O impacto da nova fábrica nas Exportações do gPS pelo porto de Setúbal
Conferência Logística e Distribuição na Região de Setúbal 21 de Novembro de 2012 1
Conteúdo da Apresentação Posicionamento do grupo no Mar Competitividade – Sustentabilidade Logística Conclusão
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Mar > Posicionamento do Grupo (1/6) Com a nova máquina de Papel, em Setúbal, o gPS aumentou, consideravelmente, os volumes movimentados por transporte marítimo. Entre 2008 e 2012e, verifica-se um crescimento de aproximadamente 21.000 contentores de 40´, o equivalente a ca. de 42.000 TEU´s à Exportação.
Crescimento da exportação de Papel do gPS por via marítima 000 contentores
Desvio para TMAR e novo Mix destinos
38
Aumento de escala
17
2008
Fonte: grupo Portucel Soporcel
O que coloca o gPS, muito provavelmente, como o principal exportador Ibérico de carga contentorizada !
25
2012 (mix 2008)
76.000 TEUS´s À Exportação
2012 (e)
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Mar > Posicionamento do Grupo (2/6) Para este crescimento marítimo, muito contribuíram, também, as AEM desenvolvidas pelo gPS. Em 2003, foi criada uma linha regular a partir do porto da Figueira da Foz para o Norte da Europa (Havre, Felixstowe, Roterdão/Moerdijk e Hamburgo (2010)), que se estendeu a Setúbal, em 2007; Considerando os destinos Europeus, tipicamente rodoviários (exclui Felixstowe), estima-se que estas AEM tenham reduzido, nestes 10 anos (2003-2012e), ca. de 68.000 camiões (34.000*2) das estradas Europeias;
Porto de Setúbal
Porto da Figueira da Foz
Em 2009, foi igualmente criada uma nova AEM a partir do porto de Setúbal para Itália (La Spezia) e Mediterrâneo. Considerando o destino de Itália, tipicamente rodoviário, estima-se que esta AEM, tenha reduzido, nestes 4 anos (2009-2012e), ca. de 10.200 camiões (5.100*2) das estradas Europeias.
Porto de Setúbal 4
Mar > Posicionamento do Grupo – Redução CO2 (3/6) Na passagem de uma logística via rodovia para via marítima com a utilização das AEM, o gPS promoveu, na última década, uma redução de emissões de 55 k tons de CO2, o equivalente às emissões geradas por 8.568 carros a dar a volta ao Mundo...
Redução Emissões CO2 (Tons) 2002-2012 0 -10.000 -20.000
8.568
-30.000
carros
-40.000 -50.000 -60.000
-54.939
Esta redução, equivale às emissões geradas por 8.568 carros a dar uma volta ao mundo**.
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Mar > Posicionamento do Grupo – Redução CO2 (4/6) .. Ou o equivalente a retirar de circulação 13.736 carros.
Redução Emissões CO2 (Tons) 2002-2012 0 -10.000 -20.000 -30.000
13 736 carros
-40.000 -50.000 -60.000
-54.939
Esta redução, equivale a retirar de circulação 13.736 carros **.
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Mar > Posicionamento do Grupo (5/6) O grupo é o maior exportador de carga contentorizada em Portugal e muito provavelmente a nível Ibérico, tendo representado, em 2011, cerca de 10% da carga contentorizada e cerca 9% desta carga e convencional exportada pelos portos Nacionais. Portos K Tons Portos Exportação (C+C)
Vocação Exportadora
55%
Viana
43%
Aveiro
Peso do gPS à exportação (C+C)
2011
394
36%
2.790 3.649
64% 73%
754 3.777
Fonte: grupo Portucel Soporcel (C+C = Contentorizada + convencional)
85%
34%
191
49%
1.985
35% Leixões
36% Lisboa
40%
570
Sines
61% Figueira
gPS K Tons Exportação (C+C) gPS k ton
77%
206
59% Setúbal 31%
Exportação k ton Peso (C+C) / Total
178
20% 6% 2%
56 169 238
22% 6% 7
Mar > Posicionamento do Grupo (6/6) Na carga contentorizada, á exportação pelo porto de Setúbal, estima-se, entre 2008-2012e, um crescimento médio anual de 29,3%, valor este que compara com 82,4% do gPS e 3,8% de outros clientes.
Volume movimentado pelo porto Setúbal Teus (exportação) 35.000
Total de 11.066
Porto Setúbal
Total de 30.178
Porto Setúbal
Total de 30.912
CAGR = + 29,3%
# de TEUs
28.000
17.716
21.000 14.000
1.822 7.000
9.244
Gps no porto Setúbal
20.167
CAGR = + 82,4%
Outros clientes
10.745
CAGR = +3,8%
Gps no porto Setúbal Outros clientes
12.462
0 2008
2010
2012e
gPS no porto de Setúbal Outros clientes Fonte: grupo Portucel Soporcel / APSS
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Competitividade – Sustentabilidade > Desafios do Negócio (1/3) A nossa localização no extremo Oeste da Europa (excêntrica ao consumo), implica um esforço adicional para garantir uma maior competitividade dos nossos produtos, face aos nossos concorrentes internacionais, localizados no centro da Europa. - Custos Logísticos acrescidos, estimados em ca. do dobro pela nossa posição excêntrica; -Tempos de Trânsito bastante superiores: + 5 TTER ; + 12 TMAR -Operamos num modelo JIT; Make-to-order; Stocks fábricas de 8 dias (Benchmark do sector 28 dias) vs. Make-to-stock (normal do mercado);
- Operating rate do sector : gPS (100%); Europa (86%); Mundo (81%) Fonte : EMGE
O esforço adicional para uma maior competitividade do negócio, obriga-nos a... - Redesenhar processos; - Procurar sinergias na cadeia logística; - Rever/controlar custos (“Managing Value”) Na permanente procura da melhoria contínua. 9
Competitividade – Sustentabilidade > Factura Portuária (2/3) O objectivo da competitividade só é possível atingir através de uma sólida “parceria” entre os diversos actores da cadeia logística. Só juntos conseguimos uma maior competitividade Nacional.
Transparência e clareza da factura portuária (carga contentorizada) S e r v i ç o s u t il iz a d o s p e lo g P S
F o r n e c id o s p o r :
F a c tu ra d o s a o g P S p o r:
In fra -e s tru tu ra p o r t u á r ia
P o rto
L in h a N a v e g a ç ã o e o P o rto (e x . T U P C a rg a )
M o v im e n ta ç ã o n o p o rto (“T H C ”) e o u tr o s s e r v iç o s
O p e ra d o r P o r t u á r io
L in h a d e N avegação
L in h a d e N avegação & A rm a d o r
L in h a d e N avegação & A rm a d o r
T ra n s p o rte m a r í t im o
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Competitividade – Sustentabilidade > Factura Portuária (3/3) Reduzir o peso da factura portuária, fazendo com que o custo de movimentação de cargas seja significativamente reduzido, é crucial. Uma legislação do trabalho portuário adaptada à evolução técnica e tecnológica verificada nos últimos 60 anos nos portos e nos navios, acompanhada do desenvolvimento da multi-modalidade; Redução significativa da TUP Carga e TUP navio, esta principalmente para navios de linha regular; Redução significativa das rendas fixas de concessões portuárias, criando mecanismos para que estas reduções se traduzam na factura aos exportadores; Criação de um “Back-office” (serviços partilhados a todos os portos – Recursos Humanos, Contabilidade/Financeira, Compras, Sistemas de Informação,...) com vista a redimensionar as AP´s, tendo cada porto um Responsável, com competências técnicas e comerciais, que seja o interlocutor com os clientes do porto e restantes stakeholders;
Criação de um “Harbour Master” que permita cumprir todos os requisitos e processos de diferentes interlocutores (Capitania, SEF, Alfândegas, ...), minimizando o tempo e custo.
Ou seja, para conseguir maior competitividade, também precisamos de AGILIZAR o actual modelo de gestão (Governança) dos Portos. 11
Competitividade – Sustentabilidade > Ferrovia > Portos Para uma maior competitividade das nossas exportações, o transporte ferroviário tem, também, um papel fundamental. O gPS continua a potenciar o desenvolvimento deste modo de transporte para ligação das fábricas aos portos marítimos e dos parques florestais para as fábricas.
A nível “doméstico”, deve ser optimizada, ao máximo, a actual rede convencional, aumentando significativamente o transporte de mercadorias por esta via, atribuindo alguma prioridade a este tipo de transporte comparativamente com outros (passageiros); O aumento da disponibilidade de meios, criação de tarifários competitivos, regularidade/frequência/confiança (que não existe actualmente), deve ser a “bitola nacional”, para o crescimento deste modo de transporte; A curta distância deve ser encarada como grande oportunidade; os terminais ferroviários devem prestar um serviço de excelência, com horários 365da/7ds/24hd, sem entraves e acréscimos de custos; As AP’s devem criar Incentivos aos exportadores, na utilização da ferrovia aos portos, contribuindo para a redução do congestionamento rodoviário existente e para a redução das emissões de CO2; Existindo vontade e bom senso, a ferrovia, no transporte de mercadorias, tem um enorme potencial!
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Conclusão Portugal é um dos países do Mundo que mais pode potenciar o Mar sendo o nosso posicionamento geo-estratégico, potenciador do TMCD; O desenvolvimento de infra-estruturas logísticas muito eficientes que potenciem operações de exportação – importação, é fundamental; Sendo consensual que a principal alternativa para o crescimento sustentado passa pela exportação de bens transaccionáveis, este não pode ser afectado por greves inoportunas e sem sentido; Sendo as crises momentos de oportunidade, temos de encarar os desafios POSITIVAMENTE e com: - Abertura para a mudança e reformas estruturais necessárias; - Pensamento estratégico (médio/longo prazo) independente com visão Empresarial. Temos, todos juntos, de construir um futuro logístico sustentável crucial para o país/empresas/pessoas.
OBRIGADO
Dr. José Honório Setúbal, 21 de Novembro 2012 13