














































































Em 20 de julho de 1873, Alberto Santos Dumont nasceu no Sítio Cabangu, Minas Gerais. Filho do engenheiro Henrique Dumont e de dona Francisca Santos Dumont, Alberto é o sexto de oito filhos. Aos 12 anos, Alberto sabia conduzir locomotivas a vapor da fazenda. Qualquer tipo de máquina era um ímã para o jovem, influenciado também pelos livros de Julio Verne. Sua educação, inicialmente ministrada pela irmã preferida, Virgínia, também deve ter contribuído para o seu caráter introspectivo e a preferência por brinquedos de sua própria criação.




































































“Já lhe dei hoje a liberdade: aqui está mais este capital. Tenho ainda alguns anos de vida; quero ver como você se conduz. Vá para Paris, o lugar mais perigoso para um rapaz. Vamos ver se faz um homem; prefiro que não se faça doutor...













Você procurará um especialista em Física, Química, Mecânica e um eletricista. Estude essas matérias e não se esqueça de que o futuro do mundo está na Mecânica. Você não precisa pensar em ganhar a vida.”











“Durante as minhas horas de intensa alegria e felizes sucessos, só uma saudade me fazia triste: era a ausência de meu pai”.












































“Fiquei estupefato diante do panorama de Paris visto de grande altura; nos arredores, campos cobertos de neve... Era inverno.

























Durante toda a viagem acompanhei a manobra do piloto; compreendia perfeitamente a razão de tudo quanto ele fazia. Pareceu-me que nasci mesmo para a aeronáutica.



















Tudo se me apresentava muito simples e muito fácil; não senti nem vertigem, nem medo.”











ALBERTO SANTOS DUMONT













O Brasil













Depois de seu primeiro voo em um balão alugado, a mente de Alberto almejou ir além do existente. Pensava ele se era possível alçar voos em “engenhocas” menores. Tais ideias foram contestadas pelos “peritos” em balonismo, a família francesa Lachambre. O aeronauta persistiu com a sua ideia de criar um balão, menor e mais leve. Então, finalmente, em 1898, ele ascendeu aos céus, com seu primeiro balão, o “Brasil”. Depois desse dia, Paris teve seus céus cruzados por tal aeróstato cerca de duzentas vezes.





“O meu primeiro balão, o menor, o mais lindo, o único que teve um nome: o Brasil.“




























ALBERTO SANTOS DUMONT






















DIRIGÍVEL NO2 (1898).
DIRIGÍVEL NO3 (13.NOV.1899).
DIRIGÍVEL NO4 (01,AGO.1900).

























































DIRIGÍVEL NO5 (11.JUL.1901).







A sensação dos ares o contagiara, mas as experiências com balões esféricos lhe deram a noção da limitação oferecida por esses aeróstatos.


Era o momento de criar dirigíveis. Precisava de um motor que impulsionasse o balão a uma velocidade maior que a do vento. Com a instalação do motor, era hora de começar os testes com o N0 1.


Hangar e a fábrica de hidrogênio
Dentre as inúmeras invenções de Dumont está seu primeiro hangar, utilizado para guardar as aeronaves sem esvaziá-las, diminuindo gastos com o consumo do gás hidrogênio, usado para encher os balões e dirigíveis. E para evitar desperdício desse gás, Santos Dumont construiu uma fábrica ao lado de seu hangar.



















Sociedade







































Santos Dumont criou boas relações sociais; viu-se, por muitas vezes, com algumas importantes personalidades da época, tais como a Imperatriz da França Eugênia De Montijo, o Príncipe Roland Bonaparte e o joalheiro francês Louis Cartier.










Tentativas e consequências





























































Santos Dumont percorreu um árduo caminho durante seu processo inventivo. Por inúmeras vezes, enquanto realizava demonstrações de seus modelos ao público, perdeu o controle dos artefatos, resultando em acidentes nos mais diversos lugares.







“Santos Dumont contornou a Torre Eiffel.





Agora a Humanidade vive à sombra de um Homem.”






























JEAN JAUNÊS, O CAMPEÃO DA PAZ. EM 1901






CROQUI DO TRAJETO DO VOO PUBLICADO NO JORNAL L’ILLUSTRATION. O PERCURSO, SAINT-CLOUD - TORRE EIFFEL - SAINT-CLOUD, ERA DE 11KM, PASSANDO PELO RIO SENA E BAGATELLE (26.OUT.1901).








Conquista em Paris



No dia 19 de outubro de 1901, Santos Dumont, após contornar a Torre Eiffel com seu dirigível No 6, retorna perfeitamente ao ponto de partida e conquista o prêmio Deutsch, ofertado pelo magnata do petróleo Henri Deutsch De La Meurthe.
PRIMEIRO VOO DO DIRIGÍVEL Nº6(09.SET.1901).
















Homenagens na França













Santos Dumont recebe algumas condecorações e prêmios decorrentes de seus feitos.




Dentre os reconhecimentos, foi homenageado pelo Aeroclube da França, em Saint-Cloud, com um monumento dedicado à sua grandiosidade, o Ícaro de Saint-Cloud.











Segundo a lenda, Ícaro era um garotinho que usou asas feitas de penas de aves para fugir de um labirinto onde estava preso.

















“Este monumento mandado erigir em Saint-Cloud, perto do Aeroclube da França, me é a consagração de meus esforços, e, como homenagem prestada a um brasileiro, reflete-se sobre a Pátria toda.”
ALBERTO SANTOS DUMONT























“Estou convencido de que os obstáculos de tempo e distância serão removidos. Os países distantes se encontrarão, apesar das barreiras de montanhas, rios e florestas.”



















ALBERTO SANTOS DUMONT

















































Finalmente, chegou ao No 9, um dirigível com charuto oval e com apenas 12 metros de comprimento. Com ele, fazia voos diários por Paris. Certa vez, pousou em frente ao seu apartamento na Avenida Champs-Élysée para tomar café, o que causou alvoroço na imprensa além de divertir imensamente a população.































“Foi o mais popular de todos os meus... filhos, só mais tarde suplantado pela minúscula Demoiselle.”





































“Os pássaros devem experimentar a mesma sensação quando distendem suas longas asas, e seu voo fecha o céu... Ninguém, antes de mim, fizera igual.”














ALBERTO SANTOS DUMONT






















































Voos e motores


























































O ponto que vale a pena ressaltar nessa ilustre trajetória, com certeza, é a paixão de Alberto pela mecânica, que reverberou em seus projetos. Ora! Muitos de seus projetos tinham como parte essencial os motores. Sem falar no primeiro automóvel movido a gasolina, um Peugeot de 2,5 HP, que o jovem rapaz trouxe ao Brasil, em 1891, para estudar cada parte do motor, em especial o pistão em “V” de dois cilindros.










Os testes do No 14 e do 14-Bis
























É fácil imaginar o alvoroço que tomou conta da capital francesa em 23 de outubro de 1906, data em que o famoso 14-Bis fora testado por Santos Dumont no Campo de Bagatelle. Esse foi seu primeiro voo controlado oficialmente com um aparelho mais pesado









































do que o ar. O acontecimento ainda lhe rendeu um prêmio da “Coupe d’Archdeacon”. Já em seu segundo voo no 14-Bis, em 12 de novembro de 1906, também em Bagatelle, Alberto consagrou a vitória do maior invento de sua carreira ao conseguir voar 223 metros.







































































“...perante a Comissão Científica do Aeroclube e de grande multidão, fiz o célebre voo de 223 metros, que confirmou inteiramente a possibilidade de um homem voar.”
ALBERTO SANTOS DUMONTN O DIA 23 DE OUTUBRO DE 1906, S ANTOS D UMONT FEZ O SEU PRIMEIRO VOO COM O 14-B IS . N ESSE VOO , ELE ASCENDEU NO C AMPO DE B AGATELLE PERMANECEU 6 SEGUNDOS NO AR , ATINGIU 3 METROS DE ALTURA E PERCORREU 60 METROS , VENCENDO O P RÊMIO A RCHDEACON
.
Nº16 - 21 METROS DE COMPRIMENTO, 3 METROS DE DIÂMETRO E CAPACIDADE DE 99 METROS QUADRADOS. EQUIPADO COM UM ELEVADOR FRONTAL HEXAGONAL E UMA SUPERFÍCIE DE ELEVAÇÃO CENTRAL DE 4 METROS, ESSE FOI UM DIRIGÍVEL HÍBRIDO INCAPAZ DE VOAR , POIS DEPENDIA EXCLUSIVAMENTE DE FLUTUAÇÃO AEROSTÁTICA E NECESSITAVA DE SUSTENTAÇÃO AERODINÂMICA PARA VOAR.TESTADO SEM SUCESSO EM 8 DE JULHO DE 1907.
Nº17 - F OI UM BIPLANO EQUIPADO COM UM MOTOR A NTOINETTE DE 16 CILINDROS EM “V”, QUE FICOU PRONTO EM SETEMBRO DE 1907, PORÉM NUNCA CHEGOU A SER TESTADO .F OI CONHECIDO COMO “L A S AUTERELLE ”.



SUPERIOR
A
















































DE GRANDE PROPORÇÃO , ABRANGENDO 11 METROS


DE APENAS 60 CENTÍMETROS , TOTALIZANDO UMA ÁREA DE 13 METROS QUADRADOS , DIVIDIDAS EM TRÊS COMPARTIMENTOS POR SUPERFÍCIES VERTICAIS AO LONGO DA CORDA (21. MAR .1907).















Nº18 — N ÃO ERA UM AVIÃO , MAS UM “ HIDRO - FLOTTEUR ” MOVIDO








A HÉLICE E ALIMENTADO POR UM MOTOR A NTOINETTE V-16 DE TRÊS PÁS DE HÉLICE E REPOUSADO SOBRE UM CENTRAL FLOAT ALONGADO , ESTABILIZADO POR FLOATS MENORES DE AMBOS OS LADOS .



O CONVERSOR MARCIANO FOI O ÚLTIMO INVENTO DE S ANTOS D UMONT .



























E LE CONSISTIA EM UMA MOCHILA COM UM PROPULSOR PARA AJUDAR


OS ESQUIADORES A SUBIR AS ENCOSTAS DOS ALPES (1926).




























Após o 14-Bis, um ano mais tarde, Santos Dumont construiu a “Demoiselle”, que viria a servir de modelo a todos os projetistas futuros. A obra toda foi feita por Dumont, do desenho ao motor. Feita de bambu e coberta com seda envernizada, voava com um motor de 25-30 CV e pesava apenas 115 quilos.








“...Como era um aeroplano pequenino e transparente, deram-lhe o nome de ‘Libellule’ ou ‘Demoiselle’. Esse foi, de todos os meus aparelhos, o mais fácil de conduzir, e o que conseguiu maior popularidade.”




























































D EMOISELLE Nº22 - F OI SEU ÚLTIMO PROJETO A VOAR . F OI O ESTADO DA ARTE DE SUAS AERONAVES . P ORÉM , UM ACIDENTE EM 4 DE JANEIRO DE 1910 O FEZ TOMAR A DECISÃO DE SE APOSENTAR .










































C ASTELO DE W IDEVILLE , P ARIS - D URANTE UM DOS VOOS DE S ANTOS D UMONT , O MOTOR DE SUA DEMOISELLE SOFREU UMA PANE SECA , O QUE OCASIONOU UMA ATERRISAGEM FORÇADA NO GRAMADO (17. SET .1909).




















A PARTIR DO PROJETO Nº20, O SUPORTE ÚNICO DO PROFUNDOR FEITO EM BAMBU FOI SUBSTITUÍDO POR TRÊS HASTES DE BAMBU .




N ESTA FOTO VÊ - SE O PROJETO Nº21.


C ANHÃO P ARADOXAL , QUE ERA UMA CATAPULTA QUE LANÇAVA UMA BOIA SALVA - VIDAS A 400 METROS DE DISTÂNCIA . T AMBÉM FOI CHAMADO DE C ATAPULTA S ALVA - VIDAS E SUPOSTAMENTE SALVOU DUAS PESSOAS EM SUA HISTÓRIA .





C HUVEIRO DE ÁGUA QUENTE , FUNCIONAVA A ÁLCOOL : QUE A CHAMA
AQUECIA A ÁGUA FAZENDO - A EBULIR , SUBINDO ASSIM PARA O BALDE , QUE

POSSUÍA DUAS ALAVANCAS , UMA PARA











MISTURAR ÁGUA QUENTE COM A FRIA , E OUTRA PARA ABRIR O FUNDO .


P ARA TRANSPORTAR SUAS AERONAVES , S ANTOS D UMONT USAVA VEÍCULOS COM A CAÇAMBA ABERTA , SENDO A PRIMEIRA CAMINHONETE .
B REVET DE INVENTOR .

















































“Inventar é imaginar o que ninguém pensou; é acreditar no que ninguém ousou; é realizar o que ninguém tentou. Inventar é transcender.”
A LBERTO S ANTOS D UMONTS ISTEMA DE MANIVELA USADO NA PARTIDA DO MOTOR .
S ANTOS D UMONT POSSUIA UM TELESCÓPIO NO TERRAÇO DE SUA CASA EM B ENERVILLE (F RANÇA ) PARA OBSERVAR AS ESTRELAS . P OR CAUSA DELE , FORA DENUNCIADO POR UM VIZINHO DE SER UM SUPOSTO ESPIÃO DA A LEMANHA NA PRIMEIRA G RANDE G UERRA .








































S EMPRE FORA AMANTE DE ANIMAIS . N A FOTO , ESTÁ COM O SEU CÃO DA RAÇA G ALGO .




































































































































































M EDALHA M ÉRITO S ANTOS D UMONT : CRIADA PELO DECRETO N O 39.905, DE 05/09/1956, ALTERADA PELO DECRETO N O 4.209, DE 23/04/2002, E REGULAMENTADA PELA PORTARIA N O 666/SCGC, DE 10/06/2020.












































“A Europa curvou-se ante o Brasil e aclamou parabéns em meigo tom.

Brilho lá no céu mais uma estrela e apareceu Santos Dumont.

Salve, Brasil, terra dourada a mais falada no mundo inteiro. Guarda teus filhos lá nessa altura mostra a bravura de um brasileiro.”

Em 1905, Santos Dumont foi homenageado pelo recém criado Comitê Olímpico Internacional (COI) por serviços relevantes ao esporte. Possuía um notável comportamento como esportista. Praticava tênis, golfe, esqui e também participava de competições a cavalo.





















INSCRIÇÃO DE ALBERTO SANTOS DUMONT NO LIVRO DE AÇO, NO DIA 27 DE JULHO DE 2006. O LIVRO ESTÁ GUARDADO NO MEMORIAL CÍVICO PANTEÃO DA PÁTRIA, LOCALIZADO NA PRAÇA DOS TRÊS PODERES, BRASÍLIA(DF).












































ESTÁTUA EM HOMENAGEM A SANTOS DUMONT NO PARQUE NACIONAL DE FOZ DE IGUAÇU(PR).
A EROPORTO S ANTOS D UMONT NO R IO DE J ANEIRO (RJ) BATIZADO EM HOMENAGEM A S ANTOS D UMONT NO DIA 30/11/1936.
























R EINO U NIDO ( SEM DATA ).


























































































































































































































































































