Notaer junho 2018

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www.fab.mil.br

Ano XLI

Nยบ 06

Junho, 2018

ISSN 1518-8558


Junho - 2018

CARTA AO LEITOR

“Você luta como treinou” As páginas da edição do NOTAER do mês de junho trazem, dentre diversas matérias, duas que mostram a diversidade de atuação da FAB em prol do Brasil. Uma delas fala sobre algo intimamente ligado à rotina do militar: o treinamento; e a outra diz respeito à importância da conscientização da população sobre o Risco Baloeiro. Como já se conhece no antigo jargão militar, “você luta como treinou”. E é por isso que o Exercício Operacional Tápio ocupa as páginas centrais do nosso jornal, ressaltando a importância de treinamentos para aprimorar processos e potencializar ações. Com isso, as nossas

aviações e equipagens estarão cada vez mais preparadas para quando forem acionadas em situações reais. Nesse Exercício de grande porte, 21 esquadrões se envolveram em missões compostas, voando mais de mil horas. Uma oportunidade ímpar para a evolução operacional da Força Aérea. Além de se preparar para o combate, destacamos igualmente as missões de integração, que também colhem frutos de treinamentos bem executados e levam solidariedade por todo o Brasil, tais como o transporte de órgãos e a Operação Acolhida, de interiorização dos venezuelanos, concentrada em Roraima. No

FOTO: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

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Expediente

primeiro caso, rapidez e agilidade, literalmente, salvam vidas; no segundo, coordenação e presteza, colaboram com a oportunidade de uma nova vida para nossos vizinhos. Tudo isso evidencia que o bom preparo segue como uma importante rotina a Força Aérea. Já a continuidade da campanha de conscientização do Risco Baloeiro em 2018 nos alerta quanto à importância da informação. No ano passado, tivemos nosso vídeo sobre o tema veiculado em horário de grande audiência em diversas emissoras de TV - mas a atuação não se

encerra aí. Você, militar do efetivo da FAB, também é um elo de comunicação social por natureza. Por nosso ofício, sabemos dos perigos que atitudes desmedidas no espaço aéreo podem causar. Todos nós podemos transmitir a conscientização para aqueles que desconhecem as possibilidades de tragédias como resultado dessa tradição, muitas vezes mantida de modo irresponsável. Boa leitura! Brigadeiro do Ar Antonio Ramirez Lorenzo Chefe do CECOMSAER

ESPAÇO DO LEITOR Gostei de saber que a FAB mantém sob sua tutela alguns bens patrimoniais tombados no país, alguns deles ainda desconhecidos para mim. É importante valorizar a preservação destes bens, pois fazem parte da história e da memória da nossa Instituição. O cuidado com o nosso patrimônio é essencial para que as futuras gerações possam identificar a história da FAB. - Tenente QCOA REP Camilla Barbieri (Ala 5)

O NOTAER nos possibilita conhecer todo dinamismo dos empreendimentos da nossa gloriosa FAB em suas várias frentes de atuação! Parabéns aos militares que, com muita dedicação e profissionalismo, conduzem esse importante canal! - Tenente QOCON SJU Bruno Pereira (COMGEP)

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao O j ointerno. r n a l N O TA E R é u m a público publicação mensal do Centro de do Comunicação Social da Chefe CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Aeronáutica (CECOMSAER), Antonio Ramirez Lorenzo. voltado ao público interno. Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel ChefeFlávio do CECOMSAER: Aviador Eduardo Mendonça Tarraf. Brigadeiro do Ar Antonio Ramirez Lorenzo. Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador José Frederico Júnior. Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviadorde Flávio Eduardo Chefe da Subdivisão Produção e DivulMendonça Tarraf. gação: Tenente-Coronel Aviador Rodrigo José Fontes de Almeida. Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Editores: Tenente Jornalista Felipe Bueno Coronel Aviador ePaulo CésarRelações An(MTB 0005913/PE) Tenente dari. Nara Lima (CONRERP/6 1759) Públicas Chefe da Subdivisão Produção ao Colaboradores: textosdeenviados e Divulgação: CECOMSAER via SISCOMSAE. Tenente Coronel Aviador Bruno Pedra. Diagramação e Arte: Suboficial Ramos, Sargento Polyana e Cabos M. Gomes Editores: e Pedro. Tenente Jornalista Felipe Bueno (MTB 0005913/PE) e Tenente JorTiragem: 18.000 exemplares nalista Cristiane dos Santos (MTB 35288/SP). Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencioColaboradores: nada a fonte. Textos enviados ao CECOMSAER via SISCOMSAE. Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF Diagramação e Arte: Tenente Chaves, Suboficial Ramos e Sargento Polyana. Capa: Foto Sargento Johnson Barros Tiragem: 18.000 exemplares. Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Endereço: Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar - CEP: 70045900 Brasília/DF

Parabenizo a todos pelo NOTAER de abril! Uma excelente viagem pelas dificuldades e desafios nas escolas de formação até a realização do sonho, um caminho que possibilita o cumprimento de nossa missão institucional. #Dimensao22 - Sargento Júlio César Silva Fonseca (EPCAR)

Este espaço é para você, Leitor! Envie seus comentários e sugestões para notaer@fab.mil.br

Impressão e Acabamento: Viva Bureau e Editora


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PALAVRAS DO COMANDANTE

A Força Aérea Brasileira sempre se faz presente em toda a sua área de responsabilidade, correspondente a um cenário de 22 milhões de km². Para tanto, nossa instituição não se isenta de sua missão síntese, que é manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria. Entre as ações de controlar, defender e integrar existe um sentimento fundamental que está sempre presente em cada uma de nossas atividades: a solidariedade. Na Região Norte do Brasil, a população de Boa Vista (RR) convive com a chegada em massa de venezuelanos, o que criou desafios para que o país os acolhesse e amparasse de forma digna. A FAB, reforçando seu papel em uma operação interagências, presta apoio na capital roraimense com refeições diárias e tem participação

fundamental no processo de interiorização dos que buscaram auxílio em nossa Nação. Com ações de integração como essa, seja em tempos de guerra ou de paz, estamos sempre a postos para oferecer melhores condições de vida e cidadania aos mais necessitados. Solidariedade também é o que movimenta e motiva nossas tripulações em um tipo de missão que muito orgulha a FAB: o transporte de órgãos para transplante. Essa missão ganhou reforço governamental após a assinatura do decreto nº 8.783, de 6 de junho 2016, quando ao menos uma aeronave da Força Aérea passou a ficar à disposição para voos desta natureza. Entre a ansiedade e a esperança de brasileiros que aguardam por uma chance de recuperar sua saúde, a participação da FAB é determinante para que mais vidas sejam salvas.

FOTO: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

A Força da solidariedade

E para estarmos preparados 24 horas por dia, sete dias por semana, realizamos relevantes treinamentos como o recente Exercício Operacional Tápio. Assim seguimos identificando potencialidades e necessidades de aperfeiçoamento para, sempre que for preciso, contribuir para

a ordem e a paz, garantindo a soberania, a integridade territorial e a prestação de ajuda humanitária. Por fim deixo aqui minhas reverências aos nobres integrantes das Aviações de Transporte, Reconhecimento e Busca e Salvamento, que comemoram suas datas de

criação neste mês de junho. Que as páginas desta publicação sejam fonte de inspiração a todos, para servirem ainda mais à nossa Força. Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato Comandante da Aeronáutica


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REESTRUTURAÇÃO

FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER

Diretoria de Tecnologia da Informação investe na atualização de sistemas corporativos Objetivo é buscar soluções que possam dar flexibilidade às ferramentas tecnológicas e agilizar processos

FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER

Quando o processo de Reestruturação da FAB foi impulsionado, em 2015, a primeira missão da Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) consistia em viabilizar a concentração administrativa em apoio aos Grupamentos de Apoio (GAP). De lá pra cá, também atualizaram-se tecnologicamente diversos serviços corporativos, que apoiam as atividades do Comando da Aeronáutica (COMAER), representados pelos Órgãos de Direção-Geral, Setorial e de Assistência Direta e Imediata ao Comandante da Aeronáutica (ODGSA). Ainda no contexto da Reestruturação, no segundo semestre de 2017, o Conselho de Tecnologia da Informação (CONTI), coordenado pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) e sob orientação direta do Comandante da Aeronáutica, atualizou os processos de governança e

gestão de tecnologia da informação, buscando aumentar o alinhamento aos modelos de governança e administração pública do Governo Federal, considerando as especificidades do COMAER. “As mudanças estruturais e de legislações visam a adequar o gerenciamento de TI da FAB às diretrizes do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, para que haja uma facilidade de entendimento ao lidar com órgãos externos, pois a nossa dinâmica é distinta das demais instituições”, afirma o Diretor de Tecnologia da Informação da FAB, Brigadeiro do Ar Paulo Eduardo Vasconcellos. A partir da Reestruturação, a DTI também deu início a algumas ações que buscam melhorar o dia a dia de todo o efetivo. “Estamos criando um setor voltado para análise dos processos de negócios visando a auxiliar os ODGSA na melhoria de seus processos corporati-

vos”, comenta o oficial-general. O objetivo das ações é permitir aos Centros de Computação focar na engenharia de requisitos e no desenvolvimento de soluções em proveito dos diversos setores, incrementando os sistemas corporativos, de maneira que seja possível reorganizar funções, racionalizar a força de trabalho e a atividade burocrática, otimizando os processos. Tudo alinhado com a determinação do Comandante de priorizar a atividade-fim. “A primeira fase foi de apoio de infraestrutura e sistema e, a partir daí, incrementar, melhorar. Essa é a principal ação em desenvolvimento. São pequenas mudanças que, muitas vezes, não aparecem, mas que são essenciais para o futuro”, explica o Diretor de TI. Dentre as principais ferramentas e sistemas corporativos que estão sendo revistos e atualizados, estão o SIGPES, o SIGADAER, o SILOMS e o próprio correio eletrônico corporativo, conhecido como FABMAIL. As implementações têm sido feitas sob a coordenação dos Centros de Computação da Aeronáutica (CCA). “O que estamos fazendo é uma atualização tecnológica para que os sistemas sejam mantidos em operação nos Brigadeiro Vasconcellos: “As unidades de TI trabalham de forma contínua para sanar todos os problemas. O usuário tem que estar contente. A ferramenta não pode atrapalhar o usuário”

Um dos principais objetivos da Reestruturação da área de TI é melhorar o cotidiano do efetivo

próximos quatro a cinco anos. É uma atividade que enfrenta demandas de correção e não é trivial, mas necessária”, pontua o Brigadeiro Vasconcellos. Para viabilizar os processos, o Diretor de TI afirma que todas as demandas são discutidas e avaliadas pelo CONTI antes de serem colocadas em prática. “Existe uma exigência do Comandante da Aeronáutica

para que haja transparência dos investimentos da área de TI. Por isso, tudo tem que passar pelo Conselho para aprovação, seguindo as prioridades dentro do limite de recursos que podem ser alocados. Sempre conforme a orientação do Estado-Maior da Aeronáutica, ODG responsável pela prestação de contas junto ao Tribunal de Contas da União”, finaliza.

Conheça alguns resultados já alcançados pela Reestruturação da TI: - consolidação do Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) para todo o COMAER; - reorganização do CONTI, do Comitê Executivo de TI (COMEX-TI) e do Grupo de Assessoramento de TI (GATI); - alinhamento do planejamento e das ações de TI com os objetivos estratégicos do COMAER; - consolidação dos processos de TI com foco na melhoria contínua dos serviços prestados e dos produtos oferecidos, agregando valor à missão da FAB e permitindo uma otimização nos processos de priorização e alocação de recursos no nível estratégico do COMAER; - adoção de um modelo de Gestão do Conhecimento voltado para a Administração Pública, bem como da utilização de boas práticas para a Governança e Gestão de TI; - atualização tecnológica dos sistemas corporativos em produção e incremento de novas funcionalidades em diversas áreas do COMAER; - transferência da sede da DTI do Rio de Janeiro para São Paulo; - incremento da capacidade de produção dos CCA, nas suas áreas de responsabilidade; e - melhoria da coordenação da DTI com os ODGSA.

Fonte: Diretoria de Tecnologia da Informação

Ten JOR Aline Fuzisaki


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ESPAÇO

Ten JOR Cynthia Fernandes O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) completou 40 anos de desempenho de uma atividade operacional vital na área espacial: rastreamento dos veículos lançados a partir do Centro Espacial da Guiana Francesa. Trata-se de um acordo de mútua cooperação entre o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a Agência Espacial Europeia (ESA). Localizada em Parnamirim (RN), a unidade faz parte do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), da FAB. Graças a essa parceria, o CLBI se tornou uma organização referência no rastreamento dos veículos lançados das plataformas dos centros de lançamento brasileiros e internacionais. A Estação de Telemedidas e os radares Adour e Bearn compõem o complexo de antenas que garantiram acompanhar mais de

3 mil lançamentos das plataformas brasileiras, CLBI e Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA). Sob coordenação da ESA, foram rastreados 231 lançamentos. Como característica própria, a Estação de Telemedidas do CLBI é a única estação da cadeia de rastreamento da Agência Europeia operada por técnicos e engenheiros não pertencentes ao quadro de recursos humanos da mesma. Segundo o Diretor do CLBI, Tenente-Coronel Engenheiro Fabio Andrade de Almeida, os 40 anos desse acordo de rastreamento consolida uma forte e duradoura parceria entre as agências espaciais e governos. “O ganho é operacional. O uso continuado dos meios de rastreio e a capacitação adquirida pelos servidores e militares ao longo de décadas trazem para a FAB conhecimento e prática real na área de operações espaciais”, diz. Dentre as operações es-

paciais das quais o CLBI participou, destacam-se o lançamento do Ariane V-14 levando a Sonda Giotto, com a missão de fotografar a passagem do Cometa Halley em sua aproximação da Terra em 1986; o Ariane V-158B, levando a bordo a Sonda Rosetta e o robô Philae; e o Ariane VA 236, que colocou em órbita, em 2017, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), operado atualmente pela FAB. A previsão para 2020, de acordo com o Diretor do CLBI, é que a unidade deverá participar da operação de lançamento do Telescópio Espacial James Webb, sucessor do Hubble, sendo o primeiro capaz de realizar observações diretas de planetas fora do Sistema Solar. Parque Tecnológico - Um parque tecnológico voltado para pesquisas na área aeroespacial deve ser construído nos próximos anos em Parnamirim (RN), em parceria entre

FOTO: CB ARNANDO / CLBI

Centro de Lançamento da Barreira do Inferno é referência em rastreamento

Além de desenvolvimento e lançamento de engenhos aeroespaciais, CLBI é referência em rastreamento de veículos

a FAB e a Prefeitura do município. No mês de abril, uma carta de intenções foi assinada para criação da unidade. Denominado Núcleo do Parque Tecnológico Trampolim da Vitória, o documento prevê a intenção de cooperação na unidade que desenvolverá pesquisas e projetos na área da tecnologia aeroes-

pacial. A previsão é que a FAB cederá, mediante contrapartidas, a área para construção da sede do empreendimento. A expectativa é que o complexo atraia de dez a quinze empresas da área tecnológica, além de contar com a parceria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).


Junho - 2018 FOTO: CB ANDRE FEITOSA / CECOMSAER

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HISTÓRIA

Prédio do Comando da Aeronáutica é um dos bens tombados sob tutela da FAB Ten JOR João Elias O prédio do Comando da Aeronáutica, localizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), é um dos bens tombados sob tutela da FAB e integra um conjunto denominado no tombamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Ministérios e Anexos que inclui também o prédio do Comando da Marinha do Brasil e o do Ministério da Defesa, entre outros. O processo é o T-1550, do ano de 2007, que tomba, também,

diversos bens do conjunto arquitetônico de Brasília, entre eles, o Congresso Nacional e o Memorial JK. O edifício, incluindo os dois anexos, abriga, atualmente, 17 Organizações Militares. Aproximadamente dois mil militares trabalham no local. O prédio principal tem nove pavimentos mais o térreo e o subsolo; já cada anexo é composto por quatro pavimentos, além do térreo e do subsolo. A responsabilidade pela manutenção é do Grupamento de Apoio de Brasília (GAP-BR). “Toda e qualquer inter-

venção que a gente faz, a gente respeita o projeto original de Niemeyer. Internamente, são realizadas modificações e alocações de espaço, mas a estrutura do prédio como um todo é mantida originalmente, inclusive, nas cores dos demais da Esplanada”, explica o Chefe do GAP-BR, Coronel Intendente Alex Orçay Reis. Com o tombamento, o bem não pode ser alienado, alterado nem destruído. O NOTAER mostra a história de todos os bens sob tutela da FAB em uma série de reportagens publicadas até dezembro deste ano.

Projeto de Niemeyer Em 1957, Lucio Costa desenhou o Eixo Monumental, uma das principais vias da cidade, definindo a disposição de cada prédio da Esplanada dos Ministérios. O paisagismo foi feito por Burle Marx. Em 1958, Niemeyer projetou o ministério modelo a ser reproduzido. Os primeiros 11 edifícios —

5 do lado norte e 6 do lado sul — foram erguidos com estruturas metálicas adquiridas nos Estados Unidos, juntamente com as estruturas metálicas das duas torres do Congresso Nacional de 28 andares. A inauguração ocorreu em 1960. Atualmente são 17 prédios uniformes de 9 andares, situa-

FOTO: CB ANDRE FEITOSA / CECOMSAER

Série mostra até dezembro a história de todos esses bens

dos cerca de 80 m distantes uns dos outros. Sete deles estão do lado sul e os outros 10 do lado norte da cidade. Os prédios não são numerados, mas sim classificados em letras (bloco A, B, C...); alguns deles também possuem anexos. O prédio do Comando da Aeronáutica é o Bloco M.

Aniversário do Ministério da Defesa O Ministério da Defesa foi criado em 10 de junho de 1999 para reforçar a articulação das Forças Armadas e dar mais fluidez a sua relação com outras áreas do Estado. Uma de suas principais atribuições é o estabelecimento de políticas ligadas à defesa e à segurança do país, além da implementação da

Estratégia Nacional de Defesa (END), lançada em 2008 e atualizada em 2012. Também fazem parte de seu escopo de atuação temas de grande alcance, como o Serviço Militar, o orçamento de defesa, as operações militares e a cooperação internacional em defesa.


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SOLIDARIEDADE

FAB transportou 512 órgãos em menos de dois anos

Paciente recebeu coração transportado pela tripulação do 3º ETA

Ten JOR Cristiane dos Santos Na madrugada de 6 de fevereiro de 2018, o 3º Esquadrão de Transporte Aéreo (3º ETA), localizado em Santa Cruz (RJ), foi acionado para cumprir uma missão de transporte de um coração. O receptor, um garoto de 12 anos. Havia pouco tempo para captação e transplante do órgão. A tripulação do 3º ETA decolou de Santa Cruz com destino a Curitiba (PR), onde os médicos realizaram a captação

do órgão. Na corrida contra o tempo, logo retornaram para o Rio de Janeiro. Mas, naquele dia, havia um agravante: a cidade estava paralisada por bloqueios na Avenida Brasil e nas Linhas Vermelha e Amarela. A solução final: a ambulância com o órgão vital foi escoltada por mais de 20 motocicletas da Polícia Militar do Rio de Janeiro, até o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), onde ocorreu a cirurgia de transplante. A pronta-resposta no

acionamento e operacionalidade dos tripulantes na Operação Transplante rendeu ao 3º ETA uma homenagem em cerimônia do INC. O Ministério da Saúde também agraciou a FAB, em 2018, com a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz, um reconhecimento pela atuação da Força Aérea no transporte de órgãos para transplantes no país. Em junho de 2016, o Decreto nº 8.783 prevê a disponibilidade de ao menos uma aeronave da FAB para o transporte de órgãos. Em seguida, um Termo de Execução Descentralizado (TED) foi firmado entre os Ministérios da Defesa e da Saúde, impulsionando o serviço. A medida ressarciu a FAB pelos voos realizados anteriormente e garante a continuidade desse trabalho. Desde então, já foram transportados 512 órgãos vitais (número atualizado até abril/2018). Desse total, 235 fígados, 143 corações, 76 rins, 27 pulmões, 21 pâncreas, seis tecidos ósseos e quatro baços. O Comandante do 3º ETA,

Major Aviador Fábio Ferreira Silva, acredita que as missões de transporte de órgãos vitais simbolizam o atendimento aos brasileiros na sua essência - a vida. “Atuamos no momento de luta pelo nosso bem maior: a vida. Além disso, o transporte de órgãos demonstra que a ação coordenada da FAB com os diversos setores da sociedade proporciona um retorno extremamente positivo para a população, sem distinção entre civis e militares”, diz. Os Esquadrões de Transporte Aéreo (ETAs), localizados em Belém (PA), Natal (RN), Santa Cruz (RJ), Canoas

(RS), Brasília (DF) e Manaus (AM), dispõem de tripulações de plantão, com o objetivo de atender, com a maior celeridade possível, às demandas da Central Nacional de Transplantes (CNT). As missões deste gênero podem ser realizadas, ainda, por outros esquadrões da FAB. Nos quase dois anos do Decreto, as aeronaves C-95, C-97 e U-35 foram as mais utilizadas: 211, 199 e 66 vezes, respectivamente. Vale lembrar que, mesmo antes da determinação legal, entre 2013 e 2015, a FAB já havia transportado 68 órgãos vitais.

FOTO: 5º ETA

FOTO: 3º ETA

Pronta-resposta garante que vidas sejam salvas

Pulmão é levado de Navegantes (SC) para Canoas (RS) pelo 5º ETA


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OPERACIONAL

Exercício Operacional Tápio Fruto da Reestruturação da FAB, treinamento envolveu mais de 700 militares na Ala 5 em Campo Grande (MS) Mais de mil horas voadas, 700 militares, 42 aeronaves, 16 ações de Força Aérea treinadas, 21 esquadrões aéreos. Os números dão a dimensão do que foi o Exercício Operacional Tápio, que aconteceu na Ala 5, em Campo Grande (MS) entre os dias 25 de abril e 11 de maio. A Tápio criou um cenário de guerra irregular, quando se luta contra forças insurgentes e paramilitares para treinar o efetivo em diversas ações, como resgate em combate (CSAR), lançamento de carga heavy (pesada) e múltipla, APH (Atendimento Pré-Hospitalar),

entre outras. Esse tipo de cenário é encontrado, por exemplo, no caso de participação em missões de paz da ONU. A Tápio é mais um resultado do processo de Reestruturação da FAB. Segundo explica o Diretor do exercício, Brigadeiro do Ar Augusto Cesar Abreu dos Santos, no organograma antigo, cada FAE (Força Aérea) realizava os seus próprios treinamentos. Com a nova estrutura organizacional, a ideia é proporcionar exercícios que permitam maior articulação entre as diferentes aviações. Na Tápio, à exceção da Aviação de Patrulha, todas as outras estiveram presentes. “A Ala 5 já tem essa vocação

natural de congregar diversos tipos de aviações e missões. No dia a dia, nós já buscamos essa sinergia e o desafio foi aplicar em uma escala bem maior”, disse o oficial-general, que também é Comandante da Ala . Os COMAOs foram os principais produtos da Tápio. A sigla em inglês quer dizer Composite Air Operations, comumente chamadas “missões de pacote”. Acontece quando várias aeronaves decolam ao mesmo tempo para cumprir objetivos conjuntos ou complementares. Para isso, a coordenação, executada por um piloto experiente com formação específica, o chamado mission commander,

é essencial. No primeiro COMAO do exercício, por exemplo, houve a simulação de que um piloto havia sido ferido em combate e necessitava ser resgatado. Para isso, decolaram helicópteros H-36 Caracal, compondo a força-tarefa CSAR, acompanhados por uma escolta anexada de helicópteros AH-2 Sabre, para a proteção dessas aeronaves. Na mesma missão, caças A-29 Super Tucano fizeram a escolta destacada, ou seja, decolaram antes para identificar possíveis forças inimigas em solo naquela rota. Simultaneamente, uma esquadrilha composta pelos

cargueiros C-130 Hércules, C-105 Amazonas e C-95 Bandeirante realizou o lançamento de cargas; enquanto caças A-1 e A-29 procuravam atingir alvos de oportunidade – aqueles que o piloto conhece o alvo, suas características e funcionalidades, mas não tem certeza sobre sua localização. Leia os depoimentos de alguns militares que participaram da Tápio e saiba mais sobre a atuação das Aviações de Transporte, de Reconhecimento e de Busca e Salvamento – homenageadas deste mês, por comemorarem seus dias em 12, 24 e 26 de junho, respectivamente. FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER

Ten JOR Gabrielli Dala Vechia


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A Aviação de Reconhecimento esteve representada na Tápio pelas aeronaves A-1, do Esquadrão Poker (1º/10º GAV). No exercício, os militares executaram, pela primeira vez, uma tática de reconhecimento, em coordenação com a força-tarefa CSAR (resgate em combate). Os caças decolavam antes para localizar e identificar o evasor – ou seja, o militar que precisa ser resgatado – e passavam as informações para os aviões A-29 Super Tucano, que fizeram a escolta da força-tarefa. “O A-1 possui sensores com capacidades que permitem ao piloto identificar algo que esteja em solo, mesmo voando em grande altitude, e assim não corre o risco de ser atingido pela defesa antiaérea, explica o Major Aviador Murilo Salvatti, Comandante do Esquadrão Poker. Ele, que foi o primeiro Mission Commander da Tápio, afirma que, dessa forma, a força-tarefa CSAR já tinha todas as coordenadas para o resgate do evasor quando decolava. “Em sede, não é comum podermos treinar junto com a força-tarefa CSAR, como ocorreu na Tápio, então aproveitamos a oportunidade”, afirma o major, a respeito da integração entre as diferentes aviações possibilitada no exercício. FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER

FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER

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FOTO: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

As aeronaves C-130 Hércules, C-105 Amazonas e C-95 Bandeirante foram os vetores da Aviação de Transporte utilizados na Tápio, realizando missões como lançamento de carga, heavy (pesada) e múltipla, e de paraquedistas. No caso da carga pesada, por exemplo, que girou em torno de 1,5 toneladas e foi lançada pelo Hércules, o procedimento é complexo. O piloto não pode fazer grandes ajustes próximo ao lançamento, porque, a partir deste momento, a carga fica solta no compartimento, podendo se deslocar, o que causaria mudança no centro de gravidade da aeronave – podendo levar a uma perda de controle. Para o Tenente Aviador Natan Elias, do Terceiro Esquadrão de Transporte Aéreo (3º ETA), a Tápio foi o primeiro grande exercício. “O diferencial da Tápio é que ela integra quase todas as aviações. E, para nós, que chegamos pouco experientes aos ETAs, é uma ótima oportunidade de crescimento profissional e de contato com a atividade-fim. Se estivéssemos em guerra, estaríamos nessa mesma disposição”, diz o piloto.

Para a Aviação de Busca e Salvamento, a Tápio representou um marco importante, pois teve como linha-mestra a ação CSAR, também conhecida como resgate em combate. O exercício aconteceu na sede do Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV) e do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) e reuniu as equipes de resgate de outros esquadrões de asas rotativas. Foram treinadas as diversas atividades envolvidas no resgate de um militar de interesse que está em território hostil e que pode estar ferido. Isso envolve a ação de APH (Atendimento Pré-Hospitalar) e APH tático – onde são utilizados procedimentos invasivos e o cenário é hostil, necessitando manobras rápidas e a necessidade de fazer frente às forças inimigas. Essa foi a primeira vez que o APH tático pôde ser treinado, pois dependia de legislação específica, expedida em abril deste ano pelo Ministério da Defesa, após tratativas com o Ministério da Saúde. O Sargento SGS Alexsandro Barros, embora já seja “resgateiro” há mais de sete anos, teve sua formação em APH tático na Tápio, sob a orientação e avaliação de uma equipe médica. “Com esse conhecimento que a FAB me provê e com a responsabilidade que deposita em mim, eu fico em débito com toda a sociedade, tenho o dever de cumprir a missão, de salvar vidas”, diz o Sargento Barros.


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SOLIDARIEDADE

Operação Acolhida FAB participa de força-tarefa interagências para receber venezuelanos Ten JOR Iris Vasconcelos Ten JOR Felipe Bueno Desde 2017, o estado de Roraima convive com uma situação atípica: com pouco mais de 520 mil habitantes (segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2017), a unidade federativa menos populosa do Brasil convive com a imigração em massa de venezuelanos. Desde Pacaraima, cidade fronteiriça que recebe o fluxo de pessoas vindas da Venezuela, até sua capital, Boa Vista, uma Força-Tarefa Logística Humanitária busca organizar e suprir a demanda de serviços para regularizar e acolher aqueles que abandonaram seus lares em busca de um futuro melhor. A FAB participa do esforço interagências, que envolve órgãos

da esfera federal, estadual e municipal, com o nome de Operação Acolhida. De acordo com a Superintendente Regional da Polícia Federal em Roraima, Rosilene Santiago, já são mais de 43 mil pedidos de residência ou refúgio de venezuelanos no estado. “A tendência é crescente: em 2015, foram 30 pedidos; em 2016, três mil; em 2017, 17 mil; e só nos primeiros meses de 2018, já são mais de 24 mil”, enumera. Com isso, a dinâmica mudou. Os cerca de 330 mil habitantes de Boa Vista, agora, veem frequentemente venezuelanos nas ruas, em busca de uma chance no mercado de trabalho. Para minimizar impactos negativos, a Operação Acolhida entrou em ação. Diversos ministérios, ór-

gãos públicos, organizações beneficentes e agências da Organização das Nações Unidas (ONU) participam da Força-Tarefa. “Já se fez muito em pouco tempo, mas uma crise humanitária não se supera de um dia para o outro. Contudo, não parece que estamos aqui só desde março”, diz a diretora da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Isabel Marquez. Dois abrigos em Pacaraima e nove em Boa Vista acolhem cerca de 5,5 mil imigrantes em situação de vulnerabilidade, dando-lhes moradia temporária e refeições. Ainda, a fiscalização da fronteira foi fortalecida, além de um extenso esquema de atendimento em todo o “percurso” para a regularização e interiorização voluntária dos venezuelanos.

O papel da FAB Além de auxiliar na coordenação e tomada de decisões, a FAB age em solo e em voo na Operação Acolhida. “Fora a atividade aérea, a Força Aérea também participa hoje com a produção de 4,5 mil refeições diárias que são distribuídas nos diversos abrigos aqui na cidade de Boa Vista”, cita o Coronel Eric Breviglieri, o comandante da Ala 7, que ainda cede militares para tarefas da Acolhida. No ar, a FAB é protagonista no

processo de interiorização, que transfere venezuelanos buscando vagas de trabalho em diversas cidades e alivia a saturação de serviços públicos em Roraima. Até maio o C-767 do Esquadrão Corsário (2°/2° GT) transportou mais de 500 venezuelanos para São Paulo (SP), Cuiabá (MT) e Manaus (AM). De acordo com pesquisa da Agência das Nações Unidas para as Migrações (OIM), 65%

PERCURSO DE REGULARIZAÇÃO DE IMIGRANTES dos imigrantes se interessam pela estratégia. “Roraima é um estado de passagem para a maioria deles, não o destino. O tempo médio deles em abrigos é de três meses; são três saídas procuradas: a interiorização, pela maioria; o retorno para a Venezuela, para outra boa parte; e a minoria a permanência em Boa Vista”, explica o coordenador da Força-Tarefa, General de Divisão Eduardo Pazuello.

Veja o esquema criado para acolhimento de imigrantes:

NÚMEROS* 43.022 imigrantes procuraram a PF para se regularizarem 5,5 mil vagas em 11 abrigos são oferecidas em Roraima 65% se interessa pelo processo de interiorização 52% querem ir para outros países 527 já foram transportados para Manaus, São Paulo e Cuiabá * Até o início de maio.


11 FOTO: SGT LUIZ HENRIQUE NEVES / ALA 7

Junho - 2018

realidade. Estamos no meio da cidade vendo doenças que, a princípio, um atendimento primário resolveria, mas provavelmente pela falta de assistência, da prevenção, precisamos intervir mais na parte terapêutica. As necessidades são básicas, não são muitos casos complexos que vemos aqui, a maioria são de atenção primária, resolvidas em uma consulta no ambulatório”, conta.

Anderson Moreno, de 29 anos, é um dos que participam voluntariamente do processo de interiorização. Ele conta que deixou sua família e um emprego estável em uma rede internacional de fast food no país de origem por conta das dificuldades trazidas pela crise. Em São Paulo (SP), ele espera conseguir as condições necessárias para viver dignamente e ajudar a família. “Sou formado em Ciências Contá-

beis, tenho duas filhas na Venezuela e uma linda família que me espera. Me separar foi um processo muito difícil. Momentos bons, ruins, muito choro. Mas vim com mente positiva que aqui vou conseguir estabilidade e um trabalho. Cheguei aqui e me receberam bem, graças a Deus. Muito agradecido pelo povo das fraternidades, da OIM, da ACNUR, das Forças Armadas, nos deram um apoio excelente”, diz.

FOTO: SGT LUIZ HENRIQUE NEVES / ALA 7

FOTO: SGT LUIZ HENRIQUE NEVES / ALA 7

O Aspirante Médico Wendell Rabelo, clínico geral do efetivo da Ala 7, participa do atendimento a venezuelanos em abrigos da capital Boa Vista. Nas fileiras da FAB há poucos meses, ele conta que a assistência aos imigrantes é de grande valor. “É muito engrandecedor, tanto pessoal como profissionalmente. Estamos vendo problemas ligados a populações carentes perto da nossa

VENEZUELA

• Recepção • Vacinas FRONTEIRA • Triagem

PARACAIMA • 2 abrigos • Hospital

Roraima

188 Km • 9 abrigos • Hospitais geral, infantil e da mulher • Identificação e triagem para interiorização BOA VISTA


FOTO: ARQUIVO CENIPA

12 Junho - 2018


Maio Junho- -2018 2018

13

CARREIRA

Ten JOR Emília Maria Desenvolver a autonomia e a cooperação no processo ensino-aprendizagem e economizar recursos: estes são os principais objetivos da Diretoria de Ensino (DIRENS) com a implantação do Ensino a Distância (EAD) em cursos da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR). Responsável pela pós-formação de oficiais superiores, a ECEMAR iniciou a utilização do formato em 2017, com a turma do Curso de Altos Estudos Militares (CAEM), e já começa a apresentar resultados. Além de promover a autonomia dos oficiais-alunos e diminuir a utilização de recursos com a menor permanência dos militares na sede da Escola, os coordenadores apontam outros benefícios. “Alguns

dos resultados são o melhor desenvolvimento de análise crítica; o aprimoramento da disciplina de estudo por meio de mais comprometimento; e a ação colaborativa, com influência e cooperação no processo de ensino-aprendizagem dos demais oficiais-alunos”, destaca o Coronel Aviador Luiz Gustavo Schenk, da Subcoordenadoria de Gestão Acadêmica da ECEMAR. Um dos Oficiais-Alunos do Curso de Comando e Estado-Maior (CCEM) – cujo currículo também conta com o EAD, o Major Bruno César Guimarães de Oliveira, do efetivo da Comissão de Promoção de Oficiais, considera a modalidade de ensino interessante. “Temos a oportunidade de aplicação imediata das ferramentas e dos conceitos de gestão. A presença nas organizações durante o curso facilita a identificação das

FOTO: CB ANDRE FEITOSA / CECOMSAER

Ensino a Distância na ECEMAR traz benefícios para alunos e administração

necessidades de melhorias, a seleção das ferramentas adequadas e o acompanhamento da implantação”, destaca. Ainda como parte do processo de Reestruturação do ensino na ECEMAR, outras mudanças foram a introdução de novas técnicas, como a Sala de Aula Invertida, e a formação continuada dos instrutores, promovendo evolução no preparo e atuação do corpo docente para atender às demandas das novas técnicas implementadas.

Veja as principais mudanças no ensino da ECEMAR: -Migração de parte do conteúdo curricular presencial para a modalidade EAD; -Redução da carga horária presencial sem alterar o conteúdo curricular; -Introdução de tecnologias adequadas para oferecer suporte à modalidade EAD; -Redução da permanência dos oficiais pertencentes aos Quadros de Engenheiros, Especialistas, Médicos, Dentistas e Farmacêuticos, na ECEMAR. Dessa forma, tem-se economia de recur-

sos com a redução da movimentação desses militares, que também permanecem disponíveis para exercerem suas atividades em suas organizações; -Acréscimos de participação em mais um Jogo de Guerra de Comando Conjunto, o Urano, além do Athena; e -Disponibilização de carga horária presencial que possibilitou a implantação de metodologias ativas no processo de ensino da Escola, tal como a Sala de Aula Invertida.


14

Junho - 2018

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

O que é phishing?

Você já recebeu um e-mail pedindo que dados fossem atualizados em sua conta bancária? Perguntou-se como o banco teria obtido aquele endereço? Duvide: o remetente da mensagem pode não ser exatamente seu banco. O termo “phishing” (refente à palavra inglesa “fishing”, “pescaria”) é uma modalidade de golpe virtual utilizada por cibercriminosos para induzir o internauta a fornecer dados confidenciais, principalmente

senhas bancárias e número de cartão de crédito. É melhor se prevenir para não morder a isca. Tal tipo de ataque pode acontecer através de web sites ou e-mails falsos, que fazem referência a empresas famosas e confiáveis como o SERASA, a Receita Federal ou bancos onde os usuários possuem conta (e confiam). Normalmente, o conteúdo destes sites ou e-mails prometem promoções extravagantes ou solicita ao usuário a atualização dos seus dados bancários. O objetivo do phishing é utilizar os dados coletados para realizar compras pela internet, transferências financeiras e até limpar toda a conta bancária da vítima.

Não seja fisgado! Caso você tenha sido alvo de um phishing, recomenda-se: Para não ser fisgado, a melhor forma de se proteger é: • Não responda nem acesse links ou e-mails que peçam informações pessoais ou financeiras; • Em vez de clicar nos links de e-mails, vá diretamente às páginas digitando o endereço em seu navegador: • Não abra arquivos nem acesse páginas enviadas por desconhecidos; • Mantenha atualizados antivírus, spyware, navegador e atualizações de segurança de seu computador, além de executar verificações em seu sistema regularmente; • Revise suas contas regularmente e verifique atividade não autorizada.

• Usar antivírus atualizado para remover a ameaça; • Se forneceu informações bancarias ou de cartão de crédito, entre em contato imediatamente com seu banco, feche sua conta e abra outra; • Troque senhas de acesso; • Em casos de prejuízos ou quaisquer outros transtornos consideráveis, procurar orientações de autoridades policiais ou judiciais. • Registrar boletim de ocorrência na delegacia de repressão aos crimes cibernéticos. MANTENHA SEUS DADOS EM SEGURANÇA Centro de Computação da Aeronáutica - CCA-BR

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

CENIPA publica estatísticas de incidentes O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) disponibilizou em seu endereço eletrônico (www.cenipa.aer.mil.br) os Sumários Estatísticos atualizados sobre a aviação civil brasileira dos últimos dez anos. A convite do CENIPA, o Professor Claudio Jorge Pinto Alves, PhD em Planejamento/

Operações em Transporte Aéreo pela Ecole Nationale de l’Aviation Civile (Toulouse França / FAPESP), escreveu o prefácio do Sumário Estatístico Aeródromos. “Trabalho há mais de quatro décadas com transporte aéreo, mais especificamente com aeroportos, infraestrutura de suporte e apoio do modal.

http://www2.fab.mil.br/cenipa/index.php/estatisticas

Uma das questões recorrentes nesse período de atividades foi a necessidade de dados para se gerar as informações que subsidiassem políticas e ações em benefício do setor. Diferentemente de outros países onde a coleta de dados faz parte da cultura, aqui no Brasil, particularmente no transporte aéreo, tivemos fontes diferentes gerando anuários, com suas descontinuidades e mudanças de metodologias de coleta e apresentação de resultados que prejudicaram o desenvolvimento de análises confiáveis de médio e longo prazos. Em busca do ótimo, deixamos de ter o bom. Esse cenário vem sendo gradativamente alterado no País e o Sumário Estatístico do CENIPA constitui um bom agregado de dados para usu-

fruto dos profissionais do setor. São dados que podem gerar informações relevantes para auxílio na tomada de decisões e na priorização de ações e políticas que nos levem e nos mantenham com os melhores níveis de segurança na aviação civil. Neste compêndio foram contabilizadas mais de 3,5 mil ocorrências sendo 541 acidentes, 380 incidentes graves, 2.232 incidentes e 348 ocorrências de solo na área de aeródromos brasileiros nesses últimos dez anos (de 2008 a 2017). Não só o meio acadêmico pode se debruçar sobre esse mar de dados, obter informações e elaborar inferências, mas todo profissional que atua no setor da aviação civil pode gerar informações e subsídios

que venham a contribuir para a prevenção de ocorrências e o incremento dos níveis de segurança nas operações de transporte aéreo no Brasil. Quem conhece e estuda o passado tem mais chances de melhor planejar o seu futuro. Incito aos leitores: aproveitemos (habemus data) e mãos à obra para garantirmos um transporte aéreo mais seguro para todos!” Claudio Jorge Pinto Alves PhD em Planejamento/Operações em Transporte Aéreo pela Ecole Nationale de l’Aviation Civile (Toulouse - França / FAPESP).

Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos - CENIPA


FORÇA, BRASIL! TABELA DA COPA 2018 GRUPO B GRUPO C

GRUPO A 14/06, 12H

15/06, 12H

Rússia X A. Saudita

16/06, 7H

Marrocos X Irã

15/06, 9H

19/06, 15H

20/06, 9H

20/06, 12H

21/06, 9H

20/06, 15H

25/06, 11H

21/06, 15H

Argentina X Croácia

21/06, 12H

22/06, 12H

França X Peru

25/06, 15H

Nigéria X Islândia

26/06, 11H

Irã X Portugal

25/06, 11H

Croácia X Nigéria

Dinamarca X Austrália

Irã X Espanha

Uruguai X Rússia

16/06, 16H

Peru X Dinamarca

Portugal X Marrocos

Uruguai X A. Saudita

Argentina X Islândia

16/06, 13H

Portugal X Espanha

Rússia X Egito

16/06, 10H

França X Austrália

15/06, 15H

Egito X Uruguai

GRUPO D

26/06, 15H

Dinamarca X França

25/06, 15H

Nigéria X Argentina

26/06, 11H

26/06, 15H

A. Saudita X Egito

Espanha X Marrocos

Austrália X Peru

Islândia X Croácia

GRUPO E

GRUPO F

GRUPO G

GRUPO H

17/06, 9H

17/06, 12H

Costa Rica X Sérvia

18/06, 12H

Alemanha X México

17/06, 15H

18/06, 9H

BRASIL X Suíça 22/06, 9H

23/06, 12H

22/06, 15H

23/06, 15H

27/06, 15H

27/06, 11H

30/06, 15H 1º do Grupo A 1/07, 11H 1º do Grupo B 1/07, 15H 1º do Grupo D

X

X

OF2

X

OF3

X

OF4

2º do Grupo D

1º do Grupo E 2/07, 15H

2º do Grupo B

1º do Grupo G 3/07, 11H

2º do Grupo A

1º do Grupo F 3/07, 15H

2º do Grupo C

1º do Grupo H

Japão X Polônia 28/06, 11H

28/06, 15H

Senegal X Colômbia

Panamá X Tunísia QUARTAS DE FINAL

2/07, 11H

OF1

28/06, 11H

28/06, 15H

OITAVAS DE FINAL

1º do Grupo C

Polônia X Colômbia

Inglaterra X Bélgica

México X Suécia

30/06, 11H

24/06, 15H

24/06, 9H

27/06, 11H

27/06, 15H

Japão X Senegal

Inglaterra X Panamá

Coreia do Sul X Alemanha

Suíça X Costa Rica

24/06, 12H

23/06, 9H

Bélgica X Tunísia

Alemanha X Suécia

Sérvia X BRASIL

19/06, 12H

Polônia X Senegal

Tunísia X Inglaterra

Coreia do Sul X México

Sérvia X Suíça

Colômbia X Japão

18/06, 15H

Suécia X Coreia do Sul

BRASIL X Costa Rica

19/06, 9H

Bélgica X Panamá

SEMIFINAIS 10/07, 15H

6/07, 11H

X

OF5

X

OF6

X

OF7

X

OF8

2º do Grupo F

Venc. OF1 6/07, 15H

2º do Grupo H

Venc. OF5 7/07, 11H

2º do Grupo E

Venc. OF7 7/07, 15H

2º do Grupo G

Venc. OF3

X

QF1

Venc. OF2

Venc. QF1 11/07, 15H

X

QF2

Venc. OF6

Venc. QF3

X

X

QF4

Venc. OF8

Perd. SF1

15/07, 12H Venc. OF4

X

SF2

Venc. QF2

Venc. QF4

DECISÃO DO 3º LUGAR 14/07, 11H

QF3

X

SF1

Venc. SF1

X

Perd. SF2

FINAL

X

Venc. SF2



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