Recortes 193 07 10 2013

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Recortes nº 193 Índice – 7 de outubro de 2013        

APSS avalia satisfação Mais portos turísticos e regulamentação nos “casinos” virtuais Odebrecht equaciona compras em Portugal A economia do Mar Requalificar as marinas Portos precisam de intermodalidade de transportes Alavancas de uma economia nacional em crise Governo quer melhorar as "portas" de riqueza do País

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Sem Mais, 5 de outubro de 2013, pรกg. 13


Expresso, 5 de outubro de 2013, pรกg. 7


Expresso economia, 5 de outubro de 2013, pรกg. 10


Diรกrio Econรณmico, 7 de outubro de 2013, pรกg. 6


Diário de Notícias, 7 de outubro de 2013, pág. 48


Diário de Notícias, 5 de outubro de 2013


Diário de Notícias, 5 de outubro de 2013 Alavancas de uma economia nacional em crise

Fotografia © Gerardo Santos/Arquivo Global Imagens

Os portos são portas de entrada e saída de todo o tipo de mercadorias, isto é, de riquezas: o transporte marítimo representa 72% do comércio mundial e tem um papel fundamental no desenvolvimento do País, da economia e das exportações. Cerca de um terço das mercadorias exportadas por Portugal saíram por via marítima, o que corresponde a 11,5 mil milhões de euros, de acordo com o Plano 5+1 (de redução dos custos portuários), apresentado pelo Governo em 2012. O sistema portuário português, na globalidade, é um dos aspetos sorridentes de uma economia nacional em crise. De 2009 a 2012, o movimento de mercadorias aumentou cerca de sete milhões de toneladas. No ano passado, afetado por greves, o movimento total de mercadorias atingiu quase 68 milhões de toneladas nos portos comerciais de Portugal continental (face a 66,8 em 2011), o maior nível de movimentação de sempre. O maior crescimento correspondeu aos portos de Leixões (1,5%), Figueira da Foz (5,6%) e Sines (10,7%). Enquanto isso, Lisboa perdeu 10,3% e Setúbal 12,1%. A visibilidade do sistema portuário nacional tem vindo a aumentar. Quem o garante é José Luís Cacho, presidente da Associação dos Portos de Portugal (APP): "É de salientar o desempenho que os portos tiveram nos últimos dez anos. Se há alguma coisa que é boa no Estado, uma delas será seguramente os portos, empresas sólidas, sem problemas de endividamento, que têm vindo a crescer muito acima do crescimento da economia." Isto é confirmado porto de Sines, que no ano transato atingiu um recorde com 28,6 milhões de toneladas movimentadas e entrou para o top 25 dos principais portos europeus. Também o porto de Leixões contrariou o quadro macroeconómico desfavorável. "Encerrou o ano com um novo máximo histórico de 16,6 milhões de toneladas movimentadas. Um crescimento sustentado pelo aumento no volume de exportações, que registaram um crescimento de 23% face a 2011, ano em que já registara um crescimento de 34%", indica Brogueira Dias, presidente da Administração dos Portos do Douro e Leixões. O mesmo realça que "pela primeira vez um porto português conseguiu entrar na listagem dos mais importantes portos na movimentação de contentores [movimentou 633 mil TEU - a unidade de medida de um contentor], assumindo-se como um dos 125 mais importantes, acima de Bilbau". Já a presidente da Administração do Porto de Lisboa, Marina Ferreira, reconhece que "o ano de 2012 foi muito condicionado pelo período alargado de greves dos estivadores" naquele


porto, mas realça que "apesar disso a empresa teve um volume de negócios de 50 milhões de euros", o que "demonstrou a total sustentabilidade do porto de Lisboa." De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o movimento de mercadorias nos portos marítimos em 2012 aumentou 2,1% no tráfego internacional e diminuiu 7% no nacional. É impossível falar de portos, sem falar da globalização, um tema atual emergente que suscita discussões, aplausos e repulsas. Portugal, até pela sua posição geográfica e estratégica, é uma das pontas dessa globalização. "Se não houvesse transporte marítimo, se calhar não havia globalização. O País tem um posicionamento estratégico que nos faz pensar no potencial económico que pode gerar com o desenvolvimento do transporte marítimo e dos portos", afirma o presidente da APP. Outro dos fatores que demonstram a importância dos nossos portos para a competitividade económica é, segundo José Luís Cacho, "que as nossas exportações têm vindo a aumentar para os países fora da Europa [cresceram 19,8% face a 2011]." Parece que nem tudo é negro na situação atual da economia portuguesa: os portos apresentam-se como uma alavanca de ultrapassagem de crise. De acordo com o estudo "Os portos e a competitividade da economia portuguesa", levado a cabo pelo Espírito Santo Research, a atividade nos grandes portos nacionais representa "5,5% do PIB nacional."


Diário de Notícias, 5 de outubro de 2013 Governo quer melhorar as "portas" de riqueza do País Os portos comerciais têm apresentado um desenvolvimento económico significativo, que, de acordo com a Estratégia Nacional para o Mar 20132020, tem sido "acompanhado de uma diversificação de oferta de infraestruturas e serviços portuários, associado a um aumento da disponibilidade de competências e capacidades de atender tráfegos com requisitos significativos."

O posicionamento estratégico de Portugal na fachada atlântica da Península Ibérica e no cruzamento das principais rotas do tráfego marítimo Norte-Sul e Este-Oeste deve ser aproveitado "com base em portos capazes de receber os maiores navios do tráfego intercontinental, nomeadamente porta-contentores", conforme refere o plano do Governo. O porto de Sines já o faz, apresentando-se como uma porta de entrada e saída de relevo na Europa. Anunciado pelo atual Executivo como "um caminho a seguir", o Plano Estratégico dos Transportes 2011-2015 prevê o estudo de viabilidade de um novo terminal de contentores na Trafaria com capacidade de receção dos referidos navios, que, "a concretizar-se, acrescentará um novo terminal no território nacional capaz de responder àqueles requisitos". Alvo de muita contestação, o projeto representa um investimento não inferior a 500 milhões de euros e tem uma capacidade de movimentação até dois milhões de TEU (unidade de medida de um contentor). Também para o porto de Leixões está "em fase final de estudo um Novo Terminal de Contentores com fundos a -14 metros", adianta Brogueira Dias. O presidente da APDL salienta que "a tónica prende-se com a necessidade de dar resposta ao crescimento de cargas e navios de maior capacidade que escalam em Leixões." O Plano pretende "tornar o sector financeiramente equilibrado e comportável para o País" e "alavancar a competitividade e o de-senvolvimento da economia nacional". No sector marítimo-portuário, o documento refere que "o esforço de investimento deve ser mantido por forma a melhorar as condições de competitividade do País e contribuir para ultrapassar a atual situação económico-financeira, impulsionando as exportações, o crescimento sustentável e a criação de emprego."


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