Portugal em Destaque - Edição 12

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ÍNDICE

MATOSINHOS PAG 04

VILA REAL PAG 16

AVEIRO

PAG 50

EDITORIAL UMA NOVA ESTAÇÃO O verão já lá vai. Despedimo-nos recentemente da estação mais apetecida e querida do ano, não só por representar a época de férias, por excelência, mas porque o sol e o calor que lhe são característicos tornam-nos sempre mais felizes. Já de baterias recarregadas, é a vez de recebermos o outono. A paisagem muda, e consigo os tons, os aromas e o próprio dia a dia, com as rotinas sem as quais já não sabemos viver. O que não muda, independentemente da estação do ano, felizmente, é a perseverança e a vontade de vencer dos nossos empresários. Muitos deles empreendedores, trazem à economia portuguesa novas formas de negócios e projetos inovadores reconhecidos nacional e internacionalmente, fazendo jus ao seu empenho e dedicação. Muitos outros, mantêm ativos os negócios familiares, mais tradicionais, fazendo questão de manter vivas as memórias dos seus antepassados. Não podemos descurar também as autarquias e juntas de freguesia que têm um papel fundamental no aparecimento e desenvolvimento das empresas nacionais, através de apoios e incentivos à criação de emprego e internacionalização das mesmas. Nesta edição tornamos a percorrer o país, desde o Alto Minho, até Torres Vedras, com uma passagem inesquecível por Vila Real, ou não fosse este ‘Um Reino Maravilhoso’, como o apelidou Miguel Torga. A direção editorial Diana Silva FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | DIRETOR: FERNANDO R, SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: DIANA SILVA (REDACAO@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | CORPO REDATORIAL: BÁRBARA PUZADA, LAURA AZEVEDO JOSÉ MIGUEL LOPES, SÍLVIA PINTO CORREIA | DIREÇÃO GRÁFICA: TIAGO RODRIGUES | SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO (GERAL@ PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | DEP. COMERCIAL: JOSÉ ALBERTO, JOSÉ MACHADO, JOSÉ VARELA, LUÍS BRANCO, MANUELA NOGUEIRA, MARIA JOSÉ MOREIRA, MARÍLIA FREIRE, PEDRO DUARTE (COMERCIAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | REDAÇÃO E PUBLICIDADE: RUA ENGº ADELINO AMARO DA COSTA Nº15, 6ºANDAR, SALA 6.1 4400-134 – MAFAMUDE / +351 223 263 024 | DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA COM O JORNAL EXPRESSO / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | NÚMERO DE REGISTO NA ERC: 126615 | PERIODICIDADE: MENSAL | EDIÇÃO DE OUTUBRO ESTATUTO EDITORIAL: A Portugal em Destaque é uma edição mensal que se dedica à publicação de artigos que demonstram a realidade do país | A Portugal em Destaque é uma edição independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica | A Portugal em Destaque define as suas prioridades informativas por critérios de interesse às empresas nacionais, de relevância e de utilidade da informação | A Portugal em Destaque rege-se por critérios de rigor, isenção, honestidade e idoneidade | A Portugal em Destaque faz distinção entre os seus artigos de opinião, identificando claramente os mesmos e estes não podem confundir-se com a matéria informativa.


MATOSINHOS O mar à mesa, a nova arquitetura, as peregrinações, os monumentos, as recriações históricas. Matosinhos turístico é incontornavelmente gastronomia, arquitetura contemporânea, a imensa costa marítima. Muitos são os demais encantamentos. Da gastronomia, poder-se-á dizer que é a âncora. O peixe, o marisco, as receitas de carne do Matosinhos interior são sem dúvida os pontos de maior interesse gastronómicos da região. O Norte faz de Matosinhos o local de todas as celebrações. Vêm almoçar, jantar, e voltam para um concerto, uma conferência, para a prática de um desporto e tudo o que Matosinhos terá para oferecer. Da arquitetura contemporânea, dever-se-á fatalmente falar de Álvaro Siza cujos laços a Matosinhos são fortíssimos. Desde logo ao nível das emoções: Álvaro Siza nasceu em Matosinhos, as suas primeiras memórias têm forçosamente o recorte, o aroma, os sons da sua cidade. Matosinhos guarda ciosamente as obras de Siza, as da sua juventude, ícones da arquitetura mundial, monumentos nacionais: a Casa de Chá da Boa Nova e a Piscina das Marés. É o turismo de perto e que atravessa o mar para ver as obras do Mestre, mas também as de Fernando Távora, Alcino Soutinho, Souto Moura. Venha a pé, pelo sul, junto ao mar, entre na despojada marginal de Souto Moura, olhe a lendária Praia de Matosinhos fervilhante de magia e de símbolos - génese das muitas peregrinações e festas populares. Nesta parte, poderá visualizar algumas informações sobre o turismo de Matosinhos, nomeadamente informações sobre atividades de Lazer, Festas Feiras e Romarias, Itinerários sobre aspetos culturais e históricos do concelho, bem como informações sobre alojamento e restauração.

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ACONTECER EMOÇÕES Tânia Sofia Pinto, licenciada em design industrial, é um dos principais rostos por trás da criação da MÓNADE, um estúdio que cria uma eficaz solução personalizada e de global atuação em qualquer negócio.

MÓNADE

TÂNIA PINTO E RUI GUEDES Quando e como surgiu a MÓNADE? A motivação de fazer nascer a Mónade, surgiu inicialmente comigo e pela minha paixão pela criação genuína e fazer acontecer emoções, que me acompanhou desde sempre. Sou licenciada em Design Industrial e desenvolvi a minha própria visão, decorrente da minha experiência profissional ao longo dos anos na área do Design. Em 2016 criei esta empresa com Rui Guedes, Web Developer, licenciado em informática de Gestão e especialista em novas tecnologias e desenvolvimento Web. Dinâmico, sempre em busca de desafios inovadores, também ele desenvolveu a sua própria visão, decorrente da sua experiência profissional ao longo dos anos e de vários projectos em que tem estado envolvido. Com os mesmos objetivos, em diferentes áreas, decidimos criar sinergias. Esta fusão do design com as novas tecnologias permite-nos elevar a qualidade e exigência do serviço prestado

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e produtos criados. Assim nasce a MÓNADE, um estúdio formado por experientes e entusiásticos profissionais multidisciplinares, cuja interligação cria uma eficaz solução personalizada e de global actuação em qualquer negócio. Mónade significa o início de todas as coisas, tal como na criação. Não havendo partes em uma Mónade, ela possui um detalhe múltiplo, envolve uma multiplicidade na unidade e esta relação entre as mónades, um espírito absoluto. É desta forma que a equipa pretende envolver-se nos novos desafios. O símbolo representa a serotonina, ingrediente chave no nosso sistema, regulador das nossas emoções e motivações. O nosso objetivo é elevar a serotonina nos nossos negócios. A imagem foi desenvolvida por João Henriques, Designer Gráfico que também colaborou na construção deste projeto comigo e com a designer Joana Pinto. Quais os serviços disponibilizados pela empresa? Criamos produtos, desenvolvemos marcas, negócios sociais e culturais que conectem com o público. Acreditamos nas causas e valores que implementamos e impulsionamos, criando o impacto necessário para fazer a diferença. As nossas áreas de atuação são o design de produto, desenvolvimento web aliado às novas tecnologias, comunicação, design de espaços comerciais e de exposição. O que vos distingue dos demais no ramo? Disponibilizamos um serviço que pretende trabalhar o design nas suas várias vertentes aliando-se à investigação e desenvolvimento das novas tecnologias, procurando trabalhar a marca num todo. Esta fusão com as novas tecnologias per-

mite elevar a qualidade e exigência do serviço prestado e produtos criados. Futuramente nas marcas próprias do estúdio, também teremos o fruto deste trabalho. Considera que a Mónade encontra-se num setor muito exigente? Quais as principais dificuldades e constrangimentos do setor? Tudo depende de como a empresa se posiciona no mercado. O melhor posicionamento é assumir a sua própria identidade sendo inovador e é desta forma que devemos enfrentar o mercado, com diferenciação. É onde nos queremos posicionar. Acontece que, algumas estratégias no mercado, passam pelo posicionamento de seguir padrões e pensamentos já definidos por outras marcas ou entidades e ir atrás do que se faz e do que resulta com medo do risco, optando pelo facilitismo. O resultado é a perda de identidade e a inércia própria da zona de conforto. Quando no nosso país temos criativos e developers com garra que são fortes motores de inovação, temos qualidade e é apostar nela. O facto de estar situado no Porto é uma forma de ajudar ao desenvolvimento da região? Qual o motivo para a escolha do Porto? A cidade do Porto está em franca expansão, com um grande dinamismo e a apostar na criação de sinergias entre diversas áreas. Queremos acompanhar, estar envolvidos e também contribuir neste sentido, com projetos inovadores. Quais os objetivos propostos a desenvolver nos próximos tempos? Para além dos serviços referidos, vamos desenvolver internamente marcas próprias, sob a minha direção, e em alguns projetos será com a parceria de designers e artistas portugueses. Paralelamente está a ser desenvolvido um projeto interessante na área do e-commerce para os adeptos das ondas e desportos aquáticos o portal WavesKartel, com a direção de Rui Guedes e Daniel Silva.



PROXIMIDADE E PERSONALIDADE NO SETOR CONTABILÍSTICO A revista Portugal em Destaque esteve à conversa com Paulo Pilão, proprietário e fundador da Tic Tac. A empresa matosinhense atingiu a idade adulta e marca a sua posição na área contabilística, prestando um serviço de proximidade aos seus clientes. TIC TAC

EQUIPA

De forma a perceber a essência da Tic Tac, tivemos de explorar as suas origens. Paulo Pilão, dando voz aos conhecimentos amadurecidos num centro protocolar do IEFP no início dos anos 90, de gestão e contabilidade integrada, geral, analítica, orçamental, entre outras, numa só, acabou por inaugurar uma empresa que espelhasse as suas ideias de personalização e proximidade. De forma a distinguir-se da concorrência, o proprietário da companhia optou por escolher o nome Tic Tac – uma referência a um jogo da sua infância: “Como o mundo das empresas também não passa de um jogo, escolhi esse nome”, começou por explicar. “O arranque, em 1993, tornou-se exequível com o apoio da EXPANDINDÚSTRIA, SA. na pessoa do Dr. Laurindo que possibilitou uma parceria que permitiu ter, à data, acesso à nossa principal ferramenta de gestão, o SIGA, que ao longo destes anos, conjuntamente com Hermínia Queirós (responsável pelo apoio à Tic Tac) se tornou

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numa das nossas vantagens, que vivamente recomendamos”, aproveitou para agradecer o nosso entrevistado. Em menos de um quarto de século, a Tic Tac criou o seu espaço e abriu caminho seguro à expansão ditada pelas urgências do mercado. Desta forma, a Tic Tac recebe, regularmente, muitas solicitações nas áreas de contabilidade geral e analítica; gestão orçamental; contabilidade com planos de contas setoriais, gestão e processamento salarial, fiscalidade, IVA, IRS, IRC, entre outros. “Essencialmente, somos um gabinete de contabilidade, que presta serviços de contabilidade, faturação, salários, um pouco de consultoria e fiscalidade”, afirmou o contabilista, declarando ainda que têm um vasto leque de opções no apoio às pequenas e médias empresas, organismos e entidades. Contudo, trabalhar nesta área não é fácil. Quando se fala de contabilidade, refere-se a um setor importantíssimo no seio das empresas. Porém, os empresários nem sempre partilham desta visão. “A maior parte dos empresários não nos dá a importância que nos devia dar”, lamentou Paulo Pilão, acrescentando ainda que “a constante formação é um dos nossos pilares, no final dos anos 90 realizei no IEDE de Madrid um MBA em Direção de Empresas, atualmente vou iniciar uma pós graduação em fiscalidade, para além das formações contínuas que a atualidade assim o exige”, concluiu. Por outro lado, o setor contabilístico implica também uma área muito volátil a alterações legislativas: “Altera todos os anos”, sublinhou, afirmando ainda que “estas mudanças, na minha opinião, até são erradas. O ritmo que os códigos fiscais mudam prejudica muito as empresas. É impossível fazer uma previsão a três anos porque as coisas mudam radicalmente nesse tempo. Todas as previsões que são feitas caem”, afirmou o empresário. Atualmente existe muita concorrência no mundo da contabilidade, devido ao número de cursos que possibilita exercer esta atividade. Isto permite que algumas entidades façam preços extremamente baixos. Ainda assim, Paulo Pilão explica o que faz uma grande empresa e o que os distingue dos demais. “Há quem faça preços ridículos, sendo impossível garantir um bom serviço. Para ser uma boa empresa temos de ter o serviço mais personalizado possível. Temos de conhecer bem o cliente, estar perto e ter tempo para ele. Temos de ter sempre horas disponíveis para o cliente. O que vendemos são horas de serviços”, especificou. “Um cliente que não queira pagar um determinado número de horas, nunca terá um serviço eficiente. Cada vez mais queremos ser uma empresa de proximidade ao cliente. Queremos ter clientes bons e menos clientes, o que não é fácil”, acrescentou. Relativamente aos planos para o futuro, Paulo Pilão tem tudo definido: “Prevejo que a Tic Tac tenha o dobro ou o triplo dos negócios, com o crescimento do pessoal para sete pessoas. Queria que grande parte do volume de negócios fosse na área da economia social, no apoio global às entidades do setor, associações, fundações, ONG´s e, em particular, as IPSS. São estas as prioridades, mas são muito difíceis. O mundo das IPSS é muito difícil de penetrar”, sintetizou o proprietário, referindo também a vontade em conseguir, a curto prazo, que a sua empresa seja certificada pelas normas ISO.



DESDE 2008 A LER A SUA ELETRICIDADE A Portugal em Destaque esteve em Matosinhos mais uma edição e passou por uma empresa diferente do que costumamos publicar. O principal objetivo da Norleituras é melhorar a vida dos clientes facilitando-lhes o trabalho que têm relativamente às leituras de eletricidade. NORLEITURAS

PAULO OLIVEIRA

A Norleituras Unipessoal Lda., é uma empresa de leituras de eletricidade que se encontra em Matosinhos e que conta com mais duas filiais, uma em Vila Nova de Gaia e outra em Oliveira do Hospital. O gerente, Paulo Oliveira começou por fazer serviços para a EDP durante 28 anos como cobrador, até que, por desafio da EDP decidiu criar a sua própria empresa em meados de 2008, para prestar o mesmo tipo de serviços, continuando a trabalhar em parceria com a EDP. A Norleituras trata de realizar leituras em equipamentos de luz, água, gás e manutenção, e inspecção e instalação. Isto é, serviços de leituras e verificação de contadores em que o leitor dirige-se ao domicilio do cliente para colher as leituras que depois são enviadas para um serviço informático e posterior faturação. Também presta serviços de apoio a outras empresas, fazendo por exemplo vistorias prediais: “Basicamente o nosso trabalho é esse, recolhermos as leituras dos clientes para depois as entregarmos aos nossos clientes, que maioritariamente são entregues à EDP”. A periodicidade destas leituras realiza-se de forma trimestral (eletricidade) e bimensal (Gás), seguindo uma lógica de itinerário que o leitor tem que percorrer diariamente. Muitas vezes, quando o cliente não se encontra no seu domicilio, o leitor deixa um cartão de auto-leitura para que o próprio cliente consiga anotar a leitura e a data da mesma, podendo enviá-la de várias formas, como por email, correio, fax, telefone, ou até mesmo dirigindo-se diretamente a uma loja de atendimento ao cliente. O recrutamento feito por esta empresa é realizado online, através de entrevistas, em sites como o Custo Justo, onde estão explicadas as condições de emprego, como por exemplo o pagamento,

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que é feito por comissões, e a formação que é oferecida, que tem a duração de três dias. A Norleituras tem parceria com a EDP, que continua a ser o seu principal cliente, mas recentemente tem trabalhado também com as Câmaras, pois cada vez mais estas solicitam serviços privados. O nosso entrevistado distinguiu a sua empresa no mundo do mercado pelo reconhecimento que a mesma possui através do conhecimento e experiência adquiridos ao longo dos anos: “É o nosso know-how”, concluiu. Em suma a mais valia desta empresa em relação às outras empresas é o conhecimento acumulado com o passar dos anos: “Já estamos preparados para prevenir algumas adversidades” comentou, aproveitando o momento para acrescentar: “Conseguimos ver mais além que os outros, por termos mais experiência e conhecimento no terreno a nível nacional, o que nos dá perspetiva”. Para o futuro a Norleituras pretende manter o seu principal parceiro, a EDP, mas também conseguir abranger mais clientes, como tem acontecido recentemente com as Câmaras, nomeadamente no serviço de leituras, que tentam aliviar os custos, mas também com outras empresas, como a Indaqua, e deste modo conseguir maior visibilidade para a empresa. O gerente da Norleituras aposta mais numa publicidade do passa a palavra, pois as pessoas acabam sempre por ficar a conhecer a sua empresa, ou porque também perguntam aos nossos colaboradores, que andam nas ruas, o que fazemos e quem somos. Mas apesar desse modo simples de publicidade, Paulo Oliveira acabou por dizer que a “publicidade é sempre saudável”.



SERVIÇO PERSONALIZADO E DIFERENCIADOR A Carlos & Carla Lavandarias, Lda é uma empresa dedicada à prestação de todo o tipo de serviços de tratamento de roupa, desde o comum serviço de lavandaria, limpeza a seco, engomadoria, costura, impermeabilizações e branqueamentos, tratamentos de peles, limpeza de tapetes e carpetes, tinturaria e ainda serviço de recolha e entrega ao domicílio. Em entrevista à Portugal em Destaque, Diamantino Guilherme e Adriana Guilherme, proprietários da marca, falam sobre a sua adaptação ao mercado, bem como sobre perspetivas futuras. CARLOS & CARLA LAVANDARIAS

DIAMANTINO GUILHERME E ADRIANA GUILHERME Com a experiência adquirida ao longo de cinco anos, o casal decide apostar num novo projeto e abrir o seu próprio negócio em sociedade. Em 2015, iniciam a sua atividade na Maia, no Centro Comercial Continente Maia Jardim, e em agosto de 2016 adquirem um segundo espaço em Matosinhos. Atualmente, contam no seu quadro com colaboradores profissionais qualificados com vários anos de experiência, e dispõe de uma vasta oferta de serviços, que asseguram desde o inicío um serviço de qualidade, apostando em produtos de qualidade e nos melhores métodos de limpeza. “Gostamos de fazer as coisas bem feitas e com qualidade e, obviamente, que a qualidade tem o seu preço. Tentamos ser competitivos, apostando essencialmente num bom trabalho para que o cliente saia daqui satisfeito”, começa por contar Diamantino Guilherme. Segundo o empresário, a principal diferença face à concorrência é o facto de disponibilizarem todos esses serviços

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no mesmo espaço e de forma personalizada, através das parcerias desenvolvidas com entidades como a Tapipel/Renopel. “Há serviços que têm que ser feitos por especialistas dedicados especificamente a determinadas áreas, como é o caso da Tapipel/Renopel, empresa de referência a nível nacional no que diz respeito a limpeza de peles, tapetes e tingimentos”. Com uma atividade profissional distinta, o empresário admite que a esposa desde o início se dedica afincadamente ao negócio, apostando na formação contínua e mantendo-se sempre a par das novas tendências. “Uma das suas especialidades são os vestidos de noiva, e é uma especialista em tirar nódoas difíceis e complicadas em diferentes tipos de tecidos. A Adriana consegue fazer verdadeiros milagres”. Quando questionado sobre a escolha do local para a inauguração da sua nova loja, Diamantino Guilherme admite que viu em Matosinhos o sítio ideal para o desenvolvimento do seu negócio. “Tinhamos uma lavandaria relativamente pequena, típica de centro comercial e precisávamos de uma lavandaria de rua, com mais espaço. Fornecemos serviços a industriais, como hotelaria, clínicas, cabeleireiros e spas, por isso sentimos necessidade de adquirir um espaço maior. Surgiu esta oportunidade, aproveitamos e estamos muito satisfeitos”. Por agora, o objetivo passa por continuar a “otimizar os serviços e deixar os clientes satisfeitos”, dizem, acrescentando que o trabalho da empresa está assente em linhas orientadoras bem definidas, com responsabilidade e honestidade, sempre com o foco na satisfação do cliente. “É muito importante o cliente ter noção de que a nódoa pode ou não sair e alertamos sempre as pessoas para os casos mais complicados. Somos uma lavandaria, mas nem sempre podemos resolver tudo”, explica Adriana Guilherme. Futuramente, Diamantino Guilherme admite ter já um local em mente para a abertura de uma terceira loja, desta vez em Vila Nova de Gaia. Contudo, admite que nesta fase inicial é importante primeiro consolidar o negócio. Em jeito de despedida, Adriana Guilherme deixa uma mensagem para os seus clientes e ainda para quem não recorreu aos serviços das suas lavandarias. “Quero agradecer a todos os nossos clientes e a todos aqueles que nos acompanham desde o primeiro dia. Os que ainda não nos conhecem, espero que venham conhecer o nosso trabalho, certamente sairão daqui satisfeitos”, conclui.


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VILA REAL Destacamos agora Vila Real, terra transmontana, terra pra lá do Marão onde já não mandam só os que pra lá estão. Isto porque Vila Real encontra-se aberta ao resto do país, ao mundo, inovadora e dinamizadora em todas as atividades que promove. Quem por lá passa, deseja lá voltar, quem nunca lá foi, deseja lá ir. E é por isso, e por muito mais, que lhe apresentamos em seguida um conjunto de entidades, empresas e instituições desta cidade que tanto tem para contar. Terra de estudantes, não esqueçamos os estudantes, representados nas nossas páginas pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Pois são os estudantes, com os seus cânticos que entoam pela cidade, agora no início do ano letivo, que muito dão vida a Vila Real. Mas, começamos pela Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia e, depois, seguimos pelas empresas que em Vila Real fazem a economia rolar, ao ritmo das corridas WTCC lá realizadas. Fique pra ver a francesinha, a posta à Maronesa, o Palácio de Mateus, os vinhos e tanto, tanto mais, nas páginas que se seguem, que se enchem de motivos, razões e “desculpas” para em breve seguir com destino ao “Reino Maravilhoso”. Mostramos-lhe as paisagens, a arquitetura, os monumentos e a gastronomia que tanto caracterizam Vila Real. Mostramos-lhe os vila-realenses. Mostramos-lhe tudo e não lhe escondemos nada!

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UM CONCELHO AMBICIOSO

Vila Real tem vindo a afirmar-se como um concelho ambicioso e capaz de se destacar nos mais variados campos. Vila Real cidade, Vila Real concelho, Vila Real capital de toda uma região e porta de entrada para o Douro, Vila Real motor de desenvolvimento regional, são para nós, Vila-realenses, tão simplesmente a nossa terra. Esta expressão simples, carregada de simbolismo e de emoção, é afinal o denominador comum entre todos nós. Nós, que aqui vivemos, sabemos que Vila Real é um concelho vibrante, dinâmico, bonito, ativo. Mas está na altura de Portugal e do Mundo conhecerem este segredo, que esteve guardado tempo demais pelo Marão. Quer através de eventos desportivos de âmbito mundial, como a organização da etapa Portuguesa do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo, ou de eventos culturais multinacionais como a Capital da Cultura do Eixo Atlântico, Vila Real está, cada vez mais, nas bocas do mundo. Nada disto acontece por acaso. É fruto de muita reflexão, planeamento, muito trabalho, e muito amor a Vila Real. A grande aposta que o executivo municipal tem feito em aumentar drasticamente a visibilidade e notoriedade de Vila Real, permite que hoje sejamos considerados um concelho atrativo e isso é fundamental.

A presença nos principais centros de decisão política ou capacidade de organizar grandes eventos internacionais demonstra aos investidores a existência de uma equipa confiável na autarquia e um concelho com ambição. O desenvolvimento da região de Trás-osMontes e Alto Douro, e em particular de Vila Real depende, em grande parte, da definição e implementação de estratégias de crescimento económico assentes no conhecimento, na tecnologia e inovação, e na promoção do dinamismo da atividade económica e empresarial. O Parque de Ciência e Tecnologia - Régia Douro Park (PCT) centrando a sua intervenção no sector agroalimentar, em articulação com domínios da biotecnologia e química fina, ciências florestais, ciências veterinárias, e nomeadamente do sector vitivinícola, irá privilegiar o domínio da Vinha e do Vinho contextualizado no Centro Tecnológico I&D e Inovação e acreditamos que será uma infraestrutura basilar para o desenho de um novo futuro para o nosso território. Mas o presente também merece a sua visita. Visitar Vila Real é descobrir, nas palavras do grande escritor transmontano e duriense Miguel Torga, um Reino Maravilhoso. É encontrar uma cidade cosmopolita, mas envolvida por uma moldura

natural fantástica. Um local onde o tradicional e o moderno se encontram e se fundem de forma equilibrada. Uma cidade que quer assumir a sua capitalidade e funcionar como motor económico de toda uma região. Onde a arquitetura vanguardista de muitos equipamentos públicos vive em harmonia com o estilo barroco do Palácio de Mateus. Onde a gastronomia é rica, deleitando os paladares mais exigentes com as Cristas de Galo, os Covilhetes ou as Tripas aos Molhos. Onde o conhecimento científico e a investigação que emanam da Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro se conjugam com os cantares tradicionais e a cultura popular Transmontana. Onde a vida passa um pouco mais devagar, mas a velocidade das Corridas Automóveis está gravada no coração de cada Vila-realense. Mas visitar Vila Real é, acima de tudo, conhecer pessoas fantásticas. É encontrar nas suas feições a força do granito, mas nos seus corações a beleza do Alvão e do Marão. Amigos verdadeiros, que mais depressa quebram do que torcem e cuja hospitalidade é genuína e verdadeira. Visitar Vila Real é ficar um pouco mais rico e ser um pouco mais Português. Artigo de Rui Santos, presidente do Município e Eugénia Almeida, vereadora

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A FREGUESIA UNIVERSITÁRIA Situada em Vila Real, a freguesia de Folhadela é a localidade onde está situada a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Mas desengane-se quem julga que só da Universidade vive Folhadela. Muito mais há para descobrir nesta freguesia e é através do seu presidente Manuel Libório e do seu secretário Filipe Gonçalves que agora lhe damos a conhecer esta belíssima localidade.

JUNTA DE FREGUESIA DE FOLHADELA

MANUEL LIBÓRIO Transmontano de gema e estucador de profissão, o presidente da Junta de Freguesia de Folhadela esteve à conversa com a Portugal em Destaque. Confessou estar ainda no seu primeiro mandato mas que esta “tem sido uma experiência bonita e agradável”. Dos três anos de trabalho já realizado o balanço do presidente é positivo e aguarda-se uma possível recandidatura: “O balanço é positivo e o desafio é interessante. Lamento é que haja pessoas que nunca estejam satisfeitas, não conseguimos agradar a toda a gente. Resta-nos seguir um rumo e fazer o nosso melhor. Ainda há coisas que quero fazer e por isso penso em recandidatar-me”, confidenciou. Folhadela é morada de diversas atividades com importância no concelho, destacam-se a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (na Quinta de Prados), o Kartódromo de Vila Real, o Aeródromo de Vila Real, a Adega de Vila Real, o Instituto de Meteorologia, uma Escola Equestre, a Escola Fixa de Trânsito, o

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Clube de Ténis de Vila Real e ainda parte da Zona Industrial. A par de todas estas atividades denota-se ainda uma forte vertente agrícola praticada por grande parte da população da freguesia de Folhadela, que procede à venda dos produtos cultivados no Mercado Municipal. Durante a entrevista o presidente juntamente com o secretário da Junta afirmaram, com base num estudo sociodemográfico realizado na freguesia que se está a verificar um aumento da emigração: “As freguesias têm-se desertificado porque muitas pessoas têm optado por emigrar. Nós procuramos combater essa realidade mas não é fácil. Tentamos ajudar os jovens na procura ativa de emprego, mas não é fácil. As juntas de freguesia deveriam ter protocolos de colaboração com o IEFP para que os fregueses fossem mais rápidos na resposta a essas mesmas ofertas”, lamentaram. A Junta de Freguesia de Folhadela mantém uma relação próxima com a Câmara Municipal de Vila Real e o próprio presidente Manuel Libório aproveitou o momento para elogiar a gestão presidencial do atual presidente da Câmara: “Acho que a Câmara Municipal mudou com o novo executivo, deixa de lado as cores partidárias e está mais atenta à realidade e necessidades das freguesias vila-realenses”, afirmou o autarca. Com um novo projeto aprovado, dando conta de uma nova zona industrial na freguesia, o presidente afirmou querer ver concluído o novo campo de futebol sintético ainda este ano e confessou o desejo de construir novas infraestruturas desportivas e sociais ainda na função de presidente de junta. Folhadela, freguesia das festas de Sta. Luzia (anfitriã do doce conventual “pito”), do Carolo (roteiro de carros clássicos), São Tiago e Senhor dos Emigrantes, conta também com as atividades culturais e desportivas das Associações da Freguesia. Apresenta estes e muitos outros motivos para ser visitada, como por exemplo o prato tradicional “tripas aos molhos”. Em final de conversa ficou o convite: “Visitem Folhadela e Vila Real. Para mim, esta é uma cidade linda, com muitas coisas a visitar e petiscos para provar, como as francesinhas, por exemplo, que me agradam bem mais aqui do que no Porto. Temos o Marão, o Alvão, as Fisgas de Ermelo, o Rally e o circuito WTCC, muitos motivos para virem a Trás-os-Montes”, finalizou.


UMA UNIÃO DE FREGUESIAS EM DESENVOLVIMENTO Falamos-lhe agora da União de Freguesias de Adoufe e Vilarinho de Samardã, duas freguesias pertencentes ao concelho de Vila Real e presididas por Carlos Pitrez dos Santos. A Portugal em Destaque esteve à conversa com o autarca que nos falou um pouco mais sobre estas localidades e sobre o que estas têm para oferecer. UNIÃO DE FREGUESIAS DE ADOUFE E VILARINHO DE SAMARDÃ

CARLOS PITREZ DOS SANTOS Advogado de profissão, o nosso interlocutor encontra-se ainda a cumprir o seu primeiro mandato à frente desta União de Freguesias e confessou à nossa revista o que o levou a candidatar-se a este cargo: “Candidatei-me por conselho de um amigo, pensei bastante, andei aí quatro ou cinco meses a pensar se iria ou não aceitar, mas a verdade é que aceitei e posso dizer que tem sido bom e agradável estar à frente desta terra, da qual sou natural”, disse-nos o presidente. Não contando com relevantes atividades económicas nas suas freguesias, o presidente garantiu que o grosso da sua população trabalha na cidade de Vila Real, tornando as freguesias de Adoufe e Vilarinho de Samardã locais ‘dormitório’: “São umas freguesias de serviços, onde existem muitos professores, polícias e advogados que trabalham na cidade”, explicou. Contando, nas duas freguesias, com mais de três mil habitantes o autarca garantiu prestar todo o apoio possível às diversas instituições existentes nestas localidades e confidenciou ainda o projeto que gostaria de concretizar enquanto presidente desta União de Freguesias: “Um projeto muito grande que iniciei foi o Largo de S. Domingos, isto aqui era um bosque que reabilitamos.

O projeto já se encontra aprovado e, se exercer um segundo mandato, pretendo terminá-lo”. Fazer um Pavilhão Polidesportivo, ao serviço das suas freguesias, também se encontra nos projetos e desejos do atual autarca. Carlos Pitrez dos Santos garantiu manter uma relação bastante próxima com o atual Presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, afirmando: “Dele só tenho a dizer bem”. Mas, durante a conversa com a Portugal em Destaque, o nosso entrevistado lamentou a falta de investimento ao nível turístico nas suas freguesias: “Nunca fui abordado nesse sentido, mas tenho pena, porque temos condições para desenvolver o turismo na nossa terra”, concluiu. Outro constrangimento abordado pelo nosso interlocutor foi a falta de recursos económicos para o desenvolvimento da União de Freguesias que preside: “O dinheiro não chega para tudo o que gostaríamos de fazer. A União é muito grande, mas temos feito os possíveis para a fazer crescer e ela está em desenvolvimento”, garantiu. Em Adoufe a Igreja Matriz, a Capela de S. Domingos e o Fojo do Lobo e, em Vilarinho de Samardã, a Casa histórica onde viveu Camilo Castelo Branco, formam um leque com muitas razões para visitar esta União de Freguesias onde o autarca garante: “Têm aqui um presidente à disposição para mostrar o que de melhor temos aqui”. “Vila Real é a minha terra natal. Aliás, eu nasci em Moçambique, mas vim para aqui com 8 anos, por isso, considero-me de cá. Se quer que lhe diga, até entrar o Presidente Rui Santos esta cidade era muito monótona, mas agora encontra-se muito mais desenvolvida, com mais vida, eventos, pessoas e motivos para ser visitada”, finalizou o presidente.

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LORDELO GANHA VIDA E MOVIMENTO Nos últimos 20 anos a freguesia de Lordelo, no concelho de Vila Real, tem ganho vida e movimento através da realização de inúmeros eventos e da construção de obras e infraestruturas essenciais à modernização da localidade. Para ficarmos a saber um pouco mais sobre esta vila transmontana, a Portugal em Destaque esteve à conversa com o seu presidente José Gomes e deixa-lhe agora com as palavras do autarca.

JUNTA DE FREGUESIA DE LORDELO

A razão que levou José Gomes a candidatar-se à Junta de Freguesia de Lordelo prende-se com o seu amor por esta localidade: “Sou presidente desde 2013, eu já fazia parte da Assembleia de Freguesia e assumi a presidência no último mandato. Candidatei-me para dar vida a esta freguesia porque esta encontrava-se muito parada. Agora tem vida, movimento e obra feita”, explicou. Nesta freguesia podem encontrar-se diversas oficinas, dois lares para a terceira idade (um da Santa Casa da Misericórdia e outro privado), o mercado municipal, o centro de feiras de animais (nomeadamente do gado maronês) e ainda o Centro Hospitalar de Vila Real e é devido a todas estas infraestruturas e atividades económicas que, ao contrário da maioria das freguesias do interior do país, esta freguesia não conta com muitas solicitações relacionadas com a ação social: “Nós não

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JOSÉ GOMES

somos chamados a intervir muito na parte da ação social, felizmente os vários grupos e associações sociais da freguesia conseguem dar resposta às poucas necessidades existentes”, garantiu José Gomes que aproveitou o momento para acrescentar: “Lordelo nos últimos 20 anos cresceu em número de empresas e de população. Esta foi a única freguesia que cresceu nos sensos de 2011 e há muitos jovens aqui”. Orgulhoso do trabalho realizado até à atualidade o nosso entrevistado afirmou: “Eu tenho 85% do meu compromisso cumprido. Acho que nenhum executivo fez tanta obra como eu” e deixou ainda no ar a possibilidade de uma recandidatura no próximo ano: “Espero ver o meu trabalho reconhecido em 2017”, disse o autarca. Ainda em entrevista o presidente da Junta de Freguesia de Lordelo lamentou a atual situação e legislação respeitante

a estes órgãos executivos: “Nós somos os políticos mais mal pagos e com mais trabalho do país. Somos os primeiros a dar a cara e é preciso entender que nós não precisamos de mais competências, nós precisamos é de mais orçamento. Precisamos de mais capacidade financeira antes de nos atribuírem mais competências. Só para vos dar um exemplo, nós já tivemos 16 pessoas a trabalhar aqui, mas todas através de programas de emprego porque não podemos contratar”, aclarou o presidente. “Concluímos recentemente o novo cemitério de Lordelo, vamos requalificar a entrada do hospital e fazer lá uma homenagem aos barbeiros porque Lordelo é a terra dos barbeiros. Está, também, em vista a pavimentação do bairro da Lavarqueira”, enumerou José Gomes quando questionado sobre as principais obras a ser desenvolvidas pela Junta. Em final de conversa ficou o convite: “Lordelo tem uma paisagem bonita para a cidade de Vila Real, tem a passagem para o Alvão e várias capelinhas. Como eventos temos as festas de Lordelo realizadas em Agosto e o nosso executivo iniciou, recentemente, outros eventos em parceria com as associações da freguesia, como por exemplo: as corridas dos chaços e motas de 85, a caminhada de Lordelo (que se iniciou em 2014 com 80 pessoas e este ano contou com 200) e temos, ainda, um grupo de teatro amador muito bom. Não deixem de visitar Lordelo nem Vila Real porque vale a pena”, finalizou.


FREGUESIA COM HISTÓRIA A freguesia é uma referência no concelho de Vila Real devido ao vasto património histórico existente, tendo como ex-libris o Palácio de Mateus, classificado desde 1911 como monumento nacional. Em entrevista ao presidente da Junta de Freguesia, Artur Carvalho damos a conhecer as mais-valias de Mateus. JUNTA DE FREGUESIA DE MATEUS

ARTUR CARVALHO A freguesia, situada às portas da cidade de Vila Real, tem acompanhado a evolução e o desenvolvimento da região, “em termos de área geográfica, provavelmente, somos uma das freguesias mais pequenas. Mas no que diz respeito à densidade populacional, a freguesia de Mateus é bastante grande, uma freguesia urbana integrada na cidade. Em termos de área de construção, existe ainda a possibilidade de expansão, na zona da reta de Mateus e em torno do centro de saúde”, explica o entrevistado. Questionado sobre as mais-valias turísticas de Mateus, Artur Carvalho enaltece “o Palácio Mateus, a sala de visitas de Vila Real, que tem uma afluência

muito significativa e fica situado na nossa freguesia. Temos também casas brasonadas como a Quinta de São Martinho, que é também uma unidade de turismo rural, a Casa de Urros e a Casa das Quartas, em Abambres, que possui, igualmente, alojamento em turismo rural”, explica o entrevistado. A freguesia também ganhou um novo destaque com a realização do Campeonato Mundial de Carros de Turismo, o WTCC, em Vila Real, já que um dos pontos mais importantes do circuito é “a famosa reta de Mateus”, afirma o interlocutor. A gastronomia é outro dos pontos fortes da freguesia, com vários espaços onde se podem provar os pratos típicos da região de Trás-os-Montes como a vitela e o cabrito assados com arroz de forno, as tripas aos molhos, os covilhetes, a carne maronesa, o joelho da porca, a bola de carne e os vários enchidos. Os eventos festivos são vários e realizam-se ao longo do ano, festividades onde predominam as tradições, “temos as festas de São Martinho, padroeiro da freguesia, a Festa de Nossa Senhor dos Prazeres, que se realiza no domingo depois da páscoa, que tem como principal característica a elaboração de um tapete de flores naturais na rua principal de Mateus, a festa de verão que se realiza em julho e, em agosto, a festa de Abambres, localidade que deverá ser a maior da freguesia”, realça Artur Carvalho. A cumprir o segundo mandato como presidente da Junta de Freguesia de Mateus, o entrevistado revela que “quando este executivo assumiu funções resolvemos alterar o horário de atendimento, a junta está de portas abertas praticamente todos os dias, uma política de proximidade que permite dar o apoio necessário à população”. No que toca aos projetos realizados, o presidente destaca que “havia determinadas obras que eram mesmo necessárias, algumas ruas estavam bastante degradadas, nas imediações do Palácio de Mateus, por exemplo, e vão ser reabilitadas. A capela mortuária era muito pequena e achámos importante fazer a sua ampliação e consequente arranjo da área envolvente da igreja paroquial. De realçar o alargamento de parte da Rua das Flores e a colocação de tapete betuminoso em parte da Rua da Raia. Existem parcerias com o Município de Vila Real, de modo a proceder ao alargamento da Rua de Santo Isidro, em Abambres, que dá acesso ao centro de saúde, encurtando a distância. Iniciaram-se os trabalhos para melhorar o pavimento de mais duas ruas da freguesia”. Mateus está dotada de infraestruturas de apoio à população a vários níveis como o Centro Escolar Morgado de Mateus e os Centros Social e Paroquial de Mateus e de Santo António que contemplam uma série de valências de apoio aos idosos. A nível cultural de realçar a Banda de Música de Mateus, com 206 anos de actividade contínua, a orquestra Acrolat’in, o agrupamento de escuteiros, os grupos de bombos da Raia e Abambres. A nível desportivo o Abambres S.C., com muitas presenças nos campeonatos nacionais, nos escalões de formação. Quanto aos projetos de futuro, Artur Carvalho revela que se “fosse possível o executivo gostaria de melhorar a zona de entrada do Palácio de Mateus, através da remodelação da praça existente de forma a melhorar a segurança dos visitantes, permitir a instalação de lojas de comércio tradicional e posto de turismo, criando assim alguns postos de trabalho”, finaliza o entrevistado.

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PODER DE PROXIMIDADE AO SERVIÇO DA POPULAÇÃO Situada na ponta sudeste do concelho, a freguesia de Guiães tem fronteiras com os concelhos de Sabrosa, a leste, e Peso da Régua, a sul, e ainda com a freguesia vila-realense de Abaças, a noroeste. Com a reorganização administrativa e a agregação de freguesias, tornou-se numa das mais pequenas freguesias do concelho de Vila Real, com cerca de nove quilómetros quadrados de área e 485 habitantes, segundo os censos de 2011.

JUNTA DE FREGUESIA DE GUIÃES

JOSÉ MONTEIRO Terra de tradições, usos e costumes, Guiães é uma pequena freguesia recheada de encantos singulares e muitos motivos para uma visita, desde logo o Santuário do Senhor dos Aflitos, um dos pontos mais altos da freguesia, com uma imagem do Cristo Rei, a Igreja Paroquial com um altar-mor em talha dourada, um conjunto de casas brasonadas, um edifício de interesse público dedicado a Nossa Senhora do Loreto, moinhos, percursos pedonais e um espaço museológico. Eis um conjunto de razões que têm vindo a aumentar o interesse turístico pela freguesia que tem já pronta a funcionar uma casa de turismo rural, “havendo ideias concretas de outras pessoas para apostar nesta vertente, de forma a dinamizar e trazer pessoas à freguesia”, revela o autarca. No capítulo das festas e romarias, José Monteiro destaca a Festa em Honra do Senhor dos Aflitos e de Santa Maria de Guiães que, este ano, teve uma envolvência diferente, uma vez que a Junta de Freguesia de Guiães adquiriu uma área de 1,5 hectares, onde foi criado um largo para festas e feiras, permitindo reunir mais pessoas nesta romaria importante da freguesia. Para o autarca, trata-se de um espaço apetecível que poderá servir de âncora para que a freguesia se torne cada vez mais conhecida, à semelhança da cidade de Vila Real. A Festa do Mártir S. Sebastião e a Festa de S. José são outros bons motivos para promover o convívio da população. Luta pelo desenvolvimento Nas palavras de José Monteiro, Guiães é uma freguesia pequena, mas tem um banco a funcionar, a Caixa de Crédito Agrícola, que nasceu neste local a 23 de março de 1927. “Este facto constitui uma entre muitas mais-valias da freguesia”, por isso mesmo o presidente da Junta acredita que, entre Abaças, Galafura e Gouvinhas, pode constituir-se como uma nova centralidade nesta região. José Monteiro está a comandar os destinos da Junta de Freguesia de Guiães pelo terceiro mandato, e em entrevista à 22 | PORTUGAL EM DESTAQUE

revista Portugal em destaque, traçou um balanço positivo do trabalho que tem sido levado a cabo pelo executivo. No seu percurso autárquico figura a primeira candidatura a umas eleições, que o autarca perdeu, mas sempre achou que poderia dar o seu contributo para mudar a terra que o viu nascer. “Quando me candidatei novamente, ganhei as eleições por cinco votos” e prometeu tirar Guiães do marasmo a que estava votada. “Em 2007, criei a Guiães em Movimento - Associação Cultural, Desportiva e de Solidariedade Social, inicialmente para angariação de fundos para poder edificar o centro social, no sentido de disponibilizar o serviço de apoio domiciliário, que hoje presta assistência a 25 idosos”, ressalva. O próximo passo poderá ser uma estrutura residencial (Lar) para idosos, que não existe em Guiães nem nas freguesias envolventes, podendo assim dar resposta às necessidades desta região: “Já adquirimos um terreno para o efeito, agora vamos lutar para edificar essa resposta social”, avança. José Monteiro acredita que o balanço do seu ciclo autárquico é positivo, porque desde o início teve a motivação e quis fazer mais e melhor pela sua terra. Em termos de futuro, o autarca quer sempre mais para a freguesia que tem no coração, mas elege como prioritária a requalificação das ruas mais degradadas e a execução de um polidesportivo.



UMA NOVA CENTRALIDADE EMPRESARIAL NO DOURO O Parque de Ciência e Tecnologia - Regia Douro Park - está focado nas áreas agroalimentar, agroindustrial, enologia, vitivinicultura, economia verde, valorização ambiental e tecnologias agroambientais. Promovido pelo Município de Vila Real e pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD),tem como desiderato fomentar o desenvolvimento económico das empresas e a associação entre o conhecimento e o tecido empresarial.

REGIA DOURO PARK

NUNO AUGUSTO

Criado há cerca de um ano, o Parque de Ciência e Tecnologia, Regia Douro Park, direciona-se para os setores vitivinícola, agro-alimentar e de valorização ambiental. Promovido pelo Município de Vila Real e pela Universidade de Trás-os-Montes, o Regia Douro Park quer constituir-se como um pilar de desenvolvimento económico integrado com forte aposta na academia e na região. Focada nas áreas agroalimentar, agroindustrial, enologia, vitivinicultura, economia verde, valorização ambiental e tecnologias agroambientais, a infraestrutura tem várias valências de suporte dirigidas a empreendedores, empresas e investigadores nacionais e internacionais. De acordo com Nuno Augusto, diretor-geral do Regia Douro Park, o projeto assenta em elevadas competências científicas instaladas, numa incubadora e aceleradora de empresas, num polo

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tecnológico de excelência e num business center que estruturam toda a arquitetura do projeto e “conferem coerência à sua oferta integrada e vanguardista, bem ancorada num conjunto de espaços, competências e práticas de natural cooperação, através das quais se simplifica e facilita o trabalho das empresas e dos empresários”. A Incubadora e Aceleradora de Empresas é um polo de apoio a empreendedores com ideias de negócio e empresas em início de atividade, oferecendo aos empresários condições para o desenvolvimento das suas atividades em ambiente de co-working, com fertilização cruzada de talentos e competências. Como serviços disponíveis destacam-se o apoio ao empreendedorismo, incubação e mentoring, programas de aceleração empresarial, assessoria em processos spin-off e coaching em internacionalização. Por sua vez, o Douro Business Center é um centro de


negócios configurado como porta de entrada dos negócios na Região do Douro. Reúne num só local um portfólio de infraestruturas essenciais para empresas consolidadas, proporcionando acesso a gabinetes de prestígio, salas de formação, salas de reunião multimédia, espaços para eventos, espaços multiusos, num ambiente flexível e dinâmico de promoção empresarial. Já o Centro da Vinha e do Vinho é um complexo laboratorial de excelência tecnológica dinamizado pela UTAD e instituições parceiras, direcionado para a investigação, desenvolvimento e apoio às empresas nos setores da vitivinicultura, agroalimentar e ambiente, com âmbito de atuação nacional e internacional. “Esta estrutura desenvolve a sua atividade focada nas empresas do setor da vinha e do vinho, ao nível da investigação aplicada, prestação de serviços e formação especializada”, salienta o diretor-geral. No que diz respeito ao Parque Empresarial e Industrial, trata-se de um espaço composto por 26 lotes, perfazendo um total de 10 hectares, dotado de infraestruturas, arruamentos, estacionamento, vedação, segurança, fibra ótica e videovigilância. Um pilar de desenvolvimento Com uma localização estratégica, o Regia Douro Park assume como principal objetivo a promoção do emprego, em especial qualificado, “mas também trabalho em prol do desenvolvimento das empresas, para as dotar de ferramentas que não tinham até então. Queremos criar uma rede empresarial regional mais forte, para que a região possa competir de forma equilibrada com outros territórios”, revela Nuno Augusto, sublinhando que para que esses desideratos sejam alcançados “promovemos o parque dentro e fora de

portas, definindo um conjunto de seminários, conferências e formações que possam trazer massa crítica e transferir conhecimento às empresas”. Nas palavras do nosso entrevistado, o Regia Douro Park constitui uma nova centralidade empresarial no Douro e permitiu que as empresas tivessem uma nova dinâmica. Outra das metas assumidas é a promoção do empreendedorismo, daí a colaboração bastante estreita com a criação de programas para escolas do concelho, nomeadamente com ações de formação e concursos de ideias, programas estes que se estendem à universidade e aos próprios empreendedores. Com os olhos postos no futuro Nuno Augusto traça um balanço positivo do percurso percorrido e afirma que, em termos de futuro, a estratégia passa pela consolidação de investimentos, dando conta do projeto de construção de uma nova zona industrial acoplada às instalações do Regia Douro Park, “que contempla mais 50 hectares de área disponível e cerca de 200 lotes industriais indiferenciados vocacionados para todas as áreas de atividade”. O diretor-geral lembrou ainda que estão previstos para Vila Real um conjunto de investimentos, designadamente estruturas hoteleiras, dois hospitais privados e a contratualização de um call center que vai empregar cerca de 300 pessoas. “Criar emprego e empresas é o nosso propósito, o trabalho tem sido positivo e temos obtido o reconhecimento da zona envolvente”, conclui.

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A UNIVERSIDADE TRANSMONTANA Com a Portugal em Destaque a realizar um trabalho no concelho de Vila Real, torna-se imprescindível o destaque à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Desta forma, segue-se abaixo uma entrevista realizada ao Reitor da UTAD, António Fontainhas Fernandes, que nos esclareceu sobre os desígnios e objetivos a cumprir por esta instituição. UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Qual o balanço que faz destes três anos à frente da academia transmontana? Os resultados que a UTAD tem vindo a divulgar nas suas diferentes atribuições são claramente positivos. A aposta na focalização nas suas principais áreas de competências tem conduzido a um acréscimo do número de estudantes nos últimos dois anos, havendo também efeitos positivos na fixação de jovens investigadores em projetos de ciência e tecnologia. Criada em 1986 a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro protagonizou um projeto inovador a vários níveis. De que forma é que a instituição tem marcado a diferença no panorama português? A UTAD tem sido um elemento catalisador do desenvolvimento local e regional, com efeitos diretos através do emprego e dinamização da economia, e indiretos resultantes do efeito de “spillover” ou externalidades positivas. Importa sublinhar o seu papel na valorização do território, enquanto âncora que permita inverter a dinâmica de despovoamento registada nas últimas décadas. Existem protocolos firmados com instituições de ensino estrangeiras? Quais? A ambição internacional das instituições de ensino superior exige a cooperação com instituições de ensino e de I&D estrangeiras. No caso da UTAD, a aposta tem sido centrada em programas de mobilidade Erasmus Mundus e em programas de ensino, formação e investigação no âmbito de redes já estabelecidas, casos da rede Santander e rede Europeia das Life Sciences-ICA, bem como de iniciativas de natureza transfronteiriça, como a Fundação CEER envolvendo as universidades do norte de Portugal e da Galiza. A captação de estudantes internacionais tem exigido também o estabelecimento de protocolos com instituições de países de língua portuguesa e de mercados emergentes. A qualidade de ensino e das instituições é um assunto atual. O que significa de facto “qualidade” de ensino? Para a UTAD qualidade de ensino é algo de complexo e transversal a toda a instituição, desde o perfil e trabalho dos docentes e outros colaboradores, até à vida no campus, passando pelas infraestruturas, a ofertas de serviços e atividades nos campos académico, social, cultural e desportivo, não esquecendo a própria participação dos estudantes. Na sua opinião, que retrato é que se poderia fazer do ensino superior no nosso país? Não obstante a diminuição do peso do estado no orçamento global das instituições de ensino superior, as Universidades têm melhorado o seu desempenho em termos

ANTÓNIO FONTAINHAS FERNANDES

globais. Se considerarmos que uma das principais metas de Portugal reside no objetivo de, em 2020, alcançar 40% de diplomados na faixa etária 30-34, é claro que todos temos de contribuir para este desígnio, pois em 2013 este indicador era de 29%, enquanto a média europeia era de 37%. Este desígnio nacional exige o alargamento da base de recrutamento dos candidatos ao ensino superior e dar resposta às solicitações das instituições. Quais as principais metas definidas pela UTAD para os próximos 5 anos? Nos próximos anos, a UTAD pretende consolidar a sua trajetória de mudança iniciada em 2013, envolvendo dinâmicas coletivas da comunidade académica, centradas em diferentes pilares: maior captação de receitas e diversificação das fontes de financiamento; diferenciação e alargamento da oferta educativa; reforço da investigação e valorização do conhecimento com impacto económico, social e cultural na região; internacionalização do ensino e investigação; melhoria das infraestruturas e serviços visando criar um campus inteligente e sustentável.

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SOLUÇÕES À MEDIDA DO CLIENTE A estratégia da ALT Alumínios assenta principalmente na qualidade dos seus produtos e serviços e no contacto direto com os seus clientes, criando assim uma relação de confiança e transparência. Falamos de uma empresa dinâmica que tem pautado o seu percurso por uma grande visão estratégica, a par de uma imagem de credibilidade no mercado onde atua.

ALT ALUMÍNIOS

ANTÓNIO TEIXEIRA E ISABEL TEIXEIRA

Com a premissa de conhecer de forma mais aprofundada o mundo onde gravita a ALT Alumínios, a revista Portugal em Destaque, falou com o empresário António Teixeira, que abordou a sua génese, crescimento e expansão, bem como o mercado e os projetos que a empresa pretende abraçar em termos de futuro. Criada em 1998, a empresa nasce pela mão de António Teixeira, um empreendedor carismático e dinâmico que orientou a sua atividade profissional por uma grande visão estratégica, sentido de responsabilidade e paixão. Fruto de uma vasta experiência, António Teixeira conseguiu que esta empresa alcançasse uma posição assinalável, sustentada pela qualidade, profissionalismo e know-how. “Após vários anos a trabalhar nesta área de atividade, decidi lançar-me na aventura de criar o meu próprio negócio com o apoio da minha família e amigos. Comecei do nada, numa pequena garagem e, volvidos 18 anos, o trabalho, a evolução e os resultados positivos estão à vista”, afirma o nosso entrevistado, salientando a progressão e a abertura de fronteiras para o exterior. De acordo com António Teixeira, os pilares do sucesso alcançado são, sem dúvida, um forte espírito empreendedor, o trabalho, a persistência, o sacrifício e a vontade de vencer. Valorizando o passado e pensando no futuro, a ALT Alumínios abraça uma filosofia inovadora, estando sempre um passo à frente do seu tempo, tendo como linhas orientadoras para alcançar 28 | PORTUGAL EM DESTAQUE

as suas metas a apresentação de soluções de qualidade. Seguindo tais valores, a empresa tem vindo a reestruturar-se ao longo dos anos, para desenvolver cada vez mais e melhor, soluções que vão ao encontro das necessidades do seu mercado, “que cada vez mais se caracteriza por uma procura baseada na rapidez de execução, de qualidade e de avanço tecnológico, fatores que fazem parte da nossa forma de estar no mercado”, refere António Teixeira. A área de atividade da ALT Alumínios está vocacionada para os materiais ferrosos e não ferrosos, como sendo o ferro, alumínio, inox e PVC. “Estes materiais são trabalhados e mecanizados na empresa, transformamos uma matéria-prima que vem em barra e perfil, depois esta é cortada e mecanizada e fabricamos o produto final como sejam portas, portões, janelas, grades, entre outros. Complementamos com material elétrico, motores e automatismos, para além de fazermos a instalação e a assistência técnica”, revela Antó-


nio Teixeira, sublinhando que a empresa disponibiliza soluções à medida. Com 10 funcionários, a empresa está presente no mercado nacional e internacional, sendo que este último representa cerca de 70 por cento no volume da faturação da ALT Alumínios. “A nível internacional, o nosso mercado referencial é a França, e pontualmente trabalhamos na Suíça”. No seu percurso, a empresa contempla um conjunto de obras emblemáticas, designadamente, uma mesquita em França, o trabalho de engenharia das pontes metálicas para o Circuito Internacional de Vila Real e para o Rally de Portugal, nomeadamente na prova da cidade do Porto, bem como vasto leque de vivendas com arquitetura e design onde o seu trabalho pode ser apreciado. Como objetivos estratégicos, António Teixeira pretende apostar na expansão internacional, na criação de valor sustentável e na obtenção dos mais altos níveis de qualidade, uma opção estratégica que tem ajudado a consolidar todos os processos e a estrutura organizacional, funcionando como catalisador para o crescimento da ALT Alumínios.

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AO SERVIÇO DE TRÁS-OS-MONTES TECSAM – Tecnologia e Serviços Médicos SA, é uma empresa que se dedica à prestação de serviços médicos a doentes insuficientes renais. Com sede em Mirandela, conta com mais duas Unidades: uma em Vila Real e outra em Mogadouro. A Portugal em Destaque esteve à conversa com o seu Administrador e fundador José Nunes de Azevedo que nos esclareceu sobre o projeto desta Unidade de Saúde, bem como da nova valência que irá ser inaugurada ainda este ano. TECSAM

parte a individualização o mais ajustada possível do tratamento dialítico”, garantiu José Nunes de Azevedo. Portugal apresenta índices de sobrevivência em diálise superiores à média Europeia e até à dos EUA e, a verdade, é que hoje a diálise “é acessível a todos”, afirmou o Nefrologista, acrescentando: “Esta empresa pauta-se pelos baixos índices de morbilidade e mortalidade, contribuindo para uma boa imagem de Portugal na Europa e no Mundo no que toca a este tipo de serviço de saúde”, concluiu. JOSÉ NUNES DE AZEVEDO Licenciado em Medicina pela Universidade do Porto, foi no Hospital de Santo António que José Nunes de Azevedo se iniciou na Especialidade de Nefrologia. Em 1995 começou a sua atividade em Trás-os-Montes, nomeadamente em Mirandela. Entre 2003 e 2008, a Tecsam inaugurou as outras duas Unidades: em Vila Real e em Mogadouro. Este investimento foi explicado pelo nosso entrevistado: “Havia necessidade de aproximação das Clínicas da residência dos doentes, evitando grandes deslocações. Existiam doentes que iam de Trás-os-Montes, três vezes por semana, ao Porto, para fazerem hemodiálise e foi, nessa altura, que o então Ministro da Saúde, o Dr. Paulo Mendo, pediu a nossa colaboração para minorar este sacrifício, porque alguns doentes faziam 1500 quilómetros por semana para receberem tratamento no Porto”. A TECSAM não tem descurado a inovação e a implementação de novas técnicas de cuidado aos utentes com insuficiência renal: “Geralmente iniciam-se na Unidade de Mirandela todos os processos inovadores, que depois são transferidos para as outras Clínicas. Temos, por exemplo, o exercício intradialítico com pedaleiras e elásticos, para melhoria da mobilidade e reforço muscular dos membros. A Podologia é outra das nossas atividades regulares, muito especialmente no acompanhamento de perto do pé diabético. A Medicina Tradicional Chinesa tem feito a sua implantação progressiva. A Fitoterapia e a Homeopatia vão sendo progressivamente implementadas e com bom sucesso terapêutico. Temos um cuidado especial com doentes desnutridos, especialmente sob ponto de vista proteico, fazendo reforço alimentar, onde damos hambúrgueres de carne de vitela e alheiras com maior quantidade de proteínas. É preciso entender que o tratamento de diálise implica a individualização cuidada do mesmo. Cada doente tem a sua forma própria de receber tratamento e a equipa que o trata tem de ter conhecimento e perspicácia para o saber adaptar. É um esforço contínuo da nossa 30 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Nova valência – Residência Sénior Em 2012 foi inaugurada a nova Unidade de Hemodiálise de Mirandela, com várias funcionalidades: hemodiálise, bloco operatório, unidade de internamento, fisioterapia e com equipamento de tecnologia de ponta. A Tecsam alargará, ainda este ano, o leque de serviços prestados pela sua Unidade de Mirandela. Trata-se de uma Estrutura Residencial para Idosos, destinada a utentes em tratamento de hemodiálise: “O doente em diálise é um doente que tem algumas particularidades ao nível alimentar, porque tem que fazer uma dieta mais pobre em sal, com pouco potássio e reforço alimentar proteico. A ideia é, portanto, reabilitar o doente que está bastante debilitado e condicionado e isso implica umas instalações com uma cozinha com dietas apropriadas, ginásio para reabilitação motora e um bom acompanhamento psíquico. Foi esse o conceito que levou a Tecsam ao desenvolvimento desta Unidade, que terá capacidade para 23 utentes”, confidenciou o nosso interlocutor. Sara Sousa, gestora da TECSAM, também


esteve presente durante a entrevista e complementou as palavras do Administrador do grupo: “Será uma residência sénior para doentes em diálise que procurem preferencialmente a nossa estrutura e mesmo para os doentes em férias porque, muitas vezes, o cuidador necessita de descanso e esta será uma solução. Qualquer pessoa, seja de onde for, pode usufruir das nossas insta-

lações e o turismo de diálise também terá o seu lugar. Este será um serviço pioneiro em Portugal”, concluiu. As expetativas para este projeto são grandes e prevê-se uma taxa de sucesso significativa, tendo em conta que esta será a primeira Estrutura Residencial para Idosos em tratamentos de hemodiálise: “Espero conseguir rentabilizar um edifício que tem uma grande capacidade e que está subaproveitada e tenciono, também, ajudar a concretizar o sonho do Dr. Nunes de Azevedo em assistir melhor os doentes em hemodiálise”, disse-nos a gestora, ao que o nosso entrevistado acrescentou: “E eu quero mostrar ao País que este tipo de projetos é fundamental, porque o doente renal necessita de cuidados específicos”, finalizou.

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UMA FILOSOFIA DE QUALIDADE E INOVAÇÃO As constantes exigências do mercado, ao longo dos anos, levaram a Casa Vilas Boas a realizar diversos investimentos, tornando-se cada vez mais uma empresa competitiva. A sua permanente evolução assenta num grande espírito competitivo, aliando o profissionalismo às novas tecnologias.

CASA VILAS BOAS

HYRON RESENDE

Numa tentativa de perceber as dinâmicas empresariais que proliferam no concelho de Vila Real, a revista Portugal em Destaque foi desta feita ao encontro de Hyron Resende, um jovem empresário que tem pautado a sua atividade profissional por uma grande visão estratégica. Valorizando o passado, vivendo o presente e pensando no futuro, a Casa Vilas Boas adota uma filosofia vanguardista, estando sempre um passo à frente do seu tempo, tendo como linhas orientadoras para a prossecução dos seus objetivos, a simplificação da criação de conhecimento e a criação e disponibilização de soluções de qualidade. Estes ideais expressam a sua determinação em oferecer as soluções mais avançadas que vão ao encontro das necessidades de uma sociedade em constante mudança e evolução. Estes valores basilares encontram-se ainda representados na manifestação do seu empenho em continuar um percurso de contínua inovação. Para que todas as páginas da história da empresa fossem valorizadas e relembradas, Hyron Resende evocou o passado e contou o vasto e rico percurso da empresa que hoje lidera. “A designação empresarial Casa Vilas Boas nasceu no final da década de 50, pelas mãos de um empresário português, natural de Vila Real, que tinha uma loja no centro da cidade. O espaço funcionava quase como uma mercearia, disponibilizando uma grande variedade de produ32 | PORTUGAL EM DESTAQUE

tos, abastecendo assim a parte central da cidade”, revela o jovem empresário, salientando que na década de 80, o seu avô, Ilídio Gomes, regressado do Brasil, depois de vários anos emigrado, decidiu adquirir a empresa. Desde então, a empresa evoluiu bastante, passando de uma pequena loja para um armazém na parte traseira da antiga loja, até que na década de 90, Ilídio Gomes compra dois lotes de terrenos na Zona Industrial de Constantim para edificar um armazém que tivesse a capacidade para depositar as estruturas de ferro e todo o equipamento como painéis e chapas. De acordo com Hyron Resende, a empresa desde sempre esteve vocacionada para dois nichos de mercado: construção civil e serralharia. Assim, comercializa todos os produtos ferrosos e não ferrosos para dar resposta aos seus clientes nestas vertentes, como por exemplo varões de ferro, perfis estruturais (tubos e vigas), malhas. “Um dos produtos que tem bastante procura por parte dos nossos clientes é o painel sandwich com isolamento térmico”, ressalva o jovem empresário, acrescentando que a empresa tem ainda um espaço loja no centro da cidade para atendimento dos produtos complementares à atividade de construção civil, serralharia, bricolagem e agrícola. Inovação e visão estratégica Hyron Resende começou o seu percurso na Casa Vilas Boas, em 2007, quando começou a trabalhar com o seu avô, ganhando experiência, conhecimentos e desenvoltura no mundo dos negó-


cios. “A dada altura, sai da empresa para ingressar na universidade e evoluir intelectualmente. Em 2013, regressei para a administração da empresa, colocando em prática os conhecimentos adquiridos e novas formas de gestão”, adiantou, sublinhando que, desde então, a empresa tem vindo a evoluir positivamente. Sempre atenta às necessidades do mercado, a Casa Vilas Boas tem vindo a alargar a sua esfera de influência geográfica num raio de 80 quilómetros, conseguindo angariar novos clientes. Uma das mais-valias apontadas pelo empresário prende-se com a capacidade armazenista, mas também transformadora, já que a empresa tem duas máquinas de corte e quinagem de chapa, que permite comercializar soluções à medida. “O que nos distingue no mercado é a confiança mútua, a capacidade de adaptação e o serviço de qualidade prestado pelos 14 funcionários”, ressalva. Hyron Resende assume-se como um jovem empresário que gosta de abraçar desafios, mas que simultaneamente ainda tem muito para aprender, por isso todos os dias entra na empresa com “a capacidade de ouvir os meus funcionários e os meus clientes e criar soluções para os problemas que vão surgindo”, revela, acrescentando que, em termos de futuro, pretende dar continuidade à organização física da empresa, passo que tem vindo a ser dado com a criação de novos procedimentos e processos na forma de atendimento, na forma como os funcionários trabalham e na logística, no sentido de rentabilizar o espaço e o tempo, bem como com a criação de uma nova receção e show-room. “O próximo passo contempla a organização administrativa e documental, a fim de consolidar processos e procedimentos”, conclui Hyron Resende, revelando a estratégia para os próximos dois anos.

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ESCOLHA AQUI O SEU AUTOMÓVEL Z. Sousa & Camilo, Lda., é o nome da empresa que a Portugal em Destaque visitou no seu trabalho realizado no concelho de Vila Real. Representante das marcas Citroen e Mazda, esta entidade tem a sua sede em Vila Real (na zona industrial de Constantim) e uma concessão com instalações integradas, também, em Bragança. Por forma a conhecermos um pouco mais sobre esta empresa do ramo automóvel, estivemos à conversa com Emanuel José Camilo, sócio-gerente, que nos explicou a história da empresa bem como os próximos desígnios a cumprir.

Z. SOUSA & CAMILO, LDA

A génese da Z. Sousa & Camilo, Lda. remonta a 1968 com a fundação de uma pequena unidade de negócios no setor automóvel em Vila Real, tendo mantido desde essa data uma relação estreita com a marca Citroen que foi, aliás, a sua primeira e única marca representada até 2010, ano em que começou a comercializar também automóveis Mazda. A empresa, de cariz marcadamente familiar, baseia a sua gestão e estratégia de desenvolvimento na vasta experiência e conhecimento do setor automóvel nacional do seu fundador, António Camilo e, desde a década de 90, com contributo dos seus filhos Emanuel Camilo e António José Camilo altura em que terminaram a sua formação académica superior. Uma gestão eficiente baseada numa racionalidade económica e de mercado assente em valores de responsabilidade sociais e ambientais, com consciência plena da importância da empresa no pequeno mercado em que se insere, foram as caraterísticas apanágio da gestão do seu fundador António Camilo e oportunamente seguidas pelos seus filhos na orientação dos desígnios da empresa. A Z. Sousa & Camilo, Lda. é também uma importante referência no mercado dos automóveis usados, uma vez que sempre apostou nesse negócio oferecendo usados multimarca de elevada qualidade com garantia, capitalizando assim, uma experiência e um know how acumulado de

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ANTÓNIO CAMILO

EMANUEL JOSÉ CAMILO

quase cinco décadas. A 20 de julho do corrente ano o Município de Vila Real, nas comemorações do 91º aniversário da elevação de Vila Real à condição de cidade, atribuiu à Z. Sousa & Camilo, Lda. a Medalha de Ouro de Mérito Municipal como reconhecimento do seu contributo económico e social na região.

juvenescido e com muita evolução, quer na qualidade de construção, quer nas experiências de condução proporcionadas a clientes que experimentem uma viatura da marca”, aclarou. A gerência não deixa de fazer uma referência de agradecimento aos profissionais que constituem a organização. Foi com eles que a empresa construiu a sua história e é com eles que pretende construir o futuro. Contando com uma equipa constituída por 31 elementos, Emanuel Camilo garantiu que 48 anos de experiência no ramo automóvel, persistência, empenho e muita dedicação constituem os ingredientes diferenciadores da sua empresa bem como o segredo do seu sucesso. E, para o futuro, pretende: “Lutar pela perenidade do nosso negócio nos mesmos moldes que tem sido feito até aqui, priorizando a qualidade de serviço, a confiança e transparência”, finalizou.

A Mazda também em Bragança Sendo concessionário, atualmente, apenas da marca Citroen, as instalações localizadas em Bragança irão, ainda este ano, representar, também, a Mazda. As expetativas são positivas e os motivos são inúmeros: “Já temos uma concessão em Bragança, vamos é relançar a marca Mazda, de que já somos concessionários em Vila Real. As expetativas são muito boas porque a Mazda está com uma merecida progressão no mercado fruto de um produto muito re-


ÓTICA É SAÚDE A ergovisão nasceu há cerca de 14 anos. O projeto desenvolveu-se desde inicio pelos acionistas e administradores da empresa, Emídio Rodrigues e Sofia Figueiredo, que tiveram a visão de desenvolver uma marca diferenciadora, com principal enfoque na qualidade de serviços prestados ao cliente adicionando marcas de prestígio. Conversámos com Luís Garrido, diretor de Expansão e Franchising.

ERGOVISÃO

dicada no seu backoffice, que lhe presta serviços de marketing, comunicação, acordos e convenções com entidades públicas e privadas, apoio comercial e logístico. Ou seja, o parceiro ergovisão pode dedicar-se inteiramente à sua unidade de negócio, ao atendimento personalizado dos seus clientes e às questões técnicas, com a certeza de quem tem sempre uma equipa a trabalhar para si, a montante, que lhe permitirá ter acesso às melhores condições e melhores marcas, com garantias de qualidade e em tempo útil. Acha que o caminho a seguir deve passar pelos profissionais independentes se juntarem a grandes grupos? Sem dúvida! Eu venho de outras áreas de negócio em que sucedeu o mesmo. Veja-se o exemplo das redes de postos de abastecimento ou de farmácias onde ocorreu uma redução considerável de players no mercado. Haverá uma redução considerável de marcas de retalho a operar no mercado, e as agregações, fusões, constituição de joint ventures serão uma realidade e uma necessidade imposta pelo mercado para nos mantermos competitivos. Com que marcas costumam trabalhar e quais as mais procuradas? Procuramos trabalhar com as melhores marcas mais reconhecidas e que garantem qualidade aos nossos clientes. O que fazem para acompanhar as novas tendências? Pesquisa de mercado, inquéritos aos associados e participação em feiras do setor, tais como a feira de Milão e outras feiras internacionais.

LUÍS GARRIDO

Quantos funcionários abrange a vossa empresa e qual o perfil dos mesmos? Atualmente a empresa conta com cerca de 90 funcionários. O processo seletivo incide essencialmente no perfil da pessoa, boa capacidade de comunicação, responsabilidade, competências técnicas essenciais para o exercício desta atividade, pois ótica é saúde! Quais as vantagens de trabalhar em parceria com a ergovisão? Trabalhar em parceria com a ergovisão, é agregar-se a um grupo dinâmico e jovem, que privilegia a relação com o cliente e que coloca sempre em primeiro plano a saúde ocular dos seus clientes. Não encaramos a ótica como um negócio que vende óculos, é um negócio que presta cuidados de saúde. O parceiro ergovisão pode sempre contar com uma equipa de-

De uma forma geral como é que vê a evolução deste setor nos últimos anos? É um mercado em ascensão? Do ponto de vista global, sim. Em Portugal, o mercado está com um crescimento modesto, mas existe uma nova geração consumidora de produtos de ótica, que privilegia mais a moda e questão estética do produto. Esta nova tendência, provoca um maior consumo de unidades principalmente em óculos de sol. Quanto aos óculos e contactologia, a tendência é de manutenção ou ligeiro crescimento, por força da utilização intensiva das novas tecnologias, a necessidade de uso é de óculos é ascendente. Por onde passa o futuro do seu negócio? Tem projetos em mente que pretenda destacar? A ergovisão tem vários projetos em curso, dos quais posso destacar o nosso plano de expansão da rede de associados. Ainda este ano de 2016 temos agendada a abertura de quatro novas lojas em Portugal, e também um masterFranchise em Angola com abertura de duas lojas a muito curto prazo. Temos também em desenvolvimento um sistema de fidelização e venda de lentes de contacto com entrega ao domicilio(lensfree.pt), que garante ao consumidor total garantia do produto que consome, pois esse é ainda o maior problema das vendas on-line ou não-personalizadas.

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O MELHOR DE VILA REAL Em Vila Real, passámos por uma cooperativa que nos explica de que forma é produzida a Carne Maronesa e de que forma as novas regras implementadas pelo Governo prejudicam os agricultores.

COOPERATIVA AGRÍCOLA DE VILA REAL

JOAQUIM COSTA E MARÍLIA OLHERO A entrevista começa por contar que a cooperativa surge em 1966, direcionada para a parte frutícola, mais concretamente para a concentração de maçãs. “Quando surgiram estas denominações de origem protegida (DOPs), tinham que ser dadas a uma entidade que já estivesse presente, então escolheram a Cooperativa Agrícola de Vila Real. Durante uns anos, a cooperativa não assumiu esta parte comercial, mas começou a fazê-la em 1999, altura em que eu entrei. A partir daí, começámos a desenvolver este projeto”, admite, sendo a carne maronesa, atualmente, responsável por mais 80 por cento da faturação da Cooperativa. A Carne Maronesa é uma Denominação de Origem Protegida, que foi criada por regulamento, em 1994, sendo Vila Real o centro da sua zona de produção, abrangem três distritos, nomeada-

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mente o de Vila Real, Porto e Braga. “Na prática, é o distrito de Vila Real e os concelhos à volta”, afirma Joaquim Costa que, quando questionado sobre o modo de produção das carnes, afirmou que “as vacas maronesas são exploradas num modo de produção amigo do ambiente”, e que os seus locais de produção se concentram em Vila Real, Ribeira de Pena, Mondim de Basto e Vila Pouca de Aguiar. “Abrange todo o nosso distrito, exceto na parte vinhateira e a venda dos produtos é feita a nível nacional, maioritariamente para restaurantes da nossa região e no nosso posto de venda, ao público na Cooperativa”. Marília Olhero e Joaquim Costa contaram-nos um pouco da história sobre as escolhas feitas nas suas vidas e o porquê de terem vindo parar a este setor de trabalho. Marília, filha de agricultores, formou-se em engenharia zootécnica, e foi por causa da profissão que os pais levavam, que decidiu seguir esta área. Joaquim Costa, também filho de agricultores, apostou em trabalhar em part-time como agricultor e como criador de vacas maronesas, sendo neste momento considerado um dos maiores produtores que esta cooperativa possui. A escolha desta profissão adveio ao facto de querer ajudar a defender a raça e a preservá-la. O objetivo passa por apostar no desenvolvimento da região, preservando a raça e “apoiando ao máximo os nossos criadores”, admite Marília Olhero, lamentando o facto da região se estar a tornar ‘deserta’. Joaquim Costa, que lida diretamente com os agricultores, garante que os produtores têm que continuar a trabalhar de forma unida. “Esta é uma atividade feita por gosto e por militância”, defende. Sobre a evolução do setor agrícola em Portugal, ambos defendem que o futuro não se avizinha muito promissor. “Vejo-o com muitas reticências, nomeadamente por causa das burocracias que nos estão a impor neste momento. Um agricultor tem que ser um empresário, tem que passar uma fatura, se vende um animal por ano tem que estar coletado. O facto de terem um prazo para comunicar às finanças a venda de um animal acaba por ser uma dor de cabeça para a maioria dos agricultores, que depois terão de consultar um contabilista, gastando mais dinheiro sem necessidade nenhuma. E as pessoas, nomeadamente as mais idosas, estão a abandonar a agricultura porque não se conseguem adaptar às novas regras”. Como forma de finalizar, Joaquim Costa insiste que é preciso preservar e tentar aumentar a raça que faz de Vila Real uma cidade rica em agricultura, garantindo a todos os produtores mais rendimento. Tanto Marília Olhero como Joaquim Costa concordam que a melhor solução para ajudar os agricultores e deste modo ajudar o sector da agricultura seria pôr as burocracias de lado, “simplificar o setor”, comenta Marília Olhero, para que os agricultores não tenham vontade de desistir pelo excesso de burocracias.


PROVAR A VERDADEIRA CARNE MARONESA Estando a Portugal em Destaque a realizar um trabalho em Trás-osMontes, mais propriamente na cidade de Vila Real, não poderíamos deixar de falar da carne Maronesa, tão típica desta região. Foi durante um almoço, no Restaurante O Costa, que comprovámos o sabor único desta vitela e a qualidade dos serviços prestados por este restaurante. RESTAURANTE GRILL O COSTA

JOAQUIM COSTA “Esta é, provavelmente, a melhor carne do Mundo”. É desta forma bem-disposta que Joaquim Costa, proprietário do Restaurante Grill O Costa define a carne de vitela Maronesa DOP, da qual é representante oficial há mais de 15 anos. Inaugurado em 1994, o Restaurante Costa nasceu com o objetivo de levar aos seus clientes os melhores produtos de Trás-

os-Montes e Alto Douro. “Estive ligado ao apoio à produção agrícola regional durante mais de 30 anos. Com a reforma da função pública nasceu a ideia de transformá-los, acrescentando valor e fazendo-os chegar à mesa”, explicou. A ligação ao Agrupamento de Produtores de Carne Maronesa foi estabelecida na edição de 1999 do Festival Nacional de Gastronomia de Santarém, a partir do qual passou a ser fornecido em regime de exclusividade. Desde essa altura representa não só a vitela Maronesa mas a gastronomia transmontana em inúmeras feiras gastronómicas e agrícolas, que se realizam de norte a sul do país e mesmo no estrangeiro. “É uma carne de excelente qualidade e quando é bem preparada garante não só grelhados incomparáveis mas também outros pratos cozinhados, como a caldeira e o chambão assado no forno”, sublinhou Joaquim Costa lembrando que os animais são ainda hoje criados nas aldeias das serras do Marão e Alvão e segundo os métodos ancestrais, o que garante a manutenção das características da carne Maronesa. O entusiasmo do empresário em relação a esta carne levou-o mesmo a apostar na sua utilização para o lançamento de uma alheira com marca própria, a “Alheira do Costa”. “Faço questão de utilizar não só a vitela Maronesa na sua confeção mas também carnes de porco selecionadas, azeite virgem extra transmontano e pão regional”, garantiu. Localizado em Vila Real, o espaço do “Costa” tem 120 lugares divididos por três salas, onde os clientes podem encontrar não só pratos de vitela mas também outras iguarias transmontas, das quais se destacam, por exemplo, os filetes de polvo com arroz malandrinho ou as mãozinhas de vitela Maronesa com grão-de-bico. A paixão pela cozinha e a experiência de vida em Moçambique levaram ainda Joaquim Costa a apostar nos pratos de maris-

co, com destaque para o Caril de Gambas, que hoje é apreciado por muitos, “mesmo aqueles que diziam não gostar de caril”. Sempre atento à necessidade dos seus clientes, e por forma a cativar cada vez mais pessoas, O Costa procede à introdução de novos produtos, campanhas e promoções regularmente: “Por exemplo, nas próximas duas semanas quem vier cá jantar vai ter uma surpresa, vai receber um mimo. Essas coisas marcam as pessoas”, explicou. Confiante no futuro da região, Joaquim Costa ‘veste a camisola’ do concelho e de Trás-os-Montes e garante que a entrada em funcionamento do Túnel do Marão veio dar um novo ânimo a um território que antes estava muito isolado. Em reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido ao nível da promoção da gastronomia transmontana, em especial da vitela Maronesa DOP, o Restaurante Grill O Costa recebeu, em julho de 2012, a Medalha de Prata de Mérito Municipal atribuída pela Câmara de Vila Real.

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SABOR A TRÁS-OS-MONTES Situa-se em Vilarinho de Samardã, no concelho de Vila Real e oferece umas vistas únicas sobre a serra. O Restaurante Adega Passos Perdidos convida a isso mesmo: momentos de sonho e uma envolvente natural única. Conheça melhor este espaço e deixe-se envolver por todo o seu encanto! ADEGA REGIONAL PASSOS PERDIDOS

JOANA ESCALEIRA Localizado numa aldeia ‘perdida’ no meio das serras, o Restaurante Adega Regional Passos Perdidos nasceu em 1996, assumindo-se como um espaço carismático no coração da aldeia de Vilarinho da Samardã. Ficou famoso por preservar a memória de Camilo Castelo Branco e pelo levantamento que realizou dos pratos característicos da região que estavam em vias de cair no esquecimento das novas gerações. Aberto com nova gerência há quatro anos, o Restaurante Adega Passos Perdidos apresenta uma filosofia de bem receber todos os que o visitam e proporciona uma viagem de sensações pelos gostos e sabores tradicionais da região transmontana. O cardápio deste restaurante é o resultado de uma confeção onde a imaginação e a arte de bem cozinhar proporcionam sensações únicas ao palato. Este é um espaço gastronómico por excelência, ideal para se deleitar com as especialidades da região, cuja anfitriã, Joana Escaleira, nos recebe com grande simpatia e com um olhar atento a cada pormenor, para que cada refeição se torne num momento único. A paisagem, o sossego, a história e a gastronomia são os grandes pilares do sucesso alcançado, como nos conta Joana Escaleira, lembrando que “trabalhamos com as agências de turismo e criámos uma ementa baseada nos pratos que Camilo Castelo Branco fala nos livros, como por exemplo o Lombo de Porco no Borralho, acompanhado com batata na grelha com casca, os milhos e com uma couve-galega com feijão-frade”, revela, acrescentando que a ementa

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‘camiliana’ “só é confeccionada para grupos e por encomenda. Como não poderia deixar de ser, o Restaurante Adega Passos Perdidos dedica-se à cozinha tradicional, com destaque para os sabores e aromas transmontanos, mas sobre o ambiente rústico que predomina, há alguns apontamentos modernos a colorir o espaço de azul e amarelo, combinados com outros adereços nitidamente tradicionais como o barro preto de Bisalhães, uma loiça típica de Vila Real, na qual são servidos todos os pratos, ou as cortinas brancas que cobrem as pequenas janelas nas portas. As refeições podem começar por um cesto de entradas regionais e terminar num tabuleiro de sobremesas a condizer. Pelo meio, há Charrisco de Vitela com Arroz de Castanhas, Cabritinho Assado no Forno, Arroz de Costelinhas em Vinha d’ alhos, Milhos e Vinha d’ Alhos e Rojões à Transmontana com Castanhas, entre muitas outras sugestões que têm sabor a Trás-os-Montes. Este é também um local para visitar sem pressas, para poder apreciar e degustar o sabor dos bons vinhos escolhidos a preceito e para finalizar a sobremesa com os melhores mimos açucarados, sempre com a certeza de um serviço personalizado e de grande qualidade. Com uma capacidade de 130 pessoas, o Restaurante Adega Passos Perdidos assume-se também como o local ideal para as festas importantes da sua vida, como batizados, aniversários, ou jantares empresariais, onde tudo é pensado ao pormenor. Este espaço gastronómico é uma das grandes paixões de Joana Escaleira, por isso mesmo, a nossa anfitriã promete continuar a trabalhar todos os dias para o seu crescimento e desenvolvimento: “No futuro, cá estarei, melhor com mais trabalho e com uma equipa maior. É para isso que trabalho todos os dias. Este restaurante é a minha vida, faz parte de mim”, avança Joana Escaleira, deixando igualmente uma mensagem a quem ainda não conhece este espaço: “Se procura sossego e boa comida, visite-nos porque vai valer a pena”.


HÁ 22 ANOS A “FAZER A BOA FRANCESINHA” A Portugal em Destaque foi a Vila Real no mês de setembro e adoçou a boca no Restaurante Amadeus, que foi considerado em 2012 o melhor restaurante de Vila Real, por uma entidade local.

RESTAURANTE AMADEUS

DELMAR ALVES, MARIA JOSÉ E ALEXIS JOEL ALVES O Restaurante Amadeus é um restaurante que existe há 22 anos e que na opinião da proprietária Maria José Vaz Morgado, “é muito conhecido mundialmente, pela nossa francesinha, penso que por quase todos os países”. É um negócio de família, gerido pelos quatro elementos da mesma mas, Maria José, o seu marido e o seu filho, Alexis Joel, que tirou o curso de como fazer sushi e que irá apostar os seus conhecimentos num novo negócio, são os que se encontram mais ativos na administração. A proprietária estudou apenas até à 4ª classe, trabalhou no ramo da restauração no estrangeiro, voltou ao seu país para abrir o seu negócio e foi assim que foi ganhando experiência nesta área. O restaurante rege-se pela simpatia, pelo bom atendimento ao cliente e, claro, pela boa comida servida. São estes os pontos principais que distinguem o Amadeus dos restantes estabelecimentos da zona. O espaço é conhecido pela sua especialidade, que é a francesinha, apesar de também existirem pratos muito requisitados, como são exemplos o hambúrguer e a posta. Os

clientes estrangeiros que frequentam a região, fazem questão de aqui vir provar a francesinha, mas, clientes também do Porto, acostumados à iguaria, comentam que “a especialidade é nossa, mas vocês é que sabem fazer a boa francesinha”. Maria José explicou-nos como realiza o recrutamento: “Geralmente consigo ver pelas suas caras. Gosto de pessoas simpáticas e que saibam atender o cliente. A simpatia é essencial, pois sem ela não transmitimos boa imagem ao cliente e ele não quer regressar ao restaurante”. Neste momento o staff do Amadeus é composto por cerca de 16 pessoas. O Amadeus é um restaurante muito aclamado na cidade de Vila Real, prova disso foi, em 2012, ter recebido o prémio de melhor restaurante da cidade. Ao fim de 22 anos com as portas abertas ao público podem dizer que só receberam críticas positivas e que nunca nenhum cliente saiu de lá sem ser com um sorriso na cara. Apesar de não terem nenhuma parceria, apoiam toda a gente. Como a proprietária nos revelou “eu gosto de ajudar todos”. Fazem muita publicidade a várias entidades, como aos estudantes da UTAD, às equipas de futebol e voleibol e às festas organizadas pela cidade. Um dos projetos futuros que estão a realizar, para arrancar em finais de outubro, é um outro restaurante especializado em marisco e sushi, que será gerido pelo filho. Esta ideia surgiu através do facto de anteriormente haver noites de sushi aos domingos, e como houve tanta adesão decidiram apostar nesta modalidade. “Eu gostava que tivesse tanto sucesso como esta casa que agora tenho”, comentou Maria José, e finalizou, “sei que o meu filho irá ser um excelente cozinheiro de sushi, devido ao curso que tirou, disso não tenho dúvidas”, disse orgulhosa Maria José. Maria José e Alexis Joel terminaram esta entrevista apenas referindo que uma ida ao Amadeus e à futura casa de marisco e sushi, é como darem um rebuçado a uma criança, pois nunca esta deixa de sorrir. Desejam a todos os atuais e futuros clientes que gostem muito do serviço que lhes é feito, que gostem da comida que lhes é apresentada e principalmente que regressem sempre aos locais onde são mais felizes.

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HÁ MAIS DE 90 ANOS A SERVIR VILA REAL! Num separador dedicado ao concelho de Vila Real torna-se imprescindível a presença da muito conceituada Pastelaria Gomes. Com 91 anos de existência conta já com quatro espaços abertos ao público, todos na cidade de Vila Real, e é pelas palavras do atual administrador, Cid Gomes, que agora lhe apresentamos a pastelaria transmontana mais conhecida do país e do mundo.

PASTELARIA GOMES

Formado em Economia pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o nosso entrevistado seguiu as pisadas do pai ao assumir a gerência deste negócio familiar e recordou, em conversa com a Portugal em Destaque, o início desta tão conceituada casa: “Foi fundada pelos meus avós que vieram aqui iniciar o seu projeto de vida, profissional e pessoal. Esta era a cidade com mais potencial na região e foi essa a razão pela qual eles decidiram instalar-se aqui”, começou por revelar. Dono de um espírito crítico inconfundível, Cid Gomes caracterizou o trabalho realizado pelo seu pai (ainda no ativo na gestão da empresa): “O meu pai foi o único filho que ficou ligado ao negócio e fez um trabalho magnífico porque transportou a empresa através da sua geração, com muito potencial”, confidenciou, explicando a importância que a identidade da Pastelaria Gomes assume para a família e para a cidade de Vila Real: “A empresa metamorfoseou-se através do tempo. Começou por ser a Casa Gomes, uma mercearia fina na qual se fazia toda a culinária regional, na altura de origem conventual. Depois do 25 de abril, por exemplo, esta casa foi uma casa de distribuição de leite, que pela escassez era uma necessidade básica. Nos anos 90 foram abertos outros pontos de venda, dedicados à pastelaria e cafetaria, no que resultou em mais três casas espalhadas pela cidade. A Pastelaria Gomes faz parte da cultura de Vila Real e eu penso que o covilhete é o segundo produto mais conhecido da cidade, logo a seguir ao Palácio de Mateus, rótulo do vinho Mateus Rosé”. O covilhete e os pastéis toucinho-do-céu formam a dupla ex-libris da casa, mas a estes juntam-se também a bola de carne e o folar que são igualmente bem criticados. Questionado sobre o segredo que está por detrás do sabor destes pastéis, o nosso entrevistado explicou: “O nosso rei de vendas é o covilhete, que é uma empada à qual foi dado o nome da forma em que é feito. A receita original da empada que dá origem ao covilhete não se consegue situar no tempo nem no espaço porque existia este tipo de produto um pouco por todo o lado, na Península Ibérica e na Europa. A minha avó recriou a empada e teve a plena e perfeita consciência daquilo que é o papel de cada geração uma vez que soube que tinha que incrementar qualquer coisa. Quando me dizem que têm a receita original do covilhete eu pergunto, de que geração? Porque cada 40 | PORTUGAL EM DESTAQUE

geração recriou a sua”, disse o economista que aproveitou para acrescentar: “O conceito de uma receita tradicional é uma fórmula culinária que passa de geração em geração num contínuo interminável e em que cada geração faz incrementos, resultantes do seu espírito crítico e das suas limitações”. Já no que concerne ao segredo da casa, reconhecida um pouco por todo o mundo, Cid Gomes foi perentório: “O segredo está no trabalho e na honestidade. Gostamos de trabalhar o mais honestamente possível. Na cafetaria e para as torradas só usamos manteiga e só usamos leite de saco, pasteurizado. Fazemos o receituário com a modernidade que é possível, isto é, aquilo que a Pastelaria Gomes compra é exatamente o que toda a gente tem nas suas despensas. Damos o melhor de nós próprios para que as pessoas sintam que o nosso produto é realmente diferente”, garantiu o gerente da Pastelaria Gomes. O futuro prevê-se risonho mas ainda não se encontra definido uma vez que a principal preocupação do administrador da Pastelaria Gomes é a atualidade e, talvez por isso, esteja afastada a possibilidade de alargamento do negócio a outras zonas do país: “Não quero ter uma visão mercantilista, o covilhete da Pastelaria Gomes é definido como um produto de Vila Real. Experienciar o covilhete é experimentar Vila Real e o próprio conceito dá-nos a resposta, o covilhete é de Vila Real e se for vendido no Porto já não é igual. A


globalização tira características originais aos produtos”, concluiu. Ainda em entrevista, Cid Gomes contou à Portugal em Destaque que toda a equipa da Pastelaria Gomes, que afirma ter herdado dos seus antepassados, foi formada na própria pastelaria e que um dos segredos está na capacidade de se admitir: “Isto não está bom, faça-se outra vez”. As exigências atuais do mercado assim obrigam: “Todos os dias o espírito crítico dos clientes cresce e isso obriga-nos a ser tanto pró-ativos como reativos. A exigência atual dos clientes também molda a Pastelaria Gomes e temos que saber

acompanhar estas exigências e a metamorfose do espírito crítico dos nossos clientes”. “Tradição, Cultura e Vila Real” foram as palavras utilizadas por Cid Gomes para descrever a Pastelaria Gomes, situada na cidade que constitui, nas palavras do nosso interlocutor: “Um ótimo berçário de pessoas. É um sítio fantástico para se crescer, longe da violência urbana complicadíssima que existe nas grandes cidades”, finalizou o representante da tradicional e conceituada Pastelaria Gomes, o local onde o covilhete é o principal anfitrião.

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ALTO MINHO O Alto Minho situa-se no Noroeste de Portugal, na província tradicional do Minho, integrando os concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte do Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, com uma população de cerca de 250.000 habitantes, distribuída por uma área territorial de 2210 km2. O Alto Minho desenvolve-se num anfiteatro de altitudes gradualmente crescentes a partir da orla costeira até ao planalto de Castro Laboreiro e aos contrafortes do Parque Nacional da Peneda-Gerês, na zona leste, onde avultam formas de relevo espetaculares ao nível de escarpas alcantiladas, penedias, por vezes proeminentes e de formas curiosas, e vales abruptos, originados por ação combinada da tectónica e da erosão. Todo o Alto Minho é sulcado por diversos cursos de água que formam férteis veigas, mais ou menos extensas. A zona costeira apresenta, a norte, características rochosas e com pequenas praias encaixadas entre promontórios e afloramentos rochosos e a sul regista a presença de um cordão dunar, de largas e contínuas faixas de areal, sustidas por pequenos tômbolos naturais, e muitas praias. Este complexo ambiente costeiro é ainda formado pelos estuários dos rios Minho, Lima e Neiva. No Alto Minho, existe ainda um conjunto significativo de atividades de animação: os percursos, os trilhos, as ecovias, os sítios, os jardins e as paisagens ímpares, que permitem organizar caminhadas, passeios a pé, a cavalo ou de bicicleta. As zonas mais montanhosas da Peneda são um desafio para os amantes da escalada e do montanhismo, tendo sido criados percursos de descoberta e de convívio com a natureza. As magníficas condições naturais dos rios Minho e Lima proporcionam a prática de desportos fluviais, como a descida do rio em caiaque, a canoagem, o mergulho, o remo e a vela. Também, as praias atlânticas permitem a prática de desportos náuticos como o surf, o windsurf, o kitesurf e o bodyboard. Por outro lado, o golfe proporcionou uma evolução da procura turística da região, para além de permitir a formação de jovens na modalidade.



“MAIS DO QUE UM CLIENTE, UM AMIGO” A Habit 3, localizada em pleno coração da vila mais antiga de Portugal, nasceu da fusão de três imobiliárias em 2009. Durante o percurso, Vítor Fernandes e João Castro, têm vindo a batalhar pelos seus objetivos, avaliando sempre como pano de fundo o seu papel e envolvência. As estreitas relações de confiança permitem-lhes alcançar firmemente os seus mercados, sem nunca descurar valores como a transparência e a lealdade. HABIT 3

JOÃO CASTRO E VÍTOR FERNANDES 44 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Sabemos que hoje o projeto nasceu “em prol do melhor serviço”. Embora toda esta estrutura fora em tempos habitada por três sócios e hoje conheça apenas dois, temos noção como ela reflete a sua postura no mercado com notoriedade e distinção. “Em 2012, criamos duas lojas, focados nos negócios da região do Minho, uma em Braga e outra em Paredes de Coura”, informam. O crescimento aqui subjacente mostra-se abrangente, mas nunca deixar escapar as particularidades que um negócio assim confere. Hoje a empresa gere milhares de imóveis e os seus sócios sabem o que isso representa para eles e para quem os observa. Esta representação não seria possível sem a resposta positiva que recebem dos seus clientes, e a confiança que eles lhes depositam. Na perspetiva dos dois empresários, o fator chave para que tudo isto se proporcionasse desta forma é o esforço e a lealdade com que assumem o seu compromisso diário. “Começamos com um espaço de pequena dimensão, que proporcionou o crescimento de uma equipa capaz de responder às necessidades do mercado”, lembram. A reforçar ainda mais esta missão temos hoje a oportunidade de verificar como a Habit 3 ficou, de entre muitas outras empresas candidatas, com a representação do maior empreendimento do Banco Popular. Desafios aliciantes A criação de novas respostas à medida que o mercado avança para outras perspetivas e rompe novos paradigmas não é uma novidade nos dias que correm e, por isso, Vítor Fernandes e João Castro procuram sempre antecipar-se e prever novas situações de negócio. Foi assim que fizeram quando criaram uma base alargada para o arrendamento, foi assim que “venceram a crise”, e é assim que hoje se preparam para a atualidade, explorando um novo segmento - o alojamento para férias ou arrendamento temporário, para além das vendas. Tendo verificado que o turismo é cada vez uma potencialidade a explorar em todo o território nacional, os empresários não quiseram deixar essa oportunidade de parte e viram nos emigrantes e es-


trangeiros de diferentes nacionalidades (franceses, holandeses, ingleses, entre outros) uma excelente forma de abarcar outros negócios. Épocas houve em que a procura era menor e isso preparou-os para o crescimento que hoje sentem numa conjuntura completamente diferente. “O mercado hoje está mais atrativo. Os bancos começaram a abrir portas e tem-se revelado uma parceria muito importante para nós”, alcançam. Porém, este caminho não seria trilhado com tanto otimismo sem antes verificarem o seu real contributo e valor. É esse fator diferenciador que os situa com uma grande abrangência não só relativamente à área geográfica em que atuam, mas também na capacidade de disporem diferentes tipos de imóveis. “Temos do mais económico ao mais caro e conseguimos captar todo o tipo de clientes”, incluem. Este enquadramento permitiu-lhes alcançar o sucesso, dando-lhes espaço para evoluir e aproximar-se de outras possibilidades porque “mais do que um cliente, é um amigo”. E se a abrangência que comandam conhece toda este desenvolvimento, a Habit 3 manifesta a importância de assegurar as relações de confiança que estabelecem com os seus clientes, sem que as aprendizagens do passado se extingam nos conhecimentos de hoje e amanhã. A transmissão desta visão, leva-os a querer continuar explorar os segmentos “em alta”, conjugando o turismo com o contexto socioeconómico do país. O facto de se expandirem para o alojamento para férias faz com que somem vantagens várias e se proponham a atingir novos objetivos. “Neste momento temos uma variada carteira de imóveis, de norte a sul, para arrendar e o objetivo é aumentar a oferta”, afirmam. Atualmente, a empresa atua em mercados bastante diversificados, mas todos eles se cruzam nas pretensões e objetivos da Habit 3.

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O SABOR DA TRADIÇÃO DO ALTO MINHO Inaugurada em agosto de 2015, a Sabores do Vez é uma empresa dedicada à produção de fumeiro, enchidos e fumados de qualidade como forma de potenciar a valorização dos recursos endógenos do território rural do Alto Minho e em particular de Arcos de Valdevez, enquanto parte integrante do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Em entrevista à Portugal em Destaque, Vasco Lima, proprietário da marca, fala-nos dos projetos que têm vindo a ser desenvolvidos no decorrer do primeiro ano do projeto. cer e a comercializar os nossos produtos”. As suas instalações têm lugar na freguesia de Tabaçô, concelho de Arcos de Valdevez, e asseguram todas as condições para a produção e transformação de carnes, com a modernidade das suas instalações e a utilização de equipamentos tecnologicamente evoluídos, garantindo, deste modo, qualidade e capacidade de produção.

SABORES DO VEZ

Excelência e qualidade dos produtos Em apenas um ano tem-se vindo a afirmar na região, no que diz respeito ao comércio de enchidos e fumados, apresentando produtos de qualidade superior, que são o resultado da investigação, aperfeiçoamento e dedicação, princípios fundamentais pelos quais se rege a empresa. Entre a inúmera lista de produtos destacam-se as famosas Alheiras dos Arcos, feitas com vários tipos de carnes, entre as quais a carne de vaca cachena, autóctone da região, bem como as chouriças de sangue, de carne ou de cebola. Destaque ainda para os salpicões do lombo, cachaço ou o ‘Serras do Soajo’, produto totalmente característico do receituário tradicional. Recentemente lançaram o salpicão do lombo do cachaço fumado, “um produto que confere um sabor único e inconfundível”. Tudo isto graças à forma tradicional de produção, em total respeito pelo receituário e saber-fazer da região. Todo o processo produtivo desde a receção das matérias-primas, até à expedição do produto, é rigorosamente controlado, sendo que no caso dos enchidos e fumados, a secagem em fumeiro de lenha, lhes confere o autêntico sabor tradicional. Segundo o entrevistado, um processo que “na hora de comer faz toda a diferença”.

VASCO LIMA

Vasco Lima conta que após o desafio que lhes foi lançado, decidiram realizar uma análise do mercado, tendo o empresário visto naquele negócio uma oportunidade enquanto criação de uma marca própria, de forma a representar um território, o Alto Minho e muito particularmente a região da Peneda-Gerês. “Estamos num território de referência, muito rico em termos gastronómicos, e sentiamos que o território de Arcos de Valdevez, enquanto parte central da Peneda-Gerês não tinha uma marca que evidenciasse aquilo que de bom há na região a nível de enchidos e fumados. Foi nesse sentido que decidimos avançar com o projeto. Inauguramos a Sabores do Vez em agosto de 2015, e lentamente começamos a cres46 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Medalha de prata na categoria de alheira de vitela Foi na 53ª edição da Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, que a Sabores do Vez esteve presente pela primeira vez para receber o prémio relativo à medalha de prata, alcançada com a alheira dos Arcos com carne de vaca cachena. Uma estreia que garantiu a primeira medalha para aquela que se pretende afirmar como uma das referências do Alto Minho. Balanço positivo e futuro promissor Depois de um ano de ajustes e de aperfeiçoamentos, o empresário mostra-se satisfeito com os resultados obtidos. Com uma produção em crescendo, Vasco Lima garante que o balanço não podia ser mais positivo. “Tem sido uma experiência enriquecedora quer a nível pessoal como profissional. Temos crescido de forma gradual e neste momento posso dizer que estamos preparados para abraçar qualquer desafio que nos seja lançado”, conclui.


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SERVIÇO MÉDICO DE QUALIDADE E PROXIMIDADE Numa região de beleza natural ímpar, a Clínica Cabral de Oliveira – Serviços Médicos, Lda oferece um vasto leque de especialidades médicas, sendo uma das clínicas mais antigas de Ponte de Barca. António Cabral, gerente da Clínica Cabral de Oliveira, em entrevista à Revista Portugal em Destaque, fala-nos sobre a evolução da mesma, desde que iniciou a atividade e sobre as perspetivas de futuro relativamente ao alargamento da oferta médica que brevemente terá disponível no seu espaço.

CLÍNICA CABRAL DE OLIVEIRA

A Clínica Cabral de Oliveira nasceu há cerca de 12 anos, tendo alargado gradualmente a sua oferta em termos de valências médicas. Quais as especialidades disponíveis atualmente no seu espaço? A clínica teve origem na a área de Medicina Geral e Familiar, tendo evoluído para a Medicina Dentária, da qual faço parte. Quando abrimos este espaço, alargamos as valências para áreas como a Psicologia, Podologia e outras especialidades médicas como a Psiquiatria, Gastroenterologia, Ginecologia e Obstetrícia, e Cirurgia Geral. Recentemente, acrescentamos a Medicina Interna e Reumatologia, a Osteopatia e dentro do ramo da Psicologia, também disponibilizamos a valência de Avaliação Psicológica de Condutores (Psicotécnicos). Este ano já acrescentamos as Análises Clínicas e electrocardiogramas. Vamos sempre tentando actualizar as nossas áreas de atuação consoante as necessidades e oportunidades que vão surgindo. Sendo o responsável pela área da Medicina Dentária neste espaço, fala-nos um pouco sobre esta especialidade. Atualmente temos vários gabinetes médicos e dois gabinetes dentários. Estamos em constante evolução, quer sob o ponto de vista médico e de formação, quer sob o ponto de vista de equipamento. Dispomos de instalações modernas e funcionais. Utilizamos equipamentos de última geração e somos profissionais com um longo percurso profissional em todas as especialidades. Na área da Medicina Dentária, neste momento, caminhamos, cada vez mais, para a especialização. Dedicamo-nos com especial atenção à reabilitação oral sobre implantes e sobre dentes e à estética dentária. Diferenciamo-nos pela qualidade dos serviços prestados e, quando necessário, construímos equipas de trabalho com profissionais de referência. O nosso foco é olhar para o nosso paciente de uma forma global, ou seja, tratá-lo da melhor forma possível e da forma que merece. Considera que hoje em dia é essencial para qualquer clínica estabelecer uma relação de proximidade com o paciente? Essa dimensão é crucial. É muito importante a relação de confiança que vamos criando com os nossos pacientes. A dedicação ao nosso utente é uma pedra basilar na construção da relação médico/paciente e na qualidade dos serviços prestados, não só da equipa médica, mas também da equipa de assistentes e auxiliares. O objetivo é que o paciente se sinta bem dentro do nosso espaço, de forma a que aqueles que se deslocam das mais variadas freguesias de Ponte da Barca e dos concelhos vizinhos (inclusivamente do distrito de Braga) possam ter aqui uma clinica de referência na prestação de serviços.

ANTÓNIO CABRAL

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Nota que, ao longo dos anos, a prevenção é cada vez mais uma preocupação, tanto para os pacientes como para o corpo clínico? Um dos nossos objetivos passa também por trabalhar, cada vez


mais, na prevenção. Tentamos que este pensamento passe de pais para filhos, de forma a que a consulta de Medicina Dentária, tal como qualquer outra especialidade, não se foque apenas no tratamento em si, mas que faça naturalmente o seu alargamento à prevenção e sensibilização para os estilos de vida saudáveis, nomeadamente na área da alimentação, pois considero que só assim a Medicina Dentária pode obter bons resultados. Quais as perspetivas de futuro para a Clínica Cabral de Oliveira? Tendo como objetivo o bem estar do nosso paciente, pensamos que o futuro da nossa Clínica passará por, gradualmente, alargar a oferta das nossas valências de uma forma bem alicerçada, respondendo a necessidades do contexto. Muito brevemente teremos outras áreas em curso e esse é sem dúvida o nosso foco. Queremos que, no nosso espaço, as pessoas encontrem respostas às suas necessidades, sem terem que se deslocar para procurarem o que podemos disponibilizar em Ponte da Barca.

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AVEIRO Situado na sub-região do Baixo Vouga, entre o oceano Atlântico e as zonas montanhosas dos distritos contíguos, Aveiro exibe uma paisagem muito variada, caracterizada por uma longa costa arenosa, um bonito estuário e diversos parques e jardins. Conhecida como a “Veneza portuguesa”, a encantadora cidade de Aveiro é atravessada por um canal e é tida como um dos destinos mais encantadores do país, graças aos seus coloridos moliceiros, aos edifícios em tons pastel de estilo Arte Nova e à sua tranquila atmosfera urbana. De paragem obrigatória, o famoso Mercado do Peixe, um mercado tradicional que abriga alguns dos melhores restaurantes de marisco de Aveiro. Para passear na cidade o ideal é utilizar uma BUGA (as bicicletas cedidas pela câmara) o que permite explorar algumas das atrações mais afastadas do centro. De paragem obrigatória é também a cidade de Ílhavo, uma cidade à beira-mar que ostenta o pujante património marítimo de Aveiro e onde está sediada a famosa fábrica de porcelana da Vista Alegre. Visite o farol mais antigo de Portugal na Praia da Barra e pare na Praia da Costa Nova para contemplar as suas típicas casas de riscas coloridas. Estas praias são excelentes para relaxar nos dias de sol e praticar alguns desportos aquáticos. Prove os doces conventuais que tornaram a cidade de Arouca famosa e visite a cidade da Mealhada, mais a sul, para saborear um belo prato de leitão assado acompanhado pelo vinho regional da Bairrada. De seguida, apresentamos-lhe algumas das melhores empresas do distrito de Aveiro.


ÍLHAVO EM MOVIMENTO A Portugal em Destaque esteve em Ílhavo, Capital Portuguesa do Bacalhau e da porcelana Vista Alegre e foi com o seu presidente, Fernando Caçoilo, que esmiuçamos esta terra de mar, de ria, de gente, de tradição e de, ao mesmo tempo, crescimento e inovação.

MUNICÍPIO DE ÍLHAVO

A conversa com o autarca do município de Ílhavo iniciou-se pela descrição da terra que o viu nascer. “Posso dizer que Ílhavo é a melhor terra do mundo. É uma terra marinheira, cativante e multidisciplinar. É uma terra pequena mas é uma grande terra. As gentes de cá são gentes de trabalho, gente que luta e tem uma perspetiva de vida autónoma”, começou por dizer o nosso entrevistado. Aposta no Turismo - O novo Ecomare Aliando a sua beleza natural, proporcionada pela Ria de Aveiro e pelas praias da Barra e da Costa Nova, às infraestruturas históri-

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cas e únicas no mundo, como é o caso do Navio Museu de Santo André, o Farol da Barra, o Museu da Vista Alegre e o Aquário dos Bacalhaus, Ílhavo tem-se afirmado, não só em Portugal mas em todo o mundo, como um destino turístico obrigatório. O autarca, durante a sua conversa com a nossa revista, abordou a importância que a aposta neste setor tem para a cidade. “Nós somos um município pequeno mas temos cerca de 40 mil habitantes que na época de verão duplica. E, por isso, nós temos um novo projeto para oferecer, em conjunto com a Universidade de Aveiro, que diz respeito à construção de um laboratório oceanográfico, que se denominará de Ecomare. Qualquer turista tem que passar por Ílhavo tendo em conta estes três colossos únicos: o Museu da Vista Alegre, o Aquário dos Bacalhaus e o Ecomare”, confidenciou. Efetivamente, o turismo tem sido uma aposta do atual Executivo do Município de Ílhavo e o presidente explicou o porquê. “O nosso Município está integrado numa região em que é necessário criar escala, para que todas estas mais-valias façam, em conjunto com os outros municípios, uma região de Aveiro mais forte. Para isso, criámos, com o Turismo do Centro de Portugal, o conceito de integração global da região, no qual cada município oferece o que de melhor tem”, explicou Fernando Caçoilo. Com um conjunto de acessibilidades invejáveis e uma posição geoestratégica privilegiada, Ílhavo conta ainda com 98 por cento do Porto de Aveiro a funcionar no seu território, obrigando a que exista mais movimento nas suas duas cidades, Ílhavo e Gafanha da Nazaré. No entanto, o presidente alertou para as consequências que este ‘boom’ de turistas pode ter se não for gerido com precaução. “Temos que aproveitar o nosso mar, sol, gastronomia e equipamentos e o turismo pode e deve ser impulsionado. No entanto, às vezes, o ‘boom’ de turistas que temos tido assusta-me, porque vêem-se os preços a aumentar e temos que perceber que o crescimento tem que ser contínuo e sustentável, em que a relação preço/qualidade é essencial”, esclareceu o nosso interlocutor. Apontam-se na agenda vários e diversificados eventos culturais promovidos pela Câmara Municipal de Ílhavo ao longo do ano, dos quais se destacam o Festival do Bacalhau e o Ílhavo Sea Festival (ambos realizados no passado mês de agosto) e as Festas em Honra do Senhor Jesus dos Navegantes e da Nossa Senhora dos Navegantes (ambas realizadas em setembro) e que mereceram uma explicação elucidativa proporcionada pelo autarca de Ílhavo. “Centenas de milhar de pessoas vêm ao nosso Festival do Bacalhau, no qual que fazemos questão de dar a oportunidade a todos, de provar o nosso bacalhau, com preços acessíveis. Posso dizer que o nosso Festival do Bacalhau começa a ultrapassar as fronteiras do próprio país. Relativamente ao Ílhavo Sea Festival o balanço é muito positivo, uma vez que, proporcionámos a cerca de 150 mil pessoas a oportunidade única, de visitar os maiores veleiros que navegam por esses oceanos. A verdade é que este ano as nossas praias estiveram a abarrotar de gente, associado também, a estes eventos que atraem muitas pessoas. No que diz respeito às festas de setembro, posso dizer que são eventos que este executivo pretende continuar a realizar uma vez que é uma tradição 52 | PORTUGAL EM DESTAQUE


Inclusivo e Ílhavo Inteligente, como ações muito importantes no conceito do novo século e, nesse contexto, já fizemos uma candidatura ao Portugal 2020 que abarca a questão da mobilidade e da regeneração urbana”, contou. Atento às necessidades dos seus munícipes, o presidente anseia o término das obras das infraestruturas de saneamento, pois garante que “o objetivo desta Câmara é fazer o melhor, por forma a que os nossos munícipes se sintam felizes”. Em final de conversa, ficou o convite e o reconhecimento. “Quem não conhece Ílhavo, venha conhecer, não se arrependerá e, quererá regressar de certeza. Aos nossos munícipes, sabemos que eles acreditam em nós e quero que saibam que nós também acreditamos neles”, finalizou Fernando Caçoilo.

recuperada, impulsionada e promovida por todos os Ilhavenses”, reiterou. Empreendedorismo, Maior Idade e Mobilidade Numa política bilateral assente, por um lado, no estímulo e incentivo ao empreendedorismo e apoio da juventude, e, por outro lado, na dinamização da população mais idosa, são muitas as medidas postas em prática pelo executivo presidido por Fernando Caçoilo. “Nós criamos um pelouro, julgo que inédito, que é o pelouro da Maior Idade. O pelouro da Juventude existe em todos os municípios, criando-se diversas atividades para estes, no entanto, julgamos justo e necessário criar também atividades para os mais velhos. Nesta Câmara, a Maior Idade é tratada como uma responsabilidade e dignificamo-la. Ao longo do ano dinamizamos um vasto conjunto de ações e iniciativas, nomeadamente o Fórum da Maior Idade onde são realizadas diversas atividades para os mais velhos, que têm merecido a participação de cada vez mais pessoas”, revelou orgulhoso. A questão da mobilidade é, também, uma das apostas de Ílhavo, que pretende distinguir-se pela aposta na inovação e pela boa gestão dos seus recursos. “Somos um município plano e, por isso, apostamos na promoção do uso da bicicleta nas nossas cidades. Já temos mais de 30 quilómetros de pista ciclável, mas pretendemos alargá-la nos próximos anos”, garantiu o presidente. Recurso a Fundos Comunitários Uma das estratégias para a consolidação dos objetivos da Câmara Municipal de Ílhavo está assente no recurso desta a Fundos Comunitários. “Nós definimos, no âmbito desta candidatura, que teve início em 2013, um projeto para oito anos, por uma razão muito lógica que é a utilização dos fundos comunitários. O nosso Plano de Estratégico do Município de Ílhavo aponta a Mobilidade, Ílhavo PORTUGAL EM DESTAQUE | 53


UM ARCO-ÍRIS DE POTENCIALIDADES A Gafanha da Nazaré é um manancial de potencialidades, com uma localização privilegiada, tanto a nível das suas acessibilidades como ao nível do enquadramento paisagístico.

JUNTA DE FREGUESIA DA GAFANHA DA NAZARÉ

CARLOS ROCHA

Situando-se entre a ria e o mar, possui um vasto património cultural, e histórico, sendo disso exemplos, a Casa Gafanhoa, o Forte da Barra, a Guarita, o Jardim 31 de Agosto, o Porto Bacalhoeiro, o Jardim da Alameda Prior Sardo, o Porto de Pesca Costeira, o Porto de Aveiro, o Navio Museu de Santo André e a Praia da Barra, com um dos faróis mais altos da Europa. Por outro lado, o Jardim Oudinot, “uma obra emblemática feita pela Câmara Municipal, onde se realiza o Festival do Bacalhau, que traz a esta terra mais de 300 mil pessoas”, desvenda Carlos Rocha, presidente da Junta A Festa de N. Sra. da Nazaré é também uma emblemática cele-

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bração, a par da Procissão da N. Sra dos Navegantes, acompanhada por centenas de embarcações. Mas a dinâmica de eventos e iniciativas na Gafanha da Nazaré não se esgota por aqui, porque “nesta terra acontece muita coisa todos os dias”, revela sublinhando as iniciativas das 22 associações da freguesia. No seio do concelho de Ílhavo, a Gafanha da Nazaré naturalmente acabou por ganhar destaque, quer pela sua localização, geografia ou morfologia. “É uma freguesia com 116 anos, começou do nada, eram zonas lagunares que o homem foi transformando e preparando para a atividade agrícola. Em simultâneo, foi-se desenvolvendo a atividade piscatória, o que permitiu que existissem várias unidades de fabricação de navios à linha e mais tarde a motor e que potenciou toda esta vivência”, avança o autarca, salientando que a Gafanha da Nazaré foi procurada por pessoas de quase todos os concelhos do nosso país, por isso mesmo cresceu exponencialmente, sendo hoje, “uma jovem cidade que tem tudo, indústria, comércio, agricultura e diversão, assentando numa lógica de autossuficiência”, afirma o autarca. Desafio autárquico A cumprir o primeiro mandato, Carlos Rocha assumiu os destinos da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré com o intuito de contribuir de forma decisiva para o seu crescimento e para a melhoria da qualidade de vida da população. “É um grande desafio e uma tarefa aliciante. Temos muitos problemas todos os dias, mas quando os conseguimos resolver é uma sensação de bem-estar e satisfação”, adianta o autarca. O poder de proximidade como tantas vezes são apelidadas as juntas de freguesia trazem uma nova realidade em que o presidente de Junta assume vários papéis, sendo o espelho de todas as reivindicações da sua população. Carlos Rocha entende que um presidente de Junta poderia ser designado como “um faz-tudo”, porque tem intervenção em várias áreas como a saúde, educação e a esfera social, com especial enfoque nos seniores, tendo como objetivo esbater o espectro da solidão. “A Câmara Municipal de Ílhavo e a Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré têm uma forte preocupação com esta faixa etária da população, por isso mesmo levamos a efeito um conjunto de programas dedicados aos seniores”, revela, salientando a Semana da Maioridade, uma iniciativa organizada pelo Município. A chegada de Carlos Rocha à Junta de Freguesia permitiu imprimir um novo ritmo de trabalho. “A minha prioridade desde o início foi o trabalho, dedicando o meu esforço, em prol da defesa dos interesses da população. Com um orçamento de 355 mil euros faz-se muito pouco e o que se pode fazer são pequenas obras que tratam quase o individual de cada cidadão, para o qual é necessário ter empenho total, no sentido de olhar para todos os cidadãos de maneira igual e proporcionar-lhes melhor qualidade de vida”. De acordo com Carlos Rocha, as obras de vulto são levadas a cabo pela Câmara Municipal de Ílhavo, no entanto não esconde que quando se candidatou havia um conjunto de obras que gostaria de ver concretizadas, lembrando que algumas estão a ser implementadas e que outras ainda não foram possível materializar. “É


para isso que trabalhamos todos os dias e temos boas perspetivas de execução de obras, quer para este mandato, quer para um eventual mandato que virá a seguir, que queremos muito ganhar”. A grande obra do mandato é, indubitavelmente, o saneamento básico, permitindo que esta seja a primeira freguesia do concelho a ter uma rede global de águas residuais. “É uma vitória enorme para a freguesia”, revela Carlos Rocha, salientando o investimento de 12, 5 milhões do Município de Ílhavo. No entanto, o autarca não deixou de evidenciar outras conquistas e obras que estão em fase de execução como a Casa da Música, a remodelação do Complexo Desportivo, a obra de mudança dos talhos no Mercado da Gafanha da Nazaré, requalificação de espaços públicos, o desnivelamento do tráfego na Rotunda da Barra, entre outros. “Um dos nossos desideratos ainda antes do final mandato seria a requalificação da Avenida José Estevão em toda a sua extensão”, desvenda, dizendo que o ritmo de obras nem sempre se coaduna com o desejo dos cidadãos, mas os investimentos têm que ser feitos ajustados com a capacidade financeira e de gestão da Câmara de Ílhavo. Com os olhos postos no futuro, Carlos Rocha entende que muito há ainda a fazer pela Gafanha da Nazaré, sublinhando: “As nossas ruas cresceram de forma desordenada, sendo necessário reformular toda a circulação viária da freguesia, criando sentidos únicos, permitindo uma fluidez de tráfego diferente e à medida da disponibilidade financeira a criação e construção de passeios”. A requalificação da Avenida Fernandes Magalhães, na Barra, é outro das metas apontadas pelo autarca, bem como a continuidade do apoio às instituições de solidariedade social e às associações da freguesia. A terminar, Carlos Rocha deixa uma mensagem de esperança e de confiança no futuro aos seus cidadãos, sublinhando que o executivo vai continuar a trabalhar de forma séria, responsável e abnegada para o progresso da Gafanha da Nazaré.

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A CASA MAIS ANTIGA DE OVOS MOLES DE AVEIRO Com 160 anos de história, a Confeitaria Peixinho tem feito as delícias de todos os aveirenses e de quem por lá passa. Em entrevista à Portugal em Destaque, o atual proprietário da Peixinho, Alberto Gomes, que acompanha o fabrico dos ovos moles há 43 anos, fala sobre o percurso desta casa que é hoje a mais antiga da região. CONFEITARIA PEIXINHO

ANA LIA E ALBERTO GOMES Situada na Rua de Coimbra, no coração da cidade de Aveiro, a Confeitaria Peixinho tem vindo a afirmar-se pela excelência dos seus artigos, assente nos valores tradicionais que garantem um serviço de qualidade. Os registos datam que a casa adquiriu a sua licença de funcionamento a 21 de outubro de 1863, com comercialização desde 1856, sendo a sua fundadora Maria da Apresentação Peixinho. Ao longo dos anos, a Confeitaria Peixinho tornou-se sinónimo de tradição, originalidade e qualidade, respeitando a receita tradicional dos ovos moles, um sabor com mais de 500 anos, com uma forte ligação às tradições da pesca e agricultura locais. Este doce herdado das tradições dos conventos femininos aveirenses, ganha forma com a mistura indulgente de ovos e açúcar, feita com os saberes da tradição, e a Confeitaria Peixinho é uma das casas mais tradicionais no fabrico deste doce. Na montra da Peixinho, deparamo-nos com a

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grande variedade de produtos de fabrico próprio, confecionados com o carinho de quem acompanha o negócio familiar há décadas. Alberto Gomes conta que, costuma ser assediado para fornecer ovos moles a outros estabelecimentos comerciais, contudo garante que essa norma vai contra os princípios da Confeitaria Peixinho. “Não comercializamos os nossos produtos para outras casas. É um princípio que a casa defende desde o início.” Se antigamente o segredo de uma receita era guardado “a sete chaves”, hoje há poucos segredos. Para o proprietário, a excelência do produto reside no respeito pela sua história, na qualidade dos ingredientes e no tempo que se lhe dedica. “A produção é muito lenta e há princípios de que não abdicamos como separar a gema da clara. Muita gente faz ovos moles com gemas ultracongeladas, com ovos em pó ou pasteurizados, de forma a poupar tempo e dinheiro, o que lhe confere um sabor completamente diferente.” Quando questionado sobre o prazo de validade dos ovos moles, Alberto Gomes garante que “a validade mais indicada são seis dias”. A partir desse momento, dá-se início “ao processo de cristalização” e, apesar de “não ser prejudicial para a saúde, começamos a notar os cristais de açúcar”, admite. “O prazo comercial é de 12 dias mas aconselhamos sempre o cliente a consumir de preferência no prazo de seis dias.” O empresário mostra-se descontente face à “banalização” deste produto e lamenta episódios como o de encontrar à venda caixas de ovos moles de Aveiro com validades que ultrapassam os 20 dias, e que gozam de igual forma de prestígio e certificação do produto. Apesar da concorrência ser cada vez maior, as vendas daquele que é o ex-libris da cidade, têm aumentado de forma sustentada na Confeitaria Peixinho. Em 2015, receberam a classificação de nº1 no ranking do conhecido site Tripadvisor e o proprietário mostra-se satisfeito com a evolução do seu negócio. Com os olhos postos no futuro, Alberto Gomes pretende manter o mesmo sabor e propósito inicial que conferiu à Confeitaria Peixinho o prestigío e reconhecimento até aos dias de hoje. O proprietário anseia ainda que as suas filhas deem continuidade ao negócio, salientando que o seu apoio tem sido fundamental.


SEMPRE AO LADO DO CLIENTE Fundada em 2010, a Glamour Laar é uma empresa dedicada à elaboração dos mais variados projetos arquitetónicos e à execução de obras. Com todo o seu know how e experiência acumulada, os nove profissionais que integram a equipa, desenvolvem e acompanham todos os projetos desde o primeiro minuto ao último retoque, com o mínimo de interlocutores e sem preocupações desnecessárias. Em entrevista à Portugal em Destaque, Marco Ribeiro, proprietário da marca, fala sobre as estratégias adotadas frente às mudanças e exigências do mercado atual. Planeamento, inovação e sofisticação Com a ajuda de um arquiteto e com o bom gosto de quem procura os serviços da marca, a Glamour Laar oferece soluções personalizadas, de acordo com o orçamento que tem disponível e com total garantia de qualidade dos serviços realizados. “É muito importante conhecer o plafond que cada cliente pretende disponibilizar para a elaboração da obra para que posteriormente possamos avançar com o projeto. Temos equipas próprias de construção dentro da nossa empresa onde damos início aos mais variados trabalhos mas costumamos trabalhar maioritariamente na área da remodelação de interiores e fachadas, bem como na construção de raiz de padarias e pastelarias. Destacamo-nos no mercado pela confiança que transmitimos e transparência do orçamento. Realizamos projetos que respeitam a individualidade do cliente, sempre com a premissa de uma valorização dos espaços que intervencionamos.” MARCO RIBEIRO Numa altura de crise, mas também de oportunidades, a Glamour Laar estreia-se no mercado com o objetivo de apresentar soluções eficazes para obras e remodelações. Com o tempo, e atendendo às necessidades dos seus clientes, criaram uma gama de serviços capaz de oferecer as melhores soluções para cada projeto e selecionar os parceiros ideais para que, dentro do orçamento e prazos previstos, pudessem oferecer a melhor solução chave na mão. Atualmente, a empresa dispõe de uma grande variedade de produtos e serviços, entre os quais se destacam a arquitetura, a construção e todos os acessórios ligados aos materiais e à decoração. “Acompanhamos o cliente desde o primeiro minuto até à execução da obra. Este processo passa por inúmeras fases, começando pelo simples desenho, passando pela escolha de materiais e construção da obra, acabando com a decoração de interiores. Trabalhamos diretamente com fábricas, o que nos permite oferecer uma gama completa e variada, e desta forma dar a conhecer ao cliente aquilo que de bom há no mercado”.

Solução chave na mão A gestão de uma obra é complexa por lidar com dezenas de especialidades distintas. Foi neste sentido que Marco Ribeiro desenvolveu com os seus parceiros um serviço chave na mão, que proporciona aos seus clientes soluções completas desde a conceção do projeto até à construção, seja em construções novas ou em reabilitações. O objetivo é simplificar todo o processo, libertando o cliente das fases mais burocráticas e complexas mas promovendo a sua participação plena no projeto e construção. “Aqui o cliente não precisa de procurar um arquiteto, um construtor ou uma empresa de materiais de construção para a concretização da sua obra porque temos tudo dentro da empresa. Fazemos com que o cliente seja acompanhado em todas essas vertentes, com preços competitivos, sem ter que se dirigir a outra entidade.” Segundo o empresário, o método de trabalho da Glamour Laar torna mais simples todo o processo da realização de obras e é nesse sentido que pretendem continuar a trabalhar. “Queremos continuar a crescer de uma forma sustentada, sem nunca descuidar aquele que foi o nosso propósito inicial, a área da remodelação”, conclui Marco Ribeiro.

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NOVA GERAÇÃO Situada no concelho de Ílhavo, a UrbanRia é uma empresa vocacionada para a construção e reabilitação de edifícios. A sua principal missão é apostar na qualidade dos seus produtos e serviços, na inovação, eficácia e eficiência, tendo como objetivo principal a satisfação integral dos seus clientes.

URBANRIA

TIAGO E FILIPE PIMENTEL A UrbanRia nasceu em 2012 pelas mãos de Tiago e Filipe Pimentel, dois jovens empresários que pertencem à terceira geração da família ligada ao setor da construção. A experiência adquirida levou-os a constituir, com capitais próprios, a empresa, com o propósito de a tornar numa organização competitiva. Volvidos quatro anos, a UrbanRia não só adquiriu como consolidou uma posição de destaque no contexto empresarial da região de Aveiro. Com uma equipa própria e parceiros sóli-

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dos, tem realizado dezenas de obras, desde pequenas manutenções preventivas e curativas a estratégias de conservação, passando pelas reabilitações integrais de fachadas ou edifícios. “É uma área que está a registar muita procura e não existem muitas empresas especializadas”, adiantam, acrescentando que este segmento de mercado representa cerca de 80 por cento do seu volume de negócios. Mais recentemente, a UrbanRia tem-se dedicado ainda à construção em LSF (light steel framing), bem como “à construção de moradias chave na mão, em que fazemos toda a gestão de obra em parceria com empresas e gabinetes de arquitetura com provas dadas no mercado”, revelam Filipe e Tiago Pimentel, avançando que a qualidade é condição indispensável em cada trabalho que preconizam, até porque cada obra é uma montra. A UrbanRia caracteriza-se pela mão de obra qualificada e especializada em qualquer tipo de intervenções na reabilitação, reconstrução ou manutenção do seu imóvel sejam habitações, condomínios, espaços comerciais ou empresariais. “A nossa equipa trabalha como isso mesmo, uma equipa, em que cada um dos sócios assume as suas funções. Nesta área não basta a teórica, sem dúvida saber a prática é uma mais-valia e algo de que nos orgulhamos, é colocá-la em prática com as nossas próprias mãos”, revela Filipe Pimentel. “No início deram-nos semanas de ‘vida’, mas de semanas já contamos anos e a agenda de 2017

está já bem preenchida”, uma meta desde a génese da empresa, que na opinião dos sócios-gerentes é o reconhecimento da qualidade do serviço prestado. “Pautamos a nossa atuação pela oferta de soluções à medida das necessidades do cliente, levantamento de patologias, caderno de encargos e relatório técnico, quer em termos arquitetónicos, estéticos, de qualidade, de custo e de prazo”, avançam, salientando que uma das políticas da empresa é ter em curso apenas um ou dois projetos ao mesmo tempo, para que assim possam acompanhar cada obra integralmente. “Não olhamos para as empresas do setor como concorrentes ou alvos a abater, preocupamo-nos sim com a nossa empresa, que já dá muito que fazer”, afirmam. Do rol de obras preconizadas pela UrbanRia, Tiago e Filipe Pimentel destacaram a Junta de Freguesia S. Salvador de Ílhavo, o Mercado de Ílhavo, a reabilitação do Restaurante Canastra do Fidalgo e reabilitações de grandes edifícios em todo o distrito de Aveiro. As parcerias e a participação em vários eventos são uma constante no percurso da UrbanRia, de destacar uma nova parceria com a Sanitana, uma empresa de prestígio, para manutenção/reabilitação/construção dos seus stands de vendas a nível nacional. Com os olhos postos no futuro, os dois empresários apesar de muitas vezes acreditarem que podem chegar mais longe, mantém-se realistas em relação ao patamar a que pretendem chegar. “Acreditamos que muito ainda poderá ser feito no setor e estaremos cá na ânsia de chegar cada vez mais longe”.


NOVO PROJETO PROMETE VALORIZAR A IDENTIDADE DO ESPAÇO Com o seu farol imponente, um dos mais altos da Europa, a Barra é uma das praias mais procuradas pelos veraneantes, quer pelo seu areal dourado a perder de vista, pela qualidade das suas águas, ou pela animação estival. O Hotel Barra é outro dos motivos de visita, pelo serviço de qualidade e simpatia, que prometem tornar a sua estadia numa experiência inesquecível. HOTEL BARRA

Foi em plena sala de estar do Hotel Barra, que Soraia Mourinho, recebeu a revista Portugal em Destaque para dois dedos de conversa sobre esta unidade hoteleira que brevemente será reformulada, com o intuito de ir ao encontro das exigências da contemporaneidade, nunca perdendo no entanto a identidade tão peculiar que hotel apresenta. O Hotel Barra é um clássico da Praia da Barra, um espaço idealizado “pelo meu avô, no entanto este espaço fazia parte de uma herança familiar”, pois o avô de Cândido Mourinho, atual gerente, tinha edificado a Unidade Residencial Mourinho neste mesmo local. “O meu avô foi o único herdeiro a querer seguir a área hoteleira, tendo feito um conjunto de remodelações no espaço. E posteriormente um projeto de estalagem que com a aquisição de um terreno contíguo se sonhou num projeto mais representativo, um hotel. As linhas do empreendedor que sonha e faz acontecer, persiste com perseverança são os traços de personalidade do meu avô que ousou e concretizou apesar de existir um cenário de risco um desafio da incerteza de 1974, sublinha Soraia Mourinho acrescentado que, enquanto as obras do hotel avançavam, os seus avós tinham uma atividade hoteleira dinâmica e preponderante na zona, com a gestão e exploração do emblemático café farol, e prestavam serviços de catering para bases do setor de combustível.. Após a conclusão da obra do hotel, este registou uma forte procura, dada a escassez de oferta na área turística-hoteleira. “Na altura, o arquiteto idealizou uma estrutura hoteleira muito de acordo com o que existia nos outros países, mas que não existia muito no nosso,

SORAIA MOURINHO uma linguagem arquitetónica ‘à Le Corbusier’, com conteúdo e funcionalidade, que pela sua infraestrutura teórico estética será intemporal, e é essa identidade que queremos valorizar”, avança Soraia Mourinho. O novo Hotel Barra O novo projeto do Hotel Barra, cujas obras terão início em outubro, contempla uma fachada mais moderna e contemporânea. A superestrela do Hotel Barra é indubitavelmente o terraço, um espaço com uma vista de 360 graus, única e privilegiada, desde mar, ria e Reserva de S. Jacinto. Este será alvo de intervenção, contemplando uma estrutura para poder funcionar também durante o inverno. Os quartos vão continuar com os sommiers e as mesas de cabeceira, a única coisa que

muda é a sequência de alcatifa, que apresentará um conceito futurista. O projeto idealizado reflete ainda uma sala multiusos, modular, que poderá acolher reuniões ou o coffee break. A última parte do novo projeto serão as piscinas, que trará uma revolução à oferta existente, pois através de uma estrutura amovível será possível também durante o inverno usufruir deste espaço com água aquecida e salgada. De acordo com Soraia Mourinho, pretende-se que o hotel continue a ser uma referência e um clássico da Praia da Barra. O passo natural é a modernização do espaço sem desvirtuar a sua identidade, por isso “vamos seguir esta nova linha e, gradualmente, fazer a sucessão familiar”, ressalva Soraia Mourinho. PORTUGAL EM DESTAQUE | 59


MAIA A cidade da Maia é considerada como um importante centro cultural do distrito do Porto sendo de realçar variadas atividades ligadas ao teatro, à música, às artes plásticas e às tradições locais como as festas religiosas que se realizam ao longo do ano. Também o Jardim Zoológico, o único do Norte devidamente organizado, é ponto de encontro para muitos visitantes. Anualmente, a cidade recebe no Fórum da Maia o Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia e a exposição mundial da World Press Photo. Em 1998 foi fundado o Conservatório de Música da Maia, situado na freguesia de Santa Maria de Avioso (atualmente freguesia do Castêlo da Maia). A Torre do Lidador, popularmente conhecido como “O Isqueiro da BIC”, devido à sua forma, é um edifício com 95 m de altura situado no centro da cidade e um ex-líbris da região. Foi mandado construir pelo Dr. José Vieira de Carvalho e alberga exclusivamente serviços municipais. É o edifício mais alto da grande área metropolitana do Porto. É também na cidade da Maia que se situa o Aeroporto do Porto. Este moderno aeroporto tem testemunhado um grande aumento de passageiros e voos, estando também os seus destinos a aumentar cada vez mais, principalmente a nível europeu graças às várias companhias low cost e restantes companhias. Também no setor da educação, a oferta é variada, tendo o Instituto Superior da Maia (ISMAI), principal destaque. Porém, foi a existência de uma linha do Metro do Porto com ligação à cidade que deu efetivamente uma outra dinâmica ao poder local e empresarial da Maia, tendo várias empresas de renome se sedidado nos vários polos industriais espalhados na região. Vários são os motivos de visita a esta cidade e por isso, “Sorria, está na Maia”. 60 | PORTUGAL EM DESTAQUE


CRESCIMENTO CONSTANTE E SUSTENTADO Sediada em Vila Nova da Telha, na cidade da Maia, a Tecnipor nasceu em 1980 com o objetivo de fabricar e montar estruturas em pórticos de betão armado, utilizando uma técnica, desenvolvida em Inglaterra e conhecida por “Crendon”, nome da empresa que a iniciou. Em entrevista à Portugal em Destaque, A.Correia Vaz e Daniela Vaz Guerra, pai e filha respetivamente, administradores da Tecnipor - Gomes & Taveira, falam-nos sobre os projetos desenvolvidos ao longo de 36 anos de atividade e dos projetos delineados para o futuro. TECNIPOR Evolução da produção A Tecnipor iniciou a sua laboração com duas naves com cerca de 2000 m2, dimensão que ao longo dos anos foi aumentando devido à ampliação da gama dos produtos fabricados. Assim, a empresa foi desenvolvendo e adequando os seus produtos às crises económicas que se abateram sobre o setor, com técnicas diferenciadas das inicialmente praticadas, passando a fabricar madres e vigas delta entre outros. Na última década desenvolveu com êxito um projeto de cabinas pré-fabricadas para Postos de Transformação, as cabinas GUM, qualificadas pela EDP para integrar a Rede de Distribuição Nacional, de quem é fornecedora (por concurso) para os próximos dois anos. A atual área coberta é de 6.600 m2, mais 9.000 m2 para parque de produtos acabados. Obras de sucesso executadas Com maior ou menor dimensão, foram vários os projetos e parcerias com entidades de referência nacionais e não só, que a Tecnipor estabeleceu em mais de três décadas de atividade. Desde câmaras municipais, cooperativas, passando por áreas como a pecuária e a viticultura, até ao ramo da indústria, a lista de obras executadas é vasta e é com grande orgulho que A.Correia Vaz nos fala das mesmas. “Portugal é um país com uma forte tradição no setor do betão. Apesar da nossa exportação representar cerca de 20 por cento da nossa produção em 2015, principalmente para o mercado francês, ao longo dos anos as grandes obras que desenvolvemos foram para empresas nacionais. Contamos entre os nossos clientes Câmaras Municipais, Cooperativas com destaque para as de Favaios, Valpaços, Famalicão, Barcelos, Santo Tirso, na Viticultura a Casa do Douro e a Monteiro & Poncio, no Peso da Régua, a Wiese & Krohn no Pinhão e a Carlos A.S.Alonso em Alijó, além de outras. Na pecuária, Teixeira do

DANIELA VAZ GUERRA E A.CORREIA VAZ Batel, Cividade, Casa da Prisca, Avigrã, Gapa, etc.etc. Na indústria a Cabelauto e Cabelte, Quintas & Quintas, DCB Aerosoles, Epedal, Paivopan, Mota & Fernandes, Cutelarias Filman, Trovidoce, Norcor, R.T.E., Neoblanc, Fricon, Arada Textil, Cloison Patente, Vitexplas, Campeão Português, Lusaustri, Cerâmica Magrou, Amiantite, Longa Vida, Henisa, Soja de Portugal, entre outros. Com a complicidade da Efacec e Universidade do Minho desenvolvemos o fabrico de cabinas para Postos de Transformação , a primeira a ser ensaiada aos sismos no LNEC, de que hoje somos um fornecedor de referência no País, com clientes como a Jayme da Costa, EDP e Siemens“. Projetos de futuro Como perspetivas de crescimento, o objetivo prende-se agora com um novo nicho de mercado. Com o fim do principal fabricante de GRC (Glass Fiber Reiforcing Ciment), A.Correia Vaz acredita que implementando o seu fabrico pode suprir esta ausência no mercado, resultando numa forte alavanca no crescimento da Tecnipor. Através de recursos humanos agora disponíveis com grande experiência nesta área, acreditamos que podemos explorar este nicho de mercado, o GRC. É uma vertente com valores consideráveis de faturação, que ficou sem exploração e na qual queremos apostar. Na Tecnipor gostamos de pensar e acreditamos que podemos crescer”, finaliza o empresário.

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15 ANOS DE SERVIÇO, 15 ANOS DE EXCELÊNCIA Sediada na Maia, mas com abrangência nacional, a BIODOURO, Lda. é o sinónimo máximo de excelência e know-how na área dos facility services. Um exemplo de qualidade, inovação e ousadia.

BIODOURO

Quinze anos volvidos desde o dia em que nasceu – pelas mãos do então jovem visionário Carlos Neves – a BIODOURO é hoje uma empresa de incontornável excelência, servindo de exemplo num setor particularmente competitivo e exigente: os facility services. “Aos 23 anos tive a ousadia de montar uma empresa de limpezas”, começa por recordar o sócio-gerente que, então, “já trabalhava cerca de 16 horas por dia” como diretor de operações nesta área. O seu carácter visionário, aliados à ambição e ao esforço, cedo se revelaram apostas ganhas: “Passados seis anos depois de ter criado a BIODOURO, a empresa começou a expandir-se para o resto do país”, refletindo-se a crescente procura que a fama e profissionalismo do projeto de Carlos Neves começava a assumir. O crescimento, esse, foi garantido “pé ante pé”, de forma sustentada e contínua. Fazendo de valores como a qualidade, da vasta experiência e da elevada formação fatores de especial diferenciação, a BIODOURO não se inibe de atender a qualquer necessidade do seu âmbito de atuação, de norte a sul de Portugal. De facto – e a fim de assegurar o serviço mais completo, profissional e célere – a firma tem vindo a ramificar-se no mapa nacional. Assim, paralelamente à sede - situada no concelho da Maia (e caracterizada por umas instalações próprias de carácter arrojado e inovador)

GISELA MÓNICA E CARLOS NEVES –, foram desenvolvidas filiais nos concelhos de Braga, Aveiro, Lisboa e Faro. Uma multiplicidade de serviços A heterogeneidade geográfica que se pressente quando falamos da BIODOURO corresponde a um fator que encontra reflexo também na própria atividade que a empresa exerce. Paralelamente aos serviços de limpeza industrial – que constituem o core-business da firma – acrescentam-se, por exemplo, a construção e tratamento de jardins, a execução de limpeza urbana ou as ações de combate a pragas e desinfeção. No fundo, e tal como salienta o nosso interlocutor, “sentimos a necessidade de ir completando a nossa oferta, sempre na área dos facility services”. Contando com uma carteira de clientes multifacetada, a adaptação dos profissionais a cada necessidade e tipologia de serviço é um ‘must’. “Temos clientes em vários setores da indústria em geral”, aos quais acrescem ainda “gabinetes clínicos e escritórios”, explica o porta-voz, que sempre assumiu a preocupação de responder às solicitações do seu público-alvo. Não admira, por isso mesmo, que a BIODOURO se tenha tornado “uma das maiores empresas a vender serviços de limpeza também para o sector automóvel” e, mais concretamente, a efectuar a higienização das viaturas, através da gestão das boxes de lavagem próprias dos seus clientes, assim como a manutenção dos espaços comerciais e operacionais. Inovação e qualidade “Costumo dizer que temos de estar atentos aos erros da nossa concorrência para não os fazermos”, introduz Carlos Neves, quando questionado sobre a atitude que a Biodouro assume perante o mercado. “Efetivamente, é importante termos a perspicácia e a au-

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LIMPEZAS

DESINFESTAÇÕES

dácia de observar o que está a acontecer lá fora”, prossegue, antes de acrescentar que “existe uma empresa nacional a fabricar os seus produtos químicos” de acordo com os pedidos e especificações da firma portuense. Esta corresponde, de resto, a uma postura inovadora em Portugal que ajuda a explicar o porquê de a BIODOURO se assumir como um exemplo de liderança no setor. Mas, a argumentos como a multiplicidade de serviços, o acesso a soluções de topo ou o vasto know-how, soma-se outro: “Estamos preocupados em manter o nosso cliente satisfeito, pois queremos guardá-lo para a vida”, confessa o empresário. Nesse âmbito, “uma das coisas que nos caracteriza é o nosso acompanhamento constante ao cliente”, havendo funcionárias em back-office dedicadas únicas e exclusivamente à tarefa de auscultar a satisfação de todos quanto solicitam os serviços da empresa. Um horizonte favorável Contando com o esforço de algumas centenas de funcionários propagados por todo o país, a BIODOURO é o caso concreto de uma empresa que, ao longo de um percurso de 15 anos, soube crescer sustentadamente, aliando uma postura ousada com a vontade de chegar mais longe, em nome do cliente e da qualidade do serviço. Tendo adquirido, em vários anos consecutivos, os estatutos de PME Líder e PME Excelência, o balanço desta década e meia de atuação “não poderia ser mais positivo”, garante Carlos Neves. Questionado sobre quais as expectativas reservadas para o futuro, o empresário é perentório: “o que peço são mais 15 anos iguais a estes, no mínimo” – que é como quem diz “15 anos de fidelidade, bom serviço e harmonia no trabalho”.

JARDINS

AUTO

WWW.BIODOURO.COM PORTUGAL EM DESTAQUE | 63


UM CASO DE EXCELÊNCIA E SUCESSO Assumindo-se como um agente da inovação e futuro no setor elétrico, a Finder Portugal procura agora atingir novos mercados, apostando na qualidade e a inovação que a definem desde o início.

FINDER PORTUGAL

JÚLIO DINIS Fundada em Itália há seis décadas, a Finder é hoje uma empresa multinacional que conta, há 14 anos, com uma presença física também no nosso país. Mundialmente conhecida e aclamada pela produção de relés e temporizadores, a firma cedo compreendeu que “para se poder desenvolver melhor em mercados estratégicos teria que se expandir”, introduz o diretor-geral Júlio Dinis, contextualizando assim o surgimento da Finder Portugal, Lda. Funcionando, a partir da Maia, como uma “estrutura independente” constituída por dez colaboradores, a empresa assistiu a “um desenvolvimento notório” que se comprova pelo facto de “num período de dez anos termos triplicado as nossas vendas”. Si-

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nónimo, por isso mesmo, de uma aposta ganha. “Houve alguma notoriedade no mercado, que nos deu preferência e a possibilidade de nos inserirmos”, recorda o porta-voz. Assumindo como mercados estratégicos o solo nacional e os PALOP (com especial incidência em Angola e Moçambique), a Finder Portugal produz e comercializa uma vasta gama de produtos aplicáveis em áreas e setores tão díspares como os sensores de movimento, os relógios astronómicos, as proteções sobre tensão, ou o controlo de temperatura. Significa isto que, pese embora o facto de a empresa ter ganho estatuto enquanto referência no mercado dos relés, “hoje queremos ser fabricantes de uma forma mais abrangente, não só no mercado industrial, mas também na área civil”, refere Júlio Dinis. Esta opção por novas áreas estratégicas é um fator que “nos vai dar, efetivamente, a possibilidade de fazer crescer o nosso volume de negócios e, com isso, ter ainda mais valências e mais poder negocial no mercado”. Mas outra palavra que também contribui para definir o modus operandi da Finder Portugal é a palavra “inovação” – aspeto que, por sua vez, ajuda a justificar o carácter de liderança que a firma assume no nosso país. “Fazemos prospeção de mercado e vendemos o que é produzido pela casa-mãe, mas também opinamos sobre o desenvolvimento de novos produtos e no aperfeiçoamento de outros existentes”, explicita. Reconhecida também pela sua criteriosa política de qualidade, bem como pela aposta contínua na formação dos seus quadros, a Finder Portugal tem vindo a crescer anualmente, mesmo perante “um período extremamente difícil e crítico no setor elétrico”. Não admira, neste âmbito, que Júlio Dinis esteja “otimista” relativamente ao futuro da empresa que comanda. “Vejo que existe, efetivamente, espaço para crescermos, pois cada vez mais há uma procura pela sofisticação” nos diversos setores. Até porque – tal como finaliza o nosso interlocutor – “temos capacidade técnica e de inovação”.


MARCO DE CANAVESES Marco de Canaveses é uma bonita cidade, sede de concelho, situada na região Porto e Norte de Portugal, numa zona de grande beleza natural, onde correm os rios Tâmega e Douro, e zona de férteis solos que produzem saborosos vinhos, verduras e cereais. A região denota vestígios de ocupação humana desde tempos remotos, tendo sido encontrados importantes vestígios do período Neolítico e posteriormente do período de ocupação Romana, com os vestígios de Tongóbriga, uma antiga povoação Romana. Para além disso, Marco de Canaveses é uma região agrícola que apresenta um rico património arquitectónico, visível no próprio centro histórico da cidade, onde se apresentam diversos solares senhoriais e brasonadas, sinal da riqueza produzida pela fértil terra. Marco de Canaveses orgulha-se ainda da sua Igreja de Santa Maria e da Torre de Vinhal, bem como do bonito edifício dos Paços do Concelho, que espelha bem a arquitectura senhorial da região. Deste concelho não pode ficar dissociado o nome de Carmen Miranda, uma célebre cantora, nascida no Marco de Canaveses a 9 de Fevereiro de 1909. Morreu em 1955, com apenas 46 anos e tem hoje o seu nome e algum espólio atribuído ao Museu Municipal.


BIENAL DA PEDRA 2016 É NO MARCO DE CANAVESES A exploração, transformação e comercialização do granito e derivados, fortemente implantada no espaço geográfico do denominado Baixo Concelho, demarca-se pelo seu dinamismo industrial, representando cerca de 4 mil postos de trabalho. O seu contributo para a sustentabilidade económica do concelho ganha especial relevância, tendo em linha de conta que 16.000 pessoas dependem, direta e indiretamente, deste setor produtivo. MUNICÍPIO DO MARCO DE CANAVESES

Nestes pressupostos, cumpre à Câmara Municipal do Marco de Canaveses, incentivar a adoção de medidas e metodologias baseadas no desenvolvimento sustentado do tecido empresarial, criando condições que favoreçam a estabilidade de mercados e a criação e manutenção de postos de trabalho, gerando mais valias na economia local. Assim, a Câmara Municipal do Marco de Canaveses tomou a iniciativa de promover a Bienal da Pedra, cuja primeira edição decorreu em outubro de 2008. A participação de 53 empresas e instituições representativas deste setor – extração, comercialização e transformação de granitos, máquinas e equipamentos, ferramentas, acessórios e serviços, provenientes de várias regiões do país e com representações provenientes da vizinha Espanha e, ainda, a afluência de milhares MANUEL MOREIRA 66 | PORTUGAL EM DESTAQUE

de visitantes configuraram este evento, ultrapassando a mera dimensão expositiva para se tornar num argumento de inegável valia para a afirmação deste setor de atividade. Num crescendo substancial de participações, a Bienal da Pedra, contou em 2010, com a presença de 67 expositores; em 2012 com 73 expositores e em 2014 com 86 expositores, representativos do setor, tendo ainda registado a realização, nas duas últimas edições, do Encontro do Trabalho da Pedra Escultura/Cantaria, iniciativa promovida pela Escola Profissional Centro de Estudos e Trabalho da Pedra com a participação de artífices que, dando azo à sua criatividade, transformam o granito em peças de arte. A crescente dinâmica imposta à Bienal da Pedra, é ainda, consubstanciada na criação, em 2009, da Confraria do Grani-


to e do Museu da Pedra do Marco de Canaveses, valorizando exponencialmente este setor de atividade e simultaneamente, dando relevo à pedra com uma matriz ancestral da história local e um contributo decisivo para a sustentabilidade económica do concelho. É neste sentido que a Câmara Municipal do Marco de Canaveses, em colaboração com a Junta de Freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão, AEMarco – Associação Empresarial do Marco de Canaveses, ANIET – Associação Nacional da Indústria Extractiva e Transformadora, Escola Profissional Centro de Estudo e Trabalho da Pedra, Confraria do Granito e empresários locais, promove a 5.ª edição da Bienal da Pedra no espaço contíguo ao Estádio Municipal, na Vila de Alpendorada, no concelho do Marco de Canaveses. A Bienal da Pedra é particularmente direcionada para os setores da: - Extração transformação e comerciali-

zação de granitos - Máquinas e equipamentos para a indústria extrativa e transformadora - Abrasivos, ferramentas e acessórios - Organismos oficiais - Serviços especializados - Imprensa técnica A Bienal conta ainda com artesanato, onde predomina essencialmente a arte de trabalhar o granito e, ainda com uma área de restauração, onde será instalada uma tenda com 400m2 para maior conforto e comodidade dos visitantes e onde estarão presentes três restaurantes. A Bienal da Pedra conta ainda com um programa de animação musical e atividades paralelas (Programa “Em foco” e uma Conferência, no âmbito das Conferências do Marco, abordando os incentivos à contratação para o setor Empresarial) bem como uma área de diversão, destinada aos mais jovens.

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BIENAL DA PEDRA VOLTA A ALPENDORADA Como terra de tradição secular no trabalho e na relação com a pedra, mais concretamente o granito, a Câmara Municipal do Marco de Canaveses promove a 5ª edição da Bienal da Pedra. O certame vai decorrer nos dias 14, 15 e 16 de outubro, na vila de Alpendorada. Esta edição é uma consequência directa do sucesso das anteriores edições, numa mostra que vai reunir dezenas expositores onde estarão representados profissionais da área da extracção, transformação e comercialização do granito, máquinas e acessórios. JUNTA DE FREGUESIA DE ALPENDORADA, VÁRZEA E TORRÃO

DOMINGOS NEVES Para Domingos Neves, presidente da Junta de Freguesia, Alpendorada é a localidade onde se extrai, transforma e comercializa mais granito em Portugal, “daí ter-se imaginado este evento que é uma mostra do que de melhor se faz neste país”, revela, salientando que os pedreiros são verdadeiros arquitetos da pedra. Esta vila tem 14 quilómetros quadrados e cerca de 12 mil habitantes, no entanto nos três dias da Bienal da Pedra, Alpendorada recebe cerca de 50 mil visitantes, um número significativo que permite traçar um balanço positivo da realização deste certame. “O sucesso do evento deve-se ao empenho dos empresários do setor, das instituições e da Confraria do Granito”. E se a crise vai passando ao lado do setor da extração, transfor-

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mação e comercialização da pedra, Domingos Neves revela que os empresários queixam-se, de algum abandono por parte das entidades oficiais. “Desde logo, reclama-se a construção do IC35, prometido por sucessivos governos, mas nunca concretizada, uma obra que daria um impulso ao setor, bem como maior competitividade”, afirma, sublinhando que de Alpendorada “sai a maior fatia de exportação de granito, uma mais-valia para a economia nacional”. Visitar Alpendorada “Alpendorada é uma das mais bonitas vilas do nosso país que tem como grande peculiaridade ser circundada por dois rios internacionais, o Douro e o Tâmega. Falta-nos apenas um impulso para atrair turismo, porque esta terra tem todas as condições e infraestruturas para uma boa qualidade de vida”, avança o presidente da Junta, lembrando que a freguesia tem vários motivos de visita, entre os quais, a Praia Fluvial de Bitetos, o Convento de Alpendorada, o Museu da Pedra, um vasto conjunto de moinhos e engenhos de linho. “Quem visita a Bienal, tem a possibilidade de fazer um roteiro pelos locais emblemáticos da freguesia”, sublinha, acrescentando que este ano, na Bienal, a Junta de Freguesia vai lançar um livro sobre o pedreiro e a arte de trabalhar a pedra, um registo histórico para “os mais velhos recordarem e os mais novos guardarem, porque em Alpendorada todos têm uma ligação emocional a esta arte de uma forma direta ou indireta”. Desafio autárquico Domingos Neves está à frente dos destinos da freguesia há 19 anos, um desafio que o autarca considera interessante, lembrando que o trabalho efetuado está à vista de todos. Com os olhos postos no futuro, revela o projeto minimalista que está aprovado para a Praia de Bitetos, com novas instalações e novas entradas para a praia. “Se conseguirmos ter o projeto pronto para o ano será uma mais-valia, porque cada vez mais temos que nos debruçar para o rio e criar condições e estruturas para que esta terra dê um salto ao nível do turismo”, desvenda, acrescentando que está em elaboração um projeto de um particular para um hotel junto à Ponte Duarte Pacheco, no Torrão. “Foi construído um Parque de Lazer junto ao Tâmega que é visitado por milhares de pessoas e estamos a tratar de legalizar um bar de apoio. Por outro lado, vamos reativar as piscinas e construir um bar de apoio novo no Torrão”, afirma e deixa a mensagem: “Alpendorada, Várzea e Torrão é aqui que se transforma a pedra em pão. Alpendorada é uma terra simpática, acolhedora, com boa gastronomia e qualidade de vida”.



PRATOS TÍPICOS DE EXCELÊNCIA O restaurante localizado nas margens do Rio Tâmega é uma referência no concelho de Marco de Canaveses. O anho à Ferrador é a grande especialidade da casa.

do com arroz de forno, leitão assado no forno e também pelas francesinhas em forno a lenha. Todos os domingos temos leitão, nos restantes dias só fazemos por encomenda. O anho assado temos à quarta e ao domingo”. Questionados sobre a confeção da especialidade do Marco de Canaveses, os entrevistados revelam que “o arroz de forno tem segredo e o anho é cortado de forma diferente, é temperado e vai ao forno numa pingadeira por cima do arroz ou das batatas”. No que diz respeito às sobremesas, todas são confecionadas no restaurante, dentro das várias opções existe o doce da casa, mousse de chocolate, pudim, entre muitos outros. Para acompanhar as iguarias tipicamente portuguesas o estabelecimento opta pelos vinhos da região, alguns deles premiados e distinguidos a nível nacional. Com uma equipa dedicada e atenta aos gostos dos seus visitantes, a gerência do Ferrador pretende que o estabelecimento continue a ser uma referência. Com uma localização privilegiada, parque de estacionamento e uma sala com capacidade alargada, o Ferrador reúne as condições ideiais para um almoço ou jantar de grupo. No futuro, o Ferrador pretende continuar a ser uma referência na região através da confeção em forno a lenha e da aposta na gastronomia típica onde o anho assado e o leitão são reis e senhores.

CARLA SILVA E HENRIQUE FERREIRA O Ferrador existe há mais de 20 anos, a atual gerência é composta por Henrique Ferreira e Carla Silva que contam com anos de experiência na área da restauração. Henrique Ferreira trabalha no restaurante há seis anos e conhece bem o gosto dos clientes. Carla Silva revela que “o Ferrador é especialista em anho assa-

SINTONIA COM A NATUREZA QUINTA DE GILDINHO

Rua Rainha Dona Mafalda, nº. 692, 4630-259 Marco de Canaveses, Portugal Tlf: 255 521 040

Com seis quartos devidamente equipados e uma sala de estar, a quinta tem também terrenos de cultivo, Manuel Beleza explica que a “casa era de uns morgados da zona, inicialmente, a ideia era para agricultura, depois decidimos recuperar as casas e começámos um projeto de agroturismo. Neste momento, temos também passeios de BTT, com bicicletas de qualidade, caminhadas e passeios noturnos. Os nossos hóspedes podem explorar a natureza, desfrutar do sossego e da tranquilidade”. Com uma localização privilegiada a unidade de agroturismo está próxima das praias fluviais do rio Douro e do rio Paiva, a 15 quilómetros dos Passadiços do Paiva, perto Serra da Freita e do Geoparque. O alojamento na Quinta de Gildinho tem pequeno almoço incluído, onde predominam “os produtos típicos da região, biológicos e da época, cultivados pelos produtores locais”, salienta Susana Carrilho. A Quinta de Gildinho é o local ideal para os apreciadores da natureza, proporcionando um vasto leque de experiências. Lugar de Gildinho, 4550-670 Gildinho, Portugal Tlf: 917 345 389

A unidade de agroturismo está situada em pleno vale das conhecidas Montanhas Mágicas, na aldeia de Gildinho, concelho de Castelo de Paiva. O projeto tem como mentores Manuel Beleza e Susana Carrilho que optaram por deixar a agitação da cidade. A Quinta de Gildinho fica situada perto dos rios Paiva e Douro sendo um local de excelência para os amantes da natureza. 70 | PORTUGAL EM DESTAQUE



GONDOMAR E VALONGO Gondomar é um nome e uma terra com ressonâncias históricas. Vários achados revelam as velhas raízes da vivência humana neste local desde a pré-história. A exploração das minas de ouro nas regiões próximas e a posição estratégica do “Crasto” comprovam a permanência dos Romanos nestas terras. Entre outras versões, a denominação “Gondomar” é atribuída ao rei visigodo “Gundemaro” que, em 610, teria aqui fundado um Couto. Gondomar, é, igualmente, terra de tradições agrícolas, onde, ainda, alguns lavradores praticam a chamada agricultura tradicional, que se traduz numa forma de trabalhar a terra que se vai transmitindo de geração em geração, ao longo dos séculos. Se analisarmos a tradição agrícola, podemos encontrar, ainda, casas de lavoura, que se mantiveram inalteradas ao longo dos tempos, como é o caso da Casa de S. Miguel, situada na freguesia de Gondomar (S. Cosme). Ainda na área do Património Rural, podemos observar, em todas as freguesias, os chamados “Espigueiros”, pequenas construções em madeira e granito, destinadas a armazenarem em boas condições as espigas de milho, para futura utilização. Em termos de Património Histórico, é importante a assinatura em Valbom da Convenção de Gramido, no ano de 1847, a qual pôs fim à guerra civil que na altura assolava o nosso país. Atualmente, a casa onde foi assinada a Convenção foi totalmente recuperada no âmbito do Programa Polis. Propriedade da Câmara Municipal, a Casa Branca está classificada como Imóvel de Interesse Público.

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TRABALHO ÁRDUO EM PROL DA COMUNIDADE Foi em conversa com Sandra Felgueiras que ficamos a conhecer o Centro Social de Soutelo, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que presta serviços na área educativa com creche, pré-escolar e centro de atividades de tempos livres do 1.º, 2.º e 3.º ciclos, serviço de idosos com a vertente de centro de dia, centro de convívio e serviço de apoio domiciliário e na área da intervenção comunitária. Sediada no Lugar de Soutelo, freguesia de Rio Tinto, Concelho de Gondomar, foi fundado após o 25 de Abril de 1974, inicialmente com a designação de Centro Infantil de Soutelo.

CENTRO SOCIAL DE SOUTELO

“41 anos de muito trabalho e dedicação”, é desta forma que a presidente desta instituição inicia a sua apresentação. “Esta instituição surgiu como qualquer IPSS, junto de pais, e famílias que tinham um problema em comum, nomeadamente onde deixar as crianças, antes ou depois do trabalho. Começamos com o apoio à infância mas fomos crescendo à medida que surgiram as necessidades na comunidade. Tendo Gondomar e Rio Tinto em termos populacionais evoluído imenso.Tivemos que nos adaptar às necessidades e após alguns anos de apoio às crianças fomos alargando a nossa área de intervenção. Posteriormente, conta, foram criadas salas de acompanhamento ao estudo, em período de prolongamento que incluíram alunos dos 1º, 2.º e 3.º ciclos. Assim, ressalva a importância da relação

estabelecida com a autarquia que permitiu usar espaços das próprias escolas para este fim, o acompanhamento ao estudo. Mas, o trabalho desta instituição não fica por aqui. “Em 2000, surgiu a necessidade de dar resposta às necessidades da terceira idade. Tínhamos muitos pedidos de apoio, situações realmente muito complicadas e então em conjunto com a Segurança Social começamos com o apoio domiciliário durante dois anos e depois conseguimos criar num espaço das nossas instalações, (numa sala polivalente), um centro de dia e de convívio provisório. Temos no entanto, um projeto de construção de um centro de geriátrico construído de raiz, mesmo ao lado das nossas instalações, podendo existir assim uma continuidade. Em agosto do ano passado, recebemos a proposta de gerir o Centro de Dia e de Convívio de Campanhã, o qual aceitamos. Assim, no total damos apoio a cerca de 150 idosos.Fomos também contactados pela SIC Esperança para participar no projeto ‘Ó Vizinho’, em que foi constituída uma rede de voluntários para prestar apoio aos idosos e um outro projeto, o ‘Mais Conforto’ de reconstrução de habitações”, destaca a presidente da instituição. O CSS trabalha ainda na área dos comportamentos aditivos através do PRI - Programa de Respostas Integradas em conjunto com SICAD - Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, cuja equipa trabalha todos os dias do ano no Programa de Substituição em Baixo Limiar de Exigência com giros de rua, atendimentos psicossoais, encaminhamentos e acompanhamento técnico A empregabilidade, através da arte e da animação sociocultural, é também uma realidade que o Centro Social de Soutelo tenta implementar com projetos como o Projet’Arte ou o Tum Tum Tum. A restante intervenção comunitária é ainda realizada através das equipas de RSI - Rendimento Social de Inserção, do o Projeto “A Escolha É Tua!” – E6G e do GIP - Gabinete de Inserção Profissional. “Paralelamente à área profissional, a Instiuição tem uma forte dinâmica associativa onde participam mais de 200 associados. Neste âmbito desenvolvem-se várias atividades culturais e sociais tais como o Coro Madrigal, Grupo Danças e Cantares, Grupo de Teatro corAGEM, Coro Infantil, Yoga, Aerodance, Go’Dance, Equipa Cultural, Atelier de Viola e equipas voluntárias em iniciativas como a recolha de alimentos para o Banco Alimentar. É um trabalho realmente gratificante para toda a direção, que terá, certamente, continuidade. Queremos evoluir e é isso que nos dá vontade de fazer mais e melhor”, finaliza Sandra Felgueiras.

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A RELEMBRAR OS SABORES DE OUTROS TEMPOS

Luís Ferreira idealizou a Taberna do Centenário em 2012 e passados apenas quatro anos, esta casa é já uma referência a nível mundial, tendo recebido o certificado de excelência 2016 do tripAdvisor. Saiba porquê.

cozinha, passando a servir pratos mais elaborados e típicos, sendo exemplo o arroz de legumes ou arroz de feijão. Todo este trajeto foi pensado para ir ao encontro e satisfação do nosso cliente. Qual o conceito deste espaço? O conceito do espaço sob a ideia de Taberna, leva-nos a encontrar alguns sabores do passado aliado ao bom acolhimento num espaço intimista onde também privilegiamos a luz da vela, não esquecendo o nosso espaço de esplanada exterior com projeção... Qual o elemento diferenciador? O que considera ser o vosso segredo? O nosso elemento diferenciador é, sem dúvida, todo o conjunto, ou seja, a localização, a decoração, o acolhimento, o ambiente, a simpatia, onde é possível ter um jantar à luz da vela num ambiente descontraído e intimista. Que especialidades podemos encontrar na taberna? E o que aconselha aos nossos leitores? As especialidades da taberna são o bife ao alho com arroz de legumes, a recordar o arroz feito pelas nossas avós, os panadinhos com arroz de feijão, passando por alguma variedade de tapas e petiscos também tradicionais. Como vê o setor da restauração, atualmente? A Taberna do Centenário abriu portas em 2012 plena época de recessão económica. Foi difícil iniciar o projeto, mas assentamos arraiais e estamos saudáveis, pois somos visitados por pessoas de todos os pontos do país e com o crescimento do turismo na região Norte e hotéis a nascerem na nossa cidade, já somos visitados diariamente por turistas de todo o mundo, com mais incidência na época de Verão. Visualizo um futuro promissor. A Taberna do Centenário tem uma excelente qualificação no TripAdvisor. Como é que esta avaliação vos faz sentir? Recebemos o certificado do tripAdvisor de excelência 2016 e estamos cotados em primeiro lugar na cidade, isto fruto de muitas avaliações e visitas de muitos turistas, nomeadamente estrangeiros. Isto faz-nos sentir uma responsabilidade muito mais acrescida e compromisso para com aqueles que nos visitam.

Quando surgiu e como foi evoluindo a Taberna do Centenário? A Taberna do Centenário surgiu em maio de 2012, em aproveitamento de um pequeno edifício já centenário e abandonado em pleno coração da cidade. Abriu como tapas & wine bar e logo no segundo ano evoluiu tanto a nível de decoração, como espaço e

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Com quatro anos de existência, como tem sido o percurso e que planos existem para o futuro da Taberna? A Taberna já singrou nestes quatro anos de existência, agora o percurso faz parte do segredo, evoluir sempre e aceitando a crítica construtiva. Fica a promessa de que a curto/médio prazo, quero fazer da Taberna do Centenário para além do que já é, um mini museu de memórias facilmente identificáveis e recordações fantásticas.


CONFORTO E REQUINTE EM AMBIENTE RURAL Localizada numa área tranquila e afastada dos ruídos da cidade, em São Pedro da Cova, a Casa da Eira de Tardariz é o sítio ideal para a realização dos mais variados eventos. O local conta com dois salões internos e um vasto espaço ao ar livre, oferecendo uma ampla e completa infraestrutura para bem atender e servir anfitriões e convidados, concedendo uma beleza natural e verdejante, durante todo o ano. A Portugal em Destaque esteve à conversa com João Rodrigues, administrador do espaço, que nos falou sobre os projetos que têm vindo a ser desenvolvidos ao longo destes três anos.

CASA DA EIRA DE TARDARIZ

JOÃO RODRIGUES E FILHA

Formado em psicologia, mas não satisfeito com a área escolhida, João Rodrigues resolve abrir o seu primeiro negócio no ramo da restauração. “Sempre gostei desta área e como apreciador de bons petiscos decidi abrir o meu próprio espaço num ambiente mais sofisticado e familiar, diferente daqueles a que as pessoas estavam habituadas”, começa por contar o empresário. Se inicialmente a Casa da Eira funcionava apenas como restaurante, onde serviam as mais variadas tapas e petiscos, mais tarde tornou-se no local de eleição para a realização de todo o tipo de eventos comemorativos. “Começaram a aparecer os primeiros pedidos para a organização de festas de aniversário e jantares de grupo e sentimos necessidade de oferecer então esse tipo de resposta. Rapidamente fomos crescendo e hoje temos uma grande procura para celebrações como baptizados, comunhões, casamentos, entre outros. Continuamos com os petiscos mas estamos a tentar oferecer um serviço mais completo e direccionado para grupos.” Composta por duas salas interiores, uma com capacidade para cerca de 50 pessoas e outra para aproximadamente 100, a Casa da Eira está aberta de quarta-feira a domingo, ao almoço e ao jantar, onde as pataniscas, o bacalhau desfiado, as moelas, os rojões e muitos outros petiscos fazem as delícias de quem por lá passa. Para o entrevistado, a ementa variada, a qualidade dos produtos e a arte de bem receber têm um enorme peso na hora de servir o cliente. “Tentamos cativar o cliente pela qualidade dos nossos serviços, pela simpatia e pela nossa disponibilidade. O ambiente é familiar e as pessoas sentem-se confortáveis por estarem em contacto com a natureza.” Recentemente, partiram para uma nova aposta, festas temáticas , e pensam repeti-la em breve. “Fizemos um sunset e a experiência foi muito positiva. O ambiente é propício e convidativo, temos espaço e condições e já estamos a pensar no próximo.” Quando questionado sobre a evolução deste projecto que é hoje uma das referências de Gondomar e arredores, João Rodrigues faz um balanço muito positivo e garante estar muito satisfeito com o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por toda a equipa. “Estamos a evoluir de forma exponencial e estamos muito contentes por isso. Temos realizado eventos todos os fins de semana e já temos alguns marcados para os próximos meses.” O futuro, esse, avizinha-se promissor. “Queremos continuar a crescer de uma forma sustentável. Estamos a pensar fazer uns pequenos ajustes na decoração e na reorganização do espaço, mantendo o mesmo conceito e propósito inicial. É preciso aproveitar o espaço que temos para este tipo de iniciativas.” Em jeito de despedida, o empresário deixa uma mensagem para os mais curiosos. “Estamos muito próximos do Porto e quem passa por Gondomar não pode deixar de nos visitar. Temos um ambiente muito familiar, bons petiscos e por isso não se arrependerão certamente”, conclui.

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CAPACITAR PESSOAS É A BASE DO SUCESSO Surgiu há cinco anos, da vontade de Joaquim Santos em desenvolver um projeto novo e diferente. O balanço não poderia ser mais positivo e hoje a imobiliária Global Trade, sediada em Gondomar, é uma referência no seu setor de atividade e na área em que atua. Em entrevista à Portugal em Destaque, Joaquim Santos apresenta-nos a sua empresa, em que o lema é essencialmente “valorizar as pessoas”, faze-las sentirem-se únicas. GLOBALTRADE atividade . Sendo eu um comercial com 20 anos de atividade, esta foi a forma encontrada de ter um negócio, de encurtar o investimento e de poder efetivamente ter alguma rentabilidade sem ter um custo financeiro associado. Quais são as áreas de atuação da Global Trade? Fazemos essencialmente Gondomar, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, Maia porque são as áreas para as quais nos direcionamos, mas às quais não nos limitamos, um dos nossos lemas é ir onde o cliente nosso cliente precisar de nós.

JOAQUIM SANTOS

Nunca tendo trabalhado na área imobiliária, porque decide inserir-se neste nicho de mercado e como define a Global Trade? O projeto tem cinco anos e surge do sonho de fazer algo diferente e da necessidade de mudar de vida. É um projeto de reaproveitamento de recursos. A Global Trade é definida essencialmente por pessoas e simplicidade. Escolhi este ramo por me permitir ser comercial sem ter que gerir um stock. Quem se quer tornar empresário, sem ter um investimento inicial brutal, tem que arranjar uma solução, em que o stock não seja dele e não seja um peso financeiro para o arranque da sua

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Quais são os valores pelos quais a vossa empresa se rege? A nossa empresa foi criada com o objetivo de não bloquear ninguém, ou seja, é quase uma reutilização de pessoas. Nada nos limita nas apostas que fazemos pois escolhemos pessoas não pela sua idade ou raça ou cor clubística, mas sim pelas pessoas em si, para nós todas as pessoas são válidas e daí não colocar nenhum entrave a quem queira e tenha vontade de mostrar que pode ser uma mais valia, não termos nenhum colaborador que tenha trabalhado anteriormente no ramo. Começa por mim, que sempre trabalhei no ramo automóvel e basicamente todos, à exceção de mim, estavam desempregados, e que acreditaram que eram e são capazes. Qual é o balanço destes cinco anos de atividade? O balanço é extremamente positivo. É um

balanço de crescimento, aquilo que nós fizemos foi começar do menos zero, pois não possuíamos qualquer experiência na área e hoje temos efetivamente uma empresa com resultados positivos. Na nossa empresa, existe a identidade Global Trade, somos uma equipa e todos vestem a camisola. Quem procura casa, procura confiança e alguém que os guie da melhor forma nesse processo e é isso que a minha equipa faz. A Global Trade é conhecida pelas suas campanhas de divulgação únicas. Fale-nos sobre as mesmas. Quando começamos tentamos utilizar essencialmente meios como o facebook, instagram, ou seja, meios que não teriam custos para a empresa e tentar posteriormente desenvolver iniciativas que se tornassem virais e passar a nossa imagem. A mais conhecida, sem dúvida, foi o evento de distribuição de bolas de Berlim a quem passasse pela nossa empresa e ainda este mês fui quase obrigado a fazer uma iniciativa semelhante, a distribuição do rojão em pão. São iniciativas que as pessoas recordam e que nos distinguem. Não sendo as mesmas iniciativas comuns, são uma forma de criar a diferença num mercado em que quase tudo já foi inventado. Quais as perspetivas de futuro? Sinto que a Global Trade é uma empresa de futuro, um projeto que terá continuidade e de crescimento constante. O futuro? É uma pergunta de um milhão de euros porque quando criei esta empresa era com o intuito que fosse um projeto simples, prático e único. No entanto, chega a uma altura em que sinto a necessidade de me destacar. O dilema é crescer até onde, qual o risco, como queremos crescer a até que ponto perco a ideia do sonho? Podia franchisar o conceito, mas sinto que me iria perder. É uma balança que tenho que ponderar muito bem e perceber até que ponto o sonho me tira os pés do chão. O desafio passa por saber como crescer apesar de uma forma ou de outra, o objetivo, por exigência do mercado, ser de crescimento e por isso, estamos a tentar aumentar a equipa.


TORRES VEDRAS Bem perto de Lisboa somos surpreendidos por uma zona cheia de atrativos para quem gosta de paisagens com contraste, história, desporto, gastronomia e gente simpática e muito festiva. Seja bem-vindo ao concelho de Torres Vedras, um concelho com cerca de 80 mil habitantes, marcado pela sua economia essencialmente agrícola e pela sua paisagem de vinhedos, com cheiro a mar atlântico. Com mais de 400 km2 de área, este é o maior concelho do distrito de Lisboa e possui cerca de 20 kms de costa, composta por praias de rara beleza e extensão. Não faltam estações arqueológicas, povoados romanos, castelos árabes, igrejas e mosteiros medievais, fortalezas quinhentistas e solares, dos séculos XVII e XVIII. Uma surpresa adicional, numa região que tem bom vinho e deliciosa gastronomia para experimentar. Para tornar a sua visita mais doce, não deixe de experimentar os típicos pastéis de feijão, sabores de uma terra que guardará certamente na memória! Na cidade, que dá nome ao concelho, também não falta património rico que merece uma visita, ruas e ruelas que traçam a vivência de uma urbe dinâmica, num contraste de modernidade que integra a história. Aqui decorreram guerras, feitos heróicos de resistência (Linhas de Torres Vedras) e grandes vitórias!

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TRADIÇÃO VINÍCOLA FAMILIAR Situada na Região Oeste em Torres Vedras, uma das mais importantes regiões vínicolas em Portugal, a Santos & Santos surgiu em 1977 pelas mãos dos irmãos Armando e Adílio dos Santos. Hoje, mantém-se na família sendo atualmente gerida pelos filhos dos fundadores.

SANTOS & SANTOS

Foi no ano de 1968 que os fundadores iniciaram a sua atividade na produção e comercialização de vinhos. Porém, foi apenas em 1977, tendo como objetivos principais a qualidade e o bem servir, que a Santos & Santos foi criada lançando a marca Moleiros, fruto da tradição familiar nesta área. Ao longo dos anos a companhia vínicola foi adquirindo propriedades na região de Torres Vedras e ocupa, actualmente, cerca de 200 hectares de vinha onde se incluem os 90ha da Quinta da Cidadoura, quinta que dá nome a um dos vinhos mais premiados da Santos & Santos. Um vinho tinto encorpado de aroma frutado oriundo das castas Syrah, Touriga Nacional e Castelão, vinificado de forma tradicio78 | PORTUGAL EM DESTAQUE

nal a uma temperatura controlada. O vinho Quinta da Cidadoura Seleção do Enólogo, foi distinguido com diversas medalhas de ouro, prata e bronze nos principais concursos da especialidade como o Concours Mondial de Bruxelles, o Concurso Vinhos de Portugal, Concours International de Lyon, International Wine & Spirits Competition ou o Decanter World Wine Awards. “O vinho da nossa região é especial”, conta Francisco Santos, “o solo e o clima são os responsáveis pela excelente qualidade das uvas”. Neste momento, a empresa comercializa marcas de vinho como, o Quinta da Cidadoura, Fonte Santa, Moleiros, Adega do Moleiro, Josel, Ouro de Óbidos, Capa Rosa, Bernardes ou Caves Carvalhal. Atuando inicialmente no mercado nacional, foi no ano de 2007 que os primeiros passos na exportação foram dados. A aposta que começou no mercado angolano rapidamente ganhou força e, hoje, conta com mais de 20 países, representando cerca de 25 por cento do volume de produção da empresa. Embora a tradição no fabrico do vinho não seja esquecida, a aposta na inovação e modernização dos equipamentos tem sido crescente. “O nosso vinho premiado é a prova de que o nosso investimento na tecnologia está a ser reconhecido”, afirma Carla Latas, responsável de comunicação. Para além da constante modernização, a Santos & Santos tem seguido uma forte política no cuidado da imagem dos seus rótulos, uma vez que este é um critério de extrema importância no mercado internacional. Setor “O nosso setor em Portugal está numa fase muito positiva”, explica o empresário, “estamos numa fase em que a qualidade dos vinhos tem melhorado cada vez mais, ao mesmo tempo que a variedade das castas aumenta”. Para Francisco Santos o caminho do sector vinícola passa pela crescente aposta na qualidade em detrimento da quantidade, uma vez que o objectivo é “poder oferecer um bom vinho aos clientes”. Com um crescimento continuado e as metas cumpridas dos últimos anos, o futuro da Santos & Santos passa, agora, por aumentar a exportação de forma a torná-la no motor da economia da empresa. “O nosso caminho passa, essencialmente, pela aposta na qualidade”.



HISTÓRIA, TRADIÇÃO E QUALIDADE Originária do século XVIII, a Quinta da Casaboa em Runa, Torres Vedras, foi adquirida pelo empresário João Ferreira dos Santos a uma família descendente do Marquês de Pombal. Hoje, três gerações depois, é dinamizada pela neta Joana Paes que aposta na qualidade dos seus vinhos.

QUINTA DA CASABOA podemos descurar o mercado interno”, diz a empresária, “e estamos a desenvolver a melhor estratégia para singrar no nosso país” ao mesmo tempo que pretendem atingir o mercado asiático. E este é um vinho especial. “É um vinho de quinta, feito com muito cuidado, muito carinho e muita atenção”, afirma Joana Paes, “e tentamos passar no vinho aquilo que é a nossa região, a nossa terra e a genuinidade que consideramos ser tão importante”.

JOANA PAES Foi pelas mãos de João Ferreira dos Santos que a Quinta da Casaboa se tornou realidade. “O meu avô comprou esta quinta à família Sampaio Melo e Castro”, começa por explicar Joana Paes, “adquirindo, mais tarde, outras duas propriedades que juntas prefazem a área de 120 hectares da quinta”. Inicialmente, com um projeto direcionado para a quantidade de vinho produzido e vendido a granel, as vinhas ocupavam cerca de 100 hectares dessa área. Porém, em 2004, sentidas algumas dificuldades no mercado, houve necessidade de remodelar a estrutura e a filosofia da empresa, apostando numa área de vinha mais reduzida com cerca de 20 hectares. “O objetivo é claro”, afirma, “apostar, essencialmente, na qualidade dos nossos vinhos”. A produção da Quinta da Casaboa é feita com uva própria proveniente das castas

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TourigaNacional, Tinta Roriz, Merlot e Alicante Bouschet no vinho tinto e Alvarinho e Arinto no vinho branco. Sendo a exportação um dos grandes objetivos da empresa, a aposta nas castas nacionais foi um passo lógico, uma vez que “trazem algo de diferente ao mercado externo”. Assim, o mercado internacional representa a maior parte da produção da quinta e conta com países como Alemanha, Bélgica, Holanda, Suécia, Dinamarca e Polónia na Europa; e com os Estados Unidos da América, o Brasil e Angola. No que diz respeito ao mercado nacional, a Quinta da Casaboa conta com uma forte presença na ilha da Madeira e com algumas vendas pontuais no continente, sendo que a gama de vinhos de entrada está já representada no El Corte Ingles e no Grupo Auchan de Torres Vedras. “Não

Setor do vinho Para a empresária, o setor do vinho em Portugal tem evoluído positivamente ao longo dos últimos anos. “Embora o mercado nacional se encontre saturado com a crescente aparição de novas marcas“, explica, “a evolução da qualidade dos vinhos tem sido enorme”, o que, sendo positivo, acaba por dificultar a escolha ao consumidor e tornar o mercado mais difícil para o produtor. Porém, para Joana Paes, o caminho do vinho português passa, essencialmente, pela exportação, uma vez que “o interesse estrangeiro pelo vinho nacional tem crescido e este é um produto que pode ajudar no reconhecimento e na presença de Portugal no estrangeiro”. No que diz respeito aos vinhos da região de Lisboa, para a empresária, “é preciso que o consumidor se mostre mais disponível e prove mais”. Apesar do bom trabalho feito pelos produtores da região que tem sido fundamental para alterar as mentalidades e a filosofia que têm sido seguidas, ainda há um longo caminho a percorrer “porque é importante dar história a estes vinhos”.


ESPECIALISTAS EM EMBALAGENS BAG-IN-BOX Sediada em Carvoeira, Torres Vedras, a EnoApoio – Embalagens e Produtos Enológicos, surgiu em 1999, sendo uma das empresas pioneiras a nível nacional em soluções de Bag-in-Box, apesar de não ter sido o foco inicial da empresa, como nos começa por contar António Carlos Ferreira, sócio-gerente da EnoApoio.

ENOAPOIO

outros produtos como o azeite, sumos, no leite já começamos a fazer alguma coisa, em claras de ovo já se faz alguma coisa, ou seja, ainda tem margem para evoluir. Hoje em dia, quase toda a gente conhece este produto e nos supermercados o garrafão já começa a ser substituído pelo Bag-in-Box, o que, nas prateleiras, dá uma imagem totalmente diferente”. A operar a nível nacional e em parte no continente africano, a EnoApoio dispõe de embalagens de dois a 20 litros, que mesmo depois de aberta, mantém o vinho fresco e consumível por um período de tempo mais longo e as mesmas são utilizadas por cerca de quatro empresas distintas, referências no setor. “O setor do vinho tem evoluído bastante e ainda hoje o vejo, dentro do ramo da agricultura, como um dos setores que possa ter maior crescimento e rentabilidade futuramente. Praticamente desde que entramos na Comunidade Europeia, demos um salto qualitativo em relação à qualidade dos nossos vinhos, que são de excelência e que hoje são cada vez mais distinguidos a nível internacional”. Futuramente, o objetivo passa por manter o ramo do vinho, “que tem que evoluir e melhorar a qualidade do vinho no Bag-inBox , e estamos com bastantes expectativas no que se irá passar em outros setores, como o do azeite, sumos, entre outros, relativamente à utilização do Bag-in-Box”, conclui.

“Em conjunto com dois sócios, Amândio Malheiro e Rui Correia Luís, fundamos a EnoApoio em 1999, na altura, direcionada para a distribuição de produtos enológicos, enzimas, leveduras, ou seja, todos os componentes para o vinho, em colaboração com a Aeb Bioquímica, uma empresa italiana que fabrica esses produtos. Em 2000, 2001 direcionamo-nos para o Bag-in-Box, ou seja, mais uma gama de produtos que acrescentamos à empresa e que se tornou uma referência da nossa empresa”. Produto, com larga margem de progressão, passou a ser a principal fonte de faturação da EnoApoio, tendo sido uma das empresas pioneiras desde produto no mercado nacional. “Quando começamos com o Bag-in-Box, já havia alguns produtos no mercado, mas muito poucos, ainda estava em fase de estudo. Achamos que era um produto interessante, fomos à procura de fabricantes dessas embalagens, oferecemos algumas bolsas e caixas aos clientes que já conhecíamos da parte enológica, embalagem essa muito boa para substituir o garrafão. Fomos bastante impulsionadores no crescimento que teve em Portugal ,constituíndo um dos países do mundo onde este produto teve maior impacto e onde mais rapidamente cresceu. Passamos de 0, em 2000, para 30 milhões Bag-in-Box que o país consumiu só no ano passado”, frisa António Carlos Ferreira. Em relação ao garrafão tradicional, tem várias vantagens, como faz questão de destacar. “Primeiro, em termos de higiente, é um produto de encher e usar uma vez e que o seu fim é a reciclagem. É a única embalagem que não precisa de ar para o líquido sair e depois em termos de armazenagem, é muito mas fácil de transportar e armazenar que os garrafões.” E, acredita que ainda tem margem de crescimento e de evolução. “Este produto tem ainda muita margem de crescimento nos vinhos e no resto da indústria alimentar. Começamos a direcionar-nos para PORTUGAL EM DESTAQUE | 81


SOLUÇÕES À MEDIDA DO CLIENTE A Portugal em Destaque esteve à conversa com Nuno Faria, gerente da ThermoEurop Portugal, e à descoberta de uma empresa de sucesso, tanto a nível nacional como internacional. THERMOEUROP

De forma a perceber as origens desta companhia, Nuno Faria começou por explicar como esta aventura começou. Segundo o mesmo, a firma iniciou funções a 1 de setembro de 2013. Contudo, não apareceu no mercado do nada. “Tenho mais de 20 anos ligado a esta área”, afirmou o gerente. Após muitos anos a trabalhar noutros locais, Nuno Faria decidiu abrir uma empresa que espelhasse o seu perfil. Graças ao “know-how” do mesmo, decidiu juntar-se à ThermoEurop, visto que já tinham a empresa montada. Assim começou esta sociedade e esta aventura. Uma vez que Nuno Faria mantinha um leque de clientes satisfeitos e confiantes no trabalho realizado até então, apostaram neste projeto, visto tratar-se de algo novo no mercado. “Mostramos o que estava em falta: dedicação total, procura de soluções e proximidade com o cliente”, declarou o empresário, garantindo que se nunca tinha falhado aos clientes, não seria agora que o faria. “Temos de estar juntos de terceiros. Isto é feito por pessoas. A proximidade é extremamente importante. Isto foi o nosso trunfo: estar perto, resolver os problemas em tempo útil e fazer as coisas da melhor maneira”. Em relação ao produto desenvolvido pela ThermoEurop Portugal, Nuno Faria explicou o que os distingue das restantes empresas. “Basicamente, o que nós fazemos são caixas frigoríficas isotérmicas. Também temos a parte dos semirreboques, que passa por compra e venda. As caixas é manufatura – compramos matéria-prima e transformamos. Também realizamos manutenções e reparações”, começou por evidenciar. Contudo, todas estas mais-valias obrigam a um nível de exigência acima da média. “Fabricamos tudo cá em Portugal. Assim podemos parar ou corrigir antes de ir para a rua. Tem sido extremamente interessante. O feedback é positivo e os clientes estão satisfeitos com o nosso trabalho. Todos os nossos produtos são fatos à medida do cliente. O cliente diz o que quer e nós cortamos à medida. Queremos crescer nesse sentido”. Neste momento, a empresa pode ser encontrada tanto em território nacional, como internacional. Muito focada na internacionalização e, uma vez que o mercado português é considera82 | PORTUGAL EM DESTAQUE

do “pequeno e muito volátil”, a ThermoEurop Portugal trabalha com Alemanha e Espanha (para além de Portugal), na Europa, e com Marrocos, em território africano. Também tinham alguns trabalhos em Angola mas, neste momento, está “tudo parado”. Porém, é no continente europeu que Nuno Faria quer estar em destaque. Em jeito de conclusão, Nuno Faria admite que se chegou à posição em que se encontra é graças aos seus funcionários. “Somos uma equipa, uma família. Se a empresa está bem, estamos todos bem”. Consciente que o futuro da ThermoEurop Portugal passa pelo mercado externo, o empresário quer continuar à procura de novos mercados e de novas soluções. “Queremos dinamizar o nosso setor e procurar fatores que nos diferenciem. Já temos uma unidades produtiva nossa, mas agora temos de trabalhar para ter umas instalações nossas. Aqui já não podemos crescer mais.”




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