As maneiras de ver e as suas funções do desenho

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UNIVERSIDADE

FUMEC/ FEA

MESTRADO EM CONSTRUÇÃO CIVIL Coordenador : Eduardo Chahud

Disciplina Optativa Concepção e representação do espaço construído Prof. Dr. Alexandre Monteiro de Menezes

Aluna: Polyanna Lima Veras - Arquiteta e Urbanista

Período: 2009 / 2010


.::UNIVERSIDADE FUMEC ::. .:: MESTRADO EM CONSTRUÇÃO CIVL::.

As maneiras de ver e as suas funções do desenho Donald A. Schon e Glenn Wiggins

Disciplina optativa :Concepção e representação do espaço construído Aula sob orientação do Prof. : Dr. Alexandre Monteirp de Menezes Aluna : Polyanna Lima Veras


::autor - Alan Donald Shon (1930-1997)

Nasceu em Boston e cresceu em Massachusetts;

Formou se em Filosofia na Universidade de Yale;

Mestrado e Doutorado em Filosofia na Universidade Harvard;

Tornou-se

professor

no

Instituto

de

Tecnologia

de

Massachusetts 1968; •

Nomeado em 1972 Professor

Master ford de Estudos

Urbanos e da Educação; •

Presidente do Departamento de Estudos e Planejamento Urbano, 1990-1992;

Professor da Faculdade de Arquitetura e Planejamento.


::autor – Glenn Wiggins

Instituto de tecnologia Massachussetts Ph. D. Orientador: Donald Schön, William Porter, Edith Ackermann. Dissertação: Desenho de Arquitetura como as Desenho e Criação: Uma Perspectiva ConstrucionIsta. Mestrado. Orientador : Donald Schön. Thesis: Metodologia no Desenho de Arquitetura Universidade Tecnológica do Texas Bachel em Aquiteture. Program emphasis in building design. Member, Architecture Honor Fraternity.


Palavras chave: desenho, croqui, ver, epistemologia


:: sobre o tema

Schon e Wiggins consideram o desenho uma ferramente importante que se encontra no meio de um processo. E para a análise deste processo eles se consideraram o princípio do estudo do grau de certeza do conhecimento científico, em educação e desenho no computador . Eles descrevem a função de diversas maneiras de ver nas pessoas que desenham: Consideram que o desenho se encontra no meio de um processo que depende de ser visto, para perceber e distinguir as diversas possibilidades: Segundo Schon e Wiggins, um desenho de um arquiteto consiste na reflexão do pensamento, em relação ao objeto a situação propriamente dita.


:: sobre o método

O método utilizados foi analizar estudantes do curso de arquitetura de diferentes períodos. A proposta era explorar as maneiras de ver e descrever suas várias funções, sugerindo alguns caminhos descrevendo condições. Neste estudo foram propostos dois tipos diferentes de experimentos. Cada aluno tinha seu protocolo para registrar as decisões tomadas e justifica las.


:: Experimento 1 Primeiro ano na faculdade de arquitetura. Foi dado um programa para os estudantes Projeto de uma escola

A aluna encontra problemas nas modulações deixando em evidência seu julgamento qualitativo. Pequeno demais Ao solucionar esta deficiência involuntariamente ela encontra pontos positivos com as mudanças proposta por ela. julgamento subjetivo •dois tipos de espaços dentro e fora; •Agrupamento de graus


Observações feitas em relação a aluna e o experimento 1:

A aluna apresenta pouco conhecimento consequências que seriam proporcionadas,

e

as

Necessita ver a modificação consequências e qualidades,

para

descobrir

Provavelmente um aluno maduro simultaneamente vários domínios.

possa

trabalhar


:: Experimento 2 :: Visualizando padrões: exercício/ biblioteca

Em Commonwealth de Massachusetts as bibliotecas são padronizadas em todo o Estado. São seis entradas, e existem problemas nestas entradas. E para solucionar os estudantes de arquitetura terão que solucionar o problema na concepção destes edifícios, e quais seriam as sugestões paras entradas e os acessos para a localização do edifício, os blocos, a organização interna, e qual a importância.


Este exemplo de ver-mover-ver que estĂĄ relacionado em apenas ver linhas desenhadas em um padrĂŁo espacial, isto ĂŠ uma figura ou gestalt (uma terapia utilizada nos Estados Unidos que encoraja os pacientes a concentrar imediatamente no presente e expressar seus sentimentos).


Todos estudantes trabalharam neste projeto e cada um apresentou particularidades diferentes e maneiras diferentes de solucionar o problema.

Um participante dividiu as entradas em 2 grupos 1, 2, 4, e 5 final 3 e 6 do como meio. Esta maneira de visualizar o projeto e determinar os finais o e meio do desenho, deu a ele a chave do problema e projetar uma edificação simples. Ele caracterizou as entradas 3 e 6 as mais complexas e por outro lado mais interessantes.


Benny, monitor de desenho, mostrou uma capacidade maior de visão em relação aos demais. Mostrou um conhecimento influenciado por alguma figura que ele tinha visto em projetos.

Para ele, as soluções não aprecem claramente, mas rapidamente as lembranças aparecem e as soluções baseadas em valores perceptíveis, não explicitamente descrito,

É neste ponto que ele começa considerar outras alternativas e passa a ver outras figuras no projeto.


Pessoas diferentes, ou a mesma pessoa em momentos diferentes, podem construir figuras diferentes .

Benny chega a sugerir que o projeto poderia ser visto como dois L's um de costa para o outro. No lado direito do L, segundo Benny, um grande espaço de utilização mas apresenta um novo problema, a falta de espaço para circulação entre eles. Em relação a Petra, Benny tem uma capacidade maior de discernimento em relação a figura que ela.

NOTA:

O esquema de ver-mover-ver depende, em a primeira instância, da capacidade de construir figuras coerente.


:: Desenhar e descobrir : Protocolo de Clara

Clara outra aluna abordou o exercício da biblioteca de forma sistemática, assumiu que sua tarefa consistia em identificar características específicas e problemas relacionados as seis entradas e mostrar,a maneira como cada um poderia ser trabalhada.

Ela apontou, como fizeram alguns participantes, que entradas 3 e 6 apresentava atrações especiais e dificuldades.

Nota: Pelo protocolo de Clara, pode se ver como a concepção e a descoberta são cumulativas e estão interligadas.


Clara inicia seu estudo de entrada 3, considerando a distância que teria de ser percorrida no projeto.

Clara é capaz de analisar diferentes tipos de apropriação.


Clara considera o espaço interior do edifício e chega a conclusão que para a circulação da entrada não é necessário uma área grande e que não necessita mais que 1,50 a 3,0 metros e esboça no desenho uma elipse representando esta área no edifício.

Clara assume que se posicionar a entrado no meio ela perde espaço como mostra a elipse B se tornado mais eficiente. E questiona se poderia fazer alterações no projeto e ampliando o retângulo C. Este retângulo é uma extensão da entrada 6 que anteriormente Clara tinha descoberto quando explorava a apropriação da entrada 3.

Nota: Não ficou claro se Clara tinha plena consciência desta ligação.


Clara decide mudar iniciando um novo estudo deslocando para a entrada 4 e saindo do meio. Desenhando elevações pensando na cobertura em arcos e iluminação interior na tentativa de encontrar uma solução que a satisfaça.


Nota: Clara trabalha a entrada da biblioteca através de repetidos experimentos, vendo-movendo-vendo, até chegar a uma estrutura familiar. Segundo Clara, cada entrada, apresenta padrões problemáticos de qualidades.

Este experimento tem a finalidade de resolver um determinado problema, e descobre novos elementos relacionados com medidas, e cumulativamente, vai influenciando nas dimensões e relações entre os espaços e Clara faz uso desta descoberta.

A concepção de Clara permitiu a ela essas descobertas: ela descobre desenhando e desenha para descobrir.


:: Conclusões Segundo Schon e Wiggins através destes exemplos, eles sugerem desenhar é uma conversa reflexiva com materiais cuja a estrutura básica consiste em ver-movimentar-ver é uma interação do desenho e a descoberta. Apontando as conclusões mais específicas, sob a forma de um conjunto de proposições:

1. Qualquer descrição fiel de concepção deve levar em conta o fato de que desenhistas trabalham no meio de um processo - em nossos exemplos, eles fazem os croqui e literalmente vêm a evolução do seu trabalho. 2. A base do processo de concepção, envolve várias formas de ver, e todos dependem da apreensão visual, ou simplesmente ver: a construção de figuras ou processo de concepção. 3. Ao desenhar, e perceber o que desenhou, se faz descobertas. Descobre características e relações que são cumulativas que geram uma melhor compreensão, ou “despertam um sentimento” uma identidade para projeto. Repetidas experiências produzem uma compreensão das relações, consequências, e qualidade. 4. O desenho serve como preparação para projetar – os que arquitetos são capazes de armazenar descobertas de projetos anteriores, e adquirem uma habilidade de operar simultaneamente vários domínios, desenhos projetos complexos, e pensam nas maiores e mais complexas situações.


Estas propostas têm várias implicações para a concepção da educação, uma noção educacional de desenho como um processo por direito próprio. Não apena em desenhos propiciam descobertas que preparem melhor o aluno com mais desenhos, mas o desenho podem ser explorado a fim de construir um entendimentos melhor de sistemas ou estruturais. Sugere, que a concepção, pode ajudar a construir conhecimentos domínios da concepção, criar novos entendimentos para problemas de concepção, e promover o desenvolvimento de sistemas apreciativos, importante para sugerir reflexão consciente sobre estas coisas. Finalmente, o relato acima dos croquis sugerem um reforço no estúdio de desenho arquitetônico tradicional como um meio de ver as coisas através de novas formas. E sugere, uma importante implicação para o desenvolvimento no computador ou ambientes para o desenho, e que somos obrigados a aceitar que os computadores não são capazes de reproduzir: a percepção das figuras ou gestalts, a apreciação de qualidades, o reconhecimento involuntárias das consequências dos movimentos. Os programas não seguem a partir deste ponto, por isto, os computadores não podem ter uma utilização significativa como o auxílio de um desenho. É sugerido, que a investigação deve centrar o foco em programas de computador para aumentar capacidade do desenhista para capturar, armazenar, manipular, gerenciar e refletir sobre aquilo que ele vê.



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