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Redação: Diretor Geral: Caio Augusto
Colaboradores: Douglas Elias; Glauco Mariani; Felipe Campos; Hugo Lapa; Orlando Aparecido; Jean de Ogum; Claudio Vieira; Bruno Stanchi; Maria Aparecida; Rosana Souza; Equipe Para Sempre Umbanda EAD; Roberta de Souza; Pablo Araújo Claudio Ricomini Correção e textos: Equipe Geral Artes e Distribuição: Caio Augusto NOTA:
Comunicamos que, o Jornal de Umbanda Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço livre que autores enviam seus textos e trabalhos e é comunicado à na mídia Umbandista, cada um tem total responsabilidade por seu texto, então o jornal em geral só si responsabiliza pela montagem e divulgação!!! Boa leitura.
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A momentos na vida que temos que olhar com carinho novamente participei de um grande momento da casa do irmão e Sacerdote de Umbanda Político e ativista do povo de São Bernardo Evandro Besouro, foi uma formatura de muita energia e luz e nós faz cada vez mais confiar em cursos sérios, que dão base ao sacerdócio de Umbanda! A baixo um texto do nosso mestre Rubens Saraceni sobre o curso! O SACERDOTE DE UMBANDA E O SACERDÓCIO UMBANDISTA POR RUBENS SARACENI Observando a forma como surgem os centros de Umbanda e conversando com muitas pessoas que dirigem seus centros, cheguei a algumas conclusões aqui expostas e que, espero, não despertem reações negativas mas sim levem todos à reflexão. Só isto é o que desejo, e nada mais. Todos os dirigentes com os quais conversei foram unânimes em vários pontos: a) foram solicitados pelos seus guias espirituais para que abrissem suas casas. b) todos relutaram em assumir responsabilidade tão grande. c) todos, de início, se sentiam inseguros e não se achavam preparados para tanto. d) todos só assumiram missão tão espinhosa após seus guias afiançarem-lhes que tinham essa missão e que teriam todo o apoio do astral para levá-la adiante e ajudarem muitas pessoas. e) todos sentiam então que lhes faltava uma preparação adequada para poderem fazer um bom trabalho como dirigente espiritual. f) todos confiavam nos seus guias espirituais e no magnífico 3 Portalcdo@bol.com.br
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trabalho que eles realizavam em benefício das pessoas. g) todos, sem exceção, só levaram adiante tal missão porque acreditaram nos seus guias. h) todos se sentem gratos aos seus guias por tê-los instruído quando pouco ou quase nada sabiam sobre tantas coisas que compõem o exercício da mediunidade e sobre sua missão de dirigir uma tenda de Umbanda. i) mas todos ainda acham que há algo a ser aprendido.
Dizeres do amigo Bruno Stanchi que também estava na mesa: Senti-me orgulhoso por participar na noite de ontem, 07/12, da conclusão da Preparação Sacerdotal no Colégio de Umbanda Sagrada Caboclo Tupã, testemunhando à mesa cerimonial que, a nobre convite, juntamente com pessoas de elevada estima e consideração, compus. Todos que estiveram presentes, puderam ver nascer as novas Sacerdotizas e, também, a elevação de Grau de alguns médiuns, pelas mãos de meu amigo e irmão Pai Evandro Besouro, presenciando o momento solene e sagrado, com a
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certeza de que o legado a nós confiado se cumpre, com seriedade e responsabilidade. Parabéns, gratidão e um Fraterno abraço a todos.
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Domínio dos Sentidos da Vida, O - A preparação de Sócrates
Rubens Saraceni Descrição: Neste livro, encontra-se o relato da preparação pela qual passou o espírito de Sócrates antes de seu nascimento em Atenas. O Sócrates antes de Sócrates e sua transição a outras realidades nas quais foi preparado para a missão em solo grego. Nessa existência, com o nome de Simão Beir, ele teve sua família inteira dizimada em um sangrento ataque desferido pelos exércitos assírios em guerra contra os hebreus. Só ele sobreviveu a essa chacina na humilde aldeia em que vivia e partiu, então, em busca de algo que lhe desse um novo sentido em sua vida. Durante a narrativa, podemos observá-lo indo ao encontro de seus tutores nessa peregrinação: os Anjos da Morte, da Vida, das Trevas e da Luz. Direcionado por estes, enfrentará uma verdadeira jornada de iniciações nos sentidos da vida, sentidos existenciais, que dão razão ao viver e morrer. De forma romanceada, Rubens Saraceni apresenta, dentro do que lhe é possível revelar, essa preparação espiritual de Sócrates, o que moldaria e mudaria o pensamento racional ocidental.
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(Hugo Lapa) Facebook Hugo Lapa
Marília era uma pessoa muito infeliz e frustrada. Tinha um filho que se chamava Bernardo. Muitas vezes Marília se irritava com uma série de situações e descontava no filho. Por muitas vezes o menino sofreu com as agressões da mãe. Desde os sete anos de idade, apanhou muito em várias ocasiões. Acabou se tornando uma pessoa revoltada. Bernardo cresceu e teve filhos. Por conta das surras que levava, ficou deprimido e não conseguiu realizar o que desejava em sua vida. Assim, seguiu o mesmo caminho de sua mãe e começou a agredir os próprios filhos. Batia neles sem dó e seguiu esse padrão até a sua morte. As mesmas agressões que ele sofreu de sua mãe ele impunha aos seus próprios filhos. Bianca era uma menina doce e delicada, que apresentava dificuldades escolares. Ele estudava, estudava, mas não conseguia obter a média suficiente para passar de ano. Uma das professoras da escola não gostava da menina e começou a persegui-la. Sempre que Bianca apresentava um bloqueio na aprendizagem, a professora ficava com má vontade e expunha a menina diante de toda a classe. Algumas vezes a professora dizia, na frente da menina, que todos deveriam estudar para não ficar como a Bianca. Foram muitas perseguições e humilhações. Bianca cresceu e se tornou uma pessoa deprimida e melancólica, que não acreditava em si mesma. Estudou e conseguiu se tornar uma professora da rede pública. Percebeu que existiam alguns alunos que eram tal como ele foi sua infância. Ao invés de ajuda-los, ela começou a persegui-los e a expor cada um deles, da mesma forma que sua professora da escola fazia. Bianca tinha aversão do que ela foi em sua idade escolar. Por esse motivo, ao ver um dos alunos semelhantes a ela, tinha a mesma atitude da professora que a colocava pra baixo. Bianca foi maltratada em sua infância e acabou seguindo o mesmo comportamento com alguns de seus alunos. 11 Portalcdo@bol.com.br
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Guilherme era um menino tímido e meio desajeitado. Os colegas da escola viviam fazendo bullyng nele, dando vários apelidos, chamando-o de torto, esquisito e burro. Guilherme cresceu ouvindo essas ofensas e sofrendo um terrível bullyng de seus colegas, que o faziam de bode expiatório e não poupavam o garoto. Cresceu e se tornou um empresário de sucesso, porém uma pessoa cheia de feridas de uma infância marcada pelo bullyng. Tornou-se um homem arrogante e revoltado. Por isso, muitas vezes tratava mal seus empregados: não pagava direito seus salários, exigia muito deles, brigava, ameaçava, praticava assédio moral, etc. Guilherme fazia um verdadeiro bullyng em seus funcionários, o mesmo que ele havia sofrido em sua época de escola. Esses casos nos mostram um padrão muito comum que algumas pessoas adotam em suas vidas. Temos alguém que foi gravemente ferido, humilhado, agredido e enganado durante uma parte de sua vida. Em outro momento, essa pessoa acaba reproduzindo esse mesmo comportamento. Podemos dizer que esses indivíduos foram maltratados e depois acabam se tornando exatamente como quem os maltratou. Eles foram molestados, atormentados e depois cuidam de molestar e atormentar outras pessoas. Por isso alertamos a todos: não se transforme no mal que fizeram a você. Ou, como diz a máxima, “Não se torne jamais aquilo que te feriu”. Cuide de aprender com as más experiências, com os sofrimentos e procure não repetir esse mesmo padrão com outras pessoas. Não é porque te maltrataram, que você também tem que maltratar; não é porque te humilharam, que você também deve humilhar os outros; não é porque te bateram e te enganaram, que você deve fazer o mesmo. Quando alguém te fizer mal, não se torne tal como o mal que te fizeram. Aprenda com essa experiência e faça diferente. Tornese aquilo que você gostaria que tivessem feito com você.
Galerinha vagas abertas para novos colaboradores e apresentadores para fazer parte da nossa equipe! seja você mais um guerreiro desse Portal, contate via e-mail : portalcdo@bol.com.br ou via face gratidão. 12 Portalcdo@bol.com.br
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(Paulo Ludogero) paulo@paiflechacerteira.com.br
O Novo, a Nova Umbanda Sempre ouço de algumas pessoas que a Umbanda (X) é melhor que a Umbanda ( Y), ouço também que devemos evoluir e mudar muitos dos nossos fundamentos, ouço também que cada um tem que fazer o que quer fazer. Vou dar minha opinião e ela não é a verdade absoluta. Não existe uma Umbanda melhor que a outra, todas são Umbanda e devem ser respeitadas. A Umbanda para mim, pode ser simplesmente identificada quando o terreiro trabalha com a manifestação de pelo menos: Caboclo, Preto Velho, Erê, Exu e Pomba Gira. Quando o terreiro tem a ritualística de bater a cabeça, defumação e fazer atendimentos de modo gratuito. Tanto na Umbanda antiga quanto na Umbanda nova, essas manifestações e ritualísticas existem e são fundamentadas desde o inicio da Umbanda. Claro que temos muito ainda a evoluir, temos apenas pouco mais de um século de existência. Cada terreiro de Umbanda trabalha de acordo com sua raiz ou de acordo com os ensinamentos das entidades espirituais, perfeito!! Mas vamos lá, fazer o que quer somente para ser diferente, não acho certo, e posso estar errado, como disse não sou a verdade absoluta. Vejo pessoas saindo das casas de seus pais espirituais e mudando tudo o que aprenderam apenas para ser diferentes, profanando o que é sagrado para seus pais. Vejo pessoas usarem ornamentos, guias, sem ao menos saberem o significado do que estão usando, ou usam sem ter o grau necessário. 13 Portalcdo@bol.com.br
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Vejo pessoas tirando dia a dia a essência da Umbanda, tirando o fumo, as bebidas alcoólicas, o tambor e dizem que em suas casas os guias são de alta luz e não precisam de fumo, bebida e do som do atabaque. Será que sabem o real significado de um tambor ou do fumo? Sei também que muitos médiuns se desequilibram e fazem uso de fumo ou bebidas desrespeitando o fundamento desses itens. A essência da Umbanda deve ser respeitada, os exageros cometidos por médiuns desequilibrados devem ser corrigidos. Para mim não existe Umbanda nova ou antiga, existe Umbanda. Todas as vertentes de Umbanda devem ser respeitadas. http://www.psuead.com.br/
(Pablo Araújo)Facebook Pablo Araújo
Lendas são recursos humanos que descrevem de forma alegórica as qualidades, atributos e atribuições das divindades e dos seres divinos, humanizados por nós, os únicos seres que podem humaniza-los, pois só nós fomos qualificados por Deus com essa natureza a humana. Lendas ou mitologias servem antes de tudo para descrever de forma alegórica o que de forma puramente científica seria impossível de ser descrito e introduzido como conhecimento de massa sobre Deus e suas qualidades divinas ou divindades. Humanizar uma divindade ou uma qualidade divina, é tornar concreto algo abstrato, é tornar tangível algo intangível, e é fundamentar algo subjetivo, tendo em vista que uma realidade divina é uma realidade puramente mental ou acessada única e exclusivamente através dos sentidos. Tal como o Amor é uma qualidade divina e um sentido abstrato que ao humaniza-lo o concretizamos na forma de uma união ou 14 Portalcdo@bol.com.br
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casamento. Tal como a Fé que é uma qualidade divina e abstrata que ao humanizarmos essa qualidade a concretizamos na forma de Religião, e assim com tudo que está no campo do sentido ou que adquiriu existência em nosso íntimo não sendo palpável ou visível. As lendas e as mitologias, trazem essa faculdade, que é a de humanizar e depois traduzir uma qualidade divina já num padrão humano para que a criatura entenda melhor o seu Criador, já que somos partes Dele. Hoje em pleno século XXI devemos entender que as lendas são alegorias que nos foram inspiradas para descrever o indescritível, cuja descrição trazem uma essência e um olhar tipicamente humano sobre Deus e suas qualidades divinas que são em sí suas divindades. Sabemos que a qualidade divina de Deus que ordena tudo na criação é representada pelas milícias celestes, cuja a retidão moral o descreve como senhor dos caminhos e que nós umbandistas o temos na conta de Senhor da Lei Maior e que o reverenciamos como o Divino Pai Ogum, nas lendas antigas temos varias descrições do divino pai Ogum e uma dessas descrições e das qualidades desse Orixá na mitologia africana mas precisamente na cultura nigeriana refere-se a uma qualidade de Ogum que diz: "Que Ogum é o Orixá que tendo água para banhar-se prefere banhar-se em sangue" Se levarmos essa descrição ao pé da letra como fazem os fundamentalistas mais dogmáticos, descreveria que uma ação violenta de um filho de Ogum, se justificaria no arquétipo ou qualidade do Orixá Ogum, pois em uma de suas lendas ele foi descrito como "Aquele que tendo água para banhar-se prefere se banhar em sangue" Sabemos que O Divino Pai Ogum é sinônimo de retidão, cordialidade, sobriedade e lealdade, sendo assim, um filho de Ogum cuja presença divina habita em seu íntimo, não gera a violência, pois Ogum é sinônimo de respeito e diálogo, e a guerra é justamente a falta de diálogo, é a tirania que não respeita a opinião alheia, assim um ser violento não pode justificar sua ação dizendo: "Sabe o que é, é que sou filho de Ogum o Orixá da guerra e é por isso que sou assim" Você até pode ser filho de Ogum, mas um filho cujo íntimo manifesta a ausência do pai Ogum, pois se Ogum é o respeito e 15 Portalcdo@bol.com.br
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o diálogo, toda falta de respeito e diálogo pressupõe a ausência do Pai Ogum em seu intimo, e Deus não gera violência, pois a violência é somente uma ausência da paz, Ogum também não gera violência, pois Ogum é uma qualidade de Deus, sendo assim, Ogum lida com os violentos, os arredios, e os revoltados, reordenando-os e requilibrando-os para que voltem a vibrar a presença e não a ausência da divindade Ogum em seu íntimo. Há outra lenda do divino pai Xangô que o descreve como afeito a poligamia, tendo três esposas Oxum, Inhasã e Obá. Mais uma vez devemos entender as lendas como alegorias ou uma forma que os nossos mais velhos e ancestrais tinham de propagar de forma oral as qualidades de suas divindades no qual a humanizavam em demasia para assim propagar e fixar seu culto. Esse "modus operandi" era um recurso não só do culto as divindades afros e sim também era um recurso dos gregos para com seu panteão Divino narrando histórias de ódio, traição, paixão, inveja, guerras, etc, sendo esses sentimentos gerados tipicamente pela nossa ausência em Deus, porém atribuídos as divindades, pois essa era a única forma de humanizarem e estabelecerem um culto forte a essas qualidades divinas. Hoje temos sim que respeitar essas lendas e mitológias como um patrimônio imaterial que nossos mais velhos se esforçaram dando o melhor de sí para fundamentar em todos os sentidos um culto as divindades Orixás que até hoje amparam seus filhos. Devemos nos orgulhar da encantadora mitologia africana que não perde em nada para também encantadora mitologia grega. Porém não devemos acreditar nessas lendas como algo real, por exemplo: sou casado e sou filho do Orixá Xangô, sendo assim sendo eu estabelecido no Brasil, onde a relação matrimonial só se concretiza no regime monogâmico, qualquer traição minha se justificaria na minha ancestralidade divina, pois na lenda do meu Orixá regente o descrevem como um amante poligâmico incorrigível. Devemos procurar o que está por de trás do simbolismo da alegoria, para depois de uma forma racional justifica-la. 16 Portalcdo@bol.com.br
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Primeiro devemos saber em que contexto vivia a sociedade da época cujas lendas e divindades foram humanizadas, na Nigéria a poligamia é natural, tendo como dever o varão ou marido de prover em todos os sentidos todas as suas esposas e ama-las por igual, sendo fiel e dedicado a elas. Sendo assim se justifica a lenda (alegoria) no qual Xangô possui três esposas. Algo que possa parecer um absurdo no ocidente fruto de uma cultura judaico-cristã enraizada em nossa cultura atual, se torna normal em outras civilizações e sociedades que não foram influenciadas pela cultura cristã. Xangô tem como a primeira esposa Oxum. Hoje sabemos que Xangô é o sentido da razão e raciocínio, e Oxum é o sentido do amor e da concepção. Inhasã é o movimento, é a lei em execução que executa e movimenta a justiça de Xangô na vida dos eguns (espíritos), conduzindo-os em seus caminhos evolutivos. Obá é a senhora da razão e do raciocínio, é ela que concentra os mandamentos de Xangô para que as leis não sejam dispersas. Xangô rege o elemento fogo, Inhasã o elemento ar e Obá o elemento terra. Oxum rege os minérios enquanto elemento. O fogo se condensado numa barra de ferro(minério) mantem seu calor, mantendo-o aquecido sem se propagar. Aqui (ferro e fogo) simbolicamente está implícito o casamento alegórico de xangô e oxum que simboliza a união, o lar (o calor do fogo retido no ferro). Xangô é justiça e justiça sem amor é tirania, pois só o Amor (Oxum) é capaz de tornar a justiça (Xangô) benevolente. Já o fogo (Xangô) sem o oxigênio Inhasã não vive, pois é o ar que o mantém vivo, e é o ar que propaga as leis que vão se espalhando de boca em boca ou de chacra laríngeo em chacra laríngeo a justiça de Xango. Sem a lei de Inhasã para executar, a justiça de Xangô não se torna legítima e aplicável. Obá é a terra fértil que dá estabilidade e torna criativo os mandamentos de Xangô para que assim ampare toda a criação. Daí sim se justifica uma lenda que alegoricamente envolve um "triângulo amoroso". Temos que entender que os nossos irmãos ancestrais tinham suas próprias formas de propagação 17 Portalcdo@bol.com.br
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de suas religiões e divindades, que para a época eram válidas, porem hoje serve somente para desvendarmos as qualidades que está por traz de um arquétipo, de um símbolo ou de uma lenda que traz oculta, as qualidades, atributos e atribuições de um Orixá. Há uma lenda de Exu que diz assim: Havia uma estrada que dividia duas fazendas, cujos fazendeiros eram amigos. Certa vez passou um homem por essa estrada, que sobre a cabeça usava um vistoso chapéu. Ao final do dia, os fazendeiros comentaram o fato. Um deles disse: “Viram o homem de chapéu preto?” E o outro: “Preto? O chapéu era vermelho como sangue!”. E passaram a discutir. Sem que um conseguisse convencer o outro, acusaram-se mutuamente de mentirosos. Juntou gente para ver o tumúlto. Já estavam nas vias de fato quando lá de cima do morro grita o tal homem: “Parem de brigar, estúpidos! Era eu quem usava o chapéu. Eu sou Exú, e gosto de causar confusão!” PS: Exu não é a confusão mas lida com os confundidos. Exu não é vaidoso mais lida com nossa vaidade. Exu é o senhor da ilusão, não porque ele gera a ilusão ou estimula a ilusão e sim porque esgota nossa vaidade e a nossa ilusão em acreditar que realmente compreendemos o seu mistério ao ponto de estabelecer uma verdade. Nessa lenda Exu está a dizer: Não se apegue aos detalhes, pois cada um na sua forma de enxergar a vida (lado) visualizou parte da cor do meu chapéu (mistério) no qual não permito conhecer por inteiro e só em parte. Porém deixaram que sua vaidade em querer a primazia sobre a verdade absoluta sobre meu mistério (chapéu) gerassem guerra e violência em meu nome. Para entender um mistério divino e Eu sou um mistério de Deus, é preciso elevar-se consciencialmente para cima do morro (estado de consciência elevado) de onde terão uma visão completa do chapéu que é em sí preto e vermelho (dual) preto, pois desvitaliza tudo o que é nocivo à vida. E vermelho, pois vitaliza tudo que à vida ampara. E Exu terminou dizendo: os tolos sempre se apegam a 18 Portalcdo@bol.com.br
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detalhes, mas os sábios se apegam ao essencial e em silêncio se elevam e buscam um olhar de cima (elevado) para aí sim descrever um mistério. Por isso uma lenda ou mitologia não deve ser entendida de forma dogmática, pois dessa forma profanamos algo divino com vícios gerados apenas por nós, que ausentes de Deus e de suas divindades, geramos guerras, traições, paixões, etc. Exu é tudo que quiser ser, pois como tudo na criação, ele também assume o olhar que dão a Ele. Exu é tudo menos fundamentalista. A verdade pertence ao tempo. Ame ao mistério Exu como quiserem e ele ainda será somente como o criador o gerou. Como explicar o inexplicável, só nós seres humanos o fazemos.
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(Cristiano Trevelino) maisumnabanda@gmail.com Todos nós temos uma criação, onde temos como padrão o céu e o inferno, mas onde será que está esse 19 Portalcdo@bol.com.br
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inferno? Culturalmente, temos que o inferno é o embaixo e o céu é o alto, a luz, enquanto o inferno é a escuridão, as trevas. Porém nunca paramos para pensar em nossos atos, atitudes e pensamentos, não nos policiamos. Pois existem dias em que acordamos nos sentindo estranhos, com pensamentos ruins, com vontade de mandar tudo para o ar, sem paciência, estressados, intolerantes, com cara fechada, sem vontade de fazer nada, será que isso é culpa de quem? Onde está esse instinto que aparece de vez em quando? Ou sempre em alguns casos! Todos nós somos capazes e temos o controle de nossos atos, atitudes e pensamentos, e depende única e exclusivamente de como desejamos passar nossos dias, como iremos nos portar, o que iremos pensar, pois se pensarmos coisas boas, coisas boas iremos fazer e transmitir para as outras pessoas e o oposto também é verdadeiro, pois isso é a lei da ação e reação. Portanto o céu e o inferno moram dentro de nós, se mostram através de nossos comportamentos, de ações e pequenos atos, pois se buscamos ser a cada dia que passa uma pessoa melhor, através de nossos atos e ações, buscando sempre melhorar em aspectos que ainda não estão do nosso agrado. Muitas vezes, procuramos o caminho da dor para "evoluirmos" e "melhorarmos", fazemos coisas erradas, com comportamentos desfavoráveis, atitudes irrefutáveis, tudo para conseguirmos algo que não está à nosso alcance, doa a quem doer, sem pensarmos em nossos semelhantes. Cada vez que fazemos isso, cavamos um pouco mais de nossas covas, até que em um determinado momento nos arrependemos, das nossas atitudes, ações e comportamentos, mas de tanto termos cavado nossa sepultura, pode ser que não consigamos sair, aí poderá ser tarde demais para o arrependimento. Então vamos buscar sermos melhores a cada dia, melhorando aos poucos, em nossos atos, atitudes, ações e comportamentos, não 20 Portalcdo@bol.com.br
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digo para nos tornarmos anjos, pois se fossemos estaríamos em um altar, mas para que tenhamos um melhor bem-estar em todos os aspectos de nossas vidas, poder transmitir para nossos semelhantes essa boa vibração, essa energia, para que contagie a todos, mesmo para aqueles que estão negativados em seus pensamentos, atos e atitudes, para que melhorem e se chegarem até nos, sejam neutralizados pelas nossas energias positivas, transformando-as em energias positivas também.
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(Kelly Garcia) kelli7garcia@gmail.com
Esses dias, em uma certa ocasião à qual aqui não devo citar, eu ouvi assim: vocês criticam muito! Só sabem criticar! Parei por instantes, um tanto quanto assustada e, curiosa, ao mesmo tempo. Me permiti então a ouvir, pois senti que havia mais a ouvir, sentir, assimilar, dentro desta frase. Pois bem, segue, de maneira um pouco diferente, pois há muito de minhas palavras porque é difícil lembrar especificamente as mesmas palavras que ouvi, senti, intui, vivi, seja lá como quiserem chamar. - " Vocês aqui só sabem criticar! Criticam uns aos outros e não dão chances a si mesmos de prestar atenção que, cada gesto, cada situação e cada acontecimento são sinais e oportunidades que estão tendo de crescer. Olham muito para o umbigo do outro e esquecem de que, umbigo também se limpa. Passe a olhar mais para o teu! Se fazem um curso, ao invés de aproveitar cada minuto, cada palavra que estão ouvindo, criticam. Se acham melhores que os outros! O tempo todo, mentalmente, estão se julgando superiores. Mas, não tem a capacidade de fazer o que o teu irmão fez pra estar ali, porque é acomodado, folgado, se acha superior e por isso prefere criticar. Essa é a atitude de um perdedor. Aprenda uma coisa: se ponha no lugar do outro! Se ele errou, problema dele com ele! Lapidação dele, crescimento dele, experiência dele e ele que se vire com o Exu dele. Não julgue! Só pelo fato de julgar teu irmão, você já está errando, também. Cada um faz o que tem condições de fazer, no momento em que é o que quer ser! Por isso, se nem nós, que somos o que somos, criticamos, quem são vocês?
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Para de ser imbecil e vai trabalhar! Olha para teu umbigo! Aproveita! Você vive numa época que está cheio de livros por todos os lados, ensinando vocês daqui, como é do meu lado. E preenche teu tempo estudando... Quem se ocupa, cresce! Quem estuda a si mesmo não tem tempo de criticar o semelhante! Então, não faça igual! Esses que veste o branco e enche o pescoço de colares bonitos, mas se esquecem de vestir a alma de calmaria, pois estão gastando energia só se preocupando em criticar, um dia irão perceber o tempo até perderam, as chances que jogaram no ralo, de serem felizes. Entram no chão sagrado para ficar procurando criticar! Ensina eles a lavar o chão sagrado, menina! Põe eles para limpar o banheiro e depois, põe sentadinho no congá, com um livro na mão. Vai rapidinho parar de criticar! Isso virou hábito na mente dele, está programado. Desprograme! Vocês que lideram aqui desse lado o trabalho precisam ensinar essas pessoas a desprogramar! Passa esse exercício pra eles! Kkkkkkkk E olha, menina, vê se volta a escrever! Põe isso tudo na tela preta. Fala também para os desocupados que ficam curiando a vida do irmão pela tela, para lavar também o banheiro do Chão Sagrado que eles vão e ler um livro no Congá depois! Bando de desocupados! Depois é mais trabalho pra nós, porque são os que se dizem grandes aqui na Terra usando roupão branco e fazendo pior que seus aprendizes. Ah, e quando tu por isso tudo Na tela Preta, vai ter os que vão te criticar. Não liga, não, menina! Um dia, do lado de cá, vão ter muito banheiro sujo para lavar. Só que vai demorar pra eles voltarem a ler livros no Congá! Mas, quem sou eu para criticar!
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(Fonte AUEESP fotos de colaboradores do jornal e internet)
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Juliana Paes foi criada na Umbanda mas adora evangélicos
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Juliana Paes, 37 anos, já declarou diversas vezes que foi criada na religião de Umbanda. Até aí, nenhuma novidade. O que quase ninguém sabia era que a atriz também ‘adora’ frequentar cultos evangélicos. Durante sua participação no programa ‘Encontro com Fátima Bernardes’, no último dia 20 de janeiro, a atriz afirmou que frequenta a Umbanda desde os dois anos de idade. “Minha avó era chefe de Terreiro. Toda a minha descoberta espiritual foi através deste fio”, disse Juliana Paes. Ela também afirmou que, com o tempo, foi descobrindo outras religiões e chegou a estudar o Budismo e o Kardecismo. Sobre os cultos evangélicos que a atriz ‘adora’, a frequência não é regular e se dá quando acompanha seu irmão. Juliana Paes defende que as pessoas ouçam “o que fale ao seu coração”, independente da orientação religiosa. Mas a atriz é uma exceção. Em geral, os artistas, mesmo quando umbandistas, acabam se declarando católicos nãopraticantes ou até mesmo espíritas. Henri Castelli e Miguel Falabella são dois atores reconhecidamente umbandistas que raramente declaram a orientação religiosa, o que é lícito. Porém, a influência dos artistas é notória e, neste caso, pode ajudar muitos umbandistas a se assumirem como tal. Juliana Paes pode ser uma das primeiras a romper com este silêncio. Fontes: Yahoo e Folha de S. Paulo Imagem: MdeMulher/Abril (Reprodução)
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