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Celebração para o tempo de Páscoa
Páscoa
CELEBRAÇÃO PARA O TEMPO DE PÁSCOA
Preparo do local e material: As participantes se sentam em círculo. No centro, uma vela grande e velas para cada participante, galhos secos. Em sete outros pontos, uma vela acesa e uma das palavras de Jesus, seguida de oração; papéis e canetas, recipiente para queimar os papéis e óleo perfumado para a oração e o envio. Acolhida: Nesta celebração queremos marcar o momento mais importante para a cristandade. A chegada da Páscoa celebra a vida e a fé de todos e todas que creram e creem em Cristo Jesus. Nela, comemoramos a passagem da morte para a vida. A vida triunfou sobre a morte e por isso temos motivos de alegria e gratidão. Mas antes da festa da alegria, queremos recordar aquilo que Jesus experimentou até aqui. Canto: Quem quer cantar do amor – LCI 588. Oração: Querido e amado Deus, estamos reunidas aqui para relembrar o sofrimento e a dor que teu Filho Jesus vivenciou. Hoje reconhecemos que tudo que aconteceu fez parte de teus planos para nos salvar da morte eterna e nos libertar do pecado. Por meio de Cristo demonstras o teu amor verdadeiro por todas nós. Tu nos amas incondicionalmente, mesmo que façamos tantas coisas que te entristecem. Esteja conosco aqui e permite que pela presença de teu Santo Espírito possamos compreender mais sobre ti. Amém.
As sete palavras de Jesus na cruz
Durante a crucificação, Jesus se dirigiu às pessoas que estavam próximas a ele. Ao todo foram sete momentos em que essas palavras foram ditas. Neste momento, vamos nos dividir e buscar os sete pontos neste ambiente, onde temos as velas acesas. Em cada vela está também a passagem bíblica, com a palavra de Jesus e uma breve oração. (O grupo se dirige para o local e, na ordem numérica, as palavras são lidas. Ao final de cada leitura, cantamos uma estrofe do hino Ó fronte ensanguentada (LCI 425), repetindo a primeira estrofe ao final. Assim que cada frase e oração são lidas, a vela é apagada. Enquanto a estrofe é cantada, o grupo volta para o círculo.) Canto: Lucernário – LCI 433.
Nossas palavras
As palavras de Jesus na cruz apontam para sua dor e para sua força. E as nossas palavras? As nossas atitudes? Como sinal de confissão, vamos escrever neste pequeno papel uma frase ou palavra que pesa em nossa vida, um pecado, uma culpa que queremos confessar. Ao final, vamos queimar essas frases, lembrando que o fogo que consome e purifica remete ao Espírito de Deus. (Cada uma tem o tempo para meditar e escrever. Assim que todas o fizerem, a vela maior é acesa e os bilhetes são queimados num recipiente apropriado.) Vela acesa: Esta vela representa a nossa esperança. Jesus Cristo disse: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará na escuridão, pelo contrário, terá a luz da vida (João 8.12). Cada pessoa é convidada a pegar sua vela, acender e colocar em formato de cruz, enquanto isso cantamos. Canto: Caminhamos pela luz de Deus – LCI 305.
A cruz vazia
Todas as religiões têm símbolos visuais. O cristianismo adotou a cruz. Já a partir do segundo século, as pessoas cristãs desenhavam, pintavam e gravavam a cruz e também faziam o sinal da cruz. A escolha da cruz é surpreendente, pois ela era vista como o horror. O apóstolo Paulo afirmou: Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus (1 Coríntios 1.18). A escolha da cruz está baseada na centralidade e nos propósitos do próprio Cristo. Para nós, é o sinal claro e visível do amor de Deus pela sua criação, por cada uma de nós. Por meio do sofrimento e morte de Jesus Cristo na cruz é que nós somos resgatados por Deus das garras do pecado e da morte.
Fé e esperança
Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos. As mulheres permaneceram perto da cruz. Arriscaram-se a observar os acontecimentos, apesar do medo. Elas foram as primeiras testemunhas da ressurreição de Jesus. Todos os demais seguidores estavam com medo de mostrar qualquer reação diante de tudo que havia acontecido. O silêncio era absoluto. Mas no primeiro dia da semana, no domingo bem cedo, elas foram ao sepulcro. Queriam derra
mar óleos perfumados no corpo de Jesus, homenageá-lo como Senhor e Rei, mas o seu corpo não estava mais lá! Temerosas, elas voltam e anunciam aos demais: ele ressuscitou como havia dito! Cristo vive! E essa mensagem também nós somos convidadas a anunciar a todo mundo. Como o aroma de um perfume que se espalha, que a boa nova de que Cristo vive continue perfumando a vida de muitas pessoas. Oração: Deus da vida, nós te agradecemos por este momento. Jesus não permaneceu na morte. A cruz ficou vazia, a sepultura ficou vazia. Ele ressuscitou! Quantas vezes a morte e as tristezas já tomaram conta de nossos corações? Mas a tristeza não dura para sempre! A esperança e a confiança em Cristo nos animam sempre de novo. A alegria da ressurreição é como o perfume que se espalha e lembra o nosso chamado para sermos também hoje aquelas que anunciam a presença de Cristo como Senhor e Salvador no mundo. Amém (Cada uma vai tocar no óleo perfumado e dizer a quem está ao seu lado: Cristo vive! Ele vive em você! Ele perfuma a sua vida!) Bênção: Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos sobre Jesus. Não vamos permitir que sua memória seja esquecida. Que sua morte não seja em vão para que a sua justiça e paz nos abracem de novo. Amém. Canto: Jesus Cristo é Rei e Senhor – LCI 519.
Pª Mirian Ratz Paróquia de Timbó/SC Baseada em: Celebrar Páscoa em família e comunidade. São Leopoldo: Sinodal, 2008.
SÍMBOLOS DA PÁSCOA
O peixe foi um símbolo muito importante na vida dos primeiros cristãos. Surgiu na época da formação das primeiras comunidades cristãs. Quando Jesus já não vivia mais entre os seus discípulos, o Império Romano e outras religiões queriam acabar com o cristianismo. Mas os seguidores de Jesus não cederam às ameaças e continuaram se reunindo, ensinando e vivendo o que Jesus havia dito. Essas pessoas resistiram à perseguição e criaram um símbolo que identificasse sua fé: o peixe. Esse símbolo foi escolhido porque
a palavra PEIXE, em grego, é um acróstico de confissão de fé: “Jesus Cristo, Filho de Deus (é o) Salvador”. Essa foi uma das maneiras que aqueles cristãos utilizaram para continuar se encontrando, testemunhando a fé em Jesus e resistindo às perseguições.
Mas por que se costuma comer peixe na Sexta-Feira Santa?
É apenas um costume, não é uma ordem de Cristo. O fato de não se comer carne com sangue na Sexta-Feira Santa quer demonstrar o respeito ao sangue derramado por Cristo em nosso favor. Aliado a isso está o fato do peixe ter sido o alimento dado pelo próprio Cristo ao povo faminto.
O pelicano simboliza o sacrifício de Cristo na Cruz. Conta-se que ele fere o próprio peito para alimentar os filhotes com seu sangue.
A borboleta surge depois que a lagarta se transforma e rompe o casulo. Essa transformação também nos ajuda a transmitir a mensagem da ressurreição, da nova vida.
O trigo, mesmo depois de quebrado, e as uvas, mesmo depois de pisoteadas, não são destruídos. Pelo contrário, são transformados em pão e vinho, os dois alimentos mais importantes para a vida dos judeus no tempo de Jesus. Jesus também, como nos diz o profeta Isaías, foi “quebrado” e “moído”, mas continua a ser a força do seu povo.
A cruz e o túmulo vazios simbolizam a morte sacrificial de Jesus e sua vitória na ressurreição.
O girassol e outras flores amarelas e brancas expressam o ouro da realeza de Cristo e a paz por ele conquistada. O girassol tem significado especial, pois, como sua corola se volta para o sol, nós devemos nos voltar para o Cristo ressuscitado.
A cruz – Todas as religiões têm seu símbolo visual que exemplifica um aspecto importante de sua história ou crença. O cristianismo adotou como símbolo visual um dos símbolos da época da Paixão e Páscoa: a cruz. Já a partir do segundo século, os cristãos desenhavam, pintavam e gravavam a cruz como símbolo visual de sua fé e também faziam o sinal da cruz em si e nas outras pessoas que tinham fé em Jesus. A escolha da cruz como símbolo é surpreendente quando lembramos o horror com que era vista a crucificação no mundo antigo. O apóstolo Paulo tinha conhecimento disso quando escreveu: “Certamente a palavra da cruz é loucura...”. Como alguém em seu juízo perfeito poderá adotar um Senhor, um Salvador que é morto numa cruz, que não consegue salvar nem a si mesmo? A escolha da cruz como símbolo está baseada na sua centralidade nos propósitos do próprio Cristo. Para nós cristãos, a cruz não é ridícula, nem vergonhosa, tampouco loucura. É o sinal claro e visível do amor de Deus pela sua criação, por cada um de nós. Por meio do sofrimento e morte de Jesus Cristo na cruz é que nós fomos resgatados por Deus das garras do pecado e da morte.
Pª Vera Regina Waskow Extraído de: Celebrar Páscoa em família e comunidade. São Leopoldo: Sinodal, 2008. p. 72.
Arquivo OASE
M A I O
Flashes do Encontro Nacional da OASE, 05 a 07 de abril de 2019, em Blumenau/SC
Datas importantes
01 – Dia do Trabalho 03 – 1824 – Fundação da primeira comunidade evangélica do Brasil, Nova Friburgo/RJ 1782 – Senhas Diárias 04 – 1899 – Início da Frauenhilfe na Alemanha 08 – Dia da Cruz Vermelha Internacional 10 – Dia das Mães 11 – 1945 – Fim da Segunda Guerra Mundial, na Europa 17 – 1939 – Fundação da Casa Matriz de Diaconisas, São Leopoldo/RS 20 – 1886 – Fundação do Sínodo Riograndense, São Leopoldo/RS 21 – Ascensão do Senhor 1984 – 1º Congresso Geral Constituinte da OASE 31 – Pentecostes
A verdadeira pessoa cristã não vive na terra para si própria, mas para o próximo e o serve.
Martim Lutero