Revista APÊ ZERO 1- edição set/out 2013

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agora É

No seu condomínio. Na sua mão.

Distribuição dirigida Ano 10 . Nº 104 Set/Out de 2013

Qual caminho seguir?

A prevenção sempre foi a melhor forma de evitar incidentes e a 3ª idade chega para todos, mas ela não quer ser tratada como coitada! Só precisa de respeito e um espaço digno de se viver. O que você está fazendo por melhores condições de mobilidade?

CRÔNICA

Noivado, ratos e confusão. O que aconteceu na festa de condomínio?

3º SETOR

A luta contra o câncer tão intensa quanto a fé na cura.




indice 8 ud Living

Um ambiente aconchegante, sofisticado e muito confortável e convidativo para seus usuários.

12 mulher Há diferença entre amor de papel passado e amor sem papel? Será que ainda existe o sonho do véu e grinalda ou a melhor opção é juntar “os trapos” e deixar rolar?

16 cara ou coroa Jogos virtuais influenciam no comportamento violento?

Conheça a opinião de dois profissionais para a melhor forma de prevenção do comportamento violento.

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10 Faca voce mesmo - ud Moldura para quadro

Com tinta, papéis de scrapbook e vidro você mesmo faz uma moldura para quadro

32 multiplicadores Amar de quem gosta amar

Felipe Nonato conta sobre sua história a frente da AMA – Associação do Voluntário Amigo

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viver em condominio crianca Contribuição de condomínio

A contribuição condominial, erroneamente chamada de “taxa de condomínio” , tem sido um item pesado no orçamento familiar.

Elas gostam mesmo é de brincar! A realidade está aos olhos de quem queira: televisão, celulares, computadores, mas para muitas o gostoso é brincar de outras coisas.

22 capa

Mobilidade na Terceira Idade: quando as barreiras cansam

Imagine o que nossos pais, avós e bizavós sentem diariamente com certas limitações, tanto pela ausência de estruturas acessíveis quanto pela falta de integração entre as que já existem.

38 turismo Na Argentina, com os portenhos

No centro de Buenos Aires o Restaurante El Imparcial possui mais de 150 anos e sobreviveu a grandes mudanças do seu tempo.


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pets

faca voce mesmo - o que tem na geladeira

faca voce mesmo - Pets

Animais precisam de cuidados durante o período de calor Com o início da primavera e a volta do calor começamos a ver o retorno das principais alergias dos animais.

Surpresa Branca na Caneca Em apenas 5 minutos você prepara um delicioso bolo!

Brinquedo de corda para cachorros

Aprenda a fazer um brinquedo para distrair seu pet.

36 3º setor A luta contra o câncer tão intensa quanto a fé na cura

Mateus tem cinco anos, uma doença rara e uma alegria capaz de contagiar quem convive com ele.

49 classificados Lista de prestadores de serviços ideais para o seu dia a dia

28 curiosidades da terrinha As referências da cidade As escolas: como eram o Conde de Parnaíba e a Prof. Luiz Rosa anos atrás

30 faca voce mesmo - ecologia

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Aprenda a fazer um cofre

cronica

Com uma garrafa pet pequena, EVA e um par de olhos móveis você cria um lindo cofre de porquinho.

Noivado, Ratos e Confusão

Uma história para lá de engraçada.


editorial

Por onde e como caminhar! ecentemente muito se falou dos novos radares instalados na cidade de Jundiaí-SP. Uns reclamavam da quantidade, outros, com razão, do local onde estavam sendo instalados. Neste mesmo momento, a equipe editorial da APÊ ZERO 1 preparava um especial de capa sobre mobilidade urbana. Não buscamos, mas ganhamos um incremento em nossa reportagem. A nossa capa mostra a história de pessoas que vencem diariamente o desafio da mobilidade dentro de condomínios e serve de exemplo para todas as outras que têm dificuldades em caminhar pela cidade ou qualquer espaço urbano. A população brasileira está caminhando para uma nova ordem de faixa etária. Ainda na próxima década teremos 70 a cada 100 habitantes em idade ativa, segundo o IBGE. Mas e depois? Como devemos cuidar de quem mais precisa? Jundiaí recebe notas atrativas, como por exemplo do IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), onde está em 11° lugar no país. Mas como andam os espaços privados de nossa cidade, como os condomínios? E os espaços públicos? O mesmo questionamento foi feito em uma reportagem especial que fizemos há exato 12 meses, quando ainda a revista se chamava Portal dos Condomínios, e levantamos a questão sobre a sujeira deixada por cachorros nas calçadas que margeiam os condomínios. À época, reforçamos a pergunta: De quem é a culpa? É claro que era do dono do animalzinho. E isso atrapalhava declaradamente a mobilidade dos transeuntes. Agora, queremos saber: o que podemos fazer para merecer uma mobilidade urbana decente?

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No da 30 de novembro a Proempi realizará sua Festa do Síndico, um evento que conta com apoio da APÊ ZERO 1 e será realizado durante o período do dia. Para este ano são esperadas 800 pessoas, em uma confraternização preparada especialmente para o síndico e sua família. Outro evento importante será realizado pelo Conseg Barão de Jundiahy, com palestra sobre o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. A data e o local estão para ser definidos, porém as informações serão atualizadas na página www.apezero1.com.br/conseg. Rodrigo Góes, Jornalista Responsável

Expediente A revista APÊ ZERO 1 é a nova marca da antiga revista Portal dos Condomínios e é editada pela Io Comunicação Integrada Ltda, inscrita no CNPJ 06.539.018/0001-42. Redação: Rua das Pitangueiras, 652, Jd. Pitangueiras, CEP: 13206-716. Tel.: 11 4521-3670 - falecom@ apezero1.com.br Jornalista Responsável: Rodrigo Góes (MTB: 41654) Diretora de Arte: Paloma Cremonesi Designer Gráfico: Camila Godoy e Jonas Junqueira Redação: Maria Theodora Molena Peró Ilustração e Redes Sociais: Rafael Godoy Planejamento: Júlia Hirano

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Web: Vinicius Zonaro Estagiário: Paulo Toledo e Mônica Bacelar Tiragem: 10.500 exemplares Entrega: Mala Direta etiquetada e direto em caixa de correspondência, mediante protocolo para moradores de condomínios constantes em cadastro da revista. Quer seu exemplar? Caso ainda não receba, solicite para o seu condominio: falecom@apezero1.com.br ou ligue: 11 4521-3670 Os artigos assinados são de inteira responsabilidade do autor e não representam o pensamento da revista.

Acesse na internet Site: www.apezero1.com.br Twitter: @apezero1 Facebook: Apê Zero 1 Associado:

Para Anunciar

11 4521-3670 atendimento@apezero1.com.br


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ud Dica

Divulgação

Principal solução do ambiente se dá na montagem do layout

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Aconchego e sofisticacao juntos Reportagem: Maria Theodora Quem não gosta de chegar no aconchego de casa depois de uma dia de trabalho. Todos nós. Neste Living, criado pela arquiteta Elaine Carvalho, a proposta foi organizar um ambiente aconchegante, sofisticado e que fosse muito confortável e convidativo para seus usuários. A principal solução do ambiente se deu na montagem do layout. Uma grande sala de estar recebe os visitantes e no fundo uma grande adega completa o ambiente. “Além do visual lindo para a sala, a adega cria outro uso para o living”, explica a arquiteta. Para o piso foi usada a madeira: “o diferencial é que este piso tem um desenho bem trabalhado”, enfatiza Elaine. Para as paredes, quase todas são forradas por uma linda lamina de madeira no tom de grafite, o que traz aconchego e requinte ao ambiente. O forro de gesso recebeu pintura branca e iluminação embutida toda focada na ambientação. Para o mobiliário as escolhas foram pelo moderno, em linhas retas e algumas peças clássicas. “Adoro estas misturas. Espelhos e obras de arte compõe algumas paredes,e um belo tapete neutro finaliza o ambiente”, finaliza.

Fotos: Paulo Toledo

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1. Jogo com 18 taças em cristal: Valor sugerido: R$ 193,00 - Presentes de Estilo (www.presentesdeestilo. com.br). 2. Bandeja em bambu: Valor sugerido: R$ 54,99 - Presentes de Estilo. 3. Balde para champagne: Valor sugerido: R$ 81,99. - Presentes de Estilo. 4. Saçuena: Valor sugerido: R$ 1.310,00 - Arte Trançada (11. 2449-5721). 5. Porã: Valor sugerido: R$ 1.790,00 - Arte Trançada. 6. Nicho: Valor sugerido: R$ 5.900,00 - Decor & Style (www.decorestyle.com.br). Apê Zero 1. Set/Out 2013

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Faca Voce Mesmo ud

O que é

Se você gosta de produzir ou simplesmente incrementar a decoração da sua casa e de seu local de trabalho por conta própria, esta é a sua editoria.

Participe

Aceitamos sugestões. Quem sabe produziremos um objeto que você sempre sonhou em saber como fazer? Participe em nosso Facebook, site ou por email: falecom@apezero1.com.br

Vídeo

Quer saber como criamos esse quadro? Visite nosso site e procure a seção Vídeos.

www.apezero1.com.br

Fotos Divulgação

QUADRO DE RECADOS

Materiais: l Tinta PVA

Meça o tamanho do seu quadro e recorte o papel de scrapbook ou tecido.

l Papéis de scrapbook ou tecido

Monte o quadro e escreva no vidro seus recados com a caneta para quadro branco.

l Vidro do tamanho interno do quadro l Caneta para quadro branco l Tesoura l Pincel

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Mãos na Massa

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DICA Pinte a moldura com tinta PVA da cor que preferir. Deixe secar, lixe e aplique mais uma demão de tinta para um melhor acabamento.


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mulher

Ha diferenca entre amor de papel passado e amor sem papel? Fotos Divulgação

Reportagem: Maria Theodora esde quando nossos pais descobrem durante o exame de ultrassonografia que nosso sexo é feminino, nós, mulheres, somos predestinadas a crescer, namorar, noivar, casar e ter filhos. Quem nunca ouviu uma amiga grávida dizendo para outra que acabara de ter um filho que quando sua primogênita nascer eles poderão ser namorados? Eu já ouvi muitas vezes e admito que já “arranjei” muitos namorados para a Maria Eduarda, minha filha de oito anos, com este papo de “quando ela crescer...”. Eu sempre fui louca pela cerimônia em si, tanto é que costumo dizer que minha vida é toda ao contrário. Namorei, até aí tudo bem; engravidei - decidimos que estava bom assim ele lá e eu cá - depois decidimos que não estava bom daquele jeito, juntamos nossas escovas e finalmente depois de cinco anos fiz aquela baderna com vestido de noiva e festona. Mas eu sou diferente mesmo e deixo minha história para uma próxima. A pergunta na verdade é: será que ainda existe o sonho do véu e grinalda ou a melhor opção é juntar “os trapos” e deixar rolar? A gerente de restaurante, Juliana Puente Peppe, foi casada durante um ano e meio, teve uma filha, hoje com 14 anos, mas pela imaturidade da época acabou se separando. “Nunca deixei de acreditar no casamento, sempre tive em mente que Deus iria me enviar uma pessoa para envelhecer junto. Depois desta separação levei um tempo de cinco anos para me recompor e tentar novamente algo mais sério. Namorei durante seis anos e também não deu certo, porque acredito que não era o tempo certo, tinha que ter um amadurecimento”, contou. No dia 23 de dezembro de 2012 , numa festa de aniversário que ela conheceu Henrique Peppe, seu atual marido, e desse dia em diante teve a certeza que tinha chegado o momento. “Foi um dia muito diferente de todos. Fui para a festa sozinha e estava cansada de bagunça de ra-

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Juliana e Henrique: o casamento fortalece o vínculo pazes que não queriam nada com nada. Fui umas das primeiras a chegar na festa e fiquei de boa, vi quando ele chegou, o achei bonito mas desencanei totalmente, pois estava lá para me divertir e não para arrumar um paquera. Ele gostou tanto de mim que se aproximou e ficou horas me dando indiretas, mas só percebi no fim da festa, quando ele me chamou para ir para outra festinha que estava acontecendo. Foi lá então que eu cai nos encantos dele”, relembrou. Desde então Juliana e Henrique começaram a se ver diariamente e em menos de dois meses resolveram ir morar juntos. “Ele estava saindo da casa de sua mãe para morar sozinho e eu também estava a procura de uma casa. Moramos juntos por cinco meses e oficializamos através de um casamento civil, mesmo dia em que fiquei sabendo da minha gravidez”. Para eles o casamento é importante porque “fortalece o vínculo, aflora o melhor de cada um e constrói algo forte”. “Nós sabemos que a vida a dois não é fácil, mas é uma experiência maravilhosa de crescimento pessoal, diálogo e honestidade. Acreditamos no amor e nas promessas de Deus”, finalizou ela, afirmando que assim que o bebê nascer realizará o seu sonho de casar no religioso.

A busca constante pela felicidade O jornalista João Ricardo Pupo e a esposa Angelina Sandy acreditam que o papel nada significa se o coração não quiser. Eles se conheceram em 1990 durante um evento em Itu, cidade onde moram, no interior paulista. “Coisas de amigos, sabe? Eu fui com um amigo, que conhecia a irmã dela, nos conhecemos sem compromisso. Era de tarde, tomamos uns chopes, fomos ao parque de diversão, mas nada chamou a atenção. Ela, até pouco tempo, achava que eu estava interessada na irmã dela. No final da tarde, ela pegou uma carona com meu amigo. Ao pararmos perto de onde ela estava, resolvi descer - não sei até hoje o que me impulsionou para isso - acompanhei até sua casa, conversamos um pouco e resolvemos marcar um encontro”, lembra ele. Na época Pupo era universitário e estava passando férias em Itu e ela trabalhava e não morava com a família. “Nossos encontros foram romanticamente engraçados. Foi cinco ou seis de dezembro daquele ano a março de 1991. Sem condições de ter carro, namorávamos no banco da praça. Mas chegara a hora de voltar à faculdade - estudava em Bauru


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mulher Fotos Divulgação

Pupo e Angelina: aprovação social via casamento não foi necessária para a felicidade do casal e, naquela época, dava umas seis horas de viagem de Itu. Era dia 8 de março, dia da mulher, véspera de eu voltar. Resolvemos, do nada, que, se quiséssemos ficar juntos, teríamos que ficar próximos. No dia 9 era aniversário dela e ela aceitou largar tudo e ir para Bauru comigo. Sem lenço, nem documento. Eu morava numa república com mais três amigos. Tinha um quarto só, ela chegou comigo, tomamos conta da sala (jogamos o colchão no chão, penduramos as roupas) e partimos para a felicidade”, relembra o jornalista. Já em Bauru, Angelina arrumou emprego indicada pela empresa que tinha deixado em Itu. Já ele, arrumou estágio e uns “bicos”. Os dois viveram quatro meses na república. “Mas, queríamos o nosso cantinho. Achamos uma “alma bondosa - a primeira”, sr. Alzemiro, um senhor que alugou a casa dos fundos para nós... uma casa antiga, mas arrumadinha e independente. Passamos um ano e meio mobiliando a casa e sendo felizes. Certo dia, ouvi uma conversa entre o dono da casa e o filho dele. O filho, que morava em São Paulo estava dizendo ao pai (Alzemiro) que o aluguel estava muito barato, que a gente pagava pouco. E o pai respondeu ao filho: “eu já tenho tudo que preciso na vida e você está encaminhado. O casal aí da casa do fundo está começando a vida agora. Não precisamos tirar todo o dinheiro deles. Eles trabalham, são educados e cuidam da casa 14

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como se fossem deles. Não vou subir o preço do aluguel””, conta João Ricardo. E assim foi, moraram lá até o final da faculdade. “Na semana em que estávamos vindo embora - decidimos voltar para Itu - sr. Alzemiro morreu nos braços da Angelina. Esta cena está marcada até hoje em nossas mentes. Quando chegamos a Itu, alugamos uma kitnet. Devido a minha profissão, mandaram assaltar nossa casa quatro vezes num período de menos de três meses. Mudamos para perto da casa dos meus pais. Veio o primeiro filho (1995), o Vinicius. Compramos nossa casa em 1997; o segundo filho, Vitor, veio em 2000. Sofremos muito preconceito por não sermos casados no papel, mas nunca nos abalamos por isso. Continuamos vivendo sem nos preocupar com o que os outros diziam. A busca constante pela felicidade nos fez cada vez mais unidos”, enfatiza. Como todo casal, João e Angelina já tiveram dificuldades, seja no relacionamento, com as famílias ou filhos. Várias vezes optaram por manter a casa, as contas bancárias sempre conjuntas, “pois a sociedade ainda reluta em aceitar a relação estável”. De acordo com ele é comum os locais pedirem sempre mais papel e provas do que uma simples certidão de casamento. “Nossos filhos carregam nossos sobrenomes: Sandy e Pupo. Já pensamos em oficializar o casamento no civil, mas com um único objetivo: facilitar a vida dos nossos

filhos, embora não sofram por isso”, comenta. No começo do relacionamento a família dos dois foram contra a união e a coisa começou a mudar com o nascimento do primeiro filho. “A mãe dela me chamava de “vidrinho”, pois ela dizia que tudo que ela falava, eu retrucava. Com o tempo, passamos a sermos aceitos pelas famílias, que perceberam que, acontecesse o que fosse, a nossa união tinha importante significado para a gente. E que as pessoas ao redor deveriam estar felizes por estarmos felizes”, disse. Para João Ricardo eles nunca buscaram agredir a sociedade ou ser exemplo para nada. “Só buscamos constantemente a felicidade. Não optamos por deixar de casar só acreditamos que o papel e a “aprovação social” via casamento não foi necessária para nossa felicidade. De que adianta arrumarmos para os outros se não somos felizes internamente. Hoje temos o respeito das pessoas. Porque nunca precisamos provar nada pra ninguém. Só resolvemos nos amar. A base da durabilidade é o respeito mútuo. Sempre digo que o melhor, para não ter crises no casamento, é concordar com ela. Mas ela não me pede nada, só me aceita, assim como eu tenho a certeza de ter escolhido o caminho certo ao lado dela. Meu pai, já na sua sabedoria dos 80 e poucos dizia que, se a Angelina não existisse, ele mandava “fabricar” uma igual. Conquistamos nossas famílias como nós somos”, finaliza ele.


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cara ou coroa

jogos virtuais Influenciam no comportamento violento? SIM Vivemos na era digital e envolvidos em um mundo virtual. Como parte integrante dessa realidade, os jogos de vídeo game violentos sozinhos não são determinantes ou único disparador de comportamentos agressivos em crianças e adolescentes. Existem diversas variáveis na história de vida do indivíduo que podem gerar comportamentos violentos como, por exemplo, a ausência de uma educação familiar, ausência paterna (que representa a lei), uso de drogas, más influências dos amigos, banalização da violência, dificuldade de relacionamentos e falta de comunicação, entre outras. Nós, seres humanos, somos produtos de uma carga hereditária que de certa forma já determina características que serão responsáveis pelo o que seremos no futuro. A agressividade é um componente latente e uma garantia de sobrevivência, pois dará a mobilidade ao recém nascido, a satisfação de necessidades vitais como fome, frio, insegurança, e que garantirão a manutenção da vida. Se o ambiente for saudável, essa agressividade se transforma e a criança lida com ela de uma maneira integrada, mas se o ambiente não for bom o bastante essa agressão passa a ser um componente antissocial e surge a destrutividade. A melhor forma de se combater uma influência negativa é explicando à criança o porquê daquilo não ser considerado bom. É dentro de casa que a criança aprenderá os seus valores – o certo e o errado. A escola também tem um fator importante. Por isso, escola e família têm que estar em sintonia. Nenhum ato extremo, como um tiroteio em uma escola, brigas violentas, assassinatos de familiares ocorre devido a um único fator de risco: existem muitos fatores, inclusive se sentir socialmente isolado, intimidado e assim por diante.

NÃO Para entender o quanto os jogos incentivarão ou não a violência em determinada criança ou adolescente é preciso, primeiramente, levar em conta diversos fatores como: relações e contextos familiares e sociais, histórico de vida (especialmente se há ou não violência), grau de maturidade e estrutura psíquica, entre outros. Uma criança bem estruturada psiquicamente e acompanhada pelos pais pode facilmente fazer uso desses jogos de forma positiva, facilitando o processamento psicológico de suas experiências cotidianas, potencializando suas habilidades motoras e cognitivas e, até, proporcionando um espaço de interação e socialização que talvez não fossem experimentados sem a mediação destes. Já com uma criança com o ego mais enfraquecido, é preciso estar em alerta para que, o que é vivenciado, não ultrapasse o mundo virtual e se confunda com a realidade, causando a existência de uma influência negativa e aumentando a agressividade. Importante ressaltar que os jovens passam por diferentes estágios de desenvolvimento psíquico e necessitam do acompanhamento e da presença dos pais para que esse desenvolvimento ocorra de forma plena. Os pais não podem deixar seus filhos jogar sem nenhuma supervisão, pois neles estão inseridas questões éticas e de relacionamento social que necessitam de discussão e orientação, como a sexualidade ou o uso de drogas. Além disso, é preciso estipular limites de uso destes jogos, para que as crianças ou adolescentes não se viciem e fiquem alienados da vida “real”. O bom diálogo e um bom acordo entre pais e filhos são a melhor forma de prevenção do comportamento violento.

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Aparecida Collepiccolo Psicóloga Clínica - Pós graduada em Psicanálise pelo CEFAS (Centro de Formação de Assistencia à Saúde).

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Eliana Barbosa dos Santos Beggo Graduada em Psicologia pela Universidade Saõ Francisco, atua na área clinica na abordagem psicanalítica.

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Viver em Condominio

Contribuicao de condominio e um item pesado no orcamento familiar

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comendável manter uma arrecadação fixa para juntar um saldo separado em conta do condomínio, assim quando chegar a hora de executar esta despesa pode ser que o dinheiro arrecadado já cubra o valor ou que então reste uma pequena parte a pagar que irá gerar um baixo impacto no boleto do condomínio. Inadimplência: A inadimplência também deve ser encarada como um “custo” do condomínio, pois é sabido por todos que aqueles que pagam em dia estão em certa proporção bancando aqueles que deixam de pagar. Assim é muito importante acompanhar de perto a inadimplência buscando, se for o caso, o apoio de profissionais especializados nesta questão e que possam agir com foco no combate a esta despesa, utilizando meios extrajudiciais e judiciais quando a questão assim exigir.

+confira No site:

Conselhos para combater o aumento das despesas condominiais.

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suas despesas fixas, geralmente a mais impactante é com o quadro de empregados ou terceirizados. Nestes custos estão inseridos encargos como o INSS e FGTS e os benefícios, como alimentação, transporte, cesta básica e décimo terceiro. Existem também encargos envolvidos em serviços prestados ao condomínio, como o ISS (Imposto sobre Serviço). Logo em seguida por ordem de importância e valor vem as despesas com a conta de água, gás e energia, também temos os gastos com a manutenção do prédio, que pode incluir custos mensais de conservação de elevadores, piscinas, revisão de para-raios, material de limpeza, seguro do prédio e outros. A individualização das contas de água, gás e energia elétrica tem contribuído para a redução da contribuição condominial, uma vez que elas deixam de constar do boleto do condomínio e passam a ser cobradas de forma separada e individual, fato que força o consumo racional destes itens e evita o desperdício. Uma boa dica é observar quando da aquisição de um apartamento novo se estes itens já estão individualizados. Temos ainda a recarga de extintores, manutenção do sistema de combate a incêndio e renovação do AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Despesas variáveis: São todas aquelas que ocorrem eventualmente, tais como os gastos eventuais e gerais. Os gerais seriam gastos destinados a cartório, correio e despesas administrativas. E nos eventuais, entram gastos com imprevistos, como o conserto de um portão quebrado ou uma reforma necessária naquele mês e ainda indenizações judiciais. Também temos as despesas com inovações, tais como novos equipamentos para o parquinho, academia ou até mesmo itens de segurança como câmeras e outos equipamentos. Destas despesas, algumas são eletivas, ou seja, podemos escolher quando o condomínio vai realizá -las. Esta escolha deve ocorrer em assembleia e daí a importância da participação de todos, pois as decisões de assembleia obrigam a todos, inclusive os ausentes. Para as despesas eventuais como uma quebra de portão ou uma manutenção esporádica, é importante manter sempre um fundo de reserva. Vale lembrar também da pintura predial, serviço que deve ser executado periodicamente e que tem um custo alto. Para suportar esta elevada despesa é re-

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contribuição condominial, erroneamente chamada de “taxa de condomínio”, tem sido um item pesado no orçamento familiar, mas devemos lembrar que pagar o condomínio em dia é uma obrigação legal que deve ser cumprida mesmo que a Convenção de Condomínio não esteja registrada ou ainda que a posse do imóvel seja exercida a título precário, ou seja, o possuidor ou promissário comprador ainda tenha registrado seu domínio no cartório de imóveis. Segundo o economista Mauro Halfeld: “A despesa de condomínio é fixa e tende a aumentar com o passar do tempo. Geralmente prédios com elevadores e poucos moradores são os que têm maiores contribuições de condomínio.” Prédios com grandes áreas de lazer com piscinas, academias e o famoso “club house” também contribuem para uma alta contribuição de condomínio, afinal a mesma visa bancar as despesas de administração, seguro, tributos, manutenção, conservação, segurança e muitas outras. Ainda segundo o economista, o ideal é não comprometer mais do que 10% (dez por cento) da sua renda mensal com a despesa de condomínio. Para saber se o condomínio está muito caro, o economista sugere a seguinte conta: Compare a despesa mensal de condomínio com 0,20% do valor atual do imóvel. Assim um apartamento que vale R$250 mil deveria ter uma despesa de condomínio na ordem de R$500. Claro que esse cálculo é apenas um parâmetro, pois devemos considerar o perfil de cada empreendimento e também o tamanho da inadimplência. As despesas de condomínio devem ser determinadas na Assembleia Geral Ordinária realizada anualmente e segundo disposição legal é nesse momento que se define o orçamento do condomínio, fixando então o valor da contribuição para o ano. Acontece que geralmente a maioria acaba adotando o rateio de despesas, causando assim uma variação da contribuição condominial que acaba por surpreender os moradores com valores diferentes todos os meses. Para evitar pagar altas contribuições de condomínio é importante que o condômino conheça a natureza de cada despesa e participe efetivamente da administração do condomínio comparecendo nas assembleias onde se delibera sobre os gastos que recairão sobre todos. Despesas fixas: Todo o condomínio tem

autor do artigo Carlos Eduardo Quadratti, advogado especializado em direito condominial e de vizinhança, jornalista articulista inscrito no MTB 0062156SP.


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Mobilidade na Terceira Idade: quando as barreiras cansam Reportagem: Maria Theodora Fotos: André Luiz envelhecimento populacional no Brasil ocorre hoje em ritmo acelerado. As projeções, segundo dados do Censo 2010 do IBGE, indicam que até o ano de 2025, a população idosa brasileira corresponderá a mais de 34 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Em Jundiaí o crescimento não é diferente, enquanto em 1980 a proporção de idosos era de 4,4% da população total, em 2010 aumentou para 9,3%. E daí uma pergunta: encontrar espaços que possam ser compartilhados por todos é algo tão fácil como se deveria? Quem nunca tropeçou em alguma calçada irregular, em um degrau que passou despercebido ou até mesmo não escorregou por culpa do piso de casa - eu já perdi as contas do quanto já tropecei, escorreguei e cai, apesar dos meus trinta e poucos anos. Agora imagine o que nossos pais, avós e bizavós sentem diariamente com certas limitações, tanto pela ausência de estruturas acessíveis quanto pela falta de integração entre as que já existem. Dona Eneida Spinelli Salvadori, tem 82 anos e como a maioria dos idosos sempre foi acostumada a morar em casa. Viveu parte da vida na Ponte São João e há três anos mora com a filha, Maria Eneida Spinelli Salvadori, de 55 anos no condomínio Guido Pellicciari, na Vila Arens e faz inveja para muitos jovens. Ela caminha diariamente e faz academia para manter a saúde do corpo e da mente. As atividades são regulares e deu-se início nas caminhadas dentro do condomínio, que vem se adaptando para “amenizar” as dificuldades que aparecem ao longo de nossas vidas quando o corpo já não responde mais como na época da nossa juventude. Para ela a preocupação com os detalhes são determinantes quando falamos em acessibilidade. “É preciso pensar no pequeno como, por exemplo, um tapete no hall de entrada, sinalização nas escadas e elevadores. Aqui no condomínio isso está sendo realizado”, comentou.

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Eneida Salvadori – preocupação com detalhes é determinante para a acessibilidade


Fernando é síndico profissional

A escada ainda é a maior vilã contra a acessibilidade

Célia Fernandes mora em condomínio que garante a acessibilidade

Célia Elias Fernandes tem 69 anos e mora no Edifício Massimo Residence, um novo condomínio de apartamentos, que já foi construído garantindo a acessibilidade de seus moradores e visitantes. Logo na entrada podemos perceber corrimão e rampa de acesso. “Aqui até as piscinas estão regulares com as normas de acessibilidade. Em todo lugar foi projetado para mobilidade. O espaço físico do prédio é excelente”, enfatizou. De acordo com Fernando Angelucci Fernandes, síndico profissional, para prédios antigos é preciso criar saídas mais elaboradas. “A grande dificuldade, nos edifícios mais velhos, é a maneira como eles foram construídos. Eles não foram planejados para incluir condições de acessibilidade e a estrutura dos prédios não facilita”. Segundo a arquiteta e urbanista, Mariangela Mazzola Mendes, presidente IAB – Instituto dos Arquitetos do Brasil, núcleo Aglomerado Urbano Jundiaí, antigamente não se pensava em fazer prédios públicos, residenciais e residências com a preocupação de hoje no que se relaciona a acessibilidade. “Devido ao aumento do número

da população e de acidentes, principalmente em casa, viu-se a necessidade de organizar e tornar lei como ABNT NBR 9050, 13994, e 128922001, nos ajuda na hora de adaptar um imóvel ou ao construir”, informa. Para ela, a escada é a maior vilã e “nem sempre se tem espaços para adaptar uma rampa, portanto deve-se torná-la mais segura com corrimão nos dois lados, ou desmanchar a escada existente e não havendo o espaço suficiente para rampas colocar dois degraus e patamar em forma de zig-zag, assim o idoso ou a pessoa com muleta ou andador não se cansa”. Para pessoas com deficiência visual, a arquiteta orienta a colocação de sinalizador em todos os degraus. “Na área externa e jardins, além de corrimão em toda extensão para o caminhar do idoso mais seguro, o piso deve ser antiderrapante e com sinalizadores para deficiente visual, até nos bancos. A noite pede uma boa iluminação. O hall de entrada dos edifícios deve ser livre de tapetes e de móveis na área de circulação. Os elevadores devem ter uma pintura diferenciada

da parede e com medida de 0,90X1,40m”. Mariangela enfatiza que a atenção na parte interna da residência também deve ser levada a sério. “Começamos com corrimão (barra de segurança) nas paredes para o idoso se locomover com segurança. Luz com sensores em toda residência, que acende quando detecta movimento. Interruptores com luz led. Os tapetes devem ser retirados e colocar proteção nas quinas dos móveis. O banheiro e a cozinha são os lugar de mais acidentes, se não for possível a troca de piso para antiderrapante, hoje temos tinta para piso que faz essa função. Debaixo da pia deve ser livre e com altura confortável para o cadeirante. Devemos ter armários com rodinhas para facilitar o uso de utensílios domésticos. Na cozinha o fogão deve ser cook toop com válvula de segurança que corta o gás se esquecer ligado, é aquele que fica em cima de um balcão, sem forno e o forno optamos por elétrico, devido aos acidentes e mortes com explosão do forno. No banheiro coloca-se barra de apoio próximo à pia, ao sanitário e box. Os espelhos colocados inclinados Apê Zero 1. Set/Out 2013

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Mônica Bacelar

Maria Theodora

capa

3 4 5 Maria Theodora

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1. Eneida Salvadori 2. Mariângela Mazzola, arquiteta e urbanista 3. Heny Morau, assistente social 4. Glauco José, psicólogo

Fotos Divulgação

5. Milton Calzavara, presidente do Lar do Idoso

públicos, quanto em obras particulares, como os condomínios. As adaptações às normas da ABNT são orientadas quando o habite-se é atualizado. Após a orientação, o estabelecimento tem prazo determinado para adequação, daí são realizadas vistorias. Em caso de não cumprimento das adaptações a área é multada. Os que ainda não fizeram a atualização do habite-se devem procurar pela Diretoria de Obras Particulares, na Secretaria de Obras, 4º andar do Paço Municipal. para visualização”. Resumindo, são muitas coisas a serem feitas, mas são fáceis de adaptações. Os corredores com 0,90m a 1,20m. O vão de abertura de porta com medida mínina para uma pessoa conduzir o cadeirante é de 0,80m. A mesa para alimentação com altura de 0,75m, que acomoda o cadeirante. Para corredores que necessitam de manobras com o cadeirante é necessário um espaço de 1,50m x 1,20m com rotação de 180 graus. Rampas com 8,33% de inclinação. “Para cada tipo de necessidade especial, adaptamos a residência de acordo. E para edifícios residenciais ou públicos também é de fácil adaptação. Sempre consulte um arquiteto para ajudá-lo”, finaliza. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal, a cidade conta com legislação quanto acessibilidade tanto em espaços 24

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Cuidados além do físico A lógica é que quanto mais idade, mais independência queremos. Então porque não pensarmos em tornar os dias dos nossos idosos mais agradáveis não só na questão física, mas principalmente emocional! O psicólogo e terapeuta comunitário, Glauco José Branco Leite, e as assistentes sociais, Heny Vieira Morau e Peróla Maria Dollce, do Lar do Idoso - entidade que presta assistência ao idoso e seu núcleo familiar – criaram uma proposta assistencial para grupos de idosos – a partir de 60 anos – para proporcionar a qualidade de vida na terceira idade, promovendo a longevidade através de um espaço para partilha de sofrimento, experiências de vida e de suas sabedorias.

De acordo com Heny, atualmente as famílias estão em ritmo acelerado. Filhos e netos precisam trabalhar e diante deste cenário, muitos idosos acabam ficando de “lado”, mesmo sem termos a intenção. “Quando os idosos chegam a uma certa idade, é natural que os filhos pensem logo num local onde terão cuidados 24 horas por dia. Cuidar de um idoso também é falar abertamente com ele para saber quais são as suas vontades e necessidades. Explore todas as opções, desde viver sozinho, de levá-lo para a casa de algum filho ou para a de outros familiares e até mesmo de um lar que cuida especialmente da terceira idade”, comenta. Além disso, não é porque uma pessoa tem mais que ela tem de passar os seus dias enfiados em casa em frente à televisão. Para o psicólogo Glauco, “é essencial motivar o idoso para sair de casa e ter algum tipo de vida social – nem que seja ir tomar um chá com as amigas todas as semanas, dar uma pequena caminhada ou até inscrever-se num centro de convívio para idosos”. “Sempre que puder a família deve estar presente para fazer companhia ao idoso. A companhia física, o carinho e uma boa conversa é o melhor presente para um idoso que, com a sua experiência de vida, tem sempre histórias para contar. É importante mantê-lo a par das notícias do


Jayr Malinverni: “não é porque temos as marcas da idade que somos caduco” seu círculo pessoal e até do mundo, para que não sintam que estão esquecidos, simplesmente porque já são “velhos” e “não vão entender””, enfatiza o psicólogo. O Grupo de Apoio Longevitá, do Lar do Idoso, tem esta atenção, fazer com que os participantes usufruam de benefícios quanto ao seu bem estar íntimo, ao transformar sofrimento em competência. Cada participante poderá tornar-se terapeuta de si mesmo ao escutar as histórias de vida e de superação relatadas no grupo. Todos os participantes tornam-se corresponsáveis na busca de soluções e superação dos desafios do cotidiano, fortalecendo assim o vínculo de amizade entre os participantes. Para o presidente da instituição, Milton Calzavara, a missão do Lar do Idoso é prestar assistência ao idoso e seu núcleo familiar, por meio de ações fundamentadas em valores cristãos, promovendo bem estar e qualidade de vida, em garantia da dignidade humana. “Tem casos em que o idoso não tem certidão de nascimento. Nós fazemos todo o acompanhamento para regularizar a documentação pessoal”, informa Calzavara. Há algum tempo o Lar do Idoso está em negociação com o poder público solicitando uma área para a construção do abrigamento, que servirá para o atendimento de idosos em tempo integral. “Todos nós chegaremos à melhor idade. Precisamos olhar com mais cuidado e, esse olhar, muitas vezes, emociona”, observa Milton. Uma história de independência O paulista Jayr Malinverni, de 83 anos, há 15

deles morando na Cidade Vicentina Frederico Ozanan é exemplo de independência. Solteiro, o contador nunca foi acostumado com a dominação das mulheres. “Nunca aceitei mulher mandando em mim, por isso decidi por não casar, embora tenha tido meus namoricos”, relembra. Na casa de um quarto integrado com uma pequena cozinha e um banheiro, seu Jayr passa a maior parte do seu tempo entre sua biblioteca - com cerca de 300 livros - e seu notebook. De acordo com ele, pequenos detalhes fazem um lar ser acessível às necessidades dos idosos. “Tudo tem que estar ao nosso alcance. Sem nada atrapalhando e isso ajuda muito para evitar acidentes”, comenta. Protetor dos animais e, por consequência, vegano – opção de vida que prescinde do uso de qualquer produto de origem animal na sua vida cotidiana – o senhor de sorriso difícil realiza trabalhos focados ao bem estar da terceira idade. Membro assíduo do Conselho Municipal do Idoso, seu Jayr é enfático em dizer que para cuidar do idoso é preciso primeiro conhecê-lo. “Hoje em dia não somos mais aqueles velhinhos que precisam de mãos para atravessar. Acho um absurdo que os mais jovens pensem que por termos rugas a mais no rosto somos caducos. Atualmente muito se tem feito pela terceira idade, somos independentes, claro que não podemos generalizar esta questão, porque infelizmente muitos de nós temos alguma dependência. É muito normal ver bailes, festas, atividades voltadas ao nosso público, que ajuda na nossa inserção na sociedade, na conquista da amizade e no fim de muitos problemas como a depressão”, enfatiza. Apê Zero 1. Set/Out 2013

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capa

Acessibilidade para todos Durante o fechamento de nossa revista quando abordávamos o tema acessibilidade e mobilidade fomos surpreendidos, assim como a maioria da população com a instalação de 35 radares capazes de registrar avanço de semáforo, excesso de velocidade, parada sobre a faixa de pedestre e conversão proibida. Os novos radares fazem parte do Programa de Humanização no Trânsito (PHT), da Secretaria Municipal de Trânsito, de acordo com nota enviada pela assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal e consiste em diversas ações voltadas à conscientização de motoristas e pedestres na cidade. O que mais chamou a atenção da população foi exatamente onde foram instalados os equipamentos, alguns em meio a calçadas, como o da rua Zacarias de Góes x rua Cel. Leme da Fonseca, dificultando a passagem de portadores de deficiência física e até mesmo idosos, que muitas das vezes têm que ir para a rua já que a calçada é estreita e agora existe mais um obstáculo. Questionada sobre a situação, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que segundo esta estatísticas da secretaria de Trânsito 23% dos acidentes em Jundiaí foram registrados em cruzamentos. Destes, 21% envolvem atropelamentos. Ainda conforme os dados coletados por meio de boletins de ocorrência e estudos da engenharia de trânsito da Prefeitura aconteceram 11 acidentes com morte no primeiro semestre deste ano, somente envolvendo motocicletas. E dos 110 atropelamentos registrados no mesmo período, dois terminaram em morte. Todos estão instalados exatamente onde existem altos índices destes acidentes já elencados. Abaixo os locais onde estão localizado os novos radares:

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aRua José do Patrocínio x Rua Vigário J.J.Rodrigues;

aRua Senador Fonseca x Rua Cel. Boaventura Mendes Pereira;

aAv.União dos Ferroviários x A. Antônio Segre;

aRua Siqueira de Moraes x Rua Mal. Deodoro da Fonseca;

aAv. Nove de Julho x Av. Pref. Luiz Latorre;

aRua do Retiro x Av. Nove de Julho;

aAv. Nove de Julho x Rua Augusto Conrado Offa;

aRua da Várzea x Rua Maceió;

aAv. São João x Av. Antônio Frederico Ozanan;

aAv. Antônio Frederico Ozanam x Rua Ângelo Corradini;

aAv. Olavo Guimarães x Rua Emile Pilon;

aRua Zacarias de Góes x Rua Bernardino de Campos;

aAv. Antônio Frederico Ozanan x VD. Sperandio Pelliciari;

aRua Zacarias de Góes x Rua Cel. Leme da Fonseca;

aAv. Dr. Cavalcanti x Rua José do Patrocínio;

aAv. Nove de Julho x Rua Eduardo Tomanik;

aRua Quinze de Novembro x Rua José do Patrocínio;

aRua Dr. Torres Neves x Rua Prudente de Moraes;

aAv. Manoela Lacerda de Vergueiro x Av. Jundiaí;

aRua Rangel Pestana x Rua Siqueira de Moaraes;

aRua Santos Dumont x Rua Santa Maria, Rua Oswaldo Cruz;

aAv. Jundiaí x Rua Petronilha Antunes;

aAv. Antônio Frederico Ozanam;

aRua Vigário J.J. Rodrigues x Rua Cândido Rodrigues;

aAv. Antônio Segre x Av. Antônio Frederico Ozanan;

aAv. Nove de Julho x Rua Messina;

aAv. Antônio Frederico Ozanam x rodovia Geraldo Dias;

aAv. dos Imigrantes Italianos x Supermercado Boa;

aAv. União dos Ferroviários x Rua Barão do Rio Branco;

aAv. Nove de Julho x Rua Emília Martino.

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Curiosidades da Terrinha

O que é

O que você acha de resgatar o passado da nossa cidade? Acompanhe as fotos e histórias sobre locais que ficaram registrados na história.

Colaboração Contato

Esse trabalho só seria possível com o apoio do professor Maurício Ferreira.

Sebo “O Barato da Cultura”: 11 2816-3387 | 2449-2140

Fotos: Rodrigo Goes

(Acima) E.E. CONDE DO PARNAÍBA (Dir.) ESCOLA PROFESSOR LUIZ ROSA

As escolas tambem fazem parte da historia de nossa cidade escola não só é o local de aprender, mas também é lá onde nascem os primeiros vínculos de amizade, os primeiros namoricos, onde aprendemos que o bom da vida é quando só temos a preocupação de fazer as tarefas que a professora mandou. E nesta edição parabenizando o Dia do Professor, co-

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memorado no dia 15 de outubro, a Apê Zero 1 resgatou algumas escolas que fazem história na cidade: E.E. CONDE DO PARNAÍBA - Teve sua instalação como Casa de Ensino em 1906, mas somente em 1923 passou a funcionar no prédio onde existe hoje na Rua Barão de Jundiaí, nº

1106. Seu patrono foi o Conde do Parnaíba. ESCOLA PROFESSOR LUIZ ROSA – Foi fundada por Luiz Felippe da Rosa, natural do Rio de Janeiro , em 4 de maio de 1917. Escola atua no setor educacional de ensino médio e profissionalizante de nível técnico. Desde 2011 foram iniciados os trabalhos com o Ensino Fundamental.


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Faca Voce Mesmo ecologia

O que é

Você realmente se preocupa com o meio ambiente? Que tal reutilizar itens que achava que nunca mais usaria ou tinha certeza que iria para o lixo? Vamos reaproveitar!

Participe

Tem atitudes sustentáveis? Quer sugerir? Acesse agora nosso site e envie o seu comentário. Ou então, participe na nossa fan page no Facebook.

Vídeo

Saiba como foi feito este cofre personalizado de garrafa PET no site

www.apezero1.com.br. Fotos Divulgação

COFRE DE GARRAFA PET

Materiais:

Mãos na Massa

l Garrafa de pet pequena

O bico onde vai a tampa será usado como o focinho. Usando o tecido, faça orelhas pontiguadas, rolinhos para serem usados como pés e um rabo bem torcido, parecendo um parafuso.

l Tecido l Cola branca l Caneta permanente l Tesoura

Dica

Ao invés de desenhar os olhinhos, você pode colar olhos de plástico no porquinho. 30

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Pegue o tecido e recorte um retângulo com o tamanho suficiente para cobrir a metade da garrafa, que servirá como o corpo do porquinho. Se estiver tendo dificuldades para colar o retalho no plástico, prenda-o primeiro com um elástico para ficar mais fácil de a cola secar. Cole tudo na garrafa pet, não se esquecendo de desenhar os olhos. Para finalizar, faça um pequeno corte na garrafa, com quase dois centímetros de tamanho, o suficiente para colocar as moedinhas por ele.


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Multiplicadores ama

O que é

Em Multiplicadores, mostramos as pessoas que fazem a diferença em Jundiaí com projetos simples e funcionais.

Participe

Conhece alguém no bairro, escola, faculdade, trabalho, enfim, uma pessoa que tem a visão da mudança positiva para a cidade e às pessoas? Indique para a gente.

Comente

Visite nossa fan page no Facebook (APÊ ZERO 1) e comente o que achou desta entrevista.

Amar de quem gosta amar Reportagem: Maria Theodora Fotos: André Luiz

“n

Raio-X Felipe Nonato é tecnólogo em construção civil, pró-ativo e presidente da AMA. – Associação do Voluntário Amigo. A instituição busca justiça e imparcialidade na assistência à criança, ao adolescente e ao seu núcleo familiar. Os trabalhos são baseados em valores como dedicação, comprometimento, responsabilidade, união, transparência, compaixão, generosidade, amizade e, principalmente, muito amor. A AMA montou uma estrutura de atendimento com ações baseadas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Especialistas abraçaram a ideia da organização e atuam no desenvolvimento de projetos de atividades lúdicas, artesanato, recreação, reforço escolar, atendimentos médico e odontológico, psicológico, educação ambiental, entre outros. Contato AMA – Associação do Voluntário Amigo Endereço: Rua Sebastião Mendes Silva, 313, Anhangabaú, Jundiaí/SP Fone: (11) 4521-8091 E-mail: ama@amavoluntarios.org.br Facebook: amavoluntarios

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ossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar”, assim a frase de William Shakespeare me faz refletir sobre a história de Felipe Teixeira de Barros Nonato. Um homem guiado pelos seus sonhos e principalmente pela realização ao próximo. Felipe, com um grupo de amigos criou em 2011 a AMA – Associação do Voluntário Amigo – inspirada em um modelo de trabalho norteamericano, em que uma entidade contribui com outras já existentes dedicadas à proteção de crianças e adolescentes, vítimas de violência sexual, física e drogas. Sem fins lucrativos e apartidária, a associação cadastra, identifica e seleciona entidades que precisam de ajuda. Seus voluntários fazem um raio-X da casa escolhida e um plano de metas com foco no bem estar, educação e oportunidades às crianças e adolescentes. O objetivo é atuar conjuntamente com as instituições atendidas para otimizar os recursos financeiros e humanos desses núcleos de assistência. Esse trabalho é realizado dentro de um prazo e, assim que a instituição está reestruturada, a AMA passa a atuar naquele núcleo como consultoria, direcionando seus voluntários a outras entidades com necessidades urgentes. Em menos de dois anos a associação conta com 112 voluntários. Como surgiu a necessidade de trabalhar com voluntariado? Minha mãe teve câncer no pulmão, mas quando descobrimos já estava em metástase e durante o seu tratamento tive contato com algumas entidades que cuidavam de pessoas com a doença. Depois que ela faleceu me

despertou a vontade de fazer a diferença, então procurei sobre o que era ser voluntário, estudei, participei de uma seleção e por tempos atuei em uma entidade da cidade como coordenador de brinquedoteca onde me identifiquei com o voluntariado. Quando a AMA entrou no seu coração? Jamais sonhei com a AMA. A minha vontade durante a maior parte da vida era a de ser pai. Me casei e depois de dois anos junto com a minha ex esposa decidimos que era a hora de engravidar. Tentamos por diversas vezes – brinco que se eu somasse todo o montante de dinheiro que gastamos com testes de farmácia para gravidez eu estaria rico – e nunca deu positivo. Um dia assistindo uma matéria sobre câncer no testículo resolvi fazer o auto toque e me deparei com uns nódulos. Procurei um especialista fizemos todos os exames e o diagnostico foi um tumor benigno. Tava aí a resposta para todos os exames sempre darem negativo e meu médico foi enfático em dizer que eu teria a chance de 0,003% de ser pai. Depois da minha cura aconteceu um problema com a minha ex esposa, ela não conseguia ovular. Fizemos o tratamento e nada de positivo, até o momento em que decidimos por não tentar mais a gravidez e sim enfrentar toda a burocracia da adoção. Foi na semana da nossa entrevista com a assistente social para entrar na fila que minha ex esposa começou a passar mal e voltamos ao médico que pediu diversos exames com o resultado de gravidez positiva. Então me despertou a vontade de fazer a diferença, de deixar para a minha filha, hoje com 10 anos, uma das maiores heranças que um pai pode deixar: o amor ao próximo.


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Multiplicadores ama Qual é o maior desafio do voluntário? Deixar de lado todos os seus valores. Numa situação eu estava conversando com algumas crianças – adoro esta aproximação – quando um garotinho abaixou o shorts e eu estranhei. Pensei que ele queria ir ao banheiro e perguntei se era isso e ele disse que não, mas que queria me fazer um carinho, ou seja, para esta e muitas outras crianças, carinho é significado de sexo. Coisa que para nós que não convivemos em meio destas situações é algo aterrorizante. Lidar com a realidade deles é doloroso. Você já teve algum problema durante o atendimento? Sim. Nunca fui agredido, ao contrário de alguns voluntários, mas já passei por situação de roubo de um dinheiro que tinha recebido para

comprar leite para alguns bebês que também são atendidos pela AMA. Qual é o recado que você deixa para as pessoas com toda sua bagagem? É preciso cuidar das crianças e adolescentes para que elas não sejam arrematadas pelas organizações criminosas. São necessárias políticas públicas e maior atenção para estas crianças que ainda não foram iludidas pelo tráfico. Como se tornar voluntário da AMA? Aos que têm interesse em fazer parte dessa corrente basta entrar em contato com a sede da AMA, pelo telefone (11) 4521-8091 ou então na sede da entidad http://apezero1. com.br/tag/cronica-de-condominios/ e que fica na rua Professor Getúlio Nogueira de Sá, 249, Anhangabaú.

O abandono em numeros Segundo dados da Unicef, 23% das crianças no Brasil têm seus direitos negados de alguma forma. Apesar dos avanços, o órgão da Infância e da Juventude das Organizações das Nações Unidas aponta que 3,7 milhões de crianças e adolescentes ainda estão fora da escola no Brasil, em estudo recente. Da exploração sexual à privação à educação, crianças e adolescentes de nosso país vivem à margem da sociedade e se tornam vulneráveis a qualquer tipo de violência. Atualmente, existem no Brasil aproximadamente 600 instituições que oferecem programa de abrigo para crianças e adolescentes em situação de risco pessoal ou social. Cerca de 65% deles são privados e sobrevivem em grande parte (58%) com recursos não governamentais, segundo estudo do Instituto de Economia Aplicada (Ipea). Em Jundiaí, há apenas sete entidades, que abrigam em torno de 1,6 mil crianças em situação de 34

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risco e cerca de 15 mil frequentam algum tipo de ação de integração social desenvolvida pela administração municipal. Mas os números para mudar essa realidade são bastante otimistas. Estudo realizado pela organização britânica Charities Aid Foundation – CAF, o “World Giving Index 2012 – A global view of giving trends” mostra que o Brasil está entre os dez países com o maior número de voluntários. São cerca de 18 milhões de pessoas que acreditam que seu trabalho, amor e talento podem mudar a realidade de nosso país. Segundo pesquisa Ibope, 39% dessas pessoas atuam com crianças e adolescentes. E você, o que está fazendo para se tornar um multiplicador?

Na internet Procure por multiplicadores


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3° Setor

O que é

Histórias que são lições de vida estarão presentes nesta editoria, ligada diretamente com o 3º setor.

Indique

Se você conhece alguma história emocionante de pessoas assistidas por entidades filantrópicas de Jundiaí, conte-nos: falecom@apezero1.com.br

comente

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A luta contra o cancer tao intensa quanto a fe na cura Reportagem: Maria Theodora Foto: André Luiz uem vê o professor Marcelo Bueno, hoje com 28 anos, não imagina o quanto o jovem de bem com a vida, cheio de energia e sonhador lutou contra a Leucemia Linfoide Aguda doença caracterizada pelo crescimento excessivo das células progenitoras da medula óssea (tecido gelatinoso que preenche a cavidade interna de vários ossos, responsável pelos elementos do sangue como hemácias, leucócitos e plaquetas). A desconfiança de que algo estava errado começou quando a mãe dele observou algumas manchas roxas em seu corpo e procurou por atendimento médico. “Eu tinha 13 anos. Sempre fui ativo e adorava jogar futebol e por isso não me importava com o roxo pelo meu corpo, sempre aliei isso ao jogo”, explica Marcelo. Com exames em mãos o médico percebeu algumas alterações e o garoto foi encaminhado para um atendimento mais específico junto ao corpo clínico do Grendacc – Grupo em Defesa da Criança com Câncer. “Foi difícil. Ora, eu era um garoto e sabia que o Grendacc cuidava de pessoas com câncer, como eu ia aceitar algo tão naturalmente?”, lembra. Foi lá com o diagnóstico da médica, Maria José Mastelaro, que a vida do jovem começou a mudar. Foram dois anos de tratamento, entre quimioterapia e radioterapia. Naquela época, meados de 1997, o portador de Leucemia era muito evidenciado porque acreditavam que a doença irradiava até a cabeça, então se faziam

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Marcelo Bueno: “o apoio da família e a fé foram fundamentais para eu enfrentar a doença” contornos de canetinha azul na cabeça. “Imagine só: eu estava careca, inchado, sem pêlos pelo corpo e ainda tinham desenhos pela minha cabeça. Sentia-me um estranho e cheguei a pedir para minha mãe conversar com a direção da escola para que ninguém me perguntasse o que eu tinha. E todo mundo me respeitou. Claro que tiveram aqueles que me olhavam estranhamente, mas nunca ninguém me questionou”, conta. Marcelo relembra que a atitude positiva da médica foi fundamental para sua recuperação e

que a luta contra a doença é tão intensa quanto a fé na cura. “A médica me disse que 50% da minha cura estava entre ela e os medicamentos que usaria e o restante em mim e na minha fé. O apoio da família e a fé foram fundamentais para que eu enfrentasse a doença de cabeça erguida e com muita esperança na recuperação”, enfatiza. Durante o tratamento Marcelo conquistou diversas amizades e uma delas fez surgir a vontade de ajudar outros amigos. “Depois que terminei o tratamento numa certa ocasião me reencontrei com um colega do Grendacc e papo vai, papo vem, decidimos nos unir para prestar atendimento a outros colegas. Começamos doando nosso tempo para alguns, certas vezes doávamos cestas básicas e isso foi crescendo, mas em um dado momento dois de nossos amigos acabaram falecendo em menos de dois meses de diferença e isso acabou nos desmotivando e acabamos com os atendimentos”. Para ele o que fica de tudo é a certeza de que a crença é o principal. “Hoje em dia minha vida é normal, dentro de algumas limitações por conta de uma osteoporose que desenvolvi pelo uso dos medicamentos, mas elas terminam aí, porque de todo este processo me faz ter a certeza de que a vida só segue se você quiser que ela siga. Se quiser ir adiante você vai, caso contrário você estaciona e perde tempo”, finaliza.

A entidade O Grendacc fica na rua Olívio Boa, 99, Parque da Represa, em Jundiaí. Fone: 11. 4815-8440. Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 7h às 17h30. Acesse o site da revista APÊ ZERO 1, procure por Grendacc e saiba mais sobre essa entidade. 36

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turismo

O que é

Vamos viajar pela Am. Latina e indicar restaurantes centenários.

Já foi?

Esteve na El Imparcial? Envie uma foto para a gente: falecom@apezero1.com.br

100 anos

Já foi em algum restaurante centenário? Conte-nos sua experiência!

Na argentina, com os portenhos Reportagem e fotos: Rodrigo Góes squeça os baladados restaurantes em Puerto Madero. Ou então o turístico Siga La Vaca. Quem adentra o número 1201 da rua Hipolito Yrigoyen, no centro de Buenos Aires, percebe a diferença de estar em um restaurante com a tradição espanhola, habitado por moradores locais. O estabelecimento em questão visitado por APÊ ZERO 1 é El Imparcial, que possui mais de 150 anos e sobreviveu a grandes mudanças do seu tempo. Considerado por muitos historiadores como o primeiro restaurante de Buenos Aires, El Imparcial foi inaugurado em 1860 na rua Vitória. Chegou a mudar de local, devido ao avanço do desenvolvimento local, como a construção da imponente Av. 9 de Julho. E também passou por momentos marcantes, como em 1969 quando seu estabelecimento foi atingido pela demolição do hotel Victoria e precisou ser construído, e, em 2002, quando seus garçons trabalharam sem receber por amor ao local, devido à grande crise econômica argentina. Brasões, quadros e azulejos pintados decoram o interior do restaurante que, segundo eles, possuem as mesas e cadeiras com mais de 70 anos. Tão antigo quanto o mobiliário são os garçons, alguns deles com mais de 40 anos de casa. Nada de muito luxo ou excesso de cortesia no atendimento, típico de argentinos: objetivos e eficientes. Ao lado do bar, ficam expostos presuntos cru, sejam em maturação ou prontos para servir como entradas. A nós, somos servidos pela produção própria da casa. Na verdade, é um presunto preparado para o restaurante. Mas a principal refeição da equipe APÊ ZERO 1 foi os camarões com alho – Gamba Al Ajllo, um tradicional prato espanhol. Como nosso objetivo era apenas algumas entradinhas, ainda provamos a Tortilha Espanhol, uma espécie de omelete, com massa de batata. Para quem se interessar, o forte da casa são os pescados e os preços por pessoa variam de 80 a 150 reais.

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Serviço: El Imparcial funciona todo dia, das 12h às 15h30 e, no jantar, a partir das 20h. Mais informações www.elimparcialbsas.com.ar


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Criancas

O que é

Tire o seu filho da frente do videogame e computador e o faça ter uma infância mais feliz. Vamos relembrar as brincadeiras que fizeram sucesso na sua infância.

Indique

Lembrou de alguma brincadeira que seu filho e os amigos do condomínio irão gostar, conte-nos: falecom@apezero1.com.br

Elas gostam mesmo e de brincar! Reportagem e fotos: Maria Theodora realidade está aos olhos de quem queira: televisão, vídeo game, celulares, computadores estão por toda parte e muitas crianças, por diversos motivos, estão se enclausurando dentro de casa, seja pela curiosidade ou até mesmo pela falta de convívio social. Para o pediatra, Décio Luiz Battistoni, o meio tecnológico em que vivemos é muito positivo para o desenvolvimento das crianças, basta observar como elas estão cada vez mais espertas e inteligentes. “Isso é resultado de um desenvolvimento que a todo momento é estimulado. Além disso, o acesso a esses aparelhos, por estranho que possa parecer, ajuda as crianças a se socializarem. Basta observar a conversa delas: Qual o personagem favorito de determinado desenho? Qual o jogo mais legal? Que programa assiste?”, enfatiza o médico, reforçando a regra do equilíbrio que “por melhores que sejam esses benefícios, a exposição excessiva também pode ser prejudicial ao desenvolvimento da criança”. Vanessa Calderelli Winkler, psicóloga, psicoterapeuta Winnicottiana e psicoterapeuta Breve Psicanalítica, explica que a criança quando submetida às regras dos jogos pode ter sua criatividade afetada, “já que a atividade virtual oferece respostas que a criança pode considerar satisfatória e sem requerer muito esforço”. Ademir Guilherme Junior é pai de dois meninos: Caio Guilherme, de 10 anos e Lucas Guilherme, de seis e sempre incentivou os filhos a brincarem além do meio tecnológico. “Sou da geração criada na rua e sei o quanto a brincadeira em conjunto favorece a interação com os outros. As crianças aprendem que existem regras e limites e passam a respeitar o direito dos outros”, comenta. A família mora no Condomínio Canto da Natureza e nossa equipe passou um tempo

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O grupo de amigos adora brincar


Fotos: divulgação

Ademir, pai de dois meninos incentiva as brincadeiras

Vanessa Winkler, psicóloga

Décio Battistoni, pediatra

com as crianças para saber quais as brincadeiras que mais gostam: pega-pega; esconde-esconde; futebol; mãe da rua; pé na lata; unha mula; cada macaco no seu galho e pipa. Os irmãos e os amigos Guilherme Sanches Rodrigues (12 anos), Fabio Gabriel Fer-

reira Barreto (9) e Gabriel Guilherme Gutierre (10) adoram as brincadeiras e sempre estão juntos. Quando questionados sobre o que é mais gostoso: ficar em casa no vídeo game, computador e televisão ou brincar de outras coisas, todos foram enfáticos

dizendo que “sair de casa para brincar nas dependências do condomínio é muito mais gostoso”. E eu sai de lá na esperança de que muitas crianças ainda terão este pensamento porque brincadeira de criança como é bom como é bom!

Como brincar: Unha Mula Os participantes saltam uns sobre os outros apoiando a mão sobre as costas dos jogadores agachados, ou seja, “selando” as costas do amigo. Eles formam uma fila, exceto um, deixando uma distância de cerca de 2 metros entre uma pessoa e outra. Quem estiver na fila fica com as costas curvadas apoiando as mãos sobre os joelhos. Quem fica de fora começa saltando sobre as costas de cada participante, até passar por toda a fila. Ao pular o último participante, o primeiro saltador também colocará as mãos no joelho e depois dará um sinal para quem está no fim da fila. Esse passa a ser o saltador e pula por toda fila até chegar no começo dela e voltar a posição inicial, dando sinal para o saltador seguinte. Assim a brincadeira segue até que a fila chegue de novo ao primeiro saltador.

Divulgação

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Faca Voce Mesmo o que tem na geladeira

O que é

Desperdiçar comida é pecado, não é verdade? Então, vamos aproveitar o que sempre sobra na geladeira ou ármario e preparar pratos criativos e super saborosos.

Participe

Desafiamos você a preparar essa receita e nos contar como foi, além é claro de revelar qual foi seu segredinho para deixar o prato ainda mais saboroso. Visite nosso site e comente. Ou então poste em nossa fan page no Facebook: APÊ ZERO 1

Vídeo

Quer ver como foi a preparação desta sobremesa? Acesse agora nosso site e acompanhe na seção Vídeos.

www.apezero1.com.br.

Fotos Divulgação

Surpresa Branca Na Caneca

Materiais:

Mãos na Massa

l 2 colheres (chá) de farinha de trigo

Pique o chocolate branco em pedaços e reserve. Na caneca, coloque todos os ingredientes secos, exceto o chocolate branco e misture bem até ficar uma massa homogênea. Depois, acrescente o leite e continue misturando.

l 2 colheres (chá) de chocolate em pó l 2 colheres (chá) de açúcar l 1 colher (sopa) de fermento em pó

Depois, adicione o óleo sem parar de mexer. Acrescente o chocolate branco, mexa e leve ao microondas em potência média por 1 minuto e 50 segundos.

l 1/2 xícara (chá) de leite l 1 colher (chá) de óleo l 3 tabletes de barra g de chocolate branco

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Dica Atenção ao tamanho da caneca. Se for menor do que 250ml, o mini bolo poderá transbordar.


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pets

Animais precisam de cuidados durante o periodo de calor

Divu lga ção

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da presença destes na pele. Em casos onde já estão instaladas as infecções secundárias, podem se fazer necessários o uso de antibióticos e xampús antissépticos. Quando o prurido está em demasia, também podem ser utilizadas medicações com ação antipruriginosa, como antihistamínicos e corticóides. É importante lembrar também que, prevenindo o parasitismo, estamos prevenindo também outras doenças mais graves que as dermatológicas transmitidas por estes parasitas, como: verminoses (pulgas), hemoparasitoses (carrapatos) e doenças graves como a leishmaniose e dirofilariose (verme do coração), transmitidas através da picada de alguns tipos de pernilongos. O mais importante disso tudo é lembrar que prevenir é muito mais simples e barato do que tratar seu animalzinho todo ano, sem contar nos efeitos colaterais que podem ocorrer com determinados tipos de tratamento a longo prazo.

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O mais importante disso tudo e lembrar que prevenir e muito mais simples e barato do que tratar seu animalzinho todo ano.

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clínicos e de exame físico mais importantes para o diagnóstico. Em qualquer animal que apresente prurido é muito importante o descarte da DAPE antes de partir para outras causas de alergia, como as alergias alimentares e a atopia. O tratamento principal é focado no aspecto preventivo, ou seja, fazer uso mensal de produtos que previnam que o ectoparasita se alimente no animal, fazendo com que ele morra antes de realizar a picada. Importante lembrar que a alergia é devido à presença de substâncias na saliva dos parasitas e não apenas

om o início da primavera, temos também a volta do calor. E é nesta época que começamos a ver o retorno das principais alergopatias dos animais. O mais interessante é que comumente relacionamos este fato ao pólen ou outras substâncias provenientes das plantas e nos esquecemos que também é nesta época que entramos no período de maior proliferação dos ectoparasitas, como pulgas, carrapatos e pernilongos. A grande maioria dos animais alérgicos apresentam reações à saliva dos parasitas (dermatite alérgica à picada de ectoparasitas DAPE), e apenas a minoria destes animais podem ser considerados atópicos, ou seja, apresentam reações exacerbadas à substâncias presentes no ambiente, como pólen, poeira, entre outros. O principal sintoma apresentado é o prurido, que pode ocorrer em todo o corpo, sem que muitas vezes notemos os parasitas ou lesões anteriores. O mais importante é que não é preciso uma grande infestação para que isso ocorra. O animais mais sensíveis podem desencadear este tipo de reação apenas com uma picada, até mesmo de pernilongos. O grande problema é que o prurido excessivo desencadeia outras reações na pele, como o surgimento de infecções secundárias, as conhecidas piodermites, que demandarão um tratamento mais prolongado e trabalhoso. Normalmente os animais são levados ao consultório devido ao prurido, vermelhidão, descamação e até mau odor cutâneo. No caso dos gatos, podemos também acrescentar a lambedura excessiva da pelagem. Uma característica que deve ser levada em consideração para o diagnóstico é o que chamamos de “prurido sazonal”, ou seja, aquele animal que frequentemente só apresenta alterações dermatológicas nos meses de calor. Podem ser realizados também testes com alérgenos específicos, mas estes comumente não se fazem necessários, sendo os aspectos

Claudia Medina de Oliveira CRMV-SP 21717 Graduação pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP). Residência em clínica e cirurgia de pequenos animais pela FMVZ-USP.


D l ivu

ão g aç

Descanso e estilo para o verao Tem modelo e estilo para todos os gostos, seu pet merece ser tratado com todo conforto e luxo, você não acha?

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2 Fotos Produtos: Rodrigo Góes

Dicas para refrescar seu pet Protetor solar para cães? Sim, principalmente nos cães de pelagem clara e focinho rosado devese usar o protetor solar. O ideal é fator 30 e é o mesmo protetor usado em humanos. Deve ser passado no mínimo duas vezes ao dia.

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Fome canina Assim que seu cão terminou de comer é importantíssimo recolher o prato. Com o calor do verão a comida estraga muito rápido e pode causar uma infecção alimentar. Com a água não é diferente, esvazie o pote e coloque água limpa e fresca diariamente. Hora do banho Os cães têm no pelo um óleo natural que ajuda a mantê-los longe da umidade e em boa saúde. O ideal é no máximo uma vez por semana, lembrando que nunca se deve usar produtos da linha humana. Escovar o pelo é fundamental A escovação diária favorece o processo de troca de pelo. Já a tosa ajuda a diminuir a sensação de calor, pois são retirados os pelos entre as almofadas plantares, por onde o cão transpira, e parte do comprimento.

1. Vestido Pitylika Valor sugerido: R$ 56,00 2. Cama Urso Valor sugerido: R$ 650,00 3. Vestido Love Bledog Valor sugerido: R$ 49,00 4. Iglu para Cães e Gatos Valor sugerido: R$ 330,00 5. Cama DogDog Valor sugerido: R$ 140,00 6. Rede para Gatos Valor sugerido: R$ 280,00 - Todos os produtos podem ser encontrados no O Mundo de Sofia (11 2881-0099- Rua Eduardo Tomanik, 900 - Unit Mall - Jundiaí)

Brincadeira Em dias quentes, a dica é jogar gelo no chão, pois os cães usam a língua e os coxins para perder calor. Quando brincam ou lambem o gelo, a sensação de desconforto é amenizada. Apê Zero 1. Set/Out 2013

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Faca Voce Mesmo Pets

O que é

Divirta seu PET de forma simples e barata, usando itens básicos que você tem em sua casa. Além de práticos os brinquedos estimulam a inteligência do seu animal e o deixa entretido e fascinado!

Participe

Se você também fabrica brinquedos para seu animal ou tem vontade de aprender como fazer qualquer um dele mande sua sugestão. Participe em nosso Facebook, site ou por e-mail: falecom@apezero1.com.br.

Vídeo

Quer saber como criamos este brinquedo de corda para os cães? Visite agora nosso site e procure a seção Vídeos.

www.apezero1.com.br.

Fotos: André Luiz

Brinquedo de corda para caes

Materiais:

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Mãos na Massa

l Camisetas velhas: de 1 a 3

Comece cortando 3 tiras de cada camisa. Isto é, nove faixas no total.

l Tesoura

Torça as tiras juntas e dê um nó no topo de todas as nove faixas.

Dica

Separe as tiras em 3 seções de 3 faixas cada e trançar a partir do nó, para baixo.

Escolha tecidos diferentes e com cores alegres.

Uma vez que todas as tiras são trançadas juntas, dê um nó no fim de sua corda

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ape

Eventos movimentam mercado de condominios Reportagem: Rodrigo Góes uas iniciativas importantes para o mercado condominial serão colocadas em prática neste 2° semestre em Jundiaí-SP. Um tem o objetivo de alertar sobre o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e, o outro, servirá para comemorar o Dia do Síndico. O Conseg Barão de Jundiahy, em parceria com os Consegs Jundiaí Leste e Japi Jundiaí, realizarão, juntamente com o Corpo de Bombeiros da cidade o evento “Rota de Fuga”, com o objetivo de orientar os comerciantes, síndicos e empresários sobre Segurança Predial, com foco principal no AVCB. Rota de Fuga foi formatado para que os interessados possam, antes do evento, já enviarem seus questionamentos para o Corpo de Bombeiros. Todas as perguntas enviadas junto com a ficha de inscrição (que pode ser feita pelo site www.apezero1.com.br/conseg) serão respondidas no dia do evento, com data e local a serem definidos. Acompanhe no site da revista mais informações. As inscrições são limitadas. O evento tem apoio da Associação Comercial

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e Empresarial de Jundiaí, da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Jundiaí, do Sincomércio, das Polícias Militar e Civil, da Guarda Municipal, da Prefeitura de Jundiaí, da Proempi e da Quadratti Advogados. Comemoração Pelo segundo ano seguido a Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário, Proempi, realizará sua festa do síndico. Após o sucesso de 2012, o evento ganhou nova formatação e, desta vez, acontecerá durante o dia, na chácara Fontainhas. O evento é exclusivo a síndicos e profissionais do setor e tem apoio da revista APÊ ZERO 1. Além de ser uma excelente iniciativa da Proempi, o evento também é uma grande oportunidade para os empresários divulgarem sua marca. Ainda há vagas para se tornar um patrocinador do evento. Mais informações: 11. 4586-3535. Já para você, síndico, aguarde que em breve receberá o convite oficial!


PRESENTES

Serviços

dedetizadora

cafeteria

classificados

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cronica

NOIVADO, RATOS E CONFUSaO

Divu lgaç ão

Desde que foi eleito para o cargo de síndico, seu Francisco sempre se enquadrou no típico “mão de vaca”. Controla a água, o sabão, o uso das vassouras. O prédio vive às escuras, comprometendo a segurança, e mantendo o consumo das áreas comuns sempre muito baixo. Quanto a manutenção preventiva, sua sovinice bate recorde. Com o elevador, as peças só são trocadas quando já estão comprometendo a segurança do prédio, o mesmo acontecendo com o para-raio do prédio. O seguro é renovado depois de mil orçamentos e no último dia. Mesmo sendo cotidianamente cobrado, seu Francisco, sempre protela ao máximo a lavagem da caixa d’água do prédio e a dedetização das áreas comuns. Mas o castigo veio à cavalo, ou melhor, em forma de rato. Sua filha Silvinha marcou sua festa de noivado para o salão de festa do condomínio e nem quis saber como andava a dedetização do local para festa. Tudo arrumado para a festa, só esqueceram de avisar a MOLLE, a gatinha de estimação da moradora do 34, que durante a festa trouxe para o salão o fruto de sua caçada pelo condomínio, um ratinho vivo entre os dentes e soltou no salão de festa. Noivos e convidados subiram nas mesas enquanto alguns corajosos tentavam espantar o rato para o hall de entrada do prédio. Foram os quinze minutos mais longos e escandalosos da história do prédio. Por fim, MOLLE percebendo que não agradou, tomou o rato em seus dentes e pulou a janela sumindo na escuridão da economia. Na manha seguinte, ainda recolhendo os cacos da festa, seu Francisco chamou a dedetizadora e autorizou o serviço. Quanto a gatinha MOLLE, esta ficou de castigo até depois do casamento.

Rafael Godoy

José Miguel Simão Advogado e cronista

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Na internet Leia outras crônicas do Dr. Simão Procure pela palavra “crônica” no site: www.apezero1.com.br


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