ÍNDICE ABRIL 2019
EDITORIAL
É com especial orgulho que trazemos uma nova edição da Portugal em Destaque, com força e dinamismo, sobretudo aos que se interessam pelo ar puro do turismo, pelo sabor da gastronomia portuguesa, pela sabedoria do ensino, pela fibra da saúde e aos que buscam bons exemplos de negócio. Queremos dar a conhecer a alma das nossas regiões, a riqueza que ainda há por descobrir, o seu progresso e dinamismo num mundo que por um lado é cada vez mais tecnológico e por outro, cada vez mais viciado na natureza. Continuamos a ser uma ferramenta essencial na aquisição de novos conhecimentos e queremos ser um parceiro fiel de todos os leitores, ao expor em cada edição reportagens que se fazem valer pela garra dos portugueses. Nas próximas páginas apresentamos-lhe um Portugal renascido, com figuras de referência de empresários, gestores, munícipes, que transformam as suas armas em estratégias para vencer a batalha com que se deparam diariamente. Comprometemo-nos desta forma a dar-vos notícias que põem Portugal em verdadeiro destaque.
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INSATEC
HOME’ART
GRUDAFIL
ORALMED PÓVOA DE VARZIM
FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | DIRETOR: FERNANDO R. SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: DIANA SILVA (REDACAO@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | CORPO REDATORIAL: ANA MIGUEL LOPES, DIANA CORREIA, JORGE TEIXEIRA, LAURA AZEVEDO, MARIA GARCIA, MARIA JOANA COSTA, MARISA VENTURA, SARA FREIXO, SARA OLIVEIRA, TÂNIA PACHECO , VERA PINHO | DIREÇÃO GRÁFICA: VANESSA MARTINS (VANESSA.MARTINS@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO (GERAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | DIREÇÃO COMERCIAL: JOSÉ MOREIRA | DEP. COMERCIAL: ANTÓNIO DOS SANTOS, ANTÓNIO MATOS, CARLOS PINTO, FILIPE AMORIM, JAIME PEREIRA, JOSÉ ALBERTO, JOSÉ MACHADO, MARÍLIA FREIRE E PEDRO DUARTE (COMERCIAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | REDAÇÃO E PUBLICIDADE: RUA ENGº ADELINO AMARO DA COSTA Nº15, 9ºANDAR, SALA 9.3 4400-134 – MAFAMUDE / +351 223 263 024 | DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA COM O JORNAL i / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | PERIODICIDADE: MENSAL | EDIÇÃO DE ABRIL ’19 ESTATUTO EDITORIAL: A Portugal em Destaque é uma edição mensal que se dedica à publicação de artigos que demonstram a realidade do país | A Portugal em Destaque é uma edição independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica | A Portugal em Destaque define as suas prioridades informativas por critérios de interesse às empresas nacionais, de relevância e de utilidade da informação | A Portugal em Destaque rege-se por critérios de rigor, isenção, honestidade e idoneidade | A Portugal em Destaque faz distinção entre os seus artigos de opinião, identificando claramente os mesmos e estes não podem confundir-se com a matéria informativa.
INSATEC
MARIA AVELINA DUARTE
SACOS DE TECIDO CRIATIVOS PARA QUALQUER ARTIGO São muitas vezes utilizados para acomodar e valorizar os mais variados artigos. Os sacos de tecido têm uma grande relevância num produto, seja pela identidade e requinte que lhe atribui ou por transportarem em si, parte da imagem e identidade de cada empresa. Mais do que uma solução rápida e eficiente, os sacos de tecido são também autênticos artigos de moda personalizados. Especializada precisamente na produção de sacos de tecidos para os mais diversas ramos de atividade, a Insatec tem-se vindo a destacar pela excelência e pela inovação neste segmento. 8 CAPA
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Se outrora interessavam principalmente para transportar produtos de grande consumo, hoje em dia transformam-se em verdadeiros acessórios de moda, especialmente para quem pretende personaliza-los de acordo com o seu negócio. Os sacos de pano estão cada vez mais em voga. Surgem com vários tipos de estampados, tecidos e logótipos, e são confecionados de acordo com os detalhes exigidos pelos clientes. Aliás, são várias as finalidades de um saco de tecido. Este artigo pode ser utilizado para acomodar joias, vestuário, calçado, entre muitos outros artigos. No mercado desde 1991, a Insatec, empresa familiar são-joanina, é especialista na
produção de sacos de tecido, de forma personalizada e com entrega garantida. Hoje, a empresa gerida por Maria Avelina Duarte, é reconhecida na confeção industrial de sacos, mas começou por se nominar NOVAGA sendo nessa época especialista em serigrafia em vidro, espelho e desenhos em pinturas a pincel. A mudança de paradigma deu-se quando a gerente Maria Duarte em conjunto com o marido Lino Armando Dias reconheceram a potencialidade do setor em que hoje atua a Insatec. Progressão no mercado O que começou numa cave rapidamente
tomou outras dimensões. A vasta experiência de Maria Avelina Duarte na costura, e a aptidão e competência comercial de Lino Dias formaram a combinação perfeita na génese da Insatec. Os primeiros sacos foram direcionados só para o calçado e, pela aproximação ao setor, começaram por desenvolver calçadeiras, um
queremos aproveitar o facto de as grandes marcas internacionais começarem a procurar a Europa pela qualidade e pela distinção que a oferta aqui lhes proporciona. Temos conseguido angariar marcas reconhecidas internacionalmente que confiam no nosso trabalho para manter os seus parâmetros de qualidade”. Com um crescimento exponencial registado nos últimos anos de atividade, a gerente destaca a importância da digitalização da marca: “Em conjunto com os meus filhos decidimos criar o site para compensar a falta de apetência comercial que tínhamos, isso deu-nos muita visibilidade e começamos a crescer nas vendas”. Segundo Avelina Duarte, a criação do site marca um ponto de viragem, na comunicação da empresa. “Com o site passamos a estar em todo o lado do mundo, acessíveis a qualquer procura. Depois disso só temos de manter o bom trabalho, porque é essa qualidade que nos vai trazer ainda mais clientes”. Novas Instalações 28 anos depois de iniciar atividade a Insatec prepara-se para registar um marco importante na história da empresa, a mudança para as novas instalações na zona industrial do Orreiro, em São João da Madeira. “Este passo vem justificar o crescimento dos últimos anos. Havia a necessidade de aumentar as instalações e por isso tive a obrigação de procurar um novo espaço. É
28 anos depois de iniciar atividade a Insatec prepara-se para registar um marco importante na história da empresa, a mudança para as novas instalações na zona industrial do Orreiro, em São João da Madeira
produto que surge como um complemento e um elemento de diferenciação perante o setor do calçado. Com o crescimento da empresa surgiu a aposta em novos mercados, uma estratégia que viria a dar frutos e a elevar a Insatec a novas exigências. “Este foi um passo imprescindível para o nosso crescimento”, reconheceu a gerente. “Trouxe-nos novas exigências porque tivemos a necessidade de nos adaptarmos a diferentes modelos e a utilizar novos materiais. Felizmente temos a vantagem de nos adaptarmos facilmente a qualquer exigência”, prosseguiu. Atualmente a carteira de clientes ultrapassa as 300 marcas dos mais variados setores (roupa, joalharia, marroquinaria, entre outros) e dos mais variados pontos do globo. Apesar do mercado nacional representar uma grande fatia do negócio, Avelina Duarte admitiu a importância da internacionalização: “a aposta no mercado externo vai surgindo progressivamente. Já trabalhamos com marcas de Itália, França, Inglaterra, Canadá, Suíça, Estado Unidos, Espanha e Polónia. Durante este ano,
a consolidação do sucesso”, contou orgulhosamente Avelina Duarte. O novo espaço terá mais de 1000 metros2, sem contar com a parte de lazer e dos escritórios administrativos. A aposta tecnológica surge inerente a esta mudança, no entanto a gerente realça que o aumento da produção não é uma ambição. CAPA 9
“Queremos manter um crescimento sustentado, garantindo essencialmente a qualidade do produto e a inovação no design e nos materiais. Esse será sempre o nosso foco e aquilo que fideliza o cliente”. Com a tecnologia a constituir uma maior relevância para a empresa, Avelina Duarte explicou a relação dessa aposta com a inovação e com o futuro: “o meu filho está a tirar engenharia aeroespacial e está focado em explorar a parte tecnológica e das máquinas. O objetivo passa por desenvolver a maquinaria à nossa imagem e mediante as nossas necessidades”. Um produto personalizado As possibilidades são infinitas: os sacos de tecido podem ter centenas de padrões, frases, desenhos e tecidos que combinam com os mais distintos desejos ou especificações. A imaginação, sempre associada à criatividade, é o ponto de partida para qualquer criação. Na Insatec todos os artigos são fabricados segundo a intenção do cliente. A multiplicidade de escolha e a unicidade artística são características presentes em qualquer artigo assinado pela Insatec, garantindo assim o fabrico de sacos de tecido com qualquer proposta de design. Com a inovação no ADN da empresa, a gerente destaca a personalização do produto mediante as pretensões de cada cliente. “Cada cliente traz a sua ideia ou o rascunho daquilo que deseja. Como venho da costura, tenho uma grande experiência na execução de qualquer saco, olhando para um rascu-
criarem produtos distintos que se demarquem da concorrência nos mais exíguos detalhes. O embalamento e a forma como o produto chega ao cliente faz a diferença e daí existir uma crescente procura na fabricação de pequenos sacos de tecidos. Este produto tornou-se num objeto com uma componente artística enorme, e um artigo relevante para o brand marketing. O tipo de cliente que procura os serviços da Insatec tem normalmente uma extensão económica média-alta, ou até mesmo alta. De acordo com Avelina Duarte, “há muitos clientes que nos escolhem por uma questão de qualidade. Sinto que fazemos a diferença no negócio dos nossos clientes. No fundo, damos-lhes um produto que é também um mimo para os seus clientes”. A legislação que veio proibir os sacos de plástico acabou por ajudar a empresa a aumentar as vendas. Mas é a excelência do trabalho realizado o maior resguardo da Insatec. De São João da Madeira para o mundo, a marca são joanina é um produto 100 por cento português que serve marcas internacionais de prestígio.
“Há muitos clientes que nos escolhem por uma questão de qualidade. Sinto que fazemos a diferença no negócio dos nossos clientes. No fundo damos-lhes um produto que é também um mimo para os seus clientes”
nho eu sei fazer. Depois associamos a nossa parte, acrescentado algumas mais-valias no design e na costura. Outras vezes o cliente vem sem uma ideia definida, e nesses casos desenvolvemos alguns esboços e apresentamos depois a nossa proposta”. No que diz respeito às calçadeiras, a aposta está na inovação. As calçadeiras são artigos que o cliente pode, de igual forma, personalizar de acordo com o seu negócio. Mercado As marcas têm compreendido a necessidade de se personalizarem e de 10 CAPA
O segredos do sucesso Se segredos existem por detrás de um empreendimento de sucesso, eles estarão sempre inerentes às pessoas e aos gestores. Para Avelina Duarte, os recursos humanos serão sempre a parte mais relevante de qualquer negócio. Todavia, é necessário rentabilizar as potencialidades de cada pessoa. “Formamos uma equipa em que cada um tem a sua função. É importante que cada um ocupe o seu lugar para que
faça aquilo em que é melhor e assim rentabilizar o trabalho e a motivação de cada um. Temos também de saber ensinar e para isso temos de o saber fazer”. Atualmente, a empresa são-joanina conta com a colaboração de experientes especialistas nas áreas da estamparia, corte, costura e acabamentos. Profissionais que garantem a qualidade do produto final, seguindo sempre as pretensões dos clientes e elevados parâmetros de qualidade. A gestão da produção e do tempo são alicerces relevantes para qualquer empresa. Todos os minutos representam ganhos importantes e prazos a cumprir. “Há que saber como rentabilizar o tempo, é impor-
tante em qualquer negócio. Temos de saber como criar o produto e a sua costura no menor espaço de tempo sem perder a qualidade”, revelou a gerente. Indissociável da qualidade, surgem os detalhes, pequenos apontamentos em ouro, relevos, entre outros pormenores. Para Avelina Duarte são eles que fazem também a diferença no produto. Há, na verdade, uma constante preocupação em todo o processo. A matéria-prima é selecionada pela excelência, sendo o algodão e o veludo os mais utilizados. A culmi-
nar toda a produção, Avelina Duarte revela o segredo que considera mais importante: “acima de tudo é a partilha de uma paixão por aquilo que se faz. Sempre gostei de costura e até tive uma altura em que fazia as minhas próprias roupas. É esta paixão que partilho com os meus colaboradores e com os meus clientes, e sei, que no final, isso faz a diferença.”.
Rua Bartolomeu Dias, nº 99/117 Zona Industrial do Orreiro 3700-057 S. João da Madeira www.insateclda.com
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GASTRONOMIA
SABORES NACIONAIS A gastronomia portuguesa é conhecida em todo o mundo e, com os olhos do Mundo postos no nosso país, neste momento, a comida nacional tem sido alvo de muitos sucessos e de muita divulgação. Desde os restaurantes mais tradicionais àqueles que procuram introduzir novas propostas gastronómicas, através da cozinha molecular, vegetariana, ou os conceitos mais alternativos, que associam as tapas a um serviço descontraído e a um convívio entre amigos, todas as propostas têm espaço no mercado. Os restaurantes portugueses que trabalham conceitos mistos de cozinha portuguesa e outra cozinha do mundo também representam uma grande fatia das opções existentes atualmente, já que muitos dos turistas que visitam Portugal se identificam claramente com alguma das propostas. A sua revista mostra-lhe, nas páginas seguintes, alguns bons exemplos do que de melhor se faz em Portugal, no que respeita a gastronomia. A comida portuguesa é apreciada em todo o mundo e o respeito pelas tradições, pela qualidade dos produtos e pela forma de os cozinhar continua a fazer história, ao longo dos anos.
INTERMARCHÉ MONTEMOR-O-NOVO
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RESTAURANTE POLVO & COMPANHIA
REINVENTAR O POLVO EM CADA PRATO Em Tavira, mais propriamente em Santa Luzia, está o restaurante Polvo & Companhia. O proprietário, H. Almeida, esteve à conversa com a Portugal em Destaque e revelou alguns segredos de como se trabalha num estabelecimento onde a grande maioria das receitas têm como base o polvo.
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Santa Luzia é a capital do polvo e foi lá, no seu espaço, que o chef Almeida nos recebeu. Homem do norte, criado de uma forma muito próxima da religião, acostumou-se desde cedo a partilhar todo o tipo de tarefas domésticas, que incluíam cozinhar. “Não tinha nenhum amor particular à arte da cozinha. Na verdade, optei por tirar Eletrotecnia, e acabei a trabalhar numa cozinha de um restaurante do Porto, por não conseguir pagar o curso. Quando entrei, comecei por lavar a loiça, mas depois surgiu uma oportunidade que eu, mesmo sem saber, acabei por aproveitar para iniciar a minha carreira na cozinha”. O proprietário do restaurante onde H. Almeida trabalhava, precisou de alguém para cozinhar, numa noite em que, com uma reserva de 38 pessoas, para jantar, o cozinheiro não foi trabalhar. Questionado sobre quem sabia fazer arroz e feijão, para acompanhar as carnes grelhadas, que eram a especialidade daquela casa, o agora chef Almeida acabou por assumir essa tarefa. “O serviço correu bem e os convidados acabaram mesmo a perguntar ao proprietário do restaurante se tinha mudado de cozinheiro, porque a comida estava boa e o serviço tinha sido diferente. Passados alguns dias, o
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CHEF ALMEIDA
meu patrão veio falar comigo e propor-me que tirasse um curso de Cozinha e ficasse a trabalhar com ele. Quando eu lhe expliquei o motivo pelo qual tinha vindo trabalhar para ali, ele dispôs-se a pagar-me o curso e eu aceitei”. H. Almeida confessa que, quando aceitou o convite, fê-lo apenas porque precisava de encontrar um rumo para a sua vida e a profissão de cozinheiro era uma boa ideia: “o primeiro ano que fiz, no curso de Cozinha, não era por entusiasmo, mas estava confiante de que aquele plano me daria uma profissão. Porém, a partir do meu segundo ano, encontrei um professor que me entusiasmou muito para esta profissão”. Tratava-se do chef Freitas, um cozinheiro de renome, que mostrou a H. Almeida a magia que esta profissão poderia trazer. “Ele mostrou-me que, de facto, trabalhar na cozinha é uma arte e podemos sempre inovar, através do paladar, da textura dos alimentos e do cuidado que colocamos em cada prato. Levava-me sempre com ele para as tarefas e eventos mais difíceis, onde era preciso alguém rápido e desenrascado. Isso começou a dar-me uma outra visão do que era ser chef de cozinha”. No final do seu período de formação, passou por vários restaurantes, sobretudo na região do Porto, mas acabou por se estabelecer no Algarve a partir de 2008. A possibilidade de trabalhar no restaurante Polvo & Companhia surgiu em 2015, pela mão do antigo proprietário. “O engenheiro Rui Martins convidou-me para fazer parte deste projeto e depois acabámos por nos tornar sócios. Essa sociedade durou um ano, porque o Rui Martins quis voltar a exercer a sua profissão e eu acabei por assumir a gerência deste restaurante”. O desafio é grande, pois H. Almeida reconhece que, embora entenda tudo de cozinha, aproveitamento de produtos e gestão dos mesmos, gerir um restaurante vai muito além disso. “Porém, quem quer aprende rápido, e é isso que se tem estado a passar comigo. Até agora, temos tido a capacidade de gerir esta casa e não baixámos a qualidade dos produtos, nem diminuímos o trabalho”. O polvo é, efetivamente, a matéria-prima por excelência deste restaurante, cujos pratos têm sempre um apontamento deste molusco. No Polvo & Companhia, pode degustar pratos tradicionais com uma roupagem nova, totalmente contemporânea. “No fundo, o polvo sempre foi trabalhado da mesma maneira – os típicos arroz de polvo, polvo à lagareiro e filetes de polvo. O que nós fazemos aqui é fazer, por exemplo, filetes de polvo mas com uma nova apresentação, nomeadamente um filete enrolado e acompanhado com couscous”. Outros pratos disponíveis e muito apreciados são a cataplana de polvo,
O polvo é, efetivamente, a matéria-prima por excelência deste restaurante, cujos pratos têm sempre um apontamento deste molusco
que inclui também batata-doce e camarão, o polvo com molho de mostarda e mel e o polvo grelhado com broa de milho e couve. De salientar que, de seis em seis meses, a carta é alterada, para incluir pratos novos, sempre com o intuito de surpreender um pouco mais os clientes. No entanto, apesar de neste restaurante o polvo ser rei, existem opções para quem é vegetariano ou mesmo para quem for um exímio apreciador de carne. No que respeita à carta de vinhos, esta casa tem o seu próprio vinho, e é fiel aos vinhos alentejanos. Todavia, na próxima mudança de carta serão introduzidos novos vinhos, de outras regiões do país, incluindo um muito particular – vinho doce, que servirá para acompanhar um prato de caril: “o que importa salientar é a qualidade dos nossos produtos. O produto tem uma importância de 100 por cento no que respeita à confeção e ao paladar do prato. O segredo do polvo está todo na primeira cozedura, porque de GASTRONOMIA 15
acordo com os próprios pescadores, ele perde cerca de 300 a 400 gramas depois de cozido, mas isso também significa que ele incorpora todos os sabores e paladar naquele momento”. Sem se alongar muito sobre o segredo por detrás de um bom prato, o chef H. Almeida apenas acrescenta que a temperatura da água é importante para um bom resultado final. Nas sobremesas, destacam-se aquelas que são feitas com base nos produtos locais, nomeadamente a alfarroba, que é utilizada fazer uma torta de alfarroba com doce de ovos, as três delícias, uma sobremesa que junta o figo, a amêndoa e a alfarroba e o semifrio de maracujá, acompanhado com chocolate branco. O Polvo & Companhia já tem clientes fiéis ao espaço e o proprietário acredita que isso se deve a três fatores essenciais – a qualidade da matéria-prima, o ambiente calmo e tranquilo que o restaurante proporciona e a capacidade de surpreender que a equipa do chef H. Almeida coloca nas confeções dos seus pratos. “A qualidade dos produtos é fundamental, por isso também acreditamos que não precisamos de ter uma confeção muito difícil ou elaborada dos pratos para que as pessoas gostem do que provam. A ria Formosa permite-nos desfrutar de um ambiente de profunda paz e bem estar, o que é uma mais-valia para quem aqui vem e gosta
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de saborear com tempo uma refeição de qualidade”. A maioria dos clientes do restaurante é estrangeira, sobretudo no verão, quando Santa Luzia se alegra com os risos e os diferentes idiomas que se ouvem nas ruas da capital do polvo. “A capacidade de surpreender vem de um equilíbrio entre o nosso gosto pessoal e o paladar dos nossos clientes mais fiéis. Sabemos até onde podemos ir, para não estragar um prato de que os clientes já gostam, mas também gostamos que ele sinta que, mesmo que ele venha dois dias seguidos ao restaurante e coma o mesmo prato, o sabor não é exatamente igual. Há sempre uma inovação, algo que mudámos e que lhe irá chamar a atenção”. O empratamento é uma das fases mais importantes no Polvo & Companhia, uma vez que muitos dos pratos confecionados não são novos, têm já longa tradição em Portugal, mas neste restaurante apresentam-se aos clientes de uma forma totalmente diferente. “A sofisticação do prato passa pela forma como idealizamos apresentá-lo ao cliente. O polvo à lagareiro é polvo à lagareiro, mas com uma apresentação renovada”. A opinião dos clientes é muito importante para o Polvo & Companhia, e para o próprio chef. Por esse motivo, H. Almeida faz questão de circular pela sala do seu restaurante, dirigindo-se aos clientes e
tentando aferir da sua experiência: “o paladar é único em cada pessoa, por isso é importante perceber se está a gostar da experiência, se falta alguma coisa no prato… Inclusivamente, o facto de serem de diferentes nacionalidades faz com que cada uma daquelas pessoas tenha experiências gastronómicas completamente diferentes das nossas, o que torna ainda mais desafiante confecionar um prato típico português, com um novo empratamento e apresentá-lo ao cliente”. Quando questionado, H. Almeida tem muito gosto em explicar o que provoca um determinado sabor ou qual o ingrediente que dá determinada textura ao prato. Uma ida a um restaurante já não se resume ao consumo de uma refeição. Vai muito para além disso, nomeadamente no que respeita à experiência que envolve todo o ambiente, apresentação do prato, serviço de atendimento e, obviamente, as sensações despoletadas pela refeição. No Polvo & Companhia, é exatamente para oferecer essa experiência total dos sentidos que a equipa trabalha: “queremos que os clientes desfrutem de uma refeição perfeita, que estimule todos os sentidos, sempre com base nos produtos frescos e locais, aliando a isso uma confeção cuidada e um excelente empratamento e apresentação. Queremos que os clientes tenham uma experiência inesquecível”.
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RESTAURANTE DESTRAVADO
REINVENTAR A COZINHA TRADICIONAL ATRAVÉS DAS TAPAS João Lemos e Ana Borges são os jovens que agarraram o projeto do restaurante Destravado. A existência do restaurante é anterior à gerência do casal que, após o fecho, decidiu entrar na aventura, fazendo de fevereiro de 2018 o início de uma nova etapa.
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O negócio é maioritariamente familiar. Fazem parte do projeto, para além do casal, a mãe de Ana Borges, Graça Mesquita (chef do restaurante) e ainda uma colaboradora que se dedica ao atendimento ao público. Quatro elementos que tornam a equipa sólida e eficaz. Com mais de um ano de atividade, a casa está a conquistar o seu lugar no mercado competitivo da região. É na fuga ao tradicional que baseiam a sua identidade através do conceito de tapas e petiscos. “O nosso objetivo era mostrar às pessoas o conceito e com isso, mudar as mentalidades mais céticas da região. Vir cá é mais que degustar uma refeição, é viver uma experiência gastronómica”. Os pratos mais requisitados são os ovos rotos, os grelos salteados com alheira regional, as batatas destravadas (batata frita às rodelas com casca) e as tábuas de queijos e enchidos quentes. Para além das tapas, servem também pregos e hambúrgueres em bolo do caco. O objetivo é reinventar os produtos regionais tornando a experiência mais divertida. É nas diárias que vêm a possibili-
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dade de aumentar os públicos, focando-se na classe trabalhadora. sem grande tempo para almoçar. Aberto de manhã à noite, o espaço está preparado para servir desde o pequeno-almoço até à bebida ou crepe, depois de jantar, tendo capacidade para 50 pessoas, onde podem receber eventos como festas de aniversário. A carta é uma das preocupações da gerência. “É importante que as cartas vão mudando de três em três meses para cativarmos mais os nossos clientes, para irmos de encontro às suas preferências e para termos um menu que corresponda à estação do ano”. Os vinhos são um gosto pessoal, mas são
também a bebida que melhor acompanha as tapas e, nesse sentido, é uma das apostas. “A variedade é bastante, no entanto, cerca de 80 por cento da carta é composta por vinhos verdes da região e vinhos de Melgaço. Para além destes, temos representadas todas as regiões vinícolas”, explicam. Incutir estes gostos nos clientes nem sempre é tarefa fácil devido, muitas vezes, à falta de capacidade económica. “As tapas são boas para serem acompanhadas com um bom vinho ou uma boa sangria, e aqui temos a sangria da casa feita por nós, na hora, que é uma das bebidas mais requisitadas”. Uma das maiores dificuldades é a zona onde se inserem. “As Terras de Basto não são, em termos de turismo e conhecimento, tão apelativas como os grandes centros, por isso, temos de trabalhar para os clientes locais e tentar cativar os turistas. Um projeto aliciante que vai permitir explorar de forma diferente o mercado através de publicidade”, contam. “Há sempre a ideia de que a idade é uma barreira para o sucesso de um negócio. Felizmente, não sentimos isso. As pessoas acreditaram em nós e a prova disso é a evolução que temos sentido ao longo deste ano”, afirmam. O caminho está a ser construído e o futuro passa por melhorar todos os dias, consolidar o nome da casa, estabilizar o negócio, os clientes e, a longo prazo, poderem inovar e arriscar de forma mais audaz. Mensagem da gerência: “Aos que já são clientes, só temos de agradecer a confiança. Aos que ainda não vieram, mas desejam vir, que venham conhecer, que estamos aqui para os receber e para aceitar as críticas que tenham para nos fazer. Só assim é que podemos evoluir”, rematam. Morada:Rua Doutor Baltazar Rebelo de Sousa, 190-B - Celorico de Basto Tlf.: 255 323 113 Email: destravado.cb@gmail.com Facebook: @destravado.cb
RESTAURANTE DESTRAVADO
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DECORAÇÃO E DESIGN DE INTERIORES
UM TOQUE NACIONAL Já pensou como seria a nossa vida sem arquitetura? Embora, muitas vezes, não tenhamos essa perceção, a verdade é que a arquitetura faz parte do nosso quotidiano. Seja através da nossa habitação, do local de trabalho, ou até dos espaços comerciais que, habitualmente, frequentamos. Ela está presente em cada recanto, em cada virar de esquina. O processo de construção de um espaço, seja ele habitacional ou comercial, conta com a participação de uma panóplia de profissionais de diferentes áreas. Neste processo, o trabalho de cada um é essencial, para que o resultado final seja harmonioso e impacte positivamente quem dele vai usufruir. Se a arquitetura é responsável pela projeção dos espaços, as áreas de decoração de interiores e design de interiores, por sua vez, assumem a função de melhorar a estética e a funcionalidade dos mesmos. Nesta edição da Portugal em Destaque damos-lhe a conhecer alguns dos melhores profissionais nas áreas de arquitetura, design de interiores e decoração de interiores, que, certamente, serão uma mais-valia para o seu projeto.
ATELIER KÁTIA KOELHO
A MATERIALIZAÇÃO ESTÉTICA DO BEM-ESTAR
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CÁTIA COELHO
Decorar um espaço é materializar bem-estar e tranquilidade. Por isso, nesta edição, a Portugal em Destaque apresenta-lhe o Atelier Kátia Koelho, o intermediário perfeito entre os desígnios do cliente e a sua materialização estética!
Arquitetar e criar o design de um espaço interior está também instigado como uma arte, afinal, a criação e a criatividade estão-lhe inerentes. Esta arte tornou-se reconhecida por muitos e é hoje um elemento diferenciador e apelativo nos interiores de uma casa contemporânea, de um espaço corporativo, ou de um hotel. A energia que a arte espalha na espacialidade de um espaço incute alma e torna os ambientes carismáticos, com identidade. É uma área especializada, multidisciplinar e, por isso, nem todos temos o dom de saber criar espaços de sonho. Por outro lado, Cátia Coelho é mestre nesta arte. “Desde pequenina que a minha brincadeira com as Barbies era decorar a casa delas e mudar constantemente as coisas”, contou-nos Cátia Coelho. Talvez desde pequena, a arte de criar, recriar e arquitetar um espaço lhe estivesse incutida no sangue. Licenciada em Design, Cátia Coelho sempre ambicionou materializar os desejos das pessoas, através da decoração e do design. Assim, de forma natural, acabou por materializar o sonho de ter um espaço próprio. Designado com assinatura própria, o Atelier Kátia Koelho,
localizado em Barcelos, nasce na realização de uma paixão. “Eu já tinha a ideia de ter um espaço meu, era um sonho que eu tinha, e quando ponho uma coisa na cabeça, eu tenho de conseguir. Sempre tive uma paixão pelas artes, e cada vez se torna mais intenso. Fui dando passos até perceber que era este o caminho que queria seguir e na área que realmente me fascina”, explicou a administradora. Desde de 2016 que o projeto tem vindo a crescer e apenas três anos após a sua fundação é já uma referência a nível nacional. O segredo por trás deste crescimento foi-nos simplificado pela administradora: “é fazer o que se ama”. Materialização de estilos e personalidade Os projetos de decoração desenvolvidos pelo Atelier Kátia Koelho adaptam-se aos estilos que refletem o gosto e a personalidade dos clientes. À maneira mais clássica, ou de forma moderna e arrojada, os projetos de decoração do atelier de Barcelos não estão circunscritos a um só estilo. Desde o casual chic ao minimalista, passando pelo contemporâneo, o romântico, o industrial, o vintage ou o rústico, o Atelier Kátia Koelho é capaz de criar todo o tipo de projetos de design
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e decoração de interiores. Neste sentido, em entrevista, Cátia Coelho sublinha que “o nosso objetivo é a personalização. Não temos projetos standard, nem um estilo definido. Cada caso é um caso. A finalidade é sempre satisfazer os desejos de quem procura os nossos serviços”. A criatividade é inerente a cada projeto e, depois de uma reunião com o cliente, Cátia Coelho atenta aos detalhes e à sua imaginação para criar um projeto em 3D. Com o objetivo de surpreender positivamente cada cliente, a administradora garante que “praticamente todos os projetos são aprovados pelos clientes”. Apesar do atelier ter “um estilo camaleão”, Cátia Coelho sublinhou: “queremos fazer sempre de forma diferente. Todas as pessoas são diferentes, com gostos diferentes, mas queremo-nos distinguir por fazermos coisas fora da caixa, que mais ninguém faz, mas claro, sem nunca esquecer aquilo que o cliente deseja”. Profissionais experientes e atentos Contando com uma equipa ativa de profissionais e atentos aos desejos dos clientes, em constante atualização relativamente a software e às últimas tendências da decoração, o Atelier Kátia Koelho cria todo o tipo de projetos de design e decoração de interiores. Os gostos e as necessidades dos clientes são, segundo afirma Cátia Coelho, “a nossa prioridade”. Presente nas melhores feiras nacionais e internacionais de design e decoração, acompanhando o que se faz em Paris e Madrid, o Atelier orgulha-se de “marcar pela diferença”. A designer responsável pelo atelier explica: “representamos grandes marcas e procuramos ter fornecedores de qualidade e produtos exclusivos.”
Desde o casual chic ao minimalista, passando pelo contemporâneo, o romântico, o industrial, o vintage ou o rústico, o Atelier Kátia Koelho é capaz de criar todo o tipo de projetos de design e decoração de interiores
O grupo Forsize e o Atelier Kátia Koelho Parte da sociedade que compõe o grupo Forsize (com sede em Braga), o Atelier Kátia Koelho apresenta um vasto leque de serviços. A correlação do atelier com a empresa jovem e dinâmica, perita em projetos de arquitetura, construção, carpintaria e serralharia - o Grupo Forsize – permite-lhe apresentar projetos ‘chave na mão’ e variados serviços complementares. Entre eles, o design de produtos e o fabrico próprio de mobiliário, o planeamento de eventos e comunicação, remodelações ou acompanhamento de obra. A par disto, ainda comercializam candeeiros, alcatifas, quadros, espelhos, papel de parede, cortinados, peças decorativas, entre outros. O processo de internacionalização Com intervenção por todo o Portugal Continental, o Atelier Kátia Koelho conta com projetos desenvolvidos nas cidades de Barcelos, Braga, Porto, Viana, Esposende, Famalicão, Guimarães, Apúlia, Monção, Valença, Maia, Gondomar, Ermesinde, Coimbra e Lisboa. Mas não se fica por aqui! O processo de internacionalização do Atelier já começou. Os projetos com a assinatura de Kátia Koelho estão presentes em cidades como Paris ou locais como o Principado do Mónaco. De forma natural, e por meio da recomendação, a expansão da carteira de clientes do Atelier Kátia Koelho é uma realidade sem demarcações fronteiriças.
Rua Tomé de Sousa Edifício Diamante 76 C - Arcozelo 4750-217 Barcelos | Tlf.: 253 030 401
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HOME’ART
“CADA PROJETO É ÚNICO” Sediada em Barcelos, a Home’Art nasce com o objetivo de oferecer soluções de design de interiores diferenciadoras para cada um dos seus clientes. Ana Costa é a administradora que assume cada projeto como sendo único e especial.
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Ana Costa é licenciada em Gestão Bancária com pós-Graduação em Gestão de Empresas. Ao longo do seu percurso profissional assumiu o cargo de Diretora de Qualidade, Ambiente e Segurança no Trabalho durante 12 anos numa empresa têxtil. Mais tarde, exerceu funções de Diretora Financeira e, após tirar o CAP em Técnico Superior de Segurança no Trabalho, foi formadora na área de segurança no trabalho. Porém, a decoração de interiores sempre foi um gosto pessoal. Quando comprou a primeira casa, a administradora decorou-a consoante o seu próprio gosto, o que lhe valeu vários elogios de amigos e familiares que imediatamente lhe pediram para realizar alguns projetos de decoração, mas sempre na vertente de hobby. Este hobby foi uma porta que se abriu para criar o seu próprio negócio, numa área que realmente gostava. Uma vez que não tinha formação na área de design de interiores, fez um curso na área, o qual permitiu que a empresária confirmasse a paixão que tinha pela decoração de interiores. Core business Dedicada a tudo o que seja construção, design e interiores, a Home’Art disponibiliza
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serviços que vão desde o projeto até à exe- mas adapta-o consoante os gostos e critérios cução nas áreas residencial, industrial, hote- dos clientes. “A ideia é criar projetos que surleira e restauração. Na base destes serviços preendam e que sejam funcionais. Claro que está presente a qualidade e o desenvolvi- temos sempre em conta os orçamentos de mento de soluções pensadas à medida das cada um, mas sempre sem fugir à qualidade”. necessidades de cada cliente. Com isto, a Home’Art pretende ser uma A Home’Art define-se por ser uma empre- empresa que não segue tendências, muito sa onde a criatividade e o design estão de pelo contrário, que cria tendências. Embora mãos dadas. Para isso, a equipa é composta por profissionais qualificados e aptos também a desenvolver projetos em 3D para que o cliente tenha a visão real de como será o resultado final do projeto. Nesta medida, Ana Costa acrescenta que “tentamos marcarmo-nos pela diferença a nível de design. Cada projeto é único e personalizado. Tudo é feito à medida. Este é o nosso ANA COSTA objetivo e temos conseguido alcançá-lo”. esta seja a identidade da marca, assumem que a participação em feiras será sempre Funcionalidade na base da Home’Art “Não basta ser bonito, mas sim prático e importante para estarem atentos aos novos funcional”. É assim que a fundadora começa materiais e produtos que vão surgindo no por explicar a importância da funcionalidade mercado. no design de interiores. Em cada projeto, Ana procura aplicar o seu cunho pessoal, Futuro risonho Sobre o futuro, Ana Costa realça que o mesmo passa por aumentar a equipa. Por outro lado, salienta que a missão da empresa é o que a move. Nela estão enquaRua Antiga Estrada Real drados objetivos que têm como finalidade do Espírito Santo, Nº242 prestar o melhor serviço aos clientes, apostar 4750-785 Vila Boa | Barcelos na qualidade e diferenciação, apresentar projetos únicos com funcionalidade, estéwww.homeart.pt tica e conforto, nunca esquecendo a relação qualidade-preço.
ALENTEJO
ESPECIAL 36ª EDIÇÃO OVIBEJA ‘19 TODO O ALENTEJO DESTE MUNDO As suas planícies de perder a vista começam a desenvolver-se junto ao rio Tejo. Aqui, a grandiosidade da paisagem é embelezada pelos sobreiros, oliveiras e cavalos que compõem as campinas. A planura facilita os passeios a pé ou de bicicleta, que convidam à descoberta do território. No Alentejo, vive-se ao ritmo da terra, onde o perfume do campo e das ervas aromáticas tornam os finais de tarde mais intensos. Com um riquíssimo património e cultura, facilmente, somos envolvidos pela história. Em cada recanto os castelos e muralhas, que evocam as conquistas de outrora, fazem-nos recuar no tempo. As casas térreas coroam os montes e os jardins e pátios evidenciam as influências árabes que moldaram o povo. A singularidade e harmonia entre o
património edificado e o património natural conferem ao Alentejo uma identidade e autenticidade genuínas, difíceis de encontrar noutro território. O Cante Alentejano considerado, pela UNESCO, Património Cultural Imaterial da Humanidade dá sonoridade ao tempo e marca a obstinação das suas gentes. O Alentejo é natureza, património e cultura, mas também é gastronomia. Os pratos tradicionais são acompanhados pelos excelentes vinhos da região, possíveis de degustar nos inúmeros restaurantes tipicamente alentejanos. Alentejo é turismo, é aventura, é descoberta. Deixe-se envolver pela magia deste território, porque motivos não faltam para conhecer a maior região de Portugal.
UF DE ALMODÔVAR E DA GRAÇA DOS PADRÕES
DOMINGOS ROMBA
TURISMO DE PROXIMIDADE
O património natural convida a caminhadas possibilitando a apreciação de outras obras espalhadas pelas freguesias de Almodôvar e da Graça dos Padrões
As freguesias de Almodôvar e Graça dos Padrões foram unidas na última reforma administrativa nacional, em 2013, mas são bem mais longos os anos que Domingos Romba se dedica à gestão autárquica. Em entrevista à Portugal em Destaque, o presidente da União de Freguesias de Almodôvar e Graça dos Padrões apresenta o que de melhor se pode conhecer e apreciar nas duas freguesias.
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alimentares às famílias mais carenciadas. O desporto, cultura e património também merecem a nossa dedicação e planeamento, uma vez que o associativismo é muito forte nas freguesias de Almodôvar e Graça dos Padrões. Apoiamos todas as associações existentes, nomeadamente os Bombeiros Voluntários de Almodôvar e o Grupo Coral Feminino ‘Flores do Campo’ que utilizam as nossas instalações para os seus ensaios contribuindo, desta forma, para a preservação e disseminação do cante alentejano – eleito Património Imaterial da Humanidade em 2004 –. O grupo Coral e Etnográfico Vozes de Almodôvar, o grupo ciclo desportista, de patinagem e as associações de promoção desportiva, local, cultural e de desenvolvimento também são alvo do nosso apoio.
A união das freguesias foi benéfica para ambas as partes? A união das freguesias de Almodôvar e da Graça dos Padrões manifesta-se benéfica em todos os sentidos. Apesar de contarmos com mais população para gerir e cuidar, procuramos estar mais próximos dos fregueses que, por vários motivos, vivem sozinhos. Esse apoio vem de atos simples como da limpeza dos caminhos de acesso às habitações mais isoladas e de fazer visitas periódicas simplesmente para conversar e escutar e satisfazer os seus anseios, dentro das nossas possibilidades. Alvo da nossa preocupação e cuidado são a população ativa, idosa e em idade escolar aos quais providenciamos todo o apoio para que possam realizar as suas atividades e viver uma vida confortável. A educação e ação social são prioridades deste executivo. Apresente algumas das medidas de apoio à população, em geral. A população em idade escolar e que faz parte do desporto escolar pode contar com o transporte gratuito para as diversas atividades providenciadas por este programa. Apoiamo-los com subsídios de transporte para as viagens de estudo para que todos possam participar. A camada sénior pode usufruir de transporte gratuito para as atividades de natação e ginástica, em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia, e entregamos cabazes de produtos
Há, certamente, muitos pontos de interesse que merecem a visita dos turistas. Evidencie alguns locais. Existem muitos pontos de interesse que podem ser visitados e dos quais destaco o património edificado religioso com as Igrejas Matriz, a da Misericórdia e o Convento da Nossa Sr.ª da Conceição que ostenta um original órgão de tubos, devidamente restaurado, logo à entrada. As esculturas em homenagem ao sapateiro e aos bombeiros são de observação obrigatória, bem como uma visita ao Museu Severo Portela e o Museu da escrita do Sudoeste. O património natural convida a caminhadas possibilitando a apreciação de outras obras espalhadas pelas freguesias de Almodôvar e da Graça dos Padrões. Destaco as festas populares locais e a Facal – Feira de Artes e Cultura de Almodôvar que atrai inúmeros visitantes que se retêm por uns dias apreciando a gastronomia e beleza natural de Almodôvar e Graça dos Padrões. São sempre bem-vindos às nossas freguesias e recebidos com simpatia.
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MUNICÍPIO DE BEJA
“BEJA TEM MUITO PARA OFERECER” Fundada num morro com 277 metros de altitude, a cidade de Beja é adornada por quilómetros de planície de perder a vista, onde as paisagens de perder o fôlego, o ar puro e a tranquilidade dão forma ao concelho. Repleta de história e tradição, a antiga cidade de Pax Julia, é sede de um dos mais extensos municípios de Portugal. São mais de 2500 anos de história que vale a pena descobrir e visitar em cada recanto desta cidade alentejana.
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O centro histórico riquíssimo, aliado à gastronomia tipicamente alentejana, constitui um dos cartões de visita do município. A quem visite este território do Baixo Alentejo é assegurada atividade turística de qualidade e que o executivo avalia como “uma das melhores do país”. As inúmeras unidades de turismo rural, que vêm crescendo em torno da cidade, dão a garantia de momentos de pura descontração. “Temos unidades que oferecem aventura, oferecem desporto, oferecem descanso, oferecem tudo aquilo que não se disfruta, com regularidade, no dia a dia. Desse ponto de vista, Beja oferece um pacote de lazer com uma qualidade que não é muito provável encontrar noutros pontos do território”, assume Paulo Arsénio, presidente do município. Popularmente apelidado como o ‘Centro do Sul’, o município de Beja é, atualmente, muito mais que isso. Se ainda não teve a oportunidade de visitar este território alentejano, a vasta agenda cultural com que nos presenteia constitui o pretexto ideal para dar um salto a este município e deixar-se encantar com o que tem para oferecer. 36ª Ovibeja A “grande feira do Sul” vai, este ano, para a sua 36ª edição. Uma organização da ACOS- Agricultores do Sul, a Ovibeja irá decorrer de 24 a 28 de abril de 2019, no Parque de Feiras e Exposições Manuel Castro e Brito. “A Ovibeja é a grande montra do Alentejo para o mundo. É a maior feira a sul do Tejo e é um certame de qualidade absolutamente ímpar. É a primeira marca identificativa da cidade e é essa grande montra que, durante cinco dias, projeta o Alentejo no país e no mundo e que projeta, particularmente, Beja. Julgo que todos os munícipes de Beja têm essa noção e, por isso, temos que acarinhá-la, para que continue a ser esta marca divulgadora do nosso território, das nossas artes, dos nossos saberes, das nossas tradições e da nossa nova agricultura”, afirma o autarca. À semelhança das edições anteriores, as ‘Ovinoites’ contarão com espetáculos musicais que irradiarão musicalidade a todo o certame. Nesta edição subirão ao palco grandes nomes
da música portuguesa, como Rui Veloso, Matias Damásio, ou ainda o bejense António Zambujo. Este ano o certame, que vai dar destaque ao tema das alterações climáticas e ao papel dos agricultores na sua mitigação e reversão, irá contar com uma novidade. “A noite de 24 para 25 de abril, acontecerá já com a Ovibeja a decorrer e, portanto, as tradicionais celebrações do município juntam-se à Ovibeja. Acontecerá uma comemoração una na cidade que irá decorrer no recinto da Ovibeja”, confidencia o autarca, que informa ainda que esta é uma iniciativa conjunta da ACOS- Agricultores do Sul e da Câmara Municipal de Beja. 350 anos das Cartas Portuguesas O Festival B, que conheceu em 2018 a sua primeira edição, será este ano dedicado à celebração de Mariana Alcoforado e aos 350 anos das Cartas Portuguesas, “uma das mais bonitas histórias de amor”. O certame, que irá decorrer de 27 a 30 de junho, realizar-se-á no centro histórico de Beja, onde, ao longo de quatro dias, será aclamada e celebrada a vida e obra da figura histórica de soror Mariana Alcoforado, bem como a sua dimensão e reconhecimento internacionais. “O tema deste ano é, particularmente, interessante, mas, particularmente, difícil. Mariana Alcoforado foi uma freira bejense que viveu entre 1640 e 1723 e que terá escrito, a partir do Convento da Conceição, as famosas cinco Cartas Portuguesas, as famosas cinco cartas de amor ao cavaleiro francês que a terá visitado no convento. Assim, Beja comemora, este ano, os 350 anos da primeira edição impressa das Cartas Portuguesas, editadas no dia 4 de janeiro de 1669. Será um festival que, à semelhança do ano anterior, terá quatro palcos em pontos distintos da cidade e que fará com que os visitantes do festival circulem entre eles, onde irão acontecer espetáculos de hora a hora”. Orgulhoso do município que gere, Paulo Arsénio deixa um convite aos nossos leitores: “se ainda não conhece o concelho de Beja, venha descobri-lo. Se já conhece, venha repeti-lo. Beja tem muito para oferecer e tenho a certeza que aqueles que nos visitarem sairão daqui com uma imagem muito positiva do Alentejo, das suas gentes, daquilo que fazemos, daquilo que somos”.
Beja comemora, este ano, os 350 anos da primeira edição impressa das Cartas Portuguesas, editadas no dia 4 de janeiro de 1669
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MUNICÍPIO DE ALMODÔVAR
ALMODÔVAR SERVIDO À MESA
A gastronomia valoriza as tradições e parte da cultura da região. O presidente, António Bota, salientou a qualidade dos produtos da região: “temos um bom pão, temos enchidos de qualidade excecional e estamos no território do porco preto e do Campo Branco, portanto do borrego. Derivado ao nosso clima e ao nosso terroir, temos um medronho de excelente qualidade com características únicas. Depois, o queijo, o mel (notoriamente reconhecido internacionalmente) e claro, os produtos à base do pão, que nos caraterizam como a capital do pão”. Endógeno à qualidade dos produtos, eleva-se a gastronomia, “as migas, o gaspacho, a açorda, o cozido de grão, são pratos típicos que nós sabemos fazer muito bem”.
História, boa mesa, paisagens idílicas e descanso: aqui encontra o que de melhor o Alentejo tem para oferecer. A simpática vila de Almodôvar, acolhe em maio a primeira edição do Festival Saberes e Sabores e foi nesse contexto que, na voz do presidente, António Bota, fomos à descoberta do que de melhor tem a Capital do Pão Alentejano para oferecer.
Festival Saberes e Sabores No sentido de promover o turismo de sensações e a gastronomia do concelho, Almodôvar, recebe em maio, a primeira edição do festival Saberes e Sabores. Uma aposta assumida do atual executivo. “Queremos valorizar os sabores da terra e dar oportunidade aos produtores e restaurantes da região, de mostrar o que sabem tão bem fazer. Iremos reunir num só espaço a nossa gastronomia, o nosso saber, as nossas tradições, os nossos produtos e a nossa cultura. É uma feira de restaurantes locais a fazerem comida para que quem nos visita possa degustar o verdadeiros sabores da região”. A juntar aos sabores e às tradições, irão haver várias atividades e música, num evento que irá perdurar durante 3 dias (10, 11 e 12 de maio). “No fundo é a feira do orgulho almodovarense”, sublinhou António Bota. Para além da aposta neste festival gastronómico, o município realiza ao longo do ano vários eventos culturais, com realce para a FACAL (Feira das Artes e Cultura de Almodôvar), que se realiza a julho deste ano, nos dias 5, 6 e 7.
Longe do rebuliço dos grandes centros urbanos e das praias sobrelotadas, as cidades e vilas do Alentejo são verdadeiras joias que pode e deve visitar. Há atividades para todos os gostos e gastronomia de deixar água na boca. Almodôvar é um exemplo dessa serenidade e dos encantos gastronómicos. Vila também reconhecida como capital do pão alentejano, encontra-se no quilómetro 661 da nacional número dois (a aclamada Route 66 portuguesa). Ali as planícies alentejanas começam a esboçar relevos menores com pano de fundo das serras algarvias, que mais a sul, desenham a fronteira entre estas regiões. Almodôvar tem mais de 600 quilómetros de terra batida preparada para a prática de desportos de natureza como o BTT, o ciclismo rural ou o gravel. Os acessos estão feitos, são trilhos rurais, devidamente arranjados para promover e acolher o desporto de natureza em Almodôvar. Da cultura e das tradições, preservam-se alguns museus, com destaque para o museu único da escrita do Sudoeste. Todavia, é a natureza e as gentes que se revelam como o maior património almodovarense.
Apoio ao Empreendedorismo Almodôvar partilha o desafio da grande parte do interior do país - a falta de emprego e a incapacidade de fixar os mais jovens. Para contrariar essa norma, o atual executivo oferece apoios financeiros e de projeto aos mais jovens empreendedores. Para complementar essa oferta, o município disponibiliza “vários loteamentos a preços apelativos com objetivo de cativar os mais jovens a viverem no concelho”. Em 2020, o projeto da zona industrial “que representa uma das grandes necessidades do município” irá ser iniciado, um passo que o atual executivo antevê como fundamental e que concretiza um dos grandes objetivos do mandato de António Bota. “Almodôvar não vive só do momento, é um grande orgulho definir as linhas estratégicas com que Almodôvar está no presente e vai estar no futuro, mediante o passado que teve. Ou sejam, utilizando a cultura, respeito e aprendizagem do passado, para projetar o futuro do município. Queremos encontrar soluções para a população porque para nós são as pessoas que estarão sempre em primeiro lugar”, concluiu o presidente.
ANTÓNIO BOTA
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ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES DO CAMPO BRANCO
HÁ 30 ANOS NA DEFESA DOS SEUS ASSOCIADOS Criada em 1989, e reconhecida como Associação de Utilidade Pública desde 1995, a Associação de Agricultores do Campo Branco, que abrange os concelhos de Almodôvar, Aljustrel, Castro Verde e Ourique, tem como principal missão a defesa dos interesses dos seus associados nas diversas vertentes. A Portugal em Destaque esteve à conversa com José da Luz, presidente da Associação de Agricultores do Campo Branco, para conhecer melhor o trabalho que esta desenvolve.
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para as questões ambientais, sendo que fomos pioneiros no primeiro projeto agroambiental. Uma das nossas marcas é a defesa do meio ambiente e da nossa pecuária extensiva e culturas de sequeiro. Para além disso, apoiamos os associados em projetos, fazemos a receção das suas candidaturas a ajudas comunitárias e fazemos o acompanhamento das mesmas, através do nosso gabinete técnico altamente equipado e especializado. Portanto, prestamos serviço em todas as áreas em que os associados tenham necessidade, inclusivamente em pequenos projetos de investimento.
JOSÉ DA LUZ
Como surgiu a Associação de Agricultores do Campo Branco? A Associação de Agricultores do Campo Branco surge no seguimento da adesão de Portugal à Comunidade Europeia. Aqui, na região, não existia nenhuma associação de agricultores e, por isso, os agricultores da zona não podiam usufruir das vantagens da adesão. Não podiam apresentar candidaturas, quer a ajudas comunitárias, quer a projetos de investimento. Daí a necessidade de criar esta associação. Tivemos, desde início, uma grande adesão de agricultores, porque criámos algumas valências importantes como o Plano Zonal de Castro Verde, onde integraram desde logo agricultores, produtores e ambientalistas, e o Agrupamento de Defesa Sanitária do Campo Branco. Conseguimos também, nos primeiros anos, adquirir instalações próprias, o que constitui uma alavancagem para a associação, que, naturalmente, está a corresponder no serviço que presta aos seus associados.
O combate às situações de seca tem sido uma das principais bandeiras da Associação de Agricultores do Campo Branco que, através do Programa de Apoio ao Abeberamento dos Efetivos Pecuários, tem procurado apoiar os seus associados. De que forma prestam esse auxílio? Sem dúvida. Esta é uma zona muito problemática, no que diz respeito aos efeitos das alterações climáticas. Um dos problemas que nos preocupa bastante, e que tem sido sempre uma das nossas bandeiras, tem sido a luta contra a seca e a falta de água para abeberamento dos nossos efetivos pecuários e da avifauna. Temos procurado desenvolver sistemas de combate à seca e temos feito um trabalho bastante meritório na medida em que, desde o início da nossa atividade, a luta contra a falta de água tem sido um dos marcos importantes a atingir. Começámos por, no ano de 1995, iniciar a aquisição de uma frota de cisternas. Hoje, temos uma frota de cisternas móveis, composta por cerca de 32 cisternas, para o transporte de água. Para além disso, temos apoiado os nossos associados na apresentação de projetos e incentivado os associados a aderirem aos programas de apoio do Ministério da Agricultura que criou medidas específicas, para a abertura de captações de água e para aquisição de equipamento e material de armazenamento e transporte de água.
Quais as principais áreas de intervenção da Associação de Agricultores do Campo Branco? A Associação de Agricultores do Campo Branco é uma associação polivalente. Intervém em todas as áreas onde os seus associados tenham necessidade da nossa colaboração. Somos muito virados para a sanidade animal,
O que podemos esperar da Associação de Agricultores do Campo Branco no futuro? A Associação de Agricultores do Campo Branco irá continuar a trabalhar na defesa dos interesses dos seus associados. Continuaremos a desenvolver a nossa atividade, como temos feito até ao momento, e, acima de tudo, continuaremos a trabalhar para que toda a população agrícola e o nosso mundo rural sejam mais valorizados, modernizados e rejuvenescidos.
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INTERMARCHÉ MONTEMOR-O-NOVO
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JOAQUIM DAS RAÇÕES
UMA REFERÊNCIA NO SETOR HÁ 12 ANOS
Nesta edição da Portugal em Destaque damos-lhe a conhecer a Joaquim das Rações. Sediada na Rua das Agroalimentares, nº. 11, a empresa que se dedica à comercialização de rações, foi fundada por Joaquim Domingos Caeiro e foi com ele que estivemos à conversa aquando da nossa visita às suas instalações.
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Joaquim Domingos Caeiro é o rosto por detrás da empresa que hoje lhe apresentamos. Corriqueiramente conhecido como ‘Joaquim da Rações’, o empresário bejense faz da comercialização de rações a sua área de atividade, há mais de 30 anos. Com um percurso profissional marcado pela passagem em empresas do setor, Joaquim embarcou na aventura de criar o seu próprio negócio em 2007, abrindo as portas de mais uma empresa de referência no Baixo Alentejo. Prestes a completar o 12º aniversário, a empresa vem evidenciando um crescimento sustentado, alicerçado na qualidade do serviço prestado. No entanto, o entrevistado confessa que o caminho nem sempre foi fácil de percorrer. Inicialmente a trabalhar sozinho, Joaquim assume que “o início da empresa foi o período mais difícil”. Hoje é diferente. A Joaquim das Rações conta com a colaboração dos dois irmãos do empresário, que, em parceria com Joaquim, têm levado a empresa familiar a bom porto.
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De Beja para todo o Alentejo e Algarve mais-valia da empresa que gere. Com um A Joaquim das Rações encontra na co- atendimento personalizado e que vai de mercialização de rações para todo o tipo encontro às pretensões dos seus clientes de animais o seu core business. “Temos a Joaquim das Rações, encontra no fenóprodutos para todos os tipos de animais e meno do ‘passa a palavra’ a sua melhor trabalhamos com marcas conceituadas no publicidade. “O trabalho que fazemos é mercado”, assume, com satisfação, o inter- muito bom e, por isso, somos recomenlocutor. Os grandes produtores de gado, dados de clientes para clientes quando sobretudo do Baixo Alentejo representam a vão comprar o gado”. maior percentagem de clientes da empresa, embora “o cliente particular, que tem os pintos e os frangos”, também assuma uma percentagem significativa do total de fregueses da empresa alentejana. Com uma frota de distribuição própria, constituída por dois veículos ligeiros e um pesado, a Joaquim das Rações assegura a distribuição por toda JOAQUIM CAEIRO E IRMÃO a zona de influência geográfica. “A distribuição decorre de acordo com as encomendas, mas, felizmente, o nosso veículo pesado sai todos Para o futuro? Crescer os dias carregado de encomendas”, conta, A solidez da Joaquim das Rações é decom agrado. monstrada pelos 12 anos de serviço neste setor, que enchem de orgulho toda “Trabalhamos com marcas conceituadas no a equipa. “Têm sido anos de muito tramercado” balho e, por vezes, de muito sacrifício, Para que os níveis de excelência sejam atin- mas, de momento, somos uma empresa gidos, Joaquim trabalha, diariamente e em estável. Temos crescido todos os anos permanência, com marcas conceituadas no e esperamos continuar assim”. Espelho mercado nacional, que representam cerca de desse crescimento são as instalações que 90 por cento dos produtos comercializados ocupam há cerca de três anos, um pavipela empresa. “Trabalhamos com marcas lhão com maior capacidade que permite à conceituadas no mercado, como o Grupo empresa ter maior quantidade de produto Sorgal, as Rações Zêzere e a Nanta. Todas em stock. Mas Joaquim não pretende paessas empresas fazem bons produtos e se rar por aqui e, em confidência, assume: pudesse só trabalhar com marcas portugue- “está projetada, para este ano, uma área sas, trabalhava”, afirma. Joaquim encontra na com mais 200 m2 e onde, em princípio, qualidade dos produtos comercializados e vamos trabalhar com mais dois tipos de do serviço prestado aos clientes a grande produtos”, conclui.
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TORRES NOVAS, um interior por descobrir
Localizada na margem direita do Tejo e atravessada por um seu afluente, o rio Almonda, Torres Novas é o típico exemplo de cidade do interior, que conjuga na perfeição a vida e animação citadina com a tranquilidade rural. O Centro Histórico de Torres Novas é marcado pela memória do seu passado medieval, com o traçado das ruas e o Castelo. Mas esta região guarda também registos arqueológicos da presença humana desde a época pré-histórica, assim como importantes vestígios romanos.
Património histórico
Ruínas romanas da Villa Cardillio, Castelo medieval, inúmeras igrejas na cidade e no concelho, Museu Carlos Reis, Casa-Memorial Humberto Delgado, as Grutas das Lapas...
Património natural
Reserva do Paúl do Boquilobo (UNESCO), Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros, Monumento Natural das Pegadas dos Dinossauros e as Grutas do Almonda
Praça 5 de Outubro (praça principal) Reservas: Tel. 249.819.370 Hotel com 60 quartos e Restaurante
Auditório para 150 pessoas
Gastronomia
Com tradições situadas entre a serra e o rio, tem especialidades como cabrito assado, fataça e petinga fritas, enguias, morcela de arroz, couves com feijão ou o figo …
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VALPAÇOS
TERRA DE TRADIÇÕES É na histórica região de Trás-os-Montes que encontramos Valpaços. Cidade do Norte do país, repleta de história e tradição, Valpaços insurge na Zona Ecológica do Alto Tâmega, onde os férteis vales dos rios Rabaçal e Torto dão forma ao concelho. Povoada desde a pré-história a região, onde se insere o concelho, é recheada de vestígios megalíticos e romanos. As casas senhoriais e os solares comprovam a importância deste concelho em tempos passados, como é exemplo o Solar dos Morgados, o mais antigo do concelho. Não só de história se faz este concelho do distrito de Vila Real. Valpaços é também natureza, que pode ser contemplada nas numerosas praias fluviais espalhadas por toda a região e que reúnem as condições necessárias para prática de atividades lúdicas e desportivas, ou para momentos de pura descontração. Os terrenos férteis com que é presenteado, brindam o concelho com produtos endógenos de grande qualidade. O azeite, o vinho e os frutos secos são um dos cartões de visita do concelho, que é ainda sobejamente conhecido pelo mel e fumeiro, bem como pelo tradicional folar que é, desde 2017, um produto com Indicação Geográfica Protegida.
UMA DAS MAIS BELAS QUINTAS DE TRÁS-OS-MONTES FICA EM VALPAÇOS
Rua de Pomar, Lugar da Ribeira, 5430-434 Valpaços, Portugal | +351 278 717 472 | www.quintadonaadelaide.com Paulo Azevedo | +351 964 218 097 | pauloazevedo@quintadonaaldelaide.com Joana Lopes | +351 926 636 299 | joana.l@quintadonaadelaide.com
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GRUDAFIL
EMPREENDEDORISMO & INOVAÇÃO Empresa familiar com cerca de 30 anos de atividade conta com o empreendedorismo e visão de sucesso de Rui Vassal, neto do fundador, ao comando da Grudafil. Implantada em Ribas e com filial em Ervões, ambas no concelho de Valpaços, é uma referência na comercialização de materiais de construção. O espírito empreendedor de Rui Vassal levou-o a expandir o negócio para o armazenamento e comercialização de castanha nacional e daí adveio a empresa de transportes. Aqui está a entrevista a Rui Vassal, CEO da Grudafil.
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A Grudafil é uma empresa familiar que começou com o seu avô, passando mais tarde para o seu pai Daniel Vassal, e hoje conta comigo a comandá-la. Apresente-nos o seu percurso. A Grudafil começou como empresa em nome individual, com o meu avô e passou para o meu pai. Eu cresci com a Grudafil e, quando terminei os estudos, decidi trabalhar na Grudafil, atualmente sou eu quem gere a empresa, e continuo a manter o espírito para a qual foi criada: a de servir os clientes com qualidade e profissionalismo. O ramo da construção civil foi sempre o nosso forte e a atividade principal da família, apesar de termos sempre tido alguma ligação ao comércio de castanhas. Em que altura decide assumir a comercialização de castanhas como um ramo de negócio da Grudafil? O negócio da comercialização de castanhas surge pela necessidade de escoar a castanha produzida nesta região. Começámos por escoar apenas a produção dos agricultores locais e, quando as quantidades começaram a aumentar, decidi criar uma empresa de transportes para complementar este negócio e dos materiais de construção. Compramos ao produtor e armazenamos para vender na altura de maior procura quer para consumo interno, como para externo. Atualmente fazemos chegar castanha a várias regiões do país e para fora de Portugal, nomeadamente para a Sortegel, em Bragança, e a restante para alguns países da Europa, sempre através de intermediários portugueses.
Para além de recebermos os clientes nas nossas instalações também nos deslocamos ao local da obra, orçamentamos e contratamos os profissionais necessários para a concretizar
A castanha nacional, mais propriamente a variedade Judia, foi considerada a melhor do mundo. A que se deve esta distinção? A castanha é o fruto rei da nossa região, tem uma excelente qualidade e distingue-se muito bem das que entram no nosso país. É comum encontrar castanhas vindas de mercados estrangeiros à venda nas grandes superfícies, enquanto as castanhas nacionais continuam armazenadas porque o preço é mais elevado, correspondendo à sua qualidade e custo de produção. A variedade Judia foi considerada 40 VALPAÇOS
RUI VASSAL
a melhor do mundo, mas enquanto existir a entrada de castanha de qualidade inferior e de preço mais baixo no mercado de consumo continuaremos a não conseguir escoar os nossos frutos.
Fixou-se em Valpaços, um concelho do interior. Foi a paixão pela terra e o negócio familiar que o motivaram a ficar? Foi o facto de ter um negócio familiar ao qual eu queria dar continuidade e expandir, bem como o apreço que tenho por esta terra. A Grudafil é a minha empresa, continua a ser familiar e reconhecida por todos como sinónimo de seriedade e qualidade de serviços. Ao longo dos anos primámos por nos manter atualizados e por apresentar novos serviços aos clientes em todos os ramos de negócio da Grudafil. Para além de recebermos os clientes nas nossas instalações também nos deslocamos ao local da obra, orçamentamos e contratamos os profissionais necessários para a concretizar. Dentro do concelho de Vapaços assistimos muito à reconstrução e requalificação dos imóveis existentes e quando o proprietário opta por construir uma casa nova sabe, por norma, de que profissionais necessita para concretizar o seu objetivo, mas quando pretende reconstruir a sua casa precisa de ter orientação por parte de profissionais da área.
Ao decidir avançar para a reconstrução de um imóvel, quais são os princípios básicos que um proprietário deve ter em consideração? É sempre necessário a ajuda de um profissional de forma a poder
orientar e analisar as alterações pretendidas. Muitas vezes, as pessoas, pensam que as casas ficarão mais funcionais com certas alterações e materiais quando, na realidade, apenas iam gastar dinheiro em alterações pouco práticas. Ao consultar a nossa equipa conseguimos propor a melhor solução para as alterações que pretendem efetuar, indicar quais os materiais mais indicados, se é necessário renovar a canalização e estrutura elétrica, entre outras indicações fundamentais para aplicar bem o dinheiro no seu imóvel. Trabalhamos em parceria com várias empresas, que complementam a nossa atividade, de forma a garantir qualidade e durabilidade quanto ao investimento realizado pelos nossos clientes. Até que ponto é importante a definição do orçamento antes de iniciar uma obra? É extremamente importante que seja definido um orçamento não só para o dono da obra saber quanto vai gastar, como para que os prestadores de serviços os consigam orientar quanto aos materiais mais rentáveis e duráveis, tendo sempre em consideração o valor disponível para a realização da obra. Para além disso, a obra pode ser realizada por um valor abaixo do esperado, o que possibilita que o valor remanescente seja canalizado para concretizar outros projetos dentro do imóvel rentabilizando os produtos adquiridos e serviços contratados. Reconhece o conforto como uma das prioridades dos seus clientes? Atendendo ao facto de nos encontrarmos numa região que faz muito frio no inverno e o calor extremo no verão temos recebido muitos pedidos de orçamento para colocação e instalação de lareiras e de equipamentos de ar condicionado, principalmente quando são realizadas obras de remodelação das habitações. O isolamento do imóvel também passou a ser uma prioridade. A diferenciação da Grudafil assenta em que pilares? O que nos diferencia é a variedade e qualidade de produtos que disponibilizamos, tanto na exposição, como por encomenda e quando o cliente necessita de apoio e orientação quanto ao trabalho a realizar e/ou que materiais utilizar, nós prestamos esses serviços com seriedade
e exatidão. Para além disso, recomendamos os especialistas das várias áreas, como eletricista, pichelaria ou engenharia e conseguimos garantir a entrega, em muito pouco tempo, do material necessário para a obra, uma vez que temos uma frota própria de carros para as realizar. Saliento a qualidade de atendimento e o profissionalismo da equipa Grudafil porque, para além de se diferenciarem das congéneres, estas qualidades fazem parte do nosso ADN. É de salientar que todo este nome, Grudafil, conta com toda a grande equipa que me acompanha.
VALPAÇOS 41
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TRANCOSO
ANTIQUÍSSIMA VILA Aqui, a imaginação e a realidade, o passado e o presente andam de mãos dadas. A entrada na antiquíssima cidade de Trancoso faz-se através da passagem pela Porta D’El Rei, uma das principais portas da muralha que ainda hoje a circunda. O cenário medieval que envolve todo o espaço transporta os seus visitantes para um tempo longínquo em que reis e rainhas percorriam as suas ruas. Extraordinariamente bem preservada, a cidade de Trancoso integra o restrito programa das “Aldeias Históricas de Portugal”, sendo um destino incontornável da Beira Alta. Com um centro histórico repleto de pontos de interesse, as atenções dividem-se entre a antiga Judiaria, o Pelourinho Manuelino ou o castelo medieval, que, atualmente, consti-
tui o ex-libris da cidade. Também o exterior da muralha é presenteado com algumas das maiores pérolas da nossa história, como o Convento dos Frades, a Capela de Santa Luzia e a Necrópole Antropomórfica. Situado num planalto a 885m de altitude, Trancoso permite, através de uma vista ao topo da Torre de Menagem do castelo, vislumbrar a paisagem raiana em que se impõem. O roteiro só fica completo quando apreciadas algumas das principais iguarias da região. O cabrito assado no forno, a bola de carne e as enguias à S. Bartolomeu são alguns dos pratos mais apreciados. A par disso, as famosas sardinhas doces de Trancoso fazem as delícias dos transeuntes, bem como o queijo da serra, o precioso mel e os frutos.
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MUNICÍPIO DE TRANCOSO
AMÍLCAR SALVADOR
AFIRMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS SABORES TRADICIONAIS Milhares de visitantes passaram por Trancoso, durante os dias 1, 2, 3, 9 e 10 de março, atraídos pelos sabores característicos da região, na XVI edição da Feira do Fumeiro. O certame dinamiza a economia do concelho ao mesmo tempo que promove sinergias entre produtores do concelho e da região e, este ano contou com a presença de Capoulas Santos, ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, que se mostrou “orgulhoso” pela dinâmica do certame.
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Como habitualmente, a Feira do Fumeiro e dos Sabores do Nordeste da Beira realizou-se no Pavilhão Multiusos de Trancoso nos dois primeiros fins de semana de março. Durante estes dias marcaram presença no evento os principais produtores da região de enchidos e fumados, queijos, pão, doçaria regional, vinhos, mel, azeites e de artesanato regional. O certame foi promovido pelo Município de Trancoso em parceria com a AENEBEIRA – Associação Empresarial do Nordeste da Beira. Na inauguração do certame, Amílcar Salvador, presidente da Câmara Municipal de Trancoso, sublinhou a importância de dar “visibilidade a produtos de grande qualidade e referência” e justificou, elogiando os profissionais do setor agroalimentar do concelho pelo seu “empenho na procura ativa de soluções e produtos inovadores criadores de riqueza e progresso”. Por sua vez, Tomás Martins, presidente da direção da AENEBEIRA, assinalou que o evento tem um “caráter regional”, destacando o facto dos produtores presentes estarem “devidamente licenciados, o que é garantia de qualidade”. Já Capoulas Santos fez um retrato do setor no concelho de Trancoso, onde existem 1.725 explorações, das quais 1.467 foram apoiadas com 15 milhões de euros nestes últimos três anos. “Foram também financiados 124 projetos do PDR, no valor de seis milhões de euros, e 118 agricultores receberam 155 mil euros em incentivos à atividade”, enumerou, afiançando que “o ministro da Agricultura não promete apoiar, está a apoiar os agricultores”. Uma marca da região Em entrevista à revista Portugal em Destaque, Amílcar Salvador traçou um balanço positivo da Feira do Fumeiro e dos Sabores do Nordeste da Beira, que é já ”uma marca forte na região“, salientando a lógica comercial do evento, a qualidade e excelência dos produtos, bem como a satisfação dos expositores. O líder do executivo trancosense destacou a importância da presença do ministro Luís Capoulas Santos, no sentido de testemunhar a dinâmica que existe no Interior.
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Um arco-íris de potencialidades Trancoso é uma “aula de história em pedra”, mantendo a solenidade dos tempos medievais. Detentora de um património natural e cultural rico e único, Trancoso detém entre as muralhas medievais, as Portas d’El Rei, o traçado da rua da Corredoura com a praça e
largo D. Dinis e com o imponente castelo. Outra marca do concelho é o património judaico, que fundamentou a construção do Centro de Interpretação Isaac Cardoso e a Casa do Bandarra. Trancoso tem um arco-íris de potencialidades e, segundo dados estatísticos, recolhidos pelo Núcleo de Apoio ao Investimento do Turismo Centro de Portugal, Trancoso foi o concelho, da área geográfica da CIMBSE, que mais cresceu de 2016 para 2017 ao nível de dormidas turísticas, registando uma subida de 38.3 por cento. Para Amílcar Salvador, “este crescimento deve-se ao nosso património histórico e monumental, bem como aos eventos temáticos que organizamos ao longo do ano”. O autarca adianta que a Câmara Municipal tem procurado atrair cada vez mais turisTrancoso o X Encontro Europeu da Castanha, assumidamente um evento de referencia, dentro da fileira europeia da castanha. “Mas queremos muito mais, porque Trancoso tem potencialidades para continuar a crescer”, considera Amílcar Salvador, que atribui também muito mérito aos empresários e comerciantes da ‘cidade de Bandarra’ que sabem receber muito bem. “O município vai continuar a apostar na promoção turística, porque é um sector muito importante para a criação de riqueza no concelho”, salienta o edil, lembrando que este ano Trancoso vai receber também o XII Concurso de Vinhos da Beira Interior, organizado pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) e o X Encontro Europeu da Castanha, que se assume como um evento de referência dentro da fileira europeia da castanha.
tas com iniciativas de qualidade. Terra de grandes eventos, grandes feiras e grandes mercados, Trancoso acolhe um conjunto de iniciativas de grande distinção da região como a Feira do Fumeiro, a recriação Histórica da Batalha de Trancoso, as Bodas Reais, o Festival de Música no Castelo, o Festival das Vindimas, ou a Magia de Natal. Destaque ainda para a Feira de São Bartolomeu, a mais antiga Feira Franca do país e um dos maiores eventos comerciais da região centro, onde durante dez dias pode encontrar um pouco de tudo desde diversões, artesanato, exposições automóvel e de maquinaria agrícola, tasquinhas e restaurantes, um pavilhão das atividades económicas e um excelente cartaz de espetáculos a animar as noites de Trancoso. De importante menção é também a Feira da Castanha, um evento que procura valorizar não só o mais emblemático produto endógeno do concelho – a castanha – como também outros produtos autóctones da época, refletindo uma séria aposta do Município que para 2019 conseguiu trazer a TRANCOSO 47
INOVAÇÃO
EMPREENDEDORISMO O cenário empresarial está cada vez mais competitivo. Para se destacar da concorrência é preciso ser irreverente, procurar sempre “o novo”, sair da zona de conforto, ser inovador. Nesta edição da Portugal em Destaque damos-lhe a conhecer alguns exemplos de inovação lusa. Empresas e empresários que através de novos modelos de negócio, novos produtos e serviços, geram riqueza e agregam valor ao tecido empresarial nacional. Exemplos de superação, criatividade e atitude, que abraçaram o desafio da inovação. Deixe-se agora inspirar pelas histórias de quem diariamente mostra ao mundo o que de melhor se faz no país.
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ORALMED PÓVOA DE VARZIM
ORALMED PÓVOA DE VARZIM, UM SORRISO PARA A VIDA a agenda dos médicos é preenchida da melhor forma possível. Porque só assim podemos ter a satisfação dos nossos pacientes. É algo que a motiva? Sem dúvida. Trabalho na área da Saúde há 19 anos. Estou no Grupo OralMED SAÚDE desde 2014 e penso que o meu percurso tem sido bastante positivo, a nível profissional e pessoal. Já tratámos milhares de pacientes. E só pensar que temos esse poder é uma satisfação e uma felicidade enorme. Ajudamos pessoas que nem gostavam de sorrir para fotografias. E que voltam mesmo a sorrir para a vida.
São mais de 40 unidades em todo o país, pertencentes ao primeiro grupo português especializado em Medicina Dentária. E uma delas está na Póvoa de Varzim, sob a coordenação de Milene Cabral. Nesta edição, estivemos à conversa com uma profissional que se dedica à área da saúde há 19 anos. E quisemos conhecer o que torna esta clínica numa unidade tão especial para a região.
Tem algum caso que a tenha marcado particularmente? Existem muitos. Mas vou falar de um caso em particular. É uma paciente que veio fazer a avaliação na nossa clínica e, como a maioria dos portugueses, vinha muito nervosa... O marido foi andar às voltas com ela no carro para a tentar acalmar… Quando a paciente entrou na clínica, começou de imediato a chorar com o nervosismo e com o medo que tinha do dentista. E neste momento, não só está a terminar o tratamento ortodôntico, que durou 24 meses, como já entra na clínica com um sorriso maravilhoso e sem qualquer tipo de medo. É incrível.
O que é que diferencia a Clínica OralMED Póvoa de Varzim? Acredito que somos uma clínica diferente porque temos um acompanhamento ao paciente personalizado e permanente. E não fazemos tratamentos ‘dente a dente’, como se fazia antigamente. Tratamos da boca como um todo, seguindo as recomendações da medicina dentária contemporânea. Isso faz toda a diferença, porque os pacientes sabem tudo o que têm a tratar e esclarecem todas as suas dúvidas logo na primeira consulta. Uma primeira consulta que é... gratuita? Exatamente. Só assim faz sentido. Qualquer pessoa pode vir até nós e usufruir de uma consulta de avaliação totalmente gratuita. E com meios de diagnóstico avançado e médicos qualificados em todas as áreas clínicas, ficará a conhecer os detalhes da sua boca. Sem pagar qualquer valor, porque a saúde é sua. E depois dessa consulta? Depois, o paciente é que decide. Se precisar, e quiser tratar-se connosco, temos facilidades de pagamento desde o primeiro momento. Na prática, o que é que isto significa? Significa que a saúde oral não tem de ser um luxo. E temos pagamentos fracionados, ajustados aos rendimentos mensais de cada um. Quantos profissionais estão OralMED Póvoa de Varzim? No total, somos 15 elementos: três gestoras de pacientes, duas rececionistas, três assistentes de gabinete e sete médicos dentistas. E qual é o seu papel enquanto coordenadora? É agilizar todas estas funções. Dar apoio e orientar as tarefas de toda a equipa: as rececionistas, as assistentes, os gestores... e garantir que 50 INOVAÇÃO
MILENE CABRAL
O que significa dizer que a OralMED Póvoa de Varzim pertence ao Grupo OralMED SAÚDE? Significa que não somos apenas uma clínica: fazemos parte do primeiro Grupo Português especializado em Medicina Dentária. Temos 40 clínicas próprias em todo o país, dois laboratórios integrados, o primeiro Contact Center em Portugal especializado na área da saúde... e poderia continuar. Temos um centro clínico de cirurgia avançada em Lisboa – o Instituto OralMED – e, não menos importante, a Academia OralMED. Ainda há dias os nossos Médicos Ortodontistas reuniram para mais uma formação especializada em Lisboa. Quer deixar algum conselho aos nossos leitores? Que não tenham medo. E mesmo que não sintam dores, venham fazer uma avaliação gratuita do estado da sua saúde oral. A prevenção é a base de tudo. E estamos disponíveis para ajudar, com todo o apoio necessário.
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PINGOS SERVICE
BUILDING YOUR COMMUNICATIONS Apresentamos-lhe a Pingos Service, uma empresa que se dedica à realização de serviços na área das telecomunicações. Sediada no concelho de Valongo, foi lá que estivemos à conversa com João Lindo, CEO da Pingos Service que, em entrevista, abordou a génese do negócio e o mercado em que se insere.
N
No mercado desde 2013, a Pingos Service surgiu com um objetivo bem definido: preencher as lacunas existentes no mercado das telecomunicações. A empresa que surgiu pelas mãos dos pais de João e é, atualmente, gerida por João Lindo, filho do casal, que em entrevista começou por revelar a génese do negócio. “A empresa surgiu pelos meus pais, que continuam a ser a base. Eles já tinham uma empresa de outro ramo e, depois de começarem a verificar o crescimento do mercado das comunicações, decidiram investir nessa área”. Com um crescimento sustentado, alicerçado em decisões estratégicas, a Pingos Service nem sempre encontrou um caminho fácil de percorrer e João Lindo recorda o período menos fácil que a empresa atravessou. “De 2013 a 2017 tivemos uma parceria, muito forte, com uma outra empresa. No entanto, em 2017, houve uma separação e tivemos que repensar o negócio. Nessa altura, não tínhamos imagem nem clientes”, começa por revelar João Lindo, que assume que este “foi um ano difícil”,
JOÃO E PAULO LINDO
mas, ao mesmo tempo, de crescimento: “tivemos de nos lançar ao mercado e procurar clientes. Foi aí que descolamos”. De Valongo para a Europa A empresa valonguense dedica-se, desde a sua génese, à realização de serviços na área das redes de telecomunicações. Do leque de serviços disponíveis destacam-se os de FTTH (Fiber To The Home), FTTN (Fiber To The Node) e RNG (Redes Novas 52 INOVAÇÃO
Gerações). “A Pingos Service trabalha na área das telecomunicações, que se divide em duas categorias: rede móvel e rede fixa”, começa por explicar João Lindo o core business da empresa. “No que diz respeito à rede fixa, fazemos a instalação da rede de fibra, desde a central, até à porta do cliente. Na rede móvel fazemos, por exemplo, a troca de tecnologia 3G para 4G, ou ainda de 4G para 5G, futuramente”, explica o interlocutor. Para além do mercado nacional, que representa uma pequena percentagem do volume de trabalho, a equipa da Pingos Service dedica-se também a projetos além-fronteiras, tendo já implementado redes de telecomunicações em Inglaterra, França, Alemanha e Suíça. Um serviço assegurado, em permanência, por mão de obra qualificada, experiente e 100 por cento portuguesa. Para que os níveis de excelência sejam atendidos, a Pingos Service conta com uma equipa pluridisciplinar e de excelência, que assegura a prestação de um serviço incólume a todos os clientes. Para o interlocutor, a base do sucesso alcançado deve-se, em parte, ao profissionalismo da equipa que o acompanha”. Os nossos funcionários são pessoas em quem confiamos e profissionais qualificados. São a razão da empresa e, em 2019 pretendemos realizar fortes melhorias nas condições proporcionadas as nossas equipas”, conta o entrevistado, que admite apostar na constante formação dos seus colaboradores: “infelizmente, não há nenhum curso específico para esta área. Este é um trabalho que envolve muita tecnologia e uma constante adaptação. É necessária uma formação contínua dos técnicos”. Alcançar novos mercados Presentemente, a trabalhar, sobretudo, com “subempreiteiros das operadoras”, a Pingos Service tem conseguido alcançar uma posi-
ção de destaque no panorama nacional. Para o futuro, espera-se crescimento, sobretudo, em novos mercados. “Queremos crescer nos países nórdicos. Em 2019, pretendemos começar a preparar contactos e bases, para em 2020 iniciarmos essa expansão”. Empreendedorismo é palavra de ordem na Pingos Service, que espera, no futuro, apostar em novos espaços na Europa. “Pretendemos abrir filiais em França e Alemanha. Para além disso, pretendemos também aumentar a equipa, sempre tendo em conta a qualidade do serviço”.
Rua Doutor Costa e Almeida, Nº 33, 1 4440-643 Valongo Email: info@pingoservice.com
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www.bemyguest.com.pt
GUESTHOUSE DE CHARME, UM NOVO CONCEITO EM VISEU Um conceito diferenciado, um espaço confortável e pacato, mesmo no centro da cidade de Viseu. As comodidades são as mesmas de uma casa normal, a decoração é marcada pelos traços que foram preservados de uma antiga casa senhorial. Falamos da “Be my Guest”. Era uma antiga casa senhorial deixada ao abandono e consequentemente com as marcas naturais que o tempo deixa num edifício entregue apenas a ele mesmo. Estava de tal forma maltratado que quando Maria João Melo e Joel Faria se apaixonaram pela ideia de ali criar uma Guest House, a solução que se lhes apresentava seria a sua demolição. Apaixonados pelo traço histórico que a casa mantinha e fazia perdurar, o casal de engenheiros civis escolheu a opção mais avultada e difícil, manter tudo aquilo que se aproveitava, uma área que tinha tudo a ver com aquilo que sabem fazer. Com um negócio na área de decoração de interiores (as empresas Be Solution e Be Design, em Viseu), aventuraram-se com o objetivo de voltar a dar vida a um edifício que tinha sido esquecido bem no centro da cidade de Viriato. O esforço e trabalho de restauro de Maria João e Joel Faria acabaram por se tornar compensadores, atribuindo a paixão que tinham pelo projeto inicial ao esforço que dispensaram para o erguer. De certo é que o edifício da “Be my Guest” é uma referência, um prédio encantador com traços de uma arquitetura mais antiga, no interior alberga nove apartamentos devidamente preparados e decorados. Escadas de madeira a lembrar aquelas que perduram em casas mais antigas e paredes forradas a tijolo burro e de pedra. Um ambiente que mistura a tradição e traços de modernidade. Os móveis antigos contrastam agradavelmente com a tecnologia das comodidades dos dias de hoje. A decoração criativa aproveita rigorosamente cada espaço atribuindo o conforto necessário a cada recanto de cada apartamento. Esta guesthouse é um dos mais recentes lugares para ficar em Viseu, tendo surgido para criar uma alternativa à hotelaria tradicional. O conceito é simples – fazer com que os hóspedes se sintam em casa com todo o conforto e acessibilidade de uma casa normal. Para esquentar a estadia, tem à disposição várias garrafas de vinho do Dão produzidas em quintas das proximidades e com a qualidade já conhecida desta zona demarcada. A localização central da “Be my Guest” é também um dos fatores primordiais. Situada bem no coração de Viseu, está bem próxima da Sé e da praça histórica, a poucos metros do edifício os hóspedes podem contemplar os traços arquitetónicos típicos do centro da cidade, ou correr a calçada do centro histórico - pedras que poderiam contar anos de história e tradições se pudessem falar. Não o podendo, cabe a cada hóspede vislumbrar a história que o tempo fez prevalecer nas ruas de Viseu, acabando a descansar na “Be my Guest”, uma experiência que certamente o irá fazer voltar e repetir a estadia.
Rua Soar de Cima, n.41, Viseu, Região do Centro 3510-273 • E. booking@bemyguest.com.pt M. +351 966 144 878 | +351 919 664 126 | +351 232 103 302
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