Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Diretor responsável Caio Augusto
Novidades, textos, eventos, matérias, tudo que você Umbandista procura. 1 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Redação: Diretor Geral: Caio Augusto
Colaboradores: Douglas Elias; Glauco Mariani; Felipe Campos; Hugo Lapa; Orlando Aparecido; Jean de Ogum; Claudio Vieira; Bruno Stanchi; Maria Aparecida; Rosana Souza; Equipe Para Sempre Umbanda EAD; Roberta de Souza; Pablo Araújo Claudio Ricomini Correção e textos: Equipe Geral Artes e Distribuição: Caio Augusto NOTA:
Comunicamos que, o Jornal de Umbanda Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço livre que autores enviam seus textos e trabalhos e é comunicado à na mídia Umbandista, cada um tem total responsabilidade por seu texto, então o jornal em geral só si responsabiliza pela montagem e divulgação!!! Boa leitura.
2 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
(Caio Augusto) Olá amigos e irmãos venho nesse mês com novamente nossa história pois ela tem que ser falada e falada até todos a conheçam, texto histórico falando sobre a nossa religião em fontes de estudos acompanhe:
A história da umbanda teve início com um jovem chamado Zélio Fernandino de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas no dia 15 de Novembro de 1908. Zélio nasceu no dia 10 de Abril de 1892, no distrito de Neves, município de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Era filho de Joaquim Fernandino Costa e Leonor de Moraes, seu pai era um graduado oficial da Marinha, e sua família era muito tradicional no estado do Rio de Janeiro. No ano de 1908, Zélio com seus 17 anos tinha terminado seus estudos de Ensino Médio, chamado na época de propedêutico, e já se preparava para ingressar na vida militar seguindo seu pai na Escola Naval, porém, nesta mesma época alguns fatos estranhos começaram a acontecer com o jovem Zélio, que por vezes era visto falando de forma mansa e com uma postura idosa e com sotaque totalmente diferente de sua região, falando coisas que aparentemente não teria sentido, por outras vezes, ganhava um tipo muito ágil, desembaraçado, parecendo um felino, e aparentava conhecer com muito propriedade os mistérios da natureza. Sua família então muito preocupada com a saúde mental de Zélio, já que estava prestes a ingressar em sua carreira militar, pediu ajuda ao irmão de sua mãe, Dr. Epaminondas de Moraes, médico psiquiatra que era diretor do Hospício de Vargem Grande. Zélio passou vários dias no Hospício na companhia de seu tio, realizando diversos testes, e no final de todas as pesquisas seu tio não encontrou nenhum de seus sintomas em nenhuma literatura medica existente, e sem poder precisar o que se passava aconselhou a família que o encaminhasse aos cuidados de um padre, pois estava desconfiado que o Zélio sofria de algum tipo de demonização.
3 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Então a família recorreu a um outro tio de Zélio que era padre católico, este tio com a ajuda de outros padres católicos realizaram alguns rituais de exorcismo com o jovem Zélio, mas todos foram sem sucesso. Como nenhum dos tratamentos, nem médico nem espiritual, aparentemente teriam resolvido, Zélio retornou a sua vida normal ainda sem entender os fatos que lhe acometiam, até que um dia Zélio foi acometido por uma paralisia parcial que o impossibilitava de andar, Zélio novamente foi encaminhado a medicina, mas nenhum médico pode explicar o motivo da paralisia pois estava gozando de plena saúde, porém, um certo dia, Zélio que ficava de cama em casa levantou-se e disse “amanhã estarei curado”, e no dia seguinte levantou pela manhã andando como se nada tivesse ocorrido. Um tempo depois sua mãe o levou até uma benzedeira conhecida na região que atendia as pessoas com a manifestação de uma entidade chamada Tio Antônio. Essa entidade teria dito ao Zélio que ele possuía uma grande missão na Terra, porém, sem maiores detalhes, sempre de forma vaga. Um amigo do Sr. Joaquim, pai de Zélio, aconselhou que o levasse a Federação Kardecista de Niterói, que havia sido recém fundada no município de São Gonçalo das Neves, mesmo município onde a família de Zélio residia. O presidente da federação era o Sr. José de Souza, que também era chefe de um departamento da marinha, chamado Toque Toque. Zélio foi conduzido até a Federação no dia 15 de Novembro de 1908 para uma sessão. Zélio foi convidado para se sentar a mesa e assim que se sentou já se levantou sem nada dizer, e contrariando as normas do ritual saiu da sala, todos ficaram sem entender, quando Zélio retorna com uma rosa branca em suas mãos, a colocou em um vasilhame com água que estava ao centro da mesa e diz: “Estava faltando uma flor.” Os trabalhos foram iniciados e no seu decorrer estava acontecendo manifestações de negros escravos e índios, e todos esses espíritos eram convidados a se retirar da sessão, já que de acordo com a filosofia espirita da época, espíritos que em vida não tiveram estudo ou posição de destaque não poderiam ter uma evolução espiritual maior que eles, logo não valia a pena serem ouvidos. No momento em que o senhor José de Souza convidava uma das entidades
4 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
manifestadas a se retirar Zélio se levanta e começa um diálogo com o Sr. José de Souza, como a seguir: Zélio: Por que é que expulsam esses humildes? Neste momento todos já percebem que Zélio estava manifestado de uma entidade. Sr. José de Sousa: Quem é você que ocupa o corpo deste jovem? Zélio: Eu sou apenas um caboclo brasileiro. Sr. José de Sousa: Você se identifica como caboclo mas vejo em você restos de vestes clericais. Zélio: O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui padre, meu nome era Gabriel Malagrida, acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da inquisição por haver previsto o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Sr. José de Sousa: E qual é seu nome? Zélio: Se é preciso que eu tenha um nome, digam que eu sou o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, pois para mim não existirão caminhos fechados. Venho trazer a Umbanda uma religião que harmonizará as famílias e que há de perdurar até o final dos séculos. Sr. José de Sousa: E não julgas que existam religiões suficientes inclusive o espiritismo? Zélio: Deus, em sua infinita bondade, estabeleceu na morte, o grande nivelador universal, rico ou pobre poderoso ou humilde, todos tornam-se iguais na morte, mas vocês homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram levar estas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Por que não podem nos visitar estes humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas importantes na Terra, também trazem importantes mensagens do além? Porque o não aos caboclos e pretos-velhos? Acaso não foram eles também filhos do mesmo Deus? ... Amanhã, na casa onde meu aparelho mora, haverá uma mesa posta a toda e qualquer entidade que queira ou precise se manifestar, independente daquilo que haja sido em vida, todos serão 5 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
ouvidos, nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas a nenhum diremos não, pois esta é à vontade do Pai Sr. José de Sousa: E que nome darão a esta igreja? Zélio: Tenda Nossa Senhora da Piedade, pois da mesma forma que Maria ampara nos braços o filho querido, também serão amparados os que se socorrerem da Umbanda. O Caboclo das Sete Encruzilhadas, estando manifestado em Zélio convidou a todos os senhores da Federação que assistissem ao culto que se iniciaria no dia seguinte na Rua Floriano Peixoto, nº 30, residência de Zélio, às 20h00. E com isso José de Souza lhe diz: Sr. José de Sousa: E o meu irmão vai acreditar que lá tenha alguém amanhã? Zélio: Colocarei no cume de cada montanha que circula Neves uma trombeta tocando anunciando uma tenda espirita onde o preto e o caboclo possa trabalhar. No dia seguinte 16 de Novembro de 1908, todos os membros da Federação estavam realmente na porta da casa de Zélio para se certificarem do que havia sido dito, acompanhando estavam amigos, parentes, vizinhos e uma multidão de curiosos que vieram ver o que iria acontecer. Às 20h00 em ponto o Caboclo das Sete Encruzilhadas se manifestou em Zélio, e com o dizer abaixo iniciou o culto. “Vim para fundar a Umbanda no Brasil, aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos e os índios nativos de nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor , raça, credo ou posição social. A pratica da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto” Durante o trabalho o Caboclo das Sete Encruzilhadas deu passes em muitas pessoas, realizou curas, falou sobre a doutrina umbandista, e em dado momento disse que precisava se retirar pois outra entidade necessitava se manifestar. Após
6 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
a desincorporação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, incorporou uma entidade se chamando de Preto Velho. Saiu da mesa onde Zélio estava, se dirigiu para o canto da sala onde ficou agachado, muitos o questionaram do por que não queria ficar a mesa, e ele então respondeu: “Num carece preocupa não. Nego fica no toco que é lugar de nego”. Sempre em seus atos e fala, mostrou a mansidão e humildade que a linha dos pretos velhos nos mostram, e se disse chamar Pai Antônio. Durante o trabalho lhe perguntaram se ele não queria algo, e ele respondeu: “Minha cachimba, nego que o pito que deixou no toco. Manda moleque busca”. Todos logo perceberam que estavam presentes em algo fantástico, o primeiro elemento material que um guia pediu para trabalho. Seu carisma no trabalho foi tão grande que na semana seguinte todos levaram cachimbo para presentear o Pai Antônio, e muitos sobraram, já que havia apenas o Pai Antônio trabalhando, ou seja, um único preto velho. Pai Antônio também foi o primeiro guia a pedir uma guia (colar) de trabalho. Não era raro seu pai ser parado nas ruas com todos querendo saber como ele aceitava tudo o que estava acontecendo em sua residência, sua resposta era sempre a mesma, em tom jocoso ele dizia: “Melhor ter um filho médium do que louco.” AS 07 TENDAS
Em 1918 Zélio Fernandino de Moraes recebeu a incumbência do Caboclo das 7 Encruzilhadas de abrir mais 7 tendas de Umbandas no estado do Rio de Janeiro, que seria a conclusão da missão de Zélio no plano material com a Umbanda. Essas 7 casas são de extrema importância para a estabilização da Umbanda, embora não tenham sido literalmente as 7 primeiras, pois, a Umbanda é uma religião fundada a partir do plano espiritual, logo, após sua anunciação por intermédio de Pai Zélio este mesmo evento começou a acontecer em diversos pontos do Brasil, onde guias começaram a se manifestar em nome da Umbanda já, e muitos começaram a praticar a Umbanda mesmo sem conhecer Zélio e seu trabalho.
7 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Para a fundação dessas 7 novas casas Zélio contou com muitos de seus filhos, os quais foram preparados por ele e pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas para assumirem essa reponsabilidade sacerdotal, entre os muitos filhos que Zélio teve se destacam entre eles:
Leal de Souza | Durval de Souza | João Severino Ramos | Paulo Lavois | João Aguiar | José Meireles | José Alvares Pessoa
1ª Tenda Espirita Nossa Senhora da Conceição – (Fundada em 1918) 2ª Tenda Espirita Nossa Senhora da Guia – (Fundada em 1927) 3ª Tenda Espirita de São Jorge – (Fundada em 1935) 4ª Tenda Espirita de São Jerônimo – (Fundada em 1935) 5ª Tenda Espirita de São Pedro – (Fundada em 1935) 6ª Tenda Espirita de Oxalá – (Fundada em 1939) 7ª Tenda Espirita de Santa Barbara – (Fundada em 1952) A Umbanda vem passando por várias fases ou períodos que marcaram sua história e contribuíram para a cultura afro-brasileira que temos hoje, podemos destacar algumas situações especiais analisando sua cronologia.
10 de Abril de 1892 – Nascimento de Zélio Fernandino de Moraes
15 de Novembro de 1908 – Anúncio da Umbanda
16 de Novembro de 1908 – Primeira Gira
8 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
1918 – Zélio recebe a missão de fundar 7 tendas
1924 – 1930 – Zélio se elege vereados no Rio de Janeiro e foi presidente do Legislativo
1924 – Benjamim Figueiredo funda a Tenda Espirita Mirim
1929 – Primeira tenda registrada em São Paulo
1933 – Leal de Souza lança o primeiro livro de Umbanda, “Umbanda, Espiritismo e as 7 Linhas”
1941 – É realizado o Primeiro Congresso Nacional de Umbanda no Rio de Janeiro
1947 – Zélio entrega a dirigência da Tenda Espirita Nossa Senhora da Piedade a suas filhas, Zélia e Zilmeia e então funda a Cabana de Pai Antônio em Cachoeiras de Macacu – Boca do Mato
Anos 50 – Pai Jaú cria a Cruzada de São Jerônimo em São Paulo, o que veio a ser uma das primeiras organizações de Umbanda
1961 – É realizado o Segundo Congresso Nacional de Umbanda também no Rio de Janeiro, onde Zélio apresentou o que é conhecido hoje como Hino da Umbanda, Zélio também fez a proposta da criação de um Superior Órgão de Umbanda para cada estado
1969 – Pai Jaú começa a festa de Yemanjá no litoral paulista
9 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Outro ponto importante na cronologia de Umbanda que todos devemos saber e entender é um período crucial em nossa história que consiste em um período entre1970 à 1990. No período de 1970 até 1980 a Umbanda teve uma grande expansão, havia virado realmente a religião da moda no Brasil, cantores famosos da MPB cantavam os Orixás em suas letras, as festas de Yemanjá no final do ano reuniam milhares se não milhões de pessoas nas orlas das praias para saudar nossa Rainda do Mar. Hoje analisando essa expansão entendemos que esse evento ocorreu de forma desordenada, e muitas das pessoas que se diziam umbandistas apenas o faziam por pensar ser a religião da moda, e não estavam na Umbanda mesmo por amor a doutrina, as crenças e a nossos Orixás, mas sim por uma valorização do status "Umbandista". Já nos anos de 1980 até 1990 passamos por um período de esvaziamento muito grande, onde fomos de milhões nas festas para algumas centenas. Esse fato se deve ao surgimento de religiões de algumas vertentes que marcaram sua história pela intolerância religiosa, e seu vasto discurso de demonização de nossa crença e religião. Atacavam-nos até usando o Sincretismo a seu favor, pois começaram a associar a imagem do Orixá Exu com a representação do Diabo da visão Catolico-Cristã, e devido à grande parte dos umbandistas da época estarem na religião por moda mesmo e não por sentimento, acabavam não buscando conhecer sua religião a fundo, e quando eram confrontados com esses argumentos não sabiam defender e mostrar o que realmente era a Umbanda, então acabavam sendo convencidos por esses diálogos agressivos e demonizadores dos nossos Sagrados Orixás. Hoje temos entendimento que todos que profanam e desrespeitam qualquer religião que seja existente um dia terá seus negativismos esgotados e irão pagar por suas línguas felinas, sendo no plano material ou espiritual, portanto, não cabe a nós aqui julgar ou acusar religião X ou Y pela profanação que sofremos, e sim sabermos dos fatos e entendermos nossa parte de culpa neste processo, pois conhecendo o passado entendemos o presente e nos preparamos para o futuro. Leia mais: http://tuportalcdoebs.webnode.com/historia-da-umbanda/
10 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Quer receber todo o mês, o nosso jornal? Mande um e-mail para portalcdo@bol.com.br para receber sempre o jornal.
11 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
(Caio Augusto)
Exu Rei Tiriri José Augusto Barboza,
José Augusto Barboza foi criado na religião católica, mas teve contato com a Umbanda nos anos 1970, aos 12 anos de idade, como cambone dos guias que trabalhavam com seu pai. Ele conta sua experiência: “Nesse tempo, um fato curioso me ocorreu: numa noite sonhei com uma mão toda furada tentando me pegar. Naquela sexta-feira, fui para o centro com papai, que incorporou o Senhor Brasa, seu Exu de trabalho; no final dos atendimentos, ele me disse: ‘Você se lembra do sonho desta noite? Pois é o seu companheiro que quer trabalhar!’. Meu pai abandonou sua missão mediúnica e perdi a referência religiosa. Só fui retomar a esse caminho, 30 anos depois, em um centro espírita Kardecista. Em tratamento, numa casa anexa àquele centro, tive um breve contato com os Baianos, Caboclos e Pretos-Velhos. Percebi, então, que meu caminho não era o do Espiritismo. Mais tarde me encontrei na Umbanda novamente, e nela fui batizado por Mãe Mônica Berezutti. Em 2003, recebi meu primeiro livro Marabô – O Guardião das Matas (Madras Editora) e, desde então, não parei mais de escrever. Quando escrevi a biografia do Senhor Tiriri, é que fui entender o sentido da mão furada que vi em meu 12 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
sonho. Formei-me em Teologia Umbandista, Magia das Sete Chamas Sagradas e em Sacerdócio, com o Mestre Rubens Saraceni. Exerço minha missão mediúnica num templo em Santo André/SP. Esta obra trata da saga de um guardião, iniciando no tempo em que ele viveu como um sumo-sacerdote aprisionado no leito da morte iminente, revivendo as amargas lembranças de seus atos insanos praticados em nome da Inquisição. Após seu desencarne, arrependeu-se de suas falhas, depois de passar pelo umbral escuro e tenebroso, onde foi resgatado por seu guardião. Solicitou, então, nova oportunidade na vida carnal, desta vez como negro, nascido em berço africano numa tribo temida por suas táticas de guerra. Para desgosto de seu pai, saiu da terra natal como voluntário, embarcando num navio negreiro em direção ao Brasil, onde se maravilhou e o adotou como sua pátria. Foi comprado por um senhor feudal que o nomeou como um mandinga, uma espécie de vigilante dos escravos. Novamente caiu pela ambição e pelo desequilíbrio. Depois desse desencarne, iniciou sua verdadeira missão como Guardião Exu de Lei. Esta é uma história surpreendente e envolvente, inspirada pelo próprio Guardião Exu Rei Tiriri, que resumiu algumas de suas missões para poder conquistar a confiança dos sagrados Orixás e assim ser nomeado Guardião Exu de Lei.
13 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
(Hugo Lapa)
Sobre os nossos apegos terrenos, precisamos lembrar de algo muito importante: “Aquilo com o qual nos apegamos no mundo, será o nosso sofrimento no plano espiritual.” Essa máxima é muito importante de ser compreendida, pois ela define nosso bem estar, nossa felicidade e nossa paz… Ou define nossa dor, vazio e sofrimento após a morte. Aquele que depende de uma coisa para viver, como por exemplo, comida, compras, vícios, sexo, dinheiro, patrimônio, etc… vai sofrer muito quando chegar ao plano espiritual e perceber que essas coisas não existem lá… Não existe comida no plano espiritual, pois o espírito não precisa se alimentar… Por isso, se você é dependente da comida, se tem apego a ela, no plano espiritual você vai sofrer pela ausência de comida. Vai desejar a comida e ela não estará lá… Quanto maior o apego, maior será o seu sofrimento no plano espiritual quando você descobrir que seu objeto de apego não está presente. No plano espiritual somos muito mais sensíveis do que no plano material. Quando estamos na Terra, revestidos por um invólucro composto de matéria grosseira, essa roupagem que envolve o espírito de certa forma nos protege de quem somos. Isso é positivo para o humano encarnado, pois lhe dá mais tempo de realizar sua purificação interior e se libertar de todas as suas imperfeições. No plano físico temos os desejos relacionados ao corpo e seus prazeres. Mas na condição de espíritos, fora da vida corpórea, aquele que não se libertou dos seus desejos em vida, permanece com eles. O mais grave é que os desejos que ficam na memória do espírito, com os quais ele se apegou, se apresentam de forma bem mais intensa e vívida. O espírito que se acostumou em comer carne, adora carne, está apegado à carne e não consegue se imaginar vivendo sem comer carne, no plano espiritual vai sofrer muito com a ausência da carne. Ele vai desejar a carne, e não poderá se 14 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
alimentar de carne. Da mesma forma o espírito de um fumante vai desejar o cigarro e não poderá mais sentir o prazer do tabaco em seu organismo. O resultado dessa falta é apenas um… sofrimento. O sofrimento pelos desejos não satisfeitos, pelos apegos, pelas nossas dependências e vícios humanos, são muito fortes. Muitos espíritos nessa condição de ânsia pelos desejos materiais sentem-se tão carentes dos seus objetos de apego que permanecem no plano material, errático e perturbados, para poder usufrui-los. É muito comum ver espíritos se ligando a encarnados, em graves processos obsessivos, fumando junto com eles. Ou espíritos alcoólatras que, quando desencarnam, não podem mais beber e, assim, entram em “possessão” com os encarnados para beber junto com eles. Se o encarnado obsidiado por esses espíritos decide dar um ponto final e largar o vício, esses espíritos podem assedia-lo intensamente, estimulando sua necessidade pela álcool, provocando no encarnado a sensação de carência, de desprovimento, de privação, e assim, fazê-lo voltar a beber. Nesse estado, o encarnado pode ceder a esse apego e retornar o vício. Assim, os espíritos que estão com ele continuarão bebendo junto com ele. Obviamente não se trata de beber fisicamente, pois o espírito não tem mais corpo. Trata-se de incorporar no encarnado e compartilhar com ele da sensação da bebida, do prazer na ingestão do álcool. De vez em quando vejo algumas pessoas dizendo: “Sim, eu sei que tenho esse apego, mas ainda não consigo larga-lo. No futuro eu me desapego”. Esse pensamento é muito perigoso, pois o ser humano encarnado não sabe o momento de sua morte. Ele pode morrer daqui a alguns segundos, como pode morrer daqui a 80 anos. Pode acontecer de alguém deixar para depois a libertação dos seus apegos e morrer repentinamente, num acidente de carro, num ataque cardíaco ou em outras condições. Quando isso acontece, não praticamos o desapego e o sofrimento no plano espiritual será uma realidade. O espírito que chega ao plano espiritual com todos os seus apegos, não pode mais se libertar. Ou ele se liberta aqui na matéria, ou não se liberta. Estamos falando do sofrimento no plano espiritual, mas é certo que o apego também gera sofrimento aqui mesmo, na matéria. Uma pessoa muito apegada a sua casa, pode perder essa casa ainda em vida e sofrer muito com isso. Uma pessoa muito 15 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
apegada a seu dinheiro, pode viver uma crise financeira e perder seu dinheiro e seus bens e também sofrer muito com isso. Algumas pessoas muito apegadas podem até mesmo pensar em suicídio, tal é seu grau de apego em relação àquilo que possuem. A depressão é muitas vezes o resultado de apegos não satisfeitos muito arraigados dentro de nós. Aquele que faz sua vida depender de uma coisa e depois a perde, pode também perder sua vida quando seu apego não existe mais. Todos precisam compreender que todo e qualquer tipo de apego deve ser extirpado de nossa vida, por um motivo muito simples: nenhum desses objetos de apego existem no plano espiritual. O plano espiritual, que é o plano real, não dispõe de qualquer coisa que necessitamos na Terra. As necessidades do mundo são apenas do mundo… elas não existem fora daqui. Por isso, quem se apega, sempre sofre pela perda, seja na matéria, seja no plano do espírito. Por outro lado, as pessoas não tem noção da liberdade espiritual que conquistam quando se libertam dos seus apegos terrenos. É uma liberdade impossível de se expressar em palavras, de tão elevada, sublime e plena. Todos aspiram à liberdade, mas poucos são aqueles que aceitam abrir mão de tudo o que nos aprisiona. Não é possível ser livre e viver com apegos. O apego é o oposto da liberdade, assim como a escuridão é o oposto da luz. Quem vive mergulhado em seus apegos, vive e morre preso e infeliz. Aquele que, ao contrário, se solta de tudo e vive apenas pelo espírito que é, esse é livre, totalmente livre… e infinitamente feliz após a morte. Portanto, o desapego do que existe no mundo não é apenas uma questão de moral espiritual, de evolução da alma ou da aspiração à transcendência. É principalmente a melhor forma de evitar o sofrimento, de nos proteger da carência, de superar a dor da perda de algo que não podemos mais obter. E acredite: essa dor do apego, no plano espiritual, é muito, muito sofrida.
16 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Galerinha vagas abertas para novos colaboradores e apresentadores para fazer parte da nossa equipe! seja você mais um guerreiro desse Portal, contate via e-mail : portalcdo@bol.com.br ou via face gratidão.
(Paulo Ludogero)
A Umbanda é que está perdendo Quando pensei no assunto que vou escrever. Logo me veio à mente a frase: A Umbanda que está perdendo. No passado os médiuns se preparavam com afinco para os trabalhos, tinham medo de errar e com isso sua preparação era melhor. Hoje a Umbanda e os médiuns ganharam muito com a globalização e com os muitos cursos existentes. Muitas literaturas estão à disposição e muitas são ótimas pois não propagam a intolerância entre os próprios umbandistas ou se quer criam confusão nos leitores. Existem pessoas sérias que se dedicam a ensinar a doutrina umbandista por amor e não pela moeda. Existem pessoas que carregam a tradição de suas raízes até os dias de hoje… Infelizmente existem pessoas, que aprenderam, beberam da água que lhes foi dada e no entanto fazem tudo diferente do que aprenderam e dizem estar evoluídos. Muitos dizem que tocar atabaques, usar o fumo, usar o álcool é sinal de baixo espiritismo. A Umbanda precisa sim da renovação e da evolução, mas precisa também manter a tradição, precisa preservar o principal fundamento: “A manifestação do espírito para a caridade”, por Sr Caboclo das 7 Encruzilhadas. Não podemos nos comparar aos médiuns de antigamente e muito menos nos comparar a Pai Zélio de Moraes, Pai Beijamim 17 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Figueiredo, Pai Demetrius Domingues, Pai Durval José dos Santos e muitos outros, pois estes tinham a Fé Cega e faziam sem pensar o que os guias lhes ensinavam e lhes pediam, não podemos dizer que ao estudar Umbanda, estamos prontos para praticar a religiosidade, não podemos simplesmente achar que estamos prontos só por que queremos estar, quem perde com isso é a Umbanda. Temos que ter uma base, um pilar para buscar a paz e o conforto, buscar ensinamentos e fundamentos. Só poder ser um pai, quem já foi filho! Só pode ser uma mãe, quem já foi filha! Um médium pode ter uma boa oratória, um bom espaço e ter um terreiro, mas sem a experiência, a vivência do dia a dia como médium de uma casa, ele sofrerá muito e poderá até vir a fechar o terreiro, quem perde com isso é a Umbanda. Os sacerdotes e sacerdotisas de hoje, também precisam evoluir e renovar muitos de seus conceitos! Não dá mais para aceitar nos dias de hoje um dirigente achar que Exu é o demônio e Pomba Gira é prostituta, isso denigre a religião e insulta os que pertencem também a Umbanda, com esses pensamentos quem perde é a Umbanda… Não dá mais para um dirigente proibir seus filhos de ir buscar conhecimento, pois vivemos num mundo onde dentro de casa com o auxílio da internet temos tudo, sendo assim, é melhor os sacerdotes irem buscar também conhecimento e dividirem com seus filhos para que todos tenham o mesmo pensamento, no contrário… Quem perde é a Umbanda. Não podemos também ficar expondo em redes sociais, fundamentos e rituais fechados, pois quem não os compreende irão denegrir a imagem da Umbanda. Não podemos aceitar pessoas usarem o nome da Umbanda cobrando por trabalhos escusos. Não podemos permitir que pessoas e mais pessoas denigram o nome da Umbanda, e para isso é necessário a renovação de muitos conceitos, evoluir sim, e também manter a tradição. Umbanda = Renovação + tradição! Paulo Ludogero 26/11/2015 http://www.psuead.com.br/
18 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
(Pablo Araújo)
Temos toda razão quando dizemos que religião é propriedade de Deus e se há algo que podemos afirmar é isso. Quanto a forma de cultuar Deus, existem várias formas, todas envoltas de uma liturgia e pratica exclusiva de determinada religião. Porem todos nós religiosos concordamos que religião é propriedade de Deus, ou seja, religião é um bem divino que nos foi legado por Ele o Divino Criador, sendo cada um de nós seus beneficiários. Colocamos dessa forma redundante que religião é propriedade de Deus, para iniciarmos uma reflexão. Sabemos que existe centenas ou milhares de religiões ativas ou já recolhidas e que todas são unânimes em propagar que aquela religião ou aquele templo é a casa de Deus, onde Ele e sua corte Divina fazem morada e manifestam-se em benefício 19 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
dos seres sob sua regência. Todas são unânimes em dizer que Deus manifesta-se através de seus Arcontes Divinos ou Divindades, sejam elas, Santos Católicos (São Jorge, Santa Bárbara, Santo Expedito, Nossa Senhora Aparecida, etc) ou Divindades Judaico-Cristã ou Islâmicas na personificação de anjos e arcanjos . No Budismo na pessoa de Buda que na religião Budista representa a busca através da iluminação ou a santificação do espírito. Temos na vertente Evangélica, a manifestação de Deus na divindade de Jesus Cristo e a iluminação do espírito na presença do Espírito Santo que, se no Budismo é a busca pela iluminação, no Cristianismo o Divino Espírito Santo simboliza a busca pela santificação do ser. Na Umbanda e no Candomblé, Deus também manifesta-se através de suas Divindades denominadas Orixás. E se no Budismo existe a busca pela iluminação através de Buda, no Cristianismo a busca da santificação do espírito através de Cristo, na Umbanda e no Candomblé existe a busca da naturalização do espírito através dos Orixás. Na religião Ameríndia ou Indígena, também existe a manifestação de Deus nomeado nela por Tupã e sua Corte Divina nomeada de espíritos ou Forças da natureza ou seja (deus do trovão ou Anhanguera , deusa da chuva, das arvores, etc). A forma de culto pouco importa, porem todos somos unânimes em dizer que a religião é um dos meios (Fé) por onde Deus manifesta-se através de sua corte de Seres Divinos e os nomes desses seres pouco importa, mas todas tem sua classe de seres divinos ou ao menos um ser que traz em si a manifestação do Pai Criador e que na religião é seu porta voz. Estamos comentando isso para que reflitam se em religião existe algo realmente novo? Caros irmãos comentem ao menos uma religião que foge desse parâmetro que acabei de descrever. Em toda religião encontrase algo em comum, por exemplo; toda religião tem um ou vários representantes encarnados, seja ele um papa, pajé, pastor, rabino, pai no santo, profetas, etc, e que são pessoas respeitadas em seu meio religioso e tem a missão de fornecer conhecimento e fundamentação religiosa a respeito de seu culto. Peço mais uma vez caros irmãos, reflitam e pergunte-se se há alguma diferença em religião. Se não vejamos mais outra coisa em comum, toda religião tem sua Gênese ou forma de 20 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
interpretação de como Deus criou o mundo e os seres. Quando falamos em religião vale ressaltar que o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo, são novos quando sabemos que a religião Egípcia, Grega ou Mesopotâmica, existe a mais de dez mil anos, sem falar nos cultos milenares chineses e japoneses, culto esses que se hoje representam festas folclóricas, porem sabemos que são restos imortais de religiões multi-milenares como o culto aos dragões, culto esse que já foi recolhido no astral e ainda ressonam na mente atual da humanidade. É comum em toda religião a idolatria a algo que represente o criador e toda religião tem ao menos um símbolo a rege-la, seja esse símbolo chamado de idolatria ou adoração de imagens ou a simbolatria que é a adoração à símbolos como altares com estrelas, Cruz (esse encontrado em muitas igrejas evangélicas), etc. Também temos a livrolatria que é o culto embasado em um livro santo que é algo adorado como a manifestação do verbo divino ou palavra de Deus, temos a no Cristianismo a Bíblia, no Bramanismo o livro sagrado Mahabharata, no Hinduismo o livro sagrado Rig-Veda, no Islamismo o Alcorão, no Zoroastrismo o livro sagrado Zend Avesta, etc. Sem falarmos no culto à lugares sagrados, tais como: Monte das Oliveiras (Cristianismo) Monte Olimpo (Religião Grega), Montanha sagrada onde Moises recebeu os mandamentos, as cachoeiras de Oxum, etc. Irmãos onde esta a diferença entre as religiões? A diferença se existe, esta somente na forma de culto a Deus e como em Deus tudo é infinito, então infinita é sua criação e sua forma de manifestar-se, ou não é verdade que temos varias raça, vários trocos lingüísticos, tem a fauna e a flora que são exuberantes e exemplo de diversidade e equilíbrio, temos diversas espécies de plantas, folhas, ervas, flores, arvores etc, todas com uma finalidade e todas co-participantes no equilíbrio e manutenção do planeta. No reino animal a diversidade de criaturas é infinita e exuberante, uma mais incrível que a outra e todas com uma função especifica no equilíbrio da criação. Entre os seres humanos existem infinitas culturas cada uma com sua lógica e ordem para o equilíbrio e a harmonia do seu povo. A palavra amor pode ser descrita de várias maneiras, faladas em diversas línguas entre si, porem seu sentido e sua essência permanece intocável, inviolável e eterno. Deus pode ser cultuado de diversas formas em todas as religiões, porem sua essência deve permanecer intacta, e o 21 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Amor sendo uma das sete virtudes divinas eternas e imutáveis deve se fazer presente em todas as religiões, virtudes essas que são os sentimentos da tolerância, o amor, a fé, a fraternidade, a ética, a moral, a sabedoria, a humildade, a compaixão, o perdão etc, pois são infinitas as formas virtuosas que Deus manifesta-se a partir do nosso íntimo. Agora se existe alguma diferença em religião, essa diferença está em nosso vicio em julgar algo que nos seja diferente ou estranho, está em nosso preconceito, intolerância e fanatismo, está em nossos sentimentos viciados e vazios que inverte a ordem virtuosa e positivos das coisas e ai sim, desvirtuados passamos a externar nossos desequilíbrios em nome de Deus e através de alguma religião, como cegos passamos a guiar outros cegos e desvirtuados, incitando-os a externarem seus desequilíbrios, tais como ódio, revolta, fanatismo etc, imputando todos esses sentimentos viciados originados em nós à uma criação mental humana denominada de demônio, satanás, capeta, anjo caído etc, Repassando para essa criação mental todo o motivo de nossos desequilíbrios, buscando assim uma fuga para nossos erros. Caros irmãos, em pleno século XXI, não devemos deixar-nos envolver-se por essa malha rota de ignorância, pois nós mesmos somos templos vivos de Deus e é através do nosso íntimo, de nossas ações virtuosas que Ele manifesta-se Vamos a outro exemplo: Quando ajudamos alguém, essa pessoa ajudada geralmente diz: "Nossa você um anjo de Deus que apareceu em minha vida" Vamos refletir no que essa expressão de gratidão quer dizer-nos. Ora, a pessoa ajudada viu em você uma ação virtuosa e se Deus manifesta-se através de nossas ações virtuosas, então Deus manifestou-se através de você para ajudar aquele seu semelhante e através de sua ação ele sentiu a bondade de Deus, e você que ajudou em contra partida, sentiu o conforto divino que uma ação positiva proporciona. É claro, isso se você não se sentir "O cara" e seu ego engoli-lo vivo. É isso irmãos, convido a cada um de vocês que lê esse texto a seguinte reflexão : Há diferença em religião? Peço a todos, reflitam e deixe cair sobre terra os dogmas que paralisam e cria essa couraça em sua mente e una-se todos em um ecumenismo verdadeiro e vamos reverenciar Deus através dos seus sentidos divinos e de mãos dadas vamos celebrar a 22 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Fé, o Amor, o Conhecimento, a Razão, a Moral, a Sabedoria, a Vida e todas as virtudes que eleva o espírito, pois o direito de ser religioso é o dever de ser virtuoso. SARAVA UMBANDA
23 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
(Cristiano Trevelino) (Ditado pelo Caboclo tupinambá) Salve fios!
Esse caboclo está a cá para falar um pouco sobre a religião de ocêis.
Muitos de ocêis fios, quando procuram um terreiro, uma casa de caridade e decide ingressar em uma casa para se desenvolverem, para conhecer aquilo que vos tocou, aquela que ocêis julgam em primeiro momento ser a religião de ocêis, chegam cheio de dúvidas, cheios de vontade de aprender, de beber daquela água.
O Problema é que muitas vezes, ocêis vão com muita cede ao pote, e acabam derrubando toda a água que tinha ali, ocêis atropelam as coisas e já querem logo ter a experiência da primeira incorporação, e quando ocê incorpora pela primeira vez, já sai achando que pode tudo, que pode ajudar a todo mundo, e que aquele espírito que se manifestou ali vai poder te auxiliar em tudo, a partir daquela sua primeira vez.
A vontade desses fios incorporar é muito grande, esse caboquero intende, mas é necessário intendedor, aprendedor e 24 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
executar tudo aquilo que cerca sua religião antes da incorporação, as formas de se portar num terreiro, as regras do terreiro, as condutas que se deve ter num terreiro, quais são os rituais e fundamentos daquela casa, procura intendê a religião para depois ocêis pode partir pra prática da incorporação.
Quando ocê intende tudo isso, você se torna um médium respeitoso com sua casa, com seus irmãos de fé, com seu pai e mãe espiritual, com a espiritualidade e principalmente com ocê e com aqueles que te protegem.
Pois há de se ter muito cuidado quando ocê começa a conhece seus irmãos, pra que ocê não confunda aquilo que te fez ir buscar a religião, seus princípios religiosos, pois quando se entra em uma casa, ocê num entra pra conhecer pessoas, ocê entra pelo sagrado, ocê entra pela aquela verdade que tocou na sua essência, por isso é necessário ter a consciência do que você está fazendo lá, o que te fez entrar naquela casa, o que te fez querer ir em busca dessa sua verdade religiosa.
Numa casa de umbanda, há de se ter muito respeito, assim como se tem em outras casas religiosas, há de se ter compaixão com seu irmão, há de se ter comunicação, mas também há de se ter o silêncio, pois ali todos estarão para rezar em conjunto, para se ter o contato com a espiritualidade e isso requer muita humildade, sabedoria e respeito, pois também há de se entender que ninguém é melhor que ninguém, o que pode acontecer é ter funções diferentes e específicas para cada um, mas todos são iguais.
Portanto meus fios, esse caboquero num vai se alonga mais, esse caboquero convida a todos para refletirem sobre sua verdades, sobre sua essência religiosa, sobre a umbanda na sua vida, sobre sua postura perante a religião, perante ao Pai Maior, perante aos seus guias, mestres e mentores espirituais, perante
25 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
ao seu terreiro, aos seus irmãos de fé e ao seu pai e mãe espiritual.
Ocê tá praticando o que sua religião ensina?
Ocê respeita sua religião e tudo que a cerca?
Ocê se respeita?
Então que Pai Maior possa abençoar a todos, que a mãe natureza abençoe!
Salve meus fios!
Caboclo Tupinambá!
26 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
(Kelly Garcia)
Padilha, me dê Sua Força! Padilha, olhe por mim! Sou alma que busca a alegria Pra Terra, eu escolhi vir. Óh, Maria Padilha Tu és a Minha Guardiã Me espelho em teu exemplo E sinto o Teu Poder em mim Tão forte quanto a força do Vento. Rainha da Encruzilhada Da Calunga e do meu coração Traz seu amor em minha alma E me liberta da solidão.
Laroyê, Maria Padilha!
27 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Umbanda não faz milagre. Faz caridade!
É fato comum chegar aos terreiros, pessoas extremamente deprimidas, adoentadas quando não, desesperadas pelo fato de não encontrar em nenhum outro lugar o remédio para seus males. Já passaram por consultórios médicos, igrejas, milagreiros de todas as espécies. Em todos os lugares, foram deixando sua história registrada, acrescida de decepção e ou, gastos financeiros além da conta. Com a promessa e a busca de “milagres” pagaram dízimos ou oferendas, tentando terceirizar a solução de seus problemas ou de sua suposta “má sorte”. E enquanto seu saldo bancário e sua fé diminuem, sua decepção e dor aumentam. O local que não cobra pela caridade, geralmente leva a fama de ser “muito fraco”, pois infelizmente as pessoas ainda tem a falsa concepção de que “se não cobrar e bem cobrado, a coisa não funciona”. Além de que, há os que necessitam vivenciar o “fenômeno” para que sua fé tenha fundamento. “Imagina... guia que fica só aconselhando, mandando rezar e mudar a maneira de pensar...” Como bem fala o ditado popular, “só quando a água bate onde não deve, é que se aprende a nadar”. Assim, só como último recurso, no desespero total é que eles batem à porta da Umbanda e mesmo descrentes, buscam o milagre, chorosos e vitimados pela vida. Ajoelham-se na frente do preto velho ou do caboclo e derramam lágrimas, dedilham rosários de reclamações, tentando convencê-los de que a culpa da desgraça é de todo mundo, menos deles próprios. Acolhidos com todo amor pelos guias de luz, não recebem promessa de milagre, apenas a exigência de uma gradual reforma íntima, aliada as mandingas que os limpam do lixo energético que conseguiram agregar ao longo do tempo. Saem dali bem melhores do que entraram, quase sempre voltam e aos poucos compreendem que o milagre estava dentro deles próprios. 28 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Não faltarão nessa lista, os que após a melhora, voltam a freqüentar os bancos da igreja aos domingos, exibindo saúde e roupa nova. Quando não, se transformam em carregadores de bíblia, passando a combater ferrenhamente aqueles por quem foram ajudados. Jamais vão admitir que um dia entraram num terreiro de Umbanda. (“coisa do capeta”) O que será que os pretos velhos e caboclos pensam disso? Um dia desses fiz essa pergunta a Vovó Benta: - Zi fia, nosso trabalho é a caridade e quem se dispõe a ela, esteja encarnado ou no mundo dos mortos, tem que saber que o “dar de graça” mesmo que as vezes nos deixe “sem graça” sempre é motivo para darmos “graças” pela oportunidade de servir ao Criador, na sua obra. E ajudar esses filhos desnorteados, é construir pontes entre o céu e a terra. Nunca podemos ou devemos esperar qualquer recompensa pelo bom serviço, a exemplo do Criador que distribui raios de luz ou gotas de água, todos os dias a todos, bons e maus. O que cada filho fará com as dádivas recebidas só a ele cabe definir, escolhendo assim seu futuro. Sigamos fazendo o bem sem olhar a quem e façamos isso com a alegria de quem sobe os degraus para o céu, sem ter que pagar por isso com lágrimas ou moedas falsas. Lembra filha que servir com alegria é servir duas vezes. Servir duas vezes? - Sim, duas vezes. A você mesmo e ao próximo. Quando colocamos alegria e desprendimento, dissipamos qualquer possibilidade de nos machucarmos com nossa ação. Porém, o fazer por fazer ou para que as pessoas vejam que somos caridosos, é um meio de ajudarmos aos outros sem, no entanto, estarmos com isso nos ajudando. O azedume que muitos “caridosos” carregam, demonstra o quanto ainda sua caminhada é longa. Sem contar que pode ser um meio de captar para si as energias dos outros ao invés de dissipá-las. -Quanto aos filhos que viram as costas a quem os ajudou, não passam de espíritos infantis que precisam do pirulito para adoçar suas vidas, ignorando que um dia o doce chega no palito.
Leni W.S. Vovó Benta
TEMPLO DE UMBANDA VOZES DE ARUANDA
29 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
Escola proíbe aluno de apresentar trabalho sobre candomblé Uma diretora de um colégio do Pará, o Centro de Educação Trindade, proibiu que um estudante apresentasse na Feira da Cultura, cujo tema era sobre Lendas Urbanas e Lendas Culturais, a história da entidade Pombagira, da matriz afro religiosa, que representa a mensageira entre o mundo dos orixás e a terra. https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/escola-proibe-aluno-deapresentar-trabalho-sobre-candomble/
7ª Semana da Umbanda na cidade de São Paulo No dia 16 de novembro a Escola de Curimba e arte Umbandista Aldeia de Caboclos no comando de Pai Engels de Xangô II, realizou na Camara Municipal de São Paulo a Sessão Solene em comemoração ao dia da Umbanda e do Umbandista na cidade de São Paulo lei 15.323\2010 lei do Vereador Quito Formiga,a casa estava cheia e realizamos uma singela homenagem a alguns terreiros ,federações e divulgadores que se dedicam em prol da nossa querida e amada Umbanda !!! #SalveanossaUnião #SalveanossaqueridaUmbanda #GraçasaDeussouUmbandista #SalveanossaqueridaUmbanda #GraçasaDeussouUmbandista
30 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
31 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
32 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
33 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
34 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
(Fonte Aldeia de caboclos facebook)
15 de Novembro, Dia Nacional da Umbanda, comemoramos os 108 anos dessa religião, que em pleno século XXI, continua sendo perseguida e intolerada. As Federações co-irmãs e associados da AUEESP, FUCESP, Primado do Brasil, União Regional Umbandista, Associação Paulista de Umbanda e União de Tendas reuniram-se em uma tarde de celebração no Ginásio Baetão, em São Bernardo do Campo, independente da chuva, do feriado prolongado e da preguiça, para juntos homenagear todos aqueles que nos antecederam e abriram caminho para que pudéssemos professar abertamente nossa religião. (Fonte AUEESP)
35 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
36 Portalcdo@bol.com.br
Edição do mês 10
www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com
37 Portalcdo@bol.com.br