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Novidades, textos, eventos, matérias, tudo que você Umbandista procura. 1 Portalcdo@bol.com.br
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Redação: Diretor Geral: Caio Augusto
Colaboradores: Douglas Elias; Glauco Mariani; Felipe Campos; Hugo Lapa; Orlando Aparecido; Jean de Ogum; Claudio Vieira; Bruno Stanchi; Maria Aparecida; Rosana Souza; Equipe Para Sempre Umbanda EAD; Roberta de Souza; Pablo Araújo Claudio Ricomini Correção e textos: Equipe Geral Artes e Distribuição: Caio Augusto NOTA:
Comunicamos que, o Jornal de Umbanda Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço livre que autores enviam seus textos e trabalhos e é comunicado à na mídia Umbandista, cada um tem total responsabilidade por seu texto, então o jornal em geral só si responsabiliza pela montagem e divulgação!!! Boa leitura.
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Desenvolvimento e Educação Mediúnica
(Caio Augusto) portalcdo@bol.com.br
Na vida tudo tem um começo ao qual devemos nos preparar para nossa vida, vou repassar um texto fundamentado na base do nosso mestre Rubens escrito pelo irmão Alexandre sobre o tema: Alguns anos atrás li um texto, psicografado por Rubens Saraceni, o qual afirmava que o desenvolvimento mediúnico é o período mais delicado da vida de um médium, que este deveria ser bem recebido por um grupo preparado para tal e qualquer conflito emocional mal resolvido durante este momento poderia criar traumas e afastar o novo adepto da religião, de tal forma que poderia inclusive passar a ter aversão por tudo o que se refira a trabalho mediúnico ou Umbanda em geral. Quanto mais os anos passam, mais convicto vou me sentindo com relação a esta afirmação; mais e mais vou verificando o quanto estamos, ainda, despreparados para receber, doutrinar e desenvolver aqueles que desejam iniciar-se nos mistérios da Umbanda, conhecer melhor seus Guias Espirituais e ter a oportunidade de trabalhar a mediunidade de incorporação. Neste campo, é inevitável uma comparação com o espiritismo de Allan Kardec no Brasil, que, há décadas, por meio de seus líderes, criou os tão conhecidos cursos de mediunidade, nos quais leva-se anos estudando teoricamente antes de pensar em qualquer prática mediúnica. Enquanto em boa parte dos terreiros de Umbanda, o novo médium, logo que é convidado ou aceito para desenvolver-se, já é colocado para concentrar-se, ou girar, com o intuito de incorporar “de cara” seus Guias Espirituais, sem nenhum preparo emocional ou embasamento teórico. Para a religião de Umbanda, o ideal seria um meio termo entre estas duas realidades, nem oito nem oitenta. Somos muitos que, há vários anos, estamos falando da necessidade 3 Portalcdo@bol.com.br
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de criar um ambiente adequado para o bom desenvolvimento mediúnico, com atenção e disponibilidade de dar o devido amparo aos novos adeptos que chegam à religião de Umbanda. Cada vez mais vemos grupos de desenvolvimento se formando nos terreiros de Umbanda, dirigentes e sacerdotes se preparando melhor para dar o devido amparo e suporte aos seus médiuns. Ainda assim, nos deparamos com as limitações humanas que, por alguma razão, parecem impossibilitar muitos templos de Umbanda de criar espaço e ambiente dedicado aos novos médiuns que gostariam de adentrar na corrente espiritual. Por anos acompanhamos o trabalho de Rubens Saraceni incentivando a criação de “Escolas de Desenvolvimento Mediúnico Umbandista”, para ajudar a tantos médiuns que desejam conhecer melhor seus Guias, trabalhar com a espiritualidade e receber o amparo devido para um desenvolvimento mediúnico tranquilo e o menos traumático possível. Desenvolver a mediunidade sempre traz à tona conflitos emocionais e existenciais que podem atravancar o desabrochar do dom mediúnico de incorporação. Participar de um grupo de desenvolvimento em uma Escola ou Colégio de Umbanda é, antes de mais nada, chegar em um ambiente adequado e propício para aflorar os dons mediúnicos em geral e a mediunidade de incorporação em especifico. Antes mesmo que seja incentivada a prática de incorporação, o novo médium precisa receber uma carga de informações que venham a ambientá-lo. É preciso saber como se comportar neste novo ambiente, como reagir neste contexto, ter um preparo emocional para lidar com as dificuldades internas e externas relacionadas a um dom de transcendência em que nos tornamos meio de ligação entre dois mundos. É preciso, durante o processo, aprender a lidar não apenas com suas emoções, mas também com as diversas energias que passamos a sentir, como se limpar, se descarregar, se proteger e identificar o que vem de dentro e o que vem de fora e deve ser encaminhado a quem de direito. Não apenas eu, mas muitos de nós, há anos viemos nos empenhando para compreender as necessidades da religião 4 Portalcdo@bol.com.br
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neste sentido. A espiritualidade sempre nos revela novos métodos e técnicas para o aperfeiçoamento mediúnico e, em todos os sentidos, vemos que não basta apenas incorporar espíritos, é necessário uma “educação mediúnica”. Aqueles que desejam trabalhar com Espíritos, com seus Guias e Mentores necessitam de disciplina além de um ambiente saudável. A religião de Umbanda possui métodos e regras bem delineadas por seu ritual, doutrina, teologia e liturgia; médiuns e Guias devem seguir o mesmo direcionamento, cada tenda/centro/terreiro/templo possui também normas internas que devem ser respeitadas por médiuns e Guias Espirituais. Ao mesmo tempo em que cada grupo tem seus “fundamentos” particulares, os mesmos não devem conflitar com os fundamentos maiores e básicos da religião de Umbanda. Para uma vida mediúnica saudável, é fundamental quebrar certos dogmas, tabus, preconceitos e libertar-se da opressão de certos paradigmas e conceitos que mais atrapalham e nada ajudam àqueles que querem saúde mediúnica. O desenvolvimento mediúnico está diretamente relacionado à qualidade de vida. Trabalhar mediunicamente de forma saudável deve, invariavelmente, tornar o médium uma pessoa melhor, mais tranquila, ponderada e controlada sob o aspecto racional, emocional e, claro, mediúnico. Somos corpo, mente, espírito e emoções, muitas emoções, e tudo isso junto e misturado com nossas expectativas existenciais, crises, angústias e mais um campo aberto às influências do mundo espiritual. Muitas vezes ficamos à mercê de situações e circunstâncias, sentimos como se perdêssemos as rédeas de nossas vidas, ficamos desamparados, com o sentimento de solidão existencial, sem saber que existe, sempre, uma família espiritual que nos ampara e que desenvolver a mediunidade é, também, abrir um campo de comunicação com esta nossa família maior e eterna. Há muitos anos, venho recebendo médiuns que desejam desenvolver sua mediunidade e os tenho preparado em ambiente interno, como em muitos outros terreiros, formando grupos para os cursos de “Educação e Desenvolvimento Mediúnico”. Em todos os grupos, para 5 Portalcdo@bol.com.br
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evitar conflitos, aceitava apenas médiuns que não estivessem frequentando nenhum terreiro. Conversando com meu amigo, mestre e Pai Rubens Saraceni, entendi a importância de receber no desenvolvimento mediúnico, também, médiuns que já fazem parte de outras casas, pois existem várias dificuldades que impedem alguns dirigentes de conseguir dedicar-se ou criar o ambiente para este mesmo desenvolvimento mediúnico. Da mesma forma, veio do astral a ordem para assim proceder, criando a possibilidade de ajudar muitos terreiros que podem encaminhar ou recomendá-lo a seus médiuns. Com este enfoque, podemos observar a importância de bons cursos de desenvolvimento mediúnico, que venham a ajudar a sanar as necessidades mais urgentes dentro da religião de umbanda e que não substituem os anos de aprendizado e dedicação que vão fazer ou já fazem parte da vida de todos que pretendem trabalhar como médiuns de Umbanda. Por algumas vezes, citei o Mestre Rubens Saraceni neste texto e agora lhe faço ainda um agradecimento, que não é apenas meu e sim de milhares de médiuns que receberam sua orientação e direcionamento, por sua incansável dedicação a esta religião, sua vontade inquebrantável de colaborar para que no futuro a Umbanda seja uma religião melhor preparada e mais respeitada na matéria, assim como é no astral. Fonte Alexandre Cumino
Vamos dar início a uma nova turma de desenvolvimento a nossa casa deixo aqui o evento e convite a todos!
http://tuportalcdoebs.webnode.com/cursos
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Jogo de Búzios e o Culto a Ifá Nelson Pires Filho e Wagner Veneziani Costa
Sinopse:
Nesta obra, os autores pretendem transmitir não apenas técnicas de uma leitura oracular, mas também oferecer ao leitor todo um embasamento teórico, contribuindo para a preservação da seriedade do tradicional Jogo de Búzios. É com esse propósito que iniciam a obra falando sobre Òrúnmìlà, que sabe e conhece o destino de todos os homens e de tudo o que tem vida, e de Ifá, que determina os destinos e caminhos a serem cumpridos por determinado espírito. Depois, dedicam detalhados capítulos a Èsù Bara, a Orì, à explicação do que é ser um verdadeiro Bàbáláwo para, depois disso, darem início efetivamente ao Oráculo dos Búzios. Desse ponto até o final do livro, os autores empenham-se em fornecer criteriosa informação, totalmente prática, para que o leitor tenha condições de interpretar os problemas daqueles que o procuram e ajudar na solução. Destacam também que uma pessoa não precisa fazer parte do culto de Òrisà para jogar búzios, que faz parte do culto de Ifá e é completamente independente. 8 Portalcdo@bol.com.br
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Nessa sequência, encontramos indicações precisas sobre numerologia africana, leitura de cabeça e os Odù, cujas informações a respeito desmembram-se em: interdições, recados, Òrisà que responde a cada um dos 16 Odù, os riscos, os ebo e as ervas. E ainda: um resumo sobre cada Òrisà. Release 1: Nelson Pires Filho é profissional do Direito, pósgraduado e professor universitário de Direito Processual Penal. É graduado em Direito pela FMU — Faculdades Metropolitanas Unidas, e em Psicoterapia, pela Faculdade de Ciências Biopsíquicas e Sociais de São Paulo. Parapsicólogo e hipnólogo, Nelson Pires Filho é espírita desde a sua infância. Ele psicografa livros, é sacerdote de Ifá, Baba Elegan e Presidente da Federação Espírita Guardiões da Luz. Pesquisador dos cultos afrodescendentes, pioneiro na teoria de nacionalização do culto afro, umbandista e estudioso da área esotérica. Também é estudioso dos cultos nórdicos e magísticos dos Mistérios Ocultos. Release 2: Um homem responsável que muitas vezes demonstra ter um coração de menino, assim é Wagner Veneziani Costa no dia a dia. Com 40 anos de atuação no mercado editorial, está sempre em busca de novidades que contribuam para o crescimento intelectual, cultural e espiritual dos leitores, procurando sempre inovação profissional, seja como editor, seja como autor. Em 1996, fundou com seu pai, Waldyr Cardoso Costa, a Madras Editora, transformando-a no decorrer dos anos na maior editora holística do Brasil e, hoje, a maior no segmento Maçonaria, Rock ‘n’ Roll e Umbanda. As obras de sua autoria ganham cada vez mais destaque no número de vendagem, a exemplo de Maçonaria – Escola de Mistérios, que em apenas seis meses teve sua primeira edição esgotada, além dos seus livros a respeito dos mais variados temas, alguns dos quais também se tornaram best-sellers, como Tarô do Cigano, Livro da Sorte e do Destino, Além do Que se Ouve e Além do Que se Vê.
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POR QUE OS MAUS SE DÃO BEM NA VIDA? (Hugo Lapa) Facebook Hugo Lapa
De vez em quando vemos as pessoas fazerem a seguinte indagação: Por que muitas pessoas boas, que ajudam os outros, estão mal, sofrendo, e ficam com suas vidas bloqueadas? E por que outras pessoas egoístas, orgulhosas, que prejudicam os outros, estão bem, ganham dinheiro, tudo em suas vidas dá certo e elas conseguem o que desejam? Em primeiro lugar devemos dizer que não há como saber se essas pessoas estão mesmo bem e felizes. Alguns desses indivíduos egoístas, arrogantes, rancorosos, intolerantes etc, podem ter boas condições financeiras, família, uma vida confortável e ter poucos problemas, mas nada disso garante alegria e paz. A felicidade não se encontra em nenhuma destas coisas, mas num desprendimento interior, numa liberdade de ser e numa consciência que independem de qualquer aspecto da vida humana. Por isso, nada nos faz acreditar que essas pessoas são felizes. Talvez essa felicidade seja apenas uma aparência. Aliás quase tudo na vida humana é feito de imagens, de miragens e de ilusões. A imagem de felicidade e bem estar que muitas pessoas projetam a outras não é exceção. Em segundo lugar, é preciso verificar se as pessoas que julgamos “boas” são tal como nós pensamos. O ser humano cria em sua mente um modelo de bondade, de santidade, de solidariedade que está baseado em suas crenças pessoais. Pessoas boas podem ser boas apenas na aparência, mas por dentro guardarem uma escuridão interior. Elas fingem ser bondosas a fim de ganhar alguma coisa com isso, nem que seja reconhecimento que vem alimentar seu ego. Por outro lado, muitas pessoas que são supostamente boas, caso tivessem poder, usariam mal esse poder adquirido. Vemos todos os dias situações parecidas com essa. Pessoas que pareciam ser boas apenas por não lhes ter sido dada a oportunidade de se mostrarem tal como são. Como diz a 10 Portalcdo@bol.com.br
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máxima: “Quer conhecer uma pessoa? Dê poder a ela.” É certo que muitos oprimidos anseiam em se tornar opressores. Ao invés de lutarem contra as injustiças, sonham em um dia terem as mesmas condições de seus algozes e ser como eles. Portanto, é preciso tomar cuidado com rótulos de bondade. Da mesma forma que não devemos fazer um julgamento de uma pessoa como sendo alguém mau e perverso, não devemos também julgar uma pessoa como sendo boa antes de conhecela mais a fundo. O terceiro ponto dessa resposta, e o mais importante, é entender que as pessoas realmente boas e puras estão mais adiantadas no caminho espiritual, e por esse motivo, estão aptas a enfrentar provas mais duras. Para entender esse ponto, vamos recorrer a um exemplo. Vamos imaginar um aluno da primeira série fazendo uma prova. Vamos imaginar também um aluno da sétima série fazendo uma prova. Cada um desses alunos realiza um exame que foi preparado de acordo com os conhecimentos do aluno dentro da série onde ele está. Alguém imagina o aluno da primeira série sendo obrigado a resolver as questões de uma prova da sétima série? Claro que não. O aluno da primeira série deverá fazer uma prova adaptada aos padrões da ensino da série em que se encontra. O mesmo ocorre com as almas que vem a esse mundo. Cada alma possui um certo nível de amadurecimento espiritual. Os espíritos se encontram em certa fase de seu desenvolvimento. Uns são mais adiantados e outros são mais atrasados. As almas mais adiantadas devem obviamente realizar provas mais difíceis porque já estão aptas a serem bem sucedidas. As almas mais atrasadas, por outro lado, não estão preparadas para provações mais complexas, mais duras, mais pesadas, que exijam muito delas, pois se isso ocorrer, elas facilmente vão sucumbir a essas adversidades. Não se pode exigir algo de quem não tem. É necessário dar as provações mais difíceis aos espíritos mais avançados e provas mais simples aos espíritos igualmente mais simples. No futuro, as almas menos adiantadas vão avançar em evolução, e nesse momento, estarão preparadas para as provas mais árduas, mais penosas, que exijam mais de si mesmos. Como diz a máxima: “Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados”. Por isso, ninguém deve se surpreender quando pessoas sem caráter, primitivas e grosseiras se dão bem na vida. Na realidade, esses espíritos ainda não podem ser submetidos aos 11 Portalcdo@bol.com.br
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testes mais rigorosos, caso contrário, ficarão revoltados, perdidos e podem desistir. É preciso que as almas primitivas vão recebendo as lições espirituais mais lentamente, aos poucos, dentro do nível que eles são capazes de assimilar. Assim, eles vão sendo preparados de forma branda para depois serem introduzidos nas provações de nível mais alto. Por outro lado, aqueles que sofrem provações mais severas devem agradecer essa oportunidade, pois Deus já sabe que essas almas são mais adiantadas e estão preparadas para desafios maiores. Respondendo então a pergunta inicial, os espíritos atrasados não se dão bem na vida. Eles apenas se encontram incapacitados de superar provas mais duras. Por isso, essas provas são adiadas até que eles estejam preparados.
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(Paulo Ludogero) paulo@paiflechacerteira.com.br
Incertezas São inúmeras as incertezas que sempre pairam na cabeça de um médium de Umbanda. Podemos citar algumas: . estou no terreiro certo? . pratico corretamente minha mediunidade? . posso fazer melhor? . estou na religião certa? Podemos responder seguindo a ordem dos itens expostos: . não existe um terreiro que seja 100% correto, existem pessoas que sempre vão tentar fazer o melhor pela casa e pela religião. O médium tem que se sentir parte da corrente mediúnica, tem que ser assíduo em todos os trabalhos e quando há necessidade. O médium que nunca pode nada, dificilmente achará uma casa que atenderá suas necessidades, pois todas as casas tem os trabalhos corriqueiros e trabalhos extras também. O médium para se sentir na casa certa, tem que estar em sintonia vibratória com a casa e respeitar suas diretrizes. . praticar a mediunidade corretamente é se entregar para que as entidades possam fazer uma boa comunicação, ouço médiuns dizendo: “hoje não estou bem! Não vou na gira.” Umbanda significa ser curador de sí mesmo, significa ser sacerdote de sí mesmo. Ao invés de se entregar a baixas vibrações, o médium deve se surpreender e vencer suas próprias dificuldades, indo a gira, a corrente mediúnica, poderá vibrar por você, ao manifestar a entidade que trabalha consigo, ela em primeiro lugar ajudará o próprio médium e se ela (entidade) não conseguir equilibrar o médium, ela mesma poderá pedir auxílio aos guias responsáveis pela casa para 13 Portalcdo@bol.com.br
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ajudar o seu médium, por tanto praticar a mediunidade corretamente não é dar “x” consultas e “y” passes, é se ajudar em primeiro lugar. Praticar corretamente sua mediunidade é deixar a vaidade de lado, ser mais um na corrente e não o único. . sempre estamos em aprendizado, a evolução é contínua! Por tanto cabe a todos nós estarmos sempre atentos em nossas atitudes e em nosso modo de viver, uma boa pessoa com certeza será um bom médium e ser uma boa pessoa depende de nossa índole. Os guias responsáveis pelo médium sempre estão dispostos a ajudar o seu médium a evoluir. Mas será que o médium está pronto para ouvir as mensagens espirituais? . estar na religião certa é encontrar um motivo real para toda semana se congregar com Deus e suas vibrações divinas… Estar na religião certa é entender que a religião deve provocar uma mudança de fórum íntimo no ser que vivencia a religião. A mudança é gradativa, mas ela existe! Muitas outras incertezas pairam a mente de muitos médiuns e devem sempre ser resolvidas o mais o rápido possível, pois dúvidas atrapalham em seu desenvolvimento espiritual. Procure seus dirigentes espirituais, eles sempre poderão resolver de forma rápida suas incertezas. http://www.psuead.com.br/
(Pablo Araújo)Facebook Pablo Araújo
Caboclo é um grau espiritual, grau este que simboliza juntamente com o grau preto-velho, um dos maiores graus da Umbanda, onde um espírito ao ser integrado em uma dessas duas linhas, é porque já deu provas de seu despertar consciência e comprometimento com a Lei Maior e a Justiça Divina, tornando-se
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instrumento de Deus e uma extensão da Sua misericórdia divina. A Umbanda Batizou um de seus graus da lei na luz com o nome de Caboclo, pois vira nesses povos donos dessa terra chamada Brasil, a pureza, a paz o respeito pelas divindades da natureza a qual cultuavam com amor e devoção e mesmo tendo suas terras invadidas e seus filhos e filhas mortos pela ganância do branco europeu, nunca viraram a suas costas para Tupã (Deus) e nunca deixaram vergar sua fé nas divindades naturais se compadecendo daqueles que inebriado pela ilusão do poder e da riqueza que a terra oferecia de graça, mataram o bem maior que é a vida daqueles guardiões da natureza que eram os índios que nessa terra eram donos antes dos europeus toma-las e contamina-las com seus vícios anti-naturais que manchavam e causavam horror nas mentes e sentimentos naturais daqueles povos. A Umbanda batizou um de seus maiores graus na luz chamando-os de caboclos, pois viram nesses povos seres impares que se entregaram de corpo e alma para vivenciarem sua fé Em Tupã (DEUS) e nas suas divindades da natureza conquistando seus graus naturais através da pureza que irradiavam. Para ser caboclo é necessário que sua alma seja pura, ao ponto de invadirem suas terras (sentimentos) matarem seus sonhos (ideais) e ainda sim não anularem o amor que tem em Deus e na sua criação. Para ser caboclo temos que estar sempre apto a perdoar, sabendo que todo e qualquer sentimento contrario a Deus, é somente a ausência do Pai, tal como o ódio é a ausência do amor, e assim agindo como o pai amoroso e sábio que pega em nossa mão e preenche o vazio do amor, anulando o ódio e nos recoloca novamente de frente para o nosso Divino Criador que é amor puro. Para ser caboclo é necessário suicidar o nosso ego, transformando o nosso desejo em uma vontade maior do Criador. Para 15 Portalcdo@bol.com.br
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ser caboclo é preciso amar sem condição e sem contrato, ou seja, amor pelo amor. Para ser caboclo é integrar-se à Deus e como uma extensão de seu mistério da vida amparar aqueles que até ele chegam com fé, amor, conhecimento, razão, ordem, evolução e geração, sendo para todos o balsamo e o lenitivo para suas dores da alma e do corpo. Ou seja, ser caboclo é ser humano no mais alto conceito que esta palavra pode ter. Sarava os Sagrados Caboclos, espíritos humanos excelsos que humanizaram Deus e Divinizaram o Humano tornando O Ser Humano o que realmente Ele é: uma Centelha Viva de Luz por onde Deus o Divino Criador se manifesta através do verdadeiro ato humano que é aquele que diviniza o ser e que desperta as virtudes divinas que brotam de nosso intimo como um arcoíris divino a iluminar os caminhos de tudo e todos que se perderam na escuridão de seus atos desumanizadores. E Caboclo, Preto-velho, Boiadeiro, Baianos, Marinheiro, Exus e Pomba-Gira são graus evolutivos da umbanda, pois tal como no exército os graus são distribuídos como patentes hierarquizando desde o grau iniciante tal como soldado até o maior grau que é o de general. Esses nomes que simbolizam graus evolutivos na Umbanda, são na verdade homenagens no qual a espiritualidade superior nomeou seus graus de luz, lei e vida assim que a Umbanda foi pensada e criada por mentais divinos responsáveis pela evolução dos seres, nós inclusive. E a Umbanda como é uma religião genuinamente brasileira, a cada um de seus graus simbólicos por onde manifestam-se milhões de espíritos, batizou com um grau nomeando-os com raças, povos, comunidades e culturas de estados brasileiros que enalteceram e de alguma forma contribuíram de forma positiva no inconsciente coletivo, povos que traziam em seu íntimo a força, a resignação, a moral 16 Portalcdo@bol.com.br
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e a honestidade do sertanejo tal como o Grau Boiadeiro, povos que traziam em seu íntimo a alegria e a devoção aos seus santos e orixás, que mesmo perseguidos por sua cor, sua cultura e sua religião, não se deixaram fraquejar diante dos obstáculos e permaneceram fieis aos seus sagrados orixás. A esses povos e cultura a Umbanda homenageou com os alegres, verdadeiros e sinceros Grau Baianos e Baianas. Povos que traziam em seu íntimo a calma, a alegria, a paciência, a simplicidade e o desprendimento material, a esses a umbanda homenageou com o Grau Marinheiro, os antigos pescadores de peixe e agora pescadores de almas, ensinando-nos a jogar fora o que pesa em nosso barco e ficar somente com o essencial que são as virtudes divinas que não pesam em nossa alma. Povos que traziam em seu íntimo a pureza e a generosidade herdadas pela sua mãe terra, no qual os povos indígenas herdaram, e como nosso mestre Jesus disse: “só os puros de coração herdarão o reino do céu”, assim os indígenas mesmo estando encarnados já eram donos do céu, pois sua pureza e amor pela criação os graduaram como legítimos senhores da luz. Povos que traziam em seu íntimo a bondade e misericórdia e que mesmo no cativo sofrendo a violência daqueles devotos de Jesus com os olhos tão azuis, não se vergaram e nem enfraqueceram sua fé em Olorum (Deus) e em Yoruba pronunciavam a mesma frase que no calvário o mestre Jesus pronunciou: “Pai perdoai-vos porque eles não sabem o que fazem” e o negro velho com o seu olhar distante mas cristalino dizia: “Olorum dári ti won ko ba ko mo OHUN se” e tal como Jesus no calvário, eles também foram sentar-se a direita de Deus, porem em bancos simples feitos de madeira, feitos com todo carinho e zelo por um humilde carpinteiro chamado 17 Portalcdo@bol.com.br
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Jesus, e Eles ao verem aquele senhor de barbas longas e olhos azuis disse: meu sinhozinho como posso servi vassuncê, E Cristo derramando lagrimas de seus olhos tão azuis, disse: sente-se nesse banco que eu mesmo fiz para vocês. E o preto-velho disse: não sinhô, preto veio num pode sentá em banco de sinhô. E Cristo disse: meu irmão aqui não sou senhor e o único senhor a quem nós servimos e a tudo criou é generoso com aqueles que o serviram com tanto amor ao ponto de amar sua criação e todas as suas criaturas. Meus amados pais velhos o tempo do cativeiro acabou. E o negro-velho chorou de alegria e dançou a dança sagrada do Divino Orixa Oxala que é a dança da paz e da plenitude e Jesus se alegrou e dançou a dança da criação, da plenitude e da paz e após dançala e se alegrar, disse: Vamos amados irmãos anciões. E o preto velho respondeu: para onde? Para morada do pai que fica no alto do altíssimo, e de lá iluminar os passos dos nossos irmãos para que num dia radiante todos venham a derramar lagrimas de felicidades e dançar a dança do Divino Pai Oxalá que é a dança sagrada que traz em sí a paz e a plenitude eterna, libertando-se dos seus calvários e cativeiros transitórios para alçarem voo para luz. E eles se foram.
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(Cristiano Trevelino) maisumnabanda@gmail.com Inspirado pelo Caboclo Tupinambá
Vivemos hoje em uma sociedade intolerante, preconceituosa, sem limites quando se trata de religião, pois muitos são os donos da verdade e aqueles que pensam ou agem diferente são os errados na história, não prestam e muitas vezes são taxados como loucos, por sonharem com um mundo melhor sem brigas, sem guerras, com mais amor, paz, tolerância, irmandade e fraternidade. Todos nós somos a imagem e semelhança do Pai Maior, de uma Energia Cósmica, uma força Maior, seja Ele chamado de Deus, Ala, Zambi, Olorum, Obatalá. Portanto devemos nos ater aquilo que nos faz semelhantes, parecidos e não naquilo que nos afasta, nos diferencia. Devemos sempre exaltar aquilo que os irmãos fazem de melhor, não importando a religião, não importando a vertente. Temos que ter a consciência que todos nós seres humanos somos diferentes uns dos outros, cada um com sua individualidade, cada um com suas necessidades e essências. 19 Portalcdo@bol.com.br
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Por conta disso é que existem muitos tipos diferentes de religiões, nenhuma melhor que a outra, todas são boas, pois cada uma se encaixa melhor na vida de cada pessoa, sendo a verdade delas, escolhidas por elas. Então podemos concluir que todas as religiões são boas, todas fazem bem para as pessoas que as seguem e isso já as fazem dignas de respeito, pois pode não fazer para você, mas para o outro faz, é a verdade dele, que não é melhor nem pior que a sua religião, que a sua verdade, APENAS DIFERENTE! Hoje as pessoas fazem questão de se distanciarem, de apontarem o dedo, de criticarem, de fazerem o discurso politicamente correto, mas sempre faltando com respeito para com o próximo que não partilha da mesma fé. Portanto devemos nos abrir mais para o diálogo entre religiões, para que com isso possamos nos desfazer das ignorâncias, dos preconceitos, trazendo mais conhecimento e com isso muito mais respeito para com os outros irmãos de outras religiões, passando assim a convivermos em uma sociedade melhor, mais respeitosa, com mais amor, paz e união, pois como diz na bíblia: - "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, ali estarei". Saravá a Umbanda... Salve todas as Religiões...
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Reflexões (Bruno Stanchi) Facebook Bruno Stanchi
Bàbálòrìşà e Ìyálòrìşà Tata de Inkice e Mameto de Inkice. O povo de Axé está se acostumando a chamá-los de zeladores. Vivo insistindo num ponto: são realmente Pais e Mães de Orixá. O nome zelador é pequeno para tão grandiosa missão. São as pessoas que recriam todos os dias a Religião dentro dos princípios de PERMANÊNCIA (Oxalá) e MUDANÇA (Exu) O que se preserva da tradição (Oxalá) e o que se inova (Exu) está nas mãos deles, foi confiado a eles. É preciso conhecer muito para poder tirar uma pedra do lugar, para fazer um destino novo para alguém, para nos levar de volta às nossas origens ancestrais. Todo Babá/Iyá, Tata/Mameto tem seu momento de co-criador do sagrado. Imaginem que danos podem causar às pessoas os que se autodenominam sem terem o tempo, as obrigações, a maturidade, o estudo, a observação da natureza, etc Até o apóstolo Paulo aconselha: "que o bispo não seja neófito" Nos líderes cristãos. Nilton Alfredo. Via: Marcelo Galvão
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REPÚDIO!!!!! Essas imagens chegaram até nós... Os olhos quase transbordaram e a garganta deu um nó. Enquanto estávamos editando a imagem pensamos em deixar no preto e branco, para tentar evidenciar nossa tristeza com tal ação deplorável. Mas não!!! Querem apagar nossas cores mas não vão conseguir! Se pudéssemos iríamos colocar um arcoíris estampado no meio das imagens, para mostrar que nunca nos deixarão imersos na escuridão. SOMOS LUZ. Falta de respeito define? Essas fotos são da imagem de Iemanjá, em uma cidade do Rio Grande do Sul. (fonte Cristiano Umb.)
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Terreiro de Mãe Corina sofre com perseguição religiosa e abusos da Guarda Municipal de Diadema (http://olhardeumcipo.blogspot.com.br/2017/01/terreiro-de-mae-corina-sofrecom.html)
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Imagine o quão violento é para uma sacerdotisa de quase 90 anos ter seu terreiro interrompido por quem deveria proteger seu direito de fé. Um dos templos de umbanda mais antigo de Diadema, o Terreiro Vó Maria de Aruanda, fundado e conduzido por Mãe Corina, tem vivido dias assustadores desde o último 14 de janeiro, quando a festividade foi interrompida pela guarda municipal que ao invadir o terreiro ordenou que fossem encerrada a cerimônia, por volta das 21h. A rua foi tomada por viaturas que adentraram o pequeno terreiro, na região central da cidade, alegando que o templo infringia a , popularmente conhecida, lei do psiu. "Eles não deixaram a gente tocar, anotaram todos as placas de carros para dar multa. Falaram que a gente estava tocando acima do decibéis e que a houve denúncias". Explicou Dani Amorim, filha de santo da casa que completou: "Minha avó tomou um grande susto, porque a gente estava no meio da festa, os orixás 'em terra', e as pessoas tiveram que sair correndo..." Há mais de 60 anos, Mãe Corina mantém suas portas abertas para a prática da umbanda sagrada. Conhecida e respeitada por toda comunidade do entorno e pelas centenas de terreiros de Diadema, aos 86 anos de idade, a mãe de santo se assustou com a forma violenta e arbitrária com que a guarda municipal exigia o silenciamento de seus atabaques. Recentemente, ela atravessou um grave problema de saúde, ficando impossibilitada de andar por quase um ano, a melhora aconteceu graças à Iemanjá, seu orixá e aos guias de luz do terreiro. "Eu também estou com medo porque ontem (30/01) nós estávamos decorando o terreiro, em silêncio, em respeito aos orixás. A gente vai fazer a festa de Iemanjá em agradecimento a saúde da minha avó. Minha avó ficou um ano sem andar, e hoje ela já está andando e 'trabalhando' com o caboclo dela, mas ontem parou GCM na frente da nossa casa de santo, e ficaram anotando um monte de coisas. Eu me senti ameaçada, porque eu precisava ir embora por volta da meia noite e dá medo de sair na rua de branco". contou Dani Amorim Em tom de ameaça, os guardas municipais são enfáticos ao dizerem que o problema é com o barulho dos tambores do Terreiro de Vó Maria de Aruanda e qualquer que seja o horário, se os tambores tocarem e a vizinhança acionar a GCM, o culto será interrompido, o que explicita que a atuação do município é descaradamente intolerância religiosa, uma vez que não há sequer relato de outros seguimentos terem suas práticas interrompidas por, por exemplo utilizarem microfones e aparelhos de som durante seus ritos de pregação e cantos de louvores. Ao saber do ocorrido, membros de diversos movimentos pró-direitos de fé dos povos de terreiros se colocaram indignados e prontos para a luta contra os abusos intolerantes protagonizados pela segurança pública da cidade, Cássio Ribeiro, presidente da FUCABRAD - Federação de Umbanda e Cultos Afro-Brasileiros de Diadema, publicou nota em seu perfil das redes sociais e questionou: "Até quando uma senhora tão cheia de amor, ternura e de fé, será constrangida e perseguida? A GCM faria isso em um culto evangélico? Colaria um pastor sob a mira de armas?" A atuação da GCM revela Diadema como uma cidade intoleranteque regride a tempos de silenciamento e marginalização das práticas religiosas afro-brasileiras. 25 Portalcdo@bol.com.br
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Uma cidade que ao invés de proteger, permite que sua guarda municipal agrida a moral de uma sacerdotisa de quase 90 anos de idade e que há 60 atende a comunidade com cuidados religiosos e ações comunitárias como entrega de alimentos, entre outras. É inadmissível que a quarta cidade mais negra do país não respeite a herança africana em sua terra, e não consiga aprender com griots como Mãe Corina a importância de se respeitar as diferenças e garantir a boa convivência em sociedade. Texto e Fotos: Roger Cipó © Olhar de um Cipó - Todos os Direitos Reservados / All Copyrights Reserved
Vereadora se recusa ler a Bíblia e gera polêmica na Câmara de Araraquara Thainara Faria (PT) é católica mas não vai ler o livro no início das sessões. Regimento interno determina que parlamentares leiam trechos do livro. (G1)
Na primeira sessão ordinária do ano na Câmara Municipal de Araraquara (SP), a vereadora Thainara Faria (PT) causou polêmica ao justificar aos demais vereadores por que não participará do “rodízio” para ler um trecho da Bíblia, como 26 Portalcdo@bol.com.br
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determina o regimento interno da casa na abertura dos trabalhos parlamentares. “E se ao invés de chamarmos o vereador para ler um trecho da Bíblia, a gente chamasse um vereador para vir aqui e encarnar um caboclo e falar a palavra de outras religiões?”, questionou.
Segundo o regimento interno da Câmara, a leitura da Bíblia deve ser feita pelos parlamentares em todas as sessões, obedecendo à sequência da ordem alfabética. Caso algum não queira participar do rodízio, deve solicitar a retirada de seu nome da lista elaborada para este fim. Vínculos com igrejas
O cientista político Gabriel Antonio afirmou que, embora o Estado seja religiosamente neutro, é possível estabelecer vínculos com igrejas desde que visem, na forma da lei, ao interesse público. “É importante esclarecer que a oferta de serviços religiosos, como a realização de cultos, missas e orações, deve ser uma iniciativa de foro privado, restando ao Poder Público apenas a obrigação de garantir a liberdade de consciência e de crença, o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção aos locais de cultos e suas liturgias, conforme apresenta o Inciso VI do Artigo 5º da Constituição”. Ainda segundo o cientista, a imposição da leitura bíblica pode ofender o caráter laico do país. “Com base em uma interpretação estritamente constitucional do princípio da laicidade do Estado, é possível dizer que a leitura de trechos da bíblia em sessões camarárias, definida mediante imposição regimental, ofende o caráter laico do Estado brasileiro”. Estado Laico
Estudante de direito, Thainara tem 22 anos, é a mulher mais jovem e a primeira negra a ocupar uma cadeira na Câmara de Araraquara. Em seu primeiro discurso, ela afirmou que o Brasil é um Estado Laico e, por isso, as entidades governamentais têm que ser neutras em relação às religiões. “Sou católica praticante, mas não posso doutrinar minha religião aos outros, isso é um erro. Meus princípios e o princípio religioso que sigo têm que ser para ‘Thainara Faria’ pessoa. A vereadora 27 Portalcdo@bol.com.br
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tem que representar o povo. Eu não posso colocar meus interesses particulares e pessoais de religião no ambiente político, isso é um erro”, justificou. Thainara ainda sugeriu aos outros 17 vereadores a ampliação do leque espiritual, contemplando a leitura de outros livros sagrados, como o evangelho kardecista, o alcorão e até mesmo textos sobre o ateísmo. “É uma infelicidade que o povo não tenha conhecimento e domínio da lei, mas o legislador, o vereador, o parlamentar, era pra ter o conhecimento da lei e não fazer nada que ferisse a constituição. A gente espera que o parlamentar conheça a constituição, conheça os princípios do nosso país, mas eles não conhecem”, criticou a vereadora.
DUAS TURMAS: Toda terça feira das 20:00 as 22:00hrs Duração: 4 meses com aulas práticas, teóricas. Todos Domingos das 10:00 as 12:00hrs Duração: 4 meses com aulas práticas, teóricas. >http://tuportalcdoebs.webnode.com/cursos/magias-divinas/ >11945746190 (Claro Whats) >Mande inbox confirmação que pegaremos dados; >portalcdo@bol.com.br para cadastro;
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