Relatório 4º Encontro Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadores
Realização:
Apoio:
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Relat贸rio 4潞 Enajoc
Informações gerais Realização: Viração Educomunicação e Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadoras e Comunicadores (Renajoc). Apoio institucional: Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Instituto C&A, Fundação Friedrich Ebert Stiftung (FES), Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE/USP), Fundação Luterana de Diaconia (FLD), Outras Palavras, Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), Associação Jangada e Província Autônoma de Trento. Data: de 9 a 14 de julho de 2013. Local: São Paulo (SP). Objetivo: Planejar as ações da Renajoc e Rede Virajovem, incluindo questões editoriais e gráficas da Revista Viração, para o biênio 2013-2014. Participantes: O encontro contou com a participação de 70 adolescentes e jovens educomunicadores vindos de 21 Estados brasileiros, do Distrito Federal e também de Mendoza, na Argentina. Programação: A semana de atividades do 4º Enajoc foi composta por momentos de formação, com oficinas autogestionadas, e com a realização do Seminário Nacional Juventudes e Comunicação. Esse momento inicial deu subsídio para o planejamento das ações da Renajoc – inicialmente por região e, posteriormente, em âmbito nacional – e da avaliação da Revista Viração, bem como para a reflexão sobre a atuação dos conselhos virajovens, que aconteceram nos últimos dias do encontro.
Programação
• Sustentabilidade e mudanças climáticas – a caminho da COP 19
09 de JULHO – Chegadas e Abertura
14h: Atividades da Tarde
A partir das 12h: Check-in no The Hostel Paulista (www.thehostelpaulista.com.br)
• A arte de escrever notícia na perspectiva da Educomunicação
A partir das 13h: Almoço
• Experiências e projetos educomunicativos
19h: Abertura do 4º Enajoc Local: Sede da Viração Educomunicação
• Dinâmica de Integração
• Apresentação da Programação
• Acordos de Convivência
• Roda de conversa sobre gestão democrática e participação de adolescentes e jovens
• Coquetel de Boas-vindas
12h: Almoço
• Mídias sociais
• Vamos fazer Podcast?
17h: Lanche 18h: Compartilhamento de saberes
11 de JULHO – Seminário Nacional
Juventudes e Comunicação
Local: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP)
10 de JULHO
– Oficinas autogestionadas
Atividades de formação propostas pelos integrantes da Renajoc e Rede Virajovem em: Comunicação, Direitos Humanos, Ação em Rede e Sustentabilidade Locais: The Hostel Paulista e Viração Educomunicação 09h: Atividades da Manhã (em processo de inscrição)
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• Ação em rede
• Comunicação e mediação
• Comunicação não violenta
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9h: Mesa de Abertura – Comunicação e Cidadania para a garantia dos direitos de crianças, adolescentes e jovens Convidad@s: Gizele Martins (jornalista do jornal O Cidadão e integrante da Rede Virajovem), Ismar de Oliveira Soares (coordenador da Licenciatura em Educomunicação da ECA/USP), Amanda Rahra (coordenadora do Énois – Agência Escola de Conteúdo Jovem) e Daniela Majori (pesquisadora em Educomunicação) Mediador: Paulo Lima (fundador e diretor executivo da Viração Educomunicação) 11h: Mesa – Os desafios da Comunicação no Brasil e na América Latina
Convidad@s: Douglas Moreira (jornalista e mestre em Comunicação pela UFPR, integrante do Coletivo Intervozes/PR e da Renajoc) e Rita Freire (editora da Ciranda da Comunicação Compartilhada)
15h: Mini encontros regionais 17h: Encerramento das atividades do dia
Mediador: Alessandro Muniz (integrante da Rede Virajovem e Renajoc) 12h30: Almoço
13 de JULHO – Planejamento da Renajoc
13h30: Grupos de Trabalho
e Avaliação da Revista Viração
• Mobilização para a Lei de Iniciativa Popular
Local: Viração Educomunicação
• Políticas Públicas de Comunicação e Juventude
11h: Apresentação das Propostas Regionais 12h: Plenária Final – Renajoc
• Educomunicação nas Escolas
14h: Almoço
• Plataformas Livres e Redes Sociais
• Mídia Colaborativa
15h: Panorama da Revista Viração: aspectos editoriais e mediação
15h: Plenária Final
17h: Grupos de Trabalho: mediação, produção e produto final
16h: Participação no Ato pela Democratização dos Meios
18h: Apresentação dos Grupos 21h: Balada de 10 anos da Viração Local: The Hostel Paulista
12 de JULHO – Planejamento da Renajoc Local: Prédio da Escola de Comunicações e Artes da USP 09h: Apresentação da Renajoc e suas últimas atividades e resultados 11h: Word-café para levantamento de propostas
14 de JULHO 11h: Check-out no The Hostel Paulista 15h: Partidas
13h: Almoço 14h: Apresentação das propostas levantadas no Word-café
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Abertura do 4º Enajoc Local: sede da Viração Educomunicação Data: 9 de julho de 2013
Na noite do primeiro dia, foi realizada uma dinâmica de integração dos participantes na sede da Viração Educomunicação, onde todos receberam aleatoriamente um crachá de alguém presente na abertura e um moleskine. A ideia era escrever uma mensagem de boas-vindas ao 4º Enajoc para o dono do crachá, no moleskine, mesmo sem conhecê-lo. Em seguida, foi criado um acordo de convivência, pelo qual foram estabelecidas as regras para o bom andamento dos trabalhos durante o período do evento, tanto nas dependências do hostel quanto nos demais espaços de atividades. Na sequência, Paulo Lima, fundador e diretor executivo da Viração, facilitou a Roda de conversa convidando a presidenta e a vice-presidenta da Viração, Juliana Rocha Barroso e Cristina Paloschi Uchôa, a exporem o tema “Gestão democrática e participação de adolescentes e jovens”. Cristina Uchôa falou sobre o formato da organização de uma rede como um grupo com objetivos estabelecidos que busca construir ações conjuntamente. Juliana Rocha Barroso afi rmou que a Viração nasceu de maneira colaborativa e esse formato também passou para a gestão. Ela enfatizou a importância de sempre manter o sistema renovado. Depois dessas falas, alguns participantes discutiram sobre a importância da gestão democrática como uma maneira de realizar ações em conjunto e atingir objetivos comuns, além de mencionarem a importância da descentralização para uma participação coletiva e como meio fundamental de autonomia. Levantou-se ainda a importância do respeito às diferenças e uma preocupação em sempre incentivar a liderança democrática para fazer valer o direito à participação social. Durante a Roda de conversa, os participantes contribuíram com depoimentos e contação de experiência a partir de suas organizações. Também foi elaborado um Jornal Mural com a seguinte pergunta-provocação: “Uma gestão democrática é...” Abaixo, relacionamos algumas respostas:
“Construção de projetos junto ao público que ele procura envolver.” “Distribuição de tarefas, assumir responsabilidades.” “Não seria bom fortalecer espaços deliberativos e não só participativos/propositivos para a sociedade civil?”
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“Horizontal: quando todos e todas participam de maneira igual.” “Os diferentes saberes caminhando lado a lado para cumprir uma mesma missão.” “Ação partilhada, atuação cotidiana.” “Transparência.” “Ter clareza e transparência nos processos e critérios de decisão, na diversidade e na adversidade.”
Oficinas Autogestionadas Locais: The Hostel Paulista e Viração Educomunicação Data: 10 de junho de 2013
No segundo dia do 4º Enajoc, os participantes puderam escolher duas oficinas autogestionadas para participarem, sendo uma pela manhã e uma na parte da tarde. Ao todo, aconteceram oito oficinas, cada uma com três horas de duração, quatro em cada período. A maioria delas aconteceu nas dependências do The Hostel Paulista, enquanto uma em cada período aconteceu na sede da Viração Educomunicação.
Oficinas Autogestionadas Manhã (das 9h às 12h)
Facilitador
Ação em Rede
Talita Montiel
Comunicação e Mediação
Bruno Ferreira
Comunicação Não Violenta
Emília de Matos Merlini
Sustentabilidade e Mudanças Climáticas
Alfredo Redondo e Evelyn Araripe
Tarde (das 14h às17h)
Facilitador
A Arte de Escrever Notícia
Hércules Barros
Experiências e Projetos Educomunicativos
Alessandro Muniz
Mídias Sociais
Iago Bolivar
Vamos Fazer Podcast?
Rones Maciel
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Ação em Rede Facilitadora: Talita Montiel Participantes: Sebastian Roa, Hevelin Maia, Eliézer Bueno, Ana Paula da Silva, Juliana Carolina Lima, Juliana Cordeiro, Webert da Cruz Elias, José Marlon Albino, Alcebino Silva, Maria do Socorro Pereira da Costa, Suliene Fernandes da Silva, Izabela Cristina Silva, Diego Souza Teófilo, Reynaldo de Azevedo Gosmão, Sheila Manço dos Santos, Douglas Moreira.
Talita Montiel iniciou a oficina Ação em Rede contando suas experiências e participações em grupos e coletivos que discutiam diferentes temáticas. A analista de redes disse que a proposta da formação é entender como as pessoas se relacionam por meio das redes e quais os arquétipos presentes nesses espaços, de forma a auxiliar e potencializar o processo de mobilização entre os participantes. Após esse primeiro momento, os participantes da oficina se apresentaram e justificaram a escolha da oficina. Alguns deles já possuem experiências em outras redes, além da Renajoc e Rede Virajovem. Talita conceituou o termo “rede” e afirmou que existem teóricos que definem “rede” como um espaço em que não existe uma hierarquia nas funções e que precisa ser horizontal. No entanto, ela acredita ser possível um trabalho em rede também vertical, desde que esse formato ajude a operacionalizar o processo e que seja aberto e transparente para os demais participantes. Durante a discussão, foi dito ainda que é importante criar múltiplas lideranças e renovar o facilitador ou ponto focal para garantir a durabilidade da rede. Também foram colocados os diferentes tipos de participantes de uma rede. É importante que todo gestor de uma rede entenda esses diferentes atores, o que o ajudará a otimizar o tempo e a criar estratégias diretas a esses participantes. Como referência, a facilitadora disponibilizou o Manual Prático Fortalecendo Redes no Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, feito pela Fundação Telefônica/Pró-Menino e Mob: http://www.mobconsult.com/resources/MOB.pdf
Comunicação e Mediação Facilitador: Bruno Ferreira Participantes: Luiz Felipe da Silva, Evelin Haslinger, José Carlos Lima, Alan Fagner, Rones Maciel, Danuse Queiroz, Deriky Pereira, Leonardo Augusto Rodrigues da Silva Nora, Marcos Henrique Araujo, Alcido Costa, Rodrigo de Carvalho, Christiane Thomazelli Piza, Jessica Delcarro, Emilae Sena, Samela Gabriele Borges, Elvacir Luis dos Santos Neto, Ingridy de Paiva Almeida, Stephany Rodrigues Pinho, Manassés de Oliveira, Daniela Savietto Filippini, Jhony Abreu.
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No início, Bruno Ferreira levantou as expectativas dos participantes para a atividade e em seguida pediu que os participantes conceituassem comunicação e mediação, além de estabelecer uma relação entre os dois conceitos. Desse momento, concluiu-se que comunicação tem dois sentidos: informar e dialogar; e que mediar é promover o segundo sentido de comunicação. O facilitador questionou de que forma os veículos de comunicação de massa atuam. O grupo respondeu que os meios de comunicação apenas informam e transmitem, e que muitas vezes as pessoas não se reconhecem nas mensagens difundidas pelos meios. Neste sentido a mídia tem feito mediações de maneira a reforçar pensamentos hegemônicos, reproduzindo o senso comum e reforçando preconceitos nas pessoas. Stephany Pinho apontou que este é um processo de retroalimentação, em que a mídia utiliza-se de elementos do senso comum e os potencializa. Rones Maciel afirmou que somos reforçados pela mídia. Houve consenso entre os participantes de que existem pensamentos hegemônicos na sociedade, porém é arriscado dizer que foi a mídia que os construiu. Para exemplificar os conceitos, foi exibido um vídeo da edição do Jornal Nacional do debate entre Collor e Lulla, referente ao segundo turno das Eleições de 1989, para análise do grupo. De modo geral, todos concordaram que houve uma edição tendenciosa realizada para tentar manipular o público, porém houve consenso de que outros motivos também influenciaram a eleição de Collor, que não apenas a edição do debate, que favoreceu o candidato vitorioso. No encerramento, o facilitador propôs uma atividade em que os participantes expusessem a compreensão sobre o que foi discutido. Foi produzido um fanzine explicativo, o Fazendo; além de um fanzine interativo a partir das questões provocadas e um painel com a síntese do que foi a oficina, com espaço para as pessoas interagirem.
Comunicação Não Violenta Facilitadora: Emília de Matos Merlini Participantes: Victoria Sartiro, Carlos Eduardo Ferreira, Alessandro Muniz, Tarsila.
Durante a atividade, foi discutida a importância de uma cultura de paz, a partir da análise da Declaração da ONU, de 1999, com enfoque no respeito à vida. Foi destacada a importância de se evitar vocabulário de guerra e de se esforçar para uma escuta ativa. Não pensar ou julgar antes da fala da pessoa e fazer uma troca de diálogo sem a preocupação de ganhar a argumentação.
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Realizou-se a dinâmica da escuta ativa e a reflexão levantada foi a de que quando não prestamos atenção no outro a comunicação não se dá por ausência de empatia. A preocupação de julgar antes de ouvir limita e cria barreiras. Quem criou a tese sobre comunicação não violenta foi o psicólogo americano Marshal Rosemberg, para quem a paz é necessária à democracia e a mudança começa em cada um. Foram levantados alguns cuidados para evitar julgamentos e com a fala autoritária, para que o outro não se sinta atacado. Houve o entendimento de que as pessoas não devem impor suas verdades, mas que deve existir o compartilhamento das múltiplas verdades. Ainda destacou-se que a mídia contribui com a comunicação violenta, pois sempre julga a sociedade e, desta maneira, cria-se uma cultura de julgamentos. Foi o filme O dom da comunicação não violenta no Brasil, de Dominique Barter, que enfatizou como receber mensagens negativas. Para finalizar foi realizada uma dinâmica onde os participantes anotaram frases violentas cotidianas. Concluiu-se que a escuta paciente e verdadeira, o cuidado para não impor seu próprio pensamento e não julgar o outro contribuem para uma comunicação não violenta.
Sustentabilidade e Mudanças Climáticas – a caminho da COP 19 Facilitadores: Alfredo Redondo e Evelyn Araripe Participantes: Igor de Castro do Nascimento, Luciano Frontelle, Andrielle dos Santos Ferreira, Edneusa Lopes, Jackson Alves Boa Ventura, Bruna Souza, Joaquim de Oliveira Moura, Thalyta de Sousa Nascimento, Jefferson Lemes dos Santos, José Marlon Albino, Paolla Menchetti.
A ofi cina tem início com uma dinâmica norteada pela pergunta: “O que é cuidar do meio ambiente?”. Com base nas respostas, Evelyn sugeriu que se começasse a entender o conceito pelo próprio ambiente da sala da oficina, que estava em desordem, com vários materiais e pertences pessoais espalhados pelo chão. Todos organizaram a sala, que ficou com aspecto bem mais acolhedor – fato usado também como exemplo de como podemos começar de forma simples com as mudanças. Seguiu-se uma discussão sobre o conceito de Mudança Climática. Os participantes deram exemplos de suas vivências regionais, como o fenômeno da seca no sertão – citando as campanhas de conscientização feitas junto à população sobre o uso racional da água, que, porém, não resolvem o problema, pois seria necessária uma intervenção maior do governo para melhorar o abastecimento. Com base nessas reflexões, chegou-se à conclusão de que é necessária uma mudança estrutural na relação do homem com o meio ambiente, tendo como exemplo ações de agroecologia e uso sustentável do solo.
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Produção e consumo Alfredo fala que a agricultura inteligente, a agroecologia, foi a primeira praticada pelo homem. As mudanças aconteceram a partir do sistema de produção capitalista, guiado pela monocultura e pela produção industrial, visando o lucro e não mais a subsistência e o uso racional do solo. De acordo com os facilitadores, foi estabelecida uma “neoescravidão” por parte das multinacionais em relação aos fazendeiros, que precisam comprar sementes que não se reproduzem e utilizar somente os produtos químicos das próprias empresas que vendem as sementes, para controlar as pragas. Extinguiu-se o modelo natural de produção.
Sustentabilidade Em seguida, passou-se a discutir o conceito de Sustentabilidade. Foi lembrada a discussão estabelecida na Rio 92, quando se debateu pela primeira vez a existência de um desenvolvimento realmente sustentável. É possível ter desenvolvimento e sustentabilidade ao mesmo tempo? Os participantes reforçaram a necessidade de se começar por ações e iniciativas cotidianas e observar sempre as necessidades de consumo criadas inutilmente pelo sistema financeiro atual.
COP 19 Falou-se ainda sobre os processos de negociação sobre o clima dentro dos governos e entre os governos, em andamento a partir das Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) – a próxima acontece no mês de novembro em Varsávia, na Polônia. Existem diversos eventos e iniciativas, em grande e em menor escala, para acompanhar e registrar essas discussões. Foi apresentado Fulanito, o mascote de pelúcia das coberturas acompanhadas pela Viração e Agência Jovem, que torna as entrevistas e reportagens mais palatáveis e contribui para deixar as entrevistas compreensíveis para o público jovem.
Dinâmica Durante a atividade, foi realizada uma dinâmica em que os participantes levaram cobertores para participar da oficina e foi escolhido um voluntário, Joaquim, para ficar no centro da sala. Alfredo começou a citar causas do aquecimento global. A cada fator citado, um cobertor a mais era jogado sobre Joaquim, que representava a Terra. Ao final de alguns minutos, Joaquim estava com muito calor e respirando com dificuldade.
Atividade proposta Divididos em dois grupos, os participantes se organizaram para produzir um fanzine voltado aos temas discutidos na formação.
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A Arte de Escrever Notícia na Perspectiva da Educomunicação Facilitador: Hércules Barros Participantes: Sebastian Roa, Andrielle dos Santos, Bruna Pereira de Souza, Jackson Alves Boaventura Junior, Reynaldo de Azevedo Gusmão, Alan Fagner Pereira, Bruno Ferreira, Juliana Carolina Lima, Webert da Cruz Elias, Juliana Cordeiro, Leonardo Augusto da Silva Nova, Marcos Henrique Araujo Craveiro, Sheila Manço dos Santos, Ingridy de Paiva Almeida, Vitoria Satiro, Stephany Rodrigues Pinho, Paolla Menchette Martins, Carlos Eduardo S Ferreira, Jefferson Lemes dos Santos e Jhony Abreu.
A oficina começa com uma dinâmica de integração em que cada participante deve dizer como que animal se identifica e qual animal não gostaria de ser. Na sequência, discutiu-se como trabalhar a notícia para o jovem. Hércules Barros lembra que textos jornalísticos começam com o lead, uma premissa da notícia. No entanto, enfatiza que nos esquecemos de humanizar o texto. O facilitador questiona: “De que forma a informação vai virar notícia e interessar desde a presidenta Dilma à lavadeira de roupa, provocando participação social?” Hércules dá o exemplo de um release sobre um projeto do Ministério da Saúde, sobre crônicas escritas por travestis, no padrão tradicional e em um formato criativo, explicando que mesmo para se contar uma história comum, cotidiana, é preciso nos desprender dos nossos valores. Não adianta ter um português bom, é preciso falar a linguagem de todos. É preciso entrar no universo de quem estamos tratando. Hércules lembra que a internet e as mídias sociais estão revolucionando a forma de comunicar. Nesses espaços, as pessoas falam a mesma linguagem, sem a dureza do lead. Ele afirma ainda que o jornalismo, para se reinventar, é preciso ser feito “com” e não “para”. Concluiu-se que escrever é um exercício diário. Quando se você escreve com, adquire-se habilidade. É fácil, quando se descomplica e se humaniza o que é apurado. O cuidado com a fonte deve sempre ser levado em consideração. Como sugestão de atividade, Hércules propõe um trabalho em duplas: a partir da história de um participante, fazer uma abertura criativa de um texto informativo sobre o 4º Enajoc.
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Mídias Sociais Facilitador: Iago Bolivar Participantes: Luiz Felipe Silva, Igor de Castro do Nascimento, Eliézer Bueno, Hevelin Maia Vasconcellos, Edneusa Lopes, Ana Paula da Silva, José Marlon Albino, Joaquim Moura, Danuse Queiróz, Alcebino Silva, Deriky Pereira, Alcindo Costa, Christiane Thomazelli Piza, Jéssica Delcarro e Izabela Cristina Silva.
Iago faz uma introdução das redes sociais com uma breve explanação sobre suas funcionalidades, como se orienta a exploração potencial de audiência, usando como exemplo os portais de notícias com conteúdo dinâmico. Ele afirma ainda que há uma mudança de paradigma cultural em curso, em que as famílias, de modo geral, especialmente as situadas na chamada “nova classe média”, priorizam o acesso à internet, a outras formas de comunicação e informação. Ele afirma que as redes sociais são hoje responsáveis por mais acessos e flutuação de audiência que sites de notícias. O círculo de informações geralmente inicia-se com as redes sociais ou nas ferramentas de pesquisa, mas definitivamente não permanece lá. Segundo ele, estes websites são canais de acesso e distribuição de informações. Quando a pessoa acessa estes veículos, ela pretende encontrar informações de seu interesse que estão fora de lá, ou seja, identificar informações do interesse do seu grupo social, consumir estas informações e retornar à rede social para encontrar novos conteúdos. Ele afirma que mais que zelar pela qualidade do conteúdo, especificamente, é importante planejar postagens que incentivem ou requisitem a interação dos usuários com a página. Somente desta maneira, o ecossistema virtual será favorável à ampliação do número de usuários que irão curtir a página e também daqueles que, por influência de seguidores da página, irão curtir conteúdos específicos, viralizados na rede. Para alcançar um número maior de leitores entre os usuários que já curtem uma página, o ideal é ter como estratégia alternar os formatos de postagem possíveis, de forma que se fidelize o leitor. Para postagens em que o link seja necessário, o ideal é fazer uma introdução bem estruturada, curta e estratégica ao tema. Deve-se utilizar um encurtador de links como o Bite.Ly (https://bitly.com). Esta ferramenta é gratuita, e permite monitorar a quantidade de acessos provenientes de todos os cliques espontâneos gerados onde quer que o link encurtado apareça.
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Vamos Fazer Podcast? Facilitador: Rones Maciel Participantes: Emília Merlini, Evelin Haslinger, Suliene Fernandes, Thalyta Nascimento, Luciano Frontelle, José Carlos dos Santos, Jackson Boa Ventura, Luiz Altieri
O facilitador conceituou o termo, explicando que podcast é um programa de áudio personalizado gravado em mp3 e disponibilizado na internet. Vem da palavra ipod + broad, e explicou que ao final da oficina todos produziriam um podcast. Foi exibido o vídeo Rafinha 2.0, em que um personagem central exemplifica como a geração que nasceu na década de 1990 cresceu com as novas tecnologias e hoje, além de consumidores, também se tornaram produtores de conteúdo. Fazer um podcast é aproveitar a convergência dos meios de comunicação para poder se expressar. O facilitador explicou que se deve aproveitar os canais existentes na web para disponibilizar os conteúdos. Rones passou a explicar as técnicas para produção de um podcast, que pode ser feito com uma câmera, gravador digital ou um celular. Só é necessário que você possa passar o conteúdo gravado para um computador. Para edição é possível utilizar softwares livres como o audacity, e para distribuição na rede costuma-se utilizar blogs, soundcloud, shared e redes sociais. O facilitador exibiu dois formatos diferentes de podcast, um mais sério, sobre os problemas do tabaco, e outro mais descontraído, um bate-papo entre pessoas. Em debate, os participantes concordaram sobre a importância de se conhecer o público que se pretende atingir para escolher o formato mais adequado Os participantes foram divididos em três grupos e cada um criou seu próprio Podcast.
Plenária final – resultados apresentados das oficinas autogestiondas: Ação em Rede: As ações em rede hoje são facilitadas pela internet. Os participantes concluíram que a constituição de uma rede é orgânica, e que, enquanto seres humanos, necessitamos viver em rede. Enfatizaram a importância de processos democráticos e liderança descentralizada para que os trabalhos em rede não morram.
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Comunicação e Mediação: A mediação faz parte do cotidiano e comunicar-se é mediar. Toda mediação constrói conhecimentos. A mídia media de forma a fortalecer pensamentos hegemônicos. Por isso, é preciso realizar uma mediação que desconstrua o senso comum em espaços de formação humana.
Comunicação Não Violenta: Destacou-se a importância de incentivar a cultura de paz por meio de uma comunicação não violenta. Hoje a sociedade encontra-se inserida na cultura do falar mal. Embora seja um hábito mecânico, é possível inverter esse processo. É preciso fortalecer o hábito de escuta verdadeira para uma reflexão profunda.
Sustentabilidade e Mudanças Climáticas: A sustentabilidade tem três pilares: ecologicamente correto, economicamente justo e economicamente viável. Os participantes a destacaram importância de simplificar a linguagem do discurso para sensibilizar o maior número de pessoas possível. Humanizar o texto é importante para que ele seja acessível a todos.
Experiências e Projetos Educomunicativos: Concluiu-se que a educomunicação é uma ferramenta de transformação, mas enfrentar o sistema hierárquico escolar muitas vezes engessa o trabalho.
Mídias Sociais: Os participantes destacaram as maneiras de transmitir informações pelas redes sociais. Técnicas de como não sobrecarregar os conteúdos, reduzir links e inserir imagens para chamar a atenção dos leitores e instigá-los e buscar mais informações sobre o tema foram mencionadas.
Vamos Fazer Podcast?: Além de compreenderem o conceito, os participantes realizaram um podcast, um conteúdo em áudio fácil de ser produzido e que pode ser compartilhado de maneira rápida na web. Os participantes foram divididos em três grupos e cada um criou seu próprio Podcast: www.agenciajovem.org/wp/?p=16683 www.agenciajovem.org/wp/?p=16680 www.agenciajovem.org/wp/?p=16677
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Seminário Nacional Juventudes e Comunicação Local: Prédio da Escola de Comunicação e Artes da USP Data: 11 de julho de 2013 Em torno de 150 participantes
Mesa de Abertura Comunicação e Cidadania para a garantia dos direitos de crianças, adolescentes e jovens Convidados: Gizele Martins (jornalista do jornal O Cidadão, do Rio de Janeiro, e integrante da Rede ViraJovem); Ismar de Oliveira Soares (coordenador da Licenciatura em Educomunicação da ECA/USP); Amanda Rahra (Énóis – Agência Escola de Conteúdo Jovem) e Daniela Majori (pesquisadora em Educomunicação). Mediador: Paulo Lima (fundador e diretor executivo da Viração Educomunicação)
As atividades da manhã começam com o jornalista Paulo Lima agradecendo a presença de todos os que acreditaram no projeto da Revista Viração durante seus 10 anos de existência. Ele assinala o atual momento de efervescência política brasileira, apontando o evento do dia também como um ato político-pedagógico. Destaca que a equipe e os participantes da Viração Educomunicação sempre estiveram nas ruas, desde suas origens, e convida a todos a participar das manifestações do Dia de Luta que ocorrem na mesma data. Em seguida, passa a palavra à jornalista Gizele Martins, que comenta os recentes acontecimentos no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, marcados pela ação violenta da polícia. Ela
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aponta o caminho da humanização do habitante da favela como forma de diminuir a tensão social. “O estado coloca o favelado como criminoso todos os dias. Precisamos mostrar que favela não é sinônimo de crime ou de guerra, mas de resistência.” Gizele comenta também o papel das mídias alternativas – entre elas o jornal O Cidadão – em relatar o que se passa na região, combatendo o preconceito sofrido pelos moradores das favelas. “É a comunicação alternativa que consegue provar que o favelado deve ter espaço na mídia.” Ela defende o uso do termo “favelado” como forma de afirmação de identidade. A fala de Gizele foi seguida pela de Amanda Rahra, que iniciou sua participação comentando a admiração pelo trabalho da Viração, frequentemente usada como referência pelo público jovem para definir o próprio trabalho da “Énóis”. “Passamos os últimos cinco anos ouvindo a pergunta: Vocês são tipo a Viração?. E isso nos enche de orgulho.” Amanda disse que é importante possibilitar que cada pessoa possa construir um texto coerente e acessível não só para si, mas para todos. Esse é o objetivo do projeto Énóis. “Hoje, existe muita gente querendo saber o que o jovem pensa do mundo. Os jovens são muito cobiçados pela mídia comercial e pelas marcas. E o mundo não é mais formado por uma comunicação unidirecional, mas sim por todas as pessoas podendo se comunicar.” A fala seguinte foi de Daniela Majori, que expôs seu trabalho de conclusão do curso de pósgraduação em Educomunicação, pela ECA/USP. Ela discutiu o papel da Educomunicação como vetor da mudança comunicacional junto aos jovens. O objeto de estudo de sua pesquisa foi a Agência Jovem de Notícias e, mais especialmente, as vivências realizadas semanalmente na sede da Viração Educomunicação. “Quando se coloca o jovem como agente principal da ação, se permite que ele exercite sua visão crítica, tornando-se também produtor de comunicação. Espera-se que essa postura, aos poucos e a partir do jovem, se espalhe pela sociedade. A política não é assunto fácil de se lidar e o jovem deve compreender seu papel dentro desse cenário”, comenta a especialista. Seguiu-se a participação do professor Ismar de Oliveira Soares, que considerou um privilégio para a Escola de Comunicações e Artes ter os jovens naquele espaço. De acordo com ele, existe um movimento da Universidade no sentido de criar condições para que os alunos da rede pública tenham maior acesso à vida acadêmica. Ele aborda ainda a questão da natureza do educomunicador, ora visto como militante, ora como profissional. “No primeiro caso, ele não precisaria necessariamente passar por uma universidade. Quem é contra a sistematização da atividade diz que universidade vai trair a Educomunicação. Porém, na verdade, existem várias vertentes de Educomunicação, o enquadramento vai depender do movimento social gerado pela atividade.” Ele citou que, até o momento, foram registradas 97 teses sobre Educomunicação, ao lado de um contingente de aproximadamente 1,2 milhão de jovens no Brasil que tiveram acesso a atividades educomunicativas por meio de diversas iniciativas. “Os jovens vão iluminar o que a universidade tem a oferecer. Os cursos de comunicação estão a serviço do grande mercado, enquanto a Educomunicação está a serviço da comunidade e de crianças e adolescentes. Quem não estiver ao lado deste público, não conseguirá concluir o curso universitário”, afirma. Paulo Lima fecha as falas da mesa complementando esta ideia, dizendo que a Viração foi uma das que começou a registrar seus colaboradores como “educomunicadores”. “Hoje temos um espaço jovem composto por revista, site, programa de TV, tudo com a participação dos jovens. Quando a
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comunicação e a educação se encontram, elas transformam vidas. E não se pode fazer comunicação democrática sem dar voz aos jovens.” Durante as mesas, Vitor Massao, com o apoio de Douglas Lima, realizou a facilitação gráfica, com desenhos que ilustravam as falas dos palestrantes. “Se nossos pensamentos não são lineares, porque anotamos as coisas dessa maneira? Seja pelo desenho ou por novas linguagens, é importante dar abertura à criatividade, usando-a para expressar novas ideias”, afirmou.
Algumas intervenções do público Gabriel Medina - “Na coordenadoria de juventude de São Paulo, estamos procurando pensar diferente para responder ao calor das ruas. As manifestações falam do que não foi feito, das insuficiências dos projetos de transformação que não deram conta da demanda. Não existem políticas culturais e educacionais efetivas, nem uma comunicação mais livre. Atualmente, o espaço que o jovem usa para se encontrar com os amigos, paquerar, ter vida social é o shopping. Isso é um problema e assinala uma grande crise. Queremos ressignificar a participação, torná-la mais direta. Precisamos continuar a ocupar as ruas, intensificar o processo que já está em curso.”
Alessandro Muniz - “Existe uma discussão sobre origem do conhecimento, se ele está dentro ou fora do espaço acadêmico. Não acho que se precise necessariamente de um diploma, mas é importante pesquisar, gerar conhecimento, estudar. Muitos cursos de comunicação não discutem a comunicação comunitária e popular. É importante construir o conhecimento contrário ao hegemônico e enxergar a universidade como uma extensão dessa discussão. A universidade deve ser uma praça do conhecimento, não um castelo. Deve-se criar uma ecologia dos saberes: todos são importantes e precisam dialogar.”
Manassés de Oliveira - “Precisamos expandir os conselhos de Virajovens e escrever mais sobre Educomunicação e políticas públicas. Percebi que existem registros de experiências já realizadas, porém não no Congresso Nacional. Não existe projeto de lei para transformar a Educom em lei nacional.”
Emília de Mattos Merlini - “É preciso aproximar a comunicação entre grupos do campo e da cidade. Quem produz conhecimento é a cidade, enquanto as pessoas do campo têm dificuldade de acesso a esse conhecimento. As pessoas não podem usufruir de seus direitos e acabam se mudando para a cidade. Da mesma forma em que pensamos sobre a hegemonia do adulto sobre o jovem, também precisamos combater a hegemonia do urbano sobre o campo.”
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Mesa 2 - Os desafios da Comunicação no Brasil e na América Latina Convidados: Douglas Moreira (integrante do Coletivo Intervozes, no Paraná) Rita Freire (jornalista da Ciranda da Comunicação Compartilhada) Mediador: Alessandro Muniz (integrante da Rede Virajovem e Renajoc)
Alessandro Muniz inicia as atividades considerando que o Brasil não discute questões ligadas à comunicação. “Não existe estímulo para que se discuta esses assuntos.” De acordo com ele, seria necessário criar políticas mais efetivas para a produção independente, a exemplo de outros países que já possuem legislação específica, como a lei argentina. Citou também exemplos como o da Bolívia, que organizou uma rede de expressão popular articulada, e do Uruguai, que também criou leis para discutir a democratização da comunicação. Em seguida, passa a palavra a Douglas Moreira, que falou sobre o coletivo Intervozes, que reúne ativistas pelo direito à comunicação, buscando construir um ambiente onde a mídia seja mais democrática. Ele questiona “o que é liberdade de expressão e direito à comunicação?”. Fazendo uma breve reconstituição histórica, comenta que o conceito de “liberdade de expressão” nasce no século XVII como combate ao sistema absolutista, consistindo no direito individual de não-interferência do Estado na expressão do indivíduo, em uma época em que era necessária autorização especial para publicar algo. Ele explica que é função do Estado regular o setor da comunicação. No entanto, a legislação atual não garante a liberdade de expressão, por ser contraditória e defasada. Douglas afirma que, atualmente, as cinco principais redes de televisão brasileiras detêm 99% das verbas publicitárias – sendo 73% apenas da Rede Globo. “Até mesmo a TV por assinatura é hegemonia da Globo, que tem parcerias com poder de veto para definir conteúdos das emissoras Net e Sky, controlando 80% do mercado. Se compararmos o volume de recursos disponíveis entre a EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) e a Globo, por exemplo, a primeira dispõe de apenas 5% em relação à segunda. Como comparar a audiência de dois sistemas tão desiguais?”
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Na sequência, fala a jornalista Rita Freire, que afirma que a mídia pública não deve ser “chapa branca”, mas sim referência para o modelo de comunicação pretendido pela sociedade. “Hoje temos uma comunicação auto-centralizada. Passa-se o dia discutindo personagens de telenovela, representados por atores que, mais tarde, serão entrevistados pelos programas da mesma emissora.” Ela salienta que a referência midiática brasileira é muito mais europeizada do que latino-americana, o que gera atitudes imperialistas em relação à própria cultura. Rita problematizou ainda a representação midiática das manifestações recentes no Brasil. “Historicamente, os movimentos de esquerda sempre lutaram pela partidalização e liberdade de expressão. Porém, nas manifestações recentes, a mídia procurou se apropriar dos movimentos, pelo fato de serem apartidários, para que se transformassem em um movimento contra o governo.” A fala terminou com a apresentação de vídeos sobre a manipulação de informações pela Rede Globo e sobre a forma negativa como a mulher é vista nos dias atuais.
Intervenções do público Alfredo Redondo – “Hoje na, Argentina, o governo tem o monopólio de quase todos os meios de comunicação. São oferecidas transmissões de futebol, enquanto é feita publicidade permanente do governo durante os jogos. É preciso pensar em uma maneira de proibir o governo de converter os canais em monopólio. Foi o mesmo que aconteceu na Venezuela, que hoje não tem canais privados, tudo é do governo e ninguém pode falar nada sobre Chavez. Quando um país faz uma lei importante, como essa das mídias, o restante dos países quer fazer o mesmo, mas é importante que se faça uma lei mais forte para que o governo não controle tudo.”
Indira Amaral (EBC) – “A EBC é uma empresa criada com o objetivo de garantir o que está na Constituição, vindo de uma herança de empresas estatais. Sem participação não se constrói uma empresa pública, as pessoas precisam estar cada vez mais presentes. Ocupem a EBC, precisamos romper essa tradição formada pelo olhar privado da comunicação do nosso País. Precisa-se de uma participação do continente. O Estado por si é uma estrutura conservadora, que precisa ser rompida.”
Lilian Romão – “Temos o compromisso de nos associar a estes coletivos de jovens que fazem comunicação. É um contexto de comunicação que é feito junto, com e para a juventude. Isso também é uma manifestação política. Debater política de comunicação de adolescentes e juventudes é um ato político.”
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Paula Menchetti – “Quando não nos sentimos representados por aquilo que é nosso, também praticamos atos de xenofobia sobre o que vem de fora. A mídia não representa, ela distorce os papéis. Existem outras formas além da rede para expandir as idéias e notícias, fazer da vida um processo de comunicar tudo através de todos meios de comunicação.”
Grupos de Trabalho e Plenária Final Na parte da tarde do Seminário Juventudes e Comunicação, os participantes se dividiram em 5 grupos de trabalho para discussões específicas sobre alguns temas relacionados à comunicação. A seguir, os resultados das discussões de cada grupo.
Processo de mobilização para a Lei de Iniciativa Popular da Comunicação Social Mediador: Douglas Moreira Participantes: Diego Souza Teófilo, Carlos Eduardo Ferreira, Rodrigo de Carvalho, Alcindo Costa, Christiane Piza, Manassés de Oliveira, Valdeane da Silva, Adriano Araujo, Israel Santos, Edison de Oliveira, José Carlos Lima. Propostas: • Democratizar a linguagem da campanha nacional que divulga o projeto de regulamentação da mídia (atualmente escrito em linguagem estritamente jurídica). • Campanha explicativa da Lei direcionada à Renajoc – elaboração de vídeo explicando a lei da mídia democrática com linguagem fácil, disponível para utilização em oficinas em todo o Brasil. •
Realização de uma série de entrevistas com a rede Virajovem sobre o assunto.
•
Realização de eventos e seminários de divulgação ao público geral.
•
Bancas de coleta de assinaturas em favor da Lei.
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Grupo: Políticas públicas de comunicação e juventude Mediadora: Vânia Correia Participantes: Jhony Abreu, Letícia Cardoso, Sirley Cordeiro, Karol Coelho, Sebastian Roa, Suliene Fernandes, Juliana Lima, Joaquim Moura, Ingridy Almeida, Emilae Sena, Andrielle dos Santos, Danuse Queiroz, Victoria Satiro, Jefferson Lemes, Thalyta Nascimento, Lusiane Alencar, Cid Lima, Matheus Fálico, Jéssica Moraes. Propostas: • Difundir a comunicação – melhorar a mediação e a comunicação externa e internamente. • Utilizar a comunicação como ferramenta para a maior transparência no uso de recursos para políticas públicas de juventude. • Ampliar e melhorar os veículos de comunicação estatais, disponibilizando um espaço para a juventude. •
Fortalecer o acesso da comunicação entre Estado e juventude.
Grupo: Educomunicação nas escolas Mediador: Alessandro Muniz Participantes: Sâmela
Borges, Evelin Haslinger, Emilia Merlini, Janaina Gallo, Paulo Gilberto Rodrigues de Lima, Cleide Fayad, Daniela Savietto, Fernanda Silva, Felipe Godoy, Jéssica Correa, Vinicius Rocha, Natalia de Lima, Thabata Lucas, Gabriele Luiz, Thais Bianca da Silva, Henrique da Silva, Camila Virillo. Propostas: • Aumentar a participação dos jovens e estudantes no processo de tomada de decisões das escolas. • Propor a construção de ações educomunicativas que não se limitem a questões tecnicistas, nem à comunicação e educação isoladamente, mas que comtemplem a transformação efetiva nas instituições formais.
•
Estabelecer estratégias para aplicar essas atividades dentro das escolas.
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Grupo: Mídia colaborativa Mediador: Antonio Martins Participantes: Nathalia Ferreira, Maria do Nascimento, Jéssica Delcarro, Sthephany Pinho, Jauiz da Silva, Leonardo Rodrigues, Marcos Araujo, Isabela Silva, Igor Nascimento, Thais Moreira, José Marlon, Jenicleide Barros, Sheila dos Santos, Lucas Souza, David Melo, Natalia da Costa, Arthur Silva, Elias de Sousa, Pedro da Silva. Propostas: • Processo de construção do texto e de projetos de forma colaborativa. •
Fortalecimento de redes colaborativas de abrangência nacional.
•
Criação de cartilha de comunicação colaborativa.
• Pontuar políticas públicas de mídias colaborativas por meio de editais e projetos específicos nessas questões.
Grupo: Comunicação, tecnologia e cultura de rede Mediador: Luci Ferraz Participantes: Jonatha dos Santos, Jenny De La Rosa, Bruna Scoza, Felipe Laurindo, Amanda Martins, Lucas Agostinho, Ana Paula da Silva, Eliézer Bueno, Igor Nascimento, Claudia Ferraz, Reynaldo Azevedo, Jackson Alves, Ingrid Evangelista, Victória da Silva, Cindy da Silva, Bianca Lima, Fernanda Queiros, Jessica Correia, Vanessa Bullin, Fernando Conte, Sara Mendes, Emilli Nicole, Raquel Ramos, Ingrid Lima, Amabile Theodoro. Propostas: •
Programa de leitura critica das mídias digitais para entender o poder das mídias digitais.
• Agência de notícias com foco na criação de notícias com linguagem acessível, bem como web rádio como agência de notícias. • Utilização de novas ferramentas de sensibilização junto aos professores, para que sejam aplicadas nas escolas.
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Planejamento da Renajoc Local: Prédio da Escola de Comunicação e Artes da USP Data: 12 de julho de 2013
A facilitadora nacional da Renajoc, Evelyn Araripe, apresentou um panorama histórico da rede. Em 2008, a rede foi criada durante um encontro nacional de virajovens e sua estruturação se deu nos dois anos seguintes. Em 2010, a rede foi dividida em grupos de trabalho e um facilitador por região. Evelyn falou sobre a criação e importância do Dia da Juventude Comunicativa, celebrado em 17 de outubro. Ressaltou ainda a importância de trazer mais adolescentes para a rede, principalmente através da atuação da Renajoc em escolas, pelo projeto Mais Educomunicação. Ela lembra ainda que atualmente a Renajoc utiliza a Viração como figura jurídica, principalmente para a captação de recursos financeiros. Além disso, destacou que a Renajoc possui representação no Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). Após essa abertura, foram chamados os facilitadores regionais para que expusessem para os demais presentes suas ações locais. Os facilitadores da Região Norte, Cláudia Ferraz e Jhony Abreu, relataram parcerias com cinco escolas estaduais onde realizam ações educomunicativas. Luiz Felipe Silva, facilitador da Região Nordeste, disse que ministra palestras em algumas escolas de Ensino Médio e disponibiliza fichas de inscrição para os interessados em integrar a rede. Os facilitadores da Região Sul, Joaquim e Juliana, explicam que desenvolvem atividades do Mais Educomunicação na área de música, com atividades de jornal mural e também rádio na escola. Luciano Frontelle, facilitador da Região Sudeste, atua em Sorocaba e estabeleceu parceria com a coordenação de uma escola em um bairro periférico da cidade. Leonardo Nora, integrante da Renajoc no Acre, relatou sobre oficinas de educomunicação quem tem realizado dentro de uma escola estadual com 50 adolescentes, e mesmo com a escola em greve os alunos continuaram participando das oficinas. Jéssica Delcarro, integrante da rede no Espírito Santo, disse que já está realizando o terceiro encontro pelo Mais Educomunicação numa escola de ensino fundamental e médio. Os participantes já realizaram uma intervenção urbana com grafite em uma praça da cidade de Pinheiros (ES). Danuse Queiróz, facilitadora da Região Centro-Oeste, relatou sobre a articulação com instituições locais como a União Planetária, e que iniciarão as oficinas em agosto em duas escolas de Brasília (DF). Reynaldo, também facilitador da Região Sudeste, compartilhou as ações que acontecerão no Dia C em Lavras (MG). Serão oficinas de grafite, entre outras, em bairros periféricos da cidade. Alessandro Muniz, outro facilitador da Região Nordeste, disse que integrou o Mais Educomunicação numa escola pública onde já atuava, onde só esse ano, já houve 15 encontros. Evelyn ressalta que em São Paulo existe a parceria com uma escola na Zona Leste, onde são desenvolvidas atividades de jornal mural e fanzines. Christiane Thomazelli, integrante da Renajoc em Roraima, informou que a primeira oficina em Boa Vista, começa dia 20 de julho em uma escola em que a temática da educomunicação já é desenvolvida. Evelyn retomou explicando que a meta do projeto Mais Educomunicação é atingir 20 escolas, e hoje o programa conta com 15 escolas participantes. Por isso, a necessidade de expandir o projeto para demais cidades.
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Propostas apresentadas: • Pensar em novas maneiras para entrar nas escolas. • Criar uma biblioteca da Renajoc para compartilhar documentos. Mapear os programas voltados para os jovens dentro da TV pública. • Realizar mais momentos para troca de informações. • Divulgar para outros Estados o que acontece na Renajoc em busca de novos participantes. • Disponibilizar os editais prontos para que sejam adaptados para que outros possam também captar recursos.
Grupos de trabalho Em cinco grupos de trabalho, os participantes deveriam debater sobre os desafios da Renajoc. A metodologia utilizada nesse momento foi o “Word Café”, em que os participantes participam de três rodadas de debates em grupos diferentes, escolhidos aleatoreamente. As propostas apresentadas pelos grupos foram as seguintes:
Grupo 1 Facilitadora Danuse Queiróz
1 – Institucionalizar a rede; 2 – Alimentar mídias sociais; 3 – Criar um tutorial para criação de projetos; 4 – Aumentar a captação de recursos; 5 – Criar um boletim mensal com as principais discussões; 6 – Multiplicar o Mais Educomunicação; 7 – Pleitear espaços políticos nos estados; 8 – Mapear a Rede; 9 – Separar a Renajoc da Viração; 10 – Formações virtuais sobre Educomunicação.
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Grupo 2 Faciltador Luciano Frontelle
1 – Poder expressar as mudanças que você quer na sua cidade e contexto através dos meios de comunicação; 2 – Manter a rede conectada; 3 – Manter ativa a proposta de soluções para encontrar meios de superar desafios conjuntos; 4 – Criar uma comunicação facilitada, através de linguagem acessível; 5 – Procurar novas plataformas para comunicação; 6 – Ocupar os espaços públicos; 7 – Integrar mais adolescentes.
Grupo 3 Facilitador Jhony Abreu
1 – Aumentar a cobertura colaborativa; 2 – Criar maneiras para que as pessoas se vejam na rede; 3 – Criar múltiplas lideranças para melhor divisão de tarefas; 4 – Mapear instituições e ações já realizadas; 5 – Desenvolver um memorial das ações; 6 – Fortalecer ferramentas já criadas, como Facebook e Twitter; 7 – Inserção da rede nos espaços de articulação politica; 8 – Desenvolver parcerias que possam contribuir com a Renajoc; 9 – Incentivar a diversidade na rede, convidando, por exemplo, comunidades indígenas para integrá-la; 10 – Produzir material didático informativo da rede, como uma cartilha de orientação; 11 – Aprofundar o projeto Mais Educomunicação.
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Grupo 4 Facilitadora Cláudia Ferraz
1 – Incentivar o direito do jovem à comunicação; 2 – Aumentar a incidência política da rede; 3 – Distinguir a Renajoc da Rede Virajovem; 4 – Aumentar a atuação no Conjuve; 5 – Elaborar uma ficha de adesão à rede; 6 – Procurar parcerias para fortalecimento; 7 – Capitar recursos para a Renajoc; 8 – Institucionalizar a Renajoc a longo prazo.
Grupo 5 Facilitador Alessandro Muniz
1 – Aprimorar espaços virtuais; 2 – Criar uma plataforma para compartilhar experiências, projetos e metodologias; 3 – Melhorar a comunicação interna e externa; 4 – Criar um grupo de trabalho especifico para produzir pequenas notas sobre o que acontece na rede; 5 – Simplificar a linguagem para que seja mais acessível e chegue aos adolescentes; 6 – Utilizar linguagens alternativas de expressão; 7 – Estabelecer metas para concretudes, através de ações pautadas; 8 – Esclarecer e divulgar os membros e parceiros da rede para que as pessoas saibam como se articular; 9 – Criar uma comissão com credencial para cobertura de eventos.
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Os participantes finalizaram concordando sobre a necessidade de um resgate histórico da Renajoc. Foi proposto pelos participantes que no período da tarde fossem divididos por regiões para realizar um planejamento direcionado e que a plenária final ficasse para o dia 13 de julho. Todos concordaram com a proposta.
Encaminhamentos dos Grupos de trabalho por Região: Norte • Subdividir a Região Norte em outras três para facilitar a ação; • Marcar mais reuniões via Facebook e Skype; • Criar um grupo no Facebook para discutir questões; • Criar um calendário de ações; • Elaborar uma carta de princípios.
Nordeste • Maior representação em espaços públicos; • Definir uma identidade; • Criar um conselho central para facilitar ações; • Marcar reuniões pontuais; • Desenvolver uma articulação com organizações locais; • Aumentar a incidência política.
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Sul e Centro-Oeste • Mobilizar parceiros e iniciar diálogos com outras instituições; • Realizar reuniões quinzenais para avaliação das ações; • Elaborar novos projetos de ação.
Sudeste • Criar um grupo de e-mails; • Sistematizar ações; • Aumentar reuniões via internet; • Criar um blog.
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Planejamento Renajoc e Revista Viração Local: Sede Viração Educomunicação Data: 13 de julho de 2013
Definição de estratégias de atuação da Renajoc para o biênio 2013-2014 Após discussão entre grupos divididos por regiões, foram propostas diversas iniciativas e metas para o fortalecimento e ação estratégica da Renajoc nos dois próximos anos. Seguem algumas das principais propostas apresentadas por regiões.
Nordeste • Aumento do contato entre os Estados; • Acompanhamento das atividades realizadas nos Estados e cidades vizinhas; • Fortalecimento dos meios de comunicação e de conhecimento entre os integrantes.
Sudeste • Organização de um blog regional para divulgar ações tanto para dentro da região como para público externo; • Realização de reuniões mensais via internet;
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• Organização de um grupo para participar do Encontro Brasileiro de Educomunicação em setembro próximo.
Norte • Criação de uma página do grupo regional no Facebook; • Acompanhamento do andamento do projeto Mais Educomunicação; • Mapeamento das ações educomunicativas realizadas na região Norte; • Organização de um encontro da Região Norte; • Ação para o Dia “C” (17.10): reunir cinco representantes de cada escola municipal para passeata nas cidades; • Fortalecimento da participação nos espaços de comunicação e discussão já existentes (ex.: blog da Renajoc).
Sul e Centro-Oeste • Mapeamento de organizações parceiras e juventudes comunicativas; • Fortalecimento do diálogo com parceiros, adolescentes e jovens sobre a Rede; • Realização de reuniões quinzenais para avaliação dos processos e troca de experiências; • Integração entre espaços/eventos para participação política das juventudes (CMDCA, Conjuve, assembléias, seminários, conferências, oficinas); • Elaboração de projetos e captação de recursos nas cidades; • Realização de um encontro regional até o fi nal de 2013; • Leitura, pelos novos integrantes da Rede, do Guia Mais Educomunicação, seguida de discussão de seu conteúdo com os facilitadores na próxima reunião virtual; • Recolhimento de formulários de identidade dos integrantes da Rede; • Reunião da Renajoc Centro-Oeste em 27/07/2013, além de outras com demais regiões.
Relatório 4º Enajoc
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Metas gerais Entre os desafios e metas listados pela equipe como temas a serem trabalhados no futuro pela Renajoc de forma geral, estão: • Criação de uma carta de princípios para a rede; • Renovar o Plano de Ação; • Ampliar as pautas da Renajoc, contemplando reflexões críticas sobre a educação tradicional e construindo ações sobre alternativas em educação; • Fomentar a participação de estudantes e coletivos jovens nos processos de decisão do sistema educacional tradicional; • Propor a construção de ações educomunicativas nas escolas e cidades, que não se limitem à discussão sobre comunicação/educação de maneira isolada, mas que contemplem uma transformação efetiva das estruturas sociais para favorecer o diálogo e a participação; • Melhorar as comunicações interna e externa da rede. • Ocupar efetivamente os espaços já constituídos, como a cadeira da Renajoc na Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação, e revigorar a presença nas redes políticas tradicionais; • Preparar planos de ação para os principais eventos do segundo semestre, bem como para eventos internacionais do ano que vem (como a Copa do Mundo); • Buscar fóruns ligados aos movimentos sociais; • Estabelecer uma comissão com prazos para planejamento das atividades políticas; • Organizar números da rede e levantar o perfil do público atendido; • Pensar em sistemas de avaliação e mensuração das atividades; • Otimizar as ferramentas de comunicação, como Google+ e Phyrtual; • Otimizar o uso das listas de e-mail e fóruns virtuais; • Ocupar e estabelecer parcerias com diferentes espaços sociais, como escolas, conselhos, postos de saúde, universidades e grêmios estudantis; • Intensificar a articulação virtual também para ações locais; • Mobilizar educadores para ampliar a rede; • Simplificar/facilitar a linguagem e abordagem da rede para alcançar o adolescente; • Incluir linguagens alternativas nos processos formativos, como teatro, música, grafite, etc.
32 Relatório 4º Enajoc
Conjuve e Frente Parlamentar A permanência de Alex Pamplona como representante da Renajoc no Conjuve foi definida colegiadamente. Foi reforçado ainda o aspecto positivo da presença da Rede no Conjuve, embora considerando a necessidade de uma participação mais efetiva. Sugeriu-se a escolha de uma pessoa que possa ter diálogo mais próximo com Alex, auxiliando-o na atuação dentro do Conselho. Foi dada a ideia de incluir também a participação de pessoas de diferentes estados nas reuniões, assim como de intensificar as relações internacionais da rede. “É preciso pensar no que será a Renajoc num prazo de dez anos.” Em relação à Frente Parlamentar, Danuse e Manassés se ofereceram para acompanhar as reuniões. Foi repassada ainda uma agenda comum das próximas atividades para toda a Renajoc, incluindo os eventos: • Dia “C” (17.10) – sugestão: mobilização de assinaturas para a lei de iniciativa popular; • Copa do Mundo em 2014; • COP20 no Peru, em novembro de 2014.
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Planejamento da Revista Viração Foi apresentado o novo layout da revista Viração, aprovado pelos participantes. Em seguida, todos se reuniram em grupos para traçar ações sobre pontos estratégicos da revista. Algumas das sugestões formuladas após a discussão foram: • Envio de ideias de pauta diretamente para o grupo da revista no Facebook, e não apenas para o mediador; • Fortalecimento de grupos regionais de Virajovens, sempre preservando o senso de união geral e construção coletiva; • Maior conhecimento da revista como produto editorial, e não apenas de seções isoladas. • Olhar as seções da revista com os olhos do leitor; • Dar preferência a pautas que não são abordadas pelos grandes veículos; • Realização de ofi cinas e grupos de trabalho aplicando os temas da revista; • Revisão do critério de seções fi xas da revista e também da possibilidade de revezamento nos espaços de opinião. • Necessidade de melhora do sistema de envio e recebimento dos exemplares, atualmente realizado via Correios, que tem apresentado frequentes atrasos. • Desenvolvimento de instrumentos de medição da recepção da revista e estudos mais aprofundados sobre o perfil do público; • Foco em abordagens atrativas dos temas, que dialoguem com a realidade do jovem; • Maior trânsito de conteúdos entre Viração e Agência Jovem; • Ampliar e fortalecer a divulgação da revista nas redes sociais e organizações parceiras; • Campanha de coleta de assinaturas anuais da revista.
Foi reafirmada a importância de se ter nomes como Sérgio Rizzo e Novaes participando da revista de forma permanente. Em seguida, foi sugerida a possibilidade de deixar textos mais opinativos para o site da Agência Jovem de Notícias. Participantes apontaram para a necessidade de reforçar as diferenças entre Viração, Agência Jovem e Renajoc – já que, atualmente, os três grupos ainda são formados, em sua maioria, pelos mesmos integrantes.
34 Relatório 4º Enajoc
Avaliação do 4º Enajoc Local: Hostel Paulista Data: 14 de julho de 2013 Participantes:
No último dia do evento, foi realizada uma reunião geral para comentários e impressões a respeito do encontro, com a presença dos participantes que ainda estavam no Hostel. De acordo com os participantes, faltou um pouco de dinâmica em alguns painéis, especialmente aqueles realizados no Seminário por palestrantes acadêmicos, além de um tempo maior para discutir a revista. “A quase totalidade das pessoas entrou para a Renajoc por meio da Viração, conhecendo a rede depois. E o tempo para se discutir a revista, que foi o primeiro ponto de interesse de todos, foi pequeno”, disse Leonardo Nora, participante de Rio Branco. Segundo eles, um dos pontos positivos do Encontro foi ter fugido da lógica dos eventos em geral, por ter sido autogestionável, o que fortaleceu o espírito de união. As dinâmicas também foram consideradas como importantes para que se pudesse diferenciar Viração de Renajoc. Seguem alguns depoimentos:
Marlon – “O evento foi muito proveitoso e exprimiu bem o momento pelo qual passam a revista e a rede. Todos tiveram oportunidade de falar o que pensam. Foi importante para clarificar conceitos e diferenças entre Rejanoc e Viração.”
Lilian – “Para nós da Viração, esse é um dos momentos mais ricos do ano. É quando podemos ouvir a todos pessoalmente, planejar em conjunto e começar a pensar com antecedência no que faremos no próximo ano.”
Joaquim – “Além da Viração fazer diferença para mim, vejo também o quanto ela faz diferença para os jovens em geral. A Viração é mágica, consegue falar de assuntos ‘chatos’ como política, fala de cultura, fala de muitas coisas que despertam o interesse e o pensamento. E é isso que faz meus olhos brilharem.”
Relatório 4º Enajoc 35
Avaliação:
Ruim = (
Não virou
Regular = ]
Deu pra se virar
Bom = )
Virou
Ótimo = D
Viração Total
Infra-estrutura Faça a avaliação geral do encontro em relação às suas expectativas:
Os espaços de atividades
Hospedagem
Alimentação
Transporte/Traslado
Materiais
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
2
4
8
20
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
7
15
13
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
3
5
15
13
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
2
8
16
10
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
3
5
13
15
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
15
18
2
Comentários: Hopedagem: muito bom o lugar, só que tinha poucos banheiros/ Alimentação virou, menos o café da manhã/ Foi ótimo, super aprovado/ Quartos muito pequenos na maioria, falta de organização nos horários de embarque, gerando muito desgaste dos participantes/ Muito bom o espaço do hostel; alimentação poderia ter sido melhor/ Fazer quartos com pessoas mais velhas que priorizam o sono. Não deu pra dormir com os jovens no quarto por causa do ruído/ Os encontros deveriam ocorrer com maior frequência.
36 Relatório 4º Enajoc
Metodologia Programação geral
Os espaços de atividades
Atividades autogestionadas
Facilitação
Seminário
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
2
9
13
9
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
7
15
13
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
15
16
2 Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
6
14
12
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
3
11
18
Comentários: As atividades autogestionadas eram tão boas que fiquei em dúvida sobre qual fazer/ Posicionamentos repetitivos, mas compreendo que faz parte da construção democrática/ A hospedagem foi boa, mas a bagunça do pessoal não ajudou muito/ Sugestão: vocês poderiam deixar tempo na programação pra andarmos pela cidade durante o dia/ Super importantes os espaços autogestionados para troca de saberes. É preciso incentivar que os núcleos e estados compartilhem suas práticas e saberes/ É sempre difícil dizer tudo em pouco tempo, sempre será pouco tempo.
Relatório 4º Enajoc 37
Aprendizados: O que você aprendeu durante esses dias aqui?
Sobre comunicação e educomunicação
Sobre o cenário das políticas de comunicação no Brasil
Sobre a Renajoc
Sobre a Viração
38 Relatório 4º Enajoc
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
2
9
21
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
7
12
13
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
2
5
7
19
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
1
13
18
Atividades auto-gestionadas (responda sobre as que você participou) Não virou
Deu pra se virar
Virou
Ação em rede
8 Não virou
Deu pra se virar
Comunicação e mediação Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
6
Virou
Viração Total
Comunicação não violenta
2 Não virou
Deu pra se virar
Virou
Sustentabilidade e mudanças climáticas
Viração Total
6 Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
2
5
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
1
2
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
2
2
1
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
2
A arte de escrever notícias na perspectiva da Educom Não virou
Experiências e projetos educomunicativos Não virou
Mídias sociais Não virou
Podcast
Viração Total
Comentários: As atividades foram top-top/ Com relação às políticas de comunicação no Brasil, ainda desconheço muita coisa sobre o assunto. Claro que isso depende muito do meu interesse, mas acredito que poderia ter sido mais trabalhado num sentido de formação política mesmo/ Parabéns ao condutor da atividade da arte de escrever notícias/ Foi muito pertinente para conhecer os processos de rede e todo o seu funcionamento/ Experiências inovadoras e expectativas renovadas a serem alcançadas/ Parabéns ao Bruno Ferreira. Arrasou e a oficina foi muito boa/ Só gostaria de ressaltar que alguns deixaram de cumprir com os acordos de convivência.
Relatório 4º Enajoc 39
Infra-estrutura Você se sentiu bem, acolhido e feliz aqui nestes dias?
Você acha possível usar o que aprendeu aqui em outros lugares?
Você se sente mais motivado a desenvolver ações em sua cidade?
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
2
2
7
24
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
1
9
24
Não virou
Deu pra se virar
Virou
Viração Total
1
2
7
25
Comentários: Sem dúvidas, este encontro foi esclarecedor e motivador para atuações concretas em rede/ São Paulo é linda, o hostel é bom, mas as pessoas (colegas) não superaram as expectativas/ Ótimo! Gente interessante e interessada, construindo um mundo melhor/ Troca de experiências e saberes, o que causou vontade de promover e otimizar o trabalho já desenvolvido/ Senti falta de um momento para ir em algum ponto turístico de São Paulo. Não curti a quase “obrigação” de participar do protesto do dia 11.
40 Relatório 4º Enajoc
Avaliação em gráficos Geral
Infra-estrutura
Relatório 4º Enajoc
41
42 Relat贸rio 4潞 Enajoc
Relat贸rio 4潞 Enajoc 43
Metodologia
44
Relat贸rio 4潞 Enajoc
Relat贸rio 4潞 Enajoc 45
Aprendizados: O que você aprendeu durante esses dias aqui?
46
Relatório 4º Enajoc
Relat贸rio 4潞 Enajoc
47
Atividades auto-gestionadas (responda sobre as que você participou)
48 Relatório 4º Enajoc
Relat贸rio 4潞 Enajoc
49
50 Relat贸rio 4潞 Enajoc
Relat贸rio 4潞 Enajoc
51
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52 Relatório 4º Enajoc
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