NOTAER - Agosto de 2014

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Ano XXXVII

Nº 8

Agosto, 2014

ISSN 1518-8558

FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER

www.fab.mil.br

FAB na Copa do Mundo DEFESA DO ESPAÇO AÉREO

CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

RECEPÇÃO DE DELEGAÇÕES

A defesa contou com a participação de 77 aviões e realizou 114 atividades de reconhecimento e vigilância aérea. Mais de oito mil militares e civis da FAB trabalharam em toda a Copa.

Os aeroportos do Brasil bateram recordes de pousos e decolagens. O movimento no Rio de Janeiro um dia após o fim da Copa foi o dobro do registrado após o fim da Copa de 2010, em Joanesburgo.

A FAB efetuou 279 ações de receptivo que incluiu chegadas e partidas, procedimentos de alfândega, liberação e embarque em comboio, além de inspeção de bagagem em todas as 12 cidades-sede.


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MENSAGEM

Expediente FOTO: FELIPE BARRA / MD

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno. Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

MINISTÉRIO DA DEFESA

Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador Max Luiz da Silva Barreto Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Tenente-Coronel Aviador André Luís Ferreira Grandis Chefe da Seção de Divulgação: Major Aviador Bruno Pedra Chefe da Seção de Produção: Capitão Aviador Marco Aurélio de Oliveira Celoni Chefe da Agência Força Aérea: Tenente Jornalista Humberto Leite Editor: Tenente Jornalista João Elias (Registro Profissional nº 8933 / RS) Repórteres: Ten JOR Flávio Nishimori, Ten REP Janine Pessoa, Ten JOR Emille Cândido, Ten JOR Evellyn Abelha e Ten JOR Iris Vasconcellos Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná. Diagramação e Arte: Ten FOT José Mauricio Brum de Mello, Suboficial Cláudio Bonfim Ramos, Sargento Emerson Guilherme Rocha Linares, Sargento Santiago Moraes Moreira, Sargento Marcela Cristina Mendonça dos Santos e Sargento Daniele Domingues Duarte Teixeira de Azevedo. Revisão: Cel Av Paulo César Andari, Ten Cel Av Cláudio José Lopez David, Ten Cel Av Aloisio Secchin Santos, Ten Cel Av Emerson Mariani Braga. Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: redacao@fab.mil.br Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A


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PALAVRAS DO COMANDANTE

O trabalho da FAB na Copa

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res do mundo inteiro poderiam perceber a presença, sempre, de pelo menos um H-60 Black Hawk ou AH-2 Sabre durante a realização das partidas. Eles eram só uma parte do esquema de defesa aérea que também incluiu nossos F-5, A-29, E-99 e unidades de artilharia antiaérea, tudo sob comando operacional do COMDABRA, em Brasília. As áreas de exclusão aérea foram ativadas 64 vezes ao longo de 31 dias, e nas 12 sedes em todas as regiões do Brasil. E, conforme vimos, nosso espaço aéreo permaneceu plenamente seguro, sem registro de incidentes. Esses resultados não são à toa. Foram 8.165 militares e civis do Comando da Aeronáutica envolvidos diretamente na Copa do Mundo. Muitos deixaram de aproveitar esse torneio que foi sinônimo de alegria e de feriados para milhões de brasileiros. Enquanto um bilhão de pessoas assistiam à final pela TV, homens e mulheres de azul trabalhavam por todos. Fizemos mais que o controle do espaço aéreo. Defendemos o espaço aéreo, protegemos estruturas estratégicas e recebemos delegações em nossas Bases Aéreas, que viram seus salões de embarque se tornarem ponto de passagem dos maiores craques do mundo. Em Curitiba, a FAB assumiu a liderança do Centro de Coordenação de Defesa de Área e precisou ter uma visão transversal e integrada sobre as ações de segurança em uma cidade-sede.

FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER

FOTO: SGT REZENDE / CECOMSAER

Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáutica

uando o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014, ainda em 2007, a desconfiança foi grande. Naquela época, inegavelmente dúvidas pairavam sobre a capacidade do Brasil em bem receber o evento. No último mês, contudo, o trabalho dedicado, a capacidade de planejamento e a tecnologia disponível fizeram com que argumentos pessimistas se tornassem indelevelmente inválidos. Se a seleção brasileira de futebol não nos alegrou em seu resultado, o sucesso do controle de espaço aéreo é inegável. Não vimos na TV as reportagens sobre atrasos e cancelamentos de voo, muito menos passageiros revoltados com bilhetes em mãos. Pelo contrário: acompanhamos com alegria notícias que davam conta do sucesso alcançado nessa área. Onde se esperava caos, reinou a plena tranquilidade. Mas tranquilidade não quer dizer falta de resultados. Na segunda-feira, após a final disputada no Rio de Janeiro, a cidade registrou mais de duas vezes o movimento aéreo de Joanesburgo depois a final de 2010. Foram 1.731 movimentos aéreos nos três aeroportos cariocas, contra 807 na capital sul-africana. Foi o recorde de movimentos aéreos no Galeão, com 880 pousos e decolagens, o dobro da média do período Gerir um espaço aéreo com esses números já é um desafio, mas a responsabilidade era maior. Caso tenham tido a curiosidade de olhar para o céu, torcedo-


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CARTA AO LEITOR

Uma Copa de tranquilidade Esta edição do NOTAER apresenta o trabalho realizado pela Força Aérea Brasileira durante a Copa do Mundo. Você vai acompanhar como foi a ação dos militares no controle do tráfego aéreo, na defesa do espaço aéreo e no receptivo de delegações e autoridades. Você vai acompanhar o trabalho dos esquadrões, a atuação das Bases Aéreas, a ação dos militares nas Células de Operações Aérea nos Centros de Coordenação de Defesa

de Área nas 12 cidades-sede do Mundial e, também, o trabalho realizado na prevenção de acidentes aeronáuticos. Mais de oito mil militares e civis atuaram durante o evento e, apesar do aumento do tráfego aéreo, não houve nenhum acidente aeronáutico, o que configura o excelente nível de segurança operacional da nossa Força. O tráfego aéreo foi tão intenso que no dia posterior à final da Copa, o número de

movimentos aéreos no Rio de Janeiro foi mais que o dobro registrado no mesmo período na cidade de Joanesburgo, onde ocorreu a final de 2010.

A FAB atuou nos bastidores dando todo o apoio para que a Copa do Mundo ocorresse de forma tranquila e você confere agora nesta edição

como foi todo esse trabalho. Boa leitura! Brig Ar Pedro Luís Farcic Chefe do CECOMSAER

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) comemora o nível de segurança operacional verificado durante a Copa do Mundo 2014: `não houve acidente nem incidente aeronáutico nos aeroportos das doze cidades-sede brasileiras. Isso se explica pelo envolvimento e a integração da comunidade de aviação, a qual se empenhou em cumprir todas as normas estabelecidas, com o objetivo de realizar operações seguras. Investigadores do CENIPA estavam de prontidão nas localidades dos jogos para atuar caso ocorresse acidente ou incidente aeronáutico envolvendo aeronaves na pista dos aeroportos. Eles partiram de Brasília com destino a Fortaleza, Natal, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e, também, Campinas (SP), já que algumas seleções estrangeiras se hospedaram em cidades do interior paulista.

As cidades de Recife, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e Brasília foram atendidas por investigadores dos Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), organizações militares vinculadas ao CENIPA, que estão baseadas nesses locais. Cuiabá recebeu o apoio dos profissionais do Serviço Regional de Belém, já que na capital paraense não ocorreram jogos da Copa. Cerca de 50 profissionais do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) se prepararam para chegar ao local do acidente em, no máximo, uma hora, e concluir os trabalhos o mais rápido possível, liberando a aeronave para ser removida pelo operador. Essa mobilização visava reduzir transtornos e atrasos nos pousos e decolagens. Caso o CENIPA não se mobilizasse com essa operação especial para a Copa do Mun-

FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER

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Copa do Mundo: mais voos e zero acidente

do, os investigadores teriam dificuldade em chegar com rapidez ao local de um eventual acidente ou incidente. Viajar para uma cidade mais distante da capital do país poderia demorar, em média, de 6 a 12 horas – incluindo preparativos e disponibilidade de voos – tempo inadmissível para uma pista ficar interditada em dias de grande movimento.

A responsabilidade de retirar a aeronave da pista é do operador, mas isso só ocorre depois que tenha recebido autorização do CENIPA, após o órgão concluir seu trabalho inicial de investigação. Quando aumenta o número de movimentos (pousos e decolagens) e o número de aeronaves no ar, é de se esperar que o número de acidentes também

cresça, pelo fato de haver maior exposição ao risco. No entanto, as operações da Copa do Mundo 2014 mostraram o contrário: é possível ter menos acidentes em períodos de maior movimento, desde que os atores da aviação trabalhem voltados para o mesmo foco: a segurança operacional de voo. (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)


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ESPAÇO AÉREO

Sistema de Controle do Espaço Aéreo coordena recordes de pousos e decolagens A grande final, contudo, foi o que chamou a atenção. No dia 14 de julho, a segunda-feira após o jogo decisivo entre Alemanha e Argentina, a cidade do Rio de Janeiro bateu o recorde histórico com o registro de 1.731 movimentos aéreos nos seus três aeroportos. Para se ter uma ideia, em 2010, no dia seguinte à final entre Holanda e Espanha, a cidade de Joanesburgo registrou 807 pousos e decolagens em seus aeroportos. Só o Galeão teve 880 movimentos, o dobro da média do período e uma nova marca para o aeroporto. Foram 442

voos de companhias aéreas, 89 charter (fretamentos), 321 de aviação geral (aeronaves particulares e de táxi aéreo) e 28 militares, incluindo aeronaves das comitivas dos Chefes de Estado. O recorde anterior do Galeão era de 715 aeronaves e foi registrado no encerramento dos Jogos Pan-Americanos. O Santos Dumont registrou 518 movimentos aéreos e o aeroporto de Jacarepaguá fechou com 333 movimentos, 29% e 11% acima da média, respectivamente. Durante a realização do jogo entre Alemanha e Argentina, 312 aeronaves permaneceram nos pátios de

estacionamento no Galeão. O fluxo aéreo passou a ser maior após às 22 horas, quando aumentou o número de decolagens. A partir das 23 horas, a torre de controle autorizou até 52 partidas por hora, com o uso simultâneo das duas pistas. O número poderia ser maior se o time de Felipão estivesse na final. A cada jogo do Brasil, novos recordes eram estabelecidos. “Em todos os jogos do Brasil a demanda era grande. Nas partidas do Brasil, a gente recebia demandas de até 100 voos a mais do que em jogos de outras seleções”, explica o Coronel Ary Bertolino, Chefe

do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA). No dia 23 de junho, quando a seleção venceu Camarões em Brasília, a Capital Federal registrou 619 pousos e decolagens, um recorde local. Em 4 de julho, dia da partida com a Colômbia, foram 362 movimentos em Fortaleza, 69% a mais que a média. Em 8 de julho, na semifinal Brasil e Alemanha, os aeroportos de Belo Horizonte registraram 767 movimentos aéreos, outra marca inédita. A outra semifinal, entre Argentina e Holanda, registrou em São Paulo 1.564 movimentos, o segundo maior fluxo durante a Copa. FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER

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arabéns Brasil!”. A frase é do jornalista escocês Gary Meenaghan, postada no seu twitter pessoal para comemorar o fato de ter embarcado em 29 voos durante 28 dias da Copa do Mundo e nenhum deles ter saído com atraso. Ele, muitos outros jornalistas e milhares de passageiros não esconderam a surpresa com o desempenho do setor aéreo no Brasil: durante a Copa, o índice de atrasos foi até menor que a média. Entre os dias 10 de junho e 10 de julho, o índice médio de atrasos em 21 aeroportos ficou em 7,3%, contra 10% em maio.

FOTO: SRPV - SP

Pai e filho juntos no controle

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1° Tenente Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Walter Guimarães, 47 anos, Chefe da Torre de Controle do Aeroporto do Galeão, e seu filho, o 3° Sargento Especialista em Controle de Tráfego Aéreo há quatro anos, Vinicius Guimarães, 22 anos, trabalharam juntos na coordenação do tráfego aéreo durante todos os sete jogos realizados no Maracanã. Enquanto o pai assumiu

a função de Supervisor da Equipe de Controladores, o filho atuou como Operador Radar da Área Vermelha, monitorando o tráfego aéreo nas áreas de exclusão. “Sentir o prazer de servir à Pátria ao lado de um filho é um privilégio histórico que poucos conquistaram. O orgulho de vê-lo seguindo meus passos supera a emoção de levantar a tão cobiçada Taça FIFA”, ressalta o Oficial. Durante a final, 312 aeronaves permaneceram nos pátios de estacionamento no Galeão


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ÁREAS DE EXCLUSÃO

ais de um bilhão de pessoas assistiram à final da Copa do Mundo de 2014, de acordo com a FIFA. Mas o brasileiro Lucas de Oliveira, que gosta de futebol, não teve essa oportunidade. O fato é que Lucas é Tenente Aviador da Força Aérea Brasileira e, enquanto Alemanha e Argentina disputavam a partida, ele estava a bordo de um helicóptero H-60 Black Hawk que, naquele momento, participava do esquema de defesa aérea montado para proteção do evento. “Para mim, esse trabalho é um exemplo de dedicação. Em meio aos gols e comemorações, estamos garantindo a defesa e colaborando para que tudo aconteça da melhor maneira possível. Fico feliz por ter contribuído para tudo isso”, diz o Tenente Lucas de Oliveira. Pelo menos um H-60 permaneceu no ar, armado, desde antes do primeiro chute até depois da taça ser levantada pelo capitão da seleção alemã.

Mas, se em termos futebolísticos, a final foi o dia mais importante, para os militares da FAB os dias mais complexos da Copa do Mundo foram os jogos decisivos da fase de grupos, entre 23 e 26 de junho. Nessas datas, a realização de quatro jogos decisivos significou o maior teste na capacidade de fazer valer as áreas de exclusão aérea desde uma hora antes de cada partida até três horas depois. Foi um grande esforço. No dia 25 de junho, as áreas de exclusão estavam ativadas de meio-dia até cinco horas da tarde em Salvador e em Porto Alegre, e de quatro da tarde até 20 horas em Manaus e Rio Janeiro. Na manhã seguinte, já era hora de defender Brasília, Recife, Curitiba e São Paulo. No dia 24 de junho, havia sido a vez de Natal, Belo Horizonte, Cuiabá e Fortaleza. Assistir às partidas também não era um costume para quem estava no Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro

(COMDABRA), que durante a Copa do Mundo pôs em operação seu novo Centro Conjunto de Operações Aéreas (CCOA). “Atuamos em todos os jogos com janelas que variaram de acordo com a fase, de maior ou menor duração, coordenando os tráfegos dentro dessas áreas e, além dessa defesa aérea, nós executamos o transporte de materiais para a FAB, para o Exército e para a Marinha, de acordo com as necessidades dos Coordenadores de Defesa de Área”, explica o Brigadeiro Jefson Borges, Chefe do CCOA. Cada jogo exigiu tudo: caças, coordenação com o controle de tráfego aéreo, equipes de apoio em solo, apoio de comunicação e a constante gerência do COMDABRA. Incluindo as missões de apoio, no total foram realizadas 2.480 horas de voo com 24 aviões A-29, dez F-5, três E-99, dois RQ-450, um RQ-900, um R-35, quatro C-130, dois C-99, cinco C-105, nove C-95, sete C-97, oito C-98 e um KC-130H.

Em apenas um dia, quatro cidades diferentes tinham áreas ativadas FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER

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FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER

Copa teve 64 ativações de áreas de exclusão aérea

Os aviões F-5 realizaram missões para apoiar a ativação das áreas


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CENTROS DE COORDENAÇÃO

Cerca de 150 profissionais atuaram no CCDA Curitiba

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e a desmobilização só acontecia depois que as seleções voltavam para o seu centro de treinamento. “Ficávamos em estado de alerta, acom-

panhando tudo para atuar em caso de necessidade”, ressaltou. Ainda segundo ela, o trabalho do setor de inteligência foi fundamental para que nada saíssse do controle. “A possibilidade de manifestações e conseqüente descontrole sempre nos preocupava, mas a Inteligência nos repassava as informações necessárias para, se preciso fosse, atuássemos de forma eficiente”, afirmou. Para o Coronel de Infantaria Marcelo Rosa Costa, adjunto do Estado-Maior do CCDA, o sucesso só foi possível graças ao entrosamento entre todos os envolvidos na missão. “Nós participamos de uma operação interagência, que contou com órgãos de todos os âmbitos: municipais, estaduais e federais. Essa integração foi o que favoreceu para alcançarmos o êxito”, finalizou.

Assunção de Oliveira Filho, ajudar o trabalho das outras Forças e dos outros Órgãos foi um aprendizado. “Além de todo o trabalho relacionado ao espaço aéreo, nós tivemos a função de assessorar o Coordenador de Área. Ficávamos de olho nas possibilidades de

greves e de manifestações. Felizmente, não houve problema. A Copa do Mundo foi um grande aprendizado, pois nós pudemos entender um pouco mais dos outros órgãos e eles um pouco mais das Forças Armadas”, declarou o Oficial.

FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER

nico Centro de Coordenação de Defesa de Área (CCDA) comandado pela Força Aérea Brasileira, o CCDA – Curitiba ficou ativo por quase um mês. A capital paranaense recebeu quatro jogos durante a primeira fase do mundial e abrigou a seleção espanhola no Centro de Treinamento do Atlético Paranaense: o CT do Caju. Sediado nas dependências do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), o CCDA contou com o trabalho de cerca de 150 profissionais, entre militares das três Forças Armadas e representantes dos órgãos auxiliares, como a Guarda Municipal, Polícia Federal e Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). A rotina do Centro incluía reuniões diárias com todos os envolvidos para saber o estado da cidade-sede, além de monitoramento do

A Força Aérea coordenou o esquema de segurança para a Copa do Mundo na cidade de Curitiba

espaço aéreo, varreduras em hotéis e no estádio, defesa de estruturas estratégicas, entre outras atividades. Já em dias de jogo, o trabalho

era ainda maior. De acordo com a Tenente Juliene Cristina Sampaio, integrante do Estado-Maior do CCDA, todo o efetivo ficava em prontidão

De Manaus a Porto Alegre, a Força Aérea esteve presente em todas as doze cidades-sede da Copa do Mundo, compondo as Células de Operação Aérea (COAs) dentro dos Centros de Coordenação de Defesa de Área (CCDAs). Nelas, pelo menos sete militares trabalharam em cada COA durante o evento com o objetivo principal de promover a segurança aérea. As COAs, subordinadas diretamente ao Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), monitoraram o espaço aéreo e coordenaram a

abertura e o encerramento das áreas de exclusão do espaço aéreo nos dias de jogo. De acordo com o Chefe da COA de Manaus, Coronel Aviador Fernando Baldini Benevides, a integração é o melhor termo para descrever a atuação conjunta das COAs nos CCDAS. “Nós participávamos diariamente de videoconferências com o COMDABRA e com as outras COAs espalhados pelo Brasil. Participávamos também de videoconferências com o Ministério da Defesa e das reuniões nos CCDAS para apresentar a situação geral na nossa cidade-sede. A avaliação que eu

faço é positiva, pois foi uma integração total com todos os envolvidos”, afirmou. Em Cuiabá (MT), onde a zona de restrição aérea foi ativada quatro vezes e as aeronaves F-5 AM e A-29 Super Tucano ficaram em alerta aéreo durante todos os jogos, um telão presente no espaço de trabalho dos militares da COA era o link com o aeroporto internacional da cidade. Por ele, foi possível ver quando as delegações do Japão, Colômbia, Coréia do Sul, Rússia, entre outras, desembarcaram na cidade-sede. Para o Chefe da COA de Cuiabá, Major Sílvio Roberto

FOTO: SD SANTOS / EB

A atuação das Células de Operação Aérea na Copa




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RECEPÇÃO DE COMITIVAS

ivenciar esse momento é um orgulho. Aqui na Base eu tive a oportunidade de participar do esquema de segurança das melhores seleções do mundo e de importantes Chefes de Estado. Seria muito difícil eu ter essa chance em outro lugar e isso me motiva ainda mais a continuar minha carreira militar”. O depoimento do soldado Leonardo Gonçalves Ribeiro Dias ilustra uma cena comum nas Bases Aéreas durante toda a Copa do Mundo. Ele participou do receptivo de autoridades e apoio às delegações de futebol, uma das atividades dos mais de oito mil militares da FAB envolvidos diretamente com o mundial. A o t o d o, f o r a m 27 9 ações de receptivo que incluíram chegadas e partidas, procedimentos de alfândega, liberação e embarque em comboio e inspeção de bagagem. Com o apoio da FAB, o tempo médio de permanência no aeroporto foi

de 30 minutos – já contados os desembarques internacionais – sem qualquer registro de incidente durante o processo. Além das delegações, 21 Chefes de Estado passaram pelas Bases Aéreas de todo o Brasil. Entre eles, a chanceler alemã Ângela Merkel, que desembarcou na Base Aérea do Galeão (BAGL) para a final da Copa do Mundo, além do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Também passaram pelas unidades da FAB os presidentes da África do Sul, Namíbia, Catar e Colômbia. Para receber as autoridades, um esquema de segurança foi montado e contou com varreduras, pontos estratégicos de vigilância, além de batedores para escolta dos comboios. A cada turno, o revezamento

FOTO: BAFZ

O trabalho na BAFZ

FOTO: SGT REZENDE / CECOMSAER

Bases Aéreas receberam Seleções e Chefes de Estado “V

A chanceler alemã Angela Merkel desembarcou nas Bases Aéreas do Galeão e de Salvador

das equipes garantia que as atividades fossem realizadas conforme o planejamento. “Dentro das Bases Aéreas nós tivemos excelentes

resultados. Foi com muito orgulho que nós, das Bases, pudemos representar a nossa Força Aérea e apresentar para toda a popula-

ção brasileira o padrão de qualidade da FAB”, ressaltou o Comandante da BAGL, Coronel Aviador Flávio Luiz de Oliveira Pinto.

Mais de duas mil pessoas, entre delegações de futebol e autoridades civis e militares, embarcaram e desembarcaram na Base Aérea de Fortaleza (BAFZ) durante a Copa do Mundo. Para realizar o receptivo e garantir a segurança foram mobilizados cerca de 500 militares da Unidade. Um pelotão de segurança ficou responsável pelo policiamento e trânsito das autoridades e delegações. No total, dez seleções passaram pela Base: Alemanha, Brasil,

Colômbia, Costa do Marfim, Costa Rica, Gana, Grécia, Holanda, México e Uruguai. Já as equipes de cerimonial receberam Chefes de Estado e autoridades como o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos; o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; e o Presidente da FIFA, Joseph Blatter. O receptivo contou com as honras militares previstas para a ocasião, como toque de corneta e ala. “O meu papel e de todo o grupo do Pronto Emprego foi essencial para preservar

a segurança das autoridades e delegações. O trabalho exigiu comprometimento e cumprimos com o nosso dever”, conta o Soldado Samuel Santiago de Lima, do Pelotão de Pronto Emprego da Companhia de Polícia da Aeronáutica da BAFZ. Além disso, a Base também apoiou os Esquadrões Escorpião (1º/3º GAV), Pacau (1º/4º GAV), Guardião (2º/6º GAV) e Harpia (7º/8º GAV) que estiveram desdobrados na cidade durante o Mundial para fazer a defesa aérea.


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ENTREVISTA

Copa 2014 traz benefícios para a Força Aérea A

Por isso a modernização do E-99 foi planejada com vários anos de antecedência, com o objetivo de atender a demanda operacional que surgiria com o Mundial e fortalecer a defesa aérea nacional como um todo. Para completar, investimos na infraestrutura e ampliação das Bases Aéreas, que teriam um papel fundamental na recepção das comitivas e no apoio às aeronaves de defesa aérea. NOTAER – Além da modernização dos meios aéreos, algum outro valor foi investido na defesa? Brigadeiro Heraldo – O Centro Conjunto de Operações Aéreas recebido pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), referência no setor, foi todo construído com

FOTO: BAFZ

NOTAER – Os investimentos realizados para a Copa do Mundo comprometeram o orçamento da Aeronáutica? Brigadeiro Heraldo - O investimento, na casa dos 260 milhões, veio diretamente do Governo Federal e foram valores extras para serem aplicados diretamente nas atividades relacionadas à Copa do Mundo e sem afetar nosso orçamento. Não houve envolvimento de recurso do Comando da Aeronáutica. Os recursos foram adicionais. NOTAER – Quais setores da FAB receberam investimento? Brigadeiro Heraldo – A prioridade de investimento foi os meios aéreos. Precisávamos adequar os meios para poder cumprir bem a missão.

O E-99 foi modernizado com recursos da Copa do Mundo

FOTO: CB V. SANTOS / CECOMSAER

tuando principalmente em dois eixos de ação fundamentais para a segurança do Mundial - a Defesa Aeroespacial e o Controle do Espaço Aéreo - a Força Aérea Brasileira planejou, coordenou e empregou os recursos provenientes do Governo Federal, cerca de R$ 260 milhões, de forma hábil e eficiente e em setores que se perpetuarão após a Copa e trarão benefícios futuros para a Aeronáutica e para os brasileiros. Sobre os investimentos e o legado do Mundial para a FAB, o NOTAER falou com o Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, Subsecretário de Administração Financeira.

Segundo o Brigadeiro Heraldo, a Copa deu à FAB a oportunidade de aperfeiçoar a capacidade de defesa

recursos da Copa do Mundo. Para a FAB e para a defesa do espaço aéreo brasileiro, o investimento em um órgão permanente e tão vital como o COMDABRA foi um dos principais ganhos. Além dos investimentos, o valor fornecido foi utilizado ainda para custos diversos. Parte desse valor foi direcionado para deslocamento de militares, entre eles o efetivo da artilharia antiaérea, que, como as aeronaves, precisava ser posicionada em pontos estratégicos para aumentar o nível de segurança durante o evento. Os demais gastos estão relacionados à alimentação, combustível de aviação, manutenção de aeronaves e aquisição de material de consumo. NOTAER – O Controle do Tráfego recebeu alguma atenção especial? Brigadeiro Heraldo – O investimento no Controle do Tráfego aconteceu especialmente na preparação de controladores, um trabalho que começou dois anos antes

da Copa. Estava claro desde o início dos planejamentos que precisávamos prover não só a defesa, mas também ampliar nossa capacidade de controle. Sem contar que ainda preparamos todos os centros do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) para receber essa nova demanda. No geral, recebemos os recursos na hora apropriada, conseguimos aplicar adequadamente e atingimos todos os objetivos para os quais os recursos foram mandados. Não tem nada no meio do caminho pra ser construído, tudo que tinha que ser feito, foi feito. Todo apoio que tinha que ser prestado, foi bem prestado. As Bases estavam prontas, os pátios estavam prontos, o COMDABRA estava pronto e operando, o DECEA estava atuando plenamente e a defesa aérea estava com seus aviões disponíveis em todos os seus pontos de defesa. Resumidamente, planejamento adequado, execução coorde-

nada e emprego eficiente dos meios que foram colocados a nossa disposição, essa foi a receita para cumprir plenamente a missão sem nenhum tipo de problema. NOTAER – Quais os maiores benefícios desses investimentos para a Força Aérea? Brigadeiro Heraldo – Sem dúvida há um grande legado para a FAB. Todos os benefícios provenientes dos recursos da Copa serão perpetuados para a Força Aérea durante os próximos anos, particularmente durante as operações. A modernização da aeronave E-99, as reformas e construções que foram feitas nas Bases Aéreas, os equipamentos adquiridos para apoiar o deslocamento, a preparação de pessoal e a experiência que adquirimos com o intenso volume de tráfego, além do aperfeiçoamento da defesa de pontos sensíveis dentro do país. O Mundial nos deu a oportunidade de aperfeiçoar nossa capacidade de defesa aérea.


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ESQUADRÕES

FOTO: 5º / 8º GAv

Helicópteros Black Hawk garantem a segurança

Os esquadrões Pantera e Harpia atuaram nas cidades-sede da Copa do Mundo

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Força Aérea contou com a participação de dois esquadrões de helicópteros Black Hawk na defesa do espaço aéreo das cidades-sede da Copa do Mundo: o Esquadrão Pantera (5° / 8° GAv), com sede em Santa Maria (RS), e o Esquadrão Harpia (7° / 8° GAv), sediado em Manaus (AM). Eles sobrevoa-

ram os estádios durante todo o período da Copa para garantir que nenhuma aeronave ultrapassasse as aéreas de exclusão do tráfego aéreo. O Esquadrão Pantera utilizou cinco helicópteros H-60L Black Hawk da Unidade durante os dias dos jogos nas cidades-sede de Porto Alegre (RS), Curi-

tiba (PR), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Já o Esquadrão Harpia atuou em Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) com a participação de 30 militares. Eles também empregaram cinco helicópteros. Sob controle operacional do Comando de Defe-

sa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), mais de 40 militares cumpriram os chamados “alertas de Defesa Aérea”. Em média, decolavam uma hora antes das partidas e permaneciam em vôo durante toda sua duração e só eram desengajados após determinação do COMDABRA.

Esse esquema foi necessário para assegurar que as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo fossem tomadas, caso uma aeronave não identificada ou em rota suspeita entrasse em uma das áreas delimitadas como “sensíveis” (sobrejacentes aos estádios). O objetivo era averiguar a procedência e as intenções do tráfego interceptado. Os Helicópteros H-60L Black Hawk são capazes de manter-se em sobrevôo por aproximadamente quatro horas, com mais de dois mil cartuchos de munição a bordo. O armamento empregado é a M-134 Minigun, capaz de disparar três mil tiros por minuto. Todos os pilotos e tripulantes são treinados nos mais diversos cenários de vôo, sendo o vôo noturno com uso de Óculos de Visão Noturna (NVG) considerado o mais técnico, devido à sua complexidade de operação. Esse é um ganho operacional grande, pois permite a visualização de alvos e obstáculos mesmo em ambiente noturno.


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REGISTROS

Imagens da Copa do Mundo FOTO: COMAR VII

FOTO: BARF

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3 1) Militares participam da Célula de Operações Aéreas no Centro de Coordenação de Defesa de Área em Recife 2) Cães farejadores participam de inspeção na Base Aérea de Manaus 3) Soldados fazem a segurança durante a chegada de delegações em Porto Alegre 4) Esquadrão Pelicano (2º / 10º GAv) em missão na cidade-sede de Curitiba

FOTO: CIAAR

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FOTO: TEN JULIENE / CECOMSAER

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FOTO: COMAR V

5) Militares participam dos esquema de segurança da chegada da delegação da Seleção Brasileira em Belo Horizonte


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Trabalho de integração permite decisões rápidas O São Paulo, explica que esse modelo agilizou o processo de decisão e deve ser mantido para os próximos eventos. “O resultado foi bastante significativo, principalmente para os usuários. No que diz respeito às atuações, ao tempo de resposta, nada melhor do que reunir dentro de uma sala, trabalhando de forma uníssona, diversos órgãos do Governo Federal com um propósito, um objetivo único por praticamente 24 horas disponíveis. Esse foi um exemplo de sucesso que deve ser mantido para os próximos eventos que o Brasil venha a sediar”, ressaltou. Até 28 profissionais atuavam ao mesmo tempo para concentrar ali informações que permitissem decisões de maneira ágil e rápida. Participaram órgãos do Comando da Aeronáutica, Secretaria de Aviação Civil (SAC), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), representantes das

A integração reuniu 17 entidades do setor aéreo durante todos os dias da copa do mundo

empresas aéreas, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Comitê Organizador Local (COL), Empresa Brasileira de InFOTO: SGT BAITSTA / CECOMSAER

Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) mobilizaram 7.723 militares para atuarem durante a Copa do Mundo. Espalhados pelos quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) e 70 Destacamentos, os militares atuaram intensamente durante toda a Copa do Mundo. O que se destacou no trabalho também foi a integração do Comando da Aeronáutica com outros órgãos. No Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, no Rio de Janeiro, uma Sala Master foi criada para reunir 17 entidades do setor aéreo durante as 24 horas de todos os dias de realização da Copa do Mundo. O Tenente-Coronel Emerson Eduardo, Chefe da Divisão de Operações do SRPV

A Sala Master já havia funcionado em outros eventos, como a Rio+20 e a Copa das Confederações

fraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), representantes dos concessionários privados de aeroportos, Polícia Federal, Receita Federal, Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO), Petrobras, Ministério de Relações Exteriores e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), além da IATA (International Air Transport Association) – representando 49 empresas aéreas internacionais. “A experiência foi muito positiva. Com essa integração e em função do compartilhamento de informações ampliamos o leque da nossa atuação e a eficiência da fiscalização”, completa Marcos de Sá, representante da VIGIAGRO. A Sala Master já havia funcionado em outros even-

tos, como a Rio+20, a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude. O número de organizações envolvidas, contudo, aumentou. Em 2012, eram apenas oito delas, vinte a menos que durante a Copa. O modelo também deve ser usado durante as Olimpíadas de 2016. “Aqui a gente aprende a se comunicar com os outros elos, você entende que a Força Aérea desempenha um papel na ponta, mas existem outros órgãos, como a ANAC, SAC, Polícia Federal, e todo mundo tem que funcionar conjuntamente pra que o evento tenha sucesso. A interação de hoje vem de vários eventos anteriores. Agora já somos um grupo coeso. Foi o desenvolvimento de um trabalho que vai prosseguir para os próximos eventos”, conclui a Sargento Carolina.

FOTOS: SGT BAITSTA / CECOMSAER

INTEGRAÇÃO


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AGRADECIMENTO

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