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Editorial Divulgação
Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Av. Ijuí, 280 CEP 90.460-200 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Gilmar Bitencourt Júlio Sortica Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio Departamento Comercial: Débora Moreira e Magda Fernandes Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: imagem promocional Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.
Ponto para nós
E
m São Paulo, as sacolinhas plásticas voltaram a ser distribuídas gratuitamente nos supermercados. Quando me refiro a “ponto para nós” no título deste editorial, não trato como “nós” participantes do setor plástico, mas sim “nós” consumidores. Porque eu, você transformador e seu fornecedor somos, antes de tudo, compradores e fiéis clientes de redes supermercadistas. Entretanto, evidentemente, temos um pouco mais de subsídios, ou seja, de informações, do que muitos outros consumidores que circulam no varejo todos os dias, sendo em determinados momentos, persuadidos a acreditar que o meio ambiente agradecerá se banirmos às sacolas plásticas do universo. O meio ambiente agradecerá se houver investimento em educação. Ele se ajoelhará em nossos pés se investirmos em coleta seletiva decente e em outras formas de reaproveitamento de materiais que são 100% recicláveis como o plástico. O assunto já foi muitas vezes debatido neste espaço, mas volto a tocar nele devido aos inúmeros e-mails que tenho recebido sobre o tema e também porque a volta das sacolinhas plásticas em São Paulo revela a fraqueza de argumentações por parte de alguns varejistas e ambientalistas. A determinação da juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 1.ª Vara Central da capital, exige que os supermercados voltem a fornecer as sacolas e também obriga a distribuição gratuita de sacolas biodegradáveis em um prazo máximo de 30 dias. Já aqui no sul do país, mais precisamente no Rio Grande do Sul, o movimento é favorável ao consumo consciente. O varejo gaúcho busca a construção coletiva de uma solução que não prejudique os consumidores e que diminua os danos ao meio ambiente. Por isso, a Associação Gaúcha de Supermercados, o Ministério Público do Estado e a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio-RS) assinaram termo de cooperação que deflagra a campanha educativa Sacola bem utilizada ajuda o meio ambiente. Com a iniciativa, uma série de ações voltadas ao uso consciente e à redução do consumo das sacolas plásticas projeta poupar 300 milhões de unidades, em seis meses, no varejo gaúcho. É evidente que a guerra não terminou. Ainda teremos muitas batalhas, já que o assunto meche com interesses econômicos. Mas vencermos esta etapa significa muito. Nós consumidores, agradecemos. Nós participantes do setor plástico, também. Boa leitura!
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PLAST VIP Rubens Travi Com mais de 40 anos de história, a Travi é pioneira da produção de plásticos de engenharia. Em entrevista à Revista Plástico Sul o diretor Rubens Travi avalia o mercado atual e evidencia as potencialidades do Brasil.
C
om a produção de 60 toneladas de plásticos transformados ao mês e 140 funcionários, a Travi Plásticos Indústriais se orgulha de ser uma das poucas empresas com nível tecnológico das grandes companhias mundiais do setor, mantendo as “raízes sólidas junto a sua comunidade”. Fundada em 1972, a empresa situada em Caxias do Sul (RS), é especializada na fabricação de peças técnicas em plásticos de engenharia e alto de desempenho. A empresa que até o mês de janeiro de 2011 atuou sob a razão de social de Autotravi, é pioneira no Brasil na produção destes materiais. A indústria se destaca em oferecer ao mercado processos de injeção, extrusão, fundição, sinterização, usinagem e matrizaria, com alta tecnologia. E processa várias matérias-primas, como nylon, poliacetal, poliuretano, polietileno de alto e ultra alto peso molecular (UHMW), policarbonato, PEEK, PPSU, PVDF, polipropileno, entre outros. Para falar sobre este tradicional setor de transformação de plásticos e sobre o mercado da terceira geração petroquímica brasileiro, entrevistamos o diretor da Travi, Rubens Travi. Com respostas objetivas o empresário falou sobre as dificuldades e sobre trajetória de sucesso de sua empresa. Na entrevista, Rubens Travi também 6 > >Plástico 06 PlásticoSul Sul> >Maio Maiode de2012 2012>>>>
faz uma análise sobre o mercado de plásticos brasileiro atualmente. Ele alerta que o país já vem há tempo passando por um processo de desindustrialização e que se tornou um exportador da materiais básicos. Porém, o empresário é otimista e salienta que apesar dos vários obstáculos que o empresariado do segmento tem enfrentado, o Brasil é um país de grandes oportunidades e que tem tudo para dar certo.
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Acreditando no país
Revista Plástico Sul - A Travi é pioneira no Brasil em fabricar plásticos de engenharia e alto desempenho. Como tudo começou? Rubens Travi - Tudo começou na década de 70, com idas a feiras na Alemanha e Itália. A partir daí começamos a montar uma processadora de plásticos industriais. Nos especializamos em produzir plásticos técnicos e de alto desempenho.
mos a ferramentaria, que foi se consolidando e hoje é fundamental para nossos negócios.
Plástico Sul - Quais foram as principais dificuldades da época e como avalia o progresso deste setor nos últimos 40 anos? Travi - A principal dificuldade na época foram os recursos financeiros que eram escassos, bem como a tecnologia. Começamos com o setor de fundição de plásticos, após veio a injeção, extrusão, sinterização e usinagem de plásticos. Neste meio tempo, desenvolve-
Plástico Sul - Quais são os principais mercados da Companhia quando o assunto é plástico? Travi - Por posição geográfica, temos uma preponderância no fornecimento ao setor agrícola, porém hoje se destaca o setor mineral, celulose e papel, metal mecânica, bebidas e tantos outros, devido a diversidade de produtos e processos. Hoje conseguimos >>>>
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PLAST VIP Rubens Travi "É outra anomalia de nosso país. Viramos um grande exportador de materiais básicos, como agrícolas e minérios, sem que se aproveite para desenvolver tecnologias, pessoas e mercados." troquímicas do mundo de origem brasileira, ou seja, temos uma exceção, pois se trata de uma empresa de nível mundial.
Com produção de 60 toneladas de plásticos transformados ao mês, a Travi possui 140 funcionários
produzir peças de gramas até uma tonelada. Plástico Sul - Dentro deste leque, o que representa cada setor e qual o que mais tem relevância para as vendas da empresa? Travi - Sem dúvida o setor mais preponderante ainda é o agrícola, porém acreditamos que outro setor que deve desenvolver de maneira significativa será o mineral, devido a vocação do Brasil de ser um grande produtor e exportador de minérios. Plástico Sul - A área da saúde tem utilizado com frequência soluções em plásticos de engenharia pelas diversas características que o material oferece. Como a empresa vê este mercado e o que ele representa para a Travi? Travi - As perspectivas na área de saúde são promissoras, porém precisamos ter uma sala asséptica para este tipo de produto, no futuro pensamos em contemplar esta alternativa. Plástico Sul - Quais foram os últimos investimentos da empresa na área de plásticos? Travi - Os últimos investimentos foram 8 > >Plástico 08 PlásticoSul Sul> >Maio Maiode de2012 2012>>>>
no setor de usinagem de plásticos, além do sistema de informática, que operacionalizam os demais setores. Plástico Sul - A empresa trabalha com exportações? Como foi o ano de 2011 para a Travi e como está o desempenho em 2012? Travi - Somente temos algumas participações pontuais, e não exportamos mais devido ao câmbio desfavorável. Houve alguns sinais de desvalorização do real, se continuar assim poderemos considerar o mercado externo como uma opção. O ano de 2011 foi razoável, porém 2012 está sendo muito complicado, pois como fornecemos para indústrias de bens de capital, há uma forte restrição no ritmo de negócios, com os empresários cancelando ou postergando investimentos. Plástico Sul - Há rumores de desindustrialização? Ela é um temor real? Travi - A desindustrialização é real e não é de agora. Ela é um processo que vem de algum tempo sem que se tenha sinal de melhorias. Vivemos em uma época de exportação de empregos. Estamos em um período de protecionismos por parte de grandes países. Plástico Sul - Como avalia os preços das matérias-primas na atualidade, bem como o fornecimento das mesmas no mercado doméstico? Travi - Com relação a matérias-primas, estamos bem servidos, com uma das maiores pe-
Plástico Sul - Como um empresário de experiência no setor, qual sua opinião sobre o mercado de plásticos de engenharia nos dias atuais? Há espaço para crescimento no Brasil? Travi - Dependemos muito do ritmo de negócios, pois plásticos de engenharia, pressupõe investimentos públicos e privados, se não temos ambiente, o ritmo de negócios diminui muito. Plástico Sul - O Brasil é um país que investe em valor agregado? Travi - É outra anomalia de nosso país. Viramos um grande exportador de materiais básicos, como agrícolas e minérios, sem que se aproveite para desenvolver tecnologias, pessoas e mercados. Em suma não avançamos na competitividade com outros países. Plástico Sul - Quais são os principais desafios e oportunidades do mercado de plásticos de engenharia? Travi - O principal desafio de plásticos de engenharia é termos um ambiente de negócios saudável. Apesar de alguns dissabores, somos otimistas com relação ao desempenho das empresas no Brasil, pois somos produtores e exportadores de alimentos e brevemente de energia com o pré-sal. Tem muita coisa a ser feita e as oportunidades estarão por aí, para quem se adequar melhor. Plástico Sul - Quais são os números da empresa? Travi - A nossa empresa opera hoje com 60 toneladas por mês de plásticos transformados e temos 140 funcionários. PS
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Indústria do RS
Cenário de desafios Em busca do crescimento, cadeia produtiva do plástico do RS se une para estimular a produção e ampliar a competitividade do setor gaúcho
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
Por Gilmar Bitencourt
Para Marin, do Simplás, elevada carga tributária continua sendo um grande desafio para a competitividade
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indústria da terceira geração petroquímica do Rio Grande do Sul (RS) fechou 2011 com algumas dificuldades, mas sacode a poeira e pretende encerrar este ano com crescimento. O Estado figura entre os quatro maiores consumidores de resinas do país e quer ampliar o seu desempenho no cenário nacional. Para isso o RS, que tem mais de 1.200 empresas de transformação de plástico, conta com um polo petroquímico moderno, além de possuir um dos principais polos de matrizaria do Brasil e está desenvolvendo uma política industrial de estímulo a produção, em uma ação conjunta entre o governo estadual e os empresários do setor. Os transformadores estão otimistas. Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Rio Grande do Sul (Sinplast), Alfredo Schmitt, a previsão para o estado é de crescimento de aproximadamente 4% do setor em 2012. A indústria gaúcha teve uma queda de 2,6% no consumo de resinas em 2011 na comparação com 2010. Por outro lado, o faturamento registrou um incremento de 4,3%, devido à recuperação dos preços dos produtos petroquímicos, parcialmente repassados ao mercado final. Em 2011, o setor faturou R$ 4.786 milhões e consumiu
511 mil toneladas de resinas. Além disso, no ano passado, o indicador de empregos sofreu desaceleração se comparado a 2010, registrando um crescimento de 1,2% - índice bastante inferior aos 6% registrados no período anterior. Ao todo o setor no estado empregou cerca de 29 mil pessoas. De acordo com Alfredo Schmitt, durante o ano de 2011, o setor no estado continuou mostrando sua pujança apesar das adversidades. Investiu mais de U$ 20 milhões em máquinas e equipamentos e teve mais de R$ 100 milhões de recursos liberados pelo BNDES. “Deste modo manteve quarta posição entre os estados que mais receberam recursos do BNDES nos últimos 3 anos”, informa. Outra boa novidade do ano, destacada pelo presidente do Sinplast, é a conquista do deferimento do ICMS para praticamente toda cadeia de transformação do RS. Ele também observa o crescimento do reconhecimento do setor pela sociedade, “seja pelo lado da sustentabilidade, ou seja, pelo lado de fazermos parte de uma importante cadeia de valor”, complementa. Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), Orlando Marin, o ano de 2011 fechou de forma positiva para o setor na área de abrangência da entidade, que conta com mais de 450 empresas. “Em nossa região tivemos um crescimento na ordem de 4,5% alavancados pelo bom desempenho de todos os segmentos, em especial o de transportes, automotivo, construção civil, embalagens e agrícola”, observa o dirigente. Ele destaca ainda que foi um ano de relativa estabilidade nos preços das matérias-primas e muita oferta de máquinas e tecnologias. O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi), João Dorval de Almeida Neto, comenta que os números registrados pelas empresas da sua região no ano passado se assemelham as estatísticas apresentadas pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). De acordo com a instituição a produção física de transformados plásticos apresentou queda de 1,5% em relação a 2010. A baixa foi motivada pelos retrocessos na produção de laminados de 3,2% e na produção de embalagens de 4,1%. “Para tanto tivemos um crescimento na demanda interna brasileira
Schmitt, do Sinplast: previsão para o estado é de crescimento de aproximadamente 4% no setor em 2012
de 6,5% em 2011 com relação a 2010, citando o mês de dezembro como estimativa. E esse crescimento foi em boa parte apropriado pelas importações, então tivemos um crescimento de mercado sim, mas uma boa parcela desse foi feita através de produtos importados”, acrescenta. Para 2012, Neto destaca que a indústria de transformação de plásticos do Vale dos Vinhedos deverá estabelecer um resultado positivo no consumo interno de seus produtos. Segundo ele, a estimativa é a de que o setor, que ampliou a contratação de pessoal no primeiro semestre, tenha crescimento médio de 10%, em relação a 2011, “decorrente da expansão da demanda da recuperação observada em 2011, depois dos efeitos da crise mundial nos dois últimos anos, deverá consolidar-se na produção, continuando sua expansão em 2012”.
Fatores impactantes
A queda do desempenho da indústria de transformação de plásticos no estado se deve a vários fatores, que impactaram o setor negativamente. Entre eles, o presidente do Simplás destaca a elevada carga tributária imposta às empresas, dificultando a competitividade das indústrias e o crescimento do setor. Na sequên- >>>> << Maio de 2012 < Plástico Sul < 11
GILMAR BITENCOURT
Indústria do RS Para Carvalho, da Maxiquim, planta de PE verde e dinâmico polo da serra gaúcha são destaques do estado
devido à dificuldade de acesso para estas empresas, provocada pela burocracia intransponível, exigências e garantias exageradas”, comenta.
Criando oportunidades
cia dos entraves, Orlando Marin elenca o alto custo da energia elétrica. Ele afirma que não é possível aceitar que este custo fique maior do que o da própria mão de obra industrial. “Além do custo de KW em nossa região ser o 2º maior do Brasil (já somos o 3º maior custo do mundo), temos que nos deparar com fatores como a obrigação de contratação da “demanda”, cujo o custo é uma verdadeira vergonha para a nossa atividade econômica, ou seja um dinheiro morto que só serve para engordar outros destinos”, desabafa. Conforme Marin, a guerra fiscal é outro ponto que tem prejudicado o setor no estado. Ele comenta que atualmente as empresas gaúchas competem com indústrias que recebem vantagens “significativas” em outros estados. “Esperamos que para 2013, isto comece a se alterar com o fim da guerra dos portos, entre outras medidas”, observa o dirigente. Schmitt, do Sinplast, salienta que as principais dificuldades enfrentadas em 2011estiveram ligadas à taxa de câmbio e às importações de produtos transformados, responsáveis no país por um déficit de balança de pagamentos de aproximadamente U$ 1,9 bi. O diretor executivo do Simplavi faz coro com dirigentes classistas do plástico gaúcho e critica a política cambial do país e alta carga tributária. Comenta que se continuar a atual dificuldade cambial, combinada com o bom ritmo de crescimento do setor industrial, as compras externas em 12 > Plástico Sul > Maio de 2012 >>
2012 ocuparão um espaço ainda maior da demanda nacional. Acrescenta que nos dois próximos anos, a China continuará sendo a maior exportadora para o Brasil, seguida dos Estados Unidos. “Os itens que nosso país mais compra no mercado externo são os laminados auto-adesivos e os filmes para as mais variadas aplicações”, informa. Neto vai além. Segundo ele, para que os números da produção, do consumo interno e das exportações sejam cada vez mais positivos, é preciso que sejam solucionados os gargalos estruturais, que vêm prejudicando o setor do plástico e a indústria de transformação como um todo. “A primeira e inadiável lição de casa é a reforma tributária, que não pode mais ser postergada”, frisa. Outro fator apontado pelo diretor é a necessidade da redução dos juros/ spread, “cujas taxas elevadíssimas aumentam os riscos econômicos do investimento, afetando-o por três vias: ao agravar as despesas financeiras, minando os recursos a serem investidos; ao inibir a demanda dos produtos industriais; e ao estimular a especulação financeira”. Neto acrescenta que os impostos e juros “escorchantes” são os grandes obstáculos a serem solucionados, em especial para as pequenas e médias empresas, que constituem a maioria do parque industrial transformador do plástico do país. Comenta que existe escassez de recursos próprios por parte das empresas. “Carência ainda não sanada integralmente pelas linhas de crédito do BNDES,
Para vencer este quadro de dificuldades é preciso agir. Foi o que os três sindicatos do setor no estado fizeram. Em conjunto com o Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha no Estado de RS (Sinborsul) e representantes da área petroquímica, desenvolveram um amplo trabalho junto com o governo estadual no sentido de se criar uma política de incentivo ao setor plástico. Segundo o presidente do Sinplast foram oito meses de trabalho, até o anúncio das medidas pelo governo. “Mas agora esperamos pela implementação desta política”, salienta Schmitt. O trabalho fez parte de uma série de atividades com grupos setoriais, que resultaram em uma Política Industrial recentemente lançada pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul. O programa inclui medidas dirigidas ao desenvolvimento competitivo de 22 setores estratégicos da produção gaúcha, onde 64% das ações são direcionadas a setores tradicionais, entre eles o plástico, e 36% à nova economia. O principal objetivo da política é dinamizar a presença de empresas e cooperativas gaúchas nos mercados interno e externo, ampliando a estrutura produtiva da indústria local. Para a elaboração da Política 600 pessoas foram ouvidas em 170 reuniões. Ao total 267 ações envolvem o programa anunciado, onde 213 são específicas para determinados setores, 51 são transversais e 13 são ligadas a agro indústria. Já estão em andamento163 ações e 104 estão programadas para iniciar. Um dos exemplos de ações específicas está ligado aos setores plástico, petroquímico e de borracha. Trata-se de uma medida para fortalecer os Arranjos Produtivos Locais (APLs), através do apoio ao arranjo do plástico e da borracha com relação a sua estrutura de governança, além da elaboração do Plano >>>>
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Indústria do RS
de Desenvolvimento. Outras medidas que dizem respeito à indústria Petroquímica, Produtos de borracha e material Plástico são: elaboração de um plano estratégico para estabelecer ações de marketing estratégico através da participação em feiras, road show, rodadas de negócios, folders de divulgação; promoção e apoio de rodadas de negócios e a participação das empresas. O presidente do Simplás também destaca a participação da entidade na elaboração do Programa. “Estivemos sempre presentes juntamente com o Simplavi, Sinplast, Braskem, e Sinborsul em todas as fases do projeto”, salienta. Marin observa a coordenação da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, desde a quantificação dos setores, do estabelecimento das maiores necessidades até chegar à elaboração final do programa. “Esta não é uma política só para o plástico, mas sim de toda a indústria do Rio Grande do Sul”, acrescenta. De acordo com Marin, cabe agora cada empresa buscar o melhor enquadramento “seja diretamente no plástico, mas também no metalmecânico, naval, moveleiro, inovação e outros, caso estes ofereçam maior benefício dentro do programa”. João Neto, do Simplavi, se mostra menos eufórico com o atual estágio da Política Industrial do Governo do Estado.
Em busca de crescimento
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Severo Martins, da AGDI: meta é fazer o setor crescer 5% acima da média do segmento no país
“Infelizmente nosso projeto de APL - Peças Técnicas de Plástico e Borracha não foi selecionado pela AGDI, e não temos incentivos e muito menos melhorias nas políticas Tributárias, Fiscais, Legais e Financeiras”, destaca. O diretor adjunto de Promoção Comercial e Atração do Investimento, da AGDI), José Antônio Severo Martins, confirma que o APL do plástico ainda não foi selecionado, “temos que esperar o próximo edital”. Segundo ele, até o momento as ações que estão sendo implementadas, são participações em feiras, como a Expo Peru e a Fispal. Martins explica que há atividades que ainda não tem previsão para serem implementadas.
A tarefa para ampliar o desenvolvimento do estado não é fácil. Segundo Otávio Carvalho, da Maxiquim, o cenário é de desafios. Conforme o especialista, a indústria de transformação gaúcha depende muito do desempenho da economia do estado, que vem perdendo espaço para outras regiões, como o Norte e Nordeste, devido principalmente a desaceleração do setor primário gaúcho. Ele acrescenta ainda que o RS, devido à sua posição geográfica sofre também com a competição acirrada com a Argentina. “O Brasil tem superávit com a Argentina, mas o RS tem déficit com este país, que é destino importante das vendas do estado do Sul”, acrescenta. Outra observação do consultor é falta de competitividade do estado gaúcho frente as unidades da Federação que tem seus portos com incentivos, adquirindo matéria-prima com valor mais baixo. Carvalho salienta que o polo petroquímico de Triunfo é um alavancador do setor no estado, mas observa que menos de 10% das resinas produzidas no polo são destinadas para o RS, o restante vai para outros estados e para exportação. 14 > Plástico Sul > Maio de 2012 >> 14 > Plástico Sul > Maio de 2012 >>
“O programa não é uma ação estanque. Todo ano vamos ter revisão para adequá-lo sempre a necessidade do mercado, que é muito dinâmico”, comenta. Conforme Martins, a meta é fazer o setor crescer 5% acima da média do segmento no país. “Este é um número desafiador, mas possível”, fala o diretor, que observa que este foi um primeiro passo de uma longa caminhada. Otávio Carvalho, da Maxiquim, empresa de consultoria que atua na cadeia produtiva do plástico, vê com bons olhos a Política Industrial anunciada pelo governo do estado, mas acha que faltou ousadia. Ele fala que o programa está muito focado em pólo de saúde, de alta tecnologia e com grande incentivo para o polo naval no RS. “Mas o plástico ficou em segundo plano, não tem uma posição mais definida nesta Política Industrial. Então, mesmo a partir deste programa, não vejo perspectivas muito positivas”, salienta. O consultor destaca que o RS tem potencial para fazer crescer a indústria do plástico. Fala que o fato de o estado ter um pólo petroquímico é um elemento impulsionador. “Além disso, o estado tem a maior planta de plástico de fonte renovável do mundo, em via de receber outro grande investimento”, salienta. Carvalho também destaca que o estado tem na região da Serra um polo dinâmico de peças técnicas e de materiais de alto desempenho, que pode impulsionar uma indústria de alto valor agregado. “Trabalhando em todas essas frentes, junto com o governo, com programas atraentes e ousados, o estado tem todas as possibilidades de voltar a ser um protagonista na indústria do plástico no Brasil”, acrescenta.
A força do Polo
O Polo Petroquímico de Triunfo é outra referência do estado na cadeia produtiva do plástico. Berço do polietileno verde, coloca o RS em destaque na produção de petroquímicos e resinas, com dois centros de tecnologia e inovação, que receberam investimentos na ordem R$ 350 milhões. Mais de 200 pessoas, entre pesquisadores e técnicos, compõem a equipe, que conta ainda com onze laboratórios para o desenvolvimento de produtos, processos e aplicações em parceria com clientes.
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A produção do Polo começa com a nafta, que é a matéria-prima básica para toda cadeia de produção. Dela derivam o Eteno, Propeno, Butadieno, MTBE e solventes, que a Unidade de Insumos Básicos da Braskem (Unib) produz e fornece para outras empresas do Polo: Braskem Unidades de Polímeros, Lanxess, Oxiteno e Innova. A White Martins é a empresa responsável pelo fornecimento dos gases industriais necessários ao processo. A unidade de polímeros da Braskem, instalada no polo gaúcho, tem capacidade para produzir anualmente 760 mil toneladas de polipropileno e 1,35 milhão de toneladas de polietilenos. Segundo o Gerente de Relações Institucionais da empresa, João Freire, as resinas produzidas pela companhia em Triunfo são destinadas para praticamente todo o país, especialmente para as regiões Sul e Sudeste e para exportação. Do total produzido na unidade gaúcha, o gerente informa que cerca de 9% é consumido no próprio estado.
PE verde
Pioneira na produção de plástico de fonte renovável, a Braskem conta com uma planta de PE verde, em Triunfo, que possui capacidade produtiva de 200.000
João Freire, da Braskem: Além do PE Verde, grade de PP para Melt Blown produzido na unidade gaúcha foi destaque em 2011
toneladas por ano. De acordo com Freire, os segmentos de embalagens para produtos alimentícios, cosméticos e higiene & limpeza são os que mais se destacam no consumo da resina, “que também é utilizada no setor de varejo, construção-civil, agro e muitos outros”. Nesta linha sustentável, o executivo comenta que em 2011, a Braskem, em parceria com importantes clientes, lançou ao mercado novas aplicações do PE verde com o selo “I’m Green”. Ele destaca que o diferencial dessa resina é a captura de CO2 da atmosfera, “contribuindo assim para o meio ambiente com a redução dos gases do efeito estufa”, acrescenta. Conforme o gerente, já existe uma maior procura do PE verde no país, mas a Europa ainda é hoje o maior mercado para este produto. Atualmente a >>>>
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Indústria do RS Braskem exporta cerca de 80% da produção do polietileno de fonte renovável e o restante é destinado ao mercado nacional, “o que é bastante significativo”, comenta. Alguns produtos de PE Verde que já podem ser encontrados no mercado brasileiro são frascos de Activia da Danone, embalagem do Sundown da J&J, Estojos escolares da Faber-Castell, Embalagens do Papel Higiênico Neve da Kimberly-Clark, sacolinhas de supermercado do Zaffari, sacos de supermercado para hortifruti da Acinplas, entre outros. No mercado externo, Alemanha, França, Japão e EUA se destacam como grandes consumidores mundiais de biopolímeros. Outro produto que ganhou relevância no mix de produção do Rio Grande do Sul em 2011 foi o grade de polipropileno para Melt Blown, aplicado no mercado de não tecidos. “Esta resina está tendo excelente aceitação no mercado europeu e latino americano”, comenta o executivo. Entre os últimos investimentos realizados pela empresa no polo petroquími-
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co de Triunfo, Freire destaca a construção da nova planta de Butadieno da Braskem, iniciada em 2011, que exigiu investimentos de R$ 300 milhões. A planta, que começou a operar em junho deste ano, tem capacidade de produção de 103 mil toneladas/ano. Entrou em operação 14 meses após o início das obras. No período, gerou 1,8 mil empregos. Segundo o executivo, a unidade já está operando na sua capacidade máxima de produção e está recebendo os últimos retoques, que envolvem a pintura e atividades de acabamento. “A inauguração da unidade está prevista para o próximo mês”, informa.
Mais novidades
Outro grande investimento anunciado em 2011, para o polo de Triunfo, é a ampliação da Planta da Innova. Com o investimento estimado em US$ 250 milhões, a empresa controlada pela Petrobras vai duplicar a sua capacidade de produção anual de etilbenzeno e de estireno no Rio Grande do Sul, atualmente assim
distribuída: 270 mil toneladas de etilbenzeno e 260 mil toneladas de estireno. A estimativa é que a nova planta esteja em plena operação no segundo semestre de 2014. Como se trata de uma ampliação, ela vai gerar 10 empregos diretos e 150 indiretos ligados à operação, mas o volume de novos postos de trabalho deve crescer à medida que os clientes ampliarem as compras de matéria-prima e também aumentarem a sua produção. Criada em 1996, a Innova entrou em operação em 2000 com a unidade de Estireno. A planta fazia parte da estratégia da antiga controladora - a multinacional argentina Perez Companc (PeCom) - de expandir seus negócios em diversos países da América Latina. Por isso foi instalada em posição estratégica para o Mercosul, numa área de 25 hectares, no Pólo Petroquímico de Triunfo/RS. Em 2003 a Innova teve sua composição acionária alterada pela primeira vez, quando a PeCom Energía, na Argentina, foi comprada pela Petrobras dando >>>>
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Indústria do RS origem à Petrobras Argentina. Em abril de 2011 houve nova alteração acionária e a Innova passou a ser controlada integralmente pela Petrobras (Brasil). A Innova é uma das principais petroquímicas de segunda geração do país que produz e comercializa estireno e poliestireno atendendo ao mercado nacional e internacional. “É a única empresa do setor petroquímico brasileiro a possuir unidades totalmente integradas de Etilbenzeno, Estireno e Poliestireno no mesmo site”, destaca a empresa. No ano de 2010, seu faturamento atingiu R$ 1.147.587 mil.
Ferramentarias lutam por competitividade
Situado na Serra Gaúcha, o polo matrizeiro do estado é um dos mais expressivos do país. Está diretamente ligado ao setor plástico. Segundo o presidente da Virfebras, associação que representa os ferramenteiros da região, Gelson Oliveira, em torno de 80% dos moldes produzidos pelo segmento é destinado para atender a indústria de transformação de plásticos. Além de atender os transformadores do RS, o polo gaúcho também fornece matrizes para empresas de todo o Brasil e uma pequena parcela atende o mercado externo. Oliveira estima que 35% dos moldes produzidos na localidade são para atender as indústrias do próprio estado, 35% vai para São Paulo, 20% para Minas Gerais e 5% para outros estados brasileiros. E 5% são exportados para países da América do Sul. Assim como ocorreu com o setor
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plástico, os ferramenteiros do estado sofreram com as agruras de 2011. De acordo com o presidente foi um ano extremamente difícil para a categoria, devido ao grande aumento das importações de moldes asiáticos. “Tendo como fatores determinantes em sua competitividade o custo do aço, da mão de obra e da carga tributária praticados nestes países, equivalente a 40% dos custos praticados no Brasil”, informa Oliveira. Entre os pontos positivos do ano o dirigente aponta as medidas que estão sendo adotadas pelo Governo Federal no sentido de dar mais competitividade aos empresários do país. Segundo Oliveira, o Poder Executivo está se conscientizando de que está ocorrendo um processo
Para Gelson Oliveira, da Virfebras, importação de moldes asiáticos dificultou desempenho no ano passado
de desindustrialização no país. Já entre os fatores negativos do período, o dirigente destaca a alta carga tributária, o valor do aço ferramenta e também a falta de profissionais qualificados. Diz que a meta para 2012 é continuar buscando um equilíbrio para competitividade. A questão da importação de moldes foi um dos temas principais do 5º Enafer, Encontro de Ferramentarias do país, que foi realizado em Caxias do Sul (RS). De acordo com Oliveira, o evento reuniu 200 empresários do setor. Na ocasião foi debatido o ingresso de moldes usados no Brasil, sem imposto de importação. Inclusive foi apresentada toda linha automotiva de um automóvel que não era mais produzido no seu país de origem. “Pois já era obsoleto e passou a ser fabricado e vendido no Brasil como carro de última geração”, desabafa o presidente. Ainda de acordo com Oliveira o 5º Enafer trouxe resultados positivos, sendo que uma semana após o encontro, foi realizado uma reunião no MDCI, com a Associação Nacional dos Ferramenteiros, a Abinfer, “onde pleiteamos um assento no APL nacional e juros de 4,5%, para o Finame de moldes. Também a extinção da Portaria 84-10, que permite a importação de moldes usados, sem imposto de importação”, informa. PS
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DESTAQUE Feedback Consolidando-se como uma dos maiores recicladores do material em nível mundial, Brasil apresenta ainda crescimento na produção de resinas PET, a uma média de 10% ao ano na última década, impulsionada pelo aumento de renda da população e pela expansão do consumo.
Indústria do PET avança na área de reciclagem
O
Brasil mantém a sua posição entre os líderes da reciclagem de PET no mundo. Em 2011, o País deu a destinação correta a 294 mil toneladas de embalagens de PET pós-consumo, de um total de 515 mil fabricadas no País, o que representa 57,1% das embalagens descartadas pelo consumidor. Os números do 8.º Censo da Reciclagem do PET no Brasil, divulgados pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), também trazem outros dados animadores.
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O volume total reciclado em 2011 corresponde a um aumento de 4,25% em relação às 282 mil toneladas recicladas em 2010. Esse índice é mais do que o dobro do crescimento registrado na produção de novas embalagens, que mesmo enfrentando a crise mundial, foi de 2% em 2011. Atualmente, com faturamento de R$ 1,2 bilhão, a reciclagem responde por mais de um terço de todo o faturamento da indústria do PET no Brasil. “Isso mostra que, apesar das dificuldades em relação à coleta seletiva, o trabalho da indústria,
no sentido de gerar demanda para o PET reciclado, contribui fortemente para o desenvolvimento da atividade”, afirma o presidente da Abipet, Auri Marçon. “Além disso, coletamos, reciclamos e aplicamos o material reciclado em nosso próprio território. Não exportamos as embalagens pós-consumo, como fazem algumas nações desenvolvidas, que têm bons sistemas de coleta, mas enviam seus resíduos sólidos urbanos para serem reciclados em países em desenvolvimento”, afirma. O mercado têxtil continua sendo o >>>>
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principal destino de todo do PET reciclado no Brasil. O setor responde pelo uso de aproximadamente 40% de todo o material. O segundo lugar, com 18% cada um, é dividido entre os setores de embalagens e o de aplicações químicas. “A indústria têxtil continua sendo a grande aposta, mas nos chama a atenção o fantástico crescimento da utilização do PET reciclado na fabricação de uma outra embalagem, o chamado bottle-to-bottle, que teve vários projetos lançados nos últimos dois anos”, destaca Marçon. O potencial de todos esses mercados é confirmado pelos 409 recicladores entrevistados. Desses, 42% afirmam que o setor têxtil continuará apresentando o maior crescimento na utilização do PET reciclado. Para outros 33%, as embalagens de alimentos representam o segmento mais promissor para a reciclagem do PET. A novidade é que 8% desses recicladores acreditam que as aplicações técnicas para o mercado automotivo ganharão destaque nos próximos anos. “Hoje, apenas 10% dos municípios brasileiros fazem coleta seletiva. E as garrafas PET que poderiam se transformar em outros produtos e evitar impactos ambientais vão parar no lixo, nos aterros sanitários”, lamenta Marçon. Ele destaca que várias entidades vinculadas ao setor se uniram numa Coalizão Empresarial para elaborar um acordo setorial e, junto com o governo, contribuir para a criação de políticas públicas. Apesar dos problemas, Marçon diz que um dos diferenciais do 22 > Plástico Sul > Maio de 2012 >>
Censo da Reciclagem foi divulgado na I Conferência Internacional da Indústria do PET, que reuniu mais de 340 participantes
Brasil é que o País coleta, recicla e aplica a resina reciclada. Ele conta que países como Japão e Alemanha têm altos índices de coleta, mas que desovam o PET em países asiáticos e africanos para serem reciclados. O Japão, por exemplo, tem uma taxa de coleta de 80%, mas não recicla, descartando na China e na Coreia do Sul, comenta. No Brasil, as indústrias recicladoras contam com uma capacidade ociosa de 26,5%, que poderia ser preenchida com o aumento da coleta seletiva.
Produção da resina
Para 2012, a estimativa da Abipet é que ocorra uma desaceleração da taxa de crescimento da reciclagem de PET, em função de desaquecimento da economia. “Devemos crescer perto da expansão do PIB, com taxa inferior a 2,5%”, acredita. O mesmo deve acontecer com a produção da resina virgem. Nos últimos 10 anos, a produção de resinas PET cresce a uma média de 10% ao ano, impulsionada pelo aumento de renda da população e pela expansão do consumo. A maior parte da fabricação nacional sai da unidade do grupo italiano Mossi & Ghisolfi (M&G), no Complexo de Suape. Da demanda de mercado de 572 mil toneladas registrada em 2011, 515 mil
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toneladas saíram da unidade pernambucana. O restante é importado de países como Uruguai, Argentina e Paraguai.
Bicicletas de garrafas pet recicladas
As bicicletas feitas com garrafas pet adquiridas pela Polícia Militar para o patrulhamento da Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo, durante a Rio+20, são fabricadas pela empresa brasileira Imaplast Indústria e Comércio de Moldes. Segundo o chefe do Escritório de Assessoramento Técnico (EAT) do Estado-Maior da PM, tenente-coronel Mauro Cesar de Andrade, os veículos são submetidos a testes que provaram a resistência do ma-
terial. - Nos testes de fábrica, a bicicleta demonstrou uma resistência impressionante. Ela foi jogada do 20º andar de um prédio, resistindo ao impacto como se nada tivesse acontecido. O mesmo ocorreu quando um caminhão passou por cima dela. Bastou desdobrá-la e estava pronta para uso. Resiste bem até quando cai em buracos - contou Mauro. Para fazer cada quadro da bike são necessárias 200 garrafas pet trituradas. O militar explica que o material se transforma em "quadradinhos de cristal" e, em seguida, é despejado em fôrmas com o formato do quadro da bike e colocado numa prensa em alta temperatura. Elas não são soldadas e a sua coloração é feita por meio
Ulrich Thiele, coordenador da PRF, e Auri Marçon, presidente da Abipet, durante o evento
de pigmentos injetados durante o processo de moldagem. Portanto, elas não são pintadas. A ideia de fazer as bicicletas com o material reciclado - além de pets, podem ser utilizados potes plásticos de cosméticos - surgiu na cabeça do artista plástico, escultor e inventor, o uruguaio Juan Muzzi, dono da Imaplast Indústria e Comércio de Moldes, como maneira de protesto pelo lixo lançado nas ruas. Foram 10 anos de estudos para criar as bicicletas que levam o nome do inventor: são Muzzi Cycles. Com garantia de um ano, as bikes não enferrujam. Além do material reciclado, elas têm polipropileno, náilon e ABS. O uruguaio esta morando Brasil, há mais de 40 anos e, apesar de registrar as bicicletas no seu nome, elas são mais conhecidas como eco bikes. O novo esquema de segurança será feito pelo Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) e vai durar apenas o período da Rio+20. Depois disso, a PM avaliará o desempenho das bicicletas. Segundo Mauro, a ideia é de que conceitos como responsabilidade social e sustentabilidade sejam aplicados no dia a dia da Polícia Militar, adotando o Ecopoliciamento. Cada bicicleta custa R$ 850. - Se der tudo certo, vamos comprar mais 30 delas para substituir o policiamento a pé. PS
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Eventos
Faltando poucos meses para a Interplast 2012, organizadores comemoram a atração de expositores e visitantes internacionais e a apresentação de tecnologias e lançamento.
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Quase na hora E
ntre os dias 20 e 24 de agosto, acontece, nos pavilhões da Expoville, em Joinville/SC, a 7ª edição da Interplast – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico. Em 2012 a Interplast reune expositores e visitantes de mais de 20 países, que compartilharão o que há de mais moderno e inovador em produtos e serviços para o segmento plástico. Realizada pelo Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina (Simpesc) e organizada pela Messe Brasil, a feira é um importante canal de relacionamento e negócios para o segmento e abrange empresas de todos os portes, no momento econômico de crescimento desse segmento. “Para fortalecer o setor plástico continuamente é necessário promover o crescimento dos segmentos demandantes, desonerar o investimento, reduzir o custo de capital e melhorar a qualidade de como os tributos são cobrados. Com um apoio maior à pesquisa e inovação e criação de excelência para formação da mão de obra, o setor pode e vai crescer muito”, acredita Albano Schmidt, presidente do Simpesc. Ele aposta na Interplast como evento esperado pelo o setor plástico, por propiciar às empresas uma excelente oportunidade de se aproximar de seus clientes, apresentando novidades, lançando produtos e divulgando soluções. “A presença em um evento desse porte consolida a marca e fortalece a empresa diante de seu público-alvo”, acrescenta. Estrategicamente realizada em Joinville, cidade localizada na região que é um dos maiores polos do plástico e corredor comercial da América Latina, a Interplast facilita o contato entre os profissionais e
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empresas da área e contribui para o desenvolvimento do setor. Em sua última edição, reuniu 500 expositores e recebeu 25 mil visitantes, vindos de 19 países e 23 estados brasileiros. Em 2012, além dos expositores nacionais, empresas de países como Alemanha, Canadá, China, EUA e Taiwan já confirmaram participação na feira. Simultaneamente à Interplast, acontecem a primeira edição da EuroMold Brasil – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentas, Design e Desenvolvimento de Produtos, e o Cintec 2012 Plástico – Congresso de Inovação Tecnológica.
Palestras
O Cintec 2012 Plásticos – Congresso de Inovação Tecnológica preparou, para a edição deste ano, 20 palestras e seis minicursos. A proposta é promover a integração entre profissionais da indústria de transformação de plástico, compartilhando boas práticas e experiências enriquecedoras e tendo como foco a inovação. No dia 21 de agosto, é a vez de Júlio Dias do Prado, especialista no Núcleo de Inovação Tecnológica da Sociesc, ministrar sua palestra com o tema “Rede de Serviços Tecnológicos do Sibratec para o
Albano Schmidt, do Simpesc: “A presença em um evento desse porte fortalece as empresas”
setor de transformados plásticos”. Prado é mestre em engenharia mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e tecnólogo em automação industrial pelo Instituto Superior Tupy/ Sociesc. Possui experiência profissional em atividades de gestão da inovação, gerenciamento de projetos e consultoria tecnológica para adequação de produto. Em sua fala, Prado vai apresentar a Rede de Transformados Plásticos (RTP), explicando o seu arranjo institucional e abordando o objetivo e foco de atuação. “Vamos mostrar as linhas de atuação da Rede para o setor de transformados plásticos do país, além de apontar as demandas a serem atendidas e exemplificar os serviços oferecidos através de ensaios que estão em desenvolvimento ou que já foram implementados”, resume Prado.
Solvay
Um dos palestrantes do congresso será >>>>
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Eventos da Solvay, empresa líder mundial na produção de plásticos inovadores e de alto desempenho. Felipe Albuquerque Medeiros é engenheiro de materiais formado pela UFSCar e está há seis anos na empresa. Atua como responsável pelo desenvolvimento de aplicações e mercado de ultrapolímeros (família de plásticos especiais). O tema de sua palestra, “Plásticos de alto desempenho e ultrapolímeros em aplicações de atrito/abrasão nas indústrias automotiva, mecânica e petroquímica”, abordará a substituição de componentes metálicos por peças injetadas em plásticos especiais. Medeiros vai explicar o desempenho, apontar as propriedades de interesse e falar sobre a excepcional resistência térmica, mecânica e ao desgaste desses materiais. O palestrante ainda vai citar outro ponto importante, que são as vantagens da conversão metal/plástico. A palestra será realizada no dia 21 de agosto, a partir das 17h. O Cintec 2012 Plásticos acontece na Expoville, em Joinville/SC, em paralelo à Interplast. PS
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Feiplar & Feipur promete impulsionar indústria dos plásticos de alta performance na América Latina
Cerca de 250 expositores nacionais e internacionais participarão, de 06 a 08 de novembro de 2012, da sétima edição da Feiplar Composites & Feipur - Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia. O evento ocorre no Pavilhão Verde do Expo Center Norte, em São Paulo, SP. São aguardados mais de 14 mil visitantes. A entrada é gratuita para a exposição e todos os eventos simultâneos. A Feiplar Composites & Feipur mostrará novidades em produtos acabados, e matérias-primas e equipamentos para a fabricação de peças em Composites/Plástico Reforçado, Plástico de Engenharia e Poliuretano. Além das novidades dos expositores, os visitantes podem participar do Congresso Internacional de Composites, Congresso Internacional de Plásticos de Engenharia e do Congresso Internacional de Poliuretano, que serão realizados em paralelo aos três dias de evento. Simultaneamente à Feiplar Composites & Feipur acontecerão 9 painéis setoriais, que terão o objetivo de apresentar, especificamente, as inovações de Composites, Plástico de Engenharia e Poliuretano para diversos segmentos industriais: construção civil, ambientes agressivos, automotivo, aeroespacial, energia eólica, isolamento térmico, náutico, espumas flexíveis e sustentabilidade. Outro evento paralelo são as demonstrações técnicas gratuitas, realizadas nos três dias com o objetivo de apresentar, na prática, as performances de matérias-primas, equipamentos e processos em composites e poliureano.
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Internacional
Grande interesse na K 2013, em Düsseldorf
N
a feira K'2013, que acontece entre os dias 16 e 23 de outubro, em Dusseldorf (Alemanha), a demanda por exposição de superfície tem aumentado significativamente. A feira continua com o extraordinário sucesso da edição de 2010. Segundo os organizadores do evento, após o encerramento oficial do registro no final de maio, parece que toda a indústria de maior prestígio internacional de plásticos e borracha estará na feira em outubro do próximo ano. A demanda por tamanhos de estande aumentou significativamente e muitos expositores querem aumentar sua presença na feira. Os 19 pavilhões do evento em Düsseldorf serão totalmente ocupados. Para Werner M. Dornscheidt, Presi-
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dente da Direção-Geral da Messe Düsseldorf, o grande interesse de todo o setor confirma a excelente situação da K em Dusseldorf. " A K 2013 irá proporcionar uma visão abrangente do mercado mundial em mudança e mais uma vez apresentar uma série de inovações impressionantes. Sabemos que muitos dos nossos expositores preparam suas apresentações e desenvolvimentos de produtos com grande pressão. De Düsseldorf enviamos impulsos para o futuro do setor em todo o mundo! " Cerca de 3.000 expositores vão participar na K 2013. Serão especialmente bem representados, mais uma vez, os fornecedores de Alemanha, Itália, Áustria, Suíça e os EUA. Novamente aumentou o número de fabricantes asiáticos da
China, Taiwan e Índia. “K makes the difference" - o lema do próximo evento é um reflexo do programa. A Feira K, em Düsseldorf, é o termômetro de tendências e o Fórum de Inovação do setor a cada três anos onde são apresentados em seus mais recentes desenvolvimentos e tecnologias otimizadas. As criações apresentadas pelos expositores são complementados por uma exposição especial intitulada "Os movimentos de plástico". Aborda todos os aspectos das questões de mobilidade - desde a construção leve em mercados aeroespacial, automotivo e de construção naval, eletro-through para a mobilidade individual e comportamento moderno durante o tempo de lazer. PS
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Pesquisa
ABRE apresenta estudo sobre o setor de embalagem
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O
Comitê de Assuntos Estratégicos da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem finalizou a pesquisa “A visão do setor de embalagem sobre a EMBALAGEM”, coordenada por Fabio Mestriner. A ação tinha como principal objetivo entender a percepção e visão do profissional do setor em relação à embalagem, mediante temas relevantes e segmentou os participantes pela sua inserção dentro da cadeia produtiva de embalagem, incluindo indústria de bens de consumo. Com esta segmentação as análises apontaram as diferentes visões propiciando ainda mais qualidade ao trabalho realizado. Uma das conclusões da pesquisa apon-
ta que segundo a visão dos profissionais de embalagem, a relação do consumidor brasileiro com as embalagens é cercada de incompreensões, pois ao mesmo tempo em
que o consumidor valoriza a praticidade das embalagens, não reconhece a sua funcionalidade e na maioria das vezes não aproveita as informações inseridas na embalagem para melhorar suas escolhas. Outro dado que chamou a atenção mostra que os benefícios e a contribuição social da embalagem na democratização do consumo não são reconhecidos e valorizados. A proeminência do tema sustentabilidade foi o grande destaque nas preocupações do setor, pois este reconhece a grande desinformação dos consumidores e conceitos equivocados sobre os impactos da embalagem no meio ambiente onde os próprios profissionais tem dificuldade em reconhecer que os índices
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de reciclagem de embalagem no Brasil são compatíveis com os índices internacionais. 87,50% dos entrevistados, profissionais de indústrias fabricantes de embalagem, de bens de consumo e agências de design, afirmam que os aspectos ambientais não são corretamente comunicados na embalagem. Os dados coletados também mostram que estes profissionais acreditam que 50% das embalagens pós-consumo são recicladas no Brasil e 72% pensam que para melhorar este índice deve-se investir em educação ambiental. O emprego de informações sobre o descarte e reuso correto das embalagens, bem como a divulgação em mídias de massa, também são consideradas eficientes por, respectivamente, 67,75% e 63,25% dos participantes. Outro dado relevante mostra que 63% do público pesquisado acredita que até 50% do lixo urbano é composto por resíduos orgânicos e do total de entrevistados, 79% acreditam que a responsabilidade sobre a coleta das embalagens deva ser compartilhada e somente 20,50% acham que ela deva ser somente do fabricante do produto. 93% dos entrevistados afirmam que a embalagem é importante para a democratização do consumo, confirmando a importância estratégica da embalagem na educação ambiental do consumidor, porém como atributos 80% citaram a conservação do produto, seguido por praticidade/conveniência (79,04%), proteção (73,48%) e evitar desperdícios (52,78%). Na outra ponta, “contribuir para o meio ambiente” como atributo foi citado por cerca de 23% dos pesquisados. Os resultados da pesquisa evidencia-
ram ainda a necessidade de melhorar a informação disponível sobre a embalagem, divulgando sua contribuição para a sociedade. É quase unanimidade a certeza que a embalagem é relevante para a construção da cultura de consumo de um país, sendo um dos itens mais relevantes na decisão de compra. Prova disso é que quase 80% dos pesquisados acreditam que a embalagem contribua para o desenvolvimento econômico do país ao gerar emprego, renda e consumo, evitar desperdícios e ser fundamental no transporte e distribuição de produtos. Segundo 65% dos entrevistados, o alto custo tributário ainda impede o Brasil de ter embalagens mais convenientes. Em seguida são citados alto custo da matéria-prima (54,76%) e baixo investimento (50%), e cerca de 51% dos pesquisados acreditam que as embalagens brasileiras se antecipam às necessidades dos consumidores.
Fábio Mestriner foi coordenador da pesquisa “A visão do setor de embalagem sobre a EMBALAGEM”
Finalizando os dados coletados, mais de 66% dos entrevistados apostam que no futuro haverá mais embalagens com praticamente as mesmas funções e contribuições das utilizadas atualmente. Segundo a opinião de um entrevistado, “o crescimento ocorrerá de acordo com a maturidade da população consumidora. Existem grandes oportunidades para aumentar o volume de embalagens, mas o setor se depara com barreiras econômicas e de educação”. Como conclusão, o Comitê evidencia a necessidade de melhorar a informação disponível sobre a embalagem no Brasil e a divulgação de sua contribuição para a sociedade. O resultado da pesquisa impactará nas próximas ações da Associação, pois ao compreender e entender como os profissionais de embalagem enxergam sua contribuição dentro da cadeia produtiva do setor é possível definir as diretrizes e estratégias para os próximos anos com ações para dirimir as dúvidas e incompreensões em relação à embalagem. Iniciando esse processo, a ABRE, como fomentadora de seu mercado de atuação redobrará seus esforços para disseminar os conceitos de sustentabilidade na cadeia produtiva, além de reforçar para a sociedade o valor da embalagem, por meio da campanha “Embalagem, tá na cara que é bom”. PS * Fonte: DCC Comunicação
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Internet
O Plástico na Rede Empresário paulista lança rede social destinada aos profissionais da área de plásticos
E
m uma época extremamente focada nas redes sociais, onde é possível fazer negócios e relacionamentos profissionais com empresas e pessoas de qualquer lugar do mundo de forma rápida e fácil, o setor plástico se adapta à realidade, seja através do Facebook, do Twitter, ou mesmo de um canal específico para o segmento. E foi de um empresário de Campinas, no Interior de São Paulo, a ideia de criar uma rede social destinada exclusivamente a profissionais da área de plástico. Ronaldo Kend, que acumula mais de 15 anos de experiência em setores como os de industrialização e comércio de materiais poliméricos, lançou oficialmente a Rede do Plástico, uma comunidade na Internet que tem por objetivo aproximar as cerca de 350 mil pessoas que trabalham no segmento de norte a sul do país. Além de permitir a postagem de atividades recentes, como ocorre, por exemplo, no Facebook, a nova página apresenta ferramentas que aumentam a interação entre os usuários, como a troca de arquivos entre membros de um grupo de discussão e o compartilhamento de trabalhos acadêmicos. "Nosso objetivo é aproximar as pessoas e permitir não só a troca de experiências entre elas, mas, principalmente, a realização de novos negócios", declarou Kend. "Como somos uma rede segmentada, naturalmen-
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te não esperamos milhões de usuários, mas buscamos atender bem o nosso mercado. Muitas vezes, para o empresário do setor, é mais interessante manter contato com 500 pessoas através da Rede do Plástico, do que ter 10 mil seguidores em uma mídia social de interesse geral", continuou. O empresário, no entanto, reconhece a importância das redes sociais tradicionais na divulgação de seu projeto. Pegando carona no sucesso de serviços como o Twitter e o próprio Facebook ¬- que inspirou em maior escala a criação da Rede do Plástico -, Kend lançou mão destas ferramentas para potencializar a divulgação do novo site. "Assim como as mídias sociais de massa ganharam projeção através dos veículos tradicionais, como a TV e os jornais, esperamos que a divulgação da Rede do Plástico em redes já consolidadas possa colaborar com o nosso crescimento. Por isso estamos finalizando a criação, até mesmo, de um canal no You Tube com material exclusivo em vídeo sobre personalidades do meio, que será lançado em breve", acrescentou Kend. O idealizador do projeto ainda não visa lucro com a iniciativa, que nesse momento nasceu apenas com o objetivo de aproximar os profissionais da área de polímeros. "A Rede do Plástico, nesse momento, não tem fins lucrativos, mas talvez possa se transformar em um negócio independente. Nesse
momento, no entanto, aumentar nossa base de usuários e promover a troca de informações entre eles é nosso principal objetivo", encerrou o criador da Rede do Plástico.
Redes de Nicho
O Facebook e o Twitter mudaram não só a forma como as pessoas se relacionam entre si no ambiente virtual, mas também a maneira com que os usuários navegam pela Internet. A produção de conteúdo pelos membros da própria rede criou uma legião de redatores que deram à informação uma agilidade inimaginável mesmo depois da consolidação da web como mídia de massa. Com o objetivo de facilitar o acesso a mensagens de interesse específico surgiu o conceito de rede social de nicho, ou segmentada, que a atende a demandas exclusivas como a dos donos de cães chihuahua do Estado de São Paulo, ou dos profissionais da cadeia produtiva do plástico - contemplados a partir desta semana pelo projeto de Ronaldo Kend.
Acesso rápido
A rede do Plástico pode ser acessada pelo endereço www.rededoplastico. com.br. O cadastro de novos usuários leva poucos minutos e pode ser feito em qualquer navegador ou plataforma, seja ela Windows, Linux ou Macintosh. PS
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Indústria
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Exportação de Santa Catarina acumula alta de 8,8% até maio Aumento das exportações para a China, que hoje é o segundo principal parceiro comercial do estado, chama a atenção dos dirigentes. Já nas importações, registro de queda nas compras de algumas resinas é destaque do mês.
A
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), divulgou informações sobre as exportações catarinenses de janeiro a maio de 2012, que totalizaram US$ 3,79 bilhões. O valor é 8,8% superior ao registrado no mesmo período em 2011. No acumulado do ano, as importações somaram US$ 6,09 bilhões, alta de 7,3% em relação ao mesmo período no ano passado. A balança comercial do Estado acumula saldo negativo de US$ 2,29 bilhões até maio. "Um dado que chama a atenção é o aumento das exportações para a China, que hoje é o segundo principal parceiro comercial de Santa Catarina. Essa ascensão do País asiático se deve principalmente ao crescimento dos embarques de soja e de carne de frango. A Argentina, que por muito tempo foi o segundo destino das exportações do Estado, caiu para a terceira posição. As exportações ao vizinho do Mercosul acumulam queda de 4%, reflexo das medidas protecionistas", afirma o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma. De janeiro a maio, as exportações de carne de frango lideraram a pauta, com embarques de US$ 950,3 milhões, valor 9,8% maior que o registrado no mesmo período em 2011. Na sequência aparecem fumo (US$ 374,6 milhões), com alta de 27,4%, motores e geradores elétricos (US$ 252,8 milhões), com aumento de 20,6% e motocompressores (US$ 215,2 milhões), com elevação de 7,9%. No período, o principal destino das exportações catarinenses foram os Estados Unidos (US$ 450,6 milhões), China (US$ 307,3 milhões), Argentina (US$ 258 milhões), Países Baixos (US$ 255,9 milhões) e Japão (US$ 199,9 milhões). Nas importações foram registradas quedas nas compras de catodos de cobre (-17,6%), polietilenos (-19,5%) e polímeros de etileno (-21,3%). Houve crescimento nas importações de laminados de ferro e aço (19,7%), fios de fibras de poliésteres (15,6%), fios texturizados (19%) e policloreto de vinila (33,3%). Os valores exportados por Santa Catarina representaram 3,9% das exportações brasileiras. O Estado ocupa a décima posição no ranking nacional. PS 34 > Plástico Sul > Maio de 2012 >>
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Artigo
Uma foto da indústria brasileira Marcio Freitas* O momento é de preocupação para a indústria brasileira. O baixo desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que fechou o ano com módicos 2,7%, um número bastante inferior ao projetado no início do ano passado pelo governo, reforça o que já vem sendo apontado há meses pelos próprios indicadores econômicos e por especialistas de mercado: a perda de fôlego de alguns setores da indústria, que em janeiro caiu 2.1% ante dezembro do ano passado. Muitos são os fatores para os resultados negativos, como juros elevados, custo da energia, logística, alta carga tributária, entre outros. Mas, atualmente, um dos problemas mais agravantes para a indústria brasileira, e que tem refletido de forma direta nestes números negativos, refere-se à expressiva concorrência dos produtos importados com os nacionais. No primeiro trimestre de 2012 o varejo estima um crescimento entre 2,5% a 3,5% em comparação ao mesmo período de 2011. Estima-se a participação dos produtos importados nas gondolas dos supermercados acima de 30% e com tendência de alta. Produtos de utilidade doméstica, 36 > Plástico Sul > Maio de 2012 >>
têxtil, alimentos e bebidas fazem parte desta relação. O mercado de alimentos e bebidas também deve crescer no comparativo a (com) 2011. É comum encontrar produtos (importados) de marca própria nas gôndolas, de alta qualidade, com preço 15% abaixo dos nacionais. Para sair desta armadilha, será preciso muita criatividade e adoção de diferentes modelos de negócios para que a indústria brasileira consiga sobreviver à tempestade de ofertas destes produtos. Nunca a flexibilidade de adaptação da indústria brasileira foi tão desafiada e poucos sairão vitoriosos. A própria indústria de transformação dos plásticos, que é termômetro para a dinâmica da economia, por exemplo, registrou um saldo de 38% no déficit comercial do setor em 2011, resultado ocasionado pela alta de 19,58% das importações de produtos acabados. Esse impulso pelo consumo de itens de outras nacionalidades tem uma relação direta com a atual fase da economia brasileira e com o aumento no poder de compra das famílias. A variação cambial e a desvalorização do dólar perante o real também exemplificam este cenário. Resultado: nunca se consumiu tantos produtos importados como agora e a tendência é de
que os estoques, em 2012, sejam reforçados ainda mais com mercadorias de outros países, como bebidas, computadores, carros, celulares, entre outros. Estudos recentes divulgados pela indústria paulista também refletem essa situação. Em 2011, o consumo de importados foi o maior em nove anos. O coeficiente de importação da indústria geral atingiu 23,1%, o maior já registrado na série histórica que teve início em 2003 - o recorde anterior, apurado em 2010, era de 21,8%. Já a indústria de transformação, uma das que mais empregam no país, também seguiu essa tendência e chegou ao seu maior patamar, com 21,9% no fechamento anual – o recorde anterior, também registrado em 2010, era de 20,4%. Só no quarto trimestre de 2011, o consumo de produtos importados pelos brasileiros teve um aumento de 0,6 percentuais em relação ao ano anterior, atingindo o índice de 24%. Os dados revelam ainda o crescimento do consumo aparente no país em 1,2% e que a maior parte deste crescimento, 54,5% do total, foi destinada aos importados. Coube à indústria nacional ficar com o restante (45,5%). Toda esta conjuntura de mercado
alerta para um cenário alarmante: a substituição dos produtos nacionais pelo consumo de mercadorias vindas de fora do Brasil e a constatação de que o poder de compra do consumidor brasileiro não está favorecendo a indústria nacional. Faz refletir ainda sobre os problemas enfrentados atualmente pelos industriais, como, por exemplo, a grave questão dos altos tributos e o entrave da burocratização da máquina brasileira frente às facilidades muitas vezes destinadas às indústrias e produtos que vêm de fora do país. Se, por um lado, o consumo de produtos importados no Brasil invade as prateleiras e prejudica o crescimento da indústria nacional; por outro lado, as exportações brasileiras também se tornaram motivo de preocupações. Dados apontam que matérias primas, como minério de ferro, petróleo bruto, complexo de soja e carne, açúcar e café, representam hoje quase metade das exportações no Brasil (47,1%). Em 2006, estes mesmos produtos representavam apenas 28,4% do va-
lor exportado. São commodities que não agregam valor ao setor industrial e, em sua maioria, voltam em forma de produtos manufaturados, com valor agregado. Outra questão crítica diz respeito à tendência de baixa no valor das commodities. O índice de Preços de Commodities do Banco Central (IC-BR) já aponta um recuo na cotação – em fevereiro, o indicador caiu 2,96% comparado com janeiro de 2012. Todos estes fatores, incluindo a alta dos importados, deverão ter um reflexo direto no saldo comercial brasileiro, que corre para ser menor este ano. Mesmo com toda essa preocupação, alguns setores industriais brasileiros obtiveram resultados positivos. A indústria nacional de embalagens aponta que, em 2011, a produção cresceu 1,5%, contra um crescimento de 0,27% da indústria geral no mesmo período, chegando a atingir 42,1 bilhões de reais. Em outubro do ano passado, o setor registrou nível recorde de 226.210 empregados com carteira assinada. E 2012 promete ser um ano ainda
melhor para o setor, com perspectivas de crescimento e expansão. O governo também dará sua contribuição se fizer uma revisão no seu Plano Brasil Maior e lançar um olhar mais preciso para criar condições de fortalecer a indústria brasileira para competir com todos os mercados. Espera-se que o país avance nas questões relacionadas à “Guerra Cambial” e a tentativa de conter a valorização do real frente ao dólar. Precisamos ainda promover competitividade ao mercado nacional e qualificar o nosso produto frente às mercadorias vindas de fora do país. Essa missão não é impossível e passa pela inovação, agregação de valor e tecnologia, além da desoneração da produção. Medidas simples como estas são urgentes e fundamentais para que possamos firmar o país, não apenas como celeiro das oportunidades, mas como player internacional de relevância. PS *Jornalista e especialista em comunicação empresarial, é diretor da M.Free Comunicação
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Fornecedores Plast & Pack renova parceria com o Grupo Furnax
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LGAÇ ÃO
Desde 1997 a Plast & Pack conta com uma equipe qualificada para o desenvolvimento de soluções na produção de embalagens de plástico injetado, termoformado e soprado para acondicionamento de alimentos e peças técnicas. A empresa oferece ao mercado produtos de alta qualidade e segurança, que seguem as tendências mais recentes em termos de design e de gestão. Agora, ao completar sete anos, a parceria com a Furnax se renova. Depois de já ter adquirido diversas injetoras do Grupo com o objetivo de manter seu pátio de máquinas sempre atualizado, a Plast & Pack se propõe a adquirir novos equipamentos da Furnax. “A primeira injetora que adquirimos da Furnax foi em 2005. Desde então essa parceria vem colaborando com a modernização do nosso pátio de máquinas, o que contribuiu para o crescimento e fortalecimento da Plast & Pack no mercado” diz Roland Rosenstock, Diretor Geral da empresa. Em seu décimo quinto aniversário a Plast & Pack recebe o certificado ISO 9001 da TECPAR, que garante a qualidade de seus produtos como resultado dos investimentos que vem fazendo em automação. A injetora adquirida é um modelo da Série-TS que apresenta alta velocidade de produção, comando computadorizado, válvulas de resposta rápida e grande robustez, o que resulta num equipamento inovador de alta eficiência.
Clariant lança nova geração de lubrificantes sustentáveis para PVC
A Clariant apresenta ao mercado de processamento de PVC uma nova geração de lubrificantes com base em fonte sustentável, apoiando a tendência mundial de evitar compostos de processamento de PVC estabilizados com chumbo. Conforme informações da empresa, o novo Licocare SBW11 TP oferece excelente desempenho e eficiência, além dos benefícios da sustentabilidade. A cera de base natural, modificada quimicamente, é produzida a partir de óleo de soja (foto). Oferece excelente desempenho técnico no processamento de PVC em comparação com os derivados de ácidos graxos tradicionalmente utilizados para lubrificação. O Licocare SBW11 TP é especialmente adequado para o processamento de compostos rígidos de PVC, especialmente para aplicações de filme de PVC e de extrusão estabilizadas com cálcio/zinco (Ca/Zn) ou estanho (Sn). O produto age como lubrificante externo e interno, oferecendo diversos benefícios de desempenho e permitindo que fabricantes aproveitem os ciclos de produção mais eficientes e consistentes. Os benefícios incluem: Ótima desmoldagem / efeitos antiaderentes: maior potencial de lubrificação externa do que ésteres de ácidos graxos ou misturas de ésteres complexos; Ausência de depósitos nos moldes, graças à baixa volatilidade e boa compatibilidade com PVC; Excelente estabilidade térmica, assegurando ótima estabilidade de cores; Os amplos efeitos de lubrificação contribuem para um comportamento reológico equilibrado; Baixas concentrações, variando de 0,3 a 1,0 phr, proporcionam desempenho eficiente. O Licocare SBW11 TP também pode ser usado como lubrificante para o processo de injeção em PVC. Aqui, a capacidade de fluxo é melhorada significativamente, com menos influência sobre a temperatura de amolecimento (Vicat) do que lubrificantes internos comuns, como derivados de ésteres graxos. Como resultado, o LicoCare SBW11 TP proporciona melhor estabilidade dimensional para o produto injetado, com excelente melhoria no fluxo. “Com o lançamento do Licocare SBW11 TP, a Clariant passa a oferecer aos processadores de PVC um lubrificante de alto desempenho, baseado em matérias-primas de fontes renováveis, em sintonia com o mercado cada vez mais exigente, que busca produtos inovadores e sustentáveis”, comenta Paulo Ghidetti, Coordenador Técnico de Aditivos para a América Latina. 38 > Plástico Sul > Maio de 2012 >>
Leveza plástica para caminhões
Um composto de plástico da BASF foi, pela primeira vez, utilizado na seção de ar de um veículo comercial. O duto de ar para motores de caminhão DD 13/DD 15 é uma das primeiras aplicações de grande produção para a classe de poliamida (PA) Ultramid® A3W2G6. O componente, que é produzido pela ElringKlinger a partir da PA altamente resistente ao envelhecimento por calor, oferece elevadas capacidades mecânicas e térmicas. O módulo de admissão de óleo multifuncional também é fabricado a partir de uma poliamida da BASF. A designação DD 13/DD 15 abrange uma gama de motores de caminhão a diesel de alto desempenho com deslocamento aproximado de 13 e 15 litros, respectivamente, que a Detroit Diesel, fabricante de motores de caminhão e subsidiária da Daimler, produz nos EUA. A tendência de leveza tem tomado conta do setor de caminhões. Assim como no setor de automóveis, o objetivo para DD 13/DD 15 é substituir peças pesadas de metal por componentes leves de plástico que proporcionam um desempenho equivalente. Comparado com o seu antecessor de alumínio, o leve duto de ar feito a partir da poliamida da BASF é 1,8 kg mais leve, ou seja ou 50% mais leve. A alta resistência ao envelhecimento por calor da poliamida de especialidade Ultramid® A3W2G6 é confirmada pelo seu
desempenho em testes de pulsação de pressão do componente a 140°C. O duto de ar deve sobreviver 3.000 horas de flutuações de pressão entre 0,4 e 3,5 bar. Estes são os requisitos especiais no setor de veículos comerciais. Eles surgem a partir da mistura de ar fresco do motor com o gás de escape quente (até 230°C) recirculado (EGR: recirculação dos gases de escape). No ponto em que o gás de escape é reintroduzido e sob cargas elevadas, os picos de temperatura de até 200°C podem ocorrer. O módulo de admissão de óleo do DD 13/ DD15 também apresenta desafios exigentes para o material. É feito a partir de Ultramid® A3WG7 e, além da ligação de admissão de óleo e da linha de fornecimento de óleo, incorpora uma válvula de retenção integrada. No teste de componente, o material envelhecido tem de resistir a mais de 10 milhões de ciclos de pulsação de pressão de óleo entre 5 e 13 bar a 120°C. Em testes de longa duração, 500.000 ciclos devem ser suportados na presença de uma mistura de óleo que contém não somente o óleo do motor envelhecido, mas também os componentes do combustível. Enfim, é esperado para um caminhão dirigir cerca de 1,2 milhões de km. Nesta parte, a substituição de Ultramid para o metal e o elevado grau de integração funcional resultou em reduções de custo e de peso de 0,8 kg, ou 50% por peça.
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Fornecedores
UMDT DEB’MAQ passará por Minas Gerais e Santa Catarina durante o mês de junho
A UMDT – Unidade Móvel de Difusão Tecnológica faz parte do projeto de estímulo à formação profissional mantido pela DEB’MAQ. Visitando a cada ano dezenas de cidades e promovendo formação e atualização para milhares de estudantes e profissionais, a UMDT estará em dois estados durante o mês de junho. O calendário inicia-se pela cidade de Lavras (MG), passa por Varginha (MG) e conclui seu trajeto em Criciúma (SC), durante o Sul Metal e Mineração. O treinamento itinerante da DEB’MAQ tem como objetivo promover a difusão tecnológica e atualização técnica de docentes e alunos, assim como de profissionais e empresários do setor. Os visitantes recebem informações sobre a tecnologia de ponta utilizada no setor em atividades abertas ao público.“A DEB’MAQ tem feito sua parte ao investir para que estudantes e profissionais aprendam na prática como trabalhar com os equipamentos de usinagem e se interarem sobre o que há de mais tecnológico neste setor”, afirma Eduardo Trevisan, gerente de marketing da DEB’MAQ.
CALENDÁRIO UMDT DEB’MAQ JUNHO
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Lavras – Minas Gerais De 11 a 15 de junho, na Unilavras, Rua Padre José Poggel, 506. Varginha – Minas Gerais De 18 a 22 de junho, na UNIS, Avenida Coronel José Alves, 256. Criciúma – Santa Catarina De 14 a 18 de junho, Sul Metal e Mineração, Rua Giacomo Sônego Neto, s/n
10º Workshop Refrigeração Industrial
Com a movimentação geral por todo o mundo nas questões sustentáveis, a indústria de refrigeração não poderia ficar de fora. A busca por novas tecnologias, novas ideias que auxiliam o desenvolvimento do planeta está cada vez mais em ascensão no Brasil e no mundo. Um grande exemplo é a realização da conferência Rio + 20, e aproveitando esse momento, a Mecalor organizará o 10º Worshop – Refrigeração Industrial com profissionais nacionais e internacionais do setor, com o seguinte tema: Ações sustentáveis geram lucros? O encontro proporcionará ao convidado assimilar como pequenas mudanças sustentáveis no processo de refrigeração proporcionam benefícios lucrativos a sua empresa. Como o primeiro evento, do segmento, focado neste tema, a Mecalor acredita que esse seja apenas o inicio de uma serie de ações direcionadas ao setor de refrigeração industrial com apelo sustentável. 40 > Plástico Sul > Maio de 2012 >>
Plast Mix
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Foco no Verde
Pesquisa revela que sustentabilidade é decisiva para as empresas
Pesquisa realizada recentemente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) concluiu que a indústria mudou, e hoje o empresário brasileiro enxerga a sustentabilidade como uma necessidade para os negócios. O estudo inédito, feito pela entidade com 60 executivos de grandes empresas do país, aponta que, para a maioria deles, ser sustentável tem impactos positivos na competitividade. Segundo 39% dos entrevistados, a ausência de ações sustentáveis coloca em risco a sobrevivência da empresa e, para outros 18%, acarreta imagem negativa da corporação. “A indústria mudou sua forma de produzir e pensar a produção. Muitas atividades impactam menos no meio ambiente hoje”, diz o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. De acordo com a pesquisa da CNI, a sustentabilidade já ocupa um espaço relevante nas organizações. Entre os executivos ouvidos pelo estudo, 64% afirmam que esse é um tema tratado pela presidência, a 42 > Plástico Sul > Maio de 2012 >>
diretoria ou a vice-presidência. Outros 18% disseram que o assunto ocupa as gerências. “A política sustentável já está no DNA das empresas que querem ampliar seu mercado, seja nacional ou internacionalmente. Agora, deve haver estímulo à inovação”, reforça a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg. Para 75% dos empresários entrevistados, os investimentos nessa área deverão crescer nos próximos dois anos, e 92% acreditam ser alto o impacto da sustentabilidade nas políticas de inovação. As soluções desenvolvidas e relatadas pelos empresários incluem, por exemplo, a criação de embalagens mais espessas, uso de energia de biomassa, lâmpadas mais eficientes e técnicas para reduzir o consumo de água. Mas todas essas mudanças têm um preço.
Ser sustentável, na avaliação de 69% dos executivos, representa custos adicionais e, para 30%, essa é a principal barreira para adoção de ações voltadas à conservação. Outros 27% apontam que o maior desafio é a falta de uma cultura sustentável.
“A indústria precisa de uma política forte de incentivo à inovação e à sustentabilidade, inclusive como uma forma de garantir condições de competitividade”, destaca Messenberg. Segundo ela, o aspecto cultural também é fundamental. “A mudança na forma de consumir é, sem dúvida, um aspecto decisivo para a sustentabilidade”, avalia. A pesquisa Os Desafios da Sustentabilidade da CNI, feita em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, foi inspirada em um esforço semelhante coordenado pelas Nações Unidas, o Global Compact, que ouviu executivos de 10 países em 2010.
Educação: Rhodia amplia apoio a projeto Escolas Sustentáveis
A Rhodia, empresa do grupo Solvay, decidiu ampliar este ano o seu apoio ao projeto Escolas Sustentáveis - realizado desde 2011 nas cidades de Santo André e São Bernardo do Campo (SP) - com a inclusão de escolas públicas municipais de Paulínia e Jacareí, também no Estado de São Paulo. No total, em 2012 serão aten-
Dow e The Nature Conservancy anunciam planta piloto de colaboração no Brasil
A Dow Chemical Company (NYSE: DOW) e The Nature Conservancy (TNC) anunciaram que estão se unindo com a Santa Vitória Açúcar e Álcool Ltda (SVAA), uma joint venture entre a Dow e a Mitsui & Co. Ltd., para utilizar a planta brasileira da empresa, como o segundo local piloto de sua colaboração.
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didos 10 mil estudantes de 6 a 14 anos de idade, de 25 escolas e duas instituições de ensino nas quatro cidades. Realizado em parceria com a empresa Evoluir - Educação para a Sustentabilidade - e secretarias municipais de Educação, o Escolas Sustentáveis tem o objetivo de difundir na rede pública de ensino temas e projetos relacionados à sustentabilidade, tratando de assuntos como consumo consciente, alimentação saudável e tratamento adequado do lixo, entre outros. O projeto tem incentivo da Lei Rouanet. “O projeto está perfeitamente em linha com os princípios do Desenvolvimento Sustentável adotados mundialmente por nossa organização, que valoriza o relacionamento com as comunidades através de ações voltadas para a educação e a sustentabilidade”, afirma Odete Duarte, diretora de projetos do Instituto Rhodia e diretora de Comunicação Corporativa da Rhodia na América Latina. Projeto inovador na educação - Para o desenvolvimento do projeto, inicialmente professores, coordenadores pedagógicos e diretores das escolas são capacitados através de cursos de formação que os habilitam a desenvolver atividades com seus alunos. Essa primeira etapa está sendo aplicada junto aos educadores das escolas de Paulínia e Jacareí, que entram neste ano no projeto. A expectativa é de que sejam produzidos nessas cidades os excelentes resultados obtidos nas escolas de Santo André e de São Bernardo do Campo, onde, em 2011, o aprendizado transmitido pelos educadores inspirou a implantação de uma série de projetos sustentáveis: instalação de coleta seletiva, promoção de feira para troca de livros usados, sistemas para coleta de óleo e de pilhas e baterias, criação de hortas orgânicas usando garrafas PET, oficinas de reciclagem de papel, de produção de sabão, entre outros.
Sem revelar detalhes de metas de consumo de plásticos verdes, ele informou que há estudos para que o produto desenvolvido a partir de cana-de-açúcar possa ser utilizado em outras áreas das embalagens além das tampas. Um dos lançamentos da Tetra Pak, por exemplo, é uma embalagem que poderá ser desmontada pelo consumidor após o uso, tornando mais fácil o processo de reciclagem. Nesse caso, uma peça plástica, que poderia vir a ser produzida com plástico verde, seria destacada do restante da embalagem cartonada.
Tecnaro e Braskem estabelecem parceria
Executivos da joint venture Dow-Mitsui (SVAA) e da TNC estiveram presentes no gabinete do governador de Minas Gerais para o anúncio público que contou com a presença do governador Antonio Augusto Junho Anastasia, membros de sua equipe, membros da imprensa, e também da secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothea Werneck. “O grande passo começa com a unidade de produção, onde SVAA vai construir a maior operação integrada do mundo para a produção de biopolímeros feitos a partir de cana-de-açúcar renovável, incluindo o uso de resíduos de biomassa para alimentar a planta”, disse Neil Hawkins, vice-presidente de Sustentabilidade e Meio Ambiente, Saúde e Segurança da Dow Chemical. “Este projeto piloto oferece a oportunidade de entendermos como as operações da Dow irão impactar a natureza, e também de desenvolvermos abordagens que proporcionem soluções sustentáveis para uma variedade de desafios locais e globais”, completou.
Empresa chega a 800 milhões de tampas à base de cana
A Tetra Pak alcançou a marca de 800 milhões de tampas produzidas a partir de cana-de-açúcar, também chamadas de "tampas verdes". O produto, desenvolvido em parceria com a Braskem, já está em todas as linhas de embalagens da Tetra Pak com uso de tampas, de acordo com o VP de Estratégia de Negócios, Eduardo Eisler.
A Tecnaro, especialista em biocompostos, fechou contrato com a Braskem para uma nova linha de aplicação de PE verde. A Tecnaro GmbH produzirá compostos com PE Verde da Braskem, biopolímero feito a partir do etanol de cana de açúcar, em uma série especial chamada Arboblend, um composto de biopolímero que pode ser processado, dependendo da fórmula, por meio de moldagem por injeção, extrusão (filme) ou termoformagem."O objetivo da parceria é desenvolver aplicações que ainda não foram exploradas, ampliando o portfólio de produtos produzidos com PE Verde", diz Claudia Cappra, gerente comercial de Químicos Renováveis da Braskem. A Tecnaro foi selecionada pela Braskem para ampliar a penetração do biopolímero no mercado europeu com a nova linha renovável. “Estamos muito satisfeitos com a parceria com a Braskem, que nos permitirá dar mais um importante passo na exploração dos mercados brasileiro e europeu”, diz Lars Ziegler, chefe do F&E da Tecnaro GmbH. Através dessa parceria, é reforçada a ligação de longo prazo da Tecnaro GmbH com o Brasil. Desde 2001 a Tecnaro tem um escritório de representação em São Paulo. Por meio de projetos PPP (Parceira Público-Privada) selecionados desde 2005, juntamente com o sponsor do projeto Sequa gGmbH e o Instituto de pesquisa do SENAI Cimatec, foi elaborado e realizado um programa de treinamento abrangente relativo à utilização de matérias-primas renováveis na indústria de plásticos. Além disso, novos materiais foram desenvolvidos, contribuindo para o aumento na conscientização sobre biopolímeros no Brasil. PS << Maio de 2012 < Plástico Sul < 43
Importações de químicos crescem e somam US$ 3,5 bilhões em maio
O Brasil importou US$ 3,5 bilhões em produtos químicos no mês de maio, maior valor mensal registrado em 2012. Em relação a abril, o crescimento nas compras externas é de 14,3%, mas há queda de 2,7% na comparação com maio de 2011. De janeiro a maio, foram importados cerca de US$ 15,8 bilhões, 3,3% a mais do que no mesmo período do ano passado. Já as exportações brasileiras de produtos químicos alcançaram US$ 1,3 bilhão em maio, o que representa um crescimento de 7,5% em relação a abril. No acumulado do ano, até maio, as vendas externas somam US$ 6,2 bilhões, valor 2,0% superior ao do mesmo período do ano passado. “Apesar de as importações de produtos químicos estarem retomando gradualmente o ritmo observado ao longo de 2011, e de as exportações apontarem estabilidade, o fraco desempenho da indústria de transformação brasileira nos primeiros meses de 2012 e incertezas quanto ao cenário econômico mundial nos próximos meses são fatores que não permitem um diagnóstico mais consistente do comportamento da balança comercial de produtos químicos até o final do ano”, aponta a diretora de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Mazzaro Naranjo. De janeiro a maio, o déficit chegou a US$ 9,6 bilhões, valor 4,1% superior ao do mesmo período de 2011. O déficit acumulado nos últimos 12 meses, de junho de 2011 a maio de 2012, é de US$ 26,9 bilhões. Os produtos químicos representaram 17,3% do total de US$ 91,6 bilhões em importações e 6,3% dos US$ 97,9 bilhões em exportações realizadas pelo País de janeiro a maio. As importações de produtos químicos movimentaram 11,1 milhões de toneladas, ao passo que o volume das exportações chegou a 5,7 milhões de toneladas.
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Bloco de Notas
DSM viabiliza comercialização de etanol celulósico em escala mundial
A DSM, empresa com atividades em nutrição, saúde e materiais, anuncia uma joint venture com a POET, uma das maiores produtoras de etanol do mundo. A criação da POET-DSM Advanced Biofuels, LLC, é um marco para o desenvolvimento de biocombustíveis, já que viabilizará a comercialização de etanol celulósico em escala global. A primeira planta com a tecnologia, chamada de Project Liberty, começará a operar na segunda metade de 2013 e está sendo construída em Emmetsburg, Iowa (EUA), nas adjacências de uma plantação de milho da POET. Espera-se uma produção equivalente a 20 milhões de galões no primeiro ano e, após a primeira fase, uma média de 25 milhões ao ano. A parceria representa a transição de uma economia baseada em combustíveis fósseis, como o petróleo, para os biocombustíveis. O Brasil é a próxima aposta da empresa. “É possível desenvolver a mesma tecnologia para os resíduos da cana-de-açúcar. Para cada tonelada de cana, pelo menos 280 kg podem ser reaproveitados como biocombustíveis avançados”, afirma Frank Nadimi, diretor de desenvolvimento de negócios para produtos e serviços biotecnológicos da DSM. Nos Estados Unidos, a DSM e a POET produzirão etanol celulósico dos resíduos
do milho por meio de um processo que envolve hidrólise de enzimas e fermentação. A liberação de gases do efeito estufa é 111% menor em relação à produção comum de combustíveis. “Vale lembrar que o uso do milho pode ter um impacto no aumento do preço dos alimentos. Já com os seus resíduos, este impacto não existe”, completa Nadimi. O objetivo da POET-DSM Advanced Biofuels é licenciar e pulverizar a tecnologia de produção do etanol celulósico tanto para as unidades que serão construídas ao redor das demais 26 plantações de milho da POET, quanto às de outras empresas interessadas em todo o mundo. Apenas essas 27 plantas, da companhia integrante da joint venture, têm capacidade para mais de um bilhão de galões do combustível por ano. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) estima a construção de cerca de 400 biorrefinarias até 2022, para suprir a demanda por 16 bilhões de galões de etanol celulósico por ano, segundo as recomendações do Renewable Fuel Standard (Padrão de Combustíveis Renováveis, em tradução livre). Desses, 7.8 bilhões de galões serão de bioetanol desenvolvido com resíduos do milho. Os departamentos de energia e agricultura dos EUA ainda projetam mais de um bilhão de biomassa disponível naquele país, capazes de produzir etanol celulósico para substituir um terço da gasolina.
Braskem inicia operações na nova planta de butadieno no RS
A Braskem colocou em pré-operação a sua nova unidade de butadieno localizada no Polo Petroquímico de Triunfo (RS), marcando o início das atividades da planta 50 dias antes do prazo anunciado inicialmente pela Braskem. O produto, utilizado como matéria-prima na indústria de pneus e de borrachas em geral, foi especificado recentemente, o que significa que já está dentro do padrão exigido para ser comercializado. A nova planta, com capacidade de produção de 103 mil toneladas/ano, entrou em operação 14 meses após o início das obras. No período, gerou 1,8 mil empregos. O investimento total foi de R$ 300 milhões. A unidade já está operando na sua capacidade máxima de produção e está recebendo os últimos retoques, que envolvem a pintura e atividades de acabamento. A inauguração da unidade está prevista para o próximo mês.
A Braskem Idesa anunciou a aprovação de uma linha de financiamento na modalidade de project finance de US$ 700 milhões pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para financiar o maior projeto petroquímico em construção nas Américas: BRASKEM IDESA - Projeto Etileno XXI. Estes recursos se somam aos já aprovados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no mês de abril, o International Finance Corporation (IFC), um organismo que pertence ao Banco Mundial, e a Agencia de Credito Italiana, SACE, estes dois últimos em maio. O grupo de instituições financeiras também estará formado pelo banco de desenvolvimento do México, BANCOMEXT e NAFINSA - Nacional Financiera, e por bancos comerciais, cujos recursos ainda estão em fase final de aprovação. Os financiamentos estão sujeitos à conclusão da formalização documental. O empréstimo será feito à Braskem Idesa SAPI, joint venture controlada pela empresa brasileira Braskem S.A. e com participação relevante do grupo mexicano Idesa, com o objetivo de construir e operar um complexo petroquímico que terá capacidade para produzir 1 milhão de toneladas anuais de polietilenos, através de um cracker de eteno e três plantas de polimerização (duas de polietileno de alta densidade e uma de polietileno de baixa densidade). O Projeto Etileno XXI, localizado no município de Nanchital, Veracruz, segue avançando dentro do cronograma planejado, as obras de terraplenagem e preparação do terreno estão 70% concluídas, e a construção civil começou no dia 18 de maio com as primeiras fundações. Perto de 50% dos equipamentos críticos necessários para o complexo já foram adquiridos, e neste momento 2.100 pessoas trabalham no projeto. Prevê-se chegar a 9.000 empregos durante o pico da construção, que ocorrerá nos anos de 2013 e 2014. Com o inicio das operações em 2015 serão gerados 3.000 empregos diretos e indiretos permanentes.
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Projeto Etileno XXI tem financiamento aprovado pelo BNDES
Petrobras investirá US$ 5 bilhões na área petroquímica
Os investimentos da Petrobras em gás e energia somarão US$ 13,8 bilhões até 2016, de acordo com plano de negócios divulgado pela companhia. Na área de petroquímica, a empresa aplicará US$ 5 bilhões no mesmo período. Os segmentos de distribuição e de biocombustíveis receberão recursos de US$ 3,6 bilhões e US$ 3,8 bilhões, respectivamente. Na área corporativa, serão aplicados US$ 3 bilhões. A área de logística será um dos focos do segmento de distribuição. De acordo com a companhia, isso será feito com o intuito de acompanhar o crescimento do mercado doméstico e assegurar a posição de liderança da Petrobras no setor. Em biocombustíveis, US$ 1,9 bilhão serão investidos em projetos em implantação e aquisições. Segundo a empresa, a maior parte dos recursos será voltada aos projetos de etanol desenvolvidos pela subsidiária Petrobras Biocombustíveis. Na área internacional, serão destinados US$ 6 bilhões, considerando os projetos em implantação, com ênfase no segmento de exploração e produção. A Petrobras criou três gerências-executivas nas diretorias de engenharia e de exploração e produção para garantir o cumprimento das metas de produção para os próximos anos. Segundo a Petrobras, o engajamento dos empregados para atingir as metas de produção será valorizado. O processo anual de avaliação do desempenho dos funcionários será efetuado com base em metas pessoais alinhadas ao alcance dos objetivos do plano de negócios. O descumprimento das metas pela Petrobras nos últimos anos foi muito questionado pelos investidores. No novo plano, a Petrobras considerou o preço do barril tipo Brent convergindo para a faixa entre US$ 90 e US$ 100, para o período até 2016.
Simplás está na 28ª Fispal
O Simplás - Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho está presente na 28ª edição da Fispal Tecnologia - Feira Internacional de Embalagens, Processos e Logística para as Indústrias de Alimentos e Bebidas. O evento acontece de 12 a 15 de junho, no pavilhão do Anhembi, em São Paulo (SP). Na oportunidade, o Simplás divulga a próxima edição da feira Plastech Brasil, que acontece de 27 a 30 de agosto de 2013 em Caxias do Sul - RS. A entidade integra o estande coletivo patrocinado por o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, que conta com a participação das empresas gaúchas: Anodilar, BakelitSul, Norb, Tracksul, Panizzon e Zandei. A Fispal reúne os principais lançamentos em equipamentos, embalagens, matérias-primas, automação industrial e logística para as indústrias de alimentos e bebidas, através de aproximadamente duas mil marcas expositoras. Com a expectativa de 64 mil visitantes, as empresas ampliam sua rede de contatos e as possibilidades de negócios. << Maio de 2012 < Plástico Sul < 45
Agenda DIVULGAÇÃO
Anunciantes
Activas Apema AX Plásticos Bosch Brasfixo Chiang Cristal Master Detectores Brasil Digitrol Extrusão Brasil Fibrasil Freeewal Furnax Gabiplast Gecomp Interplast JR Oliveira Mega Steel Matripeças Mecanofar Met. Expoente Multi União Nazkom NZ Philpolymer Olifieri Plastech Radial Recicla NE Replas Rosciltec Rulli Shini Teck Tril Thathi Polímeros Villares Metals Wortex
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Milão, na Itália
Agende-se para 2012 Plast 2012 – Salão Internacional do Material Plástico e da Borracha De 8 a 12 de maio Fiera Milano - Milão (IT) www.plastonline.org Argenplás 2012 - XIV Exposição Internacional de Plásticos De 18 a 22 de junho Centro Costa Salguero - Prédio de Exposição de Buenos Aires(AR) Buenos Aires (AR) www.argenplas.com.ar Interplast 2012 - Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 20 a 24 de agosto Pavilhões da Expoville Joinville (SC) www.messebrasil.com.br Euromold Brasil – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentas, Design e Desenvolvimento de Produtos De 20 a 24 de agosto
Pavilhões Expoville Joinville (SC) www.brasilmold.de E-mail: feiras@messebrasil.com.br Metalurgia – Feira e Congresso de Tecnologia para Fundição, Forjaria, Alumínio e Serviços 18 a 21 de setembro Pavilhões Expoville Joinville (SC) www.metalurgia.com.br Mercopar - Feira de Subcontratação e Inovação Industrial De 18 a 21 de outubro Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva Caxias do Sul (RS) www.mercopar.com.br Powergrid Brasil – Feira e Congresso de Energia (consumo eficiente) 27 a 29 de novembro Centreventos Cau Hansen – Joinville (SC) www.powergridbrasil.com.br
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