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Inteligência artificial: esperança para o futuro

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: ESPERANÇA PARA O FUTURO

Arquivo pessoal

hoje? – Ok, Google, o que fazer de almoço

– Claro! Aqui estão algumas receitas – responde. Olá, queridas leitoras! O diálogo acima é um exemplo de uma “conversa” entre uma pessoa com seu celular e o assistente do Google. Essa pessoa fala para o seu celular uma palavra de comando: “Ok, Google”, que, automaticamente, abre um aplicativo no celular que reconhece a sua voz e responde o que ela perguntou. – Ok, Google, me ajude a meditar. Daniel Streb Richter é teólogo, – Aqui vai uma dica para te ajudar a man- administrador e corretor de imóveis ter a concentração. Tire alguns minutos hoje e faça uma lista com cinco coisas pelas quais você agradece. – Ok, Google, obrigado pela ajuda! – Estou aqui para isso – finaliza a assistente. Bom, eu não sei se alguma de vocês já usou algum dos recursos que o Google oferece. Eu trago esse exemplo para iniciar nosso assunto sobre inteligência artificial (IA), que resumidamente é a capacidade de uma máquina, programa, software ou aplicativo, em simular uma capacidade humana. Limitado, é claro, mas criado com o intuito de ajudar as pessoas na realização de tarefas, e até com os sentimentos. Uso esse exemplo para tentar ilustrar que esse assunto não é um “bicho de sete cabeças” e que também não precisamos “endemonizar” as novas tecnologias e seus recursos. Ou ainda, numa visão apocalíptica, a crença de que o mundo acabará dominado por uma invenção humana como um robô ou algo parecido. Ainda assim é preciso respeitar quem pensa diferente da gente. Tudo é uma questão de filtrar e saber usar. Por isso gostaria de mostrar um outro lado desse assunto um tanto polêmico. E cá entre nós, tudo que mexe com o futuro é intrigante. O ser humano quer saber de onde veio e para onde vai! Que bom! É sinal que estamos vivos e preocupados com nossas vidas e, principalmente,

com nossos propósitos. Todas e todos queremos deixar um legado, queremos dar um sentido à nossa existência. Um cientista que valoriza muito essa posição de “estarmos abertos para aprender com aqueles que pensam diferente de como pensamos” é o físico brasileiro Marcelo Gleiser. Aliás, o primeiro latino-americano que ganhou, recentemente, em 2019, o prêmio Templeton Prize. É um prêmio concedido pela coroa britânica a pessoas da sociedade que “fizeram uma contribuição excepcional para a afirmação da dimensão espiritual da vida, seja de uma introspecção, descoberta ou trabalhos práticos”. Vejam que já ganhou esse prêmio: Madre Teresa de Calcutá, Roger Schütz, Billy Graham, Carl Friedrich, Tenzin Gyatso, Desmond Tutu, entre outros. E por que uso como referência o senhor Gleiser? Por que ele é um cientista que discorda de outras personalidades, como Stephen Hawking e Elon Musk, que afirmam que a inteligência artificial será a última invenção da humanidade. Aliás, Gleiser atribui sua premiação do Templeton Prize à sua crença na humildade.

Em entrevista dada à revista Scientific American, ele acredita que “devemos ter uma abordagem muito mais humilde do conhecimento, no sentido de que se você olhar atentamente para a forma como a ciência funciona, verá que, sim, é maravilhoso – magnífico! Mas tem limites. E temos que entender e respeitar esses limites. E ao fazer isso, ao compreender como a ciência avança, a ciência realmente se torna uma conversa profundamente espiritual com o misterioso, sobre todas as coisas que não sabemos”. Quanta sabedoria nessas simples e humildes palavras, não é mesmo! A ciência é realmente magnífica. Sim, ela ajuda imensamente nós seres humanos e, na sua limitação, nos proporciona uma conversa espiritual com o misterioso, que, pra mim, interpreto como uma das faces reveladas de Deus. Deus se revela também na ciência, assim como se mantém oculto e misterioso, afinal, o início, o meio e o fim estão em suas mãos. É Deus quem tem a palavra final sobre tudo. E nesse sentido, podemos crer que SIM, há esperança num mundo melhor com o auxílio da inteligência artificial. Os exemplos estão aí. As vacinas são criadas mais rapidamente porque existe a inteligência artificial, ajudando na coleta e compilação de milhares de dados e informações acerca dos vírus que surgem e das formas para combatê-los. A inteligência artificial já auxilia na área da saúde com diagnósticos mais precisos e operações cirúrgicas. É claro, o ser humano tem em suas mãos uma ferramenta poderosa e depende da função que dará à ela. Cabe a nós filtrar e usar para o bem-estar pessoal e coletivo, como

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