TRANSPORTE
FAB arrecada e transporta donativos para atingidos pela enchente no RS (Págs. 4 e 5)
FAB arrecada e transporta donativos para atingidos pela enchente no RS (Págs. 4 e 5)
FAB instala dois Hospitais de Campanha pela primeira vez (Pág. 11)
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), atua na Operação Taquari 2, com mais de 25 aeronaves empregadas, mais de 4 mil militares envolvidos, mais de 90 evacuações aeromédicas, mais de 15.000 toneladas de donativos arrecadados, dois Hospitais de Campanha instalados, entre outras ações para ajuda e resgate aos atingidos pelas enchen -
tes no Rio Grande do Sul. A solidariedade do povo brasileiro não tem limites e comove. Todos os dias, as Bases Aéreas de Brasília, São Paulo e Galeão recebem toneladas de doações, demonstrando o empenho e a devoção com o próximo a quem nos unimos em uma corrente de ajuda. Voluntários e militares da Força Aérea trabalham sem cessar na separação, identificação e no transporte dos donativos.
Nesta edição, você vai conferir diversas ações da nossa Força Aérea nesta missão humanitária. Essa é a Força Aérea Brasileira: onde o Brasil precisar!
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Brigadeiro do Ar Daniel Cavalcanti de Mendonça Chefe do CECOMSAER
A publicação no Instagram da FAB, sobre a atuação da FAB em apoio ao Rio Grande do Sul, foi o destaque nas mídias sociais.
O post obteve mais de 1 milhão de visualizações, 38,8 mil curtidas e 6,2 mil comentários.
A FAB divulga em suas mídias sociais produtos elaborados pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) e pelos elos do Sistema de Comunicação Social da Aeronáutica.
O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) voltado ao público interno.
Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Daniel Cavalcanti de Mendonça
Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Fabiano Pinheiro da Rosa
Chefe da Divisão de Comunicação Integrada:
Tenente-Coronel Aviador Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis
Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação:
Tenente-Coronel Aviador Michelson Abrahão Assis
Chefe da Subseção de Produção: Capitão Jornalista Emília Maria
Editora-Chefe:
Tenente Relações Públicas Marize Torres (MTB/BA 1904)
Editores:
Tenente Jornalista Myrea Calazans
Tenente Jornalista Susanna Scarlet
Colaboradores: Textos enviados ao CECOMSAER via SISCOMSAE
Revisão Ortográfica e Gramatical: Tenente QOEA Alex Alvarez Filho
Diagramação: Sargento TIN Fabiana Gomes
Capa e Artes:
Tenente PUP G. Dias
Tenente PUP Calazans
Tenente PUP Jefferson Sargento TDE Cursino
Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte.
Endereço: Esplanada dos Ministérios Bloco “M” 7º andar CEP: 70045-900 Brasília/DF
Este é o tempo em que estamos sentindo ainda mais orgulho do País. A Operação Taquari 2, que está salvando diversas vidas no Rio Grande do Sul, e a Campanha Todos Unidos pelo Sul, que mobiliza instituições e vários setores da sociedade civil na ajuda humanitária para as vítimas das enchentes, têm revelado o grandioso espírito solidário do povo brasileiro. Como já é notável em muitas missões, nossa alma patriota segue perseverante, amparando todos os que necessitam. Graças aos nossos
militares, que trabalham incessantemente, a nossa Força chega onde o Brasil precisar.
Deixo aqui registrado o meu mais sincero reconhecimento a todo o efetivo da Força Aérea Brasileira, que marcha com êxito nessa nobre missão. São homens e mulheres que atuam na arrecadação e distribuição de donativos, na segurança e na defesa dentro das Bases, no serviço de manutenção das aeronaves, em funções diversas nos esquadrões, nas missões de busca e salvamento, nos ressuprimentos aéreos,
nos Hospitais de Campanha, entre outras atribuições.
Ademais, expresso minha admiração e apreço a cada doação oriunda da generosidade de nossos cidadãos. São toneladas de donativos doados, graças à compaixão de muitos anônimos e da energia de união que magnetiza o nosso País. Com rapidez, essência de toda guerra, os donativos estão chegando ao Sul via modais aéreos, ferroviários, marítimos e terrestres.
A resiliência dos gaúchos também nos ensina a atra -
vessar esse momento com sabedoria, fibra e garra. O desafio que eles enfrentam hoje adverte para o mundo inteiro um olhar sobre o planeta com mais consciência.
Ainda há muito trabalho pela frente e, indubitavelmente, a nossa missão de integração e o sentimento patriótico do povo brasileiro ajudarão a atravessar essa fase de forma exitosa, fazendo da nossa Nação um exemplo para as demais.
Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno Comandante da Aeronáutica
Ten REP Wanessa Liz
Ten JOR Mônica Lopes
Ten JOR Susanna Scarlet
Muitos destroços; pessoas em cima de telhados; algumas desalojadas; outras que passaram a viver em abrigos públicos; e famílias que perderam tudo em decorrência da tragédia já considerada a maior vivida pelo Rio Grande do Sul. Esse é o cenário que mais de 1 milhão de afetados, segundo a Defesa Civil, têm vivido após a forte enchente que assolou diversas regiões do sul do país, no mês de maio.
Em apoio às vítimas dessa catástrofe, a Força Aérea Brasileira (FAB) deu início a uma campanha de coleta de donativos, como roupas, colchonetes, água potável e gêneros alimentícios não-perecíveis. A distribuição das doações às cidades afetadas aconteceu por meio da coordenação do Comando Conjunto Ativado para a
juntos em prol de um bem maior: prestar o apoio necessário ao Rio Grande do Sul. Em parceria com a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, por exemplo, a FAB realizou uma ação intitulada “voo humanitário”, logo após a abertura da Base Aérea de Canoas (BACO) para operações de voos comerciais. Em torno de 3,5 toneladas, entre fardos de água, cobertores, absorventes, fraldas e soro fisiológico foram enviados à BACO em apoio às vítimas da enchente no RS.
um impacto significativo na vida das pessoas em Canoas. Estamos emocionados por fazer parte desta corrente de solidariedade que mobilizou todo o país. Essa é apenas uma parte das ações que estamos empreendendo em resposta a este momento”, destacou.
Operação Taquari 2, que teve como principal objetivo coordenar esforços de busca, salvamento e segurança no estado.
As diversas Organizações Militares do País exerceram um papel fundamental na Campanha. Organizadas, mobilizadas e engajadas, elas somaram esforços na histórica ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul. Algumas delas também foram utilizadas como centros de distribuição das doações, como foi o caso das Bases Aéreas de Brasília (BABR), Galeão (BAGL), São Paulo (BASP), Anápolis (BAAN) e Florianópolis (BAFL).
A Campanha mobilizou os cinco cantos do país e contou com a participação da sociedade civil, Forças Armadas, empresários e empresas privadas, todos
O Diretor Institucional da Azul, Fábio Campos, que atuou como piloto do “voo humanitário”, pontuou sobre a relevância da iniciativa.
“Cada pacote entregue hoje carrega uma história e tem
Centenas de toneladas de alimentos, água, roupas e medicamentos estão sendo distribuídos a partir da Base Aérea de Canoas (BACO). Para que a logística de entrega das doações funcione de forma eficiente e chegue aos abrigos e às pessoas que
foram atingidas pelas enchentes, a FAB é responsável por trazer, via aérea, todo o material doado.
E da BACO, considerada uma Central de Distribuição, a Defesa Civil e o Sistema Único de Saúde (SUS),
por meio da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, realizam a separação das doações. Posteriormente, o envio dos donativos para os abrigos é realizado pelas Forças Armadas e Forças auxiliares.
A BACO está onde o Brasil precisa e agindo da forma que o Brasil precisa. Acredito que isso resume tudo o que está acontecendo, para que a gente possa, principalmente, ajudar àqueles que precisam Tenente-Coronel Aviador
Thiago Romanelli Comandante da BACO
Cap JOR Emília Maria
Ten JOR Eniele Santos
Ten JOR Gabrielle Varela
A ajuda que percorre ar, terra e mar. É assim que os donativos arrecadados na Base Aérea de Brasília (BABR), por meio da campanha “Todos Unidos pelo Sul”, estão sendo transportados para o Rio Grande do Sul em apoio às vítimas das enchentes no estado.
A iniciativa, que mobilizou milhões de pessoas de norte a sul e de leste a oeste do Brasil, seguiu para o RS por quatro modais disponíveis: rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo. Vale ressaltar que, devido à especificidade de cada meio, eles chegam em momentos diferentes nos centros de distrubui -
ção de donativos à população atingida.
O Coordenador de Logística da Campanha, Major-Brigadeiro Intendente Gilson Alves Almeida Junior, explicou como está funcionando esse fluxo de escoamento dos hangares e transporte das doações:
"A nossa concepção logística está denominada como LOG 2-3-7, uma ideia criada pelo nosso Comandante, na qual 2 significa que nós temos duas horas para levar pelo modal aéreo a necessidade mais emergencial, que chegue o mais rápido possível à nossa população gaúcha. O 3 significa que são três dias com foco em um modal terrestre, então
já é uma velocidade menor, mas também estamos atendendo e dando fluidez à nossa logística. E o 7, que são sete dias num último modal que a gente usa, um ferroviário, um marítimo e terrestre. Essas são as formas que vão atender a nossa população no sul dentro do planejamento e da velocidade do fluxo logístico para acontecer da melhor forma possível".
MODAL AÉREO
O transporte aéreo dos
donativos é feito por meio de aeronaves da FAB, de companhias aéreas e de organizações voluntárias. Saindo da Base Aérea de Brasília, por exemplo, o voo até Canoas (RS) tem duração de aproximadamente duas horas e meia. Lá, todo o carregamento de donativos é retirado das aeronaves e levado para o centro de distribuição local.
Além disso, devido às condições terrestres das vias que ligam as regiões
gaúchas, algumas cidades ficaram ilhadas e a única forma de levar mantimentos às famílias que lá residiam foi por via aérea. E, assim, a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Exército Brasileiro (EB) passaram a atuar em conjunto nos lançamentos de carga: FAB com suas aeronaves C-105 Amazonas e KC390 Millennium e EB no preparo das cargas para lançamento.
MULTIMODAL: RODOVIÁRIO, FERROVIÁRIO E MARÍTIMO
Neste transporte multimodal, que envolve os meios rodoviário, ferroviário e marítimo, caminhões bitrem são carregados na Base Aérea de Brasília (BABR) e levados ao Porto Seco Centro-Oeste, em Anápolis (GO), onde os contêineres, com mantimentos e itens de vestuário, são acomodados em trens e seguem pela ferrovia até Sumaré (SP), onde são reacomodados em caminhões que percorrem a rodovia até o Porto de Santos.
Em uma das ações realizadas com empresários, destaca-se a do caminhoneiro Marcos Antônio Dias. “Já participei de calamidades como a que está acontecendo aqui no Rio Grande do Sul, e eu e minha família nos sensibilizamos com a dor das pessoas daqui. Foi então que resolvi fazer mais:
reuni amigos de profissão, fui até a Base Aérea de Brasília, carregamos nossas carretas com doações e pegamos quatro dias de estrada até chegar aqui e entregar todas essas toneladas a quem precisa”, disse emocionado ao entrar na BACO no primeiro translado, via rodoviário, realizado por caminhões e carretas de empresários em conjunto com o Exército Brasileiro e a FAB. Em complemento, o Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística ( SINDICARGA ), Filipe da Costa Coelho, ainda comentou sobre a importância da integração entre as empresas de transporte e as Forças Armadas. “Estamos todos mobilizados porque sabemos que o grande desafio é fazer com que os donativos cheguem a quem precise. A modalidade rodoviária está enfrentando o desafio de conseguir transitar com as carretas diante dos alagamentos. O mesmo acontece com o aeroporto, dificultando a chegada por meio aéreo”, pontuou o empresário. Empresas como a MRS Logística, a Maersk e os Correios também participaram ativamente, por meio de contêineres, do transporte para Canoas (RS) de parte dos donativos arrecadados pela Campanha “Todos Unidos pelo Sul”.
Ten JOR Myrea Calazans
Ações de resgates de pessoas ilhadas, transporte de toneladas de donativos arrecadados pela Campanha “Todos Unidos pelo Sul”, módulos para as estruturas dos Hospitais de Campanha das três Forças e muitas outras atividades. Foi assim, atuando em diversas frentes, que as 26 aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) atingiram a marca de mais de 2.000 horas de voo empregadas em apoio às vítimas das enchen-
tes no Rio Grande do Sul.
Com doutrinas específicas e perfis distintos, mas atuando de forma coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), os vetores empregados no contexto da Operação Taquari 2 têm sido indispensáveis na ajuda humanitária ao RS. Desde o dia 30/04, têm sido cumpridas missões a partir das Bases Aéreas de Santa Maria (BASM), de Canoas (BACO) e de Florianópolis (BAFL).
Atuando na Operação, as aeronaves C-98 Caravan são operadas pelo Segundo Esquadrão de Transporte
Aéreo (2º ETA) - Esquadrão Pastor, pelo Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA) - Esquadrão Guará e pela Base Aérea de Santa Maria (BASM). Os vetores têm realizado, principalmente, o transporte logístico de donativos e militares em vários voos no mesmo dia. Como também é o caso dos aviões C-97 Brasília, operados pelo Quinto Esquadrão de Transporte Aéreo (5º ETA) - Esquadrão Pégaso e pelo 6º ETA; e dos C-95 Bandeirante, operados pelo Terceiro Esquadrão de Transporte Aéreo (3º ETA) - Esquadrão Pioneiro e também pelos 2º ETA, 5º ETA e 6º ETA.
Os helicópteros H-60L Black Hawk são operados
A marca atingida representa a pronta-resposta da FAB, em especial de suas Unidades Aéreas, para atender às necessidades da sociedade nas enchentes do Rio Grande do Sul. Porém, mais importante que as horas voadas são as vidas dos brasileiros salvas nos resgates, nos transporte de donativos, nas evacuações aeromédicas, enfim, em todas as ações da FAB em prol da população atingida
Brigadeiro do Ar Alessandro Cramer Chefe do Centro Conjunto de Operações Aeroespaciais do COMAE
pelo Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) - Esquadrão Pelicano e pelo Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5°/8° GAV) - Esquadrão Pantera. Outros vetores de asas rotativas são os H-36 Caracal, operados pelo Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3°/8° GAV) - Esquadrão Puma e pelo Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1°/8° GAV) - Esquadrão Falcão. São aeronaves multimissão, dotadas de sistemas avançados de navegação, comunicação e proteção, sendo capazes de operar em ambientes desafiadores. Na Operação Taquari 2, em apoio ao RS, os vetores atuaram, principalmente, na infiltração e exfiltração de militares, evacuações aeromédicas e resgates das vítimas da enchente.
As aeronaves C-105 Amazonas, operadas pelo Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1°/9° GAV) - Esquadrão Arara - e pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1°/15° GAV) – Esquadrão Onça - têm sido usadas para promover operações de ressuprimento aéreo como entrega de alimentos, remédios e outros elementos essenciais. Além disso, também têm sido usadas em outras operações, como o transporte de equipamentos médicos e, ainda, missões de UTI Aérea.
Os vetores KC-390 Millennium, operados pelo Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) - Esquadrão Gordo - e pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) - Esquadrão Zeus, também re-
alizam lançamentos de cargas - os chamados ressuprimentos aéreos. Na ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul, esse tipo de missão foi realizada, principalmente em áreas que ficaram isoladas devido à enchente, na qual tornou inacessíveis diversas vias terrestres.
“Mais uma vez ratificamos a importância do KC-390 Millennium, especialmente em uma Operação como essa. Estamos voando 24 horas por dia, o avião não para, só as tripulações que trocam. Então, para nós, é uma satisfação muito grande poder participar e estar lutando em parceria com a sociedade para ajudar o nosso país”, pontuou um dos integrantes do Esquadrão Gordo, Capitão Aviador Edgar Augusto Peres.
Além disso, as aeronaves ainda têm realizado o transporte logístico de materiais, como toneladas de donativos. Fazem parte, ainda, os aviões KC-30, operados pelo Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2° GT) - Esquadrão Corsário; e a aeronave SC-105 Amazonas, operada pelo Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2°/10° GAV) - Esquadrão Pelicano.
Em complemento, o vetor A-1M, operado pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1°/10° GAV)Esquadrão Poker, realizou mapeamento de estruturas em risco no RS e a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) RQ-900, operada pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV) - Esquadrão Hórus, apoiou nos resgates às vítimas das chuvas no RS.
A importância de executarmos esse voo com Óculos de Visão Noturna se deu porque realizamos um voo baixo em que o piloto tinha que ter total contato visual com o solo para poder desviar de obstáculos. Então, o NVG permitiu executar essa missão com total visualização do terreno. Além disso, pelos pontos de pouso serem descampados e sem energia, o NVG permitiu uma boa visualização do local para efetuarmos um pouso seguro
Tenente-Coronel Aviador Kleison Roni Reolon Comandante do Esquadrão Pantera
Três bebês recém nascidos e dois adultos em estado grave de saúde internados no Hospital da Universidade Federal de Rio Grande, que precisavam ser removidos para Canoas (RS), com urgência, já que as capacidades da unidade de saúde estavam comprometidas devido à enchente que assolou o estado do Rio Grande do Sul. Esse foi o cenário da maior operação de Evacuação Aeromédica (EVAM) efetuada pela Força Aérea Brasileira (FAB) no contexto da Operação Taquari 2, por meio da aeronave C-105 Amazonas.
A missão, que contou com o envolvimento de mais de 50 profissionais, ficou sob responsabilidade do Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1º/15º GAV) - Esquadrão Onça, que confi -
gurou o vetor em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Aérea. Os pacientes foram transportados em segurança até a Base Aérea de Canoas (BACO), onde foram encaminhados para unidades de saúde de referência da região.
Esse foi um dos 2.176 resgates que a FAB realizou desde o dia 30/04, quando foram iniciadas as ações humanitárias em apoio ao RS. Para se ter uma ideia, as aeronaves empregadas na Operação para esses tipos de missão chegaram a realizar de 4 a 5 resgates diuturnamente.
Vale ressaltar que, em muitas missões, também foi utilizado a tecnologia de NVG ( Night Vision Goggles ), equipamento que amplia em até 50 mil vezes a luminosidade natural do ambiente noturno, inclusive em condições de baixíssima luminosidade.
Ten JOR Eniele Santos
Ten JOR Myrea Calazans
As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul causaram uma crise humanitária e trouxeram sérios desafios para a saúde pública nas regiões afetadas. Diante desse cenário, a Força Aérea Brasileira (FAB) instalou dois Hospitais de Campanha em Canoas, que já atenderam cerca de 5.000 pacientes e realizaram mais de 15.000 procedimentos, até o momento. Mais de 75 militares de diversas especialidades compõem os dois hospitais,
como Clínica Médica; Cirurgia Geral; Pediatria; Ginecologia; Ortopedia, Odontologia; Radiologia; Psicologia; Serviço Social; Farmácia Bioquímica; Farmácia Hospitalar; Enfermagem; e Técnicos de enfermagem, de Laboratório, de Serviço Administrativo; além de Auxiliares Odontológicos e de Infraestrutura. Também estão sendo ofertados exames de hemograma, glicose, ureia, creatinina, magnésio e cálcio, entre outros. Além disso, são realizados exames de raio-X, laboratoriais e,
principalmente, atendimentos de assistência social para apoio especial às vítimas das chuvas que assolam a região.
O Comandante do Hospital de Campanha 01, Major Médico João Luiz Henrique da Silveira, relatou que as atividades do hospital são fundamentais diante da situação em que se encontra a população. "O planejamento é que o Hospital Nossa Senhora das Graças faça a triagem dos pacientes e encaminhe para o HCAMP para que possamos dar todo o atendimento necessário. É um trabalho em conjunto com os órgãos de saúde do Rio Grande do Sul. Estamos aqui para ajudar e fazer o nosso melhor", disse.
Pela primeira vez, a FAB instala dois Hospitais de Cam-
panha na mesma cidade, demonstrando o compromisso em melhor acolher e atender as necessidades da região. Também, de forma inédita, no âmbito dos atendimentos ao público externo no HCAMP da FAB, será utilizado o equipamento de Telemedicina. O reforço nos atendimentos facilita as interconsultas e avaliações por diferentes especialistas sem a necessidade de remoção do paciente. E, ainda, em continuidade ao pioneirismo, é a primeira vez que a FAB dispõe de Psicólogos na estrutura de Hospital de Campanha. A especialidade é avaliada como extremamente importante no cenário de catástrofe, inclusive para militares e familiares que perderam suas casas.
Ten JOR Johny Lucas
A Força Aérea Brasileira (FAB) tem atuado em diversas frentes no apoio às vítimas da enchente no Rio Grande do Sul. Nesse contexto, em uma de suas missões de transporte aerologístico, a FAB realizou, por meio de um helicóptero H-60L Black Hawk do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAV) - Esquadrão Pantera, o translado de um gerador como carga externa no município de Cachoeira do Sul (RS), que tinha bairros já há três dias sem abastecimento de água potável.
O nível da água da enchente cobriu a subestação elétrica que fornece energia para as bombas de retirada, tratamento e abastecimento da cidade. Assim, um gerador que era usado na captação de água também foi atingido e ficou danificado.
"O gerador tinha em torno de três toneladas e meia, um peso que fica próximo do limite da nossa aeronave. E para o gerador novo chegar ao local era necessário que o antigo que deu defeito fosse retirado. Como está tudo alagado na região, a única maneira de restabelecer o sistema de água foi por meio de uma operação conjunta com a empresa de saneamento", conta o Major Aviador Yuri Carneiro de Souza, um dos responsáveis pelo planejamento e execução da missão.
BOMBAS DE ESCOAMENTO DE ÁGUA
Seguindo no mesmo
cenário em apoio às vítimas da enchente no RS, a FAB também transportou, desta vez, da Base Aérea de São Paulo (BASP) até a Base Aérea de Canoas (BACO), quatro bombas de escoamento de água para ajudar as regiões afetadas pela catástrofe.
Cada bomba pesou cerca de 10 toneladas e o transporte ocorreu em quatro
viagens em uma aeronave KC-390 Millennium do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) - Esquadrão Zeus. Os equipamentos têm a capacidade de transferir cerca de mil litros de água por segundo de um local a outro.
“Assim como vários esquadrões da Força Aérea Brasileira, nesse momento nós estamos trazendo equipamentos essenciais para a operação aqui na região de Canoas. Da mesma maneira, nossas aeronaves estão otimizando o transporte de doações com itens necessários para apoiar a população”, destacou um dos integrantes da tripulação, o Capitão Aviador Rodolfo Ávila Provenzano Novais, ao chegar em Canoas com a primeira carga.
Ten JOR Raphaela Martorano
A Força Aérea Brasileira, por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), em apoio ao serviço de controle do tráfego aéreo no Rio Grande do Sul (RS), restabeleceu a operação radar na Terminal Porto Alegre através da implantação do radar TPS-B34, que se encontrava em operação na cidade de Chapecó (SC).
Coordenado pelo Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), o deslocamento do radar contou com o apoio da aeronave KC-390 Millennium e envolveu 25 militares, duas carretas, um caminhão Munck, um micro-ônibus e um caminhão de pequeno porte. A montagem durou quatro dias e o equipamento entrou em operação em Canoas no dia 23/05.
“O Centro Integrado de Meteorologia Aeronáutica (CIMAER) está presente para
atuar na Operação Taquari 2 nos prognósticos de acumulados de precipitação e na vigilância meteorológica em todo o estado. Os previsores atuam diuturnamente com envio de previsões de rotina, podendo emitir avisos meteorológicos a qualquer tempo. Essa é a nossa missão frente à catástrofe do Rio Grande do Sul, sendo mais uma ferramenta de prestação de serviço da FAB", afirma o Comandante do CIMAER, Coronel Especialista em Meteorologia José Messias Rocha Mendonça.
Ten Cel Av Rodrigo Magioli
Existem diversas modalidades de investimento no mercado financeiro e cada uma busca atender interesses e necessidades específicas. No entanto, vale destacar que geralmente existem dois tipos de títulos emitidos para operações de crédito: os títulos públicos e o crédito privado. Esse último tem se tornado uma alternativa cada vez mais popular para aqueles que desejam investir seu dinheiro para a realização de projetos pessoais e profissionais.
No NOTAER deste mês, abordaremos o que é o crédito privado, quais são os riscos e as principais vantagens associados a ele para que você invista com mais segurança. Boa leitura!
Já, de início, é fundamental compreender o que seria esse “Crédito Privado”, que consiste, basicamente, em um título de renda fixa emitido por empresas não-financeiras ou bancárias, diferente dos títulos bancários que, como o nome já sugere, são emitidos por instituições financeiras como forma de
•Principais Títulos emitidos por empresas não-financeiras (não tem FGC):
- Debêntures: títulos de dívida por meio dos quais as empresas pegam dinheiro emprestado diretamente do investidor. Nesse caso, a empresa é a devedora e o investidor é o credor.
- Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI);
- Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), dentre outros.
captação de recursos. É importante destacar que os “Títulos Privados” possuem diferenças importantes quando comparados com os Títulos Públicos. A principal diferença está no RISCO:
•Para os “Títulos Públicos”: o Governo garante o pagamento de Juros + Principal (que é o valor inicial aplicado). Tem toda a prerrogativa de emitir moeda para fazer frente às obrigações. Por isso, já pode ser considerado o investimento menos arriscado, quando comparado ao Título Privado;
•Para os “Títulos emitidos por empresas não-financeiras”: podem não ter, deve-se ler o prospecto
•Principais Títulos de Captação Bancária (possui FGC):
- Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) - é um título privado emitido por bancos, com o objetivo de captar recursos para financiar atividades como, por exemplo, de crédito.
- Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA): são emitidos por instituições financeiras, com objetivo de financiar o setor imobiliário e agrícola, respectivamente.
do título. Não ter garantias nem sempre é sinal de que um título é ruim. Embora sua falta aumente o risco do título, se a empresa for boa, com histórico positivo de honrar compromissos financeiros, a ausência de garantias não é necessariamente um mau sinal. Empresas que oferecem garantias normalmente têm problemas financeiros e, justamente por isso, precisam oferecer uma segurança adicional aos investidores;
•Para os “Títulos de Captação Bancária”: esses são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Se a instituição financeira quebrar, o FGC garante o pagamento do
principal aos investidores, até o limite de R$250 mil por CPF por instituição financeira. Mas ressalto, para aqueles títulos que são emitidos por empresas, não há o FGC.
Mas, antes de finalizar essa leitura, amigo leitor, lembre-se: a garantia do FGC faz com que os títulos bancários sejam menos arriscados em relação aos de crédito privado, apesar de mais arriscados do que os títulos públicos. Se houver uma crise sistêmica, por exemplo, com a quebra de vários bancos, o FGC pode não ter recursos suficientes para pagar todos os investidores. Os títulos de crédito privado não têm garantia do FGC.
A expressão espírito de corpo refere-se à capacidade dos membros de um grupo em manter a crença em uma instituição ou objetivo, particularmente em face de oposição ou dificuldades.
Bem como isto, fazemos um paralelo com a vida na caserna, onde podemos afirmar que o espírito de corpo pode ser entendido como o orgulho inato às mulheres e homens de farda por integrar a Força Aérea Brasileira, atuando em suas Organizações Militares, exercendo as suas atividades
profissionais, por meio de suas competências, junto aos seus superiores, pares e subordinados.
Deve ser entendido como um "orgulho coletivo", uma "vontade coletiva". O espírito de corpo reflete o grau de coesão da tropa e de camaradagem entre seus integrantes e se exterioriza por meio de: canções militares, gritos de guerra e lemas evocativos; uso de distintivos e condecorações regulamentares; irretocável apresentação e, em especial, do culto aos valores e tradições de sua Organização Militar.