Pnl magazine 03

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FEV/MAR#01’2016 digital issuu PNL-PORTUGAL Magazine do Instituto de Programação NeuroLinguística PNL-PORTUGAL. Integramos os desenvolvimentos mais atuais da PNL no mundo. Evidenciamos as infinitas possibilidades do inconsciente humano e a realização pessoal plena de significado de vida.

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FICHA TÉCNICA Director editorial José Figueira www.pnl-portugal.com Edição Gráfica TheBOX-Studio17 Direcção de arte João Mello Fotografia / edição Rui Pereira

COLABORADORES NESTA EDIÇÃO José Figueira Trainer de PNL Formador www.josefigueira.pt Maria Manuel Mendes Trainer de PNL Coach

Massimo Forte Practitioner de PNL Formador especialista em Imobilário www.massimoforte.com

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EDITORIAL PNL MAG #03

Deixarmo-nos ir embalados num transe, à sombra, deitados na relva ou na espreguiçadeira, respirando o ar morno num dia de verão em que o sol nem queima tanto como é normal. Olhando algumas nuvens desapressadas, preguiçosas, vindas do norte rumo a um lugar onde finalmente se desfarão para criar um espaço limpo, azul, imenso… pelo menos é assim que as imagino ao mesmo tempo em que na minha mente se faz cada vez mais silêncio, o peito parece ser invadido por uma quietude enorme e todo o meu corpo parece mergulhar em algo a que chamaria de espaçosidade. Já experimentou certamente esta sensação? Neste número vamos falar de hipnose e transe. Falar de hipnose em PNL é falar de Milton Erickson. E quem entrevistar? Quem melhor que Stephen Gilligan para falar de Erickson? Ele que viveu de perto com o seu mestre, na sua própria casa em Phoenix, no Arizona, fez parte dos grupos de trabalho que estiveram na origem da criação da PNL e foi o primeiro a modelar Milton Erickson usando técnicas de transe profundo de identificação. Foi um dos grandes divulgadores e trainers da hipnoterapia de Milton Erickson no mundo. Falar nos dias de hoje sobre a evolução da hipnose é falar novamente da contribuição de Stephen Gilligan. Esta evolução levou-o a não utilizar mais a palavra hipnose. Podemos ler sobre o seu trabalho à volta das relações do Self e a sua última contribuição no campo do transe no meu artigo Transe Generativo.

Encontramos também neste número um script muito famoso de auto-hipnose que tem a sua origem em Betty Erickson, a esposa de Milton Erickson. Não é fácil ter uma ideia clara do que é um curso de PNL antes de se ter realmente tomado parte num treino. Podemos ler o programa, estudar quais os objetivos pretendidos, mas falta sempre qualquer coisa. Certamente que nenhum texto será suficiente, assim como nenhum livro, por mais perfeito, pode dar uma compreensão exata do que se trata realmente. Não são simplesmente técnicas nem é unicamente uma metodologia. É mais do que isso. É uma vivência e um processo de descoberta e crescimento. Oferecemos neste número o diário de um curso completo de Practitioner esperançados que possamos transmitir mais do que simplesmente um conteúdo programático.

para este conceito de gratidão que assenta em duas características: A primeira é a “aceitação ativa” que é precisamente o contrário de lutar com as coisas como elas se nos apresentam, luta essa que pode ter como consequência situações de Crash e transformam qualquer obstáculo num obstáculo ainda maior. A segunda, e daí esta aceitação ser ativa, é a tomada de consciência da mensagem positiva de qualquer obstáculo a lembrarmo-nos que há algo que foi descuidado e que concretamente precisa ser realizado e integrado na nossa vida. Só me resta desejar-vos agradáveis e sábios momentos de leitura, umas férias de sonho e muitas ocasiões de transe feliz e criativo!

José Figueira

Mais um artigo sobre desporto. Desta vez da Maria Manuel, trainer de PNL e coach no desporto. Ainda que se não fale explicitamente de transe, encontramos elementos característicos de transe que podem contribuir positivamente no aumento da performance. Para finalizar, um artigo profundamente humano e de uma grande sensibilidades do nosso colaborador Massimo Forte sobre gratidão. Ele sugere-nos um diário da gratidão para as coisas boas e para reenquadrar as difíceis pois há sempre um lado positivo. Tanto em Coaching Generativo como em Transe Generativo como em PNL em geral, há uma tradução específica

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EDITORIAL ENTREVISTA COM STEPHEN GILLIGAN TRANSE GENERATIVO AUTO-HIPNOSE

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A GRATIDÃO É UMA ESCOLHA!

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TREINO MENTAL NO DESPORTO: A PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA AO SERVIÇO DO DESPORTO

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DIÁRIO DE UM PRACTITIONER

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AGENDA

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NÓS

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A HIPNOSE

DE MILTON ERICKSON UMA ENTREVISTA COM STEPHEN GILLIGAN O Dr. Stephen Gilligan trabalhou em Santa Cruz com a geração que criou a PNL sob a inspiração de Richard Bandler e John Grinder. Mentores que marcaram toda a sua vida e o seu trabalho em hipnose e psicoterapia foram Gregory Bateson e Milton Erickson. Após o doutoramento ele foi um dos principais professores e praticantes no mundo de hipnose ericksoniana. Esta entrevista de Chris e Jules Collingwood já tem alguns anos mas parece-nos fundamental para perceber a sua considerável contribuição no campo do transe e fornece-nos uma imagem de Milton Erickson como só poderia ser dada por alguém que viveu a seu lado.

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Qual era o ambiente quando frequentou a Universidade da Califórnia em Santa Cruz (UCSC)? Segui cursos na Universidade da Califórnia entre 1972 e 1977. Eram tempos bastante selvagens. Havia muitas áreas de atividade política de características radicais, t-groups, o movimento da psicologia humanista, os começos da ecologia e do feminismo, a presença de pessoas como Gregory Bateson e Norman O Brown, e assim por diante. A Universidade da Califórnia era a resposta para as revoltas da Universidade de Berkeley, que tinha explodido, entre outras coisas, pela falta de atenção dada

aos sob diplomados. Santa Cruz foi um campus experimental sem diplomas, muito aberto, situado entre florestas de sequoias, e que forneceu recursos significativos e uma enorme liberdade para experiências. Neste ambiente, John Grinder era um professor assistente em linguística, muito interessado em mudança radical tanto a nível individual como coletivo. Conheci John na época em que ele se associou a Richard Bandler que era na altura um terapeuta rebelde de orientação Gestalt praticando nas Montanhas de Santa Cruz. Participei nos seus primeiros seminários e nos primeiros grupos de pesquisa, de 1974 até 1977, altura em que saí San-


aos traumatismos, à família, à vida ela mesmo enquanto Milton usava o transe, para si mesmo e para os outros, para se reconectar com o mundo. Esta é uma diferença extraordinária que continuo a apreciar cerca de 25 anos mais tarde. Na realidade esta é a base do trabalho de transe: como utilizar o que as pessoas usam para fugir ao mundo para, em vez disso, ajudá-las a voltar ao mundo de uma maneira centrada e eficaz. Como foi apresentado a Milton Erickson?

ta Cruz para ir para a Universidade de Stanford. Éramos cerca de uma dúzia, a maioria estudantes de Santa Cruz, pessoas como Leslie Cameron, Judy Delozier, Paul Carter, Frank Pucelik e David Gordon. Robert Dilts chegou por volta de 1976, se bem me lembro. Era a época da PNL antes da PNL, onde nasceram os modelos Meta e Milton. O mínimo que posso dizer é que era uma época bastante selvagem e experimental. Para um estudante, como foi a sensação de entrar no mundo de Milton Erickson? Incrível. Surpreendente. Eu tinha 19 anos. Milton Erickson tocou um lugar profundo na minha alma e acendeu um fogo dentro de mim. Nunca mais se apagou apesar dos meus momen-

tos de falta de atenção e negligência. Sempre estive muito interessado em estados alterados de consciência e eu era muito talentoso. Tendo crescido no meio de uma família alcoólica de americanos irlandeses vivi muitas vezes em estado de transe. Não sabia sobre muitas outras coisas, mas sabia muito sobre transe. Erickson foi a primeira pessoa que encontrei claramente capaz de me fazer dar piruetas no campo das habilidades hipnóticas. De certa forma, eu soube imediatamente que tinha acabado de encontrar o meu professor. Mas a sua forma de usar as suas competências em hipnose foi talvez ainda mais significativa. Ele incorporava os aspetos curativos do trance e não apenas os aspetos dissociativos. Eu só sabia utilizar o transe para fugir às coisas dolorosas,

Gregory Bateson e Milton Erickson eram amigos até 1932, quando Bateson e Mead foram para Bali estudar os transes ritualísticos. Antes de partirem consultaram o jovem Milton Erickson, que no momento era psiquiatra em Detroit, acerca do processo de transe. A partir deste encontro Erikson criou uma relação para toda a vida tanto com Bateson como com Mead. Bateson vivia na mesma propriedade que Bandler e Grinder nas Montanhas de Santa Cruz. Quando leu o seu primeiro livro, “Estrutura da Magia 1”, Bateson gostou tanto que os aconselhou, se queriam realmente saber algo sobre comunicação, a irem ir visitar o grande “homem roxo” que vivia no deserto de Poenix. Assim fizeram e voltaram com histórias que agitaram qualquer coisa de profundo em mim. Quando mais tarde, nos finais de 1974, voltaram a visitar Erickson, eles convidaram-me a acompanhá-los. Ao fim de cinco dias com Erickson pedi-lhe se podia voltar para estudar com ele. Ele concordou e assim começou um processo de cinco anos durante o qual voei regularmente para Phoenix e lá ficava para estadias 7


fracos. E sem esta humildade penso que não seja verdadeiramente possível crescer muito.

de 2 a 10 dias. Muitas vezes ficava alojado em sua casa e nunca me cobrou um centavo, o que foi fabuloso porque naquela época eu era um estudante sem um tostão! Fiquei profundamente comovido pela sua generosidade e perguntei-lhe, mais de uma vez, como poderia um dia retribuir-lhe. Respondia que, se pelo menos uma das coisas que aprendesse com ele tivesse sido útil para mim, eu poderia recompensá-lo transmitindo-a a outras pessoas. Que bom negócio para mim sobre todos os pontos de vista! Quais foram as suas primeiras impressões de Milton Erickson? Ele era um mágico incrível com extraordinários resultados de cura e um homem de idade engraçado. Sua presença hipnótica era bastante forte, como um velho xamã. Claro, eu ficava nervoso na sua presença, mas isso resolvia-se

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facilmente entrando em transe profundo! Era aliás o procedimento padrão à volta de Milton: se estivesse perto dele, entraria em transe... E quais são as impressões duradouras que guardou de Milton Erickson? Faz agora 25 anos que conheci Milton Erickson (NT. Artigo de 1999). Em todos estes anos raramente passa um dia em que não aprecie algo que ele me transmitiu. Mas a minha relação com ele é muito diferente do era que no começo. Vejo-o mais como pessoa muito corajosa, muito provocativa, muito gentil, muito criativa e humana. Acho que foi um verdadeiro revolucionário no campo da psicoterapia. Mas vejo-o agora como um ser humano com os seus pontos fortes bem como falhas. Este último ponto é importante, porque a minha relutância em reconhecer as suas falhas levou-me durante muitos anos a não aceitar os meus próprios pontos

Penso que a sua dádiva mais constante foi aquilo a que chamou a ideia de utilização: não importa o quê tudo pode ser usado para o crescimento positivo, não importa quanto possa parecer doentio, louco, ou desarmonioso. Por exemplo, Erickson trabalhou 20 anos nas unidades fechadas de hospitais psiquiátricos. Um rapaz insistia que era Jesus Cristo apesar de todos os esforços da equipa médica para convencê-la de outra coisa. Erickson apresentou-se a “Jesus”, informou-o que havia uma nova unidade a ser construída no hospital e que precisava de carpinteiros, e levou “Jesus” a ir trabalhar lá como carpinteiro. Este trabalho pô-lo em contacto com outras pessoas, o que o trouxe de volta para a realidade comum. Outro paciente, uma mulher muito deprimida e suicida, estava convencida de que nenhum homem poderia sentir-se atraído por ela por causa de um largo espaço entre os seus dois dentes da frente. Erickson pediu-lhe para se treinar a cuspir água pelo espaço entre os dentes até que pudesse alcançar um alvo a 20 metros. Ele então levou-a a esconder-se perto do bebedouro de água fresca no seu escritório, até que um certo jovem se aproximasse para beber. Seguindo as instruções de Erickson, ela saiu do seu esconderijo e esguichou-lhe um jato de água através do intervalo entre os seus dentes e fugiu. Ele correu atrás dela e pediu-lhe um encontro. Como todas as boas histórias de Erickson, eles casaram-se pouco tempo depois e tiveram seis filhos cuspidores de água.


Há tantos exemplos como estes que ilustram este princípio básico de Erickson: encontrar uma forma de aceitar e usar tudo o que está presente, especialmente o que permanecerá presente e se vá repetir. Que diferenças existem entre a hipnose Ericksoniana e hipnose convencional? Pode ler o meu primeiro livro “Therapeutic trances” para uma visão detalhada das diferenças. Ressaltaria aqui duas diferenças principais. Primeiramente, a hipnose convencional vê o transe como um objeto fabricado resultante das sugestões hipnóticas, enquanto a hipno-

se ericksoniana vê o transe como um estado psicobiológico natural resultante dos acontecimentos da vida. Na verdade, a hipnose tradicional considera que o transe é pura e simplesmente o resultado das sugestões do hipnotizador. Portanto ela não se pode produzir

até que a situação definida como “hipnose” e alguém chamado de “hipnotizador” pratica algo chamado “técnica hipnótica” com alguém chamado de “ sujeito.” Ao contrário da hipnose tradicional, Erickson insistia sobre o facto de que o transe ocorre com ou sem hipnotizador. (O transe toma conta de nós, quer queiramos quer não...). A minha melhor interpretação é que o transe é um estado de aprendizagem individual que ocorre quando a identidade é ameaçada, perturbada ou se deve reorganizar. Isto pode acontecer em numerosas situações: traumatismo, períodos de mudança na vida da pessoa (nascimento,

morte, doença, diplomas, casamento, divórcio...), contextos de incerteza. Em tais momentos a identidade normal de uma pessoa não está equipada para responder de maneira adequada à situação. Por exemplo, se você tem uma identidade como pessoa sozinha e ao

casar-se, a sua antiga identidade não pode realmente lidar com o novo desafio. Portanto temos necessidade de um processo que nos permita largar a identidade antiga e entrar num estado onde uma nova identidade pode ser gerada. O transe é o estado de recursos natural precisamente para estes momentos. A hipnose é uma das tradições sociais que podem proporcionar um espaço ritualístico para receber e orientar o processo de transe para caminhos úteis. Por consequência, você compreende agora que um hipnotizador ericksoniano procura onde e como o transe já está a acontecer em vez de criar um artificialmente. A segunda diferença é que a hipnose tradicional pensa geralmente transe no singular, enquanto a hipnose ericksoniana enfatiza sempre a pluralidade. Nenhum transe é igual. Erickson salientou o quanto cada pessoa é radicalmente única, o que se manifesta realmente no transe. Gosto de esclarecer os meus clientes (com certo humor irlandês) do meu “diagnóstico”: - Você desvia-se incurávelmente da norma e cada dia está a ficar pior! (Isso quer dizer que o que eles sabem fazer, experimentar e expressar, é diferente do que todo o mundo já conheceu). - As suas tentativas para integrar definições de “sucesso” ou “normalidade” de qualquer outra pessoa falharam miseravelmente, e legitimamente! (Mas, novamente, isto é dito com uma faísca de humor irlandês). Esta singularidade é tão evidente em transe: cada pessoa vive-o de forma diferente. Por exemplo, é muito comum que uma pessoa em transe no meu escritório diga qualquer coisa como: “Wow! Acaba de ter lugar a coisa mais incrível “. A pessoa descreve o que acon-

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teceu, e pergunta: “Isto acontece em transe com toda a gente? “. Sou muitas vezes obrigado a responder que, nestas dezenas de anos de trabalho com transe, esta é a primeira vez que vejo alguém ter uma experiência assim. Para mim é este um dos grandes valores do transe: você mete de lado a sua mente consciente, que é basicamente uma construção social conservadora, e explora o espírito de uma experiência arquétipa que é muito mais artística e única. O que é o transe profundo de identificação (DTI) e como aprendeu a praticá-lo? O transe profundo de identificação é um processo hipnótico em que uma pessoa desenvolve um transe profun-

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do, indo para um espaço de segurança, deixa de lado sua personalidade habitual e assume uma outra personalidade por 30 minutos ou mais. A personalidade de identificação pode ser uma pessoa que você conhece, o seu companheiro, um cliente, um mentor, ou alguém que você não conhece, uma pessoa famosa ou uma figura histórica, por exemplo. Num dos meus seminários, algumas das personagens selecionadas incluíam Milton Erickson, Buda, um poeta famoso, um pianista clássico, a esposa de alguém. Uma vez que entrou na identificação de transe, você pode interagir e conversar com outras pessoas no espaço ritual desse personagem. Alguns dos efeitos podem ser bastante surpreendentes. Primeiro, há a liberdade que todos podem alcançar libertando-se da identidade normal, das nossas

maneiras habituais de pensar inconscientes, da maneira como segura um copo, forma de falar, reagir, etc ... Quando sai da sua identidade normal, o seu sentido de si global pode descer para um nível mais profundo, um nível que não altera o conteúdo de uma identidade particular. Penso que isto permite-nos tomarmo-nos conscientes de um nível de identidade completamente diferente, o que Bateson denominava uma “aprendizagem de 3º e 4º grau”. O segundo efeito está relacionado com a identificação ao personagem no qual deslizamos. Podemos modelar tanto a partir de um espaço interior como de um espaço exterior e talvez até mesmo numa dimensão mais ampla, algo a que chamo “modelagem baseada no campo.” Podemos sentir os padrões com uma forma diferente de sentir os padrões, se isto faz algum sentido. É uma experiência verdadeiramente incrível. Aprendi o transe profundo de identificação durante os meus primeiros tempos de estudo com Erickson. Aconteceu na minha época Bandler / Grinder, nós tentávamos todas as espécies de experiências extremas no campo da consciência. Tínhamos lido qualquer coisa sobre as experiências realizadas por um tipo chamado Raikov na Rússia, que tinha hipnotizado umas pessoas e fez transe profundo de identificação com pintores como Rembrandt e depois pô-los a pintar. As pessoas sujeitas ao transe de identificação, após serem avaliados por um júri, eram bem melhores que as que não tinham sido hipnotizadas. Pensámos que poderia ser interessante para mim experimentar com Erickson. Bateson chegou durante a primeira vez em que eu praticava. Como disse, ele


era um grande amigo de Erickson e foi também meu professor. Ora provou-se que quando eu estava a falar com ele como “Erickson” compartilhei algumas informações que eles tinham realmente trocado entre eles e que se tinha mantido privadas. Não sei quais são as conclusões a tirar mas posso dizer que este processo é interessante e enriquecedor. Uso o processo de identificação quando me sinto bloqueado com um cliente ou num relacionamento pessoal. Quando não tenho uma profunda compreensão do espaço do outro, faço então o processo de identificação quando estou sozinho. Ao entrar no espaço da pessoa e ao experimentar a sua maneira de conhecer e sentir torna-se mais fácil encontrar maneiras de se conectar. Com que é que se parece esse transe profundo de identificação na modelagem de Milton Erickson?

tratava, um ritmo básico ou um batimento ou algo assim. Era tão claro que toda a gente podia e iria desenvolver um transe. Uma experiência verdadeiramente prodigiosa. De certa forma, o meu ego estava de fora, não era eu que estava fazendo algo para essas pessoas, mas era mais uma conexão profunda com o espírito da vida. Isso deve parecer um pouco vago, mas é mais ou menos como o vivenciei. Mudou a minha perceção da maneira de como se faz transe. Que conselho daria a alguém que se queira tornar fluente em hipnose Ericksoniana? Saiba como localizar a sua mente dentro de seu corpo e no interior do campo vivo da conexão relacional. Tenha confiança

no fato de que possui múltiplos cérebros e não apenas aquele na sua cabeça, mas também em todo o seu corpo inteiro, o seu coração e o seu intestino. Eu chamo a isso uma relação incarnada. Infelizmente a maioria de nós são treinados desde muito jovens a desligar as nossas mentes de nossos corpos e do mundo que nos rodeia. Associamos em primeiro lugar a nossa mente ao nosso eu intelectual desincarnado. Nós não podemos praticar hipnose a partir desse lugar. A hipnose ericksoniana implica ser capaz de aceitar e estar disposto a trabalhar com tudo o que possa estar presente. O problema é a solução. Dizemos: qualquer que seja o problema com o qual a pessoa está lutando, é o que vai permitir que, não apenas entre em transe, mas também desenvolver novos modos de conhecimento e ação. Este é o princípio básico

Logo que abri os olhos pela primeira vez como Milton Erickson tive uma experiência muito profunda. De uma forma ou de outra eu podia sentir tão fortemente que todos na sala tinham um inconsciente e que todos tinham o desejo de se conectar a esse inconsciente: portanto, cada um estava apenas um passo do transe. A questão não era pôr em prática alguma grande técnica mas tocar esse lugar neles em que estava presente o desejo de conexão a si mesmos. Acho que neste estado eu estava tão conectado ao inconsciente que não só podia sentir a sua presença em mim como, com a mesma facilidade, também nas outras pessoas. Neste espaço as palavras pareciam fluir sozinhas. Absorvia-me algo mais fundamental que as palavras, difícil dizer do que se

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Erickson como um ego aplicando uma coleção de truques a um sistema a partir do exterior. Isto criou uma espécie de jogo de poder e uma incompreensão que Bateson detestava. Tendo a concordar com esta declaração um tanto severa de Bateson. É por isso que nos meus seminários passamos muito tempo a trabalhar sobre a forma de reorganizar a atenção do eu relacional, algo que permite uma perceção a partir de um campo mais vasto do que a primeira posição de “eu” ou da segunda posição do “tu”.

ericksoniano: - acolher o que está presente, seja o que for, a qualquer momento, colocar o corpo/mente em harmonia com isso, e tornar-se curioso sobre como o processo continuará a desenvolver-se numa direção positiva. Para fazer isso você deve trazer a sua mente para o campo do momento presente. Gregory Bateson fez alusão a este processo ao falar de Erickson numa entrevista com um dos seus estudantes, Brad Kenney. A entrevista teve lugar em 1976, quando o trabalho de Erickson começou a ser conhecido por um público mais vasto. O nome de Erickson foi falado na entrevista e Kenney perguntou se ele o tinha visto recentemente. Bateson disse que não, que acabara de ouvir falar dele através dos muitos alunos que ele lhe enviara. Kenney questionou-o

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sobre a sua opinião acerca dos livros publicados sobre Erickson e Bateson e suspirou, com o seu arquétipo suspiro Inglês. Disse que detestava e que lamentava ter enviado pessoas a Erickson e que nunca mais o faria. Quando Kenney lhe pediu para explicar, Bateson respondeu que Erickson tinha uma maneira de entrar tão totalmente num sistema antes de agir, que não era mais um ego separado do sistema, mas uma parte da “ tapeçaria do complexo total “. Por consequência, as suas técnicas vinham de dentro desse tecido e harmonizavam-se com ele. Bateson disse que as pessoas estudavam Erickson a partir da epistemologia tradicional ocidental de um observador externo agindo sobre um sistema. Eles compreendiam então o trabalho de

Por exemplo, trabalhamos para desenvolver as nossas habilidades em cinco princípios de atenção: descer (no seu centro); amolecer (relaxar o corpo); alargar (estender o seu campo de perceção); conectar (deixar a sua mente sentir uma conexão com outras mentes), e criar o vazio (apagar do campo de sua consciência) qualquer imagem fixa, pensamento, submodalidades. Quando conseguir fazer isso, você está pronto para uma recetividade criativa “no campo”. Naturalmente, o seu próprio trabalho mudou em relação ao que havia deixado Erickson. Vivemos em um mundo social diferente agora. Pode descrever o seu trabalho atual? Há cerca de 8 anos o meu pai morreu e minha filha nasceu. Isso gerou um processo maior de morte/renascimento em mim. De repente, eu já não era o filho de alguém, eu era o pai de alguém. Disse a mim mesmo que era altura de parar de usar Erickson como uma espécie de pai de substituição. Era tempo de começar a empregar a minha própria voz, e não deitar-lhe as responsabilida-


des para cima! Assim, nos últimos oito anos desenvolvi a abordagem das Relações do Self. Ela é descrita no meu livro mais recente, “The courage to Love, Principles and Practices of Self-Relations Psychotherapy” (NT. Esta entrevista foi dada em 1999. Entretanto Stephen publicou novos trabalhos entre os quais:” Generative Trance – The experience of Creative Flow”) O trabalho nas ”Self-Relations” difere da herança ericksoniana pelo menos de três maneiras: A primeira é a integração do que chamaremos a “função de Erickson” dentro do cliente. Erickson dizia sempre que o inconsciente era muito inteligente mas nunca explicou por que é que a pessoa estava agindo tão estupidamente antes que Erickson aparecesse em cena. Sinto que ele estava a cometer o erro tipicamente ocidental de não incluir o observador (ele mesmo) na observação: ou seja, não era tanto “unicamente o inconsciente do cliente” que era inteligente - o bilhete premiado era mais “o inconsciente do cliente na relação com Erickson.” Admitindo que tenha realmente funcionado assim, a questão é se o que Erickson fazia (a “função Erickson”) seja lá o que isso for, poderia ser aprendida por outros e, particularmente, pelo próprio cliente. Não poderia então o cliente aprender a conviver com o seu inconsciente tal como Erickson fazia? E em caso afirmativo, qual a voz a acompanhá-lo: a de um tipo morto ou a sua própria voz? Com todo o respeito para com Erickson (e ele merece-o muito), é bom saber que se pode localizar e desenvolver em si mesmo a função Erickson. Tentamos fazer isso em Self-Relations.

A segunda diferença é a incarnação do inconsciente no corpo. No trabalho de Erickson, o inconsciente tinha muitas vezes uma forma um tanto etérea. Era como se estivesse pairando no ar. Nas Self-Relations colocamos o acento na vida como uma arte cénica e observamos como os atores, dançarinos, atletas, artistas, vivem a experiência do seu “inconsciente criativo” e o organizam. Vemos a importância da encarnação e enfatizamos muito mais a experiência somática em relação com inconsciente do que Erickson o fazia. Por exemplo, através da análise dos estados de bem-estar que esperamos replicar em outros contextos, perguntamos: “Quando sente esse estado de bem-estar e eficiência, onde no seu corpo sente o seu centro? “. Procuramos como nos reconectar com este centro em situações difíceis. Paralelamente, explorando os problemas, pomos uma questão fundamental: “quando vivencia o problema, onde no corpo você sente o centro de desconforto? “. A maioria das pessoas designa o seu coração, o plexo solar ou estômago. Trabalhamos com isso, descobrindo como se harmonizar para que se revele o inconsciente criativo em ação. O que chamamos “patrocínio” (sponsoring) é necessário para revelar a sua contribuição positiva. A terceira diferença tem a ver com o “campo criativo.” No trabalho de Erickson, as pessoas entravam num transe que geralmente se afastava do mundo. Na verdade, você tem que fechar os olhos, não se mexer mais e cortar a ligação com o exterior. Um monte de coisas interessantes e úteis podem acontecer neste estado mas o seu desempenho é

limitado. Não é o recurso eficaz se precisa reagir rapidamente a uma situação social difícil, por exemplo, se alguém o ataca ou critica ou se for solicitado para resolver imediatamente um problema. Por isso, deslocamos o transe de uma zona afastada do “aqui” para a zona do aqui e agora. Muitas destas coisas vêm de aulas de aikido que intensamente pratico. Em aikido, se você se concentra no acesso ocular, ou fechar os olhos, ou mesmo pensar quando é atacado, acaba no chão. Pode levar uma surra! Em vez de se voltar para dentro, permite que a sua mente se espraia no campo que o contém a si, ao seu parceiro, e muitas outras presenças. As pessoas conhecem este campo quando experimentam um bem-estar profundo. Pense nas experiências em que se sente mais conectado consigo mesmo, e observe onde acaba o seu Self em tais experiências. As Self-Relations procuram treinar as pessoas a acederem aol campo e a trabalhar nele. Num certo sentido, era lá onde Erickson trabalhava, ele não ia no transe, ele ia “para além do transe”, mais e mais amplamente consciente, poderíamos dizer. Em Self-Relations apoiamo-nos realmente nisso, muito mais do que Erickson o fazia, penso eu. Chriss e Jules Collingwood, Austrália 1999 (Publicado com a permissão de Stephen Gilligan)

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TRANSE GENERATIVO ARTIGO DE JOSÉ FIGUEIRA TRAINER DE PNL

O Transe Generativo é o resultado de anos de experiência do Dr. Stephen Gilligan com hipnose ericksoniana. Ele é um dos maiores conhecedores de Milton Erickson e foi primeira pessoa a modelá-lo empregando técnicas de transe profundo de identificação (DTI) inspiradas de Vladimir Raikov nos tempos em que Bandler, Grinder e

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Pucellik conduziam as experiencias e faziam a codificação que ia dar origem à PNL. Stephen foi um dos principais praticantes e divulgadores da hipnose ericksoniana.

e técnicas do aikido, do budismo e mindfulness. Este trabalho intermediário, antes de chegar ao Transe Genertivo, está contido na obra “The Courage to Love, Principles and Practices of Self-Relations Stephen chegou ao Transe Gene- Psychotherapy. Nos seus seminárativo através de um processo de rios à volta do tema “a coragem de busca que incorpora não só a he- amar”, eram estudados princípios e rança de Erickson mas princípios vivenciadas práticas, como o subtí-


Restabelecer rapport com o “campo”, o que quer dizer, abertura a algo maior que o problema, a chamada 4ª posição percetiva em PNL. Trata-se de uma conexão ao inconsciente criativo, uma conexão ao campo alargado da nossa consciência; Finalmente temos a tal “sponsorização” (sponsoring) pelo Eu cognitivo estabelecendo uma ponte entre o centro somático e o campo. Stephen aponta como responsabilidade principal do Eu cognitivo introduzir os dons da bondade do Self no mundo levando os dons do mundo ao Self.

tulo do seu livro indica, baseados em princípios da psicoterapia à volta das relações do Self. Central está a ideia de que o que Erickson fazia com os clientes (a chamada “função Erickson”) para aceder ao inconsciente criativo pode ser feita pelo próprio cliente. O cliente pode localizar e aceder ele mesmo aos recursos e ativar a criatividade infinita do seu inconsciente. Stephen conta-nos que com “As Relações do Self” ele quer pôr fim à “auto violência, a violência contra o Self que se produz quando etiquetamos os sintomas, consideramos um comportamento desconfortá-

O trabalho atual de Stephen Gilligan concentra-se à volta do Coaching Generativo, Psicoterapia Generativa e Transe Generativo. Penso que Self-Relations foi a ponvel como negativo, irracional ou te de passagem que o trouxe a destrutivo e quando nos atacamos uma nova contribuição para a hisa nós mesmos diabolizando esses tória da hipnose, termo este que aspetos de nós e tentamos desem- entretanto deixou de usar… baraçarmo-nos deles ou fazê-los desaparecer.” Estes aspetos de nós Ele fala de três fases no desenvolvisão chamados os “eus negligencia- mento da hipnose: dos” que necessariamente soliciA primeira geração é representatam ser acolhidos. Os obstáculos e os sintomas são uma expressão da pela hipnose autoritária. Parte do processo vital de cura, proces- da necessidade de meter o consso esse que deve consistir num ato ciente K.O. e falar ao inconsciente de aceitação, uma “sponsorização” como se nos tivéssemos a dirigir (sponsoring) feita pelo Eu cogniti- a uma criança sem grande inteligência. A hipnose é aqui sinónivo. Este processo implica: ma de sugestibilidade. Um bom Comunicação profunda com cliente é aquele que se deita no o corpo e centragem a partir do divã, manda passear a sua intelieu somático (negligenciado pela gência deixando adormecer todas as capacidade cognitivas e recebe maioria de nós);

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mensagens passivamente sem ripostar. O inconsciente é considerado como uma espécie de ardósia virgem onde o hipnotizador programa as suas ideias. Felizmente que um grande número de pessoas sempre se mostrou recalcitrante contra tal espécie de procedimentos. A segunda geração é representada pela revolução trazida por Milton Erickson à hipnose clássica: o inconsciente é um armazém extraordinário repleto de sabedoria e criatividade! Infelizmente este inconsciente só se torna inteligente na presença do criativo e provocador Milton Erickson. O consciente é aqui, como na hipnose clássica, um obstáculo que deve ser contornado. O cliente está completamente dependente do princípio organizador da mente de Erickson. A questão é que a inteligência e uma boa atividade criativa do inconsciente não poderão manifestar-se no mundo sem uma intenção precisa, sem plano, sem um quadro, sem princípios organizadores e que são precisamente as competências da mente consciente. A terceira geração não emprega mais a palavra hipnose. Stephen usa então, como alternativa, “Transe Generativo” (Generative Trance – The experience of Creative Flow). A premissa básica é que qualquer pessoa é capaz de aprender as competências necessárias que lhe permitem conectar-se diretamente ao seu inconsciente criativo, acedendo aos seus recursos profundos. Cada pessoa pode tornar-se,

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como diz Stephen, no seu próprio unem-se para formar um tipo de Milton Erickson. consciência superior capaz de criatividade e transformação”. No fluxo Tal como no Coaching Generativo, criativo que tem lugar há um relao processo consiste num trabalho xamento dos laços que aprisionam de mãos dadas entre as três inteli- a inteligência cognitiva clássica ao gências: uma colaboração profun- mesmo tempo que, como diz Steda e autêntica entre a inteligência phen, “a experiência quântica do cognitiva clássica, a inteligência inconsciente criativo se amplifica”. somática e a inteligência de cam- Podem ser experimentadas 6 dipo. Pretende-se um consciente en- mensões num estado de Transe carnado, somaticamente relaxado Generativo. São denominadas e centrado, conectado ao campo “consciência COSMIC”. Estas direlacional constituído por possibi- mensões são: lidades infinitas (definido metaforicamente como um campo quânCentragem - provoca uma sentico), tendo todo este processo sação de unidade entre espírito e como base a realização de uma in- corpo, uma integração das intelitenção positiva com o fim de criar gências somática e cognitiva atranovas realidades em si e no mun- vés de um ponto único central no do. “O consciente e o inconsciente ventre, no plexo solar ou no cora-


nectados à respiração, ao ritmo e à ressonância, no silêncio e no som; sem musicalidade o que emerge é muitas vezes negativo; Intencionalidade – refere-se à intenção positiva, objetivos positivos orientados para o futuro; as intenções são os motores e organizadores da consciência; Criatividade – é relatada a esquemas de engajamento criativo baseados em 3 princípios: O primeiro princípio é a aceitação criativa: estando centrado e curioso, acolher as novas possibilidades que emergem; O segundo princípio é o princípio da complementaridade, a ligação e integração dos contrários; do ego. É um campo de consciência subtil não reativo e livre de conteúdo; é fazer parte e estar fora ao mesmo tempo – é estar presente nalguma coisa sem se tornar nela;

O terceiro princípio é o princípio das infinitas possibilidades. Há um número virtualmente ilimitado de maneiras de compreender, viver e exprimir um esquema experiencial.

Subtileza – é um tipo de consciência subtil como ler um livro apaixonante, escutar ou tocar musica, passeio pela natureza, dança, relações profundas… estar em harmonia e ressonância límbica, ção. É um descer ao interior, estado ressonância que pode ser partilhade consciência calmo e não reativo, da com pessoas, animais, árvores, condição indispensável para que o flores… Transe Generativo possa ter lugar; Musicalidade – são esquemas Abertura – significa uma plena não-verbais como rituais, canto, consciência alargada e não dualis- tambor, dança, que tocam prota sentindo-se fazer parte de um fundamente o corpo; as palavras todo maior para além dos limites e os comportamentos estão co-

Como poderemos facilmente concluir, o Transe Generativo ultrapassa de longe o gabinete do terapeuta. É um processo de desenvolvimento de formas superiores de consciência. É uma espécie de amigável conversa entre um consciente encarnado e o inconsciente, um conjunto de práticas diárias que consistem, tal como no Coaching Generativo (tratado no último número desta revista) em: centragem somática, intenção positiva e conexão ao campo das possibilidades infinitas do inconsciente.

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AUTO-HIPNOSE ARTIGO DE JOSÉ FIGUEIRA TRAINER DE PNL

Uma forma efetiva de obter resultados na comunicação com a mente inconsciente é o conhecido método de Indução de Betty Erickson, a esposa de Milton Erickson e que encontramos em múltiplas variações. Pode ser usado em caso de insónias, transformação de estados, lidar com emoções menos confortáveis, solucionar problemas, tomar decisões, carregar a bateria, relaxar, meditar, etc.

Determine o tempo que pretende levar e faça uma declaração a si mesmo: “Vou entrar em auto-hipnose por 15 minutos…30 minutos…” Surpreender-se-á ao descobrir como o seu “relógio interno” pode controlar o tempo para si.

teúdo visual. Por exemplo: “Vejo a luz que brilha na capa do livro”, “Vejo a estante à minha direita”, “Vejo os meus braços”…

3) Agora, no sistema auditivo, diga a si mesmo 4 frases com conteúdo auditivo. Por exemplo: “Ouço Defina então o propósito da auto o som do ventilador”, “Ouço os sessão. Decida com o que se quer barulhos na rua”, “Ouço o som de comprometer ou que dificuldade minha respiração”… precisa solucionar. 4) Dando atenção ao seu corpo, 1) Sente-se numa poltrona ou ou- 2) A partir daqui vai entrar num tanto exteriormente como a sentro lugar que sinta confortável. ciclo de direcionamento da aten- sações internas, diga a si mesmo 4 Pode ser sentado ou deitado em- ção. Comece, de olhos abertos, frases com conteúdo cinestésico. bora sentado tenha preferência. prestando atenção a uma coisa de Por exemplo: “Posso sentir meus Desça dentro de si, centre-se, olhe cada vez. Concentrando-se no seu pés nos sapatos”, “ Posso sentir o em frente, respire de forma lenta e sistema representacional visual calor de meus dedos”, “ Posso sendiga a si mesmo 4 frases com con- tir o peso da minha roupa”… fácil. Relaxe. 20


5) O mesmo que anteriormente mas agora pronuncie 3 frases visuais, 3 frases auditivas e 3 frases cinestésicas.

riormente, o que ouve e o que sente ou imagine possíveis situações com sensações específicas.

6) A seguir diga a si mesmo 2 Quando entrar em transe, a frases visuais, 2 auditivas e 2 ci- mente subconsciente fará o nestésicas. trabalho de encontrar seus próprios recursos, experiências ou 7) Por último 1 frase visual, 1 aprendizagem adequada para auditiva e 1 cinestésica. si neste momento, os quais podem servir para superar difi8) E, se ainda não caiu em tran- culdades ou ajudar a realizar os se, vá repetindo a sua própria compromissos que se propôs. experiência: o que vê, escuta e sente. Se os olhos se não fecha- Confie que sua mente inconsram automaticamente pode ciente está trabalhando para fechá-los agora e vá repetindo si em segundo plano enquanas frases visuais, imaginando to está executando o processo o ambiente ou o que vê inte- agora. 21


A GRATIDÃO É UMA ESCOLHA! ARTIGO DE MASSIMO FORTE

“A gratidão é uma escolha de vida, é um estilo de vida e trouxe-me sempre muitas coisas boas!” Não sou eu que digo, mas concordo a 100% com Assunta Corbo, autora do livro “Dizer, Fazer e Agradecer”. Assunta, define-se como uma jornalista construtiva que escreve sobre coisas positivas e histórias de sucesso que possam ajudar e inspirar outros.

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O mais interessante sobre a gratidão é que muitas pessoas pensam que ser grato é dizer obrigado muitas vezes, mas o conceito de gratidão é bem diferente. Gratidão é acima de tudo um estado de espírito, uma tomada de consciência que tem o poder de nos transformar e de nos proporcionar um enorme bem-estar interior. Quando escolhemos ser gratos assumimos esta atitude todos os dias e praticamos a gratidão com todos sem preconceitos, diria que a gratidão é viver o presente, olhando-o como uma oportunidade positiva que temos todos os dias e repare, a gratidão

pode apenas ser um gesto de alguém, ou um gesto nosso para com outro. Acredito plenamente que todos temos gratidão dentro de nós, mas muitos esquecerem-na, pois estamos a viver sem refletir a um ritmo alucinante. Está provado cientificamente que as pessoas que aplicam a gratidão são 25% mais felizes do que aquelas que não a utilizam, não só vivem melhor, como sobretudo, fazem com que as pessoas que vivem à sua volta vivam também melhor. Mas será que é possível parar para nos observarmos de fora? Será pos-


sível recuperar e treinar a nossa capacidade de produzir momentos de reflexão e gratidão? A resposta é sim, é possível, e mais, podemos inclusive colocar a atitude de gratidão em modo automático, fazendo-a emergir no nosso inconsciente para a praticar todos os dias.

escrevo todos os dias 3 ou 5 coisas sobre as quais gostaria de exprimir a minha gratidão, assim faço com que esta atitude seja constante e consistente e crio o hábito. O ato de escrever é fundamental, pois na escrita vão aparecer sempre outras coisas ou formas de encarar o que

MAS COMO? aconteceu, e isso vai reforçar a gra“Se quiser ter um sono tranquilo e tidão, para além do mais, não há relaxante, pense nas cosias boas nada mais forte do que reler. que lhe aconteceram nesse dia”. Outro exercício que também podeO começo deverá ser feito recor- rá fazer surge de uma técnica japodando todas as coisas boas que nesa chamada “olhar para dentro”. aconteceram na sua vida, encare Esta técnica consiste na resposta inesta prática como um treino cons- terior a perguntas pré-definidas retante. De seguida, deverá recordar lacionadas com alguém com quem e refletir sobre os momentos positi- infelizmente não teve uma situação vos e sobre as coisas boas que o seu positiva durante o seu dia: dia lhe proporcionou, e deve faze-lo todos os dias. 1. O que recebi dela? 2. O que lhe dei? Algo pratico que pode fazer é, ter 3. Como a feri? um diário da gratidão, neste diário

Esta introspeção treina-nos através da gratidão, pois é uma forma de sermos ou voltarmos a ser mais humildes, colocando-nos perante o ponto de vista do outro. Conseguir (re)lembrar o seu dia e pensar no que de bom lhe aconteceu, é uma forma de conseguir voltar a ser grato. O silêncio e o diálogo interno, são por isso essenciais para o ajudar a voltar a reativar a sua atitude de gratidão.

E COMO CONSEGUIR SER GRATO EM MOMENTOS MUITO DIFÍCEIS? Reenquadrando, ou seja, procurando nesses momentos consequências positivas, pois há sempre um lado positivo em todos os desafios. A recordação dos momentos mais difíceis e desafiantes das nossas vidas são recordações preciosas, pois são estes episódios que nos fazem evoluir e aos quais devemos ser gratos, logo, o que devemos dizer a estes momentos é: obrigado. Se estes momentos não tivessem acontecido, possivelmente não teríamos evoluído e hoje não seríamos aquilo que somos, seja grato aos desafios que a vida lhe proporciona. Para ser grato é necessário acima de tudo acreditar na gratidão, afinal, cultivar esta atitude é uma questão de escolha. Quando conseguimos voltar a ser gratos, acontece algo inesperado e como se de uma magia se tratasse, voltamos a ter confiança em nós mesmos e conseguimos assim enfrentar melhor todos os nossos desafios diários.

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TREINO MENTAL NO DESPORTO:

A PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA AO SERVIÇO DO DESPORTO ARTIGO DE MARIA MANUEL MENDES

No desporto de alta competição, muitas vezes a diferença entre quem está na posição número um e quem ocupa os lugares seguintes é muito ténue, sendo a forma como utilizam a mente que poderá marcar a sua história e criar uma nova lenda.

Num desporto colectivo e de longa duração, como por exemplo o futebol, o atleta pode passar por vários estados emocionais e, mesmo assim, o balanço geral do seu desempenho ser positivo.

numa determinada prova, pode pôr tudo em causa num único segundo...

No desporto de alta competição, o sucesso vem do talento, do empenho e do controlo sobre a mente Num desporto individual, e de cur- (capacidade de gerir crenças, motita duração, como por exemplo a gi- var-se e atuar sob pressão). nástica, na trave ou nas argolas, os Costumo dizer que há profissões e atletas dispõem apenas de alguns Segundo Timothy Galway – pioneiprofissões e há desportos e despor- segundos para mostrar o que va- ro no mundo da psicologia aplicada tos, onde o resultado da nossa ação lem. Uma queda numa acrobacia, ao desporto, com o tema The Inner pode ter impactos completamente que demorou meses, ou até anos, Game of Tennis, “um jogador endistintos. a treinar para ser exibida e cotada frenta dois jogos em simultâneo: o 24


jogo que se processa no campo e o Através da modelagem, John Grinjogo que ocorre na mente do atle- der, co-autor da PNL, aprendia um ta”, e que cria um diálogo, por ve- novo desporto de 6 em 6 meses. zes, ensurdecedor. Não é por acaso que estão a tentar A construção mental que fazemos modelar o Cristiano Ronaldo. (em PNL - representação interna)

Agora um atleta pode ter tudo isto mas…estar num estado sem recursos, ou seja, com medo, falta de confiança, ansiedade… Em 2012, tive o privilégio de estar em sala dois dias com Emma James, campeã mundial de powerlifiting e trainer de PNL, e escutar algumas das suas histórias. Uma vez ela estava a olhar para a barra de pesos e a mesma parecia ter um peso extraordinário, apenas visualizava algo extremamente pesado e forte. Com esta representação, o insucesso seria praticamente garantido. A boa notícia é que com a PNL podemos construir a representação interna adequada a cada situação.

ALGUMAS APLICAÇÕES PRÁTICAS DE PNL Técnicas de visualização A associação com os passos detalhados da atividade em causa cria um estado que ativa os neurotransmissores que depois alimentam a fisiologia e tornam o desempenho pretendido alcançável. influenciará a resposta do nosso corpo. As representações internas criam um estado, sensações e emoções, e são estas sensações e emoções que determinam em grande parte o sucesso e o fracasso.

O que faz a diferença entre os que tem êxito dos que não têm? Neste caso, há talento, demonstrado com testes científicos relacionados com a sua estrutura física. As suas características potenciam as suas habilidades, no entanto, o taO interesse no funcionamento da lento só foi conseguido através do mente e a aplicação na prestação seu árduo empenho nos treinos. do desporto tem vindo a crescer Como diz José Mourinho “Um jogae a PNL, também definida como a dor só pode jogar no limite se treinar ciência e a arte da “modelagem da no limite… o jogo é o espelho de um excelência”, vai contribuindo cada treino. Quanto maior for a determivez mais. nação no treino, maior é a determinação no jogo.”

Um soldado americano, o Coronel George Hall, esteve preso em cativeiro durante alguns anos no Vietnam. As condições em que se encontrava limitavam a condição física e impossibilitavam a prática do seu desporto favorito, o golfe. Para ocupar o seu tempo e manter alguma “sanidade mental”, durante os, cerca de, 5 anos e meio de cativeiro, jogou diariamente uma ronda de golfe na sua mente. 25


Encontrava-se quase sempre sozinho numa cela de 2,5 por 2,5 m. Antes da viagem para o Vietnam tinha um handicap de 4. Quando regressou, 5 anos e meio depois, os amigos desafiaram-no para jogar uma partida de golfe. Para surpresa de todos e apesar da sua debilidade física, manteve o seu handicap original! Estupefactos como ocorrido e referenciando que há mais de cinco anos que não jogava, ele respondeu-lhes “eu joguei mentalmente todos os dias no decorrer desse período de tempo e conhecia cada pedaço de erva, cada bunker e cada jogada que havia feito” Fonte: Excelencia Deportiva, Ted Garret

e, automaticamente, colocava-me em estado de confiança e energia. Imaginem o que podemos fazer intencionalmente!...

ANCORAGEM Processo pelo qual um estímulo fica conectado neurologicamente a um ESTADO EMOCIONAL CERTO estado emocional, como se fosse DISCIPLINA E FOCALIZAÇÃO O estado de presença é fundamenum botão mágico. tal, estar presente no aqui e agora, É uma forma de mobilizar os esta- completamente centrado e conecdos emocionais desejados quando tado com o seu cerne, com o significado do seu empenho. precisarmos deles… Uma âncora pode ocorrer naturalmente ou pode ser criada intencio- Novak Djokovic, é um exemplo disto mesmo. O número um do ténis nalmente. mundial, pratica mindfulness desde Quando eu era ginasta, sem saber, 2011 e, desde então, tem-se revelatinha uma âncora natural. Antes de do o jogador com maior capacidainiciar a corrida para o trampolim de de recuperação. Num jogo aluciou tapete, dava sempre um salti- nante contra Roger Federer, em que nho. Esse saltinho estava conecta- esteve prestes a perder, recuperou do a momentos em que os exercí- e ganhou o jogo com recurso a vicios foram executados com sucesso sualizações positivas e mindfulness. 26

Mindfulness, facilita-nos a aceitação e vivência plena do aqui e agora. Deste modo, não há lugar a julgamentos ou a diálogos internos destrutivos, permitindo a libertação dos melhores recursos internos. CONCLUSÃO No desporto como em qualquer outra realidade da vida, não basta ter talento e ser empenhado, é necessário ter o estado emocional certo - Mente confiante, Corpo confiante! A aplicação de técnicas PNL é rápida e eficaz, permitem-nos conhecer as metas, os valores e as convicções, bem como ativar os recursos para o sucesso.


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DIÁRIO DE UM PRACTITIONER TEXTO DE JOSÉ FIGUEIRA

Segue-se uma descrição do nosso Practitioner, neste caso um Practitioner intensivo de verão. Trata-se das revelações, dos insights, dos princípios e das mudanças que caracterizam especificamente os nossos cursos: a caminho do “CERNE” em nós. Trata-se de Desenvolvimento Pessoal, no quadro maior do nosso Significado de Vida a caminho da Liberdade, da Paz e de uma vida ainda mais feliz. 1º DIA Hoje foi o primeiro dos 16 dias mágicos do Practitioner intensivo. 28

Como método direcionado a resultados, começou-se com objetivos. Nos nossos cursos os objetivos são tratados dentro do quadro global dos significados maiores que damos à vida.

modelo (níveis neurológicos de comunicação e aprendizagem) revela-nos os níveis de mudança, desde simples comportamentos a mudanças radicais de identidade que vão para além de um “eu” escrito com letra pequena. Estes ní2º DIA veis de comunicação, mudança e Neste segundo dia aprofundá- aprendizagem, relacionados com mos os dois modelos que estão os 4 níveis de aprendizagem de na base de todo o nosso Practitio- Bateson levam do “comportamenner. O primeiro modelo (o modelo to” ao “propósito de vida” e estão de comunicação) tem a ver com a relacionados com a complexidade nossa relação com o mundo: como hierárquica do nosso sistema nertransformamos e reagimos à infor- voso. mação que nos chega; o segundo


apreendemos o mundo em termos de categorias (chunks) e as consequências que isso tem na nossa vida! Muitas pessoas são determinadas pelas coisas ao nível do detalhe sem se aperceberem dos múltiplos significados “meta” que se escondem por detrás dos aspetos visíveis da vida.

3º DIA Depois de termos compreendido ainda melhor como representamos o mundo na nossa mente (sistemas de representação e modalidades sensoriais), tomámos hoje uma maior consciência de como passamos muitas vezes ao lado da vida. Para isso empregámos algumas horas apurando os nossos sentidos (perceção sensorial) para melhorar a nossa comunicação (rapport) e vivenciar o mundo à nossa volta com maior intensidade. 4º DIA Ainda estamos no princípio do curso mas já temos à nossa dispo-

6º DIA Hoje sim, neste sexto dia do Practitioner, tornou-se claro o que significa a “estrutura da magia”, a primeira obra específica da PNL e que trata de linguagem verbal. Como o “inferno” e o “paraíso” podem estar tão perto de nós como resultado da linguagem que empregamos! E como sair deste “inferno” cuidando do nosso jardim interior da linguagem (com a ajuda do Modelo Meta da linguagem), impedindo os “vírus” e as “ervas daninhas” de crescer… e como os padrões linguísticos hipnóticos de sição, neste quarto dia do Practi- Milton Erickson fazem despertar tioner, os segredos para lidar com os recursos adormecidos em nós! qualquer situação desconfortável Hoje foi um dia dos mais mágicos. na nossa vida. Hoje aprendemos a manusear as pedras básicas do 7º DIA nosso pensamento (submodali- Não se pode dizer que tudo o que dades) para nos abrirmos a novas parece não é. Claro que é, mas por possibilidades e criarmos na nossa detrás daquilo que se nos apremente as condições para sermos senta há uma verdade maior. É na mais felizes. O princípio é simples: linguagem simbólica, na metáfora, – atualize uma vivência de recur- que se encontra o significado da sos e sobreponha-a à situação des- nossa vida, um desejo escondido confortável que quer transformar! para reencontrar o “lar”, o nosso centro, voltar a casa e Ser-se o que 5º DIA se já É. Antes de entrarmos, de forma prática, no mundo mágico da lin- 8º DIA guagem, tornámo-nos hoje ainda Como é possível? Carregar num mais conscientes da forma como “botão” (âncora) e entrar num es29


nossos motores mais profundos e a maneira como estes motores (valores) dirigem as nossas estratégias, sensações e os nossos atos. O que é verdadeiramente importante para nós, valores por detrás de valores de que não estávamos conscientes, e como surgiu essa importância? Porque faço o que faço e, para atingir o que quero, faço-o “brincando” ou de forma “stressada”? De onde surgem os nossos valores? E as implicações das emoções vividas na infância traduzidas nas memórias que estão na base dos valores? E o papel das crenças?

infinita informação em cada um dos nossos encontros (posições percetivas). E que em absoluto não existem verdades, tudo depende das premissas, do espaço, do tempo, do significado. E hoje foi ainda mais especial que os dias especiais, hoje tomámos uma maior consciência do nosso impacto e da impressão que deixamos no outro, algo imprescindível, a partir de agora, para a nossa comunicação em público.

11º DIA Não tem fim esta viagem ao fundo de nós? Quem sou eu? Ou melhor: Quem sou EU no meio de tantos “Eus”? E como lidar com esta confusão e luta entre os Eus? Hoje foi, para muitos, o primeiro dia na unificação das identidades contraditórias dentro de nós. E aprendemos a lidar com cada uma delas, com as “sombras”, os nossos “demónios” internos… aprendemos a amá-los, a cuidar deles, a ajudá-los a encontrar novas formas para realizarem o NOSSO significado de vida e que é comum a todas as partes de nós: – um significado altamente positivo esconde-se por detrás de todas as “sombras”…

10º DIA 9º DIA Vimos e compreendemos o que Hoje, à volta do tema da perce- são realmente os nossos progração, foi o dia em que percebemos mas mentais e a sua estrutura como perdemos diariamente tan- (etratégias): – como fazemos para ta informação presente nos nossos atingir o que queremos? E mais imcontactos diários e como chegar à portante foi hoje a descoberta dos

12º DIA Viajámos no tempo, longe na direção do passado. Aprendemos coisas dos nossos tempos longínquos que ainda não tínhamos aprendido. Libertámo-nos assim de emoções que nos estavam a fazer pri-

tado desejado de novas possibilidades? Foi o que hoje praticámos. E neutralizar com um simples toque uma emoção negativa que há tempos nos incomoda? E enriquecer até a nossa história pessoal levando “informação mágica” ao passado para abrir novas possibilidades para o futuro? E a noite foi uma daquelas noites mais impressionantes: – como atravessar os possíveis impedimentos da vida em nano segundos empregando uma metáfora usada no karaté?

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sioneiros. Demos de beber a uma criança sequiosa e necessitada. Na azáfama da vida, na luta por vezes stressante pela sobrevivência, em tanta atenção que damos aos outros, esquecemos de dar a beber à pessoa mais sedenta do mundo, nós mesmos. 13º DIA Como pôr em prática no mundo o que aprendi para que os outros possam usufruir também e deixar no mundo uma marca, um sorriso, um carinho? Hoje treinámos a estrutura de uma intervenção um-a-um que pode ser aplicada em coaching, terapia, ensino, formação e liderança ou simplesmente para ajudar um amigo. E celebrámos a aprendizagem, a transformação, a

partilha, o encontro, o novo dia das 15º E 16º DIA nossas vidas. Foram dois dias estonteantes. Se ainda havia aqui e ali alguma con14º DIA fusão, conceitos que se não ajustaQuando julgávamos que tínhamos vam, partes de nós não esclarecichegado ao fim fomos confronta- das, as avaliações dissiparam todas dos ainda com os recursos consi- as nuvens das nossas dúvidas e inderados dos mais poderosos em quietações. Entrámos numa nova PNL, os estados essenciais de Se fase de crescimento e consciência. (Transformação Essencial)r. E depois despedimo-nos de uma ou outra ligação limitadora ao passa… Que a estrada se erga para do e instalámos o futuro na nosir ao seu encontro. sa Linha do Tempo. E integrámos Que o vento esteja sempre estes 14 dias no nosso corpo, nos nas suas costas. nossos neurónios, fazendo um Que o sol brilhe e aqueça o passeio que nos levou do mundo seu rosto exterior aos picos dos significados e as chuvas caiam suavemenúltimos da nossa vida! te nos seus campos… (bênção irlandesa)

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JULHO

OUTUBRRO

DIA 30 PRACTITIONER // ESTORIL com José Figueira e Maria Manuel Mendes

DIA 01 E 02 // PORTO CURSO INICIAL DE PNL com Maria Manuel Mendes

DIA 15 // ESTORIL PRACTITIONER com José Figueira

Curso intensivo e pratico em 18 horas onde compreendemos os mecanismos da mente e da motivação para desprogramar limitações e ancorarmo-nos com programas que nos facilitem a vida

Uma certificação como Practitioner em PNL é crescer em qualidade de vida ao conhecer-se melhor, pôr em prática uma versão aprimorada de si e aumentar a sua influência despertando o melhor no outro

Uma certificação como Practitioner em PNL é crescer em qualidade de vida ao conhecer-se melhor, pôr em prática uma versão aprimorada de si e aumentar a sua influência despertando o melhor no outro

SETEMBRO DIA 02, 03 E 04 // ESTORIL COMUNICAÇÃO GENERATIVA com José Figueira Comunicar a partir da Missão, daquilo que sentimos como mais verdadeiro em nós, suscitando nos outros entusiasmo e entrega. É um enorme passo na “Viagem do Herói”. Ferramentas de coaching e auto coaching ao nível da identidade e da missão DIA 24 E 25 // ESTORIL CURSO INICIAL DE PNL com Eugenia Fonseca

DIA 01 E 02 // PORTO TIME LINE THERAPY com Vera Braz Mendes Trabalha com a mente inconsciente tirando partido das diretivas primárias do Inconsciente e parte do pressuposto principal de que toda a mudança comportamental é inconsciente. O objetivo é libertar, desconectar emoções negativas e neutralizar decisões limitadoras

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DIA 07 E 08 // FUNCHAL CURSO INICIAL DE PNL com Eugénia Fonseca e Rita Aleluia

Curso intensivo e pratico em 18 hoCurso intensivo e pratico em 18 ho- ras onde compreendemos os meras onde compreendemos os me- canismos da mente e da motivação canismos da mente e da motivação para desprogramar limitações e para desprogramar limitações e ancorarmo-nos com programas que ancorarmo-nos com programas que nos facilitem a vida nos facilitem a vida 33


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