Recortes Nº 84 de 2012

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Recortes nº 84 Índice – 30 de abril de 2012 • • • • •

O Mar não é alternativa à falta de emprego em terra Tarros Line inicia transbordo de cargas em Setúbal Tribunal de Contas europeu arrasa investimentos nos portos Ligação marítima semanal vai unir Portimão e Sevilha Porto de Setúbal participa no LIFE RAIL

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O Setubalense – 30 de abril de 2012, Påg. 8


Transportes & Negócios – 30 de abril de 2012

Tarros Line inicia transbordo de cargas em Setúbal A Tarros Line continua a reforçar o seu serviço em Setúbal, com mais capacidade, mais escalas directas e a aposta na criação de um “hub” de ligação entre o Mediterrâneo e o Norte da Europa. Setúbal, a par de La Spezia e Mersin, é uma aposta da Tarros Line para operar como plataforma de transbordo de cargas de/para o Norte da Europa e Reino Unido. Ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, uma fonte da Atlantic-Lusofrete, que agencia o armador italiano, confirmou que “existe um acordo com a Wec Lines para potenciar as conexões à partida do Norte da Europa, via Setúbal, com destino ao Mediterrâneo”. Recorde-se que desde o início do ano a CP Carga opera um comboio completo semanal para a Tarros Line, entre a plataforma de Cacia (porto de Aveiro) e Setúbal, para o transporte de cargas do Norte e Centro. A Tarros Line, que ainda recentemente aumentou de três para quatro os navios a operar no Great Pendulum Service (com a inclusão de uma unidade do parceiro Arkas Line), e que com isso passou a escalar Setúbal numa base semanal, está agora a renovar a frota, aumentando a sua capacidade. “Os novos navios terão entre 1 100 e 1 300 TEU de capacidade”, anunciou a mesma fonte. Ao mesmo tempo, o serviço foi reforçado com a introdução de uma escala em Génova. Desta forma, a nova rotação completa do Great Pendulum Service é a seguinte: Setúbal, La Spezia, Salerno, Piraeus, Salónica, Istambul, Mersin, Alexandria, Nápoles, La Spezia, Génova, Casablanca e regresso a Setúbal. A Tarros Line iniciou as operações em Setúbal no final de 2009.


Transportes & Negócios – 30 de abril de 2012

Tribunal de Contas europeu arrasa investimentos nos portos Entre 2000 e 2006, a União Europeia financiou com 2,8 mil milhões de euros investimentos nos portos comunitários. A maioria, a avaliar pela amostra, terá tido pouca ou nenhuma eficácia, concluiu o Tribunal de Contas Europeu. Espanha recebeu a parte de leão. Obras por acabar ou a necessitarem de avultados investimentos adicionais para ficarem operacionais, portos vazios, infraestruturas portuárias não utilizadas, falta de planeamento e de objectivos de médio e longo prazo. É extenso o rol de deficiências verificadas pelo Tribunal de Contas Europeu na análise que fez a uma amostra de 27 projectos de investimento em portos europeus, para avaliar a eficácia da utilização dos fundos estruturais e do Fundo de Coesão no cofinanciamento de infraestruturas de transportes nos portos marítimos. O relatório, extenso de 48 páginas, resume em seis parágrafos apenas as conclusões/constatações. O resultado é demolidor. Assim: “Apenas 11 dos 27 projectos foram eficazes em matéria de apoio aos objectivos da política de transportes. Além disso, algumas obras estavam por concluir, outras não eram utilizadas e outras ainda necessitarão de um investimento adicional considerável para assegurar a sua utilização eficaz; “Nenhuma das regiões auditadas dispunha de um plano de desenvolvimento portuário a longo prazo, não tendo sido efectuada qualquer avaliação das necessidades neste domínio. Além disso, não existiam projectos elegíveis para financiamento, tendo-se recorrido ao financiamento retroactivo para absorver os fundos disponíveis; “Nos estados-membros, os procedimentos administrativos associados aos projectos revelaram-se morosos e burocráticos, dando por vezes origem a atrasos e a despesas suplementares; “O acompanhamento e a supervisão dos resultados dos projectos não foram suficientemente tidos em consideração e a atenção dos comités de acompanhamento e das autoridades de gestão centrou-se na taxa de execução das despesas. Os indicadores foram definidos a pensar sobretudo no acompanhamento das despesas e das obras. Não se procedeu ao acompanhamento dos resultados e do impacto das infraestruturas, tendo-se encontrado portos vazios e infraestruturas portuárias não utilizadas; “As avaliações e decisões da Comissão relativas aos grandes projectos e aos projectos do Fundo de Coesão não conduziram a medidas de correcção das insuficiências dos projectos observadas durante a auditoria. Constatou-se também a ausência de orientações da Comissão em matéria de boa gestão financeira das despesas;


“Existem poucos elementos comprovativos de que a Comissão tenha intervindo nos comités de acompanhamento para garantir a eficácia das despesas relativas aos grandes projectos e aos projectos do Fundo de Coesão auditados e tenha encorajado a definição e utilização de indicadores de resultados ou de impacto.” No limite, a instituição liderada pelo português Vítor Silva Caldeira encontrou dois projectos cujos objectivos não correspondiam nem à política de transportes nem à descrição do constante operacional ao abrigado do qual foram cofinanciados. Mas nem tudo é mau. E o Tribunal de Contas Europeu refere como bons exemplos os casos de Messina (Itália), de Avilés/San Juan (Espanha) ou de Tinos (Grécia). Os 27 projectos escolhidos incluíram 13 relativos a infraestruturas para carga e contentores, nove de melhoria de infraestruturas para passageiros (incluindo quatro marinas) e quatro casos de investimento em superestruturas. Juntos representaram um custo total de 1,7 mil milhões de euros, com um cofinanciamento comunitário de 726 milhões de euros. Localizaram-se em Espanha, França, Itália e Grécia. Entre 2000 e 2006, a União Europeia canalizou para investimentos nos portos marítimos 2,8 mil milhões de euros de fundos estruturais e do Fundo de Coesão. A Espanha recebeu quase 1,5 mil milhões, ou 52% do total. A Grécia recebeu perto de 359 milhões (13%J) e a Itália 339 milhões (12%). A Portugal couberam um pouco mais de 180 milhões de euros, o equivalente a 6,4% do total.


APP – 30 de abril de 2012 Ligação marítima semanal vai unir Portimão e Sevilha No seguimento do trabalho conjunto que está a ser realizado pelos portos de Portimão e de Sevilha para atrair navios de cruzeiros para o Algarve e Andaluzia, decorrem a bom ritmo negociações com uma companhia de cruzeiros fluvio-marítimos, visando a concretização de itinerários semanais entre ambos os destinos. O itinerário atualmente em avaliação técnica prevê escalas nos portos de Sevilha, Vila Real de Santo António, Olhão e Faro, com operações de turnaround (embarque e desembarque de passageiros) em Portimão, possibilitando a organização de pacotes turísticos para os passageiros com permanência na região algarvia, o que poderá criar boas dinâmicas económicas na hotelaria, na restauração, no comércio local e no próprio Aeroporto Internacional de Faro. Localizado estrategicamente na confluência entre o Atlântico e o Mediterrâneo, e beneficiando de condições naturais únicas, o Porto de Portimão teve nos últimos quatro anos um significativo aumento no número de passageiros de cruzeiros, passando de 5.798 em 2007 para 44.841 no ano passado, o que representou um crescimento de 673 por cento Porto de Setúbal participa no LIFE RAIL O Porto de Setúbal patrocinou e participou na primeira edição, em Portugal, do curso LIFE RAIL sobre intermodalidade marítimo-ferroviária e logística sustentável que decorreu, de forma inédita, a bordo de um comboio gentilmente cedido pela CP e CP Carga, entre 16 e 18 de Abril. O curso foi organizado pela Escola Europeia de Short Sea Shipping (2E3S.eu) no âmbito do projeto europeu LIFE Logístics (Logostics Intermodal Freight Enhancement), com o número de trinta e cinco formandos inscritos. O LIFE RAIL incluiu, para além de abordagens teóricas dos processos entre os portos a ferrovia e os respetivos terminais, a visita ao Terminal da CP Carga da Bobadela e aos portos de Setúbal, Sines e Aveiro.


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