A FAB transportou, no primeiro semestre deste ano, 69 órgãos em todo o Brasil (Págs. 18 e 19)
ÓRGÃOS
Saiba mais sobre seu trabalho pioneiro como impulsionador do Correio Aéreo Nacional (CAN) (Págs. 6 e 7)
DO AR
GOMES
www.fab.mil.br I Ano XLVII I Nº 09 I Setembro, 2023
A edição de setembro do Notaer traz como matéria de capa a Independência e o fortalecimento da soberania brasileira, comemorado no dia 7 de setembro. Vale destacar que Alberto Santos Dumont tem um impacto significativo na independência do Brasil. Embora não seja diretamente ligado à Independência do Brasil em 1822, Santos Dumont desempenhou um papel importante no fortalecimento da identidade nacional e no estabelecimento do Brasil como uma nação capaz de grandes realizações tecnológicas e científicas.
Este mês também comemoramos, no dia 20 de setembro, os 127 anos do Marechal do Ar e Patrono da Força Aérea Bra-
sileira (FAB) Eduardo Gomes. Seu trabalho pioneiro como impulsionador do Correio Aéreo Nacional (CAN) foi reconhecido e, em 1984, recebeu o título de Patrono da FAB.
Outra data importante é o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado no dia 27 de setembro. A Força Aérea transportou 67 órgãos de Norte a Sul do país nos primeiros seis meses deste ano.
Nesta publicação, você também confere uma matéria completa a respeito do Exercício Amazonas II 2023. Além da FAB, participaram das atividades a Força Aérea Peruana e a Força Aeroespacial Colombiana. O objetivo foi treinar as tripulações de aeronaves para
interceptações em regiões de fronteira.
O exemplar destaca, ainda, o Exercício Conjunto (EXCON) Tápio 2023, realizado durante o mês de agosto na Base Aérea de Campo Grande (BACG). A Operação concentra esforços para o incremento da capacidade das Forças Armadas.
Por fim, o Notaer também traz matérias sobre as Reuniões Anuais dos Controladores de Operações Aéreas Militares e da Infantaria da Aeronáutica bem como os 73 anos de criação do Centro Acadêmico Santos Dumont.
Boa leitura!
Brigadeiro do Ar Adolfo Aleixo da Silva Junior Chefe do CECOMSAER
O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) voltado ao público interno.
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O Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, Alberto Santos Dumont, cujo sesquicentenário de nascimento celebramos este ano, era dotado de uma alma corajosa, livre e igualitária, como todos os brasileiros que, no passado, conquistaram a Independência do Brasil. Com profunda sabedoria, nosso herói nacional abraçou seu sonho de voar e, em sua batalha, comprometeu-se em alçar
voos representando o nosso país para a humanidade.
Assim como o Brasil empenhou-se por ser uma nação independente, Santos Dumont esforçou-se em revolucionar tecnologias, representando o espírito do povo brasileiro com a sua determinação.
A independência da nossa pátria é o refl exo da luta de muitas pessoas para alcançar o simbólico 7 de setembro de 1822. Homens
e mulheres que possuíam princípios como patriotismo, comprometimento e fé na missão. Assim também é a vitória que temos hoje para cumprir nossas notáveis missões de ajuda humanitária, fruto da nobre crença do nosso Pai da Aviação de voar e integrar territórios.
Que a lembrança do ato simbólico de Independência do nosso país e a memória de Santos Dumont sirvam
como referências na construção diária do nosso compromisso e sacrifício pela defesa e pela integridade da nossa nação. Edificar um país cada vez melhor e renovar sempre o nosso empenho pela soberania da nossa pátria, são ações que estão em nossas mãos.
Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno Comandante da Aeronáutica
No dia 7 de setembro de 1906, o aviador brasileiro Alberto Santos Dumont fez história ao tentar realizar um dos voos mais icônicos da aviação mundial. No campo de Bagatelle, em Paris, fez a primeira tentativa de voo com o 14-Bis. Por ser muito patriota escolheu a data para homenagear o Brasil.
Santos Dumont, famoso por seus feitos, como o voo do 14-Bis em 1906 e a conquista do Prêmio Deutsch de la Meurthe em 1901 com o seu dirigível nº 6, continuou a impressionar o mundo com sua determinação e inovação. A tentativa de voo no 7 de setembro demonstrou sua habilidade em projetar e construir máquinas voadoras práticas e controláveis, contribuindo signifi cativamente para os avanços subsequentes na aviação.
Santos Dumont, que sempre foi motivo de orgulho para os brasileiros, tornou-se um exemplo de perseverança, engenhosidade e coragem. Seu feito pioneiro com o 14-Bis impulsionou a busca pelo voo controlado e motorizado, abrindo caminho para o desenvolvimento de aeronaves modernas que hoje percorrem os céus ao redor do mundo.
Ao celebrar a tentativa do voo de Santos Dumont em 7 de setembro, homenageamos o aviador, mas também reconhecemos a importância histórica desse evento para a evolução da aviação e a inspiração que ele continua a fornecer para as futuras gerações de aeronautas e
engenheiros aeroespaciais.
O historiador do Museu Aeroespacial (MUSAL), Suboficial Mauricio Inácio da Silva, comenta sobre o patriotismo do Pai da Aviação. “O genial inventor brasileiro Alberto Santos Dumont, mundialmente conhecido, sempre demonstrou o seu amor por sua Pátria e, nesse dia 7 de setembro de 2023, a Força Aérea Brasileira (FAB) traz o fato acontecido na mesma data em 1906, quando o Patrono da Aeronáutica Brasileira realiza a tentativa do voo do 14-Bis. Não quis o nosso Deus que a vitória acontecesse naquela data, deixando o triunfo para o dia 23 de outubro de 1906, que futuramente seria considerado o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira”, conclui.
tilharia, onde permaneceu até 1922. Interessado pela Aviação, fez o primeiro Curso de Observador Aéreo em 1921. Em 4 de julho de 1922 apresentou-se no Forte de Copacabana aderindo ao movimento reconhecido como Revolução dos Tenentes.
Com imenso senso de brasilidade e sabedor das grandes distâncias territoriais, Eduardo Gomes trabalhou na criação do Correio Aéreo Militar (CAM), que viria a se tornar o Correio Aéreo Nacional (CAN).
Pelas asas das linhas do CAN, as populações das cidades mais inóspitas viram chegar a provisão e, acima de tudo, a solidariedade.
Em 1941, com a criação do Ministério da Aeronáutica, foi promovido a Brigadeiro e transferido
para a FAB. Participou da organização e construção das Bases Aéreas, que iriam desempenhar importante papel no esforço dos aliados na 2ª Guerra Mundial. Lançou-se na política e com sua visão de futuro, em 1945 e 1950, foi candidato a Presidente da República.
Eduardo Gomes foi transferido para a reserva no dia 13 de setembro de 1960 e promovido ao posto de Marechal do Ar no dia 22 do mesmo mês e ano. Como ministro (19541967), a indústria Aeronáutica Brasileira começou a ganhar asas quando, em 25 de junho de 1965, deu autorização para execução do projeto IPD-6504 Bandeirante, considerado o embrião da EMBRAER. Seu trabalho pioneiro
Nascido em Petrópolis (RJ), no dia 20 de setembro de 1896, Eduardo Gomes despontou desde cedo sua vocação patriótica. Foi aviador, militar e político brasileiro, além de Ministro da Aeronáutica nos governos de Café Filho, Carlos Luz e Castelo Branco. O jovem visionário teve uma caminhada marcada por sua intensa dedicação à vida militar e ao país. Com
exemplos seguidos por brasileiros de todas as épocas, sem dúvida, o homenageado do mês é um ícone na história da Força Aérea Brasileira (FAB).
Praça na Escola Militar de Realengo, em 21 de abril de 1916, Eduardo Gomes foi servir em Curitiba, no 9º Regimento de Ar-
como impulsionador do CAN foi reconhecido nacionalmente no dia 12 de dezembro de 1972, quando foi proclamado Patrono do Correio Aéreo Nacional pelo Congresso Nacional.
Faleceu no dia 13 de junho de 1981 e deixou o legado de civismo e reconhecidamente a imagem de um homem à frente de seu tempo.
Diante de tudo que esse notável e exímio militar representou para a sua e para as futuras gerações, mesmo após a sua morte, o brasileiro é homenageado
e tem seu legado lembrado. Em 1984, recebeu o título de Patrono da Força Aérea Brasileira. No mesmo ano, foi criada a Medalha Eduardo Gomes Aplicação e Estudo, destinada a incentivar a aplicação nos estudos e na instrução, premiar e dar relevo ao mérito intelectual de Oficiais e Praças da Aeronáutica que venham a distinguir-se nas atividades escolares.
A cidade do Rio de Janeiro também o homenageou dando o nome oficial de Parque Brigadeiro Eduardo Gomes ao aterro
do Parque do Flamengo, já que este fica em frente ao Edifício Seabra, onde morou. Em Brasília (DF), o 11º Grupo de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro tem a denominação histórica Grupo Brigadeiro Eduardo Gomes em homenagem ao Patrono da Força Aérea Brasileira.
Cerca de 200 militares participaram do Exercício Amazonas II, que envolveu a Força Aérea Brasileira, a Força Aérea Peruana e a Força Aeroespacial Colombiana com o objetivo de simular interceptações de aeronaves que trafegam ilicitamente no espaço aéreo, ao cruzar a fronteira entre os respectivos países. O exercício, que ocorreu entre 31 de julho e 06 de agosto, abrangeu Tabatinga, Letícia e Iquitos, cidades situadas respectivamente no Brasil, na Colômbia e no Peru.
O Comando de Operações Aeroespaciais foi o responsável por coordenar, junto a todos os órgãos envolvidos, as necessidades administrativas, logísticas e operacionais do treinamento, que foi
baseado em cenários que se aproximam ao máximo das situações comumente encontradas em interceptações. Foram cumpridos cerca de dois a três voos diários, em um esforço aéreo total de 150 horas. As aeronaves da FAB
empregadas no exercício foram: C-98 Caravan, A-29 Super Tucano, E-99 e H-60 Black Hawk.
“O Exercício Operacional Amazonas II foi uma importante oportunidade que a Força Aérea Brasileira
teve de cooperar com a Força Aeroespacial Colombiana e com a Força Aérea Peruana no controle do espaço aéreo. Ele permitiu que essas três Forças exercitassem os procedimentos de coordenação, de maneira a realizar a transferência
dos tráfegos ilícitos que estão sendo acompanhados, nos seus respectivos países, para que o outro país possa interceptar essa aeronave e tomar as medidas necessárias para o controle do espaço aéreo”, disse o Chefe do Centro Conjunto de Operações Aéreas, Brigadeiro do Ar Francisco Bento Antunes Neto.
O Vice-Chefe do CCOA, Coronel Aviador Ricardo Gonçalves Lins, comentou sobre a importância da cooperação. “Esse Exercício multinacional foi importantíssimo para que nós pudéssemos efetivamente aumentar a capacidade de operar na região amazônica. Acredito que, ao término da Operação, atingimos todos os objetivos propostos, estabelecendo uma melhor cooperação e construindo uma relação de confiança entre os três países, de forma que, juntos, possamos atuar mais fortemente contra os tráfegos aéreos ilícitos que interferem na soberania das respectivas nações”, destacou o Oficial.
O Adjunto do Setor de
Planejamentos Operacionais do COMAE e Coordenador do Exercício Amazonas II, Tenente-Coronel Aviador Valneck Peixoto de Oliveira Melo, comentou que o Exercício se pauta nas Normas Binacionais de Defesa Aérea, que estabelecem os procedimentos a serem seguidos com relação aos tráfegos ilícitos que cruzam as fronteiras dos países.
“Conforme o regulamento, uma aeronave é classifi-
cada como suspeita quando adentra o território nacional sem Plano de Voo aprovado ou quando omite aos órgãos de controle de tráfego aéreo informações necessárias à sua identificação, não cumprindo as determinações destes mesmos órgãos, estando sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo, conforme previsto nas Normas Operacionais do Sistema de Defesa Aérea Brasileiro e no Decreto nº 5.144, de 16 de julho de 2004”, destacou o militar.
SEDIADO NA BASE AÉREA DE CAMPO GRANDE, EXCON TÁPIO FOI
CONSIDERADO O MAIOR EXERCÍCIO SIMULADO DA AMÉRICA LATINA
Nivelamento de conhecimento é o que pode definir o Exercício Conjunto (EXCON)
Tápio 2023. Isso porque as Forças Armadas Brasileiras não medem esforços para que seus militares estejam preparados para o cumprimento de qualquer missão. Prova disso é que a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou a sexta edição do EXCON
Tápio 2023, entre os dias 14 de agosto e 1º de setembro, na Base Aérea de Campo Grande (BACG), reunindo a Marinha do Brasil (MB), o Exército Brasileiro (EB), a FAB e a Guarda Aérea Nacional de Nova Iorque (New York Air National Guard) em diversas missões de interoperabilidade.
Responsável por preparar, para o emprego, os meios aeroespaciais e de Força Aérea sob sua responsabilidade, a fim de manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, o Comando de Preparo (COMPREP) coordenou a realização deste exercício. Assim, o Comandante do COMPREP, Tenente-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida, destacou a importância do treinamento conjunto. “A sinergia e a comunicação são elementos cruciais para o sucesso em qualquer operação conjunta. O EXCON Tápio 2023 oferece uma plataforma única para aprimorar essas habilidades e fortalecer os laços de cooperação entre a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. Muitas missões tiveram a participação de mi-
litares das três Forças, como exemplo, as que ocorreram com o Guia Aéreo Avançado. Assim, essa interoperabilidade é fundamental”, enfatizou o Tenente-Brigadeiro Almeida.
As atividades realizadas durante o Exercício iniciaram com reuniões de coordenação, briefing, concentração das tropas, atividades de apronto, entre outras ações, tais como reconhecimento aeroespacial, infiltração e exfiltração aérea, busca e salvamento em combate, apoio aéreo aproximado, guia aéreo avançado, lançamento de paraquedistas e cargas e evacuação aeromédica.
Foi o maior exercício simulado da América Latina
e o Comandante da BACG e Diretor do Exercício, Brigadeiro do Ar Éric Breviglieri explica que esta edição teve como objetivo treinar os militares envolvidos para situações que simulam conflitos irregulares. “O EXCON Tápio promoveu o entendimento mútuo, a confiança e a interoperabilidade entre os participantes, convergindo esforços para o incremento da capacidade das Forças Armadas Brasileiras. Assim, foi um marco na agenda de treinamento da FAB, uma vez que buscou também o amadurecimento e o desenvolvimento de táticas conjuntas em um ambiente dinâmico, com grande quantidade de elementos no solo e simulação de movimentação de efetivo de Forças Oponentes”, considerou.
O coração do exercício foi a Célula Cenário, um centro de operações que controlava todo o exercício e apresentava uma perspectiva dinâmica, realista e estruturada ao mostrar a atuação dos militares nas atividades de treinamento em tempo real.
De acordo com o Chefe da Célula de Cenário no EXCON Tápio, Capitão Aviador Diego Luís Marques Vieira, de dentro da barraca Cenário era possível não apenas ver o que acontecia nos treinamentos externos – realizados nas proximidades das cidades de Aquidauana e Bodoquena, localizadas a 140 km e 270 km de Campo Grande, respectivamente – como também ouvir tudo o que os militares falavam. Dessa forma, ao final da atividade, foi possível fazer o debriefing de todas
as ações e atitudes tomadas pelos integrantes em treinamento e, assim, avaliar erros e acertos dos militares.
Essa sexta edição deu grande visibilidade para o treinamento dos tripulantes e equipes de busca e resgate (SAR) da Força Aérea Brasileira (FAB). Partindo-se do princípio que “Eles são os primeiros a chegar”, todas as atividades tiveram como objetivo qualificar ainda mais os militares em ações de busca e salvamento, com técnicas de Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APH-T). Assim, foi aplicado o protocolo mundial Tactical Combat Casualty Care (TC-3), que segue a sequência de siglas MARCH, na qual cada letra simboliza um cuidado que deve ser seguido, em ordem de prioridade: Massiva Hemorragia,
Aérea (Vias), Respiração, Circulação e Hipotermia.
Segundo o Capitão Médico Vinicius Guimarães Tinoco Ayres, do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO), instrutor especializado em APH, as ferramentas médicas foram passadas aos homens de resgate para que eles pudessem ter, ao encontrar a vítima em locais de difícil acesso, condições de avaliar a saúde delas, principalmente as relacionadas aos sangramento e controle da respiração.
TÁPIO 2023
O Hospital de Campanha da Força Aérea Brasileira (HCAMP) foi montado na BACG para treinar os militares envolvidos nas operações de resgate e salvamento e
teve grande participação no exercício, sendo uma peça vital nas ações de resgate e Atendimento pré-hospitalar Tático (APH-T).
Equipado com recursos médicos avançados, o hospital foi capaz de oferecer assistência imediata a militares em situações de perigo. De acordo com a coordenadora do HCAMP no EXCON Tápio 2023, Major Médica Juliana Freire Vandesteen, as operações de treinamento de resgate reforçaram ainda mais a resposta ágil e efi ciente do HCAMP, tornando os cuidados médicos vitais para aqueles que necessitam. Isso reforça a importância da prontidão e da capacidade de resposta das Forças Armadas em cenários desafi adores”, conclui.
Realizada no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos, interior de São Paulo (SP), a Reunião Anual dos Controladores de Operações Aéreas Militares (RACOAM) foi promovida, de 31 de julho a 04 de agosto, pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).
Durante a cerimônia de encerramento, ocorreu a entrega de prêmios aos militares que se destacaram nas competições e o troféu à equipe do Centro de Operações Militares do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), que foi a campeã da RACOAM. A Sargento Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Paola Simões de Freitas foi um dos destaques nos Exercícios, tendo recebido quatro medalhas: Maratona Intelectual; Destaque Operacional; Melhor Trabalho em Equipe; e Campeã do Exercício Operacional, medalha que foi
dada para toda a equipe do CINDACTA II).
“Foram bem emocionantes essas premiações. Atribuo esse resultado ao trabalho de toda a equipe, porque estamos sempre nos ajudando. Foi o esforço de todos”, pontuou.
RACOAM 2023
Durante a programação, os militares participaram de exercícios operacionais, treinamento de conflito e simulação de voo, maratona intelectual, competição esportiva, além de palestras sobre riscos relacionados à fadiga humana, dinâmicas sobre o trabalho em equipe e simpósio de doutrina operacional e de capacidades militares do radar LP23NG e do Sistema Link BR2. Participaram do exercício os Centros de Operações Militares (COpM) dos quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I, II, III e IV); o Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) e seus Esquadrões e o Segundo do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV) – Esquadrão Guardião.
-se, ainda, diversas atividades complementares promovidas pelo CASD, como ações sociais, práticas esportivas, iniciativas acadêmicas e de empreendedorismo", explicou o Reitor.
O Centro Acadêmico Santos Dumont (CASD) é o órgão representativo dos alunos de graduação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Além de representar e defender os interesses dos estudantes, o CASD foi criado para promover um ambiente de cooperação e bem-estar que propicie o crescimento completo do futuro engenheiro, levando em consideração aspectos culturais, sociais e técnicos. Seu funcionamento era fundamental no projeto pedagógico pensado pelos fundadores do instituto, pois almejavam uma escola de Aeronáutica que contasse com um alojamento.
Entre os anos 1960 e 1964 surgiu o Departamento de Ordem e Orientação, que, em conjunto com o Conselho de Representantes, responsabilizava-se pelo cumprimento da Disciplina Consciente, um dos principais valores do CASD, propagado aos futuros engenheiros, conforme frase célebre que ainda pulsa no coração dos iteanos: "Fazemos votos de que os alunos atuais continuem a acreditar no Centro Acadêmico
Santos Dumont como uma rica referência para o resto de suas vidas. Um local voltado para a diversidade do ser humano e para a grandeza dos sonhos coletivos que seremos capazes de realizar como nação", Orador da turma de 1964, Luiz Maria Guimarães Esmanhoto.
Segundo o Reitor do ITA, Professor Doutor Anderson Ribeiro Correia, há um consenso entre os alunos do instituto sobre a importância do H8, que, recentemente, passou por uma expansão de sua estrutura física, totalizando seis blocos com capacidade para hospedar 840 alunos. Muitos estudantes, inclusive, atribuem boa parte de sua qualificação (especialmente no que hoje se costuma chamar de “soft skills”) à aprendizagem desenvolvida coletivamente, viabilizada por meio da residência estudantil, que se estende por toda a vida profissional, fruto de uma convivência intensa e próxima ao ambiente de estudo.
"Além da possibilidade de maior dedicação do aluno, o acolhimento resulta em baixa evasão e promove o sentimento de companheirismo que acompanha os iteanos ao longo da vida. Destacam-
O alojamento H8 é gratuito para os alunos financeiramente carentes e, para os demais, é cobrada uma taxa simbólica de manutenção, recurso administrado pelo próprio Centro Acadêmico e destinado para promover melhorias no prédio. Pelas facilidades que apresenta e pela convivência em grupo, quase todos os iteanos optam por morar no alojamento, que conta com uma excelente estrutura de apoio, como ambiente de estudos, academia, sala de música, quadras poliesportivas, piscina, atividades culturais e espaços de convívio.
Para que tudo isso seja possível, o CASD é dividido em três esferas de atuação, o Núcleo Executivo, o Departamento Acadêmico e o Departamento de Ordem e Orientação, e os alunos se dedicam a atividades extracurriculares, organizados em grupos chamados de “iniciativas”.
Entre essas iniciativas, destaca-se a Associação Atlética Acadêmica do ITA (AAAITA), na condição de mais antiga do
H8, uma associação estudantil que preza pela qualidade de vida do iteano, seja por meio da prática de atividades físicas, seja pelos eventos de integração organizados com outras faculdades, permitindo a troca de conhecimento acadêmico e a expansão do ciclo social.
Para o Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, a experiência vivida durante os anos de estudos no ITA é única e transformadora, formando alunos que se realizam não apenas academicamente, mas que também se sentem acolhidos, motivados e valorizados.
“No ano em que celebramos os 150 anos do nascimento de Santos Dumont, torna-se ainda mais importante comemorarmos o 73º aniversário de criação do CASD. Por meio do Centro, os estudantes têm, à sua disposição, iniciativas que promovem o equilíbrio entre a rotina de estudos e o bem-estar físico e emocional, o que impacta diretamente na qualidade de vida e complementa, de forma sinérgica, a reconhecida formação de excelência dos iteanos”, concluiu o Diretor-Geral do DCTA.
A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, entre os dias 30/07 e 01/08, a Reunião Anual de Infantaria da Aeronáutica (RAINF-2023), na Base Aérea dos Afonsos (BAAF), no Rio de Janeiro (RJ). Mais de 150 militares participaram das atividades durante os três dias de evento.
Quem esteve no evento pôde conferir palestras como sistemas de aeronaves não tripuladas ( Unmanned Aircraft Systems - UAS ) na segurança das instalações; apresentações da Comissão de Desportos da Aeronáutica; da Subdiretoria de Serviço Militar; do Centro de
Inteligência da Aeronáutica; do Preparo de Operações Terrestres e Defesa Antiaérea; além de outras atividades de interação entre os militares participantes.
A cerimônia militar de encerramento da RAINF-2023 contou com o desfile das tropas dos Grupamentos de Segurança e Defesa (GSD) do Rio de Janeiro e representantes de todas as Unidades de Infantaria do Brasil. A solenidade foi presidida pelo Chefe do Estado-Maior do Comando de Preparo (COMPREP), Major-Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, e contou com a presença do Comandante do Terceiro Comando Aé-
reo Regional (III COMAR), Major-Brigadeiro do Ar José Madureira Junior; do Chefe do CIAER, Brigadeiro de Infantaria José Roberto de Queiroz Oliveira; do Chefe da Subchefia de Operações Terrestre, Brigadeiro de Infantaria Alexandre Okada; do Brigadeiro de Infantaria
Augusto Cesar Amaral, do Brigadeiro de Infantaria
Marcelo Rosa Costa, bem como demais Oficiais-Generais, Comandantes de Unidades de Infantaria e Organizações Militares convidadas.
O Chefe do Estado-Maior do COMPREP reafi rmou a importância da Infantaria para a FAB. “A Infantaria de-
fende na terra o domínio do ar, protege as nossas atividades do dia a dia, a segurança orgânica, e outras muito específicas relacionadas à defesa de superfície. Há, ainda, novas atividades que estão sendo incorporadas, como a gerência juntamente com a DIRINFRA das atividades de contraincêndio, essenciais para as atividades aéreas. Com isso, muitas das suas atividades são correntes, como, por exemplo, a segurança das nossas instalações e a proteção dos nossos bens, donde se resume a importância fundamental da Infantaria dentro da nossa Força”, explicou o Major-Brigadeiro do Ar Medeiros.
Ten JOR Gabrielle Varela
No Torneio de Tropa da Infantaria (TTI), os militares da RAINF 2023 se distribuíram em sete equipes, representando cada Comando Aéreo Regional para revezamento dos exercícios, entre eles: natação, corrida, rastejo baixo, corrida mochilada, montagem de armamento e transporte de feridos. A equipe mais rápida nos exercícios foi a do III COMAR, que completou a prova em pouco mais de 26 minutos.
Por meio da competição, pudemos desafiar nossas habilidades individuais e em equipe, reforçando nossa capacidade de trabalhar em conjunto, respeitar as diferenças e celebrar as conquistas, independentemente do resultado, criando um ambiente positivo e inspirador para todos os presentes. Brigadeiro de Infantaria Okada.
ambiente
Quatro milhões de litros de Querosene de Aviação (QAv). Essa foi a quantidade de combustível já utilizado pelas Forças Armadas, agências e Órgãos de Segurança Pública (OSP), no âmbito das Operações Yanomami e Ágata Fronteira Norte, desde o início deste ano. O objetivo é viabilizar ações humanitárias e repressivas em regiões como Palimiú, Surucucu, Auaris, Uaica e Homoxi, localizadas dentro da Terra Indígena Yanomami (TIY).
O combustível abastece aeronaves que atuam, em especial, no interior da região em locais distantes e de acesso muito restrito, a fim de atender as demandas sanitárias na TIY e demais ações fixadas
pelo Decreto nº 11.405, de 30 de janeiro de 2023, e alterado pelo Decreto nº 11.575, de 21 de junho de 2023. “Em relação à Surucucu, por exemplo,
a dificuldade em transportar o combustível é em relação à pista, porque ela está em condições bastante degradadas e, com isso, por consequência, é necessário leva-lo por meio das aeronaves C-98 Caravan. E isso é uma logística de formiguinha, porque o Caravan leva apenas 600 litros por vôo, ao contrário do C-105 Amazonas que conseguiria levar cerca de 3 mil litros, mas tem dificuldades em pousar devido ao estado da pista”, ressaltou Chefe da Seção de Operações (D3) da Ágata Fronteira Norte, Tenente-Coronel Aviador Murilo Grassi Salvatti.
De acordo com o Subdiretor de Contratos e Convênios da Diretoria de Economia e Finanças da Aeronáutica (DIREF), Brigadeiro do Ar Paulo Ricardo da Silva
Mendes, o abastecimento acontece em Boa Vista (RR) e em pontos estratégicos dentro da TIY. “Essa é uma Operação que exige uma logística para todos os pontos onde operamos. Para atender essa demanda, três pontos estratégicos foram montados na região, sendo um deles o Pelotão Especial de Fronteira de Surucucu, sob o comando do Exército Brasileiro. Nesses locais, o combustível é levado em tanques flexíveis (plotters), de forma periódica, para que os aviões que atuam na distribuição de cestas e ações repressivas não precisem retornar à Boa Vista para fazer o reabastecimento. O intuito é realizar essa ação na própria área de atuação”, pontuou o Oficial-General.
Ainda no que tange à logística referente ao trans-
porte de QAv, os Postos de Combustíveis e Lubrificantes (PCL) foram planejados de forma estratégica onde houvesse apoio e infraestrutura para levar o combustível e manter os militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB). Além de Surucucu, as regiões de Palimiú, Auarís e Amajari também receberam os pontos avançados de reabastecimento.
Além das cestas de alimentos, o combustível transportado à TIY também está entre os itens de ajuda humanitária que chega por meio do céu pelas aeronaves das Forças Armadas. Mas como isso ocorre, de fato? “O combustível é transportado de duas formas, por aeronaves de asas rotativas ou asas fixas. Em Surucucu, por exemplo, ele é transportado dentro de plotters com capacidade de 200 litros, por meio do C-98 e o C-105. Já na localidade de Palimiú, nós utilizamos um ponto de acesso móvel, localizado em Amajari, bem
mais acessível por terra”, afirmou o Chefe e Encarregado da Seção de Logística e Mobilização (D4), durante o mês de julho na Operação, Capitão de Corveta Fabiano dos Santos da Silva.
Todo voo de transporte de QAv, dentro da TIY, exige uma logística planejada e coordenada para chegar às comunidades indígenas. E quanto ao consumo desse combustível na fronteira com a Venezuela, que também faz parte da TIY. O Adjunto da Seção de Logística e Mobilização (D4), Capitão de Corveta Claudenilson dos Santos Viana, durante o mês de agosto na Operação Ágata Fronteira Norte, evidenciou quais pontos são levados em consideração para direcionar de forma inteligente o uso do combustível, em todas áreas de atuação das Forças Armadas.
“O consumo de combustível na Operação Ágata Fronteira Norte é diretamente relacionado à missão a ser executada (quantidade de carga x distância a ser
voada) e o principal fator que contribui com a eficiência do consumo de QAv é a descentralização do abastecimento, principalmente no caso das aeronaves, por não precisarem regressar para a Base Aérea de Boa Vista para reabastecimento. Isso aumenta a sua capacidade operacional e o seu alcance na área. Outra ação que também foi realizada na Operação e que contribuiu com um consumo mais eficiente de combustível foi a montagem do posto de Amajari, que além de estar mais próximo à TIY, é
reabastecido por via terrestre (maneira consideravelmente mais econômica)”, comentou o militar.
Vale destacar ainda que o consumo de QAv, no que se refere às ações de ajuda humanitária, permitiu que as Forças Armadas ultrapassassem a marca de mais de 30 mil cestas de alimentos entregues, desde fevereiro deste ano, às comunidades indígenas da TIY. O número foi atingido, no dia 16/08, com a entrega de 600 cestas às comunidades de Hadianay, Serrinha, Natureza, Bebedor, Mangueiral, Pedral, Korokoro, Omano e Cajaí, localizadas na região de Apiaú.
“Para atingirmos essa marca foi necessária uma grande logística, um tanto quanto complexa, porque a região é de difícil acesso, os locais de pouso são extremamente restritos e as distâncias a percorrer são muito grandes”, finalizou o Brigadeiro do Ar Silva Mendes.
O Dia Nacional da Doação de Órgãos é celebrado no dia 27 de setembro e é uma data marcante para a Força Aérea Brasileira (FAB), que já transportou, apenas no primeiro semestre desse ano, 69 órgãos em todo o
território nacional. O trabalho é realizado por equipes de prontidão 24 horas por dia para auxiliar o Centro Nacional de Transplantes (CNT), na missão de levar esperança às famílias que aguardam por um órgão. De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, mais
de 65 mil brasileiros estão à espera por um transplante de órgão no país. Para quem está na fila, a vida é como uma corrida contra o tempo. Além da ordem do cadastro, critérios como a compatibilidade com o doador do órgão e a gravidade do paciente são avaliados. Fora do corpo, o órgão possui um período de viabilidade limitado, chamado tempo de isquemia. Um coração, por exemplo, tem menos de seis horas para chegar até o seu receptor. E é exatamente neste momento que a Força Aérea Brasileira atua.
A pequena Valentina Ribeiro nasceu no dia 08 de abril de 2022 com uma doença que afeta a função e o tamanho do coração, a Miocardiopatia Dilatada. Ela entrou na fila de transplante aos dois meses de vida e, aos nove meses, sua mãe, Laiane de Souza, recebeu
a notícia de que havia um órgão compatível. Ela conta que do momento em que recebeu a notícia do órgão compatível até a chegada do coração doado o processo foi muito rápido.
“Estava com muito medo, mas quando vi o helicóptero tive muita esperança pois era o coração da minha filha chegando! Agradeço a Deus pela oportunidade e a todos os envolvidos, especialmente a Aeronáutica, por ter transportado o órgão com agilidade e segurança”, emocionou-se Laiane.
A logística de uma missão de Transporte de Órgãos, Tecidos e Equipes (TOTEQ) é iniciada quando o Centro Nacional de Transplantes é informado por alguma Central Estadual sobre a existência de órgão ou tecido em condições
clínicas para o transplante. O CNT aciona as companhias aéreas para verificar a disponibilidade logística. Se houver voo compatível, os aviões comerciais recebem o órgão e levam ao destino. Quando não há, a coordenação logística do translado de órgão e tecido fica a cargo do Comando da Aeronáutica (COMAER). Nestes casos, as aeronaves têm prioridade para pousos e decolagens. O transporte realizado pela FAB facilita o processo, tornando mais viável e ágil, devido às aeronaves terem condições para pousar em pistas e aeroportos menores, o que possibilita maior mobilidade fora das capitais. É importante ressaltar que o tempo de preservação dos materiais orgânicos é um fator contribuinte para o sucesso dos transplantes.
Os pedidos chegam à Força Aérea por meio de uma estrutura montada no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF). De lá, avalia-se qual esquadrão será acionado. A Tenente Aviadora Dativa Vitória Da Silva fala sobre a importância da missão de transportar órgãos.
“É uma missão extremamente gratificante porque envolve um grande senso de responsabilidade, tanto dos pilotos como de todo o Esquadrão envolvido, em virtude da seriedade que exige desde o planejamento até a execução de uma missão de Transporte de Órgãos e, acima de tudo, um sentimento de gratidão por poder ajudar o próximo”, afirmou a Oficial.
O Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA)
- Esquadrão Guará, situado em Brasília (DF), é dotado de quatro tipos diferentes de aeronaves operacionais e é atualmente o Esquadrão que mais realiza esse tipo de missão no Brasil pela FAB. O Comandante do 6º ETA, Tenente-Coronel Aviador André Luiz Cornélio Maia, destacou o comprometimento do efetivo.
"É uma satisfação muito grande comandar o Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo, uma Unidade reconhecida
pela prontidão! Nossas tripulações estão a postos, 24h por dia, para cumprir qualquer missão. As de TOTEQ têm uma importância especial pois sabemos que a decolagem de um Guará (código de chamada dos nossos aviões) na escuridão da madrugada é a certeza de dias melhores na vida de quem está numa fila de espera, aguardando um transplante. Isso aumenta nosso comprometimento, nossa dedicação e a nossa vibração. É
o voo da vida nas asas da Força Aérea Brasileira!", destacou o Comandante.
O Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com familiares e amigos sobre o assunto.
