ÍNDICE
ODEMIRA PAG 69
SEVER DO VOUGA PAG 100
ESTARREJA PAG 138
EDITORIAL Numa altura em que se festeja, de forma sobranceira, os dados revelados pelo INE, confirmação do crescimento económico de 2.8% no primeiro trimestre de 2017, a Portugal em Destaque mantêm a sua toada e continua numa cabal missão de promover, dinamizar e apoiar de forma vincada as empresas que todos os dias trabalham em prol da inovação e desenvolvimento das suas valências. Imbuídos neste espírito de competência, deparamo-nos a cada nova reportagem com uma realidade de esforço, dedicação e empenho, motor de um novo Portugal, focado nas suas reais potencialidades e com vontade de alcançar a excelência e inovação que um dia nos permitiu descobrir novos mundos e velejar na proa dos descobrimentos. Um trabalho abnegado e em permanência, fruto de inúmeras aventuras de empresas, municípios e autarquias, que lutam constantemente por mudar o paradigma socioeconómico que dia após dia ensombrou o nosso Portugal. E é nesse reflexo que atestamos a mestria de todos quantos contribuem de forma altruísta para um fomento real de competitividade e produção nos mais diversos sectores da nossa economia. São relatos na primeira pessoa, dos mais diversos pontos do país, que atestam a qualidade de todos os profissionais que transformam pequenas e grandes empresas em histórias de sucesso. Um êxito dentro e fora de portas que promete catapultar Portugal para o rumo traçado pelos nossos antepassados. Entre metas alcançadas, produtos únicos no mercado e narrativas de sucesso, trazemos até si o passado, presente e futuro do nosso país. Desfrute. A direção editorial Diana Silva
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FAMALICÃO E SANTO TIRSO Situada entre Guimarães, Braga e Porto, Vila Nova de Famalicão é hoje uma terra frequentemente mencionada como um dos principais centros culturais, comerciais e industriais. O município é patrimonialmente rico: os castros no cimo dos montes, as pontes que abraçam as margens dos rios, as igrejas que refletem espiritualidade, a nobreza das casas solarengas, os usos e os costumes do amanho da terra, a riqueza do artesanato e da gastronomia são um testemunho vivo de uma comunidade que constrói o futuro a cada momento. Em fevereiro as ruas de Famalicão enchem-se de cor para festejar o carnaval. É um município diretamente ligado às artes, em que a cultura que a cultura é uma opção de primeiro plano. Esta relação tem crescido com a presença da casa das Artes um edifício emblemático no norte do país que dinamiza e valoriza o mundo das artes nacionais. Terra do Escritor Camilo Castelo Branco, Vila Nova de Famalicão é um concelho a conhecer. A 15 minutos da cidade do Porto, o município de Santo Tirso tem um dos maiores museus de escultura contemporânea a céu aberto da Europa: 54 obras de arte de escultores mundiais. É um município em que a cultura gastronómica se destaca. É uma cidade conhecida pelos seus deliciosos pastéis jesuítas. A cidade de Santo Tirso foi o berço da industrialização do têxtil em Portugal. A fábrica Fiação e Tecidos Rio Vizela, fundada em 1845, nas freguesias de Vila das Aves e São Tomé de Negrelos, foi a primeira unidade do ramo no país, chegando também a ser maior fábrica portuguesa. Com uma localização privilegiada, é uma cidade de portas abertas, com um património e tradições seculares inesquecíveis. O Mosteiro de São Bento, património Nacional, o Museu Municipal Abade Pedrosa, com a sua magnífica coleção de arqueologia, ou o Santuário de Nossa Senhora de Assunção, exemplo de arte de inspiração romano-gótica, são locais de paragem obrigatória. Santo Tirso é uma cidade para descobrir e sentir.
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10 ANOS A CONFIAR PARA VENCER Sediada em Vila Nova de Famalicão, a AMCO Consultores é uma empresa de sucesso em que a sua principal missão passa por contribuir para o desenvolvimento do tecido empresarial português, primando sempre pela diferença. Em entrevista à Portugal em Destaque, o seu administrador, Altino Osório, consultor financeiro e economista, faz-nos um retrato do crescimento sustentado desta empresa, considerada PME Excelência’16, ao longo de 10 anos de atividade. AMCO
GRUPO
A AMCO Consultores, completa este ano, 10 anos de existência. Qual o balanço desta década de atividade? A AMCO Consultores é uma empresa que foi crescendo de forma sustentada, equilibrada, ponderada, sempre tomando as decisões corretas para que conseguisse acima de tudo crescer e ser conhecida como uma empresa diferenciadora no mercado. Passamos por uma crise económica que abalou o país, mas durante esses anos de luta e de muito trabalho, conseguimos ultrapassar e evoluir quando a própria economia estava em recessão. É a prova que houve muito empenho e trabalho de toda a equipa e também muita confiança por parte dos nossos clientes que sempre depositaram em nós. Estamos no bom caminho, queremos continuar a crescer, mas acima de tudo de forma sustentada, com os pés bem assentes no chão e enquadrados com a própria realidade económica. Isto é, não dar um passo que não devemos e continuarmos com o mes-
mo rigor, com a mesma imagem que nos define. É difícil criar uma imagem positiva do que quer que seja e essa também foi sempre uma preocupação. Uma empresa com 10 anos, com a imagem que a AMCO Consultores possui, tem um valor muito elevado no mercado para as pessoas, para as empresas, para os nossos parceiros, para os bancos e para muitas outras entidades. Hoje, a empresa é respeitada, admirada por tudo o que diretamente influencia o mercado. A forma como ajuda os clientes, a forma como proporciona alegrias quando conseguem atingir e concretizar um objetivo em termos de financiamento, no melhor preço, no melhor seguro, o melhor serviço possível, que é aquilo que temos: um serviço presencial, sempre disponível e direcionado para o cliente. Na AMCO, fazemos pessoas felizes. Sempre muito ligada à economia local, são vários os projetos
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que tem apoiado no sentido de potenciar quer as instituições, quer as gentes de Vila Nova de Famalicão e não só, numa vertente essencialmente social. Fale-nos um pouco sobre estas iniciativas. Dentro das nossas possibilidades, apoiamos as instituições merecedoras de tal apoio, como é exemplo os Bombeiros Voluntários, associações humanitárias, associações desportivas e não desportivas, religiosas, associações de jovens, ou seja, associações que trabalham em prol da comunidade sem qualquer contrapartida financeira, algo que valorizo bastante. Neste sentido, até neste apoio que por vezes disponibilizamos, o objetivo é fazer as pessoas felizes. Apesar de não ser obrigado a fazê-lo, moralmente sinto que o devo fazer.
nuo a ter a mesma confiança e em quem está do meu lado, daí Confiar para Vencer ser o nosso lema. Esta decisão também vai de encontro ao nosso objetivo: levar mais longe a imagem da empresa e não ficarmos apenas na nossa zona de conforto. A partir do momento que tomamos esta decisão, a empresa aumentou o seu volume de negócios. Todo este processo foi pensado, nada foi por acaso, não só pela minha linha de pensamento, mas também pela empresa que nos presta serviços de assessoria e consultoria na realização da própria campanha, a YouOn.
O desporto é também uma forte aposta por parte da AMCO Consultores, que aplaude e encoraja várias entidades e atletas de renome nacional e internacional. Exemplo disso, é Sara Moreira, atleta olímpica, que dá a cara pela empresa, à margem do sucesso alcançado por ambos. “Confiar para Vencer”, é o lema que vos define? Para celebrar os 10 anos, quis fazer algo diferente, apostar numa figura pública, figura essa que admiro bastante, com uma
Sendo que o objetivo principal da AMCO Consultores passa por contribuir para o crescimento sustentado, tanto das empresas como dos particulares, nota que atualmente as empresas famalicences de forma geral estão mais competitivas? Em Vila Nova de Famalicão, existe um município que aposta na criação de novas empresas, na sua sustentabilidade e que está muito próximo das empresas, sempre com uma visão de futuro e daí resultar a competitividade crescente das empresas locais. É exatamente esta a linha de pensamento, que enquanto empresa, temos que seguir: aprender com o passado, pensar no presente e sonhar com o futuro. Temos que ter objetivos bem definidos e
boa imagem e muito sucesso, um pouco a par da nossa empresa. O nosso lema “Confiar para Vencer”, demonstra a história de vida da atleta Sara Moreira e a história de vida, não só minha, como da empresa. A Sara é uma lutadora, desde o início com algumas dificuldades, conseguiu vencer e hoje é uma atleta de sucesso, um nome muito respeitado nacional e internacionalmente, justamente pela força interior que tem. Depois de conhecer a história de vida da Sara, enquadrava-se na imagem que eu queria passar para a AMCO. A nossa empresa tem uma imagem limpa, séria, profissional e é exatamente essa a imagem que a Sara transmite. Desde o início confiei para vencer. Contí-
lutar por eles. As empresas e os municípios não podem pensar a curto prazo, no dia de amanhã, pois assim nada evolui. Temos que ser empreendedores, arrojados, exigentes com nós próprios, primar pela diferença, sermos visionários, quer seja como pessoas, quer seja como políticos ou empresários. Todos temos uma parte muito significativa e importante na sociedade, onde todos temos um papel e uma função a cumprir, seja qual for o cargo que ocupamos numa determinada entidade ou instituição. Respeito todas as funções, pois todas são importantes e não desvalorizo ninguém. Famalicão há vários anos que tem apostado nas empresas, devido à proximidade e ao apoio que presta. Nesse sentido, criou
o Made In, justamente com o objetivo de apoiar novas ideias e novos empreendedores e isso fez com que ao longo destes anos, surgissem muitas empresas no concelho. Famalicão está na moda justamente por tudo o que foi criado em volta do concelho de forma positiva. Existe movimento, dinamismo, emprego, as pessoas e o município estão em sintonia e só assim se pode projetar o futuro e é esta linha de pensamento que deverá ser seguida por vários municípios. Quando queremos deixar a nossa marca na sociedade, temos que fazer a diferença, pensar como um todo e ajudarmos quem mais necessita, sabendo ocupar o nosso espaço. Depois vem o conhecimento, e foi esse o trajeto que seguimos na AMCO: criar emprego e valor acrescentado. Como empresário e figura incontornável no setor de atividade em que atua, qual considera ser a base do sucesso alcançado pela AMCO Consultores? Só o facto de conseguirmos, no caso de empresas ou de particulares, o financiamento que necessitam, quer seja de habitação, pessoal ou automóvel, e assim realizar muitas vezes os seus sonhos, sentimos que obtemos esse sucesso. O nosso foco é a realização e felicidade das pessoas
que nos procuram e o nosso sucesso empresarial depende disso mesmo. Trabalhamos com vários bancos, com várias Instituições de crédito, o que nos permite saber qual o que se enquadra melhor. Só paramos quando não existe alternativa para tal, pois enquanto houver essa possibilidade, lutamos pelo sucesso da operação. Hoje em dia, temos clientes que nos são encaminhados pelos próprios bancos. Por vezes não têm a solução desejada para o cliente e recomendam-nos, pois, sabem que a AMCO é uma empresa parceira de confiança e que iremos fazer de tudo para resolver qualquer adversidade que possa surgir. A experiência, a formação, o facto de esPORTUGAL EM DESTAQUE | 9
tarmos sempre atualizados em tudo o que surge no mercado, obriga-nos a lutar e a estar sempre na linha da frente em termos de soluções. Temos que estar sempre um passo à frente e assim consigo sempre prever alguma tendência, o que é fulcral em qualquer negócio. Incidindo a sua atividade sobre áreas muito específicas e que se complementam, qual a sua opinião sobre o poder de investimento atual do país? Existe, na sua opinião, uma evolução gradual e sustentável? Investe-se pouco no nosso país. O Estado começou por devolver o poder de compra às pessoas, mas o país não cresce sem investimento. Em termos de futuro tenho algum receio que o próprio país não consiga crescer e acompanhar a média europeia. Uma economia sem investimento, não cresce e o mesmo acontece, consequentemente, nas empresas, independentemente da vertente de negócio. Com apoio bancário ou não, tem que haver investimento e Portugal precisa desse impulso. O facto de estarmos sediados em Vila Nova de Famalicão, que é o concelho mais exportador da região norte, também nos dá uma certa visibilidade para tal. Pelos resultados alcançados no ano transato, a AMCO foi distinguida como PME Excelência’16. Considera que este prémio é um reconhecimento pela dedicação e empenho da sua parte e de toda a equipa? A AMCO atualmente é reconhecida pela sua uma imagem de credibilidade, de confiança e de profissionalismo e prova disso foi a atribuição da distinção de PME Excelência pelos resultados de 2016. É sem dúvida um reconhecimento pelo trabalho que temos desenvolvido. Não temos qualquer crédito bancário, ou seja, não temos dívida. O que nos dias de hoje, acaba por ser muito difícil. Esse prémio, prova o rigor que sempre tivemos na gestão. O empreendedor tem que ser corajoso, senão nunca conseguirá construir algo. É preciso muito coragem para criar uma empresa e fazê-la crescer. O sucesso dá muito trabalho. Para mim coragem, empreendedorismo e boa gestão, são os principais fatores para traçar esse caminho. Quais as metas/objetivos que a AMCO espera atingir no futuro? Acima de tudo, continuarmos consolidados, mas sempre com pensamento de crescimento. Atingimos o ponto crítico já há algum tempo e o objetivo passa por estabelecer um novo ponto crítico, o que denota uma certa evolução. Queremos crescer de forma sustentada, sempre com o custo/benefício bem definido. Continuar a fazer os nossos clientes felizes é a base do nosso trabalho e é isso que nos move e desafia.
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ALTINO OSÓRIO
“A PENSAR NO FUTURO” António Pereira Pinto é o diretor do Agrupamento de Escolas D.Sancho I, em Famalicão. A Portugal em Destaque conversou com o diretor sobre o projeto educativo diferenciador do Agrupamento e o que faz desta instituição um exemplo de serviço educativo de qualidade. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D.SANCHO I escolar e dos bons resultados nos exames nacionais, nomeadamente no ensino secundário. Os nossos funcionários são reconhecidos pelo bom relacionamento com os nossos alunos e demais comunidade educativa. Os nossos alunos, na sua grande maioria, gostam da escola e do seu ambiente. Todos trabalhamos para que a escola assegure a qualidade do serviço prestado e se centre na formação do aluno nas suas múltiplas dimensões e não apenas no saber, mas no saber fazer, no saber estar e no saber ser.
ANTÓNIO PEREIRA PINTO
Que escolas compõem o Agrupamento de Escolas D. Sancho I? O AE D. Sancho I é composto pelas Escolas Básicas de Esmeriz, Meães, S. Miguel, Cabeçudos e Louredo, os Jardins de Infância da Lage e de Esmeriz, a escola Dr. Nuno Simões com 1º e 2º ciclos e a Escola Secundária D. Sancho I, sede do Agrupamento, uma escola com 3º ciclo, ensino secundário, profissional e noturno. Como caracteriza a comunidade deste agrupamento, desde pessoal docente a discente? O AE D. Sancho I ao longo dos anos tem sabido acompanhar a evolução, as mudanças e o desenvolvimento do nosso concelho. Colocamos os alunos como centro do processo educativo, procuramos que se sintam motivados, somos exigentes no processo de aprendizagem porque é nosso objetivo dotar os nossos alunos com competências que lhes permitam ter sucesso quer a nível profissional quer a nível académico. O AE D. Sancho I aposta na qualidade do ensino garantido em primeiro lugar pelo profissionalismo, dedicação e esforço dos nossos funcionários e dos nossos professores. O corpo docente é estável e com uma vasta experiência profissional, uma das razões do sucesso 12 | PORTUGAL EM DESTAQUE
Que balanço faz destes 60 anos ao serviço do ensino? A Escola Secundária D. Sancho I, que é já uma marca de Famalicão, comemora este ano letivo os seus 60 anos com orgulho e respeito pelo seu passado e com a certeza de que o AE D. Sancho I, seu herdeiro continuará a servir a comunidade com o profissionalismo, o esforço e a dedicação que constituem o seu legado. Está intimamente ligada ao progresso e ao desenvolvimento socioeconómico da cidade e da região com a formação de milhares de trabalhadores, quadros técnicos, empre-
sários de inegável qualidade e gestores. Muitos destes ocupam cargos de primeira linha no concelho, no país e no estrangeiro, não fossemos nós um país de imigrantes e de homens e mulheres que têm gosto pela aventura e pelo desconhecido, como o fizeram os nossos navegadores. Ao olharmos para a sua história percebe-se que é uma escola de sucesso que privilegiou as relações humanas, que teve um papel preponderante na formação académica, profissional e cívica dos nossos cidadãos, que está e sempre esteve integrada na comunidade a quem prestou um serviço educativo de qualidade. Como descreveria a escola a potenciais alunos? Qual o lema por que se regem? Somos uma escola de sucesso, com resultados comprovados. Somos uma escola que sempre foi e continuará a ser um local privilegiado não só para a construção de saberes e desenvolvimento de competências, mas também para a formação de amizades que perduram no tempo, de idealização e vivência de sonhos realizados ou não, mas que deixam o sentimento agridoce da saudade. Somos escola onde
se constroem utopias, sonhos e expetativas que um dia se realizarão, malgrado o mundo contingente e imprevisível em que vivemos. Somos uma escola que procura desenvolver a imaginação e a criatividade, mas onde se trabalha com profissionalismo na construção do sucesso. Parafraseando Peter Drucker nós, aqui, projetamos e procuramos criar o futuro. Por isso, o nosso lema é liberdade para ensinar, liberdade para aprender. A missão deste agrupamento assenta na formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários. Foquemo-nos agora um pouco no ensino profissional. Que cursos têm à disposição dos alunos nesta vertentes? Nos cursos profissionais continuamos com os cursos que já são uma marca desta escola como manutenção industrial, eletrotecnia, contabilidade e restaurante-bar, manteremos o técnico de comércio e iremos abrir o técnico de gestão e programação de sistemas informáticos. Temos uma vasta rede de parcerias a nível local, nacional e internacional que garantem estágios profissionais de qualidade. No corrente ano letivo temos alunos em formação profissional em Bruxelas, Madrid e Bilbau no âmbito do programa Erasmus+ e que constitui uma mais valia na sua formação profissional e cultural. No ensino noturno temos uma oferta diversificada de cursos, desde a formação modular certificada, aos cursos EFA de dupla certificação e ao ensino recorrente. O que faz deste Agrupamento um agrupamento de referência? Hoje, o nosso Agrupamento constitui uma centralidade aberta à comunidade onde se desenvolve um conjunto muito vasto de ações que preparam os nossos jovens para a vida, não apenas no domínio académico, mas também, no domínio do crescimento e desenvolvimento da sua personalidade e da sua cidadania ativa. Hoje, como sempre, continuaremos a ter uma escola engajada com a construção de projetos de vida e de realização pessoal, com a construção de identidades e a promoção dos valores que se devem constituir como a base de uma sociedade mais justa e solidária, mais capaz e competente. Procuramos uma educação que assente nos valores do trabalho, da responsabilidade, da autonomia, do respeito e da dignidade. Somos uma escola que aposta no sucesso dos nossos alunos e, por isso, privilegia os resultados académicos que permitem a entrada no ensino superior como o provam os bons resultados nos exames nacionais, sem esquecer a formação pro-
fissional de qualidade como é reconhecido pelas empresas da região. Temos metas claramente definidas que são ambiciosas, porque nunca aceitaremos ser um Agrupamento “do pouco mais ou menos” ou do “mínimo indispensável”. Como vê o ensino em Portugal? O ensino precisa de estabilidade, de reformas estruturais que perdurem no tempo e que possam ser avaliadas, não pode estar sujeito a alterações pontuais que só criam instabilidade. Seria bom que se fizesse uma revisão aos currículos do 3º ciclo do ensino básico que têm uma carga horária semanal excessiva e que se olhasse muito bem para os programas das diferentes disciplinas, muitas delas com conteúdos excessivos e que em nada valorizam as aprendizagens. Seria de todo conveniente que se repensasse a organização do ano letivo com o seu funcionamento em dois semestres em vez dos três períodos atualmente existentes. Para além da redução de custos, facilitaria a planificação das atividades letivas e a avaliação dos alunos. Por onde passa o futuro do Agrupamento de Escolas D. Sancho I? Somos uma escola que projeta o seu futuro, respeitando e assumindo com orgulho todo o seu passado. Continuaremos a ser uma escola que procura vencer a ignorância e o obscurantismo, fontes de dependência, de subserviência e de pobreza. Continuaremos a deixar aos nossos alunos um legado que constitui o seu melhor património, o saber. Seremos sempre uma escola que se repensa e que, de maneira nenhuma, parará no tempo, continuando a formar cidadãos de sucesso. Manteremos o legado da sua escola secundária, porque os seus sessenta anos constituem a força da sua juventude. PORTUGAL EM DESTAQUE | 13
UM SERVIÇO DE EXCELÊNCIA, A PENSAR NO FUTURO Assente numa estratégia multidisciplinar, o centro pedagógico CRESCER garante um acompanhamento das crianças e jovens não apenas no estudo, mas também no seu desenvolvimento integral. CENTRO PEDAGÓGICO CRESCER
viram forçadas a trocar de instituição de ensino.
MARIA MANUELA MARQUES
Sediado em Riba de Ave, concelho de Vila Nova de Famalicão, o CRESCER é um centro pedagógico multidisciplinar de portas abertas para crianças e jovens desde o primeiro ciclo de ensino até ao 12º ano de escolaridade, nos serviços terapêuticos desde o nascimento até a terceira idade. De natureza recente, esta corresponde à materialização de um sonho de Maria Manuela Marques, empresária formada em Engenharia e Gestão Industrial que recorreu ao elevado know-how acumulado nesta área para concretizarum projeto assente numa gestão estrategicamente responsável, em que o valor dos recursos humanos é colocado no epicentro de toda a ação. De portas abertas desde 2015, o centro pedagógico multidisciplinar surgiu com o apoio de uma série de profissionais das áreas da Educação e Saúde que, em conjunto com a nossa interlocutora, se aperceberam da existência de uma “lacuna” neste tipo de serviço. Mais concretamente, faltava em Riba de Ave e nas localidades vizinhas um espaço que, paralelamente à necessidade de funcionar como centro de estudos e explicações, pudesse proporcionar um desenvolvimento holístico, assente na integração de serviços terapêuticos complementares. O sucesso do CRESCER, com uma lotação simultânea para cerca de 70 alunos, foi de tal ordem consistente que a necessidade de abrir um novo espaço, em plena sede do concelho de Vila Nova de Famalicão cedo se revelou um imperativo. “Ao início, não queria abrir outro centro de estudos, porque os serviços da clínica e este espaço já davam muito trabalho”, contextualiza Maria Manuela Marques, antes de sublinhar que a abertura deste segundo estabelecimento, no começo do ano letivo 2015/2016, se ficou a dever exclusivamente às insistentes solicitações dos pais de uma série de crianças e jovens que, devido aos cortes governamentais aplicados aos colégios com contratos de associação, se 14 | PORTUGAL EM DESTAQUE
Ofertas pedagógicas multidisciplinares Fazendo jus ao seu nome, o CRESCER é um projeto que assenta no nobre objetivo de assegurar que as crianças e jovens de hoje poderão ser os adultos devidamente capacitados, responsáveis e tolerantes de amanhã. Para tal, o estabelecimento recorre a uma heterogeneidade de serviços e profissionais, dividindo o seu conjunto de respostas em três categorias. De facto, e como referido, a sala de estudos e explicações corresponde a um serviço que, mediante modalidades como o apoio pedagógico, o estudo acompanhado ou a preparação para exames, auxilia o aluno a estabelecer um coerente plano de ação, rumo ao sucesso. Outra das importantes mais-valias do CRESCER é a unidade de serviços terapêuticos que surgiu no seguimento de “muitos pais que, depois de terem pedido serviços de apoio ao estudo se queixavam de que os seus filhos não melhoravam”, embora desconhecendo a origem do problema. “Um centro de estudos ou um professor, por norma, não consegue detetar” se existe uma especial dificuldade de aprendizagem ou comportamento e qual a sua tipologia. É precisamente neste contexto que o estabelecimento proporciona um amplo conjunto de valências, recorrendo a especialistas de áreas como a Psicologia do Desenvolvimento, a Terapia da Fala, a Pedopsiquiatria, a Terapia Ocupacional ou o Serviço Social, apoio social nas vertentes da segurança social. Significa isto que o CRESCER se encontra devidamente capacitado para apoiar alunos com, por exemplo, sintomas de hiperatividade, perturbações de identidade, autismo ou dislexia. Lembrando a importância que o acompanhamento terapêutico pode proporcionar nos resultados escolares e pessoais destas crianças, Maria Manuela Marques é perentória no que à necessidade de sensibilizar os pais diz respeito. “A nossa maior dificuldade (na aplicação de terapias)vem das famílias, não das crianças”, salien-
ta a responsável, antes de lamentar que “muitas vezes, não conseguimos que os pais nos ajudem nesta batalha”. Importa, por fim, salientar os serviços de férias escolares e atividades acompanhadas, através das quais o CRESCER proporciona um conjunto de iniciativas com o intuito de manter as crianças e jovens ativas, não apenas do ponto de vista intelectual, mas também social. Destacam-se, a título de exemplo, os passeios e visitas, o desenvolvimento de workshops ou a participação em ateliês criativos. Crescer com futuro Habituada a uma “gestão diária” que envolve um trabalho com cerca de 180 famílias e o apoio de mais de 20 colaboradores, Maria Manuela Marques encara o atual ano como um momento de consolidação do projeto. “Quero perceber o que fiz até agora, o que devo fazer a seguir, perceber quais as especialidades que faltam e o que poderá melhorar”, enumera a nossa interlocutora que não descarta a hipótese de abrir, num futuro próximo, um espaço semelhante em Guimarães. Acima de tudo, há um desejo que persistirá, independentemente dos anos que passarem: “a minha preocupação é que as crianças cresçam”. Mas, em momento de balanço, há também uma palavra especial, dedicada a quem a tem acompanhado neste percurso: “Tenho excelentes profissionais, pessoas que são muito trabalhadoras, humanas e que têm dado muito de si. Adoro-as e, por isso, estou tranquila”, ressalva a gerente para quem isto é nada mais, nada menos do que “um trabalho feito com paixão” e que continuará, por isso mesmo, a fazer os outros crescer.
• apoio ao estudo • explicações individuais e em grupo • atividades extracurriculares • transporte • férias desportivas • psicologia • terapia da fala • terapia ocupacional Rua Padre Narciso Melo, nº6 e 25 - Riba d’Ave 4765-259 Famalicão sala de estudos: 252 216 473 serviços terapêuticos: 252 028 179 e-mail: geral@crescer.com.pt
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A CELEBRAR 125 ANOS! Com mais de um século de existência, a Confeitaria Moura já nos habitou aos seus jesuítas e limonetes extremamente deliciosos. Prestes a fazer 125 anos, a gerência prepara-se para expandir a marca de forma inédita, com a abertura de uma segunda loja no Porto, desta vez com fabrico próprio. CONFEITARIA MOURA São 125 anos de tradição que culminam num negócio de sucesso e numa história que merece ser contada. Este é um aniversário importante e um momento a ser destacado. A atual gerência não está surpreendida por este marco ter sido alcançado. Luísa e Fernando Pelayo, irmãs, e Alda Moura, prima, receberam-nos na pastelaria que serve os seus pastéis a Santo Tirso desde 1892. Com os nossos próprios olhos, verificamos a afluência que a Confeitaria Moura regista diariamente. Os empregados de mesa, sempre atarefados, esforçam-se por atender os clientes que vêm tomar um café e saborear um jesuíta ou um limonete, especialidades da casa. Na saída, raros são aqueles que não aproveitam a oportunidade de levar uma caixa destas delícias para casa, seja os bolos já referidos, ou uma das muitas outras opções à disposição. Um facto é certo: a receita é completamente original e manteve-se a mesma ao longo do tempo, sem nenhuma alteração, já para não falar que a confeção é diária. Estes pormenores fazem a diferença, que se sente no paladar. Afinal, estamos a referir-nos à casa que deu a Santo Tirso a tradição dos jesuítas, pela qual é conhecida por todo Portugal e além-fronteiras. Luísa, Fernanda e Alda revelaram-nos não ter a certeza, para já, de como será a celebração dos 125 anos, porém pretendem “seguramente marcar o momento”, algo que “não pode passar despercebido”. Presença no Mercado do Bom Sucesso Desde há algum tempo que a Confeitaria Moura arriscou na expansão do negócio, apostando num ponto de venda dos seus produtos na cidade do Porto, nomeadamente no Mercado do Bom Sucesso. Apesar de este ser um mercado bastante restritivo, a loja tem vindo a conquistar o público trabalhador daquela zona, que aproveita um momento de pausa para disfrutar dos deliciosos produtos transportados diretamente e diariamente da casa-mãe em Santo Tirso para este ponto de venda. O Mercado do Bom Sucesso tem feito esforços no sentido de divulgar as potencialidades que alberga e criar mais dinâmica. A gerência refere que existe harmonização entre as várias lojas que preenchem o espaço. Apesar de a afluência de clientes ter sido a esperada, ainda há quem prefira obter o produto diretamente da fonte. Assim, muitos são os portuense que se deslocam a Santo Tirso. “É tradição”, declaram. Expansão: nova loja com fabrico próprio Para todos os efeitos, a cidade Invicta já está servida de produtos com o selo Confeitaria Moura, graças à loja no Mercado do Bom Sucesso. Todavia, Luísa, Fernanda e Alda consideram importante enquadrar na política de expansão da empresa, a abertura de uma loja com fabrico próprio na cidade do Porto.
A proposta para avançar nesse sentido, e abrir uma segunda loja no Porto com outro conceito, proveio de um familiar considerado como “a pessoa indicada” para a realização deste projeto. Foi assim que, ao fim de 125 anos se concretizou o que todos os frequentadores da Confeitaria Moura esperavam: a projeção e expansão da marca através da abertura de uma loja com fabrico próprio na segunda capital de Portugal, cuja produção será controlada pela casa-mãe. Neste novo estabelecimento, situado numa das ruas que vão dar à Praça D. João I, espera-se receber, para além do cliente habitual, as gerações mais novas e fazer chegar o produto a um público mais diversificado. A qualidade dos bolos fala por si só, mas com o avançar dos tempos torna-se necessário fazer uma maior aposta no marketing e na publicidade. Estas ações transmitem o espírito empreendedor que tem vindo a ser desenvolvido. A sobrevivência de um negócio exige que este seja fluído e não estagnado. Aliada a essa característica, há que considerar que esta é a altura de estar no Porto, cidade na moda. Estão, assim, reunidas as condições para a abertura de um estabelecimento com fabrico próprio, algo completamente fora da zona de conforto para a gerência, ou não fosse um ato inédito: “Foi algo que necessitou de muita ponderação pois nunca se pôs em questão que o produto perdesse qualidade e identidade...nem poderia ser de outra forma”, explicam. Já o espaço será adaptado a uma cidade muito mais turística, em específico recorrendo a colaboradores que saibam falar uma ou mais línguas estrangeiras. Inicialmente, os colaboradores séniores da loja mãe irão ajudar na abertura desta nova loja. “É assim que se faz em todas as expansões, providenciamos o apoio logístico”, afirmam. Os produtos comercializados serão de grande variedade, não tanta como a casa-mãe, pelo menos inicialmente, mas com o avançar do projeto nada impede a diversidade de aumentar. Jesuítas e limonetes estarão sempre presentes. O espaço físico, que estará por esta altura a terminar as obras, será muito idêntico à loja em Santo Tirso: “Tem que haver uma identificação, de forma que o cliente entre e perceba que está na Confeitaria Moura”. O familiar que propôs a expansão e irá gerir o novo estabelecimento já recebeu formação para adquirir o know-how de que precisa. Estes tipos de parcerias só são possíveis dentro da própria família Moura, num esforço de preservar a tradição pela qual é conhecida a confeitaria. Também é uma forma de envolver a próxima geração no negócio, a qual já está literalmente com as mãos na massa. Sempre com os pés na terra, Luísa, Fernanda e Alda declaram que esta iniciativa vai exigir níveis de qualidade elevados pois têm consciencia que, estando envolvida a marca MOURA, as expectativas são altas. “Temos o peso da tradição nos nossos ombros, o que é muito bom. O nosso trabalho foi herdado, agora temos de manter, equilibrar e dar continuidade. É necessário saber adaptar ao mundo em que vivemos. Aí está a questão mais sensível: manter a tradição, mas adaptar aos nossos tempos, ou seja, inovar na tradição“, alvitraram. Daqui podemos concluir que a família tem todos os motivos para se sentir orgulhosa do trabalho que tem desempenhado à frente deste negócio centenário. Só podemos esperar que os nossos leitores queiram visitar o seu ‘sítio do costume’ numa nova localização: a Confeitaria Moura na cidade do Porto. PORTUGAL EM DESTAQUE | 17
Rua Professor Doutor Joaquim Augusto Pires de Lima, nº 44 | 4780-449 Santo Tirso 252 891 002
‘T’ - O QUE REPRESENTA PARA SI? ‘T’ de... “Tirso, tempo, tranquilidade, transparência, trabalho, todos, tudo, ...”. Uma letra, tantos significados. Por isso, nada melhor do que visitar o novo espaço de restauração de Santo Tirso, o ‘T’. Inaugurado no passado dia 3 de junho, este restaurante une a história da cidade à contemporaneidade da decoração, aliado a uma gastronomia de excelência, que não vai deixar ninguém indiferente. RESTAURANTE T
ANA COELHO E MOREIRA 18 | PORTUGAL EM DESTAQUE
“Para mim o T significa tempo, porque é a forma mais pura de amor. No meu entender faz falta tempo para a comida, para estar com as pessoas, para desfrutar de uma boa refeição. Logo, é isso que procuramos proporcionar aqui, uma experiência completa, na qual as pessoas se deliciem com uma boa refeição, um bom vinho e fundamentalmente se divirtam. Quanto ao significado do T deixamos ao critério de cada um descobrir o que representa para si próprio”, explica Ana Coelho e Moreira, chefe executiva do restaurante T. Numa antiga loja de ferragens, local emblemático da cidade nasceu este novo espaço, que irá surpreender pela sua decoração, ambiente e pela sua gastronomia, destacando-se algumas obras de arte urbana, que completam a ornamentação do restaurante. Sócios na vida e no trabalho, Ana e Pedro Moreira são os responsáveis por este novo projeto em Santo Tirso. Com percursos profissionais, em tempos, completamente distantes da restauração, decidiram inovar e dar forma a um espaço diferenciador, que harmoniza o passado e o presente. “A minha formação académica é na área da Criminologia, com Doutoramento em Ciências Sociais, na especialidade de Neuropsicofisiologia da expressão facial. Por outras palavras, leio expressões faciais em contexto forense. A minha tese de doutoramento foi publicada em livro,
no âmbito da análise das expressões faciais do processo Casa Pia. Mas a paixão pela cozinha sempre esteve presente na minha vida”, relata Ana Moreira. Já o Pedro, engenheiro civil de formação, tem como percurso profissional o planeamento e desenvolvimento de projetos, produtos e construção de espaços na área da hotelaria, a nível nacional e internacional. O T nasce assim da fusão perfeita dos dois, em que um desenvolveu a gastronomia, e o outro concebeu o design e a decoração do espaço, onde as expressões multicultural, multifacetado, contemporâneo e cosmopolita fazem todo o sentido. Falando precisamente da ementa, o restaurante oferece uma carta onde saltam à vista a originalidade dos nomes. “Cada receita surgiu um pouco por acaso e daí as nomenclaturas diferentes. Aqui colocamos todo o amor e carinho nas refeições que servimos, daí a cozinha ser aberta. A nossa carta não é extensa, mas prima pela qualidade e inovação e por incluir sempre produtos frescos”, salienta a chefe de cozinha. Desde o couvert que engloba a manteiga e o pão, os quais são confecionados pela própria casa. De salientar o pão de manjericão ou o pão de batata. Passando às massas frescas, a opção é vasta com a massa de açafrão, massa de espinafres, massa de ovo tradicional ou massa de beterraba. Nas carnes destacamos o entrecôte grelhado e nas entradas o SG Salmão, um salmão defumado com mousse de rabano. Para quem “O Natal é quando o homem quiser”, não pode deixar de provar a reintrepretação da roupa velha. Mas a carta também oferece os famosos risottos, em que os produtos nacionais ganham destaque, ao serem opção de luxo na sua preparação e confeção. Tanto nos risottos como nas pastas frescas, o T também irá introduzir as trufas, escolhidas e preparadas consoante as épocas específicas do ano. Finalmente, nas sobremesas o T apresenta o doce “Partiu-se” ou o “Pão de Ló não cozeu”, e ainda, a panna cotta de tangerina e erva príncipe. Para acompanhar toda esta experiência do palato, não se pode esquecer de escolher um bom vinho, um elo de ligação perfeito com esta experiência gastronómica. Falamos de uma garrafeira ímpar, com uma carta de vinhos dinâmica, que tem mais de 100 referências de vinhos nacionais, representantes de todas as regiões do país. “Food, wine and fun” é o que pode esperar do restaurante T, localizado no centro da cidade de Santo Tirso, que está aberto de
terça-feira a sábado, das 12h30 às 15h00 e das 19h30 às 23h30, sendo que à sexta-feira e sábado o horário é alargado até às 02h00. “Para proporcionar um serão ainda mais completo, o restaurante tem DJ a acompanhar os jantares ao fim de semana. Queremos que os nossos clientes se sintam confortáveis e passsem uma noite diferente. Temos duas salas e um lounge na esplanada”, completa Pedro Moreira. Casa do Avô Vinhos e tapas, gins e muita boa música são os indicadores da Casa do Avô. Localizado em Santo Tirso, Areias, este espaço de restauração surgiu segundo Ana e Pedro Moreira pelos motivos errados. Inicialmente num conceito de tapas e bar, dedicado aos vinhos e gins, rapidamente viram os clientes a associar este espaço a um restaurante. Hoje, têm um conceito de tapas, sendo que todas as semanas apresentam três tapas diferentes, para além da carta fixa, que também se destaca pela qualidade dos produtos. Este espaço tem ainda pontualmente música ao vivo, que faz da Casa do Avô um ícone a nível nacional e internacional. Rua 25 de Abril, 43 r/c 4780-008 Areias - Santo Tirso Tel: 252 085 512
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“NÃO NOS PODEMOS CENTRAR NO QUE FOI FEITO, MAS SIM NO QUE FALTA FAZER” Pertencente ao concelho de Santo Tirso, Vila das Aves é uma freguesia repleta de potencialidades e de olhos postos no futuro. Desde a educação, à cultura, assume-se como uma freguesia dinâmica, com um forte movimento associativo e que vive atualmente um bom momento a nível desportivo, com a subida de divisão em quatro categorias relativas ao Clube Desportivo das Aves : equipa A de juvenis, futebol, futsal e equipa feminina de voleibol. JUNTA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVES
ELISABETE ROQUE FARIA
“Neste momento, Vila das Aves está presente em todos os noticiários por este facto desportivo único. Estamos em festa e por isso não faltam motivos para visitar a nossa freguesia”, começa por nos contar, orgulhosa, Elisabete Roque Faria, presidente da Junta de Freguesia de Vila das Aves. No seu primeiro mandato como líder do executivo desta junta de freguesia, a autarca deixa-nos um retrato positivo e ambicioso de Vila das Aves, enaltecendo sobretudo o forte poder empresarial existente. “Somos uma freguesia com cerca de 12 mil habitantes, a segunda maior a nível do concelho de Santo Tirso. É notório um crescimento considerável, quer a nível do comércio, quer da própria 20 | PORTUGAL EM DESTAQUE
indústria, e temos aqui sediadas grandes empresas como a Termolan ou a Casfil, que são duas empresas muito fortes a nível nacional e sobretudo, bastante empregadoras. A nível comercial, noto que cada vez mais temos gente jovem a criar o seu próprio negócio e por isso o empreendedorismo na nossa freguesia estar tão patente e a desenvolver-se cada vez mais”. Para além disso, a ação social é também uma preocupação constante por parte da autarca. “Em termos da classe mais idosa da freguesia, a nossa finalidade passa por apoiar as entidades e associações que existem e que prestam os serviços adequados às necessidades dos idosos e que prestam esta resposta social, como a Lar Familiar da Tranquilidade, a Associação de Reformados de Vila das Aves, que é uma associação muito ativa e que está muito presente na sociedade, a Associação de S. Miguel, que é uma associação de cariz religioso e depois temos a Associação Aves Solidária, que presta apoio às pessoas e famílias mais carenciadas. Enquanto junta, temos um papel fundamental em sinalizar estas situações, criando um elo de ligação essencial com estas entidades”. Com mais de 30 associações, que abrangem várias áreas, Vila das Aves, distingue-se inclusive pelo associativismo ativo e dinâmico, que na perspetiva de Elisabete Roque Faria, é essencial para o desenvolvimento da freguesia. “Não há um fim de semana em Vila das Aves em que não se realize uma iniciativa organizada por uma associação. E são mais de 30. Exemplo disso, é a Associação Amadores de Pesca de Vila das Aves, a Sociedade Columbófila das Aves, a Karate Shotokan de Vila das Aves, para além de dois ranchos folclóricos, escuteiros, entre outras. Este ano foram reativadas duas associações, como o Grupo de Teatro Aviscena, que arrancou com um dinamismo muito forte e foi criada também uma associação, que acredito que irá desenvolver um bom trabalho a nível cultural, que é a
Alarido. Temos vários bandas de garagem e no ano passado, nove dessas atuaram nas festas da vila”. E são vários os eventos desenvolvidos ao longo do ano, em que três desses destacam-se pela projeção crescente ao longo dos anos e pela forte aceitação por parte das gentes de Vila de Aves e não só. “Em termos de eventos, realiza-se há dois anos consecutivos, o Aves em Movimento, que a nível desportivo, é organizado pela junta, através de um grupo de voluntários. No ano passado a madrinha deste evento foi a atleta Sara Moreira e tivemos cerca de 2500 participantes, entre os quais alguns atletas de renome, sendo o maior evento de atletismo realizado no concelho. Fruto desta iniciativa, noto que na freguesia, hoje em dia, as pessoas correm mais, praticam mais desporto, o que é bastante recompensador. Depois, temos as Festas da Vila em que este ano, tivemos a atuação da primeira Orquestra Urbana de Vila das Aves e o Aves em Natal, um evento desenvolvido pela Junta, pois não existia qualquer atividade na freguesia nesta altura do ano”. Questionada sobre os principais projetos desenvolvidos neste primeiro mandato, Elisabete Roque Faria, é perentória em afirmar a filosofia que melhor define o seu trabalho “não pensar no que está feito, mas sim no que ainda pode ser feito”. No entanto, enaltece duas iniciativas, que muito a orgulham. “No nosso entender, não existia na freguesia uma resposta para as pessoas numa faixa etária a partir dos 55 anos e desenvolvemos a Universidade Sénior em Vila das Aves. Um projeto bastante desafiante com três anos de existência e que teve bastante aceitação. Neste momento, tem cerca de 80 alunos e estão disponíveis cursos em diversas áreas. Outro dos projetos que me marcou, foi a construção de dois parques infantis em zonas dis-
tintas, pagos na integra por dois particulares da freguesia. Porém, encaro este cargo como uma missão e penso mais no que posso vir a fazer, do que no que fiz. Enquanto freguesia, temos uma identidade muito própria, somos muito exigentes e não nos contentamos com o pouco que nos é dado”, enaltece. Para o futuro, mostra-se confiante nos projetos traçados no sentido de potenciar Vila das Aves nos próximos anos. “Estamos a desenvolver um projeto que terá como objetivo mostrar como será a freguesia daqui a 40, 50 anos e que será apresentado brevemente. Como já foi referido, o interesse deste executivo é perceber o que pode ser feito para potenciar ainda mais esta freguesia. Em termos de acessos rodoviários e de estruturas, ainda há muito a fazer. Não temos uma zona industrial definida e o futuro passará também por essa definição”, conclui.
Av. 4 de Abril de 1955, N.º 251 4795-024 Vila das Aves Telefone: 252 941 313 Fax: 252875711 web@jf-viladasaves.pt www.jf-viladasaves.pt
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AÇORES Ainda estamos nos Açores e depois da Terceira chegou a vez de Ponta Delgada figurar na nossa revista. Desde as câmaras municipais, às juntas de freguesia, passando pelas ofertas industriais e turísticas, encontrará nas páginas seguintes tudo o que de bom pode encontrar por esta ilha açoriana. O estudo de 2016 da City Branding Portugal coloca Ponta Delgada em 21º lugar no ranking dos 308 municípios portugueses para “visitar”, tendo subido 2 lugares em relação ao ano anterior. Ponta Delgada continua a subir entre os 25 melhores municípios nacionais na procura de quem visita Portugal para o lazer, o que reforça a especial vocação deste concelho para o Turismo. Nos Açores, Ponta Delgada é o município nº 1 na opção “Visitar”, mas, também, nas categorias de “Viver” e “Negócios”. O turismo de natureza identifica a preferência do visitante e a lagoa das Sete Cidades é uma das 7 maravilhas naturais de Portugal e o primeiro cartaz de promoção turístico dos Açores. O concelho dispõe de bonitos e amplos jardins botânicos e oferece condições ímpares para a prática de várias atividades ao ar livre. Ponta Delgada é, também, o único local dos Açores e de Portugal onde se cultiva o ananás por métodos tradicionais, em estufa. Ponta Delgada destaca-se pela riqueza cultural do seu património e dos eventos culturais e de lazer. Os desportos náuticos são, ainda, uma opção de peso junto dos visitantes. As praias ao longo da costa sul e as piscinas naturais, rodeadas da pedra dos vulcões convidam a um banho de mar. Com uma linha de costa que percorre, de sul a norte, quase metade da ilha de São Miguel, Ponta Delgada é ideal para o surf e para o windsurf, jet sky, pesca desportiva – big game fishing – “whale watching”, e para o mergulho em pleno oceano profundo. O concelho tem a maior oferta regional de infraestruturas, serviços de hotelaria e de restauração, e animação. Tem um cais de cruzeiros, por onde passam dezenas de navios vindos da Europa e da América e um aeroporto que é a principal gateway dos Açores. Assim, pelo seu caráter universalista e cosmopolita, Ponta Delgada é um convite irrecusável para quem procura a combinação perfeita entre a natureza, a história, a cultura e a modernidade, em qualquer época do ano.
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A PORTA DE ENTRADA DOS AÇORES Ponta Delgada que celebrou, em abril, 471 anos é um dos melhores concelhos de Portugal para se viver. Entre os 308 municípios portugueses, a maior e mais populosa cidade açoriana ocupou, em 2016, a posição número 37 do ranking da Bloom Consulting ‘City Brand’. Assim, Ponta Delgada é a primeira entre os 19 municípios dos Açores para ‘Negócios’, ‘Visitar’ e ‘Viver’, sendo a mais procurada na Internet na categoria de Alojamento. No ranking ‘Visitar’ Ponta Delgada ocupa a posição 21 entre os 25 municípios mais visitados. A qualidade de vida, a segurança, a diversidade de escolhas dos cidadãos em matéria de cultura, desporto, educação e bem-estar social orientam a missão da Câmara Municipal. Foi neste seguimento, que a Portugal em Destaque esteve à conversa com o presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro. As declarações do autarca seguem abaixo. MUNICÍPIO DE PONTA DELGADA
JOSÉ MANUEL BOLIEIRO 24 | PORTUGAL EM DESTAQUE
Com cerca de 50 por cento da população micaelense e 70 por cento das atividades económicas localizadas no seu espaço geográfico, Ponta Delgada assume-se como uma das maiores potências açorianas. Segundo o nosso entrevistado, o município de Ponta Delgada é o mais importante dos Açores. É a porta de entrada, mas também a projeção dos Açores e da portugalidade atlântica. O que o motivou a candidatar-se foi, sob o ponto de vista democrático, um combate eleitoral importante e, sob o ponto de vista da função, uma oportunidade de aquisição de experiência e de dar o seu melhor num modelo de governação que procurou introduzir neste município. José Manuel Bolieiro desenvolveu um perfil político que coloca as pessoas como o centro da decisão e do modo de ser e de estar do concelho. Também quis introduzir,
na governação da Câmara Municipal de Ponta Delgada, um modelo democrático de estar e de governar através de uma rede de co-working entre o município e as freguesias, por forma a obter mais coesão territorial social, tornando as juntas de freguesia parceiros de desenvolvimento. Para esses efeitos, organizou-se, de forma inovadora, um relacionamento técnico e financeiro com as juntas de freguesia que deu garantias de previsibilidade, estabilidade e regularidade nesse relacionamento sem distinção pelas cores partidárias. Também ainda nessa linha, a Câmara Municipal de Ponta Delgada procurou encontrar na relação com o Governo Regional uma parceria de desenvolvimento onde se encontrasse identificação com objetivos e, assim, se pudesse de forma complementar agir com destino a esses mesmos objetivos. Sob o ponto de vista social, na capital micaelense, combate-se a pobreza, a exclusão, a marginalidade ao mesmo tempo que se promove a integração. Nas palavras do presidente: “Nós tivemos uma gestão de rigor para garantir que o município e o setor empresarial local fosse governável e sustentável, por isso, constituímos excedentes orçamentais, para diminuir a dívida e para garantir credibilidade económica na gestão do orçamento municipal”, explicou. Em todas as áreas, o município de Ponta Delgada é uma referência pedagógica. Isto acontece porque este concelho tem mais massa crítica ao mesmo tempo que tem mais competências. No entanto, o nosso entrevistado alertou: “Quanto maior a nau, maior a tormenta sob o ponto de vista das necessidades sociais. O nosso orçamento é o maior, mas as necessidades que temos superam os nossos recursos e, por isso, com arte e engenho definimos prioridades”. Ponta Delgada no centro do mundo O estudo de 2016 da City Branding Portugal coloca Ponta Delgada em 21º lugar no ranking dos 308 municípios portugueses PORTUGAL EM DESTAQUE | 25
para “visitar”, tendo subido 2 lugares em relação ao ano anterior. Ponta Delgada continua a subir entre os 25 melhores municípios nacionais na procura de quem visita Portugal para o lazer, o que reforça a especial vocação deste concelho para o turismo. Nos Açores, Ponta Delgada é o município nº1 na opção “visitar”, mas, também, nas categorias de “viver” e “negócios”. O turismo de natureza identifica a preferência do visitante: a Lagoa das Sete Cidades é uma das 7 maravilhas naturais de Portugal e o primeiro cartaz de promoção turística dos Açores. O concelho dispõe, ainda, de bonitos e amplos jardins botânicos e oferece condições ímpares para a prática de várias atividades ao ar livre. Ponta Delgada é, ao mesmo tempo, o único local dos Açores e de Portugal onde se cultiva o ananás por métodos tradicionais, em estufa. Os desportos náuticos são, também, uma opção de peso junto dos visitantes. As praias ao longo da costa sul e as piscinas naturais, rodeadas da pedra dos vulcões, convidam a um banho de mar. Com uma linha de costa que percorre, de norte a sul, quase metade da ilha de São Miguel, Ponta Delgada é ideal para o surf, windsurf, jet sky, pesca desportiva – big game fishing – “whale watching”, e para o mer26 | PORTUGAL EM DESTAQUE
gulho em pleno oceano profundo. O concelho tem a maior oferta regional de infraestruturas, serviços de hotelaria e de restauração, e animação. Tem um cais de cruzeiros, por onde passam dezenas de navios vindos da Europa e da América e um aeroporto que é a principal gateway dos Açores. Pelo seu caráter universalista e cosmopolita, Ponta Delgada é um convite irrecusável para quem procura a combinação perfeita entre a natureza, a história, a cultura e a modernidade, em qualquer época do ano. Neste contexto, foi criada, pela Câmara Municipal de Ponta Delgada, uma política de incentivo ao turismo no reforço de alojamento turístico, apostando numa lógica urbanística onde, em vez do incentivo à proliferação e descentralização do investimento imobiliário, apostou-se numa ideia revitalizadora do centro histórico tornando-se, hoje, notória a diferença na reabilitação do edificado. A grande aposta que o executivo de Ponta Delgada sempre defendeu teve a ver com a liberalização do espaço aéreo que criou outra acessibilidade sem o constrangimento do custo. Esse facto deu notoriedade e notabilidade ao destino, com o normal crescimento na oferta em alojamento turístico, mais atividades culturais e mais cultura na prestação de serviços.
Nesta cidade instalaram-se sistemas wifi gratuitos para que nela não se perca o contacto com o mundo. Isto porque: resolvido o problema da acessibilidade pretende-se, agora, o bem-estar na estadia. Como locais a visitar neste maravilhoso pedaço de terra no Oceano Atlântico plantado, destaca-se a Lagoa das Sete Cidades (já referida acima) sob o ponto de vista do vulcanismo e da beleza aquífera e florestal. A Ferraria apresenta-se como um verdadeiro spa no mar, onde as águas termais em plena costa permitem mergulhos no oceano com águas quentes. A verdade é que os Açores no seu todo não são um destino de praia e sol, no entanto, encontram-se aqui boas praias. “Você está no centro do mundo” é o mais recente slogan de Ponta Delgada, que pretende difundir a mensagem de que, nos Açores, e mais precisamente em Ponta Delgada, o acesso ao resto do mundo é simples e uma realidade. De facto, é no meio do mundo e no meio do oceano Atlântico que podemos encontrar esta riqueza transatlântica portuguesa. Ponta Delgada em festa o ano inteiro Cronologicamente são vários os meses com diversos eventos nesta cidade açoriana. A seguir a Fátima, a maior festa religiosa que Portugal tem é em Ponta
Delgada: a Festa do Senhor Santo Cristo. Esta celebração tem, sob o ponto de vista identitário, uma dimensão universal muito forte. O feriado municipal comemora-se nessa data e essa é uma atração para o turista que quer conhecer a cultura micaelense. Visitar o tesouro do Senhor Santo Cristo é um elemento distintivo para Ponta Delgada e para o país. Esta festa dura uma semana, onde as celebrações religiosas e os eventos musicais se fundem numa harmonia festiva e identitária micaelense. As festas do Divino Espírito Santo são realizadas no segundo fim de semana do mês de julho. Estas celebrações juntam a tradição de caráter religioso à pagã e apresentam-se, também, como um dos momentos altos festivos anuais da cidade. A PDL White Ocean é uma festa que teve origem num baile branco. Aquando deste evento, toda a cidade veste uma coreografia branca, entre montras, vestes e decorações. Costuma realizar-se no primeiro fim-de-semana de agosto e, este ano, terá já a sua 3ª edição. Durante a chamada “época baixa”, destaca-se a Passagem de Ano, com os espetáculos pirotécnicos que dão uma ideia atlântica de Ponta Delgada, onde o Coliseu Micaelense se associa com a realização de um baile de Reveillon. Já em fevereiro ce-
lebra-se o carnaval de smoking e vestidos de noite. São mil e uma as animações e eventos organizados não só para os visitantes como, também, para os habitantes de Ponta Delgada, nas designadas noites de Verão, no Centro Histórico. Preservação da natureza obrigatória Uma das questões que sempre se levanta aquando do impulsionamento turístico nos Açores, prende-se com a necessidade da preservação do seu bem mais precioso: a Natureza. O histórico assistido através de outros exemplos permitiu que em S. Miguel se soubesse preservar a natureza indo contra à tendência voraz do betão, não massificando a procura turística. Nos últimos 40 anos enquanto região autónoma tem-se compatibilizado com ponderação a procura e a oferta e, por isso, em Ponta Delgada, incentiva-se, por exemplo, ao conhecimento através do patrocínio da edição de um livro sobre as Sete Cidades: “Editamos um livro, coordenado pelo professor Doutor Victor Hugo Forjaz, que explica o fenómeno vulcanológico das Sete Cidades. Sob o ponto de vista estratégico estamos a encontrar na cientificidade do conhecimento a oportunidade de uma contemplação informada e conhecedora de Ponta Delgada”, confidenciou-nos o presidente. Há em curso, ainda, uma
futura parceria com a Revista National Geografic. José Manuel Bolieiro, que se encontra no final do seu primeiro mandato, será candidato nas próximas eleições. Por este facto, deixou uma mensagem aos seus munícipes: “Tenham orgulho na história de uma pequena vila que se tornou na maior cidade dos Açores e numa referência no país. Mas mantenham, também, uma inquietude na ambição de continuar a desenvolver Ponta Delgada como uma cidade europeia e atlântica de eleição. Ademais há um outro desafio ainda por consolidar que é a descoberta, através da riqueza inexplorada do fundo do mar profundo dos Açores, de todas as amostras, criando uma rastreabilidade para futuras investigações”, frisou o presidente, dando-nos conta dos seus anseios para o futuro de Ponta Delgada. Por fim, ficou o convite aos nossos leitores: “Procurem o exotismo, o conforto, a segurança e a tranquilidade. Não é qualquer sítio que do ponto de vista epidemiológico está livre de qualquer ameaça, onde os índices de criminalidade são muito baixos, onde existe segurança alimentar adquirida, onde se oferecem bons serviços de saúde e, ainda, atividades encantadoras e natureza. O que mais se pode desejar?”.
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UMA VISITA PELA PRIMEIRA CAPITAL HISTÓRICA DA ILHA DE SÃO MIGUEL Visitar Vila Franca do Campo é uma mais-valia para quem passa por São Miguel. Este foi o primeiro e único concelho da ilha até 1499 e, atualmente, muitos são os monumentos históricos possíveis de visitar e que fazem as delícias de turistas e locais. Ricardo Rodrigues é o atual presidente da Câmara Municipal deste concelho e foi com este que a Portugal em Destaque esteve à conversa por forma a conhecer um pouco mais sobre Vila Franca do Campo. Os locais a visitar, os projetos a serem desenvolvidos pela Câmara Municipal, as características dos vila-franquenses bem como todas as razões pelas quais este concelho merece uma visita seguem abaixo. MUNICÍPIO DE VILA FRANCA DO CAMPO
RICARDO RODRIGUES Ricardo Rodrigues é advogado e natural de Vila Franca do Campo. Estudou em Lisboa e exerceu advocacia durante 17 anos até decidir dedicar-se à política. Começou por pertencer ao Governo Regional dos Açores, foi deputado na Assembleia da República e é, há 4 anos, presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo. A sua primeira função, confidenciou-nos, foi “arrumar a casa”: “O trabalho essencial foi negociar e estabelecer acordos com as entidades financeiras. Hoje conseguimos cumprir todos os nossos compromissos. Naturalmente que faltou dinheiro para fazer investimento, em todo o caso, conseguimos desenvolver dois programas, na área social: um Fundo de Emergência Social, que faz face a necessidades básicas urgentes e um Fundo de Apoio à Habitação Social para agregados carenciados, conseguindo, assim, colmatar muitas das necessidades dos nossos munícipes”. Também foi possível a esta Câmara, em parceria com o Governo Regional, aderir a programas de empregabilidade que resultaram em cerca de 170 pessoas contratadas ao abrigo destes acordos nos últimos três anos. Agora é chegado o momento de elaborar candidaturas a fundos comunitários: “Pretendemos a requalificação da orla costeira em ambiente de passeio pedonal e temos parcerias com as seis juntas de freguesia para investimentos em cada uma delas”, adiantou o autarca. Património festivo e monumental Como todas as vilas quinhentistas, Vila Franca do Campo desenvolveu-se a partir de um núcleo principal, representativo dos poderes que a regiam, que é hoje o Centro 28 | PORTUGAL EM DESTAQUE
Histórico. Este local reúne alguns dos monumentos mais emblemáticos da Vila, como a Igreja Matriz, o edifício da Câmara Municipal, o Jardim Antero de Quental, o Largo José Medeiros Ferreira (antigo Largo do Pelourinho) e o Hospital e Igreja da Misericórdia. A partir daí a mancha urbana alastrou e, passados cinco séculos, Vila Franca apresenta-se com a beleza e dignidade de primeira capital histórica da ilha. O ilhéu de Vila Franca do Campo também se assume como um dos locais mais importantes a visitar. Situado em frente ao concelho, a cerca de 1 quilómetro da costa, este local é o resultado da cratera de um antigo vulcão submerso e considerado, agora, uma das principais atrações turísticas da ilha de São Miguel. Aqui já se realizaram várias etapas do Red Bull Cliff Diving – campeonato mundial de mergulho em penhascos. Classificado como Reserva Natural tem as paredes da sua cratera revestidas por uma vegetação endémica, enquanto no seu interior existe uma piscina natural com uma forma quase perfeitamente circular, que comunica com o mar por uma estreita passagem. Durante a entrevista o presidente salientou, ainda, que por forma a preservar a beleza natural do ilhéu as visitas estão condicionadas a 400 pessoas por dia. Vila Franca do Campo orgulha-se da sua história e possui, naturalmente, um património religioso muito importante das quais fazem parte as festas de S. João, com as tradicionais marchas, às quais se juntam a animação musical, cultural e desportiva. A festa do Senhor Bom Jesus da Pedra, dedicada a todos os emigrantes e que se celebra no último domingo de agosto e, ainda, as festas em honra do Divino Espírito Santo, tão características da região dos Açores. “Todas essas tradições
identificam-nos e têm muito interesse para os turistas porque permitem que vivenciem a nossa cultura”, acrescentou o nosso entrevistado. Roteiro das Olarias em mira Em Vila Franca do Campo existem várias olarias que irão ser recuperadas por forma a fazer um Roteiro das Olarias. No total, são quatro olarias e um forno a lenha para cozer o barro. Será, portanto, possível, nessa rota ver os oleiros a fazer a produção de vários artefactos. Ainda em Vila Franca do Campo existe uma fábrica de conservas de atum que tem uma empregabilidade muito significativa ao nível da mão-de-obra feminina. Uma fábrica de doces conventuais onde são feitas as famosas queijadas da vila. E, por outro lado, na zona rural, encontram-se as vacas à semelhança da restante ilha, com uma área agrícola bastante acentuada, destacando-se a produção de bananas e de ananases em estufa. Mais animados e foliões que os restantes habitantes da ilha de São Miguel, os vila-franquenses, neste caso na pessoa do seu presidente, já se aperceberam do crescimento do turismo na região: “O crescimento do turismo em S. Miguel é notório. Também denoto isso pelo aumento de pedidos de licenciamento para alojamento local. Há muitas novas casas de alojamento local a surgir nos últimos anos para darem resposta à elevada procura”, contou-nos o presidente ao mesmo tempo que se mostrava descansado quanto à preservação da beleza natural dos
Açores e de Vila Franca do Campo: “Nós temos consciência de que a natureza é a nossa galinha de ovos de ouro. Temos planos de ordenamento da orla costeira que proíbem a construção. É com alguma tranquilidade que lutamos pelo equilíbrio entre a manutenção da natureza e o desenvolvimento necessário da ilha”. Por fim, ficou a mensagem: “Aos meus munícipes quero deixar uma mensagem de otimismo no sentido de que os dias que virão serão sempre melhores dos que os que já passaram. Aos leitores da Portugal em Destaque apenas dizer que se há, ainda, um português que não conhece os Açores, não percam a oportunidade porque este é um dos melhores recantos do nosso país”, finalizou o presidente Ricardo Rodrigues. PORTUGAL EM DESTAQUE | 29
LAGOA NA ROTA DO FUTURO Cristina Calisto é o rosto do Executivo do Município de Lagoa. Na costa sul da ilha de São Miguel, Lagoa apaixona, de imediato, quem lá passa. Com um desejo forte de ver a Lagoa, enquanto cidade e concelho a crescer e tornar-se uma referência nos Açores, a presidente revelou à Portugal em Destaque por onde passa o presente e também o futuro do concelho. MUNICÍPIO DA LAGOA
lógico. É um concelho que valoriza o seu passado e raízes naquilo que o mesmo apresenta de melhor: as suas tradições e costumes, o seu património ambiental, arquitetónico e histórico. Tal como em todas as ilhas dos Açores, a agropecuária e a atividade piscatória são dois setores cruciais no concelho, uma predominância que se deve também à existência de muitas pastagens e dois portos de pesca: Carneiros e Caloura. Por outro lado, há também uma clara propensão para o setor industrial, onde se verifica a existência de muitas empresas que procuram a Lagoa com sede, principalmente devido à existência de várias zonas industriais que tendem a crescer. Mais recentemente, é um concelho virado para a Ciência e Tecnologia, numa clara propensão de se transformar numa cidade futurista e apostando na sua afirmação como smart city onde a existência do NONAGON – Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha de S. Miguel contribui para que o conceito de cidade inteligente seja uma evidência e que proporcione a captação de empresas relacionadas com estas áreas.
CRISTINA CALISTO O que a motivou a candidatar-se à presidência da Câmara Municipal de Lagoa? O facto de defender um projeto para a Lagoa que, estando em curso, ainda está longe de estar concluído. Os desafios da vida autárquica são inesgotáveis, mas há um rumo e um desejo de ver a Lagoa, enquanto cidade e concelho crescer, modernizar-se e ser um espaço de referência dos Açores. Enquanto presidente, apresente-nos o seu concelho. É um concelho que se encontra em plena fase de afirmação num contexto de desenvolvimento económico, social e tecno30 | PORTUGAL EM DESTAQUE
Quais os principais projetos a serem desenvolvidos, atualmente, pela Câmara Municipal? São vários os projetos a serem desenvolvidos para o concelho de Lagoa que quero ver desenvolvido a curto e médio prazo e que, certamente, contribuirão para o seu crescimento. O Mercado Municipal, a ciclovia da Lagoa e a requalificação da baía de Santa Cruz são três projetos que estão a ser desenvolvidos e que tudo estamos a fazer para que os mesmos possam arrancar em breve. Esperamos igualmente que o Governo Regional dos Açores apresente o projeto da tão aguardada requalificação do Porto dos Carneiros, uma obra que os pescadores lagoenses há muito reivindicam e anseiam e que é fundamental para resolver os problemas de estrangulamento daquele porto. A adaptação do Cine Teatro Ferreira da Silva que queremos devolver à comunidade já no próximo mandato. A criação do Museu da Lagoa num projeto que agregue todos os núcleos
museológicos existentes no concelho é o principal destaque na área da cultura para os próximos anos. Já no âmbito desportivo temos como ambição e a médio prazo adaptar o Polidesportivo da Atalhada a pavilhão desportivo para colmatar a lacuna que existe de treinos de diversas modalidades desportivas do concelho. Por outro lado, esperamos igualmente que o Governo Regional avance com os restantes blocos do Nonagon na zona de expansão do Tecnoparque que, no futuro, não tenho dúvidas, será uma zona de referência do concelho, principalmente na área da ciência e tecnologia. Quais os principais eventos/festividades que irão acontecer este ano em Lagoa? Teremos vários eventos, destaco apenas os principais: as Festas em honra de Santo António em Santa Cruz entre 6 a 12 de junho; o Festival Lagoa Bom Porto, entre 16 a 18 de junho e que consistem nas Festas em honra de S. Pedro Gonçalves Telmo; entre 23 a 25 de junho as Festas em Honra do Divino Espírito Santo – Império de S. Pedro em Água de Pau; de 29 de junho a 2 de julho o Festival Lagoa Comvida; a 19 de agosto a Festa Branca do Convento e o Mercadinho de Natal em dezembro. Estes são os principais eventos que acontecem, anualmente, da responsabilidade da autarquia no concelho. A par das mesmas não nos podemos esquecer das festas em honra dos Santos Padroeiros que acontecem nas diferentes freguesias
e que a autarquia apoia, bem como todos pequenos eventos que são realizados de forma pontual e que, claramente, contribuem para o desenvolvimento económico e social do concelho. Denota um aumento na procura pelos Açores como destino turístico? Como encara este fenómeno? Encaro com otimismo. O facto de despoletar o desenvolvimento turístico, traz com o mesmo, quase que de arrasto, o desenvolvimento de outros sectores como o económico e social. Obviamente, que aos governantes locais cabe encontrar estratégias para que este fenómeno tenha o seu porto seguro e seja feito de forma sustentável. No caso da Lagoa, o facto da estar, estrategicamente bem localizada com fácil acesso aos concelhos vizinhos: Ponta Delgada; Ribeira Grande e Vila Franca do Campo, faz com que ela tenha um futuro promissor. A par disso, cada vez mais, temos potenciado o concelho para uma viragem turística que proporcione aos que cá nos visitem, momentos únicos. Assim, a descoberta dos nossos trilhos pedestres, os nossos Portos de Pesca; as nossas zonas balneares e o nosso património histórico serão sempre chamariz, mas que deverão estar sempre associados aquilo que achamos ser o futuro da cidade: uma cidade
inteligente virada também para as novas tecnologias e ciência, nunca descorando as áreas da educação, cultura e desporto.
Quais os principais locais a visitar no concelho? São muitos. Posso apenas elencar alguns. Quem visita a Lagoa e para quem se interessa por ciência pode visitar o OVGA e o Expolab; pelas tradições a Fábrica de Louça Cerâmica Vieira e Núcleos Museológicos da Ribeira Chã; por mar o nosso Porto dos Carneiros e da Caloura; a zona balnear da Caloura e Baixa d´Areia; o Complexo Municipal de Piscinas de Lagoa que detém piscinas naturais que considero únicas nos Açores. Já para quem se interessa por património religioso, pode visitar as nossas igrejas; o Convento dos Franciscanos; as várias ermidas com destaque para a Ermida da Caloura; N. Sra. do Monte e Cabo e para quem se interessa por património natural é convidado a caminhar nos emblemáticos trilhos da Rota Água: com destaque para o trilho das Pedras Brancas e da Janela do Inferno. Todas as freguesias do concelho oferecem particularidades únicas que valem a pena conhecer.
Qual a mensagem que quer deixar aos seus munícipes? A mensagem que quero deixar aos ‘meus’ munícipes, num ano tão particular como esse em que, pela primeira vez, irei a eleições é, sobretudo, uma palavra de esperança e confiança no projeto e na equipa futura que comandará os destinos do concelho de Lagoa. Acreditem e confiem em nós e que tudo faremos pelo bem-estar dos lagoenses, pois todos os que integram esta equipa e apoiam a minha candidatura têm algo em comum, nutrem um enorme carinho pela terra onde vivem, desejam o seu contínuo desenvolvimento e têm enorme respeito pelos interesses lagoenses. Desafio-a a deixar um convite, aos nossos leitores, para que visitem os Açores, a ilha de São Miguel e o município de Lagoa… A mensagem é muito simples: Visitem os Açores, a ilha de S. Miguel e o município de Lagoa pelas suas gentes, pela sua natureza, pelo seu mar imenso, pela sua diversidade marcada também pelas suas atividades e património diverso. Visitem os Açores pelo genuíno que estas ilhas insulares de bruma acarretam: o nosso saber receber.
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PREPARE-SE… AS SANJOANINAS ESTÃO A CHEGAR! MUNICÍPIO DE ANGRA DO HEROÍSMO As Sanjoaninas - as maiores festas dos Açores – realizam-se na cidade de Angra do Heroísmo, já neste mês de junho, e são um cartão-de-visita para muitos turistas que procuram a Terceira, para viver e partilhar os costumes e tradições locais. As Sanjoaninas remontam ao século XVI, mas sempre tiveram um papel de relevo na cultura açoriana. Têm início com o cortejo de abertura, o desfile da rainha, e prolongam-se por vários dias, contando com atividades culturais, recreativas, etnográficas e desportivas. Um dos pontos altos das festas é a Feira Taurina das Sanjoaninas, com importância a nível ibérico e que inclui corridas de praça, touradas à corda e largadas de touros.
As Sanjoaninas e o 5º Touro A história conta que as Sanjoaninas começaram quando a nobreza ia de cavalo até ao Castelo de São João Batista e lá faziam uma festividade. Na verdade, as Sanjoaninas são um congregar de tudo o que a ilha Terceira tem de melhor, a gastronomia, o desporto, a cultura (com apresentações de livros e artesanato, por exemplo), a tauromaquia e a música. Esta é uma festa popular em que o cartaz musical é um complemento: “Há sempre que ter a preocupação de elaborar um cartaz que vá ao encontro de diversos públicos. Faz-se um programa em que toda a gente possa participar”, revelaram os vereadores da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Raquel Caetano Ferreira e Guido Teles. Para esta edição de 2017 salientam-se nomes como: Mariza, Rui Veloso, HMB e Richie Campbell, de entre muitos outros nomes conhecidos do grande público. O que mais tem surpreendido a organização das Sanjoaninas são as marchas de São João, que têm crescido imenso ao longo dos anos. Normalmente eram 25, no 32 | PORTUGAL EM DESTAQUE
ano passado foram 36 e este ano são já 42 marchas: “Temos que as dividir em duas noites. Esta é uma manifestação popular cheia de alegria, cor e muita originalidade, na indumentária e na música”. Os terceirenses gostam muito da tauromaquia, faz parte da cultura da ilha. O cartaz tauromáquico atrai turistas espanhóis e de outros países, amantes destas exibições taurinas: “Da nossa parte, secção da tauromaquia, que é uma das partes da festa, as expetativas são bastante grandes, há aqui uma aposta muito grande na juventude e nos jovens valores portugueses, espanhóis e do Perú também. Voltamos ao modelo das 4 corridas porque tivemos muitos anos só com 3. De qualquer forma, penso que vai ser do agrado do público. A repercussão que a feira taurina está a ter a nível turístico permite que o retorno dê para recuperar todo o investimento feito na festa”, afirmou Arlindo Teles, presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, aquando da apresentação do cartaz taurino para as Sanjoaninas. Neste enquadramento, torna-se premente salientar a importância do 5º touro das
tradicionais touradas à corda. Esta realiza-se com 4 touros e o quinto é a diversão e o convívio do povo durante o evento: “Há pessoas que não se veem o ano todo e aproveitam esta festa para se reencontrarem. A tourada é um momento de encontro de famílias e amigos. Há pessoas que nem sabem a cor do touro, ou seja, nem veem o touro. As touradas significam convívio”, afirmou-se. Também o Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Álamo de Meneses, deixou o convite: “O que nós podemos dizer é que quem cá vier vai-se dar por bem servido. Esta é provavelmente uma das maiores festas do país, quer na vertente musical, quer na vertente tauromáquica e é, de longe, a maior festa dos Açores. As Sanjoaninas começam de manhã e acabam de manhã, temos muita oferta a nível desportivo, de natureza, cultural e depois temos 4 corridas de praça e outras de caráter tradicional. Neste momento a dificuldade é arranjar lugar para ficar”, advertiu.
A MELHOR VISTA PARA O ILHÉU DE VILA FRANCA Quem passa por São Miguel não fica indiferente ao monumento vulcânico situado a cerca de um quilómetro da costa de Vila Franca (o Ilhéu de Vila Franca). A freguesia de São Pedro orgulha-se de ter a melhor vista para este artefacto natural, mas garante ter muito mais para oferecer. É pelas palavras de Flávio Pacheco que ficamos a conhecer as potencialidades desta freguesia açoriana, bem como as mais-valias que ela tem para oferecer a quem a visita. FREGUESIA DE S. PEDRO
FLÁVIO PACHECO São Pedro, freguesia do concelho de Vila Franca do Campo, abrange uma área com cerca de 248 hectares. Foi lugar de acolhimento dos primeiros povoadores da ilha de São Miguel, recebeu este topónimo, devido a “uma ponta de pedra e terra, pouco saída do mar, chamada ponta de São Pedro” (Gaspar Frutuoso). Por consequência do terramoto que atingiu a ilha em 1522 houve necessidade de reedificar a vila, o que ocasionou uma expansão para ocidente. Aí se construiu o Convento de São Francisco, com vista a substituir um outro existente junto ao monte da Senhora da Paz e que soterrou por completo durante o terramoto. Este mosteiro desempenhou um importante papel na vida intelectual da altura, dado que os franciscanos eram, por norma, os pregadores de São Miguel. Flávio Pacheco candidatou-se à presidência desta junta de freguesia porque considerou reunir condições para implementar novas ideias e projetos que promovessem e desenvolvessem a sua freguesia natal. O balanço do trabalho realizado durante este seu primeiro mandato é muito positivo: “Conseguimos concretizar todos os pontos a que nos propusemos, em colaboração com a Câmara Municipal e com o Governo Regional”, afirmou. Dos principais projetos desenvolvidos pelo seu executivo, o nosso entrevistado salientou a construção do Polidesportivo e Parque Infantil do Al-
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deamento Ilhéu, o incentivo à criação da Associação Cultural e do Grupo Folclórico e Etnográfico de São Pedro, a construção do parque de estacionamento da Estrada Real, o ornamento da rotunda da entrada em Vila Franca em parceria com o Governo Regional e o projeto, em parceria com a Câmara Municipal, que está ainda em desenvolvimento, respeitante ao Roteiro das Olarias – a olaria é uma tradição antiga em São Pedro, sendo sobejamente conhecida a “louça da vila”. Singelas peças fabricadas em barro de Santa Maria, castanho, não vidrado, foram até há bem pouco tempo utilizadas pelas gentes locais nas variadas situações quotidianas. As festas ajudam a manter vivas as tradições e memórias de uma população. Assim, todos os anos, acontecem um pouco por todo o país numerosas e variadas festividades. Na freguesia de São Pedro, no mês de junho, realiza-se a festa consagrada ao santo com o mesmo nome, precedida pelas festividades do Espírito Santo dos Aflitos. A partir desta data sucedem-se as do Santo Amaro e a da Nossa Senhora da Natividade. “Considero que São Pedro tem muito potencial e as pessoas, humildes no seu ser, mas capazes, se forem devidamente incentivadas, conseguem desenvolver muitas coisas e elevar a freguesia a um outro patamar de dinamização”, é assim que o autarca descreve a população que representa, ao mesmo tempo que acrescenta, orgulhoso, as iniciativas que desenvolveu por forma a envolver a comunidade: “Criámos o Festival Folclórico, que começa sempre no meio da freguesia e percorre todas as outras ruas por forma a envolver toda a comunidade. Este festival acontece em meados de julho e temos sempre grupos de fora a participar”, confidenciou o nosso entrevistado. Em final de conversa, ficou o convite: “Venham à nossa freguesia, convivam com as nossas pessoas, conheçam a nossa cultura e as nossas raízes”.
UMA FREGUESIA COM POTENCIAL EM DESENVOLVIMENTO Caro leitor, damos-lhe agora a conhecer um exemplo de desenvolvimento e empreendedorismo personificados pelo executivo de uma Junta de Freguesia, nos Açores. Trata-se de São Roque, uma freguesia portuguesa, localizada na zona oeste do concelho de Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Região Autónoma dos Açores com 7,16 quilómetros quadrados de área e 4 932 habitantes. O nome São Roque deriva do facto de este ser o padroeiro da freguesia. Pedro Moura é o atual presidente desta localidade e foi com ele que a Portugal em Destaque esteve à conversa por forma a conhecer os projetos que nela têm sido desenvolvidos. FREGUESIA DE S. ROQUE
PEDRO MOURA
Natural de São Roque, Pedro Moura candidatou-se à presidência desta Junta de Freguesia porque verificou nela muito potencial que não se encontrava a ser desenvolvido da melhor forma e, também, porque constatou que podia dar um contributo maior para o crescimento da terra que o viu nascer. Ainda a exercer o seu primeiro mandato, já assumiu que irá recandidatar-se nas próximas eleições e o balanço que faz do trabalho até aqui desenvolvido é bastante positivo: “É um balanço de alegria porque melhoramos a freguesia, mas também fica um sentimento de responsabilidade e comprometimento para com ela. As pessoas contam connosco e eu sinto-me na obrigação de continuar neste papel de presidente da Junta de Freguesia por isso irei recandidatar-me”, começou por confidenciar o presidente Pedro Moura. PORTUGAL EM DESTAQUE | 35
São Roque é uma freguesia limítrofe de Ponta Delgada e, por isso, não é uma freguesia urbana, mas também não é uma freguesia rural. Os maiores produtores frutícolas que abastecem o mercado de Ponta Delgada são de São Roque: “Temos uma grande produção de alface, tomates, pepinos, legumes, batatas, entre outros, e há, também, algum gado”, enumerou. Nesta freguesia encontra-se o Azores Parque, um parque industrial de grande importância situado nesta localidade de Ponta Delgada, que contribui, também, para o desenvolvimento e empregabilidade de São Roque. A verdade é que esta é uma freguesia que, à semelhança de outras freguesias da costa norte, tem um rótulo associado muito negativo devido às altas taxas de desemprego e toxicodependência existentes. Lutar contra esses fatores tem sido a principal atividade do executivo desta junta de freguesia e, nesse sentido, já contrataram cerca de 160 pessoas ao abrigo dos acordos de empregabilidade disponibilizados pelo Governo Regional e têm apostado, também, em proporcionar boas condições aos mais carenciados através da reabilitação das suas habitações. A importância da dinamização desportiva Em São Roque existem três campos de futebol: o Estádio de São Miguel, a Fundação Pauleta (Jogador internacional português natural de São Roque) – Foi constituída em 16 de agosto de 2006, tendo como objetivo o apoio ao fomento e ao desenvolvimento do desporto, não esquecendo o fim social a que se dedica. Esta Fundação não depende de apoios estatais, mas sim da sua gestão de diários – e o Grupo Desportivo de São Roque: “Temos feito um esforço por forma a apoiar todas estas instituições para dinamizar os jovens da freguesia. Os jovens daqui têm bastante valor visto que temos uma equipa de BTT que tem tido muito bons resultados e temos, também, um número crescente de jovens a praticarem surf”, contou orgulhoso o nosso entrevistado. De entre os projetos, alguns já enumerados, a serem desenvolvidos pela atual Junta de Freguesia, existem outros exemplos: a nova Sede para a Banda Filarmónica da freguesia que contará com três pisos e será inaugurada ainda este ano, os melhoramentos das vias que contribuíram para que o trânsito fosse mais fluído e na zona litoral a construção de vias pedonais, junto ao mar. Ao mesmo tempo, pretende-se avançar com um projeto que incluirá uma via alternativa à principal estrada da freguesia porque, segundo o 36 | PORTUGAL EM DESTAQUE
presidente, esta é uma obra complicada, mas necessária para a sua população. Foi, também, recuperado o primeiro e único porto industrial particular de São Miguel, feito para a fábrica de conservas da corretora, bem como realizadas obras de melhoramentos nas praias e igrejas. Festividades e locais a visitar em São Roque As festividades religiosas em honra do padroeiro (São Roque) realizam-se no terceiro domingo de agosto e ao longo de cerca de 3 meses as festas dedicadas ao Divino Espírito Santo percorrem as principais ruas da freguesia. Sobre este tema, o presidente da Junta de Freguesia de São Roque e nosso entrevistado para esta edição, ressalvou a lista de prioridades que foi estabelecida pelo executivo, demonstrando a importância que as responsabilidades sociais têm desempenhado na lista de projetos a serem desenvolvidos: “O redireccionamento dos investimentos levou-nos a pensar na criação de emprego e na melhoria das habitações, descurando a animação cultural e as festividades, pelo menos enquanto ‘arrumamos a casa’”, esclareceu. Como locais a visitar ressalvam-se: a Igreja de São Roque que é, sem dúvida, uma das mais belas e antigas igrejas dos Açores. Situada numa falésia de um cone de
escórias sobre o mar, foi construída em 1560 de estilo Barroco Micaelense sobre a antiga ermida do início do mesmo século. No seu interior, destaca-se a Capela do Santíssimo pelos azulejos pintados à mão do século XVII. Chamada de atenção, também, para as praias: “A Praia de São Roque e a Praia das Milícias atraem muitos turistas”, afirmou Pedro Moura. O aumento do turismo tem sido uma realidade nos Açores e o nosso entrevistado confirmou esse facto com exemplos presenciados através da função que desempenha: “Nós sentimos o crescimento que tem ocorrido na procura turística devido ao grande investimento que tem existido na construção de alojamento local. Temos três ou quatro restaurantes muito conhecidos e já começam a aparecer snack bares entre outras ofertas, diferentes do existente até agora. Denota-se uma preocupação muito grande, dos nossos habitantes, em acompanhar as exigências e necessidades dos turistas”, garantiu. A maioria dos visitantes, acrescentou, é oriunda de Portugal Continental – motivados pelos voos low-cost –, dos EUA e do Canadá. No caso particular de São Roque o presidente espera que esta crescente procura “ajude a desenvolver e a dinamizar o mercado local”. “Por São Roque podemos e devemos fazer mais” é o mote que guia e continuará
a guiar o trabalho do presidente Pedro Moura e do seu executivo: “Há pessoas mais animadas e que reconhecem o nosso trabalho, mas, também, como é inerente ao ser humano, querem mais e isso motiva-nos a continuar”, reiterou. Por fim, ficou o convite: “Visitem os Açores, a ilha de São Miguel e mais precisamente São Roque porque dar um passeio a pé junto ao mar é uma das melhores experiências que se pode vivenciar por aqui. Definitivamente vale a pena cá vir”, finalizou o presidente.
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“SETE CIDADES NÃO É UMA TERRA POR ONDE SE PASSA, É UMA TERRA ONDE SE VEM” Seja pela beleza da Lagoa mais famosa de Portugal – a Lagoa das Sete Cidades –, seja pela especificidade da aldeia e da sua povoação, a verdade é que a freguesia das Sete Cidades é uma das mais bonitas do país. Cidália Pavão (autora da frase descrita no título) é a atual presidente desta Junta de Freguesia e foi com ela que a Portugal em Destaque esteve à conversa por forma a conhecer um pouco mais sobre as mais-valias e as necessidades desta localidade açoriana. FREGUESIA DE SETE CIDADES
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Situada no interior de uma cratera, dista cerca de 32 quilómetros de Ponta Delgada. Sete cidades é uma das freguesias mais bonitas dos Açores e do concelho de Ponta Delgada. Foi eleita uma das Sete Maravilhas de Portugal em 2007 e é candidata ao mesmo galardão no ano corrente de 2017. É já pré-finalista na categoria de Aldeias Ribeirinhas e a povoação encontra-se confiante na renovação da distinção. A nossa entrevistada encontra-se, ainda, no seu primeiro mandato, no entanto, já assumiu que se vai recandidatar nas próximas eleições. É a primeira mulher a assumir o cargo de presidente na freguesia das Sete Cidades e o balanço que faz do trabalho realizado, em conjunto com o restante executivo, é um balanço positivo na medida em que conseguiu propor diversos projetos para dinamizar a freguesia bem como vários avanços no apoio social aos mais carenciados. No que aos projetos diz respeito, Cidália Pavão afirmou ser muito difícil ver algum projeto ser aprovado devido à rigidez legislativa que é imposta à localização geográfica da sua freguesia, uma vez que se trata de uma paisagem protegida: “Temos que ter muito cuidado por forma a preservarmos o que temos, por isso a legislação é muito mais exigente na nossa localidade”, adiantou. Essa falta de infraestruturas cria um problema social: o desemprego. De facto, esta é uma freguesia com muitos jovens, no entanto, grande parte deles encontra-se desempregado e foi nessa área que o executivo de Cidália Pavão conseguiu intervir: “Conseguimos dar apoio a várias famílias em casos de habitação degradada e conseguimos dar muito emprego. Por esta freguesia já passaram
cerca de 50 pessoas ao abrigo dos acordos ocupacionais”, acrescentou. Na freguesia existem 3 associações: o Grupo de Jovens, a Filarmónica das Sete Cidades e a Associação Sete Maravilhas, que organiza diversas atividades desportivas na área do golfe rústico, passeios pedestres e até pesca desportiva. Em cada canto, um encanto Para além das belíssimas Lagoas (Lagoa Azul e Lagoa Verde), nesta freguesia podem encontrar-se ruas com um traçado rústico, uma Igreja Paroquial, neogótica, em honra de São Nicolau, extensos jardins muito bem cuidados e o afamado Túnel – consiste numa construção antiga que ajudou, em tempos, no escoamento da água para os mosteiros. Ali, na freguesia das Sete Cidades, também se encontra o abandonado e devoluto Monte Palace – um dos empreendimentos mais luxuosos da ilha, inaugurado em 1989, mas que fechou em apenas 19 meses. A recuperação desta infraestrutura seria uma das possíveis soluções para os principais problemas da freguesia, acredita a nossa entrevistada: “Criaria emprego e dava dinamismo às Sete Cidades”, reiterou. Ao longo do ano várias são as festividades celebradas pela freguesia. Destacam-se as tradicionais festas em honra do Divino
Espírito Santo (visto que nesta localidade existem três Impérios: o da Trindade, o de São João e o de São Pedro), a festa em honra do padroeiro da Sete Cidades, o São Nicolau (que se celebra no segundo domingo de agosto) e a Semana Cultural organizada e apoiada pela Junta de Freguesia por forma a dar ânimo e espaço às diversas forças-vivas (associações) da freguesia. Ao longo da entrevista, Cidália Pavão lamentou a inexistência de investimentos na área do alojamento local ou infraestruturas turísticas, como lojas de artesanato por exemplo, que pudessem dinamizar a freguesia dando, ao mesmo tempo, resposta aos milhares de visitantes que, todos os anos, passam pelas Sete Cidades. Assim, e em forma de despedida, a nossa entrevistada deixou uma mensagem de apreço aos seus fregueses e um convite aos leitores da nossa revista: “Todos me receberam muito bem e tiveram uma palavra de incentivo, motivando-me a continuar. A todos os sete-citadinos muito obrigada pela oportunidade. Aos leitores da Portugal em Destaque apenas dizer para virem conhecer uma beleza sem igual, desfrutando daquilo com que a natureza nos brindou”, finalizou a presidente.
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PELO CRESCIMENTO DA ECONOMIA AÇORIANA A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) é uma organização privada que agrega sócios integrantes do tecido empresarial das ilhas de São Miguel e Santa Maria. Datada de 1835, ano de aprovação dos seus estatutos iniciais, a instituição conta no momento com cerca de 900 associados e desempenha um papel de defesa, incentivo e aconselhamento para as empresas da região. Mário Fortuna, atual presidente da CCIPD, iniciou o seu percurso profissional na área académica - é professor catedrático na Universidade dos Açores na área de Economia Pública. A incursão no mundo dos negócios ocorreu mais tarde e é atualmente presidente da Fábrica de Tabaco Micaelense. Foi desta incursão que nasceu a atividade na Câmara do Comércio, da qual assumiu a presidência em 2009. Em entrevista à Portugal em Destaque o responsável traçou um balanço do seu mandato e enumerou os principais desafios da economia açoriana. CÂMARA DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE PONTA DELGADA
MÁRIO FORTUNA Papel ativo na união do setor empresarial Numa altura em que comemora nove anos à frente dos destinos da direção da Câmara de Comércio, Mário Fortuna traça um balanço positivo sobre o trabalho desenvolvido pela sua direção. Apesar disto, o responsável não deixa de salientar que foram anos especialmente desafiantes, em grande medida pela crise generalizada que o país enfrentou e que levou à necessidade de criação de novos mecanismos de ação para as empresas. “Parece-nos um percurso muito positivo na medida em que ao longo destes nove anos marcamos muitas posições que consideramos importantes para a condução da política económica nos Açores”, refere. Neste mandato a instituição apoiou e sugeriu propostas de incentivo à economia local, prestou aconselhamento especializado aos empresários na área jurídica e económica e, mais recentemente, esteve envolvida na elaboração de uma proposta de alteração da fiscalidade na região autónoma. Uma alteração delineada com o objetivo de incentivar o crescimento da economia privada e
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a recapitalização das empresas. Mário Fortuna não deixa de salientar a importância do papel da câmara, ao proporcionar um meio de união do tecido empresarial. “Os empresários, individualmente, não conseguem passar a mensagem ao governo. Há benefícios na reivindicação conjunta de políticas que os empresários acham importantes. Uma voz coletiva é importante. Há também os benefícios de ter instituições privadas que vão criando novas oportunidades e promovendo a região”, explicou.
Um mandato de conquistas – a liberalização do espaço aéreo Uma das grandes alterações verificadas na região autónoma dos Açores nos últimos anos foi a alteração ao modelo de transporte aéreo da região. Esta modificação permitiu que mais companhias abrissem novas rotas para o arquipélago. Uma transformação que foi possível, em grande medida, devido à ação da Câmara do Comércio, como nos explicou o seu presidente. “Há uma iniciativa que para nós é a mais emblemática e significativa, que foi a nossa ação de lobby e de defesa da liberalização do espaço aéreo dos Açores, especialmente de Ponta Delgada”. Esta abertura do espaço aéreo, que acabou com o controlo por parte das transportadoras públicas nacionais, é considerada por Mário Fortuna como um sucesso devido ao aumento significativo de circulação de passageiros no arquipélago e pelo inventivo que proporcionou ao setor do turismo na região. “A liberalização fez explodir o tráfego dos aeroportos – os açorianos passaram a viajar muito mais. À parte disso, a grande diferença é a afluência de residentes de fora aos Açores. Temos vindo a bater recordes sucessivos no turismo desde 2015. Brotou um novo negócio de uma forma fantástica, que é o alojamento local. Esta foi a intervenção estratégica mais fundamental que resultou da ação da câmara do comércio”. Transporte marítimo: um desafio para o futuro No ano e meio que ainda tem de mandato à frente da Câmara do Comércio, Mário Fortuna e a sua equipa pretendem continuar a bater-se pela diminuição dos encargos cobrados às empresas açorianas. Um objetivo que continua a passar pela reforma da área dos transportes, com incidência no transporte marítimo de mercadorias. Para o responsável, os custos associados atualmente ao porte de contentores de mercadorias são muito elevados para a generalidade das firmas e acabam por tolher a competitividade. “O modelo atual obriga os transportadores que vêm do continente a tocarem em cinco ilhas. Isto torna a operação muito cara, muito morosa. Achamos que deve ser alterado o modelo para se aproximar mais do modelo atual do transporte aéreo”. Para o presidente da CCIPD, esta é uma realidade que afeta de forma especial Ponta Delgada, com cerca de 65 por cento da carga. São Miguel, Terceira e Faial representam cerca de 90 por cento da carga. Mário Fortuna acredita que a alteração do modelo de transportes marítimos beneficiaria toda a região, como aconteceu com os transportes aéreos. Acrescentou “Sentimos a responsabilidade de representarmos mais de 60 por cento da economia dos Açores. Mais do que isso temos tido sempre uma postura coletiva com as outras associações. Ponta Delgada tem tido sempre um papel muito ativo”, salientou.
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O MAR DOS SABORES TEM UM NOVO ROSTO O afamado Mariserra continua em funcionamento e a todo o gás. Localizado junto ao mar na freguesia de São Roque, em Ponta Delgada, esta casa tem agora um novo rosto: Paulo Juromito. O novo proprietário está à frente do Mariserra há dois meses e meio, mas a sua experiência na restauração já vem de há muitos anos… RESTAURANTE MARISERRA se encontram a viver e a trabalhar fora, nos EUA e Canadá principalmente) que retornam à sua terra-natal por esta altura. Mas, visitantes do continente, têm aumentado em grande número: “Os voos low-cost vieram impulsionar esse fenómeno. Atualmente os Açores estão na moda e ainda bem” e ainda acrescentou: “Se ficar como está já é muito bom”.
PAULO JUROMITO Paulo Juromito concedeu-nos uma entrevista para apresentar o novo Mariserra. Começou por explicar que o gosto pela restauração lhe foi passado pelo seu pai, que sempre teve e administrou restaurantes: “Há quem diga que esta é uma vida ingrata, mas tem muita coisa boa. E a parte boa está na partilha de experiências com pessoas novas, todos os dias. Nesta área aprendemos línguas e convivemos com diferentes culturas diariamente”, afirmou. A nova gerência do Mariserra iniciou atividade numa altura boa, a Páscoa, e seguiram-se momentos ainda melhores: o Rally e as Festas do Senhor Santo Cristo. A verdade é que o Mariserra sempre possuiu uma notoriedade muito grande e a sua qualidade já é reconhecida por todos os Açores e continente. Por isso, o nosso entrevistado confidenciou que o seu maior desafio é “não estragar o que já está feito, porque nome e credibilidade este restaurante já tem”. O verão prevê-se com muito trabalho e muitos são os emigrantes (açorianos que
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Os sabores do mar na ementa As especialidades da casa são o peixe e o marisco. Manteve-se da antiga carta o arroz de marisco, o arroz de tomate com berbigão, o arroz de tamboril com gambas e acrescentou-se o marisco vivo que poderá ser escolhido pelos clientes para serem cozinhados na hora: “Também introduzimos alguns outros pratos como a espetada de lulas com gambas e a cataplana de bacalhau com grelos e gambas, por exemplo, que são dois dos pratos com melhor aceitação no restaurante”, confidenciou-nos Paulo Juromito. O novo Mariserra iniciou atividade há dois meses e meio com doze funcionários e, atualmente, conta já com dezoito. No entanto, a tarefa de recrutar bons colaboradores não se mostra fácil para o proprietário do Mariserra: “Não é fácil recru-
tar porque há muita gente sem trabalhar, mas que não quer trabalho, quer um emprego, e nós aqui temos é muito trabalho. Aqui pede-se responsabilidade, depois o resto vamos ensinando. A simpatia e a disponibilidade são, claro, características muito importantes”, referiu. A localização e a qualidade da matéria-prima são os segredos do sucesso desta casa: “Temos uma vista-mar fantástica e juntando a isso uma boa cozinha só pode resultar em sucesso”. Mas, para melhor acompanhar e servir os seus clientes, o Marissera irá ter uma nova decoração em breve: “mais familiar e requintada”, para que novos clientes e clientes habituais se sintam ainda mais confortáveis num ambiente ainda mais acolhedor. Em final de conversa, ficou o desejo: “Queremos manter a qualidade diariamente para que o cliente queira cá voltar e o nome Mariserra passe de boca em boca”. O restaurante Mariserra permite desfrutar de uma refeição de qualidade, servida com extrema simpatia e alegria e com matéria-prima extremamente fresca, todos os dias das 12h às 23h (exceto à quarta-feira). Por isso, caro leitor, sinta-se convidado a experienciar e a degustar as especialidades desta casa.
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MAIOR GRUPO HOTELEIRO MULTINACIONAL PORTUGUÊS HOTEL PESTANA Uma Sociedade de Turismo da Madeira que tinha interesses na indústria e nos Serviços tornou-se num dos gigantes portugueses de hotelaria, como? O Pestana Hotel Group é o maior grupo hoteleiro multinacional de origem portuguesa, uma multinacional de sucesso, com presença internacional em mais de 15 países. Fundado na Madeira há quase 45 anos pela família Pestana, ainda hoje a atual e única família acionista, está presente em 4 continentes, com resultados de enorme sustentabilidade financeira desde sempre. A Madeira foi o berço, a escola, a base, a inspiração do Grupo. O Grupo cresceu para o continente e para fora de Portugal, reduzindo a sua dependência aos ciclos económicos dos países e às políticas monetárias, todas têm altos e baixos. No início, o ‘core business’ eram os resorts e o turismo de lazer. Detínhamos hotéis na Madeira e depois no Algarve. Só passados 10 anos, a aposta foi em Lisboa. Os resorts estão muito limitados em termos de segmentos de mercado e era urgente, para ganhar escala, complementar e construir hotéis de cidade: assim chegámos às grandes cidades europeias, Londres, Barcelona e Berlim. África, onde Dionísio Pestana tem também raízes, uma vez que cresceu na África do Sul, foi o primeiro destino da internacionalização em 1998, com 3 unidades em Moçambique, dando início a uma nova fase na expansão do grupo. Seguiu-se a conquista da América do Sul, com um primeiro hotel no Rio de Janeiro, no Brasil, a que se seguiram outros no país. Venezuela, Argentina e Cuba foram os destinos seguintes. Miami, já em 2013, marcou o início do crescimento na América do Norte. A par do crescimento internacional o grupo manteve a aposta na consolidação da liderança nacional. Em 2003 ganhou a gestão da rede Pousadas de Portugal na sequência da privatização da marca, que acaba de anunciar um novo hotel em Vila Real de Santo António, no Algarve, na fronteira com Espanha, prova do investimento sustentado do grupo nesta região. Mais importante do que saber como foi este crescimento, qual a razão que levou o Grupo Pestana a ‘especializar-se’ só no turismo? Acima de tudo porque esse é e sempre foi o nosso core business. A ‘César o que é de César’ – é o que sabemos fazer melhor que ninguém e é aí que queremos investir e se canalizarmos todos os nossos esforços para aqui, as sinergias e efeitos de escala acontecem, como têm acontecido. Mais tarde conquistaram outro arquipélago, porquê os Açores? E como foi esta ‘chegada’? O que tem a dizer do Pestana Bahia Praia em especial? Sobre os Açores em concreto, já tínhamos chegado ao arquipélago há alguns anos através da marca Pousadas de Portugal; o Pestana Hotel Group aumentou o seu portfólio com uma uni44 | PORTUGAL EM DESTAQUE
PAULO PRADA dade Pestana Hotels & Resorts, o Pestana Bahia Praia – Nature and Beach Resort, adquirido no final de 2014, tendo-se concluído uma renovação profunda em Maio do ano passado. O Pestana Hotel Group apostou no rejuvenescimento de uma unidade hoteleira de referência em São Miguel, numa localização invejável, onde para além dos amplos e renovados quartos, oferece aos clientes um serviço diferenciado, de qualidade compatível com a excelência do destino turístico onde se insere. Situado em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, o Pestana Bahia Praia fica a cerca de 15 minutos do aeroporto internacional de Ponta Delgada, com entrada direta para a Praia de Água D’Alto. O hotel dispõe de 102 quartos (dos quais 85 são suites júnior e 5 suites sénior), todos com uma vista magnífica, em simultâneo, para mar, praia e montanha. Coloca à disposição dos hóspedes inúmeras facilidades, igualmente profundamente remodeladas: restaurantes, bares, piscina, salas de conferência, salas de jogos, biblioteca/sala de leitura, campos de ténis, jardins e ainda espaços para banquetes. Conta ainda com um novo spa que inclui banho turco, sauna, massagem, ginásio e piscina própria e com um novo restaurante de autor que irá apostar na cozinha regional reinventada. É este o grande fator diferenciador de outros grupos hoteleiros? O que torna o Grupo Pestana no maior grupo Português no setor do turismo? Atualmente, o Pestana Hotel Group tem mais de 11.000 quartos em 90 unidades espalhadas pelo mundo, com ofertas e produtos diferenciados. Entre as suas quatro marcas de hotelaria, Pestana Hotels & Resorts, Pestana Collection Hotels, Pousadas de Portugal e mais recentemente, Pestana CR7 Lifestyle Hotels, o grupo tem uma oferta alargada desde hotéis históricos situados em verdadeiros palácios e castelos, a resorts de sonho em praias paradisíacas ou agradáveis hotéis de cidade e negócios. E para todas as faixas etárias, dos millenials aos young adults, famílias, golden age, etc. No DNA do Grupo o critério foi sempre escolher as melhores localizações para os seus hotéis aliado a um staff que tem como única missão garantir que os hóspedes tenham ‘the time of their lives’. O mote de treino do staff é explicar a todos os colaboradores Pestana que aquilo que de mais valioso o hóspede traz é o seu tempo (que nos confiou e é muito mais precioso que o dinheiro que pagará pela estadia) e por isso o staff Pestana é treinado a ser Time Guardian! Entre 4, 5 estrelas e luxo, todas as unidades partilham os mais elevados padrões de qualidade, que primam pelo bem-estar e serviço de excelência e com enorme preocupação na formação dos colaboradores. Destinos urbanos e cosmopolitas, autênticas viagens no tempo, praias que convidam ao descanso total a dois ou em família, são apenas alguns dos muitos argumentos das unidades hoteleiras do Grupo Pestana que têm tido como prova da sua excelência os resultados
que apresentam, que são no fundo o reconhecimento do público em geral. Em média o Pestana Hotel tem 90 por cento de nível de satisfação dado pelos seus clientes. Porquê o compromisso com a sustentabilidade? E em que consiste exatamente o Planet Guest? As origens do Pestana Hotel Group estão numa Ilha. Algo que para muitos seria uma adversidade (desenvolver uma atividade económica num local perdido no meio do Atlântico), para nós foi um estímulo e um desafio. Desde o primeiro momento percebemos que os três pilares do desenvolvimento sustentável faziam ainda mais sentido: ambientalmente, porque o espaço terrestre é limitado; socialmente, porque o isolamento e o convívio permanente não nos permitem fechar os olhos aos problemas dos outros; economicamente, porque a distância e os difíceis acessos obrigam a procurar novas e inovadoras formas de impulsionar o nosso negócio. Se a tudo isto associarmos o facto do nosso core business ser o turismo, maior importância damos a questões relacionadas com sustentabilidade. Temos sempre presente o facto de esta ser uma atividade que não é deslocalizável (dificilmente desmontamos um hotel numa praia para transferi-lo para a montanha), vive do seu entorno (o meio envolvente é primordial na atividade hoteleira) e constitui um investimento de longo prazo (o retorno no investimento hoteleiro não é imediato e depende de uma série de fatores externos). O programa PLANET GUEST, Pestana Sustainability Program é um programa de Sustentabilidade específico, lançado em 2009. É um conceito agregador que transmite a posição do Pestana Hotel Group como uma organização e um coletivo de pessoas que respeita e valoriza o ambiente, a sociedade e a ética corporativa. A assinatura ‘Somos apenas hóspedes do Planeta’ traduz o nosso
profundo respeito pelo Planeta e a consciência que a valorização dos recursos naturais é determinante para o futuro do nosso negócio. Para além da dimensão ambiental, o PLANET GUEST contempla ainda o pilar social onde se incluem relações e atividades de apoio às comunidades locais e a promoção da educação e cultura. Há algum projeto em que o Grupo Pestana esteja envolvido neste momento? Vamos assistir a uma nova conquista? Quais são os projetos para o futuro? Depois de um ano com cinco aberturas: Pestana CR7 Funchal e Lisboa, Pestana Bahia Praia, Pestana Ilha Dourada no Porto Santo e o Pestana Algarve Race, em 2017 o Pestana Hotel Group continuará o longo trabalho iniciado há mais de 44 anos, com a recente abertura de uma nova unidade na Madeira, o Pestana Royal Premium All Inclusive Ocean & SPA Resort e o lançamento de uma nova Pousada em Vila Real de Santo António, no Algarve. Chegou agora à 5ª e última fase o projeto Pestana Tróia, um eco-resort único em plena reserva ecológica, que tem sido um caso de sucesso desde o seu lançamento. Internacionalmente continuamos a estratégia de crescer, entre outros, nas principais cidades europeias e com o início da construção do nosso primeiro hotel em Amesterdão, Holanda, que inclui a recuperação de um emblemático edifício histórico. Ao longo do ano/ tempo esperamos ainda concretizar outros projetos em estudo. Nos próximos dois anos o grupo ultrapassará os 100 hotéis. Em curso estão inúmeros projetos como Amsterdão, Nova Iorque, New Jersey, Madrid a par com inúmeros nacionais também como Tróia, Algarve e alguns outros que deixamos para o bom momento da revelação.
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PARA PERCORRER OS AÇORES DE FIO A PAVIO ANC AZORES HOLIDAYSRENT A CAR
Começaram em 2007, porquê? O que motivou o início do projeto? Porquê os Açores? Quem são as pessoas que constituem a empresa? O início da nossa aposta no turismo passou por acreditar no potencial no destino Açores, como um turismo sustentado e com uma particularidade de um destino verde e diferenciado. Iniciamos com a atividade de aluguer de bicicletas e de passeios guiados de Moto4, apostamos nesta variante por termos a base do negócio da comercialização de motociclos e tivemos a visão de encontrar nos seus alugueres a forma de acrescentar valor ao nosso grupo de empresas ANC. Neste momento, após a abertura do espaço aéreo a RAA entendeu alterar a base da economia local, muito dependente da lavoura, para o turismo assim fez nos acreditar mais e ter mais certezas no investimento neste setor. A nossa aposta do nosso grupo ANC Azores Holidays.pt incidiu-se em três vertentes distintas, no aluguer com a nossa rent a car, rent a moto e Moto4, alugueres de bicicleta, motos de água e das nossas autocaravanas; na vertente de animação turística com os nossos passeios guiados de buggys, moto4, Jeep, passeios pedestres e de um conjunto de atividades como o rappel e o kayaking; na vertente de marítimo turística os nossos passeios panorâmicos de barco e o Whale Whaching como atividade de nossas parcerias locais. O que gostariam de dizer para a população visitar mais os Açores? Os Açores estão na moda, pelo ser cada vez um dos lugares como mais premiados e procurado como um destino paisagístico verde e acima de tudo seguro. Aconselho a desfrutar dos nossos passeios guiados de moto4 e de buggy como também o aluguer das nossas autocaravanas como a melhor forma de sentir a essência deste nosso ‘jardim’.
Como têm sido estes anos? Quais as nacionalidades que procuram mais os vossos serviços? É aconselhado para famílias – Porquê? Quais os serviços mais procurados – Porquê? Os Açores estão numa fase de crescimento e de afirmação no turismo global, estamos no bom caminho, não devemos inventar muito para não erramos em exagero, mas o ponto fundamental na minha opinião devemos e necessitamos de investir na formação, até mesmo importarmos esta formação, a boa disciplina no melhoramento dos nossos serviços na minha opinião é onde devemos investir mais e melhor. O nossos clientes são bem diversos, devido à nossa localização geográfica no meio de dois continentes e com bastante ligação cultural devido à imigração aos Estados Unidos e a aproximação
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à Europa, estes são os nossos dois maiores mercados. A nossa rent a car por ser uma frota vasta e recente, apresentamos um serviço mais personalizado e diferenciado. Estamos presentes fortemente nas redes sociais e apresentamos um contrato sem surpresas a um preço competitivo todo o ano. Não são o único player neste sector. O que vos torna exclusivos para além da variedade de serviços que têm disponíveis? Há algum em especial que queiram destacar? Está é a nossa exclusividade a diversidade, somos um único player no mercado com a capacidade de apresentar uma oferta bastante alargada e com um conjunto de serviços próprios de grande qualidade. Somos uma equipa jovem, sabemos o que queremos é para onde pretendemos ir, sempre com um sentido de melhorar e ir ao encontro daquilo que o cliente procura. Sabendo sempre que este sector é cada vez mais exigente e competitivo. Atualmente estão a preparar algum serviço ou atividade? A médio/longo prazo quais são os planos da empresa? Como empresário atento vamos apresentar a nossa agência de viagens com serviços de oferta em pacote que inclui estadia e voo, obviamente acumulando todos os nossos serviços, nós somos o saber receber e o dar a conhecer.
ALENTEJO Conheça o Alentejo. Marcado pela natureza e pelo património, pela terra imensa, pelas fabulosas praias atlânticas, pela tradição e o gosto de bem receber, o Alentejo oferece história, aventura e experiências inesquecíveis a quem o visita. Quase três mil horas de sol por ano para desfrutar sem limites. Conheça os vestígios de diferentes civilizações e culturas que por aqui passaram. Dos castelos, igrejas e conventos. Dos heróis medievais e suas histórias. Do esplendor dos palácios do Renascimento e do barroco nas talhas douradas e azulejos. O Alentejo preservado. Diverso e belo, com uma imensa paisagem natural que se estende da planície - com o montado e as vinhas - às agrestes serras fronteiriças suavizadas pela tranquilidade da estepe, contornando o litoral, com os seus magníficos areais, e seguindo o curso dos seus rios e ribeiras até às barragens e albufeiras. O Alentejo dos sentidos. Com uma extraordinária gastronomia, plena de sabores, temperada com o mais puro azeite e rica em ervas aromáticas. De mil receitas de sopa, suculentas carnes, queijos, doces tradicionais e conventuais, e todo o prazer de um fantástico vinho da região. O Alentejo é alegria, é sol, é divertimento, é mar, é tempo. Sinta o Alentejo em toda a sua plenitude. Aconchegante, surpreendente e divertido. O Alentejo é sinónimo de dias bem passados. Na imensidão da paisagem, há recantos e detalhes à espera de serem descobertos. À sua espera!
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ENVOLVÊNCIA E DINÂMICA EM PROL DA COMUNIDADE Uma vila de casas brancas, decoradas com uma faixa de cor viva, pessoas sempre sorridentes, prestáveis e humildes, dando frutos numa hospitalidade impar de quem cá vive. A Vila do Redondo é lar de antas de tempos antigos e campos sem fim cobertos por tapetes de flores. MUNICÍPIO DE REDONDO
ANTÓNIO RECTO Aqui, sobre o sol abrasador do verão, as calmas ruas enchem-se de magia, num frenesim de cor e rebuliço. E os cheiros, tão característicos e sensoriais, são uma montra da cultura servida à mesa, onde o mel, os enchidos e os vinhos alentejanos conquistam quem por bem os degusta. Sejam bem-vindos ao Redondo. Turismo Vila instalada na planície, mas com uma forte influência da Serra da Ossa, destaca-se pelas inúmeras vertentes turísticas que agraciam quem a visita. Com percursos pedestres até 20 quilómetros, a Serra da Ossa é o principal destaque do turismo de natureza na região. Ponto de passagem obrigatório para todos os caminhantes na região, devido à sua flora e fauna características, é lar de vários empreendimentos turísticos, entre os quais o Hotel Convento de São Paulo, antigo convento da ordem paulista, que nos dias de hoje acolhe de forma magnânima quem procura um santuário de repouso e contacto com a natureza. As Ruas Floridas são um evento bienal de base popular e pólo central de todas as atenções no turismo cultural. Fruto de uma tradição que remonta ao século XIX, 52 | PORTUGAL EM DESTAQUE
consiste na decoração das ruas da vila de Redondo com flores e outros objectos elaborados em papel colorido. Este ano, pela primeira vez, e de forma a promover esta festa, foi criada uma rua móvel que conta já com mais de 4 mil quilómetros percorridos. Este ano, de 29 de julho a 6 de agosto são esperadas cerca de 500 a 600 mil pessoas, durante os nove dias de festa. Existe, ainda, no Redondo, de uma forma abrangente uma tradição gastronómica, oleira e vinícola, muito forte e característica de todo o Alentejo. Segundo os locais, o Redondo é um concelho onde se respira arte, das mais variadas formas. Com sete olarias e quatro marceneiros a laborar nos dias de hoje, encontramos um pouco por toda a região, peças repletas de arte e saber tradicional. Com doze produtores e dez adegas, a influência social e cultural da indústria vitivinícola é inegável. Cultura e Educação Com um programa cultural permanente e eclético e um Centro Cultural de referência na região, a vila do Redondo é atualmente um pilar no setor da cultura no Alentejo. É, à data, a quinta localidade portuguesa que mais investe na cultura
per capita. Este trabalho de fundo atrai inúmeros espetadores de fora do concelho. Um forte investimento que dota a comunidade de ferramentas únicas e que trás frutos e retorno económico. Existe uma presença forte de grupos artísticos em Redondo. Grupos de cante, trovadores, corais e etnográficos, evoluem num território onde a fronteira entre o ‘cante’ e as ‘saias’ se fundem em perfeita harmonia. Duas Filarmónicas com escolas de música a perpetuar a continuidade, mais de uma centena de músicos com uma média de idades extremamente baixa, são com certeza investimentos culturais que permitem preservar as heranças históricas e consolidar a identidade e o gosto por esta terra. Ao nível escolar, existem dois centros que respondem cabalmente às necessidades da comunidade estudantil local. Um na freguesia de Montoito e outro na sede de concelho. Transporte garantido para todas as crianças, apoios nos manuais escolares, ofertas curriculares suportadas pelo Municipio, atividades nos períodos de interrupção letivas
gratuitas, são apostas nas famílias que escolhem Redondo para residir. A ‘Academia de Afetos’, é o chapéu agregador de várias valências destinadas à comunidade sénior e não só, entre elas a ‘Dinâmica Sénior’, o ‘Viver com Saúde’, a ‘Música Viva’, as Bibliotecas de Redondo e Montoito, e o Serviço Itinerante das mesmas, bem como o Serviço Educativo do Museus e o Gabinete de Ação Social, são polos municipais dedicados a criar condições de valorização da população, permitindo-lhes acrescentar vida aos dias e potenciando os encontros geracionais. Ao nível desportivo, o Município numa pareceria bem-sucedida com os clubes do concelho, garante-lhes a sustentabilidade económica, permitindo que a oferta nos escalões de formação, chegue sem custos às famílias.
de continuidade a par dos inúmeros contactos com investidores que o Município promove para esta área. Questões sociais A principal preocupação do mandato do executivo liderado por António Recto,
além de todos os esforços para garantir uma qualidade de vida de excelência a todos os residentes no concelho do Redondo, existe uma série de medidas inovadoras no nosso país, que merecem realce. Todos os equipamentos sociais são gratuitos para todos os jovens até aos 13 anos, bem como para pensionistas e idosos. Para os mais idosos e pensionistas existe, ainda, um cartão municipal, que atribui, para além das entradas e regalias, comparticipação nas medicações, até 150 euros anuais, isenção nas tarifas de águas, lixo e taxas urbanísticas, bem como uma comparticipação em questões médicas, nomeadamente lentes, próteses e consultas da especialidade. Ainda não conhece o Redondo? Permita-se apaixonar por este oásis de tranquilidade e venha conhecer uma terra histórica e de belos encantos, bem no coração do Alentejo.
Investimento e políticas urbanísticas Se o investimento resulta em boa parte das políticas dos governos centrais e da capacidade empreendedora das populações e investidores, cabe naturalmente ao Município de Redondo garantir dentro das suas competências e capacidades criar condições de atratividade para um território de baixa densidade e no interior do país. De entre algumas das medidas nestas áreas os terrenos de construção para atividades de investimento a preços simbólicos, a isenção de derrama e das taxas urbanísticas, a criação de um centro de apoio a pequenas e micro empresas com a disponibilidade de um gabinete de apoio para o desenvolvimento económico. O investimento na ARU de Redondo e Montoito, permitindo mobilidades e potenciando na recuperação de imoveis e património, a criação de polos de atratividade turística no concelho para melhoria dos tempos de permanência de turistas. As excelentes condições viárias e caminhos agrícolas, a desburocratização nos limites das competências e no respeito pela legislação e legalidade, permitindo á empresas agilizar os investimentos que são presentes ao Municipio, são apostas PORTUGAL EM DESTAQUE | 53
EXECUTIVO ATIVO NUMA FREGUESIA HISTÓRICA Vila do distrito de Évora, sede de concelho e de comarca, está situada em sítio plano, a 317 metros de altitude, nas abas da Serra d’Ossa. A zona que hoje compreende o concelho de Redondo foi habitada desde os tempos mais remotos, como o comprovam os numerosos monumentos megalíticos existentes na região. António Carriço é o atual presidente da Junta de Freguesia de Redondo e foi com ele que a Portugal em Destaque esteve à conversa por forma a conhecer o que nela tem sido feito nos últimos anos e o que ela tem para oferecer a quem a quiser visitar. Essas informações seguem em seguida. JUNTA DE FREGUESIA DE REDONDO
ANTÓNIO CARRIÇO A freguesia de Redondo é constituída pelas seguintes povoações: Redondo, Foros da Fonte Seca, Vinhas, Freixo, Santa Susana e Aldeia da Serra. A população do concelho é de cerca de seis mil habitantes e a vinha é, desde o início do séc. XX, um dos fatores de maior importância para os agricultores do concelho. Os inúmeros prémios obtidos em certames internacionais confirmam a qualidade dos vinhos da região tornando-os num dos seus produtos mais famosos. A Olaria desta zona tipicamente portuguesa, com o seu toque precioso de arte popular, é reconhecida e apreciada em todo o país, concedendo a Redondo o título de vila das Olarias Populares. Esta é uma das maiores freguesias do país e muitos têm sido os projetos desenvol-
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vidos nos últimos anos. António Carriço encontra-se à frente do executivo desde 2005, estando, portanto, a desenvolver, atualmente, o seu último mandato. Fá-lo de consciência tranquila e orgulhoso do trabalho desenvolvido por si e pelo restante executivo que o acompanhou nesta jornada. Há menos de um ano mudaram de instalações e, por isso, agora a Junta de Freguesia encontra-se num local com melhores acessibilidades. A par disso, e visto que se trata de uma freguesia com três cemitérios (algo atípico no nosso país), grande parte das obras levadas a cabo por esta Junta prende-se com a manutenção destes espaços: “Conseguimos meter água em todos os cemitérios que era uma necessidade muito grande para a freguesia tendo em conta que estes se encontram bastante distantes da população. Também concluímos o arranjo da estrada do cemitério do Freixo”, enumerou o nosso entrevistado. A nível social destaca-se o apoio, prestado por esta Junta de Freguesia, aos seus jovens estudantes universitários com o pagamento de bolsas de estudos. “Redondo está sempre em festa”, afirmou o presidente António Carriço. Esta realidade acontece devido ao forte dinamismo associativo por aqui vivido, forças-vivas que são apoiadas, também, pela Junta de Freguesia de Redondo. Um destino cada vez mais turístico A nível turístico existem diversas potencialidades que têm sido desenvolvidas
devido à cada vez maior afluência de visitantes a esta região. As Ruas Floridas (As principais festas de Redondo) – Acontecem de dois em dois anos quando as ruas da vila de Redondo são decoradas pelos moradores com flores de papel. Crianças, homens e mulheres, durante muitos serões, criam em gestos de quem sabe fazer, com gosto, coisas bonitas, delicadas, na forma efémera que o papel consente – são um chamariz. A juntar a isto conta-se, ainda, o artesanato e a saborosa gastronomia. Em final de conversa (e de mandato) fica o sentimento de dever cumprido: “Não é por acaso que as pessoas lamentam o facto de eu já não me poder candidatar. As pessoas sentem-se apoiadas por mim e pelo meu executivo, já me conhecem e confiam em mim”, finalizou António Carriço.
A MESCLA PERFEITA ENTRE HISTÓRIA E AMBIÇÃO No concelho do Redondo, no distrito de Évora, encontra-se uma das mais históricas e aprazíveis freguesias da região. A freguesia de Montoito, presidida por Henrique Pereira, é uma mescla de área rural, monumentos religiosos, turísticos e gastronomia de excelência. JUNTA DE FREGUESIA DE MONTOITO
HENRIQUE PEREIRA Com uma área geográfica de 61,81 km² de área e 1 268 habitantes, possui diversos elementos de interesse que não podem deixar de visitar. A igreja matriz de Nossa Senhora da Assunção, situada no extremo sul da localidade; a igreja do Espírito Santo, localizada no centro da povoação; o antigo Castelo Real de Montoito, também conhecido por Castelo de Valongo e toda a sua envolvência paisagística rural são polos de atracção turística de relevo. É importante referenciar que Montoito é um aglomerado muito característico da região, que apresenta longas ban-
das de construções de um piso, formando planos contínuos ao longo dos arruamentos e que mantém uma considerável importância no sul do concelho. Nos últimos anos tem-se assistido ao crescimento da sua periferia, seguindo um padrão semelhante ao de Redondo. Na vertente histórica, o destaque é naturalmente o facto de esta freguesia ter sido fundada em 1270 e ter sido sede de concelho entre 1517 e o início do século XIX. Era constituído por apenas uma freguesia e em 1801, segundo dados históricos, tinha 704 habitantes. Os 500 anos deste mesmo foral Manuelino de Montoito foram assinalados com uma Feira Quinhentista, recriando uma feira de época, no mês de Maio. A cerimónia de inauguração ficou marcada por um cortejo nas ruas da freguesia, com a participação de dezenas de cidadãos locais, de todas as idades. Devido a uma envolvência arquitectónica ideal para este feito, não só esta primeira edição foi um sucesso, como será um certame com continuidade obrigatória. Deixe-se seduzir por um paraíso único do nosso país, e venha conhecer a Freguesia de Montoito. O orgulho do Redondo.
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HISTÓRIA, CULTURA, PATRIMÓNIO EM PLENA HARMONIA A Freguesia de Reguengos de Monsaraz é uma das quatro freguesias do concelho de Reguengos de Monsaraz. É constituída por três localidades - Reguengos de Monsaraz (cidade), Perolivas (aldeia) e Caridade (aldeia) e a sua Junta de Freguesia tem-se destacado pela aposta nas vertentes social e cultural. JUNTA DE FREGUESIA DE REGUENGOS DE MONSARAZ e na dinamização das associações culturais e recreativas, a freguesia de Reguengos de Monsaraz tem-se afirmado como pilar numa dinamização local diversificada e transversal a todas as faixas etárias. Entre as inúmeras atividades desenvolvidas, destacam-se o projeto “O que eu era e o que eu sou” (direcionado à população sénior das aldeias de Perolivas e Caridade – combate ao isolamento social), a organização de passeios para seniores a locais de interesse nacional, o projeto ‘Há Música no Lar’ (concertos nos lares de idosos da freguesia), a oferta do “Kit Recém-Nascido” (produtos de puericultura – parceria com as farmácias locais) aos bebés, a concretização do ‘Projeto Sociedade do Bem’ na Escola Básica nº. 2 de Reguengos de Monsaraz (programa de desenvolvimento emocional e social), a ação ‘Jovens Reguenguenses pelo Mundo’ (seminários dinamizados por jovens reguenguenses que vivem foram do país), a parceria com a Santa Casa da Misericórdia da Reguengos de Monsaraz no âmbito do Banco Alimentar Contra a Fome e do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (enriquecimento dos cabazes), a organização de dias dedicados à promoção da saúde, em
ÉLIA QUINTAS Com cerca de 7.200 habitantes, num espaço geográfico de 101,68 km² de área, é sede do concelho homónimo e a sua fundação data de 1752. Repleta de património histórico e cultural, destacam-se neste âmbito a Igreja Matriz de Santo António, as Ermidas de Nossa Senhora da Caridade (Caridade) e de Nossa Senhora dos Remédios (Reguengos de Monsaraz), os Arquivo, Auditório, Biblioteca (Palácio Rojão) e Mercado Municipais, o Busto de Bronze de Manuel Augusto Mendes Papança, a Fábrica Alentejana de Lanifícios – Mizette Nielsen, a Praça de Santo António e a Praça de Touros José Mestre Batista. Também o megalitismo marca forte presença neste território, muito bem representado pelo Museu Megalítico José Maria da Fonseca, a Torre do Esporão e o Museu Arqueológico dos Perdigões. A presença de inúmeros vestígios desta natureza, que demonstram a ocupação desta região desde tempos remotos, a proximidade ao maior Lago Artificial da Europa – o Alqueva, o artesanato e os prestigiantes vinhos, trabalho de produtores de excelência como a Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz (CARMIM), a Herdade do Esporão, o Monte dos Perdigões e as Adegas do Calisto e José Maria da Fonseca fazem de Reguengos de Monsaraz um centro de enorme interesse turístico, com significativo desenvolvimento nos últimos anos. Para este crescimento sustentado, e ímpar na realidade do Alentejo, tem contribuído o trabalho realizado pelo executivo liderado por Élia Quintas. Com um forte investimento na cultura 56 | PORTUGAL EM DESTAQUE
parceria com a Unidade de Cuidados na Comunidade do Centro de Saúde de Reguengos, e a integração, enquanto entidade promotora, do Banco de Equipamentos de Apoio concelhio. A junta de freguesia é também parceira da Câmara Municipal, entre outras atividades, na organização das Festas da cidade – Festas de Santo António (feriado municipal 13 de junho), na organização da Exporeg – Exposição de Atividades Económicas, Exposição de Pecuária e Mostra de Artesanato (25º edição em 2017) e no projeto ‘Seniores a Mexer’ – projeto de intervenção comunitária nas áreas da atividade física, psicomotricidade, psicologia e nutrição. Um dos principais atrativos turísticos deste território é o mercado do enoturismo. Uma freguesia que abraça de forma bem vincada a tradição da vinha e do vinho, e que em colaboração com Câmara Municipal tem potenciado este mercado, em franco crescimento no território nacional e internacional. A eleição de Reguengos de Monsaraz a Capital Europeia do Vinho 2015 representou para o mercado em questão uma alavanca importante no que respeita à promoção dos seus vinhos e produtores. Este título enriqueceu a freguesia e o concelho internamente e potenciou-os externamente. Os agentes turísticos, em todas as áreas (hotelaria, restauração, enoturismo...) fizeram formação, cresceram profissionalmente, relacionaram-se entre si e promoveram ao nossa cultura - gastronómica, vinícola, astroturística, de natureza e de cante. Esta rótulo impulsionou o crescimento interior, tornou o território coletivamente melhor a receber e a autopromover-se, ganhou consciência coletiva e reforçou a sua posição no mapa do Alentejo, de Portugal, da Europa e até do Mundo. É fundamental, igualmente, destacar a importância do empreendimento do Alqueva na dinâmica económica e turística desta peculiar região. Este ponto de atração único tem dinamiza-
do a afluência de turistas. A Barragem do Alqueva é hoje a maior reserva de água do país. A capacidade de produção elétrica começou por ser de 260MW e quase duplicou em 2012 - 520MW. Além de criar novas possibilidades de desenvolvimento turístico e otimizar as já existentes, a albufeira permitiu alavancar um projeto que será uma mais valia para o setor agrícola – Sistema Global de Rega de Alqueva. Em fase de execução, o projeto prevê-se concluído já no ano de 2018. Num total de 120 000 hectares de área beneficiada, o bloco de rega de Reguengos de Monsaraz corresponde a cerca de 4000 hectares e é com isso que os empresários agrícolas locais contarão. Por todos estes motivos de salutar, a freguesia Reguengos de Monsaraz tem sido selecionada por jovens, e menos jovens, com o intuito de residir num território que é a conjugação perfeita entre a natureza e a modernidade, com oferta diversificada e serviços de excelência. Numa freguesia com a pirâmide etária tendencialmente invertida, muito característica desta região, este é um dos dados que Élia Quintas e o restante executivo deste mandato objetivam contrariar, criando políticas e ações de proximidade suficientemente atrativas e consistentes à fixação das pessoas.
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A TERCEIRA MAIOR FREGUESIA DE PORTUGAL No eixo geográfico entre Lisboa e Espanha, nó central das vias que ligam o centro e o sul do país, Montemor-o-Novo é uma das terras mais atravessadas e menos conhecidas de Portugal. E é lá que situa a terceira maior freguesia, a nível territorial, do nosso país. É tempo de a descobrir a União de Freguesias de Nossa Senhora da Vila, Nossa Senhora do Bispo e Silveiras. UNIÃO DE FREGUESIAS DE NOSSA SENHORA DA VILA, NOSSA SENHORA DO BISPO E SILVEIRAS
ANTÓNIO DANADO
Localizada na envolvência da insuspeita cidade que se esconde para lá da avenida dos cafés e restaurantes e, também, a beleza do campo que a envolve, complementa e estende, esta região não surpreende apenas pelo inesperado. O seu encanto nasce da simplicidade com que o presente se sente, da força do passado que evoca, da beleza que nos apaixona ao primeira olhar. Marcada, distintamente, pela força ancestral das ordens religiosas e da nobreza agrária, expressa em belas casas senhoriais setecentistas, em múltiplos conventos (alguns restaurados para novas funções), em igrejas que associam portais manuelinos, ricos altares barrocos e inesquecíveis frescos e azulejas, a memória destes tempos convive serenamente com o presente e integra-se nele como as casas humildes de quem teve destino mais constante. É neste quadro pitoresco que António Danado, e o seu executivo, assumiram a responsabilidade de potenciar o recurso humano imenso que se estende pelos 419 km2 de área geográfica que delimita esta união. São cerca de 11 mil e 600 residentes, num universo de nove mil e 600 eleitores. E um amor sem igual a esta terra tão nobre. Num retrato fiel, este é sem dúvida um dos traços mais marcantes desta região. Com 87 instituições sem fins lucrativos na freguesia, António Danado é o responsável pela tutela e apoio 58 | PORTUGAL EM DESTAQUE
do grosso do movimento associativo de Montemor. Fruto deste trabalho e parceria, e num reconhecimento solene da importância de todos os quantos procuram diariamente colaborar para o bem-estar desta comunidade, surgiu o projeto de uma casa de apoio ao movimento associativo. Aproveitando a sede da junta de Nossa Senhora do Bispo, a freguesia ofereceu condições únicas as associações locais, um investimento num compromisso com a população. Esta sinergia de forças é matriz das políticas do executivo e resulta em diversos projetos e programas de formação e dinamização da comunidade, nas mais diversas áreas de influência desta União de Freguesias: Lembrar Abril: Projeto criado no âmbito das celebrações dos 40 anos da Revolução dos Cravos. Destinado ao 4º ano de escolaridade, tem como base um jogo da glória temático, que visa educar os alunos com retratos da sociedade antes e após 25 de Abril. Com uma final nas respetivas turmas e uma finalíssima num espaço público designado pela freguesia, este projeto é uma forma lúdica de preservar os valores de abril e consciencializar as crianças de hoje para os direitos adquiridos neste marco histórico. O projeto incluiu, ainda, a declamação de poemas pelas crianças, a pintura de grafitis pelas crianças (acompanhada por um artista profissional) e a exposição dos mesmos em lugar publico, junto à Biblioteca Municipal. Esta atividade inclui ainda uma visita ao Forte Prisão de Peniche. Cada criança um Rei: Dinamizada inicialmente pela associação de pais da escola nº2 e alargada posteriormente a toda a comunidade escolar, este projeto visa a recolha de brinquedos, roupas e livros para serem distribuídos pela Cercimor às crianças mais necessitadas. Essa distribuição é feita precisamente no dia de Reis. Por Aqui Há Natal: Conceito criado pela associação Ficha Tripla, consiste num catálogo de promoção da oferta do comércio local, com o intuito de o dinamizar. Em parceria com os bombeiros, a união de freguesias organiza uma visita do Pai Natal à população, efectuando um percurso pelas zonas mais comerciais através de um carro de bombeiros vintage. Durante o ano promovem, ainda, diversas ações de formação e workshops - nomeadamente vitrinismo, concursos de montras, atividades de rua, lançamento de catálogo de produtos para o início do ano letivo, entre outros, tendo culminado, nos últimos dois anos com um Protocolo mais abrangente, envolvendo o Município de Montemor-o-Novo e a Associação Comercial do Distrito de Évora a que designámos ‘Protocolo Local’ Festival Contracorrente: Projeto estruturante nas atividades dedicadas aos jovens que visa criar uma plataforma de convívio e troca de conhecimento entre os mais jovens. Inserido no ciclo da primavera, este fim de semana de música, permite não só um forte convívio das faixas etárias mais jovens da região, bem como descentralizar as atividades para a zona da antiga junto à
estação de caminhos-de-ferro, dando uma nova vida à zona da antiga estação da CP de Montemor-o-Novo. O Festival é dinamizado pela Associação de Jovens Make Noise em parceria com a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal. Boletim Anual: Lançado todos os anos durante a Feira da Luz, este projeto inovador visa dotar a comunidade de um meio físico de informação, que permite um prestar contas da actividade anual aos eleitores. Apesar deste fantástico leque de iniciativas e do término do mandato em vigor a curto prazo, o trabalho do executivo não cessa. Estão, atualmente, a finalizar quatro novos acordos de colaboração com o Município. O primeiro visa substituir o telhado de um palco coberto, ao ar livre, na zona das Silveira. O segundo consiste na construção de uma zona de sombreamento na escola básica nº5, para permitir que os alunos possam brincar a sombra. O terceiro prende-se com a transplantação de um parque infantil, de uma escola desativada, para um bairro habitacional, junto à sede da Cooperativa de Habitação Económica. O quarto consiste no fornecimento e substituição da cobertura do pacilhão Multiusos das Fazendas do Cortiço. Além destas obras físicas, existem ainda dois eventos de homenagem que refletem o amor e brio deste executivo. No dia 2 de junho decorreu um jantar de homenagem a todas as associações culturais e recreativas. Já anteriormente, a União de Freguesias tinha levado a cabo uma gala com todos os elementos dos anteriores executivos, eleitos e colaboradores, com o intuito de agraciar e agradecer o trabalho feito. Passado, presente e futuro em sintonia, com o intuito de preservar e promover Montemor-o-Novo. E como é bom viver em Nossa Senhora da Vila, Nossa Senhora do Bispo e Silveiras. Não deixe de visitar.
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UMA VILA A DESCOBRIR No século VIII, tal como em toda a região do Alentejo, esta antiga povoação foi invadida pelos Mouros. Nesse período a palavra (alcáçova) foi uma das que seria introduzida pelos invasores (Al-Qasbah) e que tinha o mesmo significado de uma arquitetura militar localizada numa cota mais alta. Esta conjuntura, reforça mais uma vez a ideia da existência, neste caso, não de uma alcáçova, mas sim de duas alcáçovas, o que provavelmente iria determinar o topónimo final de Alcáçovas. Esta é uma das curiosidades sobre esta vila alentejana, mas muitas mais informações foram acrescentadas pela atual presidente da Junta de Freguesia, Sara Pajote. JUNTA DE FREGUESIA DE ALCÁÇOVAS vistada para esta edição, o que falta em Alcáçovas é uma oferta hoteleira mais económica: um hostel, por exemplo. Os chocalhos e o verão em Alcáçovas Desde tempos imemoriais que na vila de Alcáçovas existe a arte dos chocalhos. Os chocalhos no Alentejo foram sempre expressão gritante de domínio e de exaltação rústica que se casa com a grandeza ambiente. Em Portugal não haverá muitos locais onde se fabricam chocalho e, por isso, esta tradição é já considerada Património da Humanidade. A presidente Sara Pajote aproveitou o momento para divulgar uma nova iniciativa promovida pela sua Junta de Freguesia: “Vamos contratar um jovem licenciado que esteja desempregado e mais dois jovens que não tenham concluído a escolaridade obrigatória e vamos iniciar um projeto de forma a que eles consigam dinamizar as atividades de verão que nós iremos organizar, em conjunto com a Câmara Municipal”. Numa altura em que se encontra a terminar o seu segundo man-
SARA PAJOTE Alcáçovas pertence ao concelho de Viana do Alentejo e apresenta uma excelente localização. Neste momento, encontra-se relativamente perto de tudo: “Rapidamente chegamos a Lisboa, estamos a 30 quilómetros da capital de distrito e para quem nos quiser visitar, no verão, tem as maravilhosas praias da costa alentejana aqui bem perto, como a da Comporta e a de Troia, por exemplo”, começou por explicar. É uma freguesia relativamente pequena em população com pouco mais de 2000 habitantes onde, à semelhança do restante interior do país, existe muita população idosa. No entanto, também existe população jovem que decidiu manter-se pela sua terra natal. De entre as três freguesias que compõem o concelho de Viana do Alentejo, Alcáçovas é a que ocupa a maior parte do território com mais de 200 quilómetros quadrados. Enormes potencialidades turísticas Alcáçovas é uma vila bastante bonita e tem ruas largas que deixam o sol entrar. A visitar contam-se diversos monumentos e património cultural e arquitetónico de onde se destacam: o Paço dos Henriques, a Igreja Matriz do Salvador de Alcáçovas, a Igreja da Misericórdia, as várias Ermidas e o Museu Rural. A juntar a isto temos os vastos espaços verdes e jardins que permitem um passeio longo em contacto com a natureza dentro da própria freguesia. No que a serviços diz respeito, Alcáçovas também se encontra bem equipada uma vez que possui serviços bancários, uma escola básica integrada, um centro de saúde, um posto de GNR e um posto dos CTT. Na opinião da autarca e nossa entre60 | PORTUGAL EM DESTAQUE
dato, Sara Pajote, que foi a primeira mulher a ser eleita, democraticamente, presidente de junta em Alcáçovas, deixou-nos o seu testemunho e avaliação dos seus 8 anos de trabalho à frente desta localidade alentejana: “O poder local é uma grande escola de vida. Nós vivemos com as pessoas de forma diferente. Somos muito próximos das pessoas. Foram 8 anos muito intensos estes enquanto presidente de junta”, confidenciou.
Em final de conversa ficou o convite aos nossos leitores: “Venham porque vale a pena visitar. Temos sítios muito bonitos para passear e a alegria da nova Rota da Estrada Nacional Número 2, que passa pela nossa freguesia”, finalizou. Como vê, caro leitor, não existem desculpas para que não vá conhecer Alcáçovas e toda a sua riqueza cultural e paisagística.
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A CELEBRAÇÃO DE DOIS MILÉNIOS DE HISTÓRIA No extremo noroeste do município, com terrenos recheados de história, Vila de Frades situa-se nas margens da ribeira do Freixo, a 2 km da Vidigueira. Estas duas localidades encontram-se separadas precisamente pela corrente de água, que nasce na serra do Mendro e segue para sul, até à ribeira de Ordearce. Segundo os últimos censos, é a freguesia mais pequena do concelho, com 25,82 km2 de extensão e 942 habitantes. JUNTA DE FREGUESIA DE VILA DE FRADES
tura das talhas’, é o momento mais alto na milenar relação entre o Alentejo e o vinho de talha. Esta tradição da talha, datada dos tempos romanos, mantém-se viva e presente em muitíssimas localidades do Alentejo com maior cultura de vinha. São inúmeras as casas particulares que conservam meia dúzia de talhas, onde se fazem vinhos para consumo próprio, numa tradição fiel aos princípios de à dois mil anos. Esta influência da história acompanha também a oferta gastronómica da região. Numa grande maioria dos restaurantes alentejanos podemos, ainda hoje, encontrar a produção do vinho de talha. E nesta caso muito particular não se trata de vinificar para consumir em casa, mas sim de uma oferta comercial diferenciada alicerçada numa tradição. Os vinhos são feitos e vendidos no balcão ou à mesa, acompanhando as mais diversas iguarias típicas. Deixe-se seduzir, e venha não só conhecer o Vinho da Talha e as Ruínas de São Cucufate, como todo o maravilhoso trabalho do executivo de Luís Amado, na conservação e evolução da histórica Vila de Frades. LUÍS AMADO Apesar destas limitações geográficas, estamos na presença de um dos pontos históricos de maior relevância de todo o Alentejo. Dentro dos limites da freguesia encontram-se as ruínas de S. Cucufate, território histórico-cultural, que reflete a importância desta região ao longo da história. Sendo uma antiga ‘villa’ romana, com vestígios de uma primeira ocupação no Neolítico final, foi adaptando-se às necessidades evolutivas ao longo dos séculos. Fruto destas mutações, que ainda hoje pontificam na alma histórica da vila, a Vila de Frades transfigurou-se de território romano num convento, em honra de S. Cucufate, o santo padroeiro que ainda hoje lhe dá o nome. Outra das tradições que ainda hoje pontifica na sociedade é o vinho de talha. Estando intimamente ligado à história, à cultura e à vida social no Alentejo, continua, hoje, a ser entidade presente no dia-a-dia da população. O dia de S. Martinho, dia da ‘aber-
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TRANSPARÊNCIA E DEDICAÇÃO “A UF de Moura e Santo Amador é uma parte importante território do concelho de Moura compreendendo duas localidades: Moura e Santo Amador. Estas duas terras encantadoras vivem abraçadas aos rios Guadiana e Ardila, e vestem-se de um património cultural, histórico e arquitetónico riquíssimo, que transformam a terra num abraço acolhedor para quem a visita. Não se fala muito desta particularidade da cidade de Moura, mas, a beleza das suas ruas são um convite para longos passeios a pé, de forma a conhecer cantos e recantos, os núcleos museológicos existentes, jardins, e aproveito para deixar um convite para que nesses passeios a pé percorram as ruas da Mouraria. Vão ficar encantados”. Quem o afirma é Álvaro Azedo, presidente da União de Freguesias. UNIÃO DE FREGUESIAS DE MOURA E SANTO AMADOR um dinamismo que muito nos satisfaz pelas mãos da Mineraqua.
ÁLVARO AZEDO Que retrato socioeconómico podemos fazer e quais as principais indústrias e setores de atividade aqui presentes? Moura e Santo Amador têm uma população residente de 8.409 habitantes, e vamos procurando resistir à desertificação. Somos um território marcadamente agrícola, e embora sintamos com clareza os benefícios do regadio e de uma maior especialização e dinamismo da nossa agricultura, há ainda um longo e duro caminho a percorrer para que possamos ser bem sucedidos na fixação da nossa população mais jovem. Moura tem uma importante tradição na produção de azeite de qualidade, e a Denominação de Origem Protegida é a chancela que dá nome ao Azeite que produzimos, não só na Cooperativa Agrícola Moura e Barrancos, porta-estandarte do Azeite de Moura. Podemos dizer com toda a confiança que Moura é a Capital do Azeite nacional, e é nesse contexto que tem de se afirmar no presente como no futuro. No entanto, não posso deixar de vincar a importância que a Empresa das Águas do Castello tem para a nossa cidade, apresentando agora
De que forma o atual executivo tem contribuído para atrair e potenciar o empreendedorismo e o investimento no território? Para uma Junta de Freguesia, a capacidade para influenciar os empreendedores e o investimento no território é inexistente, devido às suas limitações ao nível das competências e, logicamente financeiras. No entanto, temos uma relação muito especial com o comércio local, sendo os nossos empresários os principais fornecedores da Junta de Freguesia. Ao longo deste quadriénio quais foram as principais prioridades do executivo? O executivo ergueu uma União de Freguesias que surgiu do sinuoso processo de agregação/extinção de freguesias. Duas freguesias urbanas e uma rural que hoje estão consolidadas e concentradas no bem-estar das populações. Começámos por organizar os serviços da União de Freguesias, adaptar instalações à nova realidade e preparar os nossos recursos humanos para um cenário de maior exigência. Alguns dos edifícios das juntas de freguesias estavam em muito más condições de conservação. É um processo ainda em curso, na medida em que assinámos a 8 de junho o contrato de financiamento com a DGAL que permite a beneficiação da Casa Mortuária de Santo Amador. De igual modo massificámos um conjunto de medidas de caráter social, tais como um programa de intervenções nas residências de pensionistas mais desfavo-
recidos e pessoas com deficiência; iniciámos uma Rede Solidária do Medicamento que visa apoiar os mais necessitados na aquisição de medicamentos, e temos uma rede de apoios de proximidade. De que forma gostaria de ver a freguesia nos próximos anos? Gostaria de ver a Freguesia com maior capacidade financeira para poder investir. As limitações financeiras são castradoras da nossa capacidade para intervir com maior eficácia. Ainda estamos a aguardar pelo momento em que corajosamente se descentralize nas Freguesias competências e que a estas seja entregue um envelope financeiro que lhes permita trabalhar com segurança. As Freguesias continuam reféns da vontade, ou pouca vontade descentralizadora das Câmaras Municipais. Por onde passa o futuro de Moura e Santo Amador? Sinceramente, gostava que Santo Amador voltasse a ter a sua Junta de Freguesia. Estou apaixonado pelo nosso trabalho na União de Freguesias, e vivemos esta missão com transparência, dedicação, verticalidade, mas gostava que o povo de Santo Amador voltasse a ter a sua Junta de Freguesia. É um facto que a União de Freguesias serve melhor os interesses das populações e o mandato em curso tem sido revelador dessa capacidade para fazer e trabalho genuíno e da maior importância na vida das pessoas. É um olhar apaixonado da nossa realidade, mas é o que sinto.
União de Freguesias de Moura e Santo Amador Santo Agostinho | São João Baptista | Santo Amador
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UM PALCO DE PROMOÇÃO TURÍSTICA E CULTURAL DO ALENTEJO Devido à sua posição geográfica, a colina de Monsaraz sempre ocupou um importante lugar na história do concelho, tendo sido ocupada por diversos povos desde a pré-história. A sua condição de vila medieval acastelada, o impetuoso crescimento das aldeias de Reguengos e a riqueza das atividades artesanais e vinícolas fazem desta localidade uma das paragens portuguesas obrigatórias. Jorge Nunes, presidente da Junta de Freguesia de Monsaraz, em entrevista à Portugal em Destaque, acrescentou algumas valências e razões pelas quais a terra que representa merece ser visitada. JUNTA DE FREGUESIA DE MONSARAZ Conta a história que no séc. VIII, Monsaraz caiu sob domínio do Islão através das invasões muçulmanas que ocuparam grande parte da Península Ibérica. Passou a designar-se Saris ou Sarish e a pertencer ao reino de Badajoz, um dos maiores e mais importantes focos da cultura árabe. Em 1167, foi conquistada aos muçulmanos por Geraldo Sem Pavor numa expedição que partiu de Évora, também esta recém-conquistada. Após a derrota de D. Afonso Henriques em Badajoz, Monsaraz caiu novamente em poder dos árabes. Em 1232, apoiado por cavaleiros templários, D. Sancho II reconquista-a em definitivo, sendo posteriormente doada à Ordem do Templo.
EXECUTIVO DA JUNTA
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A marca Monsaraz Monsaraz é uma freguesia do conselho de Reguengos que atualmente vive da dinâmica do setor do turismo. Monsaraz é o grande palco de promoção de Reguengos e de todo o Alentejo Central, pela sua componente histórica e patrimonial, pela sua cultura, pelo setor vitivinícola e oleiro onde tudo isso associado cria uma complementaridade muito forte. A olaria é um mercado muito ativo nesta região. São Pedro do Corval, uma localidade ali ao lado, é um dos maiores centros oleiros da Península Ibérica. Monsaraz, por sua vez, tem a particularidade de ser um ótimo palco de promoção dessa arte tão típica daquela região: “Somos um palco de vendas e de promoção da olaria local. Aqui pára-se não só para adquirir a nossa olaria, mas também para se conhecer a sua arte”, contou-nos o presidente. No que a eventos diz respeito, destaque para as Festas do Cante e outras iniciativas culturais, que se realizarão em julho, e que têm como objetivo divulgar e promover o cante alentejano, assim como sensibilizar para a importância da sua sustentabilidade e transmissão. Na vila decorrem ao longo diversas atividades integradas num plano anual de programação, que contempla diversas formas de arte.
As mais-valias do Lago do Alqueva O Lago do Alqueva trouxe diversas mais-valias para a região uma vez que dinamizou o setor náutico de lazer e levou a que seja, dentro de pouco tempo, inaugurada uma praia fluvial, a primeira certificada com bandeira azul na zona do Lago. Desta forma, o crescimento da procura turística por esta região resultou num fenómeno animador: “Muitos habitantes locais têm continuado a sair para os grandes centros, mas a nossa área está a ganhar outros habitantes que vêm à procura de um local com grande potencialidade de investimento, ou então preencher vagas do nosso mercado de trabalho mais especializado nos setores do turismo ou vitivinícola. Existe aqui uma tendência de inversão que nos deixa otimistas quanto ao combate contra a desertificação do interior”, confidenciou Jorge Nunes. Esta realidade comprova-se com a observação de cada vez mais aquisições de moradias em Monsaraz como opção para os fins-de-semana e férias: “As habitações degradadas têm sido recuperadas porque o nosso território é muito apetecível para fins-de-semana e férias, atraindo uma população ainda sazonal, mas com mais poder de compra”.
Junta de Freguesia móvel Por forma a dar resposta, em tempo útil, às necessidades dos cinco lugares que compõem Monsaraz, existe, nesta freguesia, um balcão social móvel que funciona periodicamente em cada uma das povoações (que se encontram dispersas). De salientar que, segundo o autarca de Monsaraz, existe uma complementaridade autárquica muito forte entre as juntas de freguesia e o município que ajuda a combater esta disparidade espacial. Encontrando-se a exercer o seu último mandato, Jorge Nunes, mostrou-se orgulhoso pelo trabalho que conseguiu desenvolver ao longo destes quase 12 anos: “O trabalho autárquico é um trabalho inacabado porque sempre que se termina um projeto surge a necessidade de iniciar um outro. Mas o que mais me orgulha é a dinâmica comunitária que se desenvolveu ao longo dos tempos e a ligação muito forte da população com as iniciativas da freguesia. Mais do que os projetos físicos, destaco esta dinâmica social que é de facto a nossa maior concretização. Neste momento posso afirmar que mais de 25 por cento da população ativa da nossa freguesia está ligada a alguma associação”, finalizou orgulhoso o presidente.
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VASTOS AMENDOAIS DE REGADIO Localizada numa vasta e fértil planície das imediações da margem direita da ribeira do Roxo, a freguesia de São João de Negrilhos pertence administrativamente ao concelho de Aljustrel e ao distrito de Beja. Dista, portanto, 8 quilómetros da sede do concelho, 30 quilómetros da capital do distrito e 15 quilómetros da sede da comarca. Rui Faustino é o presidente desta Junta de Freguesia e foi com ele que estivemos à conversa por forma a descobrirmos os cantos e recantos de São João de Negrilhos. JUNTA DE FREGUESIAS DE SÃO JOÃO DE NEGRILHOS da pela junção de duas aldeias: Montes velhos (Aldeia Nova e Aldeia Velha) e Jungueiros. Mais investimento, mais turismo Do ponto de vista turístico, para além da paisagem, existem diversos pontos de interesse e património arquitetónico ligado à origem da freguesia. Conta-se uma Ermida no meio do campo, a Igreja Matriz (que remonta ao século XV) e diversos casarios tradicionais. Neste seguimento, o executivo desta Junta de Freguesia desenvolveu recentemente um projeto de valorização do seu património, candidatando-se ao plano de desenvolvimento regional, no âmbito do Portugal 2020, que visa a recuperação de monumentos históricos e arquitetónicos, com a criação de
RUI FAUSTINO São João de Negrilhos é uma freguesia do concelho de Aljustrel que se distingue pela sua forte componente agrícola. Tem desde os anos 60 culturas de regadio e, por isso, uma experiência e uma dinâmica económica muito acentuada que permite o desenvolvimento de projetos associados a essa vertente. Também a sua paisagem é diferente, aqui encontram-se campos de arroz, pomares e o maior amendoal de regadio da europa. No passado havia uma realidade muito ligada à produção de tomate, situação que atualmente se alterou, por conjunturas económicas, e também pela aposta numa nova agricultura, muito por força de uma maior disponibilidade de água fruto do projeto de Alqueva. Com cerca de 1500 habitantes, esta freguesia tem a peculiaridade de ser forma-
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roteiros turísticos. São João de Negrilhos tem vindo a assistir a uma nova realidade que tem a ver com a fixação de algumas pessoas que vêm em consequência do crescimento da empregabilidade na região: “Este fenómeno resultou de uma ação autárquica forte. Temos emprego na indústria mineira e na agrícola também”, explicou o autarca.
Projetos da Junta de Freguesia Muitos são os projetos que foram ou estão a ser desenvolvidos pelo executivo de São João de Negrilhos: “Temos vindo a desenvolver uma política que pode permitir a fixação de jovens casais com o loteamento a preços controlados e com uma forte atenção nos apoios sociais disponibilizados”. Para a terceira idade foi criado o circuito de mobilidade interna em que, duas vezes por semana, uma viatura recolhe as pessoas nos locais previamente anunciados levando-as até aos principais serviços disponibilizados no centro da freguesia. No dia 10 de cada mês faz-se um transporte extra para que os mais idosos possam ir levantar as suas reformas com a máxima comodidade possível. No que a obras diz respeito, pretende-se a substituição de um troço grande de abastecimento de água e a melhoria dos espaços de usufruto público. A restauração dos caminhos e estradas da freguesia também é uma necessidade a colmatar. Por fim, ficou o convite: “A nossa freguesia está muito bem localizada, perto da A2 e temos muitos eventos para dinamizar a sua visita. Em março temos um grande amendoal de regadio que pode ser visitado. Em junho temos um encontro de confeção de uma mega açorda alentejana, em julho um festival de folclore, em agosto uma rota pelas tascas ao som do cante alentejano e em setembro temos um desfile etnográfico que percorre todas as ruas da freguesia”, finalizou Rui Faustino.
DESDE 1969 A DISTRIBUIR ÁGUA AOS AGRICULTORES ASSOCIAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS DO ROXO
ANTÓNIO PARREIRA E CARLOS MARQUES
Localizada na freguesia de São João de Negrilhos, Aljustrel, a Associação de Beneficiários do Roxo (AB Roxo) é a entidade responsável pela gestão do aproveitamento hidroagrícola do Roxo. Este aproveitamento, em exploração desde 1968, com origem na barragem do Roxo, iniciou-se com uma área beneficiada de 5081 hectares (1ª fase), como parte integrante do plano de rega do Alentejo. Com a efetivação da ligação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva à Albufeira do Roxo, em 2010, foram criadas as condições para proceder à concretização da segunda fase do perímetro de rega do Roxo, perfazendo atualmente a área regada de cerca de 8.240 hectares. A este respeito foram criadas novas áreas de regadio, o Bloco de rega de Aljustrel construído pela EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva) e entregue à gestão da AB Roxo e o bloco de Roxo-Sado, este ainda sob gestão da EDIA. O primeiro reforço de água proveniente
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de Alqueva ocorreu em 2016, tendo-se realizado a cerimónia de inauguração, desta ligação hidráulica, a qual contou com a presença do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, e do Comissário Europeu da Agricultura Phil Hogan. Atualmente a distribuição de água é feita através de sistemas gravíticos, que dominam uma área de 4.800 hectares, e de sistemas de pressão com uma área de 2.500 hectares. Em consequência do investimento efetuado na modernização da infra-estrutura de distribuição de água, a AB Roxo apresenta um grau de eficiência na distribuição de água superior a 90 por cento. A adoção das tecnologias mais recentes na gestão de sistemas hidráulicos aumentou o potencial de gestão da estrutura produtiva da AB Roxo, pelo que se torna evidente a necessidade de incorporar na sua gestão mais área regada, bloco de rega Roxo-Sado (Rio de Moinhos), no sentido de obtenção de economias de escala que assegurem a autossustentabilidade da atividade agrícola de regadio na região do baixo Alentejo. Mas a AB Roxo não se limita ao fornecimento de água, preocupada com a viabilidade da agricultura de regadio, tem promovido o aparecimento de novas produções agrícolas, amêndoa, figo, romã, citrinos, pêra rocha, por forma a aumentar o leque de culturas alternativas às tradicionais como o milho, arroz, tomate. Neste contexto têm fomentado e apoiado a criação de empresas, nomeadamente a Campos do Roxo, com o objetivo de criar sinergias com a concentração da produção através da criação de organização de produtores, que permitam efetuar o escoamento das produções a preços justos para os produtores. Num processo mais adiantado está a criação da Organização de Produtores
de frutos de casca rija, visando a criação de uma unidade industrial de receção e transformação da amêndoa, que é a cultura que mais tem aumentado a sua área, além do Olival. Atualmente com uma área de cerca de 600 hectares implantados no perímetro de Rega do Roxo, a cultura da amêndoa está em expansão juntamente com a do Figo e da Romã. Além do projeto citado, a AB Roxo está a promover outras duas áreas de intervenção para a constituição de unidades industriais de transformação e comercialização relacionadas com o azeite e com as hortícolas e frutícolas com o intuito de criação de um parque agro-tecnologico do Roxo. Enquadrada na estratégia de criação de condições de sustentabilidade a AB Roxo está a preparar um largo investimento em energias renováveis, com a criação de uma mini-hídrica na barragem do Roxo e a construção de uma estação fotovoltaica para produção de energia elétrica para autoconsumo, reduzindo assim de forma substancial o peso desta componente na composição anual de custos, aumentando assim a rentabilidade da sua atividade. Por último e demostrativo da dinâmica da AB Roxo foi a criação, em 2016, do SIAR (Sistema Integrado de Apoio ao Regante) como forma de transmissão de tecnologia para os agricultores e assim aumentar a eficiência no uso da água ao nível adas explorações agrícolas. O futuro da agricultura do Alentejo acontece no Aproveitamento Hidroagrícola do Roxo.
A EXCELÊNCIA DA GASTRONOMIA NO CORAÇÃO DE CUBA. Numa imponente casa senhorial, bem no centro da vila de Cuba, encontramos a Adega Monte Pedral. Uma referência obrigatória em todos os guias gastronómicos do Alentejo. Fundada por José Soudo, em 2005, este emblemático restaurante, dotado de uma decoração única, com abobadas, forno tradicional e talhas, é, acima de tudo, a confluência perfeita entre uma tradição tipicamente Alentejana, como é o caso das tabernas, com os seus vinhos e petiscos, e um restaurante de excelência, passível de receber o mais nobre dos convidados. Este conceito, único na região, é fruto das inúmeras vivências do seu proprietário, que percorreu diversos espaços hoteleiros um pouco por todo o mundo. ADEGA MONTE PEDRAL José Soudo e de seu filho Pedro. Mais do que apenas uma boa refeição, esta casa é sinónimo de um lugar de verdadeiro convívio e amizade. E este cuidado com os clientes vai ainda mais longe. José Soudo oferece, a todos quantos o visitam, referências e sugestões gastronómicas que vão bem além do tradicional. Através da idade, zona geográfica e hábitos alimentares, são sugeridas iguarias e ementas que vão de encontro aos gostos de cada um. Um gesto ao alcance, apenas, de quem conhece de forma intima os seus fregueses. No que concerne à ementa, o prato de referência desta adega são os feijões com carrasquinhas (uma planta silvestre local) e porco preto, uma receita de família. Iguaria procurada por clientes de norte a sul do país. Também o porco preto, produto regional de elevada qualidade, é destaque em diversos pratos da casa. Sejam secretos, bochechas, assado ou com migas de azeitona, é sem dúvida um dos ícones de toda a gastronomia alentejana. Ensopado de borrego, cozido de grão, sopa de tomate, sopa de cação e sopa de beldroegas são outros dos pratos de referência, com um sabor e apresentações únicas, e que se encontram disponíveis todos os dias. Assim, permita-se a um momento puramente Alentejano e venha disfrutar de uma gastronomia única, complemento, na plenitude, de tudo o que de melhor o Alentejo oferece. Deleite-se com a simpatia e amabilidade das pessoas, os melhores vinhos e gastronomia do nosso país e paisagens únicas no mundo, sem nunca sair da Adega Monte Pedral. Um templo do bom viver.
RÚBEN CARAPETO E JOSÉ SOUDO Neste santuário terapêutico para a alma, a mescla entre a confecção sublime das mais diversas iguarias tradicionais, mestria do chef Rúben Carapeto, e o enquadramento social, cujos benefícios de frequência são muito salutares, é notável. Simples reflexo de uma amabilidade e sentido hospitaleiro do anfitrião
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ODEMIRA É o concelho mais extenso do país, Odemira orgulha-se dos seus 55 quilómetros de costa, dos quais 12 são praias. Situa-se no sul de Portugal, pertence ao distrito de Beja, região do Baixo Alentejo e sub-região do Alentejo Litoral. É delimitado a norte pelos concelhos de Sines e de Santiago do Cacém, a este por Ourique, e a sul e sueste por Aljezur, Monchique e Silves. As praias são referências da região, são praias únicas, de um mar atlântico sereno. Uma das mais emblemáticas praias do concelho é a praia da Amália, uma das mais bonitas do Alentejo. Foi, em tempos, um pequeno paraíso perdido na costa Alentejana. Hoje já não é um segredo bem guardado, mas continua a ser um precioso paraíso. A Zambujeira do Mar é um dos destinos turísticos mais procurados da zona. É ladeada por pequenas praias, tanto a norte como a sul, constituindo ótimos refúgios para quem quiser evitar a agitação das praias principais e desfrutar de momentos de verdadeira descontração e contacto com a natureza no seu estado mais puro. É uma praia vigiada, com boas condições para a prática de surf e bodyboard. O rio Mira, é o mais preservado da europa com uma biodiversidade única em que se destacam as lontras. Odemira é um concelho único e incomparável. A diversidade paisagística e as suas gentes são os pontos fortes deste imenso território, cheio de histórias, património, cultura e simpatia. A costa vicentina é um percurso onde se desvenda um Alentejo diferente, verde e vibrante de vida, com pegos e ribeiras refrescantes, a Ribeira do Torgal como protagonista e uma floresta viva, com abundância de espécies valiosas que cobrem as margens das linhas de água como salgueiros, amieiros ou freixos. Em Vila Nova de Milfontes pode visitar o forte de S. Clemente e a praia das Furnas que tem recebido desde 2008 galardões como a “Bandeira Azul” e “Praia Dourada”, sendo também uma praia acessível. É uma aventura conhecer Odemira.
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O AZEITE QUE TEM TUDO A VER COM O QUE É BOM Fundada em 1950, em Odemira, a Sociedade de Azeites Parrinha é uma empresa familiar que se destaca em duas vertentes: na produção e comercialização da sua própria marca de azeites - Lagar Parrinha -, e na produção de azeite para olivicultores, através de processos mecânicos que primam pela qualidade e segurança alimentar. SOCIEDADE DE AZEITES PARRINHA ta em qualidade”, explica o responsável. A aposta na tecnologia nunca foi descurada na Sociedade de Azeites Parrinha: “Nascemos como um lagar de prensa tradicional e fomos evoluindo, à medida que ia aparecendo maquinaria nova. Em 1989 houve necessidade de ir mais além em termos de processo de extração de azeite, através do processo em linhas contínuas, o que se traduziu numa maior rapidez em trabalhar o produto. É um processo totalmente mecânico, não tem nada de químico, a única diferença em relação às prensas é que a azeitona é centrifugada em vez de ser prensada”.
MARGARIDA, JOSÉ E PEDRO LOUÇÃO José Loução é o responsável por esta empresa com quase sete décadas. O negócio, que começou pelo seu pai e pelo seu tio, entrou-lhe no sangue desde muito novo, chegando mesmo ao ponto de dizer que terá nascido dentro de um pote de azeite: “Fiz formação e vim acompanhá-los nesta arte”, recorda José Loução, que agora está à frente do negócio, embora conte já com o apoio dos filhos Margarida e Pedro, com o objetivo de, mais parte, passar o legado à terceira geração. A empresa divide-se em duas áreas de atividade. A que tem mais expressão é a da prestação de serviços, isto é, produção de azeite para os olivicultores da região, com larga tradição no Alentejo. José Loução explica que, nesta região, é típico encontrar um olival em todas as explorações agrícolas. Estas explorações aproveitavam o olival para produzir azeite, de forma a sustentar o agregado familiar e os trabalhadores, bem como para vender, sendo assim um complemento aos rendimentos. Esta foi a génese do aparecimento da Sociedade de Azeites Parrinha, comum a muitos dos lagares existentes no país: “Assim nascemos, para prestar serviço às comunidades. Atualmente ainda se verifica esta situação”, refere José Loução, acrescentando que quem visitar o concelho de Odemira irá reparar que ainda predomina o olival tradicional, como há 100 anos. Já o lagar é em Colos, Odemira. Na Sociedade de Azeites Parrinha trabalha-se à troca. Isto significa que estes serviços não se pagam em dinheiro, mas sim em género, nomeadamente em azeite – três litros por cada cem quilos ficam para a empresa, o resto para o olivicultor. E se ao início de fazia à maquia, ou seja, trabalhar a azeitona de cada produtor à parte, hoje trabalha-se ao lote, isto é, juntando as azeitonas de uma freguesia ou região, de forma a maximizar a produção. “A totalidade da azeitona que produzimos aqui costuma variar entre um milhão e meio e dois milhões de quilos por campanha, o que representa cerca de 200 toneladas de azeite. Trabalhamos com uma variedade de azeitona antiga, a galega, que é a que predomina na região. Não há mistura de azeitonas e isso resul72 | PORTUGAL EM DESTAQUE
Produção própria Esse azeite que resulta do pagamento do serviço de lagar, juntamente com a produção própria de José Loução, irão resultar no azeite Lagar Parrinha, a marca registada da empresa. Este azeite, de qualidade superior, suave e adocicado, é vendido nas instalações da Sociedade de Azeites Parrinha e em alguns pontos de venda do concelho, estando de momento a expandir-se para outros locais do país. “Temos muitos clientes algarvios, da grande Lisboa e portugueses que residem no estrangeiro, que gostam e depois trazem amigos”, orgulha-se José Loução. O azeite Lagar Parrinha encontra-se disponível nos tipos Virgem e Virgem Extra, em embalagens de cinco, três e dois litros, existindo ainda uma embalagem especial de meio litro de azeite virgem extra, ideal para presentes especiais. Patrocínio do chefe Sílvio Martins O azeite Lagar Parrinha é a escolha do chefe Sílvio Martins, que se faz acompanhar desta iguaria em todas as suas receitas. A Sociedade de Azeites Parrinha participou, há dois anos, na FEITUR, Feira Nacional de Turismo Desportivo e de Natureza, fornecendo o seu azeite, em conjunto com outros lagares. “Os chefes de cozinha acabaram por escolher o nosso, por lhes lembrar os sabores da sua infância, e o chefe Sílvio Martins tornou-se o nosso embaixador, divulgando-o por todo o mundo”, congratula-se José Loução. O chefe Sílvio Martins escreve mesmo que aconselha o “Azeite Extra Virgem Lagar Parrinha para comer em cru, em tempero de saladas e molho e Azeite Virgem Lagar Parrinha para usar em refogados e confeções. Eu só uso Azeite Parrinha”. O futuro e a tradição José Loução quer que a Sociedade de Azeites Parrinha continue a manter-se fiel às suas origens, não caindo na monopolização que cada vez mais afeta a área: “Há grupos cada vez maiores a adquirir as pequenas produções de azeite, o que leva à perda de sabores e de tradições que nos caracterizam há muitos e muitos anos. Nós queremos continuar a apostar na qualidade do nosso azeite, feito sem qualquer aditivo, em processos mecânicos certificados e que privilegiam a higiene a segurança alimentar”, conclui José Loução. E é este o segredo que faz com que os clientes experimentem uma vez, voltem e tragam amigos, como acontece há muitos anos na Sociedade de Azeites Parrinha.
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QUALIDADE DE ATENDIMENTO QUE FIDELIZA CLIENTES O grupo Os Mosqueteiros tem marcado cada vez mais presença no nosso país com a abertura de novas lojas. Na freguesia de São Teotónio e no concelho de Odemira, as lojas Intermarché recebem cada vez mais clientes locais, imigrantes e turistas atraídos pela Rota Vicentina. Os produtos frescos da região, a qualidade do atendimento e uma ampla gama de artigos distingue estes pontos que têm registado um crescimento exponencial nas vendas. O objetivo é a satisfação do cliente e por isso é privilegiada uma relação de proximidade e confiança. INTERMARCHÉ SÃO TEOTÓNIO E ODEMIRA
MIGUEL FERRAZ
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O lema “Pelo melhor e mais barato” é já reconhecido por quase todos nós. No concelho de Odemira encontramos duas lojas Intermarché que não fogem à regra. Miguel Ferraz trabalha com o grupo “Os Mosqueteiros” há cerca de 20 anos, primeiro como colaborador, depois como chefe de loja em várias lojas e agora como empresário. “Em 2007 resolvi avançar com um projeto de formação para ser aderente. Estudei o mercado e a situação das lojas e adquiri a de São Teotónio, em 2009. Já conhecia e gostava da região e fazia todo o sentido”, conta o sócio-gerente. O Intermarché da maior freguesia do concelho já foi Marrachinho e foi evoluindo ao longo dos anos até ter a designação atual. Foram feitas obras de ampliação e reabilitação da loja e o crescimento nas vendas é bem visível, até porque está inserido numa zona em que a agricultura e o turismo contribuem para o seu desenvolvimento económico. Além da loja central, este espaço detém uma área de restauração e take-away, uma tabacaria, uma loja de telecomunicações e uma parafarmácia. Como principais clientes desta loja encontram-se os habitantes de São Teotónio, os turistas provenientes da Rota Vicentina e mais ultimamente, uma grande afluência de cidadãos asiáticos e de leste. Este facto deve-se à evolução da agricultura na região e à procura de mão-de-obra estrangeira que tem atraído muitos trabalhadores oriundos da Tailândia, Nepal, Índia ou Paquistão. Além dos frescos e da qualidade dos produtos locais, o Intermarché distingue-se pela introdução de uma gama alargada de produtos estrangeiros. “Cada vez temos mais imigrantes e turistas, os que estão cá a trabalhar e os que vêm visitar a região. O mais importante é servir e satisfazer os clientes, por isso estamos atentos às suas necessidades”, adianta Miguel Ferraz. A divulgação dos produtos locais Atentos aos hábitos do consumidor, os Intermarché de São Teo-
tónio e Odemira têm apostado nas garrafeiras que constituem um nicho de mercado em crescimento. “As pessoas cada vez mais dão importancia à qualidade e ao prazer de degustação de produtos regionais, desde o vinho, mel, doces,bolos ou azeite. Temos apostado na garrafeira porque há consumo e procura por um bom vinho. Dispomos de uma grande variedade de referências de vinho e trabalhamos com vários produtores, alguns locais e outros são de várias regiõs do país”, completa. Em relação aos produtos locais, o sócio-gerente afirma que dão primazia aos queijos, pão, mel, enchidos, frutas e legumes, “estabelecendo parcerias com alguns produtores e algumas entidades e associações da região”. Apesar de atualmente já não se verificar uma fidelização a um só supermercado, uma vez que procuram mais as promoções, alguns dos clientes do Intermarché fazem visitas diárias. Procuram os produtos frescos, desde o talho, a frutaria, peixaria e padaria e um atendimento personalizado prestado nestas lojas. “O que fideliza e cativa os clientes é a qualidade do atendimento. A equipa é muito importante, principalmente nestes meios mais pequenos, onde já conhece os gostos do cliente. Existe uma relação de proximidade e confiança entre os funcionários e o cliente”, assegura. A loja mais antiga do concelho Com um funcionamento diferente e um edifício similar a um monte alentejano, encontra-se o Intermarché de Odemira. Miguel Ferraz adquiriu a loja em 2015 mas esta é a mais antiga do concelho, tendo mais de 18 anos. “Atualmente é uma loja mais sólida em termos financeiros do que era antigamente e já tem uma boa carteira de clientes. Está inserida na cidade de Odemira, que é uma cidade basicamente de serviços e tem mais clientes locais. Já a de São Teotónio é uma loja mais comercial, maior em dimensão e com mutos visitantes”, revela. O facto de estarem localizadas na maior freguesia e no maior concelho do país em termos de área constitui uma mais-valia para o grupo. No entanto, as lojas sentem bastante os efeitos da sazonalidade e do turismo na região. Se nos meses de verão, as casas de férias convidam a uma temporada em Odemira e o Festival Sudoeste atrai milhares de jovens, no Inverno o decréscimo é notório. Além de serem uma referência na região, as lojas foram já distinguidas com o estatuto PME Líder e Excelência e viram o seu esforço e trabalho ser valorizado. “A Câmara Municipal de Odemira tem apoiado e reconhecido o mérito das empresas. Acredito que cada vez mais vão existir empresas líderes na região”, reforça. Para o futuro, Miguel Ferraz acredita que que o grupo tem potencial para crescer. “É com esse objetivo que trabalhamos diariamente”, conclui.
Intermarché Odemira Vale Passos 7630-112 Odemira Tlf.: 283 320 180
Intermarché São Teotónio Loteamento da Bemposta lote 6 7630-614 S.Teotónio Tlf.: 283 958 103
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O OÁSIS DO LITORAL ALENTEJANO É a quarta maior freguesia do concelho de Odemira e tem cerca de dois mil habitantes. Apesar de ser predominantemente rural, São Luís tem como atividade principal o turismo. Com paisagens que se confundem entre o verde da serra e o azul do rio Mira, existem locais de visita obrigatória considerados verdadeiros oásis da natureza. Seja através dos percursos pedestres da Rota Vicentina ou da canoagem, não deixe de conhecer as tradições e o património desta freguesia do litoral alentejano. JUNTA DE FREGUESIA DE SÃO LUÍS
MANUEL CAMPOS Se na década de 40 e 50 São Luís era uma freguesia conhecida pela exploração de minas, criação de gado, produção de cereais e plantação de eucaliptos, atualmente o turismo é das principais atividades. Apesar de rural, encontra-se muito próxima da faixa litoral do concelho de Odemira que é cada vez mais procurado pelos visitantes. Cerca de dois mil habitantes compõem esta freguesia que é considerada a quarta maior deste concelho alentejano em área. Mas afinal o que podemos visitar? “Além da nossa paisagem, os nossos turistas podem visitar o Rio Mira, a Ponte do Torgal, o Pego das Pias. Temos a Serra de São Domingos que detém um miradouro sobre a freguesia, bem como a Igreja Matriz e o Moinho da Laje que é dos únicos em funcionamento no concelho de Odemira”, destaca o Presidente da Junta de Freguesia de São Luís, Manuel Campos. Com locais únicos que merecem ser destacados, encontra-se também um menos comum: o antigo cemitério de São Luís que é já uma antiguidade integrante do património e que deixou de ser usado para o efeito há mais de 70 anos. A visita a estes pontos é cada vez mais acessível, sendo São Luís uma freguesia atravessada pela Rota Vicentina. “Todos os dias temos visitantes a fazer os percursos pedestres. As pessoas gostam da região e acabam por voltar, por isso dispomos de várias habitações de turismo rural e restaurantes com comida tradicional alentejana”, revela. A canoagem é outro meio de conhecer a região, uma vez que no trajeto entre Vila Nova de Milfontes e Odemira, o único acesso de alcatrão ao Rio Mira localiza-se em São Luís. Mais concretamente na Casa Branca, um antigo porto comercial de troca de bens que ainda hoje é preservado. A Feira das Artes, organizada por São Luís e Milfontes constitui um evento de tradições antigas e promoção deste cais que atualmente realiza travessias entre as freguesias. É proporcionado um dia diferente à população e visitantes que já estão habituados a estas andanças. “Temos a Festa de São Luís, as Marchas, o Carnaval e a maior de todas as festas – as Tasquinhas. É um festival gastronómico, feito aqui no largo da Junta que acontece no último fim de semana de julho, durante três dias e traz cerca 76 | PORTUGAL EM DESTAQUE
de quatro mil pessoas. Temos música ao vivo, comida regional e acabamos por promover um encontro entre populações de outras freguesias com os seus familiares. Vendemos todo o tipo de produtos típicos, desde o mel ao artesanato”, completa Filomena Novalio, tesoureira da Junta de Freguesia. Além de portugueses, São Luís é visitado por muitos estrangeiros que acabam por residir na freguesia. Alemães, holandeses e franceses são as principais nacionalidades destes novos habitantes que reabilitam casas e até investem na região. “O que mais apreciam é a paisagem e a tranquilidade do nosso grande atrativo – terra e rio. Temos empresários que se instalaram aqui e aproveitam os nossos recursos e condições para trabalhar, desde o azeite, os viveiros de ostras e o artesanato”, reforçam. Para o futuro, Manuel Campos ambiciona ver desenvolvidos alguns projetos relacionados com o bem-estar da população mais idosa e crianças. Além das obras de requalificação da escola, da construção do pavilhão multiusos, da melhoria dos acessos na aldeia, da construção de novo depósito de água com origem a partir da barragem de Santa Clara e da construção de passeios, o turismo não é esquecido. “Gostávamos de apostar no Cais da Casa Branca para que tivesse um maior aproveitamento turístico e talvez um passadiço ao longo do rio para que as pessoas pudessem observar a fauna. Temos locais que são verdadeiros “oásis no meio do nada” porque são únicos”, concluem.
Cerro do Moínho 7630-458 S.Luís Tel: 283 976 320 Fax: 283 975 172 Email: geral@freguesiasluis.pt www.freguesiasluis.pt
A PRINCESA DO ALENTEJO A beleza das praias, a vista magnífica sobre o Rio Mira e uma vila tipicamente portuguesa caracterizam Vila Nova de Milfontes. Localizada no Litoral Alentejano, no concelho de Odemira é uma zona turística por excelência e procurada por portugueses e estrangeiros como destino de férias. A Rota Vicentina, o roteiro histórico, as atividades desportivas e as festas convidam a uma visita a esta freguesia que é conhecida como a ‘Princesa do Alentejo’. JUNTA DE FREGUESIA DE VILA NOVA DE MILFONTES “Temos praias lindíssimas, uma vila muito bonita à beira rio plantada. O Mira é um dos rios menos poluídos da Europa e as pessoas sabem receber bem. Temos uma ótima oferta hoteleira em termos de qualidade, tal como os restaurantes, que são os melhores da nossa costa”. Esta é a apresentação feita pelo presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Milfontes, Francisco Lampreia. Mais do que aqueles que cá residem, são muitos os que escolhem a vila para ter uma segunda habitação, totalizando quase sete mil habitantes. “A vila existe desde 1486, aquando do foral de D. João II. Tem uma história muto curiosa porque tinha poucos habitantes e foi sempre uma vila castigada pelos corsários que saqueavam os habitantes. Por isso foi construído o Forte de São Clemente como proteção dos ataques”, referencia o presidente. Vila Nova de Milfontes é das freguesias mais antigas e conhecidas do concelho de Odemira, sendo o turismo a atividade principal. Além da beleza das suas praias e das excelentes condições naturais, quem visita a vila pode fazer um roteiro histórico aos monumentos emblemáticos e locais de referência na região. Desde o Castelo, o Farol à Igreja Matriz da Nossa Senhora da Graça, destacam-se ainda paisagens únicas no interior da região, abarcando freguesias vizinhas. A Serra do Cercal, a cascata Rocha de Água D´Alto e a cascata da Praia das Furnas são verdadeiros exemplos da natureza. “A Rota Vicentina tem sido bastante divulgada pelo mundo fora, com prémios atribuídos em vários países e feiras de turismo. Tem trazido muita gente até cá e o fluxo de pessoas sente-se no comércio, hotelaria e restauração”, acrescenta. Um verdadeiro ex-líbris da costa composta pelo Caminho Histórico e Trilho dos Pescadores, que pela elevada procura tem ajudado a quebrar a sazonalidade do turismo. As atividades desportivas, como BTT e náuticas, como a pesca de recreio, o surf, o paddel ou a canoagem têm sido cada vez mais divulgadas e procuradas pelos adeptos das modalidades e curiosos. “Muitas equipas de canoagem e campeões olímpicos vêm para cá estagiar no Inverno. Temos excelentes condições para a prática da canoagem. Aqui também se pode fazer mergulho, caça submarina e parapente. Temos já uma panóplia alargada de atividades e desportos de natureza e ainda vamos ter barcos novos a fazer passeios no rio”, reforça. Quem visita Vila Nova de Milfontes não fica indiferente às suas festas e aos vários momentos de animação organizados ao longo do ano. O desfile de ranchos folclóricos, os grupos corais, o teatro e os concertos de rua compõem a oferta cultural. Atenta ao calendário, o Magusto Comunitário no jardim público, a Feira de Natal com animação e barraquinhas de produtos típicos e a Festa de Passagem de Ano junto à praia, com fogo-de-artifício não são esquecidos pela freguesia.
Além da população receber bem todos os visitantes, muitos deixaram-se encantar pela beleza da vila e pela oferta gastronómica de excelência e acabaram por ficar. Franceses, alemães, holandeses, suíços entre outras nacionalidades compraram habitações e montaram negócios. Alguns para passar a reforma e outros pelo investimento e por acreditarem nas potencialidades do turismo e da agricultura. Para o futuro da região, na freguesia de Longueira/Almograve, vizinha de Vila Nova de Milfontes existe já um projeto aprovado para a construção de um hotel de 5 estrelas, com cerca de 200 quartos e três aldeamentos, que somam um total de cerca de 1300 camas. A construção de um centro de saúde na vila será uma realidade, tal como as requalificações das rotundas e entrada em Milfontes. Melhorar as condições de mobilidade da população, através do asfaltamento de caminhos vicinais mais utilizados e da construção de um acesso à Praia do Carreiro da Fazenda são outras apostas da freguesia.
Largo do Rossio 7645-310 Vila Nova de Milfontes Tel: 283 997 197 Fax: 283 997 005 Email: freguesia@jf-vnmilfontes.pt www.jf-vnmilfontes.pt
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UM REPASTO ALENTEJANO POR EXCELÊNCIA Um restaurante de cozinha tradicional alentejana e portuguesa. É assim que se apresenta O Tarro, localizado na vila de Odemira, bem perto do rio. Os sabores de um verdadeiro repasto alentejano não deixam indiferentes os turistas e as pessoas da terra que visitam este espaço que é já uma referência na região. A qualidade dos ingredientes e uma equipa que prima pelo bem-servir constituem o cartão de visita há mais de quatro décadas. RESTAURANTE O TARRO
ANTÓNIO CAMACHO Na década de 60, a estrada nacional 123 era uma das vias de ligação entre Lisboa e o Algarve. Apesar de ser extremamente utilizada, existia um vazio no apoio ao automobilista em Odemira. Assim, “a Shell Portuguesa criou uma estação de serviço com posto de combustível e um espaço para alimentação. Conheceram o meu pai e confiaram nele para ficar com a concessão do restaurante. Foi inaugurado no dia 1 de Janeiro de 1969”, começa por contar António Camacho. O atual proprietário assumiu a herança familiar com os princípios e a filosofia de trabalho que tornou este restaurante uma referência na região. Plantado à beira rio, O Tarro foi mais tarde remodelado e ampliado para melhor servir os clientes. “Tentamos conciliar a história com as novas exigências dos tempos modernos. Adaptar-nos às mudanças é fundamental e queremos agradar e servir toda a gente”. A boa culinária de uma história familiar de quatro décadas personifica O Tarro num restaurante, snack-bar e pastelaria com uma esplanada com vista para o Rio Mira. Atualmente é um dos pontos cardeais desta vila cheia de recantos onde se dá o encontro com os sabores da cozinha tradicional alentejana. “Temos o borrego à Tarro, o ensopado de borrego, a carne de porco à alentejana, às migas à alentejana”, enumera o proprietário. Aqui a carne da região faz as delícias dos clientes que não perdem a oportunidade de experimentar o bife de novilho da raça Limousine. Aproveitando a proximidade ao mar, o peixe é sempre fresco e proveniente da costa. O linguado com molho de amêndoa é uma das especialidades de peixe da casa e não deixa os clientes indiferentes. “Tentamos ao máximo utilizar os produtos oriundos da região. A confeção é totalmente alentejana”, remata António Camacho. Mas não ficamos por aqui. Após um repasto verdadeiramente alentejano, segue-se o pudim alentejano, o pudim de mel, a tarte 78 | PORTUGAL EM DESTAQUE
de amêndoa ou o pão de rala. “Essencialmente, a doçaria típica da região alentejana e as receitas do tempo da minha mãe. Esforçamo-nos para manter a tradição e os sabores de antigamente”. Para fazer face às necessidades do mercado, O Tarro foi obrigado a inovar e a apostar em sandes, tostas, pizzas e saladas para refeições mais leves a qualquer hora do dia. Localizado num eixo viário que atravessa a vila, o restaurante é já um marco na região. Aberto durante todo o ano, recebe gentes da terra e turistas. “Temos clientes locais em que a sua presença já é habitual e temos visitantes, todos são importantes. No inverno, na época baixa existe uma maior percentagem de residentes do concelho. No verão, os turistas constituem os principais clientes”, afirma. Apesar do efeito da sazonalidade, O Tarro foi distinguido como PME Líder 2016, um reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo dos anos. Para isso, António Camacho conta com uma equipa de 14 “excelentes profissionais que fazem o sucesso desta casa”. A qualidade dos pratos e ingredientes e a atenção no serviço é uma aposta desta casa que faz com que as pessoas se sintam bem-vindas e voltem ao Tarro. Além do mérito dos pais na construção e sucesso do negócio, o proprietário gostaria de vê-lo preparado para os novos desafios do futuro e, quem sabe, repetir uma história de mais 48 anos.
Estrada da Circunvalação 7630 Odemira, Portugal +351 283 322 161
PROJETO COM ALMA, SABOR E IDENTIDADE Quem passa na artéria principal de Vila Nova de Milfontes é atraído de imediato pela decoração cuidada e uma montra recheada de amor do Pão, Café & Companhia. Cristina Silva desenvolveu este projeto em 1996 e o fabrico próprio de bolos regionais, conventuais ou receitas de famílias fazem as delícias dos clientes. O objetivo é simples: dar a provar os sabores do Alentejo a quem visita a Princesa do Alentejo. PÃO, CAFÉ & COMPANHIA
Estávamos em 1996 e Cristina Silva terminava o Curso de Gestão e Hotelaria. Mulher dinâmica empreendedora e apaixonada pela arte da confeitaria, deu vida ao Pão, Café & Companhia como projeto de fim de curso. Um “negócio de verão” que conta já 21 anos de sucesso, num espaço acolhedor, familiar e muito doce que é uma referência em Vila Nova de Milfontes. “Gosto muito de receber pessoas e dar a conhecer as maravilhas que aqui temos e que é tão nosso. Este é um projeto muito especial e foi criado para dar um bocadinho do Alentejo a quem por cá passa”, explica a proprietária. E é exatamente quem cá passa, nesta vila da Costa Alentejana, que não consegue ficar indiferente à completa vitrina e opções que nunca mais acabam. Como todos os bolos têm uma história, na Pão, Café & Companhia existem doces para todos os gostos, confecionados diariamente. “Temos a pastelaria do dia, com os tradicionais bolos de pequeno-almoço, sempre frescos, a pastelaria regional e típica do Alentejo, a pastelaria conventual e os bolos com receitas da família”, apresenta Cristina Silva. Entre os principais exemplos de doces regionais, destacam-se produtos como os alentejanos, as popias de mel, azeite e canela e a queijada de requeijão, já premiada e feita com produtos da região, uma escolha da proprietária que faz toda
a diferença no resultado final. Já nos bolos conventuais, o ex-líbris da Pão, Café & Companhia é a receita do mel e noz. “É um bolo conventual do Alentejo e apaixonei-me pela receita quando estava em Évora. Resolvi reinventar a receita e creio que está bem conseguido e tenho enviado para o mundo inteiro”, conta. A história, o amor e a dedicação que caracterizam estas receitas tornou-se também uma máxima para a proprietária. Já o conceito de bolo à fatia, com uma ampla variedade, foi pioneiro em Vila Nova de Milfontes e permite que o cliente experimente as verdadeiras delícias que encantam a vila. Na recuperação das receitas antigas da família, Cristina conta com o apoio da mãe, Maria de Fátima e juntas criam sabores inconfundíveis. Esta casa icónica e com alma, aposta na pastelaria, padaria, doçaria tradicional, salgados e ainda dispõe de uma mercearia gourmet. Uma vertente que surge como complemento a uma visita ao Pão, Café & Companhia e que tem encantado os clientes diários ou turistas pela quali-
dade e aposta em produtos de excelência. “Temos bom mel, licor, compota, vinhos e uma grande variedade de pão. As frutas
e legumes sempre frescos são de fornecedores locais, tal como o sortido de queijos e enchidos da região, que damos primazia. A simpatia e os conselhos da equipa, composta por 15 funcionários, caracterizam o atendimento singular desta pastelaria que nos meses de verão duplica o número de colaboradores, tal é a afluência. Os clientes já são conhecidos pelo nome e aqueles que visitam esta casa pela primeira vez acabam por voltar e até fazer encomendas. A tarte de amêndoa, o toucinho do céu e o pão de rala constituem alguns dos doces que viajam até ao mercado da saudade. Para além do sucesso alcançado, Cristina Silva inspira-se nas suas viagens para inovar e ter ideias para as festas de aniversário e outros eventos que organiza de forma personalizada e surpreendente. “Os Piqueniques da Cristina” são uma realidade já conhecida que em breve se tornará uma marca, dadas as solicitações e confiança nos projetos realizados no campo ou na praia, numa tentativa de mostrar a beleza da Princesa do Alentejo. Aqui todos os mimos fazem a diferença e são preparados sempre, com muito amor!
Rua Custódio Brás Pacheco Vila Nova de Milfontes Telefone: 283 997 150 paocafe.geral@gmail.com PORTUGAL EM DESTAQUE | 79
“SOMOS UMA EQUIPA E TODOS SÃO IMPORTANTES” Armindo Jacinto constituiu a Miracer em 1994 mas cedo começou a trabalhar na área das bebidas. Atualmente esta empresa é distribuidora oficial das marcas Unicer e Refrige e comercializa cervejas, refrigerantes, águas e vinhos. Uma relação de proximidade e confiança com os clientes caracteriza a ação desta PME Líder que valoriza a equipa no seu todo. Aqui todos são importantes e a igualdade determina o sucesso. MIRACER
LINA E ARMINDO JACINTO A área das bebidas é uma realidade para Armindo Jacinto desde os seus 15 anos. Começou a trabalhar cedo, acumulou experiência noutras empresas e a partir de 1989 estabeleceu-se em nome próprio num armazém que já possuía. “Estive dois anos a trabalhar com outros produtos e mais tarde ligaram-me da Unicer e convidaram-me para ter a representação da marca e distribuir os produtos no concelho de Odemira. O processo foi muito rápido e a evolução do produto Unicer na região cresceu substancialmente”, começa por contar o sócio-gerente da Miracer. Atualmente, a empresa é distribuidora oficial das marcas Unicer e Refrige e a sua área de atuação compreende os concelhos de Odemira, Aljezur, Vila do Bispo e um pouco dos municípios de Lagos e Monchique. “Aqui em Odemira sou o único distribuidor oficial”, reforça Armindo Jacinto. Mas afinal, o que distingue a Miracer de outras empresas do ramo? “Estamos sempre atentos às necessidades e a fazer melhorias. Este ano aumentámos a área de prateleiras para organizar e arrumar os produtos. Tentamos ter sempre as nossas viaturas higienizadas – isso é muito importante na hora da entrega da mercadoria. Regularmente mudamos os toldos das viaturas, com novas decorações, o camião tem outro aspeto e a imagem conta muito”, revela. Ao longo dos anos as condições de trabalho têm merecido atenção e por isso foram criadas uma sala de reuniões e uma área administrativa nas instalações da empresa. A manutenção e higiene das viaturas e do armazém é primordial, até porque se tratam de produtos alimentares. “Perante a Unicer e a Refrige temos que ter cuidados na imagem e qualidade do serviço para mostrar que esta parceria funciona”, afirma. A frota é constituída por nove carros de entrega e Armindo e a esposa, Lina Jacinto, apostaram ainda na compra de uma carrinha mais pequena para passar em ruas mais estreitas e facilitar as entregas. “Fizemos esse investimento e melhorámos o serviço porque demoramos menos tempo, deixamos o produto na porta do cliente e com menos esforços”, assegura. A equipa é composta por cerca de 20 colaboradores e aumenta no verão devido ao efeito da sazonalidade. A representação da Unicer é uma mais-valia 80 | PORTUGAL EM DESTAQUE
para a Miracer, que apesar da concorrência e dos preços inferiores praticados nas grandes superfícies, continua a crescer nas vendas. “O nosso trabalho é valorizado pelo cliente - levamos a mercadoria e arrumamos no armazém. Prestamos um serviço completo e existe uma relação de proximidade”. Com uma posição consolidada na região, o grau de confiança é também de salientar e Armindo admite que 90% dos clientes já não confere as encomendas. A Miracer já recebeu o Diploma de Mérito e Reconhecimento por parte da Câmara Municipal de Odemira e é distinguida com o estatuto de PME Líder desde 2012. “Quando ganhamos, partilhamos sempre com a equipa, quer das vendas, quer das entregas. Somos uma equipa e todos são importantes. Todos têm os mesmos direitos e oportunidades. É tão importante aquele que vende como aquele que entrega e só podemos fazer um bom trabalho se pensarmos assim”, destaca. Continuar com a representação das marcas Unicer e Refrige, no mesmo segmento, é um objetivo futuro da empresa. “Estamos bem-servidos e acreditamos que temos feito um bom trabalho. Há que acreditar nos produtos que vendemos, que são já reconhecidos e assim obtemos melhores resultados”, conclui.
Casas novas de São Pedro 7630-215 Odemira Tel: 283 386 483
OS VERDADEIROS GELADOS E CROISSANTS DE VILA NOVA DE MILFONTES A origem da Pastelaria Mabi remonta à década de 80, tal como o fabrico próprio que se mantém até hoje neste negócio familiar. Se na altura os gelados artesanais e os croissants já faziam as delícias dos clientes, agora também os bolos de pastelaria não deixam ninguém indiferente. Localizada numa zona turística por excelência, a Mabi é já uma referência em Vila Nova de Milfontes pelos seus produtos de qualidade. As extensas filas nos meses de verão obrigaram os proprietários a abrir uma loja na Zambujeira do Mar, a menos de 30m da praia com esplanada com vista para a mesma onde se pode desfrutar de um incrível por sol, além de uma gelataria na Princesa do Alentejo. PASTELARIA MABI
SUSANA CARDADOR E JOÃO CARDADOR Albino Francisco e Bertília Cardador constituíram a Pastelaria Mabi em meados de 1983 e o sucesso desta empresa tem atravessado gerações. Ana Cristina e o marido assumiram o negócio dedicado aos gelados e croissants de fabrico próprio que são já uma referência em Vila Nova de Milfontes e atualmente são os filhos os grandes impulsionadores desta casa. “Desde aí até agora, tudo o que vendemos é fabricado por nós. Temos uma fábrica aqui ao lado e produzimos diariamente bolos de pastelaria, gelados, de fabrico artesanal e croissants, com imensa variedade de sabores, que são as nossas especialidades”, apresenta Susana Cardador, a atual gestora. Seja de chocolate, misto ou doce de ovos, esta delícia em forma de croissant encontra-se sempre nas montras da Mabi, tal como os gelados que apresenta já uma variedade de mais de 50 sabores. “Trabalhamos sempre com as frutas da época e privilegiamos os produtos da região. Faz parte das nossas preferências pela qualidade, pela própria frescura que o produto apresenta e chega até nós. É muto mais fácil e constitui um ponto a favor, principalmente na pastelaria e nos gelados”, conta João Cardador, responsável de produção da Mabi. João iniciou a sua carreira de pastelaria na Escola de Turismo de Lisboa, fez formações de gelataria na Escola do Gelado de Vila Nova de Gaia e alargou os horizontes na Universidade de Carpigiani, em Itália. Atualmente é o pasteleiro e mestre gelateiro da Mabi e dá continuidade ao negócio da família na área de produção. “Utilizo as receitas antigas, ajustando ao mercado atual – nos gelados introduzimos mais fruta e reduzimos os açúcares. Não trabalhamos com corantes nem conservantes, é tudo o mais natural e artesanal possível. Tal como nos recheios dos croissants, são todos caseiros e feitos por mim e pela equipa de fabricação”, explica.
Se no Inverno a pastelaria conta com 18 colaboradores, já no verão chegam aos 40. Apesar de sentirem o efeito da sazonalidade, os proprietários não quiseram deixar os clientes na fila durante muito tempo. Assim, contam com mais uma casa em Vila Nova de Milfontes e outra na Zambujeira do Mar, abertas ao público de Julho a Setembro. “Para boa surpresa nossa, com a abertura da nova gelataria, conseguimos duplicar as vendas e ainda assim as filas mantém-se, tanto aqui como nas outras lojas”, referem os irmãos. Nesta altura do ano, são produzidos 2 mil croissants, em várias fornadas ao longo do dia e quilos incontáveis de gelado, desde os mais tradicionais aos mais inovadores. Inserida numa zona turística por excelência, a Pastelaria Mabi foi ainda pioneira nos gelados com a abertura da primeira casa em Milfontes. Pastéis de nata, bolas de Berlim, queijadas de requeijão, caracóis e tartes merengadas compõem a montra da pastelaria e são exemplos de doces elogiados pelos clientes. Desde os locais aos turistas, todo o ano chegam até à Mabi pessoas de vários pontos do país para provar as especialidades. Além da qualidade dos ingredientes e produtos, aliar a inovação e aprimorar as receitas tradicionais faz parte da filosofia desta empresa que marca pela diferença. Para o futuro, estão a ser estudadas condições para uma nova estrutura e ficamos a aguardar a abertura da Mabi em Lisboa. Por enquanto, tem mesmo de visitar a Princesa do Alentejo para comprovar o sabor destas delícias apreciadas por todos!
Largo de Santa Maria 24 A | 7645 Vila Nova de Milfontes Telefone: 283 998 677 E-mail: mabi_gelatarias@hotmail.com www.facebook.com/mabi.lda.1 PORTUGAL EM DESTAQUE | 81
ALGARVE Algumas das mais bonitas e acolhedoras praias do mundo estão no Algarve. E por isso, todos os anos, milhares de turistas as procuram. Trata-se de um património natural que tem vindo a ser aproveitado de forma sustentada, dando origem a espaços de qualidade aptos a responder a diferentes necessidades. Praias para todos os gostos, na sua maioria reconhecidas com a chancela europeia da “Bandeira Azul”. Ao longo de cerca de 200 quilómetros, a costa algarvia divide-se em enseadas, falésias, grutas, praias rochosas e amplos areais. Praias de diferentes formas e tamanhos, banhadas por águas límpidas, tépidas e tranquilas. Irresistível também, é o clima ameno que aqui se vive ao longo de todo o ano. Entre Odeceixe e Vila Real de Santo António, toda a faixa litoral desfruta de um microclima de características mediterrânicas em que as temperaturas variam entre os 15 graus, no inverno, e os 30 graus, no verão. As praias do Algarve constituem, assim, a escolha ideal para umas férias revigorantes. A diversidade da Natureza é também uma das maiores riquezas do Algarve. Facilmente o visitante pode movimentar-se nas diferentes nuances de um mesmo mundo. Do litoral à serra algarvia, há toda uma diversidade possível de explorar de formas, também elas, diferentes. Algarve é ainda sinónimo de negócios. Num ambiente aconchegante, com instalações munidas do conforto necessário às exigentes reuniões entre profissionais, o Algarve é já uma referência neste segmento. Ao beneficiar de boas ligações aéreas e terrestres a outros pontos do mundo, assim como de uma vasta oferta hoteleira de quatro e cinco estrelas, este destino tem vindo a assumir-se como a capital do turismo de negócios no sul de Portugal. A região dispõe ainda de muitas alternativas para bem passar o tempo nos intervalos das reuniões. Com uma série de atividades programadas, animação noturna e eventos culturais, fecha-se um círculo que sabiamente combina negócio e lazer.
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O ÚNICO SPA TERMAL A SUL DO PAÍS Localizada em pleno Parque Natural da Serra de Monchique, no Barlavento Algarvio, a Vila Termal é um resort de 4 estrelas com características únicas. Composta por cinco edifícios de alojamento, são várias as opções para desfrutar de um momento relaxante em contacto permanente com a natureza. Se procura um spa termal para tratamentos músculo-esqueléticos e afeções das vias respiratórias, com uma água considerada curativa, está no sítio certo. Se por outro lado privilegia o bem-estar e a tranquilidade ou até mesmo as caminhadas pela serra, aqui não faltarão opções. VILLA TERMAL DAS CALDAS DE MONCHIQUE SPA RESORT
ANTÓNIO MONTEIRO curada pelos Romanos dadas as propriedades termais da Água de Monchique, é possível encontrar uma pequena capela, uma loja de artesanato e serviços de restauração: o Restaurante ‘1692’ e o Wine&Tapas Bar ‘O Tasco’. Muito próximo, deparam-se as amplas salas onde são organizados casamentos e outros eventos que complementam os serviços do empreendimento de 4 estre-
CARLOS BEJA “Há quem diga que a Villa Termal é um sítio único e não se encontra algo parecido em lado algum. Temos a Serra de Sintra, do Buçaco e do Luso mas nenhuma é como esta Serra no Algarve pela sua localização única e especificidades climáticas”, introduz Carlos Beja e António Monteiro. É na serra mais alta do sul do país que encontramos a Villa Termal das Caldas de Monchique Spa Resort, um espaço centenário que já teve a visita de reis e bispos. A partir da década de 90, a propriedade foi adquirida pela Fundação Oriente. Esta entidade efetuou um elevado investimento e remodelou alguns edifícios e tem vindo a gerir a exploração hoteleira até aos dias de hoje. “Temos o Hotel D. Carlos, onde estão as nossas suites, a Estalagem, a Pensão Central e ainda um edifício com os nossos apartamentos equipados com kitchnet. O Hotel Termal é um edifício com cerca de 45 quartos, onde normalmente ficam as pessoas que vêm fazer os tratamentos, pela ligação direta ao spa”, enumera a atual gerência da sociedade. O resort é composto por cinco unidades de alojamento, que totalizam 105 quartos de grande charme e conforto, inseridos no Barlavento Algarvio. Na Villa Termal, zona outrora pro84 | PORTUGAL EM DESTAQUE
las. Quem procura esta região, no Parque Natural da Serra de Monchique privilegia um turismo de natureza, longe da confusão das grandes cidades, num ambiente tranquilo e relaxante. “Existem muitos visitantes que procuram o recanto da serra, para descansar ou fazer caminhadas. A nossa localização é única em termos de ambiente, paisagem e atividades. Estamos ainda muito perto da Costa Vicentina e das praias do Algarve”, completa. Saúde pela água Além de todas estas vantagens, muitas das pessoas que procuram as Termas chegam com um objetivo bem definido: a saúde. Através de indicações médicas são encaminhadas para este spa que se distingue pelas características da água mineral. “É uma água fortemente alcalina, com um ph de 9.5. A Villa Termal consegue usufruir das potencialidades desta água e quando as pessoas recorrem aos nossos serviços sabem que temos a água mineral de Monchique”, indica António Monteiro. Proveniente dos ricos solos da serra mais alta do Algarve esta água curativa é bicarbonatada, sódica e rica em flúor. Utilizada na prevenção como na cura, a água termal de Monchique é indicada para afeções músculo-esqueléticas, como tensão muscular, tendinite, artrite, reumático, deformações da coluna vertebral, entre outras. Também a asma, bronquite, rinite e sinusite, ou seja, afeções das vias respiratórias, podem ser solucionadas desta forma. “Os tratamentos termais são variados e prescritos em função das necessidades de cada utente. São marcadas
consultas e temos um diretor clinico que avalia e acompanha as terapias mais adequadas a cada patologia”, explica a gerência. As valências e a diferenciação Este é o único balneário termal a sul do país e tem à disposição dos utentes uma enorme variedade de equipamentos, para os mais diversos tratamentos, tais como nebulizações, aerossol sónico, irrigações nasais, hidromassagem em banheira, aerobanho, duches de jacto e de Vichy, aplicação de lamas e diversas massagens. O spa termal oferece também um circuito de relaxamento com uma piscina interior de hidromassagem aquecida, sauna e banho turco. Para potenciar a experiência de bem-estar, existe um conjunto de programas de wellness, que constituem uma excelente oportunidade para experimentar e comprovar todos os benefícios da água Termal de Monchique. “Depois dos tratamentos, os visitantes aproveitam para relaxar na piscina exterior ou conhecer a Serra de Monchique e tudo o que tem para oferecer, como a sua gastronomia única. As pessoas conseguem desfrutar do ambiente circundante e isso é muito bom”, acrescentam. Para complementar os serviços, o grupo dispõe de parcerias com empresas locais da vila de Monchique que organizam atividades e passeios na serra. “Além disso, temos
internamente, trilhos criados e mapeados que divulgamos e aconselhamos aos nossos visitantes. Temos muitas pessoas e grupos que vêm especificamente para fazer caminhadas e andar de bicicleta”, reforçam. A Villa Termal é visitada por uma forte componente nacional, vindos de vários pontos do país, que todos os anos acabam por voltar e repetir a experiência. Tem ainda muitos hóspedes espanhóis, franceses, americanos que procuram não só as termas mas também o contacto com a natureza. Na prestação de um serviço de qualidade, a sociedade é constituída por uma média de 50 colaboradores, que com os efeitos da sazonalidade, no verão vê a equipa crescer. Uma imagem que tem vindo a ser consolidada como um player de mercado na componente de bem-estar e termas. Para o futuro, a gerência assegura que o objetivo é continuar o projeto existente, manter os serviços disponíveis e analisar as potencialidades que existem nos benefícios da água e da envolvência da serra. “Queremos apostar na diferenciação, internacionalização e na inovação. Para isso contamos com o know-how interno, o recurso a parceiros estratégicos no marketing digital e a ajuda de empresas que vêm para a região porque todos ficam a ganhar com isso e é uma imagem de marca que se cria para a Serra de Monchique”.
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“DESCUBRA O PARAÍSO QUE LHE OFERECEMOS”
Localizado perto de um verdadeiro paraíso natural, o Parque Natural da Ria Formosa, em Cabanas de Tavira, o Parque de Campismo Ria Formosa é o sítio ideal para quem pretende desfrutar da magnífica praia de Cabanas e observar a fauna e flora únicas desta zona, para além de estar situado a cerca de cinco quilómetros da lindíssima cidade de Tavira . Este local, dotado de todas as condições para a prática de campismo, foi idealizado por Fernando Rocio, seu fundador, mas é pelas palavras dos seus filhos e atuais administradores deste espaço, Teresa, Rosário e Jorge Rocio, que passamos a conhecer a dinâmica deste parque de campismo, distinguido com o prémio de PME Líder’16. PARQUE DE CAMPISMO RIA FORMOSA
TERESA E JORGE RÓCIO
Um projeto familiar e em constante crescimento “A nossa família é natural do Barreiro e viemos para o Algarve em 1985 para laborar no setor da construção civil. Como este setor de atividade sofreu um decréscimo abrupto ao longo os anos, o nosso pai, Fernando Rocio, decidiu direcionar-se para outra área de negócio e devido ao gosto que tinha pelo campismo, nasceu, em 2008, o Parque de Campismo Ria Formosa. O sonho do meu pai era construir um espaço dedicado a esta atividade e hoje este Parque está aberto para servir aqueles que nos queiram conhecer e visitar. Desde 2012, ano em que faleceu, nós, enquanto gerência, tomamos conta deste projeto. Ao longo dos anos temos dinamizado e aumentado este parque e assim queremos continuar”, começam por nos contar os empresários. Servido de excelentes acessos, o Parque é composto por alvéolos individuais para caravanas , autocaravanas e tendas e área reservada para bungalows e mobile homes. Em termos de área no seu total, o parque tem mais de cinco hectares, e ainda não está por completo em laboração. “O turismo de autocaravanas e caravanas é o nosso forte, para 86 | PORTUGAL EM DESTAQUE
além de termos área para tendas, bungalows e mobile homes, área que queremos ampliar . No Parque, temos ainda ao dispor dos nossos clientes, um restaurante, um mini-mercado, uma sala de convívio, um mini-gym ,biblioteca , dois blocos sanitários e piscinas com apoio de bar, para adultos e crianças, servido por uma equipa de staff competente e dedicada”. Visitados por campistas de todo o mundo, imprimindo ao parque um movimento contínuo ao longo do ano, Jorge e Teresa Rocio, mostram-se satisfeitos com a atividade do Camping Ria Formosa. “No inverno, somos essencialmente visitados por turistas da Europa Central e da Europa do Norte e são eles que realmente dão um maior movimento à região do Algarve nessa época. Em março, abril começam a regressar aos seus países de origem, sendo uma época de transição, e passamos a receber turistas sobretudo portugueses e espanhóis. Desta forma, conseguimos ter clientes todo o ano, o que é ótimo para a dinâmica do nosso Parque”, frisam. Uma região e um setor em crescimento Sendo o Algarve uma das regiões de maior tradição a nível turístico do país, recebendo milhares de turistas durante todo o ano e com uma oferta de qualidade em várias áreas, como a restauração e hotelaria, por exemplo, os empresários confessam, que em termos de campismo, ainda existem algumas lacunas que, na sua perspetiva, devem ser rapidamente colmatadas. “Formámos, juntamente com alguns outros Parques de Campismo do Algarve e do Alentejo, a APCAA, Associação de Parques de Campismo do Alentejo e Algarve, precisamente com o intuito de sanar algumas dessas lacunas. A titulo de exemplo: o estacionamento ilegal de autocaravanas em áreas de serviço ilegais, criando assim uma concorrência desleal, que embora não ofereçam os mesmos serviços de um Parque de Campismo, têm tido bastante procura por parte de turistas estrangeiros por ser muito mais barato, e tem sido um
motivo de revolta e desagrado da nossa parte. Como proprietários de parques de campismo, onde nos são exigidos tantos requisitos, com grandes investimentos e pesadas cargas fiscais, esperamos que com a criação desta Associação seja possível resolver este assunto, obrigando assim que estas áreas de serviço se legalizem e paguem os respetivos impostos como todos nós” No entanto, confessam, que este é um setor que está em forte crescimento. “Se o Parque estiver em constante modernização, se prestar um bom serviço ao cliente, nota-se um certo retorno. Temos notado um acréscimo de procura por parte do turista francês, que visitava os países do norte de África, pois temos um clima muito similar. Os campistas estão a aumentar no Algarve, logo o setor também está em crescimento”. Expectativas promissoras para os próximos anos Para o futuro, os administradores do Parque de Campismo Ria Formosa, confessam que os planos passam pela ampliação do Parque, um projeto que se prevê esteja concluído num prazo de dois anos, e na constante evolução do parque em termos de infraestruturas, no sentido de oferecer aos seus clientes uma melhor oferta. “Os nossos objetivos baseiam-se sempre na melhoria do serviço, renovando e melhorando o que já existe, uma empresa não pode estagnar. Por exemplo, estamos sempre a investir na rede wi-fi, pois hoje é muito importante sobretudo para o turista estrangeiro, que é muito exigente. Achamos que o turismo na região do Algarve tem
ainda margem de crescimento futuro e mesmo em termos de qualidade de serviço e oferta, a região tem crescido muito.O balanço deste projeto, iniciado pelo meu pai, é excelente”, finalizam. PORTUGAL EM DESTAQUE | 87
A SOLUÇÃO IDEAL PARA A SUA PISCINA A experiência acumulada há mais de 30 anos impulsionou Mateus Brito a fundar a Poolgarve, em 1999. A empresa dedica-se ao ramo das piscinas e tratamento de águas e desenvolve coberturas elétricas, sendo uma referência a nível nacional, no fabrico destes equipamentos. Uma capacidade de resposta técnica eficiente e soluções diferenciadas à medida do cliente distinguem a PME Líder em Loulé. POOLGARVE
HUGO, MATEUS E MARISA BRITO A região algarvia é dotada de equipamentos e piscinas para combater o calor do verão. No entanto, quando chegam os dias mais frios há quem prefira optar pelas coberturas elétricas e assim poder utilizar a piscina durante o ano inteiro. Para isso, são muitas as pessoas que escolhem os serviços da Poolgarve. Depois de ter criado a Deoconstroi na década de 80, Mateus Brito aproveitou a sua vasta experiência no ramo das piscina as e tratamento de águas para fundar uma nova empresa. Assim, nasceu a Poolgarve, em 1999 que conta agora com a dedicação e empenho dos filhos Hugo e Marisa Brito. “Decidi que os meus filhos tinham todas as condições e seriam as pessoas adequadas para assumir este tipo de negócio. O Hugo é arquiteto, a Marisa é advogada e estão inseridos na empresa, dando um contributo muito importante”, destaca o empresário. Além de constituir uma empresa conceituada no mercado algarvio de piscinas e tratamentos de água, dedicou-se ao desenvolvimento e produção de coberturas elétricas para piscinas. “Somos dos poucos fabricantes a nível nacional e estamos a estudar as hipóteses para uma candidatura e designação de um produto de enquadramento nacional porque é totalmente produzido aqui, feito à medida. É o nosso produto principal, pelo qual somos reconhecidos e temos marca própria registada, a Rollotech Electric Poolcover System”, começa por explicar Hugo Brito. A produção destes equipamentos encontra-se dividida por três armazéns e a Poolgarve ambiciona a possibilidade de extrusão das suas próprias lâminas para assim obter 100 por cento do controlo do processo de fabrico e instalação. “Trabalhamos ainda com bombas de calor, filtrações de água e tratamentos de cloro e sal e desenvolvemos a nossa atividade sobretudo no Vale do Lobo, Quinta do Lago e Vilamoura. Temos no entanto, clientes espalhados por todo o Algarve e já fizemos alguns projetos noutras regiões do país. Um exemplo disso foi a instalação de coberturas elétricas, de grandes dimensões, nas piscinas municipais de Arcos de Valdevez”, contam os administradores. A empresa foi considerada PME Excelência em 2011 e continua a ser distinguida como PME Líder ao longo destes anos, sempre com o compromisso de um crescimento estável e a satisfação dos clientes. Mas afinal porque é a Poolgarve uma referência no merca88 | PORTUGAL EM DESTAQUE
do? “O que nos distingue é ter a capacidade de dar resposta e chegar a uma solução diferenciada e à medida do cliente. A experiência do meu pai é muito importante e temos uma equipa técnica competente no desenvolvimento de soluções que vão até ao local verificar as condições”, reforça Hugo Brito. Apesar de existir alguma dificuldade em encontrar trabalhadores qualificados, a empresa aposta numa formação interna para que os 18 colaboradores estejam preparados para a produção e instalação de equipamentos. “Trabalhamos muito caso a caso, logo não é um serviço que se execute sempre da mesma forma. A pessoa tem que ter a capacidade de adaptar e resolver os problemas através de conhecimento técnico”, completa Marisa Brito. Recentemente, a empresa apostou na imagem da sua loja, em Almancil mas tem já novos projetos. Além de pensarem desenvolver um produto mais standard, ajustado a um mercado mais alargado, a Poolgarve pretende inovar. “Vamos abrir uma nova loja muito em breve com novas gamas de produtos e estamos também a realizar estudos técnicos para o desenvolvimento de um produto ecológico e alternativo”, concluem.
Centro Empresarial e Industrial de Loulé, Lote 1 8100-285 Loulé Telf: 289 432 670 Fax: 289 432 671 Email: poolgarve@poolgarve.pt www.poolgarve.pt
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ACREDITAR NA FORÇA DA VITALIDADE Histórias de sucesso não são construídas com rapidez. Elas exigem coragem, paciência e, acima de tudo, dedicação. Vítor Hugo Gonçalves, atual administrador da Sociedade da Água de Monchique, está consciente desses passos e junto da sua equipa encontra o suporte necessário para erguer o negócio para além da escala nacional. A Portugal em Destaque procura agora perceber o que está na origem desta água tão especial, que para além das qualidades já intrínsecas, assume compromissos sociais. SOCIEDADE DA ÁGUA DE MONCHIQUE fundidade, brotando da rocha a 28 graus, com um equilíbrio físico-químico muito especial, único e raro de encontrar naturalmente”. Todas as colheitas são analisadas e testadas no laboratório da unidade fabril, considerado mesmo um dos melhores laboratórios da indústria da água em Portugal. “A qualidade é para, e na nossa empresa, “O ponto fundamental” da nossa actividade e é porventura o nosso maior foco, para o qual trabalhamos de forma incessante no sentido de poder dar aos nossos consumidores total garantia e confiança nos nossos produtos”.
VÍTOR HUGO GONÇALVES
Apesar de a água ser conhecida desde o tempo da presença romana na Península Ibérica, a Sociedade começou a explorar a concessão pública da água mineral de Monchique em 1992. “Foi apenas em 2011 que adquirimos a Sociedade das Águas de Monchique”, começa por explicar o nosso interlocutor. Iniciada esta nova fase, vários foram os desafios e as dificuldades, mas também diversas foram as vitórias conquistadas. “Hoje, em retrospetiva, sabemos que foi um caminho difícil, mas que constitui um corolário muito importante do nosso sucesso que muito nos orgulha e para o qual continuamos a trabalhar incessantemente e sobretudo com grande paixão”, revela. De consumidores mais tradicionais aos clientes mais inovadores procuram estar próximos de todos. “Temos um espírito de missão muito intenso e profundo e que é alargado a toda a nossa equipa, pois mais do que o lucro, procuramos passar a nossa mensagem de saúde e bem estar associado a uma alimentação alcalina procurando igualmente e sempre que possível ter também uma visão de responsabilidade social alargada”, sublinha. Paixão pelo produto O controlo das águas é muito rigoroso, mas a vontade de fazer chegar um produto “único, raro e diferente” é maior. Embora a Água Monchique esteja mais direcionada para os consumidores tradicionais e de grande distribuição, existe ainda a CHIC, desenvolvida e desenhada para a exportação, que se diferencia, alargando o portfolio da Sociedade como uma Água Premium quer pela embalagem trendy e moderna que apresenta quer pela elevada qualidade da Água quer pela beleza estética da garrafa premiada apresentada em quatro cores - “ A CHIC permite-nos chegar a mercados mais exigentes que valorizam muito a estética das embalagens, que, associada à elevada e particular qualidade da nossa água, tornam o nosso produto muito apelativo. Dizemos muitas vezes na empresa que a nossa CHIC é uma Água bonita por fora mas ainda mais bonita por dentro”. A água mineral, património hidrológico português, “é captada a 900 metros de pro90 | PORTUGAL EM DESTAQUE
“Mente sã em corpo são” Otto Warburg, fisiologista e bioquímico alemão, terá escrito: “Nenhuma doença, incluindo o próprio cancro, poderá existir num ambiente alcalino”. Estando nós conscientes de que o ser humano é 78 por cento água e que o sangue do nosso organismo tem obrigatoriamente de se manter com pH entre 7,35 e 7,45. “Na cultura ocidental a importância da água ainda não está ainda bem vincada, sobretudo no que diz respeito aos diferentes tipos de água que existem, mas a verdade é que, o que bebemos assume maior preponderância do que propriamente aquilo que comemos”, mostra Vítor Gonçalves. No entanto, as sociedades mudam e com ela novos valores são cultivados. A empresa está atenta a essas alterações e verifica que dadas as características especiais desta água algarvia, as pessoas começam a estar mais sensíveis a questões relacionada como o pH, o ORP (Oxidation Reduction Potential), mas ainda existem mitos que urgem esclarecimento. Se o pH de uma água mostra o potencial hidrogénico, indicando numa escala a sua acidez, neutralidade e alcaninidade, o ORP é uma medida que mede o potencial antioxidante. Entre as marcas portuguesas é difícil encontrar uma água com pH alcalino, e ainda mais difícil encontrar uma água com um ORP negativo. A água de Monchique proporciona ambos e os
potenciais benefícios para a saúde parecem multiplicar-se. “Em Portugal, existe uma outra água que se pode considerar ligeiramente alcalina, mas não conheço nenhuma outra que reúna o equilibrio físico-químico da Água Monchique. A nível mundial, sabemos que existem algumas águas alcalinas, contudo na sua grande maioria são artificiais”, informa. O total de sais dissolvidos, quantificado através da mineralização total faz com que as propriedades desta água ganhem ainda mais força. No entanto, há um pormenor que salta à vista: o elevado teor de sódio. Muitos consumidores têm reparado nesse aspeto e criticado as potencialidades da água. Sob este ponto de vista, o nosso entrevistado interpela: “Muitas pessoas associam o sódio ao sal de cozinha, mas é preciso notar que a Água Monchique contém sódio porém na sua forma 100 por cento natural e por isso reconhecido pelo nosso organismo como um sódio saudável e diria até benéfico pois o sódio é um mineral essencial para as ligações intracelulares. Acrescento ainda que, mesmo assim, o teor de sódio contido num litro de água Monchique é inferior ao contido por exemplo num pão normal. Aliás deixe-me referir que a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda um consumo diário de sódio que ronda os 2g/adulto, bastará então referir que um litro de Água Monchique contém apenas cerca de 0,1g pelo que é fácil fazer a relação da proporção. Trata-se portanto claramente de uma falsa questão, mas que é preciso e importante informar”. Paralelamente, as escolas ensinam que a água não possui cheiro, cor, nem sabor. Nos dois primeiros sentidos a afirmação é correta, mas no que diz respeito à degustação, Vitor Hugo Gonçalves sabe que nada poderia estar mais longe da verdade: “As águas são todas diferentes, e ainda bem. A de Monchique distingue-se imediatamente por ser ligeiramente adocicada e muito aveludada. Aliás, eu costumo dizer que é uma água que se aprende a gostar e se esse hábito perdurar as pessoas ficam completamente fiéis ao sabor reconhecendo-o claramente face a outras águas mais ácidas”. Amadurecidos pela diferença Este travo peculiar e adocicado ajuda-os a marcar o seu mercado que, embora também dedicado à exportação, nunca deixará o seu rasto nacional: “Estamos presentes em praticamente todos os grupos de distribuição que têm acarinhado e apoiado o nosso projeto e a nossa visão estratégica do produto e da marca pelo que mais do que clientes são nossos parceiros”.
Para quem já se está a questionar onde poderá adquirir o produto, saiba que ele poderá ser encontrado em grupos como a Sonae, Jerónimo Martins, Intermarché, Supercor, El Corte Inglês, ALDI, E.Leclerc, e ainda na maior parte das lojas de produtos naturais e biológicos entre outras pequenas lojas de retalho. “Existem algumas reclamações, sobretudo nas redes sociais, de pessoas que nos dizem não encontrar a nossa água no mercado, que é algo que nos preocupa . É importante relevar que a nossa empresa trabalha de forma intensa para que a Água Monchique chegue e esteja facilmente disponível a todos no mercado porém também temos consciência que nem sempre o conseguimos. Queremos deixar claro que o mercado nacional e os consumidores portugueses são e serão sempre o nosso foco e a nossa prioridade não obstante o volume crescente de exportação que temos tido”. Os 32 colaboradores que aqui trabalham confiam nesta proximidade, pois “queremos que parte do nosso sucesso seja retribuído à sociedade” e nesse âmbito associaram-se a várias iniciativas de dimensão social, nomeadamente instituições como a Acreditar, várias associações de luta contra o Cancro, a Lavrar o Mar, projetos culturais e desportivos, entre outros. Mais recentemente “apoiamos um projeto ligado à reconstrução de casas para famílias carenciadas aqui em Monchique que muito nos honrou e que corresponde exactamente a esta ideia do apoio de proximidade que considero fundamental numa organização”, adianta.
encontro à nossa visão da empresa pois irá permitir-nos, mais do que aumentar a capacidade instalada e produção, permitir ter um produto de ainda maior qualidade e com maior capacidade de diferenciação no mercado”, sintetiza. Esta transformação poderá vir a reforçar a imagem do produto, mas todas as novidades serão reveladas a seu tempo. Para já, querem continuar a desafiar o status quo das águas portuguesas, revolucionando o mercado, um pouco, a cada dia “trabalhando de forma incessante e sempre com muita paixão”.
Pegada em português Lembrando-se permanentemente de estar próximos dos mais próximos, “o mercado nacional será sempre o nosso principal foco, mas não podemos negligenciar a visão que temos de tornar a Água Monchique/Chic numa marca global”. O mundo está cada vez mais pequeno e Vítor Hugo Gonçalves reconhece que a empresa tem um produto “único e muito apreciado e apetecido lá fora”. Desde 2015 que a Sociedade da Água de Monchique tem assistido a um crescimento vertiginoso e, com presença em Macau, Hong Kong, Timor, e em vários países da Europa, “chegou agora o momento de apostar mais seriamente na nossa vizinha Espanha”. Este acelerado progresso fê-los perceber que as instalações começavam a ser diminutas para a visão e amplitude que queriam ter, e nesse sentido concorreram a um projeto tendo em vista a requalificação de toda a estrutura de produção. “O projeto que temos aprovado vai de PORTUGAL EM DESTAQUE | 91
HÁ 519 ANOS A SERVIR OS QUE SÃO ESQUECIDOS A Santa Casa da Misericórdia de Lagos é das mais antigas do país. Foi fundada pela Rainha D. Leonor há 519 anos e tem como missão promover a saúde e o bem-estar da população, com especial atenção para os mais carenciados, apoiando famílias e protegendo crianças e idosos. Esta instituição foi já distinguida com medalhas de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido e conta com três lares certificados mas ambiciona desenvolver novos projetos a pensar naqueles que precisam. SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LAGOS de referência a nível regional. Nem sempre é fácil e os meios são cada vez mais escassos, mas Fernando Graça Costa não baixa os braços e luta pela implementação de boas práticas e pela excelência dos serviços. Para isso, conta com uma equipa de 357 colaboradores motivados, competentes, com experiência, determinados, inovadores e profissional e humanamente solidários. Incentivá-los é primordial até porque o trabalho exercido não é pagável.
FERNANDO GRAÇA COSTA “É uma irmandade da misericórdia, instituição sem fins lucrativos, com regime legal de instituição particular de solidariedade social. Reconhecida como pessoa coletiva, de utilidade pública, a Santa Casa da Misericórdia de Lagos é uma instituição de caridade e assistência social, de fins filantrópicos, equiparada a Instituição Privada de Solidariedade Social. Ao longo dos séculos, dedicou-se à área da saúde, com o Hospital da Santa Casa da Misericórdia que, em 1975, foi nacionalizado. Desde então, a Misericórdia passou a desenvolver respostas sociais, nomeadamente lares para idosos e estruturas de apoio às crianças”. É assim que o Provedor Fernando Graça Costa apresenta esta instituição. Após um longo período a viver no Algarve, a Rainha D. Leonor fundou a Misericórdia a 2 de julho de 1498, sendo considerada hoje das mais antigas do país. Com 519 anos de atividade, o grande desenvolvimento desta instituição deu-se pela atuação dos beneméritos José Filipe Fialho e da sua esposa Maria Francisca Fialho, que em 1978, deixaram os seus bens patrimoniais à Santa Casa. A partir dessa data, construiu-se o primeiro Lar, com o nome José Filipe Fialho e deu-se a expansão e desenvolvimento. De reconhecer fica o trabalho e esforços realizados pelos irmãos, beneméritos e antigos provedores que aguentaram a estrutura com muitas dificuldades. Proporcionar uma vida mais digna aos trabalhadores e utentes que diariamente servem, respeitar e fazer cumprir o compromisso dos valores cristãos, bem como seguir as 14 obras da Misericórdia faz parte das funções da Santa Casa da Misericórdia de Lagos. Assim, assume-se como uma porta aberta, “uma casa ou espaço comum onde todos podem dar e receber”. Solidariedade, responsabilidade social, dignidade da pessoa humana, humanização, profissionalismo e rigor, multidisciplinaridade e interdisciplinaridade, legalidade e transparência são os valores que orientam a sua ação. A missão é bem clara: promover a saúde e o bem-estar da população, principalmente os mais carenciados, apoiar famílias e proteger as crianças e idosos. Por isso, o trabalho é alicerçado por critérios de solidariedade e pretende ser uma instituição solidária inovadora e
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Valências e respostas sociais Atualmente, a Santa Casa da Misericórdia de Lagos dispõe de sete lares distribuídos pelas várias freguesias do Concelho, que desenvolvem as respostas sociais de ERPI- Estrutura Residencial para Idosos, Centro de Dia, Apoio Domiciliário. A SCM Lagos dispõe ainda de um Centro Infan-
CENTRO INFANTIL E CRECHE ODIÁXERE
CENTRO MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO
LAR DE BARÃO
Prestígio e reconhecimento A construção do Lar José Filipe Fialho deu início à expansão e construção de outros equipamentos. Por isso, consta como marco principal e histórico da instituição que foi evoluindo naturalmente. Em 1991, a Misericórdia de Lagos recebeu a Medalha de Mérito Municipal (Grau Ouro), atribuída pela Câmara Municipal de Lagos, devido ao papel social que tem desempenhado ao serviço da comunidade lacobrigense. Em 1998, no ano de comemoração dos seus 500 anos de História, recebeu, da Misericórdia de Lisboa, o Medalhão de Honra - Prata - como testemunho de apreço e reconhecimento. “A atribuição destes dois galardões é revelador do reconhecimento por parte dessas entidades de um trabalho realizado ao longo dos anos pela nossa instituição”, comenta. Para o futuro, Fernando Graça Costa pretende manter a sustentabilidade da insti-
LAR DE BENSAFRIM til-Creche e pré-escolar e um Centro de Medicina Física e Reabilitação. “Ao todo, damos apoio diariamente a 826 pessoas, repartido pelas valências que Os Lares assistem 340 utentes, o serviço de Apoio Domiciliário auxilia 65 utentes e nos Centros de Dia temos 107 utentes. Na Cantina Social servimos 165 refeições e no centro infantil, temos 77 crianças na creche e 72 crianças no pré-escolar. Em 2016, o Centro de Medicina Física e Reabilitação tratou 2051 utentes e teve 2409 atos médicos”, especifica o Provedor. O alojamento, cuidados de saúde, higiene pessoal e bem-estar, alimentação adequada ao utente, atividades lúdicas e de lazer, tratamento de roupa, higiene habitacional, transportes constituem as principais prestações de serviços da instituição que é a segunda maior empresa empregadora de Lagos. Para conseguir responder a situações mais delicadas, a Santa Casa tem um protocolo com a Câmara Municipal de Lagos que fornece cabazes para distribuir pelos mais carenciados.
RESIDÊNCIAS
LAR JOSÉ FIALHO
LAR DE ODIÁXERE
LAR RAINHA D. LEONOR
blema muito grave que afeta cada vez mais pessoas com o avanço da idade. A parte cognitiva fica perturbada e é complicado fazer essa gestão e o relacionamento. Seria fundamental ter esse apoio para criar um espaço próprio para estas pessoas, a nível local, regional e até nacional. Onde essas pessoas pudessem ter outros cuidados, com pessoas preparadas e dar um conforto que nem sempre é possível, com condições naturais. Este é o maior projeto que ambicionamos e temos terreno disponível”, conclui.
LAR DE ESPICHE tuição e continuar a manter um serviço de excelência nos cuidados prestados. Após obter o diploma de certificação de três dos seus lares, a Misericórdia irá promover a reabilitação de equipamentos existentes, até porque o trabalho dos colaboradores é merecedor. As ideias são uma constante e por isso existem já projetos como a construção de um edifício multifuncional e de uma casa de acolhimento para vítimas de maus tratos familiares. De modo a aproveitar um edifício e um espólio valioso e antigo, a instituição quer desenvolver uma Casa Museu e um núcleo museológico. “Pretendemos desenvolver um projeto na área da demência e Parkinson, um pro-
Rua Rainha D. Leonor, Nº 2 8600-776 - Lagos Tel: 282 780 180 | Fax: 282 780 189 Email: assessoria@scmlagos.com www.scmlagos.com
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“O SABER DO SABOR” Estávamos em 1984 quando Luís Sabbo partiu à aventura, aproveitou as propriedades que detinha e apostou na produção de frutas. Pessegueiros, damasqueiros e nectarinas foram as principais culturas e seguiu-se a implementação de dióspiros, tornando esta empresa pioneira na região algarvia. Atualmente é Maria Adelaide Sabbo e o filho Luís Sabbo que dão continuidade ao negócio familiar que conta já com 90 hectares de área de produção. Em entrevista à Portugal em Destaque, foram revelados alguns segredos que fazem com que esta empresa continue a “dar frutos”. LUÍS SABBO por cento do nosso produto. O restante vai para os mercados abastecedores do Porto e Lisboa, principalmente. O mercado externo representa 10 por cento entre países como França e Suíça porque preferem a fruta portuguesa.
A Luís Sabbo existe há mais de 30 anos em Tavira. Fale-nos da sua evolução. Após a introdução das primeiras culturas, na década de 90 apostamos nos dióspiros. Fomos evoluindo, começamos a dinamizar e aumentar as áreas de produção. No início tínhamos cerca de 15 hectares e neste momento contamos já com 90 hectares. Assim aumentamos a área de dióspiros, depois as romãs e atualmente também temos limões, limas, figos, abacates e fazemos um pouco de horticultura com a produção de abóboras. Estas são as nossas produções, sendo que a principal é a de dióspiros, onde temos maior área. O que caracteriza e garante a qualidade dos vossos produtos? No início de cada ano elaboramos o plano de trabalhos, onde tentamos corrigir o que correu mal em anos anteriores e repetir o que correu bem, respeitando os programas definidos. Executámos uma preparação cuidadosa e a seleção do produto para dar origem a uma boa produção e comercialização. O sucesso na comercialização depende essencialmente de uma boa produção. Tudo começa a partir do momento em que a árvore é plantada, existem certos cuidados para assegurar as melhores características e qualidade. Foram pioneiros na produção de dióspiros no Algarve. A inovação faz parte da 94 | PORTUGAL EM DESTAQUE
empresa? Achamos que seria uma cultura interessante e resolvemos arriscar nesta nova produção. O sucesso da nossa empresa deve-se ao tentar estar mais à frente, apostar na inovação com uma visão mais ampla. Além dos dióspiros, fomos pioneiros nas romãs e isso só se consegue com muito trabalho, dedicação e algum risco. E continuamos a aprender porque não se pode parar, temos que estar sempre em constante renovação e fazer melhor para assim chegar mais longe. Podem revelar alguns dados de produtividade? Produzimos cerca de 900 toneladas de dióspiros, 100 toneladas de romãs, 30 a 40 de figos e nos limões cerca de 80 toneladas por ano. Produzimos ainda 300 toneladas de abóboras como cultura alternativa para rentabilizar os terrenos. Para isso contamos com 22 colaboradores e na altura da apanha da fruta contratamos mais pessoas. O nosso pico começa em Junho com a produção de figos e termina só em Dezembro com o término dos dióspiros. Quais são os principais mercados da Luís Sabbo? Os nossos principais clientes são o mercado nacional. Trabalhamos com a grande distribuição que detém cerca de 30 a 40
Foram distinguidos como PME Líder 2016. Sentem que são uma empresa de referência neste setor? Pelos vários contactos que recebemos ao longo do ano, acreditamos que temos algum reconhecimento a nível nacional. Tentamos que a nossa marca fique associada a um procuto nacional de qualidade o que faz com que em alguns casos haja um motivo de procura por parte dos clientes, relativamente aos nossos produtos. O nome já tem algum reconhecimento e o conhecimento foi transmitido de geração para geração. Trabalhamos para cumprir objetivos e aumentar a produção. Na região existem muitas empresas ligadas à produção de citrinos, mas nós optamos por arriscar e inovar com variedades diferentes. Acreditamos que temos de ser diferentes, ou pelo menos tentar sê-lo, e devemos ir à procura de novidades que também se adaptam a este meio. Por onde passa o futuro da Luís Sabbo? Gostaríamos de aumentar as áreas de produção e talvez apostar em novas culturas. A procura deve ser constante e devemos tentar ir ao encontro daquilo que não exista cá na região. Queremos marcar a diferença.
Sede Fiscal Urbanização de S. Luis lote I, 6º Esq 8000 - 333 Faro Armazém e escritório Estrada Nacional 125, 185 G 8800 – 513 Tavira Tel./Fax: (+351) 281 324 245 E-mail: geral@luissabbo.com www.luissabbo.com
UMA FREGUESIA CENTENÁRIA PRÓXIMA DA POPULAÇÃO Quando ouvimos falar de Portimão somos remetidos de imediato para a beleza das praias algarvias e ao cheiro tão característico da sardinha assada nos meses de verão. No entanto, a Junta de Freguesia tem promovido iniciativas, com o apoio das associações, que trazem cada vez mais visitantes à cidade. Uma relação próxima com a população, uma eficaz capacidade de resposta e um programa completo de dinamização são características desta freguesia com 45 mil habitantes. JUNTA DE FREGUESIA DE PORTIMÃO
ÁLVARO BILA A freguesia de Portimão é atualmente um local turístico de excelência e todos os anos recebe milhares de visitantes. Com uma área de 75 quilómetros quadrados, há obrigações que não podem ser descuradas, entre elas o apoio à população. “Temos cerca de 45 mil habitantes e temos que estar presentes. As pessoas procuram-nos cada vez mais, quase todos os dias faço atendimentos. O contacto com a população é diário, acontece na rua ou no café e isso é muito bom. É importante estar próximo dos cidadãos e torna a resolução de problemas muito mais simples. Estamos sempre a aprender”, começa por contar Álvaro Bila, Presidente da Junta de Freguesia de Portimão. Apesar de ser maioritariamente urbana, a componente rural também existe e não é esquecida pela freguesia. Todos os meses, as zonas mais periféricas são visitadas por técnicas sociais e o acompanhamento é constante, principalmente aos seniores. Além dos serviços inerentes, a Junta de Freguesia de Portimão conta ainda com um Espaço Cidadão, um Gabinete de Inserção Profissional e um espaço público de internet, num local em que todos são bem-vindos. A população idosa é alvo de uma atenção especial devido às suas necessidades e são promovidos projetos de dinamização. Entre o teatro sénior ou as matinés dançantes, existe um grupo de senhoras, na Pedra Mourinha, que produzem almofadas para o Instituto de Oncologia e aventais para escolas de crianças com incapacidades. Atentos às necessidades de quem mais precisa, a solidariedade detém um lugar de destaque, tal como os ensinamentos aos mais jovens na arte de cultivar e usar a horta. “Temos a iniciativa ‘Teatro Vai a Casa’, em que os atores deslocam-se a casa de pessoas acamadas ou com dificuldades de deslocação para saber as suas histórias de vida e encenam as suas vivências. O ‘Tão Perto de Ti’ é outro projeto que leva refeições até essas pessoas e ainda um enfermeiro que, de forma regular, desloca-se para fazer alguns testes do controlo de diabetes, medição da tensão arterial e rastreios de colesterol”, menciona o presidente. O apoio social tem uma importância extrema para a freguesia. “Felizmente, em conjunto com as associações da região, em Portimão não exis-
tem pessoas com fome. Temos o refeitório social da Quinta do Amparo e o refeitório da Caritas, em que estabelecemos protocolos e conseguimos montar uma rede para que a comida chegue a toda a gente”, destaca. Desde a Igreja Matriz ao Museu Municipal de Portimão, passando pelas ruínas do Convento de São Francisco são muitos os locais a visitar. Quem chega nos cruzeiros admira as tradições do comércio local. “Contamos com a ajuda da nossa população, comerciantes e restauração. As gentes de Portimão sabem receber e os visitantes sentem-se bem. Além do peixe, encontramos muitos restaurantes com comida tradicional portuguesa e doçaria regional, como os Dom Rodrigo”, acrescenta. Em 2016, a freguesia de Portimão comemorou 100 anos e assinalou a data com uma festa na Alameda. A iniciativa é para continuar, tal como tantas outras já reconhecidas. “Lançamos o Festival de Acordeão João César, em homenagem a um músico da terra, temos o Festival Chaminé de Ouro, mais direcionado para as crianças e o Festival Acústico para os jovens. Começamos a fazer a Desfolhada, uma iniciativa dos mais antigos que tem tido muito sucesso, tal como o Magusto tradicional. Queremos manter a tradição e as memórias para que os mais novos tenham contacto e orgulho do nosso passado, só assim planeamos um futuro melhor”.
Praça da República, n.º 25 8500-540 Portimão tel: 282 402 140 tlm: 966 909 728 fax: 282 402 149 email: jfp@jf-portimao.pt www.jf-portimao.pt PORTUGAL EM DESTAQUE | 95
‘FRANGO ASSADO À GUERREIRO’ CONQUISTA PORTUGUESES E ESTRANGEIROS EM PORTIMÃO Há 20 anos que a Churrasqueira Guerreiro, em Portimão, é uma referência no concelho, com gerência de Paula Mendonça. Em conversa com a empresária, ficámos a conhecer o famoso frango assado, que faz as delícias de clientes de várias gerações de todo o mundo. CHURRASQUEIRA GUERREIRO
PAULA MENDONÇA 96 | PORTUGAL EM DESTAQUE
Falar de carnes na brasa em Portimão é falar automaticamente da Churrasqueira Guerreiro. Com o vigésimo aniversário comemorado no passado dia 19 de fevereiro, a Churrasqueira Guerreiro tem no frango assado o seu expoente máximo. O sucesso, conta-nos Paula Mendonça, gerente, deve-se à qualidade dos produtos e do serviço e à proximidade com os clientes e colaboradores. “Somos uma empresa familiar que tem por base a confiança e a qualidade. Temos um serviço que é bom e isso deve-se também à minha relação com os meus funcionários. Considero-me um deles quando estamos a trabalhar, não sou apenas a patroa. Não se pode pedir para que façam algo quando nós próprios não somos capazes de o fazer”, refere. Na Churrasqueira Guerreiro, o frango
assado é rei, sendo servido 99% das vezes. Trata-se de um frango fresco, que obedece a todas as certificações e cujo segredo reside no tempero: “O nosso frango é temperado por nós, com uma base diferente de todas as outras. No verão chegamos a servir muitos… muitos frangos, por dia!”, revela Paula Mendonça. No entanto, para além do frango assado, também é possível saborear na Churrasqueira Guerreiro uma série de outros pratos confecionados na brasa, como o bacalhau, picanha, febra, entremeada ou costeletas. Esta afirmação no setor da restauração portimonense foi fruto de muito trabalho e dedicação por parte de Paula Mendonça, do marido e filhos, e da sua equipa. A empresária não se cansa de agradecer às pessoas que com ela colaboram diariamente, que apelida como família. Alcançar o estatuto de PME Líder deixa a gerente com muito orgulho, sendo o resultado natural de um trabalho intensivo nos últimos 20 anos: “Crescemos muito, penso que devemos ser a maior churrasqueira de Portimão. Temos clientes de todo o país e de toda a parte do mundo, que nos acompanham desde sempre. São já várias as gerações de famílias que passam pela Churrasqueira Guerreiro, daí carinhosamente me apelidarem de avó das galinhas”, confessa com orgulho. Questionada sobre o futuro do negócio, Paula Mendonça mostra-se positiva, prometendo continuar a prestar o serviço de qualidade que a caracteriza. Atualmente com 13 colaboradores, irá aumentar a equipa com mais um elemento e deixa o convite para que venham provar a especialidade da casa, o “frango à Guerreiro”. A Churrasqueira Guerreiro está aberta todos os dias, ao almoço até às 15h e ao jantar até às 21h30, exceto às segundas-feiras. Estará ainda encerrada para férias de 17 de abril a 10 de maio e de 23 de outubro a 14 de novembro de 2017. PORTUGAL EM DESTAQUE | 97
SEVER DO VOUGA Descobrir Sever do Vouga é percorrer paisagens e tempos deixados nos lugares certos, pela natureza e pelas suas gentes que, através da sabedoria popular e erudita, demarcaram esta região do Médio Vouga. Exemplos destes são bem visíveis para quem percorre as sete freguesias do concelho. Sever do Vouga, situada no interior do distrito de Aveiro – exatamente, na fronteira com o distrito de Viseu – é o ponto de passagem na ligação ao resto da Europa através da A25. Um local marcado por uma grande beleza natural, que quer afirmar-se como um destino turístico, pretendendo ser um concelho desenvolvido ao nível da pequena indústria e coesão social. O seu património arquitetónico é muito rico e variado, destacando-se a gravura em pedra conhecida por Fornos dos Mouros, as capelas de S. Macário, de S. Brás e S. Tiago e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, a anta da Cerqueira, a via romana e o pelourinho de Sever do Vouga, junto ao antigo edifício da Câmara Municipal. Sever do Vouga é também conhecida pelos seus eventos e atividades desportivas, provas de todo-o-terreno, BTT e canoagem. O artesanato é composto por trabalhos de cestaria e de ferro. Na gastronomia, Sever do Vouga destaca-se pelo arroz da lampreia, lampreia à bordalesa e vitela assada com arroz no forno. Recentemente, o mirtilo tem chamado a atenção para a excelência e potencialidade do concelho, sendo mesmo Sever do Vouga conhecida como a capital da produção de mirtilo. Venha descobrir Sever do Vouga, terra de paisagens naturais únicas e verdejantes.
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TERRA DE ENCANTOS E SINGULARIDADES Sever do Vouga é um concelho marcado por uma grande beleza natural, afirmando-se como destino turístico ideal para procura sensações únicas. Terra de contrastes, onde a magnificência das suas paisagens, rios e quedas de água convidam à aventura. Venha conhecer este destino turístico preservado e genuíno, que combina natureza, luminosidade, gastronomia, cultura, história e onde certamente será recebido com grande simpatia e hospitalidade. MUNICÍPIO DE SEVER DO VOUGA
ANTÓNIO COUTINHO Feira Nacional do Mirtilo 2017 – 10 anos 10 sabores Sever do Vouga vai acolher a 10ª edição da Feira Nacional do Mirtilo de 29 junho a 2 de julho. O evento, de entrada gratuita, realiza-se no Parque Urbano da vila e promete mais uma vez trazer milhares de visitantes à Capital do Mirtilo ao longo dos quatro dias. A Feira do Mirtilo inclui uma componente direcionada para o visitante profissional, com uma área de expositores ligados à fileira e palestras técnicas, e uma componente lúdica, composta por atividades para toda a família, nomeadamente animação musical, animação para os mais novos, viagens em comboio turístico, visitas a plantações de mirtilos, apanha do mirtilo, showcookings, entre muitas outras. Para António Coutinho, presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga, esta edição constitui uma marca importante de um evento perfeitamente consolidado, que todos os anos atrai milhares de pessoas. “Estes 10 anos traduzem-se num 104 | PORTUGAL EM DESTAQUE
crescimento assinalável do certame”, revela o autarca, acreditando que a edição deste será ainda melhor que a de 2016, até porque são várias as dinâmicas que se encontram neste evento de referência. “A Feira do Mirtilo tem um grande potencial de crescimento porque há ainda muitas pessoas que não conhecem o fruto, por isso uns vêm pela dinâmica, outros pela curiosidade”, salienta António Coutinho, confessando que a feira tornou-se numa marca “que serve de alavanca para o crescimento e desenvolvimento económico de Sever do Vouga”. À semelhança das anteriores edições, o evento reúne um programa cultural de grande valia, com destaque para o Festival Paisagens, o primeiro festival de cinema em Sever do Vouga, e para o Festival de Guitarras Mágicas. 1001 razões para visitar Sever do Vouga São inúmeras as razões para uma visita a Sever do Vouga, começa por dizer António Coutinho, presidente da Câmara Mu-
nicipal, em entrevista à revista Portugal em Destaque, salientando desde logo, a riqueza natural, a paisagem verdejante e a água, entre rios, ribeiros e cascatas, que são uma marca muito forte do concelho, proporcionando uma envolvência e um cenário verdadeiramente deslumbrante. As características naturais do concelho permitiram a criação de um conjunto de trilhos e percursos pedonais, considerados pelos visitantes, um desafio onde a natureza se conjuga de forma perfeita. Por outro lado, o património histórico e arqueológico de Sever do Vouga é também um desafio para os amantes da história e das civilizações, bem como uma das razões para conhecer este magnífico concelho, a par do património religioso. A singularidade dos fenómenos geológicos que aqui ocorrem, a notável biodiversidade que alberga, e as particularidades da sua geomorfologia, fazem deste território um destino de excelência para a observação e interpretação da natureza e para a realização de inúmeras atividades de desporto e aventura “Em Sever do Vouga, temos três empresas a proporcionar este tipo de atividades que deliciam os visitantes”, sublinha o autarca. Motivo de visita é também o novo museu municipal que faz uma abordagem à arqueologia em Terras de Sever, ao património industrial e mineiro, à etnografia e práticas culturais, às maravilhas naturais próprias do território e à sua dedicação aos pequenos frutos (com destaque para o mirtilo). Suportado numa coleção museológica única, este é um equipamento voltado para o futuro, altamente pedagógico, comunicativo e envolvente. A gastronomia tradicional é outra das riquezas do concelho, sendo celebrada em vários eventos, nomeadamente na Festa da Lampreia e da Vitela, integrada na rota nacional da lampreia. António Coutinho refere que esta divulgação serve também para criar impacto turístico, que por via da gastronomia, presenteia um leque de atividades e espaços de alojamento local que os turistas poderão desfrutar. O autarca destaca ainda o FICAVOUGA, um
evento de grande qualidade, que tem como pano de fundo a natureza, o património e a gastronomia dos socalcos da serra, do vale do rio Vouga e do concelho de Sever do Vouga. “A edição deste ano terá lugar de 22 a 30 de Julho, contando com a presença de vários artistas nacionais, entre eles os Quinta do Bill, Áurea, Raquel Tavares, Moonspell, Blind Zero, Os Azeitonas, Orelha Negra e Capitão Fausto, seguindo uma linha artística de programação de variados estilos musicais e aposta em novas bandas portuguesas de inegável qualidade musical, mas onde os projetos musicais locais não são esquecidos”. Balanço do mandato autárquico António Coutinho traça um balanço positivo deste último ciclo autárquico, onde não faltaram obras e projetos que contribuíram para o desenvolvimento do concelho, com destaque para o Museu Municipal, bem como um conjunto de arranjos urbanísticos, nomeadamente do espaço que acolhe o FICAVOUGA, a criação de um parque geriátrico direcionado para a manutenção dos seniores, estando no horizonte a criação de um espaço dedicados aos mais jovens. “A construção da Casa Mortuária, a ampliação do cemitério, a valorização no interior da freguesia de Talhadas, a conclusão do Largo de Paçô e do Largo das Eiras em Cedrim são outras obras importantes, a par de diversas requalificações, transformações e pavimentações de vias, nomeadamente a chamada estrada da Serra que liga Sever do Vouga a Albergaria-a-Velha”, salienta António Coutinho, lembrando que prevista está também a criação de um centro escolar e uma nova praia fluvial. No âmbito da reabilitação urbana, vão avançar quatro grandes obras: ampliação do parque urbano, requalificação do Largo de S. Mateus e ampliação/transformação do largo da feira semanal, bem como o centro escolar de Sever do Vouga, já em fase final de adjudicação. “As atividades económicas de maior relevo no concelho são na área da metalomecânica e serralharia, onde se
destacam as empresas A. Silva Matos, Seveme, Arestalfer e Silva & Ventura com grande vocação exportadora, levando o nome do concelho além-fronteiras”, refere o presidente da Câmara Municipal, reiterando a importância da chamada ‘via para a competitividade’, que permita o acesso direto à A25, fundamental para a valorização do município e no contributo para o desenvolvimento e dinâmica das empresas. Quanto ao futuro, António Coutinho assume a sua recandidatura à Câmara Municipal de Sever do Vouga, no sentido de dar continuidade à onda de dinamização do concelho, por isso deixa uma mensagem de esperança e otimismo para os severenses e um apelo aos nossos leitores: “Venham descobrir sensações únicas no concelho de Sever do Vouga”.
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UMA REFERÊNCIA DE QUALIDADE Localizada no centro de Sever do Vouga, a Quinta da Remolha, pertence à mesma família desde 1855, tendo desde sempre apostado na agricultura. Até há 20 anos produzia fundamentalmente milho e citrinos, altura em que fruto das políticas agrícolas em Portugal, que conduziram inevitavelmente ao abandono dos campos, por todo o país, acabou por gradualmente ser coberta por vegetação, que em poucos anos, invadiram os campos outrora cultivados. QUINTA DA REMOLHA
No ano de 2010, o neto mais velho do proprietário da Quinta da Remolha, Pedro Amadeu Lobo, Engenheiro Civil de formação, pelo gosto da Terra em que nasceu, Sever do Vouga, e pelo Amor que sempre teve pela Quinta da Remolha, arrendou os terrenos da Quinta aos seus Avós e iniciou lentamente a sua revitalização. Numa fase inicial apostou na cultura do Mirtilo. A cultura do Mirtilo surge em Portugal, precisamente no concelho de Sever do Vouga, em 1990, altura em que um grupo de engenheiros holandeses que visitavam o concelho, identificaram, nas características edafo-climáticas desta região, condições ideais para a produção deste fruto. Numa altura em poucos conheciam o Mirtilo, Pedro Amadeu Lobo, apostou nesta cultura, e decorridos sete anos, continua a ser uma das mais importantes apostas na Quinta da Remolha. A falta de qualidade das plantas disponíveis no mercado levaram Pedro Amadeu 106 | PORTUGAL EM DESTAQUE
Lobo a criar na Quinta o seu próprio viveiro, sendo hoje uma referência na qualidade das plantas que produz, em parceria com laboratórios certificados europeus. Hoje para além do Mirtilo, a Quinta da Remolha, produz e comercializa plantas e fruto de Groselha, Framboesa, Amora, Maracujá, sem esquecer os citrinos, tendo feito uma forte aposta no último ano em Limas, Limões e Kumquats. A diversificação é uma aposta que permite numa área onde as variáveis existentes são sempre imprevisíveis, e foi decisão ponderada e, que na opinião de Pedro Amadeu Lobo, poderá dar mais algumas garantias em termos de retorno financeiro. Para além da comercialização das plantas e do fruto, a Quinta da Remolha, possui uma Unidade de Transformação Artesanal, onde produz, Licores, Xaropes, Compotas, Geleias e Marmeladas. A aposta em fruto desidratado e sumos é, neste momento, um projeto em desenvolvimento, esperando que no decorrer do ano 2017, se inicie a sua comercialização. As produções de fruta da Quinta da Remolha estão certificadas em Modo de Produção Integrada e Globalgap, sendo a qualidade o primei-
ro grande objetivo, em tudo o que produz e comercializa. Para além da Marca Quinta da Remolha, Pedro Amadeu Lobo criou e registou as marcas, Mirtilinha, Mirtilada, Companhia das Frutas Raras e ainda, a mais conhecida, Mirtilo de Sever do Vouga. A criação da marca Mirtilo de Sever do Vouga foi, segundo Pedro Amadeu Lobo, o primeiro passo para a criação de uma IGP – Indicação Geográfica Protegida. Os Mirtilos não são todos iguais, diz Pedro Amadeu Lobo, e é importante que os clientes saibam o que estão a consumir, para que possam fazer as suas escolhas de uma forma consciente e informada. A Quinta da Remolha recebe visitas durante todo o ano e tem as suas portas abertas, para todos os amantes da Natureza, que queiram conhecer uma pouco mais sobre a cultura de pequenos frutos e de citrinos.
QUINTA DA REMOLHA 3740-251, Sever do Vouga - PORTUGAL Tlm: +351 968 729 147 E-mail: geral@quintadaremolha.pt Facebook: facebook.com/quintadaremolha www.quintadaremolha.pt PORTUGAL EM DESTAQUE | 107
PODER DE PROXIMIDADE AO SERVIÇO DA POPULAÇÃO Custódio Lima assumiu a gestão da Junta de Freguesia de Pessegueiro do Vouga com verdadeiro espírito de missão e com uma vontade positiva de servir a freguesia e a sua população. Em entrevista à Portugal em Destaque, o autarca falou das prioridades que foram estabelecidas para este primeiro mandato, transmitindo aos pessegueirenses uma mensagem de confiança na dinamização da freguesia. JUNTA DE FREGUESIA DE PESSEGUEIRO DO VOUGA comemorou 40 anos. Por outro lado, prestou igualmente o seu louvor à ACRP, que subiu de divisão em hóquei em patins e à APDCI, uma instituição de grande tradição na intervenção social que, recentemente, criou uma unidade de cuidados continuados. “Todas elas desempenham um excelente trabalho em prol da comunidade com muita entrega e dedicação”.
CUSTÓDIO LIMA Traçando o perfil de Pessegueiro do Vouga, Custódio Lima referiu que se trata de uma freguesia situada na margem direita do rio Vouga, pertencente ao concelho de Sever do Vouga. A paisagem deslumbrante, o património cultural e arquitetónico são razões mais do que suficientes para visitar esta freguesia, que tem como cartão de visita a Ponte do Poço de Santiago. Terra de usos e costumes, de saberes e tradições, Pessegueiro do Vouga distingue-se pela hospitalidade das suas gentes e pela oferta cultural e turística que oferece. “Durante o mês de abril, costumamos fazer a Rota das Laranjeiras, um percurso que se inicia no largo da Igreja Matriz de S. Martinho, e percorre toda a freguesia, permitindo vislumbrar e descobrir todos os recantos de Pessegueiro do Vouga”, refere o autarca, sublinhando que muitas pessoas, especialmente da zona de Viseu vem frequentemente fazer este percurso, que permite o contacto com a natureza e com o património. No capítulo das romarias, Custódio Lima evidenciou a Semana Santa, momento alto na freguesia, na qual decorrem as cerimónias de morte e ressurreição de Cristo. Uma freguesia dinâmica O associativismo é uma marca importante da freguesia de Pessegueiro do Vouga, por isso mesmo, Custódio Lima fez questão de manifestar o seu orgulho pelas coletividades pessegueirenses, nomeadamente, pela Banda União Pessegueirense que comemorou 150 anos e pela Juventude Académica Pessegueirense que
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Em nome do desenvolvimento Custódio Lima considera-se um homem lutador e persistente e foram estas características que emprestou à Freguesia de Pessegueiro do Vouga, na liderança dos seus destinos, contando com o apoio da sua equipa, a secretária Isabel Ventura e a tesoureira, Adália Alho. “Quero dar um voto de louvor a título póstumo a Armando Ventura que iniciou este mandato como tesoureiro. Quero agradecer todo o apoio, colaboração e dedicação à freguesia”. Dos últimos quatro anos, o autarca traça um balanço positivo, no entanto lamenta que nem sempre “tenha sido atendi-
do nas minhas solicitações”. Ainda assim, mostrou-se satisfeito pelas conquistas efetuadas, designadamente com a reabilitação da cobertura do centro social, a aquisição de um pavilhão para albergar as viaturas e as ferramentas da freguesia, bem como a aprovação de uma candidatura comunitária aos caminhos florestais. Mas o executivo pessegueirense não se fica por aqui, muito mais pretende fazer, para tal estão constantemente atentos às candidaturas e possibilidades para colmatarem as lacunas ainda existentes na freguesia. A candidatura para a reabilitação da fachada exterior e caixilharias do edifício que alberga o centro social, um ginásio e a extensão de saúde é um exemplo dessa preocupação em servir mais e melhor a população. A terminar, Custódio Lima deixou aos pessegueirenses uma mensagem de confiança e optimismo em relação ao futuro de Pessegueiro do Vouga.
Novo Presbitério- Santuário de Fátima
Couvent de Jacobins-Rennes
Gare Belcier-Bordéus
SINÓNIMO DE INOVAÇÃO E QUALIDADE Com 35 anos de presença no mercado da metalomecânica, a Arestalfer tem como core business a conceção, fabrico e a montagem de estruturas metálicas e de serralharias em ferro e aço inox, aplicadas fundamentalmente nos setores da indústria e construção civil. Pautando a sua atividade por uma grande visão estratégica, um sólido know-how técnico e um verdadeiro savoir faire, assente em décadas de experiência, a Arestalfer conseguiu alcançar um patamar de excelência, assumindo-se como uma referência nacional e internacional. ARESTALFER
Sedeada em Dornelas, Sever do Vouga, a Arestalfer tem como missão oferecer soluções inovadoras e de elevada qualidade em construção metálica, superando as expectativas do cliente, com altos níveis de rentabilidade, assegurando as condições adequadas de saúde higiene e segurança no trabalho, bem como o respeito pelo ambiente. Por outro lado, assume como visão ser reconhecida pelos clientes, fornecedores e parceiros como uma empresa de referência no segmento da construção metálica. Hoje, a Arestalfer é um relevante player nacional do setor da metalomecânica - construção pesada e ligeira - vocacionada para a área da construção civil e para a vertente industrial (equipamentos e estruturas metálicas de apoio à indústria). A empresa possui uma interessante capacidade de engenharia que lhe permite desenvolver obras chave na mão que passam desde o projeto até à execução da obra. Em entrevista à Portugal em Destaque, Manuel Martins, CEO da Arestalfer, traça um balanço positivo do percurso da empresa no mercado, salientando que do seu portfólio fazem parte obras de grande dimensão e relevância. Atualmente, a Arestalfer tem conjunto de obras em curso no Algarve, nomeadamente, no IKEA em Loulé e no aeroporto em Faro; nos Açores, onde preconizou a Escola da Ribeira Grande, estando a culminar o Matadouro de S. Miguel e a ampliação de uma empresa de transportes. Paralelamente, a Arestalfer tem uma grande força de trabalho e muitas empreitadas em Lisboa, nomeadamente, um lar idosos, a ampliação da Clínica de Oeiras, a remodelação do Freeport em Alcochete, os Jardins Braços de Prata, bem como “uma obra importante na Avenida Fonte Pereira de Melo, designada FPM41, que consiste num edifício com 17 pisos de construção mista, na qual a Arestalfer garante toda a estrutura metálica”, avança, acrescentando que a empresa terminou recentemente a reconstrução do Pavilhão Carlos Lopes em 2016, estando a culminar o Liberdade 203, um edifício com seis pisos, cerca de 44 apartamentos e nove lojas. “A Arestalfer é a responsável pela execução e montagem de cerca de 400 toneladas de aço transformado bem como 3.000 metros quadrados de chapa colaborante que tem como principal função a consolidação e o reforço estrutural dos vários pisos”, esclarece o CEO da Arestalfer, em entrevista. Face ao vasto e rico portfólio da Arestalfer, Manuel Martins entende que o que distingue a empresa no mercado é o serviço prestado e a aposta na qualidade. “Somos certificados 110 | PORTUGAL EM DESTAQUE
através de cinco referenciais e trabalhamos todos os dias em prol da qualidade. A nossa luta tem sido estar à altura do grau de exigência dos nossos clientes”, destaca o nosso entrevistado, sublinhando ainda a excelência do departamento técnico da empresa que desenvolve soluções de projeto à medida do cliente. “Esta é uma marca forte da empresa, bem como a aposta na qualificação e na formação contínua dos seus colaboradores”. Arestalfer France A operar no mercado nacional, A Arestalfer também marca presença em França desde 2010, a primeira obra executada foi o estádio de Lille, e a partir daí foi contínua a presença da empresa em vários projetos públicos e privados. Em 2014, foi constituída a Arestalfer France, empresa que é detida pela Arestalfer Portugal e que opera em França reforçando a sua presença neste mercado. A Arestalfer France tem uma equipa de engenharia assim como diversas equipas de montagem que asseguram o acompanhamento e montagem de todos as obras neste mercado, que representa cerca de 60 por cento do volume de vendas da Arestalfer em Portugal.
“São três anos de atividade em França e temos crescido todos os anos, sinal de que o nosso trabalho tem sido reconhecido, essencialmente pela qualidade que imprimimos em cada projeto, pela proximidade, confiança e valorização que transmitimos aos nossos clientes, que são as grandes construtoras do mercado francês”, afirma Manuel Martins, revelando que atualmente a empresa está a desenvolver diversos edifícios em França, em vários pontos, designadamente em Paris, Clermont-Ferrand, Toulose, Marselha, Bordéus, entre outros. Quanto à penetração em novos mercados, Manuel Martins esclarece que o seu objetivo passa pela consolidação da posição da empresa no mercado francês, e qualquer abordagem a novos mercados só será feita após grande ponderação. Contudo, a empresa acaba por seguir os seus clientes para outros pontos do globo, desenvolvendo obras de grande referência, como por exemplo a Ponte Kamoro, em Madagáscar, “uma obra com grande visibilidade e um verdadeiro desafio”, até porque a Arestalfer “gosta de elaborar projetos com valor acrescentado”.
Novos horizontes A arquitetura contemporânea é inovadora, irreverente e exigente, cada projeto é único, isto permite que a Arestalfer evolua constantemente em novos processos e novas certificações para satisfazer os requisitos que são exigidos e oferecer soluções adequadas a cada projeto, indo ao encontro das expectativas do cliente. Assim sendo, Manuel Martins mostra-se confiante, sublinhando que tem o apoio do filho Marco Martins, administrador na área da produção, patenteando ao mesmo tempo o orgulho que sente por ver a continuidade do seu projeto de vida. Com os olhos postos no futuro, Manuel Martins, CEO da Arestalfer, pretende que a empresa seja cada vez mais inovadora e competitiva ao nível da construção metálica e uma referência, superando cada vez mais as expectativas dos seus clientes. PORTUGAL EM DESTAQUE | 111
UM PARAÍSO À ESPERA DE SER DESCOBERTO… No centro de Portugal, apenas a uma hora de distância da cidade do Porto, num magnífico espaço entre o rio e a serra do Vale do Vouga, a Eira dos Canastros convida o veraneante mais incauto a render-se aos encantos da natureza, apreciando a tranquilidade inerente ao conceito campestre. EIRA DOS CANASTROS
MANUELA FIGUEIREDO A Eira dos Canastros convida-o para uma experiencia única de conforto e elegância, num ambiente informal, onde o histórico e o contemporâneo convivem lado a lado. A requintada unidade de alojamento localiza-se numa zona calma, no coração da freguesia de Cedrim, combinando conforto, encanto e sofisticação, apresentando-se como uma excelente escolha para os visitantes em férias, viagens de negócios e, igualmente, Ideal para casais, para quem gosta de viajar sozinho ou em aventura. Ao atravessarmos os portões da Eira dos Canastros, sentimos desde logo a magia de um lugar que promete momentos inesquecíveis, com especial predominân112 | PORTUGAL EM DESTAQUE
cia para o verde dos magníficos jardins e para os espelhos de água que se vislumbram nos lagos e na piscina que convida a um mergulho. Para conhecer melhor esta propriedade rodeada de paisagens de cortar a respiração, a revista Portugal em Destaque esteve à conversa com Manuela Figueiredo e Isabel Pereira, as mentoras deste projecto que nasceu da reconstrução de uma casa de família, assumindo como princípio manter a traça original, uma ambiência natural e onde tudo foi pensado ao pormenor. Na Eira dos Canastros, os hóspedes são convidados a fruir de distintas experiên-
cias e estímulos sensoriais, desfrutando de uma estadia ímpar. Verdadeiramente inspiradora, esta unidade de alojamento turístico é um convite à calma e descontração, onde o azul do céu e o verde dos jardins pincelados por espelhos de água se mosqueiam na mais pura expressão de perfeição. Numa visita, descubra os elegantes quartos, onde as noites são abraçadas pela natureza, no total são 8 opções de bom gosto e requinte, nas quais a decoração que conjuga toques de ancestralidade e de modernidade tem um lugar de destaque e promete uma estadia inesquecível. Cada um dos quartos inspira-se no conceito campestre, onde a luminosidade natural e beleza assumem um lugar de destaque, não deixando ninguém indiferente. A piscina, a sauna e o banho turco são também um verdadeiro convite ao relaxamento e tranquilidade, com a certeza de poder desfrutar do que a vida tem de melhor, para além do cenário idílico moldado pela natureza. Ainda no exterior, um espaço dedicado às crianças, cuja decoração minuciosa com baloiços e brinquedos promete fazer a delícias dos mais pequenos, levando-os para um mundo de fantasia e imaginação. A Eira dos Canastros disponibiliza ainda jardins com espaços de apoio para realização dos eventos da sua vida, com a promessa de os tornar verdadeiramente inesquecíveis e únicos. Esta unidade hoteleira possui o charme e a atmosfera de um espaço naturalmente especial, onde a combinação entre o requinte e os ambien-
tes únicos com os mais altos padrões de qualidade assumem-se capaz de lhe proporcionar novas e reconfortantes experiências. Um espaço de excelência, onde os seus desejos ganham vida. Visite Cedrim, em Sever do Vouga, deleite-se com a riqueza paisagística e deixe-se envolver pela sofisticação, elegância e conforto da Eira dos Canastros e, na despedida, ficará sempre com vontade de regressar…
Rua Paçô de Baixo 3740 Paçô - Cedrim Sever do Vouga +351 916 310 424 reservas@herdadedoscanastros.pt facebook.com/herdadedoscanastros www.herdadedoscanastros.pt
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“NENHUM DE NÓS SOZINHO É TÃO BOM COMO TODOS NÓS JUNTOS” Sedeada no VougaPark, em Sever do Vouga, a Cooperativa Bagas de Portugal nasceu a 8 de janeiro de 2016, pelas mãos de um grupo de produtores de pequenos frutos procedente de vários pontos do nosso país. A aposta numa nova política de comercialização, assente na defesa dos interesses de quem produz, norteou este projeto que pretende conferir um novo ritmo à fileira. BAGAS DE PORTUGAL Sob a designação de “BDP - Bagas de Portugal, CRL”, a cooperativa agrícola tem mais de 100 cooperadores, num total de mais de 200 hectares de área de produção. Produtores certificados com GGN e Bio. Para conhecer melhor esta jovem cooperativa, a revista Portugal em Destaque esteve à conversa com Paulo Gomes e Francisco Silva, membros do conselho de administração da Bagas de Portugal, que deram a conhecer a instituição, a dinâmica dos produtores associados e os projetos futuros, que prometem elevar a agricultura portuguesa. “Queremos ser transparentes e eficazes de forma a organizar toda a fileira dos pequenos frutos”, revelou o dirigente, manifestando o desiderato na “verticalização da produção”, na aposta no aproveitamento dos subprodutos e na transformação, “para além da comercialização de fruta fresca de qualidade, com marca própria, em território nacional e além-fronteiras”, sublinham. Esta entidade espera ainda encontrar soluções para outras áreas de interesse dos produtores, nomeadamente a con-
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servação, armazenagem, transformação, promoção, produção, e qualidade do fruto e seus derivados. Para isso, conta com trabalho/estudos em parceria com universidades, empresas e outras instituições do setor, para a cada dia que passa alcançar um melhor produto final, com um retorno económico cada vez mais vantajoso para o agricultor. Desde a sua fundação, a Bagas de Portugal criou a sua estrutura orgânica com fundos próprios e prepara-se para levar a cabo um conjunto de investimentos que são demonstrativos da sua veia empreendedora e pioneira, nomeadamente “o lançamento de um projeto inovador, uma lima que se vende pelas folhas, bem como uma lima baga destinada ao mercado das raspas e da culinária”, revela Paulo Gomes, salientando ainda a venda de folhas de goji para sopas e saladas. Por outro lado, Francisco Silva desvenda um projeto estabelecido com parcerias internacionais para comercialização de fruta para transformação. Do rol de investimentos delineados está ainda a promoção dos frutos no mercado interno com marca própria
e a aquisição de uma máquina inovadora para embalamento, pesagem, calibragem e etiquetagem, de forma a ajudar os cooperadores, naquele que é um dos grandes desafios em termos de futuro: mão de obra. Neste âmbito, a Bagas de Portugal apresentou um projeto ao Orçamento Participativo a nível nacional, “WAgerBerry” (aprovado para votação) para “a criação de um grupo de trabalho, formado e com as competências necessárias para trabalhar o campo o ano todo”, revelam, sublinhando que o paradigma atual de hectares de plantações nada tem a ver com o passado quando as plantações eram apenas familiares. A cooperativa assume ainda uma filosofia muito própria de promoção da interação entre produtores com o intuito da partilha de experiências, conhecimentos e ideias, uma forte ligação ao mundo académico e uma visão estratégica em termos de futuro, com o objetivo de atingir novos mercados e novas oportunidades de negócio, tendo sempre como premissa a qualidade. “Conhecimento partilhado é conhecimento multiplicado”.
BOTICAS No norte do país, em Trás-os-Montes, o concelho de Boticas é ideal para quem gosta de umas férias dedicadas à natureza, onde não faltam atividades de lazer e desportos de montanha. E é a montanha que também dá o mote à gastronomia da região, onde se destacam os produtos tradicionais da agricultura e da pecuária local como a Carne Barrosã e o Mel de Barroso (dois produtos com Denominação de Origem Protegida), os enchidos e os pratos confecionados à base de carne de porco e o cabrito. Boticas é também reconhecida pelas trutas recheadas, pescadas nos rios de qualidade ímpar existentes no concelho. Não esquecer ainda o “Vinho dos Mortos”, um verdadeiro ex-libris de Boticas, cuja história remonta ao tempo das invasões francesas, altura em que o povo, para proteger os seus bens, enterrou o vinho no chão das adegas para o salvar das pilhagens dos soldados de Napoleão. Quando meses mais tarde o desenterrou, notou características diferenciadoras e um paladar único que o distinguia de todos os outros. E assim se manteve esta tradição. Boticas oferece também aldeias preservadas, que parecem ter parado no tempo, onde a pacatez e afabilidade do povo fazem esquecer o bulício das grandes cidades. Todas estas características, conjugadas entre si, fazem do concelho de Boticas um território único, com paisagens naturais de rara beleza e um ambiente no seu estado mais puro, transformando Boticas num local ideal não só para a prática de desportos de natureza e aventura, mas também num território de eleição para o descanso e lazer, num contacto mais íntimo com a natureza.
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MAGIA CÉLTICA REGRESSA A BOTICAS “Recriações históricas, concertos, oficinas e animação de rua trazem a Boticas uma cultura milenar, envolta em mistério e bravura”, dias 10 e 11 de junho, junto ao Castro de Carvalhelhos. MUNICÍPIO DE BOTICAS
A segunda edição da Céltica – Festa Castreja tem data marcada para os dias 10 e 11 de junho. A magia e o misticimo estarão de regresso ao Concelho de Boticas, mais propriamente a Carvalhelhos, sendo uma oportunidade única para conhecer uma sociedade milenar, repleta de mistérios e de um espírito guerreiro que alimentou lendas e factos históricos. Entre recriações históricas, animação de rua, artes circenses, gastronomia, oficinas de artes ancestrais e música, a Céltica – Festa Castreja proporciona um cartaz atrativo de atividades para viver um fim-de-semana inesquecível em família ou com amigos. Um dos pontos fortes da Céltica é a participação da comunidade local como figurantes nas recriações históricas, como as Batalhas dos Guerreiros, espectáculos de dança ou jogos populares. A ideia é recriar a vivência quotidiana com personagens características da época, vestidas a rigor e com as ocupações de há muitos séculos atrás, fazendo o visitante recuar atrás no tempo. Os mais novos, para além de poderem participar em jogos lúdicos retirados do contexto histórico Celta, terão à sua disposição uma espécie de quinta pedagógica, onde animais partilham o espaço do povoado, como acontecia na época. Além disso, haverá acções de arqueologia experimental, designadamente como se faria o fogo, uma determinada peça de vestuário ou até mesmo a guerra. Tudo com a participação da população de Boticas, lado a lado com os recriadores. A animação de rua e a música tomarão conta do recinto da Céltica durante todo o fim-de-semana, onde ganham particular referência o Mercado Celta e as Oficinas, como a do Ferreiro, onde se explica e demonstra a arte de trabalhar o ferro na forja para o fabrico de variados objectos agrícolas, militares e do quotidiano. Na oficina do Oleiro surje uma oportunidade única para se perceber o ciclo criativo das peças produzidas em barro, desde a recolha da matéria-prima até à sua comercialização. Haverá ainda a oficina do cesteiro, a falcoaria e os artesãos de produtos da região. Associada ao evento, não faltará também a gastronomia da região, procurando-se re-
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criar aqueles que seriam alguns dos pratos mais usuais na mesa dos Celtas, recorrendo ao uso de produtos agrícolas e às carnes dos animais que eram criados à época, bem como espécies cinegéticas. Os visitantes poderão degustar uma refeição completa no espaço do recinto, ou simplesmente deliciar-se com as iguarias que estarão disponíveis no espaço do mercado.A música será outro dos destaques de todo o fim-de-semana, decorrendo espectáculos e performances ao longo dos dois dias, onde estarão presentes grupos como os “Strella do Dia”, considerados um dos grupos musicais de referência a nível internacional e conhecidos por utilizarem instrumentos de antanho, como a gaita-de-foles, a tarota, a gralla, o corno, o timbalão ou os crótalos. A Céltica - Festa Castreja será, assim, um momento de comunhão com a comunidade local, com um programa diversificado e uma forte ligação à natureza, exaltando ainda a bravura e o culto dos guerreiros. Aliás, o conceito que inspira o evento insere-se nessa lógica, tendo como ícone a imagem das estátuas dos Guerreiros Calaicos, ex-libris do concelho de Boticas e da Arqueologia Portuguesa, que se encontram no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, e que são provenientes do Castro do Lesenho (Séc.I d.C.), aquele que teria sido um dos maiores povoados castrejos e que terá assumido uma importância acrescida em termos estratégicos e num contexto sobretudo militar. Estas estátuas, representado chefes ou heróis divinizados, eram colocadas em locais estratégicos para as comunidades representavam um símbolo de poder, garante da ordem e identidade do grupo. A entrada na Céltica – festa castreja é gratuita.
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TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Boticas Campeã Cerva Chaves Fontes Guiães Madalena Mesão Frio Montalegre Peso da Régua - Sede Social Ribeira de Pena Salto Santa Marta de Penaguião Vidago Vila Pouca de Aguiar Vila Real Vila Real - Sede Administrativa
UM BANCO CREDÍVEL E DE PROXIMIDADE “Sempre privilegiamos a banca de proximidade, não descurando a nossa função social”. É desta forma que Alcino Sanfins, presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola de Trás-os-Montes e Alto Douro classifica a relação entre os seus prestadores de serviços e clientes. Em entrevista à Portugal em Destaque, o presidente fala-nos sobre o posicionamento desta banca no mercado e a sua forma de atuação junto da população. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Gostaríamos de começar por perceber como surgiu a Caixa de Crédito Agrícola de Boticas e de que forma a instituição se foi enraizando no município. A agência da CCAM de Boticas iniciou a sua atividade em abril de 1991, na qualidade de delegação da CCAM de Montalegre. Posteriormente como resultado desta estratégia, os dois balcões passaram a designar-se por Caixa Crédito Agrícola Mútuo de Montalegre e Boticas. Inicialmente instalamo-nos no interior do edifício da Câmara Municipal de Boticas, num espaço cedido pela autarquia. A nossa atividade era direcionada, quase em exclusivo para o apoio e aconselhamento dos agricultores nas suas candidaturas aos subsídios agrícolas, captava e aplicava os recursos daí decorrentes e concedia crédito aos que dele necessitavam. Atualmente, desenvolvemos novas relações comerciais, temos novas instalações e passamos a designar-nos de Caixa de Crédito Agrícola de Trás-osMontes e Alto Douro. Que caracterização pode ser feita dos vossos clientes? Estamos a falar de empresários essencialmente ligados ao setor agrícola ou, pelo contrário de um grupo diversificado de setores de atividade? Maioritariamente são nossos clientes, aqueles cuja atividade se prende com os setores da agricultura, mas também temos clientes ligados a outros setores de atividade, pois todas as Caixas Agrícolas estão habilitadas a praticar todas as operações bancárias, à semelhança de todas as outras instituições congéneres. Essa ideia de que o Crédito Agrícola está direcionado para o apoio à agricultura é uma ideia que está ultrapassada. Qual o impacto que a Caixa de Crédito Agrícola assume na economia local e regional? De que forma os vossos serviços permitem apoiar os empresários? Seguindo as orientações provenientes da administração da CCAM de Trás-os-Montes e Alto Douro e de acordo com a prática de todo o Crédito Agrícola, o apoio às fa-
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DOMINGOS ALVES, ALCINO SANFINS E MANUEL FERREIRA
mílias e empresas de cada região são os nossos objetivos principais. Desta forma, não poupamos esforços no sentido da atualização e modernização das nossas instalações e equipamentos, melhorando assim a qualidade dos serviços prestados aos nossos associados e clientes. Que fatores contribuem, na vossa opinião, para diferenciar pela positiva os serviços da Caixa de Crédito Agrícola das restantes ofertas no mercado? O Crédito Agrícola está implantado em todo o território nacional e foi durante décadas o único banco que as populações rurais conheciam. Temos assistido, recentemente, ao fecho de inúmeros balcões de outros bancos, o Crédito Agrícola, pelo contrário não encerra balcões, tendo até a ousadia de abrir outros. O cenário é para nós bastante positivo porque sempre privilegiamos a banca de proximidade, não descurando a nossa função social. No vosso entender, como se encontra atualmente o setor bancário e Portugal? A situação do setor bancário ainda continua frágil, apesar de observadas já, algumas melhorias. As novas exigências
regulatórias, nomeadamente no que diz respeito a requisitos de capital e rácios de liquidez, e ainda com os spreads de taxa de juro sob pressão, têm impacto negativo na rentabilidade das instituições bancárias. De salientar que apesar deste ambiente hostil o grupo Crédito Agrícola mantém rácios de solvabilidade e liquidez invejáveis. Por outro lado, verifica-se uma falta de confiança no setor bancário decorrente dos incidentes acontecidos recentemente. Também aqui o grupo Crédito Agrícola, como que em contraponto tem recebido os maiores elogios e as mais honrosas distinções, nomeadamente como “o banco mais recomendado e com os clientes mais satisfeitos”. Vamos continuar o nosso trabalho de apoio às famílias e empresas de cada região, com a certeza de que podem confiar no nosso trabalho.
proximidade. Os clientes conhecem-nos e confiam em nós. Os nossos colaboradores são provenientes das localidades onde se situam as nossas agências, logo conhecem as suas gentes. Fomenta-se um ambiente de confiança mútua, consolidado ao longo de várias décadas. Somos um banco seguro e de confiança. Que perspetivas, ambições e objetivos futuros reserva a Caixa de Crédito Agrícola para o município de Boticas? Para além de confiarmos no excelente trabalho do executivo camarário em exercício materializado no visível desenvolvimento da região no decorrer do seu mandato. Acreditamos também no olhar atento do poder central em ordem a um maior desenvolvimento no interior do país.
Como sabemos no setor bancário, a relação de confiança entre o prestador de serviços e o cliente é essencial. Nesse âmbito como descrevem a vossa relação com o cliente e de que forma mantêm a “proximidade” com ele? A nossa relação com o cliente visa conforme disse anteriormente uma relação de PORTUGAL EM DESTAQUE | 121
A TRADIÇÃO DO FUMEIRO EM TRÁS-OS-MONTES AINDA É O QUE ERA A empresa de fumados e enchidos Fumeinor está em atividade há mais de uma década e continua a fabricar os seus produtos com as receitas e os processos de antigamente. Sediada em Boticas, na região de Trás-os-Montes, esta empresa emprega sobretudo mulheres na casa dos 50 anos, com vasta experiência no fabrico destas iguarias gastronómicas. FUMEINOR
ASSUNÇÃO ROSINHA Em atividade deste 2000, a Fumeinor ameaçava fechar portas e com ela arrastar para o desemprego cerca de uma dezena de funcionários, nove anos depois da sua fundação. Foi então, que nesse mesmo ano, Assunção Rosinha, Tiago Rodrigues e mais três sócios decidiram comprar a empresa. “Na altura erámos cinco sócios sonhadores, que arriscaram a sua sorte no universo empresarial. Hoje restamos apenas dois elementos, eu e o Tiago Rodrigues”, começa por nos revelar Assunção Rosinha, que antes de ser empresária era médica veterinária em situação de desemprego. Rentabilizar a unidade após o investimento implicou uma gestão rigorosa e elevado esforço financeiro, pois foi necessário investir em material e assegurar o pagamento de salários aos funcionários que ali operavam. “Uma das responsabilidades que aceitamos, juntamente com a aquisição da empresa foi manter o corpo de pessoal. Falamos de seis mulheres res-
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ponsáveis por toda a produção e de um homem encarregue da parte comercial, que iriam para o desemprego caso não tivéssemos investido na Fumeinor”, adiantou. Atualmente, oito anos depois de começar a laborar na gestão da empresa, Assunção Rosinha diz que “o negócio está bem encaminhado”. Todos os meses saem da Fumeinor entre cinco a seis mil quilos de fumados e enchidos, que são distribuídos essencialmente pelas regiões do Minho e Trás-os-Montes. Estão também presentes em França, por intermédio do distribuidor Alimentar SA, que comercializa, inclusive, para o mercado da saudade. O passo para a internacionalização já foi dado e continua a ser uma das apostas constantes destes empresários, que avançaram recentemente com um projeto para a exportação na Alemanha e Suécia, “dois mercados bastante apreciadores deste tipo de produtos”, refere. No passado mês de maio fizeram uma visita ao Japão, juntamente com outras empresas do Muni-
cípio de Boticas, com o intuito estabelecerem contactos para a comercialização dos seus produtos. “Temos fumados e enchidos de excelência, aptos para concorrerem no mercado a preço competitivo”, afirma. Três desses produtos, a barriga salgada, a alheira e o salpicão entremeado foram, inclusive, galardoados com medalhas de ouro, em março passado, no decorrer do concurso nacional de enchidos. No entender da nossa entrevistada a qualidade dos seus produtos assenta em três pilares: a matéria-prima, a receita e o processo de confeção. “Fizemos uma pesquisa ao receituário da região, juntamos-lhe alguma tecnologia, mas grande parte do processo é tradicional. A mistura das carnes, a lavagem da tripa (animal) e a seca em fumo de lenha de carvalho são um claro exemplo disso. O nosso fumeiro ainda é o que era, mantém-se como uma amostra fiel daquilo que de melhor se produz em Trásos-Montes”, finaliza.
65 ANOS A VALORIZAR O NOSSO A CAPOLIB- Cooperativa Agrícola de Boticas está em atividade desde 1952, assumindo-se como um vetor dinâmico no setor agrícola, que valoriza o que é nosso. Atualmente são uma das poucas cooperativas da região que conseguiu sobreviver à crise na sua atividade. CAPOLIB de ouro ganhas em concursos nacionais e internacionais, de entre os quais destacamos o prémio de “Melhor Sabor”, no Great Taste 2016. O mel de Barroso é também um dos produtos de destaque da CAPOLIB. Com o seu néctar de urze é um produto completamente natural com características gustativas e medicinais únicas.
ALBANO ÁLVARES Fundada com o intuito de organizar os produtores de batata semente, um produto que há mais de 60 anos era conhecido como “o ouro do Barroso”, cultivado em grande escala, esta cooperativa assumiu, desde a sua génese, princípios cooperativos que valorizam o produto na origem. “Após o 25 de abril, esta cooperativa tornou-se polivalente, adjudicando inúmeros serviços e vantagens para os seus associados. No seu seio criaram-se várias secções, que concentram todos os serviços necessários para os agricultores”, começa por nos revelar, Albano Álvares, presidente da CAPOLIB há mais de três décadas. Em 1994, a cooperativa criou agrupamentos de produtores e, dois anos mais tarde, iniciou-se na comercialização da Carne Barrosã DOP (Denominação de Origem Protegida pela União Europeia) e do Mel de Barroso DOP. “Tivemos a felicidade de apostar na comercialização dos nossos produtos, estou certo de que foi esta medida que nos ajudou a crescer e a fixar no mercado”, afirma. “Na produção e comercialização destes dois produtos de excelência, a carne e o mel, estão envolvidos mais de 20 concelhos e quatro distritos”, adianta Albano Álvares. De raça nobre, a carne Barrosã, assume-se como um dos estandartes gastronómicos do país. A sua cor rosada e sabor suculento são duas das características merecedoras de inúmeras medalhas
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Importância das Cooperativas O nosso entrevistado reconhece a importância do cooperativismo para o país e, em especial para as regiões do interior. Neste sentido refere que a conjuntura portuguesa e europeia se alterou radicalmente, “deixando estas regiões desprovidas de planeamento por parte da administração central. “Faltou, por exemplo, definir o que aqui devíamos produzir. Ao invés andamos a fabricar produtos nada adequados para esta região, tais como o leite e o girassol”, explica. Atualmente reconhece que o panorama é diferente e que “alguns agricultores já acordaram e perceberam que a agricultura tradicional, feita de produtos que são originalmente do Barroso era onde deviam investir”. A CAPOLIB é hoje uma das cooperativas em plena atividade na região transmontana, que tem a vantagem de contar com o apoio da Câmara Municipal de Boticas. Nos seus serviços contam com 16 funcionários, destacados para aconselhamento técnico a apicultores, aconselhamentos agrícolas, brigadas de sanidade animal e sapadores florestais. Esta cooperativa assume-se como dinâmica e de olhos postos no futuro, estando para tal com um projeto para a entrada na indústria alimentar.
Avenida do Eiró 5460-320 Boticas Tel.: 276 418 170 | Fax: 276 415 734 geral@capolib.pt
ANTÓNIO CABELEIRA PRESIDENTE DO MUNICÍPIO DE CHAVES
CHAVES Cidade romana, Chaves está repleta de história e de património, de épicos e memoráveis feitos históricos vividos por remotas civilizações, expressos nas suas pontes, vias e estâncias termais. É em Chaves que irá querer começar a visitar e desfrutar das terras de Trásos-Montes, com os flavienses a receber de braços abertos e com ancestrais saberes e sabores para lhe oferecer, que só em Chaves pode encontrar. A Torre de Menagem e o Museu da Região Flaviense, a Ponte Romana e as Termas. São algumas das muitas atrações que não pode perder em Chaves, segundo António Cabeleira, presidente da Câmara Municipal. Chaves é uma cidade com dois mil anos de história que ganhou importância ao longo dos séculos pelas suas águas termais e pela sua localização estratégica junto à fronteira nacional, tendo desempenhado um papel importante na consolidação da fronteira portuguesa. Com um bonito centro histórico e uma ponte romana única em território nacional, Chaves conquista ainda pela excelente gastronomia, onde o cozido transmontano com os enchidos regionais é rei, bem como o folar, os famosos Pastéis de Chaves e os premiados vinhos da região. Mas nem só de passado vive o município. Não pode deixar de visitar o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso e de conhecer os projetos que o município tem levado a cabo para fixar e promover a qualidade de vida de quem habita nesta terra banhada pelo rio Tâmega. Destaque para os programas de apoio a quem deseja investir no centro histórico, com redução das taxas municipais e na ajuda social a vários grupos populacionais – salienta-se o apoio dado às famílias de bombeiros voluntários, com a atribuição de bolsas de estudos aos seus filhos, de modo a reconhecer o importante trabalho dos soldados da paz e a promover o acesso ao ensino. Não faltam, portanto, motivos para visitar esta cidade raiana. Deixe-se conquistar por Chaves e viva o verdadeiro espírito transmontano. 126 | PORTUGAL EM DESTAQUE
TERMAS DE CHAVES SÃO O MELHOR DESTINO TERMAL DA EUROPA A estância balnear, Chaves Termas & SPA arrecadou o primeiro prémio na categoria de Innovative SPA & Health Destination, no concurso europeu da ESPA Innovation Awards 2017. O galardão foi recebido em mãos por Paulo Alves, vereador da Câmara Municipal de Chaves e presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal GEMC, EM-SA, em Roma (Itália), no passado mês de abril. CHAVES TERMAS & SPA
PAULO ALVES O município de Chaves candidatou-se, pela primeira vez, ao prestigiado concurso internacional da ESPA Innovation Awards 2017, tendo arrecadado o prémio de melhor destino termal da Europa. Em concurso estavam seis categorias disputadas por diversos países como a França, Itália, Bulgária, Roménia e Checoslováquia entre outros. A qualidade das águas para fins terapêuticos, qualidade das instalações balneares e toda a envolvência da cidade foram as características valorizadas pelo júri do congresso. Em entrevista à Portugal em Destaque, Paulo Alves, comenta: “sabíamos que ia ser difícil ganharmos o 1º prémio, mas achamos que teríamos hipóteses de mostrar à Europa a qualidade das nossas termas. Apresentamos uma candidatura que aliou os balneários termais à própria envolvência da cidade, desde a oferta hoteleira, monumentos históricos e o Museu das Termas Romanas, que abrirá ao público assim que estiver concluído o processo de musealização”. Com esta candidatura, Chaves teve ainda direito a duas menções honrosas, na vertente da investigação e SPA médico. Termas com tradição secular Chaves é detentora de um vasto património edificado pelos romanos, com pontes e muralhas, de uma beleza e construção imponente. Recentemente foram descobertos acidentalmente, em pleno centro da cidade, balneários termais com mais de dois mil anos. “Já no tempo dos romanos as águas de Chaves eram famosas pelas suas propriedades medicinais e, prova disso, são as várias piscinas que aqui estavam soterradas. Este achado vai tornar-se no Museu das Termas Romanas Aquae Flaviae, para que todos os termalistas e turistas em geral possam admirar estas construções”, refere o entrevistado, acrescentando que este foi um dos fatores que valorizou a candidatura apresentada à ESPA. 128 | PORTUGAL EM DESTAQUE
Conhecidas pelas propriedades únicas das suas águas, as termas de Chaves, foram requalificadas em 2014, numa obra avaliada em mais de três milhões de euros, comparticipada em 85% por fundos comunitários. A estrutura tinha já dez anos, quando foi totalmente remodelada, para se adaptar ao novo conceito termal da saúde e bem-estar. Explica Paulo Alves, que “as obras foram uma mais-valia para atraírem novos termalistas, pois, para além da aquisição de novos e modernos equipamentos foram separadas as instalações destinadas à cura termal das direcionadas para o bem-estar”. Recentemente nasceu em Vidago, o Balneário Pedagógico de Investigação e Desenvolvimento de Práticas Termais de Vidago, também ele gerido pela empresa municipal. “Queríamos expandir a nossa oferta. Vidago foi a nossa escolha pelo facto de ter uma forte tradição termal. Com este investimento demos uma nova vida à antiga estação de caminhos-de-ferro e tiramos proveito das águas minerais de Vidago”, diz o entrevistado. A procura por esta estância tem crescido e prova disso é que já não vão encerrar portas e outubro, à semelhança do ano anterior, mas em Dezembro. Naturalmente Saudável A água mineral natural com temperatura de 76º, que brotam das profundezas da terra flaviense tem propriedades medicinais únicas, indicadas para o tratamento de várias patologias do foro músculo-esquelético, aparelho digestivo, cardio-circulatórias e vias respiratórias. Doenças e outras complicações ao nível da saúde, como a artrite reumatoide, fibromialgia, tendinites, fraturas, entorses, gastrites, obstipação, insuficiência venosa, renite e sinusite, podem desaparecer ou melhorar significativamente depois dos tratamentos. No campo terapêutico, este templo termal tem técnicas de imersão, de duche, a vapor, inaloterapia, fisioterapia, eletroterapia, mecanoterapia, programas para pernas cansadas e serviços de enfermagem. Na área do bem-estar encontra tratamentos para relaxar, recarregar energias e mimar o seu corpo, com o AquaGym, (podemos dizer que são autênticos ginásios dentro de água, onde são colocados aparelhos adequados para tratamentos de reabilitação física”), sauna, banho turco e vários tipos de massagens. Temos também ao dispor dos nossos clientes o serviço de podologia Acrescenta o nosso entrevistado, que “o banho mais procurado quer na vertente terapêutica quer na do bem-estar, é o duche tipo Vichy, seguido das sessões de massagens. As piscinas interiores com hidromassagem e técnicas especiais de fisioterapia são também muito procuradas.
Clube Aquae Ativo Na perspetiva de atrair novos termalistas residentes no concelho e de alargar a sua oferta de serviços, as termas de Chaves criaram o Clube Aquae Ativo. Este programa permite a utilização da estância termal fora do período de funcionamento habitual, com aulas livres ou orientadas. O leque de oferta estende-se à piscina AquaGym, ginásio, sauna e banho turco, com opção de três ou seis utilizações por semana, com uma mensalidade de 25€ ou 40€, respetivamente. Até ao final do ano, Paulo Alves, espera que o número de termalistas flaviense aumente significativamente. Equipa qualificada A empresa municipal GEMC, EM-SA, responsável pela gestão dos balneários termais de Chaves e Vidago, tem no seu quadro de pessoal 25 profissionais a contrato sem termo. Enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares de balneoterapia nutricionista e são o corpo de profissionais que recebe os termalistas durante o ano. O número de pessoal aumenta entre maio e outubro, época em que as termas são mais procuradas. “Temos de recorrer ao trabalho sazonal e triplicar o número de pessoal, pois cerca de dois terços dos nossos termalistas estão concentrados em quatro meses do ano. A nossa preocupação constante é termos uma procura mais diluída no tempo”, afirma o entrevistado. Milhares de termalistas por ano A cidade de Chaves recebe por ano milhares de turistas, tendo registado no ano anterior cerca de 160 mil dormidas. Para além da sua gastronomia e património cultural e edificado, a cidade é muito procurada pelas suas águas milagrosas. Segundo Paulo Alves as termas receberam aproximadamente 6 mil termalistas na vertente da cura e do bem-estar. No entanto este valor tem decrescido comparativamente a anos anteriores, à semelhança do que se verifica em todas as termas do país. Paulo Alves acredita que a perda de termalistas está relacionada com a perda da comparticipação do Sistema Nacional de Saúde, no tratamento termal. “O Governo deveria repensar esta situação, pois todos nós teríamos a ganhar com isso. A economia local dos concelhos termais seria favorecida e muitos passariam a poder tratar as suas patologias de forma natural, sem recurso a medicamentos”, acrescenta. Apesar do decréscimo, as termas continuam a ser um autêntico motor na economia flaviense. Diz Paulo Alves, que “em média uma pessoa que procure a cura
termal gasta em média 250€, valor que na economia local (hotelaria, restauração e comércio local) é triplicado. Quem vem para tratar uma patologia, permanece na cidade entre dez a doze dias, criando um dinamismo favorável à economia do concelho”. Quinta do Rebentão e Parque Biológico Para além dos balneários termais de Chaves e Vidago, a empresa municipal gere a Quinta do Rebentão e o Parque Biológico, dois espaços que permitem o contato próximo com a natureza. O complexo da Quinta do Rebentão é composto pelo parque de campismo, aberto dez meses no ano e por duas piscinas exteriores, que receberam, em 2016, cerca de 5.500 campistas e que originaram 13.500 dormidas e 55 mil banhistas respetivamente. No Parque Biológico podem ser encontradas várias espécies de vegetação autóctone e de animais, como veados, javalis, cabras, patos e aves. Neste mesmo espaço foi criada a Quinta Pedagógica com o objetivo de proporcionar às crianças o convívio com a natureza enquanto desenvolvem atividades lúdico-pedagógicas.
Novos projetos Depois do reconhecimento da qualidade das suas termas de Chaves espera um aumento significativo do número de termalistas. Estão a ser construídos dois novos hotéis e a ser recuperado um já existente, todos eles no coração da cidade, próximos dos balneários termais. Refere Paulo Alves, que “a aposta ganha do concelho flaviense é através do turismo e, em especial no turismo de saúde”. Neste sentido, a empresa que gere está a reunir esforços, juntamente com a Associação das Termas de Portugal para inserirem as termas nos pacotes das agências de viagens. Sobre a possibilidade de Chaves vir a ser reconhecido mundialmente pela qualidade das suas termas, o entrevistado adianta que está nos planos darem-se a conhecer mundialmente e participarem em novos concursos. Remata dizendo que em Portugal, a marca “Chaves – Capital Termal” tem a ver com o facto de o concelho de Chaves ser o que reúne mais unidades termais e que a previsão é de contínuo crescimento, com a “construção de uma nova unidade termal”.
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“A NOSSA MASSA CANTA” Com o Pastel de Chaves como produto de excelência, a D’Chaves aposta em duas linhas de produção distintas: a do fumeiro tradicional e a do pastel, das massas. Com sede na cidade de Chaves, têm fabrico próprio e artesanal e vendem os seus produtos sobretudo a parceiros nacionais, tendo no Porto e em Braga dois dos seus principais mercados. Em entrevista à Portugal em Destaque, Helena Carvalho fala acerca da criação e implementação deste projeto, que é já uma referência na cidade. D’CHAVES
HELENA CARVALHO O desemprego de Helena Carvalho deu início à D’Chaves. A atravessar uma situação pessoal e profissional menos favorável, submeteu um projeto para apoio à criação de emprego próprio, abrindo inicialmente uma loja de produtos tradicionais e começando a partir daí a lançar as bases para uma empresa mais abrangente. “Comecei em 2007 na área dos produtos tradicionais, apenas como revendedora, com uma loja no centro da cidade de Chaves. Entretanto, no seguimento a ter submetido na Câmara um projeto para cozinha tradicional e também por influência de amigos, fornecedores e clientes, fui sendo empurrada a dar este passo. Então, fizemos alteração do projeto original que tínhamos, de cozinha regional, e passamos para uma indústria com duas linhas de produção, de fumeiro tradicional e pastel de chaves”, explica Helena Carvalho. Produtos de sucesso e certificação do Pastel de Chaves Apesar de ainda ser uma empresa de pequena dimensão, com pouco mais do que dez colaboradores, desde cedo a D’Chaves sentiu necessidade de ir ampliando o seu espaço, muito devido à certificação do Pastel de Chaves - IGP. “Com a certificação do pastel as coisas começaram a andar muito rápido, as instalações que tínhamos eram já muito pequenas e o espaço físico para a produção que nos era exigida era pouco. Chegamos a uma altu130 | PORTUGAL EM DESTAQUE
ra em que tivemos que recusar clientes por não ter capacidade de satisfazer os seus pedidos. Então, tivemos que aumentar as instalações para o triplo e estamos neste momento com as duas linhas de produção separadas”, esclarece a proprietária. Tendo por base a qualidade e o rigor em todos os seus produtos, a D’Chaves está num patamar de excelência, de todos os seus produtos. No que ao Pastel de Chaves - IGP diz respeito, “O Pastel de Chaves é o nosso produto rei, de excelência. É aquele que nós produzimos todos os dias e em maior quantidade. Há um processo de certificação em que somos sete produtores certificados e todos cumprimos as normas exigidas mas, no final, nenhum pastel é igual. O que distingue o nosso é a qualidade das matérias primas e a forma como o produzimos. A certificação não significa qualidade! A certificação dá-nos uma proteção, temos auditorias e somos obrigados a cumprir rigorosamente o caderno de especificações, mas isso não significa qualidade. Todos estes processos aqui são muito meticulosos, colocamos muito carinho e muita paixão no que fazemos. Como já disseram chefes pasteleiros muito conhecidos, a nossa massa canta”, afirma com orgulho Helena Carvalho. E para atestar o rigor e qualidade de toda a produção a empresa está neste momento em processo de implementação da Certificação da Gestão da Qualidade pela ISO 9001:2015.
No entanto, e tal como explica a proprietária, também o fumeiro tradicional tem um lugar de destaque na empresa, embora com caraterísticas mais sazonais, que fazem com que seja mais procurado na altura do tempo frio. “No fumeiro temos a alheira tradicional de Chaves, o salpicão, a linguiça, o botelo, o tão afamado chouriço de cabaça, que é confecionado com uma abóbora típica aqui da região, o presunto e tudo o que são enchidos tradicionais. Todo o processo é 100% artesanal: a aquisição dos suínos, que são adquiridos a produtores locais, e todo o trabalho desde o desmanche, ao tratamento da carne e confeção dos enchidos é tudo manual e artesanal. A própria secagem é uma secagem tradicional com lenha de carvalho. No entanto, o fumeiro é muito sazonal e, embora o façamos todo o ano, a verdade é que é o frio que convida mais aos enchidos. Atualmente somos uma referência nas duas áreas e quando as pessoas nos procuram e se referem a nós, fazem-no falando de qualidade e de produtos de excelência”. Principais mercados e projetos futuros A trabalhar maioritariamente com o mercado nacional, através de parceiros em vários pontos do país, a D’Chaves comercializa todos os seus produtos ultra-con-
gelados, seja em quantidades domésticas ou industriais. “O nosso mercado é o nosso país. O Porto é um grande consumidor do nosso produto, sejam os enchidos ou o pastel. Temos também outro mercado que tem crescido cada vez mais, que é o da zona de Braga e Viana do Castelo, com as vendas a aumentarem de dia para dia e cada vez mais pessoas a procurarem os nossos produtos. Depois temos outros mercados, como Inglaterra e França, que é o mercado da saudade, ou seja, os produtos vão para restaurantes mas para
consumo de portugueses que lá residem”, elucida Helena Carvalho. Quanto a projetos futuros, estão a um passo da Certificação da Gestão da Qualidade pela ISO 9001:2015 e parcerias com novos clientes da grande distribuição. A proprietária não esconde a vontade de apostar na exportação: “para o futuro, queremos partir para uma aposta mais forte na exportação e temos ainda outro projeto submetido, que passa pela produção própria de suínos ao ar livre”, conclui.
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SABOR TRANSMONTANO A Artefumo é uma empresa de fumeiro, com cariz familiar, fundada em 1994. Sediada no concelho de Chaves, começou por produzir a tradicional alheira transmontana feita à base de carne de porco. Atualmente possui um vasto portfólio de produtos fumados, como a alheira de caça, salpicão, linguiça e outras alheiras com ingredientes e sabores inigualáveis. ARTEFUMO
Propriedade de Antónia Gonçalves e do seu filho António Medeiros, a Artefumo foi constituída há 23 anos com o apoio do IEFP- Instituto de Formação Profissional e da ADRAT- Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega. Um projeto inteiramente desenhado pela nossa entrevistada, transmontana de gema, que cresceu no meio rural rodeada pela tradição da matança do porco e do fabrico de fumeiro. Esta ligação à tradição, que representava naquele tempo, “o sustento de muitas famílias”, motivou-a a criar a sua própria empresa, tanto é que os seus produtos “têm um toque trazido da casa dos pais e avós”, revela Antónia Gonçalves à Portugal em Destaque. A fábrica da Artefumo nasceu num meio rural, mais precisamente na Costa do Brunheiro (Chaves), longe das zonas industriais do concelho flaviense, pois, Antónia Gonçalves queria que o seu produto fosse o mais tradicional possível sem associações a uma confeção industrial. A receita própria conjuga o know-how das primeiras funcionárias da fábrica, com os saberes trazidos na memória dos tempos de infância de Antónia Gonçalves. As alheiras são uma herança que pertence à região de Trás-os-Montes. Desde a génese deste produto que a cidade inves-
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tiu na produção, quer para autoconsumo, quer para a comercialização. Segundo a entrevistada, as alheiras de Chaves têm um sabor especial, que em nada se assemelha às alheiras oriundas de outros pontos da região. “A matéria-prima é a mesma, mas os temperos são diferentes, refletindo-se no sabor do produto final”, explica. Antónia Gonçalves e restante equipa deram início à primeira fornada de fumeiro com as alheiras tradicionais. Hoje, o cenário alterou-se, pois apresentam um portefólio de produtos muito diversificado do qual fazem parte cerca de 15 variedades de alheira, com sabores inovadores. “Fomos das primeiras pessoas do país a confecionar uma alheira diferente, pois quando iniciamos o negócio só existiam, tanto quanto sei, as alheiras tradicionais”, faz saber a entrevistada. Alheira de caça, de aves, de ananás e presunto, de atum,
de cogumelos e alho francês, folhados de alheira e hambúrgueres de alheira de vegetais, são alguns dos produtos inovadores criados pela equipa da Artefumo. “Desde 1997, que esta empresa é fornecedora de fumeiro do grupo Sonae e, porque queremos estar sempre na linha da frente, nos meses de verão dedicamo-nos a experimentar novos sabores e desenvolver produtos únicos no mercado”, diz
a entrevista. No futuro, a prioridade será a mesma da génese da empresa: a qualidade dos produtos. “Quem faz um produto alimentar tem de estar consciente de que tem nas mãos o bem-estar de quem o vai consumir, por isso, nunca poderemos pensar somente no crescimento a nível de quantidade, mas e acima de tudo no aumento da qualidade”, refere Antónia Gonçalves. A exportação será um dos passos seguintes da ArteFumo, a par da certificação e licenciamento para introduzirem no mer-
cado produtos congelados, qua assegurem a sua qualidade, de modo a ser possível a sua exportação. Bem como uma parceria para abertura já na primeira quinzena de uma loja de venda ao público e distribuição para o Canal Eureca na grande zona de Lisboa, situada mais propriamente na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra , nº. 59B - Algés.
“O NOSSO SEGREDO É A BOA QUALIDADE!” Um negócio familiar que é uma referência em Chaves. Situado num espaço central da cidade, o Restaurante Carvalho é reconhecido não só pela qualidade das refeições que confeciona, mas também pelo serviço que presta. Desde sempre a privilegiar um atendimento cuidado e personalizado e com uma ementa variada ao dispor dos clientes, o espaço atinge em agosto uma marca importante: os seus 25 anos de existência. RESTAURANTE CARVALHO
ILDA LOBO De cariz exclusivamente familiar, sobretudo ao cuidado de mãe e filha, o Restaurante Carvalho não foi a primeira experiência de Ilda Lobo, proprietária, na área da restauração. “Esta casa surgiu em 1992. É um negócio exclusivamente familiar, que conta com a colaboração da minha filha Manuela. Já tinhamos um anterior, aqui em Chaves também, quando partimos para este projeto, há 25 anos. Estamos bem situados no centro da cidade, foi uma oportunidade que aproveitamos”, explica Ilda Lobo. Com uma ementa variada ao dispor dos clientes, sempre com produtos de qualidade confecionados de forma cuidada, o Restaurante Carvalho distingue-se também pelo serviço e atendimento, sendo esse um dos aspetos mais privilegiados. “O bom atendimento é um ponto essencial para nós, e depois, claro, é fundamental que a comida esteja bem confecionada. Podemos ter muito bons produtos, mas se o atendimento não for o melhor, o cliente não vai ficar satisfeito. Por aqui há muito o passa a palavra, quando há alguém à procura de um sítio para comer, as pessoas já indicam este espaço e isso é algo que temos que agradecer. O nosso segredo é a boa qualidade! Quero que o cliente venha e se sinta como se estivesse em casa. Nós temos uma cozinha regional de fumeiro, somos nós que o fazemos aqui, então, nas nossas entradas, há sempre alheira com grelos ou pre-
sunto ou pastéis. Depois, nos pratos principais, só trabalhamos com peixe fresco e boa carne, trabalhamos sempre com os mesmos fornecedores que sabem a qualidade que exigimos.”, afirma a proprietária. Entre as especialidades do Restaurante Carvalho, Ilda Lobo destaca “o naco de vitela com arroz de fumeiro, o cabrito assado em forno, milhos com costelinhas e todos os dias temos novidades”. Para além do serviço à lista à disposição do cliente todos os dias, o Restaurante Carvalho aposta também na realização de eventos, quer em espaço próprio quer na Quinta Casa do Meio do Povo, em Redondelo, com quem têm uma parceria. “Fazemos alguns eventos, como casamentos, comunhões e batizados, fruto da parceria que temos. Algumas das vezes fazemos tudo aqui, no nosso espaço, outras vezes fazemos na quinta, funcionando como catering. Todo o serviço, quando há um evento, é assegurado por nós, incluindo a decoração. Fazemos tudo de acordo com o gosto do cliente”, elucida Ilda Lobo. Sempre com o cuidado de manter o espaço atual, embora assumidamente tradicional, vão sendo feitas várias remodelações no local, de modo a que as novas tendências sejam acompanhadas. “O restaurante tem 25 anos, mas não o considero com essa ‘idade’, aliás, tentamos sempre acompanhar a evolução dos tempos, fazendo mudanças na decoração e apostando na manutenção do espaço, que é importante para que se mantenha preservado”, admite Ilda Lobo. Já quanto ao futuro, a proprietária acredita que tudo estará assegurado: “ainda penso manter-me por cá muitos anos com a colaboração da minha família”, conclui.
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A VIDA HUMANA EM HARMONIA COM A NATUREZA Se pequenos gestos poderão marcar a vida de um ser humano, grandes obras poderão estimular solidariedade entre as pessoas. José Calhelha (pai) e Diana Calhelha (filha), enquanto proprietários e gerentes, Milene Silva, enquanto diretora técnica, e Sandra Ferraz enquanto responsável pelos cuidados de Enfermagem, estão conscientes das responsabilidades e desafios que os lares de idosos atravessam em Portugal e, por isso, ousaram criar inovação, através do Lar de São Tiago. LAR DE SÃO TIAGO
EQUIPA Durante a conversa fomos percebendo que as diferenças estão nos pequenos detalhes. José Calhelha, tendo viajado e trilhado diferentes partes do mundo, inspirou-se no que viu lá fora para lançar o desafio: “Sempre fui uma pessoa envolvida em negócios e como estive no estrangeiro acabei por transportar ideias. Esperava ter tido mais apoio por parte das entidades públicas locais.” Mas as obras não se constroem num dia, nem se erguem sozinhas. José Calhelha, quis, por isso, orientar-se com especialistas, e crescer com mundos audazes. “Todo este processo foi acompanhado pela engenheira da Segurança Social, que foi uma grande ajuda durante todo o processo. Num determinado momento, ela percebeu que nós tínhamos superado as suas expectativas. Nunca quisemos ser mais um lar, queremos diferenciar-nos como um lar de referência”, revelam. A construção foi pensada de forma a não ter elevadores nem escadas para proporcionar maior conforto, não só aos utentes e familiares, mas também a toda a equipa. No entanto, os nossos interlocutores não poderiam deixar de referir que existe uma falta de circulação de ar nestes edifícios em Portugal, que para eles é uma prioridade e fez toda a diferença no momento de criar a estrutura. Hoje, a tranquilidade deixa-se preencher tanto pelo verde da paisagem, como pela alegria dos pequenos e grandes gestos que vão surgindo. Numa área ampla de cinco hectares, o espaço interno e ex-
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terno está adaptado à mobilidade de cada um, com todo o conforto necessário. Se por um lado, o utente poderá deleitar-se longe da confusão do centro, por outro conseguirá encontrar harmonia nas pequenas interações estimuladas. Essas atividades poderão ser enriquecidas através de artes manuais, trabalhos musicais, declamações de poesias, e nos dias comemorativos, como o Dia do Pai, o Dia da Mulher, entre outros. Do ponto de vista mais técnico, “possuímos sete quartos individuais e 13 quartos duplos. As temperaturas são reguladas em cada quarto individualmente mediante as necessidades de cada pessoa. Criámos também uma copa/área de estar para que as famílias possam dispor de maior privacidade”, acrescentam. José Calhelha e Diana Calhelha sabem que a estrutura assume regras que têm de ser cumpridas, mas querem que acima de tudo as famílias se sintam envolvidas nas próprias dinâmicas. “Embora o nosso lar seja recente, já verificamos um feedback positivo. Temos pessoas que criaram aqui uma segunda família e algumas delas chegam mesmo a afirmar que se sentem em casa”. Com três enfermeiras, uma fisioterapeuta, uma médica, doze auxiliares, uma nutricionista, uma cozinheira e duas ajudantes de cozinha, todos os responsáveis sabem que estão a fazer a diferença na vida das pessoas e “é isso que mais nos realiza. Queremos tornar a vida de cada utente melhor a cada dia”. No futuro, o Lar de São Tiago não fecha a porta a novos desafios e espera ampliar uma maior rede de serviços, como é o caso do serviço de apoio domiciliário. Paralelamente, continuarão a aproveitar a área para cultivar os seus próprios produtos e também para construir novas estruturas de apoio à terceira idade, nomeadamente residenciais autónomas, que possam contribuir para uma maior autonomização e bem-estar dos idosos.
MACEDO DE CAVALEIROS Inserido no distrito de Bragança e propagando-se por uma área de aproximadamente 699 km2, Macedo de Cavaleiros é um concelho muito jovem (datado de 1853), usufruindo das vantagens da posição bastante central que assume no contexto do Nordeste Transmontano. Pese embora o seu recente estatuto administrativo, importa ressalvar que este corresponde a um território riquíssimo quer em património edificado, quer imaterial, afirmando-se cada vez mais como um polo de passagem obrigatório para um amplo leque de turistas. Não admita, posto isto, que em Macedo de Cavaleiros os edifícios religiosos ou as pontes medievais convivam – numa atemporal harmonia – com tradições tão importantes da cultura regional como os Caretos de Podence ou os Pauliteiros de Salselas. Festividades como a Feira da Caça e do Turismo ou o Entrudo Chocalheiro testemunham, pelo vigor da sua essência, uma afluência turística portuguesa e estrangeira que beneficia das excelentes acessibilidades com que o território está equipado. Já no que ao património natural diz respeito, o concelho tem o raro dom de nos presentear com espaços de beleza e encanto incomparáveis, tais como a Praia Fluvial do Azibo ou as Serras da Nogueira e de Bornes. Mas porque Macedo de Cavaleiros é também uma terra de sabores, importa realçar o estatuto e excelência de produtos tão díspares quanto o vinho, o azeite, o mel, o fumeiro ou as carnes. Nesse âmbito, é obrigatório provar os pratos de caça, a posta mirandesa, o cabrito assado ou as casulas secas com butelo.
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O SÃO PEDRO É EM MACEDO! De 24 de junho a 1 de julho, em Macedo de Cavaleiros, decorrem as monumentais Festas e Feira de São Pedro. Com um cartaz de luxo, que conta com nomes como Anselmo Ralph, Quim Barreiros, Tim e os amigos e Expensive Soul, a festa está garantida e ninguém pode faltar. JUNTA DE FREGUESIA DE MACEDO DE CAVALEIROS
EDGAR FRAGOSO A Junta de Freguesia de Macedo de Cavaleiros em cooperação com o Município, Associação de Freguesias da Cidade, Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACISMC), Fábrica da Igreja Paroquial de São Pedro e Agrupamento 602 do CNE, preparam um certame único, que promete extravasar, e muito, a área envolvente do Parque Municipal de Exposições, conferindo uma envolvência, de dimensões nunca antes vistas, à comunidade. Através deste plano estratégico de organização e comunicação, pretende-se transformar este certame num aliciante imperdível na região, atraindo a curiosidade não só de todos os turistas que visitam a região, bem como fomentar o desejo de todos os cidadãos da envolvência periférica da cidade. Este projeto procura não só uma maior divulgação de Macedo de Cavaleiros, mas acima de tudo potenciar o tecido comercial e criar condições de sustentabilidade para que as Festas e Feira de São Pedro se afirmem, cada vez mais, como um ponto marcante do calendário anual de festividades. E é essa a ideia que Edgar Fragoso, presidente da Junta de Freguesia de Macedo de Cavaleiros veicula. “O cartaz da festa não se cinge aos artistas de cariz nacional e internacional. O grande objetivo da organização, com o acréscimo de atuações de associações da cidade, artistas locais e dj’s é fomentar o espírito de festa por toda a cidade, envolvendo a comunidade e garantir gente nas ruas”.
Os espetáculos no Parque Municipal de Exposições: 24 junho (sábado) – ANSELMO RALPH; 25 junho (domingo) – QUIM BARREIROS 26 junho (segunda) – FESTIVAL DE CONCERTINAS 27 junho (terça) – NOITE DA MÚSICA POPULAR 28 junho (quarta) –ÁTOA 29 junho (quinta) –TIM E OS AMIGOS 30 junho (sexta) – EXPENSIVE SOUL 1 julho (sábado) – MARCO PAULO Devoção... Gerações... Gastronomia... Natureza... Noites Loucas... e muito mais para descobrir em Terras de Cavaleiros. O São Pedro? O São Pedro é em Macedo!
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UMA FORTE TRADIÇÃO A Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros, CRL foi fundada oficialmente em 21 de fevereiro de 1961, ou seja, tem mais de cinco décadas de existência. Foi criada por 13 membros fundadores, de entre os quais se destacava Camilo Mendonça, engenheiro de formação. Foi fundada com quatro secções distintas: secção de olivicultores, secção de viticultores, seção de aprovisionamento e secção de frutas e produtos hortícolas. Tradicionalmente e ao longo dos anos mantiveram-se em funcionamento duas secção: olivicultura, e viticultura, está neste momento em fase de conclusão a reativação da secção de aprovisionamento. Conversámos com Luís Rodrigues, presidente do órgão de Administração. COOPERATIVA AGRÍCOLA DE MACEDO DE CAVALEIROS, CRL Da sua fundação participaram 13 fundadores. Hoje contam com cerca de 2000. O que advém deste acréscimo? O acréscimo de produtores deve-se ao facto de nos inserirmos numa região marcadamente agrícola, onde a Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros, CRL sempre prestou um serviço de qualidade aos seus cooperantes, facto que nos permite a cada ano ter mais cooperantes a inscrever-se. Somos uma Cooperativa que se tem sabido modernizar e manter atual, temos também uma longa história de proximidade para com os nossos cooperantes, o que leva os agricultores a associarem-se e a manterem-se próximos da Cooperativa.
O mesmo se aplica ao vinho, correto? Quanto ao nosso vinho trata-se de um vinho tinto de mesa de qualidade, no entanto, o facto de Macedo de Cavaleiros de não se tratar de uma zona demarcada nem de uma zona com muita tradição vinícola, não nos permite produzir vinhos com qualidade de excelência já que as castas selecionadas não são em grande abundância. Temos realizado alguns investimentos na nossa adega de forma a melhorar a qualidade do nosso vinho, algo que se tem refletido no grande aumento de vendas que registamos neste momento, o qual pretendemos continuar a potenciar.
Azeite e vinho são os vossos produtos. Em que percentagens? Exatamente, a Cooperativa tem um funcionamento as secções de olivicultura e de viticultura. Quanto às percentagens em termos de volume de negócios do azeite e do vinho temos então que o azeite representa cerca de 90 por cento da nossa faturação e o vinho cerca de 10. Ainda que as produções em termos de quantidades sejam relativamente próximas (em média a Cooperativa produz 400.000 litros de vinho e cerca de 700.000 de azeite), a valor unitário de cada um dos produtos é substancialmente diferente o que origina enormes diferenças entre o peso de cada um dos produtos no volume de negócios.
Situada numa região com tradição agrícola, considera que este setor é um dos principais motores económicos da região? Sempre foi uma região com tradição agrícola e estão criadas condições para que o continue a ser. As novas plantações e os projetos agrícolas são garantia de que a agricultura continua a ser uma aposta na nossa região, uma agricultura cada vez mais profissional e moderna. A Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros, CRL como um dos principais players agrícolas da região procurará acompanhar e incentivar a produção agrícola, de forma a dar resposta aos anseios e ambições dos agricultores, para que sintam na Cooperativa um parceiro de referencia no qual podem confiar os seus produtos, para a sua máxima valorização.
Com azeites de incontestável qualidade, sente que também a Cooperativa é essencial para a afirmação de Portugal como produtor dos melhores azeites do mundo? Tendo em conta a qualidade do nosso produto, afirmo com toda a certeza que sim. Temos condições únicas para a produção de azeite temos sabido modernizar e atualizar o nosso lagar, para também produzirmos um produto cada vez melhor, de forma que possamos responder às exigências dos nossos clientes e consumidores. Também os nossos cooperantes entregam os seus produtos nas nossas instalações em perfeitas condições, acondicionado de forma correta e cumprindo critérios de qualidade cada vez mais elevados. Tendo um produto de qualidade, condições de transformação de ponta o nosso produto só pode ser de excelente qualidade, qualidade essa que pretendemos cada vez mais exportar de forma a valorizarmos o nosso produto.
Por onde passa o futuro da Cooperativa e que grandes projetos que gostaria de ver implementados? O futuro da Cooperativa passa pela proximidade, pela confiança e pelo acompanhamento dado aos cooperantes, bem como pela valorização dos seus produtos. Um dos grandes projetos da Cooperativa, que já se encontra em implementação, é a abertura de uma loja agrícola, bem como de um gabinete técnico de apoio aos agricultores. Pretendemos dar aos nossos cooperantes um produto “chave na mão” acompanhar as suas produções, dar sugestões de plantação, de adubação de tratamento fitossanitários e por fim transformar, comercializar e valorizar os seus produtos, depois de transformados. Há também a pretensão, caso os fundos comunitários assim o proporcionem, de modernizar a transformação e o embalamento na secção de olivicultura, bem como o embalamento da secção de viticultura.
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A REFERÊNCIA EM MACEDO DE CAVALEIROS Bem no coração de Macedo de Cavaleiros, nordeste de Trás-os-Montes, situa-se uma empresa de excelência no setor dos viveiros. Com mais de 30 anos de experiência, a Viveiros do Prado é sem dúvida um selo de qualidade no mercado dos viveiristas. VIVEIROS DO PRADO
Com uma história recheada de vivências e trabalhos na área da carpintaria, Álvaro Azevedo, atual proprietário e mentor de todo este projeto, iniciou o seu percurso na área dos viveiros devido a uma questão amorosa. A família da sua esposa, à data do seu casamento, já possuía uma vasta história no setor em Macedo, e Álvaro, por um singelo acaso da vida, após concluir o tempo obrigatório na tropa, acabaria por se juntar ao negócio de família. Inicialmente, este negócio começou apenas com a revenda e transporte de árvores. Com conhecimentos adquiridos pelo sogro, Álvaro negociava com um fornecedor de Coimbra, e fazia a distribuição na sua zona. Rapidamente, o negócio evoluiu, tendo iniciado o processo de plantação própria. Através da presença em feiras e certames da área, Álvaro Azevedo começou a criar uma carteira de clientes e o nome dos Viveiros do Prado a espalhar-se no mercado. Atualmente, os Viveiros do Prado são a referência no setor.
Com umas instalações de referência, capacidade de transporte próprio de referência, e mão-de-obra especializada, a empresa de Álvaro Azevedo, e do seu filho Carlos, comercializa diversas variedades de árvore, nomeadamente, vinha, oliveira, frutos frescos, frutos secos, citrinos e frutos tropicais. Com um clima propício e um terreno fértil, Álvaro Azevedo consegue oferecer aos seus clientes um leque diverso de árvores, inclusive variedades menos tradicionais na região, como o kiwi ou a lima, com qualidade excelência. O futuro dos Viveiros do Prado está, desde já, confirmado. Com o filho Carlos já integrado em todo o processo, a garantia de um futuro próspero, com um atendimento personalizado e produto de qualidade, está já assegurado. Visite já http://www.viveirosdoprado.com/ ou o Facebook dos Viveiros do Prado e deixe-se encantar.
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ESTARREJA BioRia O município de Estarreja localiza-se no distrito de Aveiro, na sub-região do Baixo Vouga e integra-se numa individualidade regional - a Ria. Caracteriza-se pela existência de esteiros e canais em todas as freguesias, esta influência marinha constitui nela e ao seu redor, uma diversidade de biótopos, com grande importância do ponto de vista ecológico. Todo o concelho é bastante recortado por linhas de água, sendo o mais importante o rio Antuã, caracterizado por margens bem protegidas onde se registam por vezes declives superiores a 25%, ao mesmo tempo que imprime à paisagem um encanto surpreendente e bucólico, pelas represas e azenhas ao longo do seu curso. É um município riquíssimo a nível cultural. Conta com bandas com mais de 100 anos e um cine teatro que é uma referência nacional. Na indústria, o Eco Parque tem vindo a crescer e a aumentar de forma progressiva criado mais de 1500 postos de trabalhos nos últimos anos. Estarreja é a terra que viu crescer o primeiro prémio Nobel Português, Egas Moniz uma figura icónica da região e do país. O património ambiental é imenso com a Ria de Aveiro no se esplendor. É aqui, em território de Estarreja, que o Vouga se abre em muitos braços, fazendo a Ria de Aveiro. Esta é, pois, uma zona para visitar com tempo, percorrendo os vários percursos que nos são propostos. Estamos na BioRia, zona de esteiros e caniçais, de canais, rios e ribeiras. Aqui podemos ver a permanente luta do homem para tirar o sustento da terra, mas também uma biodiversidade única. No sentido de aproveitar a potencialidade turística e ambiental o projeto BioRia permitiu a criação de uma Rede de Percursos Pedestres e Cicláveis em contacto com a natureza. Esta zona lagunar é uma inesgotável fonte de inspiração que a cada momento nos surpreende com uma paisagem única. Se bem que alguns pensem que a ria são apenas os canais urbanos da cidade de Aveiro, num passeio de barco um pouco mais prolongado pode descobrir toda a riqueza da Ria de Aveiro. Este vídeo é um dos que mostram um pouco do que pode encontrar num passeio de barco pela ria de Aveiro.
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O ENCONTRO DO HOMEM COM A NATUREZA O concelho de Estarreja pertence, administrativamente, ao distrito de Aveiro e localiza-se na sub-região do Baixo Vouga, integrando-se numa individualidade regional – a Ria. A juntar à folia dos estarrejenses, temos a arte exposta nas paredes um pouco por toda a cidade. A gastronomia, a cultura, a música e o desporto são outros motivos de interesse para visitar Estarreja, um concelho com uma economia pujante e em crescimento. MUNICÍPIO DE ESTARREJA
DIAMANTINO SABINA NA INAUGURAÇÃO DA EUROCAST (2 DE MAIO DE 2017), UM INVESTIMENTO DE 49,7 MILHÕES DE EUROS QUE CRIA 173 NOVOS POSTOS DE TRABALHO NO CONCELHO DE ESTARREJA
Estarreja é caracterizada por uma paisagem invulgar, as planícies são bordadas pela vastidão de águas tranquilas, uma tela fluvial que por todos os lados se estende em fluídos tentáculos fluviais. A Ria é uma das marcas de um concelho que nos últimos anos tem vindo a crescer económica, social e ambientalmente. Diamantino Sabina, o presidente do município, apresentou o concelho e o trabalho que tem vindo a desenvolver nos últimos anos: “Temos vindo trazer projetos direcionados ao ambiente e à nossa paisagem natural que é o Baixo Vouga Lagunar e a Ria de Aveiro”, explicou. O projeto doa BioRia preserva a identidade natural da região e valoriza o ecossistema natural. É dividido em vários percursos pedestres em que se pode desfrutar da natureza e 142 | PORTUGAL EM DESTAQUE
observar a biodiversidade daquele território. Nos últimos anos tem alcançado uma enorme notoriedade, tornando-se numa referência no turismo do norte e centro de Portugal. Potenciando os recursos naturais oferecidos pela zona lagunar, têm sido desenvolvidos vários projetos: a ObservaRia é uma feira dedicada ao turismo dea natureza, e em especial à observação de aves, um evento que se tem tornado uma referência internacional para o ramo do birdwatching. Numa vertente mais desportiva realiza-se ao BioRace - uma desafiante e divertida corrida de obstáculos ao longo dos caminhos pedestres doa BioRia. É um desafio para os mais destemidos. No ano anterior contou com 1500 participantes e na próxima edição espera-se que receba mais de 1900,
ultrapassando assim o maior evento do género da Europa. Para além do património natural, em Estarreja pode também visitar-se a Casa Museu Marieta Solheiro Madureira e a Casa Museu Egas Moniz onde se pode conhecer a história e o trajeto do único Prémio Nobel da Medicina português. No âmbito desportivo, o concelho é muito ativo. Conta com mais de 20 modalidades federadas. Destaca-se no andebol, a Associação Artística de Avanca que disputa a primeira liga, sendo também finalista da taça de Portugal. O Garci Cup, promovido em coorganização pela Câmara Municipal de Estarreja e Estarreja Andebol Club, é um evento, de referência nacional, juntando mais de 3000 atletas, que ao longo do torneio fomentam as amizades e o gos-
to pela prática do andebol. O Carnaval de Estarreja e o Santo António Uma vez por ano, Estarreja veste-se a rigor para um dos mais icónicos carnavais do país. De norte a sul das terras lusitanas é conhecido o Carnaval de Estarreja. O presidente, Diamantino Sabina, destacou a importância de tornar esta marca cultural da região mais participativa, mais autêntica e mais atrativa. Deram-se este ano os primeiros passos na requalificação do evento que tanto impacto tem no município e pretende-se incentivar mais as pessoas a envolverem-se, criando melhores condições e oferecendo um espaço melhor. As Festas de Santo António são o encontro da comunidade que fala mais alto entre 2 a 13 de junho durante as celebrações em homenagem ao santo casamenteiro que Estarreja evoca desde o início do século passado.
desses jovens seguem a sua vida profissional nessa arte. De forma a responder e a aproveitar essa natural virtude da região, foi encontra-se em fase de constituição o Polo do Conservatório de Música de Aveiro. A cultura estende-se às ruas através de murais e paredes pintadas na realização do ESTAU, festival de arte urbana de Estarreja. A primeira edição em setembro de 2016 trouxe artistas urbanos de renome internacional para pintarem e darem vida às ruas deste concelho, transformando ESTARREJA num museu a céu aberto. O Cine-Teatro de Estarreja tem sido também uma sala de cultura cheia de vida e dinâmica com uma programação regular de qualidade e transversal a diferentes públicos. Seja no cinema, teatro ou música, foram vários os artistas de renome que por ali já passaram nos últimos 12 anos após a sua reconstrução. É hoje uma das salas de referência a nível nacional e tem mostrado um trabalho notável.
Uma cidade virada à cultura Estarreja é um concelho que respira música. As bandas filarmónicas têm formado muitos artistas musicais e muitos
Eco Parque Empresarial cresceu 80% Uma das principais zonas industriais de Estarreja é o Eco Parque Empresarial, gerido pela Câmara Municipal, e tem sido
uma das prioridades para o presidente. O crescimento tem sido enorme. Neste momento estão instaladas 27 empresas, o que representa um aumento de 80% do número de empresas (em 2013 eram 15 as empresas). Paralelamente, cresceu o emprego. O Eco Parque ocupa atualmente um milhar de pessoas, tendo o número de postos de trabalho crescido 62% nos últimos quatro anos. O Eco Parque gera um volume de negócios de 150 milhões de euros. “Portugal é um país muito apetecível para os investidores. Faltava o estímulo do Eco Parque. Peguei na mala e fui procurar investidores e empreendimentos”. Tem sido nessa ótica um projeto de sucesso que traz uma base económica muito firme ao concelho. A preocupação futura passa pela educação pois é necessário responder à procura de mão de obra: “com base nessa preocupação estamos a trabalhar com a escola profissional de Aveiro com o IEFP e outras instituições e com as empresas para adaptar o ensino às suas necessidades”, finalizou Diamantino Sabina.
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AVANCA, UMA TERRA COM HISTÓRIA A FAZER HISTÓRIA Desporto, cinema, património religioso e o local de vivência de um prémio Nobel português. Entre a cultura e a indústria Avanca é também uma vila privilegiada da Natureza - cursos de água e espaços verdejantes a perder de vista - a freguesia oferece a calma do campo e, por outro lado, a comodidade de uma terra que cresce a par da modernidade. JUNTA DE FREGUESIA DE AVANCA vestigador, reúne um conjunto de coleções de arte que Egas Moniz e a sua esposa Dona Elvira foram reunindo ao longo da vida.
EXECUTIVO Inserida no concelho de Estarreja, distrito de Aveiro, a freguesia de Avanca é presidida por José Jorge da Silva Valente Borges que se autointitula como “um servidor público”. A cumprir o seu primeiro mandato, o autarca tem uma longa história de envolvimento com a comunidade, pois tendo prestado durante cerca de 30 anos serviço na Guarda Nacional Republicana, nos últimos 15, desempenhou as funções de comandante do Posto de Avanca. Em conversa com a Portugal em Destaque, falou humildemente da freguesia e dos projetos que tem desenvolvido. O desafio era devolver a dinâmica a uma freguesia “parada no tempo”. O mandato iniciou-se sem promessas imprudentes, mas sim com um plano de projetos concretizáveis com o objetivo de melhorar a vida de todos os fregueses. As obras no mercado, que era «provisório» há mais de 30 anos, foram concretizadas. Foi uma forma de se preservar uma tradição, “o mercado é português, é por isso muito nosso. Lá vende-se um pouco da região. Encontramos produtos frescos saídos da agricultura e outros produtos artesanais. É também um espaço de encontro e de convívio. Foi um investimento de 70.000 mil euros”. Também houve um investimento para a melhoria das estradas da freguesia. Avanca terra de muitas quintas brasonadas foi também o local onde nasceu e cresceu o prémio nobel da medicina português, Egas Moniz. A casa onde nasceu foi transformada num museu, um local intimamente relacionado com o percurso e a vida do in-
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A Capital do Cinema Durante o mês de julho, a freguesia é invadida por gentes de todo o mundo para o ‘Avanca Film Festival’, organizado pelo cineclube de Avanca. É um festival de cinema que é uma referência nacional, recebe profissionais do ramo cinematográfico e apreciadores da 7ª arte de toda a parte do mundo. Este ano irá realizar-se de 26 a 30 de julho e conta ser o sucesso que tem sido durante os últimos anos. Outros eventos de referência são o festival de gastronomia, que é o mais antigo festival da região, realiza-se sempre no último fim de semana do mês de junho e oferece os sabores da região a todos que o visitam. Uma referência desportiva Na freguesia de Avanca o desporto é um dos principais destaques. A Associação Atlética de Avanca tem um polo desportivo de grande qualidade e tem projetos para o aumentar. O complexo está preparado para receber estágios de equipas desportivas, como já aconteceu com a seleção nacional sub21 e a seleção da Holanda, também do mesmo escalão. No andebol a Associação Artística de Avanca está a representar a região no principal escalão da modalidade e é também uma das 4 apuradas para a final four da Taça de Portugal de Andebol. Futuro de Avanca Com um balanço positivo do seu mandato, José Borges prevê um futuro de continuo crescimento, depois de nos últimos anos se ter vindo a destacar. Revela ainda as ambições de “criar um parque na ribeira do mourão e de continuar a melhorar as vias e os acessos”. Realçou ainda desejar preservar a tradição dos lacticínios através de uma escultura em granito, de tamanho real que vai erigida e inaugurada no dia 10 de Junho do corrente ano, como homenagem e reconhecimento às Mulheres de Avanca que a partir da década XX ,do século passado, (XX) transportavam à cabeça o canado do leite. Em Avanca descansa o espírito que se envolve num ambiente onde apetece permanecer ao longo do tempo, é certamente um local a visitar.
”AQUI VALORIZA-SE A TRADIÇÃO” Vila de Salreu, localizada na região lagunar da ria de Aveiro, entre o Rio Antuã e o Rio Vouga, integra o município de Estarreja e dista cerca de 15 quilómetros da Cidade de Aveiro. A agricultura, a emigração e as empresas do complexo Químico de Estarreja deram, em tempos diferentes, forte impulso na economia da Freguesia. JUNTA DE FREGUESIA DE SALREU
“Um desafio diário e estimulante, é um trabalho que deve ser feito com gosto e dedicação”, é desta forma que o presidente Manuel Almeida carateriza o trabalho na junta de freguesia de Salreu. A cumprir o seu primeiro mandato, destaca a preocupação em servir as pessoas, cuidar dos espaços públicos e melhorar as vias de comunicação da freguesia. Apesar de ter um pequeno orçamento que é gerido com precaução, a Junta de Freguesia tem realizado algumas obras importantes. Ao abrigo do Contrato Interadministrativo de Delegação de Competências assinado com a Câmara Municipal de Estarreja, foram efetuados obras muito relevantes na pavimentação, conservação e reparação de vias e arruamentos. No apoio às famílias mais carenciadas da freguesia, para além do apoio social, têm sido realizados trabalhos de recuperação e beneficiação de habitações. Na agricultura recai também grande parte do investimento como referiu o presidente: “fizemos a limpeza de cerca de 10 quilómetros de valas na zona do campo de Salreu. Também colocamos válvulas de maré, no Esteiro de Salreu, não queremos que a água salgada invada terrenos férteis. Recuperamos vários caminhos importantes para a atividade agrícola”. Em 2016 promovemos o 1º En-
contro de Veleiros, com a colaboração das associações náuticas da região de Aveiro (A.N.G.E.) e Ovar (S.N.A.D.O.). Um evento que promoveu a Vila de Salreu na região e alerta para a importância de manter a navegabilidade da ria de Aveiro e dos seus canais. Na rede hidrográfica procedemos à limpeza e desassoreamento de cerca de 15 quilómetros de valas e linhas de água. Um dos cartões-de-visita da freguesia é o BioRia. O Centro de Interpretação Ambiental do Bioria está localizado na freguesia de Salreu e tem como objetivo principal contribuir para a sustentabilidade do Património Natural e transformar a região num destino de referência para o Ecoturismo e Turismo de Natureza, percorrendo áreas de enorme beleza paisagística, como campos de arroz, sapais, juncais e caniçais, onde se realiza o evento Observaria. Manuel Almeida carateriza o espaço como “a natureza no seu estado puro. O desfrutar daquele ambiente, é gratificante”. O Santuário da Nossa Senhora do Monte é também um ponto turístico a ser visitado e onde o visitante disfruta de uma paisagem deslumbrante, invulgar nas redondezas, as marinhas de arroz, os canais da ria abraçam o vasto território marinhão e convidam-nos a ver o mar. A área junto ao santuário será brevemente beneficiada com a aquisição de um equipamento, composto por binóculos de miradouro, para melhor responder à curiosidade de quem quiser explorar a paisagem. Eventos e coletividades A festividade marcante da freguesia são as festas em honra de S. Martinho, o padroeiro da freguesia, que nos últimos anos foram fortemente dinamizadas pelo executivo da Junta de Freguesia, com
grande empenho das coletividades, tem tido uma crescente adesão popular. No verão, a festa da Senhora do Monte também tem muita tradição, devido em parte à grande envolvência dos emigrantes. A Junta de Freguesia tem aumentado a sua atuação no apoio às coletividades e a todos os eventos realizados na freguesia Futuro de Salreu Entre várias ambições e projetos para manter o crescimento da freguesia, o presidente destacou a educação, a agricultura e a indústria como áreas a serem desenvolvidas. Na educação, pretende-se recuperar o projeto de alargamento do grau de ensino no Centro Escolar Visconde de Salreu para o 2º ciclo do Ensino Básico. Na indústria há a ambição de se criar um Polo Empresarial. Na agricultura espera-se que a concretização do “Sistema Primário de Proteção de Defesa do Baixo Vouga Lagunar” possa contribuir para criar novos projetos agrícolas. Este é um executivo com o objetivo de manter a proximidade entre a população e as instituições, tendo procedido ao alargamento do horário dos serviços de atendimento público no Posto de Correios e na Junta de Freguesia de Salreu. A Vila de Salreu pretende afirmar-se enquanto comunidade que dispõe de um conjunto de serviços abrangentes nas áreas da Saúde, Educação, Associações Culturais e Desportivas, Instituições de Solidariedade, Espaços de lazer e Turismo da natureza, com acesso privilegiado a importantes vias de comunicação rodoviária e ferroviária.
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VALORIZAR O PATRIMÓNIO NATURAL Beduído e Veiros constituem a maior freguesia do concelho de Estarreja, quer em número de eleitores quer em área. A Portugal em Destaque esteve em conversa com o presidente José António Marques que orgulhosamente nos apresentou a freguesia e os seus projetos. JUNTA DE FREGUESIA DE BEDUÍDO E VEIROS
sas que estão na zona e que têm estado a absorver muita gente. A médio prazo podemos correr o risco de ter falta mão de obra”, destacou o presidente.
JOSÉ ANTÓNIO MARQUES A união de freguesias de Beduído e Veiros é uma região particular, de um lado acolhe o lado metropolitano da cidade de Estarreja, do outro a calma das planícies onde corre o rio Antuã que desagua na Ria de Aveiro. Duas localidades distintas tão únicas que a quem não estiver habituado às vistas de Aveiro irá pensar, por momentos, que viajou para fora de terras Lusitanas. José Marques é o presidente da união destas freguesias. Presidente de junta desde 2005, iniciou a sua atividade política sem qualquer experiência, mas como o próprio referiu, “quem tem gosto rapidamente aprende”. Hoje é um autarca mais experiente com o objetivo de “fazer pela terra tudo o que for possível”. Atualmente a união de freguesias é uma das únicas o concelho que tem máquinas próprias para o desenvolvimento de alguns trabalhos de limpeza e construção civil. O presidente José Marques destacou também a boa relação com o município de Estarreja: “temos os contratos interadministrativos e a delegação de competências, onde se insere a limpeza e manutenção dos espaços verdes da freguesia. Para além do constante trabalho na limpeza, jardinagem, e construção civil, José Marques revelou outros projetos feitos. Para José Marques, a requalificação do alto de Santo Amaro, foi uma das grandes prioridades deste mandato: “para mim é um dos sítios mais bonitos da freguesia e estava completamente abandonado. Criamos um parque de autocaravanas e de merendas; hoje é um espaço a visitar e a passar-se um bocado em convívio”. A requalificação da zona do rio Antuã é também uma obra de destaque. Foi reposto o espelho de água e será feita a renovação das margens e da turbina do rio, “uma turbina de energia elétrica e uma das primeiras hidroelétricas do país”, referiu o presidente. Baixa taxa de desemprego Marcada pela grande área industrial demarcada por grandes grupos económicos que continuam a investir na região, a palavra desemprego começa a não ser vulgar nesta freguesia. “A freguesia de Beduído deve ter as mais baixas taxas de desemprego do país. Temos um Eco-parque que emprega muita gente. Inaugurou-se recentemente a Eurocast que pode vir a empregar cerca de 170 pessoas, e em expansão. Novas empre-
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Épocas Festivas As festas em honra aos padroeiros da freguesia são eventos de referência, a 15 de julho realiza-se a festa de S. Tiago, padroeiro de Beduido. Em 24 de agosto em Veiros, festeja-se o S. Bartolomeu. Estas são romarias que aglomeram sempre muitas pessoas para os festejos da união das gentes. A 15 de janeiro é realizada a feira de ano que em 2017 passou pelo desafio de ser dinamizada. José Marques explicou, “este ano a feira coincidiu com o fim de semana e por isso apostamos em fazer três dias de festa. Foi montada uma tenda onde se fez uma mostra gastronómica, com o apoio de associações da freguesia. Tivemos a sorte de termos tido bom tempo, tendo em conta que estávamos em pleno inverno. Correu muito bem e foi certamente um dos melhores anos da feira”. De forma a manter uma tradição dinâmica para esta feira e manter-se numa festividade de referência no distrito de Aveiro, o presidente destacou “queremos propor a mobilidade da data, ou seja, a feira ser sempre realizada no segundo domingo de janeiro, mantendo no entanto a data de 15 em referência a Stº Amaro”. Passeios de Kayak Em agosto, o horizonte da ribeira de Santo António enche-se de vida. Com as águas repletas de coloridos kayaks de forma a reforçar a sua ligação à ria, evocando um tempo que já só volta uma vez por ano. A bordo, cerca de 200 participantes vindos de várias regiões do país. Nas margens, centenas de pessoas deleitam-se a observar uma competição saudável, ainda que, às vezes, severa. Um percurso com passagem por alguns canais da Ria de Aveiro, desde o Esteiro da Moita até ao Esteiro da Ribeira de Veiros, com paragem estratégi-
de dar relevância à zona lagunar e aproveitar o património natural que temos. A Ria é um ex-libris do concelho e tem de ser aproveitada”. ca no Largo do Laranjo, um dos maiores espaços de ‘águas abertas’ da nossa ria. Assim é o passeio de kayaks que, anualmente, a união de freguesias realiza. Esta tem sido uma aposta ganha, um projeto diferente que traz um enorme dinamismo à região. Futuro Num futuro próximo será publicado um livro sobre a freguesia de Beduído e Veiros, cujo, o lançamento está previsto para o dia 25 de julho. José Marques revelou também a ambição de “conseguir a construção de um passadiço entre a zona da turbina do rio Antuã e o parque da cidade”, de forma a ir de encontro aos muitos caminheiros que passam pela região. Outro desejo será a construção duma nova casa mortuária, dado que a existente começa a estar desajustada com os novos tempos. Para o futuro crescimento da freguesia, um dos principais enfoques será aproveitar o património natural: “temos
Nota final do presidente “Um obrigado a todos os fregueses que de forma direta ou indireta tem contribuído para que a nossa freguesia se destaque da banalidade assim como a todos os colaboradores da junta Um obrigado especial ao meu executivo e assembleia de freguesia que, independentemente da sua orientação politica, tem sido exemplar e sem o apoio deles a minha função como presidente não teria sido tão eficaz”.
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CANELAS E FERMELÃ, UMA UNIÃO ATIVA E APELATIVA Nas freguesias de Canelas e Fermelã a diversidade cultural é dinamizada pelas coletividades que vão dando vida a duas freguesias cada vez mais ativas. O presidente Gabriel Tavares e o secretário Carlos Ribeiro falaram sobre o trabalho que o executivo tem vindo a realizar. UNIÃO DE FREGUESIAS DE CANELAS E FERMELÃ
CARLOS RIBEIRO, GABRIEL TAVARES E JOSÉ FERREIRA A cumprir o seu segundo mandato, o presidente da união de freguesias de Canelas e Fermelã, Gabriel Tavares, optou por aplicar a sua experiência profissional na vida pública. Dessa forma tenta em todas as suas medidas ser sempre o mais inovador possível, embora com a precaução da gestão de custos que tem de ter. A delegação de tarefas que a Câmara atribui à união de freguesias encarga responsabilidades, mas torna o executivo mais ativo e dinâmico. O mandato tem sido repleto de obras e de trabalhos constantes. Para além das limpezas continuas, este executivo tem tido um papel importante na requalificação de infraestruturas das freguesias. “Tudo quanto seja fontanário, lavadouros, temos feito uma intervenção. Temos também feito a reabilitação da rede viária”, destacou Gabriel Tavares. Na freguesia de Canelas tem-se melhorado a zona cívica entre a Rua Campo da cruz e a igreja matriz de Canelas, de forma a ser criada uma zona de convívio. As freguesias têm pontos de destaque a serem visitados como os percursos de Bocage, Rio Jardim e percurso de Fermelã. São caminhos pedestres que acompanham a linha de água, braço da Ria de Aveiro. O visitante poderá contactar com diversos habitats característicos desta região, onde se destaca um mosaico rural e genuíno denominado de ‘Bocage’. Também os esteiros de Canelas e Fermelã são locais de referência para aqueles que visitam as freguesias.
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Gastronomia, desporto e música As coletividades são parte da dinâmica das freguesias e são elas parte das referências culturais da região. A Banda Bingre Canelense é uma associação com 152 anos e uma referência no concelho de Estarreja. É uma banda de música responsável por educar e criar músicos de grande qualidade. A associação cultural de amizade pelo desporto olímpico foi responsável por criar um edifício para dar apoio ao desporto, entre eles ginástica, dança, karaté, tornando-se num centro de desportos indoor. Ainda no desporto, o Arsenal de Canelas é um clube que se tem destacado com títulos na patinagem de velocidade. “Sendo um desporto que tem trazido prémios para a região, temos a responsabilidade de fazer obras no pavilhão e com isso ambicionarmos receber o europeu de patinagem” referenciou o presidente. Para além da patinagem praticam também o andebol. De forma a ajudar as associações, o executivo cria anualmente uma feira gastronómica e “tem sido um sucesso, as coletividades juntam alguns fundos que nós não podemos dar de forma direta”, explicou o presidente. A 4ª mostra gastronómica a realizar-se neste ano, irá decorrer durante os dias 14, 15 e 16 de julho. Projetos de Futuro Em relação ao futuro existem já vários projetos e metas traçadas. A criação de um espaço cultural para dar suporte às atividades é uma das prioridades. O investimento na requalificação das vias também será mantido. Há também a ambição de criar um lar na região, um projeto que, por falta de fundos próprios, terá de ser criado com um parceiro. Gabriel Tavares alertou ainda sobre a importância da construção do dique para a preservação da agricultura das freguesias.
INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA FUNDAÇÃO BENJAMIM DIAS COSTA Como surgiu a Fundação Benjamim Dias Costa? A Fundação é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, com sede na Casa do Freixieiro, na Rua da Nestlé, em Avanca. A instituição surgiu por iniciativa do Comendador Adelino Dias Costa, empresário, fundador da empresa ADICO, que sempre teve uma visão da sua missão social, e que, juntamente com a sua esposa D. Assunção Leite, criaram em 1967, uma Instituição de Apoio à Infância, homenageando seu filho, falecido em jovem, Benjamim Dias Costa. Assim, a Fundação, foi criada para responder, no contexto local e regional, às necessidades das famílias trabalhadoras e aos anseios de uma instrução capaz das crianças, sendo como determinante o seu papel social e torna a qualidade das suas respostas sociais como esteio de atuação. Qual é o balanço que faz dos 50 anos de existência? Embora criada em 1967, a Fundação só iniciou a sua atividade com os serviços de Creche e Jardim de Infância em 1969, depois de realizados os trabalhos de Construção Civil de adaptação das instalações da Casa do Freixieiro às funções da Instituição. Em 1969, iniciou-se a atividade com a frequência de 30 crianças e 10 colaboradores, e com um importante apoio das Irmãs Dominicanas que deram à Instituição e à Paróquia uma colaboração muito útil e imprescindível durante 40 anos do que se guarda um grande sentimento de gratidão. A Instituição foi sempre crescendo, e as dificuldades das instalações por inadequação e pelos custos de manutenção, obrigaram a encarar a decisão corajosa de remodelação das instalações. Assim entre 1997 e 2006 as instalações da Fundação sofreram de forma faseada uma profunda remodelação, tendo sido demolidos os edifícios existentes e construídos novos, de raíz, respondendo às necessidades da Instituição e respeitando a legislação em vigor. A Instituição foi crescendo e evoluindo, atingindo hoje, tanto na qualidade das instalações, como na qualidade e variedade de serviços, um nível que coloca a Fundação Benjamim Dias Costa como uma referência na nossa região. Quais as valências da instituição? A Creche com capacidade para 58 crianças, repartidas pelo berçário e mais 3 salas de atividades. O Pré-escolar com 80 crianças, repartidas por 4 salas de atividades. As atividades sociopedagógicas decorreram conforme os projetos de sala e em consonância com o Projeto Educativo da Instituição, bem como a componente socioeducativa, destacando-se as atividades extracurriculares: psicomotricidade, inglês e música e ainda o Centro de Atividades de Tempos Livres.
“Educar para humanizar e empreender”, como é colocado na prática o lema da instituição? A vocação social da Fundação concretiza-se no domínio educativo, visando o desenvolvimento harmonioso das crianças e jovens ao seu cuidado, de forma integrada, solidária e inclusiva e transmitindo-lhes, pelo exemplo, uma visão humanista do mundo e um espírito empreendedor de atuação. Quais as atividades que desenvolvem para além das orientadas à infância e juventude? O projeto da RLIS - Rede Local Intervenção Social – “DESFAFIO À INCLUSÃO SOCIAL”, neste momento tem um grande peso no trabalho desenvolvido pela instituição. A RLIS tem por fundamento uma lógica de intervenção articulada e integrada entre as várias entidades do sector social, com uma estratégia de reforço da coesão social, designados como Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS), que asseguram o atendimento e o acompanhamento de indivíduos/famílias que se encontrem em situação de vulnerabilidade, Quais os maiores desafios e dificuldades da Fundação? Face as constantes alterações da legislação e das orientações dispares das diferentes tutelas que norteiam as IPSS e face a situação económica que vive o país é muito complexo garantir a sustentabilidade da instituição. O grande desafio que se vislumbra é, pois, conseguir continuar a responder às necessidades sociais, antigas e novas dos nossos utentes. Os apoios públicos continuarão a ter necessariamente um papel importante na estrutura de financiamento da Instituição, mas estes não podem ser encarados como a fonte primeira e quase exclusiva de recursos financeiros. Há que realçar o apoio de várias empresas, que no cumprimento da sua missão social têm vindo a dar uma ajuda muito importante ao que se juntam ofertas de Amigos da Fundação e que em 2016 atingiram os 60.000,00€, o que equilibrou as constas da Instituição. Quais os projetos que existem para a o futuro? Num futuro próximo o nosso empenho é conseguir remodelar/ ampliar o edificado que dá resposta ao CATL – Centro de Atividades de Tempos Livres. É um espaço físico que não suporta as necessidades dos nossos utentes e que precisa urgentemente de intervenção de fundo. Como vê a fundação num futuro de 10 anos? Nos próximos 10 anos a Fundação Benjamim Dias Costa será, como desde a primeira hora, uma Instituição empenhada na melhoria contínua da qualidade dos seus serviços e das suas instalações e sempre na busca de novos meios para melhor responder às cada vez mais exigentes solicitações dos utentes e respetivas famílias nas suas diversas áreas de ação. ASSIM SEREMOS UMA REFERÊNCIA NO MEIO
Quantas pessoas emprega a fundação? Nas suas diferentes respostas sociais, emprega cerca de 40 pessoas dos quais cerca de 30 por cento são de formação superior. Sentem o encargo de serem parte fundamental da educação? A Fundação privilegia, os Valores, a Responsabilidade, o Profissionalismo e a Paixão, todos os dias procura a Inovação de forma a estimular a imaginação das crianças e valorizar as suas iniciativas pessoais, como forma essencial de uma intervenção sustentável. PORTUGAL EM DESTAQUE | 149
COMPRAR COM CONFIANÇA Todo o espaço fervilha de atividade. A azáfama não é tão grande, mas o conforto nos corredores é agradavelmente sentido. Pode-se encher o saco de compras e voltar para casa sem sentir a diferença na carteira. No supermercado Couto o cliente compra com confiança e a preços baixos. SUPERMERCADOS COUTO
JORGE FERNANDES, CÉLIA COUTO, ANTÓNIO COUTO, FERNANDA COUTO , ANTÓNIO JOSÉ COUTO, ROSA COUTO António Couto foi o responsável por erguer esta superfície comercial. Corria o ano de 1963 aquando viajou para o Brasil apenas com 20 escudos no bolso. Recém-chegado à cidade de Santos, começou a trabalhar para aqueles que melhor pagassem. Poucos anos mais tarde decidiu abrir o seu próprio negócio na área do comércio. O negócio começou a crescer e a tornar-se um investimento viável. Em 1972 voltou a Portugal de férias e a ideia de criar o seu negócio começou a surgir. Finalmente, em 1983 concretizou-se o sonho de voltar à sua essência e montou o seu próprio minimercado em terras lusitanas. Assim começou a história do supermercado Couto, “na altura foi uma inovação. Abrimos com arcas de frio e a atender bem os clientes. Ainda não havia grandes hipermercados, e apesar de ser apenas um minimercado as pessoas já sentiam que havia ali qualidade no que compravam”, explicou o fundador, Antó150 | PORTUGAL EM DESTAQUE
nio Couto. O grande crescimento deu-se após o ano de 1999 depois de mudar o minimercado para uma superfície comercial com uma grande área, que passou igualmente a disponibilizar parque de estacionamento aos seus clientes. Mantinham-se inovadores, para além de satisfazerem os clientes com produtos frescos e de baixos preços, faziam entregas das compras. Hoje em dia o supermercado é uma referência no concelho de freguesia e é um negócio familiar que alberga 28 funcionários, todos eles parte também, de uma equipa que é familiar. Apesar da grande concorrência das grandes superfícies comerciais, o supermercado regional tem subsistido e crescido gradualmente. As razões são a boa gestão e a constante preocupação com o cliente. A honestidade e a simpatia são parte da filosofia do trabalho do supermercado e isso permite criar uma proximidade com o cliente que não se proporciona
noutros supermercados. António Couto explicou: “temos uma abordagem sincera com o cliente. Os nossos funcionários conhecem os clientes, conhecem as suas necessidades e começam a conhecê-los. Isso é uma proximidade que conta”. Parte da proximidade é realizada também na gestão de produtos do supermercado que não se restrita apenas a colocar para venda os produtos mais lucrativos. Parte desta gestão vai de encontro aquilo que os clientes procuram, um produto é colocado na prateleira mesmo que com o objetivo de satisfazer a procura de alguns clientes. António Couto reforçou, “ouvimos sempre o cliente, quando chamam a atenção de alguma coisa nós vamos logo melhorar isso. O que interessa é o cliente sair satisfeito e sentir-se valorizado”. Uma das referências e produtos de maior qualidade e destaque do supermercado são as carnes. São produto da região e, portanto, um produto muito fresco e de
elevada qualidade. Na charcutaria e na fruta, também o produto é sempre de grande qualidade e com a maior frescura possível. Outras das referências é o peixe, mais especificamente o bacalhau que é procurado por muitas das gentes de Estarreja, principalmente nas festividades como o Natal. O supermercado Couto oferece também os produtos da marca auchan que são produtos de um preço relativamente mais baixo e muito procurados pelos clientes. Aqui também se procura a inovação, principalmente através dos produtos. “Tentamos sempre ter artigos novos. Vamos a feiras e vamos sempre à procura de novos produtos”, explicou António. Fruto dessa inovação, uma das histórias pertinentes refere que alguns médicos receitavam produtos terapêuticos, chás e alguns medicamentos que já eram vendidos no supermercado Couto. A politica de gestão também impera por ter baixos preços, contentando-se com margens de comercialização mínimas, dessa forma o supermercado já alcançou um destaque da revista PROTESTE como estabelecimento comercial com preços mais baixos quer na região, como também em todo o território nacional. Responsabilidade social Este é um estabelecimento que se carateriza, de certa forma, como uma resistência do comércio regional. Não faz parte de uma cadeia de grandes superfícies com um poder económico avassalador, mas faz parte das gentes da terra e por isso tem alcançado o sucesso e a preferência de muitos compradores. Como forma de agradecimento e de responsabilidade social na região, o supermercado promove muitas campanhas de solidariedade. Foram um dos pioneiros a aderir ao Banco Nacional Contra a Fome. Participam ativamente em muitas campanhas de vendas dos escuteiros e são membros ativos em associações solidárias em que fazem algumas doações e oferecem alguns eletrodomésticos. O futuro Este é um negócio familiar a atravessar a segunda geração. Se por um lado existe a ambição de criar novos supermercados Couto pela região, por outro existe a consciência que este é um mercado difícil que deve ser preponderado, pois o modelo de negócio tem na base as pessoas e os seus valores e estes não se podem copiar e implementar noutro local. O crescimento do supermercado Couto continuará a ser feito de forma sustentada e será aumentado de forma natural se as condições se criarem para tal objetivo. Até lá, os preços mais baixos na região estão aqui, no supermercado Couto.
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“A NOSSA IMAGEM É O NOSSO TRABALHO” ALUMIBREJO fissionalismo. A empresa de Paulo e Sandra Silva tem sido uma aposta ganha: “O balanço destes últimos anos é positivo. O volume de negócios tem aumentado constantemente, o que se traduz em crescimento”, refere Paulo Silva, responsável pela Alumibrejo e com mais de 30 anos de experiência no setor. “Os clientes procuram qualidade e são cada vez mais exigentes e nós temos que cumprir com as expetativas”, salienta Sandra Silva. Atualmente com quatro colaboradores, a Alumibrejo realiza trabalhos em todo o tipo de portões, com ou sem motor, gradeamentos em alumínio ou em ferro, resguardos de banheira ou poliban, coberturas em vidro com caixilharia de alumínio, marquises em alumínio e vidro, janelas de abrir ou correr, portadas com lâminas reguláveis ou fixas e estores em alumínio térmico, com ou sem motor, em todas as cores. Fundada a 1 de fevereiro de 2010 e sediada em Avanca, no distrito de Aveiro, a Alumibrejo tem prestado desde então serviços na área da produção e montagem de caixilharias em alumínio em território nacional e no estrangeiro, com especial incidência no mercado francês, contando atualmente com um volume de exportação correspondente a cerca de 65% da sua faturação. Apostando na qualidade da matéria prima e dos serviços prestados, a maior força comercial da Alumibrejo está na satisfação dos seus clientes, sendo os mesmos os principais responsáveis pela difusão da marca enquanto sinónimo de qualidade e pro-
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O restaurante Leitões do Moisés é um espaço agradável onde o leitão é criado e recriado de diferentes formas e, naturalmente, é a especialidade da casa. Moisés Duarte, gerente do Restaurante, em entrevista à Portugal em Destaque, evidência a qualidade do serviço que tem vindo a prestar, com humildade e profissionalismo. Há mais de duas décadas a servir a região, o restaurante Moisés dos Leitões situa-se na freguesia de Avanca no concelho de Estarreja. Para além do serviço de restauração que pode receber até 500 pessoas, realiza também a distribuição de leitões pela região norte e centro de Portugal. O espaço está preparado para receber eventos - desde batizados a casamentos, a garantia é que será sempre bem servido. Na casa o leitão é soberano na ementa, mas serve-se também 152 | PORTUGAL EM DESTAQUE
outras especialidades como o frango de churrasco, a chanfana e pratos de peixe. Aqui o leitão é recriado em pratos tradicionais. As especialidades da casa são na sua essência, a confeção do leitão, em que se destacam a francesinha de leitão, o leitão à braz e a feijoada de leitão. Para além de um molho único e muito apetecível, a receita do sucesso passa pelo bom atendimento, fazendo o cliente sentir-se em casa. O futuro passa por alargar os horizontes dos serviços da casa melhorando sempre a restauração e a distribuição de leitão. Moisés Duarte anunciou um projeto ambicioso para o futuro. A ideia é que o negócio continue a crescer e que as especialidades do Moisés dos Leitões tenham um maior alcance nacional e não só.
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BAIXO MONDEGO A região do Baixo Mondego, na zona centro de Portugal, rica em paisagens idílicas e monumentos, apresenta-se como confluência do Distrito de Coimbra e do Distrito de Aveiro. Limitada a norte pelo Baixo Vouga e com Dão-Lafões, a leste com o Pinhal Interior Norte, a sul com o Pinhal Litoral e a oeste com o Oceano Atlântico, é uma das zonas de maior destaque nos sectores da cultura e turismo do nosso Pais. Com realidades tão diferentes como as típicas paisagens urbanísticas, características de grandes urbes, separadas por zonas montanhosas e serranas, uma bela costa com praias paradisíacas e notáveis cidades e históricas aldeias. Em particular destaque nesta edição estão as cidades de Coimbra e Figueira da Foz. Coimbra é uma cidade historicamente universitária, por causa da Universidade de Coimbra, uma das mais antigas da Europa e das maiores de Portugal. Na história recente a população estudantil da Universidade teve um papel importante ao ser ativamente defensora dos valores da liberdade e democracia frente à ditadura do Estado Novo. Uma das cidades mais antigas do país, foi a capital de Portugal antes de Lisboa, até 1255, e nela está o primeiro Panteão Nacional, o Mosteiro de Santa Cruz. A Figueira da Foz, situada no litoral atlântico, junto à foz do Rio Mondego e estendendo-se até ao Cabo Mondego, candidato a Património Mundial por ser um lugar exemplar do jurássico de rara visibilidade, é um dos centros turísticos mais importantes de Portugal, com o Casino mais antigo de toda a Península Ibérica e único na região Centro, uma praça de touros, um enorme areal (a praia urbana mais larga da Europa) com equipamentos lúdicos e desportivos e uma animada vida noturna. A cerca de dez quilómetros da cidade, já no limite do concelho e próximo de Montemor-o-Velho localiza-se
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o Sítio Classificado dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo com a estação de escavação mais importante do trabalho do arqueólogo figueirense António dos Santos Rocha. Encontrou monumentos e objetos da Idade do Ferro. No monte encontra-se ainda a capela de Santa Eulália com vista deslumbrante sobre os arrozais do Mondego aos seus pés.
“A UNIÃO DE UMA SÓ FREGUESIA” Enquanto Botão é uma freguesia mais rural e histórica, Souselas é uma referência na cultura. Duas freguesias distintas que após a reorganização administrativa passaram a ser uma só. Rui Sousa Soares é Presidente da União de Freguesias de Souselas e Botão desde 2013, a maior freguesia do concelho de Coimbra, em termos geográficos. Destacar as paisagens naturais, o património histórico e cultural e os locais de visita obrigatória faz parte dos objetivos do presidente que mantém uma relação próxima com a população. UNIÃO DE FREGUESIAS DE SOUSELAS E BOTÃO
RUI SOUSA SOARES
“Eram duas freguesias diferentes, mas neste momento penso que a União de Freguesias de Souselas e Botão está consolidada”, começa por contar Rui Sousa Soares. A presidir este território desde 2013, após a reorganização administrativa de freguesias, acredita a freguesia é uma só e que todas as 16 localidades detêm
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igual importância. Com uma área de 33 quilómetros quadrados, geograficamente, Souselas e Botão constituem a maior freguesia do concelho de Coimbra, com cerca de 4.600 habitantes. Enquanto Botão é uma freguesia mais rural e histórica, Souselas é uma referência na cultura, acabando-se por complementar. “Temos promovido vários eventos – por exemplo, em Botão fizemos as comemorações dos 500 anos do Foral Manuelino, já tivemos momentos muito interessantes para a população, realçando a história. O feedback que temos recebido é que Botão nunca tinha estado tão na ribalda como nos últimos anos. Em Souselas temos apostado na cultura, temos bastantes coletividades já reconhecidas pelo trabalho e qualidade – temos a Tuna Souselense, que após a União de Freguesias tem partilhado o saber com algumas coletividades de Botão”, adianta Rui Sousa Soares. Com uma população mais idosa e o compromisso de mostrar o que de melhor oferece a região, em termos paisagísticos e turísticos, o presidente da União de Freguesias tem promovido alguns convívios e proporcionado um dia diferente aos habitantes. “No primeiro ano escolhemos a Praia Fluvial de Botão, servimos um almoço e tivemos convidados que animaram a festa através da música. Recebemos cerca de 250 pessoas que dançaram, conversaram e passaram um dia feliz num espaço que não conheciam, apesar de serem da região”, conta. Nos anos seguintes, o Planalto da Mata de São Pedro e Cabeço dos Moinhos foram os locais selecionados para repetir a experiência e promover “aquilo que é nosso, sem precisar de percorrer quilómetros até outros lugares”. Uma relação próxima com a população é primordial nestas freguesias e enriquecedor para o próprio Presidente que se sente grato por ter conhecido tantas pessoas. A ação social e o património A União de Freguesias orgulha-se ainda de prestar um apoio social bastante ativo e potenciar o desenvolvimento económico da
região. “Temos a felicidade de ter três IPSS. Temos o Centro de Apoio Social de Souselas, o Centro Social, Cultural e Recreativo do Botão e o Centro Social da Marmeleira. Todos com várias valências e com o objetivo de ajudar os habitantes da freguesia. Além disso, o Centro Social de Souselas é das entidades mais empregadoras da freguesia, tendo já 55 funcionários”, avança o Presidente. A inauguração do posto médico, no final do mês de Abril, constitui uma vantagem para a região. Além do património natural, a riqueza histórica não é esquecida. Desde a Igreja de Botão, que comemora 900 anos, passando pela Igreja de Souselas até à extensa área de floresta, entre a Praia Fluvial até à Mata de São Pedro. Rui Sousa Soares tem já em vista um projeto inovador que consiste na preparação de percursos pedonais para os habitantes e visitantes conhecerem estes locais. A importância do associativismo A dinâmica que caracteriza as coletividades tem potenciado a região numa grande escala. O associativismo é incutido aos mais jovens e tem atravessado gerações, que trabalham em conjunto, imbuídos no mesmo espirito. As festas e as tradições são um marco na região, sendo organizadas pelas coletividades e comissões destacadas com a ajuda da União na montagem de palcos e infraestruturas. “A tradição não se deve perder, são dias em que as famílias se juntam. Temos a Festa do Outeiro do Botão, Póvoa de Loureiro, Marmeleira e em Souselas. Realizam-se ao longo de todo o ano, desde as tradicionais romarias às procissões que saem à rua”, comenta. As festividades têm atraído cada vez
mais visitantes que acabam por repetir a experiência e alguns até se fixam no território. Nestes casos, ao fim de pouco tempo, “parece que nasceram cá”, até porque existe uma grande envolvência entre a população e as tradições. No Encontro das Coletividades é promovida a gastronomia da região, com pratos típicos como a chanfana e a feijoada, são convidados artistas conhecidos e organizados momentos solidários. “Os empresários da freguesia têm apoiado e contribuído nestas causas solidárias e a receita reverte a favor das IPSS. Temos dado um grande apoio aos empresários para se fixarem na região e tem sido um sucesso. Queremos transmitir que em Souselas se vive bem e recomenda-se!”, acrescenta. A inauguração do Espaço Cultural, no passado dia 1 de maio reúne todas as condições para ser um sucesso, dada a qualidade dos artistas da região. Para o futuro, o objetivo é continuar a trabalhar e encontrar soluções para os problemas que vão surgindo. “A obra mais marcante para mim e que quero deixar para o futuro é o facto de chegar numa situação adversa, com enormes dificuldades no início e conseguirmos, ao fim deste tempo, que as freguesias estejam unidas. Temos já uma Moção aprovada em Assembleia de Freguesias em que as pessoas não querem que elas se desagreguem. Em 4 anos conseguimos consolidar e olhamos para elas como uma freguesia só. Para nós, todas as pessoas são importantes”, conclui Rui Sousa Soares.
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“JÁ ÉRAMOS LAVOENSES, ANTES DE SERMOS PORTUGUESES” A sete quilómetros da Figueira da Foz encontramos Lavos: Uma das terras mais antiga de Portugal. Em entrevista à Portugal em Destaque, o presidente José Elísio de Oliveira faz-nos uma apresentação da freguesia, dos detalhes da sua antiga história, as suas potencialidades e os seus últimos projetos. JUNTA DE FREGUESIA DE LAVOS
JOSÉ ELÍSIO DE OLIVEIRA
SANDRA FERREIRA
Podemos começar por descrever a envolvente de Lavos que está ao alcance dos nossos olhos. Se de um lado podemos observar o casamento da branca areia com o infinito do oceano e os velhos barcos dos pescadores; do outro lado, podemos fazer uma alusão a Eça de Queirós e apreciar a cidade e a serra (da Boa Viagem). José Elísio de Oliveira, Presidente da Junta de freguesia, inicia a conversa a apresentar onde fica Lavos no mapa: “a freguesia de Lavos tem uma enorme área de costa [costa de Lavos] que se situa a poente da antiga estrada nacional 109”. Localizada na margem sul do rio Mondego e a sul do concelho da Figueira da Foz, esta freguesia está sob areais que em tempos fizeram desaparecer algumas terras mais rudimentares. À parte disso, devido à sua estratégica localização, muitas civilizações fixaram-se na
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ANTÓNIO PEREIRA
zona, ao longo da história. “Já éramos lavoenses antes de sermos portugueses”, afirma o Presidente. Facilmente, conseguimos perceber que é um território que transborda história. Conta-nos que foi em Lavos que “em 1808, entre 1 a 5 de Agosto” desembarcou a armada inglesa que ajudou a expulsar os invasores franceses. Acrescenta ainda que “temos a casa original onde Wellesley estabeleceu o seu primeiro quartel general da península ibérica aquando das invasões francesas”. Do acervo histórico resultou um crescimento do património e das potencialidades da terra. O autarca refere que “as principais atividades que duraram muitos anos e que ainda identificam a freguesia são a extração do sal, a pesca e a forte implementação
da indústria”. De facto, não é qualquer freguesia que se pode gabar desta riqueza cultural. Primeiro, a extração do sal. O ex libris de Lavos passa pelo “ museu do sal e o mais visitado” do concelho, o Núcleo Museológico do Sal, um museu ao ar livre. A importância da história deste ouro branco enriquece a cultura da freguesia. Por isso mesmo, e sabendo que as tradicionais salinas artesanais estão em rápido desaparecimento, é fundamental tomar consciência que devem ser conservadas – uma analogia à técnica igualmente desenvolvida pelo sal: a conservação dos alimentos. Segundo, a pesca: há um “pescódromo de água salgada que foi investido com capital privado”. Associado à pesca está a arte Xávega, uma das maiores artes tradicionais de pesca artesanal (feita com uma rede arrastada por um barco até à costa, e já em terra é puxada por dois bois ou, mais recentemente, por tratores até à praia). Terceiro, a indústria: “orgulha-nos o facto de termos na nossa área geográfica duas das maiores empresas do país que é a Navigator (ex Soporcel)”, afirma. É esta fábrica que traz muitos trabalhadores para a zona, criando postos de trabalho, bem como a Lusiaves, a United Resins e outras. Uma das questões de maior importância é o envolvimento e a proximidade com a comunidade no seu todo, sendo “uma fre-
guesia que tem todas as valências para todas as idades”. Para os mais novos “temos uma creche que tem muita afluência”. Ao construir esta creche “a nossa perspetiva é que essas crianças se acabem por fixar e possam dar aqui uma nova vida”. Para a população mais envelhecida “temos dois centros de dia, a Nossa Senhora da Luz e a Nossa Senhora da Conceição, e temos mais três lares privados”. Falar em proximidade é falar também em associativismo e quanto a isso “somos muito ricos, temos uma ótima colaboração com os grupos da freguesia”. A dinâmica associativa abrange diversas áreas como a filarmónica, os escuteiros, a cruz vermelha, os ranchos folclóricos, entre outros. No decorrer do mandato, o Presidente e o seu executivo conseguiram “que fosse feito um centro de saúde e o museu etnográfico” está em marcha. Quanto ao futuro, distingue necessidades de prioridades. Um dos objetivos é continuar a apostar em condições para acolher novas pessoas. Em relação às prioridades, a principal passa por preservar os artefactos da história local: “queremos a possibilidade de instalar o núcleo museológico, na casa que acolheu o general Wellesley, que aborde a participação dos lavoenses nas guerras peninsulares (e invasões francesas). Até porque esse núcleo associado a outras
potencialidades da terra, como o museu, a Igreja Matriz e/ou a Arte-Xávega podem criar um roteiro turístico. Também “queremos um espaço de lazer com um anfiteatro ao ar livre”, reforça. O projeto mais ambicioso é “fazer uma ciclovia em direção à praia que ligue a zona industrial até ao cruzamento da Celbi e da Navigator”. Fazendo um balanço positivo desde que assumiu o cargo, o autarca classifica este mandato como uma “luta, persistência e compreensão” por parte dos munícipes que sempre colaboraram com a junta em toda as suas iniciativas. Como forma de concluir a conversa, lança um apelo aos jovens para se interessarem cada vez mais pela terra, destacando que “o futuro pertence aos jovens e portanto têm obrigação de contribuir com o seu esforço” e deixa um grande agradecimento ao tesoureiro e secretária do Executivo da Junta, respectivamente António José Gaspar Pereira e Sandra Isabel dos Santos Ferreira, pelo extraordinário empenho, pela competência e dedicação com que desempenharam os cargos.
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88 ANOS AO SERVIÇO DO MUTUALISMO Em entrevista à Portugal em Destaque, António Martins Oliveira apresenta-nos o trabalho assumido pel’A Previdência Portuguesa, bem como as suas principais ambições para o futuro. A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA
e à sua família”, o organismo assume-se como uma importante alternativa de autoproteção social que, para além de não depender do Estado, não procura o alcance de fins lucrativos. Efetivamente firmada em valores como a solidariedade, o espírito de entreajuda, a responsabilidade, a transparência ou a honestidade, a iniciativa mutualista levada a cabo por entidades como A Previdência Portuguesa sustenta-se ainda por uma relação de auxílio mútuo, que se afirma não apenas em conjunturas de carência, mas também em contexto de melhoria das condições de vida dos seus associados. Acumulando um crescente leque de património edificado que lhe tem permitido aumentar o seu conjunto de soluções, a associação conta com cerca de seis mil pessoas associadas, que se propagam de norte a sul do país, ainda que com especial incidência nos distritos de Coimbra e Aveiro. Ao dispor de todos quantos se identifiquem com os seus valores e objetivos, A Previdência Portuguesa proporciona uma miríade de produtos mutualistas, assentes na heterogeneidade do seu público-alvo e necessidades. A título exemplificativo, podem enumerar-se os planos poupança-crescente, subsídios de sobrevivência, capitais de reforma, subsídios a prazo com pagamentos antecipados ou planos poupança-educação. Este corresponde, por sua vez, a um lote de soluções que se encontra em contínua consolidação.
ANTÓNIO MARTINS OLIVEIRA
Sediada em pleno centro de Coimbra, A Previdência Portuguesa é uma associação mutualista que, mediante um impressionante percurso de 88 anos de atividade, tem vindo a assumir – nas palavras do atual presidente do Conselho de Administração, António Martins Oliveira –“um papel muito importante, do ponto de vista social, desde 1929”. Originalmente pensada como uma instituição que permitisse “garantir uma salvaguarda ao indivíduo 160 | PORTUGAL EM DESTAQUE
Valências e benefícios Munida atualmente de um amplo património, A Previdência Portuguesa pode orgulhar-se de apresentar a todos os associados um conjunto de serviços que em muito extravasa o fornecimento de bens mutualistas. A comprová-lo, salienta-se o Jardim de Infância (com serviço de creche e ensino pré-escolar), uma infraestrutura de grande qualidade, capacitada para 120 crianças, que se sustenta num ambicioso projeto educativo, em que valores como a igualdade, a liberdade e a solidariedade convivem com a instituição a si associada. Outra das importantes mais-valias é o usufruto de assistência médica na sede do organismo, possibilitando o acesso a “consultas de clínica geral todos os dias, para além de uma rede de espe-
o país. Ainda no âmbito das respostas de saúde, destaca-se a intenção futura de ver inaugurada uma farmácia social que, uma vez mais, possibilitará preços mais acessíveis a medicamentos comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde. A Casa da Mutualidade surge, por seu turno, como um espaço de portas abertas para o apreciador de arte, atendendo à regularidade com que são realizadas exposições e iniciativas culturais. Em paralelo, todavia, é neste local que decorrem alguns dos seminários mais importantes sobre mutualismo a nível nacional, funcionando por isso como um importante espaço para a divulgação de um âmbito de atividade para o qual o público em geral ainda se encontra pouco sensibilizado.
cialistas com preços mais acessíveis para os associados”, complementa o porta-voz. Refira-se, neste contexto, o Cartão Previdência Saúde, que possibilita descontos em serviços médicos um pouco por todo
Afirmar o mutualismo De facto, e num contexto em que o arrendamento de propriedades em diferentes pontos do país se afirma como outra das mais-valias proporcionadas pel’A Previdência Portuguesa, António Martins Oliveira não esconde a intenção de “criar mais benefícios aos associados”. Lamentando que, por norma, “as pessoas vivem um pouco concentradas demais no consumo e benefícios imediatos”, o presidente do Conselho de Administração apela, em particular, à importância de as populações mais jovens começarem a sensibilizar-se para a necessidade de “desenvolver planos” neste âmbito. Mas, perante um contexto em que “se perdeu muito do espírito do mutualismo”, A Previdência Portuguesa promete não se resignar, pugnando para que “seja mais reconhecida no exterior”. Posto isto, e garantindo que “a instituição e os associados estarão sempre em primeiro lugar”, engloba-se, entre os planos futuros, a ambição de inaugurar uma delegação no concelho de Santa Maria da Feira, de modo a melhor atender à grande fatia de sócios localizados no norte do país. Sempre atendendo ao imperativo de divulgar a importância das soluções mutualistas, o nosso interlocutor realça, ainda, a parceria celebrada com o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra que, para além de possibilitar um curso de pós-graduação na área da Economia Social, servirá como mais um instrumento para atestar a fiabilidade e solidez financeira de instituições como A Previdência Portuguesa. Significa isto que, volvida uma caminhada de oito décadas, a instituição promete manter os mesmos objetivos que a viram nascer, crescer e, acima de tudo, proteger.
É no dar que se recebe
Luís Travassos Músico
www.aprevidenciaportuguesa.pt
A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA Associação Mutualista
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SEGURADORA DE PROXIMIDADE Encontramos a Ribeiro Seguros em Carregal do Sal, Viseu, uma seguradora de eficácia comprovada pela sua notória carteira de clientes. O cliente pode confiar numa equipa sempre presente. RIBEIRO SEGUROS
pa de seis profissionais. Questionado acerca de como reuniu os seus colaboradores, Nuno Ribeiro explica que foi através de recomendações: “Nem é pelo currículo, o elemento fundamental é o caráter. Nas terras do Interior são, no máximo, duas pessoas, nós temos uma equipa de seis, só aí há uma diferença em relação ao resto do mercado”, orgulha-se. Disponibilidade e proximidade são as palavras de ordem: “Encontramos aqui uma equipa sempre presente, com vontade de apoiar e de ajudar a resolver as situações que não correm bem. Aqui estamos sempre disponíveis para o cliente”. Nuno Ribeiro confia por completo nas pessoas com quem trabalha e pretende que os clientes sintam o mesmo. Sábados, domingos e feriados, de dia ou de noite: se existe alguém a precisar de ajuda, a Ribeiro Seguros está acessível, basta uma chamada. Uma das valências que distingue esta seguradora é o facto de terem um funcionário que trata só de sinistros, “não há mais nenhuma empresa de seguros aqui próxima que o faça”, faz denotar o gerente.
O ano de 1980 viu nascer a empresa em nome individual José Francisco Ribeiro da Fonseca, que viria a tornar-se a Ribeiro Seguros, empresa que passou de mão de pai para filho, um pouco a contragosto. Esta é uma história curiosa: Nuno Ribeiro não fazia questão de seguir a profissão do pai, mas a vida levou-o nessa direção. Hoje adora o que faz, “não trocaria por nada”, admite o próprio, que exerce o cargo de gerente desde há 10 anos. Posteriormente, fez licenciatura em Ação Social, mais por uma questão de provar que podia do que por vocação, área na qual nunca exerceu. O seu destino profissional estava traçado.
Todo o tipo de seguros A Ribeiro Seguros está preparada para todo e qualquer tipo de seguro que pretenda realizar, de qualquer área. Contam com a parceria da Fidelidade, uma marca forte. Costumavam trabalhar com outras seguradoras, mas atualmente apostaram na exclusividade com esta parceira. O nosso entrevistado reconhece que esta escolha se relaciona com uma ligação pessoal: “O meu pai já era da Fidelidade e são as pessoas com quem eu próprio tive mais ligação, às vezes não é só a marca em si, são as pessoas que lidam diariamente connosco. Isso cria uma empatia, é por serem pessoas da nossa relação”. Sabemos que o futuro está intrinsecamente ligado a negócios feitos via telefone ou internet, principalmente na área dos seguros. Porém, o contacto pessoal não deve ser subvalorizado. Nuno Ribeiro gosta de negociar com pessoas que conhece e que são da sua confiança, o que acaba por fazer a diferença.
Equipa dedicada Ao longo do tempo, a Ribeiro Seguros foi constituindo uma equi-
Carteira de clientes vasta A carteira de clientes, base operacional de qualquer segurado-
NUNO RIBEIRO
Rua S.João de Deus, 13 | 3430-055 Carregal do Sal | Tel. 232 969 002 Fax. 232 961 111 Telm. 965 247 320 | geral@ribeiroseguros.pt 162 | PORTUGAL EM DESTAQUE
ra, rondava os 250 mil euros há 10 anos. Hoje são um milhão e meio de euros. Resultados oriundos de esforço e dedicação: “Aqui optamos por servir bem o cliente, às vezes em prejuízo próprio. Tentamos ser os melhores na nossa atividade e na área onde estamos inseridos”, assegura o nosso entrevistado. “Por acaso”, alvitra Nuno Ribeiro, “o maior cliente é daqui, mas o segundo maior é de Lisboa”, o que revela a versatilidade e transversalidade espacial desta seguradora, que tem presença inclusive nos Açores e na Madeira. Quando se faz um bom trabalho, “os clientes vão recomendando de uns para os outros, é boca-a-boca, até temos clientes de longa data que nunca os vimos, mas cujas situações se resolvem sempre”. A Ribeiro Seguros é uma das maiores do país neste mercado, facto impressionante em si mesmo, contudo revela-se ainda mais meritório quando se considera a terra onde está inserida, Carregal do Sal, uma pequena vila, que em nada se pode comparar a Lisboa ou Porto. Concorrência? “Até sou amigo deles”, afirma bem-disposto, “cada um faz o seu trabalho da melhor maneira possível, acho que há mercado disponível para todos”.
forma de análise que não acho que seja a mais correta, por exemplo, uma pessoa que tenha dez sinistros num carro muda de carro e o registo é apagado, quando o registo devia ser na carta de condução de cada um”. O pior, revela, são os emigrantes, que quando abandonam Portugal anulam seguros do carro, da habitação principal, da segunda casa, etc., fenómeno particularmente ocorrente nas terras do Interior, tal como Carregal do Sal. O amanhã Dentro dos planos para o futuro está abrir outra loja, o que implicará a compra de carteira de clientes de outros mediadores, ato necessário para a prosperidade do negócio. A Ribeiro Seguros continuará a crescer e a fazer um trabalho cada vez melhor.
Balanço “O balanço que faço destes anos é muito positivo, até porque é uma atividade não mal remunerada”, esclarece, “mas trabalhamos muito para isso”. Assim sendo, o gerente tenta sempre fomentar um bom ambiente no local de trabalho e providenciar compensação remuneratória aos seus esforçados colaboradores. A sabedoria que acumulou ao longo destes anos de atividade permite a Nuno Ribeiro comentar acerca da legislação que cobre a sua área: “A atividade dos seguros tem sido sempre defendida, todavia continuam a existir muitas imperfeições. Nós temos uma Rua do Colégio, 41 3400-105 Oliveira do Hospital | Tel. 238 692 381 Fax. 238 691 077 | geral@ohpseguros.pt PORTUGAL EM DESTAQUE | 163
MAIA Situada no centro da grande área metropolitana do Porto, na região norte de Portugal, a Maia é uma terra milenar intimamente ligada à fundação da nacionalidade. Por aqui passaram importantes vultos da nossa história. Não deixe de conhecer um património único repleto de monumentos e museus a não perder, obras incontornáveis assinadas pelos maiores arquitetos do país e os sabores autênticos de uma gastronomia que alia a tradição ao requinte. A Maia é um excelente destino tanto para lazer, como para negócios. Poderá deleitar-se nos seus espaços verdes e desfrutar de verdadeiros momentos de prazer num dos seus muitos eventos culturais. Não perca ainda os espaços para desporto ao ar livre. Beneficiando de uma localização de excelência, servida por autoestradas e pelas principais vias rodoviárias do noroeste peninsular, um rápido e confortável sistema ferroviário, a maior infraestrutura portuária do norte de Portugal e um aeroporto que é considerado um dos melhores da europa, não há desculpas para que não venha a esta cidade. E lado a lado com o crescente desenvolvimento urbano e empresarial, vislumbram-se parcelas de genuína ruralidade, onde a relação entre o homem, a terra e a natureza se conserva quase intocada. A Maia é um mundo de emoções que vale a pena descobrir!
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CRESCIMENTO GRADUAL COMO BASE DE SUCESSO Com sede na cidade da Maia, a Joaquim Vicente & Vicente, Lda. (Grupo Vicentes) é uma empresa especializada no ramo das madeiras e seus derivados, que opera no mercado português há vários anos, sempre primando por prestar serviços de qualidade e de proximidade ao cliente. JOAQUIM VICENTE & VICENTE “A Joaquim Vicente & Vicente nasceu como complemento de uma outra empresa ligada à construção civil. Com mais de 80 anos de atividade, foi o meu avô que a construiu e o meu pai, posteriormente, deu continuidade ao seu trabalho. Com espírito empreendedor e vontade de crescer, notou que havia a necessidade de adquirir os materiais de que necessitava em condições mais favoráveis. Assim, adquiriu uma outra empresa, com o objetivo de trabalhar com mais fornecedores, empresa essa em que estou presente há cerca de 30 anos”, começa por nos contar, Vitor Vicente, administrador. Inicialmente, apenas dedicada ao pinho e ao eucalipto, rapidamente ganhou projeção no mercado, pela qualidade diferenciada nos tacos em madeira para pavimentos que produzia, “Godim Parquetes”,
através da escolha criteriosa da madeira utilizada e pelo rigoroso processo de fabrico, como o próprio nos explica. “Mais tarde, na década de 60, a empresa introduziu as madeiras exóticas provenientes de África e do Brasil, acompanhando a evolução do mercado de então. Numa fase posterior, apostou nos derivados da madeira, onde se incluem os aglomerados e numa fase mais recente o piso flutuante. Sempre se foi readaptando conforme o mercado ia evoluindo. Conforme ia crescendo, também a empresa foi melhorando as suas instalações, também devido às exigências que foram surgindo.” No entanto, apesar do crescimento gradual da Joaquim Vicente & Vicente ao longo dos anos, o empresário, frisa: “como sempre fomos uma empresa familiar,
nunca gostamos de avançar demasiado, pois consideramos que é preferível sermos pequenos e estarmos bem alicerçados no mercado, do que crescermos em demasia e não conseguirmos dar a melhor resposta. Sempre crescemos na inovação, mas sempre com reticências na grandiosidade”. Para o futuro, Vitor Vicente mostra-se confiante e admite: “querer sobretudo solidificar o nível em que nos encontramos”, reafirmando o patamar de excelência em que a empresa atualmente se encontra e conclui: “o nosso principal objetivo é a total satisfação dos nossos clientes e podermos oferecer preços competitivos. É para isso que trabalhamos todos os dias”.
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SABER GRELHAR COM O MELHOR SABOR À conversa com Joaquim Vitor Vicente, ficámos a conhecer a gama de produtos e os conselhos que o Weber Center Maia disponibiliza a todos quantos se interessem pela arte do barbecue. WEBER CENTER MAIA
O Weber Center Maia foi criado e está inserido no âmbito da empresa Vicentes Representações, Lda. (Grupo Vicentes), uma empresa de cariz familiar, cuja origem nos remete para o impulso empreendedor de um profissional da área da construção civil. Tal como explica o atual gerente, Vitor Vicente, “o meu pai, no decorrer da sua atividade, estava muito ligado ao ramo das madeiras e foi sentindo a necessidade de avançar para outros negócios”. A comprovar essa mesma atenção, o empresário desenvolveu “uma instância de madeiras” – a Joaquim Vicente & Vicente, Lda. –, embora tivesse continuado a ver como urgente a entrada noutros setores de atividade que servissem de “complemento” aos que já trabalhava. A empresa Vicentes Representações, Lda. tem como “core business” o comércios de ferragens, ferramentas e máquinas para os profissionais dos vários subsectores da construção, sem nunca esquecer o cliente final e o sector da bricolagem e dos cuidados com o lar. Desenvolvido neste contexto, o Weber Center Maia é o resultado de um continuado esforço pela liderança num mercado particularmente competitivo: o comércio de aparelhos e utensílios para barbecue. “Andámos bastante tempo atrás desta mar166 | PORTUGAL EM DESTAQUE
ca americana”, explica o nosso entrevistado. “Foi complicado conseguir obter esta marca, mas depois de muita insistência, conseguimos”. Falar da Weber implica, desde logo, falar de uma marca com 65 anos de experiência, nascida em Chicago, nos E.U.A., sendo provavelmente a “mais conhecida e divulgada” do setor e “conceituada mundialmente”. Um aparelho para cada situação Vitor Vicente constata o modo como “se começa a notar cada vez mais procura” por este tipo de produtos de qualidade diferenciada. O interlocutor faz questão de realçar, neste contexto, que “o conceito da Weber é muito mais lato do que simplesmente servir para assar sardinhas”, afirmando-se, pelo contrário, como um utensílio multifacetado e adaptável a diversas situações. De facto, a gama de aparelhos da marca “pode assar, grelhar, fazer bolos e, no fundo, um pouco de tudo”, funcionando como um autêntico forno se estiverem fechados, ou como um grelhador quando abertos. Por seu turno, os artigos da marca Weber dividem-se em três categorias, adequadas para diferentes usos. Até há pouco tempo, os aparelhos que funcionam a carvão eram os mais vendidos, pelo facto de serem os mais conhecidos e a imagem da marca. Ainda hoje, este tipo de grelhador continua a ser muito apreciado para utilizar em contexto de férias ou para refeições e convívios ao fim de semana. Todavia, os aparelhos mais vendidos atualmente são os equipamentos a gás, que garantem precisamente a mesma qualidade e sabor, fruto dos avanços tecnológicos. Sendo estes produtos especialmente indicados para quem necessita de cozinhar uma variedade de diferentes alimentos em contexto de dia-a-dia, Vitor Vicente salienta ainda o cariz “prático e rápido” do seu uso que é, por sua vez, comum aos grelhadores elétricos – estes últimos também evoluídos, mas mais pequenos em dimensão. Paralelamente, o Weber Center Maia comercializa uma ampla gama de acessórios e outros utensílios complementares à arte do barbecue.
Afirmar a marca Ainda assim, um aspeto que o nosso entrevistado constata é que “as pessoas procuram muito estes aparelhos e estão interessadas em saber como funcionam”. O empresário revela, posto isto, estar a ponderar a abertura de um espaço dedicado exclusivamente à realização de workshops e sessões de formação. Quem também tem contribuído de sobremaneira para cimentar a popularidade destes mesmos produtos é o conjunto de seis colaboradores que, diariamente, vivem um admirável espírito de equipa. “São pessoas bastante jovens que se entusiasmam, o que é bom para a empresa”, explica o nosso entrevistado. “Nota-se que, quando aconselham alguém, estão a viver o que fazem com muito orgulho”. Embora a empresa funcione atualmente em regime de exclusividade com a Weber, o porta-voz do projeto não descarta a possibilidade de, eventualmente, comercializar outras marcas no futuro. “Acho que é uma atitude saudável e salutar trabalhar com várias marcas porque, por vezes, elas ajudam-se a vender umas às outras”, complementando, desse modo, a oferta à disposição do cliente. Já relativamente ao futuro, o nosso entrevistado firma a ambição de garantir que a sustentabilidade e a inovação continuarão a fazer parte do Weber Center Maia, havendo já uma garantia para revelar a todos os clientes e potenciais compradores: nada mais, nada menos do que a presença confirmada na Concreta 2017. A realizar na EXPONOR entre os dias 23 a 26 de novembro, na Feira de Construção, Reabilitação, Arquitetura e Design será possível assistir a demonstrações dos produtos da marca, não faltando argumentos para acreditar que certamente será reforçada a forte adesão que esta mesma equipa gozou na anterior edição em que esteve presente.
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VERDADEIRO ESPÍRITO DE EQUIPA A adidas Business Services presta vários serviços de contabilidade e back-office para as empresas do Grupo adidas sediadas na Europa e Américas. Acrescenta valor através da standardização, especialização e centralização de tarefas transaccionais para os vários países para os quais opera. ADIDAS BUSINESS SERVICES Nasceu em 2009 na TecMaia, Parque de Ciência e Tecnologia da Maia, já a pensar no bem-estar dos colaboradores, “apesar do Porto ser mais apetecível, a Maia pro-
porcionou um espaço muito agradável: tem ginásio, espaços verdes, transportes públicos e shuttle, que liga a TecMaia às estações de metro mais próximas.” Qualidade, Consistência e eficiência Carlos Guimarães foi um dos pioneiros do projeto adidas Business Services que iniciou em 2009 com 12 pessoas. Hoje é Diretor da Empresa com um passado operacional, onde acompanhou todas as fases de crescimento da empresa, tendo passado também pelas várias “transições que os colegas estão agora a passar”. Foi coordenador, team leader e manager de todas as equipas, orgulha-se “do crescimento do projeto e do crescimento das pessoas com o projeto”. Vestiu a camisola desde o início e por essa razão é muito concreto ao referir os valores da empresa: qualidade, consistência e eficiência. Enquanto prestadores de serviços a diferentes business partners - entre os quais os Estados Unidos da América, Canadá e Europa - procuram standardizar e organizar os processos com base nas directrizes da sede do grupo. Todos os processos operacionais são documentados e revistos, como garantia de melhoria da qualidade e aumento da eficiência, pela velocidade com que solucionam as questões, com base em indicadores chave. A preocupação com a melhoria contínua é uma constante na adidas Business Services “porque do ponto de vista diário a rotina pode deixar desvanecer algumas ideias”, 168 | PORTUGAL EM DESTAQUE
por essa razão existe um departamento de Continuous Improvement que trabalha estas questões diariamente com todas as equipas. A nível de serviços prestados, a adidas Business Services realiza o backoffice da área financeira desde “contas a pagar a contas a receber”, contabilização das vendas das lojas e de áreas recentes como o e-commerce. Nesta fase, a empresa está já a iniciar a integração dos países da América Latina em todos os serviços, projecto que decorrerá até meados de 2018 contando com a integração de 7 novos países clientes, bem como cerca de 60 novos colaboradores. Se no prisma empresarial, a adidas Business Services alargou o scope de funções e aperfeiçoou os seus métodos, paralelamente acompanhou-o com a inovação na formação dos colaboradores. Os processos de “transição” focam essencialmente na aprendizagem e documentação de todos os processos a transitar, envolvendo um período de cerca de 2 a 3 meses de formação nos vários países a integrar. É portanto um desafio claramente interessante para a adidas Business.
anos, sendo a maioria da população do sexo feminino, facto que se reflecte também nos cargos de chefia. As oportunidades estão ao alcance de quem as quiser abraçar, “não existe a questão da idade”, interessa o talento, a disponibilidade e o mindset para a fazer as coisas acontecer. A adidas Business Services é uma empresa em expansão, tendo já contratado este ano mais de 40 pessoas. Carlos Guimarães revela que “até ao fim do ano serão outras tantas”. Existem oportunidades para todos os perfis e há projetos em desenvolvimento e prestes a eclodir com a ascensão das áreas de contabilidade, gestão e economia até meados de 2018. Até ao fim deste ano irá surgir um departamento de non trade procurement/compras, com uma ligação direta aos fornecedores locais das subsidiárias da Europa. Para quem está a ini-
Uma empresa onde é bom trabalhar O espírito de equipa é sentido de imediato na adidas Business Services: o rosto de satisfação dos colaboradores, à medida que se percorre os corredores e a utilização, com orgulho, da marca por todos, revela a união que se vive na empresa da Maia. “No início de cada dia de trabalho fazemos uma reunião com todos os colaboradores” o intuito é mesmo antes de se sentarem nas secretárias, trocar algumas experiências, motivar os colegas, partilhar ideias e falar dos objetivos alcançados e pretendidos. Carlos compara esses momentos a um Huddle dos jogos de Futebol Americano pelo espírito e união das equipas e departamentos, onde todos têm oportunidade de participar. Neste momento são 150 os colaboradores na adidas Business Services, com uma média de idades de 26
ciar carreira, o diretor considera a adidas Business Services uma “escola brutal” devido à “velocidade a que as coisas acontecem” e o ownership que os parceiros têm, uma vez que “todos os colaboradores estão sentados no lugar do condutor”. Carlos Guimarães não escondeu o orgulho pela empresa que acompanhou desde o início e pelas pessoas que a constroem: “é um sítio agradável para trabalhar e as pessoas são simpáticas.” Refere ainda que o importante é “manter um escritório com uma motivação alta, com um sorriso na cara, porque a motivação ajuda a tornar a tarefa e o serviço muito melhores”. Ficou ainda o repto para quem quiser abraçar o desafio de trabalhar numa multinacional dinâmica e jovem falar com a empresa neste momento de crescimento.
QUALIDADE, REQUINTE E EXCELÊNCIA Qualidade, requinte e excelência. Três palavras que definem bem a Marsil, empresa de Artes Gráficas sediada em Moreira da Maia. Três são também as gerações que, desde 1953, asseguraram a manutenção e crescimento deste negócio familiar, cujo lema diário passa por garantir “a satisfação total do cliente”. MARSIL
EQUIPA
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Joaquim António Moreira com duas ‘Minervas’, uma guilhotina manual e uma máquina de picotar, iniciou a história de uma empresa que sempre soube crescer devagar e consistentemente, respondendo aos desafios provocados pelos contextos sócio-económicos com sucesso. Um sucesso que se verifica na qualidade do produto final, no aumento da aposta em determinados segmentos e ainda nas distinções pela excelência dos serviços prestados. O principal negócio da empresa centra-se nas artes gráficas e gestão de economato incluindo toda a logística associada a este serviço. Dentro do leque de clientes destacam-se as áreas da Banca, Seguradoras, Hotelaria, Saúde, Comunicações, Transportes e Calçado. São princípios como a dedicação e a ambição de fazer mais e melhor que se rege a MARSIL e como resultado consegue por um lado cativar os seus clientes e pelo outro ter o reconhecimento da indústria. O primeiro grande teste à sobrevivência da Marsil aconteceu após 25 de Abril (1974), altura em que a segunda geração lidera o negócio. Nesse período a empresa supera-se: não só sobrevive como rapidamente expande a sua abrangência, conseguindo o seu primeiro grande cliente, o Banco Borges & Irmão. Na década de 80, a Marsil torna-se uma das primeiras gráficas a utilizar computadores Apple Macintosh e adquire a primeira máquina de impressão offset e a primeira rotativa. Isto gerou um acréscimo de trabalho o que permitiu a angariação de novos clientes, em especial a banca; inclusivé a primeira máquina de offset colmatou a necessidade de impressão de formulários e autocopiativos deste sector. Uma vez que o negócio disparou, houve a necessidade de criar uma delegação em Lisboa para fazer o acompanhamento dos clientes. Por outro lado, a evolução da empresa só foi possível devido à aposta na formação permanente dos colaboradores, com vista a manter os altos padrões de qualidade e modernização. Com uma grande equipa de colaboradores, ao longo dos 64 anos de existência, a Marsil conseguiu atingir o seu maior objectivo, a satisfação total do cliente. Exemplo disso mesmo é a entrada no segmento da Hotelaria, que representa hoje uma boa percentagem dos clientes da Marsil. “É um segmento muito diferente pois o tipo de acabamentos é muito mais complexo, por exemplo. Os impressos para a banca eram muito simples. O trabalho com a Hotelaria exige um nível de acabamentos a que muita gente não estava habituada. Portanto, foi necessária uma mudança de «chip» na forma de trabalhar. Por outro lado, também estamos a investir em novas máquinas, que respondam às novas tendências”, explica a gerência. Maiores formatos, novos conceitos. Atualmente a empresa volta a superar os desafios e continua o seu traçado evolutivo: “Hoje
em dia temos a impressão digital, para o que foi necessário formação. A formação tem de estar sempre presente”, destaca o administrador da Marsil. Fazendo sempre das crises uma oportunidade de mudança e modernização, a equipa da Marsil está apta a concretizar um produto desde a sua concepção gráfica à impressão final.
Desde o simples cartão de visita até à embalagem, a Marsil produz ainda pastas de arquivo, estacionários completos, flyers, desdobráveis, brochuras, revistas e embalagens pequenas primando pelo requinte. E há um serviço especial assegurado nesta empresa sediada na Maia: a Gestão de Economato e Logística. Este serviço inovador permite a gestão do stock de material gráfico, ou seja, colocamos à disposição do cliente no local e prazo indicados determinado trabalho. Em 2000 e 2001, a Marsil foi distinguida com o prémio do IAPMEI PME Excelência e em 2008 e 2009 com os galardões PME Líder e PME Excelência, respectivamente, numa altura em que a Banca e Seguros e outros institucionais representavam 85 por cento do volume de vendas. “Acaba por ser um certo reconhecimento da satisfação dos clientes. Acompanhámos vários processos de mudança de imagem de algumas instituições com trabalhos que exigiam uma grande variedade de impressos simultaneamente e em tempo extremamente reduzido”, salienta. Em 2005, a Marsil passa a estar certificada pela norma ISO 9001:2000, contando
ainda desde 2008 com um segundo pólo de produção em Mosteiró, Vila do Conde, com parque de máquinas rotativas e de alcear. É desde essa data que a empresa passa a designar-se “Marsil – Artes Gráficas, Lda.”. Para além dos prémios atribuídos pelo IAPMEI, também venceu o Grande Prémio
do Papies em 2011 e 2013 na categoria Verniz e Plasticização, em 2014 na categoria Corte e Vinco, em 2015 na categoria Fine Papers e as Menções honrosas em 2010 e 2015 na categoria Trabalhos Comerciais Folha a folha e em 2016 na categoria Embalagem Cartão Flexíveis e Metais.
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PÓVOA DE VARZIM
Póvoa de Varzim é reconhecida, em primeiro lugar, por ser estância balnear desde há três séculos, a mais popular no norte de Portugal. Cidade com uma identidade popular própria, águas ricas em iodo e uma cozinha piscatória muito rica, desde sempre foi um polo atrativo para os muitos que a procuram quer por lazer, quer pelas propriedades terapêuticas do seu mar. Não deixe de visitar o Monte de São Félix, local com os seus moinhos e espetaculares vista sobre a costa, tornando-se a união perfeita entre mar e montanha. Com 12 quilómetros ininterruptos de praias de areia dourada, formando enseadas divididas por rochedos, Póvoa de Varzim é o destino ideal tanto para famílias como para amantes de desportos como o surf. Passeie pela rua da Junqueira, a mais movimentada e antiga área comercial do centro da cidade e aproveite para provar uma Rabanada Poveira, doce de referência na comunidade piscatória local. À noite, divirta-se pela Avenida dos Banhos, avenida icónica junto à praia, com discotecas, bares e esplanadas que atraem poveiros e turistas. Falar de Póvoa de Varzim é falar também de Eça de Queirós, um dos principais escritores da língua portuguesa e destacado romancista, que ali nasceu na Praça do Almada em 1845. O concelho da Póvoa de Varzim é ainda um importante centro alimentar. A norte da cidade há uma grande concentração de explorações hortícolas, em cujos terrenos férteis são produzidos muitos dos produtos que utilizamos diariamente. Não esquecer o papel da Póvoa de Varzim na indústria de energias renováveis. O concelho é conhecido internacionalmente pelo primeiro parque comercial de energia das ondas no mundo, o Parque de Ondas da Aguçadoura, que se encontra localizado na sua costa. São muitas as razões para que venha conhecer o dinamismo desta terra rica. Deixe-se conquistar pelo fulgor das suas gentes e viva o verdadeiro espírito desta cidade piscatória com as sugestões que temos para si.
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TERRA RICA EM PATRIMÓNIO Numa visita à Póvoa de Varzim, uma passagem por S. Pedro de Rates é obrigatória. Para conhecer uma pouco mais das potencialidades da mesma, conversámos com Paulo Silva, presidente desta Junta de Freguesia. JUNTA DE FREGUESIA DE S. PEDRO DE RATES
PAULO JOÃO SILVA Quais as principais potencialidades da freguesia? Para quem não conhece, de que forma poderá caracterizar a freguesia e suas atrações turísticas? O património arquitetónico, de inquestionável valor, de S. Pedro de Rates, nomeadamente o centro histórico e a Igreja Românica do século XII, bem como o importante património cultural e etnográfico, onde se destacam o Ecomuseu de Rates - representação do modo de vida da sua comunidade rural onde, em torno do itinerário da água, do linho e do pão, todo o cenário se desenrola e é dado a conhecer as vivências, tradições e costumes desta gente - e os Caminhos de Santiago - com a construção do primeiro albergue português de peregrinos - o artesanato do linho e do xisto, o folclore e as suas fes-
tividades religiosas (Senhor dos Passos, Corpo de Deus, Santo António e S. Pedro de Rates) de pouco ou nada servem se tiverem uma existência estática. Nos dias que correm é frequente ouvir-se falar da importância do desenvolvimento turístico e das mais-valias que lhe estão associadas, nomeadamente o desenvolvimento sócioeconómico. Todavia, este desenvolvimento só acontece se sustentado por um conjunto de ações que resultem, por um lado, da preservação e dinamização das tradições e memórias das gentes, por outro, da promoção dos espaços e equipamentos culturais que uma região dispõe. S. Pedro de Rates, terra rica em património e tradição, reúne todas as condições para ser um destino turístico de referência e, ao falar de turismo de referência, fala-se de turismo cultural, turismo religioso e turismo social. A alavanca impulsionadora do desenvolvimento turístico e cultural de Rates, terá que ser, forçosamente, a sua massa humana aliada à riqueza patrimonial que tanto contribuem para a sua identidade e a enaltece e faz sobressair das demais. Esta é a maior freguesia do concelho. Que retrato socioeconómico podemos fazer? A atividade económica da Vila de S. Pedro de Rates gravita à volta da agricultura, nomeadamente a agropecuária, a indústria têxtil, a serração e transformação de madeiras, a metalomecânica e a construção civil. No que concerne ao associativismo, qual a dinâmica e principais atividades? Se há mudança que se deve registar na última década (e, essa sim, estrutural, porque radicada numa nova consciência da relação direito/dever que cada um
tem relativamente à comunidade), essa é a criação de uma dinâmica e sólida sociedade civil. A Associação de Amizade de S. Pedro de Rates, o Rancho Folclórico de S.
Pedro de Rates, o Clube de Caçadores, o Clube de Tiro, a Casa-Escola Agrícola, a Escola de Música, a Comissão de Festas a Santo António, as Associações de Pais, o Agrupamento Escolar, os Escuteiros, o Rates Billing, o RatesPark, o Albergue de Peregrinos e outras organizações da constituem em Rates uma dinâmica de participação na vida comunitária que é uma das nossas singularidades entre as comunidades vizinhas. Muitas são, graças a estas organizações, as iniciativas que, ao longo do ano e com natural predominância nos meses de verão, sendo necessário, por isso, um trabalho de coordenação que evite a sobreposição de eventos. Eventos como os tapetes floridos do Corpo de Deus, a procissão dos Passos, o encontro nacional de jipes LandRover, a Agroleite, a Feira da Escola Agrícola, o Festival de Folclore, a Festa a Santo António, o Ciclo de Música, os Acampamentos (o juvenil, os dos escuteiros – e lembro que tivemos um com seis mil participantes), as Feiras Medievais, as actividades do RatesPark, as caminhadas e outras atividades do Albergue de Peregrinos – tudo isto são dinâmicas, que atraem muita gente e promovem S. Pedro de Rates. Que mensagem gostaria de deixar à sua população? Uma mensagem de confiança porque é certo que, nos próximos anos, se realizarão investimentos absolutamente estruturantes para a nossa Vila: falo do parque Verde de Rates, cujo projeto é da autoria do arquiteto Sidónio Pardal; refiro-me ao novo Campo de Futebol que, para além de relvado sintético, contemplará instalações de apoio de grande qualidade; falo da ampliação da rede de saneamento básico a toda a freguesia; falo, essencialmente, de uma forte aposta no apoio ao associativismo, às pessoas e numa programação cultural que marque a diferença e possa definitivamente tornar produtivos os investimentos até aqui realizados.
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EXCELLENCE CORPUS ADQUIRE EQUIPAMENTO COM TECNOLOGIA LPG Fundado em 2013, o Excellence Corpus é um instituto de beleza sediado na Póvoa de Varzim vocacionado para disponibilizar os melhores resultados no campo da estética. A experiência e profissionalismo da sua equipa, aliada à constante atualização de equipamentos de alta tecnologia permitem a satisfação e obtenção de resultados. A tecnologia de primeira gama da LPG foi a última aquisição deste instituto. EXCELLENCE CORPUS
PEDRO PESSOA O Excellence Corpus é uma marca registada criada pelo empresário Pedro Pessoa, proprietário do instituto de beleza. A oportunidade de negócio explica o entrevistado à Portugal em Destaque, surgiu no seguimento do possível encerramento do instituto estético que se situava naquele mesmo espaço. “A estética não era a minha área, mas decidi agarrar a oportunidade e criar um novo projeto que pudesse dar continuidade aos serviços que já existiam e melhorá-los sucessivamente”, explica Pedro Pessoa, que na altura foi incentivado e aconselhado pela sua irmã, profissional da área, a avançar com o projeto de negócio. Permaneceram os equipamentos e a equipa de profissionais, mas toda a forma de trabalho foi alterada. Refere Pedro Pessoa que no Excellence Corpus melhoraram o
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atendimento e passaram a fazer um serviço de acompanhamento constante aos seus clientes, para que os resultados e o grau de satisfação fosse crescendo. Sobre a melhoria deste serviço, acrescenta: “trabalhamos focados nos resultados que podemos dar a quem nos procura. Tentamos em primeira instância perceber quais as necessidades de cada um e posteriormente adequar a cada caso um determinado tipo ou conjunto de tratamentos, mediante o resultado que se pretende obter e o orçamento que o cliente quer disponibilizar”. A beleza e o bem-estar físico são cada vez mais valorizados e procurados pela população. Neste instituto melhora-se a aparência física recorrendo a tratamentos e técnicas asseguradas pela última gama de equipamentos e produtos cosméticos e por uma equipa formada por profissionais de estética e cosmética e uma terapeuta. Realizam todo o tipo de tratamentos de rosto, corpo, bem-estar, estética tradicional, tais como lipoaspirações não invasivas. pressoterpia, fotodepilação, radiofrequência, endermologia e drenagem linfática. Desde que é responsável pelo instituto, Pedro Pessoa já perdeu a conta aos equipamentos que adquiriu e agora prepara-se para lançar um outro, exclusivo nas redondezas. Falamos do mais avançado aparelho com tecnologia LPG, que atinge resultados excecionais e duradouros, no tratamento de gordura localizada e rea-
firmação cutânea, como a eliminação de celulite, retenção de líquidos e tonificação de zonas específicas do corpo. Este tratamento tem ainda a vantagem de ser natural, de não causar dor e quaisquer riscos para a saúde. Pedro Pessoa acredita que este investimento, o maior que alguma vez fez, vai trazer notoriedade à clínica e melhorar o grau de satisfação dos seus clientes, em especial os da Póvoa e de zonas limítrofes, que já não vão ter de percorrer grandes distâncias para acederem aos tratamentos LPG CELLU M6 Integral com ergolift.
UMA REFERÊNCIA NO SERVIÇO SOCIAL A atuar diariamente em várias áreas, que vão desde o social até ao desporto e à cultura, o Centro Social Bonitos de Amorim é uma referência no concelho da Póvoa de Varzim. Tendo como base principal do seu trabalho o apoio à comunidade, Domingos dos Santos, presidente da instituição, acredita que é fundamental estar rodeado de uma boa equipa, para garantir a máxima competência em todos os serviços prestados. CENTRO SOCIAL BONITOS DE AMORIM
DOMINGOS DOS SANTOS Fundado em 1952, numa altura de grande carência económica e escassez de alimentos, o Centro Social Bonitos de Amorim surgiu para prestar auxílio à população, proporcionando apoio às crianças e aos idosos, e distribuindo alimentos junto dos mais carenciados. Atualmente, e enquadrando outras necessidades que se foram identificando ao longo do tempo, atuam nas áreas social, desportiva e cultural. “Tudo o que está relacionado com estas três áreas de intervenção é da responsabilidade do Centro Social Bonitos de Amorim. Na área social, destinadas à infância e juventude, temos implementadas as respostas sociais de creche, jardim de infância, centro de atividades de tempos livres e centro de estudos, que apoiam cerca de trezentas crianças. Por sua vez, centrando a nossa ação junto dos mais idosos, o serviço de apoio domiciliário e o centro de dia dão resposta, mediante a disponibilização dos mais variados serviços e em horário alargado, a cem utentes. No que respeita à promoção desportiva, contamos com duzentos atletas nos diversos escalões e modalidades, entre os quais destaco a equipa federada de futebol feminino. O Grupo de Danças e Cantares do Centro Social Bonitos de Amorim, composto por quarenta figurinos, é o grande marco no desenvolvimento cultural da comunidade Amorinense.” Domingos dos Santos acrescenta, ainda, que alimenta o sonho de implementar um lar de idosos e, neste sentido, lançou o desafio aos restantes membros da direção. “Sou um homem movido de projetos e neste
sentido, desafiei os restantes membros da direção. Encontramo-nos, atualmente a trabalhar, com o objetivo da edificação do lar, tendo já adquirido o terreno para a sua construção. Pensamos numa estrutura destinada a cerca de trinta e cinco a quarenta utentes e que rondará cerca de dois milhões de euros de investimento. É um passo de grande responsabilidade, porém, com trabalho e dedicação estamos certos que vamos atingir os objetivos a que nos propusemos.” Seguindo a linha de atuação desta instituição, o presidente da direção afirma que “pretendemos implementar um lar capaz de promover o bem-estar biopsicossocial das pessoas que lá residam, num ambiente acolhedor e familiar, onde cada um é único e singular, assumindo sempre o compromisso com a excelência. Sendo uma instituição reconhecida na comunidade pela qualidade dos serviços que presta, tem, felizmente, sempre muita procura. Se esta realidade nos envaidece, também deposita em nós a responsabilidade de fazer sempre mais e melhor e de procurar de modo permanente a qualificação, dos nossos serviços, do quadro de pessoal, dos colaboradores, dos processos organizacionais, dos programas, ações e projetos.” Movido pela vontade de continuar a ser uma referência no concelho, Domingos dos Santos faz um balanço positivo dos cerca de vinte anos que conta como presidente da instituição, destacando a papel fundamental dos restantes membros da direção e dos colaboradores que o acompanham diariamente: “Embora esteja ligado à instituição desde 1975, assumo o cargo de presidente da direção há cerca de vinte anos. Faço um balanço muito positivo de todo este percurso. Tanto eu, como os restantes membros da direção depositamos muita dedicação no trabalho que desenvolvemos em prol desta instituição. E a par do nosso empenho está, igualmente, a entrega e o compromisso de todos os nossos colaboradores. Juntos procuramos superar as expectativas dos nossos utentes e respetivas famílias e respeitar os compromissos que assumimos, oferecendo um serviço de excelência, sendo este o nosso desafio diário.”
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UMA VIAGEM DE SABORES ÚNICA Aberto diariamente, o Restaurante O Pátio promete fazer as delícias dos seus clientes, por isso, não pode perder esta oportunidade para experimentar e saborear as especialidades da casa, onde a qualidade do serviço e atendimento estão garantidas, bem como a simpatia de quem nos recebe. Aceite a nossa sugestão e visite o Restaurante O Pátio! RESTAURANTE O PÁTIO
EQUIPA O Pátio, espaço gastronómico por excelência, situado na Póvoa de Varzim, está aberto com nova gerência há um ano, apresenta uma filosofia de bem receber todos os que o visitam e proporciona uma viagem de sensações pelos gostos e sabores tradicionais da região. O cardápio deste restaurante é o resultado de uma confeção onde a imaginação e a arte de bem cozinhar proporcionam sensações únicas ao palato. Este é o espaço ideal para se deleitar com as especialidades da região, onde os anfitriões Paulo Oliveira e Sónia Oliveira, bem como toda a sua equipa nos recebem com grande simpatia e com um olhar atento a cada pormenor, para que cada refeição se torne num momento único e inesquecível. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, Paulo Oliveira revela-nos um pouco da essência e da atmosfera criada no restaurante, bem como o carinho que sente por este espaço. “Estou no Pátio desde março de 1999, comecei neste estabelecimento como empregado de mesa, passei a chefe de sala e a gerente, até que há um ano adquiri o restaurante”, revela o nosso entrevistado, confessando que foi muito gratificante a valorização por parte dos clientes quando passou a liderar a gestão deste espaço gastronómico. Com uma decoração envolvente, O Pátio é um local para visitar sem pressas, onde certamente passará momentos memoráveis entre amigos e família, falamos de um restaurante com um conceito de gastronomia tradicional, que pela sua proximidade ao mar, aposta essencialmente nos peixes frescos, pese embora a grande variedade de propostas da sua ementa.
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Assumindo-se um homem lutador e persistente, Paulo Oliveira sublinha que a grande marca do restaurante para além da qualidade gastronómica e, sem dúvida, o capital humano. Por isso, enaltece a equipa que o tem acompanhado, que de colegas passaram a funcionários, mas sempre com uma grande proximidade e familiaridade, tanto entre eles como com os clientes, que conhecem cada pelo seu próprio nome. “Ao longo deste percurso, fomos fidelizando clientes, criando laços de amizade e crescendo com eles, por isso trabalhamos com várias faixas etárias, desde os avós, passando pelos pais e filhos”, revelou Paulo Oliveira, sublinhando que acompanha o serviço diariamente, e juntamente com a sua equipa faz com que os clientes se sintam em casa, transformando o restaurante “na sala de jantar dos nossos clientes”. A simpatia, a atenção, o excelente atendimento e o ambiente acolhedor, aliados às iguarias gastronómicas do restaurante O Pátio são os ingredientes para o sucesso alcançado. A terminar, Paulo Oliveira deixa um convite a quem ainda não conhece O Pátio: “Venham experimentar, teremos todo o gosto em recebê-los e proporcionar uma boa experiência gastronómica com um serviço de qualidade assegurado por uma equipa profissional e dedicada, que o vai fazer querer voltar uma e outra vez”, conclui o nosso anfitrião.
ESPECIALIDADES CASEIRAS PARA DESCOBRIR Rui Sá assumiu a liderança do restaurante Dª Baguette em fevereiro deste ano, meses após ter começado a trabalhar como funcionário no estabelecimento. O desafio de dar novo fôlego a uma casa com uma marca mítica foi o que despoletou o interesse do atual proprietário do estabelecimento. RESTAURANTE Dª BAGUETTE tradicionais, como explicou o responsável. “São feitas com pão bijou, que é seco e congelado. Depois é descascado – tira-se a côdea para só aproveitar o miolo. Depois faz-se a calda, são demolhadas e formam-se bolas perfeitas com as mãos. Finalmente são passadas por ovo e fritas. O segredo está a 100 por cento na calda. É um processo ainda muito artesanal e trabalhoso”. Atualmente, o Dª Baguette produz em média mil rabanadas por semana, sobretudo para revenda. Com vários clientes na zona do Grande Porto, este doce típico tem uma procura contínua ao longo de todo o ano.
RUI SÁ “A marca já teve muitas casas, tinha uma tradição muito grande nos continentes da Póvoa. Começou no Feira Nova, eu já era cliente quando tinha cerca de sete anos”, explica. Atualmente o espaço funciona como snack-bar, com serviço de diárias ao almoço e com uma ementa variada de doces caseiros. “Temos várias especialidades: o bolo de chocolate, o bolo de pudim, o bolo de ananás. Tudo artesanal e com uma variedade muito grande. Servimos almoços, com prato do dia a 6,50 euros com tudo. O menu inclui sopa, pão, bebida, café, sobremesa e prato principal”, referiu o proprietário do restaurante. Rabanada Poveira – Uma especialidade em ascensão Por entre a oferta de comida caseira e doces frescos, confecionados pela mão especialista da D. Arminda, existe uma iguaria que se destaca entre todas as outras, como nos explicou Rui Sá. A rabanada poveira, um dos doces mais conhecidos da região da Póvoa de Varzim, é confecionada de forma diferente que as tradicionais rabanadas, já que é feita com miolo de pão bijou e em formato de bola. “É uma rabanada muito boa, que tem uma grande procura. Tem um segredo muito grande nosso, que as mantêm sempre fofas e frescas. E, principalmente, quem as faz fá-las sempre com uma dedicação fantástica”, explicou Rui Sá. A confeção deste doce é feita ainda mediante os pergaminhos
Um futuro planeado de forma sustentável Rui Sá planeia continuar o negócio do Dª Baguette e expandir o seu leque de clientes. Para isso, encontra-se disponível para alargar o número de parceiros para revenda da rabanada poveira, produto em que pretende investir todos os esforços. Para além disso, o responsável vai apostar em dinamizar aquele que vai ser o primeiro verão à frente do estabelecimento. “Este vai ser o meu primeiro verão aqui e vamos dar 100 por cento. Temos uma boa esplanada, que ainda não foi montada e que vamos usar. Este ano vai ser em grande, vamos fazer umas festas de S. Pedro, de 28 para 29, com sardinhas, bifanas e tudo o que é tradicional. As perspetivas no momento são boas, são muito animadoras”, referiu o responsável. Apesar disto, o proprietário da Dª Baguette não pensa ainda em expandir o negócio porque pretende primeiramente focar-se em desenvolver este primeiro estabelecimento. “Sou muito defensor de dar um passo de cada vez e não quero dar um passo maior que a perna porque isso às vezes é o que pode fazer um negócio ruir. Quero primeiro equilibrar tudo e depois aí pensar em crescer”. Com casa aberta de segunda a domingo das nove às 22 horas, Rui Sá deixa o convite para todos os que queiram visitar o Dª Baguette, onde serão muito bem-vindos.
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10 ANOS DE SUCESSO Constituída em 2007, a Estufas Paulo Márcio apresenta um percurso de crescimento contínuo no mercado. Sediada na Póvoa de Varzim, a empresa conseguiu cimentar a sua posição na área da construção, montagem e manutenção de estufas, destacando-se pelo acompanhamento contínuo do cliente e pela qualidade dos serviços prestados. Neste percurso, destaque ainda para o forte contributo na modernização da agricultura, com um forte impacto na exportação, nomeadamente com a contribuição no programa PDR2020. ESTUFAS PAULO MÁRCIO
MORANGOS A completar uma década de atividade, as Estufas Paulo Márcio nasceram da vontade, determinação e força de vencer do seu fundador. Em 2007, fruto de um vasto know-how nesta área de negócio, Paulo Márcio resolveu criar o seu próprio posto de trabalho. Inicialmente como prestador de serviços, o empresário começou, desde logo, a projetar o futuro da empresa, optando pela construção de uma oficina, que lhe permitiria, mais tarde, alargar as suas áreas de negócio. “Esta é uma em178 | PORTUGAL EM DESTAQUE
presa familiar. Durante estes dez anos passámos por algumas vicissitudes, com momentos positivos e negativos. Tive que ultrapassar um problema grave de saúde, mas resolvemos ir novamente à luta e a partir daí evoluímos, alargamos os nossos serviços e crescemos sustentadamente”, revela Paulo Márcio. Hoje, as Estufas Paulo Márcio dedicam-se à projeção, fabrico, montagem e renovação de estufas. Para além disso, a empresa fabrica e monta armazéns de apoio
à exploração agrícola. “Efetuamos todo o processo dentro de portas, desde a compra da matéria-prima, à preparação, construção e execução da obra. Neste momento estamos a construir principalmente estufas de pé direito, do tipo Recta-Plana. Estas estufas são adequadas para os cultivos mais exigentes, porque asseguram uma maior ventilação e uma ótima estanquidade. O sistema de ventilação é feito pelas laterais e o ângulo do teto contribuí para um melhor arrefecimento no verão e uma diminuição da queda da condensação no inverno”, explica Paulo Márcio, e acrescenta: “Por outro lado, continuamos a construir as estufas do tipo túnel, que oferecem soluções agrícolas de cultivo simples, que são compostas por aberturas laterais que permitem a ventilação da estrutura”. Paralelamente, a empresa também projeta e constrói estufas do tipo estufim, paredes curvas “curvi-horti” e garden-center. Orientada para as necessidades dos clientes e para os diferentes tipos de culturas agrícolas, a empresa disponibiliza soluções adaptadas a cada obra. “Atualmente estamos a construir estufas para a produção de plantas ornamentais e produtos hortícolas, frutos vermelhos, cogumelos, caracóis, entre outros. Por outro lado, equacionamos sempre a necessidade e o objetivo do nosso cliente, sendo que podemos elaborar um projeto inclusive
para armazenamento de tratores, alfaias agrícolas ou outros equipamentos. Caso o cliente pretenda também podemos executar o sistema de rega, através da nossa rede de parceiros, que garante um serviço completo de qualidade”, completa Paulo Márcio. “Tem-se verificado uma evolução tecnológica aplicada à Agricultura, nomeadamente com recurso a estufas, sendo que a Estufas Paulo Márcio tem correspondido com rigor, construindo as estruturas mais apropriadas e adaptadas e aplicando os materiais mais exigentes”. De ressalvar, ainda, o contributo que a empresa tem dado aos agricultores que recorrem ao financiamento comunitário PDR 2020, nomeadamente ao Projeto Jovens Agricultores, de Norte a Sul de Portugal. “Elaboramos orçamentos gratuitos para projetos de exploração agrícola no âmbito das candidaturas PDR 2020 – Jovem Agricultor”. Com uma equipa constituída por 13 colaboradores, a empresa distingue-se pela qualidade do trabalho, pelo cumprimento de prazos, pela assistência permanente e rápida de todos os clientes e pela escolha das melhores matérias-primas. “A nossa empresa tem uma equipa dinâmica e proativa, que procura sempre a máxima satisfação do cliente. As estufas são aplicadas no terreno com o máximo conhecimento e rigor técnico. Os meus colaboradores já contam com mais de duas décadas de experiência, portanto estamos seguros do trabalho que realizamos. Quanto aos materiais, procuramos as melhores matérias-primas, tanto no ferro, como no plástico, para garantir a fiabilidade e durabilidade da obra”, garante o empresário.
COGUMELOS Com obras a decorrer em vários pontos do mercado nacional, a Estufas Paulo Márcio atua em todo o país, não descurando o acompanhamento permanente da obra e garantindo a assistência técnica, no espaço de tempo mais curto possível. Tem-se verificado uma evolução tecnológica aplicada à Agricultura, nomeadamente com recurso a estufas sendo que, a Estufas Paulo Márcio tem correspondido com rigor, construindo as estruturas mais apropriadas e adaptadas e aplicando os materiais mais exigentes. A Produção Agrícola cada vez mais moderna, em grande parte para exportação, trabalha desde hidroponia suspensa, helicultura (caracóis), cogumelos com técnicas avançadas), frutos silvestres (mirtilos, framboesas, …), entre outras.
CARACÓIS “Faço um balanço positivo desta década. Este é um negócio em crescimento em Portugal e penso que foi uma boa aposta”, remata Paulo Márcio. Relativamente ao futuro, o objetivo do empresário centra-se na consolidação e crescimento sustentado da empresa, continuando a apostar na excelência dos materiais, na rapidez de resposta e no acompanhamento permanente dos seus clientes. Para além disso, Paulo Márcio gostaria de aumentar a oficina, o que lhe permitirá melhores condições de logística e uma maior capacidade de resposta e armazenagem.
Armazém: Lugar da Devessa, nº1010 4740-419 Fonte Boa - Esposende Sede: Rua Nossa Senhora da Boa Viagem, nº292 – 1ºEsq. 4570-256 Estela-Póvoa de Varzim Telefone: 253 964 114 Telemóvel: 965 176 600 REGA HIDROPONIA PORTUGAL EM DESTAQUE | 179
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