Jul/Ago/Set- 2021 Nº 269 - Ano 48
EXERCICIOS OPERACIONAIS TREINAMENTOS GARANTEM A PRONTA-RESPOSTA DA FAB PARA O EMPREGO NAS MISSÕES ENTREVISTA
Espaço Aéreo
TRÁFEGO AÉREO
Chefe do EstadoMaior da Aeronáutica fala sobre o planejamento estratégico da FAB
Estação Radar em Ponta Porã (MS) soma-se a novos projetos para a segurança do espaço aéreo brasileiro
Projeto da Força Aérea Brasileira aperfeiçoa fluxo de aeronaves na maior terminal de voos da América Latina
Aerovisão
Abr/Mai/Jun/2021
3 ARTE: Subdivisão de Publicidade e Propaganda / CECOMSAER
Plano de voo Edição nº 269 Ano 48 Julho / Agosto / Setembro - 2021 Suboficial Johnson Barros / Agência Força Aérea
Soldado Wilhan Campos / Agência Força Aérea
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ENTREVISTA
Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno fala do papel do EMAER na construção de uma Força Aérea cada vez mais eficiente
OPERACIONAL Você luta como treina
Exercícios Técnicos, Operacionais e Conjuntos garantem a pronta-resposta para o emprego nas missões reais da FAB
EXPEDIENTE Publicação oficial da Força Aérea Brasileira, a revista Aerovisão é produzida pela Agência Força Aérea, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER). Esplanada dos Ministérios, Bloco M, 7º Andar CEP: 70045-900 - Brasília - DF
Tiragem: 18 mil exemplares.
Período: Julho / Agosto / Setembro 2021 - Ano 48 Contato: redacao@fab.mil.br
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Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Adolfo Aleixo da Silva Junior
Diagramação: Suboficial R/1 Cláudio Bomfim Ramos
Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Luis Felipe da Silveira e Eliseu
Revisão Ortográfica e Gramatical: Sargento SST Rogerio Braga Bandeira
Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador João Gustavo Lage Germano
Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte.
Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Tenente-Coronel Aviador Igor Correa da Rocha
Distribuição Gratuita Acesse a edição eletrônica: www.fab.mil.br/publicacao/listagemAerovisao
Edição: Tenente Jornalista Flávia Rocha (DRT - 1354/PI) Tenente Jornalista Cristiane dos Santos (MTB - 35288/SP)
Aerovisão
Impressão: Edigráfica.
Sargento Bianca Viol / Agência Força Aérea
Veja a edição digital
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PREVENÇÃO Por trás da caixa-preta
Conheça o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA), um dos setores mais estratégicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA)
TRÁFEGO AÉREO Novidades na maior terminal de voos da América Latina Projeto TMA-SP Neo, desenvolvido pela Força Aérea Brasileira (FAB), objetiva a completa reestruturação da Terminal São Paulo, com a redução do consumo de combustível, a preservação do meio ambiente e uma maior fluidez na malha aérea
Divulgação: DECEA
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24 RADAR Estação Radar em Ponta Porã
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Brasil ganha novo reforço na fronteira
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ESPAÇO O Uso de Imagens de Satélite pela FAB
Entenda como a Força Aérea Brasileira colabora com o desenvolvimento do País por meio da utilização de imagens de satélites
OLIMPÍADAS Na esportiva
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PROJETO HabITAs Ideias sustentáveis no serviço público
Criado a partir da comunidade acadêmica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Projeto HabITAS estuda métodos, técnicas e tecnologias sustentáveis na administração pública
VOO MENTAL A participação da FAB na Segunda Guerra Mundial
Historiador italiano, autor de livros como “Os heróis vindos do Brasil” e “Do Brasil a Montese”, relembra os feitos dos pilotos brasileiros na Guerra - por Giovanni Sulla
Conheça os atletas da FAB que disputaram a 32ª edição dos Jogos Olímpicos
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Aos Leitores
UMA FORÇA PREPARADA Manter os nossos leitores bem informados sobre a ampla gama de serviços prestados por nossa Força Aérea Brasileira (FAB) é a nobre missão a qual nos dedicamos, dia a dia, por meio dos diversos canais de comunicação da FAB. Nesta edição da revista Aerovisão, a nossa reportagem de capa vislumbra demonstrar o elevado profissionalismo das equipes envolvidas nos Exercícios Técnicos, Operacionais e Conjuntos da FAB. Em especial, destacamos como têm sido realizados alguns dos treinamentos a fim de capacitar o efetivo para uma pronta-resposta tanto em cenários nacionais quanto internacionais. Nesta edição, entrevistamos o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, que fala sobre o planejamento de alto nível para o cumprimento da missão da FAB e sobre o papel do EMAER na construção de uma Força Aérea cada vez mais forte. É com orgulho que trazemos também uma matéria sobre a inauguração da Estação Radar em Ponta Porã (MS), que se soma a novos projetos para garantir a segurança do espaço aéreo brasileiro. Em nossas páginas, destrinchamos as novidades na maior terminal de voos da América Latina: o Projeto TMA-SP Neo, que é desenvolvido pela FAB e objetiva a completa reestruturação da Terminal São Paulo, com a redução do consumo de combustível, a preservação do meio ambiente e uma maior fluidez na malha aérea. Muito além de saber que a caixa-preta das aeronaves na verdade é laranja, os leitores poderão conhecer melhor uma peça fundamental para a prevenção de acidentes aeronáuticos: o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA), um setor estratégico com capacidades singulares na América do Sul. Em outra reportagem, explicamos como os órgãos governamentais da esfera pública federal podem solicitar a disponibilização de imagens de satélites gerenciadas pela FAB. Nessa perspectiva, o leitor perceberá que, a fim de promover o desenvolvimento e a proteção do País, são praticamente infindáveis os usos de imagens de satélites. Nesta edição, não poderíamos deixar de falar dos nossos militares que participaram dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em dez páginas, relatamos como foi o treinamento dos atletas da Força Aérea Brasileira para bem representar o País, por meio do Programa Atletas de Alto Rendimento. No total, os esportistas das Forças Armadas conquistaram oito das 21 medalhas do Time Brasil. O brio dos nossos acadêmicos também ganha destaque na revista, quando tratamos do HabITAs, projeto criado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que visa propor soluções sustentáveis em edificações públicas. Convido a todos a conhecerem, ainda, por meio desta edição, um projeto que testa o impacto da utilização de veículos elétricos em uma residência sustentável no campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP). Boa leitura! Brigadeiro do Ar Adolfo Aleixo da Silva Junior Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
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“Nossa capa: Esta edição destaca os Exercícios Conjuntos, Operacionais e Técnicos que visam ao adestramento e melhor preparo das equipagens e militares da Força Aérea Brasileira (FAB). O adestramento ocorre sob a coordenação do Comando de Preparo (COMPREP).
Palavras do Comandante
A DEFESA DA NOSSA SOBERANIA
Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior Comandante da Aeronáutica
Sargento Bianca Viol / Agência Força Aérea
Somos a força armada responsável pela defesa da soberania do espaço aéreo brasileiro. Há 80 anos, cumprimos com louvor e abnegação nossa missão institucional. O resultado de nosso trabalho advém do compromisso de homens e mulheres para a estruturação de uma Força Aérea moderna e eficaz em todas as áreas de atuação. No campo da defesa aérea e do controle de tráfego aéreo, um conjunto de novos radares entrou em operação na fronteira oeste do Brasil, desde o ano de 2020, ampliando nosso escopo de atuação nessa área por meio do gerenciamento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). As estações radar instaladas no Mato Grosso do Sul surgem como fruto de parcerias bem sucedidas, como a que sempre desenvolvemos com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A última delas foi a estação em Ponta Porã. Ela se junta àquela instalada em Corumbá, inaugurada em agosto de 2020, e a de Porto Murtinho, ativada em março de 2021. Nesse sentido, a FAB não tem poupado esforços na implantação de novas e modernas tecnologias e estruturas. As ações de interceptação agora podem ser executadas de forma mais efetiva, em cooperação com os países fronteiriços, evitando a entrada de ilícitos por via aérea. Hoje temos a certeza de que, sob o aspecto da segurança de nosso céu, estamos prontos para o futuro, apesar de todos os desafios impostos pelos novos tempos. Seguiremos em nosso processo de evolução contínua. Nossos investimentos, esforços e labuta revestidos de altruísmo estarão sempre colocados a serviço da sociedade brasileira.
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ENTREVISTA
A RECEBER FOTOS E TEXTOS DA DEFESA 8
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Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, fala de como o EMAER caminha junto com o Comando da Aeronáutica, com assessoramento direto ao Comandante. Composto, em sua maioria, por Oficiais mais antigos nas diversas carreiras dentro da Força Aérea Brasileira (FAB), o EMAER discute, regularmente, temas de maior importância para a Força, como solucioná-los, e qual o nível de prioridade para cada ação demandada, com seus custos, riscos e impactos. O entrevistado fala das ações realizadas ao longo da história do EMAER, com participação direta na criação das organizações militares da FAB, além da contribuição no campo social, econômico e da ciência, tecnologia e inovação. O Oficial-General destaca, ainda, o trabalho em duas prioridades: preparo da Força para o recebimento e início da operação do F-39 Gripen e redução do escopo do contrato de aquisição do KC-390 Millennium, a fim de limitar o comprometimento orçamentário a longo prazo, de modo a permitir investimento em outras áreas e projetos com grande impacto operacional. A médio prazo, o Tenente-Brigadeiro Damasceno explica que o foco estará na obtenção de uma nova aeronave de transporte leve, na obtenção de um novo Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP), na aquisição de armamentos aéreos e na possibilidade de aquisição de um segundo lote de aeronaves F-39 Gripen. Confira a entrevista!
TENENTE JORNALISTA CRISTIANE DOS SANTOS E TENENTE JORNALISTA FLÁVIA ROCHA
Com quase 80 anos, a trajetória do EMAER se confunde com a própria história da Força Aérea Brasileira
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Sargento Bianca Viol / Agência Força Aérea
ASSESSORAMENTO PARA UM VOO PLENO
Soldado Wilhan Campos / Agência Força Aérea
A solenidade de Transmissão de Cargo de Comandante da Aeronáutica, no dia 12 de abril, na Ala 1, em Brasília (DF), também marcou a despedida do Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, que esteve à frente da Instituição desde janeiro de 2019. Em entrevista à Aerovisão, o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-
O Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) foi criado em outubro de 1941, com a missão de assessorar diretamente o então Ministro da Aeronáutica. Prestes a comemorar 80 anos, quais as maiores conquistas desse Órgão de Direção-Geral em prol da Aeronáutica? A história do EMAER se confunde com a da própria Força. Como o Estado-Maior é o grande órgão de assessoramento do Comandante em todas as áreas, os grandes avanços institucionais ao longo da história do Comando da Aeronáutica (COMAER) ocorreram devido à participação direta ou indireta do EMAER. Se eu fosse destacar algum item específico, reforçaria a alta confiança da população brasileira na Aeronáutica. O EMAER teve participação direta na criação de Bases Aéreas e demais Organizações Militares em todo o território nacional, por meio de estudos e ações de alto nível, e foi justamente essa distribuição ao longo do território que promoveu uma maior aproximação com a população nos estados da Federação, repercutindo no reconhecimento da sociedade em relação ao trabalho realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB). O Estado-Maior tem como uma das finalidades elaborar o planejamento, de mais alto nível, para o cumprimento da missão da Aeronáutica. No que concerne ao desenvolvimento nacional, a FAB coopera nos campos social, econômico e da ciência, tecnologia e inovação. Nesse cenário, qual é o papel do EMAER para o sucesso de tais tarefas? No campo social destacaria a questão relacionada ao serviço militar inicial, no qual milhares de jovens têm contato com a Instituição e recebem uma preparação profissional e de cidadania, bem como as ações de utilidade pública e interesse social, como é o caso do apoio em calamidades públicas, combate à dengue e o recente apoio no combate à
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Tenente-Brigadeiro Damasceno está à frente do EMAER, uma Organização Militar que tem oito décadas de história
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Suboficial Manfrim / Ministério da Defesa
Apoio na adequação da infraestrutura necessária,como hangares, pátios, no combate à pandemia do novo Coronavírus
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O EMAER é composto, em sua maioria, por Oficiais mais antigos nas diversas carreiras dentro da Força. São Oficiais com muitos anos de experiência. Toda essa experiência acumulada num único órgão serve exatamente para realizar análises de alto nível nas demandas geradas pelo Comandante.
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pandemia. No campo econômico e da ciência, tecnologia e inovação (CT&I), destacaria o fomento à Base Industrial de Defesa (BID). A EMBRAER, que atualmente ocupa a posição de terceira maior produtora de aeronaves comerciais do mundo, foi incubada dentro da Força Aérea Brasileira (FAB) e, em determinado momento, alçou novos ares, rompendo o cordão umbilical que as unia. Hoje em dia, a região de São José dos Campos (SP) tornou-se o maior polo tecnológico aeroespacial da América Latina, graças ao desenvolvimento originário do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), criado nos anos de 1950. As ações realizadas pelo hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), sob a supervisão
do EMAER, objetivam o desenvolvimento, a homologação e a qualificação de produtos e de empresas voltados para a área aeroespacial, com vistas à redução da dependência externa. Outra finalidade do Estado-Maior é coordenar as ações que envolvam os Órgãos de Direção Setorial do Comando da Aeronáutica. Nesse contexto, como tem sido a atuação do EMAER na construção de uma Força Aérea cada vez mais forte? O EMAER é composto, em sua maioria, por Oficiais mais antigos nas diversas carreiras dentro da Força. São Oficiais com muitos anos de experiência. Além de 11 Oficiais-Generais, possui cerca de 50 Coronéis
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Como dito, o EMAER utiliza todo seu material humano para analisar as prioridades da Força. Pensando no momento presente, o EMAER trabalha com duas prioridades: preparar a Força para o recebimento e início da operação do F-39 Gripen e reduzir o escopo do contrato de aquisição do KC-390 Millennium, a fim de limitar o comprometimento orçamentário a longo prazo...
PEMAER), e delineadas mais detalhadamente na Diretriz de Planejamento Institucional (DIPLAN), que é um direcionamento específi co de todas as ações da Aeronáutica para os próximos cinco anos, servindo de base para a elaboração dos Planos Setoriais dos Órgãos de Direção Setorial da Aeronáutica (ODSA). Compete ao EMAER estudar e propor soluções que levem ao emprego eficaz do poder aeroespacial, visando garantir a soberania do espaço aéreo brasileiro. Nesse sentido, atualmente quais têm sido as prioridades do Estado-Maior? Como dito, o EMAER utiliza todo seu material humano para analisar as prioridades da Força. Pensando no momento presente, o EMAER trabalha com duas prioridades: preparar a Força para o recebimento e início da
Suboficial Johnson Barros / Agência Força Aérea
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e 20 Tenentes-Coronéis. Toda essa experiência acumulada em um único órgão serve exatamente para realizar análises de alto nível nas demandas geradas pelo Comandante. Esses profissionais adquiriram muitos conhecimentos ao longo de suas carreiras e agora estão na posição em que podem fazer a diferença e conduzir a Instituição a novos rumos. Esse grupo seleto de Oficiais discute, regularmente, temas de maior importância para a Força, como solucioná-los, e qual o nível de prioridade para cada ação demandada, com seus custos, riscos e impactos. A ação direta do EMAER na construção de uma Força Aérea mais forte se dá com ações de longo prazo, as quais são formalizadas nos documentos de planejamento de alto nível (Concepção Estratégica e Plano Estratégico Militar da Aeronáutica –
Uma das prioridades do EMAER é preparar a Força Aérea para o recebimento do F-39 Gripen
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O trabalho do EMAER perpassa toda a atuação da Aeronáutica. Para tanto, demanda diversos setores específicos para ser capaz de analisar os assuntos de todas as áreas. O trabalho do EMAER perpassa toda a atuação da Aeronáutica. Para tanto, demanda diversos setores específicos para ser capaz de analisar os assuntos de todas as áreas. Neste contexto, a Primeira Subchefia atua
na análise de temas relacionados ao pessoal, ensino, legislação e organizações; a Segunda Subchefia atua nas áreas de inteligência e relacionamento com estrangeiros (Adidos Aeronáuticos acreditados no Brasil, Aditâncias Militares no exterior, entre outros); a Terceira Subchefia atua na supervisão das atividades aéreas, espaciais, cibernéticas e doutrinárias; a Quarta Subchefia atua na gestão de temas relacionados à área logística (material aeronáutico e bélico, infraestrutura, patrimônio e meio ambiente); a Quinta Subchefia atua no planejamento orçamentário e coordenação do orçamento anual; a Sexta Subchefia atua na área de planejamento estratégico da Força (alinhamento com o Ministério da Defesa - MD, estudos do Planejamento Baseado em Capacidades (PBC) e elaboração de documentos de alto nível); a Sétima Subchefia atua na área de projetos de ciência, tecnologia e inoObtenção de um novo Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) é uma das prioridades do EMAER
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Sargento Paulo Rezende / Agência Força Aérea
O arcabouço de estudos do EMAER é bastante vasto, passando pelo gerenciamento das missões de ensino; pelo trato das questões inerentes ao relacionamento internacional; pelas análises e decisões sobre o emprego operacional da
Força; dentre muitos outros. Como o senhor poderia explicar a amplitude de atuação do Estado-Maior e a sua relevância no dia a dia do Comando da Aeronáutica?
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operação do F-39 Gripen e reduzir o escopo do contrato de aquisição do KC-390 Millennium, a fim de limitar o comprometimento orçamentário a longo prazo, de modo a permitir investimento em outras áreas e projetos com grande impacto operacional. Pensando no médio prazo, as prioridades estão relacionadas basicamente à obtenção de uma nova aeronave de transporte leve, à obtenção de um novo Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP), à aquisição de armamentos aéreos e à possibilidade de aquisição de um segundo lote de aeronaves F-39 Gripen.
Suboficial Johnson Barros / Agência Força Aérea
Seminário de Empresas Aeroespaciais para futuros Adidos. Evento é realizado anualmente pelo EMAER
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Sabemos que o Brasil é
considerado um líder natural na América Latina, dada sua extensão territorial, a grande quantidade de recursos naturais, um clima que permite a agricultura em larga escala
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vação (concepção, elaboração de requisitos e acompanhamento); o Escritório de Governança Executiva (EGE) atua na área de governança institucional (normatização de temas relacionados a processos, gestão de risco e integridade, além de centralizar as diversas prestações de contas do COMAER aos órgãos do Governo Federal); e a Assessoria de Estudos Estratégicos (AEE) atua na análise de assuntos estratégicos de interesse do COMAER. Com essa estrutura, o EMAER tem condições de, na função de Órgãos de Direção-Geral (ODG) da Aeronáutica, determinar prioridades dos Órgãos de Direção Setorial da Aeronáutica em todas as áreas, planejar e redirecionar recursos
em vastos territórios, dentre outros.
orçamentários, orientar a condução de projetos estratégicos e realizar estudos de alta relevância institucional, além de representar o COMAER externamente junto ao MD e outras Forças Armadas, nacionais e estrangeiras. Desta maneira, o EMAER confirma sua atuação como elo central de coordenação de todas as áreas de atuação da Aeronáutica. Ao longo dos 80 anos da FAB, o EMAER tem participação em iniciativas e mudanças de expressivo valor para o cumprimento eficaz da missão da Força Aérea Brasileira. Na concepção do senhor, a FAB está à altura da grandeza do Brasil no cenário geopolítico mundial?
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Foto acervo pessoal - Major Luana
Militar da FAB durante participação em Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), coordenada pelo EMAER
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ar, com seus meios aéreos, em algumas missões ao redor do planeta, em apoio à ONU, caso seja demandado, colaborando na demonstração de poder da Nação além de nossas fronteiras.
O EMAER é “responsável pela elaboração dos grandes direcionadores de atuação da Força. Nesse sentido, iniciou em 2017 estudos relacionados ao Planejamento Baseado
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Sabemos que o Brasil é considerado um líder natural na América Latina, dada sua extensão territorial, a grande quantidade de recursos naturais, um clima que permite a agricultura em larga escala em vastos territórios, dentre outros. Portanto, no cenário internacional, o Brasil se mostra um player relevante. Como membro fundador da Organização das Nações Unidas (ONU), o País tem buscado participar de iniciativas chanceladas por este órgão para a promoção da paz em diversas regiões do globo. O Brasil esteve como país líder na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), entre 2004 e 2017, bem como na Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), com protagonismo do Exército Brasileiro (EB) e da Marinha do Brasil (MB). Além disso, o País participa de missões em diversas regiões, especialmente na África. Nesse contexto, reforço que a FAB além de atuar diligentemente na Defesa Nacional, tem condições de atu-
em Capacidades (PBC).
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Enquanto Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, como o senhor poderia sintetizar a contribuição da FAB na construção de capacidade militar para compor o esforço principal da Defesa Nacional? O EMAER é responsável pela elaboração dos grandes direcionadores de atuação da Força. Nesse sentido, iniciou em 2017 estudos relacionados ao Planejamento Baseado em Capacidades (PBC). Tal metodologia proporciona um subsídio puramente técnico ao dimensionamento da Força, promovendo um assessoramento de quais áreas devem receber investimentos, a curto, médio e longo prazo, a fim de garantir o cumprimento das obrigações constitucionais da Aeronáutica.
Dessa forma, o PBC retira os empirismos do planejamento relacionado à atividade-fim da Força, trazendo mais transparência às decisões das autoridades, enquanto reforça as efetivas necessidades institucionais. Considerando a complexidade do PBC, ainda não foram concluídos os estudos de todos os cenários prospectivos. Finalizadas as análises, será possível afirmar, com clareza, quais as reais necessidades do COMAER para cumprir suas obrigações hoje e na próxima década. Com base nesse compêndio de informações, o Ministério da Defesa será assessorado em relação às capacidades atuais, previstas e eventuais limitações. Dessa forma, o MD terá mais subsídios para decidir os investimentos mais relevantes para as três Forças Armadas, de acordo com suas prioridades em termos de capacidades requeridas frente
aos cenários vislumbrados. O senhor poderia delinear um panorama da atuação do EMAER na construção da Força Aérea Brasileira do futuro? O EMAER tem papel central em quaisquer ações realizadas na preparação da Força Aérea do futuro. Ao falarmos de futuro, nos remetemos à visão de futuro da Aeronáutica, descrita em nossa Concepção Estratégica: “Uma Força Aérea de grande capacidade dissuasória, operacionalmente moderna e atuando de forma integrada para a defesa dos interesses nacionais”. Atingir esta visão passa, necessariamente, por um planejamento de longo prazo, cuja atribuição institucional é do EMAER. Em termos práticos, a consolidação desse planejamento ocorre pela confecção dos documentos de mais alto nível institucional: Concepção Estratégica e Plano Estratégico
Militar da Aeronáutica (PEMAER), os quais se desdobram em ações práticas realizadas por todos os órgãos da Aeronáutica. Para orientar essas ações, é reeditada anualmente a Diretriz de Planejamento Institucional (DIPLAN), documento que atribui ações e prazos aos Órgãos de Direção Setorial da Aeronáutica ao longo dos próximos anos, de modo a atender às demandas do planejamento institucional. Importante destacar que a construção desse futuro não desobriga a organização de se manter funcionando e cumprindo suas funções rotineiras, enquanto gradativamente se aprimora, tão pouco deixar de cultuar seu passado. Por fim, o EMAER é o responsável pela elaboração, acompanhamento e avaliação da estratégia institucional, atuando como instância interna de governança, submetendo ao Alto-Comando da Aeronáutica (ALTCOM) os temas que eventualmente se distanciem do direcionamento traçado. Suboficial Johnson Barros / Agência Força Aérea
O EMAER é o responsável pela elaboração, acompanhamento e avaliação da estratégia aeroespacial. Na foto, a Torre Móvel de Integração, estrutura dotada de alta tecnologia no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
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VOCÊ LUTA COMO TREINA
Com o treino, vem o aperfeiçoamento. Por isso, a Força Aérea Brasileira (FAB) mantém um cronograma acirrado de uma série de Exercícios Técnicos, Operacionais e Conjuntos, com o objetivo principal de adestrar seu efetivo em táticas, técnicas e procedimentos específicos para cada Ação de Força Aérea, capacitando-os para uma pronta-resposta quando necessário. Os adestramentos destacam-se pelo elevado nível de profissionalismo, desde a equipe de planejamento e coordenação, até o soldado que efetuará a segurança de cada um dos diversos meios aéreos envolvidos. TENENTE JORNALISTA CRISTIANE DOS SANTOS
O objetivo dos Exercícios e Treinamentos é a manutenção da operacionalidade da Força Aérea Brasileira
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de adequar os treinamentos nacionais ao perfil encontrado em cenários internacionais, de forma objetiva, com um planejamento adequado ao custo-benefício e à eficiência do adestramento. O objetivo dos Exercícios é a manutenção da operacionalidade da FAB, envolvendo seus Esquadrões Aéreos, Controladores de Tráfego Aéreo, Grupos de Defesa Antiaérea e Grupos de Comunicações e Controle. Além disso, objetiva
treinar a capacidade de desdobramento da Força e de manutenção integrada, com a atuação em conjunto dos Grupos Logísticos. O treinamento é fundamental para garantir a manutenção e a evolução
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Suboficial Johnson Barros / Agência Força Aérea
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reinamento de pouso em Pista Crítica, Assalto Aeroterrestre, Reabastecimento em Voo (REVO), Busca e Salvamento, Içamento no Mar, Tiro Lateral e Simulação de Guerras Regulares e Irregulares. Esses são apenas alguns dos treinamentos que a Força Aérea Brasileira (FAB) programou para 2021. O Comando de Preparo (COMPREP) é o responsável pelas atividades que seguem a proposta do Comando da Aeronáutica
Exercícios têm proporcionado indicadores positivos sobre a capacitação das Unidades Aéreas e Aeroterrestres
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da capacitação operacional dos militares da Instituição e, consequentemente, a pronta-resposta para o emprego nas missões reais executadas pela Força. “O Comando de Preparo irá manter a trajetória adotada desde a reestruturação dos métodos de planejamento e controle do Preparo Operacional, por meio de Exercícios Técnicos, Operacionais e Conjuntos, os quais têm proporcionado indicadores cada vez mais positivos sobre a capacitação das nossas Unidades Aéreas e Aeroterrestres, além de comprovar a alta capacidade de interoperabilidade entre as organizações”, explica o Chefe da Divisão de Preparo Operacional do COMPREP, Tenente-Coronel Aviador Luciano Antonio Marchiorato Dobignies. Os Exercícios Conjuntos (EXCON) Tápio e Tínia devem reunir centenas de militares e mais de 35 Unidades Aéreas da FAB. O Exercício Operacional Tápio evoluiu para Exercício Conjunto e está na quinta edição. É uma atividade que tem por objetivo adestrar as Unidades Aéreas e de Infantaria da FAB, em conjunto com as demais Forças Singulares, no cumprimento de ações em um cenário de guerra irregular, assimétrica, regional e limitada, focada principalmente nas Ações de Busca e Salvamento em Combate, Apoio Aéreo Aproximado, Guiamento Aéreo Avançado, Escolta e Reconhecimento Especial. A atividade é realizada anualmente desde 2017, e vem ganhando cada vez mais importância no âmbito da FAB e do Ministério da Defesa. A terceira edição do EXCON Tínia também gera expectativas, pois da mesma forma, passou a ser um evento conjunto ao estar inserido no Exercício Meridiano, coordenado pelo Ministério da Defesa. O Exercício visa simular um ambiente de guerra aérea convencional, também chamada de guerra regular, ou seja, quando há um conflito entre Forças Armadas de dois países ou alianças de
Suboficial Johnson Barros / Agência Força Aérea Soldado Anderson Soares / Agência Força Aérea Soldado Anderson Soares / Agência Força Aérea
Suboficial Johnson Barros / Agência Força Aérea
Imagens do Exercício Conjunto Tápio 2021, realizado em Campo Grande (MS), que simulou guerra irregular com atividades focadas na Busca e Salvamento em Combate
Nações, por meio de combates aéreos que simulam a disputa pelo controle do espaço aéreo, enquanto as tropas terrestres são lançadas e avançam para conquistar o território em litígio. O EXCON Tínia passou a ser o maior Exercício da FAB em 2021 e encerrará o ciclo de treinamentos do ano. No EXCON Tínia serão treinadas ações como Escolta, Reconhecimento Aéreo, Controle e Alarme em Voo, Ataque, Varredura, Reabastecimento em Voo, Posto de Comunicação no Ar, Defesa Aérea, Defesa Antiaérea, Assalto Aeroterrestre e Transporte Aéreo Logístico. Exercício Técnico Tiro Lateral Embora de menor proporção e com envolvimento reduzido de militares e equipamentos, o Exercício Técnico Tiro Lateral tem grande relevância. Nessa atividade, os tripulantes de aeronaves de asas rotativas realizam o adestramento das táticas e técnicas de emprego armado em alvo terrestre, com uso das metralhadoras laterais, como a Minigun M-134 calibre 7.62mm, com cadência de três mil tiros por minuto, utilizadas nas aeronaves H-60 Black Hawk. Além do treinamento do tiro lateral em estande, os militares realizam voo de formação e finalizam o treinamento com a simulação de Busca e Salvamento em Combate (CSAR, sigla em inglês para Combat Search And Rescue), ou seja, resgate de um evasor. Durante o treinamento, a tripulação também realiza voos noturnos para adaptação e formação de tripulantes, com o uso de Óculos de Visão Noturna (NVG, do inglês Night Vision Goggles). Treinamento de Pousos em Pistas Críticas A presença das Forças Armadas na Região Amazônica é vista como estratégica para a soberania nacional. No entanto, considerando que a maior parte das cidades na Amazônia é desprovida de capacidade logística e de ligação com o restante do País, o acesso às localidades é sempre um desafio. As pistas em geral
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Interoperabilidade Exercícios em conjunto com as demais Forças Armadas também estão na agenda da FAB. Os Esquadrões Aéreos e embarcações dos Distritos Navais da Marinha realizam, por exemplo, o Exercício Técnico de Içamento em Convés. O treinamento visa ao incremento da interoperabilidade entre as Forças, além da manutenção do preparo da equipe de resgate dos Esquadrões da Força Aérea e da Equipe de Manobra (EqMan) de Navios-Patrulha. Em maio deste ano, o Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), sediado em Parnamirim (RN), e o 3º Distrito Naval, sediado em Natal (RN), realizaram um treinamento conjunto. O Exercício Técnico proporcionou a manutenção operacional das equipes e o aumento do nível de percepção das ações da EqMan quanto à segurança das tripulações. Para o Comandante do 1º/8º GAV, Tenente-Coronel Aviador Wankley Lima de Oliveira, o resgate de vítimas a bordo de navios mercantes, na costa do País, está ocorrendo com muita frequência nos últimos anos. “Os Exer-
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Soldado Anderson Soares / Agência Força Aérea Soldado Anderson Soares / Agência Força Aérea
são curtas e não preparadas, exigindo um constante aperfeiçoamento técnico dos pilotos da FAB. Diante disso, treinar pousos e decolagens nessas regiões também está no planejamento de atividades deste ano. O objetivo é preparar os tripulantes, entre pilotos e mecânicos de voo, para missões em pistas curtas, em terreno montanhoso e com meteorologia adversa. Algumas dessas pistas estão localizadas nas cidades de Bonfim, Normandia, Surucucu, Uiramutã, Maturacá, Querari, Tunuí e Pari-Cachoeira. O treinamento em pistas críticas capacita as tripulações para os diversos aeródromos peculiares da Região Amazônica e também contribui com a missão da Força Aérea de integrar o território nacional.
Soldado Anderson Soares / Agência Força Aérea
O adestramento é fundamental para garantir a pronta-resposta para emprego em diversas missões
Soldado Thallys Amorim / Agência Força Aérea
Exercício “Culminating” Também neste ano, o KC-390 participou do primeiro Exercício Operacional internacional. A missão inédita
Suboficial Johnson Barros / Agência Força Aérea
Soldado Anderson Soares / Agência Força Aérea
cícios de Içamento em Convés, realizados com o apoio de navios da Marinha do Brasil, têm sido uma oportunidade de treinar essa atividade em situação bem próxima da realidade”, afirma.
Acima, KC-390 Millennium em alerta. Ao lado, aeronave A-29 Super Tucano durante missão de interceptação aérea. Abaixo, aeronaves SC-105 Amazonas, no pátio da Base Aérea de Campo Grande (MS)
da aeronave aconteceu em Louisiana, nos Estados Unidos, durante o Exercício “Culminating”. O treinamento em conjunto com o Exército Americano, o Exército Brasileiro, a Força Aérea Americana e a Força Aérea Brasileira teve, entre os objetivos, a preparação de militares e tripulantes para missões de emprego em operações aeroterrestres. De acordo com um dos integran-
tes da tripulação do KC-390, Major Aviador Bruno Américo Pereira, a experiência foi única. “Nós conseguimos fazer os voos de acordo com o planejado, realizando também a missão de lançamento de paraquedistas. Agora nós vamos continuar a formação e o desenvolvimento doutrinários da aeronave”, comentou. A participação do KC-390 em treinamentos como o exercício “Culminating” e a certificação para o REVO são fundamentais para o aprimoramento da utilização da aeronave. A capacidade operacional e de atuação do KC-390 possibilita o desenvolvimento doutrinário para a utilização segura da aeronave. Por fim, com esses e outros adestramentos, a Força Aérea Brasileira garante a continuidade da capacitação dos militares e de suas Unidades Aéreas. A manutenção da qualificação e da operacionalidade garante que os militares estejam preparados para atuarem em missões reais diversas, como o enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus, o combate a crimes fronteiriços, resgate de enfermos em navios, Transporte Aéreo Logístico, dentre outras.
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RADAR
VIGILÂNCIA, CONTROLE E DEFESA DO ESPAÇO AÉREO Com a missão principal de garantir a soberania e a manutenção da paz no Brasil, a Estação Radar de Ponta Porã (MS) foi entregue no dia 30 de junho de 2021, ampliando a vigilância aérea na região. O sistema, o terceiro instalado no estado do Mato Grosso do Sul desde agosto de 2020, faz parte do processo de modernização da rede de vigilância do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). De responsabilidade operacional da Força Aérea Brasileira (FAB) – por meio da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), gerenciado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) – o Sistema conta com equipamentos de alta tecnologia que tornam mais efetivo o combate ao tráfego aéreo ilícito. TENENTE JORNALISTA LETÍCIA FARIA
É
de responsabilidade da FAB dotar o País de um sistema de controle de tráfego aéreo integrado a fim de garantir a segurança da navegação aérea no volume aeroespacial, provendo, também, serviço para a defesa aérea. Desse modo, a Estação Radar de Ponta Porã – município que faz fronteira com o Paraguai – foi instalada nas dependências do Exército Brasileiro (EB), a fim de complementar a cobertura de radar ao longo da fronteira oeste do Mato Grosso do Sul, permitindo o aumento da vigilância de voos em baixa altitude, impedindo o uso do espaço aéreo brasileiro para a prática de atos hostis ou contrários aos interesses nacionais e, ainda, dispondo de capacidade efetiva de vigilância, de controle e de defesa do espaço aéreo, utilizando recursos de detecção, de interceptação e de destruição. Possibilita, ainda, a detecção de helicópteros, mesmo em voo pairado, e aeronaves em altas velocidades com grande capacidade de manobra, como os aviões de caça. O radar identifica a altitude
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Sargento Bianca Viol / Agência Força Aérea
O Radar tem alcance de até 450 km e proporciona uma cobertura de cerca de 636.000 km2
Sargento Bianca Viol / Agência Força Aérea
A inauguração contou com a presença do Presidente da República Jair Bolsonaro, Ministros de Estado e Oficiais-Generais da Aeronáutica
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É um sistema integrado; dessa maneira, toda fronteira oeste do Brasil com o país vizinho, Paraguai, está cercada e controlada
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dos alvos, provendo uma informação tridimensional completa da posição das aeronaves detectadas. Com a ativação da Estação Radar de Ponta Porã, esta passa a ser a terceira unidade em operação na fronteira oeste do Brasil. A primeira foi inaugurada em agosto de 2020, na cidade de Corumbá; e a segunda, em março de 2021, em Porto Murtinho, também no Mato Grosso do Sul. Composta por um radar primário, o LP23SST-NG, e um secundário, o RSM970S, a Estação Radar de Ponta Porã com alcance de até 450 quilômetros, correspondendo a uma cobertura de cerca de 636 mil quilômetros quadrados, equivalente a quase duas vezes a área do estado do Mato Grosso do Sul.
por radares.
Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini
Inauguração da Estação Radar de Ponta Porã Para a ativação do radar, a FAB realizou a inauguração da estação, que contou com a presença o Presidente da República, Jair Bolsonaro. O deslocamento do Presidente, de Brasília (DF) até Ponta Porã (MS), ocorreu, pela primeira vez, a bordo de um KC-390 Millennium, o novo vetor multimissão da Força Aérea Brasileira. Ele foi recebido pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior. Estavam presentes, ainda, Ministros de Estado além de Oficiais-Generais das Forças Armadas. Em seu discurso, o Presidente reforçou a importância de inaugurar mais um radar, ação que traz segurança para a
Sargento Bianca Viol / Agência Força Aérea
Sargento Bianca Viol / Agência Força Aérea
Sargento Bianca Viol / Agência Força Aérea
O Radar permite o aumento da vigilância de voos em baixa altitude, impedindo o uso do Espaço Aéreo Brasileiro para a prática de atos hostis. Na fronteira do Mato Grosso do Sul, a FAB conta com três radares instalados: em Corumbá, Porto Murtinho e Ponta Porã
área de fronteira. “Isso nos proporcionará tranquilidade no combate de ilícitos, tráfico de drogas e armas. Isso trará paz para o centro do nosso Brasil. É uma missão da nossa Força Aérea que orgulha a todos”, ressaltou Jair Bolsonaro. O Comandante da Aeronáutica explicou a respeito do incremento da operacionalidade com a nova estação radar de Ponta Porã. “A aquisição da capacidade advinda da operação desses radares é coerente com o alinhamento dos objetivos da Estratégia Nacional de Defesa, que considera a vigilância do espaço aéreo uma importante responsabilidade para a consolidação das demais tarefas da Força Aérea Brasileira. O que vemos aqui, hoje, é um equipamento que agrega
as tecnologias mais avançadas do mundo”, salientou o Oficial-General. Já o Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini, Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), órgão provedor dos serviços de navegação aérea que viabilizam os voos e a ordenação dos fluxos de tráfego aéreo no País, ressaltou a relevância da inauguração de mais um equipamento de alta tecnologia. “Ele tem a capacidade de uma contribuição não apenas para o controle do espaço aéreo, que é a missão principal do DECEA, mas também de interceptar aeronaves não colaborativas. É um sistema integrado; dessa maneira, toda fronteira oeste do Brasil com o país vizinho, Paraguai, está cercada e controlada por radares”, frisou.
Fronteira oeste do Brasil controlada Os radares são fabricados no Brasil pela Omnisys, empresa da Base Industrial de Defesa do Brasil. Apenas para o projeto de Ponta Porã, as atividades relacionadas à fabricação, instalação e suporte dos radares geraram, aproximadamente, 2.800 empregos diretos e indiretos, envolvendo 160 empresas brasileiras. “A inauguração dessa estação radar de vigilância de fronteiras é mais um importante marco para o Brasil e estamos honrados em fazer parte fornecendo o estado da arte da tecnologia, desenvolvida em território nacional, e soluções para o controle de tráfego aéreo que contribuirão ainda mais com a soberania do País”, finalizou o CEO da Omnisys, Luiz Henriques.
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PREVENÇÃO
POR TRÁS DA CAIXA-PRETA
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) – órgão do Comando da Aeronáutica responsável pelas atividades de investigação de acidentes aeronáuticos civis e militares – utiliza, desde 2006, o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA), um dos setores mais estratégicos do Centro. Além disso, é uma peça fundamental na preservação do bem mais precioso que existe: a vida humana. O espaço possui equipamentos específicos e equipes técnicas especializadas, visando ao alcance da capacidade de leitura das famosas caixas-pretas. Poucos laboratórios no mundo possuem essa capacidade, especialmente nos cenários de obtenção de dados de equipamentos danificados. Na América do Sul, o brasileiro é o único com tamanha qualificação. TENENTE JORNALISTA CRISTIANE DOS SANTOS
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des não punitivas e sem o objetivo de apontar culpa ou responsabilização. O objetivo, nesse sentido, é a prevenção de outros acidentes e incidentes na aviação civil e militar, por meio da identificação dos fatores que tenham contribuído, direta ou indiretamente, para a ocorrência. A metodologia de tais investigações é fundamentada em compromissos firmados a partir da Convenção sobre
Aviação Civil Internacional, também conhecida como Convenção de Chicago, ocorrida em 1944, quando o Estado brasileiro passou a buscar, em seu contexto interno, regras de aviação alinhadas às propostas da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Nesse contexto, e paralelamente, o Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que compete ao Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes
A “Caixa-preta” é um nome popular de um sistema de registro de voz e dados existentes nos aviões
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Suboficial Joelson Nery / Agência Força Aérea
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avião é um dos meios de transporte mais seguro que existe. Com um rigoroso controle de tráfego aéreo, radares, instruções rígidas, informações sobre as condições do voo, tecnologias avançadas e frotas cada vez mais modernas, a probabilidade de um acidente aeronáutico é cada vez menor. Ainda assim, quando acontece, é iniciado um processo investigatório, com finalida-
Suboficial Joelson Nery / Agência Força Aérea
Aeronáuticos (SIPAER) planejar, orientar, coordenar, controlar e executar as atividades de investigação e de prevenção de acidentes aeronáuticos. O CENIPA, órgão central e normativo do SIPAER, tem a missão de promover a prevenção de tais acidentes aeronáuticos. De acordo com o Chefe do LABDATA, Coronel Aviador Adriano Barbosa Maia, a investigação de acidentes aeronáuticos tem importância valiosa para a sociedade brasileira. “O resultado final proporciona recomendações de segurança em forma de lições aprendidas, visando a procedimentos aeronáuticos mais seguros, evitando novas ocorrências semelhantes e impactando na melhoria dos índices de segurança de voo no País, seja na aviação civil ou militar”, afirma.
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Suboficial Joelson Nery / Agência Força Aérea
As cápsulas que conservam as memórias das “Caixas-pretas” são feitas de aço inoxidável e titânio, com o objetivo de preservar dados de acidentes
Todos os equipamentos são submetidos a rigorosos cuidados de manuseio para evitar mais danos às informações
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Poucos países no mundo possuem essas capacidades. Por isso, temos credibilidade no cenário nacional e internacional. Conseguimos entregar um serviço de grande qualidade para a sociedade, contribuindo muito para a prevenção de acidentes por meio da elucidação de fatores contribuintes e, de forma conseguinte, da elaboração de robustas recomendações de segurança. Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno
sobremaneira para a elucidação dos acontecimentos anteriores ao acidente. Por muito tempo, o Brasil dependeu de serviços de leitura e análise de dados de gravadores de voo de outros países. Entretanto, com o intuito de aperfeiçoar os processos investigativos aeronáuticos do Estado brasileiro, desde 2006, o CENIPA conta com o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA). O espaço possui equipamentos específicos e equipes técnicas especializadas, que possibilitam a análise de dados em gravadores, mesmo que estejam severamente danificados. Atualmente, poucos laboratórios possuem tal capacidade no mundo. Na América do Sul, o LABDATA é o único com tamanha qualificação. Com isso, os dados são apresentados para análise, em formatos gráficos ou por meio de animações, os quais auxiliam os investigadores na compreensão do evento e, consequentemente, na produção das recomendações adequadas de segurança.
Suboficial Joelson Nery / Agência Força Aérea
LABDATA As famosas “caixas-pretas”, conforme suas possibilidades de volume e de precisão de informações, contribuem
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O que aconteceu? A pergunta é recorrente quando ocorre um acidente de avião. No entanto, responder a essa indagação só é possível depois de realizada a investigação, que é composta por três fases: coleta de dados, análise dos dados e apresentação dos resultados. A coleta de dados é a primeira fase da investigação, na qual uma equipe multidisciplinar se desloca até o local da ocorrência com o objetivo de levantar informações para análise. Dentre os vários materiais coletados, a depender da aeronave, os investigadores podem também lançar mão dos gravadores de voo. Embora nem todas as aeronaves possuam tais dispositivos, quando presentes, a busca por tais equipamentos se torna um dos objetivos principais da fase de coleta de dados.
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Com um software de animação em 3D é possível simular o cenário do acidente ocorrido TECNOLOGIAS Uma das características que torna mais complexa a atividade de leitura e análise de gravadores de voo é a ininterrupta evolução tecnológica inerente à atividade aérea. Desse modo, o LABDATA busca, recorrentemente, novas tecnologias embarcadas, aquisição de novos equipamentos, bem como o aperfeiçoamento contínuo de seus recursos humanos. O analista de dados de gravadores de voo com conhecimento em engenharia eletrônica, Sargento Felipe Marques Gomes, explica que a extração das memórias exige muita atenção, para que nada
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seja ainda mais danificado. “Usamos microscópios que permitem observar as placas de vários ângulos sem ao menos tocarmos nelas. Ainda assim, usamos luvas e jalecos antiestáticos, sempre com o objetivo de resguardar as informações em qualquer dispositivo que possa contribuir para elucidar a ocorrência”, explica. O analista esclarece, ainda, que os cuidados são redobrados quando um gravador esteve submerso em água. “O processo de oxidação se inicia no exato momento em que se retira o equipamento da água, ao entrar em contato com o ar. Então, a partir das características do
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gravador, utilizamos fornos específicos para a secagem dos componentes eletrônicos, sempre buscando preservar os dados”, complementa. Além de fornos e microscópios com tecnologias avançadas para a extração de dados, o LABDATA passou a utilizar mais recentemente a animação em realidade virtual do acidente em três dimensões (3D), a qual permite a visualização externa e interna da aeronave, mostrando a sequência de voo realizada com base na leitura de cruzamento de dados dos diversos sistemas de voo. Por meio dela, os investigadores conseguem visualizar a trajetória da
ISO-9001 Em 2015, o CENIPA trabalhou de forma contínua na adequação interna do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), que tem por finalidade identificar, mapear e controlar os processos da organização, de modo a padronizar as atividades e aumentar a qualidade do produto final oferecido. Como resultado do trabalho, o LABDATA adquiriu a certificação da qualidade NBR ISO-9001:2015 no “Processo de Extração e Análise de dados de gravadores de voo”, a qual tem sido renovada anualmente desde então. Para o Chefe
do CENIPA, Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno, o LABDATA tem reconhecimento de excelência no Brasil e no exterior. “Poucos países no mundo possuem essas capacidades. Por isso, temos credibilidade no cenário nacional e internacional. Conseguimos entregar um serviço de grande qualidade para a sociedade, contribuindo muito para a prevenção de acidentes por meio da elucidação de fatores contribuintes e, de forma conseguinte, da elaboração de robustas recomendações de segurança. Nós temos muito orgulho do trabalho que fazemos”, concluiu.
Em maio de 2021, ocorreu mais um processo de renovação da Certificação NBR ISO9001:2015 no LABDATA
Suboficial Joelson Nery / Agência Força Aérea Suboficial Joelson Nery / Agência Força Aérea
Suboficial Joelson Nery / Agência Força Aérea
aeronave, a velocidade desenvolvida, o caminho percorrido, a altitude alcançada, a atuação dos comandos de voo, o funcionamento dos sistemas, além de ouvir as conversas realizadas na cabine de comando.
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PROJETO DA FAB APERFEIÇOA FLUXO DE AERONAVES NA MAIOR TERMINAL DE VOOS DA AMÉRICA LATINA O Projeto TMA-SP Neo, desenvolvido pela Força Aérea Brasileira (FAB) por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), tem por objetivo a completa reestruturação da Terminal São Paulo, área de maior movimento aéreo da América Latina. As novas rotas visam otimizar o sequenciamento das aeronaves para pousos e decolagens, especialmente nos momentos de alta demanda, trazendo benefícios como o aumento da capacidade do espaço aéreo, a simplificação das rotas, a otimização da comunicação entre pilotos e controladores, a redução do consumo de combustível, a preservação do meio ambiente com a redução da emissão de CO2 pelas aeronaves, além da maior fluidez na malha aérea, principalmente nos voos de chegada à terminal, objetivando a acomodação da demanda projetada para os próximos dez anos. TENENTE JORNALISTA LETÍCIA FARIA
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(ATM). O primeiro voo a realizar a nova rota de chegada foi de uma aeronave da Azul Linhas Aéreas (AZU2014), que utilizou o Point Merge System (do inglês, Sistema de Ponto
de Convergência), método moderno que visa otimizar o sequenciamento das aeronaves em descida para pouso, especialmente nos momentos de alta demanda.
Novas rotas visam otimizar o sequenciamento das aeronaves para pousos e decolagens, reduzindo atrasos, especialmente nos momentos de alta demanda, trazendo benefícios como o aumento da capacidade do espaço aéreo
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Divulgação: DECEA
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m operação desde maio, a TMA-SP Neo integra o Programa SIRIUS Brasil, que trata da estratégia de evolução do Sistema de Gerenciamento de Tráfego Aéreo
Divulgação: DECEA
Autoridades no Controle de Aproximação de São Paulo (APP-SP), órgão operacional de controle de tráfego
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A região de São Paulo
tem a maior quantidade de movimentos de aeronaves da América Latina, o que mostra a
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Modelo de gestão eficaz O Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini, explica que foram empregadas técnicas e conceitos de concepção de espaço aéreo dos mais modernos do mundo, como a utilização do “Point Merge”, a adoção de subidas mais fluidas e diretas, privilegiando a fase do voo na qual o consumo de combustível é mais alto, além de privilegiar as rotas mais operadas. “A nova estrutura irá atender o crescimento da demanda para os próximos dez anos, otimizar o fluxo aéreo e torná-lo mais eficiente, permitindo que tenhamos menos esperas e atrasos e, como consequência, que os operadores economizem combustível e lancem uma quantidade menor de gases do efeito estufa, como por exemplo o CO2”, destaca o Oficial-General.
importância e dimensão
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do projeto TMA Neo Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini
Para o resultado alcançado, o projeto contou com a participação direta de diversos entes da comunidade aeronáutica, como empresas aéreas, associações e aeroportos, os quais trouxeram colaborações e validaram a qualidade e a efetividade da nova estrutura de rotas. “A região de São Paulo tem a maior quantidade de movimentos de aeronaves da América Latina, o que mostra a importância e a dimensão do projeto TMA Neo, o qual envolveu, entre diversas outras atividades, a confecção de mais de 200 cartas aeronáuticas e mais de três anos de atividades em seu cronograma. Um projeto grandioso e inovador, características marcantes do DECEA e do CRCEA-SE nestes quase 80 anos de Controle do Espaço Aéreo”, reforça o Tenente-Brigadeiro Fiorentini.
A Controladora de voo interpreta informações na área mais movimentada do País
Comandante do CRCEA-SE, Coronel Aviador Ciccacio, durante apresentação sobre as melhorias na gestão da área mais complexa de tráfego aéreo da América Latina
Divulgação: DECEA
Divulgação: DECEA
Divulgação: DECEA
Coronel Ciccacio mostra ao Brigadeiro Miguel as alterações na TMA-SP
Criação do Projeto TMA-SP Fruto de mais de três anos de pesquisa e desenvolvimento, a Terminal São Paulo Neo constitui-se de uma nova circulação aérea para a região mais movimentada do País – aproximadamente 40% da demanda em 0,4% do espaço aéreo nacional – abrangendo, entre outros fatores, chegadas e saídas remodeladas para os aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Campinas e São José dos Campos. O Chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares, ressalta que o projeto destaca a constante preocupação do Comando da Aeronáutica (COMAER) em atualizar-se com as melhores práticas utilizadas no mundo a fim de prestar um serviço de navegação aérea cada vez mais eficiente. “O projeto demonstra a capacidade da Força Aérea Brasileira de entregar à sociedade soluções modernas e eficientes para os desafios da atualidade e do futuro no que diz respeito ao gerenciamento do espaço aéreo brasileiro e, consequentemente, da soberania nacional”, sublinha o Oficial-General. Objetivos e benefícios Dentre os objetivos está a criação de uma estrutura de espaço aéreo moderna que proporcione aumento de capacidade superior a 10% à demanda prevista no decorrer dos próximos dez anos, empregando, para isso, técnicas e conceitos avançados durante a concepção da circulação aérea. Com isso, reduzir esperas e atrasos, relacionados à capacidade dos setores de aeronaves que operam na Terminal São Paulo e, ainda, otimizar a carga de trabalho de pilotos e controladores. Tudo isso com o perene compromisso de manter os mais altos níveis de segurança operacional do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Elencados como benefícios do Projeto TMA-SP Neo, estão: a capacidade, que após testes comparativos, apontam ganho acima de 30% para a nova circulação aérea, equilibrando a demanda
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na terminal, o que se traduz em tranquilidade e conforto aos mais de 75 milhões de passageiros que passam por ela. Funcionamento do Projeto TMA-SP As aeronaves entram por dois arcos, separadas por mil pés, cerca de 300 metros. Cada uma, no momento adequado, segue para um ponto de convergência, o Point Merge, prosseguindo para o pouso. Utilizado apenas em alguns países do mundo, o método agora será aplicado para as aeronaves que acessam a Terminal São Paulo. As Terminais do Rio de Janeiro (RJ), Pirassununga (YS), Curitiba (CT), Florianópolis (FL) e Porto Alegre (PA) também foram adaptadas para atender a nova circulação de São Paulo. De acordo com o Brigadeiro Miguel, o principal ganho será no balanceamento
dos setores da Terminal São Paulo, o que vai refletir no aumento da capacidade do fluxo aéreo. “Esse procedimento possibilita que a aeronave reduza a necessidade de fazer esperas usuais, permitindo uma aproximação mais rápida, o que otimiza os fluxos dos movimentos que se aproximam para Guarulhos”, explica o Oficial-General. Mudança do SRPV para CRCEA-SE Mais uma importante ação, alinhada com a política estratégica da FAB e a visão prospectiva do DECEA, foi a mudança ocorrida no Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), que transformou-se, em abril desse ano, no Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE). A nova estrutura promove a atualização
Militar monitora tela de radar no APP-SP
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dos setores de entrada de aeronaves na terminal, bem como a adoção de saídas mais desimpedidas, permitindo às aeronaves alcançarem seu nível de voo ótimo mais rapidamente e que ocupem os setores da terminal por menos tempo; o meio ambiente, pois se espera poupar 17 mil toneladas de combustível, o que significa deixar de lançar mais de 54 mil toneladas de CO2 na atmosfera, e, ainda, reduzir o ruído aeronáutico em mais de 15% na emissão total para o entorno do aeroporto de Congonhas, segundo estudos da INFRAERO; e a segurança operacional, benefício que contribui para que o serviço prestado pelo Controle de Aproximação de São Paulo mantenha os mais elevados níveis de segurança operacional aos mais de 660 mil movimentos anuais que operam
Divulgação: DECEA
administrativa, técnica e operacional decorrente dos 74 anos de atuação no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. A mudança passa a ser um marco histórico da Organização Militar, tendo agora um nome correspondente à atual missão, assim como demonstra por parte do COMAER sua preocupação com a importante região econômica do País, para fortalecer o modelo de gestão das duas principais terminais brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo, proporcionando melhores condições para atender às demandas atuais e os desafios futuros. O CRCEA-SE tem a missão de prover os serviços de controle do espaço aéreo e de telecomunicações do COMAER, além de conduzir as aero-
naves que têm por missão a manutenção da integridade e da soberania do espaço aéreo brasileiro na área definida como de
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O Centro busca, constantemente, a excelência no atendimento à sociedade e é responsável pela gestão de controle de tráfego e gerenciamento de pousos e decolagens em sete dos maiores aeroportos brasileiros
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Tela com a nova configuração da TMA-SP
Coronel Aviador Chrystian Alex Scherk Ciccacio
sua responsabilidade. O CRCEA-SE está sediado no Aeroporto de Congonhas e controla os movimentos aéreos das maio-
res terminais de voo do Brasil, como São Paulo, área de maior densidade de fluxo no País, que representa 0,4% do espaço aéreo e concentra 40 % da malha nacional. O Comandante do CRCEA-SE, Coronel Aviador Chrystian Alex Scherk Ciccacio, apresentou sua visão do cenário. “O Centro busca, constantemente, a excelência no atendimento à sociedade e é responsável pela gestão de controle de tráfego e gerenciamento de pousos e decolagens em sete dos maiores aeroportos brasileiros: Guarulhos, Congonhas, Viracopos, Galeão, Santos Dumont, Campo de Marte e Jacarepaguá e conduz a operação de uma das maiores frotas de helicópteros urbanos do mundo. Ressalto, ainda, a importância da ponte aérea Rio-São Paulo, que hoje é a quarta rota mais voada do mundo, segundo matéria publicada no site da Forbes, em 2019, sendo uma das mais pontuais entre as dez rotas mais movimentadas do planeta”, detalha o Oficial.
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EMPREENDIMENTO ATUA NA EVOLUÇÃO DA NAVEGAÇÃO AÉREA NAS BACIAS PETROLÍFERAS A área do pré-sal é considerada uma importante reserva de petróleo, localizada na plataforma continental brasileira, que se estende desde o Estado do Espírito Santo até Santa Catarina, englobando as Bacias Petrolíferas do Espírito Santo, de Campos e de Santos. O acesso às Plataformas Petrolíferas que operam nessa área é feito por helicópteros modernos e velozes, que transportam passageiros e cargas em rotas de até 200 Milhas Náuticas, equivalentes a 360 quilômetros. Visando implantar melhorias nos Serviços de Navegação Aérea que atendem as Bacias Petrolíferas, a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), vem desenvolvendo uma série de iniciativas englobadas no Empreendimento Melhoria nos Serviços de Navegação Aérea nas Bacias Petrolíferas do Programa SIRIUS (PFF-008). TENENTE JORNALISTA LETÍCIA FARIA
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Sob a coordenação do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), o Projeto PFF-008 iniciou, em junho deste ano, a análise da Bacia Petrolífera de Santos (BPS), que abrange uma área de aproximadamente 350 mil quilômetros quadrados, o que impõe novos desafios operacionais e logísticos ao projeto. Dentre os objetivos estão o incremento da segurança operacional e a estruturação do espaço aéreo na BPS, com modernas técnicas de circulação aérea em atendimento à crescente demanda Offshore e o desenvolvimento dessa estratégica região econômica do pré-sal brasileiro. O empreendimento está dividido em fases, na primeira delas será criada a nova estrutura de espaço aéreo, com procedimentos modernos e trajetórias mais eficientes, melhorando a circu-
Divulgação: PETROBRAS
Eficiência operacional do espaço aéreo A eficiência operacional do espaço aéreo provém de uma nova organização estrutural, da utilização da Navegação de Área (RNAV) com conceitos de Navegação Baseada em Performance (PBN), aplicados nos procedimentos PinS, chegadas, saídas e nos voos em rotas. “Para realizar o planejamento de novas estruturas de espaço aéreo na BPS, adequadas às modernas capacidades de navegação das aeronaves Offshore, que possibilitem suas futuras adaptações para os conceitos PBN, foi preciso pesquisar em detalhes o cenário atual dos voos na região do pré-sal, para identificar possibilidades de melhorias”, conta o Tenente-Coronel Pogianelo. O gerenciamento do Projeto PFF-
008, sob a coordenação do CINDACTA II, adotou o processo de decisão colaborativa (CDM), com a participação dos membros da comunidade interessada, como a Petrobras, a Infraero, a ANAC, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), exploradores de petróleo, empresas aéreas e pilotos. Resultados dos serviços de navegação aérea Os resultados esperados com a melhoria dos serviços de navegação aérea na BPS são os seguintes: o incremento na segurança operacional; o aumento na capacidade do espaço aéreo; o aumento da eficiência nas operações dos usuários e a redução da carga de trabalho dos pilotos.
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) vem desenvolvendo uma série de iniciativas englobadas no Empreendimento Melhoria nos Serviços de Navegação Aérea nas Bacias Petrolíferas do Programa SIRIUS (PFF008)
Divulgação: HELIBRAS
Divulgação: CINDACTA II
lação aérea na região do pré-sal. O Gerente do Projeto, Tenente-Coronel Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Marcus Luiz Pogianelo, destaca que ocorrerá a inclusão de rotas e níveis de voos, com a criação de waypoints (do inglês, pontos de passagem) para o aumento da consciência situacional dos pilotos e maior segurança dos voos. A implementação dessas novas tecnologias e estruturas de espaço aéreo com rotas RNAV para a Bacia Petrolífera de Santos (BPS) na região do pré-sal brasileiro propõe melhorias imediatas para os usuários, além de seguir as diretrizes do DECEA e atender os objetivos estratégicos da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). A finalização do projeto está prevista para o ano de 2025. Aerovisão
A eficiência operacional do espaço aéreo provém de uma nova organização estrutural, da utilização da Navegação de Área (RNAV) com conceitos de Navegação Baseada em Performance (PBN), aplicados nos procedimentos PinS, chegadas, saídas e nos voos em rotas
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O USO DE IMAGENS DE SATÉLITE PELA FAB Entenda como a Força Aérea Brasileira ajuda a desenvolver o País utilizando e cedendo imagens registradas do espaço para diversos órgãos governamentais TENENTE JORNALISTA FLÁVIA ROCHA
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magens geradas por satélites artificiais ganham, cada vez mais, novos e surpreendentes fins. No Brasil, no contexto da Força Aérea Brasileira (FAB), além de atender a demandas internas da área de Defesa, são fontes de informações para tomada de decisões estratégicas em todo o território nacional. Por meio de Acordos de Cooperação, Convênios ou Termos de Execução Descentralizada (TED) entre o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) e órgãos governamentais da esfera pública federal, há um emprego sinérgico dessa tecnologia na localização de alvos, no suporte a catástrofes, na detecção de queimadas florestais, em atividades de fiscalização ambiental, na identificação do potencial mineral de regiões brasileiras, no planejamento da segurança pública, entre outras missões. Imagens de satélites contratadas e conduzidas pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), por meio do Centro de Operações Espaciais (COPE) e do Centro Conjunto Operacional de Inteligência (CCOI) em Brasília (DF), foram utilizadas, por exemplo, durante a Operação Amazônia Azul e em apoio ao combate ao derramamento de óleo no litoral do
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Imagens de satélite de Brumadinho (MG), cedidas pela Força Aérea, auxiliaram autoridades no trabalho de análise da região afetada pela tragédia, em 2019
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Arcervo CECOMSAER
Em princípio, todos os órgãos governamentais da esfera pública federal são considerados potenciais usuários de imagens satelitais gerenciadas pela FAB
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Durante grandes eventos, como as Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) do Rio de Janeiro, a Copa do Mundo de 2014 e a Copa América de 2019, esse produto ampliou a capacidade de montagem de cenários e de análise de situações
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Nordeste. De modo similar, outras imagens foram usadas largamente no combate às queimadas na Amazônia, durante as Operações Verde Brasil I e II, lideradas pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM). O Chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE, Major-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, acrescenta que imagens de satélites ampliam a capacidade de Busca e Salvamento. “Em determinadas situações de emprego em missões, poderão auxiliar na condução das ações, podendo até ser decisivo. Enquanto isso, a velocidade de cada satélite determina que a sua aplicabilidade é complementar na ampliação da capacidade de busca e salvamento”, esclarece.
Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida
Um emprego fundamental é no planejamento e execução de ações de segurança pública. “Durante grandes eventos, como as Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) do Rio de Janeiro, a Copa do Mundo de 2014 e a Copa América de 2019, esse produto ampliou a capacidade de montagem de cenários e de análise de situações. Nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, a FAB fez uso de imagens do satélite de alta precisão EROS-B para reforçar o monitoramento durante os Jogos”, explica o Comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida. Prevenção Após o desastre do rompimento da barragem em Brumadinho (MG), ocorrido em janeiro de 2019, os produtos
Imagens satélite / COMAE
desse tipo de sensoriamento remoto foram utilizados para o acompanhamento e controle da barragem em Barão de Cocais (MG). Por outro lado, não é só durante eventos catastróficos que esse avanço tecnológico pode auxiliar no diagnóstico ambiental. Outro uso recorrente desse engenho espacial tem sido nas pesquisas de produção agrícola. As imagens gerenciadas pela FAB, por exemplo, já serviram de insumos para trabalhos de fiscalização fundiária por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Do mesmo modo, essas modernas técnicas espacias são empregadas para observação, fiscalização e controle de áreas de preservação ou pontos
Imagens satélite - COMAE
Imagens de satélites são operadas pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), por meio do Centro de Operações Espaciais (COPE), em Brasília (DF). Na imagem ao lado, vemos o complexo esportivo das Olimpíadas de 2016. Abaixo, imagem da região central da Capital Federal
de desmatamento, realizados por órgãos competentes, o que tem ocorrido rotineiramente na Amazônia Legal, com apoio do COMAE. Quando tudo começou... O uso de produtos de sensoriamento remoto não é novo nas Forças Armadas. A utilização de imagens de satélite pela FAB teve início em 1984, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) passou a disponibilizar as imagens coletadas pelo Satélite de Observação da Terra (LANDSAT-5), que eram trabalhadas pelos Especialistas em fotografia da FAB. Com o passar dos anos, outros satélites da série LANDSAT foram lançados em 1993, 1999 e 2013. “A FAB utilizou também imagens do Quick Bird, de altíssima resolução espacial, com uma ótima solução para image-
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Constelação Satelital Própria O Tenente-Brigadeiro Almeida afirma, ainda, que paralelamente às operações de programação, pilotagem e controle desses satélites contratados, conduzidas pelo COMAE, a FAB busca desenvolver e lançar, em médio prazo, uma constelação satelital própria, norteada pelo Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), com vistas a obter uma maior autonomia nessa área. O PESE estabelece o lançamento de satélites de Sensoriamento Remoto por meio de grandes projetos: o Carponis e o Lessonia. O Projeto Carponis trabalha com satélites que possuem capacidade de Imagens satélite - COMAE
amento sem estereoscopia e World View 2”, lembra o Major-Brigadeiro Barbacovi. “Antes do lançamento dos satélites, a FAB já operava plataformas com sensores aerotransportados que coletavam dados da superfície terrestre e possibilitavam a composição de cenas em mosaicos. Posteriormente, com a finalidade de suprir suas necessidades, a FAB buscou firmar contratos com empresas no exterior que fossem capazes de fornecer os produtos satelitais de seu interesse, estando atualmente ativados quatro lotes contratados”, disse o Tenente-Brigadeiro Almeida.
Imagem de satélite captada na Operação Samaúma, realizada na Serra do Cachimbo, no Pará, a fim de combater o desmatamento na Amazônia
Foto de satélite utilizada em ação de segurança pública durante a Copa do Mundo de 2014
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gerar imagens ópticas, na faixa da luz visível, semelhante a uma câmera de uso comum. Já o Projeto Lessonia, previsto para entrar em operação em 2022, representa um avanço tecnológico maior, pois visa a capacidade de gerar imagens pelo sistema Radar de Abertura Sintética, chamado de tecnologia SAR, do inglês Synthetic Aperture Radar (SAR). Serviço São praticamente infindáveis os usos das imagens de satélite. São diversas atividades com um objetivo comum: promover o desenvolvimento do País. Em princípio, todos os órgãos governamentais
Imagens satélite - COMAE
Imagem de satélite usada no combate às queimadas na Amazônia, na Operação Verde Brasil
da esfera pública federal são considerados potenciais usuários de imagens satelitais coletadas pelo COMAE. Para solicitar a disponibilização dessas imagens, atualmente, há um processo definido pelo qual o requerente identifica a área a ser imageada, esclarece a finalidade e o efeito desejado e especifica a janela temporal para a coleta (oportunidade). Depois disso, encaminha a solicitação à entidade da Administração Pública Federal que, então, faz o trâmite da solicitação ao Estado-Maior da Aeronáutica, para posterior aquisição dos dados requisitados”, informa o Comandante do COMAE.
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51 ARTE: Subdivisão de Publicidade e Propaganda / CECOMSAER
OLIMPÍADAS
CONHEÇA OS ATLETAS DA FAB QUE PARTICIPARAM DOS JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO O País alcançou a 12ª posição do quadro geral das Olimpíadas de Tóquio. Os militares atletas das três Forças Armadas conquistaram oito das 21 medalhas do Time Brasil. Foi o melhor desempenho do País em Jogos Olímpicos, superando a edição Rio-2016 em número total de medalhas. A performance dos participantes do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR), do Ministério da Defesa em parceria com o Ministério da Cidadania, contribuiu para que o Brasil alcançasse tal posição. Nesta 32º edição, o País foi representado em 35 modalidades por 303 atletas, dos quais 93 foram militares, sendo 23 da Força Aérea Brasileira (FAB). TENENTE JORNALISTA RAQUEL ALVES
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O Sargento Caio Souza é o melhor brasileiro nas barras paralelas nos Jogos Olímpícos de Tóquio
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Tive que realizar “treinamentos físicos em casa, pois buscar um ambiente adequado para os treinos técnicos,
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como um lago, seria algo difícil
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ais de 17 mil quilômetros sobre o Oceano Pacífico e 12 horas de diferença no fuso horário. Um trajeto longo e cansativo, mas esses são pequenos obstáculos para quem seguiu esse percurso com apenas um objetivo: conquistar um lugar no pódio dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, que ocorreram de 23 de julho a 8 de agosto. Antes das tão sonhadas medalhas, um dos desafios foi: como realizar os treinos? Há pouco mais de um ano, o mundo passou a viver submetido a riscos, medos e restrições, devido à pandemia do novo Coronavírus. Imunizados contra a COVID-19, para competir em Tóquio, os atletas não mediram esforços e se readaptaram para se prepararem para as competições. Como bons combatentes, mesmo diante de tantas incertezas e adversidades, eles reinventaram suas estratégias de treinamento para dar
Sargento Ana Sátila
Divulgação: Ministério da Defesa
A Sargento Ana Sátila entrou para a história como a primeira mulher finalista na Canoagem Slalom, nos Jogos Olímpícos de Tóquio
continuidade na defesa das suas posições no cenário desportivo internacional. Assim, a pandemia do Coronavírus entrou para a rotina dos atletas de alto rendimento como um novo oponente. Os clubes tiveram que fechar suas portas, os centros de treinamentos foram interditados, os aeroportos fechados e todas as competições foram suspensas, algumas até canceladas. Esses ainda não eram os únicos empecilhos na vida desses militares. Logo, como tantos brasileiros, alguns atletas também sofreram perdas de familiares. A Sargento Ana Sátila, classificada desde 2019 nas categorias de K1 e C1 de Canoagem Slalom, precisou fazer muitas adaptações na sua rotina de treinos. “Tive que realizar treinamentos físicos em casa, pois buscar um ambiente adequado para os treinos técnicos, como um lago, seria algo difícil”, disse. Ainda assim, a atleta seguiu confiante e moti-
a garagem de casa e ainda construiu um setor ao lado para realizar seus treinos de arremesso com segurança. “As Olimpíadas têm crescido muito nos últimos anos. Nós agradecemos por participar dessa grande competição”, disse o atleta, que recebeu as orientações do seu técnico a distância.
Wander Roberto / COB
Sargento Augusto Dutra, um dos representantes do atletismo do Brasil no Salto com Vara, focou nos treinos da corrida de aproximação
Imunizados em busca do Ouro A vacinação dos atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros, incluindo os atletas militares da Força Aérea Brasileira, iniciou-se em maio, por meio de uma ação interministerial dos Ministérios da Defesa, da Saúde e da Cidadania, com apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que possibilitou a vacinação dos atletas brasileiros contra a COVID-19. A imunização ocorreu no Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), no Rio de Janeiro (RJ), como também nas cidades de São Paulo (SP), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG). Obedecendo aos protocolos da
vada para manter o foco em seus objetivos. A Sargento Ana Sátila, mesmo sem medalha, fez história como a primeira mulher brasileira a conquistar uma vaga na final olímpica da modalidade Canoagem Slalom C1. A rotina dos representantes de atletismo também não foi diferente. Classificados desde 2019 para os Jogos Olímpicos, eles remontaram seus planos de treinos, focando em trabalhos de polimento técnico e reforço muscular específico e buscaram formas de diferenciar suas marcas, como é o caso do Sargento Augusto Dutra, da prova de Salto com Vara, que focou nos treinos da corrida de aproximação, dando chance para empunhar a vara no ponto mais alto e aumentar o impulso do próprio corpo durante o salto. Já o campeão Panamericano de Arremesso de Peso, Sargento Darlan Romani, trouxe parte do treinamento para
Sargento Aline Rodrigues, uma das representantes da natação do Brasil
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Sargento Laila Ferrer Domingos (Lançamento de Dardo)
Organização Mundial da Saúde, não houve registro de contaminação entre os competidores. O Sargento Marcus Vinícius, um dos atletas militares de alto rendimento da FAB, ressaltou que, neste período pandêmico, o suporte da FAB foi fundamental para manter a sua determinação e performance. “Falo por mim e pelos demais atletas da Força, que, sem esse apoio institucional não seríamos profissionais no nível que somos hoje”, comentou. O militar reforçou ainda a importância da concentração durante os treinos. “A pandemia poderia ter derrubado os meus resultados, mas com a Força Aérea ao meu lado, mantive o foco. Cuidei da minha saúde, da minha preparação física e psicológica, e consegui melhorar o desempenho”, enfatizou.
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Brasileiros e britânicos na prova de revezamento
Sargento Priscilla Stevaux (Ciclismo BMX)
Divulgação: Arcevo Pessoal
Programa de Alto Rendimento O Programa Atletas de Alto Rendimento é uma parceria dos Ministérios da Defesa e da Cidadania, este por meio da Secretaria Especial do Esporte, e tem o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. Os esportistas têm à disposição todos os benefícios da carreira militar, como salários, plano de saúde, férias e assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de disporem de todas as instalações esportivas militares adequadas para os treinamentos. Os atletas também são beneficiados pelas bolsas Pódio das categorias Olímpica, Internacional e Nacional do Ministério da Cidadania. A FAB dispõe das instalações da Universidade da Força Aérea (UNIFA), no Rio de Janeiro, para que os militares possam treinar. O alistamento é feito de forma voluntária, e o processo de seleção leva em conta os resultados dos atletas em competições nacionais e internacionais. Dessa forma, as medalhas já conquistadas na carreira transformam-se em pontuações nos concursos
Divulgação: Arcevo Pessoal
Sargento Francisco Barretto Júnior (Ginástica Artística)
Jamie Squire / Getty Images
Sargento Viviane Jungblut, outra representante da natação do Brasil
para preenchimento das vagas. Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Ministério da Defesa ultrapassou as metas estabelecidas ao classificar 145 atletas militares para integrarem as seleções olímpicas e conquistar 13 medalhas, das 19 obtidas pelo Time Brasil. Os números foram superiores a Londres, em 2012. A contribuição das Forças Armadas, com o apoio do então Ministério do Esporte, dos Comitês Olímpico do Brasil e Paralímpico Brasileiro, das confederações e federações esportivas, dos clubes sociais, entre outros parceiros, permitiu que atletas militares obtivessem 68% dos pódios na 31ª edição. À luz dos resultados obtidos naquela edição dos Jogos Olímpicos e do excelente desempenho de nossos atletas nos Jogos Mundiais Militares de 2019, na China, o Ministério da Defesa trabalhou focado em apoiar o esforço olímpico nacional para os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, e continua a batalha por mais ouros em 2024, em Paris. Você sabia? As Forças Armadas do Brasil, ao longo de sua história, sempre foram incentivadoras do esporte de alto rendimento. Exemplo disso foi a conquista da primeira medalha de ouro olímpica brasileira, na Antuérpia, Bélgica, em 1920, pelo então Tenente do Exército Guilherme Paraense, na prova de pistola rápida, e da primeira medalha olímpica do atletismo nacional, o bronze conquistado no salto em altura do então Taifeiro da Aeronáutica José Telles da Conceição, em Helsink, na Finlândia, em 1952. A Força Aérea, a partir da década de 1950, incorporou vários atletas de alto rendimento que contribuíram com o desenvolvimento esportivo no País. Além dos atletas, a FAB também contou com técnicos multicampeões, como Togo Renan Soares (basquete), Sami Melinski (voleibol), dentre outros.
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GLÁDIO ALADO ENTRA EM CAMPO Conheça mais sobre alguns dos integrantes da Força Aérea Brasileira do Time Brasil que participaram dos jogos em Tóquio:
Sargento Fernanda Raquel Borges Martins (Lançamento de disco)
Sargento Augusto Dutra da Silva de Oliveira (Atletismo - Salto com vara)
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Wander Roberto / COB
Lançamento de Disco: Sargento Fernanda Raquel Borges Martins “Esta foi a minha segunda Olimpíada. Foram quatro anos de muito treinamento buscando chegar à melhor forma possível, não apenas em treinamento físico, mas mental também. Os Jogos Olímpicos sempre são um desafio maior, pois é onde se decide quem será o melhor de todos; isso que o torna uma competição especial, uma vez que o sonho de todo atleta é ser campeão olímpico. Todos nós, nestes últimos meses, sofremos muito com o fechamento de centros de treinamentos e ficamos sem local para treinar; maior parte foi no improviso em casa ou em locais distantes onde havia um campo qualquer para lançar. Mas atleta é conhecido como uma pessoa de superação e me superei nesse sentido, pois nunca desisti. Foi uma preparação dura com desafios, mas que deu muito certo”.
Sargento Arthur Nabarrete Zanetti (Ginástica Artística)
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Atletismo: Sargento Augusto Dutra da Silva de Oliveira (salto com vara) “A Confederação Brasileira de Atletismo, em parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), proporcionou a oportunidade de fazer um Camping de treinamento nos Estados Unidos. Esse Camping trouxe a certeza de que meus treinamentos estão no caminho certo. Tudo isso foi possível pelo apoio do Programa de Atletas de Alto Rendimento; eu me senti honrado por estar representando o meu País, não só como atleta, mas como um militar da Força Aérea Brasileira. Esse Programa tem me oferecido um excelente suporte, facilitando muito a minha carreira atlética, pois tenho tranquilidade para exercer a minha função como atleta, graças ao meu empenho e toda a estrutura que hoje me rodeia”.
Ginástica Artística: Sargento Arthur Nabarrete Zanetti “Foi um evento totalmente diferente das outras edições, pois estamos vivendo em um momento de pandemia, no que os protocolos de segurança foram bem rigorosos para manter a saúde de todos os envolvidos. Mesmo com tudo isso, o Japão é um país incrível e fez uma Olimpíada que ficará marcada na
vida de todos. A pandemia acabou atrapalhando um pouco nossa preparação, pois ficamos muito tempo afastados do ginásio e isso fez com que nossa parte física e técnica diminuíssem, mas conseguimos retomar esses dois fatores. A paternidade está me motivando muito e está sendo o melhor momento da minha vida. Fui para o ginásio para mostrar ao meu filho, no futuro, as minhas conquistas”.
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Wagner Carmo / CBAt
Sargento Caio Oliveira de Sena Bonfim (Atletismo / Marcha Atlética)
Atletismo: Sargento Caio Oliveira de Sena Bonfim (marcha atlética) “Jogos Olímpicos, uma competição diferente de tudo por sua grandeza, sendo realizado em um momento muito difícil para o mundo, mas a dedicação não faltou. Treinamos muito para esses Jogos. Estou em minha melhor forma física. Mesmo com poucas competições, conseguimos encontrar provas pontuais que nos deram confiança e bons resultados para o Brasil”. Outros representantes Participaram, também: Geisa Rafaela Arcanjo (Arremesso de peso); Luiz Henrique Cocuzzi e Priscilla Andréia Stevaux Carnaval (Ciclismo); Arthur Nory Oyakawa, Francisco Carlos Barreto Junior e Caio Campos Souza (Ginástica Artística); Viviane Eichelberger Jungblut, Aline da Silva Rodri-
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Sargento Geisa Rafaela Arcanjo (Arremesso de peso)
Gaspar da Nobrega
A direita, o Sargento Jorge Henrique da Costa Vides, ao lado de Fodé Sissoko (velocista do Mali)
Sargento Luiz Henrique Cocuzzi (Ciclismo)
Athete / 365
Sargento Eliane Martins (Salto em Distância)
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gues, Gabriel dos Santos Silva e Pedro Henrique Silva Spajari (Natação); Vittória Lopes de Mello (Triatlo); Jorge Henrique da Costa Vides, Tatiane Raquel da Silva e Derick de Souza Silva (Atletismo); Marcus Vinicius D’Almeida (Tiro com Arco); Eliane Martins (Salto em Distância); e Laila Ferrer Domingos (Lançamento de Dardo).
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PROJETO HABITAS
INTELIGÊNCIA A FAVOR DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NO SETOR PÚBLICO Quebrar paradigmas na construção e na reforma de edificações públicas. Esse é um dos desafios do Projeto HabITAs. Criado a partir da comunidade acadêmica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o projeto tem como objetivo contribuir para uma melhor compreensão de técnicas, métodos e tecnologias sustentáveis no âmbito da administração pública. Por meio de parceria entre setores público e privado, o projeto atua com os cuidados de retrofit – processo de modernização de instalações antigas com o objetivo de corrigir problemas, tornando-as mais seguras, confortáveis e sustentáveis. *Fonte: projetohabitas.org, editado por Tenente Wanessa Liz
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esgotar os recursos que serão utilizados pelas futuras gerações. Valorizando práticas sustentáveis em reformas na engenharia civil, o projeto conta com uma série de parceiros dos setores público e privado na elaboração dos projetos executivos e na execução das obras, que buscam certificações rigorosas de sustentabilidade da construção civil, como a “AQUA-HQE” e o ainda inédito no Brasil “Living BuildingChallenge” - LBC. O Processo AQUA-HQE é uma certificação internacional da construção sustentável desenvolvido a partir da certificação francesa Démarche Haute Qualité Environnementale (HQE) e aplicado no Brasil exclusivamente pela
Fundação Vanzolini. A certificação AQUA-HQE é uma das mais importantes da construção civil, e propõe um novo olhar para sustentabilidade nas construções, buscando melhoria contínua de desempenho. Já o LBC, desenvolvido e certificado pelo Living Future Institute, dos EUA, é o sistema de certificação de sustentabilidade mais avançado do mundo para edificações. De forma a contribuir para uma melhor compreensão da urgência do tema, cuja essência vai pautar a engenharia, o design e a arquitetura ao longo dos próximos anos, o Projeto HabITAs contempla a reforma de duas edificações do campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP),
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Divulgação: ITA
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riado a partir da comunidade acadêmica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Projeto HabITAS tem como objetivo estudar as técnicas, métodos e tecnologias sustentáveis na administração pública, oferecendo maior compreensão sobre o assunto para a sociedade, além de propor um novo roteiro de concepção, projeto, construção e reforma para incorporadores, projetistas e construtores. Construir uma sociedade mais integrada e sustentável, em todas as áreas e relações é desafiador. No entanto, embora muito se fale de sustentabilidade, a prática nos remete a uma dura realidade. Uma sociedade sustentável é baseada em um padrão de produção e consumo que supre todas as necessidades, sem
CASA NIEMEYER Idealizado por Oscar Niemeyer (1907-2012), o bloco H17 foi projetado com unidades residenciais maiores e desenho distinto das demais residências no campus. As unidades são geminadas, com dormitórios dispostos na fachada principal, o que configura dois pavimentos bem marcados e reforça a ideia da permeabilidade do conjunto em função do recuo da sala de jantar, da varanda com pilotis e do jardim lateral que interliga as áreas ajardinadas da frente e do fundo do bloco. O projeto realizou a reforma e a modernização da residência, a qual teve sua originalidade arquitetônica preservada e ganhou tecnologia e materiais modernos em prol da sustentabilidade e conforto. A Casa Niemeyer é inteligente e conta com tecnologia para monitoramento setorizado do consumo de energia e água. A cozinha tem eletrodomésticos conectados a medidores de energia, com total monitoramento de consumo. Os chuveiros são híbridos, que reduzem o consumo de água e energia elétrica, e a Casa ganhou uma tomada para carga de veículo elétrico. Os dados captados serão utilizados para a criação de algoritmos que trarão indicações como o horário em
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Sargento Victor Salustrino Bezerra / CCA - SJ
Acima, o Professor Wilson Cabral de Sousa Júnior, do ITA, que coordena os trabalhos do HabITAs acerca das construções sustentáveis. Ao lado, pedra fundamental do Projeto HabITAS, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP)
que o uso dos equipamentos otimiza a geração e o consumo de energia elétrica. Além disso, uma assistente de voz responde pelo acionamento de eletrônicos e eletrodomésticos e consultas sobre a performance da Casa. O projeto da Casa Niemeyer recebeu a certificação internacional AQUA-HQE na fase de pré-projeto e projeto, por apresentar soluções para economia de energia e água; manutenção e conservação dos sistemas e equipamentos; gestão de resíduos; durabilidade dos materiais, ventilação e iluminação natural otimizadas; conforto acústico e térmico; garantia da qualidade do ar, da água e dos ambientes; climatização confortável e de alta eficiência energética.
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Wilson Cabral de Sousa Júnior / ITA
a Casa Niemeyer e a Casa de Cultura e Sustentabilidade, e visa comprovar as vantagens socioeconômicas de reformas sustentáveis em relação ao modus operandi atual da construção civil. Com a coordenação do professor Wilson Cabral de Sousa Júnior, do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental do ITA, estudantes e ex-alunos da instituição participam do projeto, além de professores de outras duas universidades (Univap e Fatec). Futuros engenheiros e pós-graduandos do ITA acompanham de perto as reuniões e debates acerca das construções sustentáveis, tendo o HabITAs como eixo dos trabalhos.
CASA DE CULTURA & SUSTENTABILIDADE Antigo galpão para depósito temporário de materiais, que posteriormente serviu de moradia para residentes do campus, a Casa de Cultura & Sustentabilidade fica em um terreno de 4.000 metros quadrados e é composta por um prédio principal, duas garagens e um galpão. Diferentemente da Casa Niemeyer, a edificação não é considerada um patrimônio histórico – e, portanto, não tem restrições de reforma. A elaboração do projeto visa à certificação Living BuildingChallenge, cumprindo com requisitos para a consolidação de uma edificação sustentável e geração de impacto líquido positivo para o ambiente e a sociedade.
Divulgação: HOBECO Wilson Cabral de Sousa Júnior / ITA Wilson Cabral de Sousa Júnior / ITA
Acima, aplicação de selo AQUA-HQE em casa dos anos 50 é inovação do projeto HabITAS. Ao lado, ponto de carregamento na garagem, o que tornará possível medir qual o consumo de energia elétrica para o carregamento do carro
ITA fecha parceria para testar o impacto da utilização de veículos elétricos em residência sustentável O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a CaoaChery fecharam em abril de 2021 parcerias para realizar um projeto de pesquisa que testa o impacto da utilização de veículos elétricos em residência sustentável. O instituto e a empresa irão monitorar
por três anos um carro elétrico, o sedã Arrizo 5e, para analisar o consumo de energia e gerar dados sobre sustentabilidade. Com esses dados, será possível ter indicações como o horário em que o uso dos equipamentos otimiza a geração e o consumo da energia elétrica provida pelos painéis solares da Casa Niemeyer, que será monitorada a fim
de gerar dados e permitir análises detalhadas sobre a viabilidade e vantagens comparativas de uma residência sustentável. O local conta com um ponto de carregamento na garagem, o que tornará possível medir qual o consumo de energia elétrica para o carregamento do carro e o quanto o provimento de energia solar da casa é suficiente para o carregamento desse tipo de veículo, entre outras informações. Segundo a coordenação do HabITAS, o estudo de aspectos da mobilidade elétrica permitirá analisar o alcance e escopo dos veículos elétricos no cotidiano, além de gerar dados sobre economia e redução de emissão de gases de efeito estufa, elementos importantes para a sustentabilidade.
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VOO MENTAL
Arcevo pessoal
Acervo pessoal
Os artigos publicados nesta coluna são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente a opinião do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
O
Brasil foi a primeira nação sul-americana a participar ativamente da Segunda Guerra Mundial, com a contribuição da Força Expedicionária Brasileira e da Força Aérea Brasileira. Em 29 de janeiro de 1943, Vargas e Franklin D. Roosevelt reuniram-se em Natal, no Brasil, para planejarem as ações das tropas brasileiras na frente italiana, incluindo um Esquadrão Aéreo de Caça. Em dezembro de 1943, foi constituído o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa), comandado pelo Major Aviador Nero Moura. Inicialmente, os pilotos brasileiros foram transferidos para a USAAF School Tactics, em Orlando, Flórida, para iniciarem o treinamento. Após essa fase, foram enviados para Aguadulce, próximo ao Canal do Panamá, onde realizaram o adestramento em duas aeronaves de Caça: primeiro o P-40 e, depois, o P-47 Thunderbolt. Em outubro de 1944, o 1º GAvCa foi transferido para a Itália, operando no aeródromo de Tarquinia, que já abrigava o 350º Grupo de Caça da USAAF. O Esquadrão recebeu 48 aeronaves P-47 Thunderbolt e foi dividido em quatro Esquadrilhas - Azul, Verde, Vermelho
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A PARTICIPAÇÃO DA FAB NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Por GIOVANNI SULLA Jambock Honorário 234, o autor é historiador italiano, autor de livros como “Os heróis vindos do Brasil” e “Do Brasil a Montese”. e Amarelo, sendo então chamados pelo apelido de “Senta a Pua”. Inicialmente, o 1º GAvCa foi encarregado de cumprir missões de Escolta aos bombardeiros, mas o colapso da Defesa Aérea da Luftwaffe gerou uma nova tarefa para os Thunderbolt brasileiros: o ataque a baixa altitude. O 1º GAvCa tornou-se, assim, uma unidade independente com o nome de código “Jambock”, e começou a registrar as primeiras perdas: o 2º Tenente Cordeiro faleceu durante uma tentativa de pouso após ser atingido pela Flack alemã em Livergnano, nos céus da região da província de Bolonha. Em dezembro de 1944, as primeiras missões começaram ao longo das margens do Rio Pó, no norte da Itália, com ataques usando bombas de 500 libras (227 kg) em diferentes alvos, como ferrovias, pontes e depósitos. No total, o 1º GAvCa empregou 48 caças bombardeiros P-47 Thunderbolt, dos quais dezesseis foram perdidos em combate e seis em acidentes. Cinco pilotos morreram em combate, mais quatro acidentalmente, incluindo um no Panamá. Onze pilotos saltaram de paraquedas dos aviões, dos quais cinco foram capturados e levados para campos de prisioneiros na Alemanha, onde permaneceram até o fim da guerra. Tudo isso demonstra o valor desta “greatest generation” brasileira: todos voluntários procedentes de várias classes sociais do Brasil, a quem os americanos confiaram aeronaves importantes e de última geração.
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Os pilotos brasileiros não foram empenhados em combates aéreos contra os caças alemães, mas, nos céus da Itália, em missões de baixa altitude, sofreram o fogo mortal da antiaérea alemã, as Flack. Na Itália, a memória dos pilotos brasileiros é cultivada através de uma colaboração efetiva entre vários municípios e a Adidância de Defesa e Aeronáutica na Embaixada do Brasil em Roma. Ao longo dos anos, foram criados monumentos: em Livergnano, município de Pianoro, em homenagem ao Tenente John Richardson Cordeiro e Silva; em Spilimbergo, em memória ao Tenente Frederico Gustavo dos Santos; em Alessandria, em memória ao Tenente Luiz Lopes Dornelles; e em Rodano, em homenagem ao Tenente Aurélio Vieira Sampaio. Em Tarquinia, há uma placa comemorativa em homenagem aos pilotos brasileiros, assim como em Pisa, colocada na Universidade. Nesta cidade, na sua entrada, foi colocado também um grande mural em memória e agradecimento pelo trabalho e generosidade dos pilotos brasileiros. Sempre me lembrarei da minha amizade pessoal com os pilotos Rui Moreira Lima, Torres, Meira e Cox durante suas visitas à Itália no pós-guerra ao longo dos vários anos e nos vários encontros dos veteranos no Brasil. Um grande obrigado aos heróis do Brasil que vieram à Itália para proporcionar, com seu sangue e sacrifício, liberdade, democracia e justiça. Senta a Pua! Adelphi!
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Abr/Mai/Jun/2021
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