A internet é um direito de todas as pessoas! Um dos países que sempre aparece nos primeiros lugares em uso de internet, o Brasil engana. De fato, o perfil das brasileiras e dos brasileiros é de grande aderência às redes sociais; mas isso acontece, prioritariamente, nas classes de maior poder socioeconômico. Dados de 2019 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)1 apontam que 90% das pessoas nas classes A e B são usuárias de internet; porém, nas classes D e E esse índice é de apenas 42%. O estudo também evidencia a diferença de acesso entre moradores das áreas urbanas e das áreas rurais. Nas cidades, mais de 70% fazem uso da internet, contra 44% no campo. Outro triste indicador tem a ver com a escolaridade: as pessoas que menos consomem conteúdos culturais na web são aqueles e aquelas que estudaram até o quinto ano. A universalização do acesso à internet ainda é um grande desafio nesta nação de dimensões continentais. Desafio este que fica ainda maior se pensarmos que não basta ter conexão; é fundamental também ter uma conexão “de qualidade”, com sinal estável, capaz de suportar aplicações de ponta. Em muitos locais o sinal até chega, mas não aguenta o uso de conteúdos audiovisuais ou de plataformas com interatividade. Você já pensou como seria não poder ver um vídeo que chega pelo WhatsApp? Ou não poder fazer um pagamento no site do seu banco? 1 Para conferir o estudo completo, acesse: http://bit.ly/ipea-19
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