Ano XL
Nº 2
Fevereiro, 2017
ISSN 1518-8558
ARTE: SDPP/ CECOMSAER
www.fab.mil.br
Eu sou FAB
Saiba mais sobre a nova campanha institucional de 2017 (Págs. 8 e 9)
REESTRUTURAÇÃO
OPERACIONAL
SUSTENTABILIDADE
Veja quais são as principais mudanças da FAB neste início de ano (Págs. 6 e 7)
Campanha de testes do KC-390 prevê cinco provas para 2017 (Pág. 10)
Unidades da FAB dão exemplo de preservação ao meio ambiente (Pág. 13)
Fevereiro - 2017 FOTO:CB FEITOSA / CECOMSAER
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CARTA AO LEITOR
Um recomeço Após muitos anos de dedicação ao Sistema de Comunicação Social da Aeronáutica, sendo sete deles especificamente no CECOMSAER, eu tenho a honra de redigir estas primeiras palavras, agora na função de chefe desta importante instituição. Grato que sou ao legado deixado pelo meu antecessor Brigadeiro do Ar Ary, o qual realizou trabalho impecável ao longo de um intenso ano de imersão total na área da Comunicação, e ao Comandante da Aeronáutica Tenente-Bri-
gadeiro do Ar Rossato, pelo voto de confiança em mim depositado, estou certo de que seguiremos firmemente na linha de proteger e projetar a imagem da nossa gloriosa Força Aérea Brasileira. Um amplo entendimento do processo de reestruturação da FAB, a divulgação das nossas participações em operações e exercícios, o aprimoramento das nossas atividades administrativas, a chegada de novas e importantes aeronaves e o compartilhamento de informações
Expediente O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno. Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Antonio Ramirez Lorenzo.
sobre as questões previdenciárias e afins são alguns exemplos da relevância dos nossos objetivos ao longo deste ano. Valendo-se de uma equipe dedicada e muito especializada, o CECOMSAER seguirá na sua missão, contando sempre com suas críticas e sugestões para o aprimoramento dos nossos produtos e da qualidade da comunicação com todo o nosso público. Destaco nesta edição a apresentação da campanha institucional para 2017. Sob a batuta precisa de meu antecessor, o CECOMSAER criou uma campanha de alta
qualidade, a qual retrata em primeira pessoa, diferentes formas de nos orgulharmos de sermos partes desta família. Seu mote principal “Eu sou FAB” traduz literalmente o que sentimos ao fazer parte desta Força. No espírito de um ano de muitas transformações em prol de uma nova FAB, contamos com sua parceria, pois não temos dúvida alguma de que SOMOS TODOS FAB! Boa leitura! Coronel Aviador
Antonio Ramirez Lorenzo
Editoras: Tenentes Jornalistas Emília Maria (MTB 14234RS) e Evellyn Abelha (MTE 973MS). Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná. Diagramação e Arte: Tenente Longo, Suboficial Ramos, Sargentos Linares, Lucemberg, Ednaldo e Cabos M. Gomes e Pedro. Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF
Chefe do CECOMSAER
PENSANDO EM INTELIGÊNCIA
O profissional de Inteligência Os recursos humanos que integram a atividade de Inteligência requerem seleção e capacitação criteriosas, em virtude da natureza da atividade e de suas peculiaridades. O processo começa na escolha do profissional, passa pela capacitação e desenvolvimento,
terminando no desligamento das funções. Na seleção, algumas características são consideradas, tais como: objetividade, imparcialidade, lealdade e discrição; no entanto, competências comportamentais galgadas em valores éticos, conduta ilibada e idoneidade moral são exigidas. Dependendo da função, outras características específicas serão observadas, inerentes ao perfil da atividade – Analista de Inteligência ou Agente de Operações. A capacitação dos recursos humanos para o exercício das funções do profissional de Inteligência torna-
-se imprescindível, pois há uma linguagem própria na atividade. Essa linguagem específica objetiva que a comunicação se faça de um modo claro e conciso e, por outro lado, garanta que as distorções e incompreensões sejam minimizadas. Cabe ao Centro de Inteligência da Aeronáutica (CIAER), órgão central do Sistema de Inteligência da Aeronáutica (SINTAER), a missão de capacitar e desenvolver os recursos humanos para o seu efetivo, bem como para todos os integrantes do sistema. Para tal, o CIAER ministra, ao longo do ano, diversos cursos para suprir as necessidades da Força Aérea. De maneira geral, o conteúdo dos cursos envolve a produção do conhecimento,
a proteção do conhecimento e as Operações de Inteligência. Anualmente, o CIAER disponibiliza em sua página na INTRAER, por meio de Tabela do Comando da Aeronáutica (TCA), o Programa de Atividades de Ensino e Atualização Doutrinária do SINTAER. Na TCA são informados os nomes dos cursos, seus objetivos, os requisitos dos candidatos e as datas planejadas para sua realização. Por fim, o CIAER, mesmo sem possuir uma Escola de Inteligência, envida esforços para aperfeiçoar a capacidade de assessoramento ao processo decisório no âmbito da Força Aérea Brasileira no cumprimento de sua missão. (Centro de Inteligência da Aeronáutica - CIAER)
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PALAVRAS DO COMANDANTE
Foco na reestruturação Comprep e Comae, permitindo uma maior especialização da Força nas áreas de preparo e de emprego Mudando o foco da área operacional para a administrativa, vemos que a SEFA amplia sua atuação de modo significativo, com destaque para o recebimento sob sua subordinação da Diretoria de Intendência (Dirint), que passa a se chamar Diretoria de Administração (Dirad). O aumento de encargos administrativos da SEFA levou até mesmo a que ela mudasse de nome, apesar de manter a mesma sigla. Anteriormente denominada Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica, a “nova” SEFA é agora a Secretaria de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica e recebe, além de outros encargos, a importante missão de gerenciar os Grupamentos de
Apoio criados para desonerar as Alas dos envolvimentos com as atividades-meio e permitindo que elas se voltem mais para a sua atividade-fim, ou seja, sua vocação operacional. Reestruturar, reorganizar, mudar... Sabemos que essas atitudes geram desconforto e ansiedades, principalmente por que todos conheciam os processos até então vigentes e sentiam-se bastante à vontade com eles. No entanto, já há algum tempo fazia-se necessário que a FAB olhasse efetivamente para o futuro e buscasse se ajustar às perspectivas econômicas e tecnológicas da sua área de atuação. E assim o fizemos, ao elaborar uma nova estrutura e uma nova lógica funcional que buscam aprimorar tanto a capacidade operacional quanto a administrativa. Neste momento, precisa-
mos que cada militar e civil da Força Aérea Brasileira incorpore o espírito de melhoria dos nossos processos. As reduções de custos serão uma consequência do aprimoramento dos nossos métodos e virão à medida que formos cada vez mais eficientes com a nova estrutura. O momento é de união e de muito trabalho, e ninguém melhor do que as senhoras e os senhores, partes integrantes desta grande família, para aprimorar o processo que antes executavam, só que agora dentro deste novo modelo. Conto com a experiência de cada um não só para essa evolução, como também para a eventual detecção do que chamamos de “fios soltos”, que são os pontos onde algum processo anterior pode apresentar problemas com a nova estrutura.
Nestes casos, contem com a Comissão de Reestruturação da FAB, estabelecida dentro do EMAER, e que está em alerta continuado para auxiliar nas possíveis soluções. Dois mil e dezessete será um ano vitorioso, rumo a uma nova Força Aérea, mais operacional, mais enxuta e mais vibrante, e todos nós sentiremos orgulho de ter sido parte desse processo.
TENENTE-BRIGADEIRO DO AR NIVALDO LUIZ ROSSATO
COMANDANTE DA AERONÁUTICA
FOTO: CB FEITOSA / CECOMSAER
Iniciamos o mês de fevereiro já com diversas implementações do processo de reestruturação da FAB. As estruturas de Bases Aéreas e de Comar estão sendo desativadas e substituídas pelas das Alas, que ainda neste mês chegarão a um total de quinze, distribuídas por todo o país. As Alas são as unidades táticas de emprego que abrigam um grupo de segurança e defesa, um grupo logístico e as Unidades Aéreas. Caberá às Alas a aplicação dos planos de preparo e de emprego de seus meios, planos estes gerados pelos dois grandes comandos recém-criados: o Comando de Preparo (Comprep) e o Comando de Operações Aeroespaciais (Comae). Com isso, deixa de existir o Comando-Geral de Operações Aéreas (Comgar), sendo suas atribuições compartilhadas agora entre
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SERVIÇO
Aplicativo ajuda na distribuição de PNR em Brasília Ten JOR João Elias
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Prefeitura de Aeronáutica de Brasília (PABR) implantou um novo sistema eletrônico de distribuição de Próprio Nacional Residencial (PNR). A partir de agora, quem planeja ocupar PNR em Brasília ou pretende se inscrever em fila de espera tem de se cadastrar no Telegram, um aplicativo de celular para troca de mensagens instantâneas. “O objetivo é agilizar e facilitar o processo, além de haver economia tanto para a Prefeitura, quanto para os próprios militares, que conseguem mais rapidamente um imóvel”, ressaltou o ex-Prefeito da PABR, Coronel Intendente Mauro Roma Cardoso de Barros. Com o novo procedimento, não há mais reuniões de distribuição. Para se inscre-
que o militar seja inscrito na fila hierárquica e cronológica. A inscrição é realizada exclusivamente por meio do aplicativo. Ao ser inscrito na fila de espera, o militar será, automaticamente, adicionado ao Telegram no grupo de distribuição de PNR correspondente ao seu posto/graduação e terá todas as orientações para efetuar a sua escolha. Quando um imóvel fica disponível, p o r
exemplo, a PABR informa, por meio do Telegram, as datas de visitação. Em seguida, é marcada uma data para distribuição. No dia e horário agendados, os interessados devem estar conectados. No início da reunião virtual, o responsável pela distribuição realiza um briefing, informando a situação do imóvel, as regras de ocupação, os documentos e a lista dos militares que estão concorrendo. Então os candidatos se manifestam e quem estiver melhor colocado recebe o direito de ocupar o PNR. O Tenente Francisco Carlos Bezerra Miranda conseguiu o PNR onde mora por meio do aplicativo. “Esse novo procedimento é muito bom porque permite que pessoas que estão lá atrás na fila de espera consigam o PNR, além de não ter a
burocracia de sair do meu local de trabalho para ir até a Prefeitura participar de reuniões e, também, a Prefeitura poder fazer a disponibilização de apenas um imóvel, o que antes não ocorria”, explicou. Após a escolha,o militar deverá apresentar à PABR a declaração de não ocupação de PNR sob a responsabilidade de outra prefeitura.
Militares reforçam cuidados contra Aedes aegypti
Cuidados em casa e no trabalho:
ver nas filas de espera, o militar movimentado poderá, inicialmente, manifestar sua intenção de ocupar PNR por intermédio da Organização Militar de origem. Para tanto, a unidade deverá enviar à PABR mensagem rádio, fac-símile, mensagem direta ou ofício, informando posto/graduação, nome completo, número de ordem, data de última promoção, dependentes declarados e o boletim no qual consta a movimentação. Posteriormente, o militar terá o prazo de até 30 dias para formalizar a inscrição, após a sua apresentação na OM de destino. Ele deverá enviar para a PABR, via aplicativo Telegram (61 996360897), a guia de moradia e a ficha de inscrição escaneadas. Tais procedimentos são necessários para
SAÚDE Calor e períodos de chuva aumentam as chances de reprodução do mosquito FOTO:CB FEITOSA / CECOMSAER
Ten JOR Evellyn Abelha
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Força Aérea Brasileira está engajada na campanha do governo federal contra o mosquito Aedes aegypti. Desde o dia 2 de dezembro, militares da FAB reforçam as ações de combate ao transmissor da dengue, zika e chikungunya. Toda sexta-feira, as equipes fazem inspeções para destruição de possíveis focos dentro e no entorno das unidades. Os militares também realizam a conscientização de estudantes e professores nas escolas. As atividades contra o Aedes aegypti acontecem em 16 organizações
da FAB, de norte a sul do País, e seguem até o dia 30 de abril. “Como uma das instituições mais confiáveis, de acordo com as pesquisas, passamos para a população a importância de combater o mosquito. Esse é um trabalho de todos, não somente do Ministério da Saúde, se nós não estivermos envolvidos não conseguiremos eliminar essa ameaça. O problema é de todos nós”, alerta o Coordenador Geral, pela FAB, da campanha contra o mosquito Aedes aegypti, Coronel Alexandre Rocha Alves.
- Tampe os tonéis e caixas d’água; - Mantenha as calhas sempre limpas; - Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo; - Mantenha lixeiras bem tampadas; - Deixe ralos limpos e com aplicação de tela; - Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia; - Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais; e - Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
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COMANDO
Centro de Comunicação Social da Aeronáutica tem novo chefe Uma das prioridades de 2017 será ampliar o processo de conhecimento sobre a reestruturação da FAB
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criatividade como líder desta destacada equipe de excelência”, afirmou o Comandante ao dirigir-se ao novo chefe. O Coronel Lorenzo assume o cargo em meio ao processo de reestruturação da FAB, que prevê modernizar a estrutura administrativa e operacional para enfatizar o investimento dos recursos humanos e financeiros, principalmente, na atividade-fim da instituição. Novos desafios – Para o novo chefe, a comunicação terá papel importante para ajudar a esclarecer os públicos
de interesse da instituição sobre a nova estrutura. “Essa reestruturação precisa ser bem compreendida pelo público interno e externo”, avaliou o Coronel Lorenzo, que retorna ao CECOMSAER, onde já trabalhou por sete anos. Para o oficial, a comunicação social é
uma das ferramentas mais importantes de uma instituição e deve ser utilizada, no contexto da FAB, para divulgar, ensinar e mostrar a todos o que está acontecendo. “Para que, com a contribuição de cada militar, a FAB chegue a 2041 ainda maior ”, afirmou.
FOTOS: CB FEITOSA / CECOMSAER
Tenente JOR Jussara Peccini Coronel Aviador Antonio Ramirez Lorenzo assumiu, em janeiro, a chefia do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER). O oficial recebeu o cargo do Brigadeiro do Ar Ary Soares Mesquita, que assumiu o comando da Ala 1. A cerimônia de transmissão de cargo foi presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato. “A conjuntura exigirá atenção, discernimento e
ENSINO
Com reestruturação, Curso de Altos Estudos Militares tem modificações
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s oficiais do Curso de Altos Estudos Militares (CAEM) iniciaram, em janeiro, o Estágio em Política e Estratégia Aeroespaciais (EPEA). Na ocasião, o Comandante Interino da Universidade da Força Aérea (UNIFA), Brigadeiro do Ar Arnaldo Augusto do Amaral Neto, apresentou para os oficiais-alunos matriculados no CAEM as orientações gerais do primeiro EPEA. Foi elucidado que o CAEM é composto de três módulos de ensino: o EPEA, o Curso de Altos Estudos (CAE) e a Extensão em Alta Gestão Executiva (EAGE). P r i m e i ro m ó d u l o d o CAEM, o EPEA consiste de
uma imersão no Poder Militar Aeroespacial e de uma profunda análise das ações em andamento, para viabilizar a concepção estratégica – a Força Aérea 100. No Estágio, os oficiais-alunos terão a possibilidade de debater e analisar questões essenciais para o desempenho dos futuros oficiais-generais ou assessores de alto nível da FAB, como o poder espacial e aéreo da FAB, os projetos estratégicos de porte da Força e o poder relativo da forças aéreas da América do Sul. Além disso, poderão identificar e discutir, junto aos grandes comandos, a situação atual em relação à concepção estratégica, por
meio da análise dos principais problemas, dos impactos decorrentes e das ações julgadas pertinentes para os projetos estratégicos em andamento. Ainda relativo à concepção estratégica, os discentes terão a possibilidade de apresentar ao Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) um trabalho acadêmico, buscando mensurar o cumprimento dos objetivos estabelecidos na diretriz. Essas inquietações e análises serão úteis para os módulos seguintes, na medida em que os oficiais-alunos terão a oportunidade de buscar solução para os desafios constantes no Força Aérea 100, e também por meio da
interação com outros órgãos. Dando prosseguimento ao CAEM, os oficiais-alunos participarão do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE), coordenado pela Escola Superior de Guerra (ESG), no período de 20 de fevereiro a 1º de dezembro de 2017. Além disso, de 1º de maio a 31 de outubro de 2017, os militares matriculados no CAEM realizarão a Extensão em Alta Gestão Executiva (EAGE), aplicado por uma instituição de ensino superior contratada, na modalidade de ensino à distância, sob coordenação da ECEMAR. Integram o CAEM 21 oficiais superiores, no posto de coronel, sendo 11 aviado-
res, três intendentes, três de infantaria, um engenheiro e três médicos. Saiba mais - O Estágio em Política e Estratégia Aeroespaciais – EPEA, foi criado no âmbito da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR), a partir da ordem de extinção do Curso de Política e Estratégia Aeroespaciais (CPEA). Com duração de quatro semanas, o EPEA é realizado em momento imediatamente anterior aos cursos de altos estudos das Escolas congêneres: Escola Superior de Guerra (ESG), Escola de Guerra Naval (EGN), e Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME).
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REESTRUTURAÇÃO REESTRUTURAÇÃO
FAB ativa novas unidades E Ala 1 Sob o comando do Brigadeiro do Ar Ary Soares Mesquita, foi ativada a Ala 1, em Brasília (DF). A unidade será composta por uma unidade operacional, o Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA); um grupo de segurança e defesa, que corresponde ao antigo Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Brasília (BINFAE-BR); e um Grupo Logístico, voltado ao apoio e manutenção da unidade. A estrutura também irá atender a algumas demandas do Grupo de Transporte Especial (GTE), que está sediado nas dependências da nova organização. Na ocasião, foram desativados o Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR) e a Base Aérea de Brasília (BABR).
tação do processo de reestruturação da Força Aérea Brasileira. Acompanhe as mudanças:
Comitê de Implantação do Comando de Operações Aeroespaciais
O Tenente-Brigadeiro do Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira assumiu a presidência do Comitê de Implantação do COMAE, com sede em Brasília. A nova unidade abarcará as atividades de defesa aérea e antiaérea desenvolvidas pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), também comandado pelo Tenente-Brigadeiro Machado. O COMAE será o Comando Operacional Conjunto, permanentemente ativado, responsável pelo planejamento, coordenação, execução e controle das operações aeroespaciais, tanto recorrentes quanto eventuais. Esse novo comando conjugará ainda as ações de Emprego da FAB anteriormente conduzidas pelo Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) e pelas quatro FAE.
FOTO: CB FEITOSA / CECOMSAERw
m janeiro, novas organizações foram ativadas. As ações fazem parte da implan-
Centro de Apoio Administrativo da Aeronáutica Foi criado, no Rio de Janeiro, o Centro de Apoio Administrativo da Aeronáutica (CEAP), com a finalidade de tratar das atividades relacionadas com as áreas da gestão de apoio administrativo, por intermédio dos Grupamentos de Apoio (GAP) subordinados, e da gestão de moradia funcional dos PNR, com as Prefeituras de Aeronáutica subordinadas, no âmbito do Comando da Aeronáutica. O cargo de Chefe do CEAP é ocupado pelo Brigadeiro Intendente Carlos Alberto Dias Martins.
Diretoria de Administração da Aeronáutica Como parte do processo de reestruturação, a Diretoria de Intendência (DIRINT) passou a denominar-se Diretoria de Administração da Aeronáutica (DIRAD), que tem a finalidade de supervisionar e realizar as atividades das áreas da gestão de apoio administrativo e de moradia funcional dos Próprios Nacionais Residenciais. Além disso, a unidade dará continuidade às atividades desenvolvidas pela DIRINT. A DIRAD passou à subordinação da Secretaria de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica (SEFA), deixando de integrar o Comando-Geral do Pessoal (COMGEP), como ocorria com a DIRINT. A nova unidade é comandada pelo Major-Brigadeiro Intendente Vilmar Gargalhone Corrêa. Aconteceram, ainda, a transferência de subordinação da Subdiretoria de Inativos e Pensionistas (SDIP), da DIRAD para a Diretoria de Administração do Pessoal (DIRAP), e a transferência de sede da Subdiretoria de Abastecimento (SDAB), de São Paulo para o Rio de Janeiro.
Ala 2 Em Anápolis (GO), o Coronel Aviador Francisco Bento Antunes Neto assumiu o comando da Ala 2. Na unidade operam esquadrões de reconhecimento, caça e um grupo de artilharia antiaérea. A partir de 2019, quando o País começar a receber os primeiros caças Gripen NG, as aeronaves ficarão sediadas na nova unidade. A cerimônia também marcou a desativação da Base Aérea de Anápolis (BAAN).
Comando de Preparo O órgão foi criado, como o nome indica, com o objetivo de especializar os militares para as diversas missões de emprego do poder aeroespacial. Sob o Comando do Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Egito do Amaral, a ativação do COMPREP faz parte de mais uma etapa do processo de reestruturação da instituição. A unidade terá a responsabilidade de preparar as 15 Alas (em processo de ativação em todo o País) por meio da organização, treinamento e avaliação operacionais e a geração de doutrina. Anteriormente, essas atividades integravam o escopo de atuação do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) – que foi desativado com com a criação do COMPREP - e das quatro Forças Aéreas (desativadas em dezembro de 2016) que reuniam as diferentes aviações.
Grupamento de Apoio de Campo Grande O Tenente-Coronel Aviador Newton de Abreu Fonseca Filho assumiu em janeiro o Grupamento de Apoio de Campo Grande (GAP-CG). A unidade tem por finalidade prestar apoio administrativo às organizações do Comando da Aeronáutica sediadas na capital sul-mato-grossense e subordina-se diretamente ao Centro de Apoio Administrativo da Aeronáutica (CEAP).
Recife
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REESTRUTURAÇÃO
Carcará
De casa nova
Seguindo o que foi definido para a reestruturação da FAB, três esquadrões aéreos já têm novas sedes Ten JOR Emília Maria
Anápolis
Puma Santa cruz
Canoas Origem Destino
Em janeiro, o Esquadrão Carcará passou a operar em Anápolis (GO). Era sediado desde a criação, há 65 anos, em Recife (PE). A unidade utiliza atualmente o R-35/AM Learjet, realizando missões de reconhecimento por imagens e reconhecimento eletrônico.
O Esquadrão Puma foi transferido da Base Aérea dos Afonsos (BAAF) para a Base Aérea de Santa Cruz (BASC), ambas no Rio de Janeiro. Criado em 9 setembro de 1980, opera atualmente o helicóptero H-36 Caracal. “A reestruturação reservou ao Esquadrão Puma uma
Afonsos
Florianópolis
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Phoenix
Ativado em 1982, o Esquadrão Phoenix operou por 34 anos em Florianópolis (SC). Transferido para Canoas (RS), está subordinado à Ala 3. Faz parte, juntamente com os Esquadrões Netuno e Orungan, da Aviação de Patrulha da FAB, utilizando aeronaves P-95 Bandeirulha.
“Anápolis fica no centro do País e isso possibilita que em cerca de duas horas e meia de voo as aeronaves do esquadrão consigam se deslocar para qualquer localidade do País”, explica o Comandante da unidade, Tenente-Coronel Aviador João Gustavo Lage Germano.
volta às origens, remetendo-nos ao lendário Terceiro Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque na Base Aérea de Santa Cruz (3° EMRA). O sentimento geral é de esperança de que o esforço despendido leve a FAB para um futuro de excelência administrativa e operacional”, destacou o Comandante do esquadrão, Tenente-Coronel Eduardo Barrios.
“Com a transferência para Canoas, o Esquadrão Phoenix incrementará a operacionalidade da Ala 3, trazendo para o Rio Grande do Sul o profissionalismo dos patrulheiros”, acredita o Comandante do esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Marcus Vinícius Venâncio da Penha.
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“EU SOU FAB” é o tema da nova campanha institucional da FAB Frases em primeira pessoa traduzem princípios norteadores Ten JOR Raquel Alves
Com o tema “EU SOU FAB” a campanha institucional da Força Aérea Brasileira de 2017 foi elaborada com o objetivo de mostrar como a FAB deve ser e agir a partir de agora até o ano de 2041, quando completar 100 anos. Missão, visão, valores e objetivos são os pilares abordados e produzidos, em primeira pessoa, no olhar dos integrantes do efetivo. Eles remetem à importância de cada militar ao assumir o papel de protagonista na transformação de uma Força Aérea adequada ao seu tempo, uma vez que a construção da identidade de uma Instituição é reflexo das ações e do comprometimento de todos com um objetivo comum. “Todo conteúdo foi produzido e baseado no processo de reestruturação da Força. Esse trabalho faz com que os nossos militares sintam-se responsáveis em construir um futuro ainda melhor nas organizações militares em que trabalham”, destaca o Chefe da Subdivisão de Publicidade e Propaganda do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), Tenente Coronel Aviador Gil Lima e Silva. O mês de janeiro, que
abre a campanha 2017, apresenta o tópico Missão da FAB: “Manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da pátria”. E a frase que traduz a missão para a primeira pessoa é “Eu protejo o espaço aéreo brasileiro, garantindo a soberania dos interesses nacionais e a liberdade de cada cidadão. Eu sou FAB!”. Missão, Visão, Valores A missão, a visão, os valores e as capacidades futuras orientam a rota ideal para a FAB cumprir os desafios do amanhã no desempenho de suas atribuições. Empregar o Poder Aéreo e Espacial quando e onde for necessário, na paz e na guerra, com o objetivo final sempre de servir ao povo brasileiro. A FAB do futuro dependerá da construção dessas capacidades militares para o cumprimento da sua missão, em uma estrutura moderna, racional e enxuta, constituída por profissionais ágeis e capacitados. A Força Aérea deverá ser uma organização eficiente e adaptável, tanto no planejamento quanto na execução das suas atividades, adequando-se às prováveis limitações de recursos e às incertezas do ambiente externo.
Missão, Visão e Valores da FAB estão descritos e detalhados na DCA 11-45/2016 - Concepção Estratégica "Força Aérea 100", disponível em :
www.fab.mil.br/institucional
“Todo conteúdo foi produzido e baseado no processo de reestruturação da Força. Esse trabalho faz com que os nosso militares sintam-se responsáveis em construir um futuro ainda melhor nas organizações militares em que trabalham”
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FOTOS: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER
OPERACIONAL Ten JOR Jussara Peccinni
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aeronave de transporte da Força Aérea Brasileira, o KC-390, já tem agenda organizada para 2017. Os dois protótipos do cargueiro deverão cumprir novos testes rumo à certificação. De acordo com a Embraer, na campanha estão previstas cinco provas ao longo desse ano. Veja as etapas programadas: - testes de ventos cruzados, também conhecido como vento de través; - testes com gelo artificial, quando as estruturas são submetidas ao efeito do gelo; - testes de operações em condições de gelo, ou seja, como o avião vai se comportar sob baixíssimas temperaturas; - testes de certificação em sistemas de combustível, aviônico e de pressurização; e - testes de reabastecimento aéreo. Equipe avalia incorporação de melhorias à cabine do KC-390 Em 2017, continua o processo “Crítica de Cabine da aeronave KC-390”, que acompanha as melhorias incorporadas ao avião. A quarta avaliação – etapa que encerrou as atividades do projeto previstas para 2016 - analisou de modo técnico e operacional as mudanças de ergonomia e de tecnologia dos equipamentos e sistemas da aeronave. A equipe multidisciplinar que participou da avaliação inclui pilotos operacionais e de testes, um engenheiro de teste, uma médica especializada em medicina aeroespacial e um piloto especializado em ergonomia e design de cabine de voo. Eles representaram biótipos diversificados, com variações amplas de altura e peso, contribuindo para a
Campanha de testes do KC-390 prevê cinco provas para 2017 Em 2016, os dois protótipos da aeronave contabilizaram 740 horas de voo melhoria na qualidade das análises realizadas. “Havia homens e mulheres com tamanhos e proporções corporais distintos, de forma a permitir uma avaliação completa e abrangente da futura população de usuários”, detalha o Coronel Gilvan Vasconcelos da Silva, do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), sobre a avaliação. Também foi avaliada a utilização de capacetes equipados com óculos de visão noturna (na sigla em inglês NVG - Night Vision Goggles), de trajes para a operação em missões de Defesa Química, Bacteriológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) e de paraquedas, com o objetivo de avaliar possíveis interferências físicas e de garantir a segurança de voo e da tripulação. As análises realizadas no protótipo do KC-390 em Gavião Peixoto, interior de São Paulo, onde está localizada uma das plantas da fabricante, contaram com a partici-
pação da Gerência Técnica da Divisão de Projetos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DPJ/DCTA) e da Gerência Operacional do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR). “Os resultados inicialmente obtidos foram muito animadores e deixaram toda a equipe bastante satisfeita com os itens avaliados”, afirmou o coordenador da análise, Coronel Gilvan, que também desempenha o papel de gerente conceitual do projeto.
Pontos avaliados
A crítica de cabine abrangeu itens como: - ergonomia; - disposição da tripulação; - visibilidade externa e interna e qualidade óptica de painéis e telas (displays); - geometria e dimensões da cabine; - assentos (qualidade, funções e ajustes); - disposição dos comandos e dos painéis; - climatização; - luminação; - letreiros; - simbologias; - caracteres alfanuméricos; - “páginas” dos displays (Head Down Display– HDD e Head Up Display–HUD) e monitores; e - acessibilidade aos comandos e controles dos equipamentos.
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FOTO: LUIZ EDUARDO
Aeronave-laboratório IU-50 completa seis meses de atividades na FAB Novos aviões já realizaram procedimentos inéditos no Grupo Especial de Inspeção em Voo
C
om duas novas aeronaves-laboratório, o Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) completa seis meses desde a chegada do primeiro Legacy 500 - denominado, na FAB, como IU-50. Nesse período, já foram mais de 450 horas de voo e 50 inspeções de auxílio à navegação. Entre as inspeções, quatro delas são referentes a procedimentos que o GEIV não conseguia realizar antes da chegada do Legacy 500: os aeroportos de Maringá (PR), Londrina (PR), Navegantes (SC) e Caxias do Sul (RS) foram certificados para realização do procedimento RNP AR APCH, para navegação baseada em performance. Isso possibilita o pouso mesmo quando as condições meteorológicas estão desfavoráveis. Segundo o oficial de operações do Grupo, Major Bruno Michel Marcondes Alves, além do novo procedimento, a tripulação já percebeu outros ganhos para as missões de inspeção com a chegada do Legacy 500. “São três aspec-
tos principais. Em primeiro lugar, o uso da câmera a laser a bordo, fazendo com que não seja necessário o pouso para instalar equipamentos de medição nos aeroportos, principalmente na inspeção de ILS [sistema que permite pouso por instrumentos]. Em segundo lugar, a autonomia da aeronave, e, por último, o fato de que o Legacy 500 consegue decolar da pista do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, onde estamos sediados, com seu carregamento máximo de peso”, explica o piloto.
Reaparelhamento O processo de renovação dos aviões-laboratório faz parte do projeto I-X. O primeiro dos seis Legacy 500, adquiridos da Embraer, chegou ao GEIV em 23 de setembro. Até então, a frota de aeronaves que faziam inspeções em voo era composta de quatro Bandeirantes e quatro Hawker 800XP.
LEGACY - 500
6 meses desde o recebimento do primeiro Legacy
12 pilotos, 10 mecânicos e 18 operadores de sistema formados
50 inspeções em voo
2 aeronaves em operação
FOTOS: LUIZ EDUARDO
Ten JOR Gabrielli Dala Vechia
450 horas de voo
O que é inspeção em voo ?
O Grupo Especial de Inspeção em Voo testa, na prática, se os dados fornecidos pelos equipamentos de auxílios à navegação - instalados dentro e fora dos aeroportos - são confiáveis. Esses equipamentos enviam informações à aeronave, indicando o caminho que deve ser seguido. Eles balizam os pilotos para pousos e decolagens não só em condições normais, mas, especialmente, quando a meteorologia está desfavorável.
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PESQUISA
FAB cria unidade para avaliações e geração de conhecimento operacional
N
Ten JOR Evellyn Abelha
ovos conhecimentos, novas possibilidades, novas doutrinas. Essas são as propostas do Instituto de Aplicações Operacionais (IAOP) da Força Aérea Brasileira. A unidade concentra profissionais capacitados para realizar avaliações operacionais e gerar conhecimento operacional nas áreas de Guerra Eletrônica, Análise Operacional, Comando e Controle e Sistema de Armas. Por cerca de três anos, a unidade funcionou como Núcleo do Instituto de Aplicações Operacionais (NuIAOp) e, em novembro de 2016, tornou-se Instituto. O IAOP fica em São José dos Campos (SP), no Campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A localização, considerada estratégica, aproxima as necessidades operacionais da FAB à parte científica.“O objetivo principal é gerar
conhecimento operacional, que é o resultado final de toda uma cadeia produtiva do Instituto, usualmente iniciada nas Avaliações Operacionais”, explica o Diretor do IAOP, Coronel José Virgílio Guedes de Avellar. Criação do IAOP Após a extinção do Centro de Estudos da Arte da Guerra do COMGAR (CEAGAR), que concentrava a análise e avaliação operacional voltadas para a Guerra Eletrônica, a coordenação para consecução dos trabalhos de definição dos requisitos operacionais para a FAB tornou-se mais difícil. Além disso, a formação dos oficiais nos Cursos de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO) e no Curso de Especialização em Análise de Ambiente Eletromagnético (CEAAE) necessitava de acompanhamento e direcionamento para as exigências da Força. Diante deste
cenário, em 2013, foi iniciada a criação do IAOP. Projetos “O IAOP está inserido no projeto de offset (compensações de natureza industrial, tecnológica ou comercial) do FX-2 e nas Avaliações Operacionais (AVAOP) de interesse do COMGAR. A unidade realiza a orientação e acompanhamento dos trabalhos de todos os alunos do CEAAE, propondo temas que visem associar a pesquisa dos alunos às necessidades da FAB, além do acompanhamento das propostas de avaliações operacionais e contratuais que envolvam questões de recebimento de equipamentos e checagem de requisitos”, observa o Vice-Diretor do IAOP e Chefe da Divisão de Gestão do Conhecimento, Tenente-Coronel Ricardo Augusto Tavares Santos. Desafios “Com certeza, o maior desafio é manter os avaliadores motivados, atualizados e com foco na missão de gerar conhecimento operacional para o COMGAR, contribuindo para o preparo e o emprego da Força. Este trabalho demanda muita disciplina, dedicação e conhecimento acadêmico associado ao conhecimento operacional que cada integrante possui, exigindo-se constante atualização teórica e prática”, comenta o Coronel Avellar. Resultados obtidos Um dos destaques é a verificação do alcance de detecção do radar do F-5EM em suas diversas configurações.
FOTOS: IAOP
Instituto de Aplicações Operacionais já auxiliou no emprego do radar do F-5EM e no sensor do P-3 Orion
“O trabalho auxiliou no levantamento de novos parâmetros táticos para o planejamento de missões, possibilitando uma maior consciência situacional das tripulações e uma melhor eficácia nos diversos tipos de cenário”, considera o Chefe da Divisão de Avaliação Operacional, Tenente-Coronel Aviador Jorge Luís Lessa Júnior. Além disso, a Avaliação Operacional do Padrão de Busca Noturna com NVG (Óculos de Visão Noturna) complementou a capacidade de realizar missões de busca e salvamento. Após essa AVAOP, duas missões de busca noturna reais já foram realizadas. Com relação à aeronave de patrulha P-3 Orion, a primeira avaliação teve foco no sensor MAGE. O experimento permitiu conhecer mais sobre o sistema, suas limitações e levantar possíveis melhorias.“O estudo continua em andamento e o conhecimento gerado contribuirá para a
consolidação da doutrina necessária à melhor utilização da plataforma”, conclui o Tenente-Coronel Lessa. Outro exemplo foi o estudo realizado com o radar SABER M-60.“Esse trabalho gerou uma mudança de doutrina e a confecção de um manual de procedimentos. Essa Avaliação Operacional proporcionou a utilização plena do equipamento”, esclarece o Major Daniel Ferreira Manso, Chefe da Divisão de Emprego de Sistemas e instrutor dessa AVAOP. Além desses exemplos, estão em andamento estudos para a ampliação da capacidade de utilização do LINK BR1.“O importante é que o IAOP continue contribuindo para a geração de conhecimento operacional que possibilite a atualização doutrinária, essencial para o adequado preparo e o correto emprego da Força Aérea”, finaliza o Diretor da Unidade. (Fonte: IAOP)
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FOTO: BASM
SUSTENTABILIDADE
O verde faz bem
Ten JOR Cynthia Fernandes magine quando o plantio de pequenas árvores se torna muito mais do que proposta de sustentabilidade. Cerca de 7 mil mudas foram plantadas nas proximidades da pista da Base Aérea de Santa Maria (BASM), no Rio Grande do Sul (RS), desde o início de 2016. A proposta – inédita na Força Aérea Brasileira – é que nos próximos anos, já com as árvores em maior porte, seja criada uma barreira para amenizar o ruído dos pousos e decolagens no aeródromo. Trata-se de um trabalho em conjunto entre a Base, o Departamento de Ciências Florestais e o Curso de Engenharia Acústica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que tem como objetivo a melhoria do bem-estar do efetivo da unida-
aeródromo. Elaborado pela Professora Doutora em Silvicultura, Maristela Machado Araújo, o projeto é um trabalho de médio e longo prazo e deve trazer benefícios para moradores da região, estudantes
da universidade e também para o meio ambiente. “A área de povoamento arbóreo restaura o solo e pode, num futuro próximo, ser um laboratório para os estudantes do curso de engenharia florestal”, prevê.
Diversidade e controle de erosões FOTO: SD MESSIAS / AFA
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de e da comunidade do entorno. “A parceria bem sucedida entre acadêmicos e militares propiciou a realização de um projeto inovador no âmbito da FAB. É uma grande oportunidade de trabalho junto à universidade”, destacou o Comandante da BASM, Coronel Clauco Fernando Vieira Rossetto. Segundo o coordenador do estudo de acústica da pista de pouso da BASM, Major Ricardo Starling, o projeto contempla inicialmente o perímetro voltado para o setor oeste da Base Aérea, mais próximo ao Campus da UFSM. O oficial ressalta que na segunda etapa do projeto, quando as mudas estiverem na fase adulta, a UFSM utilizará equipamentos que permitirão mensurar a redução do ruído no entorno do
FOTO: BASM
Unidades da FAB apostam em projetos de plantio de árvores como alternativas para diminuir ruídos na pista e controle de erosões
Outras unidades da FAB também apostam no plantio de árvores com a proposta de recuperação de áreas degradadas e até como forma educativa, prestigiando a diversidade regional do País. Na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, foram plantadas mais de 750 mudas de mais de 300 espécies de árvores dentro de um desenho do mapa do Brasil. Cada espécie representa os mais diversos grupos botânicos da flora nativa de cada região. “Desta forma, ao passear pelo sul deste mapa desenhado,
ele encontrará as araucárias; se passear pelo nordeste, verá as palmeiras de nosso litoral; na região amazônica, os mognos, açaís, jarinas”, explica o idealizador do projeto, Coronel Marco Antônio Souza Lezo. Entre os colaboradores da iniciativa está o engenheiro agrônomo e botânico Harri Lorenzi. “São poucos os lugares que realizam o plantio com o intuito educativo, como é o caso. Aqui teremos a oportunidade de observar as plantas e conhecer a flora”, afirma.
Deu certo Na Base Aérea de Anápolis (BAAN), o Projeto Controle de Erosões e Reflorestamento com Espécies Nativas e Exóticas (Cerne) foi implantado em 2011, e já contabiliza mais de 14 mil mudas plantadas entre espécies nativas e exóticas. A iniciativa deu tão certo que cerca de 10% da área da unidade militar, o que equivale a 168 hectares, já foi recuperada. Processos erosivos foram detectados há cinco anos, oriundos da movimentação para terraplanagem de áreas como pátio de estacionamento de aeronaves, pistas de pouso principal e auxiliar, hangar de manutenção e outros. O reflorestamento trouxe resultados positivos, como adequar as bacias de contenção e curvas de nível, com a finalidade de minimizar os processos erosivos e facilitar a absorção de água pelo solo. A iniciativa contribuiu para a preservação do meio ambiente e a manutenção do lençol freático. “Os ganhos são de difícil mensuração, porém é possível afirmar que estamos no caminho de ser uma organização militar sustentável e com responsabilidade ambiental”, acrescenta o Major Domenico Merrichelli II, Coordenador do Projeto Cerne.
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O rancho abre meio-dia e meia
EDUCAÇÃO
Sete erros de português para você nunca mais cometer Ten JOR Gabrielli Dala Vechia Há quatro meses; a 150 km de distância Não confunda: a expressão ‘há’ indica tempo decorrido; já ‘a’ indica futuro e distância. Em tempo: a forma ‘há quatro meses atrás’ está incorreta, devido à redundância. Fim ou final de semana? Para quem não está em férias, o descanso fica para o fim de semana. Para não errar, basta lembrar que fim é o contrário de início, e final, de inicial.
APLICATIVO
Agora você pode acessar seu e-mail funcional mesmo quando estiver fora de sede.
Rubrica Erro comum na língua falada, rubrica é uma paroxítona e não uma proparoxítona. Isso significa que a sílaba tônica – aquela pronunciada com ênfase maior – é o ‘bri’ e não o ‘ru’, como se costuma ouvir por aí. Mais (ou maiores?) informações Para mais informações sobre a língua portuguesa, acompanhe nossa coluna na próxima edição do Notaer. A expressão ‘maiores informações’, muito utilizada, não está correta. O termo ‘maior’ é um comparativo e não pode ser usado nesse contexto.
‘Meio-dia e meio’ está errado. A expressão correta para 12h30min é ‘meio-dia e meia’, pois está implícita a palavra ‘hora’ na sequência.
‘Meia cansada’ A expressão ‘meio’ no sentido de ‘um pouco’ é invariável. Já ‘meia’ se refere à metade e, por ser um adjetivo, há flexão de gênero. Portanto, você pode estar meio cansado (a). ‘Meia cansada’ só se for a do boot, depois de um mês de operação em Cachimbo.
Em férias Janeiro é o mês delas: das férias! Mas embora a expressão falada tenha cristalizado a forma ‘de férias’, o português formal, nesse caso, exige a preposição ‘em’.
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PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO
Com a finalidade de atender à demanda de informações estatísticas de ocorrências envolvendo aeronaves militares, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) disponibiliza o Sumário Estatístico da Aviação Militar. O documento apresenta dados de acidentes e incidentes graves ocorridos com aeronaves da Força Aérea Brasileira,
entre os anos de 2012 e 2015. O intuito é complementar as orientações do CENIPA para a prevenção de acidentes na aviação militar brasileira, especificamente, nas operações realizadas no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER). O Vice-Chefe do CENIPA, Coronel Aviador Roberto Fernandez Alves, destacou o trabalho de compilação dos principais aspectos envolvidos nas ocorrências da aviação militar.
“O Sumário Estatístico da Aviação Militar 2012-2015 é mais uma ferramenta para a prevenção de acidentes aeronáuticos”. Está previsto para a próxima edição do Sumário a compilação dos dados dos últimos dez anos e o detalhamento mais preciso das ocorrências, como a divisão por Unidade Aérea. Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER
CENIPA disponibiliza Sumário Estatístico da Aviação Militar