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Como surgiu a música para os 120 anos da OASE

COMO SURGIU A MÚSICA PARA OS 120 ANOS DA OASE

Estava em um de meus dias corridos por São Paulo quando recebi um e-mail do P. Ernani Röpke sobre o Concurso de Música Tema para a celebração dos 120 anos da OASE. Devido à correria diária que me consume nesta grande cidade, pensei que não faria uma composição, pois sobraria pouco tempo.

Vieram as férias de janeiro. E nas férias, além de descansar, sempre costumo compor alguma coisa. Então me lembrei do concurso. Procurei na caixa de e-mails e vi que ainda tinha três dias para enviar a música. Animei- -me! Procurei a Pa. Beta (Elisabeth Lieven), uma das pastoras da Paróquia de Santa Maria de Jetibá/ES (onde estava de férias na casa de meus pais), para reunir mais informações sobre a OASE, no que ela prontamente me auxiliou. A Pa. Beta Lieven é para mim uma grande referência, não apenas por causa do trabalho com a OASE, mas principalmente uma referência de alguém que luta pelo espaço, direito e justiça das mulheres na igreja e no mundo. Pedi a ela que me falasse da OASE, de sua história, sobre o que a OASE faz, e ela carinhosamente me orientou muito bem. Fui então para casa, pensando muito em tudo o que ela havia dito. Cantarolava também uma possível melodia. Eu já havia decidido que faria uma música com o ritmo vanerão, em homenagem às animadas mulheres do Espírito Santo, que em sua maioria tem origem pomerana. Os pomeranos capixabas fazem desse ritmo a sua dança predileta. Cheguei em casa, escrevi uma poesia e fiz a música em praticamente um dia. Enviei para a Pa. Beta. Ela corrigiu a música algumas vezes, com termos que poderiam ser melhorados e/ou coisas que seriam importantes incluir. Não somente ela, mas também o P. Ernani e a Pa. Rosane Pletsch olharam a música e sugeriram mudanças. Rapidamente a música estava pronta. Quase um mutirão, assim como é o trabalho da OASE. No dia anterior ao término do concurso, fui com o Grupo Esperança (grupo de canto do qual faço parte, especialmente nas férias) fazer uma visita à Micaela Berger, grande musicista da IECLB. Fiquei pensando que uma música animada dessas poderia ser gravada por um grupo, não por mim sozinho. Então comentei no carro se eles não poderiam gravar essa música comigo. Porém só teríamos, no outro dia, o horário do almoço. Assim foi feito! No dia seguinte, último dia do concurso, todos ficaram sem almoço e vieram para a igreja a fim de gravar a música. Foi um grande desafio aprender e gravar em uma hora apenas. Pouco tempo depois recebemos a notícia de que nossa música havia sido a escolhida. Ficamos muito felizes! Começou então a luta para que conseguís

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Grupo Esperança

semos levar o Grupo Esperança ao evento dos 120 anos a fim de apresentar essa música ao vivo. Nisso contamos com o especial apoio da OASE do Sínodo Espírito Santo a Belém e também da OASE Nacional. Em nome desses grupos agradecemos muito a todas as pessoas que se empenharam para que o Grupo Esperança conseguisse ir a esse evento; também à Paróquia Cantareira (em nome do P. Ernani), que custeou minha passagem.

Foi tudo muito bom e gratificante! Foi a primeira apresentação do Grupo Esperança fora do Estado e o recorde de público a quem cantamos. Todavia, nada alegra mais do que ver tantas mulheres cantando com tanta animação e carinho! É um presente para a querida OASE e IECLB. Desejo que essa música possa trazer vida e ânimo para todas as situações em que as mulheres se encontrarem para o testemunho, o serviço e a comunhão.

Fabio Lahass Musicista da IECLB Paróquia Cantareira, São Paulo/SP

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