Recortes nº 232 Índice – 11 de dezembro de 2014 Capacidade
do
Porto
de
Setúbal
para
contentores
é
suficiente para 20 anos - Dragagens do futuro terminal do Barreiro implica acréscimo de custo da operação portuária Notáveis alinham com Setúbal nas críticas ao terminal do Barreiro ETE ganha concessão do terminal multiusos do porto de Lisboa Agrupamento
ETE/ETF
vence
concessão
do
Terminal
Multipurpose de Lisboa ETE e Grupo Sousa ficam com o TML de Lisboa APA Autoriza Tanquipor a dragar canal de acesso ao terminal, no Barreiro CM do Barreiro assina protocolo com Ordem dos Arquitectos a propósito do terminal de contentores Terminal de Contentores do Barreiro - Assinatura do Protocolo CMB/Ordem dos Arquitectos APSS, SA Praça da República 2904-508 Setúbal Portugal Nº Reg. Comercial e NPC: 502256869
Tel.: +351 265 542000 Fax: +351 265 230992 Sítio Internet: www.portodesetubal.pt Email: geral@portodesetubal.pt
Relatório da qualidade do ar Porto de Leixões recebe navio Queen Elizabeth
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Rostos, 10 de dezembro de 2014
Capacidade do Porto de Setúbal para contentores é suficiente para 20 anos Dragagens do futuro terminal do Barreiro implica acréscimo de custo da operação portuária A capacidade do Porto de Setúbal para contentores é suficiente para os próximos 20 anos e deverá ser esgotada primeiro, é a posição defendida pela Comunidade Portuária de Setúbal (CPS) e apresentada durante a conferência “Porto de Setúbal – A resposta imediata – Uma estratégia portuária coerente” que decorreu na manhã do dia 4 de dezembro, no Fórum Luísa Todi. A ideia de que Setúbal apresenta todas as condições para complementar a oferta existente e, assim, responder ao desafio do Governo de aumentar o movimento de contentores, em portos nacionais, de 2,2 milhões para 6,5 milhões, até 2020, sem qualquer investimento adicional, foi uma das ideias debatidas durante a sessão. O estudo apresentado pelo Prof. Doutor José Augusto Felício, presidente do Centro de Estudos de Gestão do ISEG, que versou sobre “A análise comparativa de serviços de contentores do Porto de Setúbal com o Porto de Lisboa”, revela que o transporte de carga para a margem norte do Tejo é mais rápido se for feito a partir de Setúbal, do que a partir da Trafaria ou do Barreiro, e que a distância entre Setúbal e Lisboa, por via ferroviária, é mais curta do que a distância entre Barreiro e Lisboa ou Trafaria e Lisboa. Outra das conclusões deste estudo revela que o custo das dragagens necessárias para manter aberto o canal de acesso ao futuro terminal do Barreiro implica um acréscimo de custo da operação portuária superior a 7 euros, por tonelada de carga movimentada, tornando a operação no Porto de Setúbal bastante mais vantajosa. Ou seja, para fazer face ao aumento do movimento de contentores de hinterland nos próximos 20 anos na região sul de Portugal, não é necessário qualquer investimento adicional, mesmo que se transfiram cargas dos terminais da margem norte de Lisboa. A capacidade atual do terminal de contentores do Porto de Setúbal já responde à procura prevista para os próximos 20 anos na região Lisboa/ Setúbal, de acordo com o histórico e os estudos de tráfego existentes e, não menos importante, sem investimento. Augusto Felício referiu ainda que, num país de fracos recursos, não esgotar em primeiro lugar a capacidade já existente em Setúbal é assumir riscos desnecessários para os contribuintes, numa solução ainda mal configurada. A situação pode vir a criar um potencial novo “Elefante Branco”, para um projeto de 700 milhões, dragagens de primeiro estabelecimento entre 100 e 150 milhões de
euros e dragagens de manutenção no novo terminal, que alguns estimam até 50 milhões de euros por ano, em face da imprevisibilidade do comportamento do leito do Tejo, na zona do terminal. Se assim for, a Taxa de Uso do Porto cobrada aos navios não conseguirá cobrir esses custos, sendo portanto um risco para o Estado e contribuintes. À apresentação do estudo seguiu-se uma mesa redonda, mediada por Ricardo Costa, diretor do jornal Expresso, na qual a audiência teve a oportunidade de ouvir a opinião de vários nomes de reconhecido mérito. Pedro Reis, ex-presidente do AICEP, falou na vantagem em concentrar investimento em polos de desenvolvimento e questionou: “Haverá massa crítica para mais oferta ?”. Tiago Pitta e Cunha, consultor da Presidência da República para os Assuntos do Mar, referiu que é necessário um estudo sobre a procura e um EIA que avalie impactes, incluindo uma análise comparativa de soluções. Referiu ainda que o investimento feito em Setúbal, com o dinheiro dos contribuintes, terá de ser utilizado, referindo-se à capacidade disponível neste porto. José Eduardo Martins, ex-Secretário de Estado do Ambiente disse que, na zona do Barreiro, existe um dos maiores passivos ambientais do país. De destacar que, atualmente, o Porto de Setúbal conta com aquele que é um dos maiores terminais de contentores do país, a trabalhar a cerca de 25% da capacidade neste segmento e a 50% nos segmentos de carga geral e granéis. O terminal movimenta atualmente 70.000 TEU por ano e tem investimentos feitos para uma capacidade de 250.000 TEU/ano e capacidade de expansão para chegar até um ou dois milhões de TEU/ano. Este terminal conta com a vantagem adicional de ter já ligações ferroviárias com ramais dedicados dentro dos principais terminais e com ligação direta à rede nacional, algo de verdadeiramente distintivo.
Transportes & Negócios, 10 de dezembro de 2014
Notáveis alinham com Setúbal nas críticas ao terminal do Barreiro Avisado, o secretário de Estado dos Transportes preparou-se para rebater as conclusões do estudo comparativo dos portos de Setúbal e Lisboa na movimentação de contentores. Mas não esperaria, certamente, a barragem de críticas dos notáveis que intervieram depois, na mesa redonda, na conferência da Comunidade Portuária de Setúbal. As principais conclusões do estudo de José Augusto Felício já haviam sido antecipadas, e por isso não espantou que Sérgio Monteiro a elas se referisse no discurso de abertura da conferência do porto de Setúbal. O titular da pasta dos Transportes refutou os custos estimados para as dragagens do futuro terminal do Barreiro. E criticou o facto de, aparentemente disse, o sector portuário ser o único onde se discute se o investimento privado é bom ou é mau. Sérgio Monteiro insistiu em que os privados manifestaram interesse em investir em Lisboa, e que foi o mercado a reclamar mais capacidade no porto da capital. Sublinhou ainda que Setúbal será uma alternativa a Lisboa, mas não será a única, e que o porto sadino até beneficiará com a projectada desactivação dos terminais de carga na margem norte do Tejo (à excepção de Alcântara). Para o secretário de Estado dos Transportes, na origem do frenesim sobre o novo terminal de contentores na Margem Sul terá estado um erro de estratégia de comunicação do Governo, quando anunciou a Trafaria. E por isso fez mea culpa. Mas deverá ser o mercado a decidir estes investimentos estruturantes para o País? A questão esteve bem presente na mesa redonda que juntou José Eduardo Martins (ex-secretário de Estado do Ambiente), Pedro Reis (ex-presidente da AICEP) e Tiago Pitta e Cunha (consultor do Presidente da República para as questões do mar). Tiago Pitta e Cunha disse das suas reservas sobre a lógica da oferta que lhe parece estar subjacente ao interesse de privados no novo terminal do Barreiro. E alertou que o interesse dos privados em investir não é necessariamente bom. Pela mesma bitola alinhou Eduardo Martins quando referiu que não podem ser os privados a decidir o ordenamento do território. O ex-governante manifestou reservas ao impacte ecológico das dragagens na zona do Barreiro; e sobre a disparidade de custos da manutenção dos fundos alvitrou que se fixe um valor anual e que os privados paguem o eventual excedente. O ex-presidente da AICEP alertou, por seu turno, para o risco de o mercado favorecer a proliferação/atomização de estruturas, com o potencial efeito perverso de roubar-lhes a dimensão crítica para serem competitivas. No estudo comparativo dos portos de Setúbal e Lisboa na movimentação de contentores, José Augusto Felício concluiu pelas vantagens gerais do porto sadino face às opções da Trafaria e do
Barreiro. Desde logo pelos níveis de investimento necessário. Mas também pelos custos das dragagens de manutenção dos fundos. Na plateia, Natércia Cabral, ex-presidente do Porto de Lisboa, deixou algumas dúvidas sobre o método e as conclusões. Nuno Sanches Osório, vogal do Conselho de Administração, apelidou o estudo de “surrealista”. Na abertura como no encerramento da conferência, o presidente da Comunidade Portuária de Setúbal, Frederico Spranger, insistiu que Setúbal é a opção mais lógica para servir o hinterland de Lisboa, pela sua capacidade disponível, e mais capaz para cumprir, sem necessidade de investimento, o objectivo do Governo de aumentar significativamente a movimentação de contentores nos portos nacionais. À margem da polémica, o porto de Setúbal é o que cresce mais a nível nacional. Vítor Caldeirinha, que falou na abertura, sublinhou que a manter-se o ritmo o porto sadino poderá entrar, dentro de dois anos, no “clube” dos dez milhões de toneladas/ano, e com isso integrar a rede “core” da RTE-T.
Di谩rio Econ贸mico, 11 de dezembro de 2014
Cargo News, 10 de dezembro de 2014
Agrupamento ETE/ETF vence concessão do Terminal Multipurpose de Lisboa O Agrupamento ETE/ETF venceu o concurso de concessão do Terminal Multipurpose de Lisboa, uma concessão que durará, previsivelmente, até fevereiro de 2021, e implica o exclusivo da exploração comercial do Terminal, cuja área mede cerca de 48.935 m2. Para além desta proposta, foi também avaliada uma outra candidatura apresentada pelo Agrupamento TML (TMB – Terminal Multiusos do Beato, Multiterminal, Mota Engil Logística, Portmar – Agência de Navegação e Sogestão). As duas propostas foram submetidas no âmbito do concurso público lançado pela Administração do Porto de Lisboa (APL) para a atribuição da concessão da atividade de movimentação de carga geral contentorizada e fracionada, na área do domínio público do Estado afeto à administração da APL – Administração do Porto de Lisboa, S.A, atualmente identificada como “TML – Terminal Multipurpose de Lisboa”. A APL assegurará que o terminal se mantém operacional durante o período de transição do atual operador para o novo concessionário. Esta concessão marca uma nova era no sector portuário nacional, maximizando a eficiência dos terminais em detrimento da cobrança de taxas pela utilização do espaço e das cargas movimentadas pelos carregadores. Com efeito, a fórmula de cobrança ao futuro concessionário privado do concurso estabelece um patamar de movimentação de 54 mil contentores cheios por ano no TML, assegurando também que a receita da administração portuária passa para o mercado.
Transportes & Negócios, 11 de dezembro de 2014
ETE e Grupo Sousa ficam com o TML de Lisboa O consórcio ETE/ETF venceu o concurso para a concessão do Terminal Multiusos de Lisboa (TML). Derrotado foi o agrupamento TML, integrado pela TMB, Mota-Engil Logística, Multiterminal, Portmar e Sogestão. Naquela que é apresentada como a primeira concessão portuária da nova geração, o concessionário fica com o direito de exploração exclusivo do terminal, com cerca de 49 mil metros quadrados, por um prazo de seis anos (previsivelmente até Fevereiro de 2021), prorrogável até aos dez anos. O concessionário fica ainda obrigado a pagar à administração portuária cerca de 4,5 milhões de euros e a movimentar 54 mil contentores cheios/ano. Caso exceda esses volumes, os ganhos ficarão para o concessionário e para o mercado. A curta duração do contrato de concessão é explicada pelo facto de a administração portuária de Lisboa pretender alinhar os prazos das concessões dos terminais da margem norte do Tejo, a pensar na sua posterior desactivação e transferência para a margem sul ou para Setúbal. Até ao momento o TML tem sido operado pela Operlis, uma empresa do Grupo ETE. A novidade é, pois, a entrada em cena do Grupo Sousa, que assim junta a participação nesta concessão à da concessão do terminal de cruzeiros do porto da capital. O Grupo ETE, por seu turno, volta a ganhar uma concessão em Lisboa, depois da a Silopor, e será um dos interessados no futuro terminal de contentores do Barreiro. O concurso para a concessão do TML foi lançado em Agosto passado pela APL e entretanto revelouse impossível obter informações sobre o seu andamento. Até agora.
APP, 09 de dezembro de 2014
Cargo News, 10 de dezembro de 2014
CM do Barreiro assina protocolo com Ordem dos Arquitectos a propósito do terminal de contentores Terá lugar esta quinta-feira, nas instalações da Ordem dos Arquitectos, a assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal do Barreiro e a própria Ordem dos Arquitectos, acordo que tem em vista o desenvolvimento de trabalho de cooperação a propósito do Terminal de Contentores. Este é mais um protocolo assinado no âmbito do terminal de contentores do Barreiro, depois do protocolo de cooperação entre cinco entidades relacionadas com a promoção do projeto: o próprio Município do Barreiro, a Administração do Porto de Lisboa, a Baía do Tejo SA, a Rede Ferroviária Nacional - REFER E.P.E. e a EP - Estradas de Portugal SA.
Rostos, 10 de dezembro de 2014
Terminal de Contentores do Barreiro Assinatura do Protocolo CMB/Ordem dos Arquitectos Assinatura do Protocolo CMB/Ordem dos Arquitectos A Assinatura de Protocolo entre a Câmara Municipal do Barreiro e a Ordem dos Arquitectos, realiza-se amanhã, quinta-feira, 11 de dezembro, pelas 15h00, nas instalações da Ordem dos Arquitectos.
Este protocolo tem em vista o desenvolvimento de trabalho de cooperação a propósito do Terminal de Contentores do Barreiro.
APP, 09 de dezembro de 2014
APP, 09 de dezembro de 2014