CULTURA
ExpressArte – um festival de expressões habituado a reinventar-se Nasceu há 21 anos e reinventa-se desde então a cada ano. O Festival ExpressArte - Encontro de Expressões Artísticas da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Setúbal decorre de forma diferente devido à pandemia da covid-19, mas cancelar a arte, as expressões, a cultura, nunca esteve em cima da mesa Texto: Paula Fernandes Teixeira Fotos: Gentilmente cedidas
Teatro, dança, expressão plástica, fotografia, poesia e cinema são algumas das expressões artísticas que compõem a 21.ª edição do Festival ExpressArte. Setúbal, Palmela, Moita e Montijo são as localidades onde o evento se desenrola este ano, um ano atípico, incontornavelmente marcado por uma pandemia que distanciou fisicamente as pessoas – e as associações não são alheias a isso – mas fê-las também reinventar-se. “Em março, logo que se falou da pandemia e aconteceu o confinamento, estávamos numa fase de confirmações. De imediato estabelecemos que o festival ia acontecer fosse de que maneira fosse”, refere, em entrevista à Plural&Singular, a responsável pela organização e gestão do ExpressArte - Encontro de Expressões Artísticas, Ana Rita Santos. Os contactos começavam a ser feitos e o modelo seria o de sempre: encontros, workshops, apresentações e mostras presenciais. “Não sendo possível, adaptamos um bocadinho de forma a que nada disto caísse”, conta Ana Rita Santos. “Propusemos que o trabalho que estava a ser feito fosse trabalhado e filmado de forma a podermos, se chegássemos a esta altura e não nos pudéssemos apresentar presencialmente, tivéssemos uma oferta para as pessoas poderem conhecer os trabalhos”, continua. E assim foi. E assim é o ExpressArte da APPACDM de Setúbal deste ano. Isto depois de em edições anteriores também se ter reinventado, alargado, renomeado e redefinido. Para garantir a qualidade dos conteúdos do ExpressArte deste ano, a APPACDM de Setúbal apostou numa formação de audiovisual para os funcionários. O Festival ExpressArte vai-se adaptando também aos públicos para os quais está direcionado ou conforme os pedidos e motivações dos parceiros. Com a câmara de Palmela por exemplo, é mais trabalhada a interação com escolas e centros de dia. Em Setúbal são as instituições e os grupos de teatro da cidade quem mais procuram ou recebem o festival.
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