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Uma obra é como um filho, necessita de cuidados e por vezes inspiração para que se torne como esperamos e possa florescer em seus caminhos. Esta obra também floresceu e germinou com o carinho dos colaboradores, que assim idealizaram, contribuíram para seu planejamento, construção, edição e a entrega do livro pronto. Foram investidos vários meses de trabalho com reuniões frequentes para que a obra pudesse descrever a historiografia do GITE.
Certamente não se encerra nessa obra todo o gigantismo do GITE, uma instituição que por si só é história, faz parte da história da Força Aérea e da aviação, da formação dos nossos pilotos e da grande contribuição que dá diuturnamente ao Brasil como uma das mais antigas instituições da gloriosa FAB.
É
difícil
descrever
em algumas páginas tanta história, tantos feitos, tantas turmas formadas e tantos cursos demandados em décadas de trabalho árduo com equipes multidisciplinares que tanto amor e comprometimento investem para seu crescimento organizacional.
Por tudo isso caro leitor, esta obra deverá ser a primeira de muitas para que se continue a mostrar, à nossa sociedade, com que profissionalismo é tratada a instrução dos nossos militares e civis que a esta casa adentram para melhorar a sua formação. Parabéns aos integrantes do GITE, que, com seu labor, construiram cada tijolo do saber na vida de tantos que por ela passaram e parabéns a toda equipe de edição por permitir a lembrança do legado histórico.
3 GITE 39 anos EQUIPE DE PUBLICAÇÃO
Maj Marcelino, Cap Manoel, 1º Ten Vinícius, 1º Ten Karina, SO Policarpo, SO Maurício, SO RR Gabriel e S1 Marcos.
TEN BRIG ALMEIDA COMANDANTE DE PREPARO (COMPREP)
Não é segredo que o conhecimento é uma peça fundamental para buscarmos a excelência em nossas ações, suportando um bom planejamento para o emprego eficiente e eficaz dos meios à disposição.
Cada vez mais vivenciamos um ambiente em constante evolução, onde precisamos nos adequar e buscar a capacitação necessária para estarmos prontos para os desafios impostos.
Ter uma Organização Militar como o Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE) subordinada ao Comando de Preparo (COMPREP) é um grande privilégio, pois temos a possibilidade de ofertar uma grande variedade de cursos para as nossas equipagens de combate, ao longo da carreira operacional, melhorando o preparo e, consequentemente, a prontidão para o emprego, nossa atividade fim.
Além das instruções nas instalações do GITE, na Base Aérea de Natal (BANT), ressalta-se o incremento dos cursos à distância, uma modalidade essencial para superarmos as dificuldades impostas pela grande extensão territorial do nosso país, permitindo a disseminação do conhecimento e a capacitação técnica, fatores essenciais para evoluirmos como uma Força Aérea moderna e de destaque no cenário global.
Desta forma, ratifico meu reconhecimento e a relevância das atividades desempenhadas por esse Grupo, agregando valor no desenvolvimento dos nossos militares e ofertando ferramentas para um melhor desempenho, em total consonância com os interesses da Força Aérea Brasileira.
Por fim, parabenizo o efetivo do GITE e seus instrutores convidados, uma equipe efetivamente diferenciada, pelo excelente trabalho que vem sendo realizado, concitando a todos a se manterem firmes na nobre arte de ensinar.
4 GITE 39 anos
MAJ BRIG CAMPOS COMANDANTE DO COMAR II
“Ser reconhecido como um centro de ensino operacional de excelência, inovador em suas propostas e práticas pedagógicas e, também, na pós-formação de profissionais proativos, conscientes e sinérgicos para o fiel cumprimento da missão constitucional das Forças Armadas”. Com esta visão, o Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE) completa mais um ciclo de sua história. Nesses 39 anos o GITE planejou e ministrou cursos operacionais para a Força Aérea Brasileira (FAB), elevando o conhecimento de um vasto contingente de militares na arte do combate. São estes que fizeram e fazem cumprir nossa missão de “manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria”.
Essa trajetória de sucesso remonta ao Curso de Tática Aérea, ministrado inicialmente na Base Aérea de São Paulo (BASP), nos idos das décadas de 1940 e 1950, e transferido para o Rio de Janeiro (RJ), na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EAOAR) nas décadas de 1960 e 1970. O GITE é, hoje, a escola operacional do Comando de Preparo (COMPREP), tendo a missão de “planejar, executar e controlar os cursos específicos do COMPREP e outros de interesse do Comando da Aeronáutica”. Para tanto, é responsável por ministrar mais de 20 modalidades diferentes de cursos para mais de 2.000 militares da FAB e demais Forças a cada ano.
Ao longo das quase quatro décadas de sua história, o GITE acumulou um vasto conhecimento no ensino e na área de gestão, elaborando um rigoroso mapeamento de processos, gestão documental e controle de indicadores, o que faz dessa escola uma referência no ensino na FAB. De tal forma, contribui e influencia boas práticas no âmbito da Base Aérea de Natal (BANT) e outras Organizações Militares sob jurisdição do Segundo Comando Aéreo Regional (II COMAR). Aproveito, assim, para congratular a Organização pela implementação da NBR ISO 9001:2015 em seu escopo de ensino, servindo de referência ao ensino técnico-profissional do Poder Aeroespacial aos combatentes da nossa FAB e do Brasil.
Atingir tal patamar não é um objetivo facilmente alcançável, mas, como afirma Albert Einstein, “É preciso buscar o que só pode ser alcançado por meio dos maiores esforços”. Assim, o II COMAR saúda mais um ano dessa escola, que muito orgulha a nossa Força Aérea e que nos deixa o legado de seus valores cultuados na nobre missão de instruir: “Disciplina, Patriotismo, Integridade, Comprometimento e Profissionalismo”.
5 GITE 39 anos
BRIG AR BATISTA
SECRETÁRIO DE AVALIAÇÃO E PROMOÇÕES
Minha passagem pelo GITE (2013/2014)
Em meados de 2012, quando fui informado pelo Ten Brig Ar Machado, Oficial-General com o qual havia trabalhado nos anos de 2010 e 2011 como seu Assistente, de que estava na relação de possíveis comandantes do GITE para o biênio 2013/2014, um misto de surpresa e apreensão vieram à tona. Surpresa porque, à época, era comum ser “consultado” sobre uma possível indicação pelo comandante atual, o que não aconteceu; apreensão, pois eu era o primeiro da relação, com grandes chances de ser selecionado pelo Alto-Comando, e não tinha a menor ideia do atual status da OM. Afinal, nunca tinha servido no GITE como Oficial e apenas estive na Unidade em duas oportunidades: como Aspirante, quando realizei o Curso de Tática Aérea (CTatAe), e como 1º Tenente, quando fui um dos alunos do Curso de Preparação de Instrutores de Voo (CPIV).
Passado o “susto inicial”, e confirmada a minha seleção para comandar a “Escola Operacional do COMGAR” (hoje COMPREP), passei a me preparar para o desafio que se descortinava à minha frente. Como faria para dar o melhor de mim, honrar a escolha feita pelo Alto-Comando e não decepcionar aqueles que sempre acreditaram em mim (família, amigos, chefes e comandantes)?
Inicialmente, passei a ter conversas semanais com o comandante atual, o então TCel Av Maciel, dileto colega de turma e eterno “01 de 86” (nossa turma de Barbacena). Ele me explicou com detalhes o funcionamento da OM, a rotina e o dia a dia dos cursos e diversas atividades em que eu estaria engajado nos próximos dois anos, incluindo uma CRUZEX (maior Exercício Operacional da FAB), prevista para o ano de 2014.
Até hoje me lembro da minha chegada ao Aeroporto Internacional Augusto Severo, cuja saída de passageiros ficava a poucos metros da entrada da Base Aérea. Lá me esperava o TCel Maciel, que me prestou todo o apoio necessário. Fizemos uma breve passagem pela sua residência, onde me foi servido um lanche, e logo seguimos para o GITE. Mesmo cansado da viagem e do avançado da hora de uma tarde de Sábado, não faltou entusiasmo para conhecer as instalações, falar um pouco do efetivo que passaria a estar sob meu comando em poucos dias, das conquistas e realizações do biênio anterior, e um pouco dos desafios que ficariam para o meu comando.
6 GITE 39 anos
Foram dois anos intensos, com muitas novidades que se apresentavam a cada dia e quase duas dezenas de cursos ministrados. Porém, como nada se constrói sozinho, com o apoio do Maj/ TCel Av Sidnei (Chefe da DE) e dos Maj/ TCel QOEAV J. Carlos e Maj Av Bergo (Chefes da DA), além do comprometimento e profissionalismo de um pequeno, porém destemido e incansável efetivo, foi possível vencer todos os obstáculos que surgiram e implementar algumas novidades, com destaque para a realização do primeiro CPIV utilizando uma metodologia mista (EAD - presencial) e do primeiro Curso de Artilharia Antiaérea, ambos realizados em 2014.
Mas de toda a experiência gratificante que tive naqueles dois anos de retorno a Natal, nada superou a satisfação de receber os jovens Aspirantes a Oficial Aviadores, oriundos da Academia da Força Aérea. Ainda me lembro do brilho no olhar daqueles que iniciavam, naquele momento, o “primeiro ano do resto de suas carreiras como Oficiais”. Para mim, a energia que jovens oficiais traziam para o GITE era contagiante. Era como se eu pudesse reviver meus tempos de Aspirante, há exatos 20 anos (1993 - 2013). Nos contatos diários com o “5º ano da Academia”, como costumava brincar, fazia questão de conhecê-los, acompanhá-los e implementar um certo “briefing do tiozão”, que realizava todas às Sextas-feiras, após o término das atividades semanais. Apesar de perceber a ansiedade que tomava conta do auditório, quando os Aspirantes eram tomados por um sentimento voraz de seguir para a praia, em respeito aos pais e mães que estavam longe e os aguardariam ansiosos para as festas de fim de ano, fazia questão de relembrá-los sobre os cuidados com o trânsito, as festas e o consumo de bebida alcoólica, e sempre afirmava: “o mundo não vai acabar na Segunda-feira!”.
Foram dois anos intensos e gratificantes, de salutar convivência na Vila dos Oficiais, no aconchegante Clube dos Oficiais - COFAN, onde eram realizados encontros semanais entre Oficiais, amigos e familiares. Dois anos de muito aprendizado, quando pude constatar que a experiência acumulada em mais de vinte e sete anos de Força Aérea, além dos cursos de carreira, dos ensinamentos e exemplos de vários comandantes, chefes e diretores com os quais convivi foram essenciais para o sucesso da jornada, preparando-me para o desafio que viria a seguir, comandar uma Base Aérea.
7 GITE 39 anos
BRIG AR CÓLEN COMANDANTE DA BASE AÉREA DE NATAL
Quem vai ao mar, prepara-se em terra. Esse antigo provérbio lusitano, emblemático das grandes proezas marítimas de nossos patrícios, aplica-se à preparação que tivemos nas cadeiras das Escolas de Formação e Pós-formação. Da mesma forma, ressalta a importância da missão de capacitação de nossos militares, para posterior emprego em combate. Nesse contexto, a Base Aérea de Natal (BANT) e o Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE) compartilham de uma mesma vocação: a de capacitar e especializar militares para o emprego finalístico da Força. Por isso é impossível dissociar as missões de uma e de outra organização. Bem como é impossível desconsiderar a grandiosidade de ambas organizações.
A BANT responde pela quinta parte de todo o esforço aéreo do COMPREP, possui 6 OM subordinadas, das quais 4 são de formação e 2 de aplicação operacional, além de apoiar outras 6 organizações na Guarnição de Natal. Por meio do GITE, permitiu a formação de mais de 2.200 alunos só em 2021, em cursos voltados para emprego do poder aeroespacial. Números expressivos que denotam produtividade, sem perda da qualidade, garantindo que grande parte da formação técnica e combativa da Força Aérea Brasileira seja construída pela incansável e dedicada equipagem do GITE.
Neste escopo, o Grupo completa mais um ano de existência. Celebramos não apenas a conquista de diplomas nos diversos cursos ministrados em todos esses anos, mas a quintessência do processo grandioso de formação de todos os alunos que por aqui passaram, celebramos as capacidades que foram forjadas e entregues à Força Aérea. Ademais, o presente aniversário reveste-se de importante simbolismo, uma vez que essa organização também comemora a certificação, de seus processos de ensino, no padrão NBR ISO 9001:2015. Certificação esta que atesta o compromisso em trabalhar com melhoria contínua, para eficiência, eficácia e efetividade. Podemos afirmar, com convicção, que a dedicação em se oferecer um serviço de qualidade manifesta-se nas coisas mais simples que nos propomos a fazer.
Quem vai ao mar, prepara-se em terra.
A BANT e o GITE são a terra firme que garantem o preparo para o emprego combativo da Força Aérea Brasileira.
Parabéns ao GITE pelos seus 39 anos!
8 GITE 39 anos
CEL AV ZAMPIER COMANDANTE DO GOP
“Lembrai-vos da Guerra...”, não poderia iniciar o voo de comemoração, por mais um aniversário do GITE, sem lembrar que é nessa escola que os nossos futuros líderes, formados pela Academia da Força Aérea, irão ter seu primeiro contato com a arte do emprego do poder aeroespacial em um conflito.
Só este detalhe já expressa a tarefa hercúlea que o efetivo do Grupo tem: ensinar aos jovens oficiais aviadores aplicações, táticas e técnicas de emprego de um vetor de combate em um cenário de guerra regular ou irregular. Fazer germinar nas jovens mentes aquilo que pode ser a diferença entre o sucesso e o insucesso, assim como prover ferramentas para que utilizem os exemplos de triunfo e evitem trilhar os caminhos da derrota, traduz a importância e a responsabilidade dessa Unidade.
Como escola operacional do COMPREP, o GITE manifesta a sua missão em disseminar conhecimentos para todos os combatentes da Força Aérea Brasileira que buscam seus bancos escolares ou seu ambiente virtual. Para combater e vencer, antes se faz mister ter excelência nas lições que são passadas e nas instruções que são ministradas. Assim sendo, na busca da qualidade total de sua veia acadêmica, visando entregar o melhor profissional da guerra para a FAB, é que o efetivo do GITE conquistou a norma ISO 9001:2015 no corrente ano.
Como parte integrante do Grupo Operacional da BANT, esse Grupo de guerreiros, obstinados pela perfeição e pela qualidade final de seus alunos, entrega todo ano mais de 2000 profissionais bem capacitados para a nossa Força. Ressalta-se que imperioso é para qualquer Força Armada ter um centro de referência que pense na arte da guerra aérea, porquanto se todos estão pensando igual é porque tem gente que não está pensando em nada, já bradava um famoso general americano.
Vencedores são naturalmente simplificadores, pois oferecem soluções que todos conseguem entender. Já os perdedores se deleitam com o normal e com soluções prontas. Nesse último ano o GOP foi testemunha que o corpo de profissionais do GITE, liderados com maestria pelo Ten Cel Cardote, buscou descomplicar para acontecer, refazer para melhorar e inovar sem inventar.
Assim sendo, aquilo que era ordinário se profissionalizou e ganhou qualidade, traduzindo-se em produtos mais bem entregues e em discentes capacitados e simplificadores.
Após 39 anos de glória e dedicação pela arte de ensinar temas operacionais para a FAB, o que importa ao final são os resultados que foram, são e serão entregues. Nessa linha, o GOP presta as homenagens ao GITE pelos excelentes serviços que derramou nas asas da Força Aérea todos esses anos. Sem sombra de dúvidas, sem a árdua marcha dos profissionais, de ontem e de hoje, do Grupo de Instrução Tática e Especializada, não teríamos nas veias dos nossos combatentes o “Lembrais-vos da Guerra...”
9 GITE 39 anos
TEN CEL AV CARDOTE COMANDANTE DO GRUPO DE INSTRUÇÃO TÁTICA ESPECIALIZADA (GITE)
O aperfeiçoamento, seja ele pessoal, profissional ou institucional, demanda esforços constantes. Essa evolução exige de nós investimentos, em algo ou alguém, por meio da doação de tempo, energia e outros recursos. Esses investimentos são mais exitosos quando resultam de um empenho coletivo. Dessa forma a conquista de uma equipe ou instituição pode tornar-se, assim, profunda e duradoura.
Dr. Abraham Twerski, escolástico e psiquiatra renomado, nos ensina que amamos as atividades às quais nos doamos, pois existe ali um investimento pessoal em prol de algo maior.
Esse sentimento nos guiou à busca da Qualidade. Em 2022, o logramos promover a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade nas atividades do Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE). O desafio foi assumido por todo o Grupo de Instrução, e resultou no alcance da certificação NBR ISO 9001:2015 para os processos de ensino, atividade finalística de nossa Organização.
A implantação do Sistema de Gestão da Qualidade no GITE representa nosso compromisso com a melhoria contínua. Os métodos e práticas implementados deverão permitir a detecção de desvios nos padrões, identificação de suas causas raízes, e eliminação de fatos contigentes. O ciclo de atividades torna-se, assim, mais sustentável e produtivo, o que permitirá o desenvolvimento, no futuro, de outras soluções e melhorias.
O êxito só foi alcançado graças aos que nos precederam, aos que nos apoiaram e ao nosso efetivo que trabalhou com amor e zelo artífice. Por isso agradecemos aos Corujas de antigamente pelo legado a nós deixado. Reconhecemos, ainda, o prestimoso apoio de toda a Guarnição de Aeronáutica de Natal nessa conquista.
E por fim, mas não menos importante, cabe congratularmo-nos com nosso esforçado efetivo.
Os militares do GITE dedicaram preciosos tempo e energia, laborando com amor e dedicação para entregar, no melhor de sua capacidade, a implantação do novo sistema no prazo concedido.
Agradeço vivamente à equipe do GITE pela convivência fraterna e edificante, e saúdo o Grupo pela conquista do Sistema de Gestão da Qualidade.
10 GITE 39 anos
SO SEL POLICARPO MILITAR COM MAIS TEMPO DE GITE
Louvado seja Deus, a Ele toda honra e toda a glória, cujo amor e misericórdia estão sempre presentes em minha jornada.
Sou o SO SEL Policarpo, natural de Fortaleza-CE, integrante do GITE desde o ano 2000, onde tive a grata satisfação de contribuir e vivenciar as mudanças ao longo destes 22 anos.
Gostaria de iniciar contando um pouco de minha história no GITE. Ao chegar nesta casa, então 3º Sgt Policarpo, recém saído da Escola de Especialista da Aeronáutica (EEAr), assumi como encarregado da Seção de Edição e Vídeo, onde fazíamos edições de vídeo de forma analógica, em fitas VHS. Com a chegada do DVD, começamos a migrar para a era digital, convertendo vídeos gravados em fitas analógicas (VHS) em vídeos digitais gravados em DVD. Implementei, junto com o Cb SDE Feliciano, o método de gravação, que é utilizado até a presente data, os áudios das aulas no formato MP3, utilizando software gratuito, o qual substituiu a gravação analógica de áudio que era realizada em fitas K7.
Ao longo de duas décadas, tive a oportunidade de participar das transformações pelas quais o GITE passou, entre elas a ampliação de sua estrutura física, que passou de dois para três prédios, incorporando à sua estrutura o prédio anexo que sediava o armazém do Esquadrão de Infraestrutura (EIE). Foram várias modernizações estruturais, processuais e de equipamentos, superações e inovações até chegar ao GITE atual. Durante minha trajetória, fui encarregado de outras seções deste Grupo, como a Seção de Gestão de Recursos, Seção de Infraestrutura e, atualmente, estou como Auxiliar da Seção de Material Didático.
Hoje, vivemos na Era da Informação e temos o Ensino a Distância (EaD) como uma realidade cada vez mais presente nos cursos do GITE. A expressão “Flexível sem se romper” define este Grupo, pois seus integrantes estão sempre se adaptando às novas demandas, melhorando os processos e buscando novas soluções.
Finalizo com meu sincero agradecimento a todos os integrantes, do passado e do presente, da família GITE, pelos ensinamentos, companheirismo e bons momentos vividos nesta casa.
Que Deus abençoe a todos!
11 GITE 39 anos
3S TAR TOSCANO GRADUADO PADRÃO DO ANO DE 2021
No ano de 2021 fui escolhido pelo efetivo do GITE o Graduado Padrão. Para mim, foi uma grande surpresa, senti-me extremamente lisonjeado em ser reconhecido assim, como um exemplo a ser seguido pelos demais, em um esquadrão onde o nível de seus militares graduados é altíssimo.
Durante a cerimônia, recebi uma premiação, a qual considero de grande importância, me fez recordar toda a minha trajetória aqui dentro do GITE. Decerto, tenho me dedicado ao máximo, desde a minha apresentação aqui em 2016, ainda como Taifeiro de Primeira Classe, sendo eleito Praça Padrão no ano seguinte. Considero inerente ao militar da Força Aérea Brasileira dedicação, sempre mantenho os valores que considero fundamentais, como: o profissionalismo, hierarquia e disciplina. Portanto, tudo o que conquistamos são meras consequências de esforços e dedicações e, hoje, vejo que meus esforços foram reconhecidos. Muitos dos meus irmãos de armas contribuíram para os meus méritos e, sei que sem o apoio que recebi, nada seria possível.
Por fim, deixo o meu agradecimento a todos os integrantes do Grupo de Instrução Tática e Especializada pelo leal comprometimento e espírito de corpo para com o cumprimento da nossa missão.
12 GITE 39 anos
HISTÓRICO DO GITE SUA HISTORIOGRAFIA E ANTECEDENTES
“Uma Escola Chamada Curso de Tática Aérea”
Em 14 de novembro de 1983, na estrutura do Centro de Aplicações Táticas e Recompletamento de Equipagens (CATRE), sediado no município de Parnamirim, RN, na grande Natal, é ativada uma escola denominada Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE), com a missão de ministrar o Curso de Tática Aérea aos aspirantes-a-oficial aviadores.
Ao longo de 39 anos de existência, o GITE se dedicou a estudar a arte da guerra aérea. Para compreender melhor sua história, remetemo-nos a suas raízes lançadas há mais de meio século.
No dia primeiro de setembro de 1947, foi criado, por decreto presidencial, um instituto militar de instrução com a denominação de Curso de Tática Aérea (CTA), sediado na Base Aérea de São Paulo. Os motivos da instituição do curso prendiam-se basicamente a dois fatores: Primeiro, a experiência adquirida nos anos da 2ª Guerra Mundial, através da instrução recebida nos Estados Unidos pelo 1° Grupo de Aviação de Caça e outros militares brasileiros formados naquele país, a qual apontou aos altos escalões da Força Aérea Brasileira, face os bons resultados apresentados por nosso pilotos na Campanha da Itália e no combate aos submarinos do Eixo nas costas brasileiras, a oportunidade de o Ministério assumir os encargos de, no país. proporcionar aos nossos demais aviadores o preparo tático em arma aérea; Segundo, a consequente diminuição de gastos financeiros, decorrentes do envio de oficiais ao exterior, a fim de efetuar o curso, necessário como elo entre os cursos de formação e a Escola de Comando e Estado-Maior.
Assim, o Curso de Tática Aérea surgiu com a finalidade de preparar os oficiais subalternos da FAB para o emprego tático, assim como para o exercício das funções que lhes eram atribuídas no âmbito das Unidades e Bases Aéreas no início de carreira. O curso teria duração de três meses e seria destinado aos oficiais subalternos com mais de dois anos de serviço. Além de ministrar o curso, também seria de sua competência servir de centro de estudos para aprimorar a doutrina de emprego da FAB.
Em sua concepção, o curso não deveria implicar na dotação de crédito e nem no aumento de efetivo do pessoal da FAB. Além disso, as instalações aproveitadas seriam aquelas que a base já possuísse. Ficava definido, ainda, que o Curso de Tática Aérea disporia de um Esquadrão Misto de Instrução (EMICTA), a fim de manter o adestramento de voo dos instrutores e dos alunos em aviões especificamente alocados para o Curso de Tática Aérea.
Também estaria subordinado ao Curso um Esquadrão de Controle Aerotático. E, para que os oficiais pudessem colocar em prática os conhecimentos adquiridos, seria realizada uma Manobra Real ao final do curso, com a participação do Esquadrão Misto de Instrução e de outras Unidades Aéreas Operacionais da FAB.
Em 1952, o Curso de Tática Aérea teve seus objetivos educacionais revistos e, para melhor adequação às necessidades da Força Aérea Brasileira, passou a chamar-se Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica (EAOAr). Neste momento, a teoria se dissociou da prática: foram desativados o Esquadrão Misto de Instrução e o Esquadrão de Controle Aerotático.
13 GITE 39 anos
Os ensinamentos sobre tática aérea incorporaram-se ao Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais Aviadores e foram criados cursos de aperfeiçoamento específicos para os demais quadros até 1968, quando, em função de dificuldades pedagógicas, todos os cursos de aperfeiçoamento para os diversos quadros foram desativados e substituídos por apenas dois: um Curso de Tática Aérea, exclusivo para oficiais aviadores, e um só curso de aperfeiçoamento, reunindo oficiais de todos os quadros, inclusive aviadores. Assim, o Curso de Tática Aérea ficou sob a responsabilidade da EAOAr até o início da década de 1980.
Em 1978, iniciaram-se os estudos visando à transferência do curso para o CATRE, onde seria ministrado aos aspirantes (estagiários), a fim de proporcionar os conhecimentos adequados a serem aplicados nos esquadrões operacionais em momento mais oportuno da carreira. Esses conhecimentos, que anteriormente estavam sendo ministrados a oficiais que já possuíam alguma experiência operacional, quase sempre não eram aplicados por falta de oportunidade e, assim sendo, esta seria a última ocasião em que a turma se encontrava reunida, possibilitando uma instrução uniforme. Outra vantagem dessa medida é que não mais seria necessário afastar o tenente de sua Unidade para realizar o Curso de Tática Aérea na EAOAr, por um tempo prolongado, o que acarretava problemas de ordem social, econômica e operacional.
Outro fato que foi considerado é que a parte teórica do Curso de Tática Básica ministrada no CATRE não cobria a lacuna dos conhecimentos propiciados pelo Curso de Tática Aérea, necessários nas unidades aéreas para a quais os aspirantes eram transferidos.
Posteriormente a esse estudo, concluiu-se que, para o perfeito funcionamento do Curso de Tática Aérea, haveria a necessidade da criação de um curso diretamente subordinado ao CATRE com instrutores e pessoal de apoio próprios, dedicados exclusivamente a essa atividade.
Para essa transição, a EAOAr ministrou dois cursos de Tática no CATRE, em 1983, sendo o primeiro efetuado por oficiais instrutores do CATRE sob a supervisão da EAOAr. Em março deste ano, foi ativado o Estágio de Instrução Tática e Especializada (EITE), encarregado da implantação do Curso de Tática Aérea na instrução tática básica, a ser ministrada aos estagiários em 1984. Finalmente, em 14 de novembro de 1983, foi ativado, na estrutura do CATRE, o Grupo de Instrução Tática Especializada, com finalidade de ministrar o Curso de Tática Aérea do Estágio de Formação Básica do CATRE. A denominação “Grupo” foi uma adequação ao organograma do CATRE, que já possuía outros três grupos: o Grupo de Pessoal, o Grupo de apoio e o 5° Grupo de Aviação. O Maj. Av. Luiz Carlos dos Santos Migon, então chefe do Curso de Tática Básica no CATRE, assumiu o comando do GITE e, para as demais funções, foram designados outros dez oficiais.
Assim, renascia a antiga escola chamada Curso de Tática Aérea numa estrutura maior e mais descentralizada. Novamente, teoria e prática reuniam-se num mesmo local. Entretanto, apesar de os meios aéreos estarem disponíveis no 5° GAV, não mais estavam subordinados à escola, assim como a responsabilidade pelo estudo de novas táticas agora pertencia a um órgão superior, o CATRE, que disponibilizava os seus meios para cumprir essa missão.
14 GITE 39 anos
O primeiro desafio do GITE foi conciliar sua atividade de ensino com a instrução aérea dos estagiários sem que houvesse prejuízo para a aprendizagem no Curso de Tática Aérea. O 5° GAV não pôde agir da mesma forma, pois, necessariamente, deveria dispensar seus alunos em algum momento para a realização do curso, havendo perda de flexibilidade para a instrução aérea.
A solução inicial foi dividir a turma em duas. Enquanto uma voava pela manhã e tinha aulas à tarde, a outra fazia o inverso. Esse modelo, aplicado em 1984, apresentou baixo rendimento dos estagiários no curso, devido à natural preocupação com o voo e ao acentuado desgaste para o GITE, que se ocupava durante o ano todo com a realização de apenas um curso.
Nos anos seguintes, foram testados novos modelos, dividindo-se o curso em uma quantidade de blocos cada vez menor, intercalados com a atividade aérea, até 1990, quando o curso passou a ser ministrado de uma só vez, logo no início do ano. Essa nova sistemática proporcionou maior continuidade para o Curso de Tática Aérea, melhorando o desempenho do estagiário e proporcionando a oportunidade para que o GITE ministrasse outros cursos durante o restante do ano.
Os Esquadrões Aéreos também foram beneficiados por receberem estagiários mais bem preparados após o término do Curso de Tática e disponíveis para o voo no restante do ano.
Outro problema enfrentado pelo GITE foi a dificuldade para compor um corpo de instrutores qualificados sem uma dotação de pessoal própria. Isso significava realocar oficiais do CATRE e do 5° GAV que eventualmente não teriam a necessária experiência relativa à doutrina e tática das aviações, essenciais ao desenvolvimento do Curso de Tática Aérea. Para essas organizações, também não havia vantagem, pois a transferência interna de pessoal não lhes dava direito ao recompletamento.
Uma das soluções cogitadas foi a de manter efetivo mínimo no GITE e passar a responsabilidade pela execução do Curso de Tática Aérea a instrutores convidados. O uso dessa prática teria como principais desvantagens a não padronização do oficial convidado em relação aos do GITE, pelo fato de que, às vezes, estes não possuem nenhum curso de preparação de instrutores ou afinidade profissional com a instrução acadêmica, colocando em risco os objetivos do curso. De qualquer forma, essa solução ainda não excluiria a necessidade de um número razoável de oficiais orgânicos para executar as funções administrativas do GITE, acompanhar os vários trabalhos de grupo executados pelos estagiários, e ainda trabalhar no planejamento e controle do curso, atividades que exigiam maior tempo e dedicação.
O impasse sobre a gerência de pessoal, que se arrastava por mais de uma década, levou o Ministério da Aeronáutica a expedir a portaria n.º 734/ GM-3, de 24 de outubro de 1997, que tornava o Grupo de Instrução Tática e Especializada, uma organização, dotada de efetivo próprio e subordinada diretamente ao CATRE.
Segundo a portaria, o GITE teria por finalidade o planejamento, a execução e o controle do Curso de Tática Aérea e também do Curso de Preparação de Instrutores de Voo, que já estava sendo ministrado por essa escola desde 1983, bem como de outros cursos que lhe fossem atribuídos.
15 GITE 39 anos
Essa tendência de implantar novos cursos teve início em 1996 com realização do Curso Básico de Guerra Eletrônica em dois módulos: um para oficiais e outro para graduados. Em 1998, foi implantado o Curso de Planejamento do Emprego de Armamento Aéreo. Esses dois novos cursos foram ministrados com instrutores e conhecimentos que não pertenciam à escola, cabendo ao GITE apenas as tarefas de apoio.
Em 21 de dezembro de 2001, após uma reestruturação do fluxo de formação operacional dos pilotos da FAB, motivada por fatores operacionais, materiais e econômicos, o CATRE foi desativado, sendo substituído pela Base Aérea de Natal. A partir de então, o GITE passou a subordinar-se operacionalmente ao Comando Geral do Ar (COMGAR) e administrativamente à Base Aérea de Natal.
A partir de 2002, o GITE recebeu a responsabilidade de ser a escola operacional do COMGAR. Foram criados mais três cursos: Curso de Emprego de Força-Tarefa Combinada, Curso de Elevação de Nível em Artilharia Antiaérea de Autodefesa e Curso de Elevação de Nível em Defesa Passiva, esses dois últimos exclusivos para oficiais de infantaria. Nesses cursos, o GITE trabalhou de forma ativa.
Para 2003, seguindo essa nova tendência, foram criados 7 novos cursos: Curso de Chefe de Seção de Tiro e Bombardeio de Unidade Aérea, Curso de Navegação Tática, Curso de Centro de Operações Aéreas, Curso de Componente Aéreo de Força-Tarefa Combinada, Curso de Líder de Pacote, Curso de Planejamento de Operações Aéreas de Força-Tarefa Combinada e Curso de Comandante de Componente Aéreo de Força-Tarefa Combinada. Dessa forma, o GITE acentuava, cada vez mais, uma posição de destaque no cenário da Força Aérea.
Mais recentemente, a Força Aérea Brasileira passou por um abrangente processo de reestruturação. Determinado pela DCA 11-53 de 2016, o programa objetivava o aperfeiçoamento dos processos, a adequação das estruturas e a otimização da organização administrativa e operacional do COMAER, modelando a Força Aérea do futuro, de modo a permitir que a missão da FAB seja cumprida com maior eficiência, eficácia e efetividade.
Tal Diretriz trouxe mudanças organizacionais que se estenderam dos Órgãos de Direção Setorial até as Unidades operacionais, exigindo uma reformulação, também, do próprio Curso de Tática Aérea. Assim, o curso foi modernizado e, em 2019, ocorreu a primeira edição do Curso de Preparação de Oficiais de Esquadrão (CPROE). A mudança foi bem mais do que uma simples troca de nome: o curso adotou modernas práticas de ensino-aprendizagem, com um foco significativo no uso de metodologias ativas, onde o aluno é o protagonista nesse processo.
A reestruturação da Força trouxe, ainda, outros desafios para o GITE, em virtude de sua busca pela economicidade e eficiência. Apesar de já ministrar a fase a distância de alguns cursos, nesse mesmo período o Grupo teve a incumbência de realizar a transposição didática de todos os seus cursos, exceto o CPROE, para a modalidade de Educação a Distância (EAD). Isso, sem dúvidas, exigiu um elevado esforço do efetivo, mas se traduziu posteriormente em números expressivos. Em 2019, no primeiro ano da plataforma “GITE Virtual”, foram preparados mais de 1500 alunos; em 2020, mais de 1900; e em 2021, cerca de 2200 Alunos.
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O GITE sempre conduziu essa evolução de forma que seu objetivo final, a excelência na capacitação de seus alunos, fosse a prioridade da instituição. Por isso, em 2021 foi estabelecido o “Projeto Qualidade” no GITE, com o objetivo de aperfeiçoar a Gestão por Processos da Unidade e, futuramente, atingir os requisitos para a obtenção do Certificado de Qualidade NBR ISO 9001:2015.
No decorrer de sua história, o GITE transformou os desafios em conquistas, à medida em que foram superados. Adaptabilidade é uma das virtudes desta Escola que ostenta em sua flâmula os dizeres “Flexibile, sed non Rumpitur”, do latim, “flexível, sem se romper”. Porém, a maior qualidade desta Escola é o compromisso com o ensino da arte da guerra aérea, que pode ser traduzido nas palavras do primeiro comandante do GITE que, em 1984, durante o primeiro Curso de Tática Aérea, parafraseando o poeta, assim escreveu: “Não cora o livro de ombrear com o sabre, nem este de chamá-lo irmão”.
Em 10 de agosto de 1995, nas dependências do GITE, ocorreu a fundação da Associação Brasileira dos Pilotos de Caça (ABRA-PC), pelo MajorBrigadeiro do Ar Lauro Ney Menezes, primeiro Piloto de Caça supersônico da Força Aérea Brasileira (FAB). A ABRA-PC é uma associação civil, de âmbito nacional, sem fins lucrativos, de caráter cultural, recreativo e social, com sede na cidade do Rio de Janeiro-RJ. Tem por finalidade estreitar os laços de união e solidariedade entre os Pilotos de Caça da FAB, em especial os veteranos, e entre estes e os demais formados em outras Forças Armadas, nacionais ou estrangeiras, buscando estimular e preservar as tradições e o espírito de corpo, bem como promover a interação entre os associados e a FAB.
Fonte: Cel. Av. R1 Franceschet; site da ABRA-PC.
OPERAÇÃO TIGRE II
Em outubro de 1995, o GITE cedeu suas instalações para a montagem da infraestrutura da Operação Tiger II. A Operação Tiger I foi realizada em Porto Rico, no Caribe, e a Tiger II teve como sede a Base Aérea de Natal. Esses exercícios foram precursores das atuais CRUZEX.
O 198th Fighter Squadron (198th FS) da Air National Guard de Porto Rico ficou sediado no GITE. O Esquadrão trouxe, à época, 8 aeronaves F-16, das quais duas eram biplaces. Um fato trágico marcou o fim do exercício. No dia 27 de outubro de 1995, durante a realização de um evento de portões abertos ao público, houve um acidente com uma aeronave F-5 da FAB, resultando no falecimento do Cap Av Mauro Fernandes Naumann.
Fonte: Cel. Av. R1 Franceschet.
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A coruja desde tempos remotos representa a inteligência, astúcia, sensibilidade, conhecimento e sabedoria de um animal que está sempre atento às mudanças e a tudo que o cerca, em cada detalhe ela observa para acompanhar o compasso do tempo com firmeza e perspicácia, sendo o animal noturno mais atento, por isso, reina soberanamente a noite.
Povos antigos viam nessa ave o ‘mistério, a inteligência, a sabedoria e o conhecimento’ porque a coruja vê na escuridão, coisa que muitos não conseguem. Filósofos gregos viam a noite como mais inspiradora, mais produtiva e tinham na coruja suas inspirações e admirações.
Os gregos deram a base filosófica da civilização ocidental e tinham grande apreço por esta ave, a ponto de, na mitologia, Athena, que era a deusa da sabedoria, ter a coruja como símbolo seu. Este animal atravessou gerações, fortalecendo e inspirando a curiosidade epistemológica, que nos fez prosseguir até o que somos hoje.
Como todo caçador, a coruja tem habilidades que se destacam, como por exemplo a capacidade de girar 270º a cabeça sem girar o corpo, tem excelente acuidade visual, enxergando no escuro, não dando oportunidade de defesa as suas presas. A sua audição é apuradíssima e consegue escutar os mínimos sons, uma caçadora nata e de excelência, por isso é sempre representada nos cursos de humanidades em todo planeta, e por tudo isso é o símbolo do GITE.
18 GITE 39 anos A CORUJA, SÍMBOLO DA PEDAGOGIA E DO GITE
Escudo português, com o chefe diminuto, em blau (azul cerúleo), esmalte que simboliza a justiça, lealdade, fidelidade e perseverança, qualidades inerentes àqueles responsáveis em conduzir a missão de ensino. À destra destaca-se o gládio alado em jalne (amarelo), símbolo da Força Aérea Brasileira e, à sinistra, a sigla da organização, “GITE”, em prata (branco). Campo em blau (azul ultramar), simbolizando o zelo, a retidão no dever e o amor à pátria. No flanco sinistro, abaixo do chefe, visualiza-se um vetor em perspectiva ascensional, uma águia estilizada e voante, segurando uma bomba e, próximo a esta, um triângulo equilátero, tudo em prata (branco). No coração aparece uma faixa transversal em goles (vermelho), e sobreposta a ela, uma estrela pentalfa com rastro, ambas em prata(branco), representando a Estrela de Belém, símbolo maior da cidade de Natal, cidade que acolhe este Grupo de Instrução. Abaixo da faixa transversal, no flanco destro, encontrase uma lâmpada em prata (branco) sobreposta ao gládio alado, cuja chama à destra aparece em goles (vermelho) e blau (azul ultramar). A lâmpada tem suas origens nas lendas árabes e a luz, que dela emana, procura simbolizar o conhecimento, através do ensino, iluminando e abrindo os caminhos que conduzem ao saber. Este conjunto constante do emblema da EAOAR, procura relacionar o GITE com sua origem, ocorrida na transferência do Curso de Tática Aérea da EAOAR para sua responsabilidade, o que provocou sua criação. Em contrachefe, posiciona-se um listel em prata (branco) com dizeres “FLEXIBILE, SED NON RUMPITUR”, em sable (preto), cujo significado é “FLEXÍVEIS, MAS NÃO SE QUEBRAM”, expressando o mote da Unidade. Contorna o escudo um filete em jalne (amarelo), evidenciando o nível de Comando da Organização, Oficial Superior.
19 GITE 39 anos HERÁLDICA DO EMBLEMA DO GITE
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GALERIA HISTÓRICA CTATAE / CPROE
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Vivemos em uma época marcada por aceleradas transformações tecnológicas, econômicas, culturais e de uma explosão de conhecimentos produzidos e disseminados, que exigem cada vez mais dos indivíduos, que para inserir-se no mundo onde o fluxo de informações é intenso, devem adaptarse, constantemente, a tais dinâmicas, em permanente transformação, onde o conhecimento passa a ser um recurso flexível, envolto em constante expansão e mudança.
Nessa conjuntura, é configurada uma nova dinâmica educacional em que o espaço físico da sala de aula, tão proeminente em outras décadas, aparece em uma nova perspectiva de educação e deixa de ser o local exclusivo para a construção do conhecimento e preparação do cidadão para a vida ativa.
O desafio que vem sendo imposto ao ensino é se organizar para atender essa dinâmica na forma como os indivíduos adquirem, criam, compartilham e disseminam o conhecimento através do fácil e rápido acesso às informações.
Em consonância o ensino e a aprendizagem estão cada vez mais interligados ao processo de informação e comunicação. Nesse sentido, há uma mutação pedagógica no processo educacional, influenciando fortemente as relações dos envolvidos no processo de ensinar e aprender: aluno, professor e instituição de ensino.
Estamos vivenciando a emergência de uma sociedade conectada, onde o cotidiano das pessoas depende, cada vez mais, de ações baseadas nas Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs).
Decerto, estamos em um processo de transformação tecnológica onde a Internet está no centro das relações na sociedade e nas céleres transformações tecnológicas que estamos vivendo, dando lugar ao conhecimento compartilhado em telas de computadores e tablets ou na palma da mão através do celular.
Entre as grandes transformações ocorridas nos últimos anos, as (TDICs) têm apresentado significados relevantes ao modo de aprender. Conforme preconiza Bonilla: entendemos que os computadores, ao estarem conectados em rede, tornam-se potencialidades para a criação e a comunicação, o que só se torna possível à medida que os sujeitos interagem com a máquina, fazem descobertas, se comunicam com seus pares, compreendem o significado social dessas tecnologias, seus princípios, suas potencialidades, e a racionalidade que as perpassam, se familiarizar com a cultura digital de forma plena e livre (BONILLA; SOUZA, 2011, p. 103).
Sendo assim, partindo do pressuposto que as tecnologias trazem interação entre indivíduos e se tornam cada vez mais presentes em interesses pedagógicos, o processo de ensinar e aprender tem se ressignificado. Contudo, não mais surpreende a necessidade iminente de as organizações de ensino repensarem e ressignificarem o processo de aprendizagem em busca de potencializar e expandir o conhecimento.
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Seguindo essa mesma perspectiva, com a visão de modernização do ensino, a Força Aérea visualiza novas perspectivas de concepção moderna e eficaz. O Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), engajado em atender as expectativas e novas formas de como o conhecimento se elabora e articula, apresentou através do Plano de Modernização do Ensino da Aeronáutica, metas, projetos e prazos a serem alcançados para motivação e modernização das Organizações de Ensino (OE).
Em busca de atender às crescentes expectativas de mudanças no processo de ensino e aprendizagem no âmbito da FAB, houve a necessidade de atualização relacionada à conjuntura econômica, a fim de atender um maior número de alunos, especialmente, em cursos de pós-formação.
É notório que o EaD favorece um novo cenário para pós-formação, pois além de oportunizar autonomia do aluno e flexibilidade de tempo de estudo, contribui grande economicidade para as Organizações Militares, uma vez que proporciona capacitação aos seus militares, sem custos elevados e sem necessidade de afastá-los da sua unidade de trabalho e, como consequência, o aumento na oferta de matrículas, como aponta Costa, conforme citação de Hospodarc (2015), a própria modalidade EaD traz em seu bojo a noção de deslocamento espacial e temporal para professores e estudantes envolvidos no processo de ensinoaprendizagem, bem como a estrutura do design instrucional que estará orientada para este binômio. (HOSPODARC, 2015, p. 330 apud Costa, 2007).
Em 2021, a educação a distância tornou-se realidade concretizada e em ascensão na Força Aérea. Para tanto, foi preciso organização e planejamento. Para Freeman:
gerir uma instituição de EaD requer uma diversidade de conhecimentos muito maior do que gerir uma escola, um liceu ou uma universidade, e, no seu todo, não será possível recrutar pessoal com estes conhecimentos. A instituição terá de desenvolver o seu próprio pessoal, até que ele atinja a diversidade e profundidade de conhecimentos necessários. Realisticamente, isto demora o seu tempo, e não será exagero dizer que uma nova instituição de EaD precisa de 2 a 5 anos até que o seu núcleo do pessoal atinja o pleno de sua capacidade operacional (BRASIL, 2019, p. 71).
A modalidade de ensino a distância requer capacitação dos seus profissionais, preparando-os para lidar com as diversas situações. Podemos considerar também que:
Educação a distância não é um “fast-food” em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. (MORAN, 2015, p. 64)
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Contudo, entende-se que o EaD não torna o ensino mais “fácil”, como muitos podem pensar, ao contrário. Os encontros virtuais realizados e que acontecem nos fóruns entre tutor/aluno, aluno/aluno e fóruns agregam valores e desenvolvem competências e habilidades necessárias, iguais ou até maiores que o ensino presencial, uma vez que o aluno gerencia seu tempo de estudo, dentro da sua rotina diária e assume compromisso de estudo próprio. Atualmente, vemos um considerável aumento e incentivo para a realização de cursos nessa modalidade de ensino no contexto da FAB. Para tanto, a visão que se tem sobre a EaD é que se mostra como uma modalidade vantajosa, pois consegue qualificação em diversas áreas de conhecimento, para pessoas que não dispõem do tempo e lugar necessários para frequentar as aulas presenciais. Por isso, tem se tornado algo cada vez mais presente nas instituições de ensino militar.
Atendendo essas expectativas, nos últimos anos, o GITE, como uma organização militar voltada para o ensino, visionando cumprir o que está previsto no Plano de Modernização de Ensino, passou por grandes inovações tecnológicas e transformações em seus cursos. Estes tiveram que ser atualizados e adequados às novas realidades no processo de ensino e aprendizagem e o GITE encontrou na modalidade a distância uma alternativa economicamente viável. Atendendo às exigências pedagógicas, tornou-se favorável à sua implantação as diversas possibilidades que oferecem no campo educativo, propiciando uma interação muito mais intensa entre o real e o virtual, bem como nos conceitos de tempo e distância.
Dessa forma, o EaD passou a ocupar uma posição estratégica de modo a satisfazer as amplas e diversas necessidades de qualificação profissional que a FAB necessita.
Conforme BRASIL (2017, p.54), “no contexto atual de novas tecnologias, o cenário de EaD evolui constantemente, trazendo à tona a necessidade de implantação dessa modalidade no contexto do ensino militar”.
Pensar na história do GITE é refletir como importantes processos educacionais e prospecções de projetos de ensino foram realizados para chegar aonde chegou. Uma escola referenciada no contexto da Força Aérea Brasileira na formação e pós-formação de militares através de cursos presenciais e EaD.
Construir o processo do EaD no Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE) não foi um processo nada fácil. Necessitou de muito empenho e dedicação por parte dos idealizadores. Conforme relato da coordenadora pedagógica, que engajou os projetos de implantação dos cursos EaD, juntamente com outros militares, no ano de 2014 começou as primeiras idealizações e prospecções para implantar a Educação a Distância no GITE.
Para isso, visitas técnicas e observatórias foram realizadas em algumas instituições de referência, como Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA), escola da Força Aérea Brasileira localizada em Guarulhos/SP, e parcerias com o IFRN, a UFRN e a Escola NEVES em Natal/RN.
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As visitas e parcerias foram imprescindíveis para entender como acontecem os processos e funcionamentos da transposição didática dos cursos da modalidade presencial para a modalidade a distância, como criar material didático e dialógico, necessários para a modalidade de ensino a distância, através de design gráfico e como montar um curso no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), além da utilização das ferramentas e plugins no Moodle.
Interesses em capacitação também foram inerentes ao sucesso deste projeto, cursos de especializações e aperfeiçoamentos foram necessários, para melhor entendimento de todo o processo por parte dos envolvidos. Após as visitas, foram organizados grupos de trabalho para estudar os princípios teóricos da EaD.
De acordo com a Tenente Pedagoga Edith, uma das organizadoras do processo, a primeira proposta de transposição didática foi do Curso de Preparação de Instrutores de Voo (CPIV), que tem a finalidade de preparar oficiais, pilotos da FAB para exercerem a função de instrutor de voo.
Com a finalidade de aprofundar este tema, foi realizada uma entrevista semiestruturada com a Coordenadora Pedagógica dos cursos EaD e pedagoga do GITE Tenente Edith, sobre como surgiu o interesse desta escola em implementar o EaD. Informou a mesma que “Recebemos a solicitação do COMPREP para implementar no GITE cursos EaD em consonância com a modernização do ensino na FAB”.
Descreveu ainda o processo para transformar os cursos presenciais em cursos EaD, em que fora iniciado com uma visita técnica ao Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA) em 2014, na qual participou. “Durante a visita entendemos como acontecia todo processo dos cursos à distância nessa instituição. Ao retornar para o GITE, montamos um grupo de trabalho com pedagogos e aviadores. Organizamos o primeiro curso semipresencial: Curso de Preparação de Instrutor de Voo (CPIV). Montamos a documentação de ensino composta por Currículo Mínimo, Plano de Unidade Didática e Plano de Avaliação. A parte teórica do curso ficou a distância e a parte prática aconteceu em uma semana de aula. De 2014 a 2017 realizamos o CPIV semipresencial. Em 2017 iniciamos as tratativas da transposição didática. Em 2018 nosso trabalho foi concentrado em transpor os cursos presenciais para a modalidade a distância. Realizamos na modalidade presencial apenas o CTATAE e o CDGE. Nesse ano realizamos cerca de 10 transposições didáticas de cursos”.
Conforme a Ten Edith: “com o primeiro curso na nossa escola virtual ganhamos autonomia e segurança no nosso trabalho. Reformulamos nosso material didático, tornando-o dialógico, fato que possibilitou uma aprendizagem significativa e os alunos conseguiram relacionar melhor os conteúdos com as questões avaliativas. Tivemos ganhos pedagógicos no material didático e no processo avaliativo ao longo desses anos. É importante pontuar que as críticas dos alunos também foram importantes para o avanço pedagógico dos cursos. Esses aspectos contribuem com o fortalecimento da Educação a Distância no GITE”.
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Os ganhos pedagógicos após implementação do EaD, foram ampliados pelos estudos “das pedagogas que entraram em cursos de especialização e pósgraduação em Educação a Distância, fato que agregou muito conhecimento e fortaleceu os aspectos pedagógicos dos cursos, como também nos ajudou nos desafios encontrados na transposição didática”.
De acordo com a entrevistada foi preciso capacitar todos os envolvidos no processo de transposição didática. Participaram de cursos específicos de edição de vídeos e material didático, a filmar vídeos e entender sobre o design gráfico dos materiais. Além disso, as pedagogas tiveram a oportunidade de realizar cursos de especialização em educação à distância e mestrado em Tecnologia e Educação à distância na UFRN.
Um importante tópico descrito pela mesma é como idealiza o GITE do Futuro: “desde o ano 2014 já almejávamos e idealizávamos o GITE como uma escola com curso EaD, e por isso lançamos uma semente, que vem sendo regada ao longo dos anos. A educação a distância nos últimos anos vem crescendo. A gente vem sentindo necessidade de melhorar todos os processos no futuro. Vamos continuar a investir na capacitação dos profissionais para melhorar o design gráfico dos materiais, aspectos da avaliação, interação dos conteúdos com os alunos. Quando eu penso em educação à distância no GITE para o futuro eu penso em um crescimento em qualidade e acho que hoje nós temos uma base técnico-pedagógica e que acreditamos na educação à distância”.
A partir dessa base que deixamos durante esses anos de 2014 a 2021, o GITE se torna de fato referencial da educação à distância para Força Aérea Brasileira e quem sabe para outras instituições de ensino até mesmo do meio civil.
Em pouco tempo, com o trabalho técnico-pedagógico, houve grandes avanços nos processos de transposições didáticas no GITE, de cursos presenciais para a distância.
O gráfico abaixo mostra o processo de evolução dos cursos EaD ofertados no GITE.
Gráfico 1 – Quantidade de cursos EaD no GITE
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Foi utilizada para Ambiente Virtual de Aprendizagem a plataforma online e gratuita, Moodle.
O Moodle é um sistema de código aberto para a criação de cursos online. Também conhecida como Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), a plataforma é utilizada por alunos e professores como ferramenta de apoio ao ensino a distância.
Sigla em inglês para Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment, ou seja, Ambiente de Aprendizado Modular Orientado ao Objeto, o Moodle funciona como uma sala de aula online onde professores podem disponibilizar material didático e propor tarefas interativas, como testes e discussões em fóruns. Para os alunos, o ambiente facilita a troca de conhecimento e de arquivos multimídia.
O sistema consiste em um software livre e de código aberto, o que significa que qualquer pessoa ou instituição pode fazer o download do programa e adaptá-lo conforme suas necessidades. Programadores, designers e educadores de diversos países contribuem para o desenvolvimento do produto de forma colaborativa. O Moodle está disponível para os sistemas Linux, Windows e macOS.
Para personalizar o ambiente de aprendizagem, o Moodle oferece uma série de plugins, capazes de adicionar novos recursos ao site. Existem extensões para diferentes propósitos, desde criar avaliações com correção instantânea até gerar certificados personalizados de conclusão de curso.
Decerto, vemos o GITE crescer vigorosamente e, em tão pouco tempo, em seus processos de transposição didática dos cursos da modalidade presencial para a modalidade a distância. No entanto, sabemos que é crescente a vontade de torná-lo modelo e referência na Força Aérea Brasileira. Para tanto, seu atual Comandante vislumbra ampliação dos cursos EaD e crescimento a curto e médio prazo dos processos de transposições didáticas, concomitante a uma busca contínua de qualidade.
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O GITE E A ESPECIALIZAÇÃO DO AVIADOR NA FAB
A formação do Oficial Aviador começa, para muitos, na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) – a “Nascente do Poder Aéreo”, em Barbacena, Minas Gerais. Durante 3 anos, jovens das mais variadas origens são forjados por meio de instruções técnicas, militares e acadêmicas com o objetivo de prepará-los para o futuro ingresso no Curso de Formação de Oficiais Aviadores.
Cumprindo todos os requisitos previstos, o então “Aluno” passa à condição de “Cadete”, na Academia da Força Aérea (AFA). Localizada em Pirassununga, no interior de São Paulo, recebe novos integrantes para o próprio Quadro de Oficiais Aviadores, mas também de Oficiais Intendentes e de Infantaria, além dos já citados ex-alunos de Barbacena.
Na AFA, o Cadete Aviador recebe instrução acadêmica relativa ao Bacharelado de Administração, com ênfase em Administração Pública, a instrução militar comum a todos os Quadros de Oficiais de carreira, além, é claro, de sua instrução técnico-especializada referente ao Bacharelado de Ciências Aeronáuticas, com Habilitação em Pilotagem Militar.
Em um curso com duração de 4 anos, em regime de semi-internato, o cadete é colocado à prova diariamente, tendo que conciliar suas mais diversas obrigações com uma rotina altamente restrita e controlada. Nesse período, realiza um curso básico na aeronave Neiva T-25 “Universal”, no 2º Esquadrão de Instrução Aérea (2º EIA), habilitando-o para prosseguir para um curso mais avançado na aeronave Embraer EMB-312 T-27 “Tucano”, no 1º EIA. Inicialmente, o instruendo adapta-se às aeronaves, aprendendo exercícios básicos, para depois evoluir para manobras, acrobacias, voos por instrumento e em formação com outras aeronaves. Ao término de todo esse ciclo, o Cadete é, então, declarado Aspirante Aviador. Formação concluída, correto?
Não exatamente. Num mundo cada vez mais tecnológico, em que o ritmo do combate é diretamente afetado por esse aspecto, a própria Força Aérea Brasileira evolui em busca da melhoria constante, tendo que se adequar organizacional e operacionalmente para acompanhar as mais avançadas táticas, técnicas e procedimentos consagrados na atualidade. Desta forma, diversos cursos de pós-formação devem ser ministrados para a atualização e progressão operacional dos nossos oficiais, e neste ponto se insere o GITE. O Grupo tem a missão de planejar, executar e controlar os cursos específicos do Comando de Preparo e outros de interesse do Comando da Aeronáutica. É comum que os militares tenham contato com esses cursos somente algum tempo após sua formação inicial. Quanto aos aviadores, no entanto, não se pode dizer o mesmo, e sua relação com o GITE é bem mais profunda.
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Isso se deve ao fato de que, logo após o Aspirantado, na AFA, a primeira unidade à qual o Aviador se apresenta é justamente o Grupo de Instrução Tática e Especializada. Aqui, é ministrado aquele que é o primeiro curso de carreira desses militares, o Curso de Preparação de Oficiais de Esquadrão (CPROE). Este é a evolução do histórico Curso de Tática Aérea (CTATAE), sobre o qual se explica um pouco mais no Capítulo 1 – Histórico do GITE. O curso visa proporcionar experiências de aprendizagem que habilitem o discente a discriminar e a aplicar as normas e os procedimentos necessários ao desempenho das atividades operacionais e administrativas inerentes à função de oficial aviador, nos postos de tenente e capitão, nos Esquadrões Aéreos e Alas, além de fixar princípios e conceitos que orientam o preparo e o emprego da Força Aérea Brasileira.
O CPROE é parte, ainda, do Programa de Especialização Operacional (PESOP) a que o aspirante é submetido neste primeiro ano de pós-formação. Neste programa, além do já citado curso, o aspirante realiza o Curso de Especialização Operacional (CEO) da aviação à qual foi designado – Caça, Transporte, Asas Rotativas ou Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) – e seu estágio funcional em uma das seções de sua Unidade de destino. Todos esses aspectos são avaliados e compõem a nota do programa, que classifica os militares para a escolha de suas futuras Organizações Militares (OM), ao término do ano, bem como os acompanhada por toda a sua carreira.
Ainda durante o PESOP, o aviador ainda realiza o Curso Básico de Missões Aéreas Compostas (CBMAC), em que são propiciados conhecimentos básicos aos militares participantes de missões aéreas compostas conjuntamente ou combinadas. Ao fim do ano, toda a turma de aviadores participa do Exercício ESPECIALIZEX, aplicando os conceitos vistos neste curso em conjunto com a doutrina recebida em cada um de seus CEO, concluindo o Programa de Especialização Operacional.
Uma vez transferidos a suas novas unidades, esses militares prosseguem em constante aprimoramento. Existe um Programa de Capacitação Operacional que varia para cada tipo de esquadrão, de acordo com a aeronave voada. Esse programa prevê exatamente quais cursos operacionais os membros da OM devem realizar a depender de seu tempo de permanência na unidade. Cursos dos mais variados tipos, de Guerra Eletrônica a Tráfego Aéreo Internacional, passando por Reconhecimento e de Instrutor de Voo, apenas para citar alguns exemplos, passam a fazer parte do cotidiano dos aviadores por toda a sua carreira.
Assim, é notável a presença do GITE nesse processo. O Grupo surgiu, justamente, do Curso de Tática Aérea, que tinha o intuito de preparar em solo brasileiro os nossos pilotos, aplicando os conceitos aprendidos na 2º Guerra Mundial. Com o tempo, evoluiu, mudou de localidade e tornou-se escola. Hoje, o Grupo de Instrução Tática e Especializada é parte essencial da especialização e formação continuada do Oficial Aviador da Força Aérea Brasileira.
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Explanar como se deu esse novo olhar para o processo de ensino e aprendizagem no GITE é desafiador. Pois pensar em modernização do ensino, envolve muitas mãos trabalhando juntos no processo.
Com todo o processo de modernização do ensino, pleiteados pelo COMPREP, o GITE surge engajado em atender as expectativas de concepção de ensino moderno e eficaz, coerente com os novos pensamentos educacionais, oriundos de uma gestão comprometida com o alinhamento da técnica com o operacional. O GITE alavancou o processo de adesão à modalidade de metodologias ativas, que se deu corroborando com a necessidade de reformulação do Curso do CTATAE para o CPROE.
Atualmente, entende-se que a forma como ensinamos é tão importante quanto os conteúdos de aprendizagem. Para tanto, a comunidade educacional, técnico-pedagógica, buscou propor novas metodologias de ensino e aprendizagem durante a reformulação do curso, novas ideias foram surgindo com o intuito de tornar o aluno o protagonista no processo de aprendizagem.
Para Moran (2019), a aprendizagem é mais significativa quando os alunos são motivados e se sentem parte do processo através das atividades propostas, quando consultamos suas motivações profundas, quando se engajam em projetos em que trazem contribuições, quando há diálogo sobre as atividades e a forma de realizá-las.
Contudo, inserir as metodologias ativas no CPROE foi um caminho sem volta, imprescindível para alavancar um currículo mais flexível e inovador, e aprendizagem mais centrada no aluno, mais significativa, nas suas necessidades e expectativas de alunos imersos em cultura digital.
Partindo desse pressuposto, descobrimos que, ao motivarmos os alunos intimamente, quando eles acham significado nas atividades, se engajam nos projetos e trazem contribuições significativas para a aprendizagem.
Uma das mudanças foi a introdução das metodologias ativas como ferramenta pedagógica dentro das disciplinas, principalmente a aula invertida e na aprendizagem colaborativa, entre pares, que permitiram avanços rápidos, a partir da orientação do professor, propondo projetos comuns, atividades integradoras, maior participação e autonomia do aluno e, consequentemente, desenvolvendo uma visão mais ampla do seu papel na construção e desenvolvimento de suas aprendizagens pensando no presente e projetando o futuro.
O GITE preocupou-se em atender às novas demandas dos jovens atuais, que estão inseridos em um mundo tecnológico e que exigem a integração de todos os espaços e tempos, entre o que Moran chama de “mundo físico e digital”. Por sua vez, os jogos (gamificação) foram inseridos neste ano, como mais uma estratégia importante de encantamento e motivação para uma aprendizagem mais rápida e próxima da vida real.
72 GITE 39 anos METODOLOGIAS ATIVAS
GAMIFICAÇÃO
Primeiro exercício simulado de estratégia de guerra:
Em 2021 o Grupo de Instrução Tática e Especializada foi palco da primeira simulação de estratégia de combate, denominada: Jogos de guerra.
O evento, que contou com o engajamento de todos os Aspirantes, trouxe à tona a importância da sedimentação os conhecimentos adquiridos ao longo de todo o Curso de preparação de oficiais de esquadrão (CPROE), mais ainda, especificamente, no tocante aos documentos constantes na DCA 1-1 e DMD.
Durante 08 tempos de aula, os discentes puderam organizar suas equipes, trabalhar sinergicamente e montar estratégias com a finalidade de vencer o campeonato estabelecido, com base nos conhecimentos adquiridos ao longo de todo o curso. Esta modalidade ativa de aprendizado instigou o aprendizado por meio da prática ativa do que foi absorvido segundo a DMD e DCA 1-1, além disso, promoveu o espírito esportivo nos integrantes bem como expôs os alunos a possíveis dificuldades que podem encontrar em um cenário real.
Esse ocorrido marca um passo importantíssimo na história do GITE e porque não dizer, na história da Força Aérea, dado o relevante cunho pedagógico aplicado e o ambiente instrucional que proporcionou um alto grau de participação, fazendo assim com que o aprendizado teórico se consolidasse com a atividade prática.
Vale ressaltar que outros países tais como Estados Unidos, Reino Unido, França, Canadá e outros já aplicam essa metodologia, resultando em oficiais com um conhecimento estratégico-militar mais apurado e tornando-os mais eficientes e eficazes no teatro de combate.
Portanto, a implementação dos jogos de guerra, faz com que a Força Aérea Brasileira se equipare aos países que vivenciam esse teatro diariamente, moldando as bases do futuro oficial que posteriormente carregará consigo um conhecimento muito mais aguçado.
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Primeira edição do CURSO
NBR ISO 9001_2015 - 2021
GALERIA DE FOTOS
IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S
Segunda edição do CURSO
NBR ISO 9001_2015 - 2022
Premiação 5S - 1º Lugar: SDGR
Premiação 5S - 2º Lugar: SDAC
Premiação 5S - 3º Lugar: ACP
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GITE recebe certificação ISO 9001
Grupo de Instrução Tática Especializada é a primeira organização do Comando de Preparo (Comprep) a receber ISO 9001
O Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE), localizado na Base Aérea de Natal (BANT), recebeu a Certificação ISO 9001:2015. O reconhecimento ocorreu no dia 12 de dezembro. É a primeira Organização Militar (OM) da Força Aérea Brasileira (FAB), subordinada ao Comando de Preparo (COMPREP), a ter esse tipo de certificação.
O reconhecimento enaltece a política do efetivo de prestar serviços educacionais de qualidade, cumprindo os requisitos aplicáveis estabelecidos pelos órgãos superiores, pelos clientes e pelo próprio GITE na consecução dos próprios processos, com inovação e melhoria contínua do seu Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ). Com a implementação do sistema, o GITE conseguiu aumentar a satisfação dos alunos e reduziu os custos com desperdícios e retrabalho.
Grupo de Instrução Tática e Especializada - GITE
Endereço
NBR
9001:2015 - ISO 9001:2015
Planejamento, execução e controle de cursos específicos do
O processo de certificação começou em 2021, desse modo o efetivo do GITE empenhou-se na missão de implantar o Sistema de Gestão da Qualidade, o gerenciamento de risco, atualizar as legislações e normas internas, e mapear os processos das atividades realizadas pelo GITE; para que conseguissem receber tal certificação, que segundo a norma NBR ISO 9001:2015 tem reconhecimento internacional.
De acordo com o Comandante do GITE, Tenente-Coronel Aviador, Yure Fernandes Rodrigues Cardote, a certificação recebida traz diversos benefícios, dentre eles, enfatiza-se a melhoria de processos, o controle eficaz, a gestão de riscos, a prevenção de falhas e a satisfação dos clientes, que neste caso, são todos os alunos; cumprindo assim, todos os requisitos estabelecidos pelo COMPREP.
“Ao se ter um sistema de gestão da qualidade eficaz, consegue-se ter todos esses benefícios. Assim, agora, com essa certificação iremos ter mais eficácia, fazer mais com menos, ter um menor índice de falhas. Em um cenário de contingências e limitações, isso é fundamental”, explica o Comandante do GITE.
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Este certificado é intransferível e qualquer grande modificação no sistema de gestão da qualidade, nas instalações básicas ou no(s) endereço(s) deve ser imediatamente comunicada ao Instituto de Fomento e Coordenação Industrial. This Certificate is non transferable and any major change in the quality management system, original installations or its address (es) have to be immediately reported to Industrial Fostering and Coordination Institute MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA INSTITUTO DE FOMENTO E COORDENAÇÃO INDUSTRIAL CERTIFICADO DE CONFORMIDADE CERTIFICATE OF CONFORMITY N.º: I – 2022 12-01 Este Certificado, emitido pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial - IFI, é conferido a: This certificate, issued by the Industrial Fostering and Coordination Institute - IFI is granted to:
da BANT,
Parnamirim-RN
(s): Estrada
s/nº, Emaús. CEP: 59148-900 –
ISO
interesse
Comando da Aeronáutica (COMAER). Planning, execution and control of specific courses of the Preparation Command (COMPREP) and others of interest to the Aeronautics Command (COMAER). Data de Emissão: 05 de dezembro de 2022 Validade: 05/12/2022 a 04/12/2025 Date of issuance: It is valid from: to Responsável Técnico: MARCOS BENEDITO DOS SANTOS MAIA Ten Cel Esp Com Technical Manager Chefe da Divisão de Certificação de Sistemas de Gestão Chief of Management System Certification Division Aprovação (conforme assinatura eletrônica) LUIZ MARCELO TERDULINO DE BRITO Cel Av Approval in accordance with electronic signature Diretor do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial Director of Industrial Fostering and Coordination Institute Form PI – 202-01 Rev.54 DCTA/IFI – Praça Marechal Eduardo Gomes, 50 – Vila das Acácias – 12228-901 – São José dos Campos-SP Brasil Assinado digitalmente por LUIZ MARCELO TERDULINO DE BRITO ESTE DOCUMENTO DEVE SER AUTENTICADO NO PORTAL https://adoc.fab.mil.br/adoc, informando o código: WKIOFAMU.BVAUM2AE.GG3LDFGO.PFF4I3XT
Comando de Preparo (COMPREP) e outros de
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É importante ressaltar que a implementação do sistema de qualidade no GITE foi efetivada especificamente nos processos de ensino que compõe a missão da instituição. Desse modo, o Comandante da BANT, Brigadeiro do Ar Éric Cézzane Cólen Guedes destacou o trabalho desenvolvido por todo o efetivo, não apenas o atual, mas o que os antecederam, uma vez que essa certificação representa os esforços empenhados durante todos os anos de criação da OM. “Estamos muito satisfeitos! A certificação foi auferida esse mês, sendo fruto de um trabalho dos últimos dois anos, que fez com que atingíssemos esse marco histórico. Agora, teremos ainda mais compromisso com o trabalho realizado pelo GITE, uma vez que estaremos sempre avaliando nossos processos, buscando a melhoria contínua”, ressaltou.
ISO 9001
O GITE foi auditado pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) para homologação da Certificação ISO 9001:2015. O IFI é um órgão acreditado como Organismo de Certificação pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).
O Comandante do GITE, Tenente-Coronel Cardote, em reunião com efetivo, agradeceu a todos por terem conseguido implementar o SGQ, destacando o mérito coletivo da conquista. “É notório o quanto o GITE cresceu e evoluiu em seus processos, idealizando o crescimento pessoal, profissional e institucional”, comentou.
GITE
Fundado em 14 de novembro de 1983, o Grupo de Instrução Tática Especializada é a Escola Operacional da FAB. Dessa forma, no âmbito do Comando de Preparo, que tem como atividade-fim de preparo da Força, o GITE torna-se a Escola desse Grande Comando, assim, todos os cursos que irão contribuir para o preparo finalístico de emprego do poder aeroespacial serão sediados pelo GITE, na coordenação ou na supervisão, garantindo formação tática com elevado padrão de qualidade. Só em 2021, foram formados 2.200 com mais de 10 cursos presenciais e 32 edições à distância, sendo todos eles voltados para a área finalística, tais como planejamento e emprego de armamento aéreo; seleção de alvos; planejamento de missões aéreas compostas; tráfego aéreo internacional; dentre outras. Além disso, o GITE passou a ministrar cursos de infantaria que envolvem o treinamento de busca e salvamento.
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FOTOS DA AUDITORIA AUDITORIA
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REFERÊNCIAS
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MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. Blog Jóse Moran Educação Transformadora. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wpcontent/uploads/2013/12/metodologias_moran1.pdf. Acesso em: 19 set. 2021.
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