Recortes 206 26-10-2010

Recorte nº 206 Índice – 26 de Outubro de 2010 • • • • • •

Ligação da A2 ao porto de Setúbal já está em fase adiantada Setúbal e Emden assinam protocolo No primeiro semestre – Portos de Setúbal e Aveiro crescem Sines recebeu mega porta contentores em viagem inaugural O mar como projecto de comunicação Clube de Oficiais da Marinha Mercante acolhe palestra ‘Um projeto de futuro’ • O transporte marítimo e a crise • Setúbal recupera praia e alarga passeio

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Cargo News – 25 de Outubro de 2010

Ligação da A2 ao porto de Setúbal já está em fase adiantada A construção da ligação da auto-estrada A2 à Península da Mitrena avança a bom ritmo, prevendo-se, segundo a concessionária Brisa, a sua conclusão no final de 2010. Ficará assim concluída a ligação da marginal do Porto de Setúbal EN10-4 à A2 (Lisboa, pela ponte 25 de Abril-Algarve) e à A12 (Setúbal-Lisboa, pela ponte Vasco da Gama). O acesso direto ao porto de Setúbal passará a ser realizado através de uma via elevada, quase dedicada, logo após as portagens de Setúbal, que em poucos minutos colocará os camiões diretamente ao porto, sem qualquer cruzamento ou constrangimento urbano, facilitando a chegada da carga e o respetivo escoamento, tornando assim o porto mais competitivo, bem como as unidades industriais localizadas na Península da Mitrena.

Há vários anos reivindicada pela APSS e pela Comunidade Portuária e Industrial de Setúbal, esta obra irá melhorar substancialmente a acessibilidade rodoviária do porto e reduzir os tempos de acesso aos hinterlands do Norte da Região de Lisboa e a Espanha.

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Logística Moderna – Setembro de 2010 – Pág. 15

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Logística Moderna – Setembro de 2010 – Pág. 18

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Público.Online – Carga & Transportes – 24 de Outubro de 2010

Escala única em Portugal para movimentar menos de 10%

Sines recebeu mega porta-contentores em viagem inaugural 24.10.10 - 09:57 Por Paulo Vilarinho DR

O mega navio porta-contentores em Sines O porto de Sines recebeu dia 18 de Outubro a viagem inaugural de um dos maiores navios porta-contentores do mundo – da 6ª geração -, o “MSC Emanuela”. Com uma capacidade de 14.000 TEU, o navio tem um comprimento fora-a-fora de 366metros (m), 51m de boca e uma Arqueação Bruta de 151.559 toneladas exigindo um calado máximo de 16m, o que faz de Sines um dos poucos portos Europeus capaz de o receber, e o único português. O “MSC Emanuela” integra o Lion Service (neste caso no serviço do Inbound), o serviço regular que liga o porto de Sines ao Extremo Oriente. Nesta escala inaugural, a operação do “MSC Emanuela” envolveu a movimentação total de 1.234 TEU. Para a presidente da Administração do Porto de Sines, Lídia Sequeira, presente na ocasião, “a escala deste navio no Terminal de Contentores de Sines é um testemunho das excelentes características deste porto de águas profundas, especialmente vocacionado para a recepção destes grandes megacarriers”.

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Público.Online – Carga & Transportes – 24 de Outubro de 2010

Palestra quinta-feira em Lisboa

‘O Mar como projecto de comunicação’ 24.10.10 - 09:21 Por Paulo Vilarinho

O Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa (UCP) promove quinta-feira, dia 28 de Outubro, uma palestra sobre o tema "O Mar como projecto de Comunicação" pelo vice-almirante Alexandre da Fonseca, director e editor da “Revista da Marinha”. A palestra começará às 13 horas, na Sala D.Henrique, O Navegador, das instalações da UCP em Lisboa. O vice-almirante Alexandre da Fonseca é ainda membro da Academia da Marinha, da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Sociedade Histórica da Independência de Portugal e presidente da Confraria Marítima e do Observatório da Segurança Marítima.

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Público.Online – Carga & Transportes – 24 de Outubro de 2010 CARTA ABERTA de Joaquim Ferreira da Silva

O transporte marítimo e a crise Durante o último grande conflito mundial do século passado (1939/45) as dificuldades das “gasolineiras” da época no abastecimento dos combustíveis líquidos ao País, pelos seus próprios recursos marítimos (navios), levaram o Governo de então a intervir e assegurar, por via de organismos estatais, essa garantia de transporte e abastecimento. Criou-se, assim, em 1940, o Instituto Português de Combustíveis. Podemos dizer que este organismo foi o primeiro armador português de navios petroleiros.

O Instituto começou por fretar os navios franceses (Vichy), “FRIMAIRE “ e “ARAGAZ” mais tarde substituído pelo “VENDEMIAIRE”. Face às dificuldades havidas, com aquele Governo francês, dois anos depois (1942) decidiu o nosso Governo fretar navios de países neutrais; assim vieram os suecos “KALMIA” seguido do “GLONDAL” e “GLIMENGHEUS” . Entretanto os fretes pagos a estes navios arruinavam as contas do nosso tesouro e António Salazar, impressionado com a sangria da saída de dinheiro, determinou que Portugal adquirisse petroleiros. Apesar das enormes dificuldades financeiras de então investiu em bens altamente produtivos. Foi assim que a CUF comprou o “ARAGAZ” em 1942, que se designou “MONCHIQUE”, a Marinha de Guerra mandou construir no Alfeite o “SAM BRAZ” em 1943 para garantir seu abastecimento em menores custos e por despacho ministerial (nº 150 de 24 Nov. de 1945) se constituiu a SOPONATA. Esta adquiriu aqueles navios suecos (passam a designar-se “GEREZ”, “MARÃO” e “AIRE”) e deu-se por finda a saída daquele caudal de dinheiro para pagar fretes – então 75 escudos a tonelada, mas em cada ano resultava numa saída de milhares de contos.

Insuportável para as finanças da época.

Os navios adquiridos foram a base duma das maiores riquezas do País: a SOPONATA e sua frota. Conhecemos como a SOPONATA cresceu, e ao longo de dezenas de anos. Não só impediu a saída do País de centenas de milhares de contos como também deu emprego a cerca dum milhar de pessoas, contribuíu para o desenvolvimento dos estaleiros navais portugueses, manteve abastecedores dos navios, agentes de navegação e inúmeras outras pequenas empresas que do apoio aos seus navios viveram.

E no nosso Tesouro acumulou-se ouro! Depois do 25 de Abril impuseram-nos a ideia mentecapta de que sem colónias não se justificava termos navios. Só que tão “brilhante evidência” não está na mente dos suíços que têm a maior frota mundial de porta-contentores (mesmo sem terem mar, quando mais colónias!) ou dos dinamarqueses, suecos e noruegueses que nunca tendo colónias têm sido os países com as maiores frotas mundiais; e ainda hoje a Grécia, se está a manter a sua economia viva, deve-o ao grande número de navios que possui e lhe angariam divisas mundo fora para lhe atenuar uma crise similar à nossa.

Daquele jaez se mandaram fora modernas unidades de navios e pelos gabinetes faustosos das empresas importadoras (Petrogal-petróleos/EDP-carvão/Transgásgases liquefeitos/Silopor-cereais,etc.) se começaram a fretar navios estrangeiros, em fabulosos contratos nos “brokers” internacionais, cujos custos (base para gordas “comissões”, que acabariam com navios nacionais) com nota de registo actual de 15 7

dolares/Tonelada nos petróleos, em cada semana de viagem, levam a facturar anualmente centenas de milhões, e quando variam, os seus administradores têm a “árdua tarefa” de aumentar no público o preço dos produtos que vendem; e no final do ano levam uma prebenda de milhões pelo “grande esforço administrativo” dado às suas empresas.

Mas este tremendo endividamento ao estrangeiro não faz parte do Orçamento do Estado – está encapuçado nas empresas estatais – e “p´ró Zé” só se espirra as contas dos submarinos, mesmo que seja do seu bolso que saia diariamente aquela tremenda divida….

Não é só do “destino do Mar”, que o Professor Ernâni Lopes tenta carregar no “telégrafo” de manobra e pôr o ponteiro em “Toda a Força a Vante”, que Portugal vai sobreviver. Mas será dele que pode vir o maior contributo para o urgente desenvolvimento da economia.

Portugal deve preparar-se para o alargado Canal do Panamá, em 2014 O País tem que escolher: ou investe nas forças produtivas da sua economia, em especial as ligadas ao transporte marítimo, navios, portos, estaleiros e os equipamentos e vias que lhes acedem (e assim arranja dinheiro para pagar as enormes dividas que criou) de modo a libertar-se de se tornar em breve um arrabalde de Berlim com a “Unter der Linden” a “despejar” para a Av. da Liberdade, as suas ordens (será que não vêem que a Europa já vai a uma só velocidade, a alemã?), o que era de prever desde que os “iluminados de Bruxelas” avançaram com o “Euro” deixando de fora a “Libra”; ou abandona o “Euro” e volta ao “Escudo” (e assim reduz drasticamente as importações e aumenta as exportações) e fica agarrado aos cacos desse terramoto a dizer que são muito seus e que ninguém de fora vai mandar remover esse entulho.

Em 1869 foi inaugurado o Canal de Suez. Foi a 1ª grande revolução no transporte marítimo mundial na época moderna. Pelo facto Portugal teve, nos finais do século XIX, um dos mais fulgurantes desenvolvimentos das suas frotas navais.

Em 1914 foi inaugurado o Canal de Panamá. Foi a 2ª grande revolução nos transportes do mar e o País voltou a ter um forte poder marítimo nas décadas que se lhe seguiram.

Em 2014 vai ser inaugurado o novo (alargado) Canal de Panamá. Entendemos que se irá processar a 3ª grande revolução no transporte marítimo dos nossos tempos, face ao que já se passa nesta actividade, entre o Oriente e o Ocidente, Nos parece ter chegado a hora de se colocar o ano 2014, como meta dos empreendimentos, aos nossos dirigentes e decisores na matéria, para que se considere tal meta como um objectivo da concretização do que se queira fazer no sector dos transportes marítimos revolucionado pela vaga de grandes navios portacontentores na caminhada Oriente-Ocidente, como o foram as nossas caravelas há 500 anos atrás, mas por via do Cabo da Boa Esperança.

Aqui vos deixo um muito saudar.

Joaquim Ferreira da Silva 8

Diário de Notícias – 26 de Outubro de 2010 – Pág. 20

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