Recortes 166 06 11 2015

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Recortes nº 166 Índice – 06 de novembro de 2015  Porto de Setúbal visitado por delegação da Embaixada de Marrocos  Estivadores iniciam greve que abrange Porto de Setúbal  Porto de Lisboa será o mais afectado por greve de estivadores  Greve dos estivadores: CPL apela ao bom senso

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O Setubalense, 06 de novembro de 2015


O Setubalense, 06 de novembro de 2015


Público Online, 05 de novembro de 2015

Porto de Lisboa será o mais afectado por greve de estivadores

O Sindicato dos Estivadores apresentou um calendário de luta para as próximas semanas, que inclui uma manifestação em frente da Assembleia da República no dia de apresentação do programa de governo, e uma greve de dez dias, a começar no dia 14 de Novembro com incidência nos portos de Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz. A greve terá início às 8h de 14 de Novembro e deverá prolongar-se até à mesma hora do dia 24. "Em causa está o fim do contrato colectivo de trabalho, motivado pelas negociatas que estão a ser feitas no porto de Lisboa, cuja venda foi, em devido tempo, denunciada em comunicado", afirma a estrutura sindical, em comunicado. Os dirigentes do Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal referiram-se pela primeira a vez a estas “negociatas” quando souberam da decisão, comunicada pelos patrões, de que o contrato colectivo de trabalho iria caducar passados 60 dias, a 15 de Setembro, escassos dias antes de ser anunciada a venda da Tertir aos turcos da Yildrim. A greve agora convocada tem início no primeiro dia em que o referido contrato colectivo deixa de estar em vigor. De acordo com o pré-aviso de greve, a que PÚBLICO teve acesso, a incidência da greve terá expressões diferentes em cada um dos portos em que vai incidir. A estrutura portuária que será mais afectada será, sem dúvida, o porto de Lisboa, já que a convocatória entregue aplica a greve “a todas as operações realizadas em qualquer terminal, e seja qual for o período de trabalho, normal ou suplementar”. Nos portos da Figueira da Foz e de Setúbal, a abstenção da prestação do trabalho incide sobre cargas ou navios que, neste contexto de greve, sejam ou tenham sido desviados do


porto de Lisboa para os portos de Setúbal ou da Figueira da Foz “até dois dias antes do primeiro dia de greve ou dentro dos limites, inicial e final, fixados neste aviso prévio”. Instado pelo PÚBLICO a comentar esta convocatória de greve, o presidente da Associação de Portos de Portugal, Vítor Caldeirinha, lembrou a importância que tem manter a paz social num sector que tem ajudado à recuperação económica. “Num momento em que o país está a recuperar bem em termos económicos e se aumentou muito as exportações para manter o emprego das pessoas e o fluxo de dinheiro externo para a economia, em especial através dos portos, que cresceram 30% desde 2013, seria muito importante manter os recentes elevados níveis de produtividade e eficiência”, e “não perturbar o curso desta recuperação”. Referindo-se às paralisações registadas desde 2012, e que obrigaram a desvios de carga, sobretudo para os portos de Leixões e Sines, Vítor Caldeirinha sublinhou ser importante evitar “o grave impacto negativo que ocorreu nas últimas vezes”.


Transportes & Negócios, 05 de novembro de 2015

Greve dos estivadores: CPL apela ao bom senso A Comunidade Portuária de Lisboa está preocupada com o anúncio do regresso das greves ao porto da capital e disponível para ajudar à solução. Em declarações ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, Paulo Paiva, o presidente da CPL apela ao bom senso.

T&N – Como reage a CPL a este anúncio de greve do Sindicato dos Estivadores? Paulo Paiva – Estamos apreensivos e preocupados, porque uma situação de greve é sempre de perda para todos. O principal perdedor é o Porto de Lisboa. T&N – O processo negocial do novo CCT falhou. Acompanharam o processo? Intercederam, ou admitem interceder, junto das partes para viabilizar a retoma das negociações? Paulo Paiva – A Direção da CPL esteve sempre informada do decorrer de todo o processo. Não houve intervenção enquanto CPL. Estamos disponíveis para ajudar a encontrar soluções, assim haja essa vontade expressa. T&N – Que impacte esperam possa ter esta nova paralisação na actividade do porto de Lisboa? O que pode/deve ser feito para ultrapassar este impasse? Paulo Paiva – Esta e qualquer paralisação tem um impacte muito negativo na actividade do porto, sobretudo porque ainda está a tentar recuperar carga e clientes perdidos com as situações de greve anteriores. A nossa expectativa passa por haver bom senso de todas as partes envolvidas. E o bom senso conduz a reconhecer o que cada uma tem para dar ao porto de Lisboa. Será esse um bom princípio para chegar a um entendimento e termos um porto viável e socialmente estável. A greve dos trabalhadores foi ontem anunciada para durar entre as 8 horas do dia 14 e as 8 horas do dia 24 do corrente mês de Novembro. O início da paralisação, a manter-se, coincidirá com o fim da vigência do Contrato Colectivo de Trabalho dos trabalhadores portuários de Lisboa e, logo, a aplicação plena do novo regime de trabalho portuário. A paralisação deverá afectar sobretudo o porto de Lisboa mas o pré-aviso abrange também os portos de Setúbal e da Figueira da Foz.


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