NOTAER - Fevereiro de 2016

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Conheça a história do suboficial que compôs canções para diversas unidades da FAB

Ano XXXIX

Nº 2

Fevereiro, 2016

ISSN 1518-8558

FOTO: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

www.fab.mil.br

É hora de voar Saiba quais são as expectativas dos cadetes do 2º ano da AFA para o primeiro voo. (Págs. 08 e 09)

SERVIÇO

INSPEÇÃO DE SAÚDE Soldados ajudam no combate ao mosquito Aedes Aegypti. (Pág. 06)

Você está com a sua em dia? Tire suas principais dúvidas sobre o assunto. (Pág. 10)

SEU DINHEIRO Como planejar a sua renda a médio prazo e fazer seu dinheiro render. (Pág. 13)


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Fevereiro - 2016

Expediente

PREVENÇÃO CARTA AO LEITOR

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inda em ritmo de novo ano, trazemos na capa do NOTAER do mês de fevereiro como é o início da carreira dos cadetes da Força Aérea Brasileira. O ano de 2016, sem sombra de dúvidas, vai ser muito importante para 136 jovens aviadores do segundo ano da Academia da Força Aérea (AFA) que terão a oportunidade de voar pela primeira vez. É sob a perspectiva desses militares tão cheios de garra que queremos repassar para os nossos leitores o desejo de fazer também desse ano um período importante, cheio de renovações e esperanças. É assim que o nosso jornal quer, cada vez mais, mostrar histórias de militares que trazem motivação e inspiração para a nossa tropa. Ainda nesse viés, apresentamos a história do Suboficial Gilmar da Silva.

Apesar das dificuldades na vida, encontrou na música uma oportunidade de reescrever a sua história. A inspiração do militar serviu, inclusive, para escrever hinos de várias unidades. São experiências de vida e gestos nobres como esse que vocês poderão conferir no NOTAER de 2016, dentro da nossa campanha institucional #éissoqueimporta. Já na área operacional destacamos o Dia de Asas Rotativas, comemorado no inicio deste mês. Trazemos na reportagem a importância dessa aviação, que ajudou em dois importantes resgates no final do ano passado. Destacamos ainda a fase de reaparelhamento, com a chegada da primeira aeronave capaz de fazer reabastecimento em voo e a atuação dos esquadrões pelo Brasil.

ARTE: SO EDMILSON / CECOMSAER

Expectativa e trabalho para 2016

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltada ao público interno.

Outro serviço importante nesta edição é sobre a inspeção de saúde. Uma avaliação médica que deve ser feita periodicamente por todos nós militares e que pode ajudar a descobrir doenças precocemente. Trazemos algumas respostas de dúvidas recorrentes e que podem auxiliar na hora de fazermos a nossa inspeção. Na área de planejamento financeiro é hora de programar metas a médio prazo. Um trabalho de disciplina orçamentária já pode começar a render lucros diante do atual cenário econômico do País. Por fim, reforçamos o nosso desejo de um ano vin-

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic Editoras: Tenente Jornalista Emília Maria (MTB 14234RS) e Tenente Jornalista Cynthia Fernandes (MTB 2607GO).

douro, com muito trabalho, muitas missões e que nosso efetivo esteja pronto para os desafios a serem superados. Entre as nossas metas está o novo projeto apresentado pelo nosso Comandante, denominado Força Aérea 100. Como acabamos de comemorar os 75 anos da FAB, o EMAER desenvolveu um conjunto de diretrizes que foram planejadas e devem ser executadas nos próximos 25 anos, até 2041. Com a ajuda e o suor de todos vocês, faremos o nosso melhor a partir de agora. Brig Ar Pedro Luís Farcic Chefe do Cecomsaer

Repórteres: Ten JOR Cynthia Fernandes, Ten JOR Evellyn Abelha, Ten JOR Gabriélli Dala Vechia, Ten JOR Humberto Leite, Ten JOR Iris Vasconcellos,Ten JOR João Elias, Ten JOR Jussara Peccini, Ten JOR Raquel Alves, Ten JOR Raquel Sigaud, Ten JOR Taciana Moury, Ten JOR Willian Cavalcanti. Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná. Revisão: Ten JOR Iris Vasconcellos, Ten JOR Gabrielli Dala Vechia, Ten JOR João Elias e Ten JOR Jussara Peccini. Diagramação e Arte: SO Cláudio Ramos, SGTs Emerson Linares, Santiago Moraes, Lucemberg Nascimento, Subdivisão de Publicidade e Propaganda. Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA Atividade de Inteligência – Credibilidade, Oportunidade e Sigilo

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m artigo anterior, apresentou-se a diferença prática entre Inteligência e Investigação Criminal. Neste texto, serão apresentados alguns princípios que regem a atividade de Inteligência. No Comando da Aeronáutica, 10 (dez) princípios regem a atividade de Inteligência. Podemos reconhecer alguns deles pela simples abordagem dos seguintes aspectos doutrinários desta atividade: Primeiramente, todo produto resultante de uma “análise de Inteligência” deve partir de uma correta delimitação do tema. A abrangência do assunto deve ser pautada por ações orientadas para

objetivos enquadrados na finalidade dessa “análise”. Isso também se traduz por “objetividade”. Além disso, todas as frações obtidas das diversas fontes devem ser integradas e dispostas com “clareza”, permitindo uma compreensão imediata, e “imparc i a l i d a d e ”, de forma a se evitar que influências do próprio analista distorçam os seus resultados. Por fim, a Atividade

de Inteligência deve planejar e executar as suas ações de modo a evitar custos e riscos desnecessários. Ou seja, utilizar-se da “simplicidade” para produzir um resultado adequado. A combinação desses elementos básicos contribui significativamente para que a atividade de Inteligência seja útil e conduzida com credibilidade e oportunidade. Entretanto, tal qualidade

de nada adiantaria sem a devida proteção contra aqueles que visam a ameaçar os interesses da instituição. Desta forma, o sigilo no trato dos assuntos sensíveis também é de relevante importância para o sucesso da nossa missão. Assim, deseja-se esmerado senso de profissionalismo não apenas daqueles que estão diretamente ligados à atividade de Inteligência, mas também torna-se indispensável que todos estejam comprometidos com o Sigilo das nossas informações e, portanto, com a proteção dos interesses da Força Aérea Brasileira. (Centro de Inteligência da Aeronáutica CIAER)

Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A Errata: Na página 12 da edição passada, a Instrução do Comando da Aeronáutica que regulamenta o uso de dispositivos móveis em organizações militares é a ICA 200/17.


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PALAVRAS DO COMANDANTE

Força Aérea 100

FOTO: SGT REZENDE / CECOMSAER

m bom voo começa em seu planejamento. Não basta apenas saber para onde se quer ir: pensar uma boa rota requer conhecer as condições de apoio, estudar a meteorologia e saber o potencial dos seus meios. E a mesma lição aprendida nos primeiros contatos com a atividade aérea pode ser muito bem aplicada aos rumos de toda uma Força Aérea em seu voo institucional. É este o espírito a dominar as comemorações dos 75 anos do Comando da Aeronáutica. Quando avaliamos nossa história, percebemos a trajetória de homens e mulheres que pensaram além do seu tempo, quebraram paradigmas e, acima de tudo, tiveram como foco o cumprimento da nossa missão institucional. Somos o que somos hoje graças ao esforço daqueles que nos precederam. E é nossa obrigação traçar planos para, futuramente, proporcionarmos bases ainda mais sólidas. O desenvolvimento contínuo da estratégia, planejamento e controle são essenciais para que a FAB contribua para o desenvolvimento do

Poder Aéreo e Espacial Brasileiro, mas sempre com o foco na sua missão primária e voltado para as futuras gerações que se utilizarão do Poder Aéreo e Espacial. Este trabalho é atualmente representado pela concepção estratégica “Força Aérea 100”. Em resumo, trata-se das diretrizes de como a FAB deverá ser quando completar 100 anos de existência, em 2041, daqui a 25 anos. Este documento é parte de um conjunto de publicações estratégicas que orientam a rota que será utilizada por todos os níveis da Força, adequando a estrutura e processos da FAB à estratégia delineada coletivamente. Tal ideia do coletivo revela ainda outra lição importante: voos em esquadrilhas ampliam muito mais todas as nossas capacidades, além de ampliar a segurança. Em nosso voo de 75 anos até aqui, certamente a lição mais marcante é a importância de todos ajudarmos a traçar e a seguir a melhor rota. E assim, com planejamento e dedicação, seguramente, chegaremos aos nossos 100 anos com orgulho de termos feito parte dessa longa história.

“ Somos o que somos hoje

graças ao esforço daqueles que nos precederam. “

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Fevereiro - 2016 FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER

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ENSINO

Cursos disponíveis para sua carreira

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ocê sabia que a FAB disponibiliza cursos em várias áreas para os militares das Organizações Militares de todo Brasil? O Centro de Instrução Especializada da Aeronáutica (CIEAR) e a Universidade da Força Aérea (UNIFA), subordinados ao Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), são algumas unidades que concedem essas oportunidades. Cerca de 30

cursos são oferecidos nas modalidades presencial e a distância, além dos itinerantes. Os cursos ministrados estão ligados às áreas de Medicina, Direito, Educação Física, Administração, Letras e Psicologia. Tem interesse? As inscrições podem ser feitas nos sites da UNIFA (www.unifa.intraer) e do DEPENS (www. depens.intraer) . Confira quais são os cursos:

LISTA • • • • • • • •

Língua Espanhola - Nível Básico (a distância); Língua Inglesa - Nível Básico; Língua Inglesa - Nível Básico (a distância); Preparação de instrutores; Estágio de Psicologia da Aeronáutica; Curso de Preparação de Instrutores para Graduados; Curso de Administração de Pessoal da Aeronáutica para Graduados e Curso Básico de Direito Internacional dos Conflitos Armados e dos Direitos Humanos. *As inscrições serão analisadas pelos órgãos competentes e os cursos podem sofrer alterações

PASSAGENS DE COMANDO O mês de janeiro foi marcado por inúmeras passagens de comando em diversas unidades do País. Confira quem são os novos comandantes: Base Aérea de Anápolis: Tenente-Coronel Francisco Bento Antunes Neto

Base Aérea de Campo Grande: Tenente-Coronel Daniel Cavalcanti de Mendonça

Base Aérea de Canoas: Coronel Rodrigo Alvim de Oliveira

Base Aérea de Porto Velho: Tenente-Coronel Célio Otávio Araújo Galvão

Base Aérea do Galeão: Tentente-Coronel Leonardo Guedes

Base Aérea do Recife: Tenente-Coronel Alexandre Hoffmann

Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Canoas: Major Evandro Silva de Oliveira

Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Recife: Major João Francisco da Silva Júnior

Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial do Galeão: Major Alexandre Bokor Setta

Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial dos Afonsos: Major Rodrigo Felipe Monteiro

Centro de Lançamento da Barreira do Inferno: Coronel Paulo Junzo Hirisawa

Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR): Major Anderson de Oliveira Schiavo

Esquadrão Flecha (3º/3º GAV): Tenente-Coronel Marcelo da Costa Antunes

Esquadrão Onça (1º/15º GAV): Tenente-Coronel Cláudio Duarte Faria

Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV): Tenente-Coronel Jorge Marcelo Martins da Silva

Esquadrão Pioneiro (3º ETA): Tenente-Coronel André Luiz Pereira de Souza

Esquadrão Poti (2º/8º GAV): Tenente-Coronel Pedro Henrique Cavalcanti de Almeida

Prefeitura de Aeronáutica de Anápolis: Tenente-Coronel Fernando de Almeida Lopes

Prefeitura de Aeronáutica de São Paulo: Coronel Marcos Tadeu de Oliveira Medeiros

Prefeitura de Aeronáutica do Galeão: Coronel Marcos Mauro Brito da Costa

Prefeitura de Aeronáutica dos Afonsos: Coronel Alexandre Jorge Esteves

Primeiro Grupo de Defesa Aérea: Tenente-Coronel Paulo Cezar Fischer da Silva

Primeiro Grupo de Defesa Antiaérea: Major Antonio Fernandes Filho

Primeiro Grupo de Transporte de Tropa: Tenente-Coronel Marcelo da Silva Ribeiro

* Informações recebidas das respectivas Organizações Militares até o dia 25.01.2016


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#éissoqueimporta

sica da BANT. Ele conhece o Suboficial Gilmar desde 1988, quando os dois eram instrumentistas da banda. “Trabalhar com o Gilmar sempre foi muito bom. Ele tem o dom da música, é uma pessoa que agrega as outras e um ótimo profissional”, ressalta. Durante sua carreira, o SO Gilmar trabalhou também no O suboficial Gilmar foi mestre da Banda de Música da BANT Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), na Base Aérea de Manaus m 1998, quando atuava tirava elementos da própria (BAMN), no Sétimo Comando no VII COMAR, SO Gilmar melodia e usava a técnica para Aéreo Regional (VII COMAR), História foi convidado pelo Chefe completar o arranjo. Às vezes, O Capitão Músico Manoel na Base Aérea de Brasília do Estado-Maior a escre- sugeria mudanças na parte Jerônimo da Silva atu almente (BABR) e no Sexto Comando ver a canção da unidade. melódica, mas as canções já é o mestre da Banda de Mú- Aéreo Regional (VI COMAR). Terminada a composição, eram muito boas”, explica. Durante a sua carreira, a notícia se espalhou para outras organizações que não foi agraciado com as medatinham canções e ele foi re- lhas Bartolomeu de Gusmão, cebendo novos convites dos Mérito Santos Dumont e a comandantes. Ao todo, fez Ordem do Mérito Aeronáutico a letra e a melodia de mais (OMA), em que foi admitido seis organizações: Comando no Corpo de Graduados EfetiGeral de Operações Aéreas vos no Grau de Cavalheiro. Em (COMGAR), Terceira Força outubro de 2009, ele entrou Aérea (III FAE), Centro de para a reserva remunerada. “Sendo a FAB minha paiLançamento da Barreira do Inferno (CLBI), Prefeitura de xão, tive facilidade em enfrenAeronáutica de Natal (PANT), tar todos os desafios da caralém do VI COMAR e da Base reira militar. Sempre procurei cumprir minhas atribuições Aérea de Natal (BANT). A inspiração para compor de forma íntegra e honesta vinha da história de cada Or- prevalecendo a hierarquia e ganização e de sua importân- disciplina. E também procurei cia. “O trabalho em compor melhorar o convívio entre foi imenso, entrando pela todos para o bom êxito do madrugada sem ter hora para trabalho. Se fosse para fazer dormir e comer. Ao término tudo outra vez, eu faria com o de cada canção, a emoção e maior orgulho”, afirmou. Mas o trabalho ainda não a felicidade eram indescritíveis. A canção que exigiu terminou. Em 2010, ele retormais tempo e trabalho foi a do nou para a FAB designado para COMGAR porque eu tive que Prestação de Tarefa por Tempo colocar nos versos as aviações Certo (PTTC). Atualmente é de Caça, Asas Rotativas, Patru- encarregado do Clube de Oficiais de Aeronáutica de Natal lha e Transporte”, explica. O arranjo musical da (COFAN) e a música ainda faz maioria das canções foi feito parte de sua vida: de vez em pelo Sargento Músico Lúcio quando, ele toca trompete em Desde criança a música faz parte da vida do Suboficial Gilmar Bezerra de Albuquerque. “Eu reuniões na casa de amigos. costumes existentes no nosso País, explica o Suboficial. A primeira unidade em que ele trabalhou foi a Base Aérea de Natal (BANT), que na época era conhecida como Centro de Aplicações Táticas e Recompletamento de Equipagens (CATRE). Lá atuou durante mais de 23 anos e tocou diversos instrumentos, como Bombardino, Trompete, Tímpanos e Percussão, sendo posteriormente, mestre da banda de música.

FOTO:CB FEITOSA / CECOMSAER

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música representa tudo em minha vida. Por meio da música pude fazer parte da Força Aérea Brasileira, adquiri estabilidade financeira e construí minha família”. Esse é o sentimento do Suboficial Gilmar da Silva que trabalhou na ativa da FAB por quase 30 anos e é o autor de canções de sete organizações militares. Mas sua história não foi fácil. Ele não conheceu o pai e com menos de 30 dias de vida sua mãe faleceu. Aos três meses de idade, foi adotado por uma senhora chamada Maria Augusta, amiga da família que o criou juntamente com seu outro filho. “Na época nós passamos muitas dificuldades, na nossa casa não tinha água encanada, energia elétrica, nem fogão. Mas essa senhora é a minha guerreira, que fez de tudo por mim”, relembra emocionado. Foi por meio da música que sua vida começou a mudar. Aos onze anos, quando já moravam em Ceará-Mirim, localizada a 35 km de Natal (RN), seu irmão o levou para fazer parte da escola de música, e ele começou a tocar o primeiro instrumento popularmente conhecido como trompa. Aos doze anos, foi efetivado como músico na banda de música da cidade. Em 1975, ingressou no Exército Brasileiro, onde foi músico durante quase seis anos e, em 1980, ingressou como Sargento Músico da FAB. “Sempre sonhei em pertencer ao Quadro de Músicos da Força Aérea Brasileira e ter a oportunidade de conhecer as aeronaves, trabalhar também em outros estados, enriquecendo assim meus conhecimentos através das diversas culturas e

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Uma vida transformada pela música

O compositor de várias canções

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PREVENÇÃO

FOTOS: BANT

Militares combatem mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya

Soldados da FAB reforçam a atuação das equipes de saúde dos municípios sob risco das doenças

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ara os 160 militares da equipe do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial do Recife (BINFAE-RF) que trabalham no combate ao mosquito Aedes Aegypti não houve recesso para as festas de fim de ano. De 23 de dezembro a 09 de janeiro, os militares da FAB visitaram mais de 5 mil imóveis de Recife (PE)e inspecionaram quase 4 mil depósitos. “Os moradores são bem receptivos ao nos verem fardados e os agentes de saúde também”, relata o Sargento Caio Junnior Silva dos Santos sobre o trabalho diário de conscientização nas ruas da capital pernambucana. A cada dia um grupo com

30 militares se reveza na força-tarefa para combater o mosquito. De acordo com o primeiro balanço do Ministério da Saúde, o estado de Pernambuco (o primeiro a identificar aumento de microcefalia), continua com o maior número de casos suspeitos (1.185), o que representa 37,33% do total registrado em todo o País. Todas as ações realizadas pelos militares são registradas em relatórios diários, como casos em que não havia ninguém em casa ou moradores que se recusaram a receber a equipe, algo menos frequente. Morador do bairro Piedade, na região metropolitana de Recife, o Sargento Caio conta que já ouviu amigos relatando que estão com dengue pela terceira vez. São nesses momentos que ele compartilha seus conhecimentos. “Oriento as pessoas a buscarem o posto de saúde e também a observarem me-

lhor a região onde moram. Pode ser que tenha um foco do mosquito na rua onde a pessoa mora”, descreve. Resultados – “É um trabalho de guerra”, declara a sanitarista Maria Eugênia Farias Gama, responsável pela

vigilância sanitária do Distrito Sanitário VI de Recife, sobre o trabalho de combate ao mosquito Aedes Aegypti. De acordo com ela, as Forças Armadas entram como facilitador para o trabalho das equipes. “É de suma importância essa parceria [Forças Armadas e Secretaria de Saúde] para a eliminação dos focos nos domicílios. Está sendo um elo fundamental para a ação dar certo”, avalia. Entre os bairros que compõem o distrito, está Boa Viagem, um dos cartões postais do Recife. A região engloba áreas de diferentes perfis econômicos e sociais e foi foco do trabalho das equipes por diversas ocasiões. Em uma das visitas, a equipe inspecionou uma obra com 20 andares. “A construção estava repleta de larvas, pupas e ovos. Tivemos que fazer tratamento dos depósitos”, afirma o Sargento André Antonio Silva Souza, que comandou o pelotão de soldados da FAB na ação. Natal - Cerca de 150 militares do Batalhão de Infantaria de Natal foram disponibilizados para atuar no combate ao mos-

quito em Parnamirim (RN). O grupo foi treinado para atuar junto aos agentes de endemias da prefeitura. Segundo o Secretário Municipal de Saúde de Parnamirim, Henrique Eduardo Costa, na primeira fase da campanha, que deve durar cerca de 60 dias, o trabalho de campo será reforçado em quatro bairros de maior incidência de focos do Aedes Aegypti: Nova Parnamirim, Passagem de Areia, Nova Esperança e Liberdade. Após esse período, os dados coletados subsidiarão o planejamento da segunda fase de atuação. “O grande problema ainda somos nós, 80% dos focos estão nas nossas casas e é por isso que as visitas domiciliares são tão importantes”, explicou Henrique Costa. São Paulo – A prevenção é a melhor arma para combater o Aedes Aegypti. Com esse objetivo o Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA) realizou mutirão dentro da área da organização, localizada na Base Aérea de São Paulo. O efetivo recolheu entulhos que acumulam água e poderiam se tornar focos do mosquito.

Seja um soldado da saúde e ajude a evitar e eliminar focos do mosquito: Evitar água parada, limpa ou suja; Manter caixas d’água vedadas; Limpar as calhas; Deixar galões, tonéis, poços e tambores bem fechados; Não deixar pneus com água e em lugares descobertos; Manter ralos limpos e com tela; Não deixar bandejas de geladeira com água; Colocar areia até a borda nos pratos de vasos de planta; Não permitir que bromélias e outras plantas acumulem água; Manter vasos sanitários sem uso fechados; Deixar lonas de cobertura esticadas para não formar poças; Limpar piscinas e fontes; Retirar latas, garrafas e outros recipientes de áreas externas para que não acumulem água da chuva; Não jogar ou acumular lixo nas áreas externas; Secar recipientes que continham água parada e limpar com uma esponja para retirar todos os ovos do mosquito; Higienizar o pote de água de seu animal de estimação sempre que trocar a água.


Gripen NG

Aeronaves mais modernas trazem novas possibilidades de atuação na FAB

FOTO: JOHNSON BARROS / CECOMSAER

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recebimento do primeiro helicóptero da América Latina que pode ser reabastecido em pleno voo é um dos motivos para se comemorar o Dia da Aviação de Asas Rotativas, celebrado este mês na FAB. A capacidade, antes disponível apenas para aviões caça no Brasil, vai ampliar o raio de ação de diversas missões, entre elas, as de resgate. Em dezembro do ano passado, o Esquadrão Falcão (1°/8° GAV) realizou dois importantes resgates, que evidenciam o trabalho da Aviação de Asas Rotativas. O primeiro foi de um homem de 53 anos que havia sofrido um acidente vascular cerebral a bordo de

um navio pesqueiro a cerca de 180 km de Belém (PA). A segunda ação resgatou um homem de origem filipina que sofria intensas dores abdominais e no peito e vômitos. Um dos pilotos, Capitão Izan Ribeiro de Alencar, conta que a operação exigiu muito cuidado da tripulação. “Havia muita turbulência e o vento estava a aproximadamente 40 km/h, o que dificultou o resgate”, disse. Essas missões remetem ao dia 3 de fevereiro de 1964, data maior para os pilotos de helicóptero da Força Aérea. Naquele dia, um helicóptero H-19 da FAB resgatou tripulantes e missionários prestes a serem capturados por rebeldes

Esquadrão Harpia (Manaus - AM)

armados na República do Congo. Na incerteza da guerra, a operacionalidade dos militares brasileiros garantiu o cumprimento daquela importante missão de resgate, se tornando um marco da Aviação de Asas Rotativas. Asas Rotativas da FAB Atualmente, oito unidades da FAB operam helicópteros e são responsáveis por atuar em missões de operações especiais, de ajuda humanitária, de busca e salvamento a embarcações e aeronaves acidentadas, de ataque, supressão de defesa aérea inimiga, apoio aéreo aproximado e, também, na defesa de áreas estratégicas de todo o país.

A FAB concluiu em dezembro o recebimento da primeira unidade do H-36 Caracal na versão operacional. O projeto H-XBR, que envolve a Marinha, Exército e Aeronáutica, prevê a compra de 50 helicópteros. Já foram entregues 22. Na última década, foram incorporados os H-60L Black Hawk, em Manaus (AM) e Santa Maria (RS); o AH-2 Sabre, em Porto Velho (RO); e o H-36 Caracal, em Belém (PA) e no Rio de Janeiro (RJ). Este ano o esquadrão de Campo Grande se prepara para o início das operações com o H-36. Acompanhe ao lado a modernização de outras aeronaves da FAB:

Legacy 500

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Projeto I-X está na fase de integração de sistemas do primeiro Embraer Legacy 500, que termina em maio. Essa é a fase mais sensível e importante do projeto, em que o jato executivo é transformado no novo avião-laboratório da FAB. O projeto prevê o desenvolvimento de seis novas aeronaves para substituir a atual frota do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV). Os equipamentos de última geração do Legacy 500 vão trazer segurança e conforto à tripulação, com a possibilidade de testar mais de um auxílio sem a necessidade de pouso, além de confiabilidade e precisão aos dados coletados.

Esquadrão Falcão (Belém - PA)

H-36 H-60

Esquadrão Poti (Porto Velho - RO)

Esquadrão Gavião (Natal - RN)

H-50

AH-2

GTE (Brasília - DF)

Esquadrão Puma (Rio de janeiro - RJ)

VH-35 VH-34

VH-36

Esquadrão Pelicano (Campo Grande - MS)

H-IH

H-36

Esquadrão Pantera (Santa Maria - RS)

H-60

FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER

ASAS ROTATIVAS

assinatura do contrato entre Brasil e Suécia em outubro do ano passado iniciou a fase de execução do contrato. Desde então, engenheiros e técnicos estão indo para a Suécia conhecer de perto a tecnologia empregada no Gripen. Além disso, os brasileiros estão ajudando a desenvolver a nova aeronave. Durante os cinco anos do projeto, cerca de 350 brasileiros irão para a Suécia. O contrato prevê a fabricação de 15 das 36 unidades no Brasil, incluindo oito unidades de dois lugares.

FOTO: JOHNSON BARROS / CECOMSAER

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CARREIRA

Vida de cadete - Que comecem os voos T - 25 CATEGORIA: TREINAMENTO

Início de ano é tempo de expectativa para os cadetes aviadores que começam as instruções de voo

“D Aeronave utilizada no 2º Ano da AFA

esde o primeiro ano da Escola Preparatória de Cadetes do Ar eu sonhava com esse momento e ele finalmente chegou”, diz o cadete Renan Gambassi, do 2º ano da Academia da Força Aérea (AFA). Ele e mais 135 colegas da turma Jaguar iniciam a formação prática de voo nas aeronaves T-25 Universal no mês de março. Embora as aulas

tenham começado em 18 de janeiro, a movimentação na Academia iniciou ainda antes. Se g u n d o o ca d ete , grande parte dos alunos volta das férias pelo menos com uma semana de antecedência para recomeçar a rotina e se preparar para os próximos desafios. Ele conta que está focando seus estudos no manual técnico e no de

procedimentos, chamados de MAITE e MAPRO, respectivamente. Também está aprendendo como fazer o check list e quais as formas de resolver as principais panes da aeronave durante o voo. O cadete Gambassi também conta, nessa fase preparatória, com a ajuda do irmão, que está no 3º ano. “Estou um pouco ansioso, pois nunca tive

contato com a atividade aérea. É uma grande responsabilidade que nos é dada, mas espero que, com dedicação, conquiste meu tão sonhado cachecol”, afirma. Na turma que inicia seu voo em 2016, há apenas duas mulheres. Uma delas é a cadete Karoline Ribeiro, de 22 anos, que também se diz ansiosa pelo início das atividades aéreas. Embora


FOTO; ARQUIVO PESSOAL

Cadete Renen Gambassi

“Vestir o oitavo uniforme é um orgulho enorme”

sempre tenha sonhado em ser aviadora, quando estava prestando concurso para a Aeronáutica, em 2011, foi aprovada na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), mas não na AFA. Como não tinha condições financeiras de continuar fazendo cursinho, optou pela carreira e formou-se sargento especialista em Eletricidade e Instrumentos (BEI). Após um ano

Cadete Karoline Ribeiro

servindo na Base Aérea de Brasília (BABR), ela prestou novamente a prova da AFA e foi aprovada. Era a última chance que ela tinha, devido ao limite de idade – que é ter menos de 23 anos até o dia 31 de dezembro do ano da matrícula. Para complementar os estudos, a cadete Karoline pretende utilizar os jogos online Flight Simulator e IL2, que simulam um voo

virtual. “Acredito que meu maior desafio será me localizar nas áreas de instrução, porque o voo é todo visual e talvez, de início, eu tenha dificuldade em manter o avião nivelado durante as manobras”, afirma. A cadete, que é carioca de São Gonçalo, diz que os sentimentos são um misto de ansiedade, tensão e alegria: “vestir o oitavo uniforme é um orgulho enorme”.

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Instrutores também precisam se preparar

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nquanto os cadetes retomam os estudos, após as férias, os instrutores já estão sendo treinados para recebê-los. Durante aproximadamente um mês, os novos aviadores que chegaram à AFA, selecionados para atuar como instrutores, passam por cursos práticos e teóricos que envolvem os termos de avaliação dos cadetes, aspectos didáticos, readaptação à aeronave e adaptação ao posto de instrutor. É o caso do Tenente Yuri Palota, recém-chegado do Esquadrão Flecha (3º/3º GAV), de Campo Grande (MS), onde serviu por dois anos. Ele conta que voltar à unidade de formação, agora como instrutor de T-27, e poder contribuir com a formação operacional das novas gerações era um sonho desde a época de cadete. O aviador acredita que a nova função traz muitas responsabilidades, já que a formação, o aprendizado e a segurança dos futuros pilotos dependem, em grande parte, do seu trabalho. “Acho que ser um bom instrutor depende de percebermos o mais rapidamente quais são os erros do aluno, entender por que ele está cometendo aquela falha, e da forma como vamos agir, didaticamente, para ajudá-lo a corrigir. Tive um instrutor muito importante na caça e uso ele como referência para o meu trabalho daqui para frente: ele é muito preocupado com o processo de apren-

dizado e tenta passar muita calma”, afirma o militar. Enquanto o Tenente Palota será instrutor de T-27, aeronave voada, geralmente, pelos cadetes do 4º ano da AFA, o Tenente Lucas Barbacovi vai dar asas aos cadetes Gambassi, Karoline e seus mais de cem colegas. O oficial recém chegado na AFA servia no Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo (7º ETA) em Manaus (AM). “Dar instrução para aqueles que nunca voaram antes é uma possibilidade que só a AFA pode oferecer, no âmbito da FAB, sem falar que é uma instituição de excelência. Ensinar bem é, com certeza, um desafio, e quem ensina tem a obrigação de dar sempre o melhor de si”, diz ele.

T - 27 CATEGORIA: TREINAMENTO

Aeronave utilizada no 4º Ano da AFA

FOTO: JOHNSON BARROS / CECOMSAER

FOTO: JOHNSON BARROS / CECOMSAER

FOTO; ARQUIVO PESSOAL

“Desde o primeiro ano da Escola Preparatória de Cadetes do Ar eu sonhava com esse momento e ele finalmente chegou”

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FOTO: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

SAÚDE

Inspeção pode ser aliada no diagnóstico precoce de doenças

FOTO: NUHFASP

iabetes, alterações no colesterol, hipertensão e infecção urinária. Essas são algumas das doenças possíveis de serem detectadas durante a Inspeção de Saúde prevista, periodicamente, para todos os militares e civis do Comando da Aeronáutica. O tempo e os quesitos avaliados variam de acordo com as especificidades da função exercida, mas os benefícios são os mesmos para todos. “Por exemplo, no raio-x podemos constatar alterações da coluna, além do aumento da área do coração, que quando não acompanhado pode acarretar em uma insuficiência cardíaca. A Junta de Saúde providencia o parecer do especialista e orienta o inspecionando a realizar o devido tratamento. Quando necessário, o inspecionando pode ter de refazer os exames”, explica o Capitão Mé-

dico Pedro Antônio Marques da Cunha, da Junta de Saúde do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO). O diagnóstico precoce é um dos benefícios de se realizar a inspeção de saúde de tempos em tempos. No exame médico clínico, atitudes aparentemente simples, como aferir a pressão arterial ou a ausculta feita por meio do estetoscópio, podem indicar problemas como hipertensão e até sopros cardíacos, respectivamente. Todas essas ações voltadas para a saúde refletem na qualidade de vida e do trabalho de civis e militares da Força Aérea Brasileira. “A inspeção impacta na produtividade do efetivo da FAB. As Juntas de Saúde estão preocupadas em oferecer militares cada vez mais saudáveis, bem como evidenciar qualquer alteração precoce

na saúde do inspecionado, com finalidade preventiva”, afirma a Chefe do Centro de Inspeção de Saúde do Núcleo do Hospital de Força Aérea de São Paulo (NuHFASP), Major Médica Samantha Zanardi Andrade Oliveira. As inspeções de saúde são regidas por Instruções do Comando da Aeronáutica (ICA). Elas orientam administrativa e tecnicamente as Juntas de Saúde, que emitem parecer técnico conclusivo da capacitação (condições psicofísicas) dos militares e civis da FAB. Isso é feito desde o oficial-general mais antigo até os jovens que se alistam para o serviço militar obrigatório. “A FAB está atenta à preservação da saúde e integridade física de qualquer pessoa que a ela preste serviço e, com certeza, tem um efetivo mais produtivo. Ressalto que consideramos a saúde como

estado de completo bem estar físico, mental e social”, explica a Major Samantha. A avaliação do inspecionando é feita por uma equipe que envolve médicos e especialistas em enfermagem, fonoaudiologia, psicologia e odontologia. Mesmo contando com diversos profissionais da saúde e sendo realizada periodicamente, a inspeção não pode ser considerada como único método de check-up. “É válido que o inspecionando mantenha seu acompanhamento assistencial e preventivo com seu médico ou dentistas anualmente. A inspeção de saúde tem caráter pericial”, destaca a médica. Todas as exigências das inspeções de saúde - como quais exames a serem realizados, faixa etária, periodicidade da inspeção de acordo com a atividade desempenhada e demais especifici-

dades - podem ser consultas no site da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA) pelo endereço www.dirsa.intraer na aba “Legislações”.

Exames ajudam a diagnosticar doenças precocemente

Fique atento

Dependendo da faixa etária, é necessário apresentar alguns exames durante a inspeção: Mulheres a) Até 40 anos: Levar o exame citopatológico de colo uterino (Papanicolau) a cada 2 anos; b) A partir de 40 anos: Levar o exame citopatológico de colo uterino (Papanicolau) anualmente;

Homens Levar exame urológico anualmente quando: a) PSA ≥ 2.5 ng/dl; b) A partir de 45 anos;

Importante: para a inspeção de saúde é necessário estar em jejum de 12 horas, de acordo com a ICA 160-6/2015. O não cumprimento desta orientação pode comprometer os resultados dos exames.

FOTOS: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

D


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SEGURANÇA

Dispositivos móveis: como e quando usar? Novas regras estabelecidas pela ICA 200/17 proporcionam mais segurança às organizações militares

A

regra vale para todos. Ao entrar em qualquer tipo de serviço do Comando da Aeronáutica, todos os militares estão proibidos de utilizarem dispositivos móveis particulares, como celulares, smartphones e tablets. A ICA 200-17 é clara: não é permitido o uso ou o porte durante todo o período do serviço, inclusive nos períodos de descanso. Não é autorizado, por exemplo, utilizar smartphones nos alojamentos. À frente de 640 militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Ma-

naus (BINFAE-MN), o Tenente-Coronel Roberto Rodrigues Gomes Junior ressalta a importância da nova legislação. “A ICA em si é muito boa. Ela regula aquilo que já era prática comum prevista na NPA do serviço”, explica. Com 25 anos de serviço na Infantaria, o Tenente-Coronel Júnior ressalta a importância de estar concentrado durante os serviços. “Se está ali com acesso a Facebook, a um jogo, com certeza distrai”, diz. O mais importante, segundo o militar, é ter compromisso com

Exemplos positivos O Tenente Yúri Burle Ishida, que tira serviço de Oficial de Dia na Base Aérea de Manaus (BAMN), orienta a guardar os aparelhos logo na entrada de serviço. Para ele, a conduta pode melhorar muito a qualidade do trabalho. “ Com o celular o militar pode sofrer qualquer distração. E assim pode passar despercebido um carro, que deveria ter anotado a placa, ou uma pessoa que deveria ter se identificado”, exemplifica. “A concentração é extremamente importante”, completa. Móveis funcionais Os únicos dispositivos móveis permitidos durante os serviços são aqueles de propriedade do Comando da Aeronáutica, utilizados apenas no estrito interesse da instituição. Nesse caso, deve ser assinado um termo de responsabilidade pelo militar ou civil que terá

acesso ao equipamento. A ICA estabelece mais regras: os dispositivos móveis funcionais deverão conter apenas os aplicativos necessários ao cumprimento do serviço. Estes poderão ser monitorados e, à distância, os setores de Tecnologia da Informação e Comunicações deverão ser capazes de bloquear o dispositivo, apagar todos os dados, assim como instalar aplicativos, alterar configurações de segurança e aplicar atualizações e correções disponibilizadas pelos fabricantes. Controle em reuniões A mesma ICA também proíbe o uso de dispositivos móveis particulares em reuniões, briefings, palestras e aulas. O objetivo é evitar não apenas a distração, mas também a possibilidade de vazamento de informações. Também foram vedados o ingresso de dispositivos móveis particulares de visitantes em áreas restritas. Devem ser estabelecidos procedimentos de controle e retenção dos dis-

positivos particulares antes do ingresso em tais áreas. Caso isso aconteça, o militar pode ser punido. Uma das fundamentações legais é a Portaria Normativa nº 1.688, do Ministério da Defesa, que estabelece a Política da Informação e Comunicações. O documento propõe que a desobediência às regras estabelecidas para a proteção do conhecimento implicará ao infrator penalidades nos âmbitos administrativo, penal e militar.

ARTE: SDPP / CECOMSAER

FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER

o serviço. “Tem gente que nem dependia dessa ICA para ser consciente”, afirma.


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ESPOR SAÚDE

FAB tem centro de referência no tratamento de queimados A unidade, localizada no Rio de Janeiro, se prepara para receber pacientes durante os Jogos Olímpicos de 2016

FOTO: TEN FERNANDO / CTQ

Exército já recebeu alta médica. Graças ao trabalho desenvolvido, o CTQ se tornou uma unidade referência devido à carência de centros com profissionais especializados na área pelo Brasil. Segundo o chefe da unidade, Tenente Fernando Esbérard, alguns centros são adaptações de UTI, enquanto que o CTQ foi todo projetado para receber, exclusivamente, pacientes vítimas de queimaduras. Tratamento referência A palavra-chave é isolamento. O ar e a água, por exemplo, antes de chegarem ao CTQ, devem passar por um processo de limpeza e descontaminação. Os pacientes também fazem exames e são consultados no próprio CTQ, que é um setor isolado do HFAG. Quando uma vítima chega ao centro, equipes

multidisciplinares são destacadas exclusivamente para o tratamento do paciente, o que envolve quase todos os setores do hospital. Todo esse cuidado ocorre porque internações envolvendo queimaduras são delicadas, já que a pele é uma grande porta de entrada para Chefe do CTQ mostra sala onde pacientes recebem o primeiro atendimento infecções e fica completamente vulnerável. Dependendo da Defesa determinaram que exemplo; biológico, como o do caso, os pacientes podem o CTQ seria o local a receber episódio do ebola; e químico”, fazer enxerto, ou seja, retirada vítimas desse tipo de ameaças ressaltou o Tenente Fernando. Em frente ao CTQ tamde lâminas de pele da própria químicas, biológicas, radiológicas e nucleares, também bém será montada uma esvítima para substituições em regiões onde ela foi compro- conhecidas pela sigla DQBRN. trutura para descontamiPara isso, está sendo pre- nação rápida: uma barraca metida. O tratamento tamparada uma estrutura especial: inflável para o primeiro babém inclui outras cirurgias, são dois quartos, ainda em nho dos pacientes contamitrocas de curativos, banhos obras, totalmente isolados com nados. “Nós recebemos essa diários, entre outros. chumbo. “Vão ser lugares pre- responsabilidade de ser essa parados com três propósitos, referência também nos Jogos Jogos Olímpicos Com a chegada das Olím- que não há em nenhum lugar: Olímpicos. Principalmente no piadas, o Comitê Olímpico isolamento radionuclear, para tratamento de queimaduras Internacional e o Ministério evitar contato com o césio, por na área DQBRN”, finalizou. FOTO: CB V. SANTOS / CECOMSAER

L

uan Gustavo Silva Pereira tinha apenas um ano e cinco meses quando foi levado às pressas para o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), localizado no Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), no Rio de Janeiro (RJ). A criança teve cerca de 40% do corpo queimado, depois que uma chaleira de água fervente virou sobre ela em julho de 2015. Depois de dois meses de tratamento na unidade, o filho do militar do

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Como as mudanças organizacionais impactam na Segurança de Voo A atividade aérea se desenvolve em um contexto dinâmico e complexo que, continuamente, impõe desafios aos profissionais, exigindo flexibilidade e capacidade de adaptação. Os avanços tecnológicos, a natureza das missões, a substituição de equipamentos, a reestruturação organizacional - todos são fatores que impactam nos procedimentos existentes em uma realidade organizacional, demandando mudanças para que se man-

tenha a operacionalidade de forma eficaz e segura. A prevenção de acidentes aeronáuticos não se faz sem mudanças. Manter as pessoas atuando de forma produtiva e segura demanda alto nível de comprometimento e consciência situacional que requerem trabalho contínuo de conscientização, o qual, por vezes, irá afetar diretamente a forma como as pessoas desempenham suas funções. Embora as mudanças sejam eventos inevitáveis, as

pessoas reagem de diferentes formas a tais situações, condicionadas por diferentes perspectivas.Há pessoas que valorizam o lado positivo da mudança e se focam nos benefícios gerados por ela, facilitando assim o processo de adaptação; porém, há aqueles que valorizam mais os esforços que são exigidos para que haja adaptabilidade às mudanças, tornando-se resistentes a ela. Para o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes

Aeronáuticos (CENIPA), “a prevenção de acidentes, por sua natureza, não produz os efeitos desejados senão sob a forma de mobilização geral. Para alcançar os seus objetivos, todos, sem distinção, têm que se integrar no esforço global, com a consciência de que segurança deve ser algo inerente a tudo que se faz; deve ser integrante de todas as tarefas desenvolvidas em aviação” (MCA 3-6). Estratégias que envolvem a participação coletiva são mais eficazes, pois permitem

que as pessoas se sintam mais seguras e confiantes ao participar do processo decisório ou exercer algum controle em seu ambiente de trabalho. Uma relação de comunicação transparente e participativa reforça o compromisso ético com a segurança de voo e com as práticas organizacionais que fortalecem a cultura de segurança mais sólida e mais madura. Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).


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SEU DINHEIRO

Metas de médio prazo: 60 meses para se preparar Além do planejamento e das economias, é hora de fazer o dinheiro crescer

E

ducação financeira não significa somente equilibrar despesas e receitas, mas gerenciar a própria renda de forma a conquistar sonhos. Então, já parou para pensar no que você deseja para os próximos cinco anos? O primeiro passo é listar os seus sonhos de médio prazo. A partir daí, divida essa meta em etapas para se organizar. Por exemplo: se o seu objetivo é poupar R$ 50 mil em cinco anos, ao final do primeiro ano deverá ter poupado R$ 10 mil (meta parcial), ao final do segundo ano, R$ 20 mil e assim por diante. Depois de dividir a meta em etapas, o mais indicado é administrar as “metas parciais” da mesma

maneira que se administram metas de curto prazo. No entanto, nem sempre é fácil se disciplinar para seguir o que foi planejado. Isso acontece porque temos a tendência de olhar apenas o valor total da meta, o que dificulta a tomada de decisões no dia a dia e até a mudança de alguns hábitos em favor daquele objetivo. Para algumas pessoas, é difícil entender que o todo (as metas de médio ou longo prazo) é a soma de pequenas partes (atitudes diárias voltadas para economizar e poupar). Outra dica: não adianta traçar planos muito desafiadores se o preço a pagar por eles é alto demais e não cabe no orçamento. Então, an-

tes de estabelecer qualquer meta que exija certo nível de sacrifício, analise como isso poderá impactar você, sua família e a qualidade de vida de todos. É necessário alinhar o planejamento aos seus valores pessoais, para que não haja frustração nem desistência no meio do caminho. É importante lembrar que para atingir a meta não basta guardar o dinheiro debaixo do colchão. Investimentos fazem a quantia render, mas evite a caderneta de poupança, porque atualmente ela não cobre a inflação. Consulte sites de órgãos públicos e privados que ensinam a investir em fundos de maior rentabilidade e que preservam o poder de

compra do dinheiro. Por fim, é bom ter em mente que, ao longo de 24, 36, 48 ou até 60 meses, muita coisa pode acontecer. Esteja preparado para, de vez em quando, fazer alterações na rota. Um imprevisto financeiro ou um problema de saúde, por exemplo, podem exigir que você adie os planos ou mude a estratégia. Nessa lógica, se você estipulou um prazo, mas percebeu que não será possível cumpri-lo, basta analisar o que já evoluiu e rever as metas. Isso servirá para traçar novos caminhos e manter-se motivado e com foco para seguir adiante. Fonte e mais informações: Portal Tá na Hora, do Banco do Brasil

Soldo apartir de 1º de Agosto de 2016

Soldo apartir de 1º de Janeiro de 2017

Posto / Graduações

Soldo atual

Tenente-Brigadeiro

10.830,00

11.426,00

12.076,00

Major-Brigadeiro

10.380,00

10.951,00

11.574,00

Brigadeiro

10.041,00

10.593,00

11.196,00

Coronel

9.159,00

9.663,00

10.229,00

O aumento será escalonado. A primeira parcela está prevista para agosto de 2016

Tenente-Coronel

8.991,00

9.486,00

10.044,00

Major

8.811,00

9.296,00

9.860,00

A

Capitão

6.945,00

7.327,00

7.861,00

1º Tenente 2º Tenente

6.576,00 5.967,00

6.938,00 6.295,00

7.350,00 6.673,00

Aspirante a Oficial

5.622,00

5.931,00

6.268,00

Suboficial

SALÁRIO

Militares têm novo reajuste Presidência da República anunciou o novo índice de reajuste no soldo dos militares, que anteriormente estava em torno de 25,5%, para uma média de 27,9%. A expansão da folha de pagamento de militares será concedida ao longo dos próximos quatro anos, sendo 5,5% a partir de agosto de 2016. O reajuste será escalonado, com maiores percentuais para as graduações do início de carreira e postos intermediários, indicados como prioritários pelos Comandos das três Forças. Os índices variam de 24,39% a 48,91%.

Esse reajuste incide sobre os soldos. No entanto, como as gratificações são vinculadas a ele, também terão seus valores corrigidos na composição da remuneração bruta do militar. As gratificações variam de acordo com a experiência, competência e local de trabalho do militar, por exemplo. Sobre essa remuneração bruta incidem os descontos obrigatórios, como o imposto de renda, contribuição para a pensão militar e para o fundo de saúde da Força. Veja tabela ao lado

4.677,00

4.934,00

5.307,00

1º Sargento

4.134,00

4.361,00

4.695,00

2º Sargento

3.573,00

3.770,00

4.060,00

3º Sargento

2.949,00

3.111,00

3.325,00

Cabo / Taifeiro Mor

1.974,00

2.083,00

2.243,00

Taifeiro 1º classe

1.869,00

1.972,00

2.084,00

Taifeiro 2º classe

1.776,00

1.874,00

1.981,00

Soldado especializado

1.491,00

1.573,00

1.663,00

Soldado não especializado

1.254,00

1.323,00

1.398,00

Recruta

642,00

677,00

769,00

Cadete último ano

1.164,00

1.228,00

1.298,00

Cadete demais anos

945,00

997,00

1.054,00

Al EEAR, EPCAR último ano Al EPCAR Demais anos

858,00

905,00

956,00

840,00

886,00

936,00


Fevereiro - 2016

NO

CURIOSIDADE

PADRÃO

Qual a diferença entre Força Aérea Brasileira e Aeronáutica? Oficialmente, o Ministério da Aeronáutica foi criado no dia 20 de janeiro de 1941, englobando militares e civis do Corpo da Aviação Naval, da arma de Aeronáutica do Exército e do antigo Ministério da Viação e Obras Públicas. Caberia ao órgão cuidar de toda a aviação no Brasil.

Os efetivos e os meios das aviações da Marinha e do Exército formaram, inicialmente, as “Forças Aéreas Nacionais”, constituindo parte do Ministério da Aeronáutica. Em 22 de maio de 1941, a pedido do ministro Salgado Filho, o braço armado passou a se chamar “Força Aérea Brasileira”

Está pensando em usar a sua farda pra pular carnaval? Ou emprestar o seu uniforme para um amigo? Nada disso. A farda é de uso restrito dos militares. Portanto, é considerado crime o desrespeito ou uso de fardamento por aqueles que não são militares, de acordo com o Estatuto dos Militares. Quer uma dica? Aproveite a folia pra se divertir com

ARTE: SGT EDINALDO / CECOMSAER

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os amigos, família e filhos da melhor forma possível. Alugue

uma fantasia bem legal e divirta-se bastante.


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ENTRETENIMENTO

FOTO: JOHNSON BARROS / CECOMSAER

FOTO: JOHNSON BARROS / CECOMSAER

Jogo dos 6 Erros

Caça palavras A data de 21 de FEVEREIRO marca, desde 1959, a primeira INSPEÇÃO em VOO realizada no Brasil, com TRIPULAÇÃO e aeronave nacionais. Cinquenta e sete anos após este feito HISTÓRICO, a unidade da Força Aérea BRASILEIRA que deu continuidade à missão é o GRUPO de Inspeção em Voo (GEIV), localizado no Rio de Janeiro, e SUBORDINADO ao Departamento de CONTROLE do Espaço AÉREO (DECEA).

Resposta da Edição do mês de Janeiro



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