Edição n.º31

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INTERMARCHÉ MONTEMOR-O-NOVO

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INTERMARCHÉ MONTEMOR-O-NOVO

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ÍNDICE AGOSTO 2018

EDITORIAL

Já viu que estamos diferentes? Com uma nova imagem? Sentimos ser a hora de mudar o nosso layout, de nos rejuvenescer perante o leitor, de criarmos como que uma nova revista, sem descurar a qualidade e diferenciação que já uma das referência da Portugal em Destaque. Esta é a edição da ‘silly season’ por excelência, pelo que procuramos trazer-lhe os artigos mais interessantes e curiosos para o acompanharem nestas férias. Basta que nos leve debaixo do braço até à praia ou à piscina e que se delicie com o que temos para lhe mostrar. Começamos a nossa viagem em Braga, onde conhecemos várias entidades de destaque, desde a decoração à gastronomia, hotelaria e ensino, saúde e bem-estar. Seguimos para as Caldas da Rainha, onde a fruta é a ‘rainha’ de agosto. Damos ênfase à Feira Nacional da Hortofruticultura, uma mostra dos melhores produtos da região, com o sabor e o brilho típicos das Caldas. Regressamos ao Alentejo, local onde andamos desde a primeira hora, pois a sua extensão continua a permitir que muito haja ainda por descobrir. A gastronomia torna a merecer destaque, assim como o turismo e os produtos regionais. Seguimos para Leiria, onde por estes dias o ex libris é o frango na púcara, um prato típico da Marinha Grande ao qual não conseguimos resistir! Nesta nossa viagem ainda tovemos a portinidade de visitar Famalicão e Trofa, Torres Vedras, Almada, Penafiel, sem esquecer uma passagem pelo Algarve! Descubra o que de melhor há em Destaque em Portugal na sua nova Portugal dem Destaque!

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BIZARRO INTERIORES

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Município das Caldas da Rainha

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AADP

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Restaurante A Casa

FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | DIRETOR: FERNANDO R. SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: DIANA SILVA (REDACAO@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | CORPO REDATORIAL: ANA MIGUEL LOPES, ANA SOFIA FIGUEIREDO, FLÁVIA CASTRO,JOANA GONÇALVES, MARIA JOANA, TERESA MATA, SARA FREIXO, SARA OLIVEIRA, VERA PINHO | OUTROS COLABORADORES: JOANA BÁRBARA, JORGE TEIXEIRA | DIREÇÃO GRÁFICA: VANESSA MARTINS (VANESSA.MARTINS@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO (GERAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | DIREÇÃO COMERCIAL: JOSÉ MOREIRA | DEP. COMERCIAL: CARLOS PINTO, EDUARDO NUNES, JAIME PEREIRA, JOSÉ ALBERTO, JOSÉ MACHADO, LUÍS SILVA, MARÍLIA FREIRE, PEDRO DUARTE, SOFIA SANTOS (COMERCIAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | REDAÇÃO E PUBLICIDADE: RUA ENGº ADELINO AMARO DA COSTA Nº15, 9ºANDAR, SALA 9.3 4400-134 – MAFAMUDE / +351 223 263 024 | DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E SECTORIZADA COM O JORNAL EXPRESSO / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | PERIODICIDADE: MENSAL | EDIÇÃO DE AGOSTO’18 ESTATUTO EDITORIAL: A Portugal em Destaque é uma edição mensal que se dedica à publicação de artigos que demonstram a realidade do país | A Portugal em Destaque é uma edição independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica | A Portugal em Destaque define as suas prioridades informativas por critérios de interesse às empresas nacionais, de relevância e de utilidade da informação | A Portugal em Destaque rege-se por critérios de rigor, isenção, honestidade e idoneidade | A Portugal em Destaque faz distinção entre os seus artigos de opinião, identificando claramente os mesmos e estes não podem confundir-se com a matéria informativa.


Cidade romana fundada pelo imperador César Augusto, cerca de 16 anos a. C. e, na altura, denominada Bracara Augusta é, atualmente, sinónimo de juventude, inovação tecnológica e de empreendedorismo. No sentido de mostrar esse fervilhar de atividade empresarial e inovação, a equipa da revista Portugal em Destaque, convidou algumas empresas a estarem presentes nesta edição. A aliança entre a história, cultura, religião e juventude que imperam nesta cidade, fazem de Braga um pólo de atração empresarial e é vista, pelas capitais europeias, como uma cidade desejável para canalizar esses investimentos. A nível turístico também se destaca, não só pela sua localização, próxima da fronteira espanhola e de cidades chave como o Porto, Guimarães e Vila Nova de Famalicão,

como pelos monumentos bimilenares que atraem milhares de visitantes durante todo o ano. A história da cidade está neles marcada, dos monumentos às igrejas, evidenciados pela Sé Catedral que exibe estilos diversificados, do romano ao barroco, como pelas tradições das festas, feiras e romarias, como pelo variado e rico artesanato. Braga, sinónimo de inovação, cultura, religião, tradição e de rali. A afamada prova “Rampa Internacional da Falperra” atrai pilotos nacionais e internacionais à cidade, com vista à conquista do tão desejado troféu. Este percurso ficou ainda mais conhecido depois de, em 2010, a Ferrari ter incluído o traçado da Falperra no roteiro que sugere aos seus clientes, lado a lado com outras estradas igualmente emblemáticas da Europa.

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CIDADE AUTÊNTICA


BIZARRO INTERIORES

DESAFIOS QUE SURPREENDEM: “CRIAR UM NOVO AMBIENTE É DAR-LHE VIDA”

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MARIA HELENA BARRETO

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Presente no mercado nacional há mais de duas décadas, acumula experiência e know-how transmitido pela família, que começou este negócio há mais de 40 anos. Ouvir, analisar, criar e surpreender são algumas das palavras-chave para o sucesso deste atelier sediado no concelho de Vila Verde. Conheça a excelência da Bizarro Interiores através da entrevista a Maria Helena Barreto, decoradora e proprietária.

Com o objetivo de concretizar sonhos, a equipa da Bizarro Interiores oferece a possibilidade de criar e compor o seu lar de raiz, idealizando e confecionando de acordo com as suas aspirações e expectativas. Tudo é pensado ao pormenor! Sinónimo de qualidade e referência, Maria Helena Barreto criou a sua própria marca há 23 anos quando se instalou em Vila Verde. Porém, a paixão pela decoração surge, praticamente, desde o berço, graças ao negócio familiar de quatro décadas na comercialização de móveis e adereços decorativos em Ponte da Barca e na Corunha (Galiza) e também no fabrico em Paços de Ferreira. “Comecei por trabalhar com os meus pais, a observar e a experimentar novos materiais e diferentes formas de os utilizar. Atualmente, a minha equipa de colaboradores

é essencial para manter o prestígio da Bizarro Interiores. Estou rodeada de excelentes profissionais. Ao ausentar-me para trabalhos no exterior eles dão continuidade ao trabalho desenvolvido nesta empresa”, assegura a reconhecida decoradora, demonstrando um claro orgulho no profissionalismo e companheirismo que vê em todos os elementos da sua equipa em quem deposita total confiança. O facto de ter crescido dentro deste meio e convivido com profissionais da área proporcionou novas perspetivas e abriu novos horizontes a Maria Helena Barreto que considera toda a experiência adquirida desde pequena uma ‘escola’ bastante enriquecedora. “A formação superior é essencial mas a vertente prática, a parte laboral, de manusear os materiais e observar o seu comportamento, quando co-


locados e aplicados no lugar pretendido, é essencial para melhor desenvolver os projetos e antecipar o sucesso dos mesmos. Além disso, o facto de saber lidar com os clientes é essencial para o sucesso de qualquer negócio, principalmente na área de design de interiores. Temos de aprender a respeitar os gostos do cliente sem impor as nossas ideias e saber levá-lo para as melhores opções dentro dos gostos dele, satisfazendo as expectativas criadas. São aspetos bastante importantes que não se aprendem na universidade e não há nenhuma ciência exata que possa servir de guideline, só se aprende lidando e conversando com os clientes”, assume a proprietária do atelier para

“Entramos na casa de um cliente e tocamos em todos os lugares, ao ponto de reordenar o interior do seu roupeiro. Decorar já não é o suficiente, temos de nos desafiar e pensar o espaço interior como um todo que precisa de ser atualizado e renovado”

quem “o fundamental é deslumbrar o cliente sem que ele se canse das opções tomadas”. A distinção do trabalho de Maria Helena Barreto está no mais ínfimo pormenor, o que faz toda a diferença para o cliente. “Entramos na casa de um cliente e tocamos em todos os lugares, ao ponto de reordenar o interior do seu roupeiro. Decorar já não é o suficiente, temos de nos desafiar e pensar o espaço interior como um todo que precisa de ser atualizado e renovado”, assevera. Uma referência que se fez de forma orgânica e natural “A evolução foi muito grande, mas sustentada”. Na altura em que inaugurou este espaço tinha apenas algumas marcas, muito poucas, mas atualmente estão quase todas à disposição dos seus clientes – algo único em todo o país. Marcas internacionais que, por iniciativa própria, procuraram Maria Helena Barreto para se associarem ao seu trabalho. “Na altura dos meus pais, para se ter uma marca, era preciso pedir a representação e assinar um contrato de volume de vendas anual. Mas tal não aconteceu comigo, o que me surpreendeu positivamente”, revela. O atelier no seu espaço foi criado dois anos depois da fundação da Bizarro Interiores. Como a maior parte dos seus colegas, contratava fora esse tipo de trabalho. Porém, com

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um sentido crítico muito apurado e um perfil perfecionista, Maria Helena lutou para criar o seu exclusivo atelier de cortinas, onde duas costureiras desenvolvem um trabalho de confeção manual de excelência. Desta forma, a Bizarro Interiores garante aos seus clientes um atendimento personalizado de excelência. Serviços integrados e feitos à medida Qualquer pessoa que pretenda requisitar os serviços da Bizarro Interiores chega ao seu showroom, em Vila Verde, onde será acompanhada de forma personalizada. A decoradora e a sua equipa dedicam-se a compreender os objetivos e expectativas de cada cliente. “Peço sempre aos meus colaboradores para estarem atentos à maneira de ser e de estar do cliente ao invés da forma como se apresenta – forma de trabalhar pouco comum no nosso país. A primeira abordagem deve ser no sentido de compreender o que o cliente pretende e qual o seu gosto, depois é marcada a visita ao espaço que pretende (re)decorar para podermos fazer um estudo prévio em 3D e assim começarmos a desenvolver o projeto final até à entrega. Tenho clientes que entram a pedir para decorar um espaço ao meu gosto, o que aumenta exponencialmente o meu grau de responsabilidade; como há outros que nos indicam as diretrizes do que pretendem e do que gostam e deixam que a imaginação e criatividade fique do nosso lado, o que nos dá um certo gozo de concretizar”, conta-nos Maria Helena Barreto, em entrevista. Para além da decoração de interiores, tem disponível o serviço de construção e reabilitação a cargo de um arquiteto. O desafio surgiu através de um cliente que sugeriu que desenvolvesse um projeto para a sua casa. Um desafio aceite, que amplificou o leque de serviços. Por todo o país e fora dele… é pelo mundo que o requinte e a criatividade da Bizarro Interiores 8 BRAGA

Por todo o país e fora dele… é pelo mundo que o requinte e a criatividade da Bizarro Interiores se encontram

se encontram. Para a proprietária, é muito gratificante constatar que desenvolveu trabalhos para famílias e seus descendentes. As boas experiências são partilhadas e são os próprios clientes que recomendam aos seus amigos e familiares. Sob os olhares nacionais e internacionais, Maria Helena procura estar atualizada e renovar o seu showroom. Para isso, é presença assídua na Feira Internacional de Milão, pois identifica-se com o segmento de mercado que este evento atinge. Além disso, como representante das mais importantes marcas internacionais, a Bizarro Interiores investe nessa

feira por lhe conceder o contacto junto das mesmas.

“A casa é para as pessoas, não é para o decorador” Diga não às ‘modas’ no interior do seu lar, pois segundo Maria Helena Barreto a decoração de uma casa deve ser capaz de acolher e aconchegar todos os dias por um tempo praticamente infinito. “As marcas que representamos satisfazem os gostos, tendências e perspetivas de todos os nossos clientes, mesmo dos mais exigentes. Procuro traços minimalistas, pois o clássico tem o dom de permanecer no tempo”, afirma. Numa altura em que proliferam profissionais nesta área, a experiente decoradora alerta para o que considera ser essencial para um trabalho de qualidade. “Decorar não é


“As marcas que representamos satisfazem os gostos, tendências e perspetivas de todos os nossos clientes, mesmo dos mais exigentes. Procuro traços minimalistas, pois o clássico tem o dom de permanecer no tempo” simplesmente mandar pendurar um quadro numa parede, é preciso saber como o fazer para dar as instruções corretas a quem está a executar o processo”. Incomparável, Maria Helena Barreto motiva-se a cada dia a desenvolver um conceito para que cada espaço de uma casa se interligue e siga uma linha condutora. Apaixonada pelo que faz, a decoradora garante-nos que o que lhe dá mais gosto “é dar vida a um espaço e fazer com que os seus clientes se sintam, realmente, em casa, pois criar um novo ambiente é dar-lhe vida”. Uma surpresa constante!

Av. Dr. Bernardo Brito Ferreira 144 | 4730-716 Vila Verde | Tel +351 253 322 413 | bizarrodecoracoes@sapo.pt | www.bizarrointeriores.pt

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RESTAURANTE COSY

CONCEITO ÚNICO: UM ESPAÇOREFÚGIO COM EXPERIÊNCIAS GASTRONÓMICAS QUE SURPREENDEM

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Aconchegante e atrevido, o Restaurante Cosy proporciona bons momentos à mesa, onde pode saborear cozinha contemporânea e sushi de qualidade. Em Braga, encontra este espaço de portas abertas para o receber e surpreender.

Há cinco anos, Isabel Pereira Marques concretizou o sonho de ter o seu restaurante na cidade de Braga. Com influência francesa onde vive desde tenra idade, a proprietária idealizou um espaço de requinte que fosse único na capital do Minho. Sem querer ser mais um, o Cosy foi pensado ao pormenor para proporcionar experiências inesquecíveis aos seus clientes. Com uma arquitetura inspirada nas caves de champanhe francesas de cor terra, este restaurante/sushi bar assume, como o próprio nome indica, o aconchego necessário para fazer esquecer o stress do dia a dia, dando a conhecer sabores ousados e atrevidos de uma cozinha contemporânea. Miguel Paiva, gerente, dá voz ao projeto iniciado em 2013. “Temos um espaço intimista e, simultaneamente, cosmopolita. Quem entra sabe que vai ter uma boa experiência”, afirma. Rodeado de um requinte vi-

ISABEL PEREIRA MARQUES

sual centra-se a qualidade gastronómica, quer seja sushi, pelas mãos do chef Daniel Coelho, pratos tradicionais reinventados no menu executivo ou os sabores ousados disponíveis na carta. “O sushi tem cada vez mais protagonismo e a nossa prioridade é a procura incessante do peixe mais fresco que recebemos duas vezes por dia”, revela o gerente que prossegue: “como nem toda a gente gosta de sushi e por estarmos inseridos numa região de comida tradicional, houve também a necessidade de criar uma cozinha portuguesa. No menu executivo, apresentamos pratos 10 BRAGA

de cariz tradicional, mas com uma roupagem diferente”. Já na carta, Miguel Paiva descreve os pratos baseados “numa cozinha atrevida que surpreende os clientes com sabores inesperados – o bacalhau confitado, por exemplo, fica suculento e com um paladar único que as pessoas não estão à espera”. Transversal a todas estas variedades gastronómicas está a qualidade imposta pelo chef Jonathan Julião que se formou no Brasil, de onde trouxe um know-how bastante rico na mistura de sabores. Seja a pasta feita na hora, o peixe fresco do dia ou as carnes maturadas, o Cosy promete deliciar os seus clientes com a qualidade dos produtos locais fornecidos por pequenos produtores. “Tudo é pensado para proporcionar ao cliente uma experiência única, encontrando aqui um espaço-refúgio onde se pode sentir à vontade”, assevera Miguel Paiva. Aos fins de semana há música ao vivo – Jazz, Bossa Nova e Blues – para acompanhar as refeições. Acima de tudo, o objetivo do Cosy é criar boas recordações para que as pessoas regressem. A acompanhar estas e outras propostas, tem disponíveis os prazeres de uma cave onde se incluem 17 dos 50 melhores vinhos portugueses. Todavia, longe do elitismo, o Cosy é um restaurante que procura abraçar todos os públicos, conciliando os amplos argumentos gastronómicos com o valor das virtudes humanas. “Procuramos prestar o melhor serviço aos nossos clientes, desde a receção até à saída, passando pelo acompanhamento, pois eles nunca estão sozinhos: estão sempre em casa ou em família e esse é o nosso propósito”, enfatiza o gerente. Determinado desde a primeira hora em marcar a diferença na cidade de Braga, o Restaurante Cosy pretende continuar a ser sinónimo de qualidade e distinção.

“Procuramos prestar o melhor serviço aos nossos clientes, desde a receção até à saída”


INTERMARCHÉ MONTEMOR-O-NOVO

R E S TA U R A N T E S U S H I / B A R

O Cosy é um restaurante-bar que se distingue pelo design único do seu espaço interior (inspirado nas caves do champagne), onde predominam materiais nobres como o marmore, vidro e madeira. A nossa carta é composta por Sushi Bar e Cozinha Contemporânea. A carta do Sushi Bar tem influência da cozinha japonesa e peruana, com destaque para os ceviches, os tiraditos e os combinados. A carta da Cozinha Contemporânea é baseada em carnes grelhadas, com destaque para as carnes maturadas e peixes frescos.

Avenida Robert Smith, nº 38, Fraião, Braga Tel. 967 974 981 Telm. 253 260 552 Email: info@restaurantecosy.pt www.restaurantecosy.pt SANTO TIRSO 11


HOTEL TORRE DE GOMARIZ WINE & SPA quinta, o SPA e as piscinas de interior e exterior. Fazemos massagens na mata, num local específico, uma das muitas ofertas do SPA para surpreender os nossos hóspedes. Realizamos todo o tipo de eventos sociais e empresariais, sendo que estamos numa época que recebemos mais festas de casamentos. O tecido empresarial de Braga é muito variado e já celebrámos algumas parcerias para alojamento de clientes, que se deslocam de fora da região ou do país, como recebemos executivos no nosso restaurante que procuram um local diferente para um almoço ou jantar de negócios, com uma carta original, de elevada qualidade e requinte.

TRANQUILIDADE AO SOM DA NATUREZA A Torre de Gomariz, datada do século XIII, foi a morada do Cónego da Sé de Braga até este espaço ser adquirido pelos atuais proprietários, a família Silva Couto. Passados alguns anos decidiram abrir o Hotel Torre de Gomariz, um hotel rural, focado nos conceitos de luxo, charme e wine hotel. Nelson Matos, diretor geral do Hotel Torre de Gomariz Wine & Spa apresenta este espaço localizado dentro de uma mata que esconde cantos e recantos de beleza natural e de surpresas para os seus hóspedes.

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Defina o conceito do Hotel Torre de Gomariz Wine & Spa. O conceito do Hotel Torre de Gomariz Wine & SPA vem satisfazer a procura de uma franja da população que não encontrava ofertas ao nível de hotéis fora da cidade que primassem pelo luxo e charme que foi implementado neste espaço tão agradável e aprimorado pela sua ruralidade. O Hotel está rodeado pelos seis hectares de vinha, sendo que o total se espelha em 16 hectares, onde se pode passear pelos caminhos e espaços de lazer da quinta. Queremos oferecer a calma e tranquilidade que os nossos hóspedes tanto procuram mas também lhes propomos atividades como andar de bicicleta, passeios pelos caminhos da mata e áreas de lazer espalhados pela 12 BRAGA

A Torre de Gomariz é um símbolo da história nacional e um dos marcos deste Hotel. Quais são os espaços e serviços oferecidos neste espaço? Em termos estruturais a parte do solar e da capela são as que guardam a história e a memória dos nossos antepassados e são sempre locais de interesse. No solar funciona o Tower Bar, o Restaurante, o local onde servimos os pequenos-almoços e o salão de eventos. Ainda na torre, estão localizadas as Tower Suites, que são os nossos ícones, enquanto a ala nova recebeu o Wine Bar, o SPA e três blocos, num total de 22 quartos. A parte da vinha vai ficar enriquecida quando for concluído o projeto de construção da adega, a partir dessa altura podemos colher e produzir o vinho sem sair dos limites da quinta. O vinho produzido, denominado Torre de Gomariz centra-se, para já, em dois vinhos brancos e um rosé, que são consumidos pelos hóspedes e nos eventos que realizamos. Quando o projeto da adega estiver concluída poderemos explorar outras áreas e tipo de ofertas. Quem não ficar hospedado pode visitar a Quinta? Aponte algumas sugestões. A Quinta pode ser visitada através da realização de eventos, frequência do restaurante, provas de vinho ou através dos nossos pacotes de ofertas especiais. O Wine Bar é um espaço que recebe três tipos de provas de vinhos: prova dos vinhos de Gomariz, vinhos verdes brancos e rosé de produção própria; da Região dos Vinhos Verdes que consiste na prova de um espumante de casta alvarinho, de quatro vinhos verdes brancos e de um vinho verde rosé e a prova de Vinhos de Lés a Lés que oferece escolha de seis vinhos de seis regiões, três brancos e três tintos. A gastronomia tradicional minhota, com um toque de decoração e modernidade, é a proposta apresentada no restaurante do Hotel Torre de Gomariz em pratos tradicionais como o Lombo de Bacalhau ou Polvo à Lagareiro. Para além destas existem várias ofertas especiais, desde o programa aniversário, de Lua-de-mel, gastronómico, às provas de vinho ou um dia no SPA.


QUINTA DA PRAIA VERDE

CONCRETIZAR SONHOS À BEIRA-RIO Situada na região onde se namora Portugal, a Quinta da Praia Verde conquista pela envolvência da paisagem e pelos espaços em perfeita sintonia com uma decoração que encanta quem visita e se deixa levar. Fomos conhecer este espaço único, ideal para qualquer tipo de evento.

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Na margem do rio Homem, em Vila Verde, a Quinta da Praia Verde é uma referência para a realização de eventos nesta região. A beleza natural dos jardins existentes e do rio conquistou, desde logo, José Teixeira Silva, precursor da Quinta da Praia Verde, que viu nesta localização um evidente potencial a explorar. A experiência na área da restauração e hotelaria deram-lhe o know-how para pensar e desenvolver o sucesso desta quinta, juntamente dos seus inerentes. “Foi um trabalho realizado com sentido e com o apoio de pessoas qualificadas. Hoje, toda a gente que procura um serviço da nossa competência requisita-nos pela qualidade evidenciada ao longo dos anos”, revela o proprietário. A Quinta daPraia Verde apresenta três espaços de características diferentes que facilmente se adequam às necessidades e preferências de quem pretende realizar um evento, desde grandes celebrações familiares até às organizações empresariais.

Na área envolvente desta quinta, em Vila Verde, pode encontrar-se o Espaço Clássico pioneiro e de maior dimensão, com capacidade para 350 pessoas e com uma melhor versatilidade na organização de eventos; o Espaço Rio que promove a proximidade em eventos mais pequenos, tendo uma capacidade de 60 pessoas e, finalmente, o Espaço Nature, o mais recente com capacidade para 160 pessoas. Além destes espaços, a quinta detém um serviço integrado de catering, decoração e organização integrada. “Sempre considerei importantíssimo ter os serviços todos concentrados na quinta, mesmo quando ainda não era frequente. Se assim não for, a qualidade exigida neste tipo de eventos não é a mesma”, afirma José Teixeira Silva. Durante 13 anos de percurso foram feitos vários investimentos para que o serviço final apresentado ao cliente fosse qualificado e referenciado. Um investimento particular e importante aos olhos do experiente cozinheiro José Teixeira Silva, que continua a assumir as rédeas da cozinha da quinta. “É uma confiança para os clientes que aqui encontram subsistência na qualidade que exigem, o que se torna uma vantagem para nós, pois acabamos por fazer parte das preferências de quem procura realizar sonhos”. O fascínio que se vê hoje em cada recanto da Quinta da Praia Verde é fruto de um trabalho progressivo que nos dias que correm contam já com a colaboração dos filhos, Liliana e Miguel. A Quinta da Praia Verde foi alargando os seus projetos e serviços, pois “temos de corresponder às expectativas dos clientes, proporcionando o supremo. Quem vem cá

festejar seja o que for, está sempre à espera do melhor que possa existir nesse dia. O nosso trabalho é pensar em todos os pormenores, estes fazem a diferença”, enfatiza. Estar atento a todos os conteúdos e exigências dos clientes, por exemplo, acaba por ser o motor de evolução da empresa, visto que ‘exige’ o acompanhar e adaptar às novas tendências. O alojamento local e os espaços envolventes As Nature Suites classificadas com cinco estrelas são direcionadas para os clientes da Quinta da Praia Verde que sintam a necessidade, depois de um extenuante dia de festa, de descansar, estendendo-se para momentos de repouso onde apenas se vai ouvir o som da água levada. “Dispomos também de uma sala com vista para o rio sobe os jardins da quinta onde os hóspedes podem disfrutar de um buffet tradicional da manhã”.

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COLINATRUM

AGRADAR A CAMINHO DO SUCESSO

Se estiver em Braga e quiser deleitar-se com diferentes iguarias, já sabe, marque o seu encontro no Colinatrum. Albino Fernandes é o sócio gerente de um espaço onde se desfruta de umas vistas privilegiadas sob o Bom Jesus e sobre o Sameiro. O sócio-gerente contou tudo sobre as inesquecíveis propostas gastronómicas para todos os dias e todas as horas.

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Albino Fernandes é o rosto do Colinatrum, um espaço com 16 anos de história. Pensando em todos os pormenores, desde o cardápio, ao conforto do espaço até à decoração. Mais do que um espaço, Colinatrum pretende ficar na memória dos clientes pela qualidade dos produtos e do serviço, já que conta com uma equipa de oito funcionários dedicados. Com mais de uma década de funcionamento o espaço foi sofrendo várias alterações, sem esquecer “a localização que é fantástica e uma esplanada magnífica onde parece que estamos no meio de uma aldeia, porque temos um jardim enorme em frente com esta vegetação toda. Além disso, temos vista para o Bom Jesus e para o Sameiro.” Com tantas boas propostas a dificuldade está na escolha, já que

Rua Damião de Góis,nº 11 Braga Tlf.: +351 253 215 630 Tlm +351 915 260 383 pages.colinatrum

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a oferta vai “desde o sumo natural, ao gelado de taça mais elaborado, os crepes, os waffles. De segunda a sábado, ao almoço, temos sempre dois pratos do dia de peixe e de carne e ao jantar, domingos e feriados é à carta”. Começando pelo pequeno almoço especial, rapidamente chegamos ao almoço, destacando “um prato que criámos há alguns anos, o panado de peru com salada e fruta, que é o prato da preferência dos nossos clientes”. Sem descurar “ os ex-libris da casa que são as tostas, mas também as torradas com as compotas: pêssego, frutos vermelhos, morango, figo, abobora e também com nutella ou mel”. Para sobremesa não podem perder o bolo de chocolate caseiro, para além dos gelados, o petite gateau e também as frutas variadas. Alám das novidades que o nosso interlocutor já acrescentou à carta no passado mês de maio, vai ainda introduzir duas saladas, com novos ingredientes, os iogurtes gregos com frutos secos, cereais, granola e fruta fresca nacional. E, para complementar, o brunch. Albino Fernandes deixa o convite “a qualquer hora do dia, ou do início da noite, devem entrar porque temos sempre uma agradável surpresa e de certeza vão ter alguma coisa que gostam, com a infinidade de produtos que temos!”


CLÁUDIA BORGES – NUTRICIONISTA E COACHER NUTRICIONAL

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ALIADA À SAÚDE Cláudia Borges – Nutricionista e Coacher Nutricional – deu a conhecer à Portugal em Destaque o processo escondido por trás dos planos alimentares. Uma conversa agradável, onde desfez os mitos dos radicalismos alimentares.

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CLAÚDIA BORGES

“Temos uma Roda dos Alimentos muito completa, devemos conhece-la e respeitá-la”

É em Braga que se situa o consultório de Cláudia Borges, a nutricionista e especialista em Coaching Nutricional - ao longo desta entrevista - desenvolveu o tema da obesidade e perda de peso, uma vez que a sociedade, hoje em dia, nos leva a acreditar nos paradigmas do peso ideal. Com a crescente procura destes serviços, a especialista sentiu a necessidade de adotar um método inovador de forma a otimizar os resultados de uma consulta de nutrição. Assim, surgiu o conceito de Coaching Nutricional. Daqui, advém a necessidade de perceber o que leva a pessoa a procurar tais serviços. “A transformação deve partir sempre de quem quer perder peso. O papel da nutricionista aliado ao coaching nutricional passa pela capacidade de conhecer a pessoa a fundo, o que ela é, porque só assim é possível ajudá-la. Após analisar o perfil, realizar um acompanhamento personalizado e ajustado, atendendo aos objetivos, sendo que este método cria estratégias para um melhor auto conhecimento e determinação do caminho a seguir, sem os tornar penosos. Saber que conseguimos elevar a autoestima de uma pessoa, que lhe devolvemos o sorriso e ver o seu sucesso torna este trabalho muito gratificante. Em muitos casos só conseguem começar a baixar peso se conseguirem desbloquear a parte emocional, ou seja, a fome compulsiva, os distúrbios alimentares, entre outros. O coaching incide na forma de tentar direcionar, de abrir caminhos e a mente, para a pessoa consiga alcançar o seu objetivo que é, no fundo, emagrecer”. Para emagrecer não quer dizer que tenha que deixar de comer e entrar em “dietas excessivamente restritivas”. Cláudia Borges defende que a alimentação deve ser equilibrada e ajustada à vida de cada um

de forma a favorecer o processo de perda de peso. “Não me parece ideal apresentar uma lista infindável de ‘alimentos proibidos’, aliás nem gosto da palavra ‘dieta’, vai causar na pessoa restrição, sacrifício, frustração, mas sim uma reeducação alimentar com um plano que seja sustentável ao longo do tempo e sem nunca colocar em causa a saúde física e mental da pessoa. Somos o que comemos e sou uma grande defensora da alimentação mediterrânica, que parte do Património Cultural Imaterial da Humanidade. Temos uma Roda dos Alimentos muito completa, devemos conhecê-la e respeitá-la”. Além do plano alimentar, a nutricionista considera que é muito importante aliar a nutrição ao desporto, ao descanso e à hidratação. Pois, só assim, os resultados serão atingidos com maior facilidade. “As pessoas já estão mais consciencializadas disto e procuram uma reeducação alimentar. Todo o processo depende do peso que a pessoa quer perder e da forma como o organismo vai reagir, a velha máxima- somos todos iguais e todos diferentes. A parte mais difícil é a pessoa se mentalizar que também precisa de praticar exercício físico e hidratar-se constantemente. A hidratação é fundamental, principalmente por uma questão de saúde”. Para terminar, Cláudia Borges deixa uma mensagem de incentivo a todos os nossos leitores: “a pessoa tem que adaptar a alimentação à vida e não a vida à alimentação. Tudo o que for por obrigação, ou por esforço, não resulta. Se tem excesso de peso deve realmente procurar perdê-lo, não só por uma questão física mas, essencialmente, por uma questão de saúde. O mais importante é que equilibre a sua alimentação encontrando prazer no que está a fazer, seja feliz e se sinta bem consigo própria”, finaliza.

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DOUBLE M - CABELEIREIRO E ESTÉTICA

UM PASSO À FRENTE NO SETOR DE CABELEIREIRO Quem gosta das últimas tendências de penteados e cortes tem que conhecer o Double M – Cabeleireiro e Estética. Situado em Braga, é um espaço atual e acolhedor que dá vida e cor aos looks de quem aqui aparece.

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Carlos Araújo e Marisa Gonçalves – os nossos entrevistados – são os proprietários deste estabelecimento, o Double M. Marisa trabalha na área desde os 15 anos, mas foi há 11 que assumiu este projeto, ao qual se juntou o seu companheiro de vida, Carlos. São muitos os clientes que acompanham o excelente trabalho de Marisa desde o início da sua carreira profissional, sinal de profissionalismo e bom trabalho. Mas, neste estabelecimento passam crianças, jovens e idosos, em que todos aprovam os serviços prestados e todos são tratados com a mesma simpatia e com o melhor serviço, que é oferecido através da procura da inovação e da atualidade. “O que procuramos fazer aqui é ir de encontro aquilo que os clientes pedem. Nos homens – em que notamos que cada vez têm uma preocupação maior com a beleza – é mais para os cortes atuais, enquanto nas mulheres o que mais fazemos é mudanças de visuais, com cores e penteados mais arrojados.

Mas fazemos de tudo, tentamos estar sempre um passo à frente das tendências, somos muito atualizados, vamos a formações para oferecer o melhor serviço ao cliente”. Os anos de experiência fazem notar as diferenças nas pessoas de ano para ano, é admirável a crescente preocupação dos clientes em relação aos produtos utilizados nos serviços a que se sujeitam. Carlos e Marisa, como não poderia deixar de ser, tem esta preocupação para com os clientes, usando produtos naturais, ecológicos e menos abrasivos para os cabelos e, claro, para o meio ambiente. Com um rosto renovado, o espaço revela-se mais ‘clean’, mais amplo e acolhedor. Cada serviço tem o seu próprio espaço, uma aposta na melhoria tanto a nível de conforto para os clientes como para os funcionários, que são uma equipa de sete pessoas que fazem toda a diferença. “Ninguém é bom a tudo, mas se fores bom no que fazes e se o fizeres bem

“Ninguém é bom a tudo, mas se fores bom no que fazes e se o fizeres bem feito à partida terás mais sucesso no futuro”

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CARLOS ARAÚJO E MARISA GONÇALVES

feito à partida terás mais sucesso no futuro”, diz Carlos Araújo, que completa a frase elogiando a equipa de funcionários: “temos uma equipa em que se complementam uns aos outros e o sucesso também passa por aí. Oferecemos aos clientes profissionais de qualidade, que vão de encontro ao que eles pedem. Trabalhamos sempre em equipa, costumo dizer que em tudo na vida se tivermos em grupo estamos mais perto de atingir os objetivos”. O segredo do sucesso passa por muito trabalho e dedicação por parte do casal de proprietários, que juntos delineiam o melhor plano para que nada falte aos clientes, mesmo que tenham que estar a trabalhar “mais de 10 horas por dia. Queremos e temos a preocupação para que os clientes saiam daqui satisfeitos, gostamos que nos procurem pelo trabalho, mas também porque se sentem bem aqui, pela forma como trabalhamos e nos respeitamos uns aos outros”, terminam.


MEDICAL SOUL CLINIC

POTENCIAR O SISTEMA IMUNITÁRIO

D MARGARIDA ROCHA

De sorriso rasgado, Margarida Rocha recebeu a Portugal em Destaque na sua acolhedora clínica. A história da Medical Soul Clinic interliga-se com a da sua fundadora, Margarida Rocha “Já trabalhava como fisioterapeuta há quatro anos quando me vi forçada a parar, em virtude do cancro que me foi diagnosticado. A Medical Soul Clinic surge em 2017, após dois anos de tratamentos oncológicos mais intensos, e com minha retoma à actividade laboral, com o objectivo de complementar a Medicina Convencional. Direccionadas para as doenças Oncológicas e Neuro-degenerativas, com equipa multidisciplinar especializada nestas patologias, mas também com um componente fortíssimo de prevenção. Gosto de sublinhar sempre a Prevenção pois não podemos esquecer que o mais importante que qualquer Ser pode ter é a Saúde, devemos cuidar dela pois foi algo oferecido nos nossos primeiros segundos de vida, e que por isso nem sempre valorizamos, antes de a perdermos e nos sujeitarmos a reparar os danos causados… daí ser possível encontrar esta vertente na Clínica, e

A Medical Soul Clinic nasceu em Março de 2017 pela mão de Margarida Rocha, uma fisioterapeuta que viu a sua vida mudar aos 26 anos, quando lhe foi diagnosticado uma doença oncológica. A sua busca por tratamentos complementares à medicina convencional, foi desde o diagnóstico algo que a mesma sublimou, uma vez assentes em conhecimento científico, refere. Nesta procura resultou alguma ânsia e desespero, pois pretendia acessar a áreas complementares específicas e com profissionais de Saúde especializados no ramo da Oncologia capazes de responder às suas necessidades emergentes, uma vez que sentiu uma enorme dificuldade por se tratatarem de áreas ainda muito pouco exploradas em Braga. Por isso, resolveu criar a Medical Soul Clinic para proporcionar a quem sofre de patologias oncológicas ou de doenças neuro-degenerativas o apoio que a própria não sentiu. não apenas nos direcionarmos aquando da patologia implementada. Numa sociedade em que a depressão e as doenças crónicas emergem, é necessário avaliar e esmiuçar a causa primordial que levou a instalação deste tipo de patologias. É sabido na comunidade científica, e cada vez mais estudado o papel do Sistema Imunitário para um normal funcionamento do organismo. Sabemos que um organismo cujo sistema imunitário se encontre deficitário, é mais propenso a estados inflamatórios consecutivos e que se estes não forem devidamente e atempadamente corrigidos haverá imposição de patologia de relevância severa.” Margarida explica-nos que, na Medical Soul, a base de tratamento é sempre o sistema imunitário: “Quando os utentes têm uma patologia oncológica, e são induzidos a tratamentos quimioterápicos, estes são de cariz imunossupressor uma vez que acabam por destruir todas as barreiras defensivas imunológicas do organismo, dando azo, mais tarde, à chegada de outras doenças. Aqui, procuramos sobretudo trabalhar o sistema imunológico, para o fortalecer e potenciar o tratamento que é feito pela medicina convencional”. Todavia, Margarida Rocha deixa bem claro que estes tratamentos são complementares e não uma alternativa à medicina convencional: “Eu própria tive uma doença oncológica e ainda hoje faço tratamentos quimioterápicos, mas também recorro a este tipo de terapias porque ajudam a complementar o trabalho da medicina convencional. Não se pode ser extremista ao ponto de só recorrer a fármacos, ou por outro lado querer a abolição destes. A complementaridade é,

a meu ver, a base para um bom prognóstico.”Quem cá chega, é avaliado, num primeiro momento “Analisamos sempre qual sintomatologia, com o objectivo de deslindar à minúcia a sua etiologia, para poder direcionar de forma mais incisiva para as valências multidisciplinares que temos, como são a área da nutrição integrativa, fisioterapia, psicologia integrativa e homeopatia aos quais eu própria recorro”. Ainda este ano, Margarida Rocha refere que vai implementar uma nova área, sendo esta pioneira em Portugal. Apenas adiantou ser uma área em estudo Mundial há já quarenta anos, com uma equipa médico-científica fortíssima, e que se direciona intimamente para a potenciação do sistema imunitário. “Este é sempre o que fica mais afetado aquando de uma patologia. Por isso, importa manter as nossas áreas de tratamento, mas com uma base ainda mais direcionada para a potencialização do sistema imunitário. É algo que estará para breve e que acredito piamente que irá revolucionar muitas vidas a nível nacional”. Com o seu testemunho, Margarida vai provando aos utentes oncológicos que procuram o apoio da Medical Soul Clinic de que possuir a patologia não é sinónimo de limites. Bem pelo contrário, Margarida é a prova viva de que se pode alargar os horizontes e viver em dignidade na doença.

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DIGICANOLA – SOLUÇÕES DOCUMENTAIS

“A PROXIMIDADE AO CLIENTE É O QUE NOS DIFERENCIA” A Digicanola nasceu há 18 anos, fruto de uma vontade pessoal de Jorge Fernandes. O CEO desta empresa de printing de Braga conversou com a equipa da revista Portugal em Destaque sobre a evolução da empresa e as mudanças no mercado da digitalização e do printing.

A JORGE FERNANDES

Ao iniciar a entrevista, Jorge Fernandes deixa bem claro que a Digicanola não fabrica qualquer hardware ou software digital: “somos prestadores de serviço na área do printing e software associado a tratamento de documentos. Adquirimos equipamentos e software, que depois vendemos ou alugamos aos nossos clientes, mas a nossa mais-valia está nos serviços que prestamos, para além dessa comercialização da solução. Nascemos precisamente no periodo em que os fabricantes de equipamentos estavam na passagem do analógico para digital. Originando uma transformação global nas clientes devido ás carecteriscas que passaram os equipamentos possuir como ex.: digitalizar, editar documentos no próprio equipamento e armazenar documentos no mesmo , etc, assim como na nossa empresa e concorrentes pois obrigando- nos a prestar novos serviços quer na área comercial e principalmente na área técnica que deixou de actuar só hardware fotocopiadoras/fax/maquinas de escrever passando a serem obrigatoriamente técnicos também de serviços TI. O desafio de uma empresa como a nossa é mantermo-nos sempre 18 BRAGA

na vanguarda da evolução destes equipamentos/soluções e conseguir responder às solicitações dos nossos clientes”.

“O desafio de uma empresa como a nossa é mantermonos sempre na vanguarda da evolução destes equipamentos/ soluções e conseguir responder às solicitações dos nossos clientes”

Proximidade e eficiência O cliente é o pilar mais importante para a Digicanola. Jorge Fernandes explica que, enquanto empresa não fabricante, o interesse da Digicanola é o de trabalhar com os fabricantes cujo material é o mais tecnologicamente avançado possível e que estejam, simultaneamente, disponíveis para serem parceiros da Digicanola, de forma a satisfazer


inteiramente as necessidades dos clientes. “O nosso objetivo é o de fazer um bom trabalho, sempre de proximidade e confiança, para que os nossos clientes sejam o cartão de visita da empresa. O nosso trabalho atrai novos clientes. Concluo, passados 18 anos, que esse foi um caminho que compensou bastante”. Atualmente, a empresa cresceu e passou do âmbito regional para nacional, mas a preocupação com a proximidade continua a existir: “não queremos ser daquelas empresas onde os clientes são confrontados com e-mails e mensagens quando precisam de resolver um problema. O nosso foco são as pessoas e, por isso, contratámos gestores de clientes, para que estejam sempre disponíveis para acompanhar qualquer situação e a responder às solicitações em tempo útil”. A eficiência na resolução de problemas também é fundamental. Neste momento, o tempo de resposta da Digicanola é de quatro horas, tempo que Jorge Fernandes quer reduzir. “Para trabalharmos com clientes a nível nacional, alguns sendo grandes empresas da área da banca, do ensino, industria e da saúde, temos de ter uma resposta muito rápida. Um serviço não pode parar porque a máquina avaria”. A eficiência também se revela a nível de custos. A Digicanola foi das primeiras empresas nacionais a trazer os contratos de assistência técnica por impulso conhecidos como CATPI, monotorização on line da gestão de consumíveis e assistência técnica permitindo aos passarei toda a gestão dos equipamentos, software para nós sem que tenham que realizar pedido, pois estas aplicações e acções são monotorizadas pelo nosso centro ´tecnico/logístico. Permitindo os clientes focarem-se nos seus negócios.

A aposta na consultoria de gestão documental Em 2006, a Digicanola lançou-se num novo desafio – a gestão documentada: “representamos dois sofwares, um de origem ibérica e outro alemão. No fundo, estes softwares são desenhados à medida de cada empresa com o intuito de gerir a comunicação da mesma. a aplicação de Gestão de Conteúdo facilita a partilha do conteúdo, estimula a colaboração, e acelera a produtividade dos processos e fornecer o controlo do conteúdo empresarial e facilita a gestão de informação pouco estruturada. Outros aspetos a considerar passam pela infraestrutura, que deve estar de acordo com requisitos específicos da sua empresa e que tem que se adaptar a processos e workflows como uma parte integrante do restante Isto reduz tempos de resposta, aumenta a produtividade global, e garante o controlo corporativo – reduzindo os custos do processamento e da gestão de informação”. Se, inicialmente, houve o receio de que estes softwares retirassem à Digicanola aquilo com que ela trabalhava – o printing –, Jorge Fernandes depressa percebeu que não seria assim. “Quanto mais documentos temos guardados, mais necessidade existe de tratar os mesmos, mas necessidade têm os clientes de outros tipo de serviços associados, armazenamento, suporte, etc. Embora o nosso negócio seja o printing, o maior mercado, neste setor, é o da digitalização e temos de continuar a acompanhar o mercado”. Esta leitura de mercado fez com que, no ano passado, a Digicanola crescesse a dois dígitos. Este ano, a pretensão é de crescer cerca de 50 por cento: “parece-me bem, numa altura em que fazemos 18 anos e chegamos à maturidade da empresa. Crescemos 12 por cento a nível de clientes novos e o objetivo é continuar melhorar sempre, para servir cada vez melhor o cliente”.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS SÁ DE MIRANDA

A HERANÇA DE UM VASTO PATRIMÓNIO HISTÓRICO E EDUCATIVO

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Com uma ação coletiva centrada no aluno, o Agrupamento de Escolas Sá de Miranda tem como missão formar futuros cidadãos interventivos na sociedade. Com 182 anos de história, esta instituição de ensino é uma referência do ensino no concelho de Braga.

Atualmente são 12 as unidades educativas que partilham de uma filosofia pedagógica transversal amplamente enriquecida pelo vasto património histórico e educativo herdado. Constituído há cinco anos, o Agrupamento de Escolas Sá de Miranda é, assim, composto pela Escola Secundária Sá de Miranda (sede), pela Escola EB 2,3 de Palmeira e por um conjunto de escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico e Educação Pré-escolar das freguesias de Palmeira, Dume, Adaúfe, Crespos/Pousada, Navarra /Stª Lucrécia. Na sede deste agrupamento, o ensino moderno contrasta com arquivos bibliográficos e ferramentas de ensino que datam do século XIX. Outrora um dos primeiros liceus de Portugal, a Escola Sá de Miranda abarca em si uma riqueza histórica incalculável. “Somos fiéis depositários de um espólio vasto e rico, considerado uma autêntica preciosidade”, avança a diretora Antonieta Silva. “Esta herança é transmitida aos nossos alunos que podem consultar e ter aulas na Biblioteca Antiga, onde se apropriam da história do liceu”, revela.

Entre os vários registos, está um vasto arquivo bibliográfico, muitas vezes constituído por doações valiosas, nomeadamente de Pereira Caldas – reconhecido professor do século XX – que legou alguns acervos que datam do século XVI. Além disso, outros materiais didáticos como mapas estão expostos no museu da escola. Este contraste entre o ensino da época com os recursos tecnológicos da educação atual permite que os alunos tenham um contacto real com a evolução dos processos de aprendizagem – “promovemos também visitas dos alunos do 1º ciclo à escola-sede para que, desde cedo, se tornam grandes entusiastas do nosso museu e de todo um vasto conjunto e experiências nos modernos laboratórios que possuímos”. Do mesmo modo, também a vertente pedagógica é transversal a todo o agrupamento. Antonieta Silva assegura que o aluno está no centro da ação educativa. “Para além das aprendizagens formais, com enfoque em resultados, focamos o desenvolvimento pessoal enquanto futuro cidadão interventivo da sociedade”, enfatiza. Com um plano holístico, este agrupamento bracarense assume uma ótica multidimensional do aluno. Para que tal aconteça, a diretora afirma que são criadas atividades onde os alunos se vão apropriando dos valores cívicos e educativos para os vários escalões. “São momentos aglutinadores que representam o nosso projeto coletivo. No Dia do Agrupamento há um tema comum vivido nas várias unidades de forma diferente”, conta.

São vários os projetos e clubes que ajudam a que os alunos se envolvam mais na vida escolar

Envolver o aluno: oferta formativa e extracurricular No âmbito da oferta formativa, a Escola Sá de Miranda dispõe dos qua20 BRAGA


tro cursos científico-humanísticos – Ciências e Tecnologias, Línguas e Humanidades, Ciências Socioeconómicas e Artes Visuais – e de cursos profissionais que tentam corresponder às necessidades reais do mercado de trabalho, como Técnico de Informação e Animação Turística, Técnico de Multimédia, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Técnico de Apoio à Infância e Animador Sociocultural. No segmento extracurricular, são vários os projetos e clubes que ajudam a que os alunos se envolvam mais na vida escolar. A diretora Antonieta Silva destaca alguns, nomeadamente o clube Sá Teatrando, – “o Teatro da Escola Sá de Miranda é uma sala emblemática onde foi projetado o primeiro filme na cidade de Braga” – o Clube de Robótica, os projeto Sá Solidário e Sá Voluntário, o Desporto Escolar com diversas modalidades, o conceito musical Tambombo e a adesão ao projeto ‘Nós Propomos’ (exercício de cidadania através do desafio que é lançado aos alunos para pensarem num local/espaço da cidade que não esteja nas melhores condições e idealizarem métodos para a renovação do mesmo). Para além disso, são vários os projetos a que aderem no sentido de promover as expressões artísticas nos alunos, incluindo os do 1.º ciclo. O ensino está cada vez mais exigente e os desafios lançados à Educação são crescentes. Para Antonieta Silva, diretora, o sucesso do Agrupamento de Escolas Sá de Miranda “reflete o esforço e trabalho conjunto entre professores e alunos, que é fundamental para o bom funcionamento de qualquer escola”.

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CALDAS DA RAINHA

TESOURO A DESCOBRIR Terra natal do pintor, desenhista e professor José Malhoa, acrescenta ao seu rol de personalidades famosas Rafael Bordalo Pinheiro, desenhador, aguarelista, ceramista e caricaturista político-social, foi também o criador do famoso Zé Povinho. D. José da Cruz Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa até 2013, Mestre António Duarte, escultor e Raúl Proença, escritor e filósofo completam este leque de personalidades ligadas à cultura e artes nacionais. Ficou conhecida e cresceu quando a Rainha D. Leonor (esposa de D. João II) que passava pela região, se apercebeu do poder curativo das águas que ali corriam e mandou construir um hospital termal para seu usufruto e das pessoas que ali se instalassem. Foi então que surgiu o nome da cidade: Caldas da Rainha. Região de terras férteis onde predominam os produtos frutícolas vale a pena visitar a Praça da República, conhecida como Praça da Fru-

ta, onde diariamente se realiza um mercado hortofrutícola, bem com as diversas propostas para conhecer a história das louças e faianças caraterísticas da região. De destacar o Museu do Hospital e das Caldas, o Museu da Cerâmica, o Atelier Museu António Duarte, o Atelier Museu João Fragoso, o Museu da Fábrica das Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro e o Museu da Fábrica Secla. As arribas altas escondem tesouros turísticos e ambientais: a concha de S. Martinho que abraça a praia de Salir do Porto e a mais extensa lagoa costeira, a Lagoa de Óbidos, na praia de Foz do Arelho, muito propensa a receber entusiastas dos desportos náuticos e amantes do turismo ecológico. História, empreendedorismo, dinamismo e desenvolvimento municipal são alguns dos temas que abordamos, dentro desta edição, sobre o concelho das Caldas da Rainha.


SANTO TIRSO 23


MUNICÍPIO DE CALDAS DA RAINHA

CALDAS DA RAINHA: UM TESOURO A DESCOBRIR… Com uma localização geográfica privilegiada, Caldas da Rainha é um local de passagem nos circuitos turísticos e culturais, bem como centro de uma região de uma paisagem e atividades diferentes e diversificadas. A sua génese é o termalismo, conferindo-lhe uma dinâmica urbana e comercial, que permitiu desenvolver outros aspetos tradicionais da cidade, como a cerâmica, que moldou a imagem moderna da cidade.

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Em entrevista com Fernando Tinta Ferreira, presidente da Câmara Municipal, abordámos as diferentes estratégias desenvolvidas para colocar, cada vez mais, as Caldas da Rainha no mapa da atratividade turística do nosso país. O primeiro passo foi uma requalificação urbana, do ponto de vista da rede viária, dos edifícios e do espaço público, e a introdução de elementos de arte urbana “como é o exemplo da Rota Bordaliana”, bem como pela promoção de iniciativas do ponto de vista cultural, iniciativa comercial e de atratividade turística. O facto de o Município ter ficado com a responsabilidade do património termal, que inclui o Parque D. Carlos I e a Mata Rainha D. Leonor, também assumiu grande preponderância, até porque permitiu que o parque hoje seja um espaço de lazer e mais um elemento de atratividade e frequência não só pelos residentes, mas também pelos visitantes. “Do ponto de vista turístico, as Caldas está bem e recomenda-se, assumindo uma forte expectativa em relação ao futuro”, realça o autarca, sublinhando que “estamos a trabalhar na recuperação do património termal e, na sequência de um concurso público internacional, irá nascer o Montebelo Bordallo Pinheiro Caldas da Rainha Hotel. É assim que se irá chamar a unidade hoteleira de cinco estrelas que vai ser construída nos emblemáticos Pavilhões do Parque, no Parque D. Carlos I, com características inovadoras, ligando a hotelaria e a cerâmica, e que vai permitir alcançar um segmento de turista diferenciado”, revela Tinta Ferreira, ao mesmo tempo que enaltece os diversos opera-

terísticas únicas para a prática de desportos náuticos com vento como o windsurf, o kitesurf ou a vela. Eventos e iniciativas como o Oeste Fest, o Caldas Summer Fest, a Festa Branca na praia da Foz do Arelho dão também o seu colorido, bem como a animação de verão em Salir do Porto.

FERNANDO TINTA FERREIRA

dores turísticos. Descubra as Caldas da Rainha, dê um passeio de bicicleta pelo litoral ou desfrute da natureza no Paúl de Tornada ou nas dunas de Salir do Porto. Dê um mergulho na piscina oceânica de Salir do Porto, ou deixe-se encantar pela Foz do Arelho, situada na confluência da Lagoa de Óbidos com o mar, permitindo ir ao encontro de diferentes expectativas e gostos, referindo as carac-

A cidade respira criatividade onde a tradição se junta à arte contemporânea

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Caldas da Rainha respira cultura Caldas da Rainha é uma terra de artes, com vasto património artístico e cultural, sobretudo nos domínios da pintura, da escultura, da produção cerâmica, artes plásticas e design. A cidade respira criatividade onde a tradição se junta à arte contemporânea, tendo ao dispor do visitante um vasto património museológico, eventos culturais e o melhor centro cultural e de congressos do país. Neste contexto, vale a pena destacar a Companhia de Teatro da Rainha, que com o apoio municipal verá construído uma escola teatro que melhor desenvolver a sua atividade, bem como a Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha que


“tem uma produção e resultados extraordinários com alunos que se tornam embaixadores da nossa cidade porque valorizam a vivência e criatividade das Caldas da Rainha”, menciona, realçando a organização e dinâmica do Caldas Late Night, um evento que consiste em exposições, performances, concertos, um turbilhão de sensações e experiências idealizadas pelos estudantes da ESAD.CR que se realizam em vários pontos da cidade. O município de todos os desportos Caldas da Rainha abraça os amantes e espectadores do desporto, procurando promover a prática desportiva do concelho, de forma a torná-la diferenciada dos outros concelhos exatamente pela sua diversidade. Praticamente todos os desportos se podem praticar nas Caldas da Rainha, isto porque estão construídas infraestruturas e equipamentos que assim o permitem. Por outro lado, estão criadas associações e coletividades que promovem a prática de desporto desde o voleibol, basquetebol, badminton, ténis, ginástica acrobática, natação, futebol masculino e feminino, atletismo, tiro com arco, bowling, setas… é só escolher a modalidade. De resto, a cidade acolhe duas federações olímpicas, badminton e pentatlo moderno, e uma não olímpica na área das artes marciais. Tinta Ferreira relembra que um dos fatores importantes do crescimento turístico é o turismo desportivo, já que “recebemos durante todo o ano campeonatos e torneios regionais, nacionais e internacionais”.

Rumo ao futuro Tinta Ferreira apresentou-se a um novo mandato com um projeto renovado e visão estratégica, com o intuito de dar continuidade ao trabalho desenvolvido. O autarca pretende ainda contribuir para a resolução dos três problemas crónicos das Caldas: Hospital Termal, o assoreamento da Lagoa e Linha do Oeste. Estrategicamente, estas três questões resolvidas, Caldas da Rainha tem todos os ingredientes para se continuar a afirmar como a principal urbe regional.

Feira dos Frutos 2018 A fruta é uma das riquezas e imagens de marca da Região Oeste. Para lhe prestar homenagem, as Caldas da Rainha organiza entre 17 e 26 de agosto uma feira cheia de sabor, a Frutos - Feira Nacional de Hortofruticultura, com jornadas técnicas, compostas por palestras e conferências sobre o setor, exposições, workshops, cerâmica, showcooking e um excelente cartaz musical. “A Feira Nacional de Hortofruticultura foi uma alavanca fundamental no apoio, modernização e divulgação da fileira dos frutos e hortícolas que se produzem em Portugal e está na rota das grandes feiras do país”, adianta. A feira é um elemento marcante, mas também a animação de verão, o projeto Caldas Anima e a Expotur (Tasquinhas), que traz milhares de pessoas às Caldas da Rainha pela gastronomia, artesanato e animação musical.

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E.LECLERC CALDAS DA RAINHA

A MÁXIMA QUALIDADE AOS MELHORES PREÇOS

Desde a sua génese em 1949, o Movimento E.Leclerc apoia-se em verdadeiros empreendedores autónomos e proprietários do seu comércio. A independência constitui a pedra basilar desta aventura que conta hoje 474 aderentes em França e mais de 20 lojas em Portugal. O Movimento E.Leclerc defende a autonomia de cada loja e defende a iniciativa individual ao serviço do projeto de insígnia: tornar os bens e serviços acessíveis ao maior número de pessoas.

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Com mais de 20 anos de experiência no seio do mercado da grande distribuição em França e, concretamente no movimento E.Leclerc, Stephane Fouqué, chegou a Portugal em 1997, com a sua esposa, Rita Fouqué, para abraçar uma nova aventura, numa altura em que apenas existiam cinco lojas no território nacional. A loja de Santa Maria da Feira tinha acabado de abrir e o jovem casal teve a oportunidade de apoiar várias lojas na sua implementação. O método de trabalho da organização em que cada loja é uma empresa individual atrasou a implementação das lojas em Portugal e protelou a oportunidade do empresário ter a sua própria loja, pelo que juntamente com a sua esposa ajudou na implementação das lojas do Montijo, Entroncamento e Figueira da Foz, ao mesmo tempo que estava atento a novos projetos de abertura. Caldas da Rainha foi um projeto que surgiu e Stephane Fouqué, em 2001, agarrou a oportunidade com toda a determinação, abrindo ao público em 19 de dezembro de 2002. Hoje, o E.Leclerc é uma referência da cidade e da região envolvente, não só pela sua cultura e filosofia, mas também pelo seu contributo para a dinamização económica, já que tem cerca de 115 colaboradores. Um dos fatores distintivos desta organização, segundo Stephane Fouqué e Teresa Joaquim, administrador e diretora da loja, é que “tentamos promover as pessoas no seio da empresa, valorizando a sua competência, experiência, vontade e atitude, algo que nos orgulha bastante e faz parte da cultura e filosofia do movimento”. Neste contexto, o administrador sublinha que, neste movimento, o indivíduo está no centro do seu projeto, parafraseando Édouard Leclerc quando criou os centros E.Leclerc, porque é ao serviço das pessoas, integradas na sociedade, que a atividade da distribuição deve colocar-se. Volvidos cerca de

Os consumidores, os empreendedores, os colaboradores estão no coração do movimento E.Leclerc

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70 anos, a vocação continua a mesma. Os consumidores, os empreendedores, os colaboradores estão no coração do movimento E.Leclerc. A luta do E. Leclerc teve sempre o mesmo objetivo. Por outro lado, “comprar o mais barato possível para vender o mais barato possível” é a fórmula de Édouard


Leclerc e o conceito fundador do movimento. Um conceito que tem sido posto em prática fruto da aplicação de regras simples, como comprar diretamente aos produtores e evitar, tanto quanto possível, os intermediários, diversificando as fontes de aprovisionamento, tanto no que concerne aos grandes grupos como às empresas locais. E na verdade o E.Leclerc Caldas da Rainha tem uma forte ligação com as empresas e os produtores locais, o que lhe permite aferir da qualidade e frescura dos produtos, o que acontece com as frutas e os produtos hortícolas, com o peixe que vem da lota de Peniche, as carnes selecionadas ou até ao pão. “Este é um trabalho complexo, mas queremos disponibilizar aos nossos clientes os melhores produtos com os preços mais competitivos, por isso mesmo estamos sempre atentos ao aparecimento de novos produtos e produtores”, revela Teresa Joaquim, evidenciando que com os vinhos acontece o mesmo, ou seja a empresa procura pequenas adegas, privilegiando a região, com vinhos diferenciados que não se encontram em outros pontos de venda, indo assim ao encontro dos gostos e exigências dos clientes. De resto, o E.Leclerc Caldas da Rainha trabalha diretamente com 48

empresas e 32 produtores num raio de 25 quilómetros que perfazem “um volume de faturação de 1. 5 milhões de euros na compra, o que representa cerca de 8 a 10 por cento no total de compras que são efetuadas”, realça Stephane Fouqué. Escolha, preço e qualidade são palavras-chave no seio do E.Leclerc Caldas da Rainha, sempre com o intuito de posicionar a loja como o hipermercado da região com a maior oferta de produtos biológicos, produtos para a casa, eletrodomésticos, com carnes de qualidade, com peixe fresco e com

padaria de fabrico próprio. “O nosso objetivo é levar ao cliente o nosso melhor e é algo que fazemos com muita paixão, percebendo que os

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clientes nos escolhem e depositam em nós a sua confiança”, confidenciam Stephane Fouqué e Teresa Joaquim. Rumo ao futuro A par da superfície comercial, este espaço disponibiliza também um posto de combustível a funcionar 24 horas por dia oferecendo assim mais um serviço. Com o objetivo de melhorar o atendimento ao cliente para que possa ter mais “conforto, comodidade e rapidez”, o hipermercado E.Leclerc nas Caldas lançou um serviço novo de compras online, gratuito e que já está disponível desde 27 de março. Na loja online do E.Leclerc, onde pode fazer as compras, os produtos estão divididos por secções (talho e peixaria, frutas e legumes, padaria/pastelaria, frescos, congelados, mercearia, nutrição e saúde, bebidas, bebé, limpeza, higiene e beleza, animais e casa/lazer) de modo a facilitar o acesso e pesquisa dos artigos. Encontra a qualidade e os mesmos preços da loja, e também as campanhas e promoções exclusivas do hipermercado. Após selecionar

todos os artigos que deseja comprar online e chegar à parte final da encomenda, na secção de ‘Entrega e Pagamento’ pode selecionar o horário pretendido para levantar as suas compras. O ‘Espaço Drive’ funciona das 8h30 às 21h30, e está disponível

“O nosso objetivo é levar ao cliente o nosso melhor e é algo que fazemos com muita paixão, percebendo que os clientes nos escolhem e depositam em nós a sua confiança”

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todos os dias. Com o serviço E.Leclerc Drive pode efetuar a recolha das suas compras realizadas online. O levantamento das compras é feito numa área de estacionamento reservada para o efeito, de forma rápida, sem ter que se deslocar ao interior da loja ou sair da viatura. Os artigos, acondicionados em sacos reutilizáveis, são colocados diretamente pelo colaborador no veículo. Teresa Joaquim destacou o novo serviço que “é 100 por cento gratuito” e que tem como objetivo servir melhor o cliente. O hipermercado pretende acompanhar os avanços da tecnologia com um serviço de “qualidade, simples e rápido”. Stephane Fouqué acrescenta: “garantimos a qualidade e a frescura dos produtos. A nossa missão é selecionar cuidadosamente os melhores produtos, respeitando critérios rigorosos e as datas de limite de consumo”, disse, sublinhando ainda que “a temperatura é controlada ao longo da preparação das encomendas e enquanto aguardam a recolha as compras são armazenadas em câmaras de frio específicas”. O compromisso E.Leclerc é oferecer a máxima qualidade aos melhores preços, por isso na loja online vai encontrar os mesmos preços baixos que no seu hipermercado E.Leclerc.


UNIÃO DE FREGUESIAS DE TORNADA E SALIR DO PORTO

TERRA DE BELEZA E SINGULARIDADE

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A União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto é composta por duas freguesias com características diferenciadas que, com esta agregação, se tornaram um território coeso, mas sem perder a sua génese identitária. A Portugal em Destaque esteve à conversa com o presidente Arnaldo Custódio que deu a conhecer as potencialidades de Tornada e Salir do Porto.

Com grande potencial turístico, Salir do Porto é a localidade mais a norte do concelho das Caldas da Rainha. Na praia, na margem esquerda do rio Tornada encontra-se um dos ex-libris de Salir: a maior duna da Europa. Mas há muito mais para ver e fazer em Salir do Porto. Desde logo, uma visita pelas grutas, verdadeiros testemunhos de um passado histórico, mas também à Capela da Senhora de Sant’Ana, que foi erigida na ponta mais afastada de Salir, no cimo da barra que serve de entrada à baía. Hoje está em ruínas, contudo há um projeto delineado para a sua recuperação. As ruínas que estão situadas nos limites da praia são também um valioso testemunho do importante passado histórico que Salir viveu. Sob a proteção da antiga Alfândega esconde-se um dos tesouros de Salir do Porto: a chamada ‘Pocinha’, uma fonte de água doce. Arnaldo Custódio entende que Salir do Porto tem um grande potencial turístico, “mas não existem ainda os instrumentos necessários para colocar Salir no mapa da atratividade”, disse, realçando a importância do festival de verão que teve início no final do mês de julho e que culminou com um magnífico concerto dos Lucky Duckies. Mas o objetivo de Arnaldo Custódio é incentivar o turismo cultural e ecológico, em prol do desenvolvimento local. Por sua vez, Tornada inclui os aglomerados populacionais de Tornada, Campo, Chão da Parada, Reguengo da Parada, Casais dos Morgados, Mouraria, Casais do Rio do Peixe e Casais do Vau. Os seus pontos de interesse incluem a Igreja Matriz do século XVI e o Paul de Tornada. O Paul é vestígio de um passado recente em que o mar penetrava profundamente no continente, através do vale das Caldas da Rainha, quando

o rio de Tornada era ainda navegável. O paul apresenta-se como um espaço de educação e ambiente. Um novo ciclo autárquico Impelido pela convicção de contribuir para o desenvolvimento local, Arnaldo Custódio, depois de assumir um mandato na Assembleia de Freguesia, abraçou a candidatura à União de FregueARNALDO CUSTÓDIO sias de Tornada e Salir do Porto apoiado no slogan ‘As pessoas primeiro’. Durante este percurso, muito foi feito a pensar nas pessoas e na preservação da identidade histórica do território. Desde logo, a requalificação do Largo dos Peais, no Reguengo da Parada e a inauguração de um painel de azulejos que retrata as tradições antigas fruto da pesquisa e investigação do Rancho Folclórico. “Este é um local para reviver o passado no presente”, sublinhando a recriação histórica de tradições que será celebrada no próximo dia 9 de setembro. Neste projeto, liderado pelo advogado Arnaldo Custódio, todas as medidas prendem-se com a necessidade de dar aos habitantes da União de Freguesias mais qualidade de vida e bem-estar social, onde se colocam as pessoas em primeiro lugar. Por isso mesmo, o autarca evidenciou: “vamos dar uma volta nas duas freguesias”, salientando os projetos de embelezamento com a introdução de calçada portuguesa na envolvente da igreja em Tornada, bem como em Salir, junto à sede da coletividade e ao cemitério. Este propósito de requalificar e recuperar a história das freguesias segue a lógica de que um país sem memória é um país sem identidade.

Largo do Rossio, nº7 A 2500-315 Tornada Tlf.: 262 881 430 E-mail: tornada.salirporto@gmail.com

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JUNTA DE FREGUESIA DE FOZ DE ARELHO

FOZ DO ARELHO: UM DESTINO ÚNICO

Foz do Arelho, dona de paisagens vibrantes, e em harmonia entre a vila pacata, e uma praia de rara beleza, vê o seu nome ser divulgado entre um dos melhores destinos de praia de Portugal. Encontra-se rodeada pela Bacia Hidrográfica da Lagoa de Óbidos com as suas águas alimentadas por um Oceano Atlântico vigoroso. A ligação entre os dois apresenta paisagens únicas, constituindo assim um importante polo de atração turística da região.

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O crescimento demográfico e o desenvolvimento económico da Foz do Arelho despoletaram o crescimento do turismo, fazendo com que a pitoresca vila seja cada vez mais procurada por residentes e turistas, essencialmente pelas suas características ímpares e beleza singular. Na confluência da Lagoa de Óbidos com o mar, a Foz do Arelho oferece a possibilidade de escolha entre dois tipos de praia distintos: de um lado a lagoa, do outro a praia aberta ao mar. Durante muitos anos, a Lagoa foi inclusivamente o principal meio de sustento da vila. Hoje, embora continue a dar o seu contributo para a economia local, destaca-se claramente do ponto de vista natural e é bastante apreciada pela sua beleza paisagística, pelas suas potencialidades para a prática de alguns desportos náuticos entre outras potencialidades como o birdwatching. As praias do mar e da lagoa têm hasteadas a bandeira azul, as bandeiras de praia acessível, de Ouro e de Quality Coast, confirmando a qualidade das suas águas. De resto, a praia é um dos grandes trunfos da Foz do Arelho, sendo destino de férias de turistas de todo mundo, que pro-

ano, ocupações que têm em comum a água, seja na Praia seja na Lagoa. Aqui pode fazer desde vela, ao windsurf, à canoagem, ao remo, ao kitesurf ou até mesmo o stand up paddleboard ou o surf. E depois de todas estas atividades náuticas, nada como relaxar com um belo passeio pelas fantásticas vistas que tanto a Lagoa como a Foz proporcionam, já que em ambos os casos pode contar com diversos percursos pedestres que mais uma vez primam pela variedade e beleza. Além disso, durante a época balnear, existem variadíssimos eventos que ajudam a fazer da praia um local mais dinâmico e que não esteja limitado apenas ao sol, à areia e ao mar, como o Oest Fest, o Caldas Summer Sessions ou a Festa Branca que atraem muitos veraneantes, assim como as Festas da Vila em honra da Nossa Senhora da Conceição. A liderar os destinos da freguesia pelo segundo mandato está Fernando Sousa, um presidente de Junta dinâmico e determinado em promover a qualidade de vida de residentes e visitantes e tornar a Foz do Arelho cada vez mais uma referência incontornável da região.

Durante a época balnear, existem variadíssimos eventos que ajudam a fazer da praia um local mais dinâmico e que não esteja limitado apenas ao sol, à areia e ao mar, como o Oest Fest, o Caldas Summer Sessions ou a Festa Branca que atraem muitos veraneantes, assim como as Festas da Vila em honra da Nossa Senhora da Conceição curam nesta praia banhada pelo Atlântico, a convergência entre mar e campo, as belas paisagens e a tranquilidade que caracterizam a região. A Foz do Arelho oferece a quem a visita inúmeras atividades desportivas ao longo de todo o

Rua Francisco Almeida Grandela, 8P | 2500-487 Foz do Srelho | Tlf.: 262 979 432 | Email: secretariado@jf-fozdoarelho | www.jf-fozdoarelho.com

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UNIÃO DE FREGUESIAS DE SANTO ONOFRE E SERRA DO BOURO

A DICOTOMIA ENTRE A URBANIDADE E A RURALIDADE A União de Freguesias de Caldas da Rainha – Santo Onofre e Serra do Bouro é composta por duas freguesias completamente distintas, a simbiose perfeita entre o urbano e o rural. Santo Onofre constitui a freguesia urbana que o novo executivo liderado por Jorge Varela, pretende ver diferenciada pela modernidade e inovação, desmistificando a ideia de freguesia periférica junto da comunidade, até porque nesta freguesia insere-se a parte nova da cidade.

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A freguesia de Santo Onofre ao capitalizar, ao longo dos anos, um conjunto de circunstâncias favoráveis à sua renovação e revitalização, possui, tanto no campo cultural como desportivo, estruturas essenciais ao desenvolvimento de toda a cidade. São disso exemplo a Biblioteca Municipal, a Expoeste (Centro de Exposições), o Centro de Juventude, as escolas, vários complexos desportivos, associações culturais, recreativas e desportivas, uma zona industrial, a autoestrada, um centro de formação profissional em cerâmica assim como uma delegação do Ministério do Ambiente, revela Jorge Varela, realçando que esta é a zona da cidade com maior potencial de crescimento, “falta-nos que a perceção pública acompanhe a realidade”. Serra do Bouro é uma freguesia rural, apresenta características muito peculiares, distinguindo-se pela sua beleza natural, com vistas fantásticas que nos oferece sobre o mar e sobre a própria cidade. “É uma freguesia rural com qualidade de vida e tranquilidade, mas ao mesmo tempo está a cinco minutos da cidade das Caldas da Rainha. Aqui está a desenvolver-se uma atividade turística relevante, sem desvirtuar o estilo de vida e configuração da freguesia”, sublinha o autarca, lembrando que é indispensável dotá-la com um embelezamen-

realidade, preservando a identidade de cada uma das freguesias.

JORGE VARELA

to de que já é merecedora, tornando-a mais atrativa para quem a visita e mais confortável para quem lá vive. Na sua opinião, os habitantes de Santo Onofre têm de poder usufruir das vantagens de estarem unidos a uma freguesia que chega até ao mar, que tem espaço para se viver a vida sem o rebuliço da cidade. Por seu lado, aos habitantes da Serra do Bouro tem de se lhes proporcionar, no seu dia a dia, as vantagens de estarem unidos a uma freguesia urbana. E é à União de Freguesias que cabe criar condições para que essas vantagens se tornem uma

Trabalho autárquico Este é o primeiro mandato de Jorge Varela como presidente da Junta de Freguesia, contudo o balanço do percurso efetuado é claramente positivo. Sempre defendeu que quanto mais longe se chega maior é a responsabilidade de contribuir para o bem comum. Por isso mesmo, sendo agora professor de Direito no ensino superior, e depois de ter presidido, durante seis anos, à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens das Caldas da Rainha, aceitou o convite para se candidatar a presidente da Junta, para ajudar a melhorar a qualidade de vida dos seus concidadãos. “Tenho a sorte de estar acompanhado por uma equipa experiente, capaz, e com muita vontade de trabalhar em prol das nossas freguesias”. Até ao final do mandato gostaria de ver concretizadas algumas obras como uma Unidade de Saúde Familiar em Santo Onofre, um edifício sede para a Companhia de Teatro da Rainha e a resolução de algumas questões rodoviárias. Jorge Varela falou ainda sobre o trabalho que quer desenvolver de reforço da intervenção social junto dos mais carenciados e a reabilitação urbanística nos Bairros da Ponte, dos Arneiros e das Morenas. O autarca revela ainda que faz falta um centro de dia, uma necessidade que acaba por ser colmatada com o trabalho de muitas das associações e pelo Clube Sénior, um projeto em parceria com a União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório e a Câmara Municipal das Caldas da Rainha.

“É uma freguesia rural com qualidade de vida”

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WOK ONE RESTAURANTE

FUSÃO DE CULTURAS E SABORES Num renovado espaço, na Zona Industrial das Caldas da Rainha, abriu o Wok One Restaurante apresentando um novo conceito gastronómico, com um completo serviço de buffet livre de comida chinesa, japonesa e portuguesa, que tem feito as delícias de todos os visitantes.

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Abriu portas em fevereiro do ano passado, o Wok One Restaurante, um espaço que oferece uma fusão da cultura asiática e portuguesa, e proporciona aos clientes uma genuína cozinha japonesa e chinesa. Este é um projeto que nasceu pelas mãos do empresário Xiaoping Zhuo, que está a viver em Portugal há cerca de 20 anos, mas que sempre se dedicou ao comércio de produtos para o lar. A restauração foi uma aventura que abraçou juntamente com Zhong Shen Zhuo e Jian Hai Tang, o seu irmão e prima, criando um conceito inovador nas Caldas da Rainha. O Wok One é um restaurante baseado na cozinha asiática e apresenta diversas combinações de pratos orientais, mas também pratos da gastronomia portuguesa. A qualidade, a variedade e o colorido do sushi é um dos atrativos do espaço, onde se destacam as especialidades de wok e grelhados na chapa quente, marisco, carnes, legumes e, claro está, as deliciosas sobremesas. Num conceito de buffet livre, com uma decoração moderna e acolhedora, o Wok One dispõe de capacidade para 200 pessoas, onde o sucesso aliado ao serviço e simpatia,

“O espaço ideal para reuniões familiares e para refeições de grupos”

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fazem do restaurante um espaço de referência para além da Região Oeste! A funcionar todos os dias, o Wok One tem-se afirmado como “o espaço ideal para reuniões familiares e para refeições de grupos, bons momentos de convívio, comunicação e degustação”, realça

Xiaoping Zhuo. Aos fins de semana e feriados, conta com música ao vivo para que o cliente possa degustar de boa comida acompanhada de boa música, promovendo, assim, o convívio e animação. Para Xiaoping Zhuo, o sucesso obtido tem ultrapassado todas as expectativas, isto porque não tem apenas clientes das Caldas da Rainha, mas também dos concelhos vizinhos, o que é motivo de grande orgulho e acaba por ser o reconhecimento pelo “empenho e amor que nós depositámos neste espaço com uma nova decoração”. O estabelecimento, situado na Rua João dos Reis, Lote 10, na Zona Industrial das Caldas da Rainha, funciona todos os dias das 12 horas às 15 e das 19 às 23 horas. Tem ainda parque de estacionamento e um parque infantil. A terminar, Xiaoping Zhuo agradece a todos os clientes que “já nos visitaram e temos a porta aberta para todos os que nos quiserem visitar”. Visite e deixe-se levar pelos seus sentidos! Rua João Reis, 10, Zona Industrial 2500-757 Caldas da Rainha - Portugal Tlf.: +351 262 880 205 Tlm.: +351 96 418 5101 (Gerência) Email:reservaswokone@gmail.com wokone.pt


INTERMARCHÉ MONTEMOR-O-NOVO

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TRANSWHITE TRANSPORTES E LOGIQUEEN LOGÍSTICA

“O NOSSO GRUPO ESTÁ COMPROMETIDO EM PRESTAR SERVIÇOS DE QUALIDADE” A Transwhite Transportes e a Logiqueen Logística constituem um grupo empresarial que oferece um serviço integrado de transporte rodoviário e logística de mercadoria. Suportado por uma frota moderna, motoristas qualificados e uma equipa experiente de gestores de tráfego, as duas empresas garantem aos seus clientes que as suas mercadorias estão em segurança.

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Como nasce a Transwhite e como descreve o seu percurso nestes quase 15 anos de história? A Transwhite nasceu em maio de 2004 na vertente de transportes frigoríficos, em 2008 foi complementada com a criação da Logiqueen, estando esta destinada à componente logística de carga geral. Ao longo destes anos teve uma grande presença a nível internacional e foi ampliando o seu espaço de atuação para um conjunto de países europeus. Quais são serviços que a Transwhite disponibiliza aos seus clientes? Disponibilizamos serviço de saídas diárias de carga completa, grupagem, ADR, temperatura controlada e abastecimento a transporte marítimo e aéreo, para vários países da Europa. Como define os clientes e o mercado onde está inserida a Transwhite? Estamos inseridos num mercado muito competitivo e com grandes desafios, os quais temos que ultrapassar. Por outro lado, existe uma

grande exigência por parte dos clientes em termos de prazos e horários a cumprir. A Transwhite tem trilhado um caminho de modernização, que se vê na aposta na sua frota e no seu capital humano. A inovação e o investimento contínuo fazem parte do ADN da Transwhite? Sim, fazem parte do nosso dia a dia, uma vez que tentamos ter um acompanhamento dos avanços tecnológicos que vão surgindo no setor.

“Pensamos que o êxito do grupo tem assentado numa aposta constante na qualidade e na rapidez do serviço prestado”

Quais são os fatores essenciais que distinguem a empresa num mercado global e competitivo? Pensamos que o êxito do grupo tem assentado numa aposta constante na qualidade e na rapidez do serviço prestado.

Que análise faz do setor dos transportes e quais os principais desafios desta área de negócio? Os principais desafios são a instabilidade nos preços de combustíveis e das portagens nos vários países da Europa, sendo de considerar também as burocracias impostas por cada país como por exemplo a Lei Macron. Do grupo empresarial faz parte também a Logiqueen Logística que está a completar 10 anos. Que balanço traça desta década de atividade e como caracteriza o seu crescimento? É um balanço positivo em termos de crescimento e amadurecimento da própria empresa

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que foi construindo a sua estratégia de logística conforme as necessidades dos clientes. A Transwhite e a Logiqueen cresceram lado a lado, sendo hoje conhecidas e reconhecidas a nível nacional e internacional. Quais são os principais mercados onde as empresas atuam? Quais as metas em termos de expansão?

O nosso mercado consiste basicamente nos países da Europa Central tais como Espanha, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, Suíça, Itália, Inglaterra, Noruega, Áustria e Polónia. Em termos de expansão, tentamos cada vez mais

“Tentamos cada vez mais abranger todas as áreas dos diferentes países nos quais atuamos”

abranger todas as áreas dos diferentes países nos quais atuamos.

Que projetos/objetivos acalenta em termos de futuro? Os nossos objetivos futuros passam pela construção de uma plataforma logística na zona do norte do nosso país. A liderança no feminino tem estado cada vez mais em destaque, assim sendo como se sente enquanto mulher à frente de uma grande empresa? Como se define enquanto empresária? Sim, cada vez mais vimos grandes empresas no nosso país a serem lideradas por mulheres que cada dia vão tentando ultrapassar todas as barreiras e desafios que encontram. Eu, pessoalmente, tenho essa tarefa bem consolidada, pois tenho estado sempre ao lado do meu marido partilhando essas tarefas em conjunto, no entanto temos sempre um desafio no dia a dia que, neste caso, é gerir o tempo com a família e da nossa vida pessoal. CALDAS DA RAINHA 35


NICUL

INOVAÇÃO PRODUTIVA E INTERNACIONALIZAÇÃO A Nicul quer estar entre os principais produtores e afirmar-se como uma referência de excelência em produtos de cutelaria. E para responder às exigências cada vez maiores do mercado, tanto nacional como internacional, vai investir mais de 1.8 milhões de euros em duas áreas-chave: inovação produtiva e internacionalização.

O MARIA JOSÉ E JOÃO RAMALHO

O investimento conta com o apoio de fundos comunitários no âmbito do Portugal 2020 e tem como principais objetivos a modernização do processo produtivo, o aumento da capacidade de produção e o reforço das exportações. “A empresa estava numa situação em que tinha que fazer investimentos”, uma vez que tinha alcançado a sua capacidade máxima de produção, avançou o administrador da empresa, João Ramalho, realçando que a Nicul preparou-se em termos de estrutura organizativa e financeira para investir com capitais próprios, mas entretanto surgiu a oportunidade de o fazer com recurso aos quadros comunitários. O projeto é essencialmente vocacionado para a inovação produtiva que representa a maior fatia do investimento, ou seja cerca de 1.3 milhões de euros. “A empresa vai investir em tecnologia de ponta e software de topo que lhe vai permitir aumentar a capacidade produção e dar uma resposta mais célere aos seus clientes”, clarifica João Ramalho, salientando que das atuais 750 mil peças por ano, vão passar a sair das linhas entre 1 milhão a 1.2 milhões de peças por ano. De acordo com o administrador da empresa, o novo equipamento tecnológico irá também transformar o processo de desenvolvimento de produto da empresa, utilizando o design industrial para conceber os seus novos produtos. “O processo que vamos implementar torna fundamental ter essa área desenvolvida, porque é a partir dos desenhos em 2D e 3D que os produtos vão entrar em produção”, explica, realçando os ganhos em tempo e custo que esta tecnologia permite atingir. Novos mercados, novos desafios A segunda parte do investimento, cerca de meio milhão de euros, é destinada a um programa de apoio à internacionalização. Quanto à quota de exportação, que ronda os 60 por cento, o objetivo quando o projeto estiver implementado é que este número suba para os 75 por cento. Os projetos de modernização e internacionalização obrigam a empresa a ampliar as suas instalações: “temos em construção um edifício para a área produtiva e um

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edifício destinado ao apoio à comercialização e logística”. A Nicul prepara-se ainda para iniciar vários projetos de certificação, a nível dos produtos, qualidade, ambiente e higiene e segurança no trabalho. Com a conclusão do projeto, a empresa estará capaz de competir com os melhores no mercado global.

realçando que algumas dessas oficinas evoluíram para fábricas. José Maria Ramalho começou a trabalhar em cutelaria com o seu pai, mas acabou por integrar uma dessas empresas. Ali esteve 25 anos como vendedor, ao fim dos quais voltou às Relvas para fundar a Nicul. João Ramalho e Maria José Ramalho são a segunda geração à frente dos negócios, uma missão que cumprem com o orgulho de perpetuar o legado da família como os

A Nicul prepara-se ainda para iniciar vários projetos de certificação, a nível dos produtos, qualidade, ambiente e higiene e segurança no trabalho. Com a conclusão do projeto, a empresa estará capaz de competir com os melhores no mercado global

Uma história de sucesso Criada em 1972, a Nicul nasceu pelas mãos de José Maria Ramalho, em Relvas, berço das cutelarias da região. “Nos anos de 1940 havia cerca de 15 oficinas artesanais na localidade, o meu avô tinha uma delas e foi assim que as coisas começaram”, conta João Ramalho,

valores que lhes foram transmitidos, desde logo a identidade marcada com a localidade das Relvas. A empresa tem três linhas principais de produtos: as facas profissionais direcionados à hotelaria e restauração, as facas direcionadas aos profissionais do setor da transformação alimentar e as cutelarias domésticas. A Nicul é uma das empresas que compõem o cluster da indústria de cutelaria de Santa Catarina e Benedita e usufrui de reputação a nível global, tendo como premissa afirmar o sector no contexto da economia local e nacional. De resto, foi criada uma associação que congrega as várias empresas deste cluster, constituindo-se como um “parceiro importante para a afirmação da atividade”, salienta João Ramalho.

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ALENTEJO

FEIRA AGRÍCOLA DE PORTALEGRE Região amplamente premiada e reconhecida como um dos melhores destinos turísticos de Portugal, tem como principais pontos de interesse as cidades de Évora e Elvas, ambas classificadas, pela Unesco, com Património Mundial da Humanidade. Igualmente reconhecidas por esta entidade, mas na categoria de Património Imaterial da Humanidade, foram os bonecos de Estremoz e o cante alentejano. O Alqueva, com a sua barragem, Monsaraz, Marvão, Castelo de Vide e Vila Viçosa escondem belezas naturais, patrimoniais e históricas dignas de serem contempladas. A costa litoral alentejana, embelezada pelas magníficas praias que se encontram escondidas nas escarpadas, recebem turistas de diversos países e foram destacadas, pelo jornal diário britânico “The Guardian” como as melhores da Europa. Destino pre-

ferencial para turistas vindos dos quatro cantos do mundo, vê a sua atividade empresarial e empreendedorismo a aumentar de ano para ano. As Migas, o ensopado e a açorda, o gaspacho e a sopa de tomate são alguns dos pratos típicos que, combinados com os afamados vinhos da região alentejana, fazem as delícias de quem vai (re)conhecer a região alentejana. A Feira Agrícola de Portalegre, que decorre entre os dias 14 e 16 de setembro, é destacada nesta edição pela importância que tem na região e na promoção das suas principais atividades económicas. A revista Portugal em Destaque foi procurar exemplos deste empreendedorismo desde a criação animal à produção de vinho, do artesanato ao turismo, sem esquecer a famosa gastronomia.


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ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES DO DISTRITO DE PORTALEGRE

SEMPRE AO LADO DOS AGRICULTORES A Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP) nasceu em 1976, no rescaldo do 25 de Abril e numa época em que a Reforma Agrária estava a deixar muitos agricultores portugueses sem as suas terras. Em Portalegre, a insurgência contra esta política foi forte e, nesse contexto, foi criada a AADP. Desde então, tem estado sempre ao lado dos seus associados, nomeadamente aquando da entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia e na sequência do surgimento da Política Agrícola Comum (PAC). O seu objetivo é apoiar os produtores agrícolas na sua atividade, principalmente no cumprimento de toda a legislação, seja comunitária ou nacional, em suma, apoiando o agricultor em toda a burocracia, transversal a todos os setores agrícolas, garantido ao consumidor final a obtenção de produtos de qualidade.

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A feira terá lugar no segundo fim de semana de setembro e contará ainda com um leilão de bovinos reprodutores

Fermelinda Carvalho está à frente do destino da AADP há quatro anos. Os mandatos da direção da associação são de três anos, sendo que Fermelinda cumpre atualmente o primeiro ano do segundo mandato. “Sou engenheira de produção animal e agricultora. Enquanto técnica da área agrícola, fui secretária-geral da AADP durante alguns anos. Depois, em 2009, assumi outras funções fora da associação”. Fermelinda Carvalho foi contactada por vários agricultores, para que apresentasse uma candidatura à direção da associação. O seu amor pela agricultura e pelo mundo associativo falou mais alto pelo que resolveu candidatar-se à presidência dos desígnios de uma das maiores associações do pais “. No final do primeiro mandato toda a equipa esteve disponível para continuar, pelo que nos encontramos atualmente no primeiro ano do segundo mandato”. A FAP- Feira Agrícola de Portalegre Pouco tempo depois de tomar posse, Fermelinda Carvalho resolveu reativar a Feira Agrícola de Portalegre. “Antigamente, existia uma feira que era realizada em conjunto com a Câmara Municipal de Portalegre, denominada de FERPOR, que infelizmente há muitos anos não se realiza. A atual direção entendeu que seria importante realizar um evento que mostrasse aquilo que no alto Alentejo fazemos em termos agrícolas, trata-se obviamente de uma mostra que não tem a pretensão de representar a globalidade da nossa agricultura. 40 ALENTEJO

Assim, a FAP – Feira Agrícola de Portalegre é da responsabilidade exclusiva da Associação de Agricultores de Portalegre e este ano terá a sua terceira edição. É um evento que tem um investimento de cerca de 20 mil euros, mas que a Associação faz questão de suportar, para permitir a todos os agricultores que queiram, participar neste evento. A feira tem lugar no espaço da própria Associação e conta com cerca de 70 expositores, destacando-se, entre outros, os produtos alimentares, como o pão, o vinho, os enchidos, os queijos, o azeite e o mel, e ainda empresas de maquinaria agrícola e outros produtos ligados ao setor. “Além disso, este ano teremos também uma demonstração de como usar o trator em segurança, outra de calibragem de pulverizadores. Vamos ter também provas equestres, dada a nossa a parceria com o Centro Equestre e a presença de grupos musicais locais”. Inseridos na FAP ir-se-ão realizar alguns colóquios, nos quais se discutirão temas que interessam diretamente aos agricultores da região. “As feiras são muito importantes para o mundo agrícola, pois permitem juntar os produtores agrícolas, as empresas que fazem parte deste setor e os consumidores. Esta ligação entre quem produz e quem consome é importantíssima, queremos continuar a aproximar o consumidor ao mundo rural, com benefícios evidentes para ambos. As feiras, nomeadamente a FAP, funciona como um momento de encontro entre todos os associados e os consumidores, per-


FUNDADORES E PRESIDENTES DA AADP

mitindo à agricultura demonstrar aquilo que se faz de melhor no setor, demostrando que a agricultura está viva e continua a ser fundamental para a nossa região e para o nosso país”. A feira terá lugar no segundo fim de semana de setembro e contará ainda com um leilão de bovinos reprodutores, bem como exposições de bovinos, ovinos, caprinos e suínos. A Associação de Agricultores de Portalegre foi constituída em 1976, na mesma altura em que nasceu a Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), da qual a AADP faz parte. Atualmente, tem 3.800 associados e abrange todo o distrito de Portalegre e alguns concelhos de Castelo Branco. Desde sempre, o objetivo primordial da Associação é defender os agricultores e os seus interesses. Aquando da entrada de Portugal para a Comunidade Económica Europeia, os agricultores depararam-se com questões burocráticas e legislativas . “Deparamo-nos com a necessidade de prestar apoio técnico, que tem crescido e evoluído ao longo dos anos, e que atualmente é muito vasto. O mesmo passa pela elaboração de candidaturas, elaboração de projetos, elaboração de cadernos de campo, todo o trabalho no âmbito da sanidade animal, parceria com o agrupamento de produtores Natur-Al-Carnes na realização de leilões de gado, etc.”. Fruto dessa necessidade dos agricultores, a Associação não parou de crescer, prestando cada vez mais serviços aos associados, nomeadamente através da sua estrutura de 31 técnicos agrícolas e 80 equipas veterinárias, que fazem o controlo sanitário das explorações agrícolas ligadas à Associação. “O agricultor pode escolher qual a equipa veterinária que quer que acompanhe a sua exploração. É importante referir que a maquina do Ministério da Agricultura está muito mais aligeirada, levando a que serviços que antes eram tarefa do Estado passassem para a alçada das Associações”. A AADP tem, para além da casa-mãe, em Portalegre, delegações em Elvas, Monforte e Nisa. “Ser empresário agrícola exige que se esteja muito atento, porque é preciso cumprir muitas regras e respeitar muitos componentes, sendo que o agricultor, por si só, não consegue dar resposta cabal a essas exigências. A agricultura

é uma atividade que visa o lucro e é fundamental ter isso em conta. Portalegre tem inúmeros produtos detentores da menção DOP e IGP, tais como o queijo de Nisa, os enchidos de Portalegre, a maçã, a cereja e a castanha de Portalegre, os azeites do norte alentejano. A qualidade e genuinidade de outros produtos como o vinho, a boleima e os rebuçados de ovos demonstram as potencialidades deste distrito. Infelizmente não conseguimos rentabilizá-los. Falta uma maior promoção dos nossos produtos regionais e uma maior proximidade entre o produtor e o consumidor, para que a agricultura seja uma atividade mais valorizada”.

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AGRO PECUÁRIA DA COUTADA, LDA.

CRIADOR HÁ MAIS DE 38 ANOS A Portugal em Destaque teve o prazer de conhecer José Luís Lopes, médico veterinário e criador de gado bovino da raça Charolesa, em Benavente. Com cerca de 70 vacas reprodutoras, é um dos mais antigos criadores de bovinos da raça, com efetivos desde o ano de 1980.

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A raça Charolesa é a que desperta mais interesse aos produtores de vitelos. São animais de grande porte, com peso elevado, e está provado que os vitelos cruzados de Charolês têm sempre um diferencial de peso positivo em relação a outros cruzamentos. Como, na maioria dos casos, o produtor que têm vacas aleitantes desmama as crias por volta dos 7/8 meses para depois serem engordados, consegue com este cruzamento uma rentabilidade mais elevada no mesmo tempo. Ao conseguir mais quilos por animal desmamado, o produtor consegue maior rendimento. A Charolesa é uma raça rústica, que se adapta muito bem à maioria dos climas e que proporciona uma melhoria genética quando cruzada com raças locais. Talvez seja por estas caraterísticas particulares que a raça charolesa é uma das mais difundidas em todo o mundo. Esteve sempre ligado a este setor? O meu pai estava ligado ao setor da bovinicultura de carne e elegemos a raça Charolesa para produzir reprodutores para utilização em cruzamento com as raças autóctones. Licenciei-me em Medicina Veterinária e estive sempre ligado ao setor da produção de carne. Somos produtores de Charolês desde 1980 e sempre cultivei o interesse pelo melhoramento genético desta raça, dado que a genética não é uma ciência exata, estamos constantemente a aprender, a apostar nas melhores soluções para ter êxito, mas nem

JOSÉ LUÍS LOPES

sempre conseguimos concretizar essa pretensão. No nosso caso, em particular, creio que somos a única exploração no país que só tem fêmeas nascidas exclusivamente na propriedade, pese embora importarmos machos para cruzar e utilizamos a inseminação artificial. Porque motivo não importam fêmeas? Não o fazemos por questões sanitárias e porque temos um efetivo com muita qualidade e não sentimos essa necessidade e encaro essa opção com orgulho. Quais os desfios que a pecuária enfrenta atualmente? Temos de ser cada vez mais competitivos, mais aprimorados na produção porque temos concorrentes de elevado nível e qualidade no país e no estrangeiro. O mercado é aberto, com a finalidade de produzir carne de qualidade, porque o país é deficitário neste setor produtivo e importa muita quantidade do estrangeiro. O preço da carne é diretamente influenciado pelo mercado externo e, por isso, os produtores nacionais têm de ser competitivos senão os distribuidores não se interessam pela comercialização deste produto. Apesar de, e como referiu, o mercado nacional ser deficitário na produção de carne para consumo, muitos produtores dedicam-se à

produção para o mercado da exportação. A que se deve este facto? Os produtores trabalham para um mercado aberto e, por questões diversas, há mercado para engordar vitelos que seguem para outros destinos, nomeadamente para o Médio Oriente, sendo que uma parte é para ser consumida localmente e outra parte, depois de acabados, é para seguir para a Rússia porque este país decidiu, por motivos políticos, fechar as portas às exportações europeias. O mercado da exportação é atrativo por motivos económicos, apresentando uma opção para os produtores rentabilizarem a sua produção em mercados muito maiores do que exclusivamente o mercado nacional. Para o país também é interessante, porque aumenta o volume de exportações e equilibra a balança de pagamentos. Produz de forma intensiva e extensiva? Produzimos de forma extensiva com o objetivo de vender os reprodutores, embora considere que seja um extensivo melhorado, porque temos prados de regadio onde os animais pastam livremente. Mesmo nas épocas de escassez que o nosso país costuma atravessar, os nossos bovinos pastam livres e felizes nos campos de regadio. Em comparação com a década de 80, quando começou a produção, considera que atualmente é mais fácil ser produtor de bovinos da raça Charolesa? Temos assistido a algumas evoluções no setor, mas nada de significativo. Relativamente aos processos produtivos, continuamos a ter de utilizar tecnologias que nos conduzam a preços de produção mais reduzidos e a processos económica e ambientalmente sustentáveis. Pretendo, no futuro, aumentar o número de efetivos, apesar de estarmos limitados à área que exploramos. Vou continuar a investir na genética que, por sua vez, trará mais e melhores exemplares da raça Charolesa.

Quinta do Papelão 2131-901 Benavente

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QUEIJARIA FORTUNATO

QUEIJOS COM ALMA Quem passa por Portalegre não pode deixar de visitar a Loja da Queijaria Fortunato, bem situada no Mercado Municipal. Um local que conta com uma grande diversidade de queijos artesanais que, como não poderia deixar de ser, são classificados pela sua admirável qualidade.

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Quando era estudante universitária, Ana Fortunato – nossa entrevistada desta edição e gestora da Queijaria Fortunato – passava os dias ansiosa para que chegasse o fim-de-semana. Era naqueles dois dias que vivia o espírito da queijaria enquanto acompanhava a sua mãe, que ia trabalhar. O gosto pela produção de queijo foi aumentando e a paixão foi surgindo e, como tal, uns anos mais tarde dedicou-se de corpo e alma a este negócio, que já vem do tempo dos seus avós e que passara também pelas mãos de seus pais. Na Queijaria Fortunato todo o processo utilizado na produção de queijo é artesanal. Ana ajudou-nos a perceber como é realizado o processo, remontando aos tempos dos seus avós, quando ainda havia produtores locais com rebanhos de ovelhas e cabras, a quem compravam o leite. Com o passar dos anos estas tradições foram-se extinguindo, o que levou à produção própria de leite, numa exploração agrícola onde criam os animais – ovelhas e cabras. A partir dali, o processo tem sido inteiramente controlado pela queijaria, deste a produção do leite ao prensar manual dos queijos e posterior cura. “Somos autossuficientes na produção de leite, o que assegura também um leite de

boa qualidade. Não temos intermediários nem na produção de leite, nem na venda do queijo. Ou seja, temos o ciclo completo, produzimos o leite, produzimos o queijo, e vendemos o queijo”, explica. A queijaria, que alia o trabalho artesanal com os cuidados sanitários e de higienização de uma indústria, ganha mercado devido à variedade e qualidade dos produtos. Com um conjunto alargado de vários queijos, aqui nada se perde, tudo se transforma. “Fazemos três tipos de queijos: ovelha, cabra e mistura dos dois. Dentro dessas hipóteses há tamanhos diferentes, desde as 100g até o 1kg. E, dentro dos tamanhos, todos têm o queijo mal curado, media cura e cura prolongada. Além disso, ainda produzimos queijo fresco, requeijão atabefe – que é um aproveitamento do soro extraído do queijo”, explica Ana Fortunado, contando ainda que o restante soro serve para alimentação animal, tornando assim todo o processo num “ciclo sustentável”. Questionada sobre o que diferencia os seus produtos, a gestora afirma com muito orgulho que o segredo está na qualidade do leite e na confeção, que é feita com alma, amor, carinho e muita dedicação: “São queijos com

características muito particulares, o cliente quando os consome consegue perceber isso. Cada queijo é único e não colocamos aditivos nos nossos queijos, só utilizamos leite, coalho e sal. É um queijo que é feito para dar prazer ao cliente, é essa a distinção”. Tal distinção é comprovada através dos queijos e requeijão premiados no concurso de Queijos Tradicionais de Portugal, que se realiza em Santarém. O queijo de cabra foi premiado com o galardão ‘Melhor dos Melhores’, nessa mesma feira. Continuar a trabalhar para fazer chegar ao cliente o melhor queijo é o propósito de Ana Fortunato que, para o futuro, espera uma expansão dos seus produtos a nível nacional. Subindo a este patamar – mas sempre com os pés assentes no chão – a Queijaria Fortunato vai poder aguçar o paladar dos apreciadores de queijo que estão para além do distrito de Portalegre.

ANA FORTUNATO

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INTERMARCHÉ DE NISA

UM LUGAR DE CONVÍVIO E ENCONTRO DESDE SEMPRE

Perfeitamente enquadrado na área urbana de que faz parte, o Intermarché de Nisa é gerido por um casal dedicado e atento às necessidades dos clientes. Aberto desde o ano de 1996, o Intermarché já faz parte de Nisa e das vidas da população. Produtos frescos e regionais locais são uma garantia a encontrar no interior do estabelecimento que nunca deixa de prezar pelo melhor que a terra pode oferecer.

serve os habitantes da vila, apresentando sempre os melhores e mais baratos produtos, sempre garantindo os sabores regionais. Fechado apenas dois dias por ano (25 dezembro e 1 de janeiro), o supermercado de Nisa providencia ao cliente um serviço atempado e personalizado, com profissionais simpáticos, competentes e conhecedores que estão sempre à disposição daqueles que visitam o supermercado, num total de 30 colaboradores capazes de realizar todas as tarefas pelas quais são responsáveis, e que tornam o espaço no lugar familiar onde o cliente é tratado pelo nome próprio. “A fidelização do cliente é o resultado de um trabalho de proximidade, vindo de colaboradores que conhecem bem as pessoas e a região e que estão atentas ao pormenor. São eles, com a sua simpatia e familiaridade, que fazem o cliente sentir-se em casa, como se esta casa fosse ‘uma grande mercearia’”. José Carlos Morgado, arquiteto de formação, e Rute Serrano, longa conhecedora do grupo e das lides de uma grande superfície, tendo sido colaboradora de loja durante anos, arriscaram no projeto, enquanto gestores da loja de Nisa, em novembro do ano passado. A este empreendimento, José Morgado chama “acaso positivo”. Quando questionado sobre o porquê da escolha de Nisa, José Morgado responde: “uma população acolhedora, um ambiente seguro e dinâmico, tem todas as condições para o crescimento de uma família, é o lugar ideal!”. Considerando o historial considerável do estabelecimento de Nisa, os atuais proprietários não deixam de desejar o incremento de um JOSÉ MORGADO E RUTE SERRANO ‘cunho pessoal’ no que diz respeito à gestão. Uma postura que implica a instauração de uma dinâmica criativa e inovadora, que celebra a essência da terra e dos habitantes. Do concelho vem a carne, o queijo, ervas aromáticas, fruta, mel, pão, grande parte da charcutaria, os famosos queijos, entre outros. A valorização dos produtos regionais e o reconhecimento e importância dados às exigências e preferênEm entrevista à Portugal em Destaque, José Morgado, atual cias dos clientes são fatores que transformam este espaço num espaço único, proprietário do estabelecimento, fala-nos das ofertas dis- que procura responder a cada uma das necessidades dos clientes e amigos. poníveis, das dificuldades sentidas nesta área e ainda de Apesar da precocidade do projeto que decidiram abraçar, José Morgado afirma perspetivas futuras. que “tem sido uma aprendizagem constante, estamos felizes com a aposta” Na vila portuguesa do distrito de Portalegre, na região do e acrescenta “o objetivo é continuar a realizar um bom trabalho, adaptando Alto Alentejo, encontra-se uma das lojas do grupo de dis- e evoluindo, sempre dentro do rigor e excelência a que o Intermarché já nos tribuição francês, Os Mosqueteiros. O Intermarché de Nisa acostumou”.

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NISA INTERMARCHÉ NISA Avenida D. Dinis 6050-348 Nisa

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Tel. 245 429 166 Horário. 8h30 às 20h


INTERMARCHÉ MONTEMOR-O-NOVO

MONTEMOR-O-NOVO

Avenida Gago Coutinho | 7050-101 Montemor-o-Novo | Tel. 266 899 200 | Horário. 9H00 às 21H00

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GRUPO LEITÃO

A EXCELÊNCIA DA TRADIÇÃO ALENTEJANA

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Abílio Leitão abriu a Salsicharia Leitão no decorrer da década de 70. Sempre focado na qualidade e nos produtos locais, a empresa apenas trabalhava com carne de suínos criados em terras alentejanas, situação que se mantém até hoje. Os enchidos são produzidos na fábrica da qual a empresa é proprietária, para garantir, desta forma, o controlo total da qualidade dos produtos que comercializam. Muitos desses produtos são, posteriormente, utilizados nos restaurantes geridos pelo Grupo Leitão. O primeiro deles, o restaurante Leitão, nasceu em 1976, também pela mão de Abílio Leitão. Com um ambiente afável, acolhedor, confortável e muito tradicional – a louça de barro, os talheres e as tábuas de madeira antiga comprovam que se está no Alentejo – o restaurante Leitão procura acompanhar a evolução dos tempos, mas sempre garantindo que a tradição se conserva e se estima. A prova disso está nos pratos, tipicamente portugueses e não apenas focados na cozinha alentejana. Destacam-se iguarias como bacalhau com natas, borrego assado, sopa de cachola e a saborosa miolada de rins. Esta aposta na restauração foi um sucesso e, neste momento, já são mais dois os restaurantes sob a gerência do Grupo Leitão. Trata-se do restaurante das Termas da Sulfúrea e o restaurante da estalagem Rainha Dona Leonor, onde os princípios basilares são semelhantes e a oferta gastronómica também. Mas além dos espaços físicos, o Grupo Leitão realiza serviços de catering por todo o país. O principal ingrediente

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O Grupo Leitão tem mais de 40 anos de história e é uma presença marcante no distrito de Portalegre. A salsicharia e os três restaurantes que fazem parte desta empresa familiar mantêm uma característica comum – a excelência no uso dos produtos alentejanos e no conservar das tradições de uma região onde o tempo ainda passa devagar.

Mas além dos espaços físicos, o Grupo Leitão realiza serviços de catering por todo o país

para o sucesso desta empresa familiar, que já vai na terceira geração – neste momento é Ana Francisca Leitão quem está à frente da empresa – é a qualidade e o saber tradicional da região alentejana. A excelência dos enchidos, aliados à boa confeção dos pratos e ao atendimento simpático e próximo ao cliente faz deste Grupo uma história de sucesso na região de Portalegre.


RESTAURANTE LOKOS

GASTRONOMIA COM MÚSICA À MISTURA É na região do Alto Alentejo, mais concretamente na zona central da cidade de Portalegre, que encontra o restaurante Lokos, num local calmo indicado para quem pretende um refúgio à agitação quotidiana. Apreciado por todos aqueles que já tiveram a sorte de o conhecer, este espaço moderno, sóbrio e cuidado, é uma ótima proposta para as suas refeições. O ambiente descontraído e a simpatia dos anfitriões são dois pontos assegurados. Além disso, uma música à mistura é sempre garantida! Conheça este novo conceito pela voz de José Meireles e Ana Sajara.

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Aqui reina a criativade, os sabores… e a música. Mas já lá vamos. Há que conhecer primeiro um pouco do passado para perceber este presente. José Meireles e Ana Sajara, os rostos deste projeto ‘louco’, estão há muito ligados à restauração: ele enquanto empresário e chef, ela com experiência na hotelaria e enquanto responsável de um restaurante de hotel. Avessos à rotina (aliás José Meireles confessa, logo no início da nossa conversa, que não é um homem de rotinas, pois “isso envelhece-nos”), viram neste espaço a oportunidade de criar algo novo. Sentem que se complementam pois, para além de partilharem a gestão estratégica e operacional do restaurante, José Meireles traz o ‘quê’ da criatividade com a sua cozinha, Ana Sajara traz, por sua vez, com a gestão da imagem e da comunicação necessárias a qualquer projeto. “Este espaço onde estamos já tinha sido, outrora, um restaurante. Tanto eu como a Ana sentiamos que era chegada a hora de mudarmos e criarmos algo nosso e quando surgiu a oportunidade de adquirirmos este espaço sentimos que tinhamos que dar este passo”, revela. Depois de uma série de remodelações a nível da funcionalidade do espaço e decoração, os dois empreendedores abriram o Restaurante Lokos, proporcionando uma oferta completamente diferente e alternativa à existente em Portalegre. “Quisemos trazer um pouco daquilo que se vê lá fora, sem descurar nem deixar de parte o que é nosso e o que é tradicional, em toda a sua abrangência”, diz Ana Sajara. A realização de eventos é também uma aposta diferenciadora, que se realizam sob várias temáticas como as tradições regionais, a alimentação mediterrânica, vegetariana e macrobiótica, a harmonização com vinhos ou cervejas e intercâmbios culturais. No que compete à cozinha, as propostas são variadas e contam com a criatividade do chef, que apresenta pratos que refletem uma gastronomia assente

nos melhores ingredientes. “Na sua base estão produtos selecionados, pois temos que responder à qualidade exigida pelo mercado”, refere. Uma curiosidade: o pão provém de fabrico próprio, pão esse que não abastece apenas o restaurante, mas também para consumo de terceiros. A carta, essa, também vai mudando. “Temos uma base de trabalho, claro, como o lombo de bacalhau, o bife de novilho e o lombinho de porco, mas vamos alterando um pouco a forma de confecionar e alterando a carta porque não queremos que o cliente se canse de comer sempre os mesmos pratos, além de que é desmotivante cozinhar sempre a mesma coisa. Acredito que temos que ir estabelecendo novas metas que nos façam correr atrás delas”, enaltece José Meireles. Neste espaço, além dos sabores, reina também a música. Um outro projeto que une José e Ana é a Academia de Jazz. Entusiastas deste género musical decidiram também ser fundamental abrir uma academia de jazz em Portalegre. “Da mesma forma que criamos os pratos, também criamos música e a veia criativa de cada um deve ser estimulada. Existem várias escolas de música em Portalegre, inclusivamente o Conservatório e sentimos que esta escola vem complementar o que já cá existe”. Assim, e dando asas à criatividade, todas as quintas-feiras é realizado um ensaio livre, com livre acesso a visitantes e entusiastas de jazz e onde, também, se preparam as noites de jazz do Restaurante Lokos que acontecem geralmente aos sábados à noite. Estes e outros eventos são anunciados nas redes sociais, sendo este o meio privilegiado de divulgação e de reservas. Por estas razões e muitas mais, este espaço revela-se ideal para agradáveis refeições a meio de um dia de trabalho ou para um jantar em família ou entre amigos. ANA SAJARA E JOSÉ MEIRELES Já fez a sua reserva?

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CASA DA URRA

URRA: UM RECANTO DE ENCANTOS! Situada numa vila típica, a Casa da Urra é uma propriedade alentejana de agroturismo e enoturismo. A propriedade de gerência familiar disponibiliza um jardim e uma piscina exterior.

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Recuperada das ruínas em 2013, por iniciativa de um casal de médicos desde sempre ligados à arte e à cultura, a Casa da Urra situa-se bem no coração de uma herdade com 180 hectares, junto à pitoresca aldeia da Urra e com vista sobre a encantadora cidade de Portalegre. Implantada num local muito aprazível, entre vinhedos, pastagens para ovelhas e montado, ergue-se pois em pleno Alto Alentejo, a dois passos de Espanha, num local onde a planície se enruga para ceder lugar à deslumbrante Serra de São Mamede. O projeto Casa da Urra, nascido em torno da viticultura, em 2007, foi posteriormente estendido ao agroturismo e ao enoturismo, áreas em que depressa ganhou óptimas pontuações nas mais variadas plataformas, até porque oferece uma apreciável gama de atividades aos seus visitantes, destinadas a uma ocupação relaxante dos seus tempos livres: piscina, ginásio, campo de ténis, parque infantil, biblioteca, sala de reuniões, sala de eventos, visita a uma moderna e bem equipada adega, provas de vinhos, parque de merendas, visitas à vinha, à capoeira e à horta, bem como a prática da caça e a possibilidade de praticar hipismo e realizar circuitos pedestres e de ciclismo, são apenas algumas das opções lúdicas disponíveis, numa região de excelência turística mas que também se destaca pela sua esmerada oferta gastronómica. Com os mais ínfimos espaços a merecerem uma decoração requintada, a Casa da Urra dispõe naturalmente de alojamentos diversificados e de bom gosto, desde o rústico ao palaciano, que se distinguem por serem muito espaçosos, ideais para aqueles que desejam fugir do bulício da cidade e desfrutar da paz 48 ALENTEJO

e do isolamento da natureza, ou simplesmente apreciar a beleza da vida selvagem, em ambiente cómodo, seguro e familiar. Todas as acomodações climatizadas possuem uma casa de banho privativa com produtos de higiene pessoal gratuitos, mini-bar, acesso Wi-Fi gratuito e televisão por cabo ou por satélite. Os apartamentos também dispõem de cozinhas ou kitchenettes equipadas e de uma área de entrada privada. Os apartamentos auto-suficientes incluem cozinhas ou kitchenettes totalmente equipadas, com todos os utensílios necessários para que os hóspedes possam preparar as suas próprias refeições com privacidade. Para mais opções, existem restaurantes locais a cerca de 600 metros. No centro de Portalegre, a 10 minutos de carro, também há uma grande variedade de restaurantes. Depois de um mergulho refrescante na piscina, os hóspedes poderão desfrutar da área de jardim ou ler um livro enquanto admiram as vistas para a paisagem verdejante. Um parque infantil está à disposição dos hóspedes mais jovens da Casa da Urra. Os hóspedes também dispõem de bicicletas para desfrutar das várias trilhas de ciclismo. A Casa da Urra apresenta uma ampla sala de reuniões, onde se podem realizar provas de vinho ou organizar grandes banquetes para até 200 pessoas. A Casa da Urra fica a 50 minutos de carro da histórica cidade de Elvas e a 30 de Marvão, fronteira com a vizinha Espanha. A Casa da Urra, onde a tradição e a modernidade se fundem em suave harmonia,

deslumbra também como mostra museológica, capaz de proporcionar um encontro inesquecível com a arte e com a natureza. Entre as várias atrações que expõe, na sua sala de eventos, que pode albergar 180 pessoas, o conhecedor mais exigente é surpreendido por uma copiosa coleção de 800 peças de artesanato de múltiplos materiais, de todas as épocas e civilizações, desde a Idade da Pedra até aos nossos dias, oriundas das mais


representativas fábricas, e dos principais artesãos, espalhados por todas as regiões que hoje constituem Portugal Continental e ilhas. Trata-se de um espaço único no nosso país, que fazendo jus à eleição do Alentejo como a região vitivinícola mais atrativa do mundo, destaca bem, pela sua variedade e distinção, o génio e a criatividade dos homens e mulheres que neste território deixaram marcas sem paralelo, mesmo à escala planetária. Expressões impressionantes do engenho e da arte das nossas gentes, representando milénios de experiência e de saberes acumulados, estas peças traduzem uma herança que devemos perpetuar, e que a Casa da Urra se orgulha de ter estendido aos ‘vinhos de boutique’ com assinatura familiar. Os vinhos, as vinhas e as castas Espalhados por cerca de 30 hectares de terrenos xistosos, os vinhedos da Casa da Urra integram castas brancas – Arinto, Antão Vaz, Verdelho e Alvarinho, a que se junta um toque de Moscatel – e sobretudo castas tintas – Aragonez, Alicante Bouchet, Sirah, Trincadeira, Touriga Nacional e Alfrocheiro – variedades muito queridas dos portugueses e que permitem uma grande margem de progressão, agora e no futuro. Expectativa tanto mais justificável quanto sabemos que, bem temperada pelas brisas frescas que sopram das montanhas vizinhas, toda a vinha beneficia de um microclima muito particular, que permite produzir algumas das melhores uvas do Alentejo. Como a designação ‘casa’ legalmente obriga, e ao contrário de muitas outras produções, a

LILIANA E CÂNDIDO FERREIRA

Casa da Urra só pode usar uvas próprias na confeção dos seus vinhos. Recorrendo também à mais avançada especialização e tecnologia, pode assim garantir a continuação da oferta de vinhos com personalidade, e sempre com as mesmas características, indo ao encontro dos gostos e da preferência de milhares de bons apreciadores dos néctares alentejanos, que todos os anos aguardam com expectativa pelo lançamento das novas colheitas, sempre com a chancela de Rui Reguinga, um dos mais conceituados enólogos portugueses. Colocado o ‘paraíso’ como limite, desde o início do seu projeto, a grande ambição da Casa da Urra é facultar saborosas recordações a quem a percorre, ao mesmo tempo que procura subir todos os patamares, entre os melhores vinhos do mundo. Do que é que está à espera? In www.casadaurra.pt ALENTEJO 49


ESCOLA SECUNDÁRIA DE SÃO LOURENÇO DE PORTALEGRE

“MAIS ESCOLA E MENOS AULAS” Maria Luísa Moreira é professora de Português e subdiretora da Escola Secundária de São Lourenço de Portalegre. Com 30 anos de ensino, fala desta instituição como quem a conhece por dentro. Enquanto escola dedicada fortemente ao ensino profissional, Maria Luísa Moreira fala dos traços distintivos deste estabelecimento, onde os jovens são incentivados a aliar a teoria à prática desde o sétimo ano.

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A Escola Secundária de São Lourenço de Portalegre é centenária. Com mais de 130 anos, atravessou diversos momentos políticos e educacionais e a sua adaptabilidade só a fortaleceu. “Este estabelecimento nasceu, originalmente, perto da Sé de Portalegre e tinha como objetivo formar operários e profissionais para várias áreas económicas importantes na região. Muitos carpinteiros de renome nesta cidade saíram desta escola. Na época

MARIA LUÍSA MOREIRA

do Estado Novo, tornou-se Escola Industrial e Comercial, e daqui continuavam a sair excelentes profissionais das mais diversas áreas de trabalho”. Com o 25 de Abril de 1974, a democracia procurou a igualdade educativa e a separação entre escolas industriais e liceus perdeu-se. “Todas as escolas industriais e liceus passaram a chamar-se escolas secundárias e, daí em 50 ALENTEJO

diante, o ensino foi uniformizado. Atualmente, não duvidamos que cada jovem é um individuo único, cujas diferenças não permitem estar inserido num ensino padronizado, - igual para todos”. “A Secundária de São Lourenço é uma escola de ação” Mesmo depois da mudança pós-25 de Abril, esta escola sempre manteve a sua matriz de formação profissional. Maria Luísa Moreira explica que um dos maiores orgulhos do estabelecimento é saber que os seus alunos de ensino profissional encontram, em mais de 90 por cento dos casos, trabalho na sua área, e que são muito elogiados por parte das entidades empregadoras. “Em Portugal, ainda há a ideia de que se deve ir para a universidade depois do secundário. Temos feito ações de divulgação dos cursos profissionais, junto das restantes escolas da região e apercebemo-nos disso. Só cerca de sete por cento dos alunos portugueses escolhem a vertente profissional, onde a taxa de empregabilidade é altíssima, contra 86 por cento, a nível europeu. Obviamente que ter uma licenciatura é importante, o saber é sempre importante, mas urge valorizar outras formas de aquisição de competências profissionais. A maioria daqueles que são considerados ‘maus alunos’ não o são de facto, apenas não estão disponíveis para uma aprendizagem puramente teórica”. Por essa razão, esta escola promove desde o sétimo ano de escolaridade o binómio teoria-prática: “com a saída dos Decretos-Lei 54 e 55, foi possível a cada escola funcionar de acordo com o que considera trazer mais sucesso e nós optámos pelo modelo que complementa a teoria com a prática. Temos uma confluência de aulas, no horário, que permite aos alunos estarem em simultâneo com os professores de Português, Matemática, Ciências e trabalhar em projeto, desenvolvendo competências plurais. É ótimo porque permite aos alunos perceber, na prática, para que servem os conceitos teóricos que estudaram”. A nível de oferta formativa para os alunos a partir do décimo ano, esta não depende só da vontade da escola e dos alunos. “Nós temos de ver quais os cursos que se adequam mais à realidade empregadora da região e também aqueles em que temos a possibilidade de contar com professores da casa, pois os custos têm de ser reduzidos ao mínimo. Neste momento, contamos com os cursos de técnico de desporto, técnico auxiliar de saúde e, no próximo ano letivo, eletrotecnia e geriatria”. É importante mencionar que todos estes cursos têm as disciplinas de formação comum, de forma a permitir o acesso à universidade, no final do curso profissional, caso o aluno o deseje. Alunos-cidadãos, formados numa escola de excelência “O nosso rumo é a excelência na formação total e harmoniosa do indivíduo. Preocupamo-nos em que o aluno saia daqui transformado num cidadão. Temos de ver a pessoa dentro de cada aluno e fazemo-lo bem. Temos pessoas do tempo da escola industrial que ainda se reúnem, anualmente, aqui, e isso dá-lhes um enorme orgulho. Somos uma escola de referência, humana e humanizada e, por isso, este estabelecimento nunca morrerá”.

Avenida George Robinson, Ap. 54 | 7300-070 Portalegre Tlf.: 245 307 390/1 Email: essl.ce@mail.telepac.pt www.essl.edu.pt


DRA. LÚCIA FERREIRA - MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

“HÁ CADA VEZ MAIS PESSOAS A OPTAR PELA MEDICINA CHINESA” É em Portalegre que encontramos Lúcia Diogo Ferreira, acupuntora formada em Medicina Chinesa. Em entrevista à Portugal em Destaque, a especialista aborda a importância desta medicina complementar e as potencialidades da mesma.

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A opção pela Medicina Chinesa não foi imediata para a nossa entrevistada, mas quando aconteceu transformou-se em paixão. Lúcia Diogo Ferreira começou por se formar em Nutrição e Engenharia Alimentar, mas depressa percebeu que não se sentia realizada nesta área. “Apesar de me fascinar em termos de cultura geral, é um trabalho em que os resultados dependem, em grande parte, da dedicação do doente e não tanto do profissional. Isso era algo que me deixava, de alguma forma, frustrada”, recorda. Entretanto, Lúcia Diogo Ferreira tomou conhecimento de um curso na APA-DA, Associação Portuguesa de Acupunctura e Disciplinas Associadas e, visto que anteriormente já tivera uma experiência com Medicina Chinesa, enquanto paciente, que tinha resultado, a especialista resolveu inscrever-se, não imaginando que seria o primeiro passo para mudar o rumo da sua vida profissional. “Ao início tinha algum receio que o curso fosse muito esotérico, mas não. Acabei por encontrar a minha paixão e agora não me imagino a fazer outra coisa. A frustração que sentia anteriormente acabou, porque na Medicina Chinesa faz sentido tentar resolver o problema ao paciente que nos procura, faz sentido que esteja nas nossas mãos”, explica. A aposta em Portalegre Embora natural desta cidade alentejana, a nossa entrevistada estudou em Lisboa e por lá trabalhou em Medicina Chinesa, num conhecido grupo de clínicas. No entanto, o desejo de voltar à terra natal nunca desapareceu: “sempre

LÚCIA DIOGO FERREIRA

“O segredo é que a Medicina Chinesa reequilibra e vê o organismo como um todo”

desejei voltar a casa. É outra qualidade de vida, outro descanso. E houve uma altura em que surgiu a oportunidade de vir a Portalegre fazer um dia de trabalho, depois dois. Até que percebi que tinha condições para enveredar por um projeto próprio, comecei a procurar um espaço e cá estou desde 2009”, congratula-se. A aceitação da população, diz-nos, foi muito boa desde o início. Hoje em dia, Lúcia Diogo Ferreira recebe pacientes não só de Portalegre, mas também das localidades vizinhas como Gavião, Monforte, Arronches, Nisa, Marvão e Castelo de Vide. “O segredo é que a Medicina Chinesa reequilibra e vê o organismo como um todo. Os chineses não vêm as patologias como doenças, mas sim como desequilíbrios. O nosso trabalho passa por chegar a uma linha de tratamento que vá ao encontro desse desequilíbrio”, explica. A experiência de Lúcia Diogo Ferreira mostra que há cada vez mais pessoas a optar por esta medicina que caracteriza como complementar. “Já tenho muitos pacientes que vêm encaminhados por profissionais de saúde da medicina convencional, como médicos de família ou psiquiatras. Há um reconhecimento cada vez maior”, salienta, acrescentando que os problemas mais comuns que levam os pacientes até ao seu consultório são dores, problemas respiratórios e depressões. Notoriamente realizada, Lúcia Diogo Ferreira termina dizendo que os planos futuros passam por continuar o trabalho em Portalegre. “Gosto muito daquilo que faço e não me imagino a mudar. Quero muito continuar a trabalhar na minha cidade”, revela. E para quem continua cético, a mensagem é para que venha experimentar e se renda às evidências.

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UNIÃO DE FREGUESIAS DE RIBEIRA DE NISA E CARREIRAS

ALENTEJO SERRANO DE BELEZA RARA A Portugal em Destaque viajou até ao Alentejo para conhecer melhor a União de Freguesias de Ribeira de Nisa e Carreiras. Conversámos com Francisco Carriço, presidente, e com Marco Miranda, secretário deste executivo, que nos apresentaram a região e as suas valências. Conheça a União de Freguesias de Ribeira de Nisa e Carreiras, no distrito de Portalegre.

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FRANCISCO CARRIÇO

Foi através de uma entrevista informal e descontraída que Francisco Carriço e Marco Miranda, respetivamente presidente e secretário da União de freguesias de Ribeira de Nisa e Carreiras, nos apresentaram as duas freguesias que foram unidas “apesar dos receios que os habitantes nos transmitiram nessa altura”. A união das freguesias “não foi fácil, mas revelou-se benéfica para ambas as partes. A população das Carreiras tinha receio de perder a sua identidade mas isso não aconteceu, muito pelo contrário, mantivemos as tradições e costumes locais, os serviços mínimos como o posto de correios e o atendimento diário por um funcionário da junta de freguesia”. Francisco Carriço, depois de ter sido “tesoureiro durante

quatro mandatos” aceitou a “grande responsabilidade de se candidatar à presidência da freguesia onde cresceu, cargo que assume há dois mandatos”. Ao comando de uma freguesia com “cerca de 2.000 habitantes” refere que a “desertificação é um mal comum no Alentejo apesar de haver, na freguesia de Ribeira de Nisa, duas grandes empresas que empregam uma boa parte da população. Apesar disso, a freguesia de Carreiras continua a apresentar uma curva descendente quanto ao número de habitantes”. A economia da União de Freguesias de Ribeira de Nisa e Carreiras é sustentada, basicamente, “pelo setor primário e por duas grandes empresas que cá estão instaladas. A pré e a escola primária ainda estão abertas, mas só na freguesia de Ribeira de Nisa, porque tem mais população”. Os apoios prestados pela freguesia também abrangem a população idosa com duas ERPI`s – Estrutura Residencial para Idosos, uma em cada freguesia, e com a lotação esgotada. ”Estas instituições são essenciais para manter os residentes perto dos seus familiares e amigos. Apoiamos, dentro das nossas possibilidades, as iniciativas das associações locais. Desta forma conseguimos atrair a população, proporcionar-lhes momentos de diversão e, ao mesmo tempo, dinamizamos a freguesia e estimulamos o trabalho das associações e instituições locais”, esclarece Marco Miranda. “Estamos no Alentejo serrano de onde podemos avistar a planície, caraterística única e de beleza rara, e, ao mesmo tempo, estamos próximos de pontos turísticos como Portalegre,

PISCINA FLUVIAL

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CENTRO MUSEOLÓGICO

Marvão e Castelo de Vide, o que nos torna um ponto de passagem que os turistas podem aproveitar para conhecer. Outro ponto de atração turística é a piscina fluvial que atrai visitantes de vários pontos da região, complementado pelos restaurantes da região que oferecem os mais variados pratos tipicamente alentejanos”, aponta com orgulho o secretário. A calma e calor alentejano não para esta equipa que aponta a recuperação do Centro Museológico da Arte Cesteira da Ribeira de Nisa como “o projeto que pretendemos concretizar a breve prazo, uma vez que o início das obras está previsto para o verão do próximo ano. Esta zona era muito conhecida pela arte cesteira, onde as pessoas faziam os canastros, as cestas em castanheiro bravo. Infelizmente só existe uma pessoa nesta União de Freguesias que se dedica a esta arte. Este novo espaço terá exemplares dos vários utensílios utilizados nesta arte e vários exemplares da arte cesteira que, noutros tempos, caraterizou esta região. Desta forma, pretendemos perpetuar a memória dos nossos antepassados e das nossas tradições”, conclui Francisco Carriço.

ROSSIO DE CARREIRAS


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LEIRIA

ENTRE O CASTELO E O LIS Entre o Castelo e o rio Lis nasceu e cresceu Leiria. Enamorada por dois rios, o Lis e o Lena, banhando-se nas areias douradas do Atlântico, povoada de belas matas, a cidade de Leiria, propicia a quem a visita locais inesquecíveis e de raro encanto. Capital de distrito e localizada no centro litoral do país, a atração pelo concelho de Leiria está à vista: rios, praia, pinhal, lagoas, salinas, abrigos rupestres, arquitetura religiosa e civil, a monumentalidade das construções medievais, museus, termas, tradições populares nas suas manifestações mais puras, artesanato e muita, muita e rica gastronomia. A juntar a tudo isto serão inúmeros

os eventos que acontecerão, este verão, no distrito de Leiria. Aqui destacamos alguns: o Vivó Verão é uma autêntica onda de atividades que vai inundar a praia do Pedrógão, durante a época balnear. Biblioteca de praia, sensibilização ambiental, Festival da Sardinha, Carnaval de Verão, arena do desporto, prevenção, gastronomia e concertos são alguns dos destaques de um programa que promete afirmar esta praia com um dos destinos mais atrativos da região. Mil e um motivos para visitar Leiria em agosto, onde encontrará atividades a gosto!


RESTAURANTE REGIONAL

SINTA-SE EM CASA À MESA DO REGIONAL Para falarmos e conhecermos o Restaurante Regional temos que recuar cerca de 50 anos! Manuela Afonso é o rosto que se mantém familiar aos clientes regulares desta casa. Primeiro como cozinheira, atualmente como gerente, Manuela Afonso continua a responsável pelos saberes e sabores deste espaço de referência da gastronomia tradicional da Marinha Grande.

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MANUELA AFONSO E SUSANA OLIVEIRA

Foi há 30 anos que Manuela Afonso entrou nesta casa, há época de cozinha regional tipicamente minhota: “Os proprietários da altura eram minhotos, pelo que os pratos aqui servidos seguiam as suas raízes. Em 2006, com a necessidade de mudar, propuseram-me continuar à frente do espaço. Depois de muita ponderação com a minha família, decidimos adquirir o restaurante e aqui continuamos”, diz com um sorriso no rosto. Como seus ‘braços direitos’ conta com as filhas, Susana Oliveira e Sandra Oliveira, agora são as donas do espaço, enquanto a mãe continua a dedicar-se à sua melhor arte, a cozinha: “Comecei entre os tachos e panelas desde nova. Quando me mudei para a Marinha Grande, há 35 anos, arranjei emprego logo nesta área e fui aprendendo com aqueles que já trabalhavam há mais tempo do que eu. Costumo dizer que o meu curso vem daqui, do trabalho no dia a dia”, confessa.

a filha da matriarca. Cozido à portuguesa, borrego no forno e carne à alentejana são apenas alguns dos pratos que pode ter à sua mesa numa visita ao almoço no Restaurante Regional. Ao jantar, e porque o público é outro, a ementa muda. Um bife à portuguesa, um bacalhau à Regional e os clássicos que não podem faltar numa casa portuguesa como o Sobe e Desce, o Cai bem ou até mesmo o Zip Zip e o Terror, “como se chama ao bitoque por aqui”. Se nos virarmos para os doces, aí a tentação aumenta! “Nesta casa não pode faltar o doce de amêndoa, muito tradicional da região. Aqui, todos os doces são caseiros”, garante Susana Oliveira. Para acompanhar, doces ou salgados, os vinhos alentejanos e durienses são a principal aposta desta casa. Questionada sobre o segredo para o sucesso dos seus pratos e para a consequente satisfação dos clientes, Manuela Afonso é perentória na resposta: “continuo a cozinhar hoje como cozinhava antigamente, como aprendi. Podemos até servir o prato de uma forma mais bonita e atrativa, mas o sabor é o mesmo de outrora e acredito que é essa a razão que faz com que os clientes voltem”. E o leitor, quanto tempo mais vai esperar para descobrir o Restaurante Regional?

O mesmo espaço, um novo conceito Com a aquisição do espaço, Manuela Afonso e as filhas sentiram que era chegada a hora de um novo conceito no espaço de sempre: “os antigos proprietários eram minhotos e tudo nesta casa transparecia essa realidade, desde a decoração aos pratos. Achamos ser necessário dar uma nova ‘roupagem’ ao espaço, roupagem essa que se coadunasse com a nova cozinha, pois os pratos minhotos deixaram de ser o ex libris desta casa”, revela-nos Susana Oliveira. Com esta mudança, também o nome sofreu alterações. O espaço passou a chamar-se apenas Restaurante Regional, caindo o Minhota, “até porque os clientes, de há dez anos para cá começaram a referir-se ao espaço como O Regional e achamos que devíamos seguir a tendência”, completa. A ementa, essa traz o que de melhor a cozinha portuguesa tem para oferecer. As diárias têm a missão de se tornar comida de conforto, “pois uma vez que as pessoas são forçadas a comer fora, queremos que os nossos pratos os façam sentir que estão a comer em casa”, diz LEIRIA 55


RESTAURANTE A CASA

‘A CASA’ MISTURA CULTURA COM AROMAS E SABORES

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Primor pela arte de bem servir Bernardino Machado sempre esteve ligado à restauração. Após regressar de Inglaterra procurou um espaço em São Martinho do Porto, onde em 1984 abriu o seu primeiro restaurante ‘A Casa’ em Portugal, num local onde a preferência dos clientes correspondia à forma de Bernardino trabalhar: peixe fresco selvagem e produtos de qualidade. Recentemente, acabou por arrendar esse espaço para se dedicar em exclusivo ao restaurante e garrafeira em Alcobaça, que começou por ser em 1997 apenas uma loja de artesanato e garrafeira. O restaurante surge em 2007 com o mesmo nome ‘A Casa’, com o objetivo de servir aos clientes da região e turistas pratos simples como o Frango na Púcara, um prato regional. No rés do chão do edifício existe uma sala com capacidade de 46 lugares e uma esplanada com vista para o mosteiro de Alcobaça. A decoração do restaurante está ligada à história: Eça de Queirós e Ramalho Ortigão são dois artistas com quadros expostos n’ A Casa que foram oferecidos por familiares dos mesmos aos proprietários. As especialidades centram-se no peixe fresco e nas carnes exclusivamente nacionais. Arroz de robalo com grelos, filetes de peixe com molho tártaro, salmão marinado, espetada de gambas com bacon, bife do 56 LEIRIA

Lugar requintado num espaço privilegiado da cidade, mesmo em frente ao Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Consta que terá sido o primeiro edifício reconstruído na cidade depois de terramoto de 1755. As vigas e pilares de pedra a descoberto desde as obras que foram feitas pelos atuais proprietários em 1998 põem a nu uma parte da história do lugar que outrora foi moagem, depois deu lugar à Tipografia Alcobacense, seguiu-se a primeira loja de bicicletas de Alcobaça e mais tarde um comércio de produtos regionais, até chegar à família Machado, nos dias de hoje. Os proprietários Bernardino, Teresa Machado e as filhas, estiveram à conversa com a Portugal em Destaque para dar a conhecer as melhores especialidades, sempre acompanhadas pela excelência e qualidade na execução dos pratos.

lombo com pimenta ou com natas e cogumelos, sem esquecer o frango na púcara são alguns dos pratos que lhe vão fazer crescer água na boca. Não podemos esquecer as sobremesas, onde se destacamos os doces conventuais. Uma das receitas únicas d’ A Casa é o Bolo Real, que vem duma receita muito antiga que foi oferecida à família, feito com amêndoa, chocolate, chila, açúcar e ovos. Teresa refere que as únicas pessoas, além dela, que sabem esta receita são as suas filhas Teresa e Sílvia. A tarte de amêndoa com caramelo ou o toucinho do céu são também algumas das tentações gastronómicas imperdíveis a quem visita o espaço. No mesmo edifício podemos encontrar uma loja de artesanato com peças únicas e diferenciadoras. A poucos metros da entrada principal encontra-se a garrafeira ‘A Casa’, uma


SÍLVIA, TERESA, BERNARDINO E TERESA MACHADO

“Embora seja um negócio, é também a nossa casa, onde passamos muitas horas. Queremos que os nossos clientes se sintam sempre bemvindos”

referência na região Oeste para quem procura um bom vinho, usufruindo de um atendimento personalizado e profissional. Estes são fatores diferenciadores na hora de escolher um bom vinho. Aqui podem encontrar-se as melhores referências nacionais não esquecendo o vinho do Porto, onde a coletânea de Vintages é extensa e ainda licores, whiskies e champanhes. Adjacente ao espaço da garrafeira, existe uma pequena sala de restaurante com pratos e petiscos. Bernardino e Teresa terminam a entrevista com um convite aos nossos leitores. “Embora seja um negócio, é também a nossa casa, onde passamos muitas horas. Queremos que os nossos clientes se sintam sempre bem-vindos, entrem num ambiente familiar e tenham uma agradável experiência gastronómica “. Motivos não faltam para visitar o restaurante ‘A Casa’ e deixar-se deslumbrar pela variedade de pratos aliada a qualidade dos produtos e serviço, sendo ainda o único restaurante em Alcobaça com aquário de marisco. E não se esqueçam . . . Quem passa por Alcobaça ,não passa sem lá voltar !

Restaurante Praça 25 de Abril nº 51 /54 2460-018 Alcobaça Tel. 262 590 120 geral@acasarestaurante.com www.acasarestaurante.com Garrafeira Rua Dom Maur Cocheril nº25 2460-018 Alcobaça Tel. 262 590 125

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CARLIS

A MELHOR SOLUÇÃO PARA CADA SITUAÇÃO

A Carlis, sediada em Leiria, é uma empresa especialista em fornecimento de materiais de qualidade para fabrico de equipamentos e manutenção industrial. A Portugal em Destaque ficou a conhecer este projeto com mais de 30 anos numa entrevista à sua direção. Saiba o que distingue esta empresa das restantes existentes no mercado nacional.

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Para contextualizar os nossos leitores, começo por lhe perguntar com surge a Carlis? A Carlis atual resulta da evolução de uma sociedade constituída na década de 70, inicialmente no ramo de acessórios para o automóvel, e alterada de forma completa em 1991, ano em que os atuais três sócios adquiriram a sociedade, e lhe deram uma nova atividade e estratégia empresarial. A partir dessa decisão e alteração, a Carlis tornou-se num especialista regional no fornecimento de acessórios destinados essencialmente à manutenção industrial. Na base da constituição da atual Carlis e da sua estratégia, esteve o conhecimento profundo dos materiais para manutenção industrial, de um dos atuais sócios. No decurso dos últimos 27 anos, a Carlis evoluiu de uma sociedade inicialmente, identificada com a pessoa de um dos seus sócios, uma faturação inexpressiva e dois colaboradores, até uma situação atual, com um quadro de pessoal direto de 20 colaboradores e um volume de vendas atual de 4 milhões de euros. Qual a vossa área de atuação? Atualmente a Carlis, é uma referência regional, no fornecimento de materiais destinados à manutenção industrial, na vertente mecânica, com clientes desde as pequenas fábricas ou oficinas às maiores unidades industriais e nos mais diversos setores de atividade. Tem particular relevância, nos produtos da Carlis, os rolamentos e afins, dos quais é Distribuidora Autorizada da Schaeffler, fabricante das marcas INA e FAG, 2 marcas de rolamentos das de maior prestígio mundial.

e comportamento de empresas do setor, ou concorrentes, não são uma preocupação da Carlis. Procuramos ter uma identidade muito própria, com preocupação permanente, em prestar um bom serviço aos nossos clientes, manter os nossos colaboradores satisfeitos e seguros de que a sua empresa lhes dá tranquilidade na satisfação dos seus compromissos, honrar pontualmente os seus compromissos para com os seus fornecedores e agentes relacionado. Estes princípios de comportamento, têm em nosso entender, sido a chave da evolução positiva da Carlis e gratificantes, para os seus gestores, quando verificamos por exemplo, que desde o seu início, já referido, não tivemos a demissão de um único colaborador e que verificamos a satisfação dos nossos fornecedores no relacionamento com a Carlis. Igualmente, importante tem sido, na nossa opinião, a decisão dos sócios da Carlis, terem sempre investido na melhoria das condições de funcionamento, designadamente no investimento em equipamentos, instalações e em reforço contínuo de stocks. Estes são, na nossa opinião os ingredientes que nos tem conduzido ao crescimento contínuo em todos os 27 anos da nossa existência.

O que vos distingue das demais empresas do setor? O crescimento da Carlis nas variáveis volume de vendas, emprego e resultados, tem sido contínuos no decurso da sua existência, dos últimos 27 anos. A forma

Com que marcas trabalham? As marcas comercializadas pela Carlis são muito diversificadas, e procuramos sempre para a resolução de uma

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necessidade de um nosso cliente, procurar o produto e marca que na nossa análise mais se adequa àquela necessidade concreta. Provavelmente, será esta uma das características identificadoras da Carlis. Pela longevidade e especificidade, destacamos as marcas alemãs INA e FAG das quais somos distribuidores autorizados desde o início da Carlis e Rubete, marca nacional, igualmente marca que representamos desde o início. 2010 marca uma data importante para a Carlis… Em todo o decurso da vida da Carlis temos registado uma evolução positiva contínua, em todas as variáveis, contudo, como em todas as organizações há momentos em que tem que haver ‘saltos’ e algumas ruturas para permitir novos patamares. Em 2010, é ano em que a Carlis passa de uma loja de venda de acessórios industriais, para uma empresa de venda de materiais destinados à manutenção industrial, com melhor prestação de serviço, e fabrico de alguns desses materiais, em função do pedido e necessidade do cliente. Para isso, a Carlis fez um significativo investimento na construção de instalações adequadas a esta nova forma de estar e que lhe permitiram a criação das condições físicas para esse desempenho, condições para o reforço do número de colaboradores, melhoria muito significativa das condições de trabalho, e consequente manutenção de índices de produtividade acima da média, que tem sido sempre evidentes na Carlis. Esta decisão, naquele ano, foi tomada à luz de pressupostos macroeconómicos que vieram, no ano seguinte, a verificar-se completamente diferentes, dado o início de uma conjuntura económica e financeira no país que se revelou como das mais graves das últimas décadas. A Carlis, contudo não sofreu consequências com tradução em resultados negativos, provavelmente pelo que de positivo resultou da sua decisão de investimento recente, que lhe permitiu prestar melhor resposta e serviço aos clientes e porque o financiamento a todo o investimento recente foi bastante acautelado e não dependente de influências conjunturais.

E a internacionalização é também uma realidade! A internacionalização é uma realidade na Carlis, o que numa atividade comercial não é tarefa fácil, porque todo o esforço é sempre e totalmente da empresa, dado que os ‘apoios’ oficiais existentes, são sempre para as ‘exportações’, e estas são normalmente entendidas como produtos fabricados, o que é de muito curta visão. O mercado nacional, é o que é, e felizmente, está suficientemente coberto por fornecedores, em todas as áreas , incluindo a nossa, quer por empresas portuguesas, quer por empresas estrangeiras, e neste caso, infelizmente, com desvantagem para as nacionais, dado que as estrangeiras, tem vantagem pela dimensão que trazem já dos seus mercados incomparavelmente maiores, e logo com vantagem de preços pelos preços que conseguem obter das marcas, nos seus países, derivado da dimensão dos seus mercados nacionais. Numa situação destas, a Carlis para crescer no mercado nacional, só o poderia fazer conquistando mercado aos seus concorrentes. Dada a forma de a Carlis estar no mercado, e não prescindindo de princípios que lhe possibilitem uma saúde financeira suficientemente sã para fazer face aos seus compromissos totais, o crescimento da Carlis estaria limitado, se se circunscrevesse ao mercado nacional, com as caraterísticas já afloradas. Ponderadas as condicionantes já referidas, a Carlis optou por poder continuar a crescer à custa de mercados novos que lhe possibilitassem crescer em volume de negócio, sem sacrifício de margem comercial, e por isso tomou a decisão de se instalar em mercados de bom potencial, como os de países de língua portuguesa. Uma vez mais, a decisão e início do processo de instalação, já em curso, coincidiu com o início de uma crise financeira no 1º país em que decidimos investir, Angola, que nos obrigou a um esforço adicional, não previsto inicialmente, e muito significativo. A Carlis,

“Procuramos sempre para a resolução de uma necessidade de um nosso cliente”

decidiu e concretizou este projeto estratégico, constituindo uma sociedade sua participada em Angola, tendo aberto dois estabelecimentos nas duas principais cidades angolanas, Luanda e Benguela, que abriram respetivamente em início de 2016 e início de 2017. Este investimento está completamente realizado, com um esforço maior do que o inicialmente previsto, pela crise de divisas verificadas naquele país de investimento, que se iniciou em 2016 e se perspetiva saída desta situação durante o ano corrente. Dada a opção desta estratégia de conquista de novos mercados, é expectativa da Carlis poder continuar a crescer nos próximos anos de forma sustentada e sem perda de rentabilidade. E porquê Leiria? A localização da Carlis, em Leira, resulta antes de mais por ser a cidade de residência dos seus sócios. A Carlis, depois, existe e cresceu, porque em Leiria e sua periferia, existe uma indústria muito diversificada e densa, que potenciou e potencia uma atividade de apoio a esta indústria, na qual a Carlis se situa. Por onde passa o futuro da Carlis? O futuro da Carlis será o que a sua equipa de gestão fôr capaz de concretizar. Continuaremos a reforçar a nossa posição no mercado nacional, sem obsessão por um crescimento a qualquer preço, e continuaremos a participar em projetos que nos alavanquem no nosso crescimento, sem colocar em causa o nosso equilíbrio económico e financeiro.

CARLIS - Equipamento Indústriais Rua da Agricultura, lote 4 Zona Industrial Casal do Cego 2415-832 Leiria

www.carlis.pt

Escritório: 244 820 040 Balcão: 244 820 042 Fax: 244 820 041 E-mail: geral@carlis.pt

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UNIÃO DAS FREGUESIAS DE MONTE REDONDO E CARREIRA

“UMA FREGUESIA ONDE O CAMPO ABRAÇA O RIO E A VIDA ACONTECE” A União das Freguesias de Monte Redondo e Carreira localiza-se a norte do concelho de Leiria e tem cerca de 5.500 habitantes, 4.800 eleitores e uma área de cerca de 52 km². Entrevistámos Céline Gaspar, presidente da União das Freguesias, para ficarmos a conhecer o património histórico e natural, a gastronomia e os objetivos do executivo para o futuro da freguesia.

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Em 2013, a freguesia de Monte Redondo e a freguesia de Carreira fundiram-se e originaram a União das Freguesias de Monte Redondo e Carreira por força da reorganização administrativa. A freguesia é predominantemente rural mas a Vila de Monte Redondo, a sede, tem já um traçado patrimonial urbano relevante, disponibilizando um conjunto de serviços e atividades significativo. Monte Redondo e Carreira é a terceira maior freguesia em área geográfica e a sexta maior em população do concelho de Leiria e oferece à população todo o tipo de serviços para que esta possa ter qualidade de vida. Valorizar o património natural e histórico As Salinas da Junqueira, que neste momento estão desativadas, são um dos ex-libris da União das Freguesias

LARGO DA FEIRA | MONTE REDONDO | LEIRIA

DIA U2 13 LINKIN PARK BY THE FLY

QUINTA

DIA

TRIBUTE SHOW BANDS

BY HYBRID THEORY

CAROLINA DESLANDES

14 PIRUKA SEXTA

PUTZGRILLA

DIA

VIRGUL

15 APRIL IVY SÁBADO

OLGA RYAZANOVA

DIA

JOSÉ MALHOA

16 WINX

DOMINGO

DJ

M IN I

S H OW

ESPETÁCU LO INFANTIL

WEGA BAND PPKOOL DJ

DIA

DAVID

17 CARREIRA

SEGUNDA

SOLANGE KARDINALY

& LANYDRACK E FATY EXOTIC MAGIC ILLUSION E S P E T ÁC U LO D E I LU S I O N I S M O

PATROCINADORES

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ORGANIZAÇÃO

PARCEIRO

CÉLINE GASPAR

de Monte Redondo e Carreira. Atualmente, o grande objetivo da autarquia é executar um projeto, candidatado ao Programa Renovação das Aldeias, que inclui a remodelação da Casa dos Salineiros para criação de um Centro de Interpretação Ambiental. O Rio Lis e a Pista de Pesca da Carreira são um dos mais belos e preciosos patrimónios desta freguesia e que fazem as delícias de quem, caminhando, vive a tão bela paisagem predominante junto aos campos do Lis. O património físico da freguesia é marcado pela Igreja Paroquial de Monte Redondo, pela estação de comboios, hoje sede da Associação ‘Os Defensores’ que remodelaram o espaço, e pela Antiga Casa da Criança Dona Maria Rita Patrocínio Costa, mãe de Luís Pereira da Costa, uma personalidade importante da história da extinta freguesia de Monte Redondo. Este edifício emblemático da freguesia é hoje preservado pela Filarmónica Nossa Senhora da Piedade, a mais antiga do concelho, que nele tem a sede da sociedade e onde funciona a escola de música e artes. O Museu do Casal de Monte Redondo é

uma peça fundamental para a memória das histórias e estórias da freguesia e tem um papel significativo para a preservação do património material e imaterial da freguesia. “Associativismo local é a alma cultural, social e desportiva da freguesia” “O associativismo local emprega à nossa freguesia uma dinâmica social, cultural e desportiva significativa”. É assim que Céline Gaspar começa por falar das festividades que só são possíveis com o trabalho incansável das 22 associações da freguesia. Além disso, quem passar pela freguesia não pode deixar de ir à Fesmonte - Feira de Gastronomia e Atividades Económicas de Monte Redondo e Carreira que decorre de dois em dois anos e é organizada pela Junta de Freguesia. “A Fesmonte é um evento que cria uma força económica relevante na freguesia e que permite às associações angariarem fundos para as suas atividades, uma vez que a gastronomia no certame é da sua exclusiva responsabilidade. Na edição de 2018, que se realiza de 13 a 17 de setembro esperamos 40 mil visitantes e temos mais de uma centena de expositores inscritos”, assinala. Outro evento emblemático da freguesia é o Carnaval da Carreira, um dos maiores do concelho de Leiria e que tem tido um crescimento significativo quer em qualidade, quer em quantidade. “O Carnaval tem sido a prova viva do envolvimento positivo das duas Freguesias em prol da dinâmica social”, refere. “Parque Empresarial de Monte Redondo será fundamental para o desenvolvimento do Norte do concelho de Leiria” Um dos grandes objetivos da freguesia é a construção do Parque Empresarial de Monte Redondo. “O reforço industrial na vila de Monte Redondo é emergente para o desenvolvimento do concelho. Este será um dos motores para o crescimento do concelho, nomeadamente ao nível da fixação de população mais jovem”.


“O NOSSO PONTO FORTE RESIDE NAS PESSOAS” Isabel Freitas, presidente da Junta de Freguesia da Marinha Grande, convida-nos a descobrir um local acolhedor e animado que une mar e pinhal, inovação e história. Deixe-se encantar por esta freguesia única no litoral da região centro de Portugal.

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Quais são os pontos fortes da sua freguesia? Produto de uma ocupação forjada pelo desenvolvimento da indústria vidreira, a história da Marinha Grande confunde-se frequentemente com a história do movimento operário português. Quem nos visita, encontra na traça arquitetónica dos edifícios e na toponímia das ruas, testemunhos de um século de existência marcado pela luta e resistência dos seus homens e mulheres e que marca profundamente o nosso caráter crítico e interventivo e o enorme sentido de justiça e solidariedade. Por isso mesmo, considero que o nosso ponto forte reside nas pessoas, na capacidade de trabalho e na forma empenhada como nos envolvemos em projetos que visam o bem comum. Relativamente a festividades e eventos realizados ao longo do ano, quais os que merecem maior destaque? Sendo a Marinha Grande marcada por uma forte tradição associativa e tendo em conta a ligação emocional que une Junta de Freguesia da Marinha Grande (JFMG) e movimento associativo, não posso deixar de sublinhar as festas populares dinamizadas pelas coletividades da freguesia, ocupando todos os fins-de-semana até finais de setembro. E para aqueles que Verão é sinónimo de praia, deixo também uma dica: Visite a praia de São Pedro de Moel e disfrute da Agenda Cultural proposta pela Protur, que este ano avança com um programa cultural e artístico de grande qualidade e que conta com o apoio da JFMG. No que diz respeito à atividade própria da JFMG, deixo aos amantes da literatura, o convite para estarem presentes na 6ª edição da Feira do Livro “Artes e Música”, durante o próximo mês de outubro e que tem habituado os seus visitantes a 9 dias repletos de literatura, música, teatro, dança, artesanato e animação infantil.

JUNTA DE FREGUESIA DA MARINHA GRANDE

de grande fragilidade. Atualmente a funcionar de segunda a sexta, de forma gratuita, com uma equipa técnica composta por uma socióloga, duas psicólogas e uma nutricionista, o GAP tem visto aumentar a olhos vistos o volume de beneficiários, representando uma importante resposta social do concelho. A par do GAP, outra frente trabalho que destacamos e que muito acarinhamos é a Orquestra Juvenil da Marinha Grande, cuja ligação umbilical à JFMG reside no papel fundamental do seu anterior presidente na sua constituição. Atualmente gerida pela JFMG mediante protocolo firmado com a Câmara Municipal da Marinha Grande (CMMG), a Orquestra Juvenil constitui, para muitas crianças e jovens da freguesia, a única oferta gratuita de formação e produção artística e musical. Durante este mandato, temos procurado melhorar as condições de trabalho dos seus professores, alunos e jovens músicos, tendo registado gratamente o aumento do número de atuações deste agrupamento musical quando comparado com anos anteriores. Por outro lado, gostaríamos de ir mais longe no que respeita a intervenções na rede viária. Consideramos que temos mão-de-obra capaz e o equipamento necessário para proceder a pequenas reparações e obras de manutenção em diversos caminhos e arruamentos da freguesia, como aliás acontecia no passado e, estamos em crer, traria enormes benefícios para as populações. Contudo, para que tal aconteça será necessário efetivar a delegação de competências à JFMG pela CMMG, acordo que até à data não aconteceu, apesar da JFMG ter já, por várias ocasiões expressado a sua disponibilidade e remetido a informação necessária para o efeito.

Como Presidente, o que é que ainda ambiciona concretizar? E de que forma gostaria de ver a Freguesia da Marinha Grande nos próximos anos? Há para o Executivo da JFMG que dirijo, alguns projetos cuja continuidade e melhoria são prioridades. Desde logo, o Gabinete de Apoio Psicossocial (GAP) da JFMG, criado em outubro de 2014, com o objetivo de prestar acompanhamento e/ou encaminhamento de indivíduos e famílias em situações sociais, económicas ou psicológicas

Morada: R. 25 de Abril | 2430 - 314 Marinha Grande | Telefone: 244 502 568 Email geral: geral@freg-mgrande.pt | www.freg-mgrande.pt

ISABEL FREITAS

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TELMA CURADO & ASSOCIADOS

COMO INOVAR NA CONSULTADORIA Telma Curado é uma empreendedora. Nascida e criada em Leiria, foi para Lisboa fazer os estudos universitários tendo-se licenciado em Economia e por lá ficou. Mas após alguns anos o apelo da terra foi mais forte e voltou a Leiria para lançar o seu próprio projeto. Telma Curado falou à Portugal em Destaque sobre o seu percurso.

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Para contextualizar os nossos leitores, conte-nos como nasceu este projeto. A Telma Curado & Associados nasceu de uma vontade de voltar às origens. Fui estudar para Lisboa e fiquei lá durante 15 anos. A certa altura, o projeto onde estava integrada em Lisboa ganhou uma dimensão que envolveu a sua aquisição por um grupo nacional e fui confrontada com uma decisão: ou me integrava nesse projeto ou criava um projeto de raiz. Como já era Revisora Oficial de Contas optei por criar uma empresa na mesma área. Com o desenvolvimento do negócio, e porque percebemos que os nossos clientes tinham outras necessidades, começámos a desenvolver a área da consultoria. Quais são os serviços que oferecem aos clientes? O nosso core business é a auditoria e a revisão de contas. Tem contudo ganho, ao longo dos anos, uma importância crescente a consultoria financeira que visa apoiar as empresas a avaliar os seus negócios, expandi-los e alavanca-los, promovendo o levantamento de fundos junto de fundos de investimento, clubes de investidores ou boutiques financeiras, nacionais e internacionais. São formas alternativas e inovadoras de mitigar o risco, dos nossos clientes financiarem os seus projetos por via da entrada de novos acionistas e tem servido também muitas vezes para apoiar os processos de sucessão de um negócio, dentro da família. Além disso fazemos também consultoria de gestão para apoiar os nossos clientes no processo de tomada de decisão, oferecendo-lhes ferramentas de previsão, orçamentos e projeções, e ferramentas de reporting e controlo de gestão que permitem a tomada de medidas corretivas em tempo útil, em face de desvios face ao previsto. A ideia é prestar um serviço integrado ao cliente apostando na diferenciação. É difícil inovar nesta área sem ser pela diferenciação do serviço prestado. Por isso criámos outras áreas de negócio que permitem oferecer ao cliente um serviço chave na mão. Neste momento, estamos a desenvolver um projeto na área da formação altamente especializada para quadros superiores. Pretendemos oferecer formação ‘tailor made’, feita à medida das necessidades específicas e concretas das equipas financeiras dos nossos clientes, tratando temas contabilísticos e fiscais menos usuais e de maior complexidade. A nossa filosofia de trabalho centra-se na adaptação

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TELMA CURADO

ao cliente e isso traduz-se num grau de diferenciação que permite acompanhar o cliente de forma mais próxima. Mais uma vez surgiu de um desafio que nos foi lançado pelos nossos clientes. Estão apenas presentes em Portugal? Fazemos trabalho a nível nacional. Temos clientes em todas as partes do país, mas essencialmente em Lisboa e Leiria. Temos clientes de origem internacional com projetos em Portugal, a quem oferecemos um serviço integrado. Penso que o elevado standard de serviço que conseguimos oferecer tem permitido um desenvolvimento significativo desta área de negócio. Estamos integrados numa rede internacional e, nesse âmbito, quando há necessidades que podemos suprir em Portugal, obviamente cá estamos. Quando temos clientes que necessitam de apoio noutros países, pedimos ajuda aos parceiros exteriores para que o cliente possa expandir a sua atividade. A Telma Curado & Associados aposta cada vez mais na formação. Quais são os desafios para o futuro da empresa? O desafio passa por apostar cada vez mais na formação da nossa equipa interna, de forma consistente, perseguindo um objetivo de excelência. E em simultâneo, oferecer aos nossos clientes soluções de formação inovadoras para as suas equipas, de forma integrada. Creio que em gestão há genericamente duas abordagens possíveis: ou se aposta no preço, ou se aposta no ‘valor’. Nós optamos pelo segundo.


IPPM - INDÚSTRIA PORTUGUESA PARA MOLDES do-nos numa posição de rigor técnico e qualitativo que nos difere. Com estas estratégias já conseguimos fornecer todo o país, com maior incidência a norte, exportamos diretamente para França e Espanha, e indiretamente para a Alemanha, América Latina e América do Norte. Para além da IPPM, e para colmatar alguns problemas, surgiu há dois anos a Vortex Wisdom. Esta empresa funciona como complemento à IPPM, pois tínhamos necessidade de adjudicar estruturas dos moldes a outras empresas, ou seja, criamos a empresa de modo a construir as nossas próprias estruturas, mas também fornecer outros fabricantes.

EXIGÊNCIA E RIGOR NO DESENVOLVIMENTO DE MOLDES A IPPM - Indústria Portuguesa Para Moldes tem mais de 15 anos de existência, mas em 2013 houve uma importante viragem quando Luís Horta, Carlos Guerra e Álvaro Santos, (que deixou a gerência no início de 2018) antigos funcionários, assumiram a gerência da empresa. Descubra quais as motivações que levaram Luís Horta (LH) e Carlos Guerra (CG) a assumir a gerência da empresa onde trabalhavam e quais os planos que traçam para o futuro da IPPM.

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Começo por pedir que nos apresentem a IPPM. LH: A IPPM surge em 2002 até que, em 2013 e por força das circunstâncias, eu o Carlos e o Álvaro decidimos assumir a gerência da empresa. Mantivemos a base de fabricação de moldes metálicos para a injeção de plásticos, aplicados na indústria automóvel (na grande maioria), farmacêutica, eletrodomésticos e de embalagens. Traçámos o plano evolutivo da empresa de forma a continuar a crescer a nível nacional e internacional. A estratégia aplicada pela nova gerência levou ao crescimento da empresa. Atualmente qual é a abrangência da IPPM? LH: Temos conseguido viabilizar a atividade da empresa através da construção de laços de confiança com os nossos clientes, níveis de rentabilidade aceitáveis, rigor no cumprimento de prazos e qualidade dos nossos produtos. Implementamos o desenvolvimento de soluções, em conjunto com os nossos clientes, colocan-

Candidataram-se ao programa Portugal 2020. Quais foram as motivações e objetivos? CG: As nossas máquinas já estavam muito ultrapassadas e decidimos candidatar-nos ao Portugal 2020 para proceder à respetiva substituição e modernização. Com este investimento aumentamos a produção, a capacidade de resposta e a qualidade dos nossos produtos. Esta alteração também trouxe a necessidade de formar e capacitar os nossos funcionários de forma a que estes pudessem manusear e programar as novas máquinas e a resposta deles foi muito produtiva. O uso de plástico está a ser alvo de discórdias e há uma série de campanhas que promovem a sua abolição da vida quotidiana. A IPPM está a sentir algum efeito fruto destes movimentos? LH: Não sentimos e penso que não nos vai afetar, porque se uma peça deixar de ser produzida em plástico, esta terá de ser produzida por outro material. A responsabilidade passa por todos fazerem a reciclagem dos plásticos que utilizam no dia a dia, por respeitarem a política ambiental da União Europeia e as normas ambientais impostas às empresas. Quais são os planos futuros que traçam para a IPPM - Indústria Portuguesa Para Moldes? CG e LH: Queremos continuar a investir em máquinas de última geração, novos softwares e na formação dos nossos 18 funcionários. Abrir os horizontes e nos aventurarmos em novos mercados internacionais será outro passo que pretendemos dar, mas de forma sustentada e muito bem estruturada. Estamos a pensar num projeto que engloba produzir as peças cá enviando-as acabadas para o cliente. Para isso, pretendemos expandir o pavilhão existente mas, para já, ainda é um projeto sem data para avançar. O que podemos garantir é que a qualidade de produto e o cumprimento de prazos continuarão a ser as nossas palavras de ordem.

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FAMALICÃO E TROFA

CIDADES DINÂMICAS Situada no distrito de Braga, Vila Nova de Famalicão é sede de um município com mais de 140 mil habitantes, destacando-se pelo posicionamento geográfico entre o Porto e a Galiza (Espanha). É servido pelas autoestradas A3 (Porto-Vigo) e A7 (Guimarães-Póvoa de Varzim) e por um serviço de transportes ferroviários de vanguarda que deslocam rapidamente a população para as c idades mais relevantes do país. Liderando um dos maiores pólos de desenvolvimento do Vale do Ave apresenta-se como uma terra de encantos e de oportunidades. Os setores do têxtil e vestuário, das carnes e alimentação, da eletrónica e metalomecânica, da construção civil e dos mais variados serviços demonstram bem o fervilhar deste concelho e a evolução económica que tem conseguido apresentar. Vila Nova de Famalicão é terra frequentemente mencionada como um dos principais centros culturais, comerciais e industriais da região norte e do país. Cidade da Trofa, concelho jovem e dinâmico, desde novembro de 1998,

mas com longa história que remonta a data anterior à constituição da Nacionalidade. A sua população viveu do rio e das atividades criadas em seu redor: das azenhas, dos engenhos de linho, das praias fluviais e das explorações agrícolas. A viragem do século trouxe tecnologia e inovação ao jovem concelho, bem como o desenvolvimento de novas atividades económicas, com forte incidência no setor industrial. É neste concelho que se encontram algumas das maiores indústrias nacionais, algumas com projeção internacional. A Marca Trofa veio cimentar e fortalecer o investimento no setor industrial criando, simultaneamente, condições favoráveis à fixação de uma população que se mostra empreendedora e dinâmica. O investimento na organização territorial e apoio ao investimento empresarial, em conjunto com as excelentes acessibilidades, tornam a cidade da Trofa apetecível para investidores nacionais e estrangeiros. Vila Nova de Famalicão e Trofa partes da história e tradição que valem a visita.


WIDEHELIX

UNIDOS PELA HELICICULTURA PORTUGUESA A Widehelix – Cooperativa de Helicicultores do norte do país, com sede em Vila Nova de Famalicão, foi criada em consequência da união de 14 produtores de caracol, com o objetivo de atingirem a dimensão e qualidade necessárias para enfrentar o mercado nacional e internacional de forma profissional e séria, dignificando a profissão em todas as suas vertentes. Miguel Oliveira foi o porta-voz desta cooperativa para esta edição da Portugal em Destaque.

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O nosso entrevistado é produtor de caracol há já nove anos e em 2016 decidiu criar uma organização que defendesse os interesses daqueles que, como ele, se dedicavam a esta atividade profissional. Surgiu assim a Widehelix, uma cooperativa que em dois anos duplicou o seu número de associados, dá formação aos jovens helicicultores, garante a comercialização de todo o caracol produzido pelos seus associados e conta com quatro vertentes de apoio: a regasWIDE assegura as montagens de todo o tipo de regas, a estufasWIDE assume a construção e montagem de estufas retas/parrais (utilizando uma fórmula única no mercado), a metalWIDE serve de apoio a maternidades, armazéns, pavilhões e outras estruturas necessárias à produção, a electriWIDE realiza baixadas e puxadas bem como instalações elétricas nas explorações dos associados e a climaWIDE que efetua montagem de ar condicionado, arcas frigorificas e energias renovaveis. A versatilidade do caracol Grande parte do caracol produzido pelos elementos desta cooperativa (cerca de 40 por cento) destina-se à exportação. No entanto, e como Portugal tem tradição no consumo desta iguaria, muitas são as suas aplicações no quotidiano nacional e cada vez mais este é um produto valorizado internamente. “Para além da conhecida utilização na área da cosmética (com a baba de caracol), é na gastronomia que o caracol tem maior destaque. Tem-se falado em caviar de caracol, por exemplo, mas os

principais pratos são as pataniscas de caracol, a feijoada de caracol, o caracol refogado em tomatada e o caracol assado”, enumerou o produtor, ao mesmo tempo que nos dava conta do crescente número de helicicultores na zona norte do país, em detrimento da zona sul. “Historicamente, as explorações do caracol começaram na zona sul do país, mas lentamente, a passo de caracol, este cenário inverteu-se. Atualmente, muito por força dos apoios comunitários e das condições geográficas e climatéricas do norte do país, há muitos jovens a enveredar por esta área”, confidenciou-nos orgulhoso.

para se tornar associado desta cooperativa, é necessário respeitar todas as normas estabelecidas e que garantem a certificação, ter projeto ativo em helicicultura, ter uma área produtiva superior a 2.500 m2 e candidatar-se aquando da abertura de vagas (que ocorrem proporcionalmente à quantidade de caracol necessitada, uma vez que toda a produção dos associados é comercializada, em exclusivo, pela cooperativa).

O Festival do Caracol em Famalicão Este evento é organizado pela Widehelix, duas vezes por ano – em abril e em setembro – nas instalações da empresa. Já vai na terceira edição e promete continuar a surpreender os amantes de um bom petisco à base de

caracol (e não só, porque há soluções para os menos apreciadores). Aqui a animação é garantida, bem como a cerveja e um bom vinho para acompanhar os petiscos. “Temos crescido de festival em festival e temos cada vez mais visitantes”, revelou Miguel Oliveira. A Widehelix foi pioneira, na Europa, na obtenção da certificação ISO 22000, que certifica a qualidade do caracol comercializado, bem como dos processos que estão por detrás da produção, num claro compromisso para com a saúde pública. Neste seguimento, FAMALICÃO E TROFA 65


MASCASTING

“A QUALIDADE É A CHAVE PARA A COMPETITIVIDADE” Fundada em 1982, a Mascasting é especialista no desenvolvimento e na produção de peças técnicas em latão, fundidas por gravidade ou baixa pressão, maquinadas em máquinas transfer ou equipamento CNC.

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São já 36 anos de atividade pautados pela excelência e pela qualidade. Esta empresa sediada na cidade da Trofa nasceu pelo empreendedorismo e pela visão do seu fundador António Silva. Começou a trabalhar numa pequena garagem, mas ao longo dos tempos tornou-se uma referência no setor em Portugal e além-fronteiras. A Portugal em Destaque esteve à conversa com o fundador e gerente da Mascasting e com o filho e técnico comercial, André Silva. Foi desta forma que ficamos a conhecer um

projeto que mostra que só com esforço e determinação se consegue vencer. “Já tinha experiência no ramo e, em 1982, decidi apostar num projeto em nome próprio. Comecei do zero, numa garagem. Mais tarde, comprei um terreno e fiz um pequeno pavilhão. Fomos crescendo ano após ano e, em 1998, mudámos novamente de instalações, para o pavilhão onde nos encontramos atualmente”, recorda António Silva. Recentemente ampliamos as instalações, e adquirimos novos equipamentos produtivos. Esta aposta em instalações maiores acompanha o investimento que, ano após ano, tem sido feito pela Mascasting na modernização das próprias máquinas. “Temos vindo a desenvolver bastante quer o nosso produto, quer o próprio sistema de trabalho e de produção. Dispomos de equipamentos produtivos de topo ná área da fundição e maquinação de peças”, salienta André Silva. Empresa multifacetada Embora o objetivo inicial da Mascasting fosse o fabrico de acessórios em latão para a cana-

lização, o trabalho vai muito mais além. A empresa é cada vez mais procurada para realizar trabalhos em regime de subcontratação, nomeadamente para mercados externos: “esta mudança no negócio deu-se há cerca de 15 anos, quando fomos convidados para tomar conta da produção de uma empresa nossa concorrente. Com a compra dessa empresa veio um grande cliente francês que eles tinham na área da subcontratação. Com esta nova aposta verificamos que a área da subcontratação era muito valorizada e que se destinava a mercados em que a relação qualidade/preço se destaca, filosofia esta que a Mascasting tem vindo a partilhar”, assinala André Silva. Em virtude disto o VAB (valor acrescentado bruto) da Mascasting tem vindo a aumentar ano após ano. A empresa possui um catálogo de produtos próprios na área da canalização, e trabalha em regime de subcontratação para outras áreas tais como empresas de fogões, torneiras, indústria cervejeira, indústria alimentar, material de incêndio, contadores de água, entre outros . . essencialmente tudo o que esteja relacionado com a condução de fluídos. Este momento de mudança marca também a aposta mais acentuada na exportação. “Inicialmente, tínhamos alguns clientes em Espanha, mas foi a partir daí que começámos a de-


senvolver a exportação direta para outros mercados, como o francês, o belga e o inglês, sendo que estes posteriormente exportam para todo o mundo. Hoje em dia, a exportação representa já mais de 70 por cento do volume de negócios”, salienta António Silva. A aposta em mercados externos acentua-se também no constante aumento da presença da Mascasting em feiras internacionais do setor. A primeira aconteceu em 2013: “marcamos presença como visitantes , em 2011 e 2012, na Midest, em Paris, uma das maiores feiras do mundo na área da subcontratação, em 2013 participámos na exposição pela primeira vez. Em 2014 e 2015 voltámos a participar na Midest. Em 2016 e 2017 fizemos a Subcon, em Birmingham, e no ano passado foi a vez da Elmia, na Suécia. São mercados muito exigentes, mas esse é o nosso desafio ”, destaca o responsável. Qualidade, acompanhamento e rapidez Questionado sobre os fatores que justificam a longevidade e o sucesso da Mascasting, André

A empresa possui um catálogo de produtos próprios na área da canalização, e trabalha em regime de subcontratação para outras áreas tais como empresas de fogões, torneiras, indústria cervejeira, indústria alimentar, material de incêndio, contadores de água, entre outros ... essencialmente tudo o que esteja relacionado com a condução de fluídos

Silva é claro: “o que nos distingue é o nosso know-how e os nossos padrões de qualidade. Atualmente somos vistos como parceiros e não como meros fornecedores, somos contatados diariamente para apoio técnico, e na procura de soluções, etc”. Isto só é possível com a colaboração de uma equipa dedicada e profissional. “Somos cerca de 35 colaboradores. Vejo os colaboradores como uma família. Há uma relação muito próxima e eles sabem que se precisarem de alguma coisa, podem contar comigo. Da mesma maneira que eu sei que posso contar com eles”, refere o técnico co-

mercial. O mesmo afirma ainda estar, neste momento, em processo de recrutamento: “procuramos pessoas com ambição e objetivos, nós proporcionamos toda a formação necessária”. “Juntos somos os melhores” Em jeito de conclusão, António Silva e André Silva resumem em duas palavras as perspetivas futuras da Mascasting: consolidar e estabilizar, pois “só assim poderemos assistir a um crescimento sustentado da empresa”, sublinham.

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HISTOCIT

20 ANOS NA VANGUARDA DA ANATOMIA PATOLÓGICA Dr. Fortunato Vieira médico Anatomopatologista, proprietário e Diretor Técnico do Laboratório Histocit, um laboratório reconhecido pela qualidade do serviço que presta e a revista Portugal em Destaque foi perceber o que o distingue dos restantes prestadores de serviços de anatomia patológica.

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Apresente-nos o Laboratório Histocit. O laboratório Histocit nasceu na cidade de Guimarães, porque acreditava ser possível fazer mais e que apostou num projeto, onde outros também acreditaram. O projeto colocou em prática um serviço com respostas rápidas, de grande proximidade com os médicos e de busca contínua da qualidade, da satisfação do seu cliente e da inovação, princípios que manteve como basilares. Em 2006, por motivos de ordem logística e de necessidade de maior espaço, mudou-se para novas instalações, na Trofa, onde se mantem desde então. De que forma este laboratório é uma referência? A atividade de um laboratório de Anatomia Patológica não se esgota na emissão de um relatório médico, que deve ser completo, claro, de fácil leitura e que responda às questões levantadas pelos médicos requisitantes, nas vertentes do diagnóstico, orientação terapêutica e prognóstico. O valor do serviço que prestamos demonstra-se nas avaliações positivas feitas pelos nossos clientes, na disponibilidade do nosso serviço e do nosso corpo clínico, na capacidade de respostas rápidas e eficazes e na confiança que os nossos clientes sentem nos nossos serviços. Os recursos humanos são o pilar fundamental de qualquer empresa. Como descreveria a vossa equipa de colaboradores? Um laboratório de Anatomia Patológica está muito centra-

FORTUNATO VIEIRA

Existem muitos fatores influenciadores da rapidez de reposta, alguns controláveis, como o empenho e profissionalismo dos nossos colaboradores, e outros que não dependem da nossa vontade do no médico anatomopatologista e necessita de um grande empenho, dedicação e um conhecimento amplo nas diversas especialidades médicas, para que, com a assertividade precisa e imprescindível seja feito o diagnóstico e para que não pare a emissão de resultados. Obviamente um laboratório de anatomia também não vive só dos anatomopatologistas. Este só consegue um bom trabalho e um bom resultado se estiver ancorado numa boa equipa, competente e eficaz, de técnicos de anatomia patológica, fundamentais na preparação de amostras de qualidade para observação microscópica e numa boa equipa administrativa. Aqui acreditamos nos jovens e pode dizer-se que existe uma equipa em que todos remam no mesmo sentido e em que todos entendem que serão melhores individualmente se estiverem rodeados por pessoas com quem se possa aprender algo. No que se refere às tecnologias que integram um laboratório, como se caracteriza o Laboratório Histocit? O laboratório Histocit sempre apostou em equipamentos de última geração e automatizados, para reduzir ao mínimo o erro resultante da falha humana. Consciente também da insuficiência de médicos anatomopatologistas, o laboratório Histocit foi pioneiro na adesão à patologia digital, em parceria com a empresa Pixeloscópio, resolvendo desde há quatro anos, todos os casos de histopatologia e imunohistoquímica com recurso a esta tecnologia inovadora, que permite encurtar distâncias entre médicos anatomopatologistas e entre o médico anatomopatologista e o laboratório onde as amostras são preparadas.

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Considera o tempo de entrega de resultados um fator crucial? Essa é uma preocupação permanente do laboratório. Existem muitos fatores influenciadores da rapidez de reposta, alguns controláveis, como o empenho e profissionalismo dos nossos colaboradores, e outros que não dependem da nossa vontade. No que respeita aos nossos profissionais, são exímios no seu trabalho. O setor da saúde é um tema sempre atual entre as entidades políticas que governam o país. Considera que a legislação é favorável à prática da vossa atividade? Em termos gerais pode-se dizer que vivemos num país de deveres e oportunidades e não direitos. Repare-se que se a informação não for transmitida adequadamente ou se ficar retida em determinados patamares, por vezes até de forma intencional por alguns dos intervenientes, o cidadão ou as empresas não chegam a usufruir do que deveria ser um direito. O direito deveria bater-nos à porta tal como bate o dever. As diversas entidades relacionadas com a atividade médica deveriam ter uma ação mais pedagógica e construtiva, ter uma atuação mais informativa/divulgadora, deveriam ser mais auxiliadoras e menos egocêntricas. Existem outras questões relacionadas com a igualdade de oportunidades. Porque será que o utente do SNS ou da ADSE não pode escolher livremente o laboratório de Anatomia Patológica para realização dos seus exames? Ou, por outras palavras porque será que um laboratório que cumpre todos os requisitos legais exigidos para o seu funcionamento, não é considerado para prestar serviços aos utentes do SNS ou da ADSE? Porque será que as amostras para análise de anatomia patológica só podem ser analisadas em determinados laboratórios, quando existem outros também capazes e suficientemente apetrechados? Gostaria de salientar ainda outro aspeto curioso que se

relaciona com o facto de algumas instituições de saúde, onde não existe nem laboratório de Anatomia Patológica nem médico anatomopatologista, serem detentoras de acordos de prestação de serviços de anatomia patológica para diversos subsistemas de saúde.

Que balanço faz destes 20 anos e quais as perspetivas futuras? Foram duas décadas de empenho absoluto e trabalho árduo. Continuamos empenhados, em busca de novas vitórias e com vontade de mostrar que somos capazes, inovadores, acreditamos nos jovens e estamos disponíveis para agarrar novas oportunidades.

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RESTAURANTE JULINHA

SABOREAR PRODUTOS FRESCOS EM PRATOS DE QUALIDADE

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“Não há amor mais sincero que o amor pela comida”. Este é um dos dizeres do Restaurante Julinha, localizado na Trofa e que é referência em qualidade e tradição lusitana. A Portugal em Destaque ouviu do chef e proprietário Fernando Sá, a história da antiga mercearia que hoje transformada em restaurante é um point gastronómico da região. O Julinha É desde a década de 40 que o restaurante Julinha faz as delícias de quem lá vai, sem nunca deixar de lado o sabor, a textura e o carinho depositado em cada prato confecionado. Inicialmente, uma mercearia aliada aos petiscos. Nos dias de hoje, um restaurante de referência com base na típica gastronomia portuguesa e com o famoso bacalhau à Julinha. O contemporâneo não deixa fugir o costume local e é por isso também que se ouve o nome da Julinha além-fronteiras. A história tem relações familiares e, ao longo dos anos, cresceu e ampliou os horizontes gastronómicos. Para além do restaurante, o proprietário tem uma quinta cuja ideia base é incluir o que há no restaurante ao mesmo tempo que exploram a esfera turística, possibilitando experiências tradicionais portuguesas: “na quinta estamos apenas virados para o turismo onde são realizadas visitas, feitas degustações dos vinhos do Porto e posteriormente a degustação dos nossos vinhos (maduro branco, maduro tinto, reservas)”. O entrevistado refere que a aposta foi uma forma das pessoas entenderem o que é o vinho, daí a origem da marca do grupo, a VintageTheory Boutique - Port Winery, localizada perto do Pinhão. De acordo com Fernando Sá, o tratamento dado aos clientes é um das diferenças do espaço, o que “faz com que as pessoas fiquem encantadas e que sejam fiéis. Sentem-se como se estivessem numa casa particular”.

“Ninguém faz como nós” Do tradicional prato português (bacalhau) ao cabritinho do monte, da massa parola à carne espanhola, o Julinha tem como mote agradar paladares que busquem pela qualidade. Contudo, “o verdadeiro segredo está no bacalhau” que é o ex – libris da casa. A origem e a confeção otimizam o resultado e, por esta razão, também escolhem trabalhar com “um bacalhau muito grande, das Ilhas Faroé, entre oito e 12 quilos”, visto que “a própria textura e o ser de onde é fazem com que seja uma referência”, explica o chef.

O polvo com gambas salteado e as carnes espanholas são outros pratos com muita saída. Relativamente às carnes, e por ter tido formação em Espanha, o entrevistado ressalva que tem no seu paladar uma forte influência galega pelo que dá espaço à gastronomia internacional. “As carnes utilizadas são a Kobe, Black Angus (de origem australiana ou argentina) e a carne Roja espanhola. As carnes maturadas, que agora se fala muito, já as temos há muito tempo”. Quanto ao preparo, este pode ser fei-

to à frente do cliente. “As nossas carnes são grelhadas na chapa. Servimos de uma forma diferente: num ferro fundido, em que praticamente vai crua, só ganha cor e ao pousarmos nesse ferro, ao ir para a mesa, o cliente faz ao ponto que quiser. Normalmente, pomos umas escamas de sal marinho”. O bom cliente à casa torna Um ambiente moderno e intimista é também a proposta do restaurante. Aqui, para além do estômago, é preciso agradar aos olhos, daí a junção do rústico com o sofisticado que traz ainda mais requinte ao local acolhedor. Para Fernando Sá, “a decoração vem um bocadinho da minha veia artística” que com um toque pessoal faz delirar os clientes. O grupo, profissional e “sempre bem-disposto” faz do Julinha uma forte atração para quem também busca pela qualidade no serviço e “isso revela-se na satisfação do cliente”, refere o proprietário. “De norte a sul do país e de todo o mundo”, os clientes são de tal modo absorvidos pelo ambiente em si, pelo atendimento e sabor dos pratos que não hesitam em percorrer longas distâncias para voltar ao restaurante. Por fim, o proprietário salienta que tudo faz parte de um trabalho em conjunto, de muita dedicação e primor: “o sucesso é construído não só por mim, mas também pela equipa de profissionais”. O Julinha Restaurante está aberto de terça-feira a sábado e domingos, apenas ao almoço. As reservas, essas podem ser feitas online.

Rua Dr avelino Padrao, 1771, 4785 Trofa Tlm: 911 780 666 / 914 768 029 Reservas online em: julinha.pt

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A equipa da Portugal em Destaque viajou até à cidade que celebra o “Carnaval mais português de Portugal” trazendo milhares de foliões e espetadores a Torres Vedras. Concelho com enorme tradição vitivinícola e o maior no que concerne à produção de vinho -nomeadamente nos vinhos tintos, brancos e rosés também vive da policultura, da indústria agroalimentar, metalúrgica e o comércio a retalho. Os 20 quilómetros de praia, a inovação empresarial e empreendedorismo são fatores diferenciadores de quem vê nesta cidade, às portas de Lisboa, qualidade de vida e tranquilidade. A gastronomia local apresenta-se na forma do tradicional pastel de feijão, da cachola, das carracenas e dos ouriços do mar. Digno de destaque, quanto ao património edificado, o Museu Municipal Leonel Trindade, fundado em 1929, o Teatro-Cine de Torres Vedras, de 1940, e as Igrejas locais. A sul, encontra-se o município da Lourinhã que, pelas suas particularidades geográficas, apresenta uma ocupação de 80% de área agrícola e uma orla costeira inserida numa realidade mais urbana e cosmopolita. Com uma economia centrada na pesca e na agricultura, apresenta ofertas ao nível do pequeno comércio, sendo que este tem um peso significativo na economia do concelho. O turismo assumiu outra dimensão quando foi inaugurado o Dino Parque da Lourinhã que atrai milhares de turistas para a região impulsionando a economia local e comércio, passando a Lourinhã a ser conhecida como a “Capital dos Dinossauros”. Torres Vedras e Lourinhã, um misto de cultura, boa gastronomia, história e experiências em comum que permitem desfrutar do que há de melhor no Centro-Oeste do país.

TORRES VEDRAS

CIDADE DO CARNAVAL



COM MEGA AMBIÇÃO A Meganuncius tem vindo a assumir-se como uma referência no setor dos reclamos luminosos, através da sua política de compromisso para com os clientes. Conversámos com a gerência, Mário Maçarico e Marçal Garcia e ficámos a conhecer melhor esta PME.

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Pedimos-lhe que comece por nos apresentar a empresa. Sediada na Lourinhã, a Meganuncius surgiu em agosto de 2011, com uma equipa que partilha um importante background no que aos reclamos luminosos diz respeito e, uma visão diferente daquilo que se praticava no mercado. Hoje, a Meganuncius distingue-se das restantes empresas que atuam nesta área, pois personaliza cada detalhe, dando elevada importância à qualidade dos seus produtos e serviços. Com forte presença no mercado, a Meganuncius apresenta-se como uma empresa dinâmica e em constante evolução, principalmente representada pelos seus 20 colaboradores, distribuídos pelos vários setores da empresa, que ‘vestem a camisola’ diariamente. A nossa aposta direciona-se para o design personalizado da imagem interior e exterior, nomeadamente reclamos luminosos, mobiliário expositor, decoração de espaços comerciais, decoração de viaturas, mupis e, mais recentemente, sinalética multimédia através da utilização de ecrãs, montras e estores com sistema LED.

em relação às empresas concorrentes é a qualidade e a prontidão do nosso serviço. Acreditamos que a melhor forma de fidelizar os nossos clientes é através da prestação de um serviço de qualidade. Em todas as nossas obras, colocamos todo o nosso rigor, dedicação, empenho e profissionalismo, ficando muito satisfeitos quando o resultado final é o que o cliente expectava. A satisfação dos nossos clientes é o que nos faz melhorar, evoluir e querer sempre ir mais além.

O mercado em que se posicionam é altamente competitivo. Quais as mais-valias que garantem? Consideramos que os clientes e os colaboradores são a nossa mais-valia, representando dois pontos fulcrais para a empresa. Os clientes porque são uma parte essencial para fazer o negócio crescer e, os colaboradores, pois sem a nossa mega equipa, nada do que conquistámos até hoje, seria possível. O principal destaque da Meganuncius

É difícil corresponderem à exigência que estabelecem para vós próprios? Sim, sem dúvida! O cumprimento dos prazos que estabelecemos com os clientes é o nosso maior desafio. Para honrarmos com a nossa palavra, são muitos os sacrifícios que enfrentamos diariamente. Felizmente, temos uma equipa à altura dos constantes desafios e conseguimos dar resposta a todos os nossos clientes. Tudo o que fomos construindo e conquistando até hoje tem sido fruto do

Confiança e sinceridade são conceitos pelos quais a Meganuncius prima. Como atingem estes pilares? A confiança que os nossos clientes depositam em nós é fruto da sinceridade que nos definem enquanto parceiros de negócios. Conseguimos atingir este patamar através da lealdade e honestidade que nos determinam, pois, os nossos clientes já sabem que quando enfrentamos situações que correm menos bem, somos os primeiros a dar a cara para as resolver. Sabemos que um cliente satisfeito, vai certamente trazer novos clientes.

esforço, dedicação, garra e empenho desta mega equipa. De forma a que consigamos ser competitivos nesta área, os constantes objetivos a que nos vamos propondo, têm vindo a ser cumpridos mesmo com todas as adversidades com que as empresas nacionais se debatem. Mas nem só de condições adversas se faz a aprendizagem da Meganuncius, até porque, as entidades que nos solicitam serviços também desempenham um papel fundamental. Exemplo disso, são os grupos empresariais de grande dimensão em Portugal, como é o caso da Delta Cafés ou da Jerónimo Martins que, para além da especial exigência, se apresentam como verdadeiros sinónimos de inovação nacional, funcionando a sua visão empresarial como um modelo diário de inspiração. A nossa principal preocupação é sempre garantir a satisfação dos nossos clientes e, para isso, temos de dar muito de cada um de nós. Desde a fundação da empresa, que balanço fazem até aos dias de hoje? Fazemos um balanço muito positivo! Estamos totalmente integrados no mercado e em constante evolução. Os objetivos a que nos temos proposto, têm vindo a ser cumpridos, mesmo com as dificuldades que as empresas nacionais se debatem. Pensamos que se não houvesse concorrência nem crise, não nasceriam as ideias brilhantes nem surgiria a necessidade do empreendedorismo ou a diferenciação. Deste modo, estamos sempre à procura de novas soluções e a melhorar alguns processos de funcionamento de forma a tornar a estrutura cada vez mais eficaz.


MULTIOESTE

A NOVA VIDA DA MULTIOESTE Determinada e empreendedora, Sofia Teles no comando da empresa, deu uma nova vida, imagem e dinamismo aos negócios. Responsável pela gestão do posto de combustível, do snack-bar, da loja de conveniência e da loja de agro jardim, ainda se dedica a estabelecer parcerias com as entidades locais. A Portugal em Destaque esteve à conversa com a sócia-gerente da MultiOeste.

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O que a levou a tomar a decisão de assumir o comando dos negócios da família? Os meus pais e tios formaram uma sociedade, que durante quatro décadas operou nas atividades: máquinas agrícolas e jardim, reparações automóveis e comercialização de combustíveis. O tempo foi passando e evoluindo ao contrário do negócio, que estagnou no tempo. As contrariedades da vida e a crise que assolou o nosso país, levaram a empresa da família a uma situação de dificuldades operacionais e económico-financeiras. A necessidade de recuperar os negócios da família, levaram-me a tomar a decisão de deixar uma carreira profissional em Engenharia Mecânica e abraçar este projeto. Em setembro de 2009, fundei, com as minhas irmãs, a empresa Multioeste, cujo o objetivo inicial era a comercialização de máquinas e equipamentos Agrojardim. O projeto pretendia criar o meu posto de trabalho e mais um. Em fevereiro de 2010 comecei a exploração do posto de combustível e em março de 2010 assumi a restauração e loja. Antes do final de 2010 já contava com uma equipa de oito colaboradores. Conte-nos como correu esta caminhada até ao espaço que tem atualmente. Ao longo dos anos, a Multioeste, foi comprando as áreas de negócio que a empresa da família, tinha necessidade de alienar. A ideia era de manter os produtos e serviços que os clientes estavam habituados e de recuperar os negócios. A aldeia onde a empresa está sedeada, em Runa, está localizada no interior do Oeste e é diariamente visitada por muitos utentes da estrada nacional 248. É uma estrada de ligação a vários concelhos do Oeste e um itinerário importante nesta região. Hoje há cada vez mais dificuldades de deslocação aos grandes centros. Nós temos um leque de serviços e produtos disponíveis que facilitam a vida à população. O posto de abastecimento foi adquirido com necessidades de remodelação e renovação de alvarás. Todo o processo de aprovação de novo projeto demorou vários anos a ser aprovado. Após a aprovação do projeto, durante o ano de 2017, implementamos as obras 74 TORRES VEDRAS

de remodelação, modernização e instalação de uma nova imagem (parceria com a BP Portugal) e por esse motivo, esteve encerrado. Reabrimos em fevereiro deste ano, completamente renovado. Foi uma obra necessária para a comodidade e conforto dos nossos clientes e para oferecer melhores condições de trabalho aos funcionários da MultiOeste. Apesar de termos estado um ano encerrados já estamos a recupeSOFIA TELES rar esse tempo necessariamente perdido. Durante o ano de 2017, a Multioeste participou no Programa Formação-Ação ‘Academia de PME’, gerido pelo IAPMEI, que no Oeste, foi promovido pela ACIRO-Associação Comercial, Industrial e Serviços da Região Oeste, e teve a Margem – FCE, Lda como entidade consultora. Tratou-se de um programa de apoio a projetos conjuntos de formação-ação, inserido no sistema de incentivos às empresas na tipologia de investimento ‘Qualificação e Internacionalização das PME’. A Multioeste foi beneficiária com vista ao aumento da sua competitividade como pme, e no decorrer da consultoria desse projeto, para além de ter beneficiado de formação para empresários em diversas áreas, tive a oportunidade de concorrer a um projeto local de empreendorismo – apoio à criação de emprego e ao investimento (PDCT/II) SI2E. Projeto este que, foi aprovado e permitiu reforçar o apoio financeiro para melhoramento das infraestruturas e obras de melhoramentos do espaço da empresa.

Foram acrescentados novos espaços? Quais os mais movimentados? A valência mais forte é a gasolineira, pelo volume, cash flow e movimentação que nos dá. A parte do quiosque e loja são fortes e que quero incrementá-las, acrescentando a valência dos Jogos Santa Casa que, por sua vez, assegurará outro posto de trabalho. A loja de conveniência marca pela diferença, porque não temos os artigos normais, como lubrificante e pilhas, mas sim uma pequena mercearia com preços competitivos. Para além destas áreas, existe uma mini loja do cidadão para a população pagar as suas contas mensais da casa: água, luz, gás, telecomunicações, pagamentos ao estado, carregamentos de telemóveis ou até alterar qualquer um destes contratos. Tendo em consideração que a população tem de despender cerca de seis euros para se deslocar a Torres Vedras (ida e volta de autocarro) e que não existe caixa de multibanco na localidade, a MultiOeste presta serviços básicos e fundamentais ao bem-estar da população. Procuramos disponibilizar serviços que facilitam a vida à comunidade de Runa e aldeias vizinhas. O serviço de snack-bar serve pequenos-almoços, refeições ligeiras, menus do dia, e outros pratos, bem como, de uma grande variedade de petiscos. Já somos conhecidos pelas nossas bifanas que são as melhores do Oeste. Ainda agregado a este espaço temos a parte agrícola, onde continuamos a prestar a assistência aos equipamentos dos nossos clientes, com o Know How do Sr. Carlos Teles, meu pai e um dos fundadores do negócio. Apesar dos seus 72 anos, continua a dinamizada esta área, com a venda e manutenção das máquinas agrícolas. Empreendedora e astuta, certamente traça planos ambiciosos para o futuro da MultiOeste. Pode revelar alguns? Ainda estamos a recuperar financeiramente dos investimentos que fizemos, mas prevemos que a recuperação financeira seja rápida. Comercializamos o melhor combustível no mercado, oferecemos produtos premium aos nossos clientes e vamos continuar com estas diretrizes. Assim que seja possível vou colocar em marcha alguns dos projetos que pretendo ver concretizados. Quero, como referi,


alargar o leque de ofertas da loja de conveniência recebendo os Jogos Santa Casa, pretendo apostar numa loja online para dinamizar a vendas dos artigos de agro jardim e promover a venda de bilhetes para eventos. Pretendo trazer novos negócios para dinamizar o espaço e aumentar o volume de vendas. Ainda ando a negociar parcerias, mas sei quais são as necessidades da população e tenho muitas ideias. Todas trazem mais emprego para a população local e atraem mais visitantes para Runa e oeste. A MultiOeste tem, para além dos serviços que apresentou, outra forma de premiar os seus clientes, nomeadamente um cartão de fidelização. Quais são as vantagens deste cartão? Tenho o melhor cartão de fidelização do mundo, Cashback Card da Cashback World! Temos parceria com a Cashback World, comunidade de compras internacional que agrega empresas aderentes e consumidores na plataforma de compras multicanal, negoceia condições de compra e benefícios para os consumidores. . Em Abril de 2018, a BP Portugal a Cashback World assinaram a parceria. Foi criado o Cashback World | BP Bonus Card, que dará

desconto e Cashback em 435 postos aderentes da BP em Portugal. Este cartão será o único cartão aceite pelos Postos de Abastecimento aderentes para o processamento dos benefícios! Assim mesmo longe de Runa, os nossos clientes podem abastecer em qualquer posto BP e ter os mesmos benefícios que nós damos. Na comunidade de compras Cashback World a Multioeste é sempre um marco, pois foi o primeiro posto de combustível a dar benefícios em combustíveis nesta comunidade. Já não vivemos exclusivamente das pessoas e das empresas locais, mas também dos viajantes. Fomos a primeira empresa do país a fazer um filme esta parceria, que sendo uma empresa multinacional, levou a Multioeste aos 4 cantos do mundo. “A adesão ao cartão de membro é gratuita e não tem qualquer custo de manutenção. Os membros da comunidade de compras podem fazer as suas compras nas empresas aderentes, utilizando o cartão de cashback, online ou através da Cashback App. Presente em Portugal desde 2011, a Cashback conta já com mais de 170.000 membros e mais de 1.700 empresas aderentes. Nos últimos três meses mais de 1.000 empresas aderiram à comunidade Cashback. A Cashback World tem desenvolvido uma comunidade de compras com incidência regional, fazendo face aos desafios que se colocam às regiões que estão afastadas dos grandes centros urbanos. Esta possibilidade de incidência regional vem permitindo o crescimento dos estabelecimentos de comércio tradicional que, aderindo à comunidade de compras, dão novo fôlego ao desenvolvimento das atividades comerciais locais. Exemplo disso é a região de Torres Vedras e do Oeste, com mais de 80 empresas aderentes. Esta é uma das regiões que mais tem contribuído para o desenvolvimento da comunidade Cashback World em Portugal, através de um notório trabalho de mobilização, divulgação e angariação de membros. “ Miguel Paulino Costa - Managing Director Cashback World Portugal

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ADEGA DO MIGUEL

QUALIDADE E TRADIÇÃO PORTUGUESA À MESA

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A história iniciou há 30 anos e Miguel foi o pioneiro. Antes, uma mercearia, hoje a Adega do Miguel. João Cunha, é neto do percursor e abriu as portas à Portugal em Destaque para dar a conhecer a riqueza gastronómica de Torres Vedras.

Como tudo começou Inicialmente, a hoje conhecida Adega do Miguel, foi uma mercearia procurada pela maioria residente na região. Conhecido como o Rei do Bacalhau, o Sr. Miguel vendia pesticidas, azeites e “um pouco de tudo”. Mais tarde, o negócio foi repassado para o filho que iniciou o restaurante e, em seguida, a Adega do Miguel, comandada pelo neto. A nova fase do restaurante, pelas mãos de João Cunha há 20 anos, foi uma alternativa à crise e hoje é uma referência em tradição gastronómica. O setor de restauração “tem sido perseguido” e encontrar mão de obra interessada e disposta não é fácil pelo nível de exigência e tempo dispensado, afirma o entrevistado. O Restaurante O espaço, acolhedor e tipicamente torriense, atrai nacionais e turistas de todo o mundo. Comporta mais de 25 mesas e apresenta uma carta diversa e criativa. O conceito passa também por apostar e acompanhar as transformações gastronómicas ao mesmo tempo que traz novas adaptações aos pratos. Com a prioridade de agradar o cliente, a Adega

do Miguel apresenta uma ementa diferenciada com pratos para todos os gostos, desde o tradicional bacalhau às inúmeras espécies de bifes, lombo, porco preto, bem como os grelhados também muito pedidos. Para além dos pratos principais, o entrevistado ressalva a importância de uma experiência completa, pelo que valoriza as entradas e petiscos, bem como, um bom vinho regional e uma sobremesa típica. Os pratos do restaurante custam em média 15 euros, contudo, a despesa vai depender, naturalmente, da procura. Ao longo da semana, os pratos do dia estão por volta dos cinco euros e meio, a pouco menos de dez euros, e aos fins de semana os preços e pratos variam. Devido ao sucesso do restaurante, outra aposta foi investir em música nacional. À segunda sexta-feira de cada mês, a Adega do Miguel dá ao público a possibilidade de conhecer o típico da cultura portuguesa. A partir de 20 euros, é possível usufruir de um bom jantar e um espetáculo particular de fado. Fadistas da região atraem quem procura uma experiência diferenciada. Panorama gastronómico Para João Cunha, a Adega do Miguel funciona como uma “casa de família para acolher o melhor possível o cliente, com simpatia, bom produto, bom ambiente e conforto”. E num universo em parte saturado, segundo o entrevistado, nomeadamente pela forte oferta no que toca a difusão, é preciso trabalhar muito e tentar “agradar toda a gente”. E fazer a diferença. Uma preocupação relatada pelo entrevistado, relativamente ao setor gastronómico, diz respeito a questões de logística e funcionamen-

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JOÃO CUNHA

to interno de muitas empresas que, muitas vezes, apresentam-se inadequadas. Segundo o responsável, a questão da profissionalização foi também afetada com a crise e que, de certa forma, algumas pessoas banalizam o setor, João conclui: “qualquer um pode abrir um restaurante, manter é que é complicado”. Relativamente às perspetivas futuras, a empresa iniciou noutro nicho de mercado, agora trabalham, também, com um espaço direcionado a festas. O entrevistado conclui que embora o setor exija muito, tanto do ponto de vista físico como psicológico e emocional, gosta do que faz e este é um dos segredos para o sucesso. Por fim, João Cunha deixa um convite ao público: “quem não conhece a Adega do Miguel, desafio a vir conhecer e surpreender-se”.


MÉTRICA DESIGN

UMA NOVA IDENTIDADE E IMAGEM PARA A SUA MARCA Um novo conceito de posicionamento, espaço e comunicação é o que promete a Métrica, uma empresa recente em Torres Vedras, mas com um futuro promissor no setor. Daniela Duarte, administradora e designer, apresentou à Portugal em Destaque a iniciativa e perspetivas deste projeto.

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Novo conceito de Imagem A empresa que surgiu através da “necessidade de se materializar enquanto um serviço na área do Design e Arquitetura” tem dado os primeiros passos num setor com pouco investimento (ainda), mas que se revela promissor. O mote é tentar perceber a necessidade do cliente, ou seja, se parte do funcionamento do espaço ou se é a nível de marca. Para tal, tentam enquadrar o cliente das diferentes possibilidades com a utilização de referências do mercado. Conceção de espaços (comerciais e corporativos) e eventos são algumas das áreas em que a Métrica atua. A equipa funciona como consultora, o que acaba por facilitar o processo de posicionamento, imagem e comunicação das empresas. “Trabalhamos nessas duas vertentes: a conceção da identidade e a criação do ambiente, dando vida à marca”, refere Daniela Duarte. A empresa tem o apoio do programa de empreendedorismo Torres Inov-e, uma incubadora de negócios orientada para o acolhimento de projetos assentes no conhecimento, criatividade e talento das pessoas. Este programa foi criado

“Trabalhamos nessas duas vertentes: a conceção da identidade e a criação do ambiente, dando vida à marca”

pela Câmara Municipal de Torres Vedras, em parceria com a Associação Estufa Plataforma Cultural, e pretende estimular o empreendedorismo, proporcionando um conjunto de ferramentas para o aparecimento de novos negócios com custos controlados para as startup´s. O atelier está localizado em pleno centro histórico da cidade, na incubadora do Torres Inov-e, localizada no edifício do Torres Vedras LabCenter, um dos instrumentos que incorpora a estratégia de promoção do investimento e empreendedorismo do Município, com foco nas áreas da economia, da ciência, da inovação e do conhecimento. “Cada canto é pensado, nada é por acaso” A designer da empresa reforça a importância de perceber as necessidades do cliente: “tentamos sempre expor a melhor solução, e cada projeto tem a sua singularidade onde procuramos o melhor compromisso”. Segundo a entrevistada, os estilos adotados ao longo da execução das propostas dizem muito do mercado, das suas exigências e respetivas tendências. Posto isto, e a partir daí, são tiradas inspirações, tanto no mercado nacional como internacional: “procuramos novas ideias, outras tipologias e aplicações”. A madeira e o ferro são materiais com os quais Daniela Duarte gosta de trabalhar nos espaços comerciais. Contudo, ressalta a execução de projetos através de uma perspetiva

DANIELA DUARTE

mais “amiga do ambiente”. Esta visão de sustentabilidade, de acordo com a entrevistada, é cada vez mais exigida pelo mercado. Daniela Duarte sublinha a necessidade dos profissionais saberem “gerir bem o tempo que é dedicado a cada fase do projeto, a objetividade com que se encara o briefing é fundamental para a resolução eficaz do desafio”. Considera esta uma abordagem essencial para qualquer empresa, tanto numa fase inicial ou já instalada no mercado. As perspetivas futuras não são poucas. Por ser um projeto muito recente, as expectativas passam pelo desejo de melhorar o espaço, manter um investimento na área, bem como a ambição de ter uma carteira de clientes maior e com mais parcerias. Daniela Duarte conclui que, apesar de ser um mercado recente, está em constante expansão.

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TRANSPORTES PAULO DUARTE

72 ANOS DE ESTRADA José Paulo Duarte fundou a Paulo Duarte, já lá vão 72 anos. Desde então que a empresa não parou de crescer. Sempre administrada por familiares, a terceira geração já foi integrada, num encontro de tradição e inovação.

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A HartCasa empresa fundada em 2002, que conta com uma equipa de técnicos de arquitetura e engenharia, que numa logica de cooperação permitem garantir a qualidade dos projetos em diversas áreas; edifícios e moradias, hotéis e unidade de turismo, infraestruturas e loteamentos.

António Paulo Duarte, diretor geral, neto do fundador e membro da administração (juntamente com o irmão, Gustavo, e seus pais) recebeu-nos na sede da empresa, em Torres Vedras. O pai, José Paulo Santos Duarte, começou a trabalhar na empresa na década de 80. Hoje, a frota do Grupo Paulo Duarte é composta por cerca de 506 viaturas e 673 reboques distribuídos pelas várias áreas de negócio. Esta é uma das maiores empresas no transporte rodoviário de mercadorias e a operar na logística de distribuição nacional e internacional. São 721 colaboradores, que todos os dias lutam por manter a qualidade irrepreensível do serviço e o cumprimento de prazos e de orçamentos. É por isso que o empresário salienta que “a empresa são as pessoas” e desta forma “olhamos muito para as pessoas que estão connosco desde o início”. Por seu lado, a Paulo Duarte providencia bom ambiente de trabalho e mecanismos de motivação de pessoal, daí António Duarte afirmar: “queremos criar aqui uma mentalidade forte e um espírito de empresa diferenciador”. O resultado está à vista: o volume de negócios regista um crescimento constante e confere segurança e fiabilidade aos clientes desta transportadora.

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SurfersLodge – Baleal. Peniche. Portugal – Hotel 4 estrelas

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INTERMARCHÉ MONTEMOR-O-NOVO

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ASSOCIAÇÃO FÍSICA E DESPORTIVA DE TORRES VEDRAS

“MENS SANA IN CORPORE SANO” A Física surge em 1925 com o intuito de contribuir para o bem-estar da população torriense. A Portugal em Destaque, em conversa com Sérgio Galvão, presidente da instituição, pôde conhecer as propostas e perspetivas futuras para grupo.

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História e Missão A palavra de ordem é a Ética. Ao longo de mais de 90 anos, a Associação Física e Desportiva de Torres Vedras (designada como Física) continua a ser uma das maiores e mais antigas instituições torrienses em atividade. A missão que passa não só pela preocupação com o físico, mas agrega também valores ligados à formação pessoal dos seus sócios, fazendo jus ao seu lema “mente sã em corpo são”. A Física, que inicialmente desenvolvia sobretudo a ginástica, hoje conta com mais de 10 mil sócios e 150 funcionários. Um número e um interesse que tem crescido e que, de acordo com o seu presidente, combina com uma “envolvência da população”, já que “muitos se sensibilizaram quando começaram a perceber a dinâmica da associação”. Mais de 2.000 é o número de praticantes das diversas modalidades disponíveis, sendo que entre eles encontram-se 400 atletas federados. Além das opções desportivas como a ginástica, natação, basquetebol, esgrima, dança, hóquei em patins e patinagem artística; a Física engloba também a Escola de Música

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Luís António Maldonado Rodrigues; o Espaço Saúde Física a que diariamente 300 utentes recorrem para tratamentos de fisioterapia e reabilitação; o Espaço Educação Física, de ocupação de tempos livres para crianças; e um parque de campismo em Santa Cruz. São estas atividades que comovem e mobilizam grande parte da população torriense, de miúdos a graúdos que têm o bem-estar e saúde como uma prioridade e que partilham a força de vontade e desejo de superação. Primeiro clube em Portugal a receber a Bandeira da Ética Respeito, atitude e caráter sintetizam os valores da Física, que se vem estabilizando ano após ano rumo ao centenário. Sérgio Galvão acredita na influência da mente no físico, na importância do espírito de equipa e, sobretudo, tem consciência da responsabilidade social que o grupo detém. Exemplo disso é o desporto adaptado para desportistas com necessidades especiais, como a esgrima. A Física pretende ser inclusiva, oferecendo a todos a possibilidade de praticar desporto, com a certeza de que essa experiência é fundamental para o desenvolvimento pleno de cada indivíduo. De facto, é através do desporto, que a Física promove boas práticas que pretendem contribuir para a formação cívica dos seus sócios. A associação orgulha-se de ter sido o primeiro clube a receber a Bandeira da Ética pelo IPDJ em abril deste ano, como reconheci-

mento pelas ações de sensibilização junto dos atletas, pais, treinadores e comunidade geral. Esta é uma causa que a Física abraçou e que continua a orientar a sua existência. A própria mascote, um cão chamado SANO, para além de um representante, funciona como mediador nos eventos desportivo, pois tem em seu poder cartões de advertência que vão pedir ao seu destinatário que tenha um melhor comportamento, ou, pelo contrário, elogiar quem mostre fair-play. Por fim, o presidente da associação conclui que o objetivo da Física é “continuar a ser um símbolo de conquista, superação e uma referência no panorama associativo local e nacional”. Posto isto, ”geração após geração, foram muitos os esforços para continuar a melhorar e oferecer aos atletas e utilizadoSÉRGIO GALVÃO res espaços dignos e m a te r i a i s que lhes permitam superarem-se a cada dia”. Hoje, os objetivos da Física concentram-se também em melhorar a infraestrutura e atrair ainda mais sócios que sintam e “vivam a Física” como todos aqueles que dela já fazem parte.


Rodeada pelo Oceano Atlântico e próxima do rio Tejo, a região de Almada representa um centro cultural e histórico nacional. O setor corticeiro e a moagem foram as atividades desenvolvidas no primeiro processo de industrialização de Almada, no final do século XIX, mas foi a partir de 1940 que os avanços e as novas indústrias instaladas contribuíram para o crescimento demográfico. Hoje, com cerca de 175 mil habitantes, a cidade de Almada, ainda que com zonas mais envelhecidas, é atrativa pelas famosas praias da Costa da Caparica. A região de Almada está em constante desenvolvimento. Projetos que apostam na reabilitação das antigas zonas industriais ribeirinhas onde ainda se desenvolvem atividades ligadas à cortiça, moagem, conservas, pesca, construção e reparação naval. As infraestruturas urbanas, a beleza natural da Mata Nacional dos Medos, a pérola do património na-

tural do concelho, o Parque da Paz e a oferta cultural são pontos de atração desta cidade. O desporto é outro exemplo de investimento na qualidade de vida dos habitantes, dado que a cidade oferece vastos espaços com equipamentos desportivos, como piscina, ténis, atletismo e campos de golfe. O turismo, a saúde com destaque para o Instituto de Cardiologia Preventiva de Almada e a educação são preocupações constantes que fazem de Almada uma cidade atrativa para viver e visitar. A tradição aliada ao contemporâneo fazem da cidade uma mostra rica em história. . . História de pessoas que lutaram por uma Almada “livre, associativista e solidária”. Almada, ponto de tradição e modernidade, de ambiente cosmopolita mas também de tranquilidade. Surpreenda-se com os recantos e encantos que Almada tem para revelar.

ALMADA

CENTRO CULTURAL


CARLOS ALBERTO GOMES ARQUITECTOS ASSOCIADOS

CARLOS ALBERTO GOMES

A EXCELÊNCIA DA ARQUITETURA Falar de arquitetura, em Almada, é falar de Carlos Alberto Gomes. Por ocasião dos 25 anos de atividade do seu gabinete, a Portugal em Destaque veio conhecer o trabalho que o arquiteto tem vindo a desempenhar em prol do desenvolvimento de Almada e do país.

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A paixão pelo desenho desde sempre acompanhou Carlos Alberto Gomes. A escolha pela arquitetura foi, portanto, natural para o nosso entrevistado. “A minha professora de desenho apercebeu-se do meu gosto pela área e empurrou-me para a arquitetura. Depois, ainda estudante, trabalhei no gabinete do marido da professora que era arquiteto. Iniciei o curso enquanto trabalhava lá e segui o meu percurso”, recorda. Hoje em dia, Carlos Alberto Gomes possui uma pós-graduação em Ordenamento do Território e Planeamento Ambiental e uma pós-graduação em Reabilitação de Centros Urbanos. Ao longo do tempo, foi desenvolvendo a sua atividade na Câmara Municipal de Almada, na Câmara Municipal de Sesimbra e na Associação dos Municípios do Distrito de Setúbal. Mas foi em 1992 que equacionou trabalhar por conta e risco. O balanço destes 25 anos, revela-nos, é positivo. “Como gostei sempre de fazer o que faço, é agradável para mim continuar a trabalhar todos os dias e sentir-me motivado”, revela. Trabalho de norte a sul Tendo uma predominância da elaboração de projetos de arquitetura nos concelhos referentes ao distrito de Setúbal, com especial incidência em Almada, Seixal, Sesimbra 82 ALMADA

e Moita, Carlos Alberto Gomes desloca-se também a nível nacional, tendo já realizado alguns projetos na Lourinhã, Grândola, Sintra, Cascais, Caldas da Rainha, Aveiro, Montalegre, Vila Nova de Cerveira, Lagoa, Monchique, Ferreira do Alentejo, Lisboa. Questionado sobre os projetos que mais gozo lhe deram fazer ao longo da sua atividade, o arquiteto destaca uma urbanização de 400 fogos – composta quer por prédios, quer por moradias, ginásio, piscina e edifícios destinados ao comércio – na Charneca da Caparica. “É um projeto que marcou o local, criou raízes e hoje é interessante ver que é um núcleo com vida. A própria atividade comercial de bairro persiste e tem vida”, refere. Outro projeto marcante é o de uma moradia isolada em Montalegre, toda feita em pedra talhada. E se no período áureo da arquitetura eram as empresas de construção os principais clientes de Carlos Alberto Gomes, hoje são os particulares que trazem dinamismo ao gabinete. A procura dá-se, essencialmente, na construção de moradias novas e na reabilitação urbana.


Num outro nível, existe ainda algum dinamismo no que aos equipamentos sociais diz respeito, como é o caso de lares, residenciais para idosos e clínicas. Presentemente, o projeto em elaboração de renovação do edifício do cinema da Academia Almadense, símbolo cultural de Almada, é o mais exigente e desafiante. Com 25 anos de atividade, o trabalho de Carlos Alberto Gomes fala por si. A satisfação dos clientes vê-se pelas recomendações que vão fazendo. “Ao longo destes anos já fiz projetos para pais e, mais tarde, para os filhos. Por norma, tenho repetição de trabalhos para os mesmos clientes, o que é sinal de que ficam satisfeitos”, revela. Futuro de desafios Carlos Alberto Gomes encara o futuro com positivismo e com

cautela, tendo em conta a experiência adquirida em crises passadas. “Almada não sente o mesmo efeito que Lisboa está a sentir, mas já há uma subida de valores fruto de alguma atividade turística e da proximidade à capital. Já começamos a sentir influências, mas sem a mesma intensidade. A estabilidade não está garantida e facilmente estes picos rebentam”, acrescenta. O arquiteto refere que Almada apresenta uma localização privilegiada e cheia de desafios para a sua área. “Almada tem condições para crescer bastante: a envolvente do estuário do

“Ao longo destes anos já fiz projetos para pais e, mais tarde, para os filhos. Por norma, tenho repetição de trabalhos para os mesmos clientes, o que é sinal de que ficam satisfeitos”

Rua Ramiro Ferrão n.º 26 r/c esq. 2805-346 Almada Tlf.: 212 748 073 Tlm.: 965 397 937 Email: arquitectos@carlosgomes.mail.pt www.arqcarlosalberto.pt

Tejo merecia uma requalificação intensa, assim como as zonas de praia. Houve falta de imaginação e precisa-se de novas leituras e de um novo posicionamento com novas interpretações que se reflitam no território. Com tempo, acredito que se notarão os sinais de mudança”, termina.

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REMAX ALMADA

17 ANOS DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA EM ALMADA

VÍTOR MARTINS

Ponto de encontro entre o Tejo e o Atlântico, Almada tem a localização ideal para quem pretende aliar a proximidade à capital com a tranquilidade da margem sul do rio. Se a sua vida passa por este concelho cheio de oportunidades, a Remax Almada é o parceiro ideal para si.

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“O projeto da Remax Almada nasceu em 2001. Começámos do zero e fomos evoluindo”, começa por referir Vítor Martins, broker. E a evolução é muita: com cerca de 60 agentes, a Remax Almada é constituída pela agência na Avenida Nuno Álvares Pereira, com 200 m2, pelo escritório com mais de 300 e ainda por uma loja no Centro Comercial Almada Forum. Em entrevista à Portugal em Destaque, Vítor Martins explica que, nesta cidade, o panorama imobiliário não difere muito do que se verifica noutras zonas urbanas do país. “Existe

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ALMADA

falta de produto em Almada. Temos muitos compradores e escassez de produto para os satisfazer”, evidencia. No que à construção de raiz diz respeito, esta tem acontecido, sobretudo, em moradias. Trata-se de uma realidade que ainda não se verifica nos apartamentos: “o acesso ao crédito para efeitos de construção não está facilitado, os construtores ainda estão receosos do que possa acontecer e deparamo-nos com muita falta de produto. Esta falta faz com que os preços subam”, salienta. No entanto, e apesar destas dificuldades, a Remax Almada encontra-se a atravessar o melhor período de sempre. “Temos crescido 40 por cento ao ano, nos últimos quatro anos, e duplicamos o volume de negócios de dois em dois anos. Estamos, portanto, no nosso melhor”, afirma o empresário. “Procuramos pessoas com caráter e atitude” Sendo um negócio de pessoas e para pessoas, a equipa de consultores revela-se de

extrema importância para Vítor Martins, que enumera as vantagens de pertencer a esta rede. “Os nossos consultores são empreendedores, são empresários que têm o seu próprio negócio dentro deste negócio. É um projeto extremamente aliciante. Há comerciais que faturam, na Remax, mais de um milhão de euros. Creio que não haverá mais nenhuma atividade em que, com tão pouco investimento, se consiga atingir estes níveis de rentabilidade. Depois há a questão da liberdade que têm na gestão do seu tempo: podem gerir o tempo de acordo com as necessidades dos seus clientes e as suas próprias necessidades”, refere. Assim, o que se procura, acima de tudo, é pessoas com caráter e atitude, acrescenta. “O know how para desenvolver a atividade é proporcionado pela Remax, com formações internas, tanto nas nossas instalações como na Remax Portugal. A formação é um dos nossos pilares de sucesso”, salienta. Este sucesso da Remax Almada é visível no projeto de expansão que está a decorrer. “Estamos em fase de expansão para Lisboa, onde iremos abrir um espaço com 600 m2 na Avenida Almirante Reis. Para nós faz todo o sentido porque há uma sinergia tremenda entre as duas margens do Tejo”, avança Vítor Martins. O broker termina com uma mensagem de agradecimento a todos os muitos clientes que acompanharam a Remax Almada ao longo destes 17 anos.


Venha de onde vier, se em Portugal estiver, não deixe passar despercebida a zona turística mais importante do país: o Algarve. O clima temperado, de longos verões, fazem da região um forte atrativo para quem procura por praias e um ambiente de belezas naturais inigualáveis. O cristalino das águas e as construções naturais rochosas são a junção perfeita que fazem das praias algarvias as mais bonitas de Portugal e quiçá da Europa. As atividades históricas são também procuradas na região, as cidades, os vestígios do passado, nomeadamente o turismo religioso e a arquitetura tradicional, representam uma forte demanda. A origem etimológica é árabe e remete a oeste ou Ocidente, fruto da influência do domínio muçulmano na região, que reflete-se também, em seu património histórico e cultural. A gastronomia mediterrânica local é outro ponto a considerar. Do arroz de Lingueirão à sardinha assada à portimonense ou aos doces típicos, os ingredientes algarvios remontam a sabores marítimos o que dão sempre um toque especial e único aos pratos locais. O turismo é a base da economia pelo que a proximidade e facilidade de deslocação, atraem nacionais e estrangeiros em maioria provenientes do Reino Unido, Espanha, Alemanha, Holanda e Irlanda. Outro fator que se sobressai, quanto ao desenvolvimento local, é a indústria da pesca bem como a agricultura tradicional através da produção de frutos secos e cortiça. Os que vêm de cá e os de lá (estrangeiros) trazem consigo expectativas que tendem a ser superadas, isto porque o Algarve é, sim, o paraíso e é também por isso que é tão procurado.

ALGARVE

DESTINO DE EXCELÊNCIA


CAIXA CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO SOTAVENTO ALGARVIO

O BANCO NACIONAL COM PRONÚNCIA LOCAL Na nossa viagem até à região do Algarve, visitámos uma das mais emblemáticas instituições, não só da região, mas também do país: a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sotavento Algarvio. Conversámos com o presidente do conselho de administração João Trindade e o administrador Carlos Cruz da CCAM do Sotavento Algarvio, com sede em Tavira.

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Gostaríamos de saber como surgiu esta Caixa de Crédito Agrícola e de que forma a instituição se foi enraizando no concelho. A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Tavira foi fundada em 1940, surgindo no Ex-Grémio da Lavoura, tendo sido constituída por alguns associados. A Instituição foi evoluindo com a abertura do balcão Sede e, posteriormente, com a abertura de balcões em diversas localidades do concelho de Tavira. Em 2000, a Caixa expandiu a sua zona de atuação, fundindo-se com a Caixa de Castro Marim/Vila Real de Santo António. Em 2002 integrou a CCAM de Martinlongo/Alcoutim, originando a denominação Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sotavento Algarvio, CRL (adiante designada por CCAM do Sotavento Algarvio). Atualmente, a CCAM do Sotavento Algarvio é uma instituição de crédito do setor cooperativo que abrange a área geográfica do Sotavento Algarvio, estando presente nos concelhos de Tavira, Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim. Conta com 13 balcões e 30 ATM’s em diversas zonas destes concelhos e ainda com a colaboração de 68 funcionários. O esforço de equipa, aliado à capacidade de mudança, permitiu-nos desenvolver e construir o que somos hoje: ‘O Banco Nacional com Pronúncia Local’. Que caraterização pode ser feita dos vossos clientes? Estamos a falar de empresários essencialmente ligados ao setor agrícola ou, pelo contrário, de um grupo diversificado de setores de atividade? A CCAM do Sotavento Algarvio apresenta uma quota de mercado de crédito de 27.6 por cento e de depósitos de 28.2 por cento e abrange

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os diversos setores de atividade. A nossa base de dados de clientes assenta, essencialmente, no setor primário (agricultura e pescas) e no setor terciário (serviços, nomeadamente no setor do turismo). O setor secundário não apresenta ainda a mesma importância que tem no centro do Algarve, onde atuam outras Caixas Agrícolas. Somos parceiros de diversas pequenas e médias empresas, muitas em nome individual, inseridas em diversos ramos de atividade, tendo sido atribuídos prémios de excelência a algumas pelo IAPMEI. O risco encontra-se distribuído pelos diversos setores de atividade, existindo uma preocupação na sua diversificação, afim de minimizar impactos futuros. Cada vez mais as instituições financeiras utilizam plataformas informáticas que permitem controlar, efetivamente, os riscos inerentes a cada atividade, com o contributo positivo do analista de risco. Nos últimos anos, verifica-se a captação acentuada de novos clientes, nomeadamente não portugueses, e de jovens, com implicações profundas na forma de abordagem comercial. Esta inversão deve-se, essencialmente, a dois fatores: uma imagem mais moderna do Grupo CA (Imagem Institucional) e a consolidação junto do público de solidez e confiança na instituição. Hoje, o Crédito Agrícola, é um banco de modelo cooperativo, atuando transversalmente em toda a economia local.


Que impacto que a Caixa de Crédito Agrícola assume na economia local e regional? De que forma os vossos serviços permitem apoiar os empresários? O Crédito Agrícola está profundamente enraizado nas comunidades rurais e locais. Um dos grandes pontos fortes da instituição é a proximidade com os seus clientes e associados. Representa uma mais-valia, essencialmente, nos locais onde o único ponto de contacto com a população é o balcão e/ou o ATM do Crédito Agrícola, pemitindo, assim, o acesso a serviços bancários junto das populações mais distantes. Temos em conta a importância social que a presença de balcões junto dos clientes representa. O negócio bancário é uma forma de satisfazer as necessidades dos clientes e de estimular o desenvolvimento económico e social da região. Estamos convencidos que as comunidades locais dão cada vez mais valor a esta estratégia implementada pelo Grupo CA, assistindo nos últimos tempos ao encerramento de balcões/agências por parte dos nossos concorrentes diretos. Tem-se verificado um crescimento da nossa atividade, em parte justificado por esta situação. Não podemos esquecer que o conhecimento destas matérias por parte dos Órgãos de Gestão da Caixa e colaboradores, relativamente à realidade da região, permite ir de encontro às necessidades dos clientes e associados. Hoje em dia, a confiança é a palavra-chave da atividade bancária, contribuindo para um crescimento positivo em diversas rubricas de balanço e nos produtos de intermediação financeira do Grupo CA. Que fatores contribuem, na vossa opinião, para diferenciar pela positiva os serviços da Caixa de Crédito Agrícola das restantes ofertas no mercado? Os fatores positivos, em parte, já foram relatados nas questões anteriores. É sempre bom relembrar que a instituição gere os recursos dos depositantes e apenas pode conceder financiamentos até 85 por cento dos mesmos. Esta situação contribui positivamente sob a preocupação contínua de diversificar o risco, em termos de atividade ou em termos de mutuários. Podemos diferenciar pela positiva os serviços bancários da Caixa Agrícola através de mecanismos internos próprios e de condições favoráveis para os associados. Outro ponto positivo é o processo de decisão local, permitindo maior rapidez e celeridade relativamente às solicitações dos nossos clientes e associados. Atualmente, a instituição oferece um leque de produtos e serviços semelhante à

CARLOS CRUZ E JOÃO TRINDADE

banca comercial. Destacamos a presença de um Gabinete de Apoio Agrícola, dispondo de condições para acompanhamento dos agricultores, produtores e investidores no setor agrícola, com apoio da Confagri. A responsabilidade social da CCAM do Sotavento Algarvio também é uma aposta contínua, contribuindo positivamente para o desenvolvimento sócio-económico e bem-estar da população local, tendo sempre presente valores éticos e morais, valorizando e reforçando a relação existente. Como sabemos, no setor bancário a relação de confiança entre o prestador de serviços e o cliente é essencial. Nesse âmbito, como descrevem a vossa relação com o cliente e de que forma mantêm a proximidade com ele? A proximidade e a confiança são, sem dúvida, uma mais-valia da instituição. Muitas vezes, o conhecimento e o relacionamento próximo com os clientes e associados permite responder às necessidades de cada um. A própria Administração da Caixa tem conhecimentos profundos das relações comerciais dos mesmos, o que permite efetuar uma avaliação técnica mais profunda das situações. A representação da Caixa por Órgãos Sociais e colaboradores da zona geográfica de implementação, permite um conhecimento maior e mais profundo do cliente. Que perspetivas, ambições e objetivos futuros reserva a Caixa de Crédito Agrícola? As perspetivas futuras são positivas, tendo em conta a evolução nos últimos dois anos: a CCAM do Sotavento Algarvio ficou classificada entre as 10 melhores Caixas do País, no que concerne ao desempenho comercial. Para esta situação contámos com o empenho, profissionalismo e polivalência de toda a equipa, conseguindo, assim, alcançar o cumprimento dos objetivos propostos pelo Grupo CA. Trabalhamos estrategicamente, sendo que a CCAM do Sotavento Algarvio é uma das maiores Caixas do País a nível de dimensão. Atualmente conta com mais de 30 mil clientes e 6810 associados.

Rua Borda Água Aguiar 1 | 8800-326 TAVIRA ( Santa Maria Tavira ) | Tlf.: 281 320 620

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JUNTA DE FREGUESIA DE TAVIRA

ENTRE A CIDADE E A SERRA A Junta de Freguesia de Tavira resultou da união entre as freguesias de Santa Maria e Santiago. José Mateus já vai no terceiro mandato enquanto presidente de junta, muito embora seja apenas o segundo mandato que cumpre depois da junção de freguesias. A Portugal em Destaque foi conhecer a realidade desta região algarvia e perceber o que foi feito e o que falta fazer para melhor servir a população.

JOSÉ MATEUS

“As freguesias de Santa Maria e Santiago eram ambas urbanas, mas a de Santa Maria era maior, porque dela fazia parte uma grande extensão de serra – a Serra de Santa Maria. Esta freguesia, sozinha, tinha uma extensão de 13.500 hectares. Santiago tinha apenas 3.500 hectares. Quando se uniram, gerir a União foi complicado mas depois percebemos que nos trazia vantagens”. Quem assim fala é José Mateus, presidente da Junta de Freguesia de Tavira, que conta, no total, com cerca de 16 mil habitantes, alguns espalhados pela Serra de Santa Maria. As vantagens mencionadas pelo presidente da Junta centram-se, sobretudo, na maior autonomia de que a Junta ficou dotada. “Percebemos que poderíamos unir esforços e ficámos, claramente, mais bem servidos em termos de equipamentos. Não estamos dependentes da disponibilidade Câmara para limpar terrenos, arranjar caminhos, cortar árvores e outros serviços florestais semelhantes”. Neste momento, a Junta de Freguesia conta com 23 viaturas, nove das quais pesadas, nomeadamente três retroescavadoras, tratores, cilindros e uma niveladora. Conta ainda com duas carrinhas de nove lugares, para servir a população de Tavira. No que respeita ao panorama socioeconómico, José Mateus reconhece que tudo melhorou bastante. “Quando estávamos em crise, muitas empresas importantes para a região fecharam e outras tiveram muitas dificuldades para continuar a laborar. Atualmente, as que atravessaram a crise estão novamente a ganhar fôlego e há muita gente a criar o próprio negócio”. A prova disso é que, nos tempos de maior

desemprego, a Junta de Freguesia era um dos maiores empregadores, em colaboração com o IEFP e, atualmente, tem dificuldades para contratar alguém para trabalhar. “O turismo voltou a crescer e absorveu muita população. Além disso, outra atividade muito forte em Tavira é a agricultura, onde muitos jovens têm apostado, sobretudo com culturas para exportação, como o abacate, batata-doce e a abóbora”. O crescimento do turismo aconteceu não só na vertente de Sol e Praia, mas também no setor do golf, atividade que chama traz muita gente a Tavira, sobretudo na primavera e no outono: “o turista, hoje em dia, já não procura só a praia. Quer outras atividades e é isso que estamos a conseguir dar-lhe. O Sotavento algarvio está finalmente a ganhar expressão turística, algo que antes apenas se via acontecer no Barlavento”. José Mateus vê a sua terra a desenvolver-se, sentindo que também tem contribuído para isso, enquanto presidente de Junta. Um dos projetos mais importantes chama-se Lado a Lado e pretende fazer com que, quer os idosos, quer as crianças da freguesia se sintam menos sozinhos. “Inicialmente, o projeto foi pensado para ser intergeracional, mas nunca tivemos condições físicas para isso. Esse é um objetivo ainda por concretizar e espero fazê-lo ainda durante este mandato. Porém, enquanto não é possível vamos trabalhando com os idosos e as crianças separadamente. Os idosos têm atividades como artes decorativas, um grupo de canto, ioga e ginástica e as crianças têm a possibilidade de ir à praia, fazer jogos, contactar com os bombeiros e a polícia locais e passear pela freguesia. A juntar a isto, Junta disponibiliza ainda um autocarro para trazer as pessoas que moram na serra de Santa Maria à cidade, todos os dias. Dividimos a serra em cinco zonas e o transporte é feito um dia em cada zona. Nos dias de feira, todas as zonas têm transporte disponível”. José Mateus é presidente de Junta por amor e dedicação às pessoas: “trabalhei numa farmácia 38 anos e as pessoas que me dava mais gosto ajudar eram aquelas que tinham mais dificuldade, ou porque não sabiam ler, ou porque não pertenciam àquela terra e estavam envergonhados de pedir ajuda… Sempre fui simpático e amigo e acredito que seja por isso que o povo gosta de mim”. E não se esquece de salientar as qualidades da sua freguesia: “Tavira tem eventos, feiras e festas durante todo o ano. As festas principais na freguesia realizar-se-ão agora e estão sob a responsabilidade do município, mas em setembro temos a Feira da Juventude e a Feira da Dieta Mediterrânica, por exemplo. Na Páscoa, realizamos vários eventos dedicados à Semana Santa e no inverno temos uma programação de música nas nossas igrejas. Venham conhecer Tavira, vão surpreender-se”.

Sede (Santiago): Largo Tabira de Pernambuco s/n, 8800-456 Tavira • Tel. 281 322 452 • Email: geral@jftavira.pt • Horário de Funcionamento: Segunda a Sexta das 9h às 16h30 • www.jftavira.pt

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VILACAMPINA

VILACAMPINA

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A Vilacampina está localizada no sotavento Algarvio na Luz de Tavira a sete quilómetros da cidade de Tavira e a cinco minutos das melhores praias Algarvias. Encontra-se muito perto do Parque Natural da Ria Formosa, área protegida e uma das 7 Maravilhas de Portugal. A Vilacampina nasce de um sonho de criar um espaço onde o cliente se sente em casa. Criámos um espaço moderno e contemporâneo com uma envolvente verdadeiramente rural. É um convite para desfrutar de um ambiente simples mas com requinte, de uma forma informal, tranquila e com um tratamento familiar, onde não faltam todos os detalhes para proporcionar ao nosso cliente uma estadia inesquecível.

A Vilacampina é sempre referida por muitos dos nossos clientes como “um lugar muito especial” onde um dos ex libris é o nosso pequeno-almoço recheado de produtos frescos e caseiros confeccionados no momento. Todos os quartos e suites tem terraço privado e vista para o jardim. A piscina é de água salgada e encontra-se numa zona afastada da zona dos quartos. É um espaço de tranquilidade ou de convívio, se assim quiser, com um Honesty bar que permite um self-service permanente. O jardim com oliveiras, árvores de fruto e alfazema cria a envolvente ideal para desfrutar do ameno clima algarvio. Descubra cada canto da nossa casa, descanse, relaxe…

www.vilacampina.pt • vilacampina@mail.telepac.pt • Telefone: 281961242

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PENAFIEL

SENTIR A CIDADE A cidade que privilegia o património Cidade do norte de Portugal e outrora apelidada de São Martinho de Moázares ou Arrifana de Sousa, Penafiel é hoje sede de concelho. As paisagens, a gastronomia e a riqueza do património fazem com que hajam boas razões para visitar este local. Monumentos como a Igreja Matriz, por sinal renascentista, e a Igreja de São Martinho são alguns dos pontos a conhecer. O Santuário de Nossa Senhora da Piedade ou do Sameiro, a Igreja da Misericórdia de Penafiel, a Igreja da Ajuda, o Pelourinho, as Capelas de Santa Luzia, Nossa Senhora da Guia, São Roque, São Cristóvão ou do Senhor dos Passos são outros monumentos emblemáticos que merecem uma visita. Se quiser perdurar a sua estadia por Penafiel vá até ao Museu Municipal, posicionado no Palácio dos Pereira do Lago, aos Palácios do Barão ou às Casas da Aveleda. Rapidamente irá perceber que a arquitetura tradicional está intensivamente ligada a materiais com um forte potencial na região: granito e xisto. Falar de Penafiel é também falar de gastronomia. Os pratos típicos são o cabrito ou o anho assado com arroz de forno, o

cozido, o sável frito ou de escabeche, a lampreia, à bordaleza ou em arroz de sangue, tudo acompanhado pelo ex-libris da região, o vinho verde. No que diz respeito aos doces, podemos destacar a doçaria de feira, tais como os bolinhos de amor, o pão-de-ló, o pão podre, os rosquilhos, os brinquedos ou os doces de S. Gonçalo. Ainda há espaço para a sopa seca, o sarrabulho doce e para as tortas de S. Martinho. Como pode ver, não faltam opções para todos os gostos. Apesar da ruralidade vivida na cidade, existe uma aposta no desenvolvimento industrial e sucessivo reconhecimento, o que faz com que haja um crescimento na economia. Agosto combina com calor, dias longos e jantares com amigos. É o mês de receber os emigrantes, acolhê-los e fazê-los regressar às suas origens. Visitar o país, sendo português ou turista estrangeiro, será sempre uma forma de conhecer novos lugares e sabores, mas também de nos enriquecermos culturalmente ao explorarmos museus, monumentos e respetivas tradições de cada região. É assim que nesta edição queremos deixar um convite aos nossos leitores para viajarem connosco até Penafiel.



STAND AUTO4S

CONFIANÇA A TODA A VELOCIDADE O Stand Auto4s é uma empresa que atua no mercado automóvel desde 2014. Comercializa carros de média e alta gama, tanto seminovos como usados e conquistou o mercado preenchendo os requisitos de satisfação de todos os clientes.

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Quem espera sempre alcança, e que o diga António Pereira, o nosso entrevistado nesta edição da Portugal em Destaque. Sempre idealizou ter o próprio negócio na área automóvel e, após algumas experiências neste ramo, concretizou este sonho ao entrar no mercado automóvel, em 2014, com o Stand Auto4s. Tudo estava planeado na cabeça de António Pereira, queria um espaço fechado e intimista, onde pudesse estar à vontade com os clientes, atendê-los da melhor forma possível e, ao mesmo, tempo ter espaço para os carros. “Não custa sair de casa para vir trabalhar, isto é espetacular. É um privilégio e um gosto trabalhar naquilo de que gosto, adoro carros,

ANTÓNIO PEREIRA

os modelos, as marcas e estar a par do que vai sair, estar a par dos motores”, revela com entusiasmo o nosso entrevistado, dizendo que gosta “de saber explicar ao pormenor quando um cliente faz alguma pergunta”, sabendo assim o que está a vender e ao mesmo tempo trabalhar na credibilidade. Até agora, o balanço tem sido positivo, mas para António Pereira o importante neste ramo não é saber vender, mas sim prestar um bom serviço pós-venda, no que diz respeito ao fazer chegar os documentos e as faturas aos clientes. “É preciso cumprir tudo aquilo que é falado quando é acertado o negócio. Não pode ficar tudo em palavras, é preciso fidelizar o cliente. Para ser um bom gestor de automóveis, hoje em dia, é necessário cumprir, ter palavra e fidelizar o cliente”. Trabalha tanto com o mercado nacional como com a importação de automóveis e, quando recebe os carros, tem sempre um cuidado extra para certificar a marca Auto4s. Antes de comprar, é tudo verificado para que não haja nenhuma surpresa desagradável no final. “Trabalho com toda a mercadoria que me dê credibilidade para a vender, que me faça sentir confiança em vender. Recorro aos importados porque gosto de carros mais específicos, 92 PENAFIEL

com versões particulares e com um grande nível de equipamento. E aqui em Portugal é mais difícil de arranjar, não há tanta oferta, mas não crio rótulos”. A procura de automóveis mais avançados por parte dos portugueses é cada vez maior, sendo o conforto, a segurança e a proteção as características mais procuradas. E, para António, o negócio corre em alta velocidade, uma vez que vende automóveis para o país inteiro e até para as ilhas. O segredo do negócio está na paixão com que se faz a venda de carros, saber aconselhar e saber o que se está a vender: “o profissionalismo e o conhecimento são os passos mais importantes num negócio. Temos que saber perceber o cliente e o que ele procura. Para tal, deixo o cliente completamente à vontade para saber o que quiser”, revela o nosso entrevistado. Em termos de stand automóvel, para já só tem esta instalação, deixando no ar a possibilidade de abrir mais um de forma a atingir um mercado diferente, direcionado para comerciais e empresas. Esta é uma aposta ganha para o vendedor de carros que, desde logo, nos confidenciou que assim que visitou a loja para a comprar soube ali que aquele lugar ia ser seu, definindo-o como “o sítio ideal que chama a atenção e valoriza o stand”. António Pereira termina a entrevista orgulhoso do seu percurso, dizendo confiante que “daqui para a frente o negócio é só para melhorar”.

Rua Elisio Ferreira de Sousa 295 4560-538 Penafiel Tlm.: 916 106 952 Email: geralauto4s@gmail.com www.auto4s.pt


RESTAURANTE O CASANOVA

COZINHA PORTUGUESA A FAZER LEMBRAR ITÁLIA EM PENAFIEL O restaurante O Casanova abriu há três anos e meio e já é um sucesso. O proprietário, Rodrigo Carvalho, tem 28 anos e deu a sua marca e energia a um restaurante que data de 1972. Baseado na cozinha portuguesa, O Casanova oferece propostas gastronómicas de que nenhum outro restaurante dispõe.

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Os pratos de carne são o forte d’O Casanova, nomeadamente as carnes maturadas

Situado numa avenida central da cidade de Penafiel, O Casanova mantém o aspeto rústico, com que nasceu, em 1972, apesar de, à frente do projeto, estar Rodrigo Carvalho, um jovem chef de 28 anos. “Comecei por estudar Direito, mas percebi que não era a área que queria seguir. Fui para a escola de hotelaria e conclui o curso de Cozinha. Um dia, vim a este espaço e percebi que tinha bastante potencial, apesar de ser uma adega típica”. Rodrigo Carvalho ainda recorda as lajes tortas no chão e a tijoleira que não condizia entre si: “as paredes eram de pedra e, ao fundo, tinha um balcão azul, gigante. Tentei negociar com a proprietária, para ficar com o espaço, mas não resultou”. Mas persistente, Rodrigo insistiu e conseguiu que a venda se concretizasse. O restaurante sofreu pequenas modificações físicas, mas o conceito de cozinha foi completamente alterado.

“Baseámo-nos na cozinha portuguesa que, para mim, é a melhor do mundo e fomos buscar outros produtos que, sabíamos, não existiam aqui na região e por isso iríamos ter sucesso”. Os pratos de carne são o forte d’O Casanova, nomeadamente as carnes maturadas. “Temos o Angus, o Tomahawk, sempre grelhadas. São ofertas que, no Grande Porto, estão na moda, mas que em Penafiel ninguém tinha disponível”. Para quem for apreciador de peixe, o bacalhau à Casanova e o salmão à Chef são boas hipóteses. “O polvo à lagareiro é um prato clássico, mas faz um grande sucesso, porque é um valor seguro”. A carta de vinhos é uma das maiores da região e Rodrigo Carvalho quer marcar pela diferença: “tenho do melhor que se faz em todas as regiões, mas procuro dar a conhecer marcas e colocar na carta vinhos de que eu goste. Tudo o que esteja na moda, não faz parte da minha carta que, aliás, muda duas vezes por ano”. A cozinha d’O Casanova tem

também influências italianas e um dos pratos onde isso mais se destaca é uma criação de Rodrigo Carvalho, os lombinhos de porco com migas de alheira e legumes salteados. “Os legumes salteados são legumes crus, que são salteados com azeite, alho, sal e pimenta. Tudo muito simples que depois leva uma redução de vinagre balsâmico. No que respeita às migas, são uma mistura de batata cozida com alheira”. Durante a semana, o restaurante já tem um prato diário de referência, criado propositadamente por Rodrigo Carvalho. “O prato é criado para a hora de almoço, mas às vezes faz tanto sucesso que eu prolongo a sua existência para o jantar. Na verdade, nem sempre é um prato, pode ser apenas uma entrada”. Os pratos económicos têm também o seu espaço na carta. “Estamos numa cidade pequena, cujos clientes são, normalmente, gente que conhecemos e que acabam por vir várias vezes almoçar. Por isso, o menu económico não pode ser suprimido, até porque o nosso objetivo é fidelizar clientes”. O facto de conhecer quase todos os clientes torna o serviço d’O Casanova muito personalizado. “Somos quase uma família. Já conheço quase todos os clientes que vêm aqui almoçar, porque são quase sempre os mesmos. Quando há alguém que eu não conheço, faço questão de ir à

mesa, cumprimentar, conhecer os gostos e perguntar se está tudo bem. Transmito também esta forma de trabalhar aos meus funcionários, porque é importante esta proximidade”. Outro segredo do sucesso é a cozinha do restaurante que “é aberta ao público. O cliente consegue ver exatamente o que se passa, porque o meu propósito foi sempre o de não enganar o cliente e quis que ele visse que eu sou profissional”. Para Rodrigo Carvalho, o sucesso deste projeto prende-se com a proximidade com os clientes e o não conformismo. “Estou sempre a querer fazer diferente e acredito que isso também cativa os clientes. Quem vier cá hoje e voltar daqui a três meses, encontrará diferenças. Arrisquem e venham conhecer O Casanova”.

RICARDO CARVALHO

Avenida zeferino de oliveira n 85/91 Penafiel • Tlf.: 255 402 484 • Facebook: ocasanovapt

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OUTRAS REGIÕES

CONHEÇA OUTRAS REGIÕES DO PAÍS


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RESTAURANTE MONTAGRESTE

O MELHOR SABOR DA COZINHA PORTUGUESA Um restaurante que é mais do que um espaço de gastronomia. Comer, beber e conviver. Em doses generosas e a preceito. No Montagreste, no centro de Benavente, é assim. O conforto que traz vale a pena, mas há mais para provar neste espaço que serve boa comida e bom ambiente. Apela ao bom gosto do tradicional português e à fieldade das raízes da região ribatejana. tém o sucesso da casa. O ambiente é descontraído e familiar que prima pela simplicidade requintada. O restaurante cheira a boa disposição e a sala rapidamente se pode transformar na extensão de uma sala de estar caseira (livre do fumo do tabaco). O Montagreste está aberto todos os dias. E todos os podem ter pratos diferentes no menu do dia. Parece uma simples casa escondida, mas pode encontrar esta casa devido ao fácil acesso, além de que tem estacionamento.

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JOSÉ MARTINS E MARÍLIA

Surgiu da vontade de marcar a diferença e de ser diferente. O lote 3, no Bairro Caixa Previdência, em Benavente está com as porta abertas há cerca de 22 anos. É aqui que encontra o Montagreste, um projeto de vida do casal Marília – a cozinheira de serviço – e José Martins – o sócio-gerente. Apesar de manterem um registo familiar, mas o que distingue este restaurante é o requinte do espaço, a qualidade dos produtos e também, o atendimento, fazendo desta casa uma referência na região Ribatejana. Tendo como principal objetivo manter-se a par das novas tendências e das necessidades dos clientes, continuam a trabalhar diariamente para o sucesso do projeto. Nesta cozinha tradicional portuguesa podemos encontrar sabores tradicionais (passa-se a redundância) que se misturam as maravilhas que rica gastronomia da região do Ribatejo pode oferecer. O conceito do restaurante passa por ser um bom ponto de encontro e de, inevitavelmente, de regresso. O espaço oferece uma panóplia de pratos diários que vão ao encontro dos gostos dos clientes, capaz de os levar às melhores sensações no paladar. E como se a gastronomia não chegasse, também a arte de receber man-

Humildade, trabalho e ambição de deixar água na boca Aqui, o cliente está em primeiro lugar. E sobre este ponto há a referir que para além da qualidade que tentam apresentar, é preciso ter disponibilidade. Depois vem a intensidade do sabor dos pratos confecionados. No fim o preço (bastante convidativo), como seria de esperar! Só tendo em conta este triângulo, qualidade, sabor e preço, é que se torna possível surpreender os clientes. E por isto, rapidamente, percebemos que não é apenas um tradicional restaurante, mas também um espaço com história e alma. O que lhe permite crescer a cada ano que passa. A boa disposição e o profissionalismo da equipa contribuem para que o espaço seja cada vez uma referência. Sem dúvida que é por estas qualidades que o restaurante se distingue, mostrando ser um restaurante com tanto sucesso e comentado com tanto amor. A equipa é pequenina, mas percebe-se que o segredo do sucesso passa por estarem todos unidos a mover o barco a bom porto. Este fator acaba por transparecer para o lado de fora, melhorando o ambiente e a relação com quem os visita. A prova de que tudo é “ótimo”, “muito bom” e “nunca é demais” – dando-lhes a qualidade que lhes é reconhecida – o restaurante Montagreste vai marcar presença no festival do Arroz carolino das Lezírias Ribatejanas. Sobretudo para mostrar o sabor dos pratos de arroz, mas também para estar mais próximo do cliente.

Bairro da Caixa de Previdência n.º 3 r/c | 2130-314 Benavente - Portugal | Tlf.: 263 516 270

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OUTRAS REGIÕES 97


GLAMOUR LAAR

SEMPRE AO LADO DO CLIENTE Fundada em 2010, a Glamour Laar é uma empresa dedicada à elaboração dos mais variados projetos arquitetónicos e à execução de obras. Com todo o seu know how e experiência acumulada, os nove profissionais que integram a equipa, desenvolvem e acompanham todos os projetos desde o primeiro minuto ao último retoque, com o mínimo de interlocutores e sem preocupações desnecessárias. Em entrevista à Portugal em Destaque, Marco Ribeiro, proprietário da marca, fala sobre as estratégias adotadas frente às mudanças e exigências do mercado atual.

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MARCO RIBEIRO

Numa altura de crise, mas também de oportunidades, a Glamour Laar estreia-se no mercado com o objetivo de apresentar soluções eficazes para obras e remodelações. Com o tempo, e atendendo às necessidades dos seus clientes, criaram uma gama de serviços capaz de oferecer as melhores soluções para cada projeto e selecionar os parceiros ideais para que, dentro do orçamento e prazos previstos, pudessem oferecer a melhor solução chave na mão. Atualmente, a empresa dispõe de uma grande variedade de produtos e serviços, entre os quais se destacam a arquitetura, a construção e todos os acessórios ligados aos materiais e à decoração. “Acompanhamos o cliente desde o primeiro minuto até à execução da obra. Este processo passa por inúmeras fases, começando pelo simples desenho, passando pela escolha de materiais e construção da obra, acabando com a decoração de interiores. Trabalhamos diretamente com fábricas, o que nos permite oferecer uma gama completa e variada, e desta forma dar a conhecer ao cliente aquilo que de bom há no mercado”.

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Planeamento, inovação e sofisticação Com a ajuda de um arquiteto e com o bom gosto de quem procura os serviços da marca, a Glamour Laar oferece soluções personalizadas, de acordo com o orçamento que tem disponível e com total garantia de qualidade dos serviços realizados.“É muito importante conhecer o plafond que cada cliente pretende disponibilizar para a elaboração da obra para que posteriormente possamos avançar com o projeto. Temos equipas próprias de construção dentro da nossa empresa onde damos início aos mais variados trabalhos mas costumamos trabalhar maioritariamente na área da remodelação de interiores e fachadas, bem como na construção de raiz de padarias e pastelarias. Destacamo-nos no mercado pela confiança que transmitimos e transparência do orçamento. Realizamos projetos que respeitam a individualidade do cliente, sempre com a premissa de uma valorização dos espaços que intervencionamos.” Solução chave na mão A gestão de uma obra é complexa por lidar com dezenas de especialidades distintas. Foi neste sentido que Marco Ribeiro desenvolveu com os seus parceiros um serviço chave na mão, que proporciona aos seus clientes soluções completas desde a conceção do projeto até à construção, seja em construções novas ou em reabilitações. O objetivo é simplificar todo o processo, libertando o cliente das fases mais burocráticas e complexas mas promovendo a sua participação plena no projeto e construção.“Aqui o cliente não precisa de procurar um arquiteto, um construtor ou uma empresa de materiais de construção para a concretização da sua obra porque temos tudo dentro da empresa. Fazemos com que o cliente seja acompanhado em todas essas vertentes, com preços competitivos, sem ter que se dirigir a outra entidade.” Segundo o empresário, o método de trabalho da Glamour Laar torna mais simples todo o processo da realização de obras e é nesse sentido que pretendem continuar a trabalhar. “Queremos continuar a crescer de uma forma sustentada, sem nunca descuidar aquele que foi o nosso propósito inicial, a área da remodelação”, conclui Marco Ribeiro.


INTERMARCHÉ MONTEMOR-O-NOVO

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INTERMARCHÉ MONTEMOR-O-NOVO

mascasting.pt

Fundada em 1982 a MASCASTING é especialista na produção de peças técnicas em latão, fundidas por gravidade ou baixa pressão, e maquinadas em máquinas transfer ou equipamento CNC. Os elevados níveis de qualidade da MASCASTING são assegurados por técnicos que garantem a conformidade das peças com as normas aplicáveis e as especificações dos clientes.

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