NOTAER - Maio 2010

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Noticiário da Aeronáutica Ano XXXIII - nº 8 - 31 maio 2010

79 anos de voo a serviço do Brasil C

avaleiros no rumo do interior e ao norte. As asas de aço permitiram que eles decolassem e pousassem. Uma história que completa em 2010 nada menos do que 79 anos em meio a áreas inóspitas e com um permanente espírito patriótico. Afinal, quando chega um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) próximo a uma aldeia, os militares levam primordial apoio de saúde (o que já significa muito numa região que a unidade para contar distância é “dias de viagem de barco”). O avião transforma a distância em poucas horas e por vezes isso faz a dife-

rença entre a vida e a morte. Além de saúde, os militares representam a nação brasileira em lugares afastados desse país continental. As missões do Correio Aéreo Nacional (CAN) atendem atualmente 52 municípios na região Amazônica. No total são oito linhas, cinco delas no Amazonas, uma no Acre, uma em Rondônia e uma no Estado de Roraima . De 2004 até o mês de janeiro deste ano, foi contabilizado um total de 71.512 atendimentos a pacientes nessas localidades. Somente no ano de 2005, foram mais de 26 mil atendimentos.


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Instituto Tecnológico de Aeronáutica completa 60 anos

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Selo - Produzido pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), o selo comemorativo à data mostra a bandeira nacional tremulando ao vento, sobreposta pela moldura do mapa do Brasil preenchido pelas flores de ipê amarelo – árvore-

Sgt Johnson / CECOMSAER

Instituição de ensino da Aeronáutica está entre as melhores do país

ITA

In s t i t u t o Te c n o l ó g i c o d e Aeronáutica (ITA), instituição vinculada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), completou neste ano (21/5) 60 anos de atividades. A data foi escolhida por lembrar a chegada dos primeiros alunos a São José dos Campos, em 1950. Eles vieram da Escola Técnica do Exército, atual Instituto Militar de Engenharia (IME), com sede no Rio de Janeiro, onde, desde 1947, eram ministrados os cursos de engenharia. Entre as atividades que marcaram a data, aconteceu o reencontro de alguns reitores e iteanos das turmas 1950 a 1955 que, após assistirem a uma apresentação institucional feita pelo Reitor do ITA, Tenente-Bridageiro-do-Ar Reginaldo dos Santos, seguiram em visita aos laboratórios de Guerra Eletrônica, de Automação de Montagem Estrutural de Aeronaves, de Combustão, Propulsão e Energia e ao Centro de Competência em Manufatura.

símbolo nacional; e a logomarca da comemoração dos 60 Anos do ITA. Representando o Diretor Regional dos Correios de São Paulo-Interior, Noemy Márcia Monteiro Gomes, coordenadora de atendimento em São José dos Campos (SP), salientou que “carimbos e selos postais comemorativos são marcas que registram e documentam a história através da filatelia, fixando acontecimentos relevantes através do tempo, tornando-se um veículo difusor de imagens, mensagens e marcas representativas”.

Livro - O iteano Décio Fischetti (Turma 60, Aerovias), coordenou a edição do livro “60 anos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica”. Um exemplar foi entregue ao Major-Brigadeiro-do-Ar Alvani Adão da Silva, Vice-Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). No evento também foram homenageados os funcionários com mais de 35 anos de serviços prestados ao ITA (homens) e mais de 30 (mulheres), indicados pela chefia e aprovados pelo Conselho da Reitoria.

NOTAER é uma publicação quinzenal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER). Está autorizada a transcrição parcial ou integral dos artigos publicados, com o devido crédito e remessa de um exemplar da publicação. Os textos foram produzidos pelas respectivas unidades e/ou pela equipe de jornalismo do CECOMSAER ISSN 1518-8558. Tiragem: 6.000 exemplares Chefe Interino do Cecomsaer: Cel Av Marcelo Kanitz Damasceno Chefe da Divisão de Produção e Divulgação: Ten Cel Av Marcelo Luis Freire Cardoso Tosta Edição: 1º Ten QCOA CSO Luiz Claudio Ferreira, 1º Ten QCOA JOR Alessandro Paulo da Silva, 2º Ten QCOA JOR Flávia Sidônia Camargos Pereira e 2º Ten QCOA JOR Flávio Hisakasu Nishimori Jornalista Responsável: 1º Ten QCOA CSO Luiz Claudio Ferreira

Revisão: 1º Ten QCOA JOR Alessandro Paulo da Silva Arte Gráfica e Diagramação: 3S SDE Renato de Oliveira Pereira e 3S SAD Jéssica de Melo Pereira Internet: www.fab.mil.br - E-mail: redacao@fab.mil.br. Endereço: Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar - 70045-900 Brasília-DF - Telefone: (61) 3966-9665 - FAX: (61) 3966-9755.

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Fotos: Sd Sérgio / CECOMSAER

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Helicóptero H-60 Blackhawk da FAB

Aviação de Asas Rotativas simula missões de combate real na Base Aérea de Santa Cruz

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m uma guerra, um grupo de militares recebe várias missões. Entre elas, acertar um alvo a uma longa distância durante um voo, identificar aeronaves inimigas e resgatar um militar ferido em território hostil. Esses foram alguns des af ios enf rent ados p or s ete esquadrões e mais de 230 militares que participaram do Torneio da Aviação de Asas rotativas (TAAR).

Sargento Pollyana é a primeira mulher a atirar com uma metralhadora Minigun

O evento foi realizado durante a Reunião da Aviação de Asas Rotativas (RAAR), na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro. Promovido entre os dias 9 e 16 de maio, o TAAR contou com disputas aéreas e terrestres que simulavam missões reais para avaliar a operacionalidade das unidades aéreas e o emprego coordenado de seus integrantes. A competição foi vencida pelo 7º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação (Esquadrão Harpia). Os participantes enfrentaram trajetos novos e percursos cheio de surpresas no cumprimento das provas. Como a BASC não abriga esquadrão de helicópteros, a unidade era um terreno desconhecido para a maioria dos competidores. “Para Santa Cruz é uma prova de como apoiar este tipo de aviação e para nós também porque não conhecemos a base, a região onde vamos voar e nem o stand onde faremos o emprego do armamento. Mais que uma preparação para missões reais, o torneio é uma prova, é o exame”, ressaltou o Comandante da II Força Aérea, Brigadeiro-do-Ar Luís Antônio Pinto Machado. “A Reunião é um marco para a Base Aérea de Santa Cruz. Temos ASAS QUE PROTEGEM O PAÍS

Esquadrão Harpia foi o mais eficiente e venceu a competição de asas rotativas

uma satisfação muito grande de estar servindo de cenário para esse exercício”, destaca o Comandante da BASC, Coronel Aviador Paulo Roberto Moreira de Oliveira. No cumprimento das missões, a integração, o espírito de corpo e atuação conjunta entre os integrantes dos esquadrões foram decisivos. A reunião também foi o palco de um momento histórico para a Força Aérea Brasileira. Pela primeira vez, uma mulher atirou com uma metralhadora minigun. A Terceiro Sargento Pollyana Soares de Aredes, 27, é integrante do Esquadrão Harpia e disparou o armamento durante um voo de Black Hawk. “Espero que outras mulheres, que também desejam ser artilheiras, vejam em mim um exemplo”, ressaltou.


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Correio Aéreo Nacional compl

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m malote com duas cartas deveria ser entregue à sede dos Correios e Telegráfos em São Paulo. Essa era a missão dos Tenentes Nelson Freire Lavénère Wanderley e Casemiro Montenegro Filho. Para cumpri-la, decolaram em 12 de junho de 1931 do Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, a bordo do biplano Curtiss Fledgling K-263 com destino ao Campo de Marte, na capital paulista. Como não conseguiram localizar o aeródromo, pousaram no Jockey Clube Paulista da Mooca e completaram a tarefa a pé. Há exatos 79 anos, estavam lançadas assim as sementes do início das atividades do Correio Aéreo Militar (CAM- que em 1941 teria sua denominação mudada para CAN - Correio Aéreo Nacional), um dos mais importantes serviços presta-

dos pela Força Aérea Brasileira (FAB). Sob suas asas, o CAN iria muito além do que se previa. Passou a proporcionar a integração do país levando desenvolvimento e solidariedade às mais inóspitas regiões do Brasil. A partir do voo inaugural, foram estabelecidas ao longo dos anos várias novas rotas, inclusive internacionais. Entre os anos de 1931 e 1936, já funcionava, três vezes por semana, a linha Rio-São Paulo. Em 1941, com a criação do Ministério da Aeronáutica, houve a fusão dos Correios Aéreos Militar e Naval dando origem ao Correio Aéreo Nacional (CAN). “O Correio Aéreo encarna o espírito de destemor e abnegação, marcas nítidas desde o seu primeiro voo”, afirma o Coronel-Aviador reformado Manuel Cambeses Júnior, vice-diretor

Sgt Johnson / CECOMSAER

O CAN realizou as mais variadas atividades incluindo desde transporte de correspondências e passageiros até ajudas humanitárias nas regiões mais inóspitas do país

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do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (Incaer). No ano de 1951, foi criado o Comando de Transporte Aéreo (COMTA), que passou a coordenar, dirigir e desenvolver as atividades do CAN. Em março de 1993, as atividades do Correio Aéreo Nacional passaram a ser subordinadas à Quinta Força Aérea (VFAE). As atividades do CAN foram as mais variadas possíveis. De transporte de correspondências, carga, equipamentos e passageiros em todo o território nacional a verdadeiras ajudas humanitárias, que incluem atendimentos médico e odontológico. Quem fez parte dessa verdadeira saga iniciada na década de 30 não se esquece jamais das missões. “Nós transportávamos carga e pessoas, in-


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leta 79 anos integrando o País clusive muitos índios. Lembro-me de que uma vez fizemos uma missão na qual tivemos de trasladar um índio com uma flecha cravada no peito, pois se a retirassem ele corria o risco de morrer”, relembra o Coronel Hugo Duarte Nunes, que serviu por 11 anos nas linhas do CAN, na década de 80. “Era muito grande a emoção de participar das linhas do CAN. Você via o olhar de gratidão das pessoas que eram atendidas pelas rotas aéreas, principalmente das regiões mais distantes da Amazônia. Só de virem a aeronave da FAB era uma grande felicidade, pois eles sabiam que a bordo estava o que eles necessitavam, como os médicos, por exemplo”, recorda-se o Coronel Aloysio Accioly de Senna, que era escalado como tripulante extra nas Linhas do CAN no final da década de 1940.

A abnegação dos militares, tanto daqueles que iam para as missões quanto dos que permaneciam em terra, foi fundamental para a consolidação do CAN. O Primeiro Sargento Jaime Macedo, data de praça de 2 de julho de 1965, serviu como chefe da equipe do terminal de carga do CAN, na Base Aérea do Galeão, entre os anos de 1983 e 1987. “Trabalhávamos em três equipes, que se revezavam 24 horas por dia. Foram muitos acionamentos na madrugada para que carregássemos os aviões para as missões. Mas foi muito bom ter trabalhado no CAN, pois isso me despertou um sentido de brasilidade diferente, aguçando-me a compreender melhor o Brasil”, ressalta o militar. Ele lembra que a função da equipe era preparar os pallets de alimentos, material de aviação, entre outros, para o embarque nas aeronaves C-130 Hércules, C-115 Búfalo e C-95 Bandeirante com destino a todas as regiões

do país. “Em situações de calamidade pública, como enchentes, agíamos em conjunto com a Cruz Vermelha. A entidade trazia os mantimentos e roupas e os militares do terminal embalavam essa carga a fim de ser distribuída nas localidades atingidas”, explica. “Uma das imagens que me marcou muito foi a tragédia ocorrida em Goiás, no acidente com o Césio 137. As vítimas fatais foram trasladadas pela FAB em urnas de cimento. Aquela visão me deixou bastante abalado”, relembra. Atualmente, o Centro do Correio Aéreo nacional (CECAN) é o órgão central do Sistema do Correio Aéreo Nacional (SISCAN). A instituição gerencia 24 postos do CAN e 19 Elementos CAN (nas localidades onde não há postos) espalhados pelo território brasileiro, sendo o responsável pela coordenação, controle e assessoramento técnico e normativo de toda estrutura de recursos materiais e humanos componentes do sistema.

As missões do CAN atendem atualmente 52 municípios na região amazônica

ASAS QUE PROTEGEM O PAÍS


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Médicos da FAB atendem 3,3 mil pessoas em MG

Os módulos de unidade celular de saúde estavam equipados para realizar exames como ultrassonografia e eletrocardiograma

Fotos: CIAAR

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édicos da Aeronáutica atenderam em maio (entre 10 e 14/5), um total de 3.385 pessoas nos 17 módulos da unidade celular de saúde instalados em Belo Horizonte (MG). Foram prescritas no período 25.950 unidades de medicamentos. Em cinco dias de atividades, estiveram à disposição da população profissionais de diversas especialidades como clinica médica, odontologia, oftalmologia, dermatologia, neurologia, ortopedia, cardiologia e ginecologia. Houve ainda exames de ultrassonografia, ecocardiograma e eletrocardiograma. Realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, a instalação da unidade celular de saúde fez parte do treinamento em saúde operacional dos médicos, dentistas e farmacêuticos, aprovados em concurso público, que realizam o Curso de Adaptação Militar no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR). Para Rodrigo Badaró, ortopedista, o trabalho em Belo Horizonte foi uma experiência única. ”Os pacientes saíram daqui admirados com o atendimento e este sentimento de gratidão dos pacientes nos deixa feliz. Estamos encerrando com a sensação de dever cumprido”, ressalta.

Após atendimento pacientes receberam encaminhamento para continuar tratamento na rede municipal de saúde de Belo Horizonte

Maria do Carmo Alves, 53, após se consultar com o endocrinologista foi encaminhada para a emergência com a glicemia alta. Recebeu a medicação no local e foi liberada. Emocionada, disse que o atendimento foi muito especial. “Não esperava que um dia fosse me consultar em barracas e por médicos tão educados e atenciosos. E ainda vou poder voltar para casa com a saúde em dia”, completa. As consultas e exames realizados na unidade celular de saúde foram pré-agendados pelos centros de saúde da capital. Após o atendimento, os pacientes receberam encaminhamento para continuarem seus tratamentos na rede municipal de saúde. O VicePrefeito da capital, Roberto Carvalho, em visita às instalações, ficou surpreso com o que viu. “A estrutura do hospital me impressionou. Nos faz sentir orgulho do trabalho da Aeronáutica”. Para o C omandante do CIAAR, Brigadeiro-do-Ar José Geraldo Ferreira Malta, a parceria com a Secretaria de Saúde tornou possível aliar treinamento militar e atendimento à população. “Preparar a nova geração de profissionais de saúde da FAB para o exerNOTAER nº 08 - 31 maio 2010

cício da medicina operacional e ainda ajudar a população belo-horizontina é muito gratificante”, declarou o MajorMédico Alexandre Teixeira.

Em cinco dias de atividades, a população teve a disposição várias especialidades e pode fazer até mesmo tratamento odontológico


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Esquadrões de Patrulha celebram data histórica

Militares de unidades de Patrulha foram homenageados no evento

Fotos: Sd Silva Lopes / CECOMSAER

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obrevoo de aeronaves P-95 Bandeirulha e homenagens à bravura e dedicação de militares do passado e do presente marcaram a solenidade de comemoração do Dia da Aviação de Patrulha, em 22 de maio, na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro. Estavam presentes representantes dos quatro esquadrões de patrulha da Força Aérea Brasileira (FAB) e “patrulheiros” da reserva. Na solenidade foram lembrados momentos que marcaram a história da Aviação de Patrulha. Entre eles, o dia 22 de maio de 1942, quando dois capitãesaviadores, partindo de Recife (PE), localizaram e atacaram um submarino

Aeronaves P-95 Bandeirulha em voo de formatura no Rio de Janeiro

que rondava a costa brasileira. Nazistas já haviam afundado embarcações brasileiras e causado várias mortes. Pela bravura com que os militares conduziram o combate, a data tornou-se o Dia da Aviação de Patrulha. “A esses homens e mulheres de honra, de ontem e de sempre, que voam ou voaram pelos rincões oceânicos diuturnamente, garantindo a vigilância e segurança de nossos mares, outorgamos a memorável denominação de

‘Patrulheiros’”, afirmou o ComandanteGeral de Operações Aéreas da FAB, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Gilberto Antonio Saboia Burnier, na Ordem do Dia da Aviação de Patrulha. “Foi um dia à altura da Aviação de Patrulha, que está em franco progresso”, destacou o Comandante da Segunda Força Aérea, Brigadeirodo-Ar Luís Antônio Pinto Machado, lembrando que o batismo de fogo da FAB veio com a Patrulha.

Reunião da Aviação de Patrulha é realizada no Rio de Janeiro

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erca de 150 militares participaram da XXVII Reunião da Aviação de Patrulha (RAP), entre os dias 23 e 28 de maio, na Base Aérea de Santa Cruz. O evento teve como objetivo integrar os patrulheiros e promover a troca de informações, diante da chegada das aeronaves P-3AM. “O P-3 é o principal objetivo da reunião. Ele trará uma mudança muito grande para doutrina de emprego da Aviação de Patrulha. A reunião de todos os patrulheiros é importante porque a soma de suas experiências poderá trazer soluções para o emprego da aeronave. Expressiva parcela desse encontro é voltada para que todos conheçam essa aeronave”, ressaltou o Coman-

dante da Segunda Força Aérea (II FAE), Brigadeiro-do-Ar Luís Antônio Pinto Machado. Na programação da RAP foram incluídas palestras, debates e painéis, enfocando o início das operações do P-3AM, que será encaminhado para o 1º Esquadrão do 7º Grupo de Aviação (Esquadrão Orungan), de Salvador (BA). A previsão é que a aeronave chegue à unidade até o final deste ano. O avião de patrulha P-3 é empregado em operações militares de diversos países. A aeronave foi utilizada em missões de vigilância e investigação no Afeganistão, Filipinas, Golfo Pérsico, Kosovo, Bósnia, Iraque, Somália e Ruanda. Mais de 15 países operam o P-3 em todo o mundo. Na América Latina, apenas Brasil, Chile ASAS QUE PROTEGEM O PAÍS

Palestras sobre a nova aeronave P-3 foram o ponto alto da reunião da Patrulha

e Argentina possuem esse tipo de avião. No entanto, a modernização da aeronave brasileira a colocou em um patamar de destaque no cenário internacional.


II FAE

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O evento contou com representantes das 11 unidades subordinadas a Segunda Força Aérea (II FAE)

Exercício simulado treina operações de patrulha, busca e resgate no Rio de Janeiro s aviações de Patrulha, de Asas Rotativas e de Busca e Resgate reuniram-se (entre 16 e 22/5) na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro, para a décima primeira edição da Força Aérea em Exercício (FAEX XI). O exercício contou com representantes das 11 unidades subordinadas à Segunda Força Aérea (II FAE), incluindo tropas de Forças Especiais. O objetivo é treinar o preparo e o emprego de forma integrada. Participaram diretamente da FAEX XI cerca de 400 militares e dez aeronaves, entre asas fixas e asas rotativas, dos modelos P-95A, P-95B, H-1H, H-34, H-60, SC-105. A FAEX XI foi dividida em duas etapas. Na primeira, ocorreram as missões chamadas de Programa de Instrução e Manutenção Operacional (PIMO) e, na segunda, as missões num contexto de conflito simulado. Dois países estão em estado de beligerância e contestam a linha de

fronteira na região de Santa Cruz. Neste contexto, entra em cena a integração das diferentes unidades para uma mesma missão. “O grande desafio é fazer o uso coordenado desses meios, no sentido de utilizá-las cumprindo uma mesma missão, um único objetivo. O termo “Pacote de Forças” é utilizado porque são utilizados diversos meios aéreos de origens, tarefas e missões diferentes,

Sgt Johnson / CECOMSAER

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para serem aplicados para uma mesma missão. Nas missões de resgate, o helicóptero deverá ser protegido por uma série de meios, como escolta, aviões de controle e alarme em voo e reconhecimento eletrônico, esse emprego requer um planejamento bastante detalhado e complexo”, explicou o Comandante da Segunda Força Aérea (II FAE), Brigadeiro-doAr Luis Antonio Pinto Machado.

Participaram dos treinamentos dez aeronaves, entre asas fixas e rotativas, além de 400 militares

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