Monitor do Déficit Tecnológico Análise Conjuntural das Relações de Troca de Bens e Serviços Intensivos em Tecnologia no Comércio Exterior Brasileiro
1º semestre de 2012
Monitor do Déficit Tecnológico • 1º semestre de 2012
1. Resumo
O
Déficit Tecnológico do segundo trimestre de 2012 foi de US$ 27,2 bilhões. Do primeiro para o segundo trimestre a evolução do déficit foi de 5,6% e, comparado ao segundo trimestre de 2011, o crescimento foi de 1,7%. No acumulado do ano, de janeiro a junho, o déficit alcançou o patamar de US$ 52,9 bilhões, traduzindo um aumento de 6,4% quando comparado ao primeiro semestre de 2011. Se o primeiro trimestre de 2012 havia registrado um baixo crescimento nas relações de troca do país com o exterior, no segundo aconteceu uma pequena retração. Tendo como base o mesmo período de 2011, a soma das relações de troca comerciais (importação mais exportação) neste período alcançou US$ 119,6 bilhões ante US$ 124,3 bilhões no mesmo período do ano interior, representando uma queda de 3,8%. Apesar disso, as importações cresceram 0,41%, atingindo o total de US$ 57,5 bilhões, no primeiro semestre de 2012. Somando o desempenho do primeiro com o segundo trimestre deste ano, as importações alcançaram um patamar recorde de US$ 110 bilhões e, em comparação com o primeiro semestre de 2011, registrando um crescimento de 4,5%. As exportações de mercadorias, no segundo trimestre de 2012, sofreram uma retração de 7,4% em comparação com o mesmo período de 2011, somando US$ 62 bilhões. O desempenho das exportações no semestre, de US$ 117,2 bilhões, ficou abaixo do realizado em 2011, registrando uma redução de 0,9%. O saldo comercial no segundo trimestre alcançou US$ 4,6 bilhões. Somando os dois primeiros trimestres de 2012, avançou para US$ 7,1 bilhões. Em comparação com o primeiro semestre de 2011, houve uma queda de 45%. Considerando apenas os produtos industriais, o déficit atingiu US$ 24,8 bilhões, resultado que, em comparação com o mesmo período de 2011, significou 33,8% de aumento. Como vem se tornando recorrente no padrão de comércio exterior brasileiro, os produtos não industriais (principalmente minério de ferro, petróleo e soja) garantiram o saldo comercial no final do período.
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2. Conceitos básicos O indicador Déficit Tecnológico foi criado pela Protec para verificar a competitividade dos segmentos industriais brasileiros de maior intensidade tecnológica no comércio exterior de mercadorias e serviços. O número indica o saldo comercial dos grupos de produtos de alta e de média-alta intensidade tecnológica, somado ao saldo comercial das contas de serviços tecnológicos (“royalties e licenças”, “computação e informação” e “aluguel de equipamentos”).
Déficit Tecnológico
= saldo comercial de produtos de alta intensidade tecnológica
+ saldo comercial de produtos de média-alta intensidade tecnológica
+ saldo comercial de serviços tecnológicos
A metodologia utilizada pela Protec segue os parâmetros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que classifica os produtos pelos seguintes grupos de intensidade tecnológica: • Alta – setores aeroespacial e aeronáutico; farmacêutico; material de escritório e informática; equipamentos de rádio, TV e comunicação; e instrumentos médicos de ótica e precisão. • Média-alta – setores de máquinas e equipamentos elétricos; automobilístico; químico; equipamentos para ferrovia e material de transporte; e máquinas e equipamentos mecânicos. • Média-baixa – setores de construção e reparação naval; borracha e produtos plásticos, petróleo refinado e combustíveis; e produtos minerais metálicos e não-metálicos. • Baixa – setores de produtos reciclados (sucata metálica e não metálica); manufaturados não específicos (jóias, instrumentos musicais, bens esportivos, brinquedos etc), além dos grupos de madeira, papel e celulose; de alimentos, bebidas e tabaco; e de têxteis, couro e calçados. • Produtos não industriais – não utilizam processos industriais. 3
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3. Resultado do comércio exterior por intensidade tecnológica
Considerando os grupos de alta e média-alta intensidade tecnológica, as exportações e importações avançaram no primeiro semestre, quando comparadas com o primeiro semestre de 2011. O grupo de alta exportou US$ 4,5 bilhões, com 11% de crescimento, e importou US$ 20,2 bilhões, em uma alta de 6,6%. Já o grupo de média-alta somou US$ 19,8 bilhões em exportação, crescendo 0,2%, enquanto importou US$ 44,4 bilhões, em uma alta de 2,1%.
3.1 Grupo de alta intensidade tecnológica – Analisando o desempenho dos grupos tecnológicos apenas no segundo trimestre, o grupo de alta intensidade foi o único dentre os quatro que apresentou um desempenho maior nas vendas externas do que no mesmo período de 2011, com um crescimento de 17,9%. Destaque para o setor de aviação e aeroespacial, que exportou US$ 1,5 bilhão, sendo US$ 1,2 bilhão em aviões. O setor farmacêutico exportou US$ 577 milhões, registrando um crescimento de 1,2% em comparação com o mesmo período de 2011. No acumulado do ano, de janeiro a junho, este aumento foi de apenas 0,3%, em razão de um desempenho ruim no primeiro trimestre, quando o setor exportou US$ 478 milhões, ante US$ 481 milhões no mesmo trimestre de 2011. Os farmacêuticos mais exportados foram os medicamentos contendo insulina, US$ 76,9 milhões (US$ 139,7 milhões no semestre) e ésteres e sais de lisina (aminoácidos), com US$ 56,4 milhões (US$ 119,2 milhões no semestre). De janeiro a junho de 2012, o grupo de alta tecnologia fechou com déficit de US$ 15,6 bilhões, registrando um aumento de 5,4%. O segmento de aviação e aeroespacial teve um desempenho, em valor, 35% superior ao do primeiro semestre de 2011, com US$ 2,5 bilhões exportados e um déficit comercial de US$ 51 milhões. O setor farmacêutico, por outro lado, fechou o semestre com um déficit de US$ 3,4 bilhões - uma expansão de 10% em comparação a 2011.
3.2 Grupo de média-alta intensidade tecnológica – O grupo de média-alta intensidade tecnológica, no segundo trimestre de 2012, contou apenas com um setor com elevação no valor exportado, em comparação com o segundo trimestre de 2011. Este setor foi o de máquinas e equipamentos elétricos, com alta de 8,7%, somando US$ 962 milhões. O total exportado pelo grupo, em comparação ao mesmo período de 2011, apresentou queda de 6,7%, fechando o período com US$ 9,9 bilhões.
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De janeiro a junho, o déficit do grupo de média-alta tecnologia foi de US$ 24,6 bilhões, em uma alta de 3,6% quando comparado ao mesmo período de 2011. O setor de máquinas e equipamentos elétricos, apesar de ter encerrado o período com déficit de US$ 2,6 bilhões, reduziu em 3,9% o déficit setorial quando comparado a 2011. Produtos químicos (excluindo farmacêuticos) demonstraram uma pequena evolução no déficit setorial, de 0,2% em valor, US$ 9,6 bilhões; os produtos mais exportados neste segmento são polietileno, com US$ 323,4 milhões, e silícios, com US$ 287,8 milhões; já os mais importados foram cloreto de potássio (insumo para a fabricação de fertilizantes), com US$ 1,4 bilhão, e uréia com teor de nitrogênio superior a 45% em peso (também usado como insumo para fertilizantes), com US$ 443,9 milhões.
3.3 Grupo de média-baixa intensidade tecnológica – O grupo de média-baixa intensidade tecnológica fechou o semestre com um déficit de US$ 2 bilhões - reflexo, ainda, da questão dos combustíveis que, no semestre, foi responsável por um déficit de US$ 5 bilhões. A importação de gasolina começou a se intensificar no segundo semestre de 2011 e até o final de junho deste ano não deu sinais de redução, justificando um aumento de 36,7% no déficit deste setor, quando comparados o primeiro semestre de 2012 com o mesmo período de 2011.
3.4 Grupo de baixa intensidade tecnológica – O grupo de baixa intensidade tecnológica continua superavitário, porém o primeiro semestre de 2012, em comparação ao de 2011, registrou uma queda de 10,6% no seu saldo, que fora de US$ 17,4 bilhões. As importações de US$ 9 bilhões, neste grupo, aumentaram 8,6%, em comparação ao mesmo período de 2011, enquanto que as exportações, de US$ 26,5 bilhões, diminuíram em 4,9%.
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4. Produtos não industriais
Os produtos não industriais - grandes responsáveis pela manutenção de um saldo comercial favorável na balança comercial brasileira - também tiveram um desempenho ruim no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período de 2011. A queda nas exportações desses bens foi de 6,4%, somando US$ 26,1 bilhões. Os três principais produtos desse grupo são: soja, minério de ferro e petróleo. Neste segundo trimestre, a soma dos três itens foi de US$ 21,9 bilhões (83,8% do total), enquanto que, em 2011, havia sido de US$ 23,4 bilhões (84,1% do total). A exportação de minério caiu, em valor, 21%, passando de US$ 10,2 bilhões no segundo trimestre de 2011, para US$ 8,1 bilhões em 2012. O petróleo teve uma queda de 15% no valor das exportações, alcançando a soma de US$ 5,1 bilhões. A soja não seguiu a mesma tendência e fechou o trimestre com alta de 21% no valor, com exportações da ordem de US$ 8,7 bilhões. Em função do desempenho do segundo trimestre deste ano, o total de exportações do segmento, no primeiro semestre de 2012, alcançou o mesmo nível do de 2011, na faixa de US$ 46,5 bilhões.
5. Serviços tecnológicos
O déficit dos serviços tecnológicos apresentou um crescimento moderado. Na comparação do 2º trimestre de 2012 com o mesmo período de 2011 o déficit aumentou em 10,4%, enquanto que de 2011 para 2010 o aumento havia sido de 28%. Na comparação entre os primeiros semestres de 2012 e 2011, o aumento foi de 13,8%, fechando este período em US$ 12,7 bilhões. O aluguel de equipamentos é a rubrica que mais onera este déficit de serviços. No segundo trimestre de 2012, houve um saldo negativo de US$ 5 bilhões ante US$ 4,2 bilhões no mesmo período de 2011, configurando um crescimento de 19,6%. Na comparação do primeiro semestre de 2012 com o de 2011, o crescimento foi de 19,4%, totalizando US$ 9,3 bilhões em 2012. Royalties e licenças fecharam o segundo trimestre com déficit de US$ 612 milhões. Este resultado, em comparação ao segundo trimestre de 2011, representou aumento de 2,7%.
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No semestre, o crescimento do déficit foi de 14%, fechando em US$ 1,4 bilhão - devido ao desempenho do primeiro trimestre, quando o resultado havia sido de US$ 816 milhões. Do 1º para o 2º trimestre de 2012, portanto, houve uma queda de 25%. A rubrica computação e informação apresentou queda de 19,9% em seu déficit na comparação do segundo trimestre de 2012 com o de 2011. A razão disso foi um aumento na sua receita, que havia sido de US$ 55 milhões no segundo trimestre de 2011 e passou para US$ 286 milhões no mesmo período em 2012. No semestre, a queda foi de 6,8%, tendo, em 2012, alcançado US$ 1,96 bilhão ante US$ 2,11 bilhões em 2011. (Ver tabela 1)
6. Perspectivas Com a perspectiva pessimista sobre o futuro da economia global e com as recentes dúvidas com relação à manutenção do crescimento da economia chinesa acima de 8% ao ano, a economia brasileira fica em uma situação delicada. A razão disto é a forte dependência brasileira da agroindústria (soja e carnes) e da indústria extrativa (minério e petróleo), bens que tem seus preços de referência cotados na Bolsa de Chicago. Neste segundo trimestre, a exportação de minério e petróleo sofreu uma redução significativa em valor, refletindo diretamente o esfriamento da economia internacional. Em razão do Brasil ainda ser um país subdesenvolvido, com grande dependência do capital estrangeiro, o balanço de pagamentos nas contas de rendas e serviços é historicamente deficitário. Sendo assim, a balança comercial é de grande importância para que seja possível obter um superávit em transações correntes, Com uma especialização da pauta de exportações em commodities e produtos de baixa tecnologia, com pouca agregação de valor, a economia brasileira continua sendo refém dos ciclos econômicos.
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7. Produção física local e as importações Analisando as importações de bens industriais no período de janeiro de 2007 a junho de 2012 e comparando o índice de quantidade importada com o índice de produção física, é possível notar que, após a recuperação da crise de 2009, os bens importados tiveram um crescimento maior do que a produção local. Com uma combinação perversa de taxa de juros elevada, taxa de câmbio sobrevalorizada e forte incentivo ao consumo, o aumento da demanda agregada incentivou fortemente as importações. Com um menor volume de comércio internacional no ano de 2012, o segundo trimestre deste ano apresentou um nível inferior ao do mesmo período de 2011. Porém, a produção nacional não pareceu dar mostras de ter ocupado o espaço desse relativo decrescimento das importações, tendo como base o mesmo mês do ano anterior. Comparando os índices de valor e o de quantidade dos meses de julho de 2008 e de 2009, vemos a quantidade de produtos aumentando em uma velocidade maior que o valor das mercadorias, o que confirma que, na busca por novos mercados, os países estrangeiros mais competitivos disponibilizaram seus produtos a preços abaixo do que as firmas nacionais poderiam suportar.
Comparação entre produção física e importação* *base: igual mês do ano anterior = 100
Quantidade
Produção física nacional
Valor
240 220 200
Índice
180 160 140 120 100 80 60 40 jan -07
jun -07
nov -07
abr-08
set-08
fev-09
jul-09
dez-09
mai-10
out-10
mar-11 ago -11
jan -12
jun -12
Fonte: IBGE e AliceWeb2, elaboração própria
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8. Os entraves comerciais impostos pela Argentina
A escaramuça comercial envolvendo a Argentina e o Brasil no primeiro semestre de 2012 foi responsável por uma redução de 12,1% na corrente de comércio bilateral – lembrando que os dois países são os mais importantes do Mercosul, cuja corrente de comércio em 2011 foi de US$ 47,2 bilhões, sendo 84% deste total entre Brasil e Argentina. A retração forçada nas exportações brasileiras, em 15,3%, foi responsável pela queda no valor total exportado da economia brasileira neste primeiro semestre do ano. Estima-se que pelo menos US$ 3 bilhões tenham sido perdidos por conta desse bloqueio, o que poderia ter elevado o total exportado em aproximadamente US$ 120 bilhões. O impacto nas importações brasileiras também foi significativo. Em comparação ao primeiro semestre de 2011 houve uma redução de 7,8%. Grande parte dessa redução foi em bens dos grupos de média-baixa e baixa intensidade tecnológica, como, por exemplo, bens derivados do petróleo e material de papelaria. Pode-se estimar que a Argentina tenha deixado de exportar ao Brasil o equivalente a US$ 1 bilhão. O Brasil foi o mais prejudicado comercialmente neste imbróglio que tornou seu saldo comercial com a Argentina 39,8% menor em comparação ao primeiro semestre de 2011 e no geral, com o restante do mundo (incluindo a Argentina), 45,4% inferior em comparação ao mesmo período. As barreiras, extra-acordos impostas pelos argentinos pouco alteraram o grave quadro brasileiro no saldo comercial dos grupos de alta e média-alta intensidade tecnológica, uma vez que o comércio entre os países nestes grupos é relativamente baixo, tendo apenas importância relativa nas indústrias automobilística, química e de máquinas e equipamentos (ambas de média-alta intensidade). Nestes três segmentos a queda no saldo comercial, somada, foi de 19,5%, tendo alcançado, no primeiro semestre de 2011, US$ 1,5 bilhão, e no mesmo período deste ano, US$ 1,2 bilhão.
Saldo comercial com Argentina (milhões US$ FOB)
1º semestre 2007
1º semestre 2008
1º semestre 2009
1º semestre 2010
1º semestre 2011
1º semestre 2012
465,80
614,16
444,37
475,83
523,69
165,66
1.743,95
2.123,54
253,61
1.083,07
1.911,37
1.575,36
Média-baixa Tecnologia
68,74
388,66
94,34
185,22
419,66
228,14
Baixa Tecnologia
83,34
14,96
-146,26
-172,13
-104,02
-204,10
-743,82
-791,63
-690,13
-471,72
-304,12
-292,76
Alta Tecnologia Média-alta Tecnologia
Produtos Não Industriais
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Saldo dos grupos tecnológicos (milhões US$ FOB)
1º trimestre 2011
1º trimestre 2012
2º trimestre 2010
2º trimestre 2011
2º trimestre 2012
1º semestre 2010
1º semestre 2011
1º semestre 2012
116,61
-221,38
-171,22
193,63
-27,98
119,94
310,24
-249,36
-51,28
-1.909,89
-1.437,56
-1.692,81
-1.425,75
-1.641,53
-1.696,62
-3.335,64
-3.079,09
-3.389,43
Material de escritório e informática
-782,48
-876,61
-1.050,19
-899,20
-1.053,85
-1.310,94
-1.681,67
-1.930,46
-2.361,12
Equipamentos de telecomunicações
Aviação e aeroespacial Farmacêutico
-2.363,25
-3.020,70
-3.382,96
-2.747,49
-3.753,34
-3.440,84
-5.110,74
-6.774,04
-6.823,80
Instrumentos médicos de ótica e precisão
-1.286,79
-1.344,31
-1.523,90
-1.423,30
-1.437,27
-1.459,46
-2.710,09
-2.781,58
-2.983,37
ALTA TECNOLOGIA
-6.225,79
-6.900,56
-7.821,08
-6.302,10
-7.913,97
-7.787,92
-12.527,90
-14.814,53
-15.609,01
Máquinas e equipamentos elétricos n.e
-932,39
-1.392,35
-1.413,29
-1.021,13
-1.343,56
-1.216,45
-1.953,52
-2.735,91
-2.629,74
Indústria automobilística
-927,61
-1.544,49
-1.709,92
-1.101,86
-1.694,93
-1.853,39
-2.029,47
-3.239,42
-3.563,30
-2.806,68
-4.008,84
-4.544,67
-3.471,17
-5.592,53
-5.073,22
-6.277,85
-9.601,37
-9.617,89
-206,26
-342,51
-315,54
-181,95
-393,18
-468,15
-388,21
-735,69
-783,69
Máquinas e equipamentos mecânicos n.e
-2.595,24
-3.590,35
-3.783,31
-2.695,04
-3.866,87
-4.253,33
-5.290,28
-7.457,22
-8.036,64
MÉDIA-ALTA TECNOLOGIA
-7.468,19
-10.878,53
-11.766,73
-8.471,14
-12.891,07
-12.864,54
-15.939,34
-23.769,61
-24.631,27
-21,38
-57,42
344,09
-35,61
1.035,24
-39,71
-56,99
977,82
304,38
Produtos químicos, excl. farmacêuticos Equipamentos para ferrovia e material de transporte n.e
Tabela 1
1º trimestre 2010
Construção e reparação naval Borracha e produtos de plástico Produtos de petróleo refinado e outros combustíveis Outros produtos minerais não metálicos Produtos metálicos MÉDIA-BAIXA TECNOLOGIA
-398,65
-618,60
-659,64
-428,25
-646,76
-683,70
-826,89
-1.265,35
-1.343,34
-1.092,50
-1.023,62
-1.723,77
-2.056,26
-2.624,14
-3.263,42
-3.148,75
-3.647,75
-4.987,19
83,14
-105,14
-156,33
133,06
-5,33
-65,39
216,20
-110,46
-221,73
1.094,71
2.070,61
2.189,77
1.017,66
2.485,82
2.022,44
2.112,37
4.556,43
4.212,21
-334,68
265,84
-5,88
-1.369,39
244,84
-2.029,79
-1.704,07
510,68
-2.035,67
32,48
-64,93
-89,33
-47,87
-37,36
-146,77
-15,40
-102,29
-236,10
Madeira e seus produtos, papel e celulose
1.590,96
1.627,67
1.533,25
1.664,58
1.656,72
1.572,73
3.255,54
3.284,38
3.105,98
Alimentos, bebidas e tabaco
6.161,09
7.415,17
7.104,71
7.939,82
9.391,54
8.589,94
14.100,91
16.806,72
15.694,65
35,62
-336,94
-767,03
-122,16
-149,54
-371,54
-86,54
-486,48
-1.138,57
7.820,15
8.640,97
7.781,60
9.434,37
10.861,35
9.644,36
17.254,52
19.502,32
17.425,96
-6.208,52
-8.872,28
-11.812,10
-6.708,27
-9.698,85
-13.037,89
-12.916,79
-18.571,13
-24.849,99
7.089,21
12.017,52
14.249,52
13.201,33
19.512,93
17.678,09
20.290,54
31.530,45
31.927,62
880,69
3.145,24
2.437,42
6.493,05
9.814,08
4.640,21
7.373,74
12.959,32
7.077,63
1º Tri/2010
1º Tri/2011
1º Tri/2012
2º Tri/2010
2º Tri/ 2011
2º Tri/2012
1º Sem/2010
1º Sem/2011
1º Sem/2012
-838,00
-973,00
-1.055,00
-790,00
-1.134,00
-908,00
-1.628,00
-2.107,00
-1.963,00
-612,00
-1.196,00
Produtos manufaturados n.e e bens reciclados
Têxteis, couro e calçados BAIXA TECNOLOGIA SALDO DOS GRUPOS TECNOLÓGICOS Produtos não industriais SALDO COMERCIAL Saldo dos Serviços Tecnológicos Computação e informação
-636,00
-656,00
-816,00
-560,00
-596,00
-1.252,00
-1.428,00
Aluguel de equipamentos
-2.894,00
-3.619,00
-4.308,00
-3.294,00
-4.214,00
-5.041,00
-6.188,00
-7.833,00
-9.349,00
TOTAL
-4.368,00
-5.248,00
-6.179,00
-4.644,00
-5.944,00
-6.561,00
-9.012,00
-11.192,00
-12.740,00
-18.061,99
-23.027,10
-25.766,82
-19.417,25
-26.749,04
-27.213,46
-37.479,24
-49.776,13
Royalties e licenças
SALDO TECNOLÓGICO
-52.980,28 Fonte: MDIC e BC
10
Monitor do Déficit Tecnológico • 1º semestre de 2012
Exportação dos grupos tecnológicos (milhões US$ FOB)
1º trimestre 2011
1º trimestre 2012
2º trimestre 2010
2º trimestre 2011
2º trimestre 2012
1º semestre 2010
1º semestre 2011
1º semestre 2012
Aviação e aeroespacial
947,01
822,53
984,43
1.114,02
991,60
1.465,03
2.061,04
1.814,13
2.449,47
Farmacêutico
383,05
481,42
477,88
446,33
570,41
577,04
829,38
1.051,83
1.054,92
Material de escritório e informática
42,40
47,57
49,40
55,58
48,37
52,67
97,99
95,94
102,07
Equipamentos de telecomunicações
399,88
331,68
211,18
466,14
325,49
255,99
866,02
657,17
467,17
Instrumentos médicos de ótica e precisão
183,80
207,08
228,52
205,87
264,07
242,06
389,67
471,15
470,58
1.956,14
1.890,28
1.951,42
2.287,95
2.199,94
2.592,79
4.244,09
4.090,22
4.544,21
616,04
686,97
788,07
824,69
885,75
962,66
1.440,73
1.572,71
1.750,73
Indústria automobilística
2.826,14
3.299,65
3.485,12
3.390,33
4.097,67
3.547,55
6.216,47
7.397,32
7.032,67
Produtos químicos, excl. farmacêuticos
2.211,68
2.493,98
2.658,62
2.295,58
2.810,57
2.673,67
4.507,26
5.304,55
5.332,29
80,61
163,69
64,98
177,52
163,44
77,76
258,13
327,13
142,74
Máquinas e equipamentos mecânicos n.e
1.850,39
2.414,20
2.817,64
2.148,50
2.716,05
2.693,42
3.998,90
5.130,25
5.511,06
MÉDIA-ALTA TECNOLOGIA
7.584,86
9.058,48
9.814,43
8.836,63
10.673,48
9.955,06
16.421,49
19.731,96
19.769,49
1,71
5,44
412,92
15,35
1.084,27
7,16
17,06
1.089,71
420,08
636,72
757,75
801,80
685,55
828,72
811,90
1.322,28
1.586,47
1.613,70
1.724,08
2.167,21
2.810,76
1.590,89
2.687,46
2.844,36
3.314,97
4.854,67
5.655,12
389,62
395,70
412,66
488,82
511,59
496,32
878,44
907,29
908,98
Produtos metálicos
3.988,12
5.530,78
5.753,69
4.169,16
6.146,64
5.554,05
8.157,28
11.677,42
11.307,74
MÉDIA-BAIXA TECNOLOGIA
6.740,26
8.856,87
10.191,82
6.949,77
11.258,69
9.713,80
13.690,03
20.115,56
19.905,62
337,47
371,46
373,20
371,57
390,53
395,53
709,04
761,99
768,73
Madeira e seus produtos, papel e celulose
2.057,07
2.251,14
2.134,07
2.209,13
2.290,94
2.151,50
4.266,19
4.542,09
4.285,57
Alimentos, bebidas e tabaco
7.338,77
8.920,48
9.084,17
9.194,57
11.128,28
10.106,98
16.533,34
20.048,76
19.191,14
Têxteis, couro e calçados
1.163,56
1.215,03
1.102,50
1.193,46
1.283,95
1.142,83
2.357,02
2.498,98
2.245,33
BAIXA TECNOLOGIA
10.896,87
12.758,12
12.693,94
12.968,72
15.093,70
13.796,83
23.865,59
27.851,82
26.490,77
TOTAL DOS GRUPOS TECNOLÓGICOS
27.178,13
32.563,75
34.651,61
31.043,07
39.225,81
36.058,49
58.221,20
71.789,57
70.710,10
Produtos não industriais
12.051,67
18.669,05
20.428,14
18.914,56
27.844,90
26.075,45
30.966,23
46.513,95
46.503,59
Total exportação
39.229,80
51.232,80
55.079,75
49.957,62
67.070,71
62.133,94
89.187,43
118.303,51
ALTA TECNOLOGIA Máquinas e equipamentos elétricos n.e
Equipamentos para ferrovia e material de transporte n.e
Tabela 2
1º trimestre 2010
Construção e reparação naval Borracha e produtos de plástico Produtos de petróleo refinado e outros combustíveis Outros produtos minerais não metálicos
Produtos manufaturados n.e e bens reciclados
117.213,69 Fonte: MDIC e BC
11
Monitor do Déficit Tecnológico • 1º semestre de 2012
Importação dos grupos tecnológicos (milhões US$ FOB)
1º trimestre 2011
1º trimestre 2012
2º trimestre 2010
2º trimestre 2011
2º trimestre 2012
1º semestre 2010
1º semestre 2011
1º semestre 2012
830,40
1.043,91
1.155,65
920,39
1.019,58
1.345,09
1.750,79
2.063,49
2.500,75
2.292,94
1.918,98
2.170,69
1.872,08
2.211,94
2.273,66
4.165,02
4.130,91
4.444,35
Material de escritório e informática
824,88
924,18
1.099,59
954,78
1.102,23
1.363,61
1.779,66
2.026,40
2.463,20
Equipamentos de telecomunicações
2.763,13
3.352,38
3.594,14
3.213,63
4.078,83
3.696,83
5.976,76
7.431,21
7.290,97
Instrumentos médicos de ótica e precisão
1.470,59
1.551,40
1.752,43
1.629,17
1.701,34
1.701,52
3.099,76
3.252,74
3.453,95
ALTA TECNOLOGIA
8.181,94
8.790,84
9.772,51
8.590,05
10.113,91
10.380,71
16.771,99
18.904,75
20.153,22
Máquinas e equipamentos elétricos n.e
1.548,43
2.079,31
2.201,36
1.845,82
2.229,31
2.179,11
3.394,25
4.308,62
4.380,47
Indústria automobilística
3.753,75
4.844,14
5.195,04
4.492,19
5.792,60
5.400,94
8.245,94
10.636,74
10.595,98
Produtos químicos, excl. farmacêuticos
5.018,36
6.502,82
7.203,29
5.766,75
8.403,11
7.746,89
10.785,11
14.905,92
14.950,18
286,87
506,20
380,53
359,47
556,62
545,91
646,35
1.062,82
926,43
4.445,64
6.004,55
6.600,95
4.843,54
6.582,92
6.946,76
9.289,18
12.587,47
13.547,71
15.053,06
19.937,01
21.581,16
17.307,77
23.564,55
22.819,61
32.360,83
43.501,57
44.400,76
23,09
62,86
68,83
50,96
49,03
46,88
74,05
111,89
115,70
Borracha e produtos de plástico
1.035,37
1.376,34
1.461,44
1.113,80
1.475,48
1.495,61
2.149,17
2.851,82
2.957,04
Produtos de petróleo refinado e outros combustíveis
2.816,58
3.190,83
4.534,53
3.647,14
5.311,60
6.107,78
6.463,73
8.502,42
10.642,31
306,48
500,84
568,99
355,76
516,92
561,71
662,24
1.017,75
1.130,71
Produtos metálicos
2.893,41
3.460,17
3.563,92
3.151,50
3.660,83
3.531,61
6.044,92
7.121,00
7.095,53
MÉDIA-BAIXA TECNOLOGIA
7.074,94
8.591,03
10.197,70
8.319,17
11.013,85
11.743,59
15.394,10
19.604,88
21.941,29
Produtos manufaturados n.e e bens reciclados
304,99
436,39
462,53
419,44
427,89
542,30
724,43
864,28
1.004,83
Madeira e seus produtos, papel e celulose
466,10
623,48
600,82
544,55
634,23
578,77
1.010,66
1.257,71
1.179,59
Alimentos, bebidas e tabaco
1.177,68
1.505,31
1.979,46
1.254,74
1.736,73
1.517,03
2.432,43
3.242,04
3.496,49
Têxteis, couro e calçados
1.127,93
1.551,97
1.869,53
1.315,62
1.433,50
1.514,37
2.443,55
2.985,46
3.383,90
BAIXA TECNOLOGIA
3.076,72
4.117,15
4.912,34
3.534,35
4.232,35
4.152,47
6.611,07
8.349,50
9.064,81
33.386,65
41.436,03
46.463,71
37.751,34
48.924,66
49.096,37
71.137,99
90.360,70
95.560,09
4.962,47
6.651,53
6.178,62
5.713,23
8.331,97
8.397,36
10.675,69
14.983,50
14.575,98
38.349,12
48.087,56
52.642,33
43.464,57
57.256,63
57.493,73
81.813,68
105.344,19
Aviação e aeroespacial Farmacêutico
Equipamentos para ferrovia e material de transporte n.e
Tabela 3
1º trimestre 2010
Máquinas e equipamentos mecânicos n.e MÉDIA-ALTA TECNOLOGIA Construção e reparação naval
Outros produtos minerais não metálicos
TOTAL DOS GRUPOS TECNOLÓGICOS Produtos não industriais Total Importado
110.136,06 Fonte: MDIC e BC
12
EDITORIAL Coordenação Roberto Nicolsky Supervisão Fernando Varella Natália Calandrini Produção André Mitidieri Projeto gráfico e editoração eletrônica Ricardo Meirelles Jessica Gama Revisão: Luciana Ferreira