EDITORIAL
///Carta ao leitor
Grubisich, Interplast, aditivos e automação... Haja assunto!!!
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Plástico Sul # 89 - Agosto de 2008
E
ntro direto no assunto: outra entrevista exclusiva da repórter Melina Gonçalves. Primeiro foi com Vítor Mallman, da Quattor. Agora é com José Carlos Grubisich, da ETH e por sete anos conduziu a Braskem com eficiência até colocá-la em um estágio invejável. Recomendo a leitura. De outro lado, uma certa preocupação, pois a cadeia petroquímica-plástico estava indo muito bem em 2008, até agosto, quando aconteceu a Interplast, em Joinville. Ai, a crise econômica norteamericana respingou pela Europa e parte da Ásia e ameaça comprometer os índices de crescimento, O Brasil, graças a algumas reservas, ainda resiste a conseqüências mais danosas.O País deve crescer em torno de 5% e manter os atuais níveis nos principais setores. Mas há muita gente com um pé atrás... “Yo no creo em brujas, pero que las hay, las hay”, diz o ditado espanhol. Em resumo, vamos continuar trabalhando, investindo, mas sem deixar de ter uma certa cautela para investimentos muito pesados. Desta forma, caminhamos para o final do ano ainda com um bom saldo positivo. É bem verdade que os transformadores continuam reclamando dos reajustes das resinas. E por falar em resinas, destaque para o setor de aditivos e pigmentos, sempre apresentando novidades. Assim como a área de automação, que em novembro realiza sua feira em São Paulo. No mais, a Interplast apresentou balanço positivo. Temos ainda boas notícias da Lanxess e da Braskem e a DSM tem novo comandante em Triunfo. Leia um artigo sobre o plástico na alimentação. Julio Sortica - Editor
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Plรกstico Sul # 89 - Agosto de 2008
Paulo Maluche/Messe/PS
SUMÁRIO
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Albano Schmidt (D), do Simpesc, foi o anfitrião de dirigentes do setor plástico que visitaram a Interplast, em Joinville (SC)
/// Plástico Sul # 89 -- Agosto Agosto de 2008
/// Carta ao Leitor
08 Entrevista José Carlos Grubisich
20 Destaque /// Aditivos e Pigmentos O toque a mais
32 Eventos /// Interplast 2008 Saldo positivo estimula o setor
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EXPEDIENTE
/// Automação Entrevista com Marcus Coester, da ISA
Setor se torna vital para a indústria Brazil Automation em novembro
56 Plástikos
Coluna por Júlio Sortica
58 Agenda & Anunciantes
52 3a Geração /// Plástico na Alimentação Artigo / Ronaldo Lopes Canteiro/Embaquim As mudanças na Resolução 105
54 Mercado Lanxess anuncia investimentos no BRIC DSM tem novo comando no RS
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04 Editorial
Capa desta edição: foto de José Grubisch por Ellen Zurita
Plástico Sul
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Plรกstico Sul # 89 - Agosto de 2008
Ellen Zurita/PS
ENTREVISTA Plástico Sul # 89 - Agosto de 2008
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///José Carlos Grubisich
A trajetória de um líder movido a desafios
Por Melina Gonçalves - Especial, de São Paulo
Depois fui me ocupar dos negócios de comércio internacional da Rhodia, que proporcionou uma grande experiência em exposição internacional. Depois, na França, atuei na parte de defensivos agrícolas, na Rhodia Agro, onde tinha uma responsabilidade de marketing internacional, que envolvia pesquisa, produção, desenvolvimento de mercado e distribuição global. Após essa experiência, fui ser diretor geral em Portugal, onde havia uma quantidade grande de defensivos agrícolas, pesquisa na área de genética, de milho e de outras variedades agrícolas para a Europa. Voltei de Portugal em 1991 para assumir a direção da Rhodia Agro no Brasil e Mercosul. Tive várias responsabilidades na Rhodia até chegar a diretor geral da empresa e depois, em 1996, presidente da Rhodia para o Brasil e América Latina. Algum tempo depois fui nomeado vice-presidente da Rhodia Global, baseado em Paris. PS - Como chegou até a presidência da Braskem? Grubisich - No final de 2001 o Brasil começou a fazer seu processo de redesenho do setor petroquímico. A Odebrecht junto com o Grupo Mariani
comprou o controle da Copene para iniciar o processo de consolidação do setor petroquímico no Brasil e neste momento recebi o convite de assumir a responsabilidade de conduzir esse processo. Então fiquei na Rhodia até final de 2001. No inicio de 2002 eu cheguei no que ainda não era Braskem, e sim uma visão de projeto para discutir a questão de visão, estratégia, formação de equipe, organização e negociação. Em agosto de 2002 foi criada a Braskem. E depois ocorreu todo o processo de redesenho e consolidação do setor petroquímico. Houve a compra da Politeno, compra do Grupo Ipiranga, integração de Copesul e Ipiranga Petroquímica dentro da Braskem. Esse processo todo demorou sete anos e terminou para mim em junho desse ano, sendo o encerramento de um ciclo onde praticamente a consolidação estava feita através das aquisições. Por outro lado também foram criadas condições para que houvesse a formação da Quattor, que agrupou os ativos do sudeste brasileiro. Além disso, a Braskem também se preparou para o processo de internacionalização, com a assinatura das join-ventures na Venezuela, a assinatura do memorando de entendimento para estudar um
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Plástico Sul - Qual o seu perfil profissional desde o começo de sua carreira? José Carlos Grubisich - Sou engenheiro químico de formação. Comecei minha carreira num laboratório farmacêutico, de onde saí para trabalhar na Rhodia e atuar na área de desenvolvimento de produto e de mercado. O objetivo na época era identificar produtos que a empresa fazia em outros lugares do mundo, mas que ainda não eram fabricados no Brasil e que tinham uma dimensão grande de desenvolvimento de produto e de mercado. E para mim foi uma grande oportunidade, porque naquele momento, final dos anos 70 e começo dos anos 80, o Brasil era muito fechado com controle de preços, controle de onde fazer investimentos. Eu tive a oportunidade de entrar numa atividade onde havia uma forte exposição internacional e de mercados competitivos e isso acabou se transformando um pouco na característica da carreira toda que eu desenvolvi e que esteve muito ligada com a área de tecnologia, de desenvolvimento de negócios e de empresas, além de muito focado também nessa relação da internacionalização.
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Depois de alavancar um projeto ambicioso e tornar a Braskem uma potência da petroquímica sul-americana, o ex-presidente da empresa José Carlos Grubisich foi escalado para um novo e audacioso desafio: presidir a ETH Bioenergia, também do Grupo Odebrecht, que possui os mesmos objetivos da Braskem de internacionalização e crescimento. Transformar empresas em grandes players mundiais é um dos principais diferenciais do currículo do executivo. Afinal, hoje a Braskem, liderada por ele de 2001 até junho de 2008, é a maior petroquímica da América Latina. Com a sensação de dever cumprido, Grubisich passou o cargo para Bernardo Gradin e assumiu o comando de uma missão também ambiciosa. Com voz pausada e olhar firme, Grubisich parece ser movido por desafios. Na sede da ETH Bionergia em São Paulo, o presidente da Companhia falou com exclusividade à repórter Melina Gonçalves sobre sua carreira, seus objetivos nesse novo setor, o universo da bioenergia, a experiência no segmento petroquímico, e claro, sobre a mudança de empresa e o futuro do etanol no mercado brasileiro e mundial.
Ellen Zurita/PS
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///José Carlos Grubisich investimento no Pólo Petroquímico no Peru a partir do gás natural competitivo, o lançamento de toda a estratégia de polímeros a partir de matériasprimas renováveis onde o PE verde é um dos produtos que a Braskem pretende fazer e agora tem todo um desafio de implementação e realização de todos esses planos. PS - Você considera que na Braskem houve o fechamento de um ciclo? Grubisich - Para mim claramente tinha um ciclo: ou eu renovava esse ciclo por mais cinco anos na Braskem para fazer todos esses projetos acontecerem do ponto de vista prático ou eu aproveitava essa grande oportunidade que apareceu de começar todo o programa de desenvolvimento no setor de açúcar e álcool dentro da ETH. Para mim é uma transição muito natural porque basicamente o que o setor de açúcar e álcool vai viver nos próximos anos se assemelha muito aquilo que a Braskem viveu no período 2001 a 2008, que é definir a estratégia, as equipes, o programa de crescimento, a velocidade, a ambição, além da implementação dos projetos próprios da ETH, que são investimentos em 10 usinas, que vão requerer cerca de R$ 5 bilhões em investimentos e com isso criar uma empresa líder no setor de açúcar e álcool. Também há oportunidades importantes no processo de consolidação do setor. É um segmento muito pulverizado, tem muitas usinas e acho que a ETH possui um potencial muito grande de, no horizonte de 2015, transformar-se em uma das principais empresas do setor no Brasil. PS - Porque a Odebrecht escalou você para essa missão?
Grubisich: escolhido por seu perfil em participar de projetos audaciosos
“...basicamente o que o setor de açúcar e álcool vai viver nos próximos anos se assemelha muito aquilo que a Braskem viveu no período 2001 a 2008...” Grubisich - Basicamente pelo perfil, pela minha história, pelo minha característica em participar de novos projetos que tenham uma complexidade grande entre estratégia, organização e implementação. Para a ETH ter uma boa definição da sua visão e de sua estratégia deve existir uma forte disciplina de execução porque você não investe R$ 5 bilhões e não cria 50 milhões de toneladas de cana de capacidade de processamento num período curto sem ter uma forte disciplina na execução. Nada é complexo em si, mas o fato de estar fazendo tudo ao mesmo tempo é que gera uma complexidade muito grande. Acho que na Braskem um ciclo se fechou e na ETH estamos numa estratégia de abertura desse ciclo todo
de crescimento e expansão. Na Rhodia eu tive uma grande vivência ligada ao agronegócio ainda que não diretamente envolvido nesse setor de açúcar e álcool e também tive uma experiência industrial durante todo o meu período na química e na petroquímica. Além disso, conheço a cultura da Odebrecht e sei um pouco a visão do acionista em relação a esse negócio. PS - O que é e quem é a ETH? Grubisich - A ETH é uma empresa que processa três milhões de toneladas de cana de açúcar. Controlada pelo Grupo Odebrecht com 67% do capital, tem a presença de um acionista japonês, chamado Sojitz Corporation. Temos um projeto de investir em 10 usinas, onde duas já estão em operação: uma usina no oeste de São Paulo chamada Alcídea e outra em Mato Grosso do Sul chamada Eldorado, que são duas plataformas importantes para todo o programa de investimentos que vamos fazer. Em Alcídea serão produzidas 2 milhões e 100 mil toneladas de cana e a usina de Eldorado terá uma capacidade de 5 ou 6 milhões de toneladas de moagem. A partir de julho de 2009 entram em operações mais três usinas de produção: uma ao lado de Alcídea que vai ter a capacidade de 5 milhões de toneladas; uma usina nova em Mato Grosso do Sul chamada Santa Luzia que vai processar também 5 milhões toneladas de cana, e uma usina em Rio Claro, Goiás, que também deve estar processando na ordem de 5 milhões de toneladas. Então até 2015, passaremos de 3 milhões para cerca de 50 milhões de toneladas de processamento de cana. Isso é um grande desafio de natureza
agrícola, porque tem que plantar 500 mil hectares de cana-de-açúcar, em condições geográficas e agronômicas diferentes e tem que implantar uma capacidade de processamento industrial compatível com essa ambição. Um ponto importante é que a ETH tem um modelo de negócio fortemente integrado: nós teremos uma presença forte na parte agrícola, um domínio das atividades industriais, produção de açúcar e álcool nas nossas usinas, unidades de produção de energia elétrica a partir da biomassa em co-geração integrada fortemente na parte de comercialização e trade nacional e internacional de açúcar e álcool. Estamos avaliando também todas as oportunidades de investimento na área da logística, ou seja, investimento em alcood uto, em terminais de açúcar, terminais líquidos para estocar e distribuir etanol tanto no mercado interno quanto no mercado internacional. PS - O que significa Bionergia? Grubisich - A Bioenergia é a energia feita a partir de matérias renováveis. A bioenergia é toda a energia feita a partir de produtos de natureza agrícola, de biomassa, e aí você tem vários tipos possíveis de biomassa. Qual a vantagem do Brasil? É que o etanol e a eletricidade feita a partir do bagaço de cana são hoje a fonte mais competitiva para a produção dessa energia. Tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista ambiental. Essa é a nossa vantagem e por isso que o etanol da cana de açúcar está se desenvolvendo muito rápido no Brasil e no mundo. PS - No seu planejamento estratégico a cana de açúcar é matéria-pri-
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///José Carlos Grubisich
Grubisich: até 2015 serão de 6 a 10 companhias de grande capacidade
“...na Braskem um ciclo se fechou e na ETH estamos numa estratégia de abertura desse ciclo todo de crescimento e expansão.” ma para suprir os mercados etanol para combustível, açúcar e eletricidade. Quais as metas? Grubisich - Os setores de açúcar e álcool são totalmente pulverizados. Devem ter centenas de produtores de açúcar e álcool no Brasil. O maior Grupo hoje processa cerca de 35 milhões de toneladas de cana, o que dá a ele cerca de 6 a 7% da capacidade de moagem do Brasil. Isso mostra que é um mercado muito pulverizado. A nossa intenção até 2015 é estar entre os Grupos líderes no setor no Brasil. O objetivo da ETH é que as unidades de produção produzam prioritariamente etanol: será 70% etanol e 30% açúcar na capacidade produtiva. Nós acreditamos que o etanol vai ser o grande alavancador desse setor no Brasil. Essa matéria-prima pode se transformar num
grande combustível para alimentar a frota de veículos no Brasil e certamente vai ter uma participação crescente também como combustível no plano mundial. Esse ano o mercado de álcool para combustível está crescendo cerca de 40%, e isso vai continuar crescendo num médio prazo. E mais para frente veremos uma abertura grande do mercado internacional. Então a indústria vai ter que fazer uma aposta de crescimento e de escala e é nesse contexto que a ETH insere seu programa de crescimento. No horizonte de 2015 talvez tenham 6 a 10 Companhias com grande capacidade de processamento de cana, mas ainda vai existir um volume grande de pequenas e médias empresas, que vão continuar numa lógica de fornecimento muito mais para o mercado interno. E na questão de energia elétrica vai haver uma participação crescente de energia feita a partir de bagaço de cana e outras biomassas, mas vai ser marginal em relação a produção energia elétrica de hidroeletricidade. PS - O fornecedor de etanol para a produção do polietileno verde da Braskem será a ETH? Grubisich - Não necessariamente. A Braskem tem o seu programa de crescimento, tem a sua estratégia. A ETH por sua vez também tem a sua estratégia de crescimento e desenvolvimento. São duas empresas que tem autonomias nas suas principais decisões estratégicas. É evidente que haverá um momento de busca de entendimento entre a Braskem e ETH, mas isso só se dará se a ETH for uma empresa que ofereça as melhores condições em termos de qualidade, segurança de fornecimento e custo
para a Braskem. Ou seja, a Braskem não vai comprar etanol da ETH só porque são empresas primas. Então o desafio da ETH é de competitividade e qualidade. A empresa já identificou um conjunto grande de sinergias com a Braskem e com a Construtora da Odebrecht, em termos de competências, pessoas e de como desenvolver seu negócio. A Braskem é um cliente potencial, mas tem um conjunto enorme de clientes de oportunidades de mercado tanto para o uso de etanol na indústria, quanto o uso do etanol na parte de combustível, além do açúcar para usos tradicionais e o açúcar para uso industrial. A ETH evidente que tem um foco de se tornar um fornecedor muito competitivo para as indústrias e a Braskem é um dos grandes utilizadores em potenciais de álcool, mas há outras empresas com as quais a ETH já tem conversado e que também são clientes importantes. Então a Braskem é um alvo, mas não é o único e também não é foco da estratégia da ETH. Em algum momento é evidente que “primos” se falam com muito mais facilidade do que gente desconhecida. PS - Quais as vantagens do etanol em suas aplicações? Grubisich - O etanol é um produto que tem impacto positivo do ponto de vista ambiental porque você seqüestra carbono durante a fase de crescimento da planta, você estoca esse carbono durante muito tempo dentro do plástico, por exemplo, e a vantagem do plástico é que ele é reciclável e, portanto você tem um balanço ambiental muito positivo. Para outros usos industriais você tem uma matéria-prima renovável e amigável do pon-
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///José Carlos Grubisich
O uso do etanol na área de plásticos
dutores de etanol no plano global e o uso industrial será uma parte do nosso portfólio de produtos. Hoje o grande mercado para o etanol é o mercado de combustível que está se desenvolvendo no mundo todo. E o projeto da ETH é de criar uma empresa líder que tenha o modelo integrado de negócio e com foco na criação de valor e na rentabilidade. Estaremos buscando sempre definir um portfólio de produtos, de clientes e de mercados que maximize essa rentabilidade.
já é uma realidade, diz Grubisich
“O uso de etanol na área de plásticos já é uma realidade, tem a Braskem, Rhodia, Solvay e Dow trabalhando com isso.” to de vista ambiental, ou seja, o carbono contido no etanol passa a ser muito competitivo quando você olha os preços do petróleo, e há tendência de aumento do preço deste num futuro não muito distante. Então, nessas condições, além da vantagem do apelo ambiental, o etanol hoje é muito competitivo e pode ser uma fonte para utilização industrial de vários tipos de produtos. O uso de etanol na área de plásticos já é uma realidade, tem a Braskem, Rhodia, Solvay e Dow trabalhando com isso. Há um conjunto enorme de oportunidades que vão se mostrar viáveis técnica e economicamente num futuro próximo. O projeto da ETH é de produção de etanol, açúcar e energia elétrica numa lógica nacional e internacional. Nós queremos ser grandes pro-
PS - Esses produtos fabricados pela ETH suprirão a demanda nacional? Grubisich - No caso do etanol existe um crescimento com taxas muito importantes, esse ano 40% do crescimento. Os americanos são os maiores produtores de etanol do mundo. Eles produzem através de milho, que é uma fonte não competitiva e a nossa previsão é que o açúcar de cana do Brasil vai passar a ter uma presença crescente nos EUA, mas sempre complementar a própria produção americana. A Europa também tem outras fontes para produzir etanol como trigo e beterraba, mas o álcool de cana é o álcool mais competitivo de todas as fontes disponíveis hoje no mundo. Mesmo as novas tecnologias que prevêem fazer etanol a partir de celulose, elas ainda produzirão um álcool muito mais caro do que o álcool de cana feito no Brasil. Então o país vai ser o produtor mais competitivo de álcool do mundo no curto, médio e longo prazo. E por definição, se houver uma liberalização do comércio internacional, o Brasil vai ocupar os grandes mercados internacionais. Por isso que há um número
enorme de projetos, a capacidade de produção no Brasil vai dobrar nos próximos anos, vai triplicar até 2018 porque o Brasil cresce, o mercado internacional também cresce de maneira evidente e todo mundo está buscando produto renovável. A consciência ambiental dos consumidores tem mudado a olhos vistos, é impressionante.
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PS - Essa consciência ambiental está em alta. Ela vai além do “modismo”? Grubisich - Acho que as pessoas tomaram consciência de que o petróleo é um produto finito que vai continuar durante um tempo um produto dominante na matriz energética mundial, mas que outras fontes de energia têm que começar a se desenvolver. O etanol é uma delas. Mas você ainda tem energia eólica, energia nuclear, uma série de outras fontes alternativas que vão começar a complementar o petróleo como a fonte principal no mundo. E o objetivo do etanol não é substituir o petróleo, e sim ser uma alternativa complementar. No caso do plástico, o uso do etanol para a produção de polímeros vai ser complementar às fontes petroquímicas tradicionais.
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Divulgação/PS
ENTREVISTA
///José Carlos Grubisich
PS - Em sua opinião, os preços das matérias-primas oriundas de fontes renováveis, como etanol, terão preços diferenciados das resinas provenientes de petróleo? Grubisich - Ela terá um preço diferenciado justamente pela agregação de valor. O consumidor hoje está disposto a pagar um prêmio em relação a produtos tradicionais por essa questão de ser produtos feitos com matérias-primas renováveis, com apelo ambiental. Então o preço de venda dos polímeros também terão prêmio em relação a pro-
As pessoas já têm consciência que o petróleo é finito, mas há opções
“No caso do plástico, o uso do etanol para a produção de polímeros vai ser complementar às fontes petroquímicas tradicionais.” dutos tradicionais e o consumidor está disposto a pagar esse valor por essa vantagem de utilização. Agora, no longo prazo, é evidente que esses produtos feitos a partir de matérias-primas renováveis terão que mostrar um nível de competitividade muito forte em relação às outras opções. PS - A meta dos ambientalistas vai de encontro à bionergia? Grubisich - O pensamento moderno é o desenvolvimento sustentável que combina desenvolvimento econômico, ambiental e social. Você tem que equilibrar essas três dimensões porque esses elementos precisam interagir. Hoje tudo o que existe de moderno é a noção do desenvolvimento sustentável. O setor de açúcar e álcool responde integralmente a essa questão. Porque
você tem uma cultura compatível com a prática ambiental moderna: plantio mecânico, colheita mecânica, essa indústria vai deixar de fazer queimadas num futuro próximo, uma grande parte da matéria é transformada em etanol, açúcar ou energia elétrica a partir do bagaço da cana, toda a parte de folhas é reciclada no solo para dar fertilidade, os resíduos todos são recicláveis e reutilizáveis, e esses produtos estão substituindo produtos não renováveis, como gasolina. Então o ciclo todo da cana-de-açúcar é um ciclo que tanto do ponto de vista agrícola quanto industrial tem um apelo ambiental com vantagens econômicas e ambientais. Ainda há também vantagens positivas em relação a outras opções de produção de etanol de biomassa. É muito melhor fazer álcool de cana do que fazer álcool de milho, beterraba ou trigo. A eficiência energética e ambiental é muito favorável à produção de álcool de cana. Por isso que o Brasil é visto hoje como o grande provedor de soluções competitivas e amigáveis do ponto de vista ambiental para a questão energética global. PS - Uma das áreas de produção da ETH é no Vale do Paranapanema. Esse local não é uma região de conflitos sociais? Grubisich - O modelo da ETH hoje é de concentrar usinas numa mesma região porque acreditamos que isso traz vantagens competitivas, redução do custo de investimento, melhoria da rentabilidade e sinergias entre as diferentes usinas. O pólo do Pontal do Paranapanema, como você disse, tem uma questão fundiária histórica, com presença também do MST (Movimento
que a ETH seja uma referência
“A Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) é a coluna vertebral da nossa cultura, das nossas crenças e valores.” luna vertebral da nossa cultura, das nossas crenças e valores. Na ETH nós vamos fazer o nosso crescimento e desenvolvimento em linha total com essa filosofia, essas crenças e com esses valores da empresa, que é um compromisso forte com o desenvolvimento econômico e social do Brasil, uma confiança e valorização nas pessoas, reconhecimento de que elas fazem a diferença em qualquer projeto empresarial a partir da confiança no ser humano. Existe um processo de descentralização e delegação planejada para que as pessoas possam ter um plano de vida e de carreira que maximize a sua realização tanto material quanto moral e acho que essas são as condições que tem trazido um sucesso muito grande para a Odebrecht e que trouxe êxito para a Braskem. Baseado nesses valores e nes-
PS - Quais foram os principais desafios vividos na Braskem nesses sete anos? Grubisich - O desafio foi de criar uma empresa complexa com ambição de internacionalização, com um projeto claro de consolidação do setor no Brasil e que teve que administrar um período de crescimento rápido, com a chegada de culturas diferentes, de empresas com perfis diferentes e estar nesse período convivendo com o petróleo que passou de 18 dólares o barril em 2002, quando a empresa foi criada, e chegou no inicio de 2008 a 145 dólares. Então foi um grande movimento de transformação empresarial no contexto de câmbio e petróleo desafiador. Apesar de tudo isso as equipes da Braskem mostraram competência, compromisso, talento para superar todas as dificuldades e fazer uma empresa que cresceu praticamente 30 a 35% ano, que foi rentável mesmo nos momentos de maior desafio. É uma empresa que está preparada para continuar crescendo, continuar sendo rentável e agora ser uma Companhia que tem um papel ativo não só na petroquímica brasileira como na internacional. A Braskem teve esse papel de exemplo para a consolidação e modernização do setor químico e petroquímico no Brasil. O meu desafio hoje é fazer com que a ETH também seja uma referência, um exemplo de operação, rentabilidade, projeto de crescimento e sustentabilidade dentro do setor de açúcar e álcool no Brasil, ou seja, que a ETH seja o farol de modernidade para o setor de açúcar e álcool no país. P S
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O desafio hoje é fazer com
sa cultura a ETH tem condições de ter um sucesso para o futuro.
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PS - Você poderia falar sobre a filosofia TEO? Grubisich - A ETH é uma empresa controlada pela Odebrecht. A Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) é a co-
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dos Sem Terra). Mas acreditamos que é uma região com vantagens competitivas naturais para o desenvolvimento de pólo de açúcar e álcool. Nós temos a usina de Alcídea operando lá e há uma outra que entra em operação em julho do ano que vem, a Usina Conquista do Pontal e elaboramos outros projetos de desenvolvimento para essa região. E qual é a vantagem? A primeira é que vamos implantar projetos que tenham forte sustentabilidade do ponto de vista econômico, social e ambiental. Com criação de emprego e renda. Todos os nossos projetos têm uma abordagem de mecanização do plantio e da colheita, aumentando a qualidade dos empregos e da renda disponível e nós acreditamos que o nosso projeto traz vantagens tanto no Pontal do Paranapanema quanto no Mato Grosso do Sul e Goiás, a combinação de desenvolvimento econômico com desenvolvimento social e ambiental. E nesse contexto esses projetos só podem trazer uma notícia positiva para todas essas questões de natureza fundiária, de emprego, de desenvolvimento nas regiões. Então nós não tivemos nenhum problema estrutural e acho que na medida em que nossos projetos se desenvolverem todas essas regiões vão se beneficiar e evidente que os habitantes também terão um impacto positivo da chegada de usinas nessas regiões. Então se acaba agregando valor em relação à utilização que hoje é dada para as terras disponíveis.
DESTAQUE
///Aditivos & Pigmentos
Um toque de evolução e eficiência Divulgação/PS
As principais indústrias químicas investem em pesquisa e desenvolvimento para oferecr novos tipos de aditivos e pigmentos que melhoram a performance das resinas. Confira algumas das novidades desse segmento e o tipo de oferta já disponível no mercado.
Ortega diz que a Cromex possui uma linha completa de aditivos funcionais
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Cromex garante mais produtividade A Cromex é líder no mercado brasileiro em masterbatches e aditivos para o setor de plásticos. Há 30 anos neste setor, está presente em mais de 40 países e para promover seu crescimento em um mercado globalizado, investe em sua marca por meio de inovações e lançamentos de novas cores e produtos que atendam as necessidades específicas de cada cliente.
Em 2007 registrou o faturamento R$ 305 milhões, o que representa cerca de 18% de crescimento em relação ao ano anterior. A empresa também atua forte no segmento de aditivos, que dão ao plástico propriedades especiais e são largamente usados nos plásticos para agricultura, construção, entre outros. Conforme César Ortega, Diretor Comercial, “a empresa tem uma linha completa de aditivos funcionais, tais como antiestáticos, deslizantes, anti-
UV, antioxidantes, clarificantes, nucleantes, expansores, marcadores a laser, antifoging, retardantes a chama, entre outros, que atendem as necessidades específicas de determinadas aplicações”, explica. A Cromex também atua com concentrados coloridos, pretos e brancos para os mais diversos mercados: alimentos, cosméticos, brinquedos, automotivo, eletroeletrônico, atendendo legislações específicas para cada setor de negócio. Os masterbatches ou concentrados de cores, informa o executivo, quando combinados com agentes específicos funcionam como um modificador de propriedades originais do polímero proporcionando várias vantagens na indústria transformadora de plástico: • Evita perdas e garante a correta dosagem. • Evita contaminação no processo. As vantagens deste método de aditivação, segundo Ortega, estão na incorporação no processo dos transformadores de plásticos, pois são concentrados já preparados capazes de garantir às empresas transformadoras que o produto final atenderá as características especificadas ou que, ainda, poderá haver aumento de produtividade. “Usualmente, a aplicações dos aditivos são feitas em pequenas dosagens e o fato de serem incorporados a um máster garante a presença desses aditivos no produto final”, ressalta. Além disso, diz o executivo, a Cromex possui, em sua produção, equipamentos específicos capazes de assegurar o grau de dispersão destes aditivos em seus concentrados, o que assegura uma adequada homogeneização no processo de cada cliente. [Mercado] – Segundo Ortega,
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quanto aos setores mais promissores, informa que, em geral, o mercado de embalagens flexíveis e rígidas é o que mais demandou em 2007 e se mostra aquecido em 2008, em função da estabilidade econômica e aumento do poder aquisitivo do consumidor brasileiro. “Conseqüentemente, vem aumentando a busca por novas tendências de cores para suprir as embalagens em lançamento de produtos. A Cromex oferece a seus clientes um software de cores que simula a cor das embalagens de produtos no ponto de venda e em também outras situações”, ressalta. A companhia conta também com uma estrutura de Pesquisa e Desenvolvimento de novas cores e produtos, e já apresenta 13.000 cores catalogadas em sua base de dados. “O aspecto Premium em embalagens de cosméticos e higiene pessoal, por exemplo, gera demanda para cores de efeitos especiais, o que atrai o consumidor, cada vez mais exigente e sofisticado. Os aditivos, por sua vez, compostos especialmente com cargas minerais e aditivos específicos, tiveram demanda alta para o segmento de sacolas e embalagens diferenciadas”, explica o executivo.
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Plástico Sul Sul ## 89 89 -- Agosto Agosto de de 2008 2008 Plástico
Sabic explica a linha Mastermix* Outra empresa com forte atuação nesse segmento é a Sabic Innovative Plastics, que destaca os aditivos Mastermix*. Segundo Edson Simielli, Diretor de Marketing para a América Latina, trata-se de uma linha de produtos concentrados de aditivos que têm a função de modificar as propriedades de uma resina de uso geral, para atender uma necessidade específica. “Neste contexto, as derivações dentro desta família de produtos assumem no-
menclaturas que representam o desempenho funcional do composto”, ressalta. Confira algumas delas:
duto. Desenvolvido para artigos fabricados com PEBDL, PEBD, PEAD, PP, HIPS.
[Microflux*] - Concentrado
[FM18UVAT*] - Concentrado
de aditivo auxiliar de fluxo para melhorar o processamento por extrusão de poliolefinas e poliamidas: Menor pressão no cabeçote, aumento da taxa de produção, com menor consumo de energia. Foi desenvolvido para filmes de LLDPE, para eliminar ocorrência de fra-
de aditivos que atuam sinergicamente, garantindo alta resistência ao intemperismo e ao trilhamento elétrico. Evita a formação da trilha carbonizada condutiva, criada pelas descargas elétricas. O produto é indicado para fabricação de acessórios de PEAD, tipo isoladores elétricos e separadores de Divulgação/PS
DESTAQUE
///Aditivos & Pigmentos
Edson Simielli destaca as propriedades da linha Mastermix* da Sabic
tura do fundido e os problemas de “Build-up” (depósito de material degradado nos lábios das matrizes) diminuindo constantes paradas para a limpeza do equipamento. Também diminui a formação “gel” e melhora a consistência da distribuição de espessura de filmes e peças sopradas. [UVMIX*] - Concentrados para estabilização contra radiação ultravioleta, evita a degradação térmica e à luz solar, preservando as propriedades mecânicas, durante as várias fases do ciclo de vida do pro-
cabos de média tensão, usados na rede compacta de distribuição de energia. [MB AO*] - Concentrados de aditivos antioxidantes, protegem as poliolefinas contra a degradação termo-oxidativa durante o processamento. O produto também é indicado na re-extrusão de materiais reciclados. [SI-SLIP*] - Concentrado de sílica e erucamida apropriadamente dispersos em PEBD. Um só produto promove os efeitos de anti-bloqueio e deslizante em filmes, para indústria de embalagens em PEBDL e PEBD.
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DESTAQUE
///Aditivos & Pigmentos Dióxido de Titânio, destaque da Resinet
Divulgação/PS
Além de contar com commodities em seu mix como distribuidora de resinas, a Resinet Import Export S.A, também comercializa aditivos, como ressalta o Diretor Comercial Antonio Celso Ferraz. “A Resinet é distribuidora de Dióxido de Titânio da gigante americana Tronox, terceira maior fabricante do mundo e que disponibiliza ao mercado brasileiro produtos voltados principalmente aos segmentos de
poder de cobertura, conferindo elevada durabilidade e brilho tanto para aplicações internas como externas, muito acima da média de produtos similares”, ressalta. Ferraz acrescenta que os Dióxidos de Titânio da Tronox têm ótima aceitação no mercado de tintas, segmento que se destaca em nossas vendas. “Além deste mercado, devido à versatilidade do produto combinada com as características técnicas dos mesmos, outros segmentos como plásticos, em especi-
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A Resinet comercializa Dióxido de Titânio fabricado pela Tronox, dos EUA
tintas, plásticos, papel, além de outros produtos para nosso uso diário”, ressalta. “Este aditivo, informa Ferraz, é essencial na formulação de tintas e composição de plásticos a base de olefinas e PVC.” O executivo esclarece sobre benefícios. “Dentre os graus comercializados, destacamos um produto universal multi-propósito e de excelente performance para pigmentação em geral, Tronox CR 828, que combina elevadas propriedades óticas e excelente
al olefínicos e PVC, têm obtido excelentes resultados com os produtos Tronox. Mercados estes cujo crescimento tem sido substancialmente superiores ao ano anterior”, completa
Colorfix valoriza o Process Plus Com sede em Colombo, na região metropolitana de Curitiba (PR), a Colorfix é uma empresa que vem se destacando no setor de aditivos, pigmentos e masterbatches. O Diretor Comercial Amarildo Bazan, com larga experi-
ência no setor plástico, destaca o perfil dos serviços. “Nestes 18 anos de atividade, nos especializamos em desenvolvimentos de pigmentos para cada cliente, ou seja, temos um laboratório que realiza o desenvolvimento de acordo com a necessidade que o nosso parceiro deseja, estes pigmentos são comercializados na forma de masterbatches, colorbatches que são micro grânulos com uma concentração maior de pigmentos e aditivos; masterbatches e colorbatches especiais sem veículo termoplásticos, além dos produtos em líquido e pó. Na área de aditivos a empresa destacou na feira a Linha Process Plus. Bazan diz que se trata de um produto totalmente atóxico e que dentre várias funções aumenta a produtividade, diminuindo a temperatura de cristalização e restabelece algumas propriedades de resinas recuperadas. “Além deste aditivo trabalhamos com uma ampla gama de outros, necessários para o nosso segmento de mercado como bactericidas, fungici das, anti UV, expansores, lubrificantes, desmoldantes, agente de purga, antiestáticos, antioxidantes, antibloqueio, deslizantes, retardantes de chama, antfibrilante, aromatizantes, clarificantes, alvejantes, impressão a laser e o MB Filler que é um composto mineral que substitui a resina virgem com um custo bem mais interessante, além de melhorar as propriedades de deformação e ruptura”, enumera. [Benefícios] - Quanto às vantagens, segundo Bazan, todos estes aditivos servem para melhorar o processo ou a característica do produto final, por isso sempre procuramos junto com o cliente verificar qual o pacote mais atrativo e economicamente vi-
[Disflamoll /Levargard] Retardantes a chama, baseados em fosforados orgânicos, para resinas poliméricas (halogendos e não Halogendos), com efeito de plastificantes; [Baymod] - Modificadores de impacto e de temperatura para PVC, POM, ABS, PUR, EVA, PC, etc. e polímero plastificante para PU;
[Mesamoll / Unimoll/ Triacetina] - Plastificantes monoméricos (libers de ftalatos) e acetatos destinados para plásticos e borrachas; [Ultramoll] - Plastificantes
Alejandro Gesswein, da Lanxess, destaca as múltiplas vantagens
poliméricos a base de poliéster destinados para plásticos, borrachas e polímeros termoplásticos;
[Porofor /Ficel/ Genitron]
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A Lanxess tem forte atuação no setor de aditivos e pigmentos e, conforme Alejandro Gesswein, gerente de marketing da unidade Functional Chemicals, a empresa fabrica aditivos com pigmento e corantes para plásti-
cos. “Se considerarmos o termo ‘Plástico’ como um segmento que aborde todas as resinas poliméricas, então nosso portfólio para este grande segmento se resume na relação a seguir, diz o executivo”.
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Lanxess tem mix versátil
Divulgação/PS
ável ao seu negócio. Sobre os melhores mercados o executivo foi enfático. “Devido a grande competitividade do setor e os aumentos de preços, todos os segmentos estão a procura de substâncias que melhorem a performance do seu produto e isto está sendo mantido este ano, o mercado está com alguns segmentos bem aquecidos, o que irá com certeza garantir os objetivos planejados para 2008”, revela o diretor da Colorfix.
DESTAQUE
///Aditivos & Pigmentos - Agentes expansores especiais para a fabricação de artigos esponjados à base de EVA, PVC, PE, P , borrachas e etc..
[Promotores de Adesão] -
Divulgação/PS
Agentes de adesão à base de poliisocianurados para plásticos sobre tecidos e telas de poliamida e poliéster, monocomponentes e bicomponentes; Macrolex - Corantes base solventes para Plásticos de Engenharia; Bayplast - Pigmentos orgânicos amarelo com alta solidez a luz para plásticos; Solfort - Pigmentos orgânicos diversos para plásticos. Quanto a novidades, Gesswein
cantes, Mesamoll / Uninoll / e Ultramoll, por exemplo, fornecem uma excelente flexibilidade aos produtos, uma excelente resistência ao desgaste do tempo e da saponificação e possuem as devidas cerificações tanto européia com americana para serem usados em contatos com alimentos e brinquedos”, destaca Gesswein Segundo o gerente de marketing da Functional Chemicals, o segmento que mais movimentou o mercado de plásticos foi o automobilístico e isso é válido também para pigmentos e corantes. “Nesse senti-
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Clariant fez lançamento para resinas de fonte renovável na K
ressalta que os lançamentos mais recentes têm acontecido em outros segmentos. “No mercado de plásticos, o foco tem sido consolidar nossa posição de liderança mundial no segmento de aditivos para polímeros, principalmente, na linha de corantes solventes – Macrolex”, revela. As vantagens e benefícios ao produto final, segundo o executivo, variam de acordo com as funções dos produtos. “A linha de produtos plastifi-
do, a linha de produtos que mais se destacou foi a do Macrolex, corantes microgranulados para Plásticos de Engenharia que permitem cores brilhantes e transparentes, alta pureza, alta estabilidade no calor e também alta resistência à luz”, diz. “Atualmente, explica Gesswein, a empresa também está com uma demanda bastante interessante por plastificante NÃO oftalatos para os segmentos de embalagens flexíveis em contatos com
alimentos e brinquedos”, informa. Para Gesswein é importante destacar que todos os produtos da unidade de negócios Functional Chemicals que a Lanxess oferece ao segmento de plásticos, “estão alinhados ao Reach, permitindo assim uma garantia de segurança tanto na produção, como na comercialização destes químicos”, finaliza.
Clariant apresenta novidades A importância dos aditivos para o aprimoramento de matérias-primas para a indústria do plástico é essencial, segundo Liliana Rubio, Head do Segmento de Aditivos e R&D, da América Latina, uma Divisão da Clariant Masterbatch. “A indústria dos aditivos é ferramenta fundamental para as formulações dos plásticos no sentido de que permitem atingir as novas características e funções exigidas na transformação e produtos inovadores”, ressalta. De acordo com a executiva da Clariant, “o mercado de aditivos acompanha a evolução das aplicações plásticas; as formulações estão focadas em atingir os requerimentos das tendências mundiais referentes a desenho de produtos plásticos dentro dos conceitos de Renovar, Reciclar, Reusar, Renovar, Bem Estar,segurança e nanotecnologia.”, diz. “Como líderes no mercado mundial de aditivos MB”, acrescenta Liliana Rubio, “temos desenhados aditivos masterbatches que apresentem estas funcionalidades como redutores de energia, antimicrobiais, aditivos para rastreabilidade, modificadores de impacto, retardantes a chama entre outros”, enumera. Ela explica: “por exemplo a tendência chamada Reusar implica que os
Milliken: foco na sustantabilidade A Milliken Chemicals, com sede em Spartanburg, Carolina do Sul (EUA), trabalha no mercado de embalagens com aditivos para poliolefinas, com forte atuação em clarificação e nucleação do PP, informa Claudia Kaari Sevo, Gerente de Desenvolvimento de Mercado de Aditivos Plásticos. “Millad 3988 é a terceira geração de clarificantes da Milliken. Este produto já é amplamente utilizado no mercado de embalagens, com resinas disponíveis no mercado para diferentes aplicações”, afirma. Segundo Cláudia Sevo, a indús-
tria de cosméticos, de alimentos e de produtos de limpeza bem como utilidades domésticas já utilizam o PP clarificado que pode ser produzido em todos os processos de fabricação. “Este aditivo, além dos benefícios estéticos para embalagem, pode também trazer benefícios menos visíveis para embalagem final, garantindo um processo mais estável e robusto”, ressalta. [Millad NX8000] - “Este novo aditivo confere níveis de transparência jamais vistos na indústria de polipropileno. O novo clarificante reduz pela metade o grau de opacidade das resinas clarificadas com Millad 3988. Em produtos de parede mais grossa fica ainda mais visível esta diferença”, destaca a executiva. Além disto, Cláudia Sevo esclare-
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Clariant mundial com o trabalho sobre química verde nos plásticos”, finaliza.
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produtos precisam ter uma maior vida útil; os aditivos tem ser formulados para cumprir com estas características e garantir uma maior permanência do aditivo na matriz polimérica”, informa. E acrescenta: “Atualmente se usam aditivos de baixa migração, alta estabilidade térmica e alta resistência química molecular, assim mesmo estamos adiantando aplicações com aditivos de absorção ou filtro UV Permanentes”, completa. [Novidade ecológica] - Assim mesmo, informa Liliana Rubio, “a Clariant fez o lançamento oficial de aditivos para resinas de fonte renovável ou biopolimeros. Este lançamento oficial aconteceu na última Feira K na Alemanha. A Clariant Brasil foi ganhadora do prêmio de Inovação Corporativa de
ce que esta nova geração atende de forma mais precisa às necessidades dos transformadores de plásticos, melhorando a consistência e a produtividade total do processo. “Os novos níveis de transparência do polipropileno clarificado com Millad NX8000 aliado com os outros benefícios inerentes ao PP, como baixa densidade, boa resistência térmica e química, bom equilíbrio entre dureza e impacto, e total reciclabilidade devem abrir novas portas para aplicação de PP clarificado como alternativa para outros materiais: vidro , PS , SAN , PC , PVC”, diz. Família de nucleantes para PP e PE - A Milliken tem uma linha de aditivos chamados hypernucleantes. “Estes aditivos atuam nas moléculas do PP conferindo melhor produtividade e melhora na qualidade das peças produzidas. Deformações, bolhas, empenamento são alguns dos problemas que a linha de hypernucleantes pode resolver. Dependendo da necessidade a Milliken pode recomendar a melhor solução”, avisa. [Cleartint] - A executiva destaca também a linha de corantes poliméricos da Milliken, comercializada na América Latina pela Clariant. Estes corantes são idéias para serem utilizados com as resinas clarificadas de PP. Eles conferem cor, acentuando o brilho da peça e mantendo a transparência que o clarificante já conferiu ao PP. “Além disto, não interferem na processabilidade das peças e reduzem significativamente os tempos de purga da máquina em troca de cores comparado com os pigmentos tradicionais”, revela.
[CUV 5836 e Clearshield] – São aditivos absorvedores de raios UV para PP e PET. “Estes aditivos adi-
cionados na resina de PP protegem o produto envasado dos raios UV. Segmentos promissores – Segundo Cláudia Sevo, o mercado de utilidades domésticas é o segmento que historicamente mais utiliza PP clarificado, mas a utilização do PP no mercado de embalagens vem crescendo significativamente. “O mercado de termoformagem, tanto na linha de produtos descartáveis como industriais também vem crescendo. As tampas de margarina transparentes e coloridas hoje são uma constante no mercado”, ressalta. Atualmente, diz a executiva, além dos mercados já desenvolvidos e estaDivulgação/PS
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///Aditivos & Pigmentos
Milliken: além do Millad NX8000 há também nucleantes, corantes, etc.
belecidos de utilização do PP, com o lançamento de Millad NX 8000 a empresa explora novas possibilidades, como o mercado de sopro, com embalagens para cosméticos e produtos de limpeza. “Além disto, estamos explorando aplicações em injeção com paredes mais grossas ou onde alta transparência é um requisito. E trabalhamos em projetos para substituição de vidro e outros materiais como PVC, PE, bem como ampliando a utilização do PP no mercado de eletrodomésticos,
substituindo SAN e PC nas partes transparentes da peça”, informa. No mercado de cosméticos e alimentos, potes em ISBM podem trazer soluções bastante interessantes para o mercado!, destaca. “Hoje estamos buscando novas aplicações para o PP com as novas características que o Millad NX 8000 confere ao material“, diz Cláudia Nova.
Basf: variedade de produtos Empresa química de atuação internacional, com forte presença no segmento plástico, a Basf possui, segundo José Marcos Qualiotto, Gerente de Suporte Técnico Regional da unidade de Químicos de Performance, um completo portfólio de pigmentos e aditivos para uso em plásticos. “Possuímos produção local de ftalocianinas de Cobre azuis e verdes com aplicação universal em plásticos, localizada em Guaratinguetá, sendo totalmente verticalizada, produzindo desde um ftalo cru até os produtos mais sofisticados, tais como os Ftalos Epsolon de matiz avermelhado e Copper free de matiz turquesa”, ressalta o executivo. Segundo Qualiotto, “a Basf também possui pigmentos orgânicos de alta performance, que podem ser utilizados em diversas aplicações, sendo inclusive excelentes opções técnicas em formulações lead free de alta performance, como os amarelos Paliotol® e vermelhos Paliogen®”, diz. Os pigmentos inorgânicos de alta performance estão representados pelas linhas Sicopal® (a base de Vanadatos de Bismuto amarelos, azuis de Cobalto etc), amarelos e marrons Sicotan® e Sicotrans®. O gerente acrescenta que “além disso, temos os pigmentos de efeito perolizados, com efeito metal líquido,
rência aos substratos, dependendo de suas características. “Pigmentos adequados além de serem os agentes da cor podem trazer outros efeitos. Por exemplo, estamos divulgando nossos pigmentos frios, que podem gerar cores que esquentam menos que os pigmentos tradicionais. Isto se deve a um fenômeno de transparência na faixa do NIR”, explica. E acrescenta que com o uso cada vez mais importante de produtos biodegradáveis, “nós temos avaliações que orientam o usuário sobre os limites de uso para compostabilidade dos produtos tingidos com nossos pigmentos”, ressalta. E informa que os Pigmentos de efeito são um capítulo a parte, pois trazem efeitos de metal líquido, de
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peça, resultando sempre em cores escuras e, com isso, ficando impossível atingir cores brilhantes ou completamente transparentes”, revela. Segundo o executivo, com o Lumogen® IR 765 e Lumogen® IR 788 esse processo acabou, pois os mesmos são altamente transparentes perto do infrared com um resíduo de cor muito baixo no espectro, permitindo assim atingir cores transparentes e brilhantes e soldagem de peças em várias combinações de cores ou totalmente transparente. Temos ainda o Mark-It®, onde pode-se criar marcas claras em substratos escuros e marcas escuras em substratos claros”, destaca. [Benefícios] – Sobre as vantagens, Qualiotto diz que os Pigmentos conferem cor, cobertura, transpa-
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representados pelas linhas Mearlin®, Meralite®, Firemist® etc”. E explica: “Na linha de aditivos temos uma importante linha de absorvedores UV e light stabilizers, representados pela linha Uvinul® de amplo uso no setor de plásticos e também os Aditivos Joncryl®, que permitem grandes desenvolvimentos nos processos de reciclagem de PET e mesmo de uso mais eficiente de outros polímeros (inclusive PET) virgem”, informa. Qualiotto também informa que a Basf tem a linha Lumogen® IR. “Até agora, somente peças transparentes/ pretas e combinações pretas/pretas eram passíveis de soldas por transmissão à laser. Era necessário adicionar uma placa colorida com negro de fumo ou outro colorante preto no fundo da
DESTAQUE
///Aditivos & Pigmentos Construção civil aquece a Rohm And Hass
resistência ao efeito de “stresswhitening”.
Conforme Sergio Renato Yai, Gerente de. Marketing para a América Latina em Aditivos para Plásticos, a Rohm And Hass tem tradição no fornecimento de aditivos e pigmentos para essa área. E cita produtos como “Auxiliares de Processamento, Modificadores de Impacto base acrílica e MBS, Estabilizantes Térmicos, Lubrificantes e Biocidas. Esses aditivos e suas propriedades são conhecidos como:
[Estabilizantes Térmicos] - evitam que o processo de
Divulgação/PS
grafite, efeitos cintilantes pronunciados, que valorizam produtos e embalagens. Segundo Qualiotto, os aditivos Joncryl® melhoram a processabilidade de diversos polímeros e os aditivos Uvinul® possuem desempenho destacado na proteção dos plásticos contra as condições mais agressivas de intempéries. “Quanto ao Mark-It® e Lumogen® IR, os mesmos são totalmente fáceis de trabalhar e não deixam resíduos para o meio ambiente”, ressalta.
degradação do PVC, durante o processamento, atinja um nível que comprometa o desempenho do produto final. [Lubrificantes] - reduzem a barreira ao movimento relativo entre as moléculas do polímero e/ou entre a massa polimérica fundida e as superfícies metálicas dos equipamentos de processamento, tais como roscas, cilindros e matrizes. [Biocidas] - mata microorganismos tais como bactérias, fungos e algas. Sérgio Yai ressalta que o segmento da construção civil tem sido o mais promissor. “Em 2008 o setor segue sendo o líder em demanda, com tendência de crescimento em relação a 2007”, completa..
Rhodia melhora resinas
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Basf mantém constante processo de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos
Para finaliza, o executivo esclarece que “todos os segmentos buscam pigmentos mais adequados para cada aplicação específica, desempenho, e boa relação custo-benefício, mas a sustentabilidade tem sido a tônica de nossos novos produtos, como pigmentos frios, que minimizam impactos ambientais, Pigmentos lead free, atóxicos de alta performance, Pigmentos para produtos compostáveis e um grande crescimento em aditivos anti-UV (Uvinul®),“ completa Qualiotto.
[Auxiliar de processamento] - os benefícios que os auxiliares de processamento proporcionam são fusão mais rápida, uma massa fundida com maior homogeinidade, resistência e elasticidade, controle do inchamento do extrudado, redução de plateout, melhora da qualidade superficial do produto e facilita a termoformagem.
[Modificador de impacto] - melhora a resistência ao impacto tanto de produtos opacos quanto transparentes, melhorar a
A Rhodia não produz aditivos e pigmentos, é uma usuária no processo de fabricação de poliamidas/ plásticos de engenharia. A coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Suzana Kupidlowski, revela quais produtos são usados no processo. “A Rhodia utiliza modificadores de impacto, protetores térmicos e anti-UV, cargas de reforço e lubrificantes”, resume. Sobre as vantagens no uso destes aditivos, a especialista destaca que “os benefícios encontrados são o aumento de propriedades mecânicas, fluidez, coloração, proteção térmica e melhoria na estabilidade dimensional”, completa. P S
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EVENTOS
///Interplast 2008
Feira supera expectativas
dos expositores
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Paulo Maluche/PS
Após o balanço a previsão dos organizadores é gerar negócios de R$ 400 milhões nos próximos seis meses
Apoio: o prefeito de Joinville, Marcos Tebaldi (E), Albano Schmidt (Simpesc), Merheg Cachum (Abiplast) e Luiz R. Lepeltier (Messe Brasil)
O
evento já está consolidado e o resultado positivo foi confirmado pelas mais de 28 mil pessoas que passaram pelos pavilhões do Megacentro Wittich Freitag - Expoville durante a Interplast - Feira e Congresso Nacional de Integração
da Tecnologia do Plástico, organizada pela Messe Brasil de 25 a 29 de agosto, em Joinville. A quinta edição da feira deve gerar negócios na ordem de R$ 400 milhões nos próximos seis meses. Antes mesmo de contabilizar aspectos positivo, ava-
liar o que precisa ser melhorado a Messe Brasil já pensa na próxima edição da feira, a Interplast 2010. O diretor da empresa, Luiz Roberto Lepeltier, estava satisfeito com os resultados obtidos, pois foi o sentimento que teve no contato com os
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EVENTOS
///Interplast 2008 expositores e visitantes: “Nosso evento fecha com chave de ouro, pois estão sendo superados os números de 2006 e todos que nos procuram mostram a satisfação nas manifestações. E claro, já estamos trabalhando para 2010”, disse. Lepeltier ressalta que existe uma expectativa para o futuro de um crescimento de 10%, “porque o segmento vem crescendo a uma velocidade muito grande”, relata. Mas observa: “Não acho que vamos ter esse crescimento por muitos anos, mas o Brasil se recuperou e hoje está em um pedestal onde já deveria estar”, completou. A Interplast é a maior feira de plástico promovida em 2008 e reuniu 500 empresas da cadeia do plás-
tico que apresentaram novidades em matéria-prima, compostos, pigmentos, periféricos, ferramentaria e máquinas em geral.
Activas faz evento Para a Activas a avaliação do evento é 100% positiva, com presença de clientes dos três estados do Sul, em especial da Serra Gaúcha, e da Argentina. Foram mais de 500 visitantes no estande com presença significativa dos transformadores de todo estado de Santa Catarina e do Paraná. No seu quarto ano a filial de Joinville esta ampliando, dobrando a sua capacidade instalada e atuação mercadológica. Segundo informações da empresa, a estrutura completa local faz um mix de
diferenciais como: estoque, entrega, atendimento e assistência técnica. “A proximidade com os clientes gera comprometimentos recíprocos de forma profissional e mais douradora. A Interplast realmente se consolida como a segunda feira mais importante do setor”. No mesmo período da feira, a empresa apresentou um evento sobre as tendências de mercado QuattorActivas. O encontro realizado no Bourbon de Joinville-SC e contou com cerca de 50 pessoas. Foi uma ação que levou aos clientes dos três estados, informações referentes a novas políticas e perspectivas que já se iniciaram de forma prática em volumes, preços, produtos, prazos entre outros itens.
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Estreante na Interplast, mas com 15 anos de atuação e alto conceito como fabricante de máquinas e equipamentos especiais para a indústria de plásticos flexíveis, a Mega Steel, com sede em Indaiatuba (SP), tem uma trajetória exemplar, sempre em busca de expansão, mas com equilíbrio. E uma das ações foi participar da feira em Joinville, procurando expandir-se no mercado interno. Segundo o diretor Alexandre Messias, a participação foi muito boa. “É uma feira bem organizada, com público interessado”. O executivo ressaltou que, ao contrário de muitos empresários, não tem queixas e a Mega Steel está vendendo bem e crescendo. “2006 foi ótimo, 2007 também foi ótimo e 2008 está sendo melhor”, ressaltou. O segredo do sucesso? Não parece nada excepcional, segundo Messias. “Fabricamos produtos de alta
Divulgação/PS
Mega Steel: equilíbrio entre a exportação e o mercado interno
qualidade, ótimo desempenho... Não são baratos, mas quem compra sabe que será recompensado”. Este foi um dos detalhes revelados. O outro é estratégico e o empresário explica que muitos fabricantes abandonaram o mercado externo quando o dólar começou a cair frente ao real. “Eu continuo exportando. Tenho que vender mais barato, mas mantenho minha carteira de clientes e ganho de outra forma, na compensação dos benefícios fiscais como isenção de PIS, Cofins, IPI, ICMS e outros”.
Messias sabe que se abandonar o mercado porque a margem está estreita, perderá o cliente e será muito difícil recuperá-lo. Por isso também se dedica ao mercado interno, que está aquecido. “É importante manter o equilíbrio entra a exportação e o mercado nacional. Não se deve só pensar em exportar, assim como não dá para viver só do mercado interno”, comparou. [Novidade] – Além de apresentar uma série de produtos aos visitantes da Interplast, a Mega Steel tem novidade no mercado: trata-se da Revisora Jaguar, que Messias cedeu em regime de pré-teste para uma empresa (Tecnoval), comprometendo-se a não colocá-la à venda no mercado antes do prazo dado à empresa. É assim, com audácia, criatividade e honestidade que a Mega Steel se firma como uma das mais conceituadas fabricantes de máquinas para o setor.
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EVENTOS
///Interplast 2008 Ipiranga Química 100% Braskem
ganhos importantes com isso “ destaca Chamma. Ele diz que na sua operação a Ipiranga Química não mudou absolutamente nada e não houve qualquer interferência. “O Plano Estratégico continuou sendo desenvolvido, onde a Unidade de Polímeros era uma das mais importantes e continua sendo”, avisa. “Estamos implementando desde o ano passado um processo em todas as áreas. Temos uma linha de
Paulo Maluche/Divulgação/PS
Durante anos a Ipiranga Química realizou um trabalho de vanguarda em busca de alto desempenho e conceito. E conseguiu se transformar na maior distribuidora de produtos químicos do Brasil. No entanto, no ano passado, quando os seus ativos foram comprados pelo Grupo Braskem, ficou uma dúvida: o nome da empresa também seria incorporado à Braskem ou man-
Seibt comemora resultados
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João M. Chamma (E) e James Tavares: empolgados com a nova fase
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para divulgar o ampliado portfólio de produtos, que passa pelas tradicionais commodities, uma grande cesta de Plásticos de Engenharia, Dióxidos de Titânio e Masterbatches. “Estamos ampliando nossa presença na região, impulsionados pelo crescimento do setor plástico no Sul e também pelo aumento da nossa equipe de vendas”, ressalta. A Resinet conta hoje com duas filiais no Sul, uma em Caxias do Sul (RS) e São José dos Pinhais (PR), garantindo conforto e agilidade no atendimento aos clientes.
teria sua identidade própria. Na Interplast, onde esteve como expositora, a questão foi explicada pelo Gerente da Divisão de Químicos João Miguel Thomé Chamma e pelo Gerente da Unidade de Negócios James Francisco de Andrade Tavares. “A Ipiranga Química vai ficar melhor ainda”, garantiu Chamma. O executivo ressalta que o processo de adequação vem sendo feito desde a aquisição dos ativos – março de 2007. “O que concluímos depois da mudança, é que hoje a Ipiranga Química é uma empresa 100% Braskem pela composição acionária. E nós tivemos
transformação e master e crescemos no mercado numa avaliação de agosto a agosto”, relata.
Resinet amplia presença A feira foi muito positiva para a Resinet, segundo o Diretor Comercial Antônio Celso Ferraz, principalmente pelo bom número de visitantes. “A participação nos possibilitou estreitar mais o relacionamento com muitos dos nossos atuais clientes e nos abriu ótimas oportunidades de negócios na Região Sul do país”, destaca. Mas citou outro motivo importante. Além disso, foi uma grande oportunidade
Os expositores comemoram os resultados da feira, mas não divulgam números. De acordo com o diretor da Seibt Soluções para a Indústria do Plástico, Carlos Seibt, os contatos foram muito bons. “Recebemos questionamentos, realizamos vendas e ficamos com perspectivas de novos negócios. O resultado continua depois daqui”, destaca. A empresa gaúcha, que levou dois lançamentos para Interplast, atendeu visitantes brasileiros, do Chile, Venezuela, Paraguai e Argentina.
Battenfeld valoriza região Cássio Luis Saltor, da área de Vendas da Battenfeld registra que “Santa Catarina é o melhor estado em resultado de vendas para a empresa”. Segundo ele, os anos de 2007/ 2008, especialmente 2007, foram excelentes e tiveram influência direta da feira de 2006.
Colorfix expande fronteiras Amarildo Bazan, Diretor Comercial da Colorfix, destaca que na avaliação feita pela empresa, “a feira foi muito importante para a solidificação da marca Colorfix nos nossos clientes, o
Divulgação/PS
número de compradores que nos visitaram foi recorde em relação às edições anteriores e a quantidade de novos negócios também foi acima das expectativas”, ressaltou. “Neste ano, especialmente em função da abertura de novo escritório em São Paulo, recebemos um grande número de clientes do Sudeste e temos certeza que este número será bem mais expressivo na próxima edição”, completou.
Grupo NZ estréia bem
Sandretto: o diretor Antônio Lopes, satisfeito, diz que a feira cumpriu seu papel
preços acessíveis aos nossos clientes, além do prazo de entrega e pronto atendimento em qualquer eventualidade”, completa o executivo.
Sandretto fica satisfeita A Interplast cumpriu seu papel de proporcionar maior visibilidade para a Sandretto na Região Sul. Esse foi a opinião do Diretor Comercial Antônio Lopes ao final do evento. “A Sandretto
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A outra empresa do Grupo, a NZ Cooperpolymer Termoplásticos de Engenharia também foi muito positiva segundo o diretor Thiago Zaúde. “Igualmente confirmamos o grande potencial da Região Sul no segmento de plásticos e reciclagem”, destaca. “Nossa linha de produtos termoplásticos de engenharia teve grande aceitação do mercado, já que disponibilizamos um produto de qualidade e com
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Thiago Zaúde, diretor do Grupo NZ, estava satisfeito com a primeira participação da NZ Philpolymer - Divisão Máquinas e Embalagens e da NZ Cooperpolymer na Interplast.. “Em nossa primeira participação, logo verificamos o grande potencial que a região Sul oferece no segmento de plásticos e reciclagem. Obtivemos uma grande procura em nossos equipamentos (Extrusoras Mono e Dupla Rosca, Moinhos, Granuladores, Embalagens e Equipamentos de Laboratório) o que nos deixa totalmente satisfeitos, pois estamos expandindo nossa marca ao longo de todo território nacional”,.
EVENTOS
///Interplast 2008 ficou muito satisfeita com o número de clientes que recebeu em seu estande. Houve visitas de todas as regiões, não se limitou à Região Sul. Achamos que conseguimos transmitir a mensagem que continuamos no mercado com máquinas robustas repetitivas e rápidas” destacou o executivo
interessante e segundo Zanetti, é isso que a Pavan Zanetti espera das feiras do setor. “Afinal, os negócios dependem muito da situação econômica do setor na época”, afirma. O diretor apenas faz uma ressalva quanto ao mercado: “O preço do PEAD e PP tem dificultado negócios”.
Pavan Zanetti garante retorno
Moog tem queixas
Na opinião do diretor da Pavan Zanetti, Newton Zanetti, a feira foi bem estruturada e com muitos participantes do setor de máquinas. “Nós expusemos três máquinas funcionando e o retorno de vendas já começou”, revela o empresário, afirmando ainda que espera um bom retorno da Interplast nas visitas pós-feira. A visitação no estande da empresa foi considerada
Apesar de uma quase unanimidade pelos resultados positivos, houve quem se queixasse do retorno fraco. Foi o caso da MOOG do Brasil Controles Ltda. Segundo o Gerente participou pela primeira vez de uma Interplast em 2004. De lá para cá as edições que participamos foram muito boas, com bons contatos. O equipamento que a MOOG comercializa, normalmente, não é vendido em feiras, devido à necessidade de visita técnica para dimensionamento do equipamento. Esta edição da Interplast, no entanto, foi extremamente fraca. Poucos contatos, poucos visitantes de fora de Joinville, realmente muito fraca. Talvez para a próxima edição, melhorar a divulgação em caráter nacional.
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Qualiterme: “uma das melhores” O diretor Neimar Holz, da gaúcha Qualiterme, está empolgado com a Interplast. “Cada semana que passa desenvolvemos um trabalho excelente no pós-feira, que faz com que tenhamos certeza que é uma das melhores em retorno na área do plástico no Brasil”, ressalta. Ele disse que além do público ser bem selecionado, os contatos foram de pessoas que estavam na feira em busca de novos equipamentos e não sendo somente especular ou para avaliar como esta o valor de seus equipamentos.
O diretor informa que através da feira foram efetuados muitos negócios e ainda estão em andamento mais de 80% que se encontram em analise ou aguardando verba com projeto já aprovado. “Também aproveitamos para consolidar a Qualiterme como uma empresa que pratica a venda de seus equipamentos com qualidade e tecnologia de ponta em sistemas de frio que sempre busca novos meios para termos um equipamento competitivo e confiável a um baixo custo de aquisição mostrando que é possível fabricar equipamentos nacional com custos parecido com chineses”, declarou.
Romi com novos clientes Conforme o Diretor de Comercialização de máquinas para plásticos da Indústrias Romi, Fabio Seabra, a Interplast é um grande evento e muito importante para a empresa pelas oportunidades que gera. “A feira foi bastante movimentada, com a presença de muitos transformadores de plásticos, de diversos locais do País” afirma. Seabra explica que foi dado andamento a muitos negócios e que em alguns casos, as negociações já estavam em progresso. “Mas também conseguimos novos clientes que nos contataram para dar seguimento aos seus projetos e que poderão gerar bons negócios para ambas as partes”.
Rulli vai voltar em 2010 A estreante Rulli também promete voltar. “O fato de ter vendido praticamente três equipamentos na Interplast 2008 já justifica nossa presença em 2010. Santa Catarina é uma das maiores consumidoras da Rulli em máquinas de extrusão de chapas rígidas”, comenta Paulo Sérgio C. Leal, engenhei-
A Centrustec lançou na Interplast 2008 o Homogeneizador Modulado, ampliando assim a sua linha de periféricos para injetoras. Segundo informações do diretor presidente, José Simões, “trata-se de um Misturador Estático que tem por objetivo auxiliar de forma mais eficaz a homogneização dos materiais injetados, garantindo assim uma melhor mistura e dispersão dos mesmos”. O empresário estava satisfeito com o interesse dos visitantes.
Ineal divulga linha de produtos Com produção 100% nacional, a Ineal Equipamentos Periféricos para Indústria Plástica está a 18 anos no mercado produzindo equipamentos e completou na Interplast 2008, dois anos do lançamento da nova identificação visual da empresa. O diretor Ademir Martins revelou que a empresa, originalmente fornecedora de alimentadores
Ineal: destaque para a evolução tecnológica e ampliação do catálogo
para injeção, ampliou seu mix. “Hoje a Ineal oferece máquinas para o transporte de matérias-primas, sistemas de dosagem volumétrica, moinhos, desumidificadores, secadores, silos de armazenamento, carrinhos de transporte; que permitem satisfazer as exigências em todos os processos de transformação de plásticos - Injeção, Sopro, Extrusão, Pré-formas PET, Sistemas de Cristalização de PET-Flake”, ressalta Ademir Martins.
A participação da Deb ’maq na região Sul cresceu muito nos últimos dois anos. Conforme o Diretor Comercial Venceslau Salmeron “ a nossa participação é de extrema importância em todos eventos ligados ao segmento na região, além de ter sido uma excelente oportunidade de mostrar novas tecnologias aplicadas nas máquinas da Debmaq”, destacou. Na Interplast foram apresentadas duas máquinas injetoras da nova série Platinum Plus que deverão ser a DW 160 e DW 260 toneladas, além de uma Fresadora CNC Petrus 60 100.
Mecanofar lançou estufa na feira A Mecanofar, de Farroupilha (RS) e a Metalúrgica Wagner, com unidade produtiva em Westfália (RS), participaram da Interplast 2008 em um estande conjunto. A grande novidade fica por conta da Mecanofar, que lançou na feira uma estufa EM 240/8 240 litros 8 gavetas. “A expectativa é ter uma boa receptividade pelo custo-benefício”, comenta a diretora, ressaltan-
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Homogeneizador da Centrustec: sucesso
Deb’Maq valoriza o evento
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ro da área de Vendas Técnicas. A Interplast 2010, já tem data, será de 23 a 27 de agosto.
EVENTOS
///Interplast 2008 do que a Mecanofar tem em sua linha moinhos das Séries R, Convencional, Especial, além de Silo Coletor e o Ciclone, acoplado ao moinho. Já a Metalúrgica Wagner dedica-se desde 1985 a fabricar produtos para reciclagem de plásticos, como recicladores de PP, PE e PET, misturadores, secadores, prensa enfardadeira, além de aglutinadores e afiadoras de facas. A expectativa do diretor Rafael Rosanelli é avançar as vendas para outros estados e a Interplast é um bom caminho,diz.
JMB Zepellin apresenta produtos
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Conforme Marcos Leal, Engenheiro de Aplicações, para a JMB Zeppelin a exposição na Interplast 2008 foi
de extrema importância, “uma vez que tivemos oportunidade de conhecer novos clientes, realizar novos contatos com clientes já conhecidos e estreitar ainda mais o relacionamento com potenciais clientes que nos visitaram durante a feira”, disse. Ele ressalta que a feira em SC atrai clientes de todo o Brasil, mas em especial de toda a região Sul. Durante a feira os executivos da JMB Zeppelin tiveram a oportunidade de apresentar a extensa linha de produtos para plantas que manuseiam PVC, abrangendo equipamentos desde o recebimento da matéria prima, transporte pneumático, balanças, etc.
Tecnoplast 2009, em sua quinta edição, também participou da Interplast 2008 como expositora. Segundo o diretor Hélvio Pompeo Madeira Júnior, que coordenou a recepção aos visitantes e desenvolveu a ação de captar expositores,o resultado foi altamente positivo. “O interesse inclusive superou as nossas expectativas”, disse. A Tecnoplast 2009 – Feira de Tecnologias para a Indústria do Plástico, Borracha, Embalagens, Moldes e Matrizes, será realizada de 10 a 13 de novembro de 2009, no Centro de Convenções da Fiergs, em Porto Alegre (RS).
Simplás divulga a Plastech Brasil 2009
Extremamente positivo. Esse foi o resultado do Cintec Plásticos 2008 - Congresso de Inovação Tecnológica, evento paralelo à Interplast 2008. De acordo com o Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Sociesc, Marcos Estevan Balzer, o evento – assim como a feira – cresceu em 2008. Balzer destaca a qualidade do público e dos palestrantes, entre eles representantes da Braskem, Unicamp, Universidade de São Carlos, USP, UFPR, Petrobras, Krauss Maffei do Brasil, Senai Cimatec, Solvay Química Ltda, Cetea, Editora Aranda, Basf, Whirlpool, UFSC e Associação Brasileira de Engenharia Automotiva. As palestras destacaram as questões ambientais associadas a temas como energia, desenvolvimento de produto e inovação. Outro ponto observado pelo gerente é o sucesso do Programador CAM 2008 e do 2º Seminário Desenvolvimento da Manufatura de Moldes e Matrizes,
A Interplast 2008 recebeu também a visita de dirigentes do Simplás (Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho), como parte da estratégia de parceria com o Simpesc (Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina). Além de conhecer as novidades da Interplast, os dirigentes do Simplás divulgaram, junto aos expositores, a Plastech Brasil 2009 – Feira de Tecnologias para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Equipamentos, que será realizada em de 2009, em Caxias do Sul (RS). Durante a Plastech, o sindicato catarinense irá participar também com estande, para divulgar a Interplast 2010.
FCem atrai expositores para a Tecnoplast 2009 Tradicional promotora de eventos, associada à Ubrafe, a FCem Empreendimentos, organizadora da
Cintec: programação de alto nível garante retorno
Divulgação/PS
realizados pelo IST/ Sociesc (Sociedade Educacional de Santa Catarina), na segunda-feira, dia 25. Nesta edição o Programador CAM recebeu mais de 80 inscrições do Brasil e do exterior. O vencedor foi Marcos Moisés Machado, colaborador da WEG Jaraguá do Sul. O concurso foi patrocinado pelas empresas DMG, Siemens e Villares Metals e premiou o vencedor com R$ 4 mil e uma assinatura da revista Cadesign.
[Debates e Minicursos] -
Prêmio: Marcos Machado, da WEG, recebe o prêmio como melhor Programador CAM
gramação do Cintec também apresentou seis minicursos realizados nas instalações da Sociesc. P S
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do debate foi a inovação tecnológica em produtos, a cultura tecnológica e o estímulo à inovação. A pro-
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O Cintec encerrou no dia 29 de agosto com um debate entre representantes da Whirlpool - engenheiro Marcos Vinícius de Barros, UFSC - prof. Dr. Álvaro Prata e o Presidente da Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, engenheiro José Edison Parro. O tema
ESPECIAL
///Automação
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Marcha inexorável... Um erro de cálculo, uma saída inesperada do lado da máquina, um “cochilo” ou mesmo uma peça em desgaste podem comprometer toda a produção de um lote ou mesmo causar riscos de segurança aos profissionais. Porém... um som intermitente, um sinal vermelho ou um aviso na tela para interromper o processo indicam que algo não está correto no sistema. A tecnologia da automação melhora a competitividade, reduz custos, evita danos irreversíveis ao equipamento e contribui para que o produto final tenha mais qualidade. A automação chegou para valer... e não há mais volta. Quem ficar à margem do processo, estará fora do mercado, afirmam os especialistas. Ter a certeza de usar o volume correto de matéria-prima, o tempo de funcionamento do equipamento, o intervalo no momento adequado, a movimentação segura e precisa de peças perigosas fazem parte de uma indústria moderna. No entanto, essas e outras funções ainda são executadas manualmente por muitos profissionais da indústria de transformação do plástico que teimam em viver no passado, distantes dos processos de automatização. Há um custo, que pode ser alto à primeira vista, mas que também pode ser diluído em pouco tempo diante dos benefícios que o sistema proporciona. Confira algumas novidades em automação, robótica e, principalmente, o sentimento que o futuro fica cada vez mais perto e mais dependente da tecnologia para ter ganhos de custos, mai segurança e competitividade. Bem-vindo ao mundo da automação.
{Entrevista} Marcus Coester /ISA
Ganhando em custos e qualidade A automação em processos industriais começa a tomar conta de todo o mercado mundial. O gaúcho Marcus Coester, Vice-presidente da Coester Automação S.A, de São Leopoldo (RS), exerce um cargo importante na maior entidade internacional do setor: ele foi eleito Chairman do Conselho dos Distritos da ISA (Instrumentation Systems and Automation Society) e ocupa um assento do Comitê Executivo Internacional. Atualmente é o presidente do Distrito 4 com sede em São Paulo e que coordena as ações na América Latina. E mais, em 2010, um brasileiro, Nelson Ninin, presidente da Yokogawa América do Sul assumirá o comando da entidade - em 2009 ocupará o cargo de Secretário-Eleito, com assento no Comitê. Nesta entrevista exclusiva ao editor Júlio Sortica, da Plástico Sul, Coester falou da ISA, da importância da automação, da posição do Brasil e dos prejuízos de quem vive a margem do processo, com riscos à competitividade e à segurança. Enfim, não é mais possível abrir mão dos benefícios da automação.
PS - Como presidente de um Distrito tão importante, qual a sua função? Coester - Além de presidente do Distrito 4, em 2008 fui eleito Chairman do Conselho que reúne os 14 distritos, em nível mundial. Este Conselho é responsável pela organização e desenvolvimento da sociedade. As atividades frente ao Distrito 4 são essencialmente de planejamento e implementação de projetos de desenvolvimento do setor, incluindo congressos, seminários, roadshows, cursos e publicações. PS - E a sua empresa, a Coester, como se insere no universo da automação?
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PS - Como está estruturada a ISA? Em quanto países a ISA está presente e quantos “associados” ou usuários representa? Coester - A ISA está estruturada em 14 Distritos, que correspondem a regiões geográficas, distribuídas em 110 países. O Distrito 4, sediado em São Paulo, é responsável pela coordenação das atividade na América do Sul.
A entidade tem cerca de 30.000 membros, sendo 2.600 no Distrito 4. Abaixo dos Distritos, temos as Seções Regionais, que são 21 no Distrito 4, além de 10 Seções Estudantis.
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Plástico Sul - O que significa a sigla ISA? Quando foi criada e qual a finalidade de sua atuação? Marcus Coester - ISA é a abreviatura para Instrumentation Systems and Automation Society, entidade profissional sem fins lucrativos. Foi fundada em 1945 nos EUA e tem como principal objetivo o desenvolvimento dos profissionais de Automação Industrial.
{Entrevista} Marcus Coester /ISA Coester - A empresa tem uma longa tradição na área de atuação, e este ano está completando 45 anos. Hoje atuamos de forma muito focada em um nicho de mercado, fabricando atuadores elétricos para comando automatizado de válvulas industriais. Em todo o mundo existem cerca de 5 empresas com competência tecnológica equivalente à nossa. Ainda temos uma atuação concentrada no Brasil, onde somos líderes de mercado, mas as exportações já são consistentes em nossa carteira de negócios.
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PS - Como está o Brasil nesse contexto? E a Região Sul? Coester - O Brasil vive um momento especial em função do grande volume de investimentos em plantas industriais. Temos um conjunto de empreendimentos em diversos setores como petróleo, mineração, celulose e siderurgia, como nunca visto no passado. Este movimento deve perdurar pelos próximos 5 anos, pelo menos. A Região Sul tem recebido uma parte interessante destes negócios, mas se destaca pelos fornecedores de máquinas e equipamentos.
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Rio Grande do Sul, por exemplo existe um pólo de empresas de automação como a Altus, Novus, Elipse e Coester que desenvolvem tecnologia própria. São Paulo concentra o maior número de empresas transnacionais, muitas delas com produção do Brasil.
PS - O Brasil é mais conhecido como consumidor de automação ou também se destaca como um fornecedor de tecnologia da automação? Coester - No segmento de automação industrial, o Brasil tem um significativo déficit na balança comercial, no entanto, cerca de metade dos produtos que abastecem o mercado doméstico são de fabricação nacional. No
PS - Hoje é possível uma indústria, no caso petroquímico-plástico (fabricantes de matérias-primas, máquinas e equipamentos e produtos finais) viver sem a tecnologia da automação? Coester - Na área petroquímica, assim como na maioria dos segmen-
de emissões são em síntese sistemas de automação. PS - Qual o prejuízo para quem vive à margem desse processo? Coester - Hoje a empresa que estiver à margem de automatizar seus processos produtivos certamente terá dificuldades de competir em custos e qualidade, quando comparados às plantas mais modernas e automatizadas. Ainda corre um risco de custo intangível no que se refere ao alto potencial de acidentes com trabalhadores e meio ambiente. PS - Quantas empresas de automação (industrial e comercial) existem o Brasil? Coester - Não temos este dado.
Divulgação/PS
ESPECIAL
///Automação
Coester: sem automação não
PS - Quando acontece a próxima ISA Show e onde será? Coester - O evento agora se chama Brazil Automation, e ocorre em São Paulo, no Expo Center Norte, de 17 a 19 de novembro. É o maior evento de automação da América Latina, onde são esperados mais de 15.000 visitantes. Além da exposição existe o Congresso Internacional que visa discutir novas tecnologias e soluções do setor.
é possível ser competitivo
tos industriais, não é possível atingir os níveis de produtividade, qualidade e segurança exigidos atualmente, sem o uso intensivo da automação. Áreas de alta periculosidade, por exemplo, nem podem mais ser operadas por trabalhadores em função de regulamentações de segurança no trabalho. Outra área onde a automação tem um papel central é na proteção ambiental. Sistemas de segurança e de controle
PS - Algo a acrescentar? Coester - Em junho de 2008 tivemos um evento importante, que foi a primeira eleição de um brasileiro para a presidência mundial da ISA. Nelson Ninin, presidente da Yokogawa América do Sul assumirá o comando da entidade em 2010. Em 2009 assume o cargo de Secretário-Eleito, com assento do Comitê Executivo Internacional. Em 2008 eu tenho um assento neste Comitê, por ser o Chairman do Conselho dos Distritos. P S
A tecnologia é fundamental, concorda o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Transformação do Plástico (Abiplast), Merheg Cachum. Ele ressalta, porém, que os recursos de automação são provenientes do avanço tecnológico no qual o o mundo se encontra. “Evidentemente que existe um determinado limite, principalmen-
Cachum: falta de recursos inibe o uso de recursos de automação
te no Brasil, pois esse recurso não tem a difusão que encontramos em países de Primeiro Mundo”, pondera. No caso do Brasil, Cachum ressal-
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Abiplast apóia, mas o preço assusta
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{Indústria}
ta que a tecnologia está disponível para o mercado, mas que este não vai à procura da automação porque ainda não tem condições nem características como as que desfrutam as empresas do exterior. “Os transformadores não buscam esta tecnologia por falta de recursos, por falta de volume a se produzir: é uma série de fatores que implicam na automação para que você possa tê-la na sua empresa. Não se justifica em baixa produção, quando você tem escalas gigantes eu diria que ela é extremamente pertinente”, compara. Para o presidente da Abiplast, o custo do processo/equipamento é um empecilho à difusão. “A automação no Brasil é cara, muito cara. No exterior o perfil é totalmente diferente, pois teoricamente ele adquire
{Indústria}
presentes no Brasil, na criação de normas técnicas brasileiras, baseadas nas já existentes em outros países, as quais seriam usadas como niveladores da qualidade do produto no mercado nacional, como também para atender exigências internacionais”. Fotos: divulgação/PS
ESPECIAL
///Automação
equipamentos já incorporando automação”, diz.
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Abimaq elogia nível dos fornecedores Após avaliar a escala de fornecedores nesse segmento, Carlos Cesar Padovan, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos Hidráulicos, Pneumáticos e Automação Industrial (Cshpa), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), destaca o alto nível dos produtos ofertados. “Considerando-se que no mercado brasileiro estão instaladas praticamente todas as empresas líder em tecnologia em automação, quer seja ela pneumática, hidráulica ou eletrônica, podemos dizer que o grau de automação das máquinas fabricadas para a indústria de transformação de plásticos no Brasil não deixa nada a desejar quando comparado a países europeus ou dos Estados Unidos”, diz. Padovan ressalta que os grandes produtores de máquinas para este segmento estão altamente capacitados tecnologicamente para aplicar as tecnologias de ponta existentes no mercado brasileiro, que como comentado anteriormente, são as mesmas disponíveis nos países de primeiro mundo. Quanto à contribuição da Abimaq para melhorar o nível tecnológico, o dirigente foi enfático. “A entidade pode contribuir estimulando os fabricantes
“Estes parâmetros contribuiriam também para termos barreiras técnicas contra entrada de produtos não adequados e, como conseqüência, com preços muito mais baixos que aqueles que seguem tais padrões”, explica Padovan. O executivo reforça a tese das vantagens para melhorar o desempenho das empresas e concorda que no mercado competitivo não é possível produzir bem sem recursos de tecnologia. “Atualmente a automação não é mais um acessório, mas uma parte integrante do produto final. Isto é, sem automação você praticamente fica fora do mercado de máquinas para produção em larga escala”, completa.
Wittmann desmitifica questão de custos Tecnologia usada no Br asil recebe elogios da Abimaq
Milito, da Wittmann: vasto campo para o uso de robôs
Segundo o dirigente, alguns setores já estão se estruturando para este fim, como por exemplo,o setor de fabricantes de componentes para automação hidráulica e pneumática
Empresa de conceito internacional e referência em robôs e equipamentos de automatização para a indústria do plástico, a austríaca Wittmann tem presença forte no Brasil. Reinaldo Milito, Diretor Geral no Brasil, revela qual a contribuição da empresa para tornar o setor mais eficiente. “Na transformação de resinas plásticas pelo processo de injeção, nossos robôs cartesianos (manipuladores) atendem inúmeras situações. Desde a simples operação de remoção da peças produzidas e a sua colocação numa mesa de trabalho ou esteira de transporte, até operações muito complexas como colocação de insertos no molde. Oferecemos robôs que atuam em injetoras de pequeno porte (50 t) até as de grande porte (3.000 t). No Brasil temos robôs operando na produção de corpo de chaves de automóveis até pára-choques automotivos”, ressalta. Milito também concorda com a avaliação sobre a importância da
da automação é que dirá
deixar a desejar, é óbvio que o investimento foi em vão”, afirma. [Planejar] - O executivo da Wittmann alerta para um fato impor-
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Caro ou barato? O retorno
tante: o planejamento. “Por isso é muito importante a fase de projeto, para que sejam abordadas todas as necessidades do cliente, para que, juntos, decidam a sua evolução. É nessa fase, bem antes de ser gasto qualquer numerário, que o projeto se mostra viável ou não”, pondera. “Portanto, o barato ou caro não existe. Não temos nenhum histórico de clientes da Wittmann que ficaram com essa idéia, muito pelo contrário, a satisfação sempre foi plena”, acrescenta. E para quem imagina que a tecnologia de automação brasileira engatinha, Milito faz um grande elogio à criatividade. “Em alguns casos, é mais do que satisfatória. Ela se equipara ou mesmo supera as soluções importadas. Cabe ressaltar nesse tópi-
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automação e que uma empresa forte não pode abrir mão da tecnologia. “Levando-se em consideração o alto grau de exigência por parte dos compradores de componentes plásticos, seja no quesito qualidade ou custo, é praticamente inconcebível a operação produtiva sem recursos de automação. Quanto aos comentários sobre os custos, considerados ainda elevados para o padrão brasileiro, Milito faz uma observação. “Caro ou o barato é relativo. É o mesmo que comparar o valor de um copo de água no deserto com o seu valor ao lado de uma fonte de água limpa e fresca. Tudo dependerá do grau de satisfação técnica que a automação vai oferecer. Se ela atendeu dentro da expectativa o seu preço será justo, caso contrário, se algo
ESPECIAL
///Automação
{Indústria} co, que as restrições que sofremos decorrentes de fatores diversos, fez desenvolver em nós, brasileiros, um mecanismo de criatividade invejável, o que é aplicado nos mais diversos setores”, finaliza o Diretor Geral da Wittmann no Brasil
Fotos: divulgação/PS
Dal Maschio: Galvão Gomes diz que há mais de 800 robôs CNC atuando no Brasil
Eficiência: cresce o uso de manipuladores automatizados
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Dal Maschio: única fábrica nacional de robôs CNC A Dal Maschio fabrica robôs para automação da injeção de plásticos há 35 anos, atuando no Brasil desde 1993, onde possui um parque de mais de 800 robôs CNC. José Luiz Galvão Gomes, Diretor Comercial, informa que em 1999 foi instalada em São Paulo a primeira (e ainda única!) fábrica brasileira destes equipamentos (DM
Robótica do Brasil Ltda) a qual produz também robôs para automação de injeção de plásticos e desenvolveu por aqui robôs para a automação de termo-formadoras e para a alimentação de peças para centros de usinagem e tornos. “No Brasil representamos ainda robôs de 6 eixos desenvolvidos unicamente para automação de pintura de peças (robôs italianos CMA) e robôs de 6 eixos de uso geral (Staubli)”, acrescenta Galvão Gomes. O executivo da Dal Maschio destaca a importância de a indústria rever conceitos sobre automação. “Apesar de algumas poucas empresas ainda acreditarem que automação (no caso mediante robotização) é coisa apenas para empresas de grande porte, coisa de europeu, cada vez mais torna-se claro que a automação é uma necessidade. A automação não significa apenas a eliminação de mão-de-obra humana por robotização, com retorno de investimento em salários eliminados, mas sim, e principalmente, a substituição de processos intermitentes e variáveis por processos altamente repetitivos e cons-
tantes”, revela Galvão Gomes comenta especificamente o caso da automação e suas vantagens na injeção de plásticos. “O uso de robôs em substituição a retirada manual de peças em ciclos semiautomáticos normalmente aumenta a produção de peças boas em ao menos 15%, chegando muitas vezes a 45~50% de aumento de produção, com importante impacto no custo de produção destas peças e no consumo energético do processamento. Ocorre ainda uma melhor repetibilidade da qualidade das peças produzidas, com menor índice de refugos, otimização de lay-out de produção e melhores condições de trabalho para os operadores necessários na célula”, enumera. [Investimento] - Desta forma, destaca Galvão Gomes, “um investimento bem orientado de automação com robotização da injeção de plásticos, proporciona retorno de investimento inferior a 12 meses”. E acrescenta: “No caso de uso de financiamentos de longo prazo via Finame/ BNDES, permite imediata melhora no
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e passa a oferecer soluções para automação de paletização por robôs ao mercado brasileiro. Mais de 9.000 robôs para paletização instalados, segundo a empresa, são o cartão de visitas para enfrentar o desafio nacional. Conhecida mundialmente por sua dedicação exclusiva aos robôs para paletização, a Fuji Robotics é a líder mundial neste segmento. O desenho dos robôs Fuji-Ace foi concebido, segundo Fabíola Padilha, do marketing, levando em conta tão somente os movimentos necessários à função de paletizar caixas, sacos, fardos, baldes, latas ou outros produtos unitários. “O resultado é uma construção simples e robusta e baixo consumo de energia, que chega a 50% menos do que robôs convencionais”, in-
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injetoras com robôs também existem soluções de valor de investimento inicial bastante diferenciado: porém, caro não é o menor valor de investimento e sim um investimento que traga pouco ou nenhum retorno, e barato normalmente não é o menor valor de investimento e sim o que traz ao longo do tempo maior competitividade e retorno econômico”, revela Quem deseja começar ou ampliar o uso de produtos e processos de automação, pode dispor de bons fornecedores no Brasil. Galvão Gomes informa que a Dal Maschio produz no Brasil apenas robôs CNC montados com servo-motores e componentes de mercado e de alta qualidade. “São equipamentos que possuem total flexibilidade de operação, fácil uso, precisão, baixos custos de manutenção com vida útil acima da média, de forma a serem sempre utilizados sem dificuldades”, enfatiza O executivo finaliza ressaltando que a Dal Maschio possui engenharia de desenvolvimento de aplicações no Brasil. “É uma empresa sempre aberta a novos desafios e oportunidades, produzinFugi Ace: robôs programados para serem do equipamentos com a meeficientes com baixo consumo de energia lhor tecnologia hoje disponível no mundo e adaptada tivo de hoje, o uso de ferramentas de para as necessidades de mercado. Saprodutividade adequadas é fundamental bemos que cada cliente possui necespara garantir a lucratividade e sobresidades específicas de automação e vivência das empresas”, ensina Galvão estamos preparados para atendê-las da Gomes melhor forma”, completa Galvão Gomes. Com relação ao recurso ser caro, Paletização: Sunnyvale razoável ou barato, o Diretor Comercial traz robôs da Fuji da Dal Maschio explica como avaliar. A Fuji Robotics acertou um acor“Posso dizer que existe de tudo no do de representação com a Sunnyvale mercado. No caso da automação de Divulgação/PS
fluxo de caixa da empresa uma vez que os ganhos obtidos são financeiramente muito maiores que o valor das parcelas do financiamento. Ou seja, as empresas que se automatizam podem ter retorno econômico imediato e as que não o fazem estão perdendo dinheiro e competitividade!”, alerta. O executivo usa um exemplo concreto para dar mais visibilidade aos ganhos de desempenho. “O uso de robôs de pintura, por sua vez, permite, além da redução de mão de obra, a obtenção de ganhos significativos de consumo de tinta e alta repetibilidade de processo com maior qualidade e valor agregado as peças produzidas”, informa. “No ambiente altamente competi-
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forma. Outro ponto forte da Fuji Robotics é a larga experiência no desenho dos mais variados tipos de garras, elemento fundamental para a eficiência operacional do sistema. Segundo a executiva, a Sunnyvale identificou a forte tendência de automatizar o processo de paletização, não somente para maior eficiência da operação, mas, também, para prevenir problemas ergonômicos co-
muns à paletização manual que acarretam afastamento do trabalhador e outras conseqüências. São quatro modelos do robô Fuji-Ace oferecidos ao mercado e mais de 160 soluções customizadas de garras para a aplicação específica.
Salvi Casagrande: automatizar é vital Existem muitas empresas dedicadas ao segmento de automação, mas a Salvi Casagrande Medição e Automatização Ltda , com sede em São Paulo e escritório em Canoas (RS), é genuinamente brasileira e atua desde 1966 no setor de medição e instrumentação. Segundo Ubiratan José Gomes, Gerente de Aplicações a oferta é ampla. “A Salvi Casagrande produz e importa sensores de temperatura, com e sem contato, sensores de pressão, instrumentos indicadores, controladores e sistemas para aquisição de dados aplicáveis em processos produtivos e máquinas”. Conforme o especialista, quem não investir em tecnologia o tem poucas chances de conquistar o mercado. “Não utilizar recursos da automação nos dias atuais, diante das inúmeras opções que o mercado oferece, torna a empresa, seja de qualquer segmento, sem capacidade para competir, acarretando prejuízos e fatalmente, o fechamento de suas portas”, avisa, com um enfoque realista. O preço dos equipamentos, segundo Ubiratan Gomes, não deve ser considerado um empecilho, mas um dos itens incluído no planejamento de longo prazo. “O conjunto de elementos interligados em um sistema de automação deve ser bem dimensionado, analisando-se as prioridades e espaço para possíveis ampliações ou imple-
mentações. Desta forma, seu custo é extremamente baixo”, explica. O executivo destaca as vantagens (irrefutáveis) que devem ser consideradas para operar máquinas com processos de automação. “Se considerarmos que o sistema, inicialmente leva a um produto com qualidade homogênea, maior produção, menor consumo de energia. Em alguns casos, amplia o número de operações no mesmo processo, eliminando transferências para acabamento do produto, tem capacidade de avaliar e corrigir o que é neDivulgação/PS
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///Automação
Salvi Casagrande: uso adequado e planejado garante eficiência
cessário durante as várias etapas da produção e principalmente reduz o número de peças rejeitadas, nos leva a conclusão acima”, ressalta Ubiratan Gomes. Quanto aos produtos nacionais, o Gerente de Aplicações da Salvi Casagrande explica a diferença entre a oferta de produtos e soluções de empresas nacionais “Tratando-se de equipamentos, não tivemos o desenvolvimento que outros países conseguiram, portanto ainda dependemos muito de importações, mas no que se refere à criação de soluções em softwares, estamos no topo”, finaliza. P S
Vem aí o Brazil Automation
lose, saneamento, meio ambiente, sistemas embarcados, tecnologia da informação, gestão empresarial, pesquisa, ensino e tecnologia. “Já o Congresso, que recebeu um número recorde de trabalhos, contará com cerca de 130 palestras, que serão ministradas em quatro auditórios localizados no espaço de integração entre os pavilhões da Exposição, terá este ano como tema central o papel da Automação em harmonizar o aumento da produção e produtividade industrial, agronegócio e energética com a preservação ambiental”, finaliza Coester. P S
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mação, os fabricantes, distribuidores e prestadores de serviços “encontram uma oportunidade de apresentar seus produtos e serviços a um público extremamente qualificado e com alto poder de decisão”. Na edição de 2007, o evento foi prestigiado por cerca de 13 mil pessoas. Este ano organizadores esperam receber cerca de 15 mil visitantes, do Brasil e do Exterior. De maneira geral, todos os segmentos de mercado estarão representados no “Brazil Automation”, com destaque para a indústria de processos, manufatura, automação predial, energia, óleo e gás, papel e celu-
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m novembro o Brasil estará novamente recebendo visitantes para o maior evento de automação da América Latina: promovido pelo ISA Distrito 4, entidade que reúne 2.600 profissionais da área de automação e instrumentação da América do Sul, o Brasil Automation – ISA Show 2008 –XII Congresso Internacional e Exposição Sul-Americana de Automação, Sistemas e Instrumentação, “se constitui em um dos mais importantes eventos da párea do setor latino-americano e, pela crescente importância da região no cenário internacional, tem se consolidado como um dos mais concorridos do mundo”, ressalta o gaúcho Marcus Coester, presidente do ISA Distrito 4. Na edição deste ano, de 17 a 19 de novembro, no Expo Center Norte, em São Paulo – a denominação “Brazil Automation” foi incorporada à tradicional “ISA Show ”, para caracterizar sua realização numa região que mais se fortalece técnica e mercadologicamente em termos mundiais. Além de apresentar as novas tendências tecnológicas e os mais importantes lançamentos do setor, o Brazil Automation proporciona, ainda, capacitação técnica e uma ampla integração entre usuários, fabricantes, pesquisadores, universitários, estudantes, prestadores de serviços e demais profissionais do setor. Coester diz que na exposição de Instrumentação, Sistemas e Auto-
3a GERAÇÃO
///Plástico na Alimentação
Embalagens assépticas avançam no mercado brasileiro Ronaldo Lopes Canteiro (*) ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
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e fato a produção de bolsas plásticas assépticas - bags – pela Embaquim foi conseqüência do expertise que a empresa adquiriu ao longo de seus mais de 27 anos e de seu pioneirismo na fabricação de sistemas bag-in-box no Brasil. Dispúnhamos de tecnologia e conhecimento e o mercado estava órfão. Literalmente não havia nenhum fabricante nacional oferecendo esta solução de embalagem. Esta nova tecnologia posicionou a Embaquim como um player internacional, além de abrir novas frentes de mercado junto a clientes com projeção internacional, especialmente nas áreas de alimentos e bebidas. Bons exemplos são o McDonald´s e a Nestlé. Todas as misturas para sorvetes e milk shakes da famosa rede de fast food são envasadas em bolsas assépticas da Embaquim, assim como os iogurtes prontos para beber da marca Blitz. Aliás, este produto só pode ser comercializado em copos, nos diversos pontos-de-venda, graças ao sistema desenvolvido por nossa empresa. Outro mercado potencial para os bags assépticos é a exportação de polpas de fruta e de sucos concentra-
dos, como o de laranja. O fato é que o conceito de bagin-box asséptico está consolidado em todo o mundo com grande sucesso. Hoje o que vemos é um certo “repensar o processo”, mas que demonstra uma grande evolução. Quero dizer com isso que há uma preocupação em melhorar as condições do processo como um todo, não apenas do sistema de embalamento, mas do sistema de processamento do produto. A idéia é que a melhoria do processo como um todo garanta as condições ideais para a conservação do produto e esta responsabilidade não recai mais apenas sobre a embalagem; embora a embalagem continue a ser um item importantíssimo dentro deste conjunto. Um bom exemplo é o recente projeto que desenvolvemos para a indústria do vinho. Percebemos que o principal entrave para o uso do bag-in-box neste mercado não estava na embalagem mas sim no tratamento do vinho antes do envase. Sanada esta questão, desenvolvemos uma nova estrutura para as bolsas plásticas do sistema bag-inbox. Trata-se de uma versão totalmente transparente que segue a tendência de “enxergar o produto”, a nova estrutura é totalmente transparente.
Mesmo em uma estrutura transparente, conseguimos manter a mesma vida de prateleira – 6 a 9 meses das embalagens metalizadas, cujo grande apelo sempre foi a maior propriedade barreira a oxigênio. Os novos bags transparentes para vinho são produzidos, basicamente, a partir de filmes coextrudados com matérias-primas de alta barreira. Assim a proposta da Embaquim, não apenas para os próximos 10 anos, mas para sempre, é de manter-se como uma empresa de especialidades e de tecnologia de vanguarda. Nossa política é estratégica: procuramos antever e nos antecipar às tendências do mercado e oferecer aos diferentes segmentos o que nenhuma outra empresa oferece. Este é e sempre será nosso principal diferencial, a inovação antecipada. O que não significa que não desenvolvemos projetos padrão; temos linhas de produção capazes de atender às necessidades diárias de nossos clientes. Mas mesmo em projetos, digamos corriqueiros, superamos as expectativas e garantimos um produto de altíssima qualidade, fruto de todo o expertise de nossa área de P,D & I (Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação). ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
(*) Ronaldo Lopes Canteiro é Presidente da Embaquim, indústria de embalagens de São Paulo
Novidade na revisão da Portaria 105 da Anvisa O setor de matérias-primas, aditivos, pigmentos e masterbatches também passa por reformulações. Quanto à revisão da Portaria 105, Regiane Defacio Dutra, engenheira de Pesquisa e Desenvolvimento da Cromex, revela
uma novidade: “A Resolução 105/99 já foi revisada e o Anexo II com os respectivos apêndices I e II foram revogados pela RDC 17/08 de 17.03.2008. A empresa tem uma equipe que atua na área de legislações que
busca sempre estar informada sobre as legislações vigentes e as alterações que estão em discussão”, avalia. “A Cromex leu o documento quando o mesmo foi disponibilizado para consulta pública, o analisou criticamente e diversas su-
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PP comentam: “Os Polietilenos e Polipropilenos já se encontram na lista positiva desta resolução e não há perspectiva de que haja alteração significativa neste ponto”. Para a Braskem, sobre às ações da Anvisa, revisando a Portaria 105 que regula o uso de aditivos para resinas para fabricação de embalagens em contato com alimentos, Fábio Sofri, responsável pela Área de Desenvolvimento de Produtos, ressalta que “a empresa está em permanente contato com a Agência com o objetivo de garantir a conformidade de suas formulações de resinas às regulamentações e legislação vigen tes”. A Solvay também acompanha as alterações na Portaria 105, diz o executivo Edson Polistchuck. P S
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gestões foram encaminhadas para a Anvisa”, ressalta Regiane. “Além disso”, acrescenta a executiva, “a Cromex também encaminhou o e-mail de consulta pública para diversos fornecedores, principalmente os que seriam mais impactados pelas alterações, solicitando que eles também se posicionassem perante o órgão público. Alguns aditivos foram incluídos nesta nova revisão por solicitação da Cromex, o que mostra que a empresa possui uma participação ativa e se preocupa com os produtos que ela coloca no mercado, sempre visando a segurança e a qualidade do produto ao usuário final”, completa. Na Quattor, Rafael Navarro, Gerente de Marketing da UN PE e Gustavo Sampaio, Gerente de Marketing da UN
Lanxess investirá nos países do BRIC Divulgação/PS
MERCADO
///As novidades da indústria
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m recente encontro com a imprensa mundial, o grupo de especialidades químicas Lanxess AG prevê um maior crescimento no faturamento operacional e ebtida préexcepcionais de mais de •700 milhões para ano fiscal de 2008. Os três pilares de sua estratégia são: reforçar o crescimento orgânico através de investimentos nas unidades de negócios existentes; fazer aquisições seletivas para ampliar e fortalecer o portfólio do Grupo de forma progressiva; e pesquisar e desenvolver produtos inovadores. O Grupo está dando foco especial na agilização do ritmo de sua expansão nos países do BRIC. Junto com os projetos de crescimento bem sucedidos no Brasil, Índia e China, a Lanxess prepara-se para entrar no mercado russo. No Ano Novo lançará sua própria empresa na Rússia. O primeiro passo será abrir uma filial em Moscou para criar uma plataforma para um maior envolvimento dos países CIS (Estados Independentes da Commonwealth). O mercado russo de produtos químicos cresce a taxas acima de 5% ao ano. “Nós planejamos obter benefícios significativos com esta expansão”, afirma Axel Heitmann, CEO da companhia. “Identificamos um potencial substancial de desenvolvimento para a Lanxess e aumentaremos nossas participações de mercado forma sistemática. Consideramos um crescimento de faturamento anual de até 20% uma previsão realista”.
Axel Heitman, CEO da Lanxess, falou para jornalistas de todo o mundo
A Lanxess prevê também uma tendência em médio prazo especialmente positiva nos mercados consumidores, como a indústria automotiva (+9% anualmente), o setor de eletro-eletrônicos (+5%) e a indústria da construção (+8%). As borrachas de alta de tecnologia, produtos químicos de borracha e resinas de troca iônica da empresa atualmente estão em demanda na Rússia. A nova empresa, baseada em Moscou, começará a operar em 1º de janeiro de 2009.
[Expansão em Antuérpia] - O Grupo também fortalece suas instalações em Antuérpia. Cerca de • 35 milhões estão sendo investidos para aumentar a capacidade das instalações de caprolactam da unidade de negócios Semi-Crystalline Products, em 10% até 2010. Desta forma a empresa ampliará ainda mais seu negócio de
poliamida. No momento a empresa fornece aproximadamente 200.000 toneladas/ano ao mercado.
[Investimentos de • 1 bilhão] - A Lanxess terá investido •1 bilhão em todo o mundo até 2009, com mais da metade deste montante gastos nas principais instalações alemãs. “Essas despesas de capital estão nos ajudando a garantir nossa competitividade global”, diz Heitmann. A Companhia já reservou cerca de •250 milhões para outros projetos de investimentos na Alemanha nos próximos anos. O fato de a empresa estar lucrativamente alinhada na Alemanha, também, enfatiza mais uma vez a significância estratégica do país para a competitividade global de todo o Grupo.
[Mais de 100 projetos] O terceiro pilar da estratégia de crescimento é focar em inovações em termos de novos produtos e tecnologia de processo. A Lanxess atualmente possui mais de 100 projetos em sua linha de pesquisa, que deverão ter um potencial de faturamento de cerca de •700 milhões até 2011. Além de fortalecer as áreas tradicionais de negócios, a empresa também está progredindo com o desenvolvimento de produtos novos e inovadores, como para pneus de alta de performance que possuem melhor resistência ao desgaste, ao mesmo tempo em que reduzem o consumo de combustível e reduzem as emissões de todos os tipos de veículos. P S
atuou em Manufatura, Supply Chain, Logística, Utilidades, Controladoria, Segurança, Saúde e Meio Ambiente. Com uma boa visão geral, Ubiratan acredita ter “orientação estratégica, capacidade de liderança de equipes e foco em resultados, buscando qualidade e maximização de produtividade”. Considera-se inovador e com habilidade em “definir soluções criativas para melhorias de margem e otimização de custos”. Os planos do novo executivo são baseados na gestão do time de coordenação da Planta orientado ao desenvolvimento das pessoas. Desta forma, visa a garantir no crescimento de produção das linhas de EPDM e produ-
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novo diretor da DSM Elastômeros Brasil no Pólo Petroquímico de Triunfo é o engenheiro químico Ubiratan Gomes de Carvalho Sá, 43 anos, pós-graduado em especialização de Administração Industrial e mestrando em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável. Ele assumiu no lugar do engenheiro Jan Willem Sanders, que após dois anos retorna para a sede da empresa na Holanda e vai gerenciar área de auditoria. A experiência profissional do novo diretor está sustentada em 21 anos de trabalho em empresas multinacionais como Dow, Cyanamid, Basf e Votorantim/Produquímica, onde
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DSM tem novo comando em Triunfo
tos especias, recentemente inaugurada, atendimento aos clientes com qualidade total e melhoria contínua sem perder de vista a manutenção do excelente padrão de segurança e proteção ambiental. O diretor Ubiratan está otimista com as expectativas de crescimento sustentado da economia brasileira, especialmente da indústria automotiva e construção civil. Projeta que a empresa “deve expandir suas vendas locais no mesmo passo, já que detém participação significativa na demanda deste mercado”. Suas preocupações estão relacionadas com os custos das matérias-primas, dos serviços, impacto dos impostos e aspectos macroreconômicos como as taxas de câmbio. P S
PLÁSTIKOS Júlio Soares/Objetiva Press/PS
Por
Julio Sortica
Ecotech. É uma inovação do sistema de confecção dos gomos, que já são moldados na curvatura ideal, diminuindo quase a zero o resíduo industrial. Outro grande diferencial é o uso do processo Cold Fusion de derramamento e revestimento de Poliuretano (PU) desenvolvido pela Dalponte, que utiliza menos energia e menos cola. Essa junção de fatores é que torna as bolas Ecotech ecologicamente corretas, pois o PU é totalmente biodegradável.
Pet Food em embalagem inédita Da esq. para a dir., os homenageados Breno Seibt, Carlos Seibt e Vítor Borkoski
Mérito do Plástico Pietro Zanella
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O Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás) realizou no dia 22 de agosto mais uma entrega do Troféu do Mérito Plástico Pietro Zanella, a 6ª edição. Os homenageados de 2008 foram a empresa Seibt Máquinas para Plásticos Ltda, de Nova Petrópolis, representada por Breno e Carlos Seibet e Victor Borkoski, da Saviplast Indústria de Plásticos Ltda.
O troféu recebe este nome em função do italiano Pietro Zanella ser o pioneiro da indústria de transformação de plástico no Rio Grande do Sul.
Solvay vende créditos de carbono Foi uma festa: a Solvay Indupa do Brasil recebeu em setembro U$ 1,4 milhões provenientes da primeira venda de créditos de carbono originados na unidade industrial de Santo André em São Paulo. Os créditos de carbono são oriundos da redução média de 42 mil toneladas anuais de gases geradores de efeito estufa. A obtenção dos créditos só foi possível graças à substituição de óleo combustível por gás na alimentação das caldeiras e dos fornos de pirólise na fábrica de Santo André.
Dalponte e a primeira bola ecologicamente correta Isso é inovação: a indústria gaúcha de materiais esportivos Dalponte lançou as primeiras bolas ecologicamente corretas do mundo, com tecnologia
A Plastrela Embalagens Flexíveis, de Estrela (RS), lançou no mercado brasileiro uma embalagem inédita com zíper: Zip Fácil (foto) é aplicável para empacotar cereais, grãos, rações, entre outros produtos. A primeira empresa a utilizar a Zip Fácil é a Adimax Pet, em alimentos de cães e gatos na sua linha Magnus Premium. O diretor da Plastrela, Jack Shen, explica que a Zip Fácil pode ser aplicada em bobinas e sacarias, acabamento com quatro soldas, sistema abre e fecha em uma única película e pode ser aplicada em embalagens sanfonadas. “Para o desenvolvimento deste produto específico a empresa investiu cerca de R$ 1,5 milhão e já conta com pedidos para outros segmentos”, completa Shen.
Toyota Tsusho vai distribuir PE da Braskem A Braskem vai produzir 200 mil toneladas/ano de PE verde em Triunfo um projeto a partir de 2011 e parte importante desse volume já está destinada ao mercado asiático. E será distribuída pela Toyota Tsusho Corporation, trade company do Grupo Toyota.
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PLAST MIX
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AGENDA
///Programe-se para 2008/2009
Brasil
Pavilhões da Festa da Uva em Caxias do Sul/RS
Pack Brasil 2008
Site: http://
Feira da Indústria de Embalagens,
www.feiramercopar.com.br
Equipamentos, Produtos e Tecnologia e Serviços De 23 a 26 de
Fiema 2008
setembro de 2008 Expoville em Joinville/SC
Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente
Site: http://
De 29 de outubro a 01 de
www.marktevents.com.br
novembro de 2008 no Parque de Eventos em Bento
Outros Países
Gonçalves/RS Site: http://
Emballage 2008
www.fiema.com.br
Emballage World Packagind Exibition 2008.
Fimma Brasil 2009
17 a 21 de novembro de 2008.
Feira Internacional de Máquinas,
Paris, na França Site: http://www.emballageweb.com
Matérias-primas e Acessórios para
Plast 2009
Móveis
Feira da Indústria do Plástico
Mercopar 2008
De 23 a 27 de março de 2009
De 24 a 28 de março de 2009
Feira de Subcontratação e Inovação
Local: Parque de Eventos de Bento
Pavilhão Internacional
Industrial
Gonçalves, RS, Brasil.
em Milão, na Itália.
28 a 31 de outubro 2008 nos
Site: http://www.fimma.com.br
Site: http://www.plast09.org
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///Anunciantes da Edição Activas # Pág. 05 Agebras # Pág. 57 Airus # Pág. 27 Albag # Pág. 40 Aspen Hotéis # Pág. 41 Atema # Pág. 50 AWS # Pág. 53 AX Plásticos # Pág. 49 By Engenharia # Pág. 57 Cermag # Pág. 56 Colorfix # Pág. 21 Cristal Master # Pág. 15 Cromex # Págs. 18 e 19 Deb’Maq # Pág. 07 Feiplar # Pág. 31
Femat # Pág. 47 Gecomp # Pág. 43 Heatcon # Pág. 45 Inbra # Pág. 51 Itatex # Pág. 55 Kotek # Pág. 47 Mainard # Pág. 57 Mapre # Pág. 13 Mecanofar # Pág. 57 Mega Steel # Págs. 02 e 03 Met. Wágner # Pág. 57 Milacron # Pág. 37 Momesso # Pág. 45 Moynofac # Pág. 57 Multi-União # Pág. 55
Nazkon # Pág. 57 NZ Cooperpolymer # Pág. 53 NZ Philpolymer # Pág. 53 Piramidal # Pág. 59 Plást. Vem. Aires # Pág. 57 Plastech # Pág. 33 Plenicor # Pág. 29 Previsão # Pág. 60 Resinet # Pág. 23 Rone # Pág. 38 Rulli # Pág. 25 Solvay # Pág. 11 Super Finishing # Pág. 39 Tecnoplast # Pág. 35 Para anunciar, ligue 51 3062.4569