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Ano XL
Nº 11 Novembro, 2017
ISSN 1518-8558
DIMENSÃO 22
OPERAÇÃO GOTA
Conheça mais sobre a responsabilidade da FAB na ação de Controlar (Pág. 6)
FAB ajuda a levar saúde e dignidade em áreas de difícil acesso (Pág. 10)
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CARTA AO LEITOR
Controlar, Defender, Integrar, e inovar... Nem bem deixamos para trás o mês de outubro, com as mais do que justas homenagens ao pai da aviação Alberto Santos-Dumont, eis que nossas páginas retratam, logo na matéria de capa, que criatividade e capacidade de inovação estão definitivamente no DNA da Força Aérea Brasileira. Diante do desafio de promover um melhor treinamento às tripulações de sua unidade aérea, um oficial desenvolveu, por si só, um simulador de procedimen-
tos, superando toda sorte de desafios técnicos e pessoais. Aliás, superar desafios é uma rotina para nós, integrantes da Força Aérea Brasileira que, ao desempenhar cada dia melhor nossas atividades, contribuímos diariamente para controlar, defender e integrar a nossa Dimensão 22. Nesta edição podemos testemunhar o caso de uma sargento que superou inúmeras dificuldades para realizar seu sonho de fazer parte da Força Aérea, e hoje
colabora para que outros jovens possam também viver essa experiência. Entenderemos também um pouco mais sobre nossa incrível missão de controlar todo tráfego aéreo nesse fabuloso cenário de mais de 22 milhões de quilômetros quadrados, sob nossa responsabilidade. E uma vez mais, mostraremos nossa participação continuada em missões de integração do nosso território, levando cidadania e esperança às populações dos mais distan-
tes rincões do país, desta vez por meio da Operação Gota. Uma vez mais, as páginas do NOTAER estão repletas de casos que nos enchem de orgulho e satisfação de fazer parte desta incrível família. Leiam, compartilhem e, acima de tudo, dividam conosco suas impressões, pois é pra vocês, leitores, que nossas equipes trabalham diariamente em busca do melhor conteúdo disponível. Aproveitem a leitura! Brig Ar Antonio Ramirez Lorenzo Chefe do CECOMSAER
Expediente O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno. Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Antonio Ramirez Lorenzo. Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Flávio Eduardo Mendonça Tarraf. Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador José Frederico Júnior. Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Tenente-Coronel Aviador Rodrigo José Fontes de Almeida. Editores: Tenente Jornalista Felipe Bueno (MTB 0005913/PE) e Tenente Relações Públicas Nara Lima (CONRERP/6 1759) Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via SISCOMSAE.
PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO
Diagramação e Arte: Suboficial Ramos, Sargento Polyana e Cabos M. Gomes e Pedro. Tiragem: 18.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF
CENIPA completa 46 anos de evolução Dia 19 de novembro, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), completa 46 anos. Criado em 1971, pelo Decreto nº 69.565, o CENIPA marcou o surgimento de uma nova filosofia de segurança de voo no Brasil. Além de ser o órgão central do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), inovou na investigação, que antes era feita sob a forma de inquérito, passando a atuar em concordância com as normas internacionais preconizadas pela Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO - International Civil Aviation Organization), da qual o país é signatário. A caminho da evolução, em 1982, o Centro sugeriu a
criação do Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNPAA), que em Sessão Plenária, reúne os representantes de entidades nacionais e estrangeiras, públicas e privadas, que direta ou indiretamente atuam na atividade aérea. A reunião, que ocorre duas vezes por ano, nos meses de maio e novembro, acontece sob a direção e a coordenação do CENIPA, em Brasília. O intercâmbio de conhecimentos e experiências com organizações de outros países elevou a segurança de voo no Brasil, evidenciada pelo trinômio: o Homem, o Meio e a Máquina. Em acordo com a missão de investigação de acidentes aeronáuticos, com base na análise técnico-cien-
tífica, o órgão produz valiosos ensinamentos traduzidos pelas recomendações de segurança que visam a eliminar situações de risco e perigo, preservando a tranquilidade de passageiros e tripulantes. A evolução do CENIPA foi acelerada pelos dois maiores acidentes da aviação civil brasileira: GOL 1907 e TAM 3054. Os trágicos acontecimentos acabaram por projetar o CENIPA no cenário internacional, tendo contribuído, de modo significativo, para o amadurecimento e a consolidação do Centro, como autoridade de investigação de nossa aviação civil. Neste contexto, e para atender o imenso território brasileiro, o COMAER criou sete novas organizações mili-
tares denominadas de Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Os SERIPA, subordinados diretamente ao CENIPA, têm como atribuições: planejar, gerenciar e executar atividades de segurança de voo nas respectivas áreas de atuação. As organizações possuem sedes nas cidades de Manaus, Belém, Recife, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Nesses 46 anos de atividades dedicadas à segurança de voo e ao compromisso com a vida, o CENIPA reforça, então, na sociedade brasileira a importância de prevenir e investigar para evoluir. (CENIPA - Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)
Impressão e Acabamento: Viva Bureau e Editora
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PALAVRAS DO COMANDANTE
FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER
Flâmula que nos inspira No dia 19 de novembro celebramos o Dia da Bandeira. Considerada símbolo perene da Pátria e mantida sob a guarda do povo brasileiro, suas cores representam riquezas naturais e seus dizeres, inspiração e esperança. Em consonância com esse conceito, trabalhamos diuturnamente determinados a cumprir nossa missão de manter a soberania do espaço aéreo e promover a integração nacional, proporcionando proteção aos mais de 200 milhões de cidadãos em nosso País. No Pavilhão Nacional, alicerçamos nossos valores de patriotismo e comprometimento, além de forta-
lecer nosso sentimento de respeito e orgulho, sendo, a cada dia, guiados pelas palavras que nele encontramos: ordem e progresso. Para nós militares, a ordem é parte de nossos preceitos, representada pelos pilares da hierarquia e da disciplina - princípios que incessantemente nos direcionam para um propósito comum. Já o progresso nos move para a constante busca de aprimoramento. Assim seguimos concentrados em nossas ações de reestruturação ao simplificar os processos, obter mais eficácia e eficiência, garantindo a melhoria contínua e efetiva dos recursos empregados. Igualmente, nos empenhamos no desenvolvimento de uma Força Aérea de grande capacidade dissuasória, operacionalmente moderna
e atuando de maneira integrada para a defesa dos interesses nacionais. Renovo aqui meus agradecimentos pela participação de cada um dos nossos integrantes em prol da Força Aérea Brasileira, sempre intensos e vibrantes, pois é justamente nessa energia que renovamos nossas forças para fazer frente aos tantos desafios que se apresentam rotineiramente. Sabemos que somos motivados pelo amor à Pátria, e assim continuaremos, afinal, dedicamos nossos esforços diariamente para defender, controlar e integrar um fabuloso cenário de mais de 22 milhões de quilômetros quadrados sob responsabilidade da FAB: a nossa Dimensão 22. Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato Comandante da Aeronáutica
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REESTRUTURAÇÃO
Especial Alas Novas organizações da FAB trabalham com foco exclusivo nas atividades operacionais Ten JOR Felipe Bueno Em dezembro de 2016, começaram a ser ativadas as Alas – organizações militares voltadas para a área operacional – e desativadas as estruturas de Comandos Aéreos Regionais (COMAR). Acompanhe, nesta e na próxima edição do Notaer, o trabalho realizado em cada Ala.
FOTO: ALA 10
Ala 10 - Natal (RN)
Localizada em Parnamirim, Região Metropolitana de Natal (RN), a Ala 10 abriga três grupamentos de aviação da FAB: Esquadrão Rumba
(1º/5º GAv); Esquadrão Joker (2º/5º GAv); e Esquadrão Gavião (1º/11º GAv), todos eles tendo suas atividades voltadas à instrução de novos pilotos. O Esquadrão Rumba opera as aeronaves Embraer C-95 Bandeirante, com o intuito de instruir e capacitar pilotos operacionais na Aviação de Transporte, Reconhecimen-
to e Patrulha. O Esquadrão Joker, destinado à instrução para pilotos de caça, utiliza o Embraer A-29 Super Tucano, aeronave turbo-hélice nacional. Já o Gavião forma pilotos para aeronaves de asas rotativas. O Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE), também sediado na Ala 10, tem como missão ministrar o Curso de Tática Aérea aos
aspirantes a oficial aviadores e outros cursos. O Comandante da Ala 10, Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic, fala sobre as mudanças ocasionadas pela reestruturação. “A postura estratégica já trouxe excelentes resultados, como o melhor aproveitamento das instruções aéreas, que refletiu no adiantamento do cronograma planejado para
o Programa de Instrução e Manutenção Operacional de 2017. Além disso, essa modificação permitiu que as decisões relacionadas à manutenção fossem tomadas considerando as necessidades da instrução aérea e vice-versa. Se não temos aeronave disponível, a manutenção passa a ser a nossa prioridade”, conta.
salvamento; Gordo (1º/1º GT), de transporte aéreo logístico e de reabastecimento em voo; Condor (1º/2º GT), de ações de evacuação aeromédica logística e transporte aéreo logístico, além de transporte especial; Corsário (2º/2º GT), ao qual cabe reabastecimento
em voo e transporte aéreo logístico, da Tarefa de Sustentação ao Combate; e Pioneiro (3º ETA), acionado em missões de assalto aeroterrestre, infiltração aérea, exfiltração aérea, transporte aéreo logístico, evacuação aeromédica e transporte especial.
Ala 11 - Galeão (RJ)
FOTO: ALA 11
A Ala 11, anteriormente Base Aérea do Galeão, abriga o maior número de aeronaves de transporte e executa a maior parte das horas de voo anuais da Aviação de Transporte da FAB. Devido à sua posição estratégica e capacidade operacio-
nal, tornou-se referência no cumprimento de missões que visam à integração nacional e ao relacionamento do Brasil com outros países. Seus esquadrões são: Coral e Cascavel (1º GTT), que realizam missões de transporte aéreo logístico, busca e
FOTO: ALA 12
Ala 12 - Santa Cruz (RJ)
Localizada também no Rio de Janeiro (RJ), a Ala 12 passou por diversas mudanças recente-
mente: a unidade continua sendo sede dos Esquadrões Jambock e Pif-paf (1º GAVCA), que operam os caças F-5M, mas houve a desativação do Esquadrão Adelphi (1º/16º GAv), que utilizava aeronaves A-1M, agora, incorporadas ao Esquadrão Centauro (3º/10º GAv), sediado
na Ala 4, em Santa Maria (RS). Os reforços ficam por conta do Esquadrão Puma (3º/8º GAv), anteriormente sediado na Base Aérea dos Afonsos que, agora, opera com helicópteros H-36 Caracal. Ainda, há a previsão de transferência para a Ala 12 dos seguintes esquadrões: Esquadrão Pioneiro (3º
ETA), atualmente na Ala 11; e o Esquadrão Orungan (1º/7º GAv), que está sediado na Ala 14, em Salvador (BA). Após as mudanças, observou-se um aumento na capacidade operacional, uma vez que a gerência das ações é feita pelo Comandante, o Coronel Aviador Carlos Roberto Ronco-
ni Junior. “A antiga Base agora olha para o operacional. Antes, olhava para o administrativo e dava o apoio aos esquadrões, não tendo nenhum contato com o resultado. Hoje, já que a parte administrativa é tratada pelo GAP-AF, a gente consegue também colaborar com a atividade fim”, afirma.
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FOTOS: SOLDADO SIQUEIRA
RECONHECIMENTO
Revista reconhece Forças Armadas como instituição de maior confiança Ten REP Beatriz Kramer A Revista Seleções do Reader’s Digest promoveu, em outubro, a 16ª edição do evento “Marcas de Confiança” que premia as marcas e instituições brasileiras mais confiáveis do país, segundo seus leitores. A pesquisa, aplicada nos meses de maio e junho deste ano, foi fruto de uma parceria com o Instituto Datafolha, tendo como amostra 2.069 ques-
tionários. As Forças Armadas vêm sendo citadas na categoria Instituição de Confiança durante os 16 anos de pesquisa da revista, e em 2017 alcançaram o 1° lugar, em votação realizada entre os seus leitores. Segundo o Presidente da Seleções, Luiz Henrique Fischmann, a eleição das Forças Armadas como instituições de maior confiança no país reflete toda uma trajetória de apoio e aproximação com a população.
“Os brasileiros respeitam muito as Forças Armadas, pois sabem que quando precisam tem onde recorrer. A premiação reflete esse sentimento de segurança na sociedade”, ressaltou. O Major-Brigadeiro do Ar José Augusto Crepaldi Affonso, representante da FAB na solenidade, destacou a importância da distinção. “Esse prêmio significa o reconhecimento da capacidade das Forças Armadas em gerar confiança no
seio da nossa sociedade, fruto de anos e anos de profissionalismo, patriotismo, idealismo e dedicação, simbolizando o que representamos para este País”, disse. Para o Comandante Militar do Sudeste, General de Exército João Camilo Campos, o prêmio também é representativo. “Ser a marca de confiança dos leitores de uma
revista conceituadíssima, com 75 anos de mercado, é um reconhecimento pelas pessoas que somos, pelos valores que cultivamos e pela história que nos abriga. É uma imensa satisfação receber essa menção de destaque”, declarou.
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DIMENSÃO 22
O controle do espaço aéreo sob responsabilidade da FAB ultrapassa o território brasileiro e abrange uma significativa parte do Oceano Atlântico, totalizando 22 milhões km². Sendo assim, a Campanha Institucional Dimensão 22 reforça a incumbência do Brasil, que detém um dos maiores espaços aéreos do mundo sob sua responsabilidade jurisdicional, conforme estabelecido pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Profissionais responsáveis pelo controle de tráfego aéreo, radares de última geração, infraestrutura e equipamentos do Departamento de Controle
do Espaço Aéreo (DECEA) garantem não só a fluidez, mas a segurança dos voos em diferentes regiões da Dimensão 22. Separado em q u atro grandes áreas de responsabilidade, o DECEA possui, em diferentes cidades brasileiras, os chamados Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, também conhecidos como CINDACTA. CINDACTA I (Brasília-DF) Responsável pela Região de Informação de Voo (FIR) Brasília, que abrange a região central do Brasil. CINDACTA II (Curitiba-PR) Responsável pela FIR Curitiba, que abrange o sul e parte do centro-sul brasileiro. CINDACTA III (Recife-PE)
Busca e Salvamento Localizar ocupantes de aeronaves ou embarcações em perigo, resgatar tripulantes e vítimas de acidentes aeronáuticos ou marítimos, interceptar e escoltar aero-
naves em emergência. Todas essas atribuições competem ao Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR), que também atua na dimensão de 22 milhões de km².
Responsável pelas FIR Recife e Atlântico, que abrangem o nordeste e área sobrejacente ao Atlântico. CINDACTA IV (Manaus-AM) Responsável pela FIR Manaus, que se estende sobre grande parte da região amazônica. O Brigadeiro do Ar Luiz Ricardo de Souza Nascimento,
FOTO: TEN DEISY MEIRELLES
Ten JOR Cynthia Fernandes
FOTOS: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER
22 milhões de km²: Muito além das fronteiras
Mais conhecido como Salvaero, o Centro de Coordenação de Salvamento (RCC, do inglês Rescue Coordination Center) é o órgão regional, estabelecido dentro de cada
Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, explica que para garantir a vigilância e a comunicação na terra e no mar são necessários equipamentos com características técnicas distintas. “Na área continental é possível serem instalados radares e antenas de comunicação Very High Frequency (VHF), permi-
tindo uma forma de controle conhecida como “vigilância radar” em todo nosso território continental. Contudo, na área marítima são outros equipamentos e tecnologias, normalmente baseados em satélites, usados como ferramentas básicas para os controladores exercerem suas atividades”, esclarece.
CINDACTA, responsável pela prestação ininterrupta das operações de Busca e Salvamento – conhecidas como SAR (do inglês, Search and Rescue). Dotados de equipamentos de comunicação, consoles de planejamento e pessoal capacitado, exercem a função de coordenar as operações SAR, o que inclui a captação, a seleção e a análise de informações, o planejamento da missão, a alocação dos meios aéreos e marítimos, e a logística de apoio. O Terceiro Sargento Giovanni Cocco é do Salvaero de Curitiba e disse que a capacitação é fundamental para participar de situações reais de Busca e Salvamento. O militar ajudou na coordenação de uma missão para
o resgate de um jovem que estava numa embarcação e necessitava de uma cirurgia de extração do apêndice com urgência. “Nós temos um treinamento muito real e integrado que envolve os Salvaeros e os esquadrões SAR, garantindo o bom desempenho da missão”, comenta. “A sociedade brasileira pode esperar um serviço de controle do espaço aéreo com extrema segurança, com muita eficiência e alicerçado em tecnologia de última geração. Todos estes serviços são conduzidos por pessoas muito bem treinadas, capacitadas, que têm o profissionalismo e o patriotismo como seus valores primordiais”, acrescenta o Brigadeiro Luiz Ricardo.
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DIMENSÃO 22 EVENTO
FOTO: CB ANDRE FEITOSA / CECOMSAER
O lançamento oficial do Selo Postal e do Carimbo Comemorativo aconteceu durante o encontro com as “Velhas Águias”, que reuniu cerca de 150 oficiais-generais da ativa, da reserva e reformados. O evento contou com o ato de obliteração – o primeiro carimbo do selo comemorativo.
FAB lança Selo Postal e Carimbo Comemorativo à campanha institucional Dimensão 22 Ten JOR Cynthia Fernandes A FAB, em parceria com os Correios, lançou o Selo Postal e o Carimbo Comemorativo, com o propósito de divulgar a campanha Dimensão 22, que traduz o cenário de 22 milhões de km² protegidos por meio das ações de Controlar, Defender e Integrar. “A Dimensão 22 é um desafio para nós para que realmente esse conceito faça parte da nossa vida na FAB. O selo postal é um importante estímulo para memorizar o conceito”, explica o Comandante
da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato. Segundo o Superintendente dos Correios em Brasília, Rogério Curado, a instituição preza pela filatelia – estudo e colecionismo de selos postais – além da preservação da memória das instituições parceiras. “A gente prestigia todas as instituições brasileiras que constroem a imagem do País. A filatelia aproxima as instituições, cria memória e registro histórico. É uma satisfação registrar esse momento da Dimensão 22 dentro do Plano Estratégico da Força”, diz.
CURIOSIDADES Filatelia: etimologicamente formada das palavras gregas phílos (amigo, amador) e atelês (franco, livre de qualquer encargo ou imposto), definida como o ato de colecionar selos. Tanto o Selo Postal quanto o Carimbo Comemorativo servem como documentação histórica, por serem fontes de pesquisa bibliográfica e iconográfica.
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OPERACIONAL
“Não há dificuldade insuperável, nem problema intransponível, se há motivação” Piloto desenvolve simulador de baixo custo que permite aprimorar o aprendizado do P-95M Bandeirante Patrulha Ten JOR Gabrielli Dala Vechia (M + I) x E; motivação, iniciativa e estudo: essa foi a fórmula utilizada pelo Tenente Aviador Oswaldo da Costa Neto para desenvolver um novo simulador para a aeronave P-95M Bandeirante Patrulha. Em uso no Esquadrão Netuno (3º/7º GAV), localizado na Ala 9, em Belém (PA),
desde o início de setembro, o equipamento colabora na formação dos pilotos de P-95 modernizados. “O painel da aeronave atual é totalmente diferente do anterior. Ainda não há nenhuma plataforma oficial de treinamento para as novas versões do avião”, explica o piloto. Da motivação em ajudar os pilotos do esquadrão a ter
um melhor preparo, veio a iniciativa. Em dezembro de 2016, após uma conversa com outros aviadores sobre a importância do simulador, o Tenente Neto tomou uma decisão: iria construir um. Para isso, noites e fins de semana viraram dias úteis. Apesar de não conseguir mensurar as horas trabalhadas, ele explica que, em 2017, quase não sobrou tempo para se dedicar à família. Quem corrobora é a esposa, Vanessa: segundo ela, o projeto começou dentro de casa, mas aos poucos foi tomando
corpo e apresentado ao comandante do Esquadrão Netuno, que imediatamente apoiou a ideia. Ela conta que descobriu uma gravidez no primeiro semestre deste ano e que a dedicação do pai de primeira viagem foi intensificada, com o objetivo de concluir o projeto antes da O glass cockpit permite que o piloto veja tudo o que precisa em display eletrônicos.
FOTOS: SGT STHEFANY LEIJOTO
“O novo simulador impacta positivamente na operacionalidade do esquadrão, principalmente nas atitudes do piloto no que se refere ao gerenciamento e à segurança de voo. Quando estamos no solo, em segurança, conseguimos criar situações críticas que podem ser treinadas sem trazer perigo às tripulações e aeronaves”, explica o Tenente-Coronel Marques.
chegada da pequena Beatriz, prevista para novembro. “O olho dele brilhava a cada nova descoberta na área de computação. Ele aprendeu tudo sozinho, sem ajuda de pessoas ou cursos, com muita dedicação para transformar erros em acertos”, afirma Vanessa. Como não tinha conhecimento na área de engenharia, o aviador se fiou aos livros. “Eu percebi que havia todo
o material para estudo disponível na internet, gratuito, bastava apenas um pouco de força de vontade para aprender”, disse. Segundo ele, as partes que mais exigiram dedicação foram a integração de hardware e software e a necessidade de desenvolvimento de algoritmos que possibilitassem o funcionamento dos instrumentos virtuais. O Tenente Neto explica que foi preciso trabalhar,
principalmente, em modificações nos sistemas de navegação e de comunicações e na introdução do conceito de glass cockpit. “Trata-se de um conceito de integração de diversos sistemas e informações da aeronave em telas capazes de mostrar tudo que o piloto precisa, em um espaço condensado e muito mais prático de ser visualizado. Em vez de vários instrumentos analógicos, tipo relógios, para
cada instrumento, o glass cockpit permite que o piloto veja tudo o que precisa em display eletrônico”, explica o aviador. O painel com os botões e interruptores foi todo feito artesanalmente, com materiais comprados em uma loja de eletrônica comum, além do reaproveitamento de algumas peças descartadas de aeronaves. Ao final do projeto foi preciso adquirir
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três televisores para gerar as imagens. A solução “caseira” gerou uma economia quase incomparável, segundo o Comandante do Esquadrão Netuno, Tenente-Coronel Celso Marques de Oliveira Neto. “Enquanto o simulador desenvolvido pelo Tenente Neto custou em torno de R$ 24 mil, um similar no mercado – se existisse no mercado - poderia estar na casa dos milhões”, compara. No novo simulador, é possível treinar diversos procedimentos. Na estação do instrutor (pilot not flying) é possível selecionar a operação em vários aeródromos do Brasil, em qualquer situação meteorológica, desde o céu claro, conhecido na linguagem aeronáutica como cavok, até grandes turbulências e visibilidade nula. Além disso, é possível selecionar emergências durante o voo, como falha ou fogo do motor, falha elétrica total e até colisões com pássaros. Embora o simulador já esteja sendo utilizado pelos pilotos de patrulha do Esquadrão Netuno, o tenente avalia que ele ainda está em desenvolvimento. Ele pretende desenvolver algumas funcionalidades, como um instrumento de radar meteorológico, além de melhorias na performance da aeronave virtual – de modo que os parâmetros de motor fiquem mais fidedignos ao real. O Tenente Neto diz que, por mais que tenha desenvolvido conhecimento técnico, o maior aprendizado na condução do projeto foi o da importância da adaptabilidade – característica que, segundo ele, é inerente ao militar. “Não há dificuldade insuperável e nem problema que seja intransponível, desde que haja a motivação suficiente e muita força de vontade”, diz ele.
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FAB ajuda a levar saúde e dignidade em áreas de difícil acesso no norte do Brasil Ten JOR Evellyn Abelha
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
O Tenente Agenor de Andrade Rezende Lima é um dos tripulantes da FAB engajados na Operação Gota, que leva vacinação a áreas de difícil acesso na região Norte do Brasil. Piloto do Esquadrão Harpia (7º/8º GAV), localizado na Ala 8, em Manaus (AM), o militar realizou, a bordo do helicóptero H-60 Black Hawk, uma das etapas da missão no estado do Acre. “A sensação é de utilidade e de dever cumprido. É a utilização dos recursos do povo para o povo. Saber que o dinheiro pago pelo contribuinte foi revertido para a sociedade”, destaca. Até o fim de novembro, as aeronaves da FAB realizarão o transporte das vacinas e de profissionais da área da saúde para regiões ribeirinhas, rurais e indígenas dos estados do Amazonas, Pará, Amapá e Acre. As vacinas mais comuns aplicadas na população são as de HPV, de H1N1 e de poliomielite.
Logística As tripulações da FAB, junto aos representantes dos estados e dos distritos, verificam as coordenadas geográficas das localidades, planejam a melhor época para realização das missões - considerando o período climático favorável - e calculam as horas de voo necessárias de cada missão. São utilizados helicópteros e aeronaves de asa fixa, dependendo da necessidade e das condições de acesso às comunidades. “A comunicação com as comunidades e o deslocamento dos ribeirinhos para a área de vacinação são as principais dificuldades. Temos um curto espaço de tempo e, caso a informação não chegue até eles ou a dinâmica meteorológica impeça as decolagens e pousos, a missão pode não ocorrer”, detalha o Tenente Agenor. Segundo o Ministério da Saúde, ao todo, são 953 pessoas envolvidas entre tripulantes das aeronaves da FAB, agentes de saúde estaduais, municipais e de saúde indígena.
Coordenação As localidades apoiadas foram definidas em reunião, no início deste ano, com a participação de representantes dos programas estaduais de imunizações das regiões contempladas. Também estavam presentes no encontro profissionais dos oito Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), a equipe do Programa Nacional de Imunizações e representantes do Ministério da Defesa. “A Operação Gota é uma missão de grande importância, além de cumprirmos nosso papel ao prestar o apoio logístico, também contribuímos para a melhora da situação dessas comunidades mais afastadas”, explica o Assessor Técnico da Subchefia de Operações do Ministério da Defesa, Coronel da reserva Paulo Sérgio Ribeiro.
Histórico Operação Gota O projeto, realizado desde 1993, é uma parceria dos Ministérios da Saúde e da Defesa, além dos estados e municípios envolvidos. O objetivo é atualizar as cadernetas de vacinação de populações em áreas de difícil acesso do território brasileiro. No início, a Operação Gota era realizada apenas no estado do Amazonas, devido à notificação de surtos de sarampo em populações indígenas. De lá para cá, a operação vem ampliando sua atuação para atender também populações rurais e ribeirinhas de outros estados.
Importância Segundo a gerente de Imunização da Secretaria de Saúde do Estado do Acre, Maria Auxiliadora Leopoldo de Holanda, o apoio da FAB é essencial. “É de fundamental importância o auxílio da Força Aérea Brasileira no programa de vacinação no Acre, pois somente com o helicóptero se consegue vacinar a população das localidades de difícil acesso. Nenhum outro meio conseguiria. Dependendo da época do ano, não se chega nem por meio fluvial ou terrestre”, disse.
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SAÚDE
Música desperta emoções e auxilia na recuperação de pacientes do HCA Militares músicos da FAB tocam para pacientes, familiares e equipes médicas Ten JOR Cristiane dos Santos
FOTO: ARQUIVO PESSOAL
A música não só agrada aos ouvidos como pode ser literalmente remédio para o corpo. Dentre os benefícios comprovados da musicoterapia estão a redução do estresse e da ansiedade, e melhora da capacidade de comunicação do sistema imunológico e da memória. Pensando nisso, o Sargento Fábio Monteiro de Souza, da Ala 11, localizada no Galeão, Rio de Janeiro (RJ), se voluntariou para tocar violino no Hospital Central da Aeronáutica (HCA). Em parceria com o Tenente Paulo Maurício Gomes, Chefe-Adjunto da Banda de Música da Ala 11, que toca acordeom, os dois levam afago ao ambiente do HCA, desde junho deste ano. O Tenente Paulo explica que, ao ouvirem o som dos instrumentos, muitos pacientes saem dos quartos ao encontro da música ou, quando não podem sair, pedem para
ficar com a porta aberta. “Nós damos atenção a todos os pacientes, perguntamos se gostam de alguma música ou se querem ouvir algo
em especial. Vários deles se emocionam, uns riem e outros choram. A música age como endorfina no cérebro, ajuda a suportar a dor”, diz. Ele recorda de uma paciente que fazia hemodiálise e, ao ouvir a música, fechava os olhos e se imaginava em outro lugar. “Ela dizia que esquecia completamente o tratamento. Isto é
uma coisa muito boa de ouvir, saber que estamos ajudando alguém”, conta emocionado. O chefe da Divisão Médica do HCA, Coronel Médico Marcos Aurélio Leiros da Silva, afirma que, ao receber a proposta, ficou bem interessado. “Com os devidos cuidados para não atrapalhar as atividades rotineiras do hospital, percebemos como é impressionante a capacidade da música em mitigar o sofrimento dos pacientes. Os resultados apontam para respostas positivas às intervenções musicais, como diminuição do nível de ansiedade, redução da frequência cardíaca e redução de pressão arterial”, relata. O Coronel Leiros destaca também o comportamento no setor de psiquiatria. “Vejo o melhor resultado. Os pacientes ficam extremamente tranquilos. Eu não poderia deixar de dar total apoio a este projeto”, conclui.
INICIATIVA A iniciativa partiu de uma experiência pessoal do Sargento Monteiro. “Meu pai, em meados de 2016, foi diagnosticado com câncer de próstata na fase inicial. Desde o primeiro atendimento até a recuperação no pós-operatório, sempre fomos muito bem atendidos. Todos no hospital eram demasiadamente solícitos. No tempo em que lá ficamos, percebi claramente o quanto um sorriso e um abraço carinhoso foram incrivelmente importantes para meu pai e, logicamente, também para mim”, relata.
DEPOIMENTO Um dos agraciados com a benfeitoria dos músicos é o Sargento Jorge de Almeida. Em tratamento há cinco meses nas áreas de Urologia e Hemodiálise, o paciente relata que a música, no período da internação, ajuda a superar o momento. “A música me acalma, me deixa mais tranquilo e faz o tempo passar mais rápido”, afirma.
REPERTÓRIO A escolha do repertório é variado, mas a seleção é cuidadosa. Cada ritmo musical produz um trabalho e um resultado diferente no corpo. Assim, há músicas que provocam nostalgia e outras alegria ou tristeza. “Nós procuramos não tocar nada muito triste. No Centro de Tratamento e Terapia Intensiva, por exemplo, tocamos algo sempre mais animado. Nas áreas comuns, tocamos de tudo, desde música erudita até forró”, explica.
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CIDADANIA
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
“A cada degrau que eu subia no projeto a minha vontade era de querer ajudar mais e mais.” Joice
Projetos que reciclam e transformam vidas Conheça a história da Sargento Joice e veja como um projeto social mudou a sua vida Ten JOR Raquel Alves Persistência e dedicação. Esses foram os requisitos que levaram a Sargento Joice Coutinho a realizar o sonho de se tornar militar da FAB. A participação em um projeto social, quando menina, fez com que a militar voltasse seu olhar para o futuro. Em 2005, ela conheceu o projeto Núcleo de Aprendizes. O programa, voltado para adolescentes entre 14 e 18 anos, é uma ação psicossocial com base na educação, desenvolvido pela Universidade da Força Aérea (UNIFA) em parceira com a Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio de Janeiro e o Instituto Léon Denis. Aos 15 anos, a carioca de Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), iniciou as atividades no programa Núcleo de
Aprendizes. A rotina era bem diferente do que ela vivia. “O dia a dia no projeto me fez refletir muito sobre o meu futuro. As palestras, dinâmicas de grupo e o reforço escolar eram algumas das atividades que me ajudavam muito. Aprendia muitas coisas que foram essenciais para minha formação pessoal”, conta a militar. O Programa Núcleo de Aprendizes, criado em 1990, possui as seguintes fases para os jovens: “Aprendiz de um Ideal”, “Aprendiz-Master” e “Aprendiz-Monitor”. Estas etapas se articulam de forma interdependente, com o objetivo de promover maior experiência para a vida pessoal e profissional dos jovens. Joice passou por todas essas fases até chegar à monitoria, em que ajudava e acompanhava os novos integrantes que chegavam.
Joice ficou no projeto até 2012, quando passou no exame de admissão da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) em Guaratinguetá (SP). O maior incentivador da militar foi o Suboficial Luiz Fernando da Silva Marcos. “Ninguém cresce sozinho. Todos nós precisamos de ajuda e a Joice foi conquistando seu espaço com nossas orientações. Ela confiou em nossa equipe e tenho orgulho da menina que passou por tantas dificuldades e hoje é sargento da Aeronáutica”, revela o suboficial já da reserva, que se dedica voluntariamente ao projeto. Outro personagem marcante na história de Joice foi o Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, atual Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), no Rio de Janeiro (RJ). Ele conheceu a militar em uma visita à UNIFA, quando ela era ainda aluna do projeto. “Fui apresentado à Joice quando ela era aluna
do projeto. Uma menina dedicada, empenhada e que tinha muita força de vontade. Ali, percebi que ela seria diferenciada”, conta o oficial-general.
Projeto Aprendiz do Ar Após o curso de formação na EEAR, Joice foi designada para servir na Ala 3, em Canoas (RS). Ao chegar à unidade, o comandante à época era o então Major-Brigadeiro Domingues que criou o projeto “Aprendiz do Ar”, como parte do Programa Forças no Esporte (PROFESP). A parceria da Ala 3 com o Ministério da Defesa e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, proporciona aos adolescentes entre 14 e 16 anos, atividades educativas visando à melhoria no comportamento por meio do esporte educativo, o estímulo para novas atitudes sociais e o desenvolvimento para o futuro. Ao saber que a Sargento Joice estava servindo na mesma unidade que ele co-
mandava, o oficial-general não pensou duas vezes: convidou a militar para participar do projeto. “Colocá-la para executar as atividades que ela sabia foi a decisão mais acertada que fiz. Ela tem um enorme carinho e dedicação pelo programa, sendo uma referência para todos os adolescentes envolvidos”, declara o Tenente-Brigadeiro Domingues. Educar é reciclar valores para transformar vidas. Esse é o lema do projeto “Aprendiz do Ar”. Apesar das dificuldades, Joice confessa que os obstáculos fazem parte da trajetória para o sucesso. “Quando encontramos alguém para acreditar em nós, as dificuldades e incertezas são amenizadas. Vejo nos adolescentes do projeto o meu reflexo e tenho certeza que todas as dificuldades que eu passei e que eles passam serão superadas. Isso nos torna cada vez mais fortes e preparados para os desafios da vida”, revela.
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SOLIDARIEDADE
“Você era a gota que faltava. Doe sangue. Doe vida!” No mês em que é comemorado o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, o Comandante do COMGEP fala sobre campanha para incentivar doação. O caráter voluntarioso é inerente ao serviço militar, por isso, diante da constatação de que a falta de doadores de sangue é uma realidade, o Comando-Geral do Pessoal (COMGEP) deu início a uma campanha com o objetivo de conscientizar o efetivo da FAB. No mês em que se comemora o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue (25/11), o Comandante do COMGEP, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, fala sobre a campanha: “Você era a gota que faltava. Doe sangue. Doe vida!”. Ten JOR Aline Fuzisaki Como surgiu a iniciativa? O COMGEP constatou que a falta de doadores de sangue é uma realidade em nosso meio. Constantemente, recebemos pedidos em nossas Organizações Militares para que doadores compareçam aos hospitais, com a finalidade de atender esta necessidade.
Como o senhor avalia a campanha até o momento? Iniciada em agosto de 2017, a campanha já obteve mais de 100 doadores até o momento. Com isso, constatamos que ela extrapolou as expectativas iniciais. Inclusive, já estamos conseguindo, junto aos familiares de nossos militares, mais voluntários para aderirem à doação.
Quais ações foram realizadas durante a Campanha? Inicialmente, foi realizado um planejamento geral, com o objetivo de motivar e conscientizar os militares e civis da importância de se doar sangue. Como primeira atividade da campanha, promovemos uma palestra para todas as Organizações Militares da Guarnição de Brasília. A ideia inicial foi formar agentes multiplicadores, com vistas a serem coordenadores das diversas etapas que se seguiriam. Na sequência, estabelecemos a meta de formar grupos mensais de doadores com, no mínimo, 30 voluntários.
Existe a intenção de ampliar a campanha para outras unidades? Sim, o objetivo é ampliá-la para todas as Organizações Militares da FAB. Inclusive, os nossos hospitais já estão participando. Gostaria de destacar nesse contexto o Hospital de Aeronáutica dos Afonsos (HAAF), que possui o serviço de hemoterapia, sendo a única Organização de Saúde da Força Aérea que tem a capacidade de coletar o sangue de doadores e, após o processamento adequado, fornecer hemocomponentes a todos os hospitais de aeronáutica na área do Rio de Janeiro (RJ).
Até quando a campanha deve ocorrer? Não há previsão de término, pois a ideia é potencializá-la. Importante esclarecer que o objetivo não é somente a doação voluntária, mas, sim, fazer com que o doador seja “fidelizado” ao ato de doar sangue.
Qual mensagem o senhor gostaria de deixar aos nossos leitores? Primeiramente, doar sangue é um ato de solidariedade. Em nossa campanha, aprendemos que cada doação pode salvar a vida de até quatro pessoas. Como cidadãos, além da nobreza do ato de doar para uma outra pessoa que está precisando do sangue para sobreviver, sem esperar nada em troca, este ato também representa uma grande prova de amor e respeito ao próximo. Por fim, gostaria de dizer que salvar uma vida não tem preço. Afinal, doar sangue é compartilhar a vida.
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TECNOLOGIA
FAB disponibiliza nova versão do seu aplicativo Principais novidades são mais serviços disponíveis, identidade visual e informações sobre a campanha Dimensão 22 Ten JOR Emília Maria A FAB acaba de atualizar o seu aplicativo. A nova versão do sistema mobile traz como principais novidades a identidade visual e as informações da campanha institucional Dimensão 22. Essa campanha apresenta o conceito que sin-
tetiza a responsabilidade da FAB no cumprimento de sua missão: “Manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria”, por meio das ações de Controlar, Defender e Integrar, num cenário tridimensional de 22 milhões de quilômetros quadrados.
Os novos menus do aplicativo trazem mais serviços, como acesso direto ao e-mail corporativo e à Rádio Força Aérea FM, além de outras funcionalidades: a rádio é executada em segundo plano, ou seja, mesmo com o telefone bloqueado ou com o aplicativo minimizado; é
permitido acesso rápido ao Portal do Militar e às Páginas Especiais; e há atualização do Álbum de Fotos. Mesmo com as mudanças, o aplicativo continua sendo leve e de fácil utilização. “Conseguimos manter praticamente o mesmo tamanho e os usuários não terão dificuldade
EDUCAÇÃO
Bater na porta? Por quê? Ela não tem culpa! Ten JOR Gabrielli Dala Vechia Quem quer entrar na sala ou na casa de alguém, bate à porta. Assim, com crase. Bater na porta é dar murros, socá-la. Embora seja convencionado na fala coloquial, está incorreto. É parecido com o caso de sentar-se à mesa. Quem senta na mesa, senta em cima dela. O bom exemplo da foto, tirada pelo Sargento Vinícius Gaudêncio, vem do Hotel de Trânsito dos Oficiais da Ala 12 – Santa Cruz (RJ). Quem passa por lá, sabe que é preciso bater à porta para ser atendido.
em baixar a versão atualizada”, explica o Tenente Analista de Sistemas Marco Antonio Gonçalves, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), um dos responsáveis pela atualização. A nova versão já esta disponível para o sistema Android e em breve para o IOS.
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ENTRETENIMENTO 6 ERROS
CAÇA PALAVRAS
FOTO: CB ANDRE FEITOSA / CECOMSAER
Dia da Bandeira do Brasil Em 19 de novembro de 1889, quatro dias após a Proclamação da REPÚBLICA, o povo brasileiro adotava o mais importante dos símbolos do nosso país – a BANDEIRA Nacional. A bandeira é um dos quatro SÍMBOLOS oficiais da República Federativa do BRASIL, conforme estabelecido pelo art. 13, § 1.º, da Constituição Federal, assim como o HINO, as armas e o selo.
RESPOSTAS DO MÊS ANTERIOR