Recortes nº 192 Índice – 10 de outubro de 2014 Etermar investe dez milhões de euros em nova draga Etermar inaugura pontão de dragagem em Setúbal Comunidade Portuária de Lisboa envia carta ao Governo a criticar hipótese Barreiro Areias acumuladas nos portos são solução para a erosão EUA dão “luz verde” à aliança Maersk-MSC
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O Setubalense, 10 de outubro de 2014
O Bocagiano, 10 de outubro de 2014 Etermar inaugura pontão de dragagem em Setúbal
A empresa setubalense Etermar inaugurou esta quarta-feira um pontão de dragagem, no Cais 2, junto à lota de Setúbal. O pontão possui uma draga com escavadora que dá pelo nome de Dragamar. A Etermar é actualmente uma das mais experientes e conceituadas empresas no sector das obras hidráulica, marítima e fluvial, tendo realizado 93% da sua actividade no exterior, principalmente em países como Argélia, Marrocos, Guiné Equatorial, Cabo Verde e Brasil. Esta empresa, com sede em Setúbal, inaugurou ontem um novo pontão de dragagem que possui uma draga escavadora com capacidade de escavação até 21 metros de profundidade e que está equipada com os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos para este tipo de unidade. A draga foi encomendada em Julho de 2013 à empresa alemã Liebherr, a empresa considerada a maior construtora mundial de escavadoras.
O estaleiro naval holandês Ravenstein, especializado em unidades para a engenharia, foi o estaleiro encarregue de fabricar o pontão e todo o equipamento num projecto feito especialmente para a empresa setubalense. Segundo o engenheiro António Jorge Antunes, presidente do conselho de administração da Etermar, em declarações à Agência de Comunicação Comboio das Palavras, "este equipamento, a draga, é feito especialmente para material duro, no entanto, há processos de dragagem mais fáceis de realizar, por sucção, por exemplo, neste caso específico, esta draga está preparada quebramento e dragagem de rocha em que a sucção não é suficiente".
A nova Dragamar teve o custo de dez milhões de euros e demorou um ano a estar concluída.
Ainda não existe trabalho destinado à nova draga, pois "os clientes não estão à espera que a firma mande construir pós-adjudicação". Os principais clientes são "fundamentalmente as entidades publicas portuárias. Embora já existam algumas privadas com as quais já trabalhamos".
Embora a principal actividade da empresa se reflicta a nível internacional, os menos de 10% do trabalho facturado em Portugal, foram efectuados em Setúbal e esteve principalmente ligado ao cimento da Secil sendo que tudo o que passa por tubagens e estruturas metálicas "sempre que conseguimos tentamos fazer em Portugal".
A reparação do armazém da Tersado, no Porto de Setúbal, foi uma obra a salientar que a empresa realizou no ano de 2013, na sequência de um grave acidente que ocorreu no interior do armazém pondo em causa materiais armazenados de valor considerável bem como a segurança de qualquer utilização do espaço.
Segundo António Jorge Antunes, este novo investimento da empresa é uma mais-valia para Setúbal porque, de alguma forma, eleva o nome desta cidade. "É sempre uma mais-valia quando existem entidades que empregam em Setúbal, que têm a sua sede em Setúbal e operam também nesta cidade, embora saibamos que não será utilizada numa situação prática aqui em Setúbal, é algo que eleva sempre o nome da cidade a nível internacional".
O retorno do investimento vai depender nem grande parte do funcionamento dos mercados, principalmente o internacional onde a empresa tem a sua grande parte de actuação. Comboio das Palavras 10/10/2014 - 12:24
Cargo News, 10 de outubro de 2014
Comunidade Portuária de Lisboa envia carta ao Governo a criticar hipótese Barreiro É o tema do momento e está longe de gerar consenso. Depois das notícias que apontam para a mais que provável aposta no Barreiro para a construção do novo terminal de contentores de Lisboa, eis que a Comunidade Portuária de Lisboa enviou uma carta à presidente da APL a criticar essa hipótese, solicitandi mais estudos e alternativas. Na carta fica claro que os membros da Comunidade Portuária de Lisboa (CPL) não estão de acordo com a opção do Barreiro para futuro terminal de contentores, privilegiando a opção do Jamor, junto a Algés. A carta foi enviada a 1 de outubro e nela, António Dias, presidente da CPL, diz que " parece não fazer sentido (...) que se apresente um estudo e se opte por uma solução para a localização de um terminal de contentores, sem que a mesma pareça resultar duma opção geoestratégica pensada, integrada e mais ampla que contemple, pelo menos, toda a área portuária Lisboa/Setúbal". "É crucial o posicionamento competitivo pretendido para o novo terminal ‘versus' aqueles com quem vai ter de concorrer Sines, Algeciras, Tânger, ..., no ‘transhipment'; Sines, Setúbal, Leixões, ..., no mercado português e na captação ibérica. O Barreiro não parece ser um campeão contra os primeiros nem inequivocamente decisivo contra os segundos", alerta António Dias, na referida carta. Ao Diário Económico, Marina Ferreira, presidente da APL, defendeu que "os membros da CPL não estão contra o terminal do Barreiro; mostraram foi alguma decepção com a solução do Barreiro, algum desapontamento". "Desta carta, não lhe digo que estão contra ou que estão a favor", defendeu a presidente do porto de Lisboa. Recorde-se que a própria APL integra a CPL. De acordo com Marina Ferreira, "os membros da CPL consideraram ainda que o estudo comparativo da APL era insuficiente". Com efeito, a carta assinada pelo presidente da CPL refere que "genericamente a apresentação que foi feita do estudo [da APL] e as conclusões a que se chegaram ‘souberam a insuficiente'", "não só nos pontos determinantes que justificam a opção tomada [do Barreiro], como essencialmente no gorar das expectativas que a apresentação suscitava". Além das questões sobre a dimensão dos navios que poderão ter acesso ao futuro terminal e sobre como será o funcionamento dos terminais de contentores do porto de Lisboa enquanto esta infraestrutura não estiver operacional (ver texto ao lado), a CPL refere na carta em causa que "existem seguramente outro tipo de observações, porventura de espectro mais fino, que poderiam ser levantadas à luz de uma apresentação mais pormenorizada, com maior informação e precisão".
"Alguns critérios que justificaram as opções, conforme foi referido na reunião, pareceram demasiado centrados no investimento inicial sem parecerem ter suficientemente em consideração os custos operacionais/variáveis futuros", avisa a carta enviada por António Dias. Recorde-se que os especialistas do sector consideram que a opção do Barreiro irá trazer custos mais elevados com as dragagens ao longo da vida do terminal.
APP, 10 de outubro de 2014
Transportes & Negócios, 09 de outubro de 2014
EUA dão “luz verde” à aliança Maersk-MSC A Comissão Marítima Federal (FMC) dos EUA decidiu, por quatro votos contra um, aceitar os termos da proposta aliança 2M entre a Maersk Line e a MSC. O início das operações está agora dependente das decisões da EU e da China. Depois de ter aprovado, em Março, a aliança P3, entre a Maersk Line, a MSC e a CMA CGM, a FMC decidiu agora deixar passar a 2M. Então como agora, o resultado foi de quatro votos a favor e um contra. Então como agora, o voto de vencido foi de Richard Lidinkin. Ao cabo de 45 dias de investigação, a FMC decidiu não aprofundar mais os termos da aliança, que partilhará a capacidade de 185 navios (2,1milhões), controlando quotas de mercado de 35% no ÁsiaEuropa, 16% no trans-Pacífico e 30% no trans-Atlântico. A partir daqui, ficam a faltar as decisões das autoridades europeias e chinesas para que a 2M possa iniciar as operações no arranque de 2015. Bruxelas, que em Março aceitou a P3, continua sob pressão do Conselho Português de Carregadoras. Mas as maiores dúvidas residem em Pequim, que inviabilizou a P3. Desta feita, a Maersk Line começou por dizer que nem precisaria do ok chinês, mas no mês passado o CEO Soren Skou esteve na capital do país para encontros com as autoridades.