Folder Rosto Materno de Deus

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O ROSTO MATERNO DE DEUS NOSSA SENHORA DA América Latina e Caribe


Ir. David Pedri Superior Provincial da Província Marista do Brasil Centro-Sul Ir. Dario Bortolini Presidente da Associação Paranaense de Cultura Ir. David Pedri Vice-Presidente da Associação Paranaense de Cultura

Exposição e Catálogo Pesquisa e coleta: Ana Lúcia Langner, Emanuelli Luisa Monteiro, Fabiano Popovisk, Giselli Felisbino, Juliano Peroza, Mauro Cesar Uchida, Renato Barbosa dos Santos, Ir. Alvanei Finamor e Ivens Fontoura Texto das padroeiras: Ir. José Aderlan Brandão N. Filho

Marco Antônio Barbosa Cândido Superintendente da Associação Paranaense de Cultura Dom Moacyr José Vitti Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica do Paraná

e Ir. Vanderlei A. Kuhn Revisão: Ir. Virgílio Josué Balestro e Ir. Ivo Strobino Projeto Gráfico: Bronx Propaganda Fotografia: João Borges Produção: Vivian Escorsin

Clemente Ivo Juliatto Reitor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Paulo Mussi Vice-Reitor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Ricardo Tescarolo Pró-Reitor Comunitário Adalgisa Aparecida de Oliveira Gonçalves Diretora de Pastoral e Ações Comunitárias Ir. Alvanei Aparecido Santana Finamor Coordenador do Núcleo de Pastoral PUCPR João Oleynik Diretor Cultural e de Relações Internas Maria Lambros Comninos Coordenadora do Núcleo de Assuntos Culturais Ivens Jesus da Fontoura Conservador Chefe do MUNI – Museu Universitário PUCPR

Montagem: Anderson Carlos da Silva e Gean Carlos dos Santos


O Rosto Materno de Deus

Fazendo eco ao XXI Capítulo Geral da Instituição Marista, que convida a todos os Maristas, Irmãos e Leigos, a “Com

Maria, ide depressa, para novas terras”, o Núcleo da Pastoral da PUCPR realiza a amostra cultural “O Rosto Materno de Deus – Padroeiras dos Países da América Latina”, com o objetivo de favorecer à comunidade acadêmica a descoberta de Maria como modelo de vida, resgatar a devoção mariano no mês de maio, bem como a sua tradição cultuada neste continente.

O Papa Bento XVI, em seu discurso de abertura do V CELAM, falou da importância da evangelização da América Latina

que começou com Cristóvão Colombo ao dar o nome de “Santa Maria” à sua Nau Capitânea. Assim, sob a proteção de Nossa Senhora, e guiada por ela, a nau de Colombo, a Santa Maria, tocava pela primeira vez o solo americano em 12 de outubro de 1492.

A identidade dos países latino-americanos está associada à figura da Virgem, com a qual cada estado/país possui uma relação especial. Nossa Senhora, frequentemente, assume o nome do local em que se manifestou. Comunica-se com pessoas humildes. Em muitos casos com índios ou negros. Na Argentina, “La Virgen Morena de Luján” testemunha que a mãe dos pobres tem a pele escura. Na Bolívia, Nossa Senhora de Copacabana, com feições indígenas, é chamada de “Maria Negra”. No Brasil, Nossa Senhora da Aparecida – a única imagem negra de Nossa Senhora das Américas. No México, Nossa Senhora de Guadalupe trata Juan Diego de “meu filho” e é uma mãe que fala a língua do filho e assume os símbolos de sua cultura. É uma mãe próxima e não dominadora. A América inicia assim a ver em Nossa Senhora a própria mãe. Esta manifestação de Maria como rosto materno de Deus permitiu nova compreensão de seu papel na história da salvação e abriu novas estradas à evangelização. Maria continua sendo, de fato, na devoção popular, a mais querida entre todas. O povo latino-americano a vê como mãe, amiga e protetora poderosa. Ela difunde poder, doçura e amor filial que despertam e nutrem a fé em muitos corações. Na história da Igreja e em nosso Continente Latino-Americano, afirma a teóloga Maria Clara Lucchetti Bingemer: “Maria é (...) a Mulher iconografada com muitos traços, expressões, cores de pele, modelos de roupa. Cada cultura expressou esta mulher de acordo com seus traços. Em torno de Maria temos uma das mais ricas expressões de arte e fé popular”.

Ir. Joaquim Panini - fms


México Capital: Cidade do México Língua: espanhol Área: 1.964.380 km2² População: 109.610.036 hab.

Nossa Senhora de Guadalupe Festa: 12 de dezembro Tudo começou em 1531, na cidade de Guadalupe, nas cercanias da capital, quando Nossa Senhora apareceu ao índio Juan Diego e pediu que ele se dirigisse ao Bispo local, Dom Juan de Zumárraga, com o pedido de, naquele local, construir uma igreja. O Bispo disse ao índio que precisava ver uma prova convincente de que esse era realmente o desejo da Santíssima Virgem. A Virgem faz surgir, em pleno inverno, belíssimas rosas no manto do índio e ele as leva ao Bispo, espalhando-as diante do prelado e, neste momento, aparece sobre o tecido do manto a linda imagem de Nossa Senhora. A imagem tem a cor morena, assemelhando-se com os índios, e tem 145 cm. Foi construída imediatamente a Igreja na Colina de Tepeyac, hoje o maior santuário mariano do mundo. Com as orações, muitos índios se converteram ao cristianismo de forma milagrosa. Em 1737, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada padroeira do México e, em 1999, o Papa João Paulo II a declarou Padroeira da América. O atual santuário foi inaugurado em 1976 e é visitado por romeiros de toda a América.


El Salvador Capital: São Salvador Língua: espanhol Área: 21.040 km2² População: 6.163.050 hab.

Nossa Senhora da Paz Festa: 9 de julho

A capital religiosa de El Salvador é São Miguel.

No ano de 1682, o país estava em guerra civil,

quando foi encontrada por alguns mercadores uma grande caixa de madeira na praia. Intrigados por não ter conseguido abrir a caixa, resolveram levá-la às autoridades locais, pois cogitaram a possibilidade de tratar-se de algum tesouro deixado à deriva por um assalto pirata.

Ao chegar à pequena Vila de São Miguel, o burrico

que carregava a caixa empacou em frente à igreja paroquial. Resolveram então abrir ali mesmo a grande caixa que continha em seu interior a imagem de Nossa Senhora da Paz e, em seu colo, à esquerda, o Menino Jesus. Sua devoção aumentou, sobretudo pela proteção do país contra catástrofes naturais e massacres. A igreja se tornou um santuário que recebe milhares de romeiros e sua atual edificação foi inaugurada em 1953. Em 1921, a imagem foi coroada Patrona da República e, em 1966, padroeira do país.


República Dominicana Capital: São Domingo Língua: espanhol Área: 48.670 km²2 População: 10.090.151 hab.

Nossa Senhora de Altagrácia Festa: 21 de janeiro

A religiosidade do país está voltada para a

cidade de Higüey, na região Leste, a 180 km da capital. Tudo começou no fim do século XVI, quando um senhor muito rico fez uma viagem a negócios. Uma das duas filhas lhe pediu uma imagem de Nossa Senhora de Altagrácia. O pai, não encontrando a imagem, que lhe era desconhecida, ficou muito triste e partilhou isso com um amigo. Um senhor de idade, ouvindo a história, disse que tinha essa imagem e começou a desenhá-la: era a imagem da Virgem Maria adorando o recém-nascido, tendo atrás de si São José com uma vela acesa. O pai entregou a pintura à filha e no quintal da casa da família foi construída a primeira capela e mais tarde o Santuário de Higüey. Foi proclamada padroeira do país e o atual santuário foi inaugurado em 1978. A imagem possui 330 milímetros de largura por 450 milímetros de altura.


Paraguai Capital: Assunção Língua: espanhol Área: 406.750 km²2 População: 6.348.917 hab.

Nossa Senhora de Caacupé Festa: 8 de dezembro Tudo iniciou quando um índio em fuga, no fim do século XVI, começou a invocar Nossa Senhora, fazendo a promessa de que, se não fosse mais perseguido, esculpiria na madeira uma imagem da Virgem. Sendo atendido, esculpiu uma imagem de 500 milímetros e a ofereceu à Igreja da aldeia Tobati. No ano de 1603, a imagem foi arrastada por uma cheia do lago Ypacaraí, que arrasou a região. Mais tarde, a imagem foi encontrada intacta pelo carpinteiro José que, junto com outros fiéis, construiu uma ermida, onde passaram a venerar a imagem com o título de Nossa Senhora de Caacupé, que quer dizer “atrás dos montes”, lembrando a geografia da região. Os fiéis a chamam carinhosamente de “Virgem Azul do Paraguai”. O atual santuário foi inaugurado em 1990 e acolhe milhares de romeiros que visitam a padroeira do país pedindo a sua intercessão.


Argentina Capital: Buenos Aires Língua: espanhol Área: 2.780.400 km²2 População: 40.276.376 hab.

Nossa Senhora de Lujan Festa: 8 de maio

Sua religiosidade mariana está voltada para

a cidade de Lujan, a cerca de 73 km da capital. Tudo começou em 1632, quando o fazendeiro Antonio Farias Sá pediu uma estátua da Virgem Maria a um amigo brasileiro, que prontamente o atendeu com duas estátuas: uma com o título de Mãe de Deus e outra com o de Imaculada Conceição, hoje venerada como Nossa Senhora de Lujan. O destino das imagens era o norte do país, mas a carroça emperrou nas margens do Rio Lujan, o que foi um sinal de Deus aos homens que colocaram a imagem em uma pequena capela neste local, começando a atrair fiéis para rezar. Um padre doente, que ficou curado ao passar no local, decidiu instalar-se ali para atender aos peregrinos que aumentavam continuamente. Em 1763, construiu-se uma grande igreja e o atual santuário começou a ser edificado em 1874, o qual recebeu o título de basílica e de Padroeira da Argentina em 1930. Hoje, Lujan é um grande centro de peregrinações, que atrai milhões de devotos.


Honduras Capital: Tegucigalpa Língua: espanhol Área: 112.090 km²2 População: 7.465.998 hab.

Nossa Senhora de Suyapa Festa: 2 de fevereiro Tudo começou em 1747, na cidade de Tegucigalpa, na Vila de Suyapa, nas cercanias da capital, quando os lavradores Alejandro e Lorenzo estavam dormindo. Alejandro acordou com algo o machucando e pôs o objeto na sacola. De manhã, percebeu que o objeto era uma imagem da Imaculada Conceição esculpida na madeira. O primeiro dos muitos milagres que são atribuídos a Nossa Senhora de Suyapa se trata da cura imediata de um capitão, que após a cura construiu uma capela dedicada à Virgem. O local se tornou um santuário em 1774 e, em 1925, a Virgem foi declarada padroeira do país. Sua atual edificação foi concluída em 2004.


Guatemala Capital: Cidade da Guatemala Língua: espanhol Área: 108.890 km2² População: 14.026.947 hab.

Nossa Senhora do Rosário Festa: 7 de outubro

A devoção ao Rosário começou a ser difundida

na Guatemala, pelos missionários dominicanos. O Sacerdote Montoya introduziu uma imagem de ouro em uma casa de oração em 1539. As casas de oração tinham a finalidade de ensinar os indígenas a rezar. A imagem carrega o Menino Jesus com a mão esquerda e na outra um rosário. Os milagres são muitos, sobretudo o fato de ter ficado intacta nos terremotos e nos desastres naturais. Na independência do país, em 1821, os líderes revolucionários a escolheram como padroeira. Foi solenemente coroada em 1833 e canonicamente em 1934. O local de oração foi proclamado santuário em 1996, pelo Papa João Paulo II, na visita ao local, e atualmente recebe milhares de romeiros. É um grande sinal de esperança para o povo guatemalteca.


Costa Rica Capital: São José Língua: espanhol Área: 51.100 km²2 População: 4.578.945 hab.

Nossa Senhora dos Anjos Festa: 2 de agosto Tudo começou em Cartago, a 25 km da capital, em 1635. A jovem negra, Juana, foi recolher lenha quando viu uma imagem de Nossa Senhora em cima de uma pedra e a levou para sua casa. Curiosamente, a viu novamente sobre a pedra nos dias seguintes. Decidiu entregar a imagem ao pároco, que a deixou na igreja; mas a imagem sempre retornava à pedra, quando foi entendido que a Senhora pedia a construção de uma igreja naquele local. A igreja foi construída e mais tarde se tornou santuário. Sua imagem passou a ser conhecida e venerada por seus muitos milagres, como Nossa Senhora dos Anjos, porque a região onde foi encontrada é “Puebla de los Anjos” e o povo a chama de “La Negrita”. O Santuário atual começou a ser edificado em 1912 e é visitado por milhares de romeiros.


Panamá Capital: Cidade do Panamá Língua: espanhol Área: 75.420 km²2 População: 3.453.898 hab.

Nossa Senhora da Assunção Festa: 15 de agosto

A devoção a Nossa Senhora da Assunção

chegou ao Panamá com os evangelizadores franciscanos, cuja fundação fora impregnada por Francisco de Assis com a espiritualidade mariana.

Sendo um dogma da Igreja Católica, a Assunção

de Nossa Senhora é algo humanamente inexplicável. Conta-se que, prestes a adormecer em Deus, estava rodeada pelos apóstolos. Porém, o apóstolo Tomé não estava ali e, quando retornou de sua viagem, Maria já havia sido sepultada no Vale do Cedron. Inconformado, o apóstolo pediu que fosse aberto o túmulo para poder beijar uma última vez as mãos da Virgem. No entanto, todos foram surpreendidos por nada encontrarem no seu interior além de um suave aroma de flores e uma melodia celestial. Em Jerusalém, temos a Igreja da Dormição, que foi construída no lugar onde Maria morava. No Panamá, seu santuário principal é a Catedral Metropolitana do país.


Bolívia Capital: La Paz Língua: espanhol, quíchua e aimará Área: 1.098.580 km²2 População: 9.862.860 hab.

Nossa Senhora de Copacabana Festa: 2 de fevereiro

A história da aparição teve início quando Dom

Francisco Tito Yupanqui, convertido ao cristianismo e querendo tirar seus irmãos de Copacabana do paganismo, se propôs a conseguir uma imagem da Mãe de Deus. Certo dia, teve uma visão de uma senhora coberta com um longo manto, tendo em uma das mãos uma vela acesa e um menino reclinado sobre seu peito. Assim teve a certeza de que esta deveria ser a sua representação. Como não tinha dotes para a arte, fez jejuns e orações, pedindo à Virgem que o ajudasse a criar uma imagem sua.

A imagem da Virgem esculpida, após várias

tentativas, carrega traços indígenas que lembram a imagem de Pacha Mama, a Terra-Mãe dos índios. Seu culto remonta a 1583, no lugar onde antes era um santuário inca. Em 2 de agosto de 1925, Nossa Senhora de Copacabana foi proclamada Padroeira da Nação Boliviana.


Chile Capital: Santiago Língua: espanhol Área: 756.090 km²2 População: 16.970.265 hab.

Nossa Senhora do Carmo Festa: 16 de junho

A História da aparição ocorreu no dia 16 de junho de 1251. A

Virgem do Carmo aparece a São Simão Stock e entrega um escapulário com muitas promessas. A Ordem do Carmo, na ocasião lutando com dificuldades, começa a viver uma renovação extraordinária. A partir daí, os Carmelitas se expandem pelo mundo todo, principalmente Portugal e Espanha. Com facilidade, a devoção se difundiu chegando à América Latina, e de modo especial no Chile. As primeiras manifestações da devoção a Nossa Senhora do Carmo datam do século XVI, com a construção da Igreja “La Tirana”, mais ao Norte do país. Ainda hoje lá acontece a manifestação religiosa popular do país: os bailes religiosos.

Vários acontecimentos históricos envolvem a participação

benigna da Virgem do Carmo: nas lutas pela independência, ela foi proclamada Patrona e Generala do Exército Andino. Em seu Santuário Nacional, na cidade de Maipu, estão sepultados os soldados que lutaram pela pátria.

Na bandeira do Chile foi colocada uma estrela branca no

céu azul, simbolizando a Virgem do Carmo, Patrona do Exército. A Cruz de Maipu, símbolo da religiosidade e da luta do povo chileno, é ostentada em todas as dioceses do país, trazendo sobre as cores vermelha e azul a estrela branca de Maria.

Em cada lar do país são encontradas as mais diversas formas

de representação da “Carmelita”, como é carinhosamente conhecida no Chile.


Colômbia Capital: Bogotá Língua: espanhol Área: 1.141.750 km²2 População: 45.659.709 hab.

Nossa Senhora de Chiquinquirá Festa: 9 de julho Trata-se de uma imagem de origem indígena, pintada sobre tela e encontrada em 1560. Foi retirada do culto por ter-se deteriorado, mas foi reencontrada em 1586, com as cores reavivadas, irradiando uma luminosidade miraculosa.

A notícia do prodígio espalhou-se. Logo

iniciaram-se as grandes peregrinações. Foi construída no local uma pequena capela que em 1608 tornou-se uma bela igreja e, em 1812, cedeu lugar à atual basílica.

A pequena cidade colombiana de Chiquinquirá,

às margens do Rio Suárez, é testemunha de inumeráveis favores de Maria ao povo colombiano. Várias vezes, durante o primeiro século de independência, quando o país foi vítima de lutas sanguinárias, a intervenção da Virgem foi decisiva.

Em 1816, proclamada Capitã do Exército,

a imagem foi levada ao campo de batalha. No dia da vitória ela recebeu, como ex-voto, a espada gloriosa do “libertador” Simon Bolívar.


Imagem de Nossa Senhora Boa M達e esculpida pelo Ir. Sean Dominic Sammon, Superior-geral dos Irm達os Maristas (2006/2009) e doada ao Prof. Ricardo Tescarolo.


A Boa Mãe – La Bonne Mère

“A vida de São Marcelino Champagnat e a história da Fundação do Instituto Marista estão intimamente

relacionadas a Nossa Senhora Boa Mãe. Sua devoção a Maria Santíssima vem do berço. Nos joelhos da mãe e da tia, religiosa, aprendeu a amá-la e invocá-la. No seminário, tanto em Verrières como em Lyon, a devoção assumiu nova dimensão e proporção. Comparecia com frequência aos santuários Marianos da região, onde orava: ermida de Nossa Senhora do Pied-des-Saints, na sua Marlhes natal; Virgem Negra, na Catedral de Puy; Nossa Senhora de Fouvière, na Colina de Lyon; Virgem Dolorosa, em sua ermida de L’Etrat, redondezas de La Valla; ou Virgem du Genêt d’or, em Valfleury, entre outras.

Ao fundar sua comunidade religiosa, deu-lhe o nome de Pequenos Irmãos de Maria. Em suas

primeiras casas, austeras e simples, havia o crucifixo e a imagem de Maria sempre presente. A nova casa foi denominada de Ermida de Nossa Senhora, conhecida como Notre Dame de I’Hermitage, considerada obra do amor e da proteção de Maria.

No fim do século XIX, os Irmãos Maristas deram o mesmo nome à magnífica estátua de Maria-

Rainha, a qual preside a grande capela de l’Hermitage.” (Fragmento de texto adapatado de edição A Boa Mãe, FTD, por M. L. Soares,

escrito pelo Ir. C. Carazo A., nas pegadas de Marcelino Champagnat.)

Entre as várias estátuas de Maria, que o Padre Marcelino Champagnat teve com ele, a conhecida

Boa Mãe o acompanhou desde o nascimento e o crescimento da Congregação Marista. A original, que preside atualmente a Capela do Conselho Geral dos Maristas em Roma, é uma estátua de gesso, policromada com muita paciência e maestria. Mede 750 milímetros de altura e representa a Virgem Maria como Mãe. Tem o menino Jesus dormindo em seus braços, com o gesto tão infantil de chupar o dedo, representado por maravilhosa expressão do Salmo 130, motivando confiança ilimitada: “Senhor, minha alma está em mim como criança, como criancinha nos braços da mãe...


Cuba Capital: Havana Língua: espanhol Área: 110.860 km²2 População: 11.204.180 hab.

Nossa Senhora da Caridade do Cobre Festa: 8 de setembro

Nossa Senhora da Caridade foi proclamada

padroeira de Cuba no início do século XX, em 10 de maio de 1916, pelo Papa Bento XV, e solenemente coroada em 20 de janeiro de 1936, em Santiago de Cuba, na presença de uma grande multidão.

Há duas versões narrando o aparecimento da

imagem. É a estátua de uma Virgem Negra, coroada e coberta por vestes reais, com o Menino Jesus ao colo.

A primeira versão atribui o encontro da imagem

de Nossa Senhora a dois irmãos índios, Juan Rodrigo e Juan Diego Hoyos, e a um negro, Juan Moreno. A imagem flutuava sobre a água, no entanto o seu manto, que era de tecido, não estava nem um pouco molhado.

A segunda versão atribui o achado da imagem

a um comandante do exército espanhol, Alonso Ojeda, que estava no mar das Caraíbas e foi surpreendido por uma terrível tormenta. Ele invocou a ajuda de Nossa Senhora, prometendo-lhe construir um santuário se ela o salvasse.

A Virgem da Caridade do Cobre é venerada

em muitos países da América Central e na Espanha. Na cidade de Miami, existe um santuário a Nossa Senhora da Caridade do Cobre.


Haiti Capital: Porto Príncipe Língua: francês e crioulo Área: 27.750 km²2 População: 10.032.619 hab.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Festa: 16 de junho Conta a história, envolta em clima de lenda, que o quadro, em estilo bizantino, representando a Virgem Maria a meio-corpo, teve a sua origem na Ilha de Creta, e foi pintado sobre madeira por um exímio artista grego.

Um rico comerciante apoderou-se do quadro com a intenção

de vendê-lo em Roma. Na travessia do Mediterrâneo, uma tempestade atingiu o navio que ameaçava naufragar. Sem saber da carga especial que levavam, os marinheiros começaram a rezar, pedindo a proteção de Nossa Senhora. Atendidas as suas preces, a tempestade cessou.

Depois da morte do ganancioso comerciante, que não

conseguiu vender o quadro, a Virgem Maria apareceu à sua filha e lhe pediu que a pintura fosse exposta em uma igreja, com o título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Como a Ilha de Creta foi por muitos séculos dominada pelos muçulmanos, que destruíram todos os documentos cristãos, pouco se sabe da origem do quadro e da capela onde primitivamente fora cultuado. Existe a hipótese de ter sido uma das cópias do quadro da Virgem pintado por São Lucas.

Levado para a Capela de São Mateus, em Roma, no século

XV, ali permaneceu por mais de três séculos. Depois de um incêndio criminoso que destruiu totalmente a igreja, ele foi encontrado entre os escombros.

No século XIX, o Papa Pio IX entregou-o aos Redentoristas,

dizendo-lhes: “Fazei com que todo o mundo conheça o Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro”. É neste Santuário de Roma que permanece o quadro original. Com a chegada dos Padres Redentoristas ao Haiti, a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro espalhou-se por toda a ilha e o povo haitiano recebeu com muita piedade e carinho a sua proteção.


Venezuela Capital: Caracas Língua: espanhol Área: 912.050 km²2 População: 28.583.366 hab.

Nossa Senhora de Coromoto Festa: 8 de setembro

A denominação Nossa Senhora de Coromoto vem

da tradicional história de conversão do Cacique Coromoto. No começo do ano de 1652, o cacique dirigia-se para a lavoura nas montanhas, na região do Rio Guanare. De repente, uma visão: belíssima Senhora, com um menino ao colo, vem em sua direção, andando sobre as águas cristalinas do rio.

Aproximando-se, ordena-lhe, em sua língua nativa,

que saia do bosque e vá até onde moram os brancos, para receber água sobre a cabeça e assim poder ir para o céu.

As palavras da Senhora convenceram o cacique;

e todos os índios, sabendo do ocorrido, quiseram também receber o batismo. Cacique Coromoto passa a estudar religião, participando de encontros de catequese. Logo, porém, perde o interesse e abandona tudo.

A Virgem aparece-lhe novamente e insiste que

continue os estudos. Irritado, achando tratar-se de repreensão da Virgem, o índio atira-lhe uma flecha e avança contra ela para empurrá-Ia. Quando ia tocar a Senhora, esta sorri e desaparece, deixando nas mãos do índio uma pedra ovalada, na qual estava gravada a imagem da Mãe de Deus num trono, com seu filho ao colo.

Esta relíquia é, até hoje, venerada na Basílica de

Guanare. À morte, picado por uma cobra venenosa, o Cacique Coromoto se converte e pede a todos os seus índios que sigam a fé católica.


Porto Rico Capital: San Juan Língua: espanhol e inglês Área: 9.104 km2² População: 3.927.188 hab.

Nossa Senhora da Divina Providência Festa: 19 de novembro

Desde o século XII, Nossa Senhora da Divina

Providência já era invocada na Itália; porém, somente no século XVIII este título foi reconhecido oficialmente pela Santa Sé e se espalhou pelo mundo.

A história deste título de Nossa Senhora tem início na

demolição de um convento localizado na Itália (Piazza Colonna). Em uma de suas paredes havia um afresco com a imagem da Virgem que, ao ser transportado para o novo local onde seria instalado o convento, se quebrou. Inconformado, o arquiteto responsável indenizou os religiosos e mandou providenciar outro quadro da Virgem Maria.

Quase um século depois, um jovem sacerdote

encontrou entre velhos documentos um manuscrito sobre a construção da igreja e do mosteiro, no qual o fundador dizia ter sido a Virgem Maria sua única provedora naquela obra. Como por inspiração divina, mandou fazer uma cópia do quadro doado pelo engenheiro e colocou-o no corredor entre o convento e a igreja, com a seguinte inscrição: “Mater Divinae Providentiae”.

Em sua iconografia original observa-se que somente

a Virgem tem uma fina e luminosa auréola em torno da cabeça; o menino em seus braços representa a humanidade sob a proteção de sua mãe.

A devoção a Nossa Senhora da Divina Providência

espalhou-se e nas Américas foi trazida pelos padres barnabitas. Porto Rico, pequena ilha das Antilhas, elegeu-a sua padroeira.


Peru Capital: Lima Língua: espanhol, quíchua e aimará Área: 1.285.220 km²2 População: 29.164.883 hab.

Nossa Senhora das Mercês Festa: 24 de setembro

Nossa Senhora das Mercês é cultuada no Peru desde

o século XVI. No início era invocada como padroeira especial de Lima, a capital do país, mas logo seus colonizadores a proclamaram padroeira de toda a nação peruana. Conta a história da Ordem dos Padres Mercedários que, por volta de 1218, Nossa Senhora apareceu em sonho para três homens: Pedro, militar francês de origem fidalga, que veio a ser São Pedro Nolasco; Raimundo, um dos mais notáveis teólogos de sua época, mais tarde São Raimundo Peñaforte; e Jaime, piedoso Rei de Aragão, convidando-os a fundar uma Ordem Religiosa com a missão de trazer os cristãos cativos de volta para a fé.

Quando descobriram que os três tiveram a mesma

visão, não duvidaram de que esta era a vontade de Deus, e resolveram fundar a Ordem que recebeu o nome de Ordem Real e Militar de Nossa Senhora das Mercês para o Resgate dos Cativos.

Em sua iconografia, Nossa Senhora das Mercês

aparece em geral semelhante à Virgem do Carmo, pois segura uma espécie de insígnia com o brasão dos mercedários. Outras vezes, aparece abrigando sob o seu manto dois escravos ajoelhados, sendo que um deles tem algemas e grilhões nos braços.

O que a identifica é principalmente a sua vestimenta,

uma túnica presa à cintura e sobre ela um escapulário com as armas da Ordem.


Nicarágua Capital: Manágua Língua: espanhol Área: 130.370 km²2 População: 5.742.800 hab.

Nossa Senhora La Puríssima Festa: 8 de dezembro

Na Nicarágua, Nossa Senhora é invocada pelo nome

de Virgem Puríssima. É um hábito que se originou nos tempos da colonização, no início do século XVI. O explorador espanhol Gil Gonzáles de Ávila era muito devoto da Virgem Puríssima, como ele a chamava. E, nas expedições que fazia pelo interior do país, levava medalhinhas de Nossa Senhora e as distribuía aos índios, recomendando que orassem e fizessem seus pedidos à Virgem Puríssima, que seriam atendidos.

Essa devoção achou terreno fértil entre os

nicaraguenses e floriu na linguagem popular, dentro das famílias, nas canções populares, com o título de Nossa Senhora Ia Puríssima, destacando a pureza de Maria.

Hoje, as famílias celebram na Nicarágua as

“Puríssimas”, ou novenas dedicadas à Virgem La Puríssima. Ao redor da imagem reúnem-se familiares, amigos e vizinhos para elevar suas preces e seus louvores à Mãe querida.

Essa novena termina com a “Gritaria”, no dia 7 de

dezembro, véspera da grande festa, quando os fiéis, em alegria incontida, saúdam a Virgem com o grito tradicional: “De onde nos vem tanta alegria?”, e respondem: “Da Conceição de Maria”. E à meia-noite ouvem-se os sinos das cidades e das vilas de todo o país, e intermináveis fogos de artifício clareiam o céu para inaugurar o dia festivo de Nossa Senhora La Puríssima.


Guiana Capital: Georgetown Língua: inglês Área: 214.970 km²2 População: 762.498 hab.

Suriname Capital: Paramaribo Língua: holandês Área: 163.820 km²2 População: 519.740 hab.

Nossa Senhora de Fátima Festa: 13 de maio

As antigas Guianas Inglesa e Holandesa, hoje

Guiana e Suriname, são pequenos países da América do Sul que elegeram sua padroeira Nossa Senhora de Fátima. A devoção a Nossa Senhora de Fátima do povo da Guiana e do Suriname está fortemente marcada pela história das aparições da Virgem aos três pastorinhos, na pequena paróquia de Fátima, na Diocese de Leiria, em Portugal. Em 13 de maio de 1917 a Virgem apareceu pela primeira vez e de início pediu às crianças para que rezassem o terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo.

Esta aparição, embora testemunhada pelo povo

português no início do século XX, se espalhou por todo o mundo tornando Maria venerada e amada em diversas nações. Neste sentido, Nossa Senhora de Fátima é oficialmente a padroeira de dois pequenos países da América do Sul: Guiana e Suriname.


Equador Capital: Quito Língua: espanhol Área: 283.560 km²2 População: 13.625.069 hab.

Nossa Senhora da Apresentação de El Quinche Festa: 21 de novembro

El Quinche é uma pequena vila nas encostas

geladas da Cordilheira dos Andes. Entre tantas manifestações da devoção mariana nesse país, a de Nossa Senhora da Apresentação de EI Quinche foi a mais notável, merecendo-lhe o título de Padroeira do Equador, desde a sua coroação em 20 de junho de 1943, em Quito, a capital.

A história começa quando, em 1591, os índios

de Oyacachi recebem das mãos de Dom Diego de Robles, um artista espanhol, a escultura da imagem, em troca de madeiras de fino cedro existentes na região.

Segundo a tradição, antes disso a Virgem já

havia aparecido várias vezes àquela gente simples e prometera-lhes proteção contra as feras e os estragos das tempestades e dos vulcões, se ali construíssem para ela um altar.

Em 1604, por ordem de Dom Frei Luiz López

de Sólis, a imagem foi transladada para EI Quinche, uma aldeia maior, distante 50 km de Quito. Centenas de índios e espanhóis acompanharam a procissão e, em cada povoado que paravam, o povo saudava a imagem da Virgem com velas, músicas e vivas.


Brasil Capital: Brasília Língua: português Área: 8.514.876 km²2 População: 191.480.630 hab.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida Festa: 12 de outubro

A história da imagem de Aparecida teve início a partir

da experiência de três pescadores. Foram à pesca no Rio Paraíba os seguintes homens: Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, em suas canoas. Apesar de terem navegado muito até o Porto de Itaguaçu, não conseguiram nenhum peixe.

Para surpresa deles, ao chegaram ao Porto de Itaguaçu,

embora desapontado e frustrado, João Alves lançou a sua rede de arrasto e não tirou nenhum peixe, mas, sim, um pequeno corpo de uma imagem. Um pouco mais adiante, lançou novamente a sua rede e então retirou uma pequena cabeça da imagem. Unindo as duas partes, envolveu-a num pano e colocou-a do lado na canoa. A partir daquele instante, a pesca tornou-se abundante a ponto deles ficarem com medo de afundar.

Depois deste acontecimento, Felipe resolveu mandar

restaurar a pequena imagem que logo de início o povo chamou de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A imagem é feita de “terracota”, um tipo de argila que depois de modelada é cozida em forno apropriado. Mede 360 milímetros de altura. Assemelha-se à tez da população da região, formada por mamelucos, índios, negros, mulatos e brancos.

Em 5 de maio de 1743, Dom Frei João da Cruz assinava

a provisão que permitia o culto a Nossa Senhora Aparecida e aprovava a construção da capela que foi construída em 26 de julho de 1745. Em 1930, o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora da Conceição Aparecida a padroeira do Brasil.


Uruguai Capital: Montevidéu Língua: espanhol Área: 176.220 km²2 População: 3.360.854 hab.

Nossa Senhora dos Trinta e Três Festa: 8 de Dezembro

A história mariana no Uruguai começou em 1726, ano

da fundação de Montevidéu, com sua primeira igreja dedicada à Imaculada Conceição de Maria.

A estatueta famosa, inspirada na pintura da “Ascensão

de Murilo”, foi esculpida por um índio e colocada em uma capela na Serra do Pintado, próxima a uma aldeia jesuíta. Mais tarde, com a saída dos jesuítas, o pequeno centro habitado recebeu o nome de Vila de Luján del Pintado, e mais tarde a imagem foi transferida para Florida.

Em maio de 1823, antes da batalha decisiva no

Uruguai, 33 soldados vindos do Brasil, sob o comando do General Juan Lavalleja, na cidade de Florida, renovaram o juramento de “Liberdade ou Morte”, desfilando diante do altar de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.

Em agosto do mesmo ano, a assembleia dos

bispos, convocada pela igreja paroquial de Florida, declarou a independência nacional e decretou que, a partir daquela data, a Virgem receberia o nome de Virgem dos Trinta e Três, passando para a história o confiante e decidido gesto dos 33 soldados.

A pequena imagem traz hoje uma lápide com a

inscrição: “Diante desta imagem de Nossa Senhora de Luján del Pintado, os trinta e três inclinaram a sua bandeira tricolor; a ela também invocaram os Convencionais da Independência”.

Em 21 de novembro de 1962, a Virgem dos Trinta e

Três foi proclamada pela Santa Sé a Padroeira do Uruguai.


Dominica Capital: Roseau Língua: inglês Área: 750 km2² População: 70.382 hab.

Nossa Senhora da Salete Festa: 8 de setembro

A devoção a Nossa Senhora da Salete se deu em

virtude da influência francesa em sua colonização no século XIX. Segundo a tradição, dois pastorinhos, Melânia e Maximino, moradores da pequena Vila de Salete, nos Alpes Franceses, viram a figura de Maria envolvida por uma bola de fogo, como se fosse o Sol na Terra. Paralisados com a visão, ouviram a mensagem que a Senhora de fisionomia muito triste lhes dirigia. A mensagem recomendava ao povo a submissão à vontade de Deus, dedicação à oração e à espiritualidade pessoal, respeito aos preceitos da Lei Divina. Fazia um alerta especial aos que blasfemavam contra Jesus, prevenindo dos riscos que corriam aqueles que não se regenerassem. Após recomendar aos pastorinhos que entregassem essa mensagem ao povo da região, elevou-se em um grande facho de luz que chegou até o céu.

Após cuidadosos estudos sobre o fenômeno,

D. Felisberto de Bruilhard, Bispo de Grenoble, declarou a autenticidade da aparição.


Trinidad e Tobago Capital: Port of Spain Língua: inglês Área: 5.130 km²2 População: 1.338.585 hab.

Nossa Senhora de Sipária Festa: 2º domingo após a Páscoa

Sipária é uma aldeia de Trinidad, que se orgulha de

possuir muitos tesouros espirituais. Nessa aldeia foi erguida a primeira capela à Santíssima Virgem de Sipária, com o título de Divina Pastora ou Nossa Senhora Divina Pastora. Conta a tradição que a imagem da Virgem aí venerada foi trazida pelos espanhóis, na época do descobrimento por Cristovão Colombo, em 31 de julho de 1498. Os índios a teriam encontrado no meio da mata e no local foi erguida a primeira Capela à Santíssima Virgem de Sipária.

Apesar de tentativas no sentido de transferir a imagem

para Oropenche, onde estaria mais acessível aos peregrinos, verificou-se a sua vontade de permanecer no local onde fora encontrada. Então foi construído ali mesmo o seu santuário que hoje recebe os romeiros de todas as Antilhas, da Venezuela e do Brasil.

Devido ao grande número de prodígios que ocorrem

naquele local de devoção popular, a imagem ficou conhecida como a Lourdes da ilha de Trinidad.


A Pastoral da Universidade

Por Pastoral compreende-se o agir organizado da igreja no mundo. Portanto, toda e qualquer

forma de ação pastoral caracteriza-se pelo cuidado na condução do processo de evangelização, para que este se desenvolva de forma sistematizada, orgânica, progressiva e permanente, apropriando-se de metodologias diversificadas, com a finalidade de tornar a mensagem cristã significativa e eficaz em realidades e públicos específicos.

A Pontifícia Universidade Católica do Paraná, por sua identidade cristã, católica e

Marista, tem a missão de dedicar-se sem reservas, por meio da educação, à causa da verdade. Por isso, torna-se espaço no qual os conhecimentos são partilhados, confrontados, sistematizados, constituídos em sabedoria, e colocados a serviço da vida. Como Universidade Católica, prima pela formação de um ser humano integral e de uma sociedade justa, ética e solidária, tendo o Evangelho como referência.

Desta forma, ao lado do empenho pela excelência profissional-acadêmica, para a

realização de sua missão, cabe à PUCPR priorizar alguns posicionamentos evangélico-pastorais:

• Comunidade Acadêmica em que o Evangelho e os valores institucionais são vitais

A PUCPR empenha-se permanentemente por constituir-se em uma Comunidade na qual

o Evangelho e o carisma Marista sejam traduzidos à linguagem e aos desafios acadêmicos.


• Dinamização da relação da fé com a cultura e os diversos saberes

A Comunidade Acadêmica centrará esforços para a promoção, articulação e dinamização

do diálogo entre Fé, Ciência e Cultura, considerando as diversas áreas de conhecimento.

• Espaço privilegiado para o desenvolvimento integral dos jovens

Em todo o seu empenho educativo, a PUCPR considera como sua riqueza maior os jovens

universitários e valoriza o seu potencial de transformação da sociedade.

• Extensão do Conhecimento – Além Fronteiras

A Comunidade Acadêmica se dedica à busca da verdade e está comprometida com a

justiça. A diversidade dos saberes constitui-se em grande dom que, profeticamente, está a serviço da dignidade do ser humano e da sua libertação integral.

• Comunhão Eclesial

A PUCPR está em comunhão com a igreja local e conta com o Serviço Eclesial oferecido

pela Paróquia Universitária Jesus Mestre. O Núcleo Pastoral da Universidade tem a missão de articular, dinamizar e coordenar programas, projetos e atividades que visem à formação humana e cristã da Comunidade Acadêmica da PUCPR.


Ladainha Marista e Maria Maria, fonte de paz, sê nossa fonte de consolação. Modelo de coragem, sê nosso exemplo. Modelo de audácia, sê nossa inspiração. Modelo de perseverança, sê nossa força. Maria, nossa Boa Mãe, leva-nos a Cristo. Mulher de misericórdia, ensina-nos a ser misericordiosos. Mulher de fé, ajuda-nos em nossa descrença. Mulher de visão, abre nossos olhos.

Sinal de contradição, ajuda-nos na incerteza. Mulher de sabedoria e discernimento, dá-nos a luz do conhecimento. Recurso Habitual, protege-nos e guia-nos. Mulher impregnada de esperança, sê nossa fonte de vida nova. Primeira discípula, mostra-nos o caminho. Companheira de peregrinação, fica ao nosso lado na caminhada da vida. Acolhedora da vontade de Deus, ajuda-nos a fazer o mesmo. Amém. Referências: Circular: Em seus braços e em seu coração: Maria, nossa Boa Mãe, Maria nossa fonte de renovação. Sean Dominic Sammon - Superior-geral dos Irmãos

Consoladora dos aflitos, dá-nos um coração compassivo. Causa de nossa alegria, enche-nos de vida.

Maristas (2006/2009).


O nome de Nossa Senhora

Ainda que Nossa Senhora seja uma só, ela é invocada com muitos nomes. Os variados

títulos que recebe formam imensa lista, de A a Z, quando se considera esses títulos nas línguas dos diversos países do planeta. Tantas denominações resultam de aparições, de modos diferentes de representar a sua imagem e da devoção popular, que invoca Nossa Senhora com apelativos carinhosos e sugestivos: Nossa Senhora, Virgem Maria, Maria de Nazaré, Santíssima Virgem Maria, entre outros. Variações do seu nome, em outras línguas: Mapía, Mariah, Maryam, Miriã, Miriam, para citar alguns. Das aparições marianas vieram títulos como: Aparecida, do Carmo, de Lourdes, de Fátima, de Guadalupe e outros. Da devoção popular, têm-se: Nossa Senhora do Rosário, das Graças, da Piedade, das Vitórias, do Perpétuo Socorro, Rainha da Paz etc. Por ser a mãe de Jesus Cristo, o seu título mais importante é Theotókos, que significa Mãe de Deus. O nome de Maria significa também “senhora amada”.

No mês de maio de 2009, dentro das comemorações do cinquentenário da PUCPR, foi

realizada a exposição Nossa Senhora do Brasil, com imagens de Nossa Senhora, invocada como padroeira nos vinte e sete Estados do Brasil.

Neste ano de 2010, na Sala “O Aleijadinho”, o MUNI, Museu Universitário da PUCPR,

está apresentando a exposição Nossa Senhora da América e do Caribe, com imagens representativas de Nossa Senhora de todos os países da América Latina e do Caribe. É um modo singelo de prestar veneração à Theotókos, de visualizar as diversas representações do Rosto Materno de Deus e de nos aproximarmos da “Boa Mãe”, título dado por São Marcelino Champagnat a Nossa Senhora, a padroeira do Instituto dos Irmãos Maristas. Ivens Fontoura – Curador


Agradecimento às instituições e pessoas que cederam as imagens para a Exposição Livraria Sverdi Propagação e Cultura Santuário Nossa Senhora do Carmo – Boqueirão Santuário Nossa Senhora da Salete – Jardim Social Paróquia Nossa Senhora das Mercês Paróquia São José – Santa Felicidade Ana Cláudia Grein e Família Fabiano Popovisk e Família Giselli Aparecida Felisbino


Renato Barbosa dos Santos e Família Prof. Ricardo Tescarolo Alexsandro Domingues de Lima Ir. Otalívio Sarturi Ir. Valdir Gugiel Ir. Joaquim Sperandio Fabiano Incerti Edmar Teixeira Morais e Família Padre German Cálix Secretario Ejecutivo – Pastoral Social – Cáritas de Honduras



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