Revista APÊ ZERO 1 - edição nov/dez 2013

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AgorA É

No seu condomínio. Na sua mão.

Distribuição dirigida Ano 10 . Nº 105 Nov/Dez de 2013

As drogas invadiram seu condomínio? Conversamos com autoridades, advogado, psiquiatra e principalmente consumidores para entender o mundo das drogas nos condomínios.

Decoração

Várias dicas para este Natal invista na criatividade

Gravidez

A cesárea é o parto ideal? Confira opiniões opostas




1 o r e Z ĂŞ p A a 4 1 0 2 EM e t s e r a r i v a a d u j a te

midias online


1 jogo!

Confira as vantagens:

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editorial

Nao faca vista grossa

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azer vista grossa ou, melhor, negligenciar é tão errado – inclusive moralmente, quanto praticar um crime. Nesta edição da revista APÊ ZERO 1 tratamos de dois temas que afetam a todos os moradores de condomínios: as drogas e o AVCB.

O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros é, muitas vezes, deixado de lado por más administradores e seus auxiliares, que acreditam nunca vir a acontecer uma tragédia em seu condomínio. Até que temos casos tão recentes de boates, academias e, claros, edifícios. Quando o pior acontece, não há o que fazer. E as companhias de seguros – isso sem falar nas vidas que estão em jogo – cumprirão com o dever não pagando o sinistro, por simplesmente estarem dentro do que havia sido combinado. O AVCB é um assunto sério e não deve ser deixado de lado. Assim como as drogas. Sejam elas silenciosas, quase imperceptíveis aos vizinhos, quanto as que estão bem abaixo do nosso nariz. Nesta reportagem de capa especial, conversamos com consumidores, advogado, delegados, psiquiatras, entre outros, para entender o que se passa tanto na cabeça dos usuários quanto quais atitudes tomar em diversas situações. Mais uma vez, o bom senso e o alerta ligado de todos os moradores prevalecem. É preciso ficar de olho na companhia dos filhos ou dos vizinhos, notar mudanças de comportamento e fiscalizar as áreas comum do condomínio. O inimigo pode morar ao lado, como mostra na reportagem o caso de um traficante que vivia em um condomínio de Jundiaí. Mas, além da percepção, o que conta é atitude. Seja em assuntos que podem influenciar diretamente na convivência entre familiares, como a droga, quanto na obrigação de seguir a lei com a certificação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. É preciso negligenciar menos e fazer mais!

Rodrigo Góes, Jornalista Responsável

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indice 12 ud Decoração para o Natal

Montamos uma mesa de Natal exclusiva para você leitor! Uma opção para decorar sua mesa e deixar seus convidados ainda mais acolhidos.

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14 Faca voce mesmo - ud Reaproveitando taça de champagne

Com retalhos de tecido e cola branca você pode fazer um lindo suporte de velas.

18 cara ou coroa Cesária é o parto ideal?

O papel dos profissionais de saúde deve ser o de compreender as dificuldades da gestante e sua insegurança, informá-la adequadamente de riscos e benefícios das formas de parto existentes.

Deixei meus filhos para meu pai cuidar

Está aí uma bela escolha, digamos, a melhor considerada entre as opções.

20 viver em condominio O seguro condominial e o AVCB Tem obtido destaque na mídia a quantidade de sinistros envolvendo incêndios ultimamente, e nestes casos tem surgido sempre o comentário sobre o tal do AVCB.

36 multiplicadores Roberto Itimura, uma história de amor à vida

Ele tem cinco pontes de safena e quer comemorar seus 53 anos correndo 53 quilômetros.

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Drogas: o mal que atinge toda a humanidade Elas podem estar bem ai do seu lado e em silêncio devastando vidas e famílias!

42 turismo Madrid tem o restaurante mais antigo do mundo Restaurante Botin foi fundado em 1725 e até hoje mantém a mesma fachada e a mesma decoração em seus quatro andares.


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pets

faca voce mesmo - o que tem na geladeira

3º setor

Cuidado com as armadilhas das comemorações de final de ano O vilão das noites de festas são sem dúvida os fogos de artifício, principalmente nos cães por terem audição sensível

Pudim de leite Ninho

Em apenas 10 minutos você tem uma delícia feita com aqueles ingredientes que sempre estão no armário e na geladeira

Quando uma história se entrelaça a outra

Diego Augusto Marchesin participa de um grupo de estudo religioso do Lar Anália Franco e só depois de muito tempo descobriu que o carinho pela entidade, vem de família.

34 curiosidades da terrinha Parque Antonio Carbonari

Em uma área total de 52 mil m², mais conhecido como o Parque da Uva é um dos pontos turísticos mais lembrados da cidade.

49 classificados Lista de prestadores de serviços ideais para o seu dia a dia

44 crianca

Tá chegando a hora de abrir o cofrinho do ano todo

Educação financeira é uma grande ferramenta que, se aplicada desde cedo, pode construir as bases de uma equilibrada relação com o dinheiro na vida adulta

38 faca voce mesmo - ecologia Sousplats para o Natal

Tecidos de natal, papel Paraná/ cartonagem, cola branca e lápis, com criatividade você pode fazer um lindo jogo americano ou um quadro decorativo

50 cronica Hormônio circulante

A história da gatinha Catarina e da banda de rock.


colaboraram nesta edicao Carlos Eduardo Quadratti, advogado e jornalista que assina a editoria Viver em Condomínio e faz parte da diretoria da Proempi.

José Miguel Simão, além de síndico, leva diversão para casa dos moradores com suas crônicas sobre condomínios.

Dra. Jacinta Matias, Obstetra e Ginecologista, defende a cesárea como o parto ideal.

Dra.Luciane Wood, Ginecologista, Obstetra e Colposcopista, apoia o parto normal.

porque anunciar: l Única revista totalmente direcionada para moradores de condomínios em Jundiaí l Mais de 130 condomínios recebem os exemplares. l São 10.500 exemplares impressos todo bimestre. l Só recebem a revista os moradores que fazem parte do nosso banco de mailing. l As revistas são entregues com etiquetas e dados do destinatário. l Até agora foram publicadas 104 edições.

Expediente A revista APÊ ZERO 1 é a nova marca da antiga revista Portal dos Condomínios e é editada pela Io Comunicação Integrada Ltda, inscrita no CNPJ 06.539.018/0001-42. Redação: Rua das Pitangueiras, 652, Jd. Pitangueiras, CEP: 13206-716. Tel.: 11 4521-3670 - falecom@ apezero1.com.br Jornalista Responsável: Rodrigo Góes (MTB: 41654) Diretora de Arte: Paloma Cremonesi Designer Gráfico: Camila Godoy e Jonas Junqueira Redação: Maria Theodora Molena Peró Ilustração e Redes Sociais: Rafael Godoy Planejamento: Júlia Hirano Web: Vinicius Zonaro Estagiário: Paulo Toledo e Mônica Bacelar Tiragem: 10.500 exemplares Entrega: Mala Direta etiquetada e direto em caixa de correspondência, mediante protocolo para moradores de condomínios constantes em cadastro da revista.

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Apê Zero 1 . Nov/Dez 2013

Quer seu exemplar? Caso ainda não receba, solicite para o seu condominio: falecom@apezero1.com.br ou ligue: 11 4521-3670 Os artigos assinados são de inteira responsabilidade do autor e não representam o pensamento da revista.

Acesse na internet Site: www.apezero1.com.br Twitter: @apezero1 Facebook: Apê Zero 1 Associado:

Para Anunciar

11 4521-3670 atendimento@apezero1.com.br

André Luiz, é o fotógrafo responsável pela maior parte das fotos desta edição.


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Dica

Divulgação

Para montar um espaço luxuoso não é necessário gastar muito

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Delicadeza na decoracao do Natal Reportagem: Maria Theodora

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não é necessário gastar muito. “Basta olhar com apreço para o que temos em casa”, enfatiza ela. Nessa mesa, o objetivo foi abusar do tradicional, com papais-noéis, bolas metalizadas e fitas em xadrez.O destaque vai para os feixes de guardanapos. Os pratos com detalhes em curva, nesse caso, pretos, remetem ao clássico e ao mesmo tempo servem de alternativa para o branco total.

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Fotos: Paulo Toledo

Natal é o período onde nos preocupamos com a decoração. Quem não gosta de deixar a casa cheia de luzes, enfeites e ter uma mesa maravilhosa neste momento. A decoradora e designer de interiores, Raíssa Ferraz, montou com exclusividade para você leitor Apê Zero 1 uma opção para decorar sua mesa e deixar seus convidados ainda mais acolhidos na noite de Natal. De acordo com a decoradora é preciso ter em mente que para montar um espaço luxuoso

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1. Jogo de 6 Taças para Vinho 160ML R$ 199,00 - Habitare Casa (Tel.: 11 4523-3700); 2. Jogo com 3 castiçais em vidro R$ 93,99 - Presentes de Estilo (www.presentesdeestilo.com.br); 3. Jogo com 18 taças de cristal R$ 316,00 - Presentes de Estilo; 4. Centro de mesa em cristal R$ 80,79 - Presentes de Estilo; 5. Faqueiro com 12 peças Brinox com estojo R$ 1.199,00 - Habitare Casa; 6. Toalha Retangular Dohler R$ 9,00 - Habitare Casa; 7. Aparelho de Jantar Redondo Alto Relevo R$ 499,00 - Habitare Casa; 7. Faqueiro Tramontina 91 peças R$ 359,00 - Habitare Casa. Apê Zero 1. Nov/Dez 2013

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Faca Voce Mesmo ud

O que é

Se você gosta de produzir ou simplesmente incrementar a decoração da sua casa e de seu local de trabalho por conta própria, esta é a sua editoria.

Participe

Aceitamos sugestões. Quem sabe produziremos um objeto que você sempre sonhou em saber como fazer? Participe em nosso Facebook, site ou por email: falecom@apezero1.com.br

Vídeo

Quer saber como criamos esse item? Visite nosso site e procure a seção Vídeos.

www.apezero1.com.br

Fotos Divulgação

Reaproveitando taca de champagne

Materiais:

Mãos na Massa

l Tesoura l Pincel chato l Cola branca l Duas taças l Retalhos de tecido

l Corte os retalhos de tecido em pedaços bem pequenos. l Dilua a cola branca em água. Apoie o retalho na taça e passe a cola sobre ele até que fique

DICA Você também pode usar retalhos de seda com uma certa transparência. 14

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totalmente grudado no vidro. l Cole um retalho sobre o outro. l Cole o retalho também no pé da taça para que ela fique totalmente coberta. l Segurando a taça por dentro, verifique se todos os retalhos estão colados e passe mais uma fina

camada de cola. É interessante deixar um ou outro retalho ficar enrugado ou com dobra – o charme da peça é mostrar que as taças são forradas com tecido. l Finalizada a colagem, aguarde a peça secar completamente por um período de 4 horas. l De ponta cabeça as taças viram suporte para velas.


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mulher

Deixei meus filhos para meu pai cuidar Reportagem: Maria Theodora Foto: André Luiz e a questão da maternidade pode causar um verdadeiro impacto em um mero observador, imagine então o que pode se passar na cabeça da dona daquela barriga, que convive com ela e com tudo o que isso representa. Surge um conflito. Incontroláveis emoções começam a emergir de um mundo adormecido e cautelosamente esquecido, um mundo de memórias. Conforme meu corpo foi se transformando, minha cabeça também foi. É bastante a nossa responsabilidade, que além de lidar com o corpo modificado, hormônios caóticos, temos a responsabilidade de uma vida nas nossas mãos. Sou mãe da Maria Eduarda e do João Pedro (acho que já comentei aqui a respeito) e lembro exatamente que o meu maior medo era voltar ao trabalho e ter que “deixar” a Duda sozinha. Sim, este é o nosso sentimento quando estamos prestes a voltar ao trabalho embora sabemos que é um mal necessário, afinal vivemos num mundo todo capitalista onde o escambo não existe há séculos e, se não formos à luta, não tem como sobreviver. Quando estava prestes a voltar ao trabalho, lembro que uma discussão foi colocada em cheque: onde deixá-la? Está aí uma bela escolha, digamos a melhor que eu poderia ter feito na minha vida: deixei a Duda com o seu Álvaro Sérgio Peró, meu pai, até que ela pudesse frequentar a escola com mais segurança. Ele era aposentado e se prontificou a cuidar e, diga-se de passagem, muito bem. Tomou gosto e continua cuidando. Ah, e tem um detalhe, hoje além da Duda tem o João que fica com ele também! E e incrível a ligação dos três. Digno de salva de palmas. Argemiro Seron, 62 anos, também toma a posição de “cuidador de netos”. Ele já cuidou da Isabela, hoje com seis anos e que já vai para a escola, e atualmente fica com as asas em cima da Gabriela, de um ano e cinco meses. “Na época da Isabela foi diferente. Eu ajudei minha filha na

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Argemiro e a neta Gabriela


Os irmãos Maria Eduarda e João Pedro casa dela. Estava lá todos os dias, acompanhava os banhos e as refeições, mas com a supervisão dela e da minha ex-esposa”, comenta. Já com Gabriela foi diferente. Desde os seis meses a criança fica sozinha com o avô em sua própria casa. “Minha filha tinha feito a inscrição para a Gabriela ir para a creche com seis meses e eu fiquei morrendo de dó e propus para que eu pudesse cuidar dela. Minha filha logo aceitou”. O avô jamais esquecerá o primeiro banho que deu na neta. “Isso vai ficar marcado para sempre. Eram os primeiros dias que ela estava em casa e achei que era o momento. A adrenalina subiu. A gente fica com medo que algo aconteça, sempre pensa no pior. Mas me

“É um prazer tão grande, difícil de descrever”, enfatiza o avô sobre poder cuidar da neta sai bem e daí em diante a confiança ficou mais forte”, enfatiza. Seu Argemiro diz que embora se propôs em cuidar da criança segue as regras ditadas pela filha Ana Carolina. “Faço o que ela me pede. Sigo todas as instruções sobre horários das refeições e o que posso e não oferecer para a Gabriela. Eu só estou tomando conta, quem dita o que é preciso fazer é a mãe”, informa. O patriarca diz que a afinidade com as netas é algo indescritível. “Sou apaixonado por criança. É um prazer tão grande difícil de descrever. Além do prazer e da satisfação os netos são a extensão dos nossos filhos”. O papel dos avós junto aos netos é a reciprocidade em atenção, carinho e amor. “A res-

ponsabilidade da educação é dos pais, sendo este um dos motivos que faz com que netos e avós se entendam tão bem. Havendo respeito pelos critérios e hábitos estabelecidos pelos pais, não há prejuízo para a autoridade paterna, por isso a importância de comunicação entre pais e avós”, explica a psicóloga Cassia Silva, 44 anos, que também deixa o filho Murilo, de 9 anos, sobre os cuidados dos pais para ir ao trabalho. “Jamais mudaria esta realidade. O Murilo fica meio período com os meus pais desde os cinco anos. A criança torna-se mais segura emocionalmente por estar junto dos avós, e os avós mais felizes por estarem proporcionando este bem-estar”, finaliza a psicóloga. Apê Zero 1. Nov/Dez 2013

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cara ou coroa

A cesarea e o parto ideal? SIM A cesárea é um procedimento cirúrgico que salva vidas, tem indicações precisas e é a única alternativa quando complicações do trabalho de parto podem levar a gestante e/ou o feto a complicações letais ou sequelas graves e irreversíveis. Ao longo da História, as primeiras cesáreas foram realizadas como recurso na tentativa de salvar a vida do feto, quando a morte da mãe era iminente. Não existiam a transfusão sanguínea, os antibióticos nem as noções básicas de higiene. Dessa forma, invariavelmente era um procedimento heroico com péssimos resultados. Foi apenas durante o século XX que este procedimento tornou-se progressivamente mais seguro com a possibilidade de transfusões sanguíneas, quando necessário, e a descoberta dos antibióticos. Nesse contexto, disseminou-se a idéia de que a cesárea seria preferível ao parto normal por praticamente não ter riscos, o que não é verdade. A cesárea a pedido também deverá ser considerada depois de cuidadosa avaliação clínica, social e psicológica da gestantes, de modo que o nascimento de um filho represente sua plena realização e não um evento traumático para toda a família. O papel dos profissionais de saúde deve ser o de compreender as dificuldades da gestante e sua insegurança, informá-la adequadamente de riscos e benefícios das formas de parto existentes e estar sensível aos seus anseios naquele que é o ápice de seu realização como pessoa. A indicação da cesárea por simples comodidade do profissional ou apenas pela ansiedade da gestante e seus familiares, sem que tenham sido devidamente informados, trata-se de procedimento antiético. Lembremo-nos sempre, como já disse o Professor João Luiz de Carvalho Pinto e Silva, da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, que somos os únicos médicos que internam uma mulher e damos alta a uma família e vemos nascer não só uma criança mas também uma mãe, um pai, um irmãozinho...Dependendo de como o profissional tenha vivido tal experiência, com certeza nascem também novos e melhores médicos.

NÃO Pronto! Estou grávida! Agora basta escolher a data da cesárea, certo? Antes fosse assim fácil... Durante o pré-natal a vida se desenvolve dentro do útero e na maioria das vezes sem nenhuma intercorrência. A prova disso somos nós, vivos e sem nenhum problema relacionado ao nascimento. O parto cesárea deveria ser apenas uma maneira de se resolver as dificuldades do trabalho de parto, entretanto hoje virou rotina entre as gestantes e médicos devido a facilidade que o mesmo é realizado. Grandes centros obstétricos, maternidades providas de hotelaria que nada deixam a desejar a hotéis cinco estrelas, serviços de filmagem, fotografias, books etc. As grávidas têm em mente também que o parto cesárea será desprovido de dor, será mais rápido e sem nenhum risco ao bebe e a ela mesma. Não podemos nos esquecer das vantagens do parto vaginal, quando bem indicado. Com recuperação rápida, a mamãe pode se levantar mais precocemente do leito hospitalar diminuindo a chance de complicações circulatórias, apojadura quase imediata (descida do leite materno), diminuição do tempo de permanência no hospital, menor risco de infecções e diminuição das complicações num próximo parto. A anestesia peridural aplicada durante o trabalho de parto tem riscos baixíssimos em relação a raquidiana. Mas algumas gestantes se mostram extremamente ansiosas e não cooperativas quando se inicia o trabalho de parto, desencorajando o obstetra a optar pelo parto normal, já que a conduta da mulher em trabalho de parto tem que ser ativa e o parto normal desejado! A grande parte do trabalho de parto ocorre naturalmente, com as contrações uterinas e a dilatação do colo do útero, mas estudos já demonstraram que a mulher que deseja o parto normal tem mais chances de conseguí-lo do que a que não e cooperativa, devido ao estado psicológico alterado interferir negativamente neste período. Em relação ao recém nascido também existem inúmeras vantagens do nascimento via vaginal: o bebe nasce mais ativo, elimina mais facilmente os líquidos que se acumularam durante a gestação em seu estomago e pulmões quando sai do útero, chora com mais vigor, suga com mais forca auxiliando também na perda de peso da mamãe que está amamentando. São inúmeras vantagens se comparado ao parto cesárea eletivo, ou seja, aquele parto que foi marcado apenas pela comodidade da gestante. O papel do obstetra durante os nove meses deve ser encorajador em relação ao parto normal!

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Dra.Luciane Wood Ginecologista/Obstetra/Colposcopista - CRM 81875 Formada pela Faculdade Medicina Jundiaí.

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Dra. Jacinta Matias Obstetra e Ginecologista – CRM 60676. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

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Viver em Condominio

O SEGURO CONDOMINIAL E O AVCB Divulgação

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condomínios possuam iluminação de emergência com acionamento automático e duração de no mínimo três horas e ainda toda edificação comercial, habitacional ou institucional possua faixas antiderrapantes em todas as escadas de acesso aos pavimentos. Finalmente, é importante que o síndico cumpra rigorosamente todas as exigências da legislação para condomínios, como por exemplo, as medidas de proteção contra fogo para não ter problemas com relação à indenização em caso de sinistro, uma vez que o não cumprimento do imperativo legal pode ocasionar a responsabilização civil da pessoa do síndico, como dissemos no início acerca do artigo 1348, inciso IX do novo Código Civil.

+confira No site: A sugestão é contratar um especialista na área de segurança, onde o mesmo irá avaliar os itens de segurança do condomínio e treinar os empregados e moradores que irão compor a Brigada de Incêndio, outra exigência legal. Em existindo falhas este profissional irá apontar e orientar o que deve ser feito. Após os ajustes será feita vistoria por profissional do Corpo de Bombeiros e, estando tudo aprovado do que é determinado em lei, será então emitido o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). A título de esclarecimentos: no condomínio para a expedição do AVCB será avaliado entre outras coisas, as luzes de emergência, portas corta fogo, extintores, sinalização de saídas de emergência, tipos e prazo de validade de mangueiras, faixas antiderrapantes nas escadas, equipe de brigada de incêndio do condomínio. O município de Jundiaí possui legislação a respeito desta segurança como é o caso das Leis Complementares Nº 490 e 491, ambas de 15 de junho de 2010, que determinam que nas áreas comuns e de estacionamento nos

lgaç ão

Outros artigos do advogado condominal.

D i vu

em obtido destaque na mídia a quantidade de sinistros envolvendo incêndios ultimamente e, nestes casos, tem surgido sempre o comentário sobre o tal do AVCB. No ano de 2010, já alertávamos para esta necessidade. Naquela época publicamos matéria a qual julgamos pertinente reeditar neste momento: Parodiando um famoso juiz de futebol que comenta o esporte na TV, podemos dizer: “A regra é clara, Galvão!!!” O seguro condominial é obrigatório e, segundo o artigo 1348, inciso IX do novo Código Civil, compete ao síndico efetuá-lo, sendo que a cobertura básica abrange incêndio, raio, explosão, fumaça e queda de aeronaves. Ainda, conforme determina o artigo 1346 do Código Civil é dever do administrador de um condomínio a contratação de seguros que protejam a estrutura do prédio contra o risco de incêndio – evento que pode provocar destruição total ou parcial. O Decreto Nº 46076, de 31 de agosto de 2001, institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco. Trata-se de Decreto de Lei estadual (SP) e, portanto, estabelece a obrigatoriedade do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) que para condomínios residenciais tem a validade de três anos, após ser emitido. O AVCB é um documento oficial, emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, atestando que a edificação possui condições de segurança contra incêndio. Sendo então este documento obrigatório por lei para prédios residenciais, comerciais e industriais. Normalmente é um dos principais documentos que as seguradoras verificam antes de fecharem ou renovar um contrato, ou os órgãos de fiscalização antes de liberar e fornecer o alvará para funcionamento de um negócio (caso de condomínios comerciais ou mistos). A obtenção do AVCB está diretamente ligada ao atendimento de alguns requisitos determinados em lei. Portanto, a não obtenção ou não renovação do AVCB pode invalidar apólices de seguro, ocasionar o fechamento do imóvel, gerar multas, entre outras complicações.

autor do artigo Carlos Eduardo Quadratti, advogado especializado em direito condominial e de vizinhança, jornalista articulista inscrito no MTB 0062156SP.


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evento

Evento aborda a importancia do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros o dia 13 de novembro, o Conseg Barão de Jundiahy, em parceria com o Conseg Jundiaí Leste e Conseg Japi Jundiaí, juntamente com o Corpo de Bombeiros de Jundiaí realizou um workshop com orientações dirigidas a comerciantes, síndicos, empresários e demais interessados sobre os procedimentos para renovação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento que comprova que o imóvel segue a legislação contra incêndios. O objetivo, segundo o presidente do Conseg Barão de Jundiahy, Roberto Felipozzi, foi a orientação dos profissionais em sua responsabilidade no procedimento de renovação AVCB, juntamente da obrigatoriedade da brigada de incêndio. “O encontro visou simplificar a obtenção da licença. Não é algo ilusório que ninguém conseguia cumprir já que além de ser uma obrigação legal, o auto de vistoria é obrigação moral de qualquer ser humano”. O evento realizado no auditório do Ciesp Jundiaí, contou com a participação do advogado Carlos Eduardo Quadratti, que enfatizou sobre a responsabilidade no sentido jurídico quanto a obtenção do AVCB. “Trata-se de um documento oficial, emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, atestando que a edificação possui condições de segurança contra incêndio. Sendo obrigatório por lei para prédios residenciais, comerciais e industriais, normalmente é um dos principais documentos que as seguradoras verificam antes de fecharem ou renovar um contrato, ou os órgãos de fiscalização antes de liberar e fornecer o alvará para funcionamento de um negócio (caso de condomínios comerciais ou mistos), portanto a não obtenção ou não renovação do AVCB pode invalidar apólices de seguro, ocasionar o fechamento do imóvel, gerar multas, entre outras complicações”, enfatizou ele. Também esteve presente no evento, o diretor da divisão do departamento de fiscalização e licenciamento de atividades, Luiz Henrique Mendonça, que abordou sobre as orientações realizadas pela Prefeitura para com a fiscalização dos comércios. “O papel da prefeitura é verificar

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O evento reuniu síndicos, empresários e comerciantes

Major do Corpo de Bombeiros de Jundiaí, Eduardo Tavares

Roberto Felipozzi, presidente do Conseg Barão de Jundiahy

a documentação, fiscalizar, notificar e se nada for cumprido ou houver risco iminente, interditar”, disse. De acordo com o major do Corpo de Bombeiros de Jundiaí, Eduardo Tavares, o mais importante na aquisição do auto de vistoria é não pensar em custo já que o produto final da aquisição é salvar vidas. “Para a obtenção do auto verificamos se todas as exigências estão

Advogado Carlos Eduardo Quadratti

sendo atendidas. O responsável pela edificação tem que, então, adequá-la. Só então fazemos nova vistoria e aprovamos o projeto”, explicou ele. O workshop teve apoio da ACE – Associação Comercial e Empresarial de Jundiaí; CDL Câmera de Dirigentes Logistas de Jundiaí; SINCOMERCIO; Polícia Militar; Polícia Civil; Guarda Municipal e Prefeitura Municipal de Jundiaí.


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Drogas: elas podem ser as suas vizinhas Reportagem: Maria Theodora Fotos: André Luiz e Maria Theodora undiaí vive um boom imobiliário há alguns anos e isso é notório quando andamos pelas ruas e nos deparamos com diversas construções. Segundo dados do Estudo de Mercado Imobiliário do Secovi - Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo realizado em 2012, de novembro de 2009 a novembro de 2012, foram lançados na cidade 15.854 imóveis, sendo a maior parte de empreendimentos verticais. Este crescimento deve-se ao fato de Jundiaí ser privilegiada, oferecendo qualidade de vida, bons serviços essenciais e infra-estrutura. Mas como na vida existe “a cara e a coroa”, esse crescimento também vem chamando atenção para um elemento devastador que tem assolado toda a humanidade, as drogas. Sim, ela também está nos condomínios. E neste momento pode estar sendo usada bem no imóvel do lado ou lá na área comum do seu condomínio. Durante a apuração do tema escutei casos de chamar atenção como por exemplo a de um condomínio, de classe alta, onde na caixa de esgoto são encontrados mensalmente diversos tubetes de cocaína, certamente consumidos por algum ou alguns moradores que os jogam esgoto abaixo. Em outro, a maconha que é disfarçada com o uso de Narguilé (também conhecido como cachimbo d’ água ou shisha ou Hookah) um dispositivo para fumar no qual o tabaco é aquecido e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma mangueira. Ou seja, um assunto extremamente delicado que tira o sono e a tranquilidade de muitos síndicos. Uma ocorrência que, infelizmente, não pára de crescer e cuja solução é difícil. Quando o uso de drogas acontece nas dependências comuns dos condomínios a situação fica mais fácil de se controlar, diz o síndico profissional, Fernando Angelucci Fernandes. “Se o uso está acontecendo na churrasqueira, no salão de festas ou em qualquer outra área comum tor-

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Sim, as drogas também habitam os condomínios


Esdras Morales, Comandante da Polícia Militar

Fernando Angelucci, síndico profissional

na-se muito mais fácil a identificação do problema e a adoção de providências. Nesses casos, podemos até conversar com a pessoa, advertir, multar e dependendo do caso chamar a polícia”, comentou ele. O maior problema está quando o uso é feito dentro do imóvel. “Muitos usuários pensam que dentro da sua casa tudo vale, mas o uso de drogas pode configurar o uso nocivo do imóvel. A questão é bastante delicada e demanda atenção redobrada”, explicou. Segundo o advogado, Carlos Eduardo Quadratti, o uso da propriedade individual está regulamentado pela convenção do condomínio, pelo regulamento interno e pelo código civil, desta maneira, “o uso de drogas no interior da unidade pode ser considerada como antissocial, decorrendo daí as penalidades previstas na lei e nos normativos do condomínio”. Ainda de acordo com ele, para evitar o abuso de drogas nas áreas comuns, não existe um fórmula mágica para solucionar o problema, mas uma boa sugestão é procurar conhecer os amigos de seus filhos e até os pais destes para evitar surpresas que possam tirar a tranquilidade da família. “Observem seus filhos, hábitos e o aproveitamento na escola. Caso percebam alterações, fiquem atentos, conversem com os professores, redobrem a supervisão. Infelizmente, tem surgido, em vários condomínios, jovens que consomem drogas. Havendo essa suspeita, entre em contato com o síndico, para que este organize, de forma discreta, uma reunião com os pais, a fim de prevenir e evitar que esse mal se espalhe. Poderão ser organizadas palestras com profissionais da área, com ex-usuários recupera-

dos, as quais servirão de ponto de partida para o auxílio dos pais e dos jovens afetados e até mesmo com a própria polícia”. Outra sugestão do advogado é que pais que trabalham poderão pedir aos porteiros para que seus filhos menores não recebam visitas na sua ausência, ou as recebam apenas com prévia permissão. “Essa atitude estará auxiliando os administradores a manter a ordem e a disciplina, pois quem será o responsável pelas ações do visitante inesperado? É importante que os filhos saibam, com antecedência, dessas normas, para não gerarem atritos com os porteiros. Com a união de todos, haverá mais força para o combate ao vício”, informa o especialista.

Paulo Sérgio, delegado e vereador

fique atento Olhe a sua volta e procure o síndico ou a polícia se: - Motoristas ou motoqueiros que se aproximem exageradamente de moradores;

Todo cuidado é pouco O Comandante da 1ª Cia do 11º Batalhão da Polícia Militar do Interior de São Paulo, Esdras Morales, também enfatiza o dever das famílias em ficarem atentas e cuidarem de seus filhos. “É preciso acompanhar as amizades, o comportamento, o cheiro, a cor dos olhos, a avaliação escolar, sinais que de forma isolada podem não representar um problema, mas que se for algo extremamente visível”, comentou ele. A denúncia para a policia é fundamental, segundo o Comandante. “Quando denunciamos, mesmo que no primeiro momento possa trazer uma imagem ruim para o residencial, a médio prazo, traz a tranquilidade, pois a investigação policial vai encontrar caminhos para solucionar o problema”, enfatiza. Outra situação, a qual o síndico deve ficar

- Pessoas em grupo ou mesmo isoladas que procurem aproximação física de moradores nas proximidades do condomínio;

- Caso observe materiais estranhos como tubetes, cigarros e qualquer tipo de material usado para o consumo de drogas Apê Zero 1. Nov/Dez 2013

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Converse com os professores de seus filhos, para saber de seu aproveitamento escolar. Acostume-se a verificar a caderneta de presença dos filhos, para constatar sua assiduidade às aulas

Esclareça as crianças, desde a infância, sobre o mal que as drogas causam ao viciado;

Medidas para a prevencao do uso de drogas

Promova palestras educativas no condomínio para pais, adolescentes e crianças atento, são as festas nas áreas comuns, cobertura, churrasqueira. Se as pessoas que estiverem na festa fizerem uso de drogas, chamar imediatamente a polícia. “o síndico não deve ficar receoso de chamar a polícia, nós sabemos como lidar com tais situações”, confirma o comandante. Para o delegado e vereador Paulo Sérgio Martins, o essencial na constatação do uso de drogas nos condomínios é a comunicação com a Polícia. “Não dá para colocar a cabeça embaixo da terra e não querer se envolver com a situação. A forma de utilização das unidades não podem ultrapassar os limites de segurança e conforto dos demais moradores, então, se o uso das drogas nos apartamentos estiver causando transtornos aos demais condôminos, a unidade infratora deve ser notificada e multada em conformidade com as penalidades descritas na convenção do condomínio. Caso nenhuma destas ações dê resultado, os moradores devem registrar as queixas no livro de ocorrências e o síndico deve se munir de documentos, imagens e todas as informações possíveis e denunciar à policia que de forma profissional, saberá como conduzir a situação, especialmente em casos de tráfico de drogas. E isso pode ser 28

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Conquiste a confiança dos filhos. É melhor que eles peçam um conselho aos pais do que a um amigo

Más companhias conduzem ao uso de drogas e ao crime. Selecione as companhias dos filhos e os ambientes que eles frequentam (clubes, bailinhos etc...)

feito pelo 181 – disk denúncia, que não revela o denunciante”, alerta o delegado. Segundo ele, é necessária também a atenção quanto a segurança dos condomínios para que se evitem essas situações. “É preciso que o condomínio trabalhe forte frente a segurança. Iluminação nas áreas de lazer e verde, pois a maior parte do consumo e tráfico acontecem nestas áreas que são pouco iluminadas e portanto favorecem ações ilegais. As câmeras para monitorar e inibir têm funções muito importantes pois ainda podem servir de provas em uma eventual investigação policial. As escadas e garagens também são alvos e precisam ser monitoradas e, principalmente, treinamento para os funcionários do condomínio para sempre estar alertas e atentos nas movimentações estranhas”, enfatizou ele. O delegado contou que em Jundiaí já houve o caso de um traficante de drogas, que morava na cobertura de um prédio de classe alta. “Sabe aquela história do inimigo que mora do seu lado, então tá aí. Além de toda a segurança obrigatória do condomínio é preciso que quando as pessoas forem alugar um imóvel, as administradoras e imobiliárias averiguem este locatário. Não é porque ele é bacana ou promete pagar três meses adiantados do aluguel que a ficha dele vai passar

em branco. É preciso atenção e quanto mais informação a respeito do indivíduo melhor”, disse. Através da Lei nº 11.343/06 quem for apanhado transportando, vendendo ou produzindo drogas ficará sujeito a uma pena de reclusão que varia de 5 a 15 anos, além de ter de pagar multa de R$ 500 a R$ 1,5 mil por dia. E quem for líder de quadrilha - o chamado “capitalista do narcotráfico” - ficará sujeito a uma pena de reclusão de 8 a 20 anos. Antes, a pena mínima era de apenas 3 anos de prisão. Com relação aos dependentes a lei não descriminalizou o consumo de drogas nem abrandou as punições. “O porte de droga para consumo pessoal continua configurando um delito. Mas, os consumidores não ficam mais sujeitos a penas restritivas de liberdade.Eles podem ser condenados a prestar serviços comunitários e a medidas socioeducativas aplicadas pelos juizados especiais criminais. Mas, se não cumprirem essas determinações, o juiz poderá ordenar sua prisão por um período de 6 meses a 2 anos”, informa Paulo Sérgio. Outro entrave da questão das drogas nos condomínios é a vizinhança. A cidade está crescendo de tal forma que os bairros calmos estão se tornando movimentados e isso não vale


Psiquiatra Alfredo Hansen

apenas para o trânsito, mas também para os vizinhos desses condomínios. No bairro Vila Bela um condomínio novo de apartamentos vem tirando o sossego dos moradores ao redor. “Desde que os imóveis começaram a ser habitados muitos problemas foram aparecendo. Existe aqui uma praça onde crianças brincavam tranquilamente e que hoje está sendo local de usuários de drogas, bebidas e som alto. E essas pessoas vemos que são do condomínio”, contou a moradora, CG, que não quis se identificar. Neste caso o delegado Paulo Sérgio é enfático “é preciso que os moradores façam uso do espaço e apenas desta forma estas pessoas sairão de lá, caso contrário eles insistirão que aquele lugar agora é deles”. Quando é a sua casa M.A, fuma maconha apenas aos finais de semana como ele mesmo disse e dentro do seu apartamento. Ele nunca teve problemas com os vizinhos pelo cheiro característico da erva, mas já escutou vizinhos reclamarem de pessoas que fumam cigarro na sacada. “Parece irônico não é?”, brincou ele. M.A afirmou quanto ao uso dentro do seu imóvel. “Não sei se é a palavra certa, mas tudo que fazemos em casa é privado, protegido. Existem muitos conflitos dentro de um condomínio: vizinha que anda de salto em horários impróprios, música alta, uso de furadeira aos domingos, de uma maneira ou outra esses “problemas” também fogem da “lei” interna de um condomí-

nio. Já que estamos falando de lei, seja federal ou um simples regulamento interno, cada um tem a sua consciência na hora de saber se sua atitude prejudica o próximo, isso vale para o uso de drogas ou uma máquina de lavar roupa ligada às três horas da manhã”. M.B. também é usuário da maconha e faz o uso dentro do seu apartamento. Ele nuca teve problemas nem reclamações. “Tento usar em horários e locais onde não incomode as pessoas e não “dê pala””, contou. Questionado se ele estivesse do lado oposto, o do vizinho, ele acredita que não ficaria incomodado, mas também nunca passou pela situação. Quando questionei que mesmo sendo algo ilegal, se isso não o incomoda, pensando que o vício dele pode afetar uma criança indiretamente, MB respirou e disse que não tinha pensado nisso. “Ainda não tenho uma opinião formada, mas sinceramente o fato de talvez afetar uma criança me incomoda”, finalizou. Olhar clínico De acordo com o psiquiatra, membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria, Alfredo Hansen, a toxicofilia - o gosto pela droga - pode afetar qualquer indivíduo, já que o fenômeno droga tem um aspecto particular, o afetivo. “Todo ser humano é frágil e o uso de droga pode atingir qualquer pessoa principalmente as mais vulneráveis, aquelas que apresentam traços anormais de caráter, que chamamos de astênicos e abúlicos, pessoas incapazes de opor resistência às influências do meio ambiente’, explicou. Para ele as consequências do uso da droga são as mais danosas possíveis porque o usuário não reconhece que está em dependência física ou psíquica. “É imprescindível que o dependente abandone o meio social no qual ele faz o uso da substância”, informou especialista. A realidade está a vista de qualquer um de nós. Nos noticiários de televisão, nas páginas dos jornais, nas rádios. É grande nossa responsabilidade quanto seres humanos de nos calçar contra qualquer problema social. Então você morador, síndico, pai e mãe, está na hora de olhar e enfrentar o problema e não deixar que a bola de neve continue rolar. Saiba que você pode ser o começo da mudança. Então vamos ficar atentos ao nosso meio e informar qualquer situação que esteja perdendo o controle.

Indices de drogas relatadas com maior frequencia* 7,5% Ectasy 7,6% Alucinógenos 7,7% Cloridato de cocaína 12,4% Tranquilizantes 13,8% Anfitamínicos 20,4% Inalantes e solventes 26,1% Maconha 46,7% Tabaco 86,2% Álcool *Pelo uso alguma vez na vida, segundo dados da Cebrid – Centro de Informações sobre Drogas Psicotópicas.


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O que e a droga Divulgação

O termo droga tem origem na palavra drogg, proveniente do holandês antigo e cujo significado é folha seca. Esta denominação é devido ao fato de, antigamente, quase todos os medicamentos utilizarem vegetais em sua composição. Atualmente, porém, o termo droga, segundo a definição da Organização Mundial de Saúde – OMS, abrange qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas produzindo alterações em seu funcionamento. As drogas utilizadas para alterar o funcionamento cerebral, causando modificações no estado mental são chamadas drogas psicotrópicas. O termo psicotrópicas é formado por duas palavras: psico e trópico. Psico está relacionado ao psiquismo, que envolve as funções do sistema nervoso central; e trópico significa em direção a. Drogas psicotrópicas, portanto, são aquelas que atuam sobre o cérebro, alterando de alguma forma o psiquismo. Por essa razão, são também conhecidas como substâncias psicoativas. As drogas psicotrópias dividem-se em três grupos: depressoras, estimulantes e perturbadoras. As drogas depressoras do sistema nervoso central – álcool, barbitúricos, benzodiazepínicos, inalantes e opiáceos - fazem com que o cérebro funcione lentamente, reduzindo a atividade motora, a ansiedade, a atenção, a concentração, a capacidade de memorização e a capacidade intelectual. As estimulantes do sistema nervoso central - anfetaminas, cocaína e tabaco-, por outro lado, aceleram a atividade de determinados sistemas neuronais, trazendo como conseqüências um estado de alerta exagerado, insônia e aceleração dos processos psíquicos. Por fim, as drogas perturbadoras do sistema nervoso central – maconha, alucinógenos, LSD, êxtase e anticolinérgicos – produzem uma série de distorções qualitativas no funcionamento do cérebro, como delírios, alucinações e alteração na senso-percepção. Por essa razão, são também chamadas de alucinógenos. Uma terceira denominação para esse tipo de droga é psicotomiméticos, devido ao fato de serem conhecidas como psicoses as doenças mentais nas quais esses fenômenos ocorrem de modo espontâneo. É importante ressaltar que nem todas as substâncias psicoativas têm a capacidade de provocar dependência. Muitas são usadas com a finalidade de produzir efeitos benéficos, como o tratamento de doenças, sendo consideradas, assim, medicamentos Conheça alguns dos efeitos do uso das drogas: Álcool: fala ininteligível, cambaleante, reações lentas, cheiro de álcool, confusão mental, náusea, vômito, movimentos lentos, desajeitado, visão dupla, sonolência Barbitúricos (remédios tranquilizantes): fala embaraçada, confusão mental, reflexos lentos, dificuldade para andar

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Inalantes (gasolina, verniz, thinner, esmalte, cola de sapateiro, lançaperfume): alucinações auditivas e visuais, confusão mental, tontura, zummbido no ouvido, palidez, convulsões, descoordenação ocular, insconciência, euforia, náusea, depressão, espirros, tosse, queda da pressão arterial, diminuição dos reflexos, visão embaciada Cocaína (pó, base - Crack, pasta): alucinações, aumento da pressão arterial, taquicardia, convulsões, euforia, insônia, perda da sensação de cansaço, irritação, agressividade Maconha (haxixe): olho vermelhos, tremores no corpo ou nas pálpebras, aumento de apetite, relaxamento, alteração na percepção de tempo e espeçao, menos inibição, confusã mental, euforia ou angústia, possível paranóia, transpiração excessiva, boca seca, taquicardia Anfetaminas (estimulantes, comprimidos moderadores de apetite): tremores corporais, excitação, perda de apetite, nariz escorrendo, boca seca, área do nariz avermelhada, tremores nas pálpebras e pernas, euforia, insônia, menos inibição, reflexos exagerados, maior estado de alerta, irritabilidade, taquicardia, tontura LSD, Cogumelos, Ecstasy: tremores corporais, desorientação, paranóia, alucinações, descoordenação, suor intenso, dificuldade em falar, fraca percepção de linhas e de distância, perda de memória, euforia, delírios, aumento de temperatura corporal Opióides (pó de Ópio, analgésico de morfina, inibidores do refluxo de tosse e tratamento de diarreia): fala baixa, rouca e lenta, boca seca, coceira facial, manchas, tontura, reflexos lentos, náusea e sonolência


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A dor de uma mae Depoimento de uma mãe que não quis se identificar, de 57 anos. Sou mãe de um usuário de drogas, tenho 57 anos e meu filho 37. Quando separei do meu marido ele tinha apenas dois aninhos. Como todos os casais que se separam por traição (dele), cria um grande problema, tanto para os envolvidos quanto para a criança. Meu marido foi embora para outro estado com outra mulher deixando meu filho e eu na casa de minha mãe. Detalhe: tinha uma vida muito boa e fui deixada na miséria, pois minha mãe lutava para viver e não tinha condições de sustentar nós dois. Ele não me ajudou em absolutamente nada por longos sete anos. Quando voltou (depois de separar da segunda mulher), quis fazer tudo aquilo que não tinha feito antes e quis voltar comigo (impossível). Quando não aceitei, ele então partiu para me machucar da maneira mais dolorida para uma mãe, envolvendo meu filho com presentes caros e até o quarto só para ele na casa em que morava, além de viagens etc. Consegui! Meu filho decidiu morar com o pai para ter uma educação no melhor colégio particular do estado. No começo era para ficar na semana e voltar as sextas-feiras, porém com o passar do tempo, não vinha mais. Quando ligava pra falar com meu filho, ele ria e dizia que ele não queria falar comigo. Enfim, fui perdendo o contato e não podia visitá-lo, pois ele não permitia. Procurei advogado e fiz de tudo, porém ele sempre foi muito influente. Meu filho quando foi morar com o pai, tinha muita liberdade, saia para chácaras de amigos a noite, sem poder e sem ter idade pra isso. Começou então a usar cocaína direto, nem chegou a passar pela maconha, como é de praxe. Longe, nem passava pela minha cabeça uma coisa dessa, jamais imaginei que ele tinha tanta liberdade assim. Soube tarde demais, que meu ex não quis o filho para cuidar e sim para me MACHUCAR. Sendo assim, não dava muita atenção pra ele e quando tinha feriados prolongados, viajava com namoradas e deixava R$ 100,00 na mão dele. Agora imagine, uma criança com R$ 100,00 nas mãos? Vai fazer o que? Quando descobrimos, meu ex marido decidiu internar nosso filho. Procurou a melhor clinica na época (caríssima). Mais parecia uma fazenda de luxo para descanso e, mais uma vez erramos. Depois foram mais de 30 internações. O que acontece com o meu filho é que ele se sente abandonado pelo pai e pela mãe. O pai já comentei acima e eu, que ficava o dia todo com ele, saia às seis da manhã e voltava às 19h. Isso criou um vazio dentro dele, que começo a preencher com os amigos e as drogas. Ela fazia ele se sentir feliz. Após meu filho completar 18 anos, o pai dele o colocou para fora. Foi aí que ele voltou a morar comigo. Numa ocasião, ele ficou devendo um dinheiro para um traficante, que foi até o meu apartamento procurar meu filho e me disse: “dona, a senhora avisa seu filho que se ele não me levar o dinheiro até a meia noite venho aqui e mato ele”. 32

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Entrei em desespero, fui procurar meu filho e pedi dinheiro emprestado a uma amiga. Ela me levou aonde o traficante morava, entrei na favela com meu filho e levei o dinheiro. Ele pegou e riu da minha cara dizendo “a senhora vai ter que fazer isso muitas vezes para conservar seu filho vivo, se quiser e achar que vale a pena”. Fiz internação involuntária, paguei caro para o resgate levá-lo, porém de nada adiantou. Vejo alguns casos na TV, mas na realidade não é bem assim. Eles são uma máfia, mercenários que aproveitam da nossa fragilidade e desespero e, muitas vezes, ao invés de cuidar de nossos filhos, tratam como se fossem bichos. E, quando eles saem, estão revoltados piorando até a situação e o relacionamento em casa. Por falar em casa, os parentes fogem, alguns amigos se afastam, vizinhos te descriminam e o que é pior de tudo, muitas vezes você é julgada e condenada pelas pessoas que não sabem o que realmente aconteceu. Sempre estive do lado dele, por vários motivos, por ele ser meu FILHO e amá-lo como qualquer mãe ama seu filho, por ele ser problema MEU e jogá-lo na rua, seria simples e fácil, eu teria a minha vida “tranquila” e o problema seria da sociedade, ou seja, acredito que se cada família fizer isso, imagina a quantidade de drogados nas ruas roubando, matando, para sobreviver. Não, eu não concordo com isso. Devemos lutar sempre até o fim. Dizem que um dia ele vai me matar, não sei, talvez sim, talvez não. Quem sabe é Deus, mas de uma coisa tenho certeza, seja como for que vou embora, vou com a minha consciência tranquila. Hoje vivo meu dia a dia sempre em alerta, nunca sei o que vai acontecer em casa. Tem dias em que ele está bem, sereno, de repente ele muda, fica violento irritado, agressivo e quebra o que tem na frente. Eu vivo comprando tudo de novo, liquidificador, pratos, copos, microondas, porta, trocando vidros nas janelas. Não posso ter um celular de modelo novo, escondo meu aspirador, minha carteira, não tenho mais joias (todas ele já vendeu), não tenho um relógio, me sinto presa como se a minha vida não valesse nada. As vezes durmo em baixo da cama, dependendo da agressividade que ele chega da rua, fico sempre atenta, quando saio com amigos, não fico completamente relaxada ate o momento que ligo em casa e está tudo bem. Gostaria de chegar em casa, abraçá-lo e dizer que o amo muito, sentar na mesa para jantar com ele, assistir TV com ele e comentar o filme ou o programa. Ter o final de semana, fazer um churrasco com ele, a namorada e os amigos dele. As mães que têm isso, não imaginam a benção que é, quando vejo alguma reclamando de alguma coisa do filho. Penso “se ela soubesse o que é ter um filho PROBLEMA, ela levantaria as mãos para o céu todos os dias louvando a Deus por ter o filho que tem”.


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Curiosidades da Terrinha

O que é

O que você acha de resgatar o passado da nossa cidade? Acompanhe as fotos e histórias sobre locais que ficaram registrados na história.

Colaboração Contato

Esse trabalho só seria possível com o apoio do professor Maurício Ferreira.

Sebo “O Barato da Cultura”: 11 2816-3387 | 2449-2140

Conheca dois pontos de referencia da cidade, o Parque da Uva e o Bolao

e

Bolão O Conjunto Poliesportivo Dr. Nicolino de Lucca mais conhecido em Jundiaí como “Bolão” é excelente espaço para práticas esportivas. Localizado na Rodrigo Soares de Oliveira, s/n, no Anhangabau é uma opção rápida para praticantes de diversas modalidades. Por muito tempo o ginásio principal representou modelo de solução de engenharia, sendo na sua construção o maior vão livre do tipo existente no Brasil.

Em 2014 haverá no final de janeiro e em fevereiro a 31ª Festa da Uva

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Fotos: Rodrigo Goes

m uma área total de 52 mil m², localizada na Avenida Jundiaí, uma das mais movimentadas do município, o Parque Comendador Antônio Carbonari, mais conhecido como o Parque da Uva é um dos pontos turísticos mais lembrados da cidade. Com 60 anos o local já foi ponto de encontro de famílias e jovens, e da concorrida Festa do Morango, além de outros eventos artísticos, comerciais e religiosos. Reestruturado, o parque foi reinaugurado em 2004, mais moderno e mais funcional. Os três pavilhões principais ocupam área de 6.000 m². O Parque funciona de segunda a segunda, das 8 às 18 horas.


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Multiplicadores Roberto Itimura

O que é

Em Multiplicadores, mostramos as pessoas que fazem a diferença em Jundiaí com projetos simples e funcionais.

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Conhece alguém no bairro, escola, faculdade, trabalho, enfim, uma pessoa que tem a visão da mudança positiva para a cidade e às pessoas? Indique para a gente.

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Roberto Itimura, uma historia de amor a vida Reportagem: Maria Theodora Fotos: André Luiz

Raio-X Roberto Itimura foi fumante e chegou a pesar 117kg, até que resolveu emagrecer e buscar uma vida saudável. Ele participa de vários grupos de corridas. Um deles, que ele mesmo criou é o Klabhia Team Run, uma homenagem a Claudia Schaefer e sua filha Beatriz Schaefer Pineda, uma jovem de 18 anos com problemas físico, mental e auditivo. O objetivo é motivar as pessoas a fazerem parte dela, “pois todos nós temos o dever de integrar as pessoas portadoras de necessidades especiais à sociedade e o esporte é uma ferramenta fundamental para a inclusão e acessibilidade”. Em Jundiaí Roberto treina está as quartas-feiras, no Bolão, sempre a partir das 19h40 e as quintas-feiras, a partir das , na Avenida Nove de Julho. Contato Quer saber mais sobre ele e suas superações? Procure por Roberto Itimura no Facebook.

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ombinamos de nos encontrar por volta das 20 horas na pista de corrida do Conjunto Poliesportivo Dr. Nicolino de Lucca, o Bolão. Era uma quarta-feira, daquelas noites que o frio doía os ossos, fazia arder o coração, mas ao escutar a história do coordenador de manutenção de uma empresa multinacional, Roberto Itimura, de 52 anos, marido da Cristina e pai da Melissa (30 anos), Adriane (28 anos) e Maiyara (18 anos) aqueci meu coração e alma. Roberto é daquelas pessoas iluminadas, que fazem a diferença na própria vida e na de todos que estão ao seu redor. Com cinco pontes de safena, ele já correu 19 meia-maratonas, duas provas de 25 km e três maratonas. Uma história de superação, sempre multiplicando o bem! Quando surgiu a corrida em sua vida? Sempre achei que corrida fosse coisa de louco. Em 2003 tive dores no peito e passei por avaliação médica onde foi constatada uma angina. Depois de um ano tive graves problemas tendo que fazer a implantação de cinco pontes de safena. Em 2005 tive problemas em três pontes fazendo com que cinco artérias ficassem 80% comprometidas. Em 2008 voltei a ter dores e tive um infarto. Daí o médico descobriu que eu tinha uma doença grave progressiva com facilidade de criar placas de gordura no coração. Foi então que ele me receitou remédios e disse que as tais drogas aliadas à atividade física seria uma solução para meu problema. Como foram os primeiros “passos” pela corrida? Com a determinação do médico comecei fa-

zendo esteira na academia. Um dia fui ao Parque da Cidade e estava caminhando normalmente quando me despertou uma vontade de correr. Corria um tanto e descansava outro tanto até que consegui dar toda a volta no parque e achei meu caminho. O detalhe é que o meu médico tinha deixado claro que eu poderia caminhar e não correr! Quando foi que você disputou a primeira corrida? Minha primeira corrida foi a da Tribuna de Santos. Fiz a prova em uma hora seis minutos. Lá sai feliz e com espírito de corredor pensando em já melhorar meu posicionamento. Daí comecei a treinar, sempre com o apoio do dono da academia que eu frequentava. Minha segunda participação foi na Track&Field Run Series, no Shopping Villa Lobos, em São Paulo e a pouco menos de 500 metros da chegada tive um infarto, o meu segundo. Ao todo foram três. Só me lembro de acordar no hospital e o médico dizer que meu caso era de risco. Neste momento minha esposa, Cristina, pediu ao médico que mandasse eu abandonar a corrida, mas ele foi a meu favor e a partir daí comecei a evoluir dentro da corrida. Contabilizando suas corridas quantas já foram do início, lá em 2008, até hoje? Já participei de 19 meia-maratonas, duas provas de 25 km e três maratonas. Em janeiro deste ano participei do Desafio do Pateta, na Disney, onde em três dias corremos 68 km, sendo 5 km na sexta-feira, 21 no sábado e 42 no domingo. Meu sonho maior é correr 53 km em um dia. Cinquenta e três quilômetros porque


Multiplicadores Roberto Itimura em abril do ano que vem completo 53 anos de vida e vou me presentear com esta superação e já estou convidando todo mundo para o treino Happy Birthday. Qual é o melhor da vida para você? Estar vivo. Além dos meus três infartos já na vida adulta, fui considerado morto com 16 anos depois de estourar uma bomba em uma festa de São João. Perdi alguns dedos da mão direita, o enxofre invadiu minha corrente sanguínea e minha situação ficou tão crítica que os médicos me deram como morto aos meus pais, mas a crença em Deus fez com que eu voltasse à vida. Aos 22 anos, quando minha esposa estava grávida de

nossa segunda filha, comecei a ter fortes dores de cabeça e foi diagnosticado meningite, que também superei. Qual é o recado que você dá às pessoas que passam por algum problema para fazer com que elas superem este momento? Meu avô deixou uma marca em mim: “tudo o que você pega você vai largar na terra, mas o que importa é o que você não consegue pegar. Isso sim você levará para sempre em seu coração”. E a corrida me fez reafirmar isso, aqui não há distinção de classe social e nem cor. Todos somos iguais e isso deveria ser a regra de qualquer situação de nossas vidas.

Cinco beneficios que a corrida de rua traz para sua saude Previne doenças Há benefícios comprovados em relação a osteoporose, ao risco de doenças cardíacas, câncer de ovário ou de mama, distúrbios do sono e até mesmo a respeito do controle de disfunção erétil. O motivo é simples, correr mantém o organismo ativo o que impede que uma série de mecanismos metabólicos enferrugem. Entre os principais benefícios destacamse o aumento do débito cardíaco, melhora da circulação coronariana, prevenção da hipertensão arterial, e da doença coronariana. A atividade também favorece o aumento da massa muscular, auxilia o combate à osteoporose e o controle de peso corporal, do colesterol, do estresse, da ansiedade e da depressão.” - declara a nutricionista Mariana Melo. Reduz o peso corporal A corrida está no topo da lista dos exercícios que mais queimam calorias. Além disso, correr aumenta os níveis de serotonina, neurotransmissor que regula o apetite, dessa forma faz com que o praticante coma menos e melhor. Proporciona sensação de bem-estar A prática regular de exercícios físicos libera endorfina no cérebro, o que aumenta a dose diária de bom humor do atleta. Além disso, a liberação do hormônio cortisol que ocorre durante a corrida alivia o estresse e

a ansiedade proporcionando maior sensação de bem estar. Deixa o coração mais resistente A corrida exige que o coração aumente o fluxo de sangue para o corpo todo e faz com que ele bombeie mais sangue com menos batimentos, tornando-se assim mais eficiente. Com o aumento da circulação sanguínea, cresce a entrada de oxigênio nos tecidos. Outro benefício é que isso dificulta a capacidade de contração do músculo cardíaco e isso afasta o risco de aterosclerose, que é o estreitamento de vasos devido a placas de gordura e que leva ao infarto. Aumenta a Libido A secreção de endorfinas gerada ao correr, aumenta o apetite sexual e diminui a ansiedade e insegurança. Dessa forma, disfunções sexuais podem ser melhoradas através da atividade. A corrida também proporciona aumento de testosterona e, no caso das mulheres, também há um aumento dos hormônios relacionados ao desejo, além de aumentar a autoconfiança.

Na internet Procure por Multiplicadores


Faca Voce Mesmo ecologia

O que é

Você realmente se preocupa com o meio ambiente? Que tal reutilizar itens que achava que nunca mais usaria ou tinha certeza que iria para o lixo? Vamos reaproveitar!

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Tem atitudes sustentáveis? Quer sugerir? Acesse agora nosso site e envie o seu comentário. Ou então, participe na nossa fan page no Facebook.

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Materiais:

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Faça primeiro os cortes no papel com o tamanhos desejados ou compre a base redonda, depois risque os tecidos deixando sobras, passe o ferro para retirar marcas/amassados. Em seguida passe cola, fixando o tecido com ajuda da espátula ou régua, do centro para fora. Para facilitar, picote o tecido em volta para um melhor acabamento, passando cola. Para o acabamento no verso utilize feltro, o mesmo papel ou cortiça. Cortando no mesmo tamanho ou um pouco menor.

DICA Para fixar na parede como quadro utilize a fita banana e, se quiser colocar o elástico ou fazer o acabamento do quadro com flores, utilize a cola contato. 38

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3° Setor

O que é

Histórias que são lições de vida estão presentes nesta editoria, ligada diretamente com o 3º setor.

Indique

Se você conhece alguma história emocionante de pessoas assistidas por entidades filantrópicas de Jundiaí, conte-nos: falecom@apezero1.com.br

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Quando uma historia se entrelaca a outra Reportagem: Maria Theodora Foto: André Luiz enino tímido, com voz mansa, cheio de vontade na vida e com amor pela família que trasborda e chama a atenção, assim é o estudante e auxiliar de logística, Diego Augusto Marchesin, de 26 anos. Ele participa de um grupo de estudo religioso do Lar Anália Franco e só depois de muito tempo descobriu que o carinho pela entidade, vem de família. “Conheci o Lar através das minhas irmãs Mayara e Isabela, que estudaram aqui por três anos. Como vinha diariamente buscá-las e participava das festas realizadas para os alunos e familiares comecei a ter contato com todas as atividades realizadas pela instituição e comecei a me interessar por várias delas, como o grupo que participo”, comentou Diego. Com o relacionamento com a história da entidade ele descobriu que o carinho pelo local já era de família. “O Lar completou 100 anos em 2012 e muitas atividades foram realizadas aqui, até que um dia, o senhor Jairo Silvestre dos Santos,

m

Danilo tem o Lar Anália Franco como base da educação de sua família presidente do Conselho de Administração da instituição, me mostrou alguns documentos históricos e neles vimos que a minha mãe tinha sido interna, do até então internato Lar Anália Franco”. Diego sempre escutou a história da mãe e da tia que, com apenas seis e cinco anos, entre 1977 e 1981, moraram em um abrigo. “Nunca

imaginei que o abrigo era este. Fiquei emocionado porque a base para a nossa educação foi a daqui”, enfatizou. Para ele os serviços prestados pela instituição são cheios de particularidades. “Infelizmente das 50 unidades do Lar Anália Franco ao longo dos anos, apenas o de Jundiaí permanece ativo”, finaliza.

Sobre o Lar Voltada para o amparo à criança órfã abandonada e para a educação e a assistência social das famílias em situação de risco, a instituição foi fundada em maio de 1912. Nasceu como Sociedade Humanitária Protetora da Infância Desvalida Asilo e Creche Jundiaí, para abrigar meninas órfãs, nos moldes da Instituição modelo, fundado pela educadora Anália Emilia Franco. O tempo passou e a entidade mudou o endereço, da rua do Rosário, 83, transferiu-se para a Rua 30 de Outubro, 12 (hoje Rua Siqueira de Moraes, 178), onde permaneceu até 1927, até que a construção da atual sede na Rua Hans Staden, 176, Anhangabaú. No seu primeiro endereço o Lar ainda era uma instituição que abrigava órfãs e também meninas vindas de lares desfeitos ou sem suporte econômico para mantê-las. A aprovação do Estatuto da Criança e Adolescentes visou a mudança do foco deixando de ser um Internato para voltar-se à área educacional. Sua denominação também foi alterada algumas vezes, sendo a atual “Lar Anália Franco” aprovada em assembléia Geral de abril de 1959. Desde então, com o novo endereço, o foco foi direcionado pra amparar crianças e adolescentes da Escola Municipal Rotary Club, vizinha do Lar, formada na sua grande maioria por moradores da Vila Ana, atuando no contra turno da Escola Regular. Hoje, o Lar mantém convênio com a Prefeitura Municipal através da SEMADS, com o programa: Convivendo e Aprendendo e Geração de Renda em beneficio das mães, crianças e adolescentes. 40

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turismo

O que é

Vamos viajar pelo mundo e indicar restaurantes centenários.

Já foi?

Esteve no Botin? Envie uma foto para a gente: falecom@apezero1.com.br

100 anos

Já foi em algum restaurante centenário? Conte-nos sua experiência!

Madrid tem o restaurante mais antigo do mundo Reportagem: Maria Theodora Fotos: Divulgação e Arquivo Pessoal magine você fazendo um tour pela Europa com passagem por Madrid e provar um prato no restaurante mais antigo do mundo, segundo o Guinness Book. O Restaurante Botin foi fundado em 1725 e até hoje mantém a mesma fachada e a mesma decoração em seus quatro andares. A empresária Maryana Silva Rodrigues, 27 anos, e o pai Ruy Jonas Rodrigues, 53 anos, estiveram quatro dias em Madrid e souberam do restaurante por um guia impresso distribuído pelo hotel. “Estava folheando o guia e li sobre o restaurante. Assim que meu pai soube que se tratava de um centenário quis conhecer. Fomos andando pela Plaza Mayor e logo pela fachada já soubemos que era lá o lugar”, explicou Maryana. De acordo com ela o atendimento é impecável. Os garçons são todos homens, na sua maioria mais velhos. “O restaurante parece um labirinto, cheio de entradas e salas com belas janelas no primeiro e segundo pisos. Optamos em almoçar no subsolo, parece uma gruta, um ambiente com tijolinhos à mostra (composição bem antiga) bancos de madeira e sem janelas dando àquele lugar um ambiente bem fresco por incrível que pareça”. Maryana e o pai decidiram pelos pratos típicos da casa. Comeram frango e ovos, e tomaram sangria espanhola. “Ao chegar os pratos uma coisa nos chamou muito a atenção, as baixelas eram de porcelana pintadas a mão, lindas, o que favoreceu mais ainda o ambiente e toda a estrutura do restaurante”, relembrou. A conta por fim não foi um susto, segundo a empresária. “Achamos que por ser um restaurante histórico o preço foi mais do que justo! Vale a pena a visita se você for passar por Madrid!”, enfatizou Maryana.

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Serviço: Botin fica na Calle de Cuchillenos, n° 17 e o funcionamento é diário. Para o almoço das 13 às 16 horas e para o jantar, das 20 às 24 horas. Mais informações podem ser obtidos pelo site www.botin.es.


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Criancas

O que é

Tire o seu filho da frente do videogame e computador e o faça ter uma infância mais feliz. Vamos relembrar as brincadeiras que fizeram sucesso na sua infância.

Indique

Lembrou de alguma brincadeira que seu filho e os amigos do condomínio irão gostar, conte-nos: falecom@apezero1.com.br

Ta chegando a hora de abrir o cofrinho Reportagem: Maria Theodora Fotos: Paulo Toledo e Maria Theodora final de ano é aquela coisa boa. Natal, dar e receber presentes e também usar aquele dinheiro que o seu filho guardou o ano todo no cofrinho. Mas todo o cuidado é pouco quando este momento chega. De acordo com o educador e consultor financeiro, Pedro Luiz Braggio, é bom incentivar as crianças a guardarem o dinheiro no cofrinho, mas se na hora de abrir você deixar gastar da maneira que elas querem todo o esforço vai por água abaixo. “É necessário explicar para a criança que aquele valor total que ela guardou durante todo o período tem que ser usado com consciência, que ela não gaste o dinheiro com coisas que não agregam valor a sua vida e, se ela tiver dúvida se deve ou não comprar aquele produto, que ela realmente adquira quando tiver total certeza de que não vai desperdiçar aquele valor. Adiar desejos é muito bom para a criança”, explica ele. Segundo Braggio, muitos pais ainda não se importam com a educação financeira dos filhos. “A nossa realidade é muito dura. Muitos pais ainda acreditam que dinheiro não é assunto de criança e não se importam em mostrar que a educação financeira é uma grande ferramenta que, se aplicada desde cedo, pode construir as bases de uma equilibrada relação com o dinheiro na vida adulta e certamente no sucesso dos filhos”. Uma sugestão do consultor é estimular que a criança doe um brinquedo ou qualquer objeto para alguém que necessite. “Doação também é educação financeira e pessoal. A criança saber a realidade de outras que elas não convivem e saber que aquele dinheiro que ela se esforçou para guardar durante um determinado período pode ser uma lição imensa na vida dela”, diz Pedro.

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Letícia já tem guardado 125 reais só em moedas


6 dicas para engordar seu cofrinho e saber como usa-lo - Guarde todas as moedinhas, aquelas que sobram do lanche da escola, o troco da mesada;

Pedro Braggio, consultor financeiro

A estudante Leticia Biagi Martins têm apenas 11 anos e já sabe que dinheiro é assunto sério. Desde o começo do ano ela vem guardando seu “dinheirinho” e já contabiliza, só em moedas, 125 reais. “Esta é a primeira vez que consigo juntar moedas e estou feliz em saber que eu mesma estou conseguindo economizar”, conta. Letícia ainda não sabe o que fazer com o dinheiro. Ora pensa em comprar um brinquedo, ora um perfume, mas também pensa em continuar poupando. “Não quero comprar nada no impulso só porque é final do ano. Talvez eu espere o próximo ano para ver algo que realmente eu precise, afinal terei um valor ainda maior”, enfatiza. A disciplina da garota se dá pelas conversas com os pais. “Eles sempre me ensinaram que dinheiro não é brincadeira, que é preciso planejamento, assim quando adulta saberei administrar o que eu ganhar”.

A mãe da estudante, Adriana Cristina Biagi Martins, de 40 anos, conta que sempre ensinou o valor do dinheiro. “Desde quando meus filhos eram pequenos sempre mostrei que dinheiro não cai do céu e que são precisos tempo e disciplina para juntá-lo e comprar o que se quer ou o que seja necessário. No supermercado, quando a maioria das crianças saem desvairadas pegando tudo que vêm pela frente, eu autorizava que eles pegassem um Yakult e um Danone, nada mais”, explica. O assunto é tão sério para a família que Letícia e o irmão Marcelo Biagi Martins, de 15 anos, compraram depois de bastante tempo guardando a mesada que recebiam, um Notebook e um Ipad. E ela sozinha já comprou diversas bonecas para sua coleção. “Guardando dinheiro podemos realizar sonhos”, finaliza Letícia.

- Sabe aquela coisa de pegar para inteirar o dinheiro para o lanche da sexta-feira? Esquece. Colocou lá deixa lá; - O valor total que guardado durante todo o período tem que ser usado com consciência; - Não gaste o dinheiro com coisas que não agregam valor a sua vida; - Adiar desejos é muito bom; - Educação financeira é uma grande ferramenta que, se aplicada desde cedo, pode construir as bases de uma equilibrada relação com o dinheiro na vida adulta.


pets

Cuidado com as armadilhas das comemoracoes de final de ano Reportagem: Maria Theodora Fotos: André Luiz e divulgação ezembro é um dos meses do ano mais esperado. Família reunida, confraternizações, mesa farta de comidas que não provamos durante os 11 meses anteriores e que podem ser fatal para o seu animal de estimação. “Aquele costume de oferecer restos da mesa pode causar diversos e sérios problemas de saúde e até matar”, comenta Adriano Antunes, adestrador e comportamentalista de cães. De acordo com ele é necessário ficar de olho nas crianças e nas visitas, que muitas vezes insistem em dar alimentos que não são saudáveis aos animais. “O negócio é controlar as visitas e deixar claro que não deem alimentos aos animais. Ou usar produtos feitos especialmente para eles”. Comidas condimentadas como peru, chester, tender, pernil e fios de ovos, entre outros são terríveis para dar diarréia em cães, por exemplo. Ossos de frango, de porco, de carneiro e caroços de frutas, especialmente de pêssego, podem causar obstruções, engasgos e perfurações no intestino. Outro problema para os animais quando das comemorações de final de ano é a agitação com o entra e sai das visitas. “A chegada dos convidados pode alterar o comportamento do animal até mesmo aqueles considerados dóceis podem ter atitudes agressivas com as pessoas que não são do seu convívio. Neste caso o melhor a fazer é deixá-lo em um espaço onde ele não tenha acesso ao entra e sai”, explica. O vilão das noites de festas são sem dúvida os fogos de artifício, principalmente nos cães por terem audição sensível. “Muitas pessoas se questionam o porquê do animal ter medo dos fogos. Um cachorro, por exemplo, embora domesticado traz sua raiz animal e vai querer se defender de tudo que o ameace e por isso tentará enfrentar o perigo latindo ou se escondendo e isso está relacionado ao instinto de medo do animal”, confirma. Para Adriano, a melhor coisa quando começarem os fogos é colocar o animal para dentro de casa, num ambiente onde ele possa se sentir seguro principalmente com a sua presença e

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Outro problema para os animais é a agitação com o entra e sai das visitas

Adriano Antunes, adestrador e comportamentalista

nunca tentar acalmá-lo com a voz mansa, doce. “Com a voz mole o animal vai interpretar que nós também estamos com medo daquela situação e vai ficar ainda mais angustiado. É preciso firmeza, mostrar postura de liderança para que ele entenda que aquilo não é nada e que você vai salvá-lo da situação”, ensina. Para evitar essas situações de desespero, o comportamentalista de cães orienta que os donos acostumem o cão com o barulho um bom tempo, fazendo com que ele associe o barulho com algo bom. “Isso pode ser feito com um CD. Dá para ir apresentando os barulhos mais baixos e ir aumentando. Dessa forma, ele vai se acostumar”, orienta.

vidas. O que fazer com meu animal durante o período que estarei fora? A primeira coisa é decidir se o animal vai também na viagem ou não. No caso de levar o animal é preciso saber se onde o dono for se hospedar é permitido animais e verificar se as vacinas estão em dia. Se optarem por deixar o animal em casa é necessário que alguém cuide dele. “O animal vai estar sozinho e vai precisar de cuidados básicos, como alimentação, limpeza e carinho. Uma saída é pedir para que algum conhecido ou alguém da família possa ficar com este animal, neste caso é preciso levar as coisas de uso do animal: cobertor, roupa, lençol, potes de água e comida e a comida de costume”, lembra Adriano. Outra sugestão, de acordo com o adestrador são os serviços de dog sitter. “Esta é uma ótima opção, já que o animal estará em seu próprio ambiente, respeitando sua rotina e sem se sentir sozinho. O serviço do dog sitter consiste na alimentação, passeio e limpeza do local”, finaliza.

Viagens Dezembro também é o mês que nos programamos para as merecidas férias. Viajar com a família ou com os amigos causa expectativa e para quem tem animais de estimação muitas dú-


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seu pet estiloso em todo momento Muito charme para seu bichinho na hora de passear ou descansar. Com certeza ele atrairá muitos olhares!

1 Fotos Produtos: Paulo Toledo

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1. Vestido Woof R$ 90,00 e Corrente R$ 49,00; 2. Brigadeiro Woof R$ 580,00; 3. Arranhador Cat Box R$ 260,00; 4. Cama Oncinha R$ 250,00; 5. Bolsa de Transporte R$ 250,00. Todos os produtos podem ser encontrados no O Mundo de Sofia (11 2881-0099- Rua Eduardo Tomanik, 900 - Unit Mall - Jundiaí)

4 dicas para o feliz ano novo do seu pet - Escolher um local onde o seu cão se sinta confortável, um quarto ou algum cômodo fechado para poder abafar o som. É importante também que esse local seja seguro, com janelas fechadas e longe de objetos que o seu cão possa se machucar. - Para que ele se acostume, grave o som de fogos de artifício e coloque para tocar em um nível baixo e distante desse ambiente, associe esse som a coisas agradáveis, como a brincadeira preferida dele ou o horário da comida. Aos poucos, aumente esse som, sempre dando petiscos e brincando com cachorro quando notar que ele está calmo e tranquilo. - Os cachorros se assustam com muita facilidade com o barulho de rojões, fogos e até trovões, e animais com muito medo tem a tendência a querer fugir. Então, providencie uma plaquinha de identificação com o seu telefone, e deixe na coleira dele, caso ele escape alguém pode contatar você. - Se o seu cachorro não se sentir a vontade para brincar ou continuar com muito medo durante o treinamento, é recomendável procurar o auxilio de um médico veterinário.


Faca Voce Mesmo o que tem na geladeira

O que é

Desperdiçar comida é pecado, não é verdade? Então, vamos aproveitar o que sempre sobra na geladeira ou ármario e preparar pratos criativos e super saborosos.

Participe

Desafiamos você a preparar essa receita e nos contar como foi, além é claro de revelar qual foi seu segredinho para deixar o prato ainda mais saboroso. Visite nosso site e comente. Ou então poste em nossa fan page no Facebook: APÊ ZERO 1

Vídeo

Quer ver como foi a preparação desta sobremesa? Acesse agora nosso site e acompanhe na seção Vídeos.

www.apezero1.com.br.

Fotos Divulgação

Pudim de Leite Ninho

Materiais:

Mãos na Massa

l 1 lata de leite condensado

Bater todos os ingredientes no liquidificador, colocar em um recipiente próprio de microondas untado com margarina. Levar ao microondas na potência alta por 10 a 15 minutos ou até que esteja com consistência firme. Espere esfriar e desenforme, decore e leve a geladeira.

l 1 lata de creme de leite com ou sem soro l 3 ovos inteiros l 1 colher de margarina l 3 xícara de Leite Ninho l Margarina para untar l Chocolate branco granulado, coco ou

confeitos de sua preferência para decorar. 48

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DICA Dica Use a criatividade. Se preferir substitua o leite ninho por um pouco de café solúvel, ou cappuccino, chocolate pó e por aí vai.


PRESENTES

educação

cafeteria

academia

classificados

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cronica

Hormonio Circulante Um dos motivos das ruas estarem cheias de carro, levou para os condomínios outro desafio. Hoje não existe mais garagem para que as bandas de rock possam ensaiar com todo sossego. Para eles, é lógico. Para os vizinhos, um inferno geral. Neste condomínio não era diferente. Todas as terças e quintas, apesar do ensaio ser no período da tarde, o desconforto era geral. Logo na chegada dos músicos o porteiro já perdia a paciência. Cada um que passava pela portaria dava um boa tarde, completando com um Estado do Nordeste; começava com a Paraíba e terminava na Bahia, certo que o porteiro era paulista, nascido em Jaú. Depois de uma breve discussão sobre a origem do porteiro, todos subiam e, do quinto andar para o mundo, o barulho era ensurdecedor. Mas naquela quinta-feira fora muito calmo. Os músicos estavam preocupados com o nome da banda, achando que uma vitaminada no nome poderia ser o caminho para o sucesso. Colocaram a pensar, em nome de míssil, índio americano, animais exóticos, mas nada dava certo. No apartamento ao lado quem fazia uma tremenda algazarra era a gatinha Catarina, recém castrada, que não dava folga para sua dona. Subia na cortina, na estante, em cima do fogão e sempre derrubando algo. Parecia uma verdadeira briga. Na verdade a gatinha estava impossível, ligada no 220W e não parava um instante, atrapalhando até a banda na escolha de seu novo nome. A dona da Catarina não teve dúvida. Chamou o veterinário responsável pela castração para que ele desse uma explicação. A gatinha não tinha sossego um só instante e não parava de aprontar, derrubando tudo que via pelo caminho. Após examinar e nada encontrar de errado, já ia se despedindo da moradora, quando encontrou no hall do elevador os músicos. Para justificar sua visita e até o pagamento, o veterinário deu o diagnóstico: “Hormônio Circulante”, ouvido pelos músicos, que mataram a charada. A partir daquele momento a banda passaria a chamar “Hormônio Circulante “. Se a banda fez sucesso, não posso afirmar, mas que a gatinha ficou um bom tempo presa na lavanderia isso foi fato até os hormônios estacionarem e a paz voltar ao apartamento. Divu lgaç ão

Rafael Godoy

José Miguel Simão Advogado e cronista 50

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Na internet Leia outras crônicas do Dr. Simão Procure pela palavra “crônica” no site: www.apezero1.com.br




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