PlásticoSul #129

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Editorial Divulgação

Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Av. Ijuí, 280 CEP 90.460-200 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Gilmar Bitencourt Júlio Sortica Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio Departamento Comercial: Débora Moreira e Magda Fernandes Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: imagem promocional Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares. Filiada à

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas

Caro inimigo das sacolas plásticas

P

are. Pense. Olhe à sua volta. Estamos no século XXI. Ciência e tecnologia juntas estão revolucionando a medicina e a vida de todos. O Brasil está mais politizado, não aceitamos mais pão e circo. Somos conscientes de que os recursos naturais são finitos e de que somos agentes fundamentais na preservação do planeta. Mas também somos sabedores de que não será banindo instrumentos fundamentais para o prático cotidiano de nossas famílias, que resolveremos o caos que, desde gerações anteriores, causamos ao meio ambiente. Este não é nem o começo. Os problemas ambientais são um pretexto para capitalização de alguns. Mas também sabemos que está nas sacolinhas plásticas um culpado perfeito para que a população se esqueça de que o principal problema é muito, mas muito mais grave do que os acondicionadores de mercadorias dos supermercados. A responsabilidade está primeiramente lá no final do processo, onde nosso lixo é descartado. Precisamos queimar neurônios não em discursos vazios sobre os prejuízos das sacolas plásticas, mas sim pensando com inteligência e boa vontade mecanismos verdadeiramente eficientes de coleta seletiva e reaproveitamento do lixo urbano. Precisamos discutir reciclagem energética, reaproveitamento de resíduos e não só de plásticos, mas de qualquer material que possa se transformar em outro produto e voltar às prateleiras dos supermercados ou que possa se tornar energia. Porque se não, hoje baniremos as sacolas, mas ficarão por aí os pneus, o papel, o vidro e o papelão. Não podemos, caro inimigo das sacolas, simplesmente banir, como se não fossemos uma país composto por pessoas que sabem estudar e pesquisar formas mais assertivas de transformar o lixo em luxo. Somos inteligentes demais para simplesmente cortar pela raiz o que julgamos ser prejudicial, porque caso essa fosse a solução, teríamos que praticar suicídio em massa. Afinal, nós seres humanos, somos os piores inimigos do meio ambiente. A solução, meu inimigo das sacolas, está na boa vontade. Primeiro do poder público em não querer tapar o sol com a peneira e investir em educação, conscientização, em uma coleta seletiva decente, em estudos práticos para transformação do lixo em energia e incentivando as empresas que atuam na área de reciclagem. Claro, seria muito mais fácil, simplesmente proibir, como uma mãe que educa seu filho privando-o da vida ao invés de lhe ensinar o melhor caminho a seguir, deixando-o livre para tomada de suas decisões. É preciso considerar ainda que a boa vontade também deve vir da iniciativa privada através, por exemplo, do cumprimento à Lei Nacional de Resíduos Sólidos.E a população também é agente importante já que não deve se acomodar no papel de coadjuvante e ir à luta pelo poder de escolha, sempre sabendo que a responsabilidade pela redução e reutilização também é sua. Caro inimigo das sacolas, a radicalização não leva a nada. Se levasse, teríamos que acabar com carros, ônibus e afins. Ao invés disso (olha que ironia!) o plástico está auxiliando na sustentabilidade, tornando os veículos mais leves e menos poluidores. Pense nisso e boa leitura.

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Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 >04Plástico > Plástico Sul Sul > Março > Março de 2012 de 2012 >> >>


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PLAST VIP Fábio Fiasco

Aumento das importações a baixo custo é uma das principais pedras nos sapatos dos empresários

Acrílico em alta Segmento que na sua maioria é composto por pequenos transformadores segue em fase de crescimento, mas produtores de chapas acrílicas reclamam da concorrência asiática.

N

a entrevista com o diretor presidente do Instituto Nacional Para o Desenvolvimento do Acrílico (Indac), Fábio Fiasco, o dirigen-

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te destacou que o setor de acrílico no país vem registrando índices de crescimento acima da média do setor plástico. O polímero, que se destaca pela rigidez e excelente qualidade ótica, tem aumentado a sua participação em vários segmentos, principalmente na substituição do vidro. O presidente do Instituto faz uma análise do mercado de acrílico no país e salienta que o setor é composto principalmente por pequenas empresas. Segundo Fiasco, no ranking de produtores de chapas acrílicas se enquadram apenas oito empresas que, apesar do crescimento registrado nos últimos anos, estão sofrendo com o aumento das importações de baixo custo com

preço predatórios, de países asiáticos. Fiasco fala também sobre o 12º Fórum do Acrílico, realizado no RS, que deu início ao ciclo de fóruns intinerantes, realizados pelo Indac. Conforme o presidente, o evento reuniu grandes empresas do estado e foi o palco de troca de informações, experiências e de divulgação de novas técnicas para o uso do acrílico. Revista Plástico Sul - Quais foram os números registrados pelo setor em 2011? Fábio Fiasco - Em 2011 o faturamento do setor de chapas acrílicas foi de R$ 639.618.000,00, incluindo monômero, chapas e peças. As chapas acrílicas são usa-


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das em vários segmentos no mercado brasileiro, que está dividido da seguinte forma: PDV´s (20%), Displays (16%), Luminosos (14%), Sinalização (10%), Móveis (12%), Iluminação (10%), Peças técnicas (8%), Outros 10%. Plástico Sul - Quais as aplicações da resina acrílica? Fábio Fiasco - Pode ser utilizada para produção de peças injetadas, como as lanternas traseiras para veículos, onde predomina o acrílico colorido, o vermelho e o amarelo. Outra aplicação são as chapas acrílicas, que no Brasil são produzidas de duas formas, através do processo cast (fundidas), que possuem excelentes propriedades óticas e acabamento das superfícies, mas que apresentas baixo rendimento em termos de produtividade, ou por meio de extrusão, que é um processo contínuo de baixo custo e com alta produtividade. Plástico Sul - Na proporção de consumo da resina acrílica no país, a maior utilização é para produção de peças injetadas ou de chapas acrílicas? Fábio Fiasco - É bastante intenso o uso na produção de peças injetadas, porque a indústria automobilística é muito vasta e a utilização dessas peças é muito grande. Além disso, o design moderno dos carros aumentou o tamanho das lanternas, para deixar os veículos mais seguros, com maior visibilidade e também mais bonitos. Plástico Sul - Como são utilizadas as chapas acrílicas? Fábio Fiasco - As chapas acrílicas fundidas ou extrudadas, são placas planas e geralmente com espessuras de 1 a 6 mm, são utilizadas por transformadores na confecção de displays, porta folders, em PDVs, luminosos, entre outras aplicações. É um processo muito artesanal que enseja a multiplicação de empresas pequenas, familiares, que muitas vezes estão instaladas no fundo do quintal das casas. Os

produtos são artigos de fácil manufatura e que não requerem grandes investimentos. Plástico Sul - Assim como ocorre com o setor plástico em geral, que é formado por pequenas empresas, o segmento de chapas acrílicas também apresenta uma configuração semelhante? Fábio Fiasco - Existem alguns transformadores do setor que são grandes, que atendem as grandes cadeias, como clientes do setor bancário e de postos de gasolina, mas o setor, na sua grande maioria é formado por empresas pequenas, algumas com pouca especialização e com profissionais com pouca instrução. É um trabalho artesanal que exige das pessoas apenas a habilidade manual e não requer o uso de recursos caríssimos, como máquinas. É comparável ao artesanato do Norte do país. Plástico Sul - Quais as principais dificuldades enfrentadas no pelo setor? Fábio Fiasco - A principal dificuldade,

como ocorre em vários outros ramos de atividade industrial no Brasil, é a competição com os nossos amigos asiáticos, principalmente da China e Taiwan, além de outros países que estão colocando produtos mais baratos no país através de portos que dão isenção de impostos, estabelecendo uma concorrência intensa. Inclusive muitos produtos estão entrando no Brasil de forma ilegal ou sub-faturados. Outra dificuldade é a necessidade aprimoramento técnico de grande parte das empresas do setor no país. Além disso, também existe a falta de mão de obra qualificada, principalmente nas grande empresas que fazem a injeção e extrusão do acrílico. Existe uma escassez de pessoal com conhecimento técnico na operação das máquinas.

Plástico Sul - O problemas do aumento da concorrência com os asiáticos está ocorrendo mais fortemente com as chapas acrílicas? Fábio Fiasco - Eu diria que sim, mas não excluo as resinas utilizadas para injeção e extrusão. Eles também estão visando um pedaço do mercado de resinas. Esta concorrência no segmento de chapas acrílicas dificulta muito a nossa evolução como fabricantes, pois nós temos condições de atender o mercado. Plástico Sul - Quem fornece a resinas acrílica no país? Fábio Fiasco - O único fornecedor é do Grupo Unigel. A unidade de Candeias, na Bahia, próximo ao complexo petroquímico de Camaçari. Além das resinas para injeção também produz chapas extrudadas. Este fornecedor enfrenta a concorrência das resinas que entram oficialmente de vários países e das ilegais. A produção nacional de resinas acrílicas é suficiente para atender a demanda dos transformadores brasileiros. Plástico Sul - Quantas empresas existem no país produzindo chapas de acrílico? >>>> << <<Março Marçode de2012 2012<<Plástico PlásticoSul Sul<<07 7


PLAST VIP Fábio Fiasco Fábio Fiasco - Atualmente existem no Brasil oito empresas de chapas acrílicas originais.

tada. Poderia ser feita em vidro, mas seria mais caro, mais pesado e mais perigoso, com risco de quebrar.

Plástico Sul - A produção nacional de peças transformadas é destinada para atender o mercado interno e exportações? Qual a proporção? Fábio Fiasco - A única empresa a exportar no Brasil é a Unigel Plásticos, que vende seus produtos em mais de 20 países, sendo 11 nas Américas (EUA, Canadá, México, Chile, Argentina, Peru, Colômbia, Bolívia, Uruguai, Paraguai e Porto Rico) e 09 na Europa (Inglaterra, Holanda, Bélgica, Alemanha, Áustria, Espanha, Itália, Portugal e Polônia). De acordo com o Unigel, essa proporção é de 50%.

Plástico Sul - Quais as principais vantagens que este plástico oferece? Fábio Fiasco - O acrílico é um plástico de engenharia, com alta durabilidade, tanto que os fabricantes dão garantia de 10 anos. Além disso é um plástico cristalino.

Plástico Sul - Como está a balança comercial do segmento? Fábio Fiasco - Como a única empresa a exportar é a Unigel, o Indac não disponibiliza esses números. Mas é possível adiantar que o Brasil não exporta e nem importa peças feitas de chapas acrílicas. Plástico Sul - Quais os principais mercados que são destinadas as chapas acrílicas? Fábio Fiasco - Os principais segmentos estão na comunicação visual. Como dito acima, o mercado brasileiro está divido da seguinte forma: PDV´s (20%), displays (16%), luminosos (14%), sinalização (10%), móveis (12%), iluminação (10%), peças técnicas (8%), outros 10%. Plástico Sul - Assim como ocorre com os outros termoplásticos, foi verificado o crescimento da utilização do acrílico em substituição de outros materiais? Fábio Fiasco - O acrílico tem uma grande participação na substituição do vidro entre outros materiais. Mas é bom salientar que o acrílico acaba se impondo como um material único e nobre que tem seu lugar no mercado, não como sucedâneo de outros materiais, mas por apresentar características que o diferencia dos demais, como a termomoldabilidade. Como exemplo, cito o domus utilizado na indústria da construção civil, que são grandes placas de acrílico sopradas e utilizadas na iluminação de prédios. Esta é uma aplicação quase inusi8 > Plástico Sul > Março de 2012 >>

Plástico Sul - Quando a palavra de ordem no momento é sustentabilidade, como o acrílico se enquadra neste contexto? Fábio Fiasco - O acrílico é 100% reciclável. Pode ser reciclado várias vezes com baixíssima perda de propriedades de uma reciclagem para outra. Esse processo só vai sofrer degeneração com perda de qualidade após dezenas de reciclagens, o que não ocorre devido a alta durabilidade dos objetos produzidos com acrílico. A presença do acrílico no lixo é muito baixa. As aparas e galhos no processo de produção de peças, como as lanternas de carros, são totalmente reaproveitadas pelas empresas. Além disso, uma lanterna de automóvel tem uma grande durabilidade. É comum vermos carros com mais de 20 anos rodando nas ruas com a mesma lanterna. Ocorre a reposição por quebra, por colisão do automóvel. Plástico Sul - Recentemente foi realizado na Unisinos, em São Leopoldo (RS), a 12º edição do Fórum do Acrílico. Quais foram os objetivos do evento? Fábio Fiasco - Como o Indac é uma entidade sediada em São Paulo nós resolvemos, a partir deste ano fazer o fórum intinerante, percorrendo diferentes regiões do país. O evento é um palco de debates, com uma série de palestras voltadas para o setor, com informações técnicas e troca de experiências. Nesta edição tivemos uma palestra bastante interessante da empresa Componenti, do Sul do país, sobre o uso do acrílico na indústria moveleira, onde foi destacada a utilização do acrílico em peças nobres com baixo custo operacional. Plástico Sul - Porque o RS foi escolhido para sediar esta edição do fórum? Fábio Fiasco - Escolhemos a região para o primeiro fórum intinerante pelo seu

"O acrílico tem uma grande participação na substituição do vidro entre outros materiais. Mas é bom salientar que o acrílico acaba se impondo como um material único e nobre que tem seu lugar no mercado..." enorme potencial que, muitas vezes, deixa de ser aproveitado por falta de conhecimento sobre o uso do acrílico. Além disso, esse é o estado que possui o maior número de associados do Indac, depois de São Paulo. E também pelo fato de contar com uma mão de obra especializada e profissionaizada, com aptidão para produção de peças acrílicas. Plástico Sul - Além de eventos como o fórum, quais outras atividades são desenvolvidas pelo Indac, no sentido de promover a utilização do acrílico? Fábio Fiasco - Fazemos um amplo trabalho de divulgação via Web, através de todas as ferramentas disponíveis na rede, como e-mail maarketing, newsleter, entre outros. Estas informações são enviadas para um público de mais de 25 mil destinatários, entre arquitetos, universidades voltadas para design e arquitetura, escritórios de arquitetura e de engenharia, associações de classe, entre outros. Temos um setor dentro do Indac voltado para comunicação via internet. Também fizemos inserções em revistas especializadas. Plástico Sul - Quais as metas da entidade para 2012? Fábio Fiasco - Entre as metas principais para este ano, está o aumento do número de associados da entidade, a divulgação cada vez maior de informações técnicas, apresentando a tecnologia disponível hoje. Também a realização de atividades no sentido de ampliar qualificação e profissionalização do mercado, auxiliando as pequenas empresas, para que tenham uma formalização, com preocupações sustentáveis e com os funcionários. PS


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Santa Catarina

Vocação empresarial

O

s dados apresentados no anuário de 2011 da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), comprovam o potencial desta indústria. De acordo com a publicação o estado é referência entre as demais unidades da federação em desenvolvimento social e econômico, contando com o o maior Produto Interno Bruto Industrial (PIB) per capita do país. Tem também a maior expectativa de vida ao nascer (75,8 anos), é líder nacional na produção pesqueira e de carne suína, possui uma indústria de transformação bastante diversificada e uma população predominantemente urbana, com acesso a serviços básicos como energia elétrica e abastecimento de água. A indústria de transformação catarinense é a quarta do país em quantidade de empresas e a quinta em número de trabalhadores. Somando os 13 principais setores da economia (Têxtil; Alimentos; Metalurgia e Produtos de Metal; Veículos automotores/ Peças; Máquinas e Equipamentos; Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos; Mobiliário; Madeira; Celulose e Papel; Indústria Naval; Cerâmica; Produtos de Plástico e Tecnologia/Informática), Santa Catarina tem cerca de 26,9 mil indústrias. O Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina é o sexto maior do país. Em 2008 - ano dos últimos dados disponíveis -, a economia do Estado movimentou R$ 123,28 bilhões, perdendo apenas para São Paulo (R$ 1,00 trilhão), Rio de Janeiro (R$ 343,18 bilhões), Minas Gerais (R$ 282,52 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 199,49 bilhões) e Paraná (R$ 179,27 bilhões).

Setor plástico

A indústria da terceira geração petroquímica do estado também é destaque nacional. Conforme o Sindicato da Indústria de Material Plástico de Santa Catarina (Simpesc), SC tem o segundo maior parque de transformação de plásticos do Brasil. “É um dos estados mais dinâmicos em termos de

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O empreendedorismo está no DNA do povo catarinense e a indústria do plástico faz jus a aptidão industrial do estado sendo destaque em nível nacional.

desenvolvimento industrial, com grande participação do setor plástico nesse contexto. Estamos muito bem posicionados para servir os mercados de consumo do sul e sudeste. E além disso, temos algumas das maiores empresas de plásticos da América Latina”, destaca o presidente da entidade, Albano Schmidt. O setor plástico catarinense conta com aproximadamente 900 empresas em operação. Conforme dados do Simpesc, o segmento faturou R$10,8 bilhões em 2011, com um crescimento de 16% sobre 2010. O consumo de resinas apresentou um recuo de 3,8%, “o que consideramos uma acomodação natural após o crescimento de 16% em 2010”, salienta Schmidt. As principais resinas consumidas são polietilenos, PVC e o PS. “Também temos importante consumo de PP e plásticos de engenharia”, acrescenta o presidente. Além de ter uma das principais indústrias de embalagens plásticas do Brasil, a região também vem se destacando em outros segmentos na área de transformação de plásticos. O presidente do Simpesc salienta que o estado tem o maior polo de produtos para construção civil, sediando as principais

À esquerda: Albano Schmidt, do Simpesc: 900 empresas operam em Santa Catarina À direita: Para Alceu Lorenzon, do Sindiplasc, região é um polo de reciclagem

empresas do setor no país, e de descartáveis. Já o diretor da Alcaplas, que também é presidente do Sindicato das Indústrias do Material Plástico do Oeste Catarinense (Sindiplasc), Alceu Lorenzon, observa que a área de embalagens é o principal segmento de atuação dos transformadores da região de abrangência da entidade. O destaque é a fabricação de embalagens em polietileno para atender a indústria frigorífica e de alimentos em geral. A produção de sacarias de ráfia e Big Bags, também é forte na localidade. “Temos duas empresas deste setor, a Textil Oeste e a Rafitec, que é uma das maiores do país”, acrescenta o empresário.

Polo de Reciclagem

Segundo Lorenzon, o Oeste catarinense que tem em torno de 100 empresas de conversão de plásticos, está se tornan-


do um polo de reciclagem. Informa que a região conta com aproximadamente 30 indústrias de recuperação e transformação de materiais plásticos que atuam na produção e comercialização de resinas recuperadas e na transformação de embalagens de polietileno recuperado. Esta constatação revela outra tendência do estado. De acordo com uma pesquisa que traça o perfil da indústria de reciclagem mecânica de plástico de SC, realizada pela Maxiquim, no ano passado, o estado recicla em torno de 15% do volume total reciclado no país. De acordo com a pesquisa, SC tem 105 empresas de reciclagem em operação, sendo que um terço dessas companhias realiza também a transformação das resinas recicladas em produtos finais. Esse segmento empregou 4,4 mil pessoas e produziu cerca de 130 mil toneladas de plásticos reciclados, sendo quase 80% desses provenientes de resíduos pós-consumo. O levantamento mostra que a indústria de reciclagem catarinense representa 44% do total do setor na região Sul em termos de produção. Dentre as indústrias recicladoras do Sul do País, o segmento no estado é o mais representativo em termos de funcionários e faturamento. O faturamento anual das empresas do setor ultrapassa os R$ 308 milhões ao ano, com média de R$3,3 milhões por empresa. Um dos pontos que chamou a atenção das entidades que encomendaram a pesquisa é a capacidade ociosa das empresas. A capacidade instalada total do segmento de reciclagem de plásticos foi de 189,1 mil toneladas em 2010, no entanto, o nível operacional foi de 67% no período. Do total de matéria-prima reciclada, só 40% é de Santa Catarina, o restante vem de outros estados.

Qualificação

Outro destaque do estado catarinense é a preocupação com a formação e qualificação da mão de obra para atender a demanda cada vez maior de pessoal especializado pelas empresas instaladas no estado. A última notícia neste sentido foi o anúncio da criação de oito Institutos de Tecnologia e

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Setor de embalagem é destaque no oeste catarinense, principalmente para atender a indústria de alimentos em geral

dois de Inovação, que serão instalados no âmbito do Programa SENAI de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, lançado recentemente, em Brasília, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em todo o país, o Programa terá investimentos da ordem de R$ 1,9 bilhão, dos quais R$ 1,5 bilhão provenientes de financiamento do BNDES. O valor será investido na criação de 23 Institutos de Inovação e 38 Institutos de Tecnologia, na construção de 53 centros de formação profissional e na aquisição de 79 unidades móveis, além da modernização das atuais unidades. O objetivo é duplicar o número de matrículas, alcançando, em 2014, 4 milhões de matrículas anuais. Os investimentos em Santa Catarina correspondem a R$ 230 milhões, sendo R$ 130 milhões de recursos do SENAI Nacional, incluindo o financiamento do BNDES, e outros R$ 100 milhões com recursos próprios. Além da ampliação e modernização de toda a estrutura física, o SENAI instalará no estado dois Institutos de Inovação, em Florianópolis, nas áreas de tecnologia laser e segurança integrada em tecnologia da informação. Além disso, núcleos especializados no atendimento de diversos setores da indústria receberão upgrade e se transformarão em Institutos de Tecnologia, que serão focados nos setores de alimentos (Chapecó), ambiental e vestuário (Blumenau), metalmecânica (Joinville) materiais (Criciúma), eletroeletrônica (Jaraguá do Sul), logística

(Itajaí) e automação e tecnologia da informação (Florianópolis). A atuação será corporativa e em rede, ou seja, envolverá todas as unidades da instituição. Durante o evento na CNI, foi realizada uma exposição de projetos e equipamentos desenvolvidos pelo SENAI em todo o país, entre os quais, quatro catarinenses. Dentre eles, destaca-se a bisnaga biodegradável, desenvolvida pela a C-Pack, de São José, em parceria com o SENAI em Criciúma. Produzida com resina oriunda do milho, batata ou cana-de-açúcar, a bisnaga se decompõe em alguns meses, em condições de compostagem adequadas. A inovação colocou a C-Pack na vanguarda, tornando-se a primeira indústria brasileira a lançar bisnagas biodegradáveis para cosméticos.

Ano Difícil

Apesar das empresas de transformação de plástico de SC terem tido um bom desempenho em 2011, registrando crescimento de dois dígitos, segundo o Simpesc, o ano passado não foi fácil para ninguém. Alceu Lorenzon, do Simplasc, comenta que foi um período atípico para o setor, pois começou aquecido e depois sofreu uma desaceleração, “chegando a índices de crescimento perto de zero”. Mas apesar da fraca atuação no primeiro trimestre deste ano, Lorenzon acredita que o setor deve reagir nos próximos meses, apresentando crescimento na demanda e possível fechamento do ano com resultados >>>> de crescimento superiores a 2011. << Março de 2012 < Plástico Sul < 11


Santa Catarina Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o crescimento de 2,7% da economia brasileira, em 2011, decorre principalmente da estagnação da indústria de transformação, que evoluiu apenas 0,1% no período. Ainda de acordo com CNI o setor inicia 2012 com um carregamento negativo de 3,3% e se afasta do desempenho dos outros setores da economia. Os poucos avanços na remoção dos obstáculos à competitividade, a permanência de taxa de juros elevada, em termos globais, e a baixa produtividade são fatores que elevam o custo de produção e limitam o poder de competição dos produtos industriais brasileiros. Em nota, a CNI salientou que, sem alteração substantiva desse quadro, que se traduz em um custo Brasil elevado, dificilmente a evolução do PIB, apresentará mudança significativa em relação à situação atual. O Simpesc também afirma que no ano passado houve uma queda nos investimentos de forma drástica em relação ao ano de 2010. Informa que os desembolsos do BNDES para o setor plástico catarinense, por exemplo, caíram de R$ 160 milhões para R$ 106 milhões. “Isso ocorreu de forma generalizada no Brasil, não apenas em SC”, comenta Schmidt. Ele fala que isso é mais um sinal de que os empresários estão cautelosos. “Ainda assim vimos diversas empresas expandindo suas unidades, aumentando sua tecnologia e produtividade com novas e mais avançadas máquinas”, acrescenta. Sobre as principais dificuldades enfrentadas no período, o presidente comenta que assim como a maior parte da indústria nacional, “sofremos com o câmbio, a competição com importados, a guerra fiscal e a queda no consumo de bens industriais. Mas de forma geral, nossa retração foi até pequena frente à enorme crise fiscal e financeira nos mercados europeus”. Neste contexto Schmidt prevê que 2012 deverá ser um ano de desafios, mas que deve apresentar um melhor desempenho do que o verificado em 2011. “Estamos cautelosamente otimistas com todos os pacotes de estímulo do governo e com a melhora das condições econômicas e sociais do Brasil como um todo”, acrescenta.

Brasil Maior

Para o presidente do Simpesc as iniciativas do governo federal no sentido de 12 > Plástico Sul > Março de 2012 >>

reativar a atividade industrial são importantes, embora os pontos mais delicados não tenham sido ainda tocados. A ampliação da desoneração da folha de pagamentos, uma das principais medidas do Plano Brasil Maior, para 11 novos setores da indústria nacional, entre eles o plástico, não é unanimidade, pois empresas com menor intensidade de mão de obra vão aumentar sua contribuição social ao invés de reduzi-la. A medida prevê que as companhias deixarão de recolher a contribuição patronal sobre a folha, cuja alíquota hoje é de 20%, e passarão a contribuir com um tributo de 1% sobre o faturamento. Quanto a disponibilidade de linhas de crédito no BNDES, salienta que é um alento, mas acrescenta que a burocracia é ainda muito grande e que poucas empresas estão preparadas para acessar esses fundos diretamente, sendo que a maior parte faz o uso do cartão ou busca financiamento via os repassadores. “O que nos falta é uma efetiva reforma do sistema tributário, uma mais adequada oferta de energia a preços competitivos e juros mais baixos para capital de giro e investimentos. Aí sim teríamos uma melhor perspectiva para a indústria brasileira”, desbafa. Na visão de Lorenzon, do Sindiplasc, as medidas adotadas pelo governo federal, embora atrasadas, são altamente positivas, devendo trazer bons resultados a médio e longo prazo. Ele acredita que a desoneração da folha incentivará que muitas empresas abandonem o enquadramento do super simples, que tem como principal vantagem essa desoneração, mas limita o faturamento. Outro reflexo positivo observado pelo diretor da Alcaplas é a redução das taxas de juros e a ampliação de prazos na busca de créditos, “porque o custo financeiro enfrentado pelos empresários brasileiros são desestimuladores e são o motivo do alto índice de falência das empresas”, comenta Lorenzon.

Sacolas Plásticas

Não só as questões da economia estão deixando os empresários do setor plástico de SC com a pulga atrás da orelha, o reflexo do banimento das sacolas plásticas dos supermercados paulistas também pode ser motivo para mais dores de cabeça para as empresas. Sobre o assunto, o presidente do Simpesc comenta que a categoria está observando o movimento em São Paulo e em outros estados com preocupação. Não há

como aprofundar o debate no atual cenário. Schmidt fala que os supermercados tomaram a dianteira no processo de substituição das sacolas sem basear a decisão em critérios técnicos. Está valendo o interesse econômico, fantasiado de questão ambiental. “Nosso problema é de educação e destino correto dos resíduos. A sacola não é culpada, é vítima. Não é problema, é solução. Mas infelizmente o debate tem sido pautado por outros interesses”, afirma. O presidente do Sindiplasc também se diz preocupado com a questão das sacolas plásticas, principalmente por perceber que a campanha tem como alegação motivadora as questões ambientais “e sabemos que na verdade os grandes patrocinadores desta campanha tem na sua raiz, a busca de melhores resultados financeiros para as grandes redes de supermercados”, observa. Ele destaca que os sindicatos, federações e confederações devem se preocupar que esta campanha abra precedentes para que outras iniciativas do gênero possam vir a inviabilizar outros setores produtivos, “onde na essência, o que deveriam estar acontecendo são campanhas, movimentos e ações para melhorar e ampliar os índices de reciclagem no Brasil”, destaca. Conforme Lorenzon, na região Oeste, o setor de reciclagem será o mais prejudicado pelo banimento das sacolas. Ele comenta que grande parte das resinas recuperadas produzidas na região têm como destino as indústrias de sacolas principalmente dos estados do Paraná e São Paulo que adicionam parte desta resina na produção de sacolas. Com esta campanha, além das empresas de reciclagem perderem este mercado, enfrentarão a diminuição de oferta de materiais recicláveis. O empresário acrescenta que a grande maioria das sacolas retornáveis que estão sendo comercializadas não podem ser recicladas pois são produzidas com vários compostos e com várias camadas, “provando que esta campanha não tem nenhum foco ambiental ou de sustentabilidade”. Na sua opinião o Brasil deveria copiar alguns exemplos que estão dando certo na Europa onde as sacolas são vendidas pelos supermercados, mas são grandes e resistentes podendo ser reutilizadas nas próximas compras e ainda são produzidas com material reciclável e com material reciclado, “fechando assim o ciclo dos três “Rs” de reduzir, reutilizar e reciclar”. PS


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Santa Catarina

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Fornecedores reconhecem o potencial da indústria do plástico no estado

O

potencial do polo plástico de Santa Catarina também é destacado pelos produtores e fornecedores de máquinas e de matérias-primas. Muitas empresas estão ampliando a sua atuação no estado. Como é o caso da Yudo que está instalando uma fábrica no local. Segundo Antonio Dias, diretor da companhia, hoje o mercado catarinense representa cerca de 60% do “nosso faturamento, principalmente o Norte de SC”. Para a Rulli, na área de extrusão de chapas, o estado está entre os principais mercados de vendas da empresa. Destaca também que a sua participação em extrusão de filmes na região tem crescido nos últimos 5 anos. O gerente técnico da empresa, Carlos Alberto Brito, observa a grande maioria dos empresários do estado, além de entender do processo de produção, têm conhecimentos para avaliar o custo de fabricação, a produtividade, o tempo perdido com manutenção, o custo da energia elétrica, a qualidade das máquinas e dos produtos, facilitando muito as vendas. Ele comenta que a empresa participa de feiras regionais e

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mantém contato com os clientes através de visitas comerciais frequentes. A Déb’Maq observa que o estado é um dos maiores polos de plásticos do país. “É uma das regiões mais importantes e com grande potencial de crescimento”, comenta o gerente de marketing e relações institucionais, da empresa, Eduardo Trevisan. Segundo ele, a companhia tem um representante comercial nos estados de SC e do PR para venda de máquinas. O gerente comercial da Wortex, José Renato Saia, diz que o estado catarinense tem uma das mais importantes indústrias de plásticos do país. Salienta que a empresa conta com uma carteira de clientes na localidade nos segmentos de extrusão, sopro e injeção. Saia informa que a indústria tem representantes comerciais que atuam junto aos clientes para atender suas necessidades e para promoção dos produtos da empresa. “Destacamos também a existência de um canal aberto junto à fábrica, com uma assistência técnica”, complementa. “A importância dos clientes de SC é muito relevante nos nossos negócios, acredito que até pelo nível técnico das empresas e pela força que tem seu polo industrial, que

Carlos Brito, da Rulli: empresa é uma das fornecedoras que apostam no estado catarinense

são diferenciais tanto da região quanto da nossa proposta de atendimento”, salienta o gerente comercial nacional da Colorfix, Fábio Fazolim. Ele informa que até 5 anos atrás, a empresa tinha apenas 1 representante que atendia a região, “hoje atuamos com força máxima, com três representantes que cobrem todo o estado e em paralelo com vendedores internos que atendem os clientes e dão suporte aos representantes”. Além disso, a empresa dispõe de um assistente técnico e de um gerente de vendas praticamente com atendimento imediato. A Cristal Master com sede em Joinville (SC), frisa que tem excelente participação no estado, atendendo praticamente todos os transformadores de termoplástico da região. “Com uma equipe especializada e com tecnologia de ponta, temos uma solução completa para tingimento em termoplástico, oferecendo aos nossos clientes soluções rápidas e eficiente no desenvolvimento de cores e serviços”, fala o representante da empresa, Luiz Carlos Reinert dos Santos. A Sandretto do Brasil informa que tem um representante de vendas atuando em todo o estado catarinense e no Paraná. Também conta com um técnico residente em Joinville (SC), para atender ambas as regiões. O gerente de marketing da empresa, Gilberto Baksa, salienta que a região é de grande importância nas vendas da companhia. A direção da Shini afirma que SC é um mercado em plena expansão e que a empresa está ampliando a sua atuação no estado, conta com uma equipe de vendas técnicas especializada, uma loja em Joinville e uma equipe de assistência técnica. “A empresa deve crescer em 50% este ano na região”, informa. De acordo com os diretores a Shini conta com uma linha muito diversificada de equipamentos, “conseguimos atuar em todos os processos da transformação”. PS


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DESTAQUE Investimento Externo

Façam suas apostas

Muitos caminhos levam investimentos estrangeiros para o Brasil. Seja pelo enorme potencial de consumo da população ou pela crise em países do 1º mundo, o fato é que a nação verde e amarela é alvo de todas as atenções.

E

stimando um crescimento do produto interno bruto em 3,2% e com projetos como a exploração do pré-sal, Copa do Mundo e Olimpíadas, o Brasil vem chamando atenção mundial como um país emergente e muito propício para negócios. Com a crise na Europa, todos os participantes do bloco econômico

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que estão em situação desenvolvimento são alvo de empresas que acreditam que investir nos BRICS seja a solução de seus problemas financeiros. O Brasil já supera até mesmo a Índia e China tornando-se a grande aposta do momento. Os números mostram que entre 2006 e 2010 a quantidade de empresas iniciantes no mercado

brasileiro aumentou em 7,2% por ano. A perspectiva é de que o investimento se dê naqueles que possuem maior potencial de consumo interno e menor competitividade dentro do país. “O Brasil conta com uma situação macroeconômica bem melhor do que a maioria dos países em crise. Tanto do


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ponto de vista fiscal, dívida, nível de reservas cambiais e qualidade do sistema financeiro, temos um quadro favorável”, avalia a área de comunicação corporativa da Lanxess, empresa que em outubro do ano passado, anunciou três grandes novos

investimentos, totalizando cerca de 30 milhões de Euros - ou aproximadamente R$ 75 milhões. Os três investimentos incluem a construção de duas novas unidades produtivas na planta da LANXESS em Porto Feliz, no interior do Estado de São

A LANXESS reprojetou sua planta em Triunfo (RS), para produzir a borracha de EPDM com etileno de base biológica

Paulo. Uma delas é para a produção dos plásticos de engenharia de alta tecnologia Durethan e Pocan, operada pela unidade de negócios Semi-Crystalline Products, e a outra planta irá produzir os aditivos de borracha Rhenogran, bem como os bladders Rhenoshape e será operada pela unidade de negócios Rhein Chemie. O terceiro investimento envolve um movimento pioneiro para o uso de matéria-prima de base biológica na produção de borracha sintética. A LANXESS reprojetou sua planta em Triunfo, no Rio Grande do Sul, a fim de produzir a borracha de EPDM com etileno de base biológica, da marca Keltan ECO. Um quarto da capacidade de 40 mil toneladas anuais da fábrica de Triunfo será destinado para o Keltan Eco. Ainda segundo informações vindas da área de comunicação da empresa, juntamente com a Índia, China e Rússia, o >>>>

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DESTAQUE Investimento Externo

Brasil é um mercado de destaque dentro das estratégias de negócios da Companhia. Juntos os países dos BRICS, já representam 35% do total das vendas do Grupo. Um dos grandes motivos do entusiasmo da LANXESS pelo nosso país é o mercado automotivo, que vem registrando crescimento mês após mês. Segundo pesquisa realizada recentemente pela consultoria KPMG International, em 2016, o Brasil pode se tornar o terceiro maior consumidor de automóveis. Além do mercado automotivo, a empresa está de olho também nos grandes eventos esportivos – Copa do Mundo e Olimpíadas - que o Brasil sediará em 2014 e 2016. A LANXESS começou a atuar no Brasil em 2005, juntamente com o seu surgimen-

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to. Na época, o país representava 1% das vendas totais do grupo e hoje, seis anos depois, o país representa 10% das vendas totais. No país, a LANXESS está representada por meio de suas 13 unidades de negócio, possui mais de 1.100 funcionários, 5 unidades produtivas, laboratórios e escritórios, distribuídos pelas cidades de São Paulo e Porto Feliz (SP), São Leopoldo e Triunfo (RS), Duque de Caxias (RJ), Cabo de Santo Agostinho e Recife (PE). Companhia global, de origem norte-americana, a Dupont está presente no Brasil há 75 anos. Com sede em Alphaville (São Paulo), emprega cerca de 2,5 mil funcionários, distribuídos por 16 locais de trabalho, incluindo 10 unidades dedi-

John Jansen : “Para a DuPont, investir em inovação é essencial para garantir o crescimento sustentável da companhia”

cadas a Pesquisa e Desenvolvimento. No País, a companhia concentra suas operações nos mercados agrícola, químico e petroquímico, automobilístico, embalagens e polímeros industriais, eletrônicos, construção, indústria gráfica, segurança e biotecnologia. Desde 2009, a companhia estrutura sua atuação em 13 distintos negócios que direcionam sua estratégia à busca de soluções para os desafios gerados pelo rápido aumento populacional mundial, conhecidos como megatendências. Essas megatendências colocam três desafios à Ciência da DuPont, sendo eles: Aumentar a produção de alimentos – uma vez que, de acordo com a ONU, a produção de alimentos terá que crescer 70% até 2050 para atender a uma população global esperada de mais de 9 bilhões de pessoas; Reduzir a dependência por combustíveis fósseis – tendo em mente que, nos próximos 25 anos, o consumo de energia deve aumentar em 60%; e proteger vidas e o meio ambiente – um imperativo no cenário mundial. “Para a DuPont, investir em inovação é essencial para garantir o crescimento sustentável da companhia para os próximos anos”, afirma o vice-presidente da Divisão de Polímeros de Engenharia para a DuPont América Latina, John Jansen. Por essa razão, a empresa inaugurou em 2009 o primeiro Centro de Inovação e >>>>


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DESTAQUE Investimento Externo

Tecnologia da empresa na América Latina, localizado em Paulínia (São Paulo). O Centro de Tecnologia atende as demandas da América Latina para o desenvolvimento de produtos e soluções que estejam alinhadas com as necessidades dos mercados locais. Na época, a empresa investiu US$ 2.5 milhões na criação do CIT. Em 2010, a empresa ampliou as instalações com a inauguração de duas novas estruturas, e, em um total investido de US$ 7.5 milhões na construção dos laboratórios direcionados a biotecnologia e biocombustíveis. Já em 2012, a DuPont anunciou mais uma importante etapa de expansão da sua estrutura de Paulínia: a inauguração do Centro de Inovação Brasil. O espaço foi especialmente criado para estimular atividades de colaboração científica entre DuPont e seus clientes, parceiros, universidades, organizações civis e governamentais. O objetivo é acelerar o desenvolvimento de inovações e produtos que solucionem os grandes desafios decorrentes do crescimento acelerado da população. “A escolha do Brasil para sediar um Centro de Inovação deve-se ao papel estratégico que o país ocupa no cenário econômico mundial e nos negócios da companhia”, avalia Jansen. O executivo explica que em 2011, a subsidiária brasileira registrou US$ 2,4 bilhões em vendas, marca histórica para a companhia e que representa exatamente 50% do faturamento total da América Latina, que fechou o ano com US$ 4,8 bilhões. Desde a inaugu20 > Plástico Sul > Março de 2012 >>

ração do Centro de Pesquisa de Paulínia, em 2009, a empresa já realizou US$ 11 milhões em investimentos para a expansão do complexo. O número só comprova o compromisso da empresa com o desenvolvimento do país. A indústria automotiva também é vista pela Dupont como um dos grandes destaques nacionais. Em função das necessidades locais, o país apresenta novas demandas de mercado, como a mudança de perfil na produção de carros populares - cada vez mais sofisticados, normas ambientais mais rígidas e que levam ao desenvolvimento de produtos menos poluentes e o uso cada vez maior de recursos e produtos derivados de fontes renováveis. “Na divisão de Polímeros de Performance tais demandas levam a um foco cada vez maior na inovação e no apoio para o desenho e desenvolvimento de novas aplicações, formulações de produtos, suporte ao processamento e na melhoria de produtividade no processo, na qualidade e na confiabilidade de entrega”, garante Jansen. Em energia, o Brasil é pioneiro no desenvolvimento de fontes energéticas renováveis, como é o caso da hidrelétricas e dos biocombustíveis, o que também é um atrativo para a presença da Dupont no país. Em 2010, por exemplo, 45% das necessidades energéticas brasileiras foram atendidas por fontes renováveis. Para a próxima década, a expectativa é que este índice alcance a marca de 60%. “Aqui, trabalhamos em pesquisas no mercado de

Crescimento da indústria automotiva é um dos principais fatores que levam empresas a apostarem no país

biocombustíveis, no desenvolvimento do mercado de energia solar e no fornecimento de materiais para o segmento de energia eólica”, finaliza. A Braskem, empresa brasileira e maior produtora de resinas termoplásticas das Américas também aposta no seu país de origem como forma de crescimento. Além de investimentos pesados em biopolímeros, como na planta de PE verde e planejamento de uma nova unidade de PP oriundo de fonte renovável, ela também injeta recursos em outras áreas. A empresa fez recentemente um acordo com a Basf, empresa química líder mundial e presente no Brasil há mais de 100 anos, para o fornecimento de propeno e soda para o projeto em escala mundial de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP) no Brasil. A Basf irá investir mais de US$ 750 milhões na construção de fábricas no Polo de Camaçari, na Bahia, que serão as primeiras a produzir ácido acrílico e SAP no Brasil e na América do Sul. O investimento da Braskem será na ordem de US$ 30 milhões. O propeno a ser fornecido pela Braskem, no valor aproximado de US$ 200 milhões por ano, será a principal matéria-prima para a produção de ácido acrílico, utilizado em tintas, indústria têxtil e no setor de mineração, entre outros, bem como acrilato de butila, insumo para a indústria têxtil e construção civil, e polímeros superabsorventes, que são usados para produzir fraldas, para tratamento de água e extração de petróleo, entre outras aplicações. O volume de propeno previsto no contrato atualmente é destinado pela Braskem à exportação. Com esse acordo, o produto passará a ser consumido no mercado interno com agregação de valor, gerando efeitos positivos para a balança comercial do Brasil pela substituição de importações de ácido acrílico, acrilatos e superabsorvente. Além disso, o projeto aportará alto conteúdo tecnológico proprietário da Basf, contribuindo para a competitividade de setores que fabricam no país fraldas, tintas, têxteis e produtos para a construção civil, entre outros. “O acordo com a Basf permitirá potencializar


os benefícios para toda a cadeia produtiva do ácido acrílico em razão da capacidade de produção do projeto e do porte do investimento. Além disso, estimulará o surgimento de um novo ciclo de investimentos no Polo de Camaçari, atraindo novas empresas de manufatura para a Bahia”, diz Carlos Fadigas, presidente da Braskem. “Com esse investimento no Brasil, nós reforçamos nossa liderança local e global na cadeia de valor de acrílicos, garantindo o fornecimento dos nossos produtos para os consumidores da região e contribuindo para o desenvolvimento do país”, diz Alfred Hackenberger, presidente da Basf América do Sul. A localização da planta foi definida com base na competitividade oferecida pela Bahia, além da disponibilidade das matérias-primas, propeno e soda, e de utilidades em geral, que também serão supridas pela Braskem. O projeto, previsto para começar a ser implementado ainda em 2011, é um incentivo à criação de um Complexo Acrílico no Polo de Camaçari e deverá entrar em operação em 2014. Durante as obras, serão criados cerca de mil empregos diretos. Os investimentos da Basf na região estão crescendo. Segundo Alfred Hackenberger os países emergentes são países-chave para Companhia no mundo e fazem parte da recente estratégia divulgada em novembro/11 (We create chemistry). Por isso, no Brasil, a BASF investe cerca de R$ 100 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento e somente na última década injetou na região (América do Sul) aproximadamente € 500 milhões. Entre 2010 e 2011, foram investidos cerca de 5 milhões de Euros em tecnologias para os processos produtivos e na construção da nova fábrica de Nutrição Humana, em Jacareí, no Vale do Paraíba e cerca de 15 milhões de euros em infraestrutura em Guaratinguetá (depósito vertical 100% automatizado + nova unidade de vapor e cogeração de energia). Para os próximos 5 anos está previsto um investimento de mais de 300 milhões + 500 milhões para o Complexo de Ácido Acrílico em Camaçari. No mesmo compasso de investimento em solo brasileiro é que duas gigantes mundiais no ramo dos plásticos de engenharia, a DSM e a Ravago-Entec assinaram no início de 2012 um acordo

de distribuição em nível nacional, repetindo a parceria já existente na Europa e na Ásia, assim como nos Estados Unidos e no México, onde ocupam grande fatia no fornecimento de matérias-primas e derivados de poliamida. No setor de plásticos para engenharia, a DSM está entre os dois maiores fabricantes mundiais e quer chegar ao topo do mercado global nos segmentos formados principalmente pela indústria automobilística, de eletroeletrônicos e de embalagens. A Ravago- Entec já é a primeira do mundo na distribuição de derivados de plástico. Na avaliação de Oscar Novo, vice-presidente da Ravago-Entec para a América Latina, a parceria ocorre em um momento estratégico para as duas empresas, que se apoiam na política de expansão na América do Sul, tendo o Brasil como principal foco e o aumento da competitividade e sustentabilidade da indústria brasileira como premissa. Segundo Andrea Serturini, recém-nomeado o novo VP da DSM para a América Latina, a decisão de ampliar a participação no mercado brasileiro é fruto da estratégia da empresa, definida ainda em 1999, quando foi instalado o escritório comercial em São Paulo. “Atualmente o consumo de derivados de poliamida é de aproximadamente 200 mil toneladas/ano na América Latina e só o Brasil representa quase 60% desse mercado. Nossa meta é atingir 25% a 30% do fornecimento em curto prazo”. O crescimento projetado pela DSM se apoia na capacidade logística da Ravago-Entec e na capilaridade da rede instalada nas regiões de maior concentração de consumo dos derivados de poliamida, garantindo a rápida distribuição e a pulverização dos negócios no varejo. A agilidade no atendimento às demandas é garantida pela rede de armazéns instalados em São Paulo, Curitiba, Itajaí (SC) e Novo Hamburgo (RS), além dos escritórios de vendas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na avaliação de Oswaldo Cruz, gerente geral da Entec Polímeros, é nessa região que se concentra 88% do mercado dos plásticos para engenharia. “Mas a Ravago-Entec também prepara sua expansão para o nordeste, a partir do estado de Pernambuco, como parte da logística de atendimento dos principais players nos segmentos em que atua”. PS << Março de 2012 < Plástico Sul < 21


Medidas anunciadas pelo Governo Federal beneficiam setor plástico Complementação do Plano Brasil Maior pode minimizar a perda de competitividade, mas está longe de ser a solução para o retorno da mesma na indústria brasileira.Conheça as ações que realmente impactarão a sua empresa.

A

s constantes reivindicações de diversos setores industriais em relação a pouca competitividade das empresas nacionais no mercado global parecem que estão surtindo efeito. Recentemente o Governo federal anunciou uma série de medidas, que fazem parte do Plano Brasil Maior, com objetivo de tornar a indústria Brasileira mais competitiva. O setor de transformados plásticos foi contemplado com três importantes medidas. A primeira delas diz respeito a desoneração na folha de pagamento. A

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medida, que será implementada em 90 dias, implica na eliminação da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamentos e compensação parcial por nova alíquota de 1% sobre o faturamento (excluindo as exportações). As importações sofrerão aumento do PIS/ COFINS correspondente à alíquota sobre o faturamento. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, a medida é bastante positiva para o setor porque que vai de encontro a uma busca maior de competitividade. “Para o setor de transformação de plásticos a ação que mais impactará positivamente é a desoneração da folha de pagamento, bem como a prorrogação do PSI, com taxas de juros menores”. Afinal, explica Roriz, o setor plástico é dinâmico, precisando investir a cada ano para reformar o parque industrial e o PSI é uma forma de fazer isso com taxas de juros mais baratas. Outra ação que afeta o setor é sua inclusão no BNDES/Progeren, que abrange todas as empresas que agora passam a ter como opção para financiamento de

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Indústria

Para Roriz, medidas do governo vem em boa hora, embora não solucionem de vez o problema da falta de competitividade

capital de giro os recursos do BNDES/Progeren, antes restrito apenas para pequenas e micro empresas. O programa teve aumento na disponibilidade de recursos de R$10 bilhões e o limite de financiamento para grandes grupos econômicos é de R$50 milhões, mantendo-se R$20 milhões para micro, pequenas e médias empresas. A indústria de transformados plásticos também foi incluída no rol dos setores que podem tomar crédito para >>>>


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Indústria

investimento de acordo com o programa BNDES/Revitaliza. As empresas poderão tomar crédito para realização de investimentos na modernização e ampliação da capacidade, incluindo desenvolvimento ou aperfeiçoamento de novos produtos, serviços ou processos, desenvolvidos em território nacional a taxa de 9%a.a, ou no financiamento da produção, na fase de pré-embarque para empresas exportadoras com prazo para embarque de até 24 meses. “Consideramos a inclusão do setor plástico no Progeren e no Revitaliza bastante positivo. Além disso, os financiamentos para exportação ficaram mais baratos”, acredita Roriz, enfatizando a importância destes incentivos em um momento em que a balança comercial do setor vem se deteriorando ano a ano. “A importação teve aumento de 38% no ano passado em relação a 2010”. Apesar do esforço governamental, o problema da falta de competitividade na indústria de transformação de plásticos ainda está longe de ser resolvido. E o principal entrave é a excessiva valorização do real. O presidente da Abiplast confirma que o grande obstáculo enfrentado pela indústria hoje é a questão cambial que, de junho de 2004 até o final do ano passado teve valorização de 74%, encarecendo a produção brasileira. “A infraestrutura, o custo da energia, a burocracia brasileira e a carga tributaria são caros, mas o câmbio acabou aflorando todos esses problemas que temos no Brasil, tirando a competiti24 > Plástico Sul > Março de 2012 >>

Glauco Côrte, presidente da Fiesc:”É importante que o tempo entre o anúncio das medidas e sua concretização seja imediato”

vidade das empresas”. Portanto, tais medidas não serão o suficientes para travar o processo de desindutrialização brasileiro, que tem em seu problema mais crônico a combinação de juros altos e cambio livre. “As ações apresentadas ajudam no processo de aumento de competitividade, mas está longe de resolver o problema”. Outro ponto observado pelo presidente da Abiplast é quanto aos incentivos à exportação que, apesar de contribuírem, não são suficientes. “Você até pode dar crédito para as empresas terem capital de giro para exportar, mas o problema é que elas não conseguem fazer produtos que tenham preço adequado para o mercado internacional”. Desta forma, acrescenta Roriz, as medidas na área de exportação foram para aumentar o crédito para quem exporta e precisa de mais capital de giro. Entretanto, alerta o presidente da Abiplast, o problema não é o crédito e sim o custo de produção para exportar que não permite a competição no mercado internacional. A preocupação do dirigente em relação às exportações tem fundamento. Em 2011, na comparação com 2010, o saldo negativo do comércio exterior da indústria brasileira de transformação


Ao lado: como reflexo da alta do volume das importações e baixa performance das exportações, a balança comercial do setor de transformados plásticos acumulou déficit de U$ 1,9 bilhão (R$ 3,3 bilhões). Um aumento de 40% no déficit comercial do setor em relação a 2010.

vio tributário”, afirmou Aubert.A ABIMAQ também destaca a importância de outras medidas que beneficiam o setor, como a intervenção no câmbio, além da redução das taxas de juros nas linhas de financiamento do BNDES.

A indústria catarinense

Fonte: Sistema ALICE / MDIC – dados disponibilizados até out/2011 – nov/11 e dez/11 - Estimativa ABIPLAST - US$ 1,75

do plástico cresceu 37,99%, passando de US$ 1,35 bilhão para US$ 1,87 bilhão. As exportações evoluíram apenas 2,63%, de US$ 1,47 bilhão para US$ 1,51 bilhão. As importações, contudo, aumentaram 19,58%, saltando de US$ 2,83 bilhões para US$ 3,38 bilhões. No primeiro mês de 2012, os números indicam que deverá ser mantida a tendência de déficit na balança comercial do setor. Em janeiro, o saldo negativo foi de US$ 160,40 milhões, resultando de importações US$ 283,10 milhões e exportações de 122,60 milhões.

Abimaq

O setor de máquinas e equipamentos será um dos beneficiados com as medidas

de complementação do Plano Brasil Maior anunciado pelo Governo Federal. A medida mais importante para o setor de bens de capital é a desoneração da Folha de pagamento que vai possibilitar um alívio tributário. A partir de junho, quando o plano começa a valer, o setor de máquinas e equipamentos deve passar a pagar uma contribuição sobre o faturamento de 1%, em troca do fim da Contribuição patronal ao INSS.O presidente da ABIMAQ, Luiz Aubert Neto, diz que dentre as medidas a esta é a mais significativa para minimizar a perda de competitividade. “A desoneração da folha é a medida mais importante para setor de máquinas, como 30% do faturamento do setor é exportação, a medida, de fato, significará um alí-

Na avaliação da Federação das Indústrias de Santa Catarina, as iniciativas anunciadas pelo governo no âmbito do programa Brasil Maior são mais abrangentes e importantes do que as da primeira fase, apresentadas em agosto do ano passado. “O governo foi bem mais audacioso desta vez. Mas, ainda assim, faltam medidas estruturais e no âmbito do próprio governo, para reduzir seus gastos e, dessa forma, poder reduzir a carga tributária de maneira ampla”, avaliou o presidente da entidade, Glauco José Côrte, que acompanhou em Brasília o evento de lançamento. “Além disso, é importante que agora o tempo entre o anúncio das medidas e a sua concretização seja imediato”. Entre os pontos mais destacados na apresentação do plano estão a disposição do governo de não deixar o dólar cair mais e a pretensão de agir no âmbito da defesa comercial. >>>>

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Indústria “A Receita Federal está fiscalizando com rigor as importações, conferindo, entre outras questões, a correção de preços e especificações, especialmente de têxteis, vestuário e calçados, para evitar importações ilegais”, disse Côrte. Para

a FIESC, outra medida positiva é que a desoneração da folha de pagamento foi ampliada e as alíquotas foram reduzidas. “Muitos destes setores têm papel extremamente importante na nossa indústria. Ao desonerar a folha de pagamento, o

governo premia as empresas que empregam mais”, avalia Côrte. Ele ainda destaca entre as medidas o estímulo dado ao segmento exportador, o que é importante para Santa Catarina, além da redução dos encargos para investimentos. PS

RS lança a Política Industrial do Estado Dentro do contexto de busca de competitividade, o governo do Estado do Rio Grande do Sul fez recentemente o lançamento de uma Política Industrial. O programa inclui ainda uma política setorial, prevendo medidas dirigidas ao desenvolvimento competitivo de 22 setores estratégicos da produção gaúcha, onde 64% da ações são direcionadas à setores tradicionais, entre eles o plástico, e 36% à nova economia. O principal objetivo da política é dinamizar a presença de empresas e cooperativas gaúchas nos mercados interno e externo, ampliando a estrutura produtiva da indústria local. Para a elaboração da Política 600 pessoas foram ouvidas em 170 reuniões. Ao total 267 ações envolvem o programa anunciado, onde 213 são específicas para determinados setores, 51 são transversais e 13 são ligadas a agro indústria. Já estão em andamento163 ações e 104 estão programadas para iniciar. Um dos exemplos de ações específicas está ligado aos setores plástico, pe-

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troquímico e de borracha. Trata-se de uma medida para fortalecer os Arranjos Produtivos Locais (APLs), através do apoio ao arranjo do plástico e da borracha com relação a sua estrutura de governança, além da elaboração do Plano de Desenvolvimento. Outras medidas que dizem respeito à indústria Petroquímica, Produtos de borracha e material Plástico são: elaboração de um plano estratégico para estabelecer ações de marketing estratégico através da participação em feiras, road show, rodadas de negócios, folders de divulgação; promoção e apoio de rodadas de negócios e a participação das empresas. Outra ação específica que merece destaque diz respeito ao setor calçadista e artefatos, onde existe a intenção de promover a reativação do Centro de Design; adoção de nova política para a transferência de saldos credores decorrentes de exportação; adoção de nova política tributária para apoiar a competitividade com vistas à ampliação de participação no

mercado interno; e diferimento do ICMS na importação de insumos adquiridos preponderantemente de outras unidades da federação e sem similar no estado. É importante salientar ainda que como o plástico é matéria-prima em grande parte das indústrias, direta ou indiretamente o setor será beneficiado por outras diversas ações transversais, como por exemplo as que contemplam os segmentos automotivo e a agroindústria. O principal objetivo da Política anunciada é o aumento da competitividade das indústrias do RS. Neste sentido cerca de 80% das ações são direcionadas a competitividade industrial dos setores envolvidos. “Queremos muitas empresas gaúchas com capacidade de disputa global”, enfatiza o governador do Estado Tarso Genro. Ele afirma que pretende colocar o RS em um novo patamar industrial e tecnológico. “Um plano de desenvolvimento industrial tem que ser produto de uma negociação entre setores, academia e instituições internas do estado”.


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Balanço

Alfredo Schmitt, do Sinplast, estima crescimento de 4% no setor plástico gaúcho em 2012

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Indústria de plásticos gaúcha faturou R$ 4.786 milhões no ano de 2011

N

o ano de 2011 os números do setor plástico no Rio Grande do Sul registraram recuo, se comparado com anos anteriores. A informação foi dada pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast), Alfredo Schmitt, durante coletiva de imprensa realizada no dia 22 de março, em Porto Alegre (RS). O dirigente explica que a indústria gaúcha teve uma queda de 2,6% no consumo de resinas em 2011 na comparação com 2010. Por outro lado o faturamento registrou incremento de 4,3%, devido à recuperação dos preços dos produtos petroquímicos, parcialmente repassados ao mercado final. Em 2011 o setor faturou R$ 4. 786 milhões e consumiu 511 mil toneladas de resinas. Outra desaceleração foi quanto ao indicador de empregos, que registrou crescimento de 1,2% no RS, índice bastante inferior aos 6% registrados em 2010. Apesar dos obstáculos, as perspectivas para o estado em 2012 são positivas, na opinião do presidente do Sinplast. “ A indústria de produtos plásticos no Rio Grande do Sul deve crescer cerca de 4% em 2012”, diz Schmitt, ressaltando que o crescimento da indústria de terceira geração do setor plástico tradicionalmente acompanha os índices do PIB Nacional. Neste os dirigentes do setor esperam que ocorra uma evolução no apoio do Estado ao crescimento da indústria, através de um programa setorial a ser lançado em breve. Outra perspectiva que sustenta uma retomada da indústria do plástico em 2012, é em relação à política de desoneração da folha de pagamento funcional proposta, que poderá incluir o setor. “ Nossa expectativa é de que o governo estadual lance a política industrial que os Sindicatos do setor ajudaram a formatar, e que ela contenha mecanismos que realmente possa alavancar a transformação de plásticos no RS, conferindo às nossas indústrias maior competitividade”. Os números divulgados na apresentação são referentes a todo estado gaúcho, que possui ainda mais duas entidades que atuam no setor plástico, o Sindicatos das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás) e o Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi). PS


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Artigo Se a Luiza soubesse, teria ficado no Canadá Edilson Luiz Deitos*

O

s altos recordes de demanda por energia elétrica que vêm sendo registrados pelas companhias de energia reacendem a discussão sobre desperdício e eficiência energética no Rio Grande do Sul. O último registro chegou a 5.765 megawatts, muito próximo da capacidade de fornecimento do sistema energético gaúcho, que pode atender até 6100 megawatts, segundo estimativas do Operador Nacional do Sistema (ONS). Diante de tais números, a gestão da energia elétrica é um tema que deve ser repensado tanto por cidadãos que desejam reduzir o consumo de energia em suas casas como por profissionais preocupados com a eficiência energética do seu negócio. Adiciona-se ainda ao problema as altas taxas cobradas pela energia elétrica no país. Este ano, os valores arrecadados para bancar o sistema elétrico devem chegar a

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R$ 19 bilhões. Em países como Estados Unidos, França e Canadá, as taxas chegam a ser 50% mais baratas. A Luiza que o diga. Os internautas e espectadores brasileiros não economizaram esforços (e energia) ao participar da brincadeira que acabou trazendo a menina paraibana de volta ao Brasil. Todos já sabem que Luiza voltou do Canadá. O que muitos contribuintes provavelmente não sabem é que no Canadá o valor da conta de luz da Luiza chegava a ser 52,27% menor do que no Brasil. Suponha-se que a Luíza possuísse no

Canadá uma ducha exatamente igual a que ela usa em sua casa na Paraíba. Utilizando essa ducha durante 50 minutos diários, Luíza gastava cerca de R$ 22, enquanto no Brasil estes mesmos banhos lhe custam aproximadamente R$ 50. A diferença aumenta quando voltamos para o nosso estado. Na serra gaúcha, Luiza irá pagar 8% a mais em sua tarifa residencial do que ela paga em João Pessoa. Além disso, Luiza não terá como empreender por aqui, pois a tarifa A4 Verde Fora de Ponta período úmido na Paraíba da Energisa é de “apenas” R$ 125,59 MW/h. Já no sul a mesma tarifa custa R$ 186,16 MW/h, ou seja, 48% a mais. Parece que aqui na região permanecem apenas os acomodados com as tarifas mais caras do Brasil. Menos a Luiza que, agora, está na Paraíba. PS *Coordenador do Programa Sinplast Energia, do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do RS (Sinplast/RS)


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Foco no Verde DIVULGAÇÃO

O sul a favor das sacolas plásticas

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e em São Paulo um acordo baniu as sacolas plásticas nos supermercados, na região sul do país a discussão ainda é pulsante e democrática. Prova disso foi a realização do II Fórum Agas das Sacolas Plásticas: Problema ou Solução?, promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados, em Porto Alegre (RS). O evento congregou mais de 200 representantes da indústria, do comércio, do poder público, da imprensa e dos consumidores, além de biólogos, engenheiros químicos, consultores jurídicos, representantes do ministério do Meio Ambiente e do Ministério Público Estadual. O Rio Grande do Sul descarta repetir no Estado a medida tomada em São Paulo. A garantia foi dada pelo presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, Sacolas Plásticas: problema ou solução?, no Hotel Deville, em Porto Alegre. Segundo ele, o consumidor gaúcho é contra a eliminação desse item. A entidade defende o uso mais consciente: “65% das sacolas saem dos caixas sem terem sua capacidade total aproveitada e 13% dos gaúchos as levam para outras utilidades”. Outro ponto destacado pelo presidente da Agas é a oposição dos consumidores à mudança. Isso porque em 2011 foi realizada uma pesquisa que apontou que 81% dos

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clientes são contra eliminação da sacola. O presidente do Sinplast/RS, Alfredo Schmitt, disse que a decisão paulista foi precipitada e acabou impulsionando em 57% a venda de sacos de lixo. Ainda segundo Schmitt a proibição também já afeta a indústria plástica, uma vez que gerou uma queda de mais de 40% nos pedidos de sacolas naquele estado. Mesmo entendendo a intenção da iniciativa da Associação Paulista de Supermercados, o presidente da Agas entende que os supermercados gaúchos não devem tomar medidas prematuras, devido à falta de alternativas que sejam práticas, recicláveis, economicamente viáveis e menos prejudiciais ao meio ambiente do que os sacos plásticos tradicionais. “Se simplesmente eliminarmos as sacolas plásticas, as famílias gaúchas serão oneradas em média em R$ 15 mensais para a aquisição de sacos de lixo. Estaremos, na prática, transferindo a conta para o consumidor, que simplesmente trocará a cor do saco plástico de lixo, de branco para azul ou preto”, observou Longo. Para o supermercadista, o momento é de criar iniciativas a quatro mãos, reduzindo o uso de sacolas plásticas com programas de conscientização de empacotadores e consumidores, ações do poder público e


investimentos da indústria em alternativas. ‘Apoiamos as embalagens retornáveis de ráfia, algodão, papelão, plástico verde e outros, como alternativas eficazes para a redução dos prejuízos ao meio ambiente. Mas entendemos que todas estas opções seguem sendo apenas alternativas, e não soluções definitivas para esta questão. O que não consideramos prudente é a adoção de um único modelo como o ideal, beneficiando uma ou outra grande multinacional que produz com exclusividade um determinado tipo de produto, que sequer tem sua eficácia comprovada e que revela-se economicamente inviável’, concluiu o presidente da Agas. O presidente da Plastivida, Miguel Bahiense, também esteve presente no evento e destacou o projeto de reutilização e fortalecimento das sacolas plásticas adotado há três anos em diversos pontos do

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II Fórum Agas das Sacolas Plásticas: Problema ou Solução?, debateu o tema no Rio Grande do Sul

Brasil. ‘O problema ambiental é uma questão de educação’, disse.

O estado do Paraná também continua com o uso das sacolas plásticas

liberadas no varejo. Por 41 votos a 6, a Assembleia Legislativa do Paraná manteve o veto do governador Beto Richa (PSDB) à lei que restringia o uso de sacolas plásticas em supermercados. De autoria do deputado Ca- >>>>

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Foco no Verde íto Quintana (PMDB), a lei proibia o uso de sacolas que não fossem biodegradáveis ou parcialmente renováveis em estabelecimentos comerciais e órgãos públicos do Estado. De acordo com a justificativa do governo, o projeto do deputado Quintana cria a ideia de que o descarte das sacolas biodegradáveis não causaria dano ao meio-ambiente. Na verdade, o material biodegradável emite metano em sua biodegradação, o que é 21 vezes pior para a camada de ozônio que o CO2. Dessa forma, a biodegradação deve ser feita em usina de compostagem para que essa emissão seja controlada. Outro ponto destacado no veto foi que o custo da substituição das sacolas atuais pelas biodegradáveis, que são mais caras, poderia ser repassado ao consumidor. Para Miguel Bahiense o posicionamento da Assembleia Legislativa reforça o argumento de que somente com educação será possível combater o desperdício e o descarte inadequado das sacolas plásticas. “Acreditamos a sustentabilidade não se faz com banimento de nenhum produto, e sim com educação ambiental”, afirma.

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Já Santa Catarina mantém um posicionamento neutro sobre o assunto, apesar de participar de ações que incentivem o consumo responsável das sacolas. Segundo informações da Associação Catarinense de Supermercados, a instituição procura não interferir na decisão dos associados, e cada supermercado deve tomar a medida que achar conveniente. Para a entidade, qualquer que seja a ação adotada pelo estado em relação a distribuição das sacolas, deve primeiramente passar por um processo educacional. E foi em Blumenau (SC), que ocorreu o primeiro treinamento da Escola de Consumo Responsável. Lançada na cidade em junho de 2011, a ação visa formar multiplicadores de importantes conceitos como utilização consciente, reutilização, reciclagem e descarte correto. Blumenau é foi pioneira nesta iniciativa. Para tornar possível a ação na cidade, formou-se uma ampla articulação entre o governo, a sociedade civil, a indústria e o varejo. Uniram esforços a Prefeitura, as secretarias municipais de Educação e Desenvolvimento Econômico, a Secretaria Estadu-

al da Educação, Senac (Serviço Nacional de Aprendizado do Comércio), a Acats (Associação Catarinense de Supermercados), o Singavale (Sindicato dos Supermercados e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Blumenau e Região), a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Blumenau), a Plastivida instituto Socio Ambiental dos Plásticos, o Instituto Nacional do Plástico (INP) e a Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis). A Escola de Consumo Responsável é parte do Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, que envolve indústria, varejo e população na questão da responsabilidade compartilhada para o meio ambiente. O Programa chegou a diversas cidades brasileiras (São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Goiânia, Brasília, Rio de Janeiro, Recife, Florianópolis e Blumenau) e, de 2008 a 2010, promoveu uma redução de 4 bilhões de sacolas plásticas. Ele segue com o objetivo de alcançar e até mesmo ultrapassar a marca dos 30% de redução no uso das sacolinhas até 2012. PS


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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Institucional

Arte Paulo Teixeira, da Abiplast, falou sobre o futuro da petroquímica

Abiplast aponta tendências para 2015

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Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), realizou sua primeira reunião-janta de 2012, com a participação do superintendente executivo da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Paulo Teixeira. Na ocasião, Teixeira apontou as principais tendências para o setor plástico nos próximos anos, apesar dos obstáculos enfrentados. “Ou resolvemos o problema da indústria ou ela vai acabar. Mas temos que ser otimistas e olhar para frente”, disse o dirigente. Uma das principais análises de Teixeira é sobre o futuro da indústria petroquímica mundial. Ele explica que as grandes expansões de polietilenos serão no Oriente Médio e na Ásia, onde a produção de resina será puxada pela oferta e pela demanda. “Grande parte da produção mundial será consumida pela China”, reflete o executivo da Abiplast. Outra tendência estudada pela instituição é quanto ao aumento das importações de matérias-primas no Brasil, onde todo o contexto leva a crer que deverá aumentar até 2015, com uma dependência crescente pelas resinas vindas do EUA. Entretanto, alerta Teixeira, a queda na produção de resina base nafta e o aumento da fabricação americana via 36 > Plástico Sul > Março de 2012 >>

gás, acarretará também a uma redução nos preços para o Brasil, o tornando mais competitivo diante dos concorrentes chineses.

Matérias-primas alternativas

Outra tendência apontada pela Abiplast é o aumento considerável do uso de bioplásticos a nível global. Em 2010 foram consumidas 725 mil toneladas destes materiais, o equivalente a 0,2% de tudo que foi produzido no mundo. Para 2015 a expectativa é que este número dobre e que a Europa seja o principal consumidor das resinas oriundas de fontes renováveis. Apesar das soluções de bioplásticos serem 30% mais caras que as convencionais, há uma disposição do consumidor em absorver parte deste valor para ter um produto sustentável. “O consumidor está disposto a pagar 20% a mais pelo produto ambientalmente correto”, afirma Teixeira. Segundo ele, 10% dos consumidores já têm uma visão de sustentabilidade e a tendência para 2015 também é de que este número seja duplicado no mercado.

Ferramentais

A segunda palestra da noite foi conduzida pelo presidente da Associação Brasi-

leira da Indústria de Ferramentais, Christian Dihlmann. Sob o tema “A fabricação de ferramentais no Brasil e o grau de competitividade no mundo globalizado, Dihlmann fez um retrospecto da realização do evento “Encontro Nacional de Ferrmentarias”, em várias cidades brasileiras, desde o ano de 2007. “A partir desses encontros, detectamos a necessidade de não discutir apenas tecnologia, mas também definir estratégias para a manutenção e expansão de nossas empresas”, declarou. Ao fazer o chamamento para o 5º Encontro Nacional de Ferramentarias, que se realizará em maio de 2012, Dihlmann afirmou que o Brasil tem o potencial de ser uma das nações mais proeminentes do setor e que Caxias do Sul é uma das cidades brasileiras mais representativas para o segmento. “Dentro de quinze anos, nosso país poder estar entre os maiores fornecedores de ferramentarias do mundo”, destacou. O 5ª Encontro Nacional de Ferramentarias acontece dia 18 de maio, em Caxias do Sul e tem o objetivo de informar os membros da cadeia produtiva de ferramentais sobre as ações realizadas no segmento e estabelecer premissas para regulamentar e alavancar o comércio de moldes e matrizes com produção nacional. PS


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Mercado

A beleza ainda é fundamental Crescimento de lançamentos de embalagens para cosméticos é destaque de estudo da ESPM.

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entrada da mulher no mercado de trabalho, buscando igualdade profissional com a ala masculina, não retirou a vaidade feminina e seu espaço no orçamento para o consumo de produtos de beleza e saúde. Essa conclusão é baseada em pesquisa recente que aponta que os cosméticos continuam dominando globalmente e estão entre as categorias que mais lançaram embalagens, respondendo por sete das 10 principais. O destaque ficou com esmalte para unhas, que ultrapassou biscoitos doces (4ºlugar), chegando à terceira posição. Em primeiro lugar está maquiagem para os lábios, seguida por cuidado facial/ pescoço, que ocupa a segunda posição. Completam o ranking produtos para o corpo (5º), produtos para banho (6º), shampoo (7º), maquiagem para os olhos (8º), bolos e pastelaria (9º) e refeições prontas (10º), que voltou a aparecer na listagem no período. Conforme o coordenador do núcleo de estudos da embalagem ESPM, Fábio Mestriner, a volta das refeições prontas ao top ten indica que esta categoria assumiu uma dinâmica de marketing mais agressiva em lançamentos de novas embalagens e ganhou força no mercado, especialmente os sanduíches prontos e alimentos prontos congelados.

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Estes resultados foram apurados pelo Laboratório de Embalagem ESPM, com base em dados do GNPD – Mintel e apontam ainda que depois de uma queda no número de novos produtos colocados no mercado em 2011, os lançamentos de embalagens voltaram a crescer no 1º trimestre de 2012. No período, o Brasil atingiu um aumento de 16,1%, com 3.307 embalagens lançadas, contra 2.849 no mesmo trimestre de 2011. O índice alcançado pelo país ficou acima da média global de expansão, que foi de 15,9%, com 76.106 embalagens contra as 65.668 do ano anterior. Os resultados apurados, mostram que o ano começou de forma mais ativa, com as empresas levando mais produtos para o mercado. No mesmo período de 2011, o mercado nacional havia registrado queda de 2,92%, enquanto globalmente houve retração de 2,6%. Se o crescimento da demanda por embalagens para cosméticos apresenta índices de aumento em nível mundial, no Brasil, eles perderam participação. Se antes também ocupavam 7 das 10 categorias principais, agora há apenas 4 no ranking. Produtos para cabelos e maquiagem ficam na 1ª e 2ª posições, respectivamente, enquanto produtos para pele estão no quarto lugar, seguidos por sabonetes e produtos para o corpo, no quinto. Já os alimentos

respondem pelas outras seis categorias, com destaque para o chocolate, que disparou devido à Páscoa e garantiu o nono lugar. A Natura, foi a empresa que mais lançou embalagens no Brasil, seguida pelo Boticário (2º), Unilever (3º), Eliana Mariani Pelizzon (4º), Avon (5º), Puella Indústria e Comércio de Cosméticos (6º), Nestlé (7º), Dia (8º), Yamá Cosméticos (9º) e House of Fuller (10º). O posicionamento destacado nas embalagens evidencia os apelos que os fabricantes consideram atrativos para o público ou as preocupações que os indivíduos têm com os produtos que consomem. Mais uma vez, a naturalidade está destacada no item “sem aditivos/conservantes”, que ocupa a terceira posição, atrás apenas de botânico/ herbal e hidratante. Também está em evidência a preocupação com produtos éticos e biodegradáveis (4º). Completam a listagem tempo/rapidez (5º), duradouro/dura mais (6º), fácil de usar (7º), brilhante/clareador (8º), fortificado com vitaminas (9º) e vegetariano (10º). “A presença dos produtos vegetarianos entre os 10 posicionamentos mais adotados se deve ao ingresso dos supermercados na Índia, o que vem gerando uma onda de lançamentos necessários para abastecer as prateleiras com produtos pré-embalados”, conta Mestriner. PS


Plast Mix

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DIVULGAÇÃO

Expansão Leticia Jensen afirma que a unidade H&M pretende usar o PE de fonte renovável que será produzido pela DOW

De olho nas áreas de higiene e medicina Dow reestrutura área de plástico e cria unidade para aumentar a atuação em setores importantes da economia.

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om o objetivo de ampliar a sua participação nos segmentos de produtos para o público feminino e para área da medicina, a Dow criou a unidade Hygiene & Medical (H&M). Segundo a diretora de marketing da H&M na América Latina, Letícia Jensen, a companhia pretende atingir um crescimento acelerado nestes setores com índice superior a 10%. A nova unidade surgiu a partir de uma reestruturação da divisão de Plásticos de Performance da Dow, que agora é composta também pelas divisões de embalagens, elastômeros e telecomunicações. A diretora de Marketing comenta que a empresa sempre participou do setor de higiene, com produtos para absorventes. Agora o objetivo da companhia é de ampliar a sua participação nesta área e no segmento da medicina, que são nichos de mercado com grande potencial de crescimento, oferecendo novas soluções para seus clientes. Segundo Jensen a unidade H&M é global, mas acrescenta que Dow criou equipes dedicadas regionalmente para atender a necessidades específicas de cada localidade de atuação da empresa. A unidade vai atuar no desenvolvimento de soluções diferenciadas para diversos produtos de higiene, como fraldas, absorventes e produtos para incontinência adulta, e na área médica com não-tecidos para vestuário médico e aplicações cirúrgicas. Entre os mercados que a empresa atua na América Latina, a diretora de marketing comenta que o Brasil está em evidência. Ela destaca que o país tem o maior desempenho histórico e estimado da AL. “Isso em virtude do crescimento da economia brasileira e da baixa penetração destes produtos na população, principal40 > Plástico Sul > Março de 2012 >>

mente a parte de fraldas”, acrescenta. Em segundo lugar, com crescimento projetado de forma acelerada, ela aponta o Perú. A executiva informa que para produção de artigos para a área de higiene a empresa oferece alternativas em polietileno, fibras, elastômeros, adesivos, filmes e dispersões acrílicas e poliolefínicas. Salienta que algumas delas permitem que os produtos finais proporcionem conforto e praticidade aos usuários, ao oferecerem maior suavidade, elasticidade, barreira ao vazamento, entre outras características. Para este segmento a companhia apresenta soluções para a fabricação do backsheet, espécie de filme utilizado como base da fralda ou absorvente, sobre o qual são colocados os demais componentes, como o núcleo absorvente e a camada principal dos não-tecidos. Conforme a executiva, os backsheets de polietileno funcionam como barreira líquida nos produtos absorventes, contribuindo para a confiabilidade do usuário. Atualmente, muitos backsheets de fraldas são laminados com não-tecidos para conferir toque suave aos produtos finais. Na linha de elastômeros para a construção de componentes elásticos da fralda (como alças e painéis laterais), que requerem atributos como maciez, elasticidade e características de ajuste ao corpo. Entre as resinas para aplicações no setor de higiene a Dow destaca a ASPUN™, para produção de não-tecidos, que segunda a companhia propicia grande suavidade ao toque e maior conforto. Também estão entre as novidades, os plastômeros AFFINITY™, copolímeros VERSIFY™ e INFUSE™, “que oferecem maior elasticidade para um melhor ajuste ao corpo e funcionalidade”, acrescenta a empresa. Para o segmento de filmes, a indicação são as resinas de polietileno DOWLEX™ e ELITE™, que viabilizam a fabricação de filmes mais finos, garantindo ainda mais a integridade e o desempenho do produto final. As resinas ASPUN™ também são indicadas para a produção de não-tecidos

para vestuário médico. De acordo com a empresa, por mais de duas décadas, os não-tecidos fabricados com essas resinas têm se diferenciado por oferecer maciez, caimento e alongamento para melhor ajuste para vestuário descartável e para aplicações cirúrgicas. Outra solução de destaque, voltada ao mercado médico é o HEALTH+, cujo portfólio é composto por polímeros com diferentes densidades que atendem a demandas de aplicação distintas: recipientes e ampolas que resistam a uma temperatura de esterilização de até 110o C, e recipientes, ampolas e frascos que não exijam esterilização a calor. “As resinas HEALTH+ apresentam ainda outras vantagens, como ampla janela de processamento, transparência e alta flexibilidade, além de capacidade de esterilização com diferentes técnicas: a vapor, EtO (óxido de etileno) e raios gama”, acrescenta a Dow.

Sustentabilidade

Conforme Letícia Jensen, a unidade de H&M também tem entre os seus objetivos ampliar o desenvolvimento de soluções sustentáveis, para isso pretende utilizar o PE de fonte renovável, que será produzido na planta da Dow, que está sendo instalada na cidade mineira de Santa Vitória. Na nova planta da empresa, a indústria de PE via atuar integrada com a plantação de cana. O projeto está na fase de conclusão de uma joint venture, da Dow como a empresa japonesa Mitsui & Co. Ltd., que visa o desenvolvimento de soluções de produtos inovadores e sustentáveis para os mercados mundiais de produtos médicos, de higiene e de embalagens flexíveis de alta performance. Segundo as últimas informações da Dow, a engenharia e a produção de equipamentos para uma nova unidade de cana-de-açúcar em etanol foram aceleradas durante o terceiro trimestre de 2011 e estão prosseguindo de acordo com o cronograma, com o início das operações previsto para o segundo trimestre de 2013. PS


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Ford anuncia parceria com a Dow química para expandir uso de fibra de carbono em veículos

A Ford anunciou uma parceria com a Dow Automotive Systems, unidade de negócios da Dow Chemical, para pesquisar a aplicação de compostos avançados de fibra de carbono em carros de alto volume. O acordo faz parte da meta da Ford de reduzir o peso de seus veículos em cerca de 340 kg, até o final da década, para aumentar a economia de combustível. “Há dois caminhos para reduzir o consumo de energia em veículos: aumentando a eficiência da conversão do combustível em movimento e reduzindo a quantidade de trabalho que o motor tem de realizar”, diz Paulo Mascarenas, vice-presidente e chefe técnico de Pesquisa e Inovação da Ford. “A Ford está enfrentando o desafio da conversão reduzindo o tamanho dos motores com a tecnologia EcoBoost e a eletrificação. Já para diminuir a carga de trabalho, o caminho é a redução da massa e o aprimoramento aerodinâmico.” A Ford está pesquisando uma série de novos materiais, processos de design e técnicas de produção para oferecer padrões cada vez melhores de segurança e qualidade em seus veículos, junto com a redução de peso. “A redução do peso dos veículos, com foco no design inteligente e nos materiais, tem sido uma prioridade para a Dow Automotive Systems”, diz Florian Schattenmann, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Dow Chemical Systems. “A parceria com a Ford em compostos de fibra de carbono é um passo lógico dentro desse processo para ampliar o uso de polímeros leves de alta resistência e tecnologia de solda estrutural.” Os compostos de fibra de carbono têm sido usados há décadas na indústria aeroespacial e carros de corrida, devido à sua combinação única de alta resistência e baixo peso. Até recentemente, esses materiais eram muito caros para uso em produtos de alto volume.

BASF conclui projeto-piloto com sacos de lixo compostáveis em Berlim

A BASF, ao lado da empresa municipal de gestão de resíduos, Berliner Stadtreinigung (BSR), concluiu com sucesso o projeto-piloto envolvendo o uso da sacos de lixo feitos com o plástico biodegradável e compostável Ecovio® FS. Em setembro de 2011, mais de 21 mil famílias dos distritos alemães de Prenzlauer Berg e Hellersdorf receberam dez sacos para descarte de resíduos orgânicos cada uma. Além disso, a 3700 famílias em Hellersdorf foi dado um recipiente de pré-triagem para a cozinha a fim de facilitar o recolhimento de resíduos orgânicos. Aproximadamente 80% dos moradores ouvidos nas pesquisas estavam satisfeitos com os sacos para a coleta de lixo orgânico. A incidência de descartes incorretos, isto é, o número de sacolas convencionais (não-biodegradáveis) depositadas em lixos orgânicos, caiu drasticamente no decorrer do projeto. Em Prenzlauer Berg, o descarte incorreto caiu 37%, enquanto em Hellersdorf caiu até 67%. A quantidade de lixo orgânico coletado durante a iniciativa aumentou cerca de 10% no quarto trimestre de 2011. Esse aumento contraria a tendência sazonal normal: durante o mesmo período, a quantidade de resíduos orgânicos em outros bairros de Berlim caiu em 20%. Cada família participante recebeu gratuitamente os sacos para descarte de resíduos orgânicos feitos de Ecovio® acompanhados de um material informativo. Os moradores foram convidados a utilizar os sacos para recolher o lixo orgânico durante os três meses seguintes.

Romi comercializa máquinas para plástico no primeiro feirão de 2012

A Indústrias Romi S.A., líder brasileira no setor de máquinas-ferramenta e máquinas para plásticos, além de importante produtora de fundidos e usinados, realizará, nos dias 23 e 24 de março, o primeiro feirão de máquinas de 2012. Serão disponibilizados, para comercialização, 35 injetoras seminovas, de 80 a 350 toneladas, com ótimos preços. O evento será realizado na sede da Romi, localizada na Rodovia SP 304 - KM 141,5 - Santa Bárbara d’Oeste – SP. Todo o suporte, tanto técnico como comercial, será dado pela equipe da empresa, que orientará os visitantes, mostrando todas as máquinas disponíveis no local. Alguns modelos de injetoras a serem disponibilizados para venda são a Prática 80, Prática 130, Prática 170, Prática 220, Prática 380 e a Velox 220. Todas as máquinas expostas estarão disponíveis para pronta entrega e terão vantagens especiais para pagamentos à vista. Com essa ação, a companhia vai oferecer mais uma oportunidade aos clientes que querem expandir seu parque fabril com excelente custo-benefício. Durante toda a semana pré-evento, os interessados em avaliar as máquinas poderão se cadastrar pelo site www.rangelassociados.com.br/romi_feirao (imagem ao lado) ou pelo telefone (19) 3455-9050. Nos dias do feirão, o showroom estará aberto à visitação das 9h às 19h, no dia 23, e das 9h às 16h, no dia 24. 42 > Plástico Sul > Março de 2012 >>

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

Fornecedores


Moinhos MGH S 700GF supera expectativas da Seibt

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Situada em Nova Petropolis (RS), a fabricantes de moinhos Seibt tem grande potencial exportador, mas sempre com olhos voltados também a mercado interno. Conforme o Analista de Exportação, Gilson Muller, apresentado na última edição da Brasilplast, o moinho MGHS 700GF superou todas expectativas de vendas, devido a qualidade, eficiência, alta produtividade, praticidade de manutenção e por seu projeto inovador no mercado brasileiro. “A Seibt, no intuito de melhor atender ao mercado de reciclagem pós-industrial e pós-consumo, apre-

senta ao mercado, os novos componentes da família GF – Garrafas e Filmes, nos modelos 550GF, 900GF e 1100GF, além do primogenito 700GF”, explica o executivo. Segundo o Analista, o equipamento foi desenvolvido para atender as necessidades do mercado de reciclagem pós-consumo e pós-industrial, para a moagem de garrafas e filmes, este moinho é de fácil manutenção e acesso as facas e peneira, sem necessidade de utilização de ferramentas. O bocal é de articulação pneumática, o que garante segurança e nenhum esforço ao operador. “Além das características dos tradicionais moinhos Seibt, este modelo é pioneiro no Brasil na moagem de filmes por rotor sem eixo central”.

Duas décadas de crescimento estável

Prestes a completar 20 anos de vida, Alfavinil reforça a qualidade de seus produtos e atendimento personalizado aos clientes, como parte de uma filosofia de negócios que diferencia a empresa dedicada à produção de compostos de PVC na indústria Argentina. A empresa foi fundada em 1992 pelo Eng.Alberto Francica, que com mais de 30 anos de experiência no mercado começou esta jornada para a “Excelência em compostos de PVC”, em um esforço para atender às demandas de qualidade e serviço dos principais mercados transformadores de compostos de PVC, tais como condutores elétricos. Esta empresa familiar, hoje também formada pela segunda geração e uma grande equipe de profissionais, trabalha diariamente com claros valores, apostando na melhoria contínua baseada na força técnica e serviços qualificados para ajudar a desenvolver os seus negócios. A fábrica de 15.000 m2, localizado em San Martin, trabalha desde o inicio com extrusoras Krauss Maffei de alta tecnologia alemã e um laboratório muito bem equipado que permite executar testes personalizados cuprindo com os requisitos de cada desenvolvimento de projetos com base na relação custo-beneficio para o cliente. Com o foco sempre voltado ao cliente, a empresa se compromete a entregar na forma e no tempo seus compostos. Para isto, possui um planejamento ideal em termos de logística, tanto a nível nacional como no exterior, somando a isto um estoque permanente para assegurar a prestação de serviços. Além disto também dispõe de centros de distribuição em diferentes partes do país e representantes no exterior. << Março de 2012 < Plástico Sul < 43


Bloco de Notas Aumenta déficit da balança comercial da indústria do plástico

Em 2011, na comparação com 2010, o saldo negativo do comércio exterior da indústria brasileira de transformação do plástico cresceu 37,99%, passando de US$ 1,35 bilhão para US$ 1,87 bilhão. As exportações evoluíram apenas 2,63%, de US$ 1,47 bilhão para US$ 1,51 bilhão. As importações, contudo, aumentaram 19,58%, saltando de US$ 2,83 bilhões para US$ 3,38 bilhões. As informações acabam de ser tabuladas (ver gráficos e quadros anexos) pela Abiplast, cujo presidente, José Ricardo Roriz Coelho, enfatiza: “Estes são efeitos do ‘Custo Brasil’, combinados com as consequências da excessiva valorização do Real, da Selic ainda alta e do crescente assédio ao nosso mercado por parte de exportadores que estão perdendo espaço na combalida economia europeia”. No primeiro mês de 2012, os números indicam que deverá ser mantida a tendência de déficit na balança comercial do setor. Em janeiro, o saldo negativo foi de US$ 160,40 milhões, resultando de importações US$ 283,10 milhões e exportações de 122,60 milhões.

Setor plástico está entre os maiores empregadores do País

A indústria do plástico se mantém como o terceiro maior setor empregador industrial do Brasil, conforme aponta estudo realizado pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), referente ao ano de 2011. Foram 357 mil empregados no ano, contra 347 mil em 2010, o que representa um crescimento de 3%. No Estado de São Paulo, o setor é o segundo maior empregador industrial e fechou o ano com cerca de 190 mil trabalhadores. E é justamente na capital deste estado que acontece a 6ª edição da PlastShow, feira e congresso bianuais promovidos pela Aranda Eventos com o objetivo de integrar teoria e prática para promoção de avanços na indústria nacional do plástico.

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MVC pretende triplicar faturamento até 2015

A MVC pretende reduzir sua dependência de montadoras de veículos e Desde sua inauguração, em 1989, a MVC vem atuando na transformação de plásticos para a indústria automotiva, e possui clientes como Mitsubishi, Renault, TAC, Scania, Volvo, Mercedes-Benz, Guerra e Randon. Mas, faz uma década que a MVC iniciou a diversificação da sua produção, agora alavancada por um avanço na produção de componentes para a construção civil, através do sistema Wall System. Para se ter uma idéia, em 2015 a divisão de energia eólica da MVC deverá faturar cerca de R$ 40 milhões, o que é equivalente a 10% do faturamento total estimado para aquele ano. Em 2011, o faturamento no setor foi de R$ 4 milhões, representando 3% das receitas da empresa. Através da joint venture recém-anunciada com a BFG International, a MVC ingressa no setor de transportes ferroviários, produzindo, máscara frontal para locomotivas, e interior de vagões. Para triplicar o faturamento até 2015, ou seja, atingir uma receita líquida de R$ 400 milhões, a MVC deverá crescer, em média, 35% ao ano. Nesse mesmo ano, a empresa estima que 45% da receita líquida deverá provir dos serviços prestados ao setor de construção civil. A título de comparação, em 2011 a divisão de construção civil da empresa faturou R$ 15 milhões, o que equivale a 12,5% da receita líquida da MVC. Em 2012 esse número deverá corresponder a 21% do total. A MVC não deverá diminuir a produção de peças para o setor automotivo, apenas a produção de peças para esse setor deverá ter um crescimento menor do que o das outras áreas.

Vitopel aumenta 20% o volume de vendas para a Páscoa

A Páscoa de 2012 elevou as vendas dos filmes flexíveis de BOPP (Polipropileno Biorientado) da Vitopel, uma das maiores produtoras mundiais de BOPP. Em relação ao ano passado, a empresa registrou um aumento de 20% no volume de vendas das embalagens destinadas aos ovos de chocolate. A companhia fornece filmes para os principais produtores de ovos de Páscoa, desde os grandes fabricantes, até as empresas com fabricação caseira. Para o diretor comercial da Vitopel, Dirceu Varejão, um dos motivos desse crescimento é a maior aproximação com a cadeia produtiva para entender melhor as necessidades do segmento. “Temos criado mecanismos de formação de preço para dar estabilidade ao mercado sem que isto signifique perda de margem”, afirma Varejão. E completa: “buscamos ser criativos em momentos de alta de custo e maior concorrência, uma vez que acreditamos que construir uma Inteligência de Mercado será o grande diferencial neste setor.” Um dos grandes diferenciais dos filmes flexíveis é que eles são desenvolvidos para facilitarem os processos de embalagem, tanto manual, quanto em máquinas específicas para esta finalidade. Isso sem levar em conta que as características técnicas do BOPP oferecem barreiras à umidade, odores, etc, que conservam o chocolate, assim como outros produtos, por mais tempo na prateleira e, ainda, geram menos volume no descarte, por oferecerem um material de baixa espessura.

ABIQUIM lança Curso de Atualização em Sustentabilidade nas Indústrias Químicas

A partir de 3 de maio, a Associação Brasileira da Indústria Química – ABIQUIM oferecerá o Curso de Atualização: Sustentabilidade nas Indústrias Químicas. Seu objetivo é apresentar um aprimoramento das visões estratégicas e abordagens práticas de sustentabilidade empresarial, considerando as pressões mais relevantes no ambiente de negócios, principalmente do setor químico. Com isso, busca promover diretrizes para posicionamento e construção de uma agenda de ações sustentáveis para o segmento. O programa, coordenado pelo Engenheiro Mecânico, Marlúcio Borges, e pelo Engenheiro Químico, Vitor Seravalli, incluirá fundamentação atualizada, seminários, dinâmicas, apresentação e discussão de cases da indústria química, desenvolvimento de projetos de sustentabilidade e também visitas a empresas. O curso é voltado para líderes e profissionais das indústrias químicas, que desenvolvem e implementam estratégias e ações para integração da sustentabilidade.


Maurício Groke é reeleito presidente da ABRE

Maurício Groke foi reeleito Presidente da ABRE - Associação Brasileira de Embalagem. O novo mandato irá até março de 2014. Em seu segundo mandato, Maurício continuará a trabalhar em prol da ABRE e sua expansão, estando à frente dos novos projetos que priorizam o desenvolvimento do setor de embalagem em todos os elos de sua cadeia produtiva. Durante seus dois anos de mandato, o Presidente da ABRE desenvolveu importantes ações que fortaleceram ainda mais a representatividade da Associação junto ao setor. Através desse trabalho a Entidade assume cada vez mais o papel de fomentadora para a indústria brasileira, ampliando sua liderança junto ao mercado e uma maior aproximação junto às empresas, associados e seus profissionais. Entre os projetos desenvolvidos na gestão de Maurício estão o Programa de Branding que possibilitou o alinhamento da

plataforma de valor da Entidade frente ao mercado, alicerçando os quatro novos pilares da Associação que nortearão suas atividades nos próximos anos. O resultado é Integrar, Informar, Representar e Fazer Parte, quatro palavras que embasarão todas as atividades da ABRE que representa o setor de embalagens tanto no cenário nacional como no internacional. O Programa de Branding também desenvolveu a nova identidade visual da ABRE, mantendo os équites da trajetória da Associação, traduzindo esta nova dinâmica que começa a ser implementada. Executivo gaúcho assume negócios da Braskem na América Latina Após atuar em várias Unidades de Negócio da Braskem e ter liderado a Ipiranga Petroquímica, o executivo gaúcho Roberto Bischoff assumiu a Unidade América Latina (UNALA) da empresa, que contempla os negócios e projetos da Braskem na América Latina, com destaque para México, Venezuela e Peru. Bischoff também manterá sua atuação como Líder da joint-venture Braskem Idesa no México.

Tigre aposta no plástico verde

A Tigre, multinacional brasileira líder na fabricação de tubos, conexões e acessórios no país e uma das maiores do mundo, firmou uma nova parceria com a Braskem, para a compra de polietileno verde de fonte 100% renovável – o etanol. O plástico verde está sendo utilizado na fabricação da nova linha de grelhas, que passa a ser chamada de Grelha Ecológica Tigre, lançada neste mês. Esse avanço a posiciona como a primeira empresa brasileira a trazer um produto com plástico sustentável na construção civil. Além disso, a empresa investirá na renovação das embalagens desses produtos e em todas as peças no PDV, utilizando o plástico de origem renovável produzido pela Braskem. A Tecnisa é a primeira construtora a adquirir três mil unidades para instalação em seu empreendimento Viverde, em São Paulo.

Mexichem Brasil tem nova gerente de RH

A Mexichem Brasil, detentora das marcas comerciais Amanco, Bidim e Plastubos, anuncia a contratação de Maria das Graças Nunes o cargo de gerente de Recursos Humanos da companhia. Maria das Graças será responsável pela gestão de pessoas das equipes comerciais e dos colabordores de todas as unidades fabris da Mexichem Brasil e, em conjunto com os líderes regionais, responderá também pela gestão do clima organizacional. Ela também pretende desenvolver e implementar projetos estratégicos em parceria com as áreas de Remuneração, Seleção, Desenvolvimento e Treinamento, além de ser um ponto de apoio a todos os líderes da companhia. Graduada em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo) e com pós-graduação em Psicologia Organizacional pelo Instituto Sedes Sapientae em Psicologia Clínica pela USP, Maria das Graças acumula sólida experiência profissional na área de Recursos Humanos, tendo construído carreira em empresas como Sandvik, Gillette, Kraft Foods e AC Nielsen. Sua última atuação foi no Abbott Laboratórios, como gerente de RH.

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Agende-se para 2012

www.messebrasil.com.br

NPE 2012 De 01 a 05 de abril Centro de Convenções de Orange County Orlando, Flórida – EUA www.npe.org

Euromold Brasil – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentas, Design e Desenvolvimento de Produtos De 20 a 24 de agosto Pavilhões Expoville Joinville (SC) www.brasilmold.de E-mail: feiras@messebrasil.com.br

Plastshow 2012 De 10 a 13 de abril Expo Center Norte – Pavilhão Azul São Paulo (SP) www.arandanet.com.br Plast 2012 – Salão Internacional do Material Plástico e da Borracha De 8 a 12 de maio Fiera Milano - Milão (IT) www.plastonline.org

Metalurgia – Feira e Congresso de Tecnologia para Fundição, Forjaria, Alumínio e Serviços 18 a 21 de setembro Pavilhões Expoville Joinville (SC) www.metalurgia.com.br

Argenplás 2012 - XIV Exposição Internacional de Plásticos De 18 a 22 de junho Centro Costa Salguero - Prédio de Exposição de Buenos Aires(AR) Buenos Aires(AR) www.argenplas.com.ar

Mercopar - Feira de Subcontratação e Inovação Industrial De 18 a 21 de outubro Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva Caxias do Sul (RS) www.mercopar.com.br

Interplast 2012 - Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 20 a 24 de agosto Pavilhões da Expoville Joinville (SC)

Powergrid Brasil – Feira e Congresso de Energia (consumo eficiente) 27 a 29 de novembro Centreventos Cau Hansen – Joinville (SC) www.powergridbrasil.com.br


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