Notaer - Edição de Fevereiro

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Ano XXXIV

Nº 2

Fevereiro, 2011

ISSN 1518-8558

S1 Silva Lopes / CECOMSAER

Na maior tragédia natural do país, Força Aérea leva ajuda humanitaria e atendimento de saúde ao RJ

A FAB realizou mais de 120 missões em duas semanas de atuação na Operação Serrana. O HCAMP atendeu 1905 pessoas

Pela primeira vez, tropa de Infantaria participa de missão de paz da ONU

Há um ano, FAB ajudava a socorrer as vítimas de terremoto no Haiti

Um pelotão com 27 militares da Aeronáutica integra, ao lado de militares da Marinha e do Exército, o contingente da Missão das Nações Unidas para a Estabilizaçao no Haiti. É uma missão inédita para a Infantaria (Pág. 11)

Em quatro meses de atuação, a FAB realizou 156 missões de ajuda humanitária, perfazendo um total de 3,3 mil horas de voo. O HCAMP, montado após a tragédia, realizou mais de 36 mil atendimentos e 1,4 mil cirurgias (Pág. 12)

ACONTECE na FAB Passagens de comando e aniversários (Pág. 13) Assinado contrato para modernização dos caças A-1 (Pág. 14) Corrida da Paz acontecerá no próximo dia 20 de fevereiro (Pág. 15)

Helicópteros em decolagens e pousos, militares no planejamento das operações e profissionais de saúde minimizando as dores em uma situação de sofrimento. Em Itaipava, na cidade de Petrópolis (RJ), tripulações e helicópteros H-34 (do Rio de Janeiro), H-60 (de Manaus), H-1H (de Campo Grande) e H-50 (de Natal) atuaram numa operação inesquecível. Mais de 200 militares da FAB devotaram seu tempo integralmente durante quase duas semanas ininterruptas de atividades no Estado do Rio de Janeiro. O resultado da abnegação desses profissionais traduziu-se em mais de 120 missões, 47 toneladas de carga e 787 passageiros transportados, incluindo 62 pessoas que foram resgatadas em áreas de risco. O Hospital de Campanha (HCAMP), montado em Itaipava, realizou 1905 atendimentos. (Pág. 4, 5 e 6)

ESPECIAL 70 ANOS Anos 70 - A integração da defesa aérea e com o controle de tráfego aéreo no Brasil A década marca o início de uma nova fase para a Força Aérea Brasileira com a chegada dos modernos aviões supersônicos e a criação de um modelo integrado de controle e defesa aérea do país. (Pág. 7 a 10)


CARTA AO LEITOR

Guerreiros e nuvens Nem o tempo fechado nem as dores. Nada passou alheio. Os homens e mulheres que atuaram na Operação Serrana, destaque do Notaer nesta segunda edição do ano, lidaram mais uma vez com as intempéries dos céus e dos seus próprios espíritos guerreiros. A rotina exaustiva e os montes e vales de tristezas cercaram a missão, mas eles ultrapassaram as nuvens. Mais do que isso. Encontraram clarões. Os helicópteros e tripulações chegaram longe e não paravam. Os profissionais de saúde, nessa mesma toada, foram mais profundos do que atender só aquela dor do corpo. Trazemos ainda a história de outros guerreiros que vão para o Haiti,

profissionais do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica do Recife. Pela primeira vez, uma tropa de Infantaria da Aeronáutica integrará a missão de paz da ONU. Entrevistamos esses profissionais e todos estão orgulhosos de poder atuar em prol de uma Nação já tão sofrida. Essa tropa vai para o Haiti praticamente um ano depois da grande missão de ajuda humanitária. O Notaer continua ainda sua série de reportagens sobre a história da FAB. Dessa vez, mostra detalhes da década de 70, como a integração da defesa aérea com o controle de tráfego aéreo. Um modelo que entraria para a história do Brasil. Eles superaram as dificuldades e essa filosofia acabou por

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Chefe da Divisão de Produção e Divulgação: Tenente-Coronel Alexandre Emílio Spengler Chefe da Divisão de Relações Públicas: Major Aloísio Secchin Santos Editores: Tenente Luiz Claudio Ferreira e Tenente Alessandro Silva

beneficiar até a aviação civil. Aos guerreiros que superam as nuvens, que insistem em cercar o cenário, é dedicada mais esta edição. Marcelo Kanitz Damasceno Cel Av Chefe-Interino do CECOMSAER

Vazamento de informações: O que é? Como prevenir? deveriam tê-lo. Isso ocorre, em geral, por meio de furtos internos, acesso de pessoas não credenciadas às áreas restritas, circulação de visitantes desacompanhados e sem controle constante em organizações sensíveis, entrada e utilização de equipamentos fotográficos, de filmagem e de outros meios eletrônicos sem prévia autorização, falta de compartimentação do conhecimento, da documentação sigilosa e de ações irregulares por parte do efetivo face ao desconhecimento dos procedimentos e protocolos de segurança. Podemos minimizar os prejuízos decorrentes dos vazamentos de conhecimentos sensíveis por meio de ações simples, porém eficientes, tais como: não conversar assuntos sigilosos ao telefone - principalmente ao celular; não comentar assuntos do trabalho em locais públicos, pois nunca se sabe quem está escutando; não utilizar meios vulneráveis (telefone/ fax, celular, e-mail) para trâmite de assuntos sigilosos; separar e triturar todo o lixo classificado; utilizar,

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno. Chefe-Interino do CECOMSAER: Coronel Aviador Marcelo Kanitz Damasceno

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

A história mostra bons exemplos dos cuidados que as instituições têm que adotar para a proteção do conhecimento, quase sempre de inestimável valor comercial ou estratégico. Forças Armadas modernas e combativas não terão êxito em suas missões sem essa proteção. Vivemos na sociedade da informação e o COMAER, como qualquer outra organização, detém uma infinidade de conhecimentos (elaborados a partir de dados, informações, pesquisas, desenvolvimentos, experiências, etc) e o conhecimento, hoje em dia, é, cada vez mais, a chave do sucesso de qualquer empreendimento, seja ele civil ou militar. No mundo inteiro, organizações combatem o vazamento de conhecimentos sensíveis de que são detentoras, investindo em medidas de proteção do conhecimento. O vazamento de conhecimentos é quando ocorre uma divulgação não autorizada desse conhecimento para pessoas ou organizações que não

Expediente

diariamente, as fragmentadoras de papel; destruir as mídias (CD, DVD, HD, pen-drives) inservíveis; controlar a reprodução (em copiadoras, scanners etc) de documentos sigilosos; credenciar, controlar e restringir o acesso de pessoal às áreas sensíveis; controlar e acompanhar o uso de máquinas fotográficas, filmadoras e demais meios eletrônicos nas OM do COMAER e cumprir rigorosamente o RSAS para os trâmites de expedição e recebimento de documentação sigilosa. Por mais sofisticados, caros e bem montados que sejam os sistemas de proteção do conhecimento eles serão vulneráveis sem o comprometimento dos componentes do COMAER. O elo mais fraco de um sistema é, em geral, o ser humano por trás dele. Dessa forma, o nível de conhecimento e comprometimento do nosso pessoal definirá a eficiência das medidas de contrainteligência implementadas nas nossas OM. (Artigo de autoria do Centro de Inteligência da Aeronáutica)

Repórteres: Tenente Luiz Claudio Ferreira, Tenente Alessandro Silva, Tenente Adriana Alvares, Tenente Marcia Silva, Tenente Flávio Hisakasu Nishimori e Tenente Carla Dieppe Colaboradores: CIAER, III COMAR, Embraer, Rio 2011, CENIPA, DIRSA e Sistema Kataná (textos enviados ao CECOMSAER para divulgação por diversas unidades) Redação, diagramação: Divisão de Produção e Divulgação Distribuição: Divisão de Relações Públicas Tiragem: 30.000 exemplares Jornalista Responsável: Tenente Luiz Claudio Ferreira (MTB 2857 - PE) Diagramação: Tenente Alessandro Silva e Cabo Lucas Maurício Alves Zigunow Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias publicadas, desde que mencionada a fonte. Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: redacao@fab.mil.br ISSN 1518-8558 Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900 - Brasília - DF Impressão e acabamento: Aquarius Gráfica e Editora


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PALAVRAS DO COMANDANTE

Fotos: SGT Rezende / CECOMSAER

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Solidariedade a pleno

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s imagens e as histórias de vida das vítimas das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro impactaram, de forma avassaladora, os olhos e os corações de todos nós. Por isso, mobilizamos militares de várias organizações de todo o País para atuarem na região. Trabalhamos a partir de Itaipava, na cidade de Petrópolis, e estou ciente de que, mais uma vez, honramos a farda e tudo o que ela significa. Aproveito este espaço em nosso Notaer para agradecer e parabenizar todos os companheiros que ficaram, por vários dias, distantes de casa para trabalhar em prol de tanta gente que sofria. Para todos, mais uma missão inesquecível. Sei que não foi fácil. Atuar em uma região de montes e vales, com instabilidade climática, exige planejamento e conhecimento das

tripulações dos nossos helicópteros. Muita gente ficou em terra com mapas e computadores abertos para que tudo funcionasse. O pessoal do Hospital de Campanha da Aeronáutica, novamente, foi referencial de atendimento em um lugar profundamente abalado. Como atuamos nas enchentes no Nordeste ou no terremoto do Haiti, no ano passado, recebemos pacientes com diversos problemas e nossa equipe estava mais uma vez preparada. É entusiasmante para todos nós vê-los em ação. Destaco ainda o trabalho coordenado com as Defesas Civis para que pudéssemos transportar com os aviões donativos do país inteiro. Obedecemos a uma hierarquia de ações para que tudo ocorra dentro do previsto. O que todos desejam é que cada cesta

básica, remédio, roupa e colchão cheguem a quem precisa. A todos os que participaram diretamente ou indiretamente dessa grande operação, recebam o meu cumprimento. O país conhece e confia em nossa Força. Comunidades isoladas costumam nos confirmar: “eu sabia que vocês viriam”. Como sempre, estivemos e estamos a postos. Com a organização e o profissionalismo de uma instituição devotada e patriótica. Nossos rotores a pleno, naqueles pousos e decolagens, nosso suor diuturno, nossas roupas molhadas da chuva ou sujas da lama não devem ser esquecidas jamais. São símbolos concretos dos nossos ideais que se renovam a cada missão. Tenente-Brigadeiro Juniti Saito Comandante da Aeronáutica


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Operação Serrana

Uma grande operação em uma serra de tristezas

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ais de 200 militares da FAB defrontaram-se com essa guerra e com essa dor. Voar, apoiar, cuidar e salvar foram verbos que fizeram parte da vida deles no mês de janeiro. Converse com algum colega que foi escalado para a Operação Serrana e ouvirá adjetivos como “gratificante e emocionante”. Além disso, deverão lembrar como foi trabalhosa e dolorosa a atuação em uma situação de tragédia. Até o final de janeiro, a Defesa Civil Estadual contabilizava mais de 800 mortos e centenas de pessoas afetadas. Trabalhar pelas vítimas foi a inspiração de cada dia dessa missão. O fato é que o Parque de Exposições de Itaipava, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, tornou-se uma base aérea para o socorro das vítimas. Uma estrutura, que proporcionou o controle do tráfego de aeronaves, a manutenção de energia 24 horas por dia e a instalação de um centro de comunicações para que as vítimas das chuvas pudessem se comunicar com seus familiares. Sete toneladas de equipamentos foram instaladas por militares do Grupo de Comunicações e Controle (GCC), o que permitiu que fossem realizadas ações de controle de tráfego aéreo, de comunicação e de comando e controle. Entre os equipamentos foram instalados geradores de energia, rede wireless e de computadores, duas antenas Telesat, que disponibilizaram canais para transmissão de dados e voz, e uma rádio AFIS, que funcionou como um centro de informação e alerta para os helicópteros. Também foram disponibilizados pontos de telefone e acesso à internet para quem perdeu contato com seus familiares. “A possibilidade de atender pessoas nessa situação não tem

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Foram mais de 120 missões, 47 toneladas de carga e 787 passageiros transportados, incluindo 62 pessoas resgatadas em área de risco

preço. Já atuei na atividade SAR e posso dizer que a gratificação de estar aqui é a mesma”, afirma o Oficial de Ligação de Comunicações e Eletrônica, Tenente Eduardo da Costa Baptista, destacando que, no início das operações, os militares do 1o GCC chegaram a trabalhar 36 horas ininterruptas

para que a estrutura ficasse pronta para as ações na região. “Nessas horas o cansaço fica em segundo plano, pois pensávamos que quanto mais rápido pudéssemos montar a estrutura, mais rápido a ajuda chegaria para quem estava precisando”, ressalta o Oficial de Ligação do Depar-

tamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Major Sandro Benedet. “Nós nos emocionamos com a situação e fizemos o possível e o impossível para apoiar essas pessoas. Mesmo sem voar, sem estar diretamente ligado à atividade de resgate, nos sentíamos parte disso”, destaca.


5 Operação Serrana

Uma ação diferenciada foi desdobrar a equipe até comunidades isoladas

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que ocorreu na Operação Serrana foi um bom exemplo do que o esforço dos militares da Força Aérea se traduz em prontidão e apoio à missão. Foram 1905 atendimentos nos próprios módulos e também fora da sede, em comunidades isoladas, desassistidas de profissionais de saúde. O Hospital de Campanha da Aeronáutica (HCAMP) foi solicitado em um sábado (15), montado no dia seguinte (16), em meio à chuva que não parava, no Parque de Exposições de Itaipava. A montagem, aliás, é um símbolo da união do grupo. Todos participam. Nesse caso, por exemplo, a instalação inicial foi numa área que começou a alagar. Rapidamente, deslocaram-se para uma área mais alta, há 100 metros de onde operavam os helicópteros. Na manhã do dia 17, os pacientes já eram atendidos. Tanto os que vinham de várias regiões afetadas na cidade, como aqueles que não tinham como chegar ou optaram por não saírem de suas residências, mesmo estando em áreas de risco.

Fez parte da rotina embarcar em helicópteros e assistir comunidades isoladas com atendimentos básicos e vacinação contra tétano. Aliás, esse era um problema que preocupava os médicos e enfermeiros. “Explicamos para eles sobre a dosagem e os cuidados que as pessoas devem tomar depois de tudo o que aconteceu”, disse a enfermeira, Tenente Cristiane Garcia. “Sei que precisava me vacinar urgentemente. Muito obrigado por virem até aqui”, disse a dona de casa Aparecida Santos, de 55 anos. Os médicos chamavam a atenção para doenças típicas de situações pós-enchente. “Problemas de pele e de respiração são normais nessas ocasiões”, disse o Coronel Marco Artur de Marco, coordenador da equipe de saúde. “Fizemos atendimentos básicos e trouxemos ortopedistas, cirurgiões, clínicos, ginecologistas e pediatras preparados para diferentes situações”, comentou o Diretor do HCAMP, Tenente-Coronel Roberto Thuri. Às vezes muitos chegavam de uma vez. Como quando desembarcavam pessoas resgatadas de

Fotos: S1 Silva Lopes / CECOMSAER

Hospital de Campanha somou 1905 atendimentos

Profissionalismo e carinho com a população atingida pelas enchentes

áreas isoladas. Imediatamente, os socorridos eram examinados pelo pessoal do HCAMP. E lá vinham à tona tristes histórias, como pais que perderam filhos ou filhos que perderam pais. No entanto, a presença da vida, por si mesma, já era o próprio milagre. Logo no início do atendimento, em uma ocasião que chegaram 18

pessoas resgatadas, quatro eram crianças, sendo uma bebê de 30 dias. A presença de Isadora foi uma das inspirações dessa história que, no início teve choro e, depois, olhos arregalados. Como ficou Guilherme, de oito anos, orgulhoso de ter voado de helicóptero. Já sonhava em ser piloto. O pesadelo havia ficado para trás.


6 Operação Serrana

Entrevista – Major-Brigadeiro Luis Antonio Pinto Machado

Notaer - Qual pode ser considerada a grande missão? As missões que considero mais marcantes foram as que buscavam identificar pessoas isoladas. Em algumas delas, quando chegávamos, eles não tinham o que comer, o que beber e era um alento muito grande quando percebiam que a ajuda havia chegado. Lembro bem que, num primeiro momento, elas pediam água e depois comida. E recebiam, também, o apoio dos militares do Hospital de Campanha que prestavam atendimento médico e já avaliavam as necessidades de medicamento. Nessas missões, nossos helicópteros resgataram 62 pessoas. Foram muitas missões marcantes durante a operação, mas dentre elas, destaco duas. Uma foi a que resgatou quatro vizinhas que estavam isoladas na localidade de Santa Rita. Buscando ajuda, elas escreveram S.O.S usando pedras e trigo. O H-34 voltava de uma missão e um dos tripulantes viu o pedido de socorro. Eles pousaram e elas foram salvas. Outro momento foi em uma comunidade em que disseram que nós éramos anjos que vinham do céu.

Sob o comando do Major-Brigadeiro Pinto Machado, os militares que atuaram na Operação Serrana realizaram mais de 120 missões no Rio de Janeiro

Notaer - Cite um momento marcante nesta operação. O prefeito de Petrópolis participou da solenidade de Arriação do Pavilhão Nacional no acampamento, em Itaipava, e prestou uma homenagem aos militares da Força Aérea. Em suas palavras, ele expressou seu agradecimento pela nossa atuação e, principalmente, seu orgulho das Forças Armadas. Nessa cerimônia estavam presentes, além do prefeito, secretários e autoridades. Notaer - Como pode ser avaliada a parceria entre a Aviação de Asas Rotativas com a Saúde? O helicóptero é a única aeronave que tem capacidade de voar a velocidade zero, de se deslocar lateralmente e de pousar em locais de difícil acesso. Por suas próprias características, a atuação com militares da área de saúde se torna excepcional. É possível que um médico desça de rapel, realize atendimentos e faça levantamentos da necessidade de remédios para comunidade. Também é possível remover pacientes em situação mais grave. E foi o que

aconteceu aqui em Itaipava, com um trabalho maravilhoso do Hospital de Campanha, que realizou 1905 atendimentos. Foram as mais diversas missões, incluindo vacinação. Sou um grande entusiasta do HCAMP. Também merece destaque o trabalho da UCI que proporcionou conforto e alimentação para que todos pudessem desempenhar suas missões; e da unidade Celular de Segurança e Defesa, que deu tranquilidade para que as missões fossem executadas; e dos militares do GCC, que instalaram antenas, estações rádio, rede wireless, internet, telefone e geradores que garantiram energia 24 horas por dia. SGT Rezende / CECOMSAER

Notaer - Qual foi o maior desafio da operação? Quando chegamos, ao sobrevoar a região, vimos uma destruição tão grande que era difícil dimensionar. Havia pessoas ilhadas, aguardando resgate em cima do telhado de suas casas, e outras que precisavam de água, comida e remédios. Diante dessa situação, o tráfego de aeronaves estava muito intenso na região. Havia helicópteros das Forças Auxiliares, como Corpo de Bombeiros e Polícias Civil e Militar, da Defesa Civil e até aeronaves particulares foram disponibilizadas para apoiar a população. Para se ter uma ideia, quando fomos realizar um voo de reconhecimento da área, logo no início, nós passamos por 12 helicópteros. Nessas condições, existia a possibilidade de acontecer um incidente ou até um acidente. Reunimos os pilotos, tanto os civis quanto os militares, que estavam na região e explicamos a necessidade de utilizarmos o serviço de informação e alerta

visando proporcionar segurança de vôo. Acredito que esse foi o maior desafio. Levando em conta, também, que quando chegamos o tempo estava chuvoso, com nuvens baixas que era muito perigoso em um área com serra.

SGT Rezende / CECOMSAER

Mais de 120 missões, 47 toneladas de carga e 787 passageiros transportados, incluindo 62 pessoas que foram resgatadas em áreas de risco. Atendimento a 1905 pessoas no Hospital de Campanha. Cerca de 1700 movimentos aéreos registrados. Os números chamam a atenção, mas por trás deles estão homens e mulheres de farda que se dedicaram a salvar vidas, levar comida e remédios a quem precisava e, principalmente, levar esperança a quem perdeu desde bens materiais até familiares na região de Petrópolis. Em entrevista, o Comandante da Operação, Major-Brigadeiro-do-Ar Luis Antonio Pinto Machado, destacou momentos que marcaram a missão.

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Uma missão inesquecível


ESPECIAL FAB 70 ANOS

Anos 70

A integração da defesa aérea com o controle de tráfego aéreo no Brasil

Arquivo

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ESPECIAL FAB 70 ANOS

A Força Aérea revoluciona seus conceitos de defesa Estudos iniciado nos Anos 60 deram origem ao atual modelo integrado de controle e defesa aérea; o primeiro Centro Integrado a sair do papel foi o de Brasília, que entrou em operação em 1976

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s anos 70 marcam o início de uma nova fase para a Força Aérea Brasileira (FAB), com profundas alterações no seu emprego. Até a década de 60, o Brasil ainda baseava seus conceitos de defesa aérea nos conhecimentos adquiridos na Segunda Guerra. O mundo era outro, a guerra fria estava no auge e a aviação tornava-se cada vez mais rápida, letal e tecnológica. Era preciso antecipar (ter meios para detectar possíveis ameaças) e agir (atingir rapidamente os objetivos). Chegava a vez dos supersônicos. O Ministério da Aeronáutica concluiu uma série de estudos e, em 1969, concebeu o Sistema Integrado de Controle do Espaço Aéreo, um projeto ambicioso e estratégico que previa a utilização conjunta de equipamentos de detecção, de telecomunicações e de apoio às atividades de defesa e de controle de tráfego aéreo. Dois anos antes, a Força Aérea já havia criado o Comando Aéreo de Defesa Aérea (COMDA), embrião do atual Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA). Ao mesmo tempo em que a estrutura de detecção nascia, com uma complexa rede de radares e equipamentos espalhados pelo país, o Ministério da Aeronáutica buscava, no mercado internacional, o que havia de melhor em modernos caças supersônicos. As decisões tomadas naquele período foram decisivas para o futuro da aviação militar. Em 1972, entrou em operação a primeira unidade aérea de interceptação da FAB, o atual Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), equipado com caças F-103 Mirage III. Na mesma década chegaram ao Brasil os caças F-5 e, sob licença, a EMBRAER passou a produzir seu

primeiro jato: o AT-26 Xavante. Detecção – No início dos anos 70, o Ministério da Aeronáutica implementa no país o conceito de Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA), uma inovação mundial, pois previa um sistema único controlando as operações civis e militares. Uma rede de radares e centros de controles espalhados geograficamente que forneciam, em tempo real, o posicionamento de todas as aeronaves voando no território. O CINDACTA I, sediado em Brasília, foi o primeiro a sair do papel em 1973 e entrou em operação em 1976. O centro reunia, sob uma única estrutura, o controle do tráfego civil e a defesa aérea, abrangendo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Distrito Federal, principais centros populosos do país. Até então, o tráfego aéreo era efetuado apenas com o controle dos pilotos e sem cobertura radar na maior parte do espaço aéreo. As ações iniciadas nesse período levaram o Brasil a um salto tecnológico do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). No início da década de 90, grande parte do espaço aéreo nacional estava coberta pelos CINDACTAs I (Brasília), II (Curitiba) e III (Recife). Por meio do projeto Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), começaram as ações para que todo o país tivesse cobertura radar. Hoje - O Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro compreende mais de 5 mil equipamentos, funcionando 24 horas por dia, e o trabalho de mais de 13 mil pessoas, entre militares e civis. O último CINDACTA, de número 4, entrou em funcionamento em 2006, com sede em Manaus, fe-

chando a cobertura radar no país. O SISCEAB tem um patrimônio avaliado em cerca de R$ 6 bilhões, sem levar em conta o valor de conhecimento agregado ao país ao longo das últimas quatro décadas. Em 2009, o SISCEAB passou por auditoria da Organização de

Aviação Civil Internacional (OACI), entidade máxima da aviação civil mundial, e alcançou 95% de atendimento das normas internacionais existentes. O resultado assegurou ao país posição à frente de países como Alemanha, Estados Unidos e França.


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ESPECIAL FAB 70 ANOS

Começa a “era dos caças supersônicos” no Brasil O primeiro caça supersônico brasileiro, o F-103 Mirage III, entrou em operação em 1972; três anos mais tarde, em 1975, chegaram ao Brasil os primeiros caças F-5 para reforçar a defesa aérea

TC Sérgio / 1o/14o GAV

Fotos: Arquivo

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Os caças F-103 Mirage III (acima) e F-5E Tiger II foram os primeiros supersônicos a entrar em operação na Força Aérea; O primeiro saiu de operação e o segundo passou por um processo de modernização

caça Mirage III representava o que havia de melhor em supersônicos quando chegou ao Brasil nos Anos 70. Havia sido empregado com sucesso por Israel na Guerra dos Seis Dias (1967). Era rápido, manobrável e adequado para missões de interceptação. Quando do seu desenvolvimento, uma frase atribuída ao fabricante marcou o projeto: “ele será visto pelo inimigo como uma miragem, mas jamais será tocado”. Voou no Brasil até 2005. A compra da aeronave assegurou ainda o treinamento de pilotos e mecânicos na França e, na prática, o aprendizado de uma nova doutrina de emprego da Força Aérea. Essa primeira geração de pilotos ficou conhecida como os “Dijon Boys”, em alusão à base francesa que os recebeu durante a fase de preparação. Os pilotos brasileiros realizaram missões na França acompanhados de instrutores daquele país. “Era muito diferente do que a gente estava acostumado. Se bem que não se sente que está voando supersônico, a não ser pela loucura que dá nos instrumentos quando se quebra a barreira do som. Na volta para o subsônico é que se leva um tranco”, disse o CoronelAviador Antônio Henrique Alves dos Santos, o “Jaguar 01”, líder da equipe que primeiro voou o caça no Brasil, em entrevista à Aerovisão em 2005. Os militares brasileiros foram divididos em diferentes modalidades de estágios, nas áreas de defesa aérea (interceptação), preparação de instrutores e simulador, entre outros cursos indispensáveis ao funcionamento da Primeira Ala de Defesa Aérea (1ª ALADA) – que entrou em ope-

ração em 1972. A nova unidade ficaria sediada em Anápolis (GO), no “coração” do Brasil, para a defesa do Planalto Central. Ativada em 9 de fevereiro de 1970, a 1ª ALADA foi criada para ser o braço armado do Sistema de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (SISDACTA), implantado para prover uma rede de meios eletrônicos de detecção capaz de rastrear e identificar as aeronaves que sobrevoam o território. Mais tarde, a unidade recebeu a atual denominação: Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA). O F-103 Mirage III voou por 32 anos na Força Aérea. Entre 1977 e 1978, mais caças desse modelo foram adquiridos. Nos anos 80, o Brasil comprou outro lote. Mais de 200 pilotos passaram pelo Esquadrão Jaguar (1º GDA) nesse período, desde o primeiro voo no Brasil em 23 de março de 1973. Novos caças – A Força Aérea começou a receber em 1975 o primeiro lote de caças supersônicos F-5, para a substituição dos obsoletos Lockheed TF-33A e os Gloster Meteor F-8, que praticamente já não operavam desde 1971 por problemas estruturais. As primeiras aeronaves da “Operação Tigre”, como ficou conhecido o translado dos primeiros caças, partiram de Palmdale (EUA), em 1975. Eram três F-5B que chegaram ao Brasil no dia 6 de março. Em 1975, os primeiros quatro F-5E pousaram na Base Aérea do Galeão (BAGL), dando início a uma ponte aérea que só terminaria em 12 de fevereiro do ano seguinte, totalizando 36 aeronaves.Os F-5 do Brasil tornaram-se mundialmente célebres na Guerra das Malvinas, quando interceptaram um bombardeiro inglês Vulcan.


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ESPECIAL FAB 70 ANOS

rimeiro jato a ser fabricado no Brasil, o Xavante fez seu primeiro voo de teste em 3 de setembro de 1971 sob o comando do MajorAviador Carlos Rubens Resende e pelo piloto de provas Brasílico Freire Neto. No dia 7 daquele mês, a aeronave fez seu primeiro voo oficial pela Força Aérea, nas comemorações do Dia da Pátria. No dia seguinte, foram entregues os três primeiros aviões Xavante, com a designação militar de AT-26. Até dezembro de 1976, a FAB já havia adquirido 119 unidades. A trajetória do Xavante na FAB surgiu em conseqüência de uma necessidade do Ministério da Aeronáutica, que pretendia substituir os jatos T-33A e buscava opções de aeronaves para treinamento que pudessem ser montadas no Brasil para posterior nacionalização. Depois da avaliação de várias alternativas, a escolha recaiu sobre o jato

Aermacchi MB-326G, produzido pela empresa italiana Aeronáutica Macchi. A aeronave havia sido projetada na década de 1950 e estava em operação desde 1962. O contrato de licença para fabricação pela Embraer foi efetivado em 1970 e a aeronave recebeu o nome de EMB 326GB Xavante. O nome brasileiro foi dado em homenagem às tribos indígenas guerreiras do Brasil prédescobrimento. Seria o terceiro modelo a entrar em produção na EMBRAER, e o primeiro jato a ser fabricado no Brasil. A EMBRAER produziu 182 unidades do EMB 326 Xavante, dos quais 166 para FAB, além de aeronaves para o Paraguai e s Togo. Em 2010, a aeronave deixou a Aviação de Caça brasileira, depois de 39 anos de operação e de ter contribuído para a formação de mais de 800 pilotos militares.

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Xavante: a indústria nacional produz seu primeiro jato

Os Xavantes voaram na Força Aérea até o final de 2010

Criação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos inicia nova fase para aviação brasileira

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criação do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), em novembro de 1971, inaugura uma grande mudança filosófica no propósito da investigação de acidentes aeronáuticos no país. Ao invés de apontar culpados, busca a prevenção. Em lugar de inquirir, passava-se a entrevistar. Em vez de julgar, emitir alertas, produzindo “recomendações de segurança de voo”, a principal razão de ser das investigações. O órgão coordena até hoje a prevenção, enquanto a polícia, o Ministério Público e o Judiciário trabalham em procedimentos distintos para a punição. Essa nova concepção era bem diferente da preconizada na fase embrionária da atividade no Bra-

sil, quando as investigações eram realizadas seguindo a concepção de inquérito, cujo objetivo era identificar responsabilidades e, eventualmente, punir culpados. O então Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) passou a constituir um sistema, que vigora até hoje. A filosofia voltou-se exclusivamente para a prevenção de acidentes, concentrada nos fatores humano, operacional e material da ocorrência, que correspondem, respectivamente, ao trinômio-base da investigação de acidentes: “o homem, o meio, a máquina”. Ao longo de 40 anos, o CENIPA investigou os principais acidentes aeronáuticos do país, produziu relatórios e emitiu inúmeras re-

comendações de segurança que, colocadas em prática, contribuíram para tornar a atividade aérea mais segura no país. Em 1982, o CENIPA criou o Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNPAA) – um fórum em que representantes de entidades nacionais, públicas e privadas, e organizações civis representativas de classes direta ou indiretamente ligadas às atividades aeronáuticas, se reúnem, duas vezes ao ano, para deliberar sobre temas relacionados à prevenção de acidentes aeronáuticos no Brasil. Dentre as ferramentas disponíveis para cumprir a missão de prevenir acidentes, o CENIPA passou a realizar atividades educacionais, como o Primeiro

Estágio Básico de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos, em maio de 1969. Desde então, cursos e estágios são destinados à formação e ao aperfeiçoamento de recursos humanos para atuar pelo SIPAER. Até hoje, cerca de 9.000 alunos já foram formados pelo CENIPA. Em 2009, o Sistema de Aviação Brasileiro foi submetido a uma auditoria da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Ao final da verificação, o CENIPA atingiu 96% de conformidade, o que o colocou junto ao órgão com melhor desempenho mundial, a EASA (European Aviaton Safety Agency), à frente de países como EUA, Canadá, França, Itália, Alemanha, Austrália, China, Índia.


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Internacional - Haiti

BINFAE RF

FAB envia tropa de Infantaria para missão de paz

Um pelotão da Aeronáutica composto por 27 militares vai integrar, pela primeira vez na história, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH)

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ela primeira vez, uma tropa de Infantaria da Aeronáutica participa de uma missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). No início de fevereiro, um pelotão com 27 militares (foto acima) embarcou em Recife para integrar, ao lado de militares do Exército e da Marinha, o contingente da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH). O Brasil participa dos trabalhos naquele país desde 2004 e a Aeronáutica mantém uma linha aérea regular de apoio aos militares brasileiros. Os militares enfrentaram uma rigorosa seleção e bateria de exames físicos, médicos e psicológicos. Depois, passaram por um programa de preparação no Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Recife (BINFAE-RF) e no 14º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército Brasileiro. Do efetivo que está nessa missão histórica, 23 são do próprio BINFAE-RF e quatro vieram de

unidades de Infantaria da Base Aérea de Fortaleza, da Base Aérea de Natal e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. “No período de preparação, os militares tiveram instruções especiais sobre regras de engajamento, sobre a garantia da lei e da ordem, instrução de tiro, patrulhas e treinamento físico, dentre outras atividades”, explica o Tenente-Coronel de Infantaria Júlio Cezar Pontes, comandante do BINFAE-RF. Importância - Reconhecimento e aprendizado. As duas palavras sintetizam a importância da participação do primeiro pelotão de Infantaria da Aeronáutica em uma missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo o Major-Brigadeiro-do-Ar Hélio Paes de Barros Júnior, comandante do Segundo Comando Aéreo Regional (II COMAR), sediado em Recife (PE). “É uma experiência importantíssima para o Batalhão de Infantaria de Recife, para a Infantaria da Aeronáutica,

porque os conhecimentos adquiridos serão disseminados para outras unidades”, afirma. No Haiti, as tropas do Exército e da Marinha trabalham para a garantia da lei e da ordem desde 2004, modelo que, hoje, está sendo aplicado no Rio de Janeiro, no Morro do Alemão, em apoio ao governo do Rio de Janeiro para a pacificação da região. Desde o início da missão de paz, os militares brasileiros ajudam na reconstrução do país e no socorro à população – como ocorreu no ano passado, após o terremoto que devastou Porto Príncipe. A Aeronáutica participa desse esforço com aeronaves que fazem o transporte de militares e de todo o tipo de suprimentos para as tropas do Brasil que integram a missão. “A participação da nossa tropa terrestre é um reconhecimento de que a Infantaria da Aeronáutica é uma opção a ser aplicada pelo país”, diz o Comandante do II COMAR. Saiba mais: www.fab.mil.br

Saiba como os militares do Brasil ajudam no Haiti Com 2.309 militares, o Brasil é hoje a nação de maior efetivo engajado na força militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). A atuação dos brasileiros, em conjunto com tropas de outros 18 países, num total de 8.740 militares, tem sido fundamental não só para a garantia de um ambiente seguro e estável para o Haiti, mas também como alicerce para as bases do processo de recuperação e reconstrução do país. O trabalho desenvolvido pelos militares brasileiros ganhou a confiança dos haitianos. Uma pesquisa realizada entre novembro e dezembro com 800 pessoas nas regiões de Belair e Campo de Marte apontou que 97% dos entrevistados são favoráveis à permanência das tropas da MINUSTAH nessas localidades.


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RETROSPECTIVA – 1 ano da tragédia no Haiti

Militares da FAB se emocionam ao relembrar missão relógio marcava 16h53 (19h53 horário de Brasília) do dia 12 de janeiro. No ano passado, neste horário, um terremoto de 7 graus de magnitude devastava Porto Príncipe, capital do Haiti, deixando mais de 230 mil vítimas. Logo após a tragédia, uma verdadeira rede de solidariedade mundial foi criada para socorrer as vítimas da tragédia. A Força Aérea Brasileira (FAB) ajudou no transporte de equipes de socorro, equipamentos, de ajuda humanitária e enviou um Hospital de Campanha para ajudar no socorro à população. Um ano depois da catástrofe, militares que estiveram na missão ainda se emocionam ao reviver suas memórias. O primeiro avião de transporte da FAB, do Esquadrão Gordo (1º/1º GT), decolou na noite do dia 13 de janeiro, por volta das 21h, do Rio de Janeiro, transportando 13 toneladas de suprimentos- água e alimentos - para o Haiti. O MajorAviador Alexandre Vieira de Aguiar fazia parte da tripulação da aeronave, que iniciou a ponte-aérea de solidariedade Brasil-Haiti. “O mais impressionante foi ver, além daquela situação de destruição, a quantidade de países ajudando. No voo em que levamos o HCAMP, ficamos duas horas no aeroporto da República Dominicana esperando uma ‘janela’ para pousar, devido à quantidade de aeronaves no espaço aéreo do Haiti”, lembrou. Outra militar que ainda tem bem vivas na memória as cenas de sua participação na missão do Haiti é a Capitão-Médica Marly Castro. Ao lado da Tenente Daniela Gil, a pediatra protagonizou um dos mais emocionantes episódios no Hospital de Campanha: o parto, em meio ao caos, no dia 22 de janeiro, de Marly, que nasceu com 3,5 quilos em bom estado de saúde. “Era mais ou menos três horas da manhã e eu estava dormindo

S2 Sérgio / CECOMSAER

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O terremoto no Haiti, em janeiro de 2010, deixou mais de 230 mil vítimas

em minha barraca quando a enfermeira entrou e me avisou que havia uma pessoa prestes a dar a luz. Fazer parte desse momento foi muito emocionante”, recorda. “Foi um orgulho e muito gratificante ter participado e representado o meu país nessa missão de solidariedade. Estávamos frente a frente com o sofrimento de milhares de pessoas. Certamente a união de todo o grupo que lá esteve foi fundamental para atendermos as vítimas daquela catástrofe”, afirma a médica. Com um mês de atividade, o HCAMP alcançou a marca de 8.000 atendimentos e mais de

110 mil medicamentos distribuídos. Até o dia 27 de maio de 2010, o HCAMP havia realizado mais de 36 mil atendimentos e 1,4 mil cirurgias. O Brasil encerrou oficialmente em maio de 2010 as atividades de apoio ao Haiti. Ao longo de quatro meses, a Força Aérea realizou 156 missões, perfazendo um total de 3,3 mil horas de voo. Aeronaves de transporte levaram equipes de resgate, equipamentos, alimentos, medicamentos, água e, sobretudo, muita solidariedade. Juntas, a FAB e a Marinha foram responsáveis pelo traslado de 3.991 toneladas de carga.

PERSONAGEM Jovem haitiano agradece aos médicos do HCAMP

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erido no pé esquerdo, o haitiano Decase Jumelle, 23, deu entrada no primeiro dia de atendimentos do Hospital de Campanha da Aeronáutica (HCAMP), em janeiro de 2010. Operado por médicos militares do Brasil, o jovem recuperou-se da cirurgia e hoje, após um ano, tem a oportunidade de expressar seu sentimento aos profissionais de saúde da Aeronáutica que o atenderam. “Foi importante o atendimento, pois como não tinha dinheiro, não poderia fazer a operação. Fui muito bem tratado e o sentimento é de agradecimento por esses médicos que me operaram”, afirmou o jovem. Durante o terremoto, sem saber exatamente o que estava acontecendo, Decase tentou entrar em sua casa. Foi quando o muro caiu, atingindo-o. Ferido, foi encaminhado ao Hospital de Campanha e operado em 18 de janeiro. O HCAMP começou a atender no Haiti um dia antes. Logo nas primeiras 24 horas de funcionamento realizou 196 atendimentos, cerca de 80% dos procedimentos relativos à ortopedia por causa dos ferimentos provocados pelo terremoto. “Lembro-me que muitas pessoas estavam nas mesmas condições que as minhas. Havia muita gente machucada, com fratura nos braços. Uma situação muito difícil”, recorda. Decase não se lembra do médico que o operou, mas em poucas palavras sintetiza o sentimento que ainda guarda daqueles que o ajudaram naquela situação difícil. “Acredito que eles fizeram um bom trabalho não só para mim, mas para todo o povo haitiano.”, disse.


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ACONTECE na Força Aérea (passagens de comando e aniversários de unidades) Base Aérea de Boa Vista - O Coronel-Aviador Waldir Almeida de Lima passou o comando da unidade ao Tenente-Coronel Aviador Leonardo Carneiro de Faria. Base Aérea de Campo Grande - O Coronel-Aviador Reynaldo Pereira Alfarone Júnior passou o comando da unidade ao Tenente-Coronel Aviador John Kennedy Greiffo da Justa Menescal. Base Aérea de Manaus - O CoronelAviador Roberto Nicolau Chagas passou o comando da unidade ao Tenente-Coronel Aviador José Roberto de Oliveira. Base Aérea de Porto Velho - O Coronel-Aviador Roberto Cezar Salvado Fleury Curado assumiu o comando da unidade, substituindo o Coronel-Aviador Jason Sakai. Batalhão de Infantaria de Manaus - O Tenente-Coronel de Infantaria Anderson Clayton Francisco passou o comando da unidade ao Tenente Coronel de Infantaria Jorge André Carneiro da Cunha. Casa Gerontológica de Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes - O Coronel-Médico Júlio César da Gama Apolinário assumiu a direção da instituição no lugar do CoronelMédico Odilon Ibarraz Emery Flores.

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Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica - O CoronelIntendente Gerson Cherubim dos Santos Castro passou o comando da organização ao Coronel-Intendente Paulo Mauricio Jaborandy de Mattos Dourado. Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Florianópolis - O Capitão-Aviador Ricardo Felzcky assumiu o comando do DTCEA-FL, em substituição ao Major-Aviador Sérgio César Illa Lopes Júnior. Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Fortaleza - O Major-Aviador George Aubert Ferreira Alzier assumiu o comando do DTCEA-FZ substituindo o MajorAviador Ronaldo Di Ciero Miranda. Destacamento de Suprimento e Manutenção de Manaus - O Tenente-Coronel-Aviador Gildo Alves de Melo Júnior assumiu o comando no lugar do Tenente-Coronel-Aviador Esdras Sakuragui. Esquadrão Arara - O TenenteCoronel-Aviador José Stumbo Neto substituiu o Tenente-Coronel-Aviador Gildo Alves de Melo Júnior no comando do 1º/9ºGAV. Esquadrão Escorpião - O TenenteCoronel-Aviador Giancarlo França Apuzzo passou o comando do 1º/3º

GAV ao Tenente-Coronel-Aviador Mauro Bellintani. Esquadrão Guardião - O TenenteCoronel-Aviador Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do 2º/6º GAV ao Tenente-CoronelAviador Antônio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues. Esquadrão Jaguar - O Tenente-Coronel-Aviador João Campos Ferreira Filho passou o comando do 1º GDA ao Tenente-Coronel-Aviador Paulo Eduardo do Amaral Navarro. Esquadrão Pastor - O TenenteCoronel-Aviador José Frederico Júnior passou o comando do Segundo Esquadrão de Transporte Aéreo (2º ETA) para o Major-Aviador Paulo Roberto de Carvalho Júnior. Esquadrão Pégaso - O TenenteCoronel-Aviador Airton Miguel Yasbeck Junior passou o comando do Quinto Esquadrão de Transporte Aéreo ao Major-Aviador Antonio Carlos Souza da Silva. Esquadrão Puma - O Tenente-Coronel-Aviador Alexandre Anselmo Lima passou o comando do 3º/8º GAV ao Tenente-Coronel-Aviador Sylvio Malheiro Junior. Fazenda da Aeronáutica de Pirassununga - O Coronel-Intendente

Odilor da Silva Lopes assumiu a direção da unidade, em substituição ao Coronel-Intendente Mauro Dias da Silva. Hospital de Força Aérea do Galeão - O HFAG, sediado no Rio de Janeiro, comemorou 30 anos no último dia 20 de janeiro. Pagadoria de Inativos e Pensionistas da Aeronáutica - O Coronel-Intendente Pedro Affonso Henriques Neto passou o cargo de diretor da PIPAR ao Coronel-Intendente Mauro Fernando Costa Marra. Prefeitura de Aeronáutica de Manaus - O Tenente-Coronel Intendente Moisés Fernando de Siqueira Freitas assumiu a unidade, substituindo o Tenente-Coronel Intendente Genival de Luna. Quinto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicação e Controle - O Major-Aviador Ricardo Ferreira Botelho passou o comando do 5º/1º GCC ao Major-Aviador Alexandre Avelar Leal. Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes - O Tenente-Coronel Aviador Marcos dos Santos Silva é o novo chefe do SERIPA V, substituindo o TenenteCoronel-Aviador Luiz Fernando Aquino da Silva.

Saiba como enviar matérias para divulgação

ropostas de matérias e avisos de assuntos para divulgação podem ser enviados ao Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) por meio do Sistema Kataná, cujo link está disponível na intraer (www.cecomsaer.intraer - Ver Sistemas). As senhas de acesso devem ser solicitadas por email pelos oficiais de comunicação social das unidades. O Manual de Redação e de Assessoria de Imprensa da Força Aérea Brasileira, publicado pelo

CECOMSAER em 2010, traz em seu primeiro capítulo um guia para ajudar a identificar o que é notícia e como ela deve ser tratada para a divulgação. Todo o conteúdo enviado pelo Sistema Kataná é analisado e, de acordo com o potencial da informação e o público-alvo mais adequado, distribuído para os veículos de comunicação da Força Aérea - o portal da FAB na internet/intraer, o jornal NOTAER, a revista AEROVISÃO, a Força Aérea FM, além da

possibilidade de envio do material parWa a imprensa por meio de releases. A partir deste ano, o CECOMSAER passará a manter em sua estrutura a Agência Força Aérea de Notícias, uma importante ferramenta para a divulgação da imagem institucional da FAB. Diante disso, será muito importante a participação das unidades para a identificação de notícias. Solicite o Manual de Redação ao CECOMSAER ou baixe o arquivo em www.cecomsaer.intraer


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Reaparelhamento

Aeronaves A-1 da FAB serão modernizadas pela Embraer Sgt Johnson / CECOMSAER

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O contrato prevê a revisão de 43 caças A-1. A primeira entrega está programada para o final de 2012

Bandeirante modernizado faz voo inaugural no RJ

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céu do Rio de Janeiro foi palco do voo inaugural da aeronave C-95 Bandeirante modernizado da Força Aérea Brasileira (FAB), no dia 14 de janeiro. Ao todo, até 2013, 54 aeronaves do mesmo modelo passarão pelo mesmo processo de modernização. O projeto é coordenado no Rio de Janeiro pelo Comando-Geral de Apoio (COMGAP), por intermédio do Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos (PAMA-AF). O programa irá modernizar tanto as aeronaves C- 95 como as P-95, utilizadas pela Aviação de Patrulha, e inclui a integração de aviônicos de última geração, tais como mapa digital, displays digitais, sistemas avançados de navegação e comunicação e sistemas adicionais que visam melhorar o desempenho e a segurança da aeronave. História - Um dos maiores

Aeroeletronica

Embraer e a Força Aérea Brasileira (FAB) assinaram contrato para a revisão de 43 caças A-1. O acordo complementa o contrato assinado em 2003. “Temos muito orgulho em apoiar a Força Aérea Brasileira na tarefa de manter esta aeronave estratégica totalmente operacional”, explica Orlando José Ferreira Neto, Vice-Presidente Comercial da Embraer Defesa e Segurança. “Com este novo contrato, deixaremos as aeronaves mais preparadas para o subsequente programa de modernização, cujo contrato já está em vigor, resultando em maior eficácia no processo de atualização geral dos caças”, disse Neto. O contrato original de modernização tem foco na atualização dos sistemas eletrônicos. Um novo acordo contempla a revisão estrutural, e o reparo e a substituição de outros equipamentos desatualizados. O voo inaugural do protótipo monoposto modernizado está previsto para o começo de 2012 e dará início aos ensaios em voo dos sistemas. A primeira entrega está programada para o final de 2012. Segundo a EMBRAER, o novo contrato reforçará o longo e produtivo relacionamento entre a empresa e a FAB, contribuindo para o aperfeiçoamento do sistema de defesa brasileiro. Saiba mais - A aeronave A-1, ou AM-X como ficou popularmente conhecida nos anos 80, é um caça bombardeiro reconhecedor leve projetado, desenvolvido e produzido por um consórcio BrasilItália, que envolveu as empresas Embraer, Alenia e Aermacchi. O A-1 tem como missão principal o reconhecimento (RA-1) e o ataque a alvos de superfície (A-1), nas versões monoplace (A) e biplace (B). O caça conta com grande raio de ação e autonomia. (Com informações da EMBRAER).

Ao todo, até 2013, 54 aeronvaves passaram pelo mesmo processo de modernização

êxitos da aviação civil e militar brasileiras, o Bandeirante partiu de um ambicioso projeto do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) na década de 60, que tornou-se sucesso em vendas no Brasil e no exterior. O Bandeirante efetua

missões de transporte de cargas leves e de passageiros, além de lançar paraquedistas em missões de infiltração ou de salto livre. Sua versatilidade permite também o emprego em operações de busca e salvamento, dentre outras.


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Esporte -

Saúde em Notícias

Corrida da Paz acontecerá no dia 20 de fevereiro Vigilância Sanitária (ANVISA).

Nova ala - O Hospital de Aeronáutica dos Afonsos (HAAF), no Rio de Janeiro, inaugurou uma ala de isolamento para pacientes portadores de doenças de transmissão aérea. A unidade é referência no atendimento de pacientes com doenças infecciosas. O novo setor possui quatro quartos para precauções aéreas atendendo a normas da Agência Nacional de Dica de saúde - Colesterol é a expressão das gorduras produzidas e/ou ingeridas por nós. De fato, nós produzimos o nosso colesterol e ele é fundamental para a fabricação de hormônios, composição das células entre outras funções vitais. O problema é que, eventualmente, podemos descontrolar essa produção, quer seja ingerindo uma dieta rica em gorduras de origem animal, pela falta de exercícios físicos ou por questões genéticas, gerando assim uma taxa elevada do colesterol na corrente sangüínea, o que pode acarretar em sérias conseqüências para nossa saúde. A taxa de colesterol normal é avaliada através de estatísticas que mostram que, quanto maiores os valores na corrente sangüínea, maior a incidência de problemas vasculares, principalmente o infarto e o AVC (“derrame”). Atualmente, o padrão de controle mais aceito como ideal é abaixo de 200mg/ dL, mas estudos mais avançados já apresentam propostas mais rigorosas, principalmente para jovens, diabéticos, hipertensos e outros grupos. Além do colesterol total, temos divisões no lipidograma que

Ação Social I - Militares da Odontoclínica de Aeronáutica de Recife (OARF) ultrapassaram a marca dos 15 mil atendimentos em comunidades carentes no Estado de Pernambuco. A última ação social foi realizada em janeiro (dia 15) no município de Barra de Sirinhaém, a 80 km da cidade de Recife (PE), em uma colônia de pescadores. podem, segundo o valor apresentado, expressar maior proteção ou maior risco. O chamado colesterol “bom” é o HDL: quanto maior seu valor, maior proteção. Eleva-se com dieta e exercícios. O colesterol “mau”, agressivo, é o LDL: diminui com dieta e, quando necessário, medicamentos. Os triglicerídios são também componentes da dosagem do lipidograma, sendo relacionados ao metabolismo dos açúcares. Quando temos o colesterol elevado, devemos procurar imediatamente a assistência de um especialista. Ele indicará um plano de tratamento que incluirá dieta, exercícios e, de acordo com a necessidade, o uso de medicamentos. Esse tratamento será devidamente monitorado através dos exames e não tem prazo fixo para terminar, podendo ser mantido por muitos anos ou até pela vida toda, quando necessário. Portanto, esteja sempre com seu “check-up” em dia, nunca deixando de prestar a devida atenção à sua alimentação e a seus hábitos. (Fonte: www.dirsa.intraer – 1º TenenteMédico Sérgio Furrer – Hospital de Força Aérea do Galeão)

Sgt Johnson / CECOMSAER

www.combatadengue.com.br

Pilates terapêutico - O Hospital dos Afonsos passou a prestar serviço de pilates terapêutico, no segundo andar, ao lado da Fisioterapia. O método tem como objetivo minimizar as alterações posturais e funcionais por meio de princípios de respiração, concentração e conscientização corporal.

Em 2010, a competição reuniu mais de 300 mil militares entre os 42 paises participantes. No Brasil, cerca de 90 mil atletas, entre civis e militares, compareceram ao evento

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cidade do Rio de Janeiro vai receber no próximo dia 20 de fevereiro o CISM Day Run - a Corrida da Paz. O evento acontece desde 2006, em diversas cidades de mundo, e comemora o aniversário do Conselho Internacional de Esportes Militar (CISM). A entidade foi fundada em 1948 após a Segunda Guerra com o propósito pacifista e de integração entre as nações. O CISM Day Run é uma jornada esportiva, sem fins competitivos, que tem o propósito de promover a prática esportiva no âmbito das Forças Armadas e a integração com a sociedade civil por intermédio do esporte. Neste ano, o evento vai divulgar mundialmente a realização dos 5º Jogos Mundiais Militares, no Rio de Janeiro, que acontecerão de 16 a 24 de julho. Em 2010, o CISM Day Run reuniu mais de 300 mil militares entre os 42 países participantes. No Brasil, a corrida aconteceu no dia 21 de fevereiro, sob o incentivo do Ministério da Defesa, por meio da Comissão Desportiva Militar. Participaram

mais de 90 mil pessoas, entre civis e militares, em várias cidades do país. O objetivo do CISM em 2011 é ultrapassar a marca de 500 mil participantes no mundo inteiro. No Rio de Janeiro, o CISM Day Run terá uma corrida de competição e uma Caminhada da Paz. Ambos os eventos serão realizados no Aterro do Flamengo, com largada e chegada no Monumento aos Pracinhas. As inscrições são abertas ao público civil e militar e acontecerão de 25 de janeiro a 16 de fevereiro, no portal dos Jogos Rio 2011 (www.rio2011.mil.br). Em todo o Brasil, além do Rio de Janeiro, a corrida acontecerá simultaneamente em: Angra Dos Reis (RJ), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Juiz de Fora (MG), Manaus (AM), Natal (RN), Pirassununga (SP), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Resende (RJ), Salvador (BA), Santa Maria (RS), São Paulo (SP) e Vitória (ES).


IMAGENS DA FAB 03/02 - Dia da Aviação de Asas Rotativas

Distrito de Santa Rita Petrópolis (RJ) 2011

S1 Silva Lopes / CECOMSAER


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