Recortes nº 070 Índice – 11 de abril de 2013 • • • • •
Badajoz quer recuperar Plataforma do Sudoeste Companhias de contentores perderam 239 milhões Contentores em Leixões crescem 2,5% no trimestre Só a Refer receberá mais dinheiro do Estado Competitividade europeia passa pelo eixo África-América Latina • Portos dos Açores terão rampas para carga ro-ro • Siemens trabalha no primeiro ferry elétrico
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Transportes & Negócios, 10 de abril de 2013
Badajoz quer recuperar Plataforma do Sudoeste Badajoz aposta em relançar a Plataforma do Sudoeste Ibérico (e já não Europeu), anunciada em 2004 e que em 2011 esteve para avançar no terreno. A ligação ferroviária a Lisboa e Sines continua a ser essencial. Desde que, há cerca de um mês, o governo da Extremadura anunciou a intenção de criar um porto seco em Mérica, o alcaide de Badajoz tem-se desdobrado em iniciativa para reanimar o projecto de criar uma grande plataforma logística junto à fronteira portuguesa. Em Março passado, o governo regional da Extremadura garantiu que a plataforma de Badajoz “volta a ser prioritária”, em linha com a prioridade dada ao Eixo 16 na Rede Básica de Transportes Europeia. Mas agora o alcaide de Badajoz quer ver esse anúncio traduzido em actos. Ao mesmo tempo, o autarca quer negociar com a estatal Sepes a colocação no mercado dos terrenos destinados à plataforma, a um preço médio de 50-80 euros/metro quadrado. O projecto da plataforma logística de Badajoz (à altura baptizada de Plataforma do Sudoeste Europeu) foi lançado em 2004. A ideia era atrair para uma área de 540 hectares, junto à fronteira com Portugal, indústrias e operadores logísticos que, utilizando a linha Lisboa-Madrid então projectada, pudessem captar os tráfegos da fachada atlântica com origem ou destino nas Américas, África e Europa, utilizando para o efeito os portos de Sines e de Lisboa. Em Dezembro de 2011 foi anunciado o arranque da infra-estruturação da primeira fase de 140 hectares em 2012, e a construção das primeiras naves em 2013. Mas as obras não chegaram a iniciar-se por falta de acordo com a Endesa para a electrificação da zona. Um problema que terá sido entretanto ultrapassado, assegura o edil de Badajoz.
Transportes & Negócios, 10 de abril de 2013
Companhias de contentores perderam 239 milhões No ano passado, as maiores companhias de transporte marítimo de contentores reduziram drasticamente os prejuízos. Mas chegar aos lucros já este ano será tarefa muito difícil, avisa a Alphaliner. Em 2012, das 21 companhias do “top 30” que tornaram públicos os seus resultados apenas sete atingiram lucros operacionais. Destacou-se a CMA CGM, com um ganho de 989 milhões de dólares (789 milhões, se descontado o negócio dos terminais), seguida da Maersk Line, com 483 milhões, e da OOCL, com 230 milhões de dólares. Juntas, as 21 companhias registaram perdas operacionais agregadas de 239 milhões de dólares. Ainda assim, uma melhoria significativa face aos prejuízos de 5,9 mil milhões de dólares em que incorreram em 2011. A Alphaliner recorda a propósito que no ano passado as companhias tiveram um primeiro trimestre desastroso, recuperaram nos segundo e terceiro (por força do aumento das tarifas) mas voltaram às margens negativas no último trimestre. Para o ano corrente, acrescenta, as perspectivas continuam sombrias e o regresso do sector aos lucros pode não acontecer. E explica que os aumentos de tarifas implementados no Ásia-Europa em meados de Março estão a ser corrompidos pela baixa utilização da capacidade e pela concorrência desenfreada, que atira as tarifas spot para um nível 40% abaixo do registado na mesma altura do ano passado. A propósito de margens, a Alphaliner sublinha que em 2012 a SITC conseguiu o melhor resultado, nos 6,6%, seguida pela CMA CGM, com 6,2%, e pela Wan Hai, com 4,5%. A CSAV teve a pior performance, com uma margem operacional negativa de 5,6%.
Transportes & Negócios, 10 de abril de 2013
Contentores em Leixões crescem 2,5% no trimestre O porto de Leixões movimentou 140 431 TEU no primeiro trimestre, o que representa um crescimento homólogo de 2,5%, anunciou a concessionária TCL. Em Março, porém, verificou-se um decréscimo de 4% na actividade do terminal de contentores de Leixões, tendo sido movimentados 48 199 TEU. Foi esta a primeira vez, em mais de um ano, que a TCL não registou um crescimento na produção mensal. A quebra terá a ver, certamente, com o abrandamento das exportações nacionais. Mas poderá também ser explicado em parte pelo facto de Março de 20112 ter tido um resultado excepcionalmente elevado. Resta agora saber se o resultado de Março foi um “acidente”, ou se marca uma inversão da tendência de crescimento do movimento de contentores em Leixões. No balanço do primeiro trimestre, certo é que os números alcançados são os melhores de sempre da concessão no relativo ao período Janeiro-Março.
Transportes & Negócios, 10 de abril de 2013
Só a Refer receberá mais do Estado A Refer será a única empresa pública de transportes a receber mais dinheiro de indemnizações compensatórias do Estado este ano. As demais mantêm ou vêem baixar ligeiramente as compensações pelo serviço prestado. A maior poupança consegue-a o Governo nas comparticipações dos passes e tarifários sociais. A Refer continua a ser a empresa pública de transportes que mais receberá de indemnizações compensatórias do Estado. Este ano serão 53,75 milhões de euros, de acordo com o despacho hoje publicado em Diário da República. Face a 2012, verifica-se um reforço de cinco milhões de euros. O Metropolitano de Lisboa mantém os 46,64 milhões de euros do ano passado, o mesmo acontecendo com a Metro do Porto, que receberá 12,23 milhões. A Carris tem reservados 19,68 milhões de euros (perde um milhão), ao passo que a STCP mantém os 10,82 milhões. A CP receberá 35,89 milhões de euros, menos um milhão que em 2012. Além destas empresas, a Soflusa receberá 1,61 milhões de euros pelo contrato de concessão, a Transtejo 6,57 milhões (sensivelmente o mesmo que em 2012, no conjunto das duas operadoras) e a Metro Sul do Tejo 12 milhões (nove milhões no ano transacto). Onde os cortes são mais sentidos é nas compensações pelos passes e pelos tarifários sociais. Para o passe “4_14@escola.pt” o Governo reserva agora cerca de 8,6 milhões de euris, quando em 2012 dispendeu 17,5 milhões de euros. E no caso do “sub23@superior.pt”, a dotação para este ano é de 4,9 milhões de euros, contra os 9,7 milhões do ano passado. Uma redução de cerca de 50%, que acresce aos cortes da mesma grandeza realizados já em 2012. O “passe social+” vê reforçada a sua dotação, de 5,2 milhões para 5,7 milhões de euros. E para o tarifário social do Andante, no Porto, são destinados 5,7 milhões de euros.
Diรกrio Econรณmico, 11 de abril de 2013, pรกgs. 20 e 21
Cargo News, 10 de abril de 2013
Portos dos Açores terão rampas para carga ro-ro em maio As ilhas dos Açores, com exceção da ilha do Corvo, terão a partir de maio rampas ro-ro que garantem melhores condições de segurança, operacionalidade e comodidade no transporte de carga rodada e passageiros.
A confirmação foi dada pelo Governo Regional, que espera que estas infraestruturas potenciem o mercado interno. O secretário regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga, em visita ao porto da Praia da Graciosa, onde foi recentemente concluída a construção de uma "rampa ro-ro", falou num investimento nesse porto de cerca de 820 mil euros, numa infraestrutura que permitirá o transporte na ilha de "carga rodada", ou seja, as mercadorias entram e saem nos portos dentro dos camiões, sem necessidade de serem descarregadas.
Segundo Vítor Fraga, o objetivo do Governo dos Açores foi dotar todos os portos da região "com condições de segurança e de operacionalidade, de comodidade, no transporte marítimo de passageiros e de carga rodada".
Desta forma, a operação deste ano da Atlânticoline, que arranca no início de maio, vai poder utilizar a totalidade das rampas ro-ro nas oito ilhas dos Açores. "Isso vai permitir que, a operação deste ano da Altânticoline, que arrancará a 2 de maio, possa utilizar estas infraestruturas", salientou Vítor Fraga.
Cargo News, 10 de abril de 2013
Siemens trabalha no primeiro ferry elétrico A Siemens está a desenvolver, em cooperação com o estaleiro norueguês Fjellstrand, o primeiro ferry movido a eletricidade. A embarcação de 80 metros de comprimento tem capacidade para o transporte de 120 carros e de 360 passageiros e, a partir de 2015, assegurará a ligação entre Lavik e Oppedal, atravessando o Sognefjord.
As baterias do ferry serão recarregadas nos intervalos entre as travessias, através de um procedimento que leva apenas 10 minutos. O ferry atualmente em serviço nesta rota utiliza, em média, um milhão de litros de combustível por ano e emite 570 toneladas de dióxido de carbono e 15 toneladas de óxidos de nitrogénio.
O ferry com motor elétrico foi desenvolvido no âmbito de um concurso organizado pelo Ministério de Transportes da Noruega. Como prémio foi concedida, ao armador Norled, a licença para operar a rota até 2025. O ferry foi projetado especificamente para acomodar os requisitos de um sistema de propulsão elétrica. Sendo um catamaran de dois cascos finos, oferece menos resistência na água do que um ferry convencional.