricantes mundiais com rotor dissecante”, acrescenta o executivo. Ele justifica que esta economia é possível, porque a UAS não utiliza resistências de aquecimento e regeneração e porque não necessita de alimentação com água gelada. Para a Körper, a conscientização pela redução de energia e consumo de água nas indústrias nacionais, ainda está engatinhando. O gerente de aplicações especiais da empresa, Alejandro Catalán, afirma que existe a consciência e a necessidade, porém a definição pelas alterações necessárias é sempre morosa e cheia de empecilhos. Ele comenta que na hora da implantação do processo, normalmente é necessário a alteração de layout do sistema atual (rede elétrica e hidráulica), o que causa um valor de investimento diferente do esperado. “O maior benefício no dimensionamento de um novo sistema, além da tecnologia é o payback rápido (4 a 6 meses)”, destaca. O gerente observa que no processo de produção de transformados plásticos, as unidades ou centrais de água gelada representam um consumo de energia na ordem de 15% a 25% do sistema (Injetora, periféricos e torre). Fala ainda, que em tempos de redução de custos e de energia cara, o baixo consumo destes equipamentos está entre os principais argumentos na hora da venda. Tanto que o conceito dos compres-

sores scroll, oferecidos pela empresa, é a redução de 30% de energia elétrica. “Os equipamentos com duplo circuito operam com revezamento de sistemas o que reduz o consumo”, acrescenta. Entre os últimos lançamentos da indústria, Körper, Catalán destaca as centrais de água gelada com sistema inteligente de consumo de energia. Os sistemas são gerenciados por CLP com 4 ou 6 compressores. Ele salienta que as centrais provêm água gelada para toda a planta industrial com custo operacional reduzido, “diferente de um sistema com várias unidades operando simultaneamente”.

A coordenadora de Marketing e o supervisor de vendas do Grupo Tecnos, respectivamente Débora Woigt e Evandro Costa, comentam que são várias as exigências dos transformadores de plásticos na hora de comprar equipamentos de refrigeração. Entre as principais, destacam a economia de energia e de água, aumento de produtividade, redução de refugo e constância no processo. “Mas o que está muito em alta é o compromisso com o meio ambiente”, afirmam. De acordo com os representantes da empresa, a eficiência energética está entre as principais características dos equipamentos, fato que pode influenciar na hora de fechar o negócio. “Com certeza a redução de custo e de energia destacam-se”, frisam. Entretanto eles acrescentam que existem outros argumentos que são relevantes na hora


da venda, como o aucado, uma ou dupla mento de produtividade, Fique de olho... zona, de 0 a 90ºC e sisEspremidos pelos elevados custos da energia elétrica no Brasil, vários seg- tema free-cooling, o redução de tempo de resfriamento, repetibi- mentos da indústrias estão perdendo competitividade. Segundo o presidente qual usa água industrial lidade e redução de cus- executivo da Associação Brasileira de Grande consumidores Industriais de Ener- para resfriamento do gia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, além de contribuir para o processo, no inverno. tos operacionais. Com a finalida- fechamento de empresas no país, os elevados custos da energia elétrica compro- Ainda propicia a vazão de de atender o apelo metem o emprego e a renda dos brasileiros. Também pressionam a inflação e constante no molde. pela redução de custos prejudicam as exportações. “Todas essas variáveis têm uma correlação muito Outra novidade e aumento de produ- grande com o preço de energia”, completou Pedrosa. Para ele, o primeiro passo da Tecnos é a parceria tividade, a empresa para a redução da tarifa é retirar a carga tributária e os encargos, que represen- com a Frigel, uma das lançou o Tecnodry e o tam mais de 50% dos valores cobrados dos consumidores de energia. De acordo grandes empresas munMircrogel. O primeiro é com o coordenador do Projeto Energia Competitiva, Fernando Garcia (da FGV), diais de sistemas de reum sistema de resfria- o custo de energia no Brasil cresceu mais rápido do que no resto do mundo e frigeração. A partir de mento industrial em cir- isso trouxe graves consequências à balança comercial. 2011, a empresa nacicuito fechado (substituto onalizou a sua produda torre de resfriamento). O equipamento Já o Microgel é indicado para o ção. Mas o desenvolvimento dos projetos e conta com novo sistema adiabático, que resfriamento individual do processo. En- de novas tecnologias continua sendo realipermite a operação do resfriador em todos tre os diferenciais apresenta alta vazão, pre- zado na Europa. “A decisão foi tomada a fim de os tipos de condições climáticas. Conforme cisão e estabilidade. Além disso, a empre- fornecer toda a linha de equipamentos com meos representantes da empresa, o processo de sa destaca que a unidade permite o au- nor custo (sem custo de importação), financiaresfriamento do sistema oferece uma redu- mento de 20% na produtividade, “redu- dos pelo BNDES, com menor prazo de entrega e ção de até 95% dos custos operacionais, ção de tempo de resfriamento e alta quali- assistência técnica imediata. A produção nacional já deu certo, pois somente neste ano, já como água, químicos e manutenção. Ofere- dade com repetibilidade”. ce também vazão em regime turbulento e temEntre outras características, o equi- foram vendidas mais de 250 unidades no Braperatura constante. pamento também oferece resfriamento dedi- sil”, acrescentam os executivos. PS

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Foco no Verde MVC participa de projeto devolva para a destinação correta de resíduos industriais Com foco na sustentabilidade, a MVC, empresa brasileira líder no desenvolvimento de produtos e soluções em plásticos de engenharia e pertencente ao Grupo Artecola e à Marcopolo, aderiu ao Projeto Devolva, que prevê a correta destinação de resíduos sólidos, como fibra de vidro, poliuretano e compósitos reforçados, por meio da logística reversa, para reduzir o impacto causado à natureza. Este é o primeiro projeto no segmento de compósitos reforçados com fibra de vidro que leva em consideração toda a cadeia produtiva, não focando apenas na reciclagem, mas sim na sustentabilidade. De acordo com Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, a participação no Projeto Devolva faz parte do compromisso ambiental da empresa. “No Brasil, cerca de 20.000 toneladas de resíduos (entre rebarbas de processos e peças com defeitos) de compósitos reforçados com fibra de vidro são enviadas anualmente para aterros sanitários pelas empresas. Para evitar o descarte inadequado, a MVC promove a destinação correta desse tipo de material, contribuindo para o futuro das próximas gerações”, explica o executivo. Para Gilmar Lima, a utilização de compósitos reforçados com fibra de vidro ou fibras naturais se torna cada vez mais forte pelas vantagens que proporcionam, como melhor resistência, flexibilidade, durabilidade e custo competitivo. “O descarte adequado dos resíduos é fundamental para o crescimento sustentável. O material pode, ainda, ser reutilizado nos processos de fabricação, reduzindo

custos e contribuindo para a preservação ambiental.” A eliminação do envio de resíduos para aterros, a redução da geração de detritos e a implantação de processo de reciclagem de termofixos (fibra de vidro) fazem parte do compromisso ambiental da MVC, até 2015. Os objetivos incluem a ampliação para 50% da utilização de polímeros de fontes renováveis, redução de consumo de energia elétrica, água e gás, ter produtos 100% recicláveis e a promoção da sustentabilidade nas comunidades nas quais a empresa está presente. Por meio da logística reversa, os resíduos gerados nos processos produtivos são recolhidos e encaminhados para pesagem e separação. Posteriormente, o material segue para reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final. Um certificado de destinação correta e um relatório de quantidade coletada são enviados à empresa. O Projeto Devolva surgiu por meio da ONG Associação Fukuoka do Sul do Paraná, para realizar a coleta de diversos resíduos sólidos gerados por empresas ou condomínios. Tem, entre os objetivos, destinar adequadamente o material coletado; contribuir com a preservação ambiental e estimular práticas de gestão que permitam a sustentabilidade.

TJ-SP suspende lei que proíbe uso de sacola plástica O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu, em caráter liminar, a eficácia da Lei Municipal 15.374, que proíbe a distribuição gratuita ou venda de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais da capital paulista. A decisão foi tomada acatando pedido do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo. A lei que proíbe a distribuição de sacolas plásticas foi publicada no dia 19 de maio no Diário Oficial de São Paulo. Ela foi sancionada um dia antes pelo prefeito Gilberto Kassab. A lei prevê que os estabelecimentos deverão estimular o uso de sacolas reutilizáveis e afixar placas informativas com os dizeres “Poupe recursos naturais! Use sacolas reutilizáveis”. Os locais têm até o dia 31 de dezembro deste ano, para cumprir as novas normas. A lei proíbe ainda que as sacolas plásticas para o acondicionamento e transporte de mercadorias estampem as classificações de “degradáveis”, “oxidegradáveis”, “oxibiodegradáveis”, “fotodegradáveis”, “biodegradáveis”, além de mensagens que indiquem suposta vantagem ecológica.

Restos da agroindústria são usados em polímero mais resistente Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), liderado pelo engenheiro agrônomo e professor Alcides Leão, conseguiu transformar resíduos agroindustriais em matéria-prima para a fabricação de superplásticos — mais leves e resistentes. O objetivo dos cientistas é dar um destino adequado a rejeitos que aparentemente não têm valor. No Laboratório de Resíduos da Faculdade de Agronomia da Unesp, a equipe de Alcides Leão se dedica ao estudo do reaproveitamento de materiais descartados nos lixos urbano, industrial e agroindustrial. Uma alternativa imaginada foi sua transformação em novos materiais. Ao longo de uma década, o trabalho rendeu o desenvolvimento das nanofibras de celulose, produto já utilizado na fabricação de peças plásticas para a indústria automobilística e com potencial para servir a área médica e odontológica. PS 44 > Plástico Sul > Junho de 2011 >>


Plast Mix

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Expansão

Shini Brasil inaugura showroom para atender SC e PR

C

om a finalidade de facilitar o acesso aos equipamentos e o atendimento dos clientes, disponibilizando estoque das principais linhas de produtos, a Shini Brasil inaugurou em junho, o showroom em Joinville, para atendimento dos mercados de Santa Catarina e do Paraná. Estão expostos no showroom equipamentos como moinhos, secadores, alimentadores, dosadores de máster, misturadores de resina, manipuladores e robôs, disponíveis para pronta entrega. “A escolha de Joinville como sede do showroom foi natural por manter os representantes que atendem os dois estados, aliado à localização central no Sul do Brasil e pelo potencial de mercado da região”, esclarece Klaus Vogel, gerente comercial da Shini Brasil. Segundo ele, cerca de 50% das indústrias do segmento termoplástico da região, já contam

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com equipamentos da Shini. A unidade de Joinville passa a ser uma extensão da filial brasileira, localizada em São Paulo, dispondo de produtos a pronta entrega e peças de reposição, além de equipe técnica especializada e capacitada de acordo com os padrões mundiais de serviços fornecidos pelo grupo. Além do showroom em Santa Catarina, a Shini Brasil conta com estruturas similares no Rio de Janeiro, Minas Gerais e no interior de São Paulo (Ribeirão Preto), e nos próximos meses planeja abrir os showrooms de Manaus e Recife. Vogel cita a tecnologia e uso de componentes de primeira linha como diferenciais competitivos do grupo, atribuindo qualidade e repetibilidade aos processos. “Exemplos são o uso de componentes eletrônicos fornecidos pela Siemens e motores da SEW-Eurodrive e

Siemens”, completa. Em 2010, o grupo forneceu 2.800 equipamentos ao mercado brasileiro e comemora a consolidação das metas do ano, alcançadas até o mês de junho. “Com isso, nosso crescimento deverá ser 60% superior ao ano passado”, prevê o gerente comercial.

Sobre a Shini Líder mundial na fabricação de periféricos para a indústria termoplástica, a Shini, originária de Taipé, Taiwan, possui cinco bases de produção e um centro de tecnologia ao redor do mundo. Em 2010 foi premiada na Feira K, na Alemanha, em excelência produtiva de periféricos. O grupo está no Brasil há sete anos, e há quatro, atua com estrutura de filial. Conta com equipes de vendas e serviços em mais de 50 países da Ásia, América, Europa, Oriente Médio e Oceania.PS


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Balanço

Vendas de químicos sobem em maio Na comparação com abril, as entregas domésticas apresentaram forte crescimento de 9,14%.

A

s vendas internas de produtos químicos de uso industrial registraram expansão de 3,85% em maio de 2011 ante igual mês de 2010, segundo os dados preliminares divulgados nesta quinta-feira pela Abiquim. Na comparação com abril, as entregas domésticas apresentaram forte crescimento de 9,14%. Os dados são preliminares. No acumulado de janeiro a maio frente à igual período de 2010, as vendas internas de químicos recuaram 3,54%. Segundo a entidade, a retração no volume comercializado é reflexo do “apagão” que ocorreu na região Nordeste em fevereiro deste ano, cujo impacto negativo foi observado pelo mercado até abril, sobretudo entre os fabricantes de petroquímicos básicos. A produção da indústria química brasileira retraiu 1,81% em maio de 2011, frente à igual mês do ano passado. Na comparação com abril de 2011, a Abiquim reportou um crescimen-

to de 3,85% na produção. No acumulado do ano até maio de 2011, o indicador teve queda de 4,7%. O nível de utilização da capacidade produtiva da indústria ao final de maio era de 80%. O consumo aparente nacional (CAN) da indústria brasileira entre janeiro e maio de 2011 acumulou expansão de 6,80% sobre o mesmo período de 2010.

O apagão que atingiu a região Nordeste, no início de fevereiro, impactou negativamente a indústria de petroquímicos básicos, com conseqüências, até abril. A conclusão é de um relatório divulgado pela Abiquim. Na média de janeiro a maio de 2011, a produção de resinas termoplásticas e petroquímicos básicos caiu 3,13% e 6,35%, respectivamente, em relação a um ano antes. As vendas no mercado interno de petroquímicos básicos subiram 0,32% na mesma comparação. Apesar dos investimen-

tos em aumento de capacidade de produção de petroquímicos básicos e resinas termoplásticas, a maior parte do acréscimo de consumo de produtos petroquímicos no mercado doméstico foi atendida pelo aumento das importações. A entidade acredita que essa situação deverá se agravar ainda mais na medida em que se elevam as importações de produtos acabados, pressionando fortemente os elos das cadeias produtivas. O índice geral de preços de produtos químicos segue impactado pelo preço do petróleo e a consequente alta da nafta – 18,61% nos primeiros cinco meses deste ano. Em contraponto, há a expectativa da retomada de algumas plantas no mercado americano, em razão do ganho de produtividade com a utilização de gás natural como matéria prima, por conta das descobertas de elevadas reservas de gás de xisto. PS

Bloco de Notas Redução de custos é foco em estudo na região Sul As federações de indústria dos três estados do Sul (FIESC, FIERGS e FIEP) iniciam em 1º de julho, em Florianópolis, o maior estudo de logística já realizado na região, chamado de Projeto Sul Competitivo. A empresa Macrologística, de São Paulo, vai identificar as 19 principais cadeias produtivas dos três estados do Sul, a partir dos eixos de transportes que ligam a produção até o cliente final tanto no Brasil quanto no exterior. São cerca de 70 produtos diferentes da origem até o destino. Vai ser mapeada a integração de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul com os países vizinhos, como Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile. O projeto vai contemplar só as obras que diminuam os custos logísticos da região. Para isso serão selecionados modais de transporte modernos (trilhos com bitolas de 1,60 metros, portos com águas profundas), que de fato trazem uma grande redução de preço do transporte, disse Renato Pavan, sócio da Macrologística. Com o trabalho em mãos, os três estados vão buscar em conjunto recursos para as obras prioritárias para a região e não mais individualmente.

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FEIRA NPE

SPI recomenda aos visitantes iniciarem o processo de obtenção de visto nos Estados Unidos Com somente nove meses até a Exposição Internacional de Plásticos NPE2012, os potenciais participantes provenientes de países cujos cidadãos precisam de visto de entrada nos Estados Unidos devem iniciar o processo de obtenção de visto bem antes do início da feira, conforme divulgado pela Associação Comercial do Setor de Plástico nos EUA (SPI). A entidade patrocina a NPE a cada três anos, a qual acontecerá de 1º a 5 de abril de 2012 em Orlando, Flórida, EUA. A maioria daqueles que viajam aos EUA deve obter um visto em um processo que pode levar de um a três meses e às vezes mais do que isso. O processo envolve: 1) agendar uma entrevista na embaixada ou consulado dos EUA no país de origem da pessoa; 2) apresentar requerimento, passaporte e documentos solicitados na entrevista e 3) aguardar um período após a entrevista para análise e processamento do requerimento. Um dos documentos exigidos é uma carta oficial de convite para participar da NPE2012 da SPI, que pode ser solicitada como parte da inscrição feita com antecedência para o evento. A partir de setembro, será possível inscrever-se on-line em www.npe.org.


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Soprano lança Termopote Piattino A Soprano acaba de lançar um novo produto essencial para quem faz refeições fora de casa. O Termopote Piattino é um pote térmico que mantém a temperatura original dos alimentos por mais tempo. O produto chega às lojas ainda no mês de junho. Ideal para lanches rápidos, o termopote possuiu capacidade para 250ml e tampa rosqueável com vedação interna de

borracha, garantindo 100% de eficiência contra vazamentos. O tamanho e design são ideais para levar em qualquer tipo de bolsa. Além disso possui uma colher dobrável embutida na tampa, que mantém a praticidade e higiene do pote. A matéria-prima do produto é virgem e atóxica e ele possuiu isolamento térmico em PU. Os alimentos permanecem quentes ou frios dentro do termopote por cerca de duas horas. Está disponível nas cores vermelho, laranja neon e verde illusion.

Termocolor investe em expansão em SP A indústria Termocolor, de Diadema, acaba de investir R$ 2 milhões para ampliar em 10% sua capacidade produtiva. A empresa adquiriu duas máquinas da fabricante alemã Coperion, uma delas com condições de produzir 1.500 quilos por hora de grandes lotes de composto e masterbatch resina com pigmentos para colorir itens de outras indústrias. Já a outra tem capacidade produtiva de 100 quilos por hora e vai produzir pequenos lotes de masterbatches. De acordo com o diretor Lourival Fantinati, atualmente, a Termocolor produz 50 mil toneladas/ ano. Ele explica que “o objetivo é atender a demanda atual e propiciar a produção de novos produtos, alguns já em fase final de desenvolvimento”. A empresa atualmente é uma das maiores fabricantes de masterbatches, compostos, aditivos, e resinas tingidas, além de prestar serviços de beneficiamento de compostos e tingimento.

Abiquim abre inscrições para o Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia

Belmetal anuncia a sua entrada no segmento de Plásticos Industriais A Belmetal, uma das maiores distribuidoras de alumínio do país, anuncia a sua entrada no segmento de Plásticos Industriais durante a V Forind - Feira de Fornecedores Industriais de São Paulo, que será realizada do dia 28 a 30 de junho na cidade de Sertãozinho – SP. O objetivo da empresa é tornar-se, em apenas um ano de mercado, uma das maiores distribuidoras de Plásticos de Engenharia do Brasil, tais como chapas, tubos, tarugos e peças usinadas. De acordo com Eduardo Fayan, supervisor nacional de produtos da Belmetal, o plástico de engenharia passou por grande evolução e tem ganhado espaço em diversos segmentos industriais, como na Indústria Alimentícia, no setor de movimentação e transporte de materiais, entre outros. “O plástico consegue obter, em muitos casos, performance superior a peças feitas em aço e bronze. O material contribui para o aumento da produtividade, menor tempo de parada para manutenção e consequentemente maior rentabilidade”, afirma ele.

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia, instituído pela Abiquim. O objetivo do prêmio é promover a pesquisa e a inovação na área Química. Há três categorias de premiação: Empresa, Empresa Nascente e Pesquisador. Os trabalhos poderão ser enviados para a Abiquim até o dia 28 de outubro. As informações para as inscrições podem ser obtidas no endereço www.abiquim.org.br/premiotecnologia. Os vencedores do Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia serão anunciados no 16º Encontro Anual da Indústria Química, que será realizado no dia 12 de dezembro, em São Paulo. A Comissão Julgadora será constituída por profissionais com destacada participação no cenário da Química no País e por membros da Comissão de Tecnologia da entidade. << Junho de 2011 < Plástico Sul < 49


Agenda Curitiba, Paraná

Activas # Págs. 24 e 25 Apema # Pág. 16 Artek # Pág. 34 AX Plásticos # Pág. 43 Bergson / Aspen # Pág. 46 Borbamec # Pág. 45 Chiang # Pág. 19 Cilros # Pág. 20 Clodam # Pág. 43 Cromocil # Pág. 28 Detectores Brasil # Pág. 41 DM Robótica # Pág. 52 Embala NE # Pág. 39 Étimo # Pág. 11 FCS # Pág. 29 G.A.M. # Pág. 43 Gabiplast # Pág. 37 Inbra # Pág. 23 Incoe # Pág. 35 Ineal # Pág. 31 Itatex # Pág. 34 K.R. Ramos # Pág. 44 Maxter # Pág. 37 Mecanofar # Pág. 45 Mega Steel # Págs. 02 e 03 Multi União # Pág. 32 Nazkom # Pág. 36 Nova # Pág. 21 Olifieri # Pág. 45 Plastech # Pág. 33 Plastimaster # Pág. 17 Pro Color # Pág. 12 R. Pieroni # Pág. 27 Radial # Pág. 36 Recicla NE # Pág. 47 Replas # Pág. 13 Rone # Pág. 42 Roscilplas # Pág. 45 Rosciltec # Pág. 45 Rulli # Pág. 51 Seibt # Pág. 32 Shini # Pág. 15 Villares Metals # Pág. 09 50 > > Plástico PlásticoSul Sul >> Junho Junho de de 2011 2011 >>>>

Nacionais Fispal Tecnologia 2011 De 07 a 10 de junho Pavilhão de Exposições Anhembi São Paulo (SP) www.fispal.com Plastech Brasil 2011 – Feira de Tecnologias para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Equipamentos De 16 a 19 de agosto Parque Mário Bernardino Ramos (Parque de Eventos Festa da Uva) Caxias do Sul (RS) www.plastechbrasil.com.br

Pernambuco – Recife/Olinda (PE) www.greenfield-brm.com Mercopar – Feira de Subcontratação e Inovação Industrial De 18 a 21 de outubro Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva Caxias do Sul (RS) www.mercopar.com.br

Internacionais Plásticos - Exposição Internacional da Indústriado Plástico de Buenos Aires 27 a 30 de junho Buenos Aires – Argentina

Feipack - 4ª Feira Sul-Brasileira da Embalagem De 17 a 20 de agosto Expotrade, Pinhais/Curitiba (PR) www.feipack.com.br

Interpack - Evento Internacional de Embalagem e Processamento 12 a 18 de maio Düsseldorf – Alemanha www.interpack2011.com.br

Embala Nordeste 2011 Feira Internacional de Embalagens e Processos De 23 a 26 de agosto Centro de Convenções de

Chinaplas – Feira Comercial Asiática de Plásticos e Borrachas De 17 a 20 de maio Guangzhou – China www.chinaplasonline.com

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Anunciantes


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