Portugal em Destaque - Edição 25

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ALENTEJO Especial Serpa O Alentejo é conhecido pelas suas paisagens em tons de terra, verde e castanho. O silêncio e a planície estendem-se pelos grandes latifúndios, onde atualmente se cultiva, sobretudo, vinha. Os vinhos alentejanos estão entre os melhores do mundo e já existem várias marcas que ganharam primeiros prémios, nos grandes concursos mundiais e figuram nas melhores revistas de vinho. A juntar ao vinho, existe a gastronomia inconfundível desta região: queijos curados de ovelha e cabra, enchidos de porco alentejano, criado no montado e alimentado a bolota, num ecossistema único e que só pode produzir a melhor carne. O sossego dos antigos montes alentejanos fez nascer alojamentos locais e hotéis de charme, totalmente dedicados a receber quem quer conhecer o Alentejo e as suas maravilhas. Desde monumentos que são património mundial, como o Templo de Diana, passando pelas Rotas do Vinho, espalhadas por toda a região alentejana e a Rota do Mármore, em de Vila Viçosa, o Alentejo é uma região muito vasta, com muito para ver e ouvir. O cante alentejano, recentemente promovido a Património Imaterial da Humanidade, tal como os bonecos de Estremoz, são mais duas boas razões para visitar o Alentejo. As pessoas são outra grande riqueza da terra. Sabem receber, são afáveis e têm a capacidade de fazer sempre com que quem as visita se sinta em casa. Dificilmente se vai ao Alentejo e se volta insatisfeito. Arrisque uma visita a uma região que mistura história, tradição, gastronomia e futuro.

FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | DIRETOR: FERNANDO R. SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: DIANA SILVA (REDACAO@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | CORPO REDATORIAL: CATARINA FERREIRA, JOANA GONÇALVES, TERESA MATA, SARA FREIXO, SARA OLIVEIRA, VERA PINHO | OUTROS COLABORADORES: DIANA BARROS, JOANA QUINTAS, JORGE TEIXIERA, MARIA INÊS MOREIRA, TELMA MOREIRA, TERESA TEIXEIRA | DIREÇÃO GRÁFICA: TIAGO RODRIGUES, VANESSA MARTINS | SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO (GERAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | DIREÇÃO COMERCIAL: JOSÉ MOREIRA | DEP. COMERCIAL: ANTÓNIO SANTOS, EDUARDO NUNES, JAIME PEREIRA, JOSÉ ALBERTO, JOSÉ MACHADO, JOSÉ VARELA, LUÍS BRANCO, MANUELA NOGUEIRA, MARÍLIA FREIRE, PEDRO DUARTE (COMERCIAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | REDAÇÃO E PUBLICIDADE: RUA ENGº ADELINO AMARO DA COSTA Nº15, 9ºANDAR, SALA 9.3 4400-134 – MAFAMUDE / +351 223 263 024 | DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E SECTORIZADA COM O JORNAL EXPRESSO / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | PERIODICIDADE: MENSAL | EDIÇÃO DE DEZEMBRO ‘17 ESTATUTO EDITORIAL: A Portugal em Destaque é uma edição mensal que se dedica à publicação de artigos que demonstram a realidade do país | A Portugal em Destaque é uma edição independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica | A Portugal em Destaque define as suas prioridades informativas por critérios de interesse às empresas nacionais, de relevância e de utilidade da informação | A Portugal em Destaque rege-se por critérios de rigor, isenção, honestidade e idoneidade | A Portugal em Destaque faz distinção entre os seus artigos de opinião, identificando claramente os mesmos e estes não podem confundir-se com a matéria informativa.

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10 ANOS A TORNAR O SONHO DE ONTEM NA REALIDADE DE HOJE Há já 10 anos em Portugal, a Designmark Group (DMG) é uma empresa fundada por Marc Kunz, um suíço que se apaixonou pelo Alentejo e que resolveu instalar no Monte das Louzeiras a sua equipa de design. Com projetos ao redor do mundo, dos quais se destacam dois hotéis nas Maldivas e um grande complexo turístico em Omã, esta empresa está focada nas novas tecnologias e já nasceu virada para a internacionalização. DESIGNMARK GROUP

MARC KUNZ

A empresa nasceu originalmente na Suíça, terra natal de Marc Kunz, o fundador do projeto. Porém, quando chegou a Portugal, há 14 anos, Marc Kunz deixou-se encantar pelo Alentejo, sobretudo pela zona de Serpa. Foi lá que descobriu um terreno abandonado, que viria a transformar-se no Monte das Louzeiras. “Inicialmente esta casa nem era para funcionar como escritório. Veio a acontecer, porque eu acabei por me fixar aqui e conclui que poderia adaptar determinados espaços a escritórios. Assim, atualmente trabalham aqui cerca de 22 pessoas, todas ligadas à área do design e brand managing”. Um grupo à escala mundial O DMG vai muito além de brand managing e design. Esta empresa trabalha nas áreas de arquitetura, design de interiores e exteriores, paisagismo, engenharia, construção de stands, desenvolvimento de marcas e criação e programação de conteúdo interativo. É neste último tópico que se concentra, neste momento, grande parte do trabalho da DMG. “Temos escritórios na 6 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Rússia, com cerca de 150 colaboradores, e aí só trabalham pessoas formadas em engenharia de software e design digital de novas tecnologias. Estamos a falar de tecnologias avançadas, como o vídeomaping, a tecnologia 3D, a realidade virtual e holográfica, a tecnologia cinética e simuladores de voo”. O storytelling, o videomaping e os hologramas são muitos utilizados em museus e em projetos ao ar livre. “A DMG já teve a seu cargo um projeto no Kuwait que é exatamente um parque temático de videomaping. Inclui um conjunto de 15 edifícios, em ponto pequeno, próprios para este tipo de trabalho, onde é programada uma história, que se vai desenrolar ao longo daquele espaço. Cria-se uma história, programa-se e projeta-se a história nos edifícios, incluindo-os na trama”. Nos museus este tipo de tecnologia também é bastante utilizado. “Estamos a fazer um na Arábia Saudita que vai incluir salas para concertos, lojas e um espaço exterior muito grande. Aí, esse tipo de tecnologia estará presente em praticamente todas as salas”. As imobiliárias e as empresas de real estate também são gran-


des clientes da DMG, pois os hologramas e a tecnologia de realidade virtual e 3D ajudam bastante a perceber os projetos urbanísticos com que estas empresas trabalham, o que facilita quer a apresentação da empresa, quer a perceção, pelo lado do consumidor, do tipo de projeto de que se está a falar. As tecnologias cinética e de reconhecimento sensorial estão tão avançadas que a empresa de Marc Kunz já conseguiu conceber um restaurante subaquático, onde é possível ir conhecendo as diversas espécies de peixe que por ali passam, apenas através de identificação por sensor. “O sensor dispara sempre que passa um peixe por perto, e automaticamente apresenta alguma informação sobre aquele animal, sem que ninguém tenha que interagir com a janela. Ela é interativa e autónoma”. É nesta área de negócio que Marc Kunz pretende apostar, cada vez mais, pois é um setor em forte crescimento. “Os mercados da Arábia Saudita e da Rússia são muito fortes, no que toca às novas tecnologias. Foi por isso que nós, enquanto empresa, criámos um escritório em Moscovo, só voltado para a criação e programação das mesmas. Os mercados não europeus estão muito voltados para as novidades tecnológicas e não têm problema em gastar dinheiro nelas. Aqui em Portugal passa-se o oposto, ainda há muita necessidade de

justificar um investimento feito nesta área. Na Arábia Saudita, por exemplo, o meu cliente pede-me para desenvolver um projeto que inclua novas tecnologias e não me limita os custos. Pelo contrário, o objetivo dele é impressionar”. A Europa não é a prioridade Mercados como os dos países árabes e asiáticos garantem à empresa DMG a possibilidade de crescer e se internacionalizar cada vez mais. “A nossa empresa consegue fornecer um serviço de qualidade, em todas as áreas, desde a conceção, à construção e ao acabamento de um projeto, seja ele arquitetónico, de design ou de branding e só esses mercados nos permitem crescer. Neste momento, temos um projeto em Omã, que inclui um hotel de cinco estrelas, 320 casas, de dois andares, mais 80 casas de um andar apenas e 50 villas. É um projeto de um luxo imenso e é uma honra que o investidor só queira trabalhar connosco”. Além deste projeto em Omã, que demorará anos até estar concluído, a empresa tem ainda a cargo a construção de hotéis de luxo em ilhas das Maldivas. “Para que isso seja possível, deslocamos sempre para o local pessoal da nossa equipa. Temos a sorte de ter uma equipa constituída por pessoas de várias nacionalidades, o que nos permite conhecer e lidar bem com as

diferenças existentes nos países onde temos projetos. Trabalhamos com alemães, portugueses, polacos, suíços, russos e essa mistura é muito enriquecedora”. A diferença está nas pessoas! Para que o trabalho tenha a qualidade desejada, a DMG procura sempre os melhores profissionais e Marc Kunz reconhece que em Portugal também os há. “A nível de produção, trabalha-se com muita qualidade, mas é difícil encontrar pessoal qualificado, e com certificados profissionais, para trabalhar nos países árabes, nomeadamente eletricistas, canalizadores, carpinteiros. Nós precisamos de todas essas pessoas, para a nossa área de produção própria, e somos obrigados a trazer esses profissionais de outros países”. Projetos “chave na mão” A filosofia da empresa implica entregar o projeto absolutamente concluído, por isso a DMG entrega todos os trabalhos prontos para começar a funcionar. “Fazemos tudo, desde a avaliação do espaço, a conceção do material necessário para efetuar o trabalho, a montagem do espaço e a decoração do mesmo. Tudo é pensado e desenhado para aquele projeto, em específico. Somos perfecionistas a tal ponto que, neste momento, nas Maldivas, estamos a desenvolver um projeto agrícola, visto PORTUGAL EM DESTAQUE | 7


que naquelas ilhas toda a comida é importada. A nossa ideia é deixar uma construção de estufas e o ensinamento de como cuidar de um terreno agrícola, para que seja possível fornecer aos hotéis comida fresca e de qualidade”. No que diz respeito à área de arquitetura e paisagem, a DMG já teve a oportunidade de desenvolver projetos bastante interessantes. “Fomos os responsáveis pela construção de um shooting center, na Rússia, um local onde a polícia militar e a população devidamente autorizada vai treinar tiro. No inverno, dada a temperatura muito baixa, não é possível praticar tiro ao ar livre. Este projeto englobou design, landscape e muita tecnologia. É um grande espaço, que também possui lojas e salas para outras atividades”. A juntar a este projeto, existe o resort Naainfaru e o Hurasfaru, nas Maldivas. Em relação à área de design de interiores, a principal preocupação da DMG é garantir a perfeita harmonia entre os materiais utilizados, a sua funcionalidade, as formas, o acabamento e a iluminação do espaço. “Em todos os momentos, a nossa forma de trabalhar implica um estudo apertado do local, para podermos corresponder exatamente ao que o cliente pretende. Tivemos, por exemplo, uma empresa de cobre, na Rússia, que redesenhou o seu interior para impressionar os agentes governamentais, de forma a obter autorização para prosseguir na exploração de cobre. O objetivo deles não era vender o cobre, era impressionar com a maleabilidade e usabilidade daquele material. Nós corres-

de outros lugares e os respetivos custos disso. Durante a execução do projeto, garantimos que haja o mínimo de erro e desperdício, para que os custos iniciais sejam assegurados”.

pondemos às expetativas”. “” O design é a área deste grande grupo que é desenvolvida em Portugal. Neste momento, a DMG já conta com escritórios em Serpa, no Monte das Louzeiras (edifício sede), e em Lisboa. “No que diz respeito ao design é tudo feito aqui. Por este escritório passam anualmente cerca de 10 milhões de euros e todo o trabalho de design, brand managing e rebranding que é angariado nos diversos pontos do mundo onde temos atividade vem para aqui. Depois, é distribuído pelos nossos profissionais”. Quando se olha para a equipa de designers com quem Marc Kunz trabalha, só se pode concluir que o ambiente na DMG é fantástico. A alegria e tranquilidade espalhada nos rostos de cada um confirmam o que o fundador do grupo refere. “Os portugueses são profissionais muito comprometidos com as empresas. Na Suíça, por exemplo, independentemente dos projetos que tenham em mãos, as pessoas saem no horário certo. Aqui, os profissionais trabalham até mais tarde mesmo sem que lhes seja pedido. Eles têm noção da responsabilidade que acarreta um projeto de vários milhares ou milhões de euros e empenham-se totalmente”. O controlo de custos é fundamental numa empresa com a dimensão da DMG, por isso os clientes de Marc Kunz sabem com o que podem contar. “Na verdade, antes de começarmos um trabalho, calculamos muito bem os custos que terá. Os nossos clientes ficam a saber os materiais que serão usados, as tecnologias usadas no projeto, o que será feito por nós, o que virá

mesmo produto rende muito mais. Só precisamos de saber vendê-los ao exterior”. Para Marc Kunz, a melhor aposta que fez foi ter vindo viver para Portugal. “O facto de estarmos no meio do campo e beneficiarmos de uma enorme tranquilidade, ajuda a inspirarmo-nos. Tenho alguns designers que adoram vir para aqui trabalhar só por causa da calma que este lugar transmite. Além disso, acredito que é importante ajudar a economia e o facto de uma empresa como a DMG estar sediada em Serpa ajuda também ao conhecimento da região e ao desenvolvimento económico da região e do país. Embora o nosso mercado não seja interno, é daqui que saem grandes ideias e concretizações para todos os projetos ao redor do mundo. Imagine tudo o que quiser. Nós somos capazes de concretizar, mesmo que diz respeito ao mundo das novas tecnologias. Sobretudo nesse campo”. A completar 10 anos desde que chegou a Portugal, a DMG já assinalou a data e prepara-se agora para mais um ciclo vencedor. “Além dos hotéis que temos nas Maldivas, temos outro grande complexo turístico, em Omã, são trabalhos demorados, que nos garantirão que o trabalho da Designmark Group continua a ser reconhecido no mundo inteiro. A DMG abre um novo escritório, em janeiro, a propósito da ‘Expo Mundial 2020’ no ‘Dubai Design District’. Em fevereiro de 2018, está prevista a abertura de um escritório de arquitetura e engenharia em Muscat. É para isso que trabalhamos, todos os dias”.

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Design e azeite: a combinação perfeita A nível de prémios, a DMG já venceu alguns, nomeadamente na área do design. O último foi o IF Design Award 2017, na área do Packaging, que a empresa venceu com a embalagem criada para o azeite Monte das Louzeiras. “Este projeto relacionado com o azeite surgiu por acréscimo à compra deste monte. Já aqui existiam oliveiras muito antigas, e eu quis rentabilizar este produto. O azeite do Alentejo está muito bem cotado em todo o mundo, por isso decidi fazer azeite para exportar para os países onde a DMG já estava presente. Tem sido uma aposta que tem valido a pena”. Neste momento, o Monte das Louzeiras já conta com aproximadamente 100 hectares de olival e começou recentemente a investir na vinha, tendo já cerca de 15 hectares. “O nosso azeite não está à venda em grandes superfícies. É um produto gourmet, que só recentemente começou a ser vendido em Portugal, nomeadamente em algumas lojas de Lisboa, Serpa, Beja, Monsaraz e Algarve. O meu objetivo, como na empresa DMG, nunca foi vender para o mercado interno. Sempre quis exportar. Na verdade, creio que é uma grande dificuldade que existe neste país – exportar os produtos de alta qualidade que possuímos. Lá fora, o


WHERE DREAMS COME TRUE

architecture | landscape | interior design | interactive media | stand building and museum | production facilities

contact@designmarkgroup.com I www.designmarkgroup.com


A BELEZA DO CAVALO EM PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE Fundado em 1993, o Centro Hípico de S.Brás tem uma escola de equitação (aulas a crianças a partir dos quatro anos), serviço de cavalos a penso e serviço de cavalos em padock, desbaste e preparação de cavalos para a vertente desportiva e para a vertente de lazer (passeios e romarias). É possível ainda a organização de eventos equestres e passeios. Conversámos com Luís Pereira, proprietário e gestor do espaço. CENTRO HÍPICO S.BRÁS Que convite gostaria de deixar aos nossos leitores e aos amantes do hipismo? Que nos venham visitar e que possam desfrutar de Elvas num passeio a cavalo em redor deste Património da Humanidade. Por onde passa o futuro do Centro Hípico de S. Brás? Em continuarmos a nossa linha de trabalho bem como a nossa arte de bem receber.

Começo esta entrevista por lhe perguntar como surge o Centro Hípico de S. Brás? O Centro Hípico de São Brás surge na sequência de um sonho tornado realidade por parte do meu pai, Henrique Alberto Sequeira Pereira, que após regressar da emigração na Bélgica, compra um terreno em São Brás – Elvas, onde constrói a sua casa e a posteriormente umas boxes e um picadeiro que levaram à existência daquilo que é hoje em dia o Centro Hípico de São Brás. Qual a sua visão e filosofia para o mesmo? Formação equestre e desportiva e prática de equitação com vista ao turismo equestre e ao desporto equestre. Que serviços disponibilizam a quem procura o Centro Hípico? Aulas de equitação, passeios a cavalo, desbaste e preparação de cavalos para desporto, principalmente para dressage, obstáculos e a endurance. O que diferencia o vosso Centro Hípico dos restantes existentes na região? Nós? Somos um Centro Hípico profissional e ao mesmo tempo familiar….e o mais antigo do distrito! E no que diz respeito aos animais? Quantos cavalos podemos encontrar aqui? Temos capacidade para albergar 80 cavalos entre boxes e padocks. E quais as suas principais características? O espaço envolvente e toda sua magia.

CALÇADINHA 7350-466 CALÇADINHA, ELVAS TEL: 968 946 340 E-MAIL: PEREIRA.LUIS.1981@GMAIL.COM 10 | PORTUGAL EM DESTAQUE


EXCELÊNCIA NA ARTE DE BEM CUIDAR Num município bastante envelhecido, a Santa Casa da Misericórdia de Mourão destaca-se pela qualidade das suas infraestruturas e pela competente massa humana que faz desta instituição uma referência na região do Alentejo, no apoio à comunidade idosa. MISERICÓRDIA DE MOURÃO

VÍTOR BRAGANÇA No cargo de provedor desde 2010, Vítor Bragança já exercia funções na Santa Casa da Misericórdia de Mourão desde 2004, como tesoureiro, mas foi a sua ambição e vontade de fazer mais e melhor que o levaram à direção da instituição. Numa procura incessante por alcançar a qualidade que os seus idosos precisavam, o atual provedor viu que havia muito a fazer e começou por realizar várias obras de requalificação do espaço, conforme nos enumerou: “Quando cheguei aqui, faltava quase tudo. Não havia uma cozinha em condições, não tínhamos armazém, os quartos eram péssimos, por isso havia tudo por fazer. Ainda hoje continuamos nessa linha de melhorar, até porque hoje há uma grande concorrência, a nível dos lares, numa zona onde praticamente só existia o lar de Mourão. Hoje não é assim, há lares nas várias freguesias do concelho e nós temos de investir na qualidade para não perdermos para essa mesma concorrência”. Em termos de funcionários, a SCM de Mourão tem cerca de 35 trabalhadores pois as pessoas que vivem no lar exigem cuidados específicos. Apesar do edifício ser renovado, possui ainda uma estrutura de um palácio antigo, o que dificulta a mobilidade dos utentes, sendo necessário um vasto número de profissionais que assegurem a mobilidade e bem-estar dessas mesmas pessoas. Projetos desenvolvidos “Inaugurámos há pouco tempo um refeitório. Era fundamental porque o que havia não tinha condições. Então, com a prata da casa, pintor, carpinteiro e pedreiros, construímos um novo espaço. Fizemos também alterações na cozinha, porque não estava

ainda adaptada de acordo com as especificações da ASAE. Em 2018, deveremos conseguir concluir o nosso primeiro salão de convívio, com mobiliário adaptado a pessoas com dificuldades de mobilidade e vamos também adquirir dois secadores a gás”. Adiantou Vítor Bragança. Apesar das iniciativas que tomam, o provedor lamenta que o trabalho que tem vindo a desenvolver não seja devidamente reconhecido e apoiado. “A Santa Casa da Misericórdia de Mourão concorre a todos os concursos e projetos, mas depois nunca é contemplada e tudo o que temos feito tem sido do nosso bolso. Temos melhorado à nossa custa. Não tem havido aqui ajudas externas. Nós tínhamos o problema da lotação do lar, que está resolvido, mas agora existe o problema da licença de utilização. O problema está no equipamento contra incêndios, que é todo digital e custa cerca de 200 mil euros. Entretanto, estamos à espera do aviso do Portugal 2020, que ainda não saiu. Também concorremos aos fundos da Fundação Rainha Dona Leonor, precisamente para isso, mas não fomos contemplados porque havia outras Santas Casas, com outros projetos”.

Missão e valências A Santa Casa da Misericórdia de Mourão é uma instituição social que tem como missão ajudar os mais carenciados, os pobres, e para isso possui determinadas valências. Neste momento, tem a valência de idosos internos e o apoio domiciliário. Neste momento, a taxa de ocupação atingiu o limite de 63 utentes internos. Quanto ao apoio domiciliário, têm acordo para 30, mas apoiam cerca de 17 pessoas.

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A INSTITUIÇÃO DE CRÉDITO LÍDER A Caixa de Credito Agrícola é uma instituição reconhecida pelo seu apoio a várias entidades, iniciativas e confiança. E a Caixa do Guadiana Interior não é exceção. A revista Portugal em Destaque esteve à conversa com o administrador executivo, Amílcar Bengla Mourão que nos deu a conhecer todo o caminho de sucesso. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO GUADIANA INTERIOR

A Caixa de Crédito Agrícola é reconhecida por todos como uma entidade de apoio forte às instituições. Nos concelhos de atuação, que iniciativas merecem destaque que têm como ‘garantia’ o Crédito Agrícola? A Caixa do Guadiana Interior assume-se como um parceiro financeiro para o desenvolvimento económico da sua área social e portanto estamos presentes em todas as iniciativas que visem esse desiderato. Estamos a falar de feiras e certames regionais, de mostras de produtos e mesmo de atividades de caráter meramente social, onde a Caixa participa e apoia. É uma visão de envolvimento e responsabilidade social, para além das questões meramente financeiras, procuramos retribuir à sociedade aquilo que ela nos dá, porque somos um banco local, porque nos sentimos parte desse todo regional e procuramos também contribuir para o desenvolvimento integrado da nossa região. Desde a Olivomoura, à Vitifrades, à Feira do Queijo de Serpa, à Romaria da Senhora D’Aires, passando pelas feiras anuais nos diversos concelhos, bem como outras iniciativas de caráter mais temático ou setorial, por vezes mesmo sem relação com atividades económicas, estamos sempre presentes e somos patrocinadores. Para além disto, apoiamos os setores desportivos, educação, apoio social, bombeiros e todas as instituições da região. Que balanço faz destes anos de existência? Dada a confiança dos nossos clientes, só poderemos fazer um 12 | PORTUGAL EM DESTAQUE

balanço muito positivo. A Caixa do Guadiana Interior é a instituição de crédito líder na sua área de intervenção, o que significa muito e o que é naturalmente muito satisfatório para todos os que aqui trabalham e trabalharam. É importante perceber que esta confiança foi um processo contínuo de conquista de mercado em meios sociais onde tudo e todos estamos sujeitos ao escrutínio diário dos nossos clientes, quer quanto ao nosso comportamento profissional, quer pessoal. Este grau de exigência foi e é sentido por todos, desde os colaboradores, até aos administradores, percebemos que a cada dia, os nossos atos são importantes para a imagem da instituição e deles depende, em grande parte a sua credibilidade. Por outro lado, tivemos sempre uma preocupação constante com a formação e com a promoção do profissionalismo dos nossos colaboradores, de modo a garantir a melhor qualidade no atendimento e na procura das melhores soluções para os nossos clientes. Estamos convictos que, globalmente, conseguimos atingir esses objetivos, com um crescimento contínuo mas sólido, que nos levou de uma instituição tutelada por outra instituição de crédito a líderes de mercado e ao banco preferido dos nossos concidadãos. Foi muito trabalho, esforço e dedicação de colaboradores e administradores ao longo de mais de 100 anos que fizeram do Guadiana Interior o que é hoje e a todos esses homens e mulheres, que tantas vezes colocaram a instituição acima até das suas vidas pessoais, temos de agradecer e reconhecer que foram os verdadeiros obreiros deste sucesso.


Temos também de reconhecer a qualidade e a fidelidade dos nossos clientes, sem eles tudo seria inútil e nesse particular é justo dizermos que temos, um leque de clientes que muito nos orgulha trabalharem connosco e reconhecerem-nos como a sua instituição de crédito preferencial e muitas vezes exclusiva. A Caixa de Crédito Agrícola tem a merecida reputação de ser uma instituição de confiança e um “Índice de Satisfação” acima da média no setor bancário. Qual é a fórmula para o sucesso? Não sabemos se existe uma fórmula de sucesso, haverá sim princípios que propiciaram esse sucesso. No Guadiana Interior procuramos compaginar os interesses da nossa Caixa com os dos nossos

SEDE: MOURA

AGÊNCIA DE SERPA clientes, com abertura, com honestidade e com profissionalismo. Não vimos os clientes como uma fonte de rendimento a explorar, mas sim, e esta será uma palavra dita muitas vezes, como paceiros de negócios e um negócio só é bom quando é benéfico para ambas as partes. Este espírito de parceria leva-nos a ter um tratamento muito cuidado do cliente, informando-o de todas as questões relevantes e, muitas vezes, mesmo aconselhando-o a tomar caminhos diferentes daqueles que à partida pretenderia tomar, por entendermos que haverá melhores soluções. Depois temos a proximidade entre os decisores e os clientes. Aqui os Administradores muito provavelmente conhecem o cliente que veio pedir crédito, sabem como se comporta nos seus negócios, na sua vida social, têm um conhecimento mais profundo do que os simples números que possam ser apresentados num qualquer balancete, o que permite tomar decisões globalmente mais informadas e assertivas, seja em que ma-

téria for. A proximidade e o conhecimento que ela aporta é um fator decisivo para essa satisfação e também para o sucesso global do Crédito Agrícola, que conseguiu passar pela crise sem grandes sobressaltos e sem ver a sua solidez afetada, precisamente porque contava com níveis de conhecimento e informação propiciados pela proximidade entre os decisores e os clientes que nenhuma outra instituição consegue. Considera que têm um forte papel na dinamização da região? A nossa quota de mercado assegura que sim. Somos a Instituição de Crédito líder nas nossa zona de intervenção, quem mais apoia o tecido económico, as empresas, os profissionais liberais, seja qual for a sua forma jurídica, é a Caixa do Guadiana Interior a instituição preferida pelos empresários para recorrer em caso de investimentos, de renovações, de expansão dos seus negócios. A nossa visão

de uma postura de parceria determina precisamente que nos constituamos como indutores e facilitadores do desenvolvimento e do crescimento regional e tal só é possível em face da estreita ligação com o tecido empresarial e mesmo com potenciais novos empresários que pelo exemplo que observam nos outros, percebem que esta é a instituição de crédito que melhor pode ajudá-los ao dar os primeiros passos no mundo empresarial. Da nossa parte consideramos que todos os investimentos, grandes ou pequenos, são fundamentais para a criação de valor acrescentado e para o desenvolvimento económico e também social, porque nunca esquecemos essa vertente, pelo que todas as intenções de criação de riqueza e de postos de trabalho são analisadas com o maior rigor e interesse. O que podem encontrar os empresários da região no Crédito Agrícola? Os empresários veem a Caixa Agrícola como o seu parceiro financeiro para a concretização dos seus projetos, nas mais diversas áreas, seja agricultura, comércio, turismo ou então onde encontraram um conjunto de serviços e soluções que melhor se adaptam às suas necessidades, apoiadas por profissionais que os podem aconselhar no sucesso dos seus negócios. Muitas vezes, esses projetos, grandes ou pequenos, podem ser uma mais-valia para o desenvolvimento de uma área geográfica, daí serem analisados com rigor e de forma a minimizar o risco, contribuindo para a riqueza da região. Para além do apoio financeiro ou arranque da empresa procuramos acompanhar a sua evolução, por isso temos um Gabinete de Apoio específico a empresas e dispomos de um conjunto de seguros, através das nossas companhias, para os apoiar em caso de sinistros ou PORTUGAL EM DESTAQUE | 13


doença, companhias estas cujo capital é 100% português. A Caixa de Crédito Agrícola foi, durante muitos anos, conotado como o banco dedicado apenas à agricultura. Como se combate este estigma? Não temos necessidade de tal, pois temos orgulho em sermos conotados com um setor de atividade que, felizmente, hoje em dia é visto como aquele que contribui para a riqueza nacional. A agricultura era há algumas décadas atrás vista como um parente pobre e tratado como tal até pelo próprio Estado. Hoje existe uma forte aposta nos vários subsetores agrícolas, pecuários e transformação dos produtos produzidos e novas culturas na área alimentar que nos obrigam a estar atentos a esta grande evolução e transformação. Estamos também atentos ao setor comercial e da pequena e média indústria pois na nossa área de influência, a maioria delas são pequenas e médias empresas. Também no apoio a famílias e jovens que iniciam a sua vida temos os produtos financeiros adequados onde uma grande percentagem do crédito é também alocado. O vosso sucesso depende do sucesso dos vossos clientes? A Caixa Agrícola tem uma enorme quota de mercado na região, cerca de 38 por cento no crédito e 42 por cento nos depósitos e que acontecem através de um crescimento sustentado ao longo dos anos, temos mesmo alguns concelhos onde superamos os 50 por cento como Vidigueira ou Cuba. Estes números espelham o sucesso numa região onde a área geográfica da Caixa é enorme. Temos também uma responsabilidade social, ajudar a fixar as pessoas e se possível acompanhar o crescimento da população lutando contra a desertificação. Este é um sucesso ainda a alcançar mas deve ser este o caminho a seguir por todas as Entidades Públicas e Privadas da região. Quais são as necessidades mais recorrentes em relação aos vossos clientes? A evolução dos diversos setores tem vindo também a diversificar as necessidades sentidas, no entanto, e consoante o sector de atividade, podemos afirmar que a comercialização, os canais de escoamento, serão a questão mais frequentemente colocada, apesar de haver subsectores que felizmente não sentem esse problema. É preciso perceber que estamos numa região do interior, com fraca dinâmica comercial e industrial, com menos de 50 mil habitantes na nossa área de intervenção, com rendimentos médios na casa dos 70% da média nacional e com uma população muito envelhecida, o que consubstancia um pequeno potencial do mercado consumidor, quer pela sua dimensão, quer pelo poder de compra e que contrasta com a capacidade produtiva, comparativa e relativamente muito mais elevada e que assim, necessita de escoar para outros mercados. O desenvolvimento sentido tem sido mais eficaz e rápido ao nível da produção do que da comercialização, pelo que este elo da cadeia de valor é ainda o que apresenta menor desenvolvimento, apesar de, como já afirmado, ter vindo a apresentar desenvolvimentos consideráveis. O que distingue o Crédito Agrícola das demais instituições bancárias existentes na região? Em primeiro lugar, a proximidade ao cliente e associando o conhecimento das pessoas, famílias, empresas permite-nos ainda ter uma visão qualitativa e não só quantitativa. Por outro lado, os resultados da instituição não são o único objetivo, sendo fundamental, termos outras preocupações como ter agência em pequenas freguesias, com população envelhecida, mantendo os serviços financeiros e de apoio técnico. A descentralização dos nossos serviços permite-nos uma resposta rápida e eficiente, a 14 | PORTUGAL EM DESTAQUE

melhoria das instalações bem como o apoio a diversas instituições, associações de cariz social, cultural, desportivo e outras. Por onde passa o futuro do Crédito Agrícola do Guadiana Interior? Estamos num período de grandes transformações ao nível da Banca na Europa. Depois de casa roubada, trancas à porta, estamos a passar num curto período de tempo do oito ao oitenta ao nível das exigências, muitas delas com pouca substância e até lógica economia e mesmo em contraciclo com o mercado. Não esperamos facilidades nos próximos anos, pelo contrário, temos a noção de que as condições de exploração irão complicar-se e estamos a preparar-nos para enfrentar essas dificuldades, com inovação e com a tradição. Com a inovação, adotando novos processos e métodos de trabalho que promovam a eficiência e o melhor aproveitamento dos nossos recursos, procurando reduzir os desperdícios e os custos de estrutura e promovendo a eficácia dos processos laborais. Com a tradição, mantendo o nível de qualidade e a consequente satisfação com os nossos serviços e soluções para os nossos clientes, reforçando o profissionalismo reconhecido dos nossos colaboradores e garantindo a continuidade da proximidade com os agentes económicos da região, da nossa postura de parcerias e de instituição integrada na sociedade local, prezando os valores do Cooperativismo, da proximidade e da competência profissional, que fizeram do Crédito Agrícola a insubstituível instituição que é hoje, não só no contexto local, como também no nacional.

Agências Moura Amareleja Sobral da Adiça Serpa Pias Vila Nova de S. Bento Vila Verde Ficalho Vidigueira Cuba Viana do Alentejo Vila Nova da Baronia Alcáçovas


OS SABORES DIFERENTES FAZEM GRANDES FEITOS NO ALENTEJO O restaurante Adega 7160 surge a 26 de junho 2017 para dar lugar à antiga Adega do Bolhuca, uma casa que Sofia Figueiredo, sócia gerente, se recorda desde criança. Após várias viagens pelo mundo da cozinha decidiu aterrar no local que a viu nascer, Vila Viçosa e falar à revista Portugal em Destaque sobre o negócio. ADEGA 7160

RICARDO RAMALHO E SOFIA FIGUEIREDO Apaixonou-se pela cozinha e nunca mais a quis largar. Assim foi o destino de Sofia Figueiredo que agarrou a oportunidade de abrir um restaurante face a todas as aprendizagens que adquiriu em grupos hoteleiros como o Marmoris, o Sheraton e o Elba, não esquecendo Macau e Fuerteventura. O Chef Pedro Mendes tornou-se uma referência para Sofia Figueiredo a todos os níveis de cozinha. Com raízes alentejanas, o seu percurso passou pela cozinha fine dining, uma cozinha de autor “com muitas descobertas de uma cozinha mais modernista”. O sócio Ricardo Ramalho impulsionou-a a criar este negócio com a experiência que foi adquirindo

com o tempo. É assim que surge o projeto, numa casa pequena, acolhedora, mas com muita história que promete transmitir “o Alentejo na mais pura imagem”. Por sua vez, o nome está associado à antiga adega de vinho e ao código postal de Vila Viçosa. Tendo por base os petiscos e as tapas não muito comuns aos olhos alentejanos, como é o caso do camarão panado com chutney de manga, a sócia gerente quer apostar numa nova carta com comidas mais pesadas e sabores asiáticos. As carnes de porco, as carnes de novilho, o borrego as migas vão ser alguns dos pratos de conforto que vão revelar “os sabores que o Alentejo tem para oferecer”, afirma Sofia Figueiredo. O objetivo é completar a gastronomia alentejana com os sabores asiáticos, “uma cozinha que sempre me influenciou muito”, confidencia a sócia gerente. Os sócios prometem ter pratos arrojados para a nova carta, como é o caso do polvo assado com batata-doce e as bochechas de porco estufadas acompanhadas de puré de batata com açafrão. “Queremos ter um feedback positivo do público”. Apostar na diferença e na novidade é um dos objetivos que estão a concretizar para a Adega 7160. “Decidimos fazer uma abordagem mais radical, no que toca ao nível dos sabores e da apresentação dentro do conceito. Queremos trabalhar sabores diferentes, os acompanhamentos das carnes, uns molhos mais agressivos, os chutneys que trabalham muito bem com as carnes de vaca e de porco”, refere. O conceito que a Adega quer mostrar é o conceito de partilha, onde os clientes podem comer tudo aquilo que quiserem tanto de petiscos como de tapas, “desde que entram até que saem. O facto de viver em Macau fez-me sentir o conceito de partilha na pele, porque as pessoas vivem atrás da máquina e isso faz com que se perca o que antigamente era bom, ou seja, experimentarem os pratos uns dos outros”, realça a sócia. Para além deste conceito, não têm televisão, nem wi fi. Uma forma das pessoas falar entre si e conviverem, porque “o wi fi só após 30 minutos de conversa”. As noites de fado vão fazer parte da mobília da casa, uma vez que Sofia Figueiredo está “muito ligada a estas raízes”. Com toda esta ementa nova, o feedback dos clientes, ao longo destes meses, tem sido positivo e revelam a existência de algumas expectativas para a carta que se avizinha com empratamentos mais sofisticados. “A nossa carta de verão foi extremamente arrojada e o nosso feedback de agosto foi massivo. Trabalhamos muitas sopas frias, uma série de pratos extremamente diferentes e isso fez com que as pessoas gostassem e que pensassem em algo diferente”, explica a sócia gerente. A vontade de crescer e arriscar são fatores a ter em conta para Sofia Figueiredo, nomeadamente na cozinha minimalista, em que vão ter petiscos como “favas com chouriço, ovo escalfado e moelas de tomatada”. E porque tudo o que se faz questão de comer quando se visita o Alentejo está na Adega 7160.

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20 ANOS A TRABALHAR AS CASTAS DO NORTE, NO ALENTEJO A adega da Quinta da Plansel foi criada em 1997 em Montemor-o-Novo, quando Dorina Lindemann, filha de Jorge Böhm, enóloga licenciada pela Universidade de Geisenheim (Hessen), veio da Alemanha para Portugal com o marido Thomas Lindemann e, aproveitando as vinhas já existentes ligadas ao programa de melhoramento técnico de seu pai, dedicou-se à produção de vinho. Segundo Dorina, esta Quinta é a “única Adega do tipo Douro situada no Alentejo”. Foi o seu pai (Comendador de Mérito Agrícola) que começou por fazer a seleção das castas portuguesas, num trabalho em conjunto com a Universidade de Évora, onde descobriu o forte potencial da Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Barroca. QUINTA DA PLANSEL

EQUIPA “Nunca ninguém tinha dado a atenção necessária a estas variedades. O meu pai trouxe para o Alentejo e plantou aqui as castas características da região do Douro, Dão e Bairrada.” E desde então têm dedicado os seus vinte anos de trabalho às microvinificações. “Descobrimos que a Touriga Nacional tem um potencial altíssimo para ser chamada de casta piloto de um país. É possível plantar a Touriga Nacional em todo o lado do país e vai ter sempre bons resultados, produz sempre um bom vinho”, refere. Desde então, o caminho tem sido pautado pelo sucesso com numerosos prémios pelo meio e muita paixão naquilo que fazem. “Estamos apaixonados por estas três variedades e tentamos preservar as suas personalidades” A Quinta da Plansel destaca-se no mercado por ser das primeiras adegas a produzir vinhos monocastas de Tinta Barroca, Touriga Franca e Touriga Nacional. “Optamos sempre por assegurar a personalidade de cada casta. É isso que marca a diferença e a verdade é que os vinhos mais reconhecidos na exportação são justamente os movarietais”, afirma. Dorina confessa que sente que a Tinta 16 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Barroca é uma das grandes apostas e um nicho ainda por explorar no mercado. “Um dos nossos vinhos mais vendidos por todo o mundo é o Plansel Selecta Reserva feito com 60% de Tinta Barroca e 40% de Aragonês. É uma casta gulosa, tem a cereja escura, um aroma que parece doce devido à intensidade na fruta”. Vinhos reconhecidos pela Lufthansa Foi com enorme orgulho que esta Quinta venceu uma competição da companhia aérea Lufthansa que colocou em prova mais de 300 vinhos portugueses. “Conseguimos ganhar em três categorias: First Class, Business Class Long Distance e Business Class Short Distance, o que para nós é bastante gratificante.” Quanto a planos de futuro, Dorina assume que estão a apostar no Enoturismo, nomeadamente a realização de eventos anuais abertos ao público – Open Day - , em colaboração com entidades locais, onde os visitantes podem visitar a Quinta durante um dia inteiro. “Estamos a trabalhar muito com o turismo internacional, temos a visita à galeria de arte privada do meu pai e à adega, as provas de vinho e um alojamento que acomoda cerca de quatro a cinco pessoas. Pretendemos ex-

pandir as infraestruturas para acolher mais pessoas e mais eventos, bem como apostar na área da restauração na Quinta”, acrescenta. Vinte anos em grande A Plansel foi uma das primeiras adegas portuguesas a trabalhar maioritariamente com mulheres e, também por isso, Dorina orgulha-se de todo o seu trabalho e evolução ao longo dos anos. “De há cinco anos para cá melhorámos a qualidade dos vinhos. Os nossos vinhos tintos estão ainda mais intensos, mais estruturados e concentrados. Acredito que este ano tivemos as melhores uvas até hoje”, afirma. Para assinalar a data do vigésimo aniversário, a Quinta da Plansel preparou um lançamento de uma garrafa especial, o Plansel Selecta Grande Reserva, com um desconto especial de 20 por cento como oferta de Natal para todos os clientes e amigos. No seguimento do aniversário, Jorge Böhm, o pai e mentor do projeto, lança no próximo dia 20 de Janeiro o seu novo livro “Glossário Ilustrado do Vinho”, numa data escolhida por assinalar os dez anos do falecimento do Professor Francisco Colaço do Rosário, seu colega e grande figura do panorama vitivinícola do Alentejo.



COZINHA ALENTEJANA NO SEU MELHOR Com portas abertas há dois anos, o Restaurante Alecrim, no Rossio do Marquês de Pombal, em Estremoz, pratica a fusão entre o tradicional e o moderno, sem destronar a riqueza da gastronomia alentejana. Rui Vieira é o responsável por este projeto que tem conquistado os locais e visitantes. RESTAURANTE ALECRIM “Este espaço estava fechado há muitos anos e surgiu a oportunidade de criar aqui um restaurante”, começa por dizer Rui Vieira, recordando o trabalho de requalificação que culminou no espaço que enche logo o olhar, mal se entra no Restaurante Alecrim. No chão, o amarelo torrado, o preto e o marfim cumpliciam a geometria singular do mosaico proveniente da Fábrica de Mosaicos de Estremoz. Nos tampos das mesas, encontra-se o mármore desta região alentejana. Tudo foi pensado ao pormenor pelo próprio. Os detalhes continuam na mesa, com o pão alentejano, o azeite de Estremoz e as flores campestres. No Restaurante Alecrim, os almoços e os jantares percorrem o que de bom há no Alentejo, com um toque de requinte e modernidade. A carta é mudada a cada quatro meses, de forma a ser adequada à época do ano e a possibilitar que os muitos clientes fidelizados possam degustar diferentes pratos. No entanto, há iguarias que constam obrigatoriamente do menu, não fosse este um restaurante que procura elevar a gastronomia alentejana: “Os nossos clientes procuram-nos pela nossa carne maturada, desde a vazia ao lombo. Fazemos uns excelentes pregos e hambúrgueres de lombo maturado. Depois temos o borrego, com o nosso assado de borrego, feito à moda antiga, e as costeletas”, enumera Rui Vieira. O bacalhau dourado é também presença obrigatória, tal como as famosas carnes de porco de raça alentejana. Sendo o Alentejo conhecido também pelo muito frio que se faz sentir nesta época, o Restaurante Alecrim prepara especialmente para esta estação um conjunto de pratos mais quentes, como os pastéis de bacalhau, arroz de pombo, açorda de faizão e sopa de lavrador e as coxas de pato. Nas épocas festivas há pratos tradicionais como o borrego, o rabo de boi e o veado estufado. No que toca aos vinhos, o principal destaque vai para os vinhos de Estremoz e do Alentejo, ou não estivesse o Alecrim numa região vinícola de excelência. Estes estão dispostos no móvel que percorre 18 | PORTUGAL EM DESTAQUE


duas paredes do restaurante que é também um bar de tapas. Durante a tarde, há lugar para tapas, sandes, tostas de porco preto, queijos e vinho da terra ao copo. Para terminar a refeição ou o lanche, nada como uma sobremesa da variada montra de bolos que preenche a vitrine do balcão. “Não pode ir embora do Alecrim sem provar a nossa tarte de lima merengada ou as três texturas de chocolate”, avisa Rui Vieira. Com tudo isto, o balanço destes dois anos de Alecrim só pode ser positivo: “Neste restaurante primamos pela qualidade do serviço e dos produtos. Temos uma equipa jovem e profissional que aguarda por recebe-lo com toda a simpatia e atenção”, promete o responsável. Rui Vieira aproveita para partilhar que já existe no Alecrim uma garrafeira climatizada, assim como um espaço de produtos tradicionais, tão procurados pelos muitos clientes que visitam o local: “Temos clientes de todo o país, muitos espanhóis e cada vez mais turistas a nível mundial que nos perguntam onde adquirir certos produtos da região. Assim, criamos este espaço, de modo a que encontrem tudo o necessitam no Alecrim”, confessa Rui Vieira. O Restaurante Alecrim está à sua espera todos os dias, exceto às quartas-feiras.

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UM VINHO SINGULAR NASCIDO DAS PROFUNDEZAS DO ALENTEJO Em Pias, na margem esquerda do rio Guadiana, a região mais quente de Portugal, encontrámos o Monte da Capela. Aliando a sabedoria e experiência acumulada dos seus sócios à melhor tecnologia, nascem vinhos marcantes, de perfil quente e macio, fortemente reconhecidos a nível mundial. MONTE DA CAPELA

EDGAR AZEVEDO, MARIA CLARA ROQUE DO VALE E CARLOS ROQUE DO VALE Marcar pela diferença, mas respeitando o terroir de Pias, onde a propriedade está inserida, é o principal intuito da empresa Monte da Capela, fundada em 2000 por Carlos Roque do Vale, Maria Clara Roque do Vale e Edgar Azevedo. A vasta experiência e tradição no setor vitivinícola e o acompanhamento permanente da evolução dos vinhos, sobretudo nesta região, fizeram desta uma oportunidade única para a formação da empresa. Com o início da atividade, a estratégia passou pela reestruturação das vinhas existentes na propriedade, onde dominam as castas tintas Aragonez, Trincadeira, Alfrocheiro, Alicante Bouschet e Touriga Nacional, como nos recorda Maria Clara Roque do Vale. A segunda prioridade foi a construção da adega, investimento que ocorreu em 2010, estando a adega equipada com a mais moderna tecnologia. Comprovam a excelência da qualidade produzida os inúmeros prémios que a empresa tem arrecadado ao longo dos anos, com destaque para os prémios obtidos em 2017 - duas Medalhas de Ouro no prestigiado concurso Challenge International du Vin, em Bordéus, para os vinhos Herdade da Capela Reserva 2011 e Adega de 20 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Pias Reserva 2014, Medalha de Ouro para o Monte da Capela Reserva 2011 no Concurso Mundial de Bruxelas e Medalha de Ouro no vinho branco bivarietal Monte da Capela Premium 2016, obtido recentemente no concurso promovido pela Confraria dos Enófilos do Alentejo. O Monte da Capela é ainda reconhecido pela excelente relação qualidade/preço dos seus vinhos, estando presente nos cinco continentes onde comercializam mais de metade da sua produção, fruto de um trabalho em internacionalização há muito iniciado. Falar dos verdadeiros vinhos de Pias, é relacioná-los com um território em que o clima se caracteriza por elevados valores de temperaturas máximas, reduzida pluviosidade e por elevadas amplitudes tér-

micas, que aliado às castas cultivadas em solos calcários, pouco férteis, origina vinhos de perfil quente, com cor e aromas intensos e características sui generis. “Por esta razão era inicialmente nossa intenção desenvolver a marca-região de “Pias” de uma forma sustentada e foi o que fizemos até dada altura. Uma marca, ou como neste caso, uma marca-região, não é somente um símbolo legal, mas acima de tudo deve ser um símbolo de valor, confiança e de qualidade para o consumidor. Quando começámos a verificar que o consumidor estava a ficar confuso com a proliferação de marcas que utilizam indiscriminadamente o nome de Pias, mudámos de estratégia”, revela a administradora. Se inicialmente trabalhávamos quase que exclusivamente marcas “Pias”, hoje as nossas marcas mais importantes são Monte da Capela e Herdade da Capela na categoria de DOC Alentejo, com os designativos de qualidade Premium, Private Selection e Reserva. A concluir, refere ainda Maria Clara que em Pias apenas há dois produtores de vinho pelo que aconselha os consumidores que não queiram ser enganados, a verificar sempre se o produto é certificado como Vinho Regional Alentejano e verificar ainda se a sede social do produtor (que consta na rotulagem quer da garrafa quer do bag-in-box) é em Pias.



ONDE A TRADIÇÃO AINDA É O QUE ERA Febra trinchada e migas com carne de porco preto. Foi desta forma deliciosa e com uma mesa bem posta, que a Cervejaria Lebrinha, sediada no coração de Serpa, nos recebeu. Diz quem por lá passa, que é impossível não regressar, quer pela gastronomia, quer pela arte de bem receber. CERVEJARIA LEBRINHA

BENTO GEMAS Com mais de vinte anos de experiência no ramo da restauração, Bento Gemas não quis perder a oportunidade de ficar com a cervejaria o Lebrinha, quando soube que os sócios anteriores se iam retirar do negócio. Uma casa histórica do concelho de Serpa, conhecida por servir a cerveja que “nunca morre”. Uma fama que atrai curiosos de todo o país, conforme nos confidenciou o proprietário da cervejaria. “Vem muita gente de longe provar a nossa imperial. Ficamos contentes porque, pelos vistos, este nome é conhecido a nível nacional e há histórias curiosas que a envolvem. Chegam a vir pessoas de todo o país que não querem deixar passar pelo Lebrinha para provar a imperial.” Quanto ao segredo por detrás da frescura da cerveja, esse continua por desvendar, mas o dono admite que tem de haver cuidado com tudo aquilo que envolve a área da restauração e a imperial não é exceção. Quando assumiu a liderança da casa, Bento Gemas decidiu dar um novo rumo à cervejaria, começando por fazer obras de remodelação com o intuito de atrair novamente para o espaço as gentes de Serpa. A cervejaria teve de fechar portas durante alguns meses mas as expectativas para a reabertura eram grandes. Com oito funcionários a dar alma à casa, o Lebrinha regressou em grande, com uma ementa renovada. “Apesar dos pratos tradicionais, neste momento temos uma carta mais diversificada, com alguns pratos regionais, introduzindo tudo aquilo que a nossa terra tem de melhor. Compramos todos os produtos cá. Temos a açorda alentejana e trabalhamos muito na base do porco preto. Possuímos também uma carta de sobremesas caseiras,

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de forma a complementar os pratos principais.” Mas Bento Gemas reconhece que mesmo tendo elaborado uma nova ementa, não poderia deixar de parte os petiscos que deram fama ao espaço e que continuam a ser os mais procurados: “Aquilo que mais se come aqui é a febra trinchada porque é um prato que já vem desde sempre, desde a sua fundação com José Lebrinha. Esta casa cresceu com estes pratos.” E o feedback não podia ser mais positivo, com a casa consecutivamente cheia. Quanto à caracterização do seu público, o proprietário afirma que quem o procura maioritariamente são os Serpenses. “Servimos muito aquele público de Serpa que nos procura depois do jantar, mas a população em geral de Serpa vem cá. Queríamos que as pessoas da cidade voltassem a frequentar o Lebrinha e é isso que está a acontecer.” Para além desta cervejaria, Bento Gemas possui ainda um outro espaço de grande sucesso, com um conceito totalmente diferente. Um bar de praia situado em plena praia fluvial da Mina de São Domingos, que está aberto durante toda a época balnear. Fora desse período abre também aos fins de semana ou quando as condições meteorológicas o justificam.


ONDE OS PRODUTORES DE SERPA TÊM VOZ E LUGAR Formada há cerca de dois anos por iniciativa da Câmara Municipal de Serpa, a APROSERPA - Associação dos Produtores de Serpa, surgiu com o intuito de funcionar como uma montra dos produtos da região. Tornar o concelho atrativo para novas indústrias, fixar empresas e comercializar essa mesma produção tem vindo a ser o mote desta associação. APROSERPA

AGOSTINHO CHAVES, JOSÉ BRITO E MARC KUNZ Com perto de 50 associados, a Aproserpa conta com José Brito na presidência e com o apoio de Marc Kunz e Agostinho Chaves, ambos vice-presidentes, para o desenvolvimento da associação, nas mais diversas áreas de atividade, tornando o projeto amplo e promissor. “Temos vários produtores, em várias áreas, logo este não é um projeto limitativo. Temos desde o mel, queijo, ervas aromáticas, vinho, azeite, caça, pastelaria, decoração de bolos, arte... há uma série de associados, com várias atividades, que estão assim na nossa ‘montra’ para mostrar os produtos do

concelho de Serpa”, enumerou José Brito. Toda esta vasta gama de produtos tem vindo a ser divulgada em vários certames dedicados à componente agroalimentar, mas o queijo foi já assumido como uma prioridade da associação. Seguindo a linha da queijaria, a Aproserpa candidatou-se a um grande projeto de internacionalização do queijo Serpa, que será feito em dois anos. Esta iniciativa compreende a presença em cinco feiras internacionais e, neste momento, a Aproserpa já participou em três. Usufruindo da grande dimensão destas feiras, a Aproserpa aproveita também para dinamizar outros produtos do concelho. Também na Ovibeja e Feira do Queijo do Alentejo esteve presente com uma vasta gama de produtos dos seus associados. Mas a Aproserpa não quer apenas ser uma montra para os produtores. Quer também falar sobre os problemas de cada produtor, juntar vontades e tentar resolvê-los perante a autarquia. Serpa possui uma série de potencialidades intrínsecas que tornam as terras do concelho ímpares, e capazes de dar ótimos frutos. Agostinho Chaves, vice-presidente, não deixou de ressaltar as qualidades da localidade: “Temos umas terras muito fortes, das melhores terras do país, e juntando todas estas qualidades fantásticas obtemos ótimos produtos. Esta proximidade do mediterrâneo que temos, o sol e

o solo dão-nos características perfeitas, e exemplo disso é o azeite. Os espanhóis compram-nos imensas terras para a produção de azeite. No setor do vinho temos Pias, com uma excelente qualidade/preço. Estamos perto de grandes centros, a duas horas e meia de Espanha, a hora e meia do Algarve e a duas horas de Lisboa... perto de tudo... temos tudo”. Quanto a projetos para o futuro, há o interesse de criar a marca ‘Serpa’ onde fiquem aglomerados todos os produtos do concelho, e aí diferenciar as características específicas da região e dos respetivos produtos, levando-os ao consumidor final. Os produtos contidos na Aproserpa podem ser adquiridos nas feiras onde a associação vai estando presente e ainda nos postos de venda dos diversos produtores . PORTUGAL EM DESTAQUE | 23


TERRA DE BOM VINHO, BOA GASTRONOMIA E BOA GENTE Conhecida pelo famoso vinho de Pias, a freguesia que lhe dá nome tem muito mais para oferecer aos seus habitantes e a quem a visita. FREGUESIA DE PIAS

ANTÓNIO MOITA No mundo da política desde 2001, António Moita chegou à presidência da Junta de Freguesia de Pias nas últimas eleições autárquicas, encabeçando a lista da CDU, e motivação é algo que não lhe falta. Detentor de um percurso gradual, dentro do poder autárquico local de Serpa e dentro dos órgãos do partido comunista, tenciona colocar a freguesia Pias no mapa do turismo de qualidade. “O vinho é mesmo o produto mais conhecido de Pias, mas temos também uma forte componente gastronómica, nomeadamente a ligada à caça e aos produtos tipicamente alentejanos. Serão talvez dois dos pontos mais diferenciadores, em termos turísticos, da freguesia, não esquecendo o que todo o Alentejo oferece, um

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bom clima, tranquilidade e qualidade para viver”, enumera o presidente. Mas se uma iminente aposta no turismo de qualidade está nos objetivos de António Moita, os Pienses não deixam de ser a sua principal prioridade. No Alentejo, o fenómeno da desertificação é notório e a emigração crescente. A atravessar um período de perda de populacional, o presidente reconhece que dificilmente, mantendo-se as atuais politicas nacionais, Pias conseguirá segurar a juventude na freguesia. As políticas praticadas nos últimos anos, pelos vários governos, traduzem-se na situação em que o Alentejo se encontra. “A verdade é que enquanto não existir uma política que aposte seriamente no desenvolvimento do Alentejo, nós muito podemos tentar, mas não iremos conseguir. Já diversas vezes aconteceu, que empresas de grande dimensão com interesse em instalar a sua produção no concelho de Serpa, e nós com disponibilidade em termos de lotes nas ZAE’s para as receber, desistirem dessa intenção, em função das deficientes acessibilidades rodoviárias e ferroviárias existentes na região. Assim é bastante difícil segurarmos cá os jovens, porque eles constatam que as suas legítimas expectativas não podem ser preenchidas por aquilo que a região tem atualmente para lhes oferecer. Se há um sentimento que o povo alentejano tem é que foi e continua a ser ignorado pelo Estado. São reduzidos e suprimidos serviços públicos, outros são privatizados, esta situação tem de mudar”.

No entanto, tem-se registado a fixação de algumas pessoas estrangeiras, dos mais variados países, que se encantam pelo Alentejo e pela sua potencialidade e que lá decidem investir. Para o dirigente da Junta de Pias, dotar o território das infraestruturas há muito necessárias e dar a conhecer o Alentejo, suas qualidades e potencialidades é o caminho para construir o futuro desta região. Um mandato dedicado a revitalizar Há bastantes anos a Câmara Municipal de Serpa investiu em infraestruturas e equipamentos, saneamento e redes de água pública, politica que ainda hoje se mantêm. Neste sentido o foco estará na dinamização e beneficiação desses espaços, dotando-os de mais e melhores condições, revitalizando-os face as novas realidades. Neste mandato, António Moita identificou os três princípios que considera fundamentais: Uma gestão pública melhorada e mais próxima, onde a participação da população na definição dos seus destinos coletivos, não se esgote no exercício do direito de voto. Uma melhor qualidade de vida para quem cá vive e que cative outros a vir para Pias viver. A promoção de um desenvolvimento social, económico e humano sustentado, como o objetivo central de todas as propostas e de toas as ações. “Queremos ouvir as pessoas, pôr as mesmas a pensar e discutir o presente para em conjunto decidirmos o futuro da nossa freguesia”, finalizou António Moita.


NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL A União de Freguesias de Moura e Santo Amador engloba a antigas freguesias de São João Baptista, Santo Agostinho e Santo Amador. Situada entre os rios Guadiana e Ardila, é ainda banhada pelo Alqueva, num extenso território que tem tanto de urbano como de rural. UNIÃO DE FREGUESIAS DE MOURA E SANTO AMADOR

FRANCISCO CANUDO SENA Incorporando mais de metade da população do concelho de Moura, a União de Freguesias de Moura e Santo Amador caracteriza-se por englobar maioritariamente a zona urbana do município, que contrasta com a área de olival e cereal que também dela faz parte. Francisco Canudo Sena, presidente desta União de Freguesias, refere, em entrevista à Portugal em Destaque, que a população, à semelhança do que acontece um pouco por todo o interior do país, é maioritariamente envelhecida, merecendo especial atenção parte do atual executivo. É por isso que, para o presidente, mais do que grandes obras, importa trabalhar em prol do desenvolvimento social, em todos os seus domínios. “Queremos apoiar todas as faixas etárias. No que toca às crianças, desenvolvemos um conjunto de atividade extracurriculares nas escolas, como aulas de músicas, artes plásticas e inglês. Apoiamos os pais na aquisição de materiais escolares. Damos bolsas de estudo aos estudantes que pretendem ingressar no ensino superior e que, para tal, têm que sair de Moura para estudar em cidades como Évora, Beja ou Lisboa. Damos ainda apoio nas escolas naquilo que são as suas necessidades básicas, como em pequenos arranjos, manutenções e limpeza dos espaços exteriores. Em algumas áreas os trabalhos realizam-se em acordos de cooperação com a Câmara Municipal, noutras de forma isolada”, refere o presidente. Já no que diz respeito aos mais idosos, Francisco Sena considera

que o concelho de Moura está bem servido em infraestruturas que dão apoio a esta faixa etária. Assim, o trabalho centra-se nas habitações dos idosos (trabalho que pode ser estendido a toda a população, desde que financeiramente necessitada). “Temos uma pequena equipa de colaboradores com grande capacidade de intervir em várias áreas, com conhecimento de eletricidade, carpintaria, construção civil e serralharia. Esta equipa realiza pequenas reparações que melhoram em muito a qualidade de vida das pessoas”, salienta. Neste âmbito social, a União de Freguesias de Moura e Santo Amador dá ainda apoio na área da saúde, nomeadamente no que diz respeito à aquisição de medicamentos. Brevemente irá ainda surgir um programa de apoio à saúde oftalmológica e oral. “Sabemos que há muitas pessoas que não têm capacidade para usufruir destes cuidados, que são essenciais. Nós, enquanto União de Freguesias, preocupamo-nos com o acesso à saúde, um direito básico da população”, salienta o entrevistado.

“Diria que cobrimos neste momento quase todas as áreas de desenvolvimento social. Estes processos não são, contudo, fechados porque a Junta de Freguesia tem obrigação de responder de acordo com as solicitações dos seus habitantes e de atuar no sentido de resolver os seus problemas”, considera Francisco Sena. O presidente termina deixando uma mensagem de solidariedade quer pessoal, quer institucional. “Gostaria de dizer às pessoas que vale a pena acreditar, que não desistam, que tenham fé, que lutem pelos seus direitos de forma cordata, que façam tudo para ser felizes. Desejo muitas felicidades a todos”, conclui.

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“QUEREMOS ESTAR PRÓXIMOS DE TODA A POPULAÇÃO” No coração de Serpa, a Farmácia Central é uma referência no que à saúde diz respeito. Ana Catarina Monge, gerente, fala-nos deste e de outros projetos em que é responsável, nomeadamente da Farmácia Silveira, em Beja, e da Parafarmácia Central, em Serpa, a mais recente novidade do grupo. FARMÁCIA CENTRAL DE SERPA / FARMÁCIA SILVEIRA

EQUIPA “A minha família cujo grosso dos negócios se encontram em África e Espanha, iniciou os negócios no Alentejo há 15 anos com a empresa Interguadiana, que se dedica à transformação, comercialização e distribuição de produtos congelados. Está sediada no Parque Industrial de Vila Nova de S. Bento, em Serpa, e é gerida pela minha irmã Fedra Catarina. No início do próximo ano irá abrir um novo polo em Beja. Mais tarde, como enveredei por Farmácia, resolvemos investir nesse ramo”, explica, em entrevista, Ana Catarina Monge. Assim, primeiramente, foi adquirida a Farmácia Central de Serpa e, um ano depois, a Farmácia Silveira, em Beja. Há um mês o grupo expandiu-se com um novo ponto de venda, a Parafarmácia Farma Central, em Serpa, uma aposta que já se tem revelado um sucesso. “Queremos estar próximos de toda a população. Enquanto a Farmácia Central

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se encontra na zona histórica de Serpa, a parafarmácia localiza-se numa parte mais moderna e periférica da cidade. Achamos também que a parafarmácia é uma forma de conseguirmos com que as pessoas que querem ir à farmácia comprar produtos que não são sujeitos a receita médica ou produtos de cosmética e de saúde possam ter um atendimento mais rápido e personalizado, podendo elas mesmo servir-se do que necessitam”, refere a gestora. Um mês depois, o balanço é positivo, com os clientes a dar um excelente feedback: “Dizem-nos que fazia falta um espaço assim em Serpa”. Já na Farmácia Central e na Farmácia Silveira, o objetivo é disponibilizar um serviço o mais especializado possível, já que, para Ana Catarina Monge, a farmácia continua a ser o serviço de saúde que está mais perto da população. Para tal, há um constante investimento no profissionalis-

mo e no conhecimento técnico, aliados à simpatia e ao apoio constante às populações. Assim, as farmácias desenvolvem uma série de atividades ao longo de todo o ano, com destaque para rastreios em diversas áreas como risco cardiovascular, densitometria óssea e podologia, workshops de nutrição, higiene oral, amamentação, cuidados capilares, cuidados com a exposição solar; bem como aulas de ginástica e caminhadas para promover o estilo de vida saudável. A Farmácia Central de Serpa foi, aliás, a primeira farmácia do concelho a disponibilizar ecografias emocionais. “As pessoas reagem muito bem a esta atividades e registamos elevada participação, isto porque sentem que estão a aprender algo de útil para as suas vidas. Isto, para nós e para os nossos parceiros, tais como a Liga Portuguesa Contra o Cancro ou a Academia Sénior, demonstra-se muito gratificante. Temos muito orgulho nas atividades que desenvolvemos e em sermos pioneiros na maioria delas”, refere Ana Catarina Monge. Com a abertura, no final de 2017, da Parafarmácia Farma Central, a gestora considera que este foi um ano de mudanças e de novos projetos, o que culminou num ano muito positivo. 2018 perspetiva-se, portanto, bastante favorável e que trará ainda mais novidades, garante Ana Catarina Monge. Ambos os locais de venda em Serpa estão abertos das 9 às 20 horas, sendo que, em semanas de serviço, o horário da Farmácia das 9 às 23 horas.


GUARDA O distrito da Guarda é o mais montanhoso do país. O seu ponto mais alto tem 1991 metros de altura e fica na Serra da Estrela, o principal destino turístico do distrito. A neve proporciona grandes momentos de diversão e as pistas de ski já são reconhecidas na Europa. No Verão, fazer uma caminhada pelos trilhos da Serra da Estrela deixa visível uma paisagem verdejante, com cheiro a flores silvestres e muito coloridas. Além disso, as aldeias serranas e antigas, presas no meio da serra dão-lhe um ar ainda mais especial e digno de postal. Além das diversas igrejas existentes por todo o distrito, destacam-se ainda o conjunto artístico de Malhada Sorda, em Almeida, bem como as muralhas medievais de Castelo Mendo, datadas do século XIII e a praça da Vila de Almeida. Existem ainda a Anta do Cortiço, em Fornos de Algodres, e a Calçada Romana de Galhardos, em Gouveia. Em Foz Côa, existe um conjunto de pinturas rupestres muito bem preservado e que lança uma luz sobre o modo de vida dos antepassados do povo português. A gastronomia tradicional do distrito da Guarda trabalha com produtos regionais, como o cabrito, que é confecionado assado, o polvo à lagareiro, o caldo de grão e o arroz doce. Uma cozinha quente, de conforto, ideal para os dias frios de Inverno. A juntar a isso, há os queijos da Serra da Estrela, conhecidos e premiados e o pão, de diversas variedades, desde o centeio à broa de milho. O vinho, como não podia deixar de ser, é da melhor qualidade, nomeadamente os das regiões circundantes – Dão e Lafões.


“VILA NOVA DE FOZ CÔA PODE CONTAR COM O INTERMARCHÉ!” Há 18 anos que o Intermarché de Vila Nova de Foz Côa está presente junto dos transmontanos. Qualidade aos melhores preços e grande diversidade de produtos é o que caracteriza este projeto de Elisabete Carreira. INTERMARCHÉ VILA NOVA DE FOZ CÔA

ELISABETE CARREIRA

“O que me fez entrar no Grupo Os Mosqueteiros foi a vontade de ter a minha própria empresa (cada loja Intermarché é independente) e também o facto de me rever na vocação do grupo”, começa por dizer, em entrevista, Elisabete Carreira, gerente da loja Intermarché de Vila Nova de Foz Côa. A empresária explica-nos que conheceu o grupo há mais de vinte anos, quando o marido era colaborador de uma loja do grupo. O responsável por essa loja achou que ambos tinham o perfil para fazer parte do Grupo e, em 2000, decidiram entrar em contacto com Os Mosqueteiros. Elisabete Carreira, filha de pais portugueses naturais de Porto de Mós que tinham emigrado para França, estava decidida a voltar ao seu país e

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quando surgiu a possibilidade de abrir a loja de Vila Nova de Foz Côa não poderia ter ficado mais contente: “Adoro Portugal e queria voltar ao meu país. Não conhecia Foz Côa, mas quando cá vim pela primeira vez fiquei logo apaixonada pelo local e pelas suas gentes”, recorda Elisabete Carreira. E assim surgiu, há 18 anos, o então Ecomarché de Vila Nova de Foz Côa, que em 2011, após ampliação de loja, passou a Intermarché Contact. Extremamente bem-recebida desde o início, numa época em que as vias de comunicação não eram as mesmas de hoje e os acessos a Foz Côa bem mais difíceis, a implantação do Grupo Os Mosqueteiros na região foi vista com muitos bons olhos, pela criação dos postos de trabalho que permitiu e pela oferta de

produtos que trouxe à localidade: “Desde sempre me preocupei em trazer para Foz Côa a maior diversidade de produtos possível, aos melhores preços. Acredito que os clientes merecem o melhor”, considera. Daí podermos encontrar na loja uma grande garrafeira, com os melhores vinhos do mercado, e produtos gastronómicos de qualidade, tão apreciados pelos clientes. Os produtores da terra também não são esquecidos, fruto do programa “Origens”. Através deste programa são apoiados produtores locais, que usufruem de apoio técnico e de garantia de escoamento dos produtos, com a maior qualidade. Estes produtos podem ser facilmente identificados pelo símbolo do programa presente em cada um.



Constante evolução Embora esteja há 18 anos em Foz Côa, a loja de Elisabete Carreira não tem parado de evoluir. Começando com 19 colaboradores, o Intermarché emprega agora cerca de quatro dezenas de pessoas, resultando no terceiro maior empregador do concelho: “Somos já uma grande família”, acredita Elisabete Carreira. Fazendo um balanço extramente positivo destes 18 anos, a empresária não mudaria nada no seu percurso profissional. Elisabete Carreira confessa adorar o seu trabalho, desde a gestão da loja ao contacto com os clientes: “Estou muito envolvida na comunidade. Conheço os meus clientes quase todos pelo nome”. A inesquecível D. Alice tem origens em Foz Côa Quem não se lembra do anúncio publicitário no qual um bebé começa a chorar sendo que os pais contactam a D. Alice, uma funcionária do Intermarché, que abre a loja a altas horas da noite para atender ao pedido dos pais desesperados? É uma história baseada em factos reais que aconteceu com Elisabete Carreira em Vila Nova de Foz Côa: “Um dia recebo um telefonema de uma avó que me estava a contactar para lhe fazer o favor de abrir a loja, porque a neta precisava de leite. Comentei essa passagem nas reuniões de marketing que o Grupo faz e qual não é o meu espanto quando me comunicam que iam aproveitar essa situação para a nova campanha do Intermarché!”, revela, com orgulho. Esta história demonstra a grande proximidade com os clientes, o que não acontece com outras cadeias de hipermercados, considera a nossa entrevistada. Para o futuro, Elisabete Carreira gostaria de apostar na venda online e na entrega ao domicilio dos produtos, algo que acredita ser essencial numa zona envelhecida como Trás-os-Montes. A empresária aproveita para deixar uma mensagem de Boas Festas a todos os seus clientes, com votos de muita saúde e felicidade para todos.

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Iniciativa inédita junta cerca de 7 mil beneficiários da Cruz Vermelha Portuguesa Vila Nova de Foz Côa recebe maior ceia solidária de Natal Dia 16 de dezembro, Vila Nova de Foz Côa foi uma das 61 localidades portuguesas que receberam aquela que foi a maior ceia solidária de Natal alguma vez organizada em território nacional. A iniciativa foi organizada pela Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Almendra e foi totalmente fornecida pelo Intermarché de Vila Nova de foz Côa. No total as 61 localidades serviram mais de 7 mil beneficiários da Cruz Vermelha Portuguesa. Elisabete Carreira aderente do Intermarché de Vila Nova de Foz Côa explica: “Estamos presentes em 245 localidades com um modelo de gestão diferenciador, composto por empresários independentes, que como eu, vivem nas localidades onde as lojas estão implantadas e que por isso conhecem bem a história dos seus clientes. Este modelo permite-nos desenvolver uma relação de proximidade direta quer com quem nos visita, quer com as instituições da região, tornando possível uma ação como esta”, acrescenta ainda “o projeto da ceia solidária de Natal nasceu de uma vontade de querer proporcionar um momento de convívio e amor a quem de outra forma poderia não usufruir de um momento como este,” conclui. Francisco George, Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, acrescenta: “Esta ceia solidária de Natal representa o culminar de um trabalho que as Delegações da Cruz Vermelha Portuguesa têm edificado por todo o país. Esta ação não teria sido possível sem o apoio do Grupo Os Mosqueteiros, que através do Intermarché, a sua marca alimentar, nos forneceu mais de 7 mil refeições completas de Natal proporcionando assim todas as condições para pormos em prática um momento natalício que de outra forma poderia não existir.” A ceia solidária de Natal aconteceu em simultâneo de norte a sul do país. Para além da maior ceia solidária de Natal organizada pela Cruz Vermelha Portuguesa, no dia 16 de dezembro o Intermarché forneceu mais 22 ceias solidárias, perfazendo um total de 83 ceias que chegaram a mais de 10 mil pessoas carenciadas.


LOCAL PARA VIVER, TRABALHAR E VISITAR A freguesia de Almendra, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda, tem muitas potencialidades a aproveitar. Este é o segundo mandato do presidente João Afonso, que nos revelou ter vários “projetos audaciosos”, uns de caráter turístico, outros relacionados com as necessidades da freguesia. FREGUESIA DE ALMENDRA

JOÃO AFONSO O projeto mais relevante, sem descurar os outros, é a criação de um hostel, utilizando um espaço devoluto propriedade da junta de freguesia. “É uma forma de dar o exemplo, aproveitando o que existe e dar uso proveitoso para todos”, explicou João Afonso. Desta forma, promove-se o empreendedorismo havendo a possibilidade de criação do próprio emprego sendo uma alternativa, ao motor económico da região a agricultura como atividade profissional. Este é um espaço que pretende suprir as necessidades deste tipo de alojamento na região e dar-lhe outra atratividade, ou não fosse conhecida como uma das mais bonitas vilas históricas de Portugal. Assim, podem receber condignamente os seus visitantes e explorar as maravilhas que a freguesia e Douro Vinhateiro têm para oferecer. Este é um projeto em andamento que conta com o apoio do município de Vila Nova de Foz Côa. No que se refere aos projetos que constituem uma necessidade e não são de carisma turístico, João Afonso revelou intenções de construir um armazém para colocação de ferramentas de jardinagem, guardar máquinas (se estas forem adquiridas), entre outras utilizações; também ambiciona construir um auditório na escola primária que sirva para albergar vários eventos com conforto e pondera-se a edificação de piscinas, embora “uma das grandes preocupações neste momento é a falta de água e estamos na dúvida se as piscinas são prioritárias ou se o é um sistema de armazenamento, drenagem e abastecimento de água para agricultura, vamos ver os efeitos da seca para averiguar o que será mais adequado”, referiu o presidente. Através de apoios do município, Almendra está a restaurar os altares das igrejas, que datam do século XVI. Em talha dourada, encontravam-se degradados e é vital que se valorize o património. Foi restaurada também uma tela antiquíssima da Igreja Matriz, que já se encontra exposta numa das paredes laterais da Igreja Matriz. Um presidente próximo dos seus fregueses “Tento ser ao máximo um presidente próximo da população, 32 | PORTUGAL EM DESTAQUE

é exigente, sendo funcionário de uma autarquia no concelho vizinho, mas gozando do estatuto de eleito local, revelou João Afonso, “todas as quartas-feiras estou na junta de tarde, porque é o dia em que o Espaço de Cidadão e o Posto Médico estão abertos, cumprindo assim nesse dia todas as necessidades dos fregueses, também temos atendimento ao público aos domingos de tarde, o dia em que a população está mais disponível, para se deslocarem à junta”. A população idosa é uma preocupação. Os cidadãos seniores nunca são descurados: as instituições de cariz social, como por exemplo a Cruz Vermelha, recebem todos os apoios possíveis. A própria freguesia dispõe lar de idosos, administrado pela Fábrica da Igreja Paroquial de Almendra. Da mesma forma, as crianças também são cuidadas: foi criado um Programa de ATL, em cooperação com a Cruz Vermelha – Delegação do Côa, que operou durante os meses de verão, tornando-se uma mais-valia, cuja adesão superou as expectativas, sendo uma “atividade a repetir. Gostava que a aldeia tivesse mais empreendedores jovens. Seria uma forma de atrair e fixar população”, confessa João Afonso, “havendo mais emprego, haveria mais pessoas a morar aqui, até a recuperar casas já existentes que têm fachadas belíssimas. Fica o desafio aos leitores”. Festividades A principal festa da região são as festividades de Nossa Senhora do Campo, a qual ocorre no fim de semana a seguir à Páscoa. Estes são dias em que se vive a devoção pela Padroeira tendo muita afluência, nomeadamente de emigrantes que aproveitam para regressar à terra. Para concluir, João Afonso aproveita para desejar a todos os almendrenses e amigos de Almendra “um ótimo Natal e Ano Novo” e relembra que “os membros do executivo estão disponíveis para os seus fregueses”.

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“CEDOVIM, TERRA BOA E GENTE DE MARFIM” A Vila de Cedovim, pertencente ao concelho de Vila Nova de Foz Côa, é considerada uma das freguesias mais bonitas do distrito da Guarda, devido à sua beleza paisagística. Juliana Melo Pinto, recentemente eleita presidente da Junta de Freguesia de Cedovim, faz-nos uma visita guiada por este território tão especial. FREGUESIA DE CEDOVIM em torno das tradições e do seu património, de forma a criar emprego e a possibilitar a fixação dos jovens. “Gostava muito de ver a freguesia com o movimento que tem no verão, com a chegada dos emigrantes. Com crianças a correr, com jovens, com outra vida. É isso que me motiva”, salienta. Atualmente, grande parte da população da Cedovim dedica-se ao setor agrícola, sendo a vila reconhecida pelos seus excelentes produtos, como o azeite, amêndoa e vinho. Para os próximos quatro anos, Juliana Melo Pinto perspetiva muita vontade em trabalhar em prol de Cedovim, quer da sua parte, quer dos restantes membros do

JULIANA MELO PINTO “Do cume da serra da Bandulheira divisa-se um panorama surpreendente: o aglomerado de Cedovim, a beleza dos inúmeros hectares de amendoeiras em flor, os extensos olivais e um sem número de vinhas verdejantes que produzem o delicioso néctar a que se chama Vinho do Porto”. É assim que Cedovim é descrita por Francisco de Jesus Fego, autor do livro “Cedovim, Memória da Terra e das Gentes. Não poderíamos estar mais de acordo. Distando 24 quilómetros da sede concelhia, Cedovim cativa pela tranquilidade e pela hospitalidade dos cedovinenses. Juliana Melo Pinto, presidente da junta de freguesia, conta-nos o que a atraiu e o que a faz ficar nesta terra que, como grande parte do interior, sofre com o envelhecimento da população e com a desertificação: “Não sou natural de Cedovim, mas sim de Matosinhos. Os meus pais tinham uma casa de férias em Cedovim e, um dia, decidiram ficar cá a viver permanentemente. Eu, quando acabei os estudos, decidi vir também. Ao início as pessoas pensavam que, por estar habituada à cidade, não me ia adaptar. Mas foi a melhor decisão que tomei”, refere, com orgulho. Dar o seu contributo a esta freguesia foi o que moveu Juliana Melo Pinto a candidatar-se a presidente de junta. A jovem recém-eleita já havia pertencido ao anterior executivo, o que permitiu conhecer as principais carências da vila e a traçar um projeto para dar mais visibilidade a Cedo-

vim: “O futuro passa pelo turismo. Queremos trazer pessoas a Cedovim e queremos que os nossos jovens tenham orgulho na sua terra e decidam cá permanecer. Para tal, iremos criar um Museu Etnográfico, aproveitando um edifício pertencente à câmara municipal que está ao abandono. Propus à câmara fazer um contrato de comodato em que eles nos cedem as instalações e nós fazemos o projeto do museu. O edifício era um antigo lagar de azeite que queremos recuperar e aproveitar o espaço para realizar exposições de fotografia, de trajes antigos, alfaias agrícolas e projeção de vídeos que mostrem como era a vida em Cedovim antigamente”, refere a nossa entrevistada. O objetivo passa por envolver a população

executivo e da assembleia. A presidente aproveita para desejar um feliz Natal a todos os cedovinenes, com votos de um excelente ano de 2018 e com a certeza que poderão contar com a sua dedicação para levar mais longe o nome de Cedovim.

RUA DO AÇOUGUE, N.º3 5150-042 CEDOVIM TEL: 279 777 416 E-MAIL: JFREGUESIACEDOVIM@IOL.PT WWW.CEDOVIM.NET PORTUGAL EM DESTAQUE | 33


“VISITE CASTELO MELHOR” Castelo Melhor é uma bonita freguesia rural do concelho de Vila Nova de Foz Côa, dona de um património invejável e situada numa zona de grande beleza natural, sendo também uma das portas de entrada para o Parque Arqueológico do Vale do Côa. FREGUESIA DE CASTELO MELHOR

JOSÉ FERNANDES PAULO

Castelo Melhor apresenta um património de gravuras rupestres incomparável, de grande interesse e importância, nomeadamente nos núcleos da Broeira, da Fonte Frieira, de Meijapão, de Penascosa, do Vale dos Namorados, da Canada da Moreira e da Canada do Amendoal. A região apresenta, pois, vestígios de ocupação humana desde tempos muito remotos, tanto nestas importantes gravuras rupestres, como nos muitos vestígios de ocupação humana da Idade do Cobre ou do Bronze e, posteriormente, do período de ocupação Romana, como os vestígios de uma via em Penascosa que ligaria a Almendra ou da Villa romana em Orgal. Suevos, Visigodos e Mouros também terão deixado a sua marca por 34 | PORTUGAL EM DESTAQUE

estas paragens. Esta pacata aldeia rural deleita todos os visitantes que encontram nestas típicas ruas de casario típico de pedra, a paz de espírito e tranquilidade aliada a uma história bem rica e antiga, e monumentos como o Castelo, a Igreja Matriz, a Capela de Santa Bárbara ou a Capela e o Miradouro de São Gabriel, de onde se tem uma vista fenomenal. José Fernandes Paulo é presidente da Junta de Freguesia de Castelo Melhor há oito anos, embora pertença ao executivo há 16 anos. Conhecendo como ninguém esta localidade, o presidente dá-nos conta dos desafios que enfrenta estando à frente de uma freguesia com a população muito envelhecida, sem crianças, na qual o elemento mais novo tem 19 anos: “Apesar dos milhares de turistas de todo o mundo que visitam Castelo Melhor durante todo o ano, a população residente é cada vez menor e mais envelhecida. Atualmente, Castelo Melhor Argal conta com cerca de 279 habitantes”, considera. Assim, grande parte do trabalho desenvolvido por José Fernandes Paulo e pela sua equipa centra-se nesta faixa da população e na melhoria das suas condições de vida. É por isso que o presidente acredita que, numa freguesia como a sua, ter um cargo político representa muito mais do que ser político: “Estou na política, mas não sou político. Desde que entrei para a junta que gosto de ajudar o povo e é isso que me move”, salienta o nosso entrevistado. Este apoio à população verifica-se quase 24 sobre 24 horas. Não são raras as vezes em que o telefone de José Fernandes Paulo toca durante a noite, quer seja com pedidos de declarações urgentes para o transporte de vinho, amêndoa ou azeitonas, quer seja para transportar algum habitante ao hospital. A agricultura é mesmo a maior atividade económica da freguesia que, no entanto, também conta com uma queijaria e com uma fábrica de engarrafamento de azeite. Fruto do investimento da Junta de Freguesia, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, está a ser


CASTELO MELHOR - 5150 CASTELO MELHOR TEL: 279 713 116 E-MAIL: JFCASTELOMELHOR@SAPO.PT construído um novo cemitério municipal, obra de extrema importância para a localidade, que será inaugurada brevemente. José Fernandes Paulo salienta ainda como projetos importantes levados a cabo pelo seu executivo a iluminação noturna do castelo, ex-líbris da freguesia, e a manutenção das várias ruas e caminhos de Castelo Melhor, de modo a melhorar a acessibilidade a locais e a turistas. O presidente da Junta de Freguesia de Castelo Melhor aproveita a oportunidade para desejar os melhores votos de Natal para os habitantes de Castelo Melhor Argal para todos os leitores, com desejos de muita saúde e prosperidade para o ano que aí se aproxima: “Visite Castelo Melhor em 2018 e não se irá arrepender”, desafia.

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PATRIMÓNIO E HISTÓRIA NO INTERIOR DE PORTUGAL Freixo de Numão é uma freguesia que pertence ao concelho de Vila Nova de Foz Côa, no norte interior de Portugal. Com cerca de 500 habitantes, afirma-se pelas suas potencialidades etnográficas e arqueológicas e foi sobre essa temática que estivemos à conversa com Paulo Sobral, presidente da Junta de Freguesia e Paulo Moutinho, guia turístico da Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Freixo de Numão (ACDR). FREGUESIA DE FREIXO DE NUMÃO por parte do Estado é também um facto a lamentar pelos nossos entrevistados: “Somos uma referência para toda a região e achamos que devíamos ser mais reconhecidos por isso”. Em fim de conversa, ficou o convite a todos os nossos leitores: “Nós temos que ser vaidosos pelo que temos. Estamos no único concelho do país que tem dois patrimónios mundiais, estamos numa freguesia com muita dinâmica e com potencialidades escondidas no interior do país, falta-nos, apenas, divulgá-las. Todos quantos já viram e experienciaram, adoraram. Investiguem e venham”, finalizou o presidente.

PAULO MOUTINHO, PAULO SOBRAL E SÁ COIXÃO Paulo Sobral assumiu ter-se candidatado à presidência da Junta de Freguesia de Freixo de Numão por incentivo da população: “Não me considero um político, sou uma pessoa que nasceu do dinamismo do voluntariado”. Com cerca de 70 por cento da sua população envelhecida, Freixo de Numão continua a preocupar-se com os jovens que por lá continuam a morar e os projetos a serem desenvolvidos em conjunto entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal têm por objetivo proporcionar uma melhor qualidade de vida a todos os habitantes. Assim, destacam-se: a requalificação do largo central, que contará com a construção de um quiosque, um parque infantil e uma churrasqueira e um outro projeto diz respeito à construção de casas de banho públicas, junto ao largo da Igreja. De facto, esta freguesia distingue-se pelo seu movimento associativo que desde cedo fez valer as potencialidades da aldeia perante o concelho e o país. Este movimento associativo tem um nome: ACDR. Fundada em 1980 com o objetivo de desenvolver e dinamizar o património da freguesia, a ACDR, inaugurou, em 1996 um Museu na freguesia (através da requalificação de um antigo solar). Em 2005 recuperou outro imóvel do século XVIII por forma a criar um núcleo de etnografia e um núcleo de arqueologia, em separado. A juntar a tudo isto, e em paralelo, recuperou vários espaços arqueológicos e criou, até, um circuito de turismo e arqueologia, por forma a atrair visitantes a Freixo de Numão: “A ACDR é a força motriz da preservação do património da freguesia de Freixo de Numão. Desde a gastronomia, ao vinho, passando pelo património etnográfico e arqueológico, em que podemos viajar desde o paleolítico até à atualidade, tudo é uma surpresa. Já para não falar das encantadoras paisagens do Douro”, enumerou Paulo Moutinho. Apesar de todos os esforços desenvolvidos, os recursos quer da Junta de Freguesia, quer da ACDR são insuficientes para alcançarem a projeção e promoção desejadas: “Nós fomos pioneiros neste tipo de explorações e de oferta, no entanto, agora existem mais ofertas, que embora não sejam iguais, conseguem dividir os visitantes pelo país”, lamentou o presidente. A falta de apoios 36 | PORTUGAL EM DESTAQUE

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XISTO FOZ CÔA Fundada em 1966, a Solicel é uma das mais importantes empresas com sede em Vila Nova de Foz Côa. A empresa familiar já vai na terceira geração e, Pedro Duarte, administrador da empresa, deu-nos a conhecer este trabalho de extração, transformação e comercialização de pedra (xisto). SOLICEL

Foram os avós de Pedro Duarte que criaram a empresa, em que, na altura, o único produto que se produzia na região de Foz Côa era os esteios para vinha. Mas, com o passar dos tempos e das gerações foi preciso uma adaptação para crescer e chegar até aos dias de hoje com esta solidez. “Havia muitas pequenas pedreiras a trabalhar este produto, e, a Solicel, na década de 90, como o mercado estava um bocado saturado, viu-se obrigada a procurar novos mercados. Fizemos algumas experiências com placas para pavimentos, correu bem, começamos a nossa internacionalização aí, e nunca mais paramos”. A produção está toda virada para a exportação. É no mercado internacional que a empresa trilha o seu sucesso. Pedro Duarte deu-nos a conhecer os seus mercados e que “neste momento, dentro da Europa, França e Alemanha levam grande parte da produção, e que depois há alguns mercados fora da Europa, como o Japão, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, entre outros”. O crescimento é visível. “Não gastamos muita energia na procura de novos clientes pois temos a nossa produção praticamente toda vendida e temos até alguma procura que não conseguimos satisfazer. Desde 2009 que o Grupo Solicel cresce todos os anos em volume de faturação. Em 2016, por exemplo, crescemos 40 por cento, num mercado consolidado, penso que deve ser quase um caso único”. O grupo Solicel conta ainda com a Decorxisto, empresa que trabalha com tecnologia mais avançada e que veio acrescentar valor ao produto final. Empresa de tecnologia de ponta que ajuda a entrar em novos mercados. Pedro Duarte explica a diferença entre as duas empresas: “A Solicel trabalha muito com o mercado paisagístico, com as placas para pavimentos, ou tacos para revestimento de fachadas. Com a Decorxisto, trabalhamos mais para interiores. Conseguimos fazer coisas tão diversas como bancas de cozinha ou polibans. Fazemos autênticas peças de arte que acaba por nos levar para mercados um pouco diferentes do paisagismo, com mais valore acrescentado. A Decorxisto tem uma cota de mercado nacional um pouco maior, mas pensamos sempre na exportação”.

Dentro deste produto, a concorrência não é grande, no entanto, para o administrador, o que distingue a empresa das demais “é a qualidade, e o facto de termos uma gama de produtos muito alargada”. Para o futuro, Pedro Duarte conta que gostava de ver a empresa á imagem do que é hoje, preocupada com o ambiente, em desenvolver novos produtos e a responder rapidamente às mudanças do mercado acompanhando as suas exigências. “O mercado está a chegar a um nível de maturação elevado, e crescer todos os anos 30 a 40 por cento não é possível, mas dentro daquilo que somos hoje acho que estaremos bastante bem, se continuarmos com esta qualidade de produto e se conseguirmos aumentar a rapidez de resposta. Tentamos não nos encostar aos sucessos passados, na Solicel há ainda muito para fazer no que respeita aos processos de fabrico. Ainda assim, hoje temos hoje temos uma linha de produção 100 por cento mecanizada, há 15 anos isto era algo impensável”. Para terminar, Pedro Duarte deixou uma mensagem para os leitores e eventuais parceiros: “Venham visitar-nos, visitem os nossos sites, o facebook, vejam os nossos produtos, nós estamos sempre abertos a novas parcerias e a desenvolver novos projetos. O Xisto é uma pedra que tem caraterísticas únicas e uma beleza muito própria, quem gosta de pedra natural de certeza que gosta do xisto foz côa”.

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“NO SABUGAL CONTEM COM O INTERMARCHÉ” Produtos frescos, oferta muito diversificada e uma equipa de colaboradores experientes é o que poderá encontrar no Intermarché do Sabugal, garante Generosa Gomes, responsável pela loja. INTERMARCHÉ SABUGAL Generosa Gomes já tinha experiência no setor do comércio quando decidiu integrar o grupo Os Mosqueteiros, em 1998, em conjunto com o então marido. Depois de um período de estágio, surgiu a oportunidade de os dois abrirem a loja de Vilar Formoso nesse mesmo ano, o que se traduziu num enorme desafio: “O mercado de Vilar Formoso não era fácil, devido à proximidade com Espanha. As pessoas estavam habituadas a fazer as suas compras no país vizinho. A chegada do Intermarché acabou por funcionar como um mudar de mentalidades”, recorda. Com o sucesso obtido, surgiu a hipótese de, 13 meses mais tarde, abrirem uma nova loja em Figueira de Castelo Rodrigo. Generosa Gomes ficou responsável por este novo projeto, até que, mais tarde, houve ocasião de adquirir o Intermarché do Sabugal, que já existia, em troca da loja de Figueira de Castelo Rodrigo. Há 14 anos no Sabugal, a responsável não se poderia sentir mais realizada: “Todos os clientes me conhecem pelo nome e me associam ao Intermarché. Estou na loja todos os dias e faço de tudo quando é necessário, desde caixa à reposição de artigos, até à colaboração na imagem interior e exterior da loja”, salienta Generosa Gomes. Com 22 colaboradores a tempo inteiro, a empresária acredita que grande parte do sucesso também se deve à equipa de profissionais que trabalham consigo: “Tenho a sorte de poder contar com uma equipa muito boa. Alguns colaboradores já me acompanham desde o início e os clientes valorizam esta experiência”, explica. Por alturas do verão, a equipa é aumentada em cerca de dez elementos para fazer face ao grande aumento de população que o Sabugal vivencia. Salientando que o Intermarché não é melhor nem pior do que os outros supermercados, Generosa Gomes não deixa, no entanto, de referir a oferta mais diversificada que os clientes po-

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GENEROSA GOMES dem encontrar na sua loja, bem como a inegável frescura dos produtos, fruto de um fornecimento diário. Ao mesmo tempo, a responsável destaca as marcas próprias do Intermarché, que não se encontram noutras superfícies, e cuja qualidade e preço são já reconhecidos no mercado. O apoio à comunidade também não poderia ser esquecido. O grupo Os Mosqueteiros tem por filosofia a proximidade com a população e no Sabugal não poderia ser diferente: “Contribuímos de variadas formas, seja com lanches para as associações, com o patrocínio aos clubes e às festas, principalmente no verão. Também temos por missão apoiar os nossos bombeiros, o que nos deixa muito felizes”, salienta. Para terminar, Generosa Gomes aproveita para desejar um Feliz Natal a toda a população do Sabugal, agradecendo a confiança depositada ao longo dos anos, na certeza de que poderão contar com o Intermarché do Sabugal no ano vindouro.


QUEIJO: UMA VOCAÇÃO Joaquim Clemente e Elisabete Clemente já trabalhavam na área do queijo quando decidiram, há 17 anos atrás, fundar a Queijaria Clemente & Clemente, em Celorico da Beira. Por ano, saem perto de 180 mil quilos de queijo. QUEIJARIA CLEMENTE & CLEMENTE Joaquim Clemente falou em nome do casal e referiu que o motivou “a vontade de fazer queijo”, um negócio no qual “achava que conseguiria ser bem-sucedido”. O sócio-gerente admitiu gostar muito de queijo. “Costumo dizer que nunca comi um queijo mau, entre as muitas variedades eu gosto de uma grande parte delas”. A Queijaria Clemente & Clemente produz queijo de ovelha amanteigado e seco (chamado de curado). Também fabricam requeijão, para o qual têm muita procura, uma variedade considerada mais saudável e aconselhada para dietas. Este último é um produto fresco, vendido no dia seguinte a ser feito; já o queijo curado precisa de 40 dias de “repouso”, denominado queijo velho, por vezes é vendido apenas meio ano mais tarde, por exemplo, mas nunca perde as suas propriedades. “As diferenças no sabor são bastantes”, explicou Joaquim Clemente, “enquanto o queijo novo tem um sabor mais neutro, o queijo velho tem um sabor mais forte e ganha um certo travo, que é mais para apreciadores”. Questionado acerca de quais seriam as melhores condições para fabrico de queijo, o nosso interlocutor expôs que o leite tem de ser o mais fresco

ELISABETE CLEMENTE

e o mais natural possível. “Sem um bom leite não conseguimos um bom queijo. Para além disso, há que garantir a saúde dos animais, fazer a ordenha com higiene e conservar o leite no frio o mais rapidamente possível”. A Queijaria Clemente & Clemente não tem um rebanho próprio, nem pretende tê-lo. Contam com o fornecimento de mais de 100 pequenos produtores (os quais têm em média 150 ovelhas cada um). A produção de queijo é bastante irregular e sazonal, o período em que mais se fabrica é quando menos se vende, ou seja, na primavera. De inverno há sempre mais procura do que aquela que a empresa consegue satisfazer. “Tem a ver com o animal, que costuma parir em setembro e começa a dar leite em novembro, em maio já não tem leite. A altura forte de produção é de janeiro até maio, depois começa a quebra e em agosto a produção fica a zero”. Os clientes são regulares e quase todos os anos chegam mais dois ou três. “Vendemos desde ao consumidor final, até a quem faz distribuições, a quem tem lojas no ramo, a hotéis, restaurantes, etc. Aqui na queijaria é o único ponto de venda”, admitiu. Já há muitos anos que a empresa tem vontade de ter outros pontos de venda. Gostariam inclusive de estar presentes em feiras nacionais e internacionais, para as quais já foram convidados, porém falta-lhes mão-de-obra habilitada para isso e capacidade logística. Fica assim, um projeto para o futuro. O número de funcionários também é bastante irregular, devido à sazonalidade da produção. A queijaria emprega 19 colaboradores de forma permanente e recorre a mais meia dúzia na época de mais trabalho.

Queijo de cabra: a novidade “O queijo de cabra está na moda”, assegurou Joaquim Clemente, “começamos este ano, temos tido bastante procura, aliás quase foi uma imposição dos clientes, que preferem comprar os dois tipos de queijo da mesma origem”. Esta era uma vontade antiga do casal proprietário da queijaria. Tiveram de aumentar as instalações, mas é um projeto que já está em andamento. “Já iniciamos produção e venda para ganhar alguma cota no mercado”. Devido a ser um queijo que tem um sabor artesanal, mais suave, os especialistas afirmam ser mais saudável e com menos gordura, o que contribui para a tendência. Nos próximos anos, o casal gostaria de ver a queijaria com o mesmo crescimento que até agora tem registado. Aguardam pelos filhos, que estão a estudar e irão dar continuidade ao negócio.

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ALGARVE “A AHETA é uma associação que nasceu há mais de 20 anos para responder ao amadurecimento dos interesses empresariais do setor hoteleiro e turístico da região. Na AHETA encontra-se representada a essência da oferta turística do Algarve, designadamente os hotéis, empreendimentos turísticos, campos de golfe, marinas, casinos, portos de recreio, parques temáticos. Nessa perspetiva, assume-se como interlocutor junto das diferentes entidades públicas e privadas, para fazer valer os interesses dos nossos membros e empresários através de propostas fundamentadas e de estudos regulares elaborados sobre o setor. Isto para que as entidades responsáveis sintam a necessidade de implementação de medidas que se ajustem aos interesses individuais dos empresários do setor mas também da própria região e do país. A sazonalidade é, de facto, a maior fragilidade do turismo do Algarve. Um dos nossos maiores desafios passa por esbater essa fraqueza num próximo futuro. Não é uma tarefa fácil mas já existem técnicas conhecidas que permitem atenuá-la, designadamente a nível de estratégias promocionais e de animação, no sentido de conseguir atrair fluxos turísticos importantes para a região, fora daqueles períodos tradicionais em que a procura já se aproxima dos 100%, na altura do verão. O turismo é a maior atividade económica nacional e o turismo do Algarve detém uma fatia de quase 50%. Enquanto destino tradicional já consolidado, o Algarve é um dos mais competitivos por razões de ordem natural e outras que têm contribuído para que continue a desempenhar um papel crucial na oferta turística da bacia do Mediterrâneo. Sabemos que o turismo vai continuar a crescer nos próximos anos, é uma das atividades económicas, à escala mundial, que apresenta tendências de crescimento mais acentuadas. Um dos desafios do Algarve e do país vai ser conseguir acompanhar esse crescimento de uma forma sustentada, ou seja, numa perspetiva de rentabilizar os investimentos efetuados. O turismo não é apenas uma atividade económica que interessa exclusivamente às empresas mas sobretudo ao país pela sua capacidade em gerar bens transacionáveis porque é com as exportações que o país importa aquilo que precisa para se desenvolver economicamente. Em pouco mais de 50 anos, construímos a maior atividade nacional e o grande desafio passa por saber se o setor público vai ter capacidade para responder e acompanhar o setor privado e as suas iniciativas no crescimento e desenvolvimento do turismo como atividade económica do presente e com futuro!” Elidérico Viegas Presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA)


“ESTAMOS CÁ PARA TODOS” Desconhece-se a data exata da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Faro. Existem documentos que provam que a sua existência tem mais de 500 anos, sendo uma das mais antigas do país. A qualidade distingue o trabalho desta instituição em todas as suas valências sociais e no cuidado aos que mais precisam. Os valores humanos motivam e orientam a sua ação e estão em vista alguns projetos de melhoria e bem-estar dos utentes. MISERICÓRDIA DE FARO

JOSÉ NETO Segundo os documentos mais antigos, esta instituição tem mais de 500 anos. A Santa Casa da Misericórdia de Faro trabalha diariamente com o objetivo de prestar o melhor serviço e tratamento aqueles que mais precisam. Esta é composta por Estruturas Residenciais para Idosos (Lares), Centro de Dia, Apoio Domiciliário, Unidade de Cuidados Continuados, Creche, Pré-escolar, ATL, Cantina Social e outras valências através de protocolos estabelecidos com a Segurança Social e outras entidades, nomeadamente da Educação e da Saúde. Uma instituição de peso na região do Algarve que se assume como um dos maiores empregadores do concelho. “Temos cerca de 230 funcionários, que varia consoante a capacidade das infraestruturas. Ajudamos perto de 141 utentes em lar, divididos entre o lar sede em Faro e o centro Torre de Natal. Servimos ainda 63 utentes em Apoio Domiciliário, 8 em Centro de Dia e temos uma unidade de Cuidados Continuados com lotação completa: 30 utentes, enumera o Provedor. Além disso, as crianças não são esquecidas e cerca de 183 frequentam a Creche de Faro e Torre de Natal, bem como os pré-escolares. Cerca de 69 frequentam ainda as atividades de tempos livres. Candeias Neto assume os comandos desta estrutura há mais de três décadas e orgulha-se do reconhecimento e do serviço de qualidade nas valências que a Santa Casa dispõe. Mas afinal o que distingue esta instituição? “Temos uma particularidade e é nesse sentido que temos trabalhado ao longo destes anos: a formação humana em que privilegiamos os afetos, a atenção e o carinho com os mais velhos. A humanidade é fundamental e até os doentes mais debilitados sentem o calor humano e reagem.

O nosso objetivo é a melhoria das condições dos utentes mais idosos”, assegura. O primeiro passo deste projeto consistiu na criação de condições habitacionais, segurança, higiene e alimentação para prestar um melhor serviço. Mas o mais inovador aconteceu com a criação da Escola Profissional, nos anos 90, que pertence à Santa Casa e conta agora com 68 alunos. Com capacidade para receber muitos mais jovens, vindos de vários concelhos algarvios, esta aposta na formação com cursos de geriatria ou apoio à infância constitui uma mais-valia. “A grande intenção é preparar pessoas para o trabalho mas principalmente para a vida. Temos vários casos de jovens que não tinham qualquer ambição e saíram da escola uns verdadeiros adultos com objetivos”, conta o Provedor. Reforçando o grau de excelência atingido, a Santa Casa da Misericórdia investiu na melhoria dos tratamentos prestados aos utentes e dotou as suas unidades de equipas técnicas devidamente habilitadas e especialidades em falta. A instituição continua a apostar na formação dos trabalhadores e os animadores são os responsáveis pela organização diária de atividades para ocupar os idosos. Apesar de nem todas as pessoas atribuírem o devido valor ou perceberem a importância destes serviços de qualidade, a equipa da SCM de Faro continua a atingir reconhecimento e a inovar, sendo já uma referência para a população e familiares dos utentes. Existem várias prioridades, entre elas a reabilitação das infraestruturas que continua a ser essencial para a instituição. De momento, a aposta passa por modernizar os lares e centros sociais, capacitando-os de equipamentos atualizados e está previsto inaugurar um novo lar residencial sénior com capacidade para 40 utentes, sem financiamento do Estado, e mais 40 numa segunda fase. “O principal objetivo é a continuidade, mantendo as valências que temos e dar resposta a cada vez mais pessoas. Queremos crescer de forma sustentada. As pessoas estão em primeiro lugar e não podemos esquecer as nossas responsabilidades e compromissos”, conclui.

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“O ATENDIMENTO DE EXCELÊNCIA” Uma panóplia de serviços de qualidade, uma oferta atrativa de produtos e um atendimento diferenciado são alguns dos motivos que distinguem este espaço de saúde. A Farmácia Rosa Nunes já existe desde os anos 60 e continua a inovar, alcançando uma posição de referência em Portimão. Venha conhecer este local que conta com uma equipa jovem e dinâmica, onde o aconselhamento é privilegiado e cada cliente é único. FARMÁCIA ROSA NUNES

JOSÉ CARLOS NUNES E ANA MARIA NUNES DUARTE O nome deve-se à antiga proprietária e o negócio surgiu entre os anos 50 e 60. Como um típico negócio familiar, a Farmácia Rosa Nunes vai já na segunda geração e desde 1982 que José Carlos Nunes assume a sua direção técnica. Esta função é dividida com a esposa, Ana Maria Nunes Duarte que abraçou este projeto há mais de 25 anos, após uma carreira como analista. A paixão pela saúde e o bem-estar da população é comum a toda a equipa e tem tornado esta farmácia uma referência em Portimão. A atividade principal centra-se na dispensa de medicamentos sujeitos a receita médica ou não sujeitos (alguns de venda exclusiva em farmácia) mas a gama de produtos é ampla. A secção da dermocosmética assume um grande destaque, seja para senhora, homem e até bebés com a vertente de puericultura. A estes juntam-se artigos de veterinária, promovendo o bem-estar dos animais, os suplementos alimentares e ainda produtos ligados à ortopedia. “Todos estes produtos e segmentos constituem mais-valias para a farmácia. Temos que inovar e oferecer produtos diferenciados no âmbito da atividade farmacêutica. Este é um espaço de saúde, com profissionais de saúde e não “retalhistas de medicamentos” como já fomos denominados. Além dos medicamentos, dispensamos uma série de produtos complementares no tratamento das diferentes patologias no sentido de proporcionar uma melhor qualidade de vida, sempre focados no doente”, afirma Ana Maria Duarte. Serviços diferenciados Rastreios à população para perceber o seu estado de saúde, seja através do cálculo do colesterol, medição da tensão arterial ou exame do pé diabético fazem parte do leque de serviços da Farmácia Rosa Nunes dirigidos à comunidade. Quando cá chegou e por ser a sua primeira área de formação, Ana Maria Duarte implementou a determinação de parâmetros bioquímicos. Mas o cuidado e a atenção com o doente não fica por aqui. “Fazemos ainda a preparação individualizada do medicamento – um serviço extremamente importante para que os doentes tomem a

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medicação corretamente. Para aqueles que já não conseguem gerir as tomas diárias, apenas têm que trazer os medicamentos e nós organizamos por alguns dias ou semanas. Utilizamos grande parte do nosso tempo na execução desta tarefa minuciosa e de extrema responsabilidade como facilmente se depreende”, completa a farmacêutica. Dentro da atividade, este espaço conta ainda com mais três vertentes que o diferenciam, até porque não estão tão implementadas nas outras farmácias da região e até do país. A Farmácia Rosa Nunes dispõe de um laboratório onde se procede à preparação de medicamentos manipulados, recebendo várias receitas do Algarve e do Baixo Alentejo. Devido à crescente procura e interesse, foi implementado o serviço de nutrição sugerido a todos os que visitam o espaço e mostrem vontade de perder peso ou adotarem uma alimentação equilibrada e um estilo de vida mais saudável. Nesta área, o acompanhamento e aconselhamento revela-se fulcral para que todo o processo resulte. E por último mas não menos importante, encontra-se a homeopatia, uma especialidade terapêutica que se encontra em franco crescimento e que é alvo de interesse e procura de muitos clientes. Assim, a direção tem motivado a equipa nesta área e investido na sua formação, diferenciando assim o aconselhamento. Novas instalações, novos clientes Não se afastando do local de origem mas apostando na inovação, o novo espaço da Farmácia Rosa Nunes foi inaugurado há dois anos. Contrariando a estrutura das antigas instalações, as novas oferecem secções organizadas e funcionais, com bastante luminosidade, resultando num lugar bonito e agradável. Desta forma, aumentaram a oferta de produtos e conseguiram angariar mais clientes que são atraídos pelo espaço e pelas opções disponíveis, sabendo que aqui encontram o que precisam. Desde 2015 que os números têm crescido de forma equilibrada em todas as áreas e cada vez mais se defende a teoria de que já não há desculpas para não cuidar da nossa saúde. Inserida numa região bastante turística, esta farmácia acaba por sofrer os efeitos da sazonalidade. Porém, não é uma farmácia de praia e está localizada numa


EQUIPA

profissionais que dispõem de ferramentas para o fazer ao mais alto nível, por isso defendo e recordo à equipa a importância de prestar um atendimento de excelência”, assegura. Assim, a Farmácia Rosa Nunes encontra-se de portas abertas durante todo o ano, com horários alargados, respondendo às necessidades da população. Para garantir um atendimento rápido e de qualidade, a direção técnica tem aumentado a equipa e espera vê-la estabilizada no próximo ano. Para o futuro, o principal objetivo é consolidar a sua posição enquanto farmácia de referência, apostando sempre na qualidade do atendimento e a vontade de desenvolver novos projetos virados para a comunidade.

das artérias principais de Portimão onde se encontram vários serviços. Sejam clientes de fora que se encontram de férias ou de passagem, clientes da terra e até outros que chegam dos concelhos vizinhos, todos reconhecem o atendimento de qualidade providenciado pela Farmácia Rosa Nunes. Aqui, a equipa disponibiliza-se de imediato a arranjar rapidamente algum produto que esteja em falta, mesmo que possa comprometer o tempo de espera, até porque “faz muitas vezes a diferença no atendimento e a generalidade dos clientes reconhece o nosso empenho”. “Temos uma equipa muito jovem de que muito nos orgulhamos e que nos traz algumas vantagens. A formação é fundamental, há mais farmacêuticos a entrar no mercado de trabalho, como consequência do aumento do número de cursos superiores. No entanto, a idade continua a ser um posto nesta atividade e a experiência é extremamente importante, seja na segurança é credibilidade no aconselhamento, na resolução de situações relacionadas com o atendimento, nem sempre fáceis de gerir. Temos colaboradores que integram a equipa desde o início e neste momento somos 22 pessoas”, reforça a farmacêutica e analista. ADN de proximidade Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades mas quando se trata de saúde, a farmácia continua a ser o primeiro ponto a que as pessoas recorrem. Apesar de ter uma dimensão maior, a Farmácia Rosa Nunes privilegia como ADN do espaço e do farmacêutico, uma relação próxima com o cliente. Alguns deles visitam este local desde a sua fundação e veem nestes profissionais de saúde os seus confidentes. Uma confiança conquistada ao longo dos anos a que se junta um aconselhamento personalizado que nunca é descurado. “Esta atividade funciona na base do atendimento e do aconselhamento e é por aí que nos diferenciamos. Mais do que uma farmácia, este é um espaço de saúde, com

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MAIS DO QUE UM MERCADO, UMA PARTILHA DE EXPERIÊNCIAS Todos os anos são inaugurados centros comerciais e supermercados mas não há nada como fazer as compras no mercado tradicional. Frutas e legumes de qualidade, peixe fresco e até pão acabado de cozer são alguns dos produtos que podemos encontrar no Mercado Municipal de Faro. Venha conhecer este equipamento gerido pela Ambifaro desde 2015 que alia a tradição ao modernismo. AMBIFARO

que o programa para a Passagem de Ano na cidade de Faro foi pensado para a população local mas promete atrair pessoas de outros concelhos e até visitantes de fora. Definido em conjunto com o município, o cartaz principal convida o músico Tiago Bettencourt a subir ao palco do Jardim Manuel Bivar. Algumas atuações como a do DJ Ride e a do Grupo Mopho são já conhecidas, bem como as tendinhas de comes e bebes que rodearão o recinto. A noite termina com um espetáculo piromusical que continua a ser um dos pontos mais altos deste evento. “Centro Comercial Moderno” Quando entramos no Mercado Municipal de Faro rapidamente percebemos que o comércio tradicional e o modernismo de um centro comercial se fundem na perfeição. Sandra Ramos costuma denominar este espaço como um “centro comercial moderno” e a sua estrutura não deixa ninguém indiferente. Aqui podemos

SANDRA RAMOS “A Ambifaro – Gestão de Equipamentos Municipais EM foi formalmente criada a 28 de março de 2015, resultado da fusão entre o Mercado Municipal de Faro, E.M. e a Ambifaro - Agência para o Desenvolvimento Económico de Faro, E.M. A Ambifaro é uma empresa municipal com capitais exclusivos do município farense, sendo ele o acionista único”. Esta é a apresentação feita por Sandra Ramos, atual Presidente do Conselho de Administração. A assumir esta função há apenas um mês, está ligada ao projeto desde sempre e as suas raízes estão no Mercado Municipal. Quase a completar 11 anos de existência, comemorados a 8 de fevereiro de 2018, este equipamento tem feito as delícias de todos os visitantes e sido um motivo de orgulho para todos os habitantes da região. Promover Faro Sediada em Faro, é para esta cidade que se trabalha. Para além de gerir o Mercado Municipal, a Ambifaro dedica-se à organização de vários eventos ao longo do ano para promover a região. Seja de forma individual ou em parceria com algumas associações do concelho e com a própria Câmara Municipal de Faro, destacam-se nomes como o Festival F, o Alameda Beer Fest e a Feira de Santa Iria. Porque estamos quase no final do ano, importa referir 44 | PORTUGAL EM DESTAQUE

encontrar várias bancas de fruta, legumes, pescado, pão, flores e outros produtos que se distinguem pela sua apresentação e frescura. Quem aqui vem fazer as suas compras tem a possibilidade de aceder à Loja do Cidadão e até ao Balcão das Finanças. Além destes serviços públicos, a utilidade de outros negócios como os restaurantes, talhos, confeitarias, papelaria, cabeleireiro, loja de saúde e bem-estar e até o supermercado Pão de Açúcar representam uma mais-valia. “Ou seja, quem gosta de vir ao Mercado comprar a fruta ou o peixe pode usufruir ainda, no mesmo edifício, de uma série de serviços complementares. “No mesmo espaço encontramos um pouco de tudo e resolvemos até os nossos assuntos pessoais”, completa a Presidente do Conselho de Administração da Ambifaro. Em média, estima-se que o Mercado Municipal de Faro receba cerca de 4500 visitantes por dia. Um número composto pela população local e habitantes de outros concelhos mas também por turistas. Atraídos por um conceito


rentes, maioritariamente artesanais e onde a doçaria de Natal marcará forte presença. Momentos musicais e a vinda do Pai Natal caracterizam a animação da Feira. “Convido-vos a visitar o Mercado Municipal e a descobrir a magia do Natal”, acrescenta.

diferente e inovador, são muitos os residentes estrangeiros que procuram conhecer as tradições deste comércio tão antigo, mas que continua tão vivo! Este é um espaço que tem contribuído para o desenvolvimento e crescimento da região, por isso, a Ambifaro tenta promover as potencialidades do mercado ao máximo. Este ano a grande novidade são as iluminações de Natal que têm trazido bastantes curiosos. “Costumamos fazer uma iluminação mais “caseira” e de pequena dimensão mas achámos que já estava na altura de presentear os nossos operadores e visitantes com uma iluminação e decoração diferente, mais atrativa e pensada ao pormenor para o nosso espaço, “destaca Sandra Ramos”. Apostar no Mercado Aproveitando esta época festiva são várias as empresas que procuram divulgar os seus serviços e produtos, colocando-os à venda durante alguns dias no Mercado Municipal de Faro. Estes espaços temporários trazem até à cidade, chocolates, licores e até produtos de estética, atingindo um público maior e diferenciado. Esta aposta tem-se revelado um sucesso e as marcas acabam por registar um elevado número de vendas neste espaço. Um exemplo desse êxito foi a Feira do Chocolate, realizada pela primeira vez em 2017, que contou com cerca de 24 expositores. O feedback não poderia ter sido mais positivo para as marcas que alcançaram números superiores aos aferidos nas feiras reconhecidas a nível nacional. Para o ano, a Ambifaro pretende repetir a experiência, num espaço totalmente remodelado que permitirá expandir a Feira. Mas os acontecimentos alusivos à época natalícia não ficam por aqui e começam já no dia 21 até ao dia 24 de dezembro. “Podem visitar a nossa Feira de Natal com sugestões de presentes dife-

Próximas novidades Apesar do espaço convidar qualquer pessoa a entrar, quer pela sua beleza, organização, exposição e variedade de produtos, pode ainda ser melhorado e em breve teremos novidades nesse sentido. No próximo ano, a praça central exterior será remodelada através de uma obra de fundo, permitindo acolher novos eventos, não só organizados pela Ambifaro como também por alguns parceiros privados que manifestam interesse em alugar o espaço. Mais do que um local comercial, pretende-se que quem entra aqui possa partilhar experiências, por isso também a área interior sofrerá uma intervenção: “ a criação de uma zona de lazer e trabalho, onde quem nos procura poderá degustar os produtos aqui adquiridos, num ambiente de convívio, ou mesmo trabalhar num ambiente acolhedor”. Uma ideia que irá certamente impulsionar o espaço e impulsionar o consumo no comércio tradicional. O objetivo é continuar a apostar nas feiras e eventos e ao mesmo tempo dinamizar a cidade e atrair mais visitantes ao Mercado. Desta forma, Sandra Ramos deixa um convite a todos os leitores: “Temos no Mercado Municipal de Faro tudo aquilo que de melhor a região tem para nos oferecer. Façam as vossas compras de Natal no comércio tradicional, com uma simpatia inquestionável, um atendimento personalizado e produtos de qualidade que marcam pela diferença”. PORTUGAL EM DESTAQUE | 45


A PRIMEIRA ESCOLHA NA CONSTRUÇÃO DE CAMPOS DE TÉNIS Almancil está inserido no Triângulo Dourado algarvio e constitui uma região turística de excelência que privilegia o desporto. Alex e Ana Moroz chegaram a Portugal em 2002 e cedo enveredaram pela construção de campos de ténis e superfícies desportivas. A vasta experiência, a qualidade dos materiais e a inovação dos métodos de trabalho só poderia conduzir esta empresa ao sucesso e a um portfólio que conta com mais de 200 campos de ténis de referência. ALGARV TENNIS As circunstâncias da vida trouxeram Ana e Alex Moroz até Portugal. Deixaram o seu país de origem, a Roménia e colocaram mãos à obra. O trabalho na área da construção levou Alex a iniciar-se em voos mais altos e foi na construção de campos de ténis que se destacou. Após alguns anos e uma vasta experiência acumulada, decidiu abrir a sua própria empresa, em conjunto com a esposa. Em 2014 é fundada a Algarv Tennis, dedicando-se essencialmente à construção de superfícies desportivas. Depressa perceberam que tinham condições para alargar a atividade e implementaram serviços complementares como a reparação e manutenção de pisos, a instalação de relva sintética para jardins e áreas de lazer e ainda sistemas de iluminação. Tudo o que esteja ligado ao espaço desportivo, mesmo trabalhos de fundo que envolvem escavações, muros ou vedações e bancadas, é assegurado pela equipa especializada e liderada pelo gerente e “motor” da empresa, Alex Moroz. A Algarv Tennis tem uma dimensão pequena mas presta um serviço de excelência e, por isso, tornou-se já uma referência. Apesar de Almancil ser uma zona com vários campos de ténis e estruturas desportivas, as superfícies variam e são adequadas ao gosto do cliente. “Os campos de ténis podem ser acabados em resina acrílica, que são os mais procurados pelos profissionais, mas também podem ser feitos em relva artificial, com enchimento de areia sílica. Também fazemos campos em terra batida natural que requerem uma manutenção mais delicada, principalmente na região do Algarve. Temos apostado na construção de campos de ténis em relva artificial especial que leva uma areia queimada, da mesma cor do tijolo. Apesar de ser relva, a sensação que o jogador tem é que está a jogar ténis num campo em terra batida. É uma inovação e não exige tanta manutenção, uma excelente opção para quem gosta mesmo deste deporto e de jogar em terra batida”, começa por explicar a diretora de serviços, Ana Moroz. 46 | PORTUGAL EM DESTAQUE

A variedade é mais do que muita e a inovação nos métodos e superfícies nunca fica para trás. A Algarv Tennis já construiu mais de 200 campos de ténis mas os mais requisitados continuam a ser em relva artificial e em resina acrílica. Os projetos, sempre com soluções à medida do cliente, estão concentrados no Algarve mas a equipa já rumou ao Porto, Alentejo e Sul de Espanha. Além da experiência, também a carteira de clientes é vasta, composta por cerca de 2400 fregueses. O turismo tem potenciado a construção e os principais clientes são residentes estrangeiros que optam por esta via para aproveitar terrenos e rentabilizar, uma vez que os campos de ténis constituem uma mais-valia na valorização da habitação. Hotéis, resorts e clubes de ténis também procuram os seus serviços, seja para construção nova, reparação ou manutenção e até trabalhos de criação, entre eles destacam-se o Clube de Ténis do Carvoeiro e o Vila Vita. “O que nos diferencia é a qualidade do produto, desde a conceção até ao projeto final. Privilegiamos um serviço e acabamento de excelência, utilizando apenas produtos com certificação da Federação Internacional de Ténis. Temos uma equipa formada que tem o cuidado de aplicar bem os produtos e respeitar os prazos”, completa. O acompanhamento e manutenção após o serviço é uma condição essencial e assegura uma relação próxima e de confiança. O portfólio já é extenso mas a Algarv Tennis não pretende ficar por aqui. A aposta nos campos de golf em relva sintética é recente e a procura pela melhor solução, adequada às realidades do meio é um objetivo de futuro.

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“UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA” A inauguração foi uma verdadeira corrida contra o tempo e já antecipava a atividade. Concentrado no mesmo espaço físico, este projeto inovador a nível mundial, reúne várias valências: Autódromo, Kartódromo, Off-Road Park, Hotel, Apartamentos, Parque Tecnológico e Complexo Desportivo. Fique a conhecer o Autódromo Internacional do Algarve (AIA) pelo administrador Paulo Pinheiro e de que forma tem levado o nome de Portugal e da região algarvia além-fronteiras. AUTÓDROMO INTERNACIONAL DO ALGARVE

Como nasceu este projeto? O Autódromo existe desde novembro de 2008 e surgiu porque sempre achamos que o Algarve, pelas condições climatéricas que tinha e tem, era o sítio ideal para criar um circuito. Isso conjugado com o facto de a hotelaria ser um dos pontos fortes do Algarve. Os fatores geográficos e climatéricos são de excelência, daí a aposta nesta região para a construção deste espaço.

Mas este não é apenas um autódromo… Este é um projeto único na Europa. No mesmo espaço consegue ter o Autódromo, o Kartódromo, o Complexo Desportivo e Turístico com o hotel e apartamentos e um Parque Tecnológico que ainda não está desenvolvido. É a única parte do projeto que falta terminar e vamos arrancar no próximo ano. Tudo o resto tem estado em funcionamento e sido um sucesso. Quem são os principais utilizadores deste espaço? Temos clientes variados, desde o cliente individual, famílias e turistas que vêm e utilizam o kartódromo e a pista ou o autódromo, na parte de Racing-School com experiências de automóveis ou motas. E depois temos os clientes corporativos, as marcas de automóveis como a Porsche, Aston Martin, Jaguar, Lamborghini, Ferrari, Mercedes, Audi e outras. Todos os grandes condutores mundiais fazem testes e apresentações no nosso circuito. Temos ainda uma outra componente: os Track Days. É o mais importante em termos europeus, seja de motos ou carros e aquilo que é a cara para o público, que são as corridas internacionais. Felizmente, este ano, tivemos 14 corridas internacionais, das quais 3 campeonatos do mundo. E é isso que nos dá fama, imagem e notoriedade no exterior e que nos permite, como consequência, ter todas estas apresentações e testes com as marcas automóveis.

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O que diferencia o Autódromo Internacional do Algarve? Aquilo que nos diferencia de quase todos os circuitos é o facto de a nossa pista ser uma pista muito difícil a nível técnico. É uma pista com curvas cegas, muitas descidas e subidas, muito desafiadora para qualquer condutor. Coloca um grande stress e responsabilidade nos carros e nos pilotos, portanto qualquer carro ou piloto que seja competitivo põe os seus limites à prova. Os amantes da adrenalina sabem para o que vêm e é um desafio constante. Somos escolhidos pelas equipas mundiais do Endurance, como a Porsche, a Toyota ou a Audi para fazerem aqui os testes de desenvolvimento e os testes de melhoramento de produto. É precisamente a dificuldade que a nossa pista apresenta que nos coloca num patamar diferente de todas as outras.

Trabalhar com marcas tão reconhecidas a nível mundial é uma mais-valia? É um motivo de orgulho para nós contar com as maiores marcas do mundo. Foi uma relação que foi crescendo aos poucos. No início, quando começamos a trabalhar em 2008 já tínhamos alguns contactos com marcas e ao longo dos últimos anos fomos cimentando e desenvolvendo essas relações com outras marcas como a Porsche, a BMW, Mercedes e McLaren. E culminou com o facto de todas essas marcas, repetidamente, fazerem eventos connosco. Umas fazem anualmente, outras de dois em dois anos, o que revela uma aposta de continuidade e um processo de confiança que tem trazido resultados muito positivos. O que contribui para que tenhamos uma taxa de ocupação tão elevada. Quais os eventos que podemos destacar? Em termos de público, aquilo que traz mais pessoas é realmente o Campeonato do Mundo de Superbikes e o Algarve Classic Festival, são os dois grandes eventos. Este ano, tivemos mais uma vez, as finais mundiais Rotax que é uma prova de Karting, a maior prova do mundo em termos de nacionalidades que participam. É até maior que os Jogos Olímpicos. É uma prova promovida pela “Corridas e Companhia”, uma empresa portuguesa que organiza em todo o mundo e realmente é um evento único. Estimamos que este ano tenham estado aqui cerca de 10 mil pessoas ao longo dos 7 dias de evento. Portanto, são todos grandes eventos, com uma grande afluência e estes são os vetores de desenvolvimento do turismo no Algarve. É precisamente o turismo desportivo, o turismo de atividade, o turismo corporativo porque nós fazemos muitos eventos para empresas nacionais e estrangeiras, como apresentações mundiais para clientes e colaboradores. O facto de conseguirmos conjugar as atividades diárias de teste, desenvolvimento ou apresentação de produto com estes eventos corporativos, faz com que tenhamos uma atividade extremamente intensa ao longo de todo o ano.

São já uma referência mundial pelos vossos eventos. Quais estão programados no próximo ano? Para o próximo ano já temos o calendário fechado, praticamente todos os dias vamos receber eventos. Os três grandes eventos em termos de corrida vão ser o Campeonato do Mundo de Superbikes, o European Le Mans Series e o Algarve Classic Festival. São as três provas principais e vamos apostar tudo no seu sucesso. Depois temos todos os outros eventos que não podemos revelar porque são confidenciais: vamos ter apresentações mundiais de carros, motas e pneus. Somos mundialmente reconhecidos como um dos três melhores circuitos do mundo. Ainda este ano tivemos testes de Fórmula 1 com a Mercedes e com a McLaren. Como digo, trabalhamos de forma contínua o ano todo e lá fora somos uma referência mundial. Por onde passa o futuro do Autódromo? A nossa principal ambição e motivo de trabalho e esforço constante é tentar trazer uma corrida de primeira linha, nomeadamente Moto GP ou Fórmula 1. É um processo complicado que envolve diversas entidades mas será a nossa grande aposta e esperamos conseguir. Há vontade por parte das organizações em cá vir fazer uma corrida, quer pela região, pelo clima, pela pista e circuito. Acreditamos que temos tudo o que é necessário para fazer um excelente evento e estamos na corrida com outros países. Temos que criar condições e mostrar que somos a proposta mais válida. O facto de estarmos aqui localizados é uma vantagem até porque Portugal e o Algarve estão na moda em termos mundiais. É um país moderno, com pessoas capazes e acolhedoras, com características intrínsecas fantásticas como o clima, a segurança e a gastronomia. Tudo isto faz de nós um país único que começa a ser reconhecido além-fronteiras.

Este projeto tem levado o nome de Portugal e a região do Algarve mais longe? Neste momento somos um dos principais fatores no combate à sazonalidade que afeta esta região. O grande período alto do nosso circuito é precisamente o inverno, uma altura em que o turismo diminui substancialmente. Aqui temos uma taxa de ocupação média anual de cerca de 330 dias, o que é fantástico e felizmente grande parte da nossa atividade é para exportação. Desse modo, somos uma entidade bastante importante na divulgação da região e combate à sazonalidade. PORTUGAL EM DESTAQUE | 49


ARQUITETURA MULTIDISCIPLINAR 26 anos de experiência em cada traço e projeto desenvolvido para cada cliente têm conduzido a PLAN ao sucesso. Fundado em 1991 pelo arquiteto Armando dos Reis, este gabinete conta com uma equipa multidisciplinar especializada nas áreas da arquitetura, urbanismo e interiores. O extenso portfólio e os prémios atribuídos contam uma história marcada pela confiança, proximidade e, sobretudo, desafios únicos. PLAN ASSOCIATED ARCHITECTS

EQUIPA Aqui cada projeto é único. Foi assim desde o início e continua a ser. Diretamente da Argentina para Portugal, Armando Reis, arquiteto e urbanista, trouxe consigo uma ideologia. Em 1987 foi convidado pela Comissão de Coordenação Regional do Algarve para elaborar o Plano Regional de Ordenamento do Território, um plano pioneiro em Portugal. De seguida, surgiu um novo convite: coordenar o Plano de Urbanização do empreendimento Quinta do Lago. Mas não ficou por aqui e ambicionou mais. Paralelamente a estas atividades, começou a apostar em projetos de moradias, casas e hotéis e fundou a PLAN Associated Architects em 1991 e com ela uma filosofia muito particular que se traduz numa arquitetura à medida do cliente. Além da busca pela qualidade, inovação e profissionalismo, “desenvolvemos os projetos pensando em cada cliente, necessidade e ideologia. Não somos um atelier com uma linha de arquitetura definida, mas sim orientada para o cliente, em que cada projeto é único. O cliente acaba por ser o nosso cartão-de-visita. Esta filosofia de trabalho tem resultado e conseguimos oferecer o melhor serviço aos nossos clientes”, começa por explicar Matias dos Reis, filho do fundador e diretor da PLAN. 50 | PORTUGAL EM DESTAQUE

O dom da conceção Com um conceito multidisciplinar, a empresa assegura desde a fase do planeamento urbano e arquitetura, seja de moradias de luxo na Quinta do Lago e Vale do Lobo, por exemplo até pequenas remodelações pelo país inteiro. Uma equipa especializada assegura os trabalhos de arquitetura pura e ainda interiores. A versatilidade é fundamental para a PLAN que tem apostado no turismo e restauração, tendo já feito algumas estruturas de raiz. “O acompanhamento deve ser constante e fazemos ainda toda a gestão de projeto de obra. É idêntico a um projeto chave na mão e oferecemos uma vasta gama de serviços”, completa o arquiteto e diretor técnico, Luís Caetano. Soluções para todos Na realidade, um portfólio extenso e os prémios atribuídos à PLAN ao longo de 26 anos são provas do seu sucesso. A abertura para fazer projetos com diferentes escalas e uma ideologia de trabalho, de arquitetura orientada para o cliente, tem atraído cada vez mais pessoas. “Somos procurados por todo o tipo de clientes devido à variedade de serviços que apresentamos. Trabalhamos numa área muito específica, o chamado Triângulo Dourado,

mas também fazemos projetos em outras regiões algarvias, Alentejo, Lisboa e Porto e até fora do país”, relembra o diretor técnico. O número de residentes estrangeiros tem aumentado, bem como a diversidade de nacionalidades, em que se destacam ingleses, belgas, holandeses e franceses. Mas será simples trabalhar com compradores tão específicos? Matias dos Reis remata: “Temos clientes que chegam com horizontes abertos e dispostos a ouvir as nossas propostas e sugestões. A referência dá confiança e todos sabem que podem contar com a nossa equipa para orientar e solucionar todas as questões. Conseguimos transformar uma ideia numa ideia construída e esse é o grande desafio: tentar compreender o cliente e adaptar às condições do meio”. Com uma estratégia de localização, a empresa valoriza o mercado em que está inserida, constituído por um perfil de cliente que permite o desenvolvimento de projetos especiais. O tempo e dedicação que depositam em cada produto faz toda a diferença. O objetivo é deixar a “marca PLAN” em que cada um deles e manter os parceiros de trabalho que são uma mais-valia.


Crescimento assegurado A aposta na formação é essencial na PLAN e o crescimento é um dos reflexos que após um período de crise não para de crescer. Se antes desta fase, 24 arquitetos componham a equipa, neste momento oito colaboradores asseguram um serviço de excelência, em conjunto com parceiros chave nas diversas áreas. Um ambiente familiar, uma equipa jovem e dinâmica que segue a linha definida pelo fundador, privilegia o espírito de entreajuda, até porque o melhor resultado é obtido em equipa. “O que diferencia esta empresa é a proximidade com o cliente. Não fazemos arquitetura só para agradar o cliente e preocupamo-nos com valores como a estética, funcionalidade e inovação, mas de modo a que satisfaça o cliente e as suas perspetivas. Ele deve sentir-se parte integrante do projeto e contribuir com ideias. Não procuramos competir com outros gabinetes e a nossa experiência atribui-nos uma grande credibilidade”, asseguram os responsáveis da PLAN. Projetos de sucesso O Algarve tem registado um crescimento significativo na área da arquitetura, liga-

do ao turismo, por isso, começam a surgir novos projetos e novos clientes que apostam nas remodelações e criações. Ultimamente, a empresa tem sentido uma maior procura de um nicho de mercado: a recuperação. “Temos feito muitos trabalhos na área da restauração, em que remodelamos e construímos restaurantes de raiz e novos espaços e conceitos. Fazer parte da revitalização da cidade de Faro com projetos dinamizadores e estruturantes em zonas fulcrais, como a Rua Conselheiro Bivar e o centro histórico de Faro é algo que nos preenche”, acrescentam. Entre os projetos de referência, destacam-se alguns que são verdadeiros motivos de orgulho. O Hotel Yellow, um empreendimento feito de raiz na região de Lagos e o projeto Dunas Douradas, com habitações de luxo que acompanham há vários anos e têm adaptado à arquitetura atual. Para o futuro, Matias Reis, Luís Caetano e a equipa da Plan conseguem prever um crescimento gradual, com projetos de continuidade e desafios. “O caminho perspetiva-se positivo, até porque são projetos com bastante relevo no Algarve, já aprovados. Um deles é o núcleo de desenvolvimento turístico em Olhão,

Colina Verde Sports Academy, um hotel com capacidade para 500 atletas, totalmente diferente do que existe no nosso país. Será um centro desportivo para atletas, de alto rendimento, que funcionará durante o ano inteiro. A ideia é diversificar o tipo de desportos na região e este complexo irá receber muitas equipas internacionais de várias modalidades. Será um projeto pioneiro e um grande desafio para a PLAN”, concluem.

Morada: Rua Manuel dos Santos Vaquinhas Lote 84, Loja 2 8135-173 Almancil T: +351 289 392 636 E: info@planassociados.pt www.plan.pt

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A EXPERIÊNCIA DE SENTIR A CASA Enriquecer cada espaço com detalhes que marcam a diferença e mudam vidas é uma das principais missões da Al4uatro. Esta é uma das mais antigas e prestigiadas lojas de design de interiores, mobiliário e lifestyle do Algarve. Aqui cada projeto é único, o serviço é personalizado e o cliente sabe que pode confiar numa equipa experiente que encontra soluções à sua medida. AL4UATRO

EQUIPA O número 4 de Almancil deu nome a um projeto inovador. Teresa Cálem chegou ao Algarve e dedicou-se a uma pequena loja que funcionava como atelier de pinturas e decoração, precisamente no número quatro. O negócio foi evoluindo e a mudança para um espaço maior, aprofundando o interior design era inevitável. O bom gosto da fundadora ia conquistando clientes de dia para dia e em 2002 adquiriram uma quinta antiga que foi remodelada e dá hoje vida à Al4uatro. Um espaço contemporâneo que alberga duas áreas distintas: a decoração e o mobiliário e ainda a restauração, com a presença da Pizzaria Casavostra, uma referência na região. Um novo cliente, um novo projeto Apesar de ter sido fundada em 1986 e contar já com 31 anos de experiência, muitas ideias foram reformuladas e os espaços aproveitados. “Cada projeto é único e prestamos um serviço personalizado. Numa primeira fase é condição essencial visitar o espaço, familiarizarmo-nos com ele. Já temos feito alguns projetos em que desconhecemos a casa, apenas tendo acesso à planta mas é totalmente diferente e ficamos com a sensação que falta alguma coisa. Preferimos conhecer a loca52 | PORTUGAL EM DESTAQUE

lização, como está implantada e dividida, a luz que incide sobre ela e outros fatores que são determinantes na elaboração do projeto e escolha de cores, materiais, disposição e outros pormenores”, começa por contar a designer de interiores, Ana Paula Mendes. Num trabalho tão específico revela-se fundamental “sentir a casa” e dar voz ao espaço. Atualmente, os serviços prestados pela Al4uatro dividem-se entre decoração, mobiliário e lifestyle. O grande objetivo é poder ajudar o cliente, ir de encontro às suas necessidades e preferências, seja de forma parcial ou total. Após conhecerem o espaço, o acompanhamento da obra é decisivo na escolha dos materiais. Segue-se a fase da decoração e aí a equipa presta um apoio essencial no que diz respeito à seleção dos artigos. “Queremos que a casa se torne um local aconchegante e de conforto e que o cliente sinta que não se trata apenas de uma casa mas possa ter uma experiência”, completa. Confiança e continuidade Aqui, como em qualquer negócio, existe vários tipos de clientes. Aquele que desconhece e prefere deixar tudo nas “mãos” da equipa e ainda aquele que chega com uma

noção definida, transmitindo as ideias, cores e materiais. A função da Al4uatro é aconselhar e perceber a utilidade que se pode atribuir ao espaço, até porque se muitos dos clientes adquirem casas para alugar e rentabilizar, outros pretendem criar uma segunda casa. Devido às condições de excelência e vantagens que o nosso país apresenta, a maioria dos clientes desta loja são estrangeiros, destacando-se os ingleses, irlandeses, alemães, holandeses e mais recentemente os franceses. Ainda assim, existem muitos portugueses que apostam numa decoração sofisticada e na hora de remodelar a sua casa apostam na Al4uatro. O sucesso da loja é confirmado por um feedback bastante positivo e pelo regresso dos fregueses. “Temos um cliente de continuidade, alguns que nos solicitam desde o início, são já clientes habituais. Gostaram da experiência e procuram-nos para tratar de uma segunda casa ou remodelação, seja para filhos ou netos e vão recomendando aos amigos. Apreciam o estilo, confiam no nosso bom gosto e qualidade dos materiais e continuam a solicitar os nossos serviços, nem que seja para pequenos apontamentos decorativos


como almofadas e cortinados. Há uma relação de confiança e proximidade”, revela a designer.

Aspetos que diferenciam O facto de estar localizada no Triângulo Dourado é uma vantagem para a Al4uatro, permitindo-lhe ter clientes diferentes, com maior poder de compra e que confiam no seu trabalho. Mas não é o único ponto que torna esta loja uma referência. O pequeno atelier, onde tudo começou, continua a funcionar e a ser uma mais-valia que a diferencia das restantes. Aqui é possível personalizar o mobiliário, acrescentar pormenores solicitados pelo cliente e fazer pinturas decorativas em paredes. Pormenores que distinguem os produtos e a marca. A Al4uatro trabalha ainda com marcas reconhecidas em que a qualidade, estética e design são características essenciais. No contacto com os fornecedores, é privilegiada a sua capacidade de dar uma resposta diferenciada em que cada projeto é viável. Assim, a maioria dos artigos são redesenhados e personalizados à medida do cliente. Para assegurara um serviço de excelência, nove colaboradores integram uma equipa sólida e experiente. Desde designers de interiores a pessoal responsável pela pintura, montagem e transporte, todos são importantes e possuem um know-how ímpar. “O estilo que cada loja representa é o suficiente para definir o tipo de cliente que nos visita. Temos um showroom inspirador e muito bonito e quando o cliente vem cá já sabe aquilo que nós somos e fazemos, o tipo de produto que temos, os serviços que podemos oferecer. A diferenciação está no tratamento diferenciado e tentamos aproximar o nosso trabalho ao gosto do cliente. Apesar de termos um estilo próprio, temos que acompanhar o mercado, ajustar-nos às novidades e procura. E principalmente, mimar e tratar bem o cliente, faz parte da filosofia da casa, bem como o profissionalismo, dedicação e responsabilidade que assumimos até ao fim”, asseguram Ana Paula Mendes e Lina Kneizyte, designers. O futuro da Al4uatro passa por manter o nível de serviço a que já habituou os clientes, evoluir e crescer. Uma das grandes prioridades é o cliente particular, sendo para este público que a empresa direciona toda a sua dedicação. As experiências enriquecem as casas e os clientes, mas sobretudo, a Al4uatro e os seus 31 anos de existência.

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CALDAS DA RAINHA As Caldas da Rainha cresceram em torno do Real Hospital das Caldas, mandado edificar pela rainha D. Leonor, no século XV. A cidade foi-se desenvolvendo em torno deste projeto e, mais tarde, muito ligada também às artes e aos artistas, apoiados fortemente pela rainha. A tal ponto a cidade lhe interessava que Caldas passou a ter a designação “da Rainha”. Quando foi elevada a cidade, houve um grande aumento populacional e, por isso mesmo, também se tornou mais conhecida. As termas das Caldas da Rainha, anexas ao hospital, ficaram famosas pelos seus bons resultados nos tratamentos de pele, sobretudo no final do século XIX e início do século seguinte. No que diz respeito a pontos turísticos, Caldas da Rainha tem muito para oferecer. A forte oferta cultural traduz-se em cinco museus de destaque – Museu do Hospital e das Caldas, Museu de José Malhoa, Museu da Cerâmica e Casa-Museu de São Rafael. A juntar aos museus, há ainda o Centro de Artes, um espaço cultural que tem por missão apoiara produção artística e promover eventos de âmbito cultural. O parque D. Carlos I é um excelente local para passear com as crianças, deixá-las brincar no parque infantil enquanto aprecia o jardim, ou dar uma volta de barco pelo lago que existe no local. A Lagoa de Óbidos é outro fantástico local a visitar, principalmente para quem é amante da Natureza e gosta de estar em contacto com fauna única no país. É considerada a maior e também a mais bonita da Península Ibérica, no que respeita a lagoas de água salgada. A praia da Foz do Arelho é uma das mais conhecidas praias do país, bem como uma das mais bonitas.

PASSAGEM DE ANO 2017 Venha celebrar connosco no Bukubaki, aproveite muitas actividades em contacto com a Natureza e entre em 2018 da melhor forma possível! PROGRAMA COMPLETO INCLUI * Alojamento Glamping * Pequeno Almoço Incluído * Sessão de Cinema * Passeio de Bicicleta Fantic Fat * Último Surf de 2017 * Primeiro Yoga Meditação de 2018 * FESTA REVÉILLON com * Cocktail de Boas Vindas * Jantar de Fim de Ano * Festa com DJ e Bar Aberto * Celebração de Fim de Ano * Ceia Bukubaki Eco Surf Resort | Rua do Juncal, 6 2525-331 Casais Mestre Mendo ) +351 262 249 830 | ) +351 967 138 917 * info@bukubaki.com | www.bukubaki.com


20 ANOS DE SUCESSO Com uma carreira de 20 anos, Ana Saramago dá nome a um dos cabeleireiros mais conceituados da região Oeste. Um percurso de sucesso, sempre feito em equipa. ANA SARAMAGO CABELEIREIROS 17 anos, através de uma pessoa que me procurou no sentido de a ajudar a rapar o cabelo e a colocar-lhe uma prótese capilar. As cabeleiras não são um negócio, são algo que eu faço de coração. O cabelo é a moldura do rosto e principalmente para as mulheres, perdê-lo afeta-as bastante. Hoje em dia já é possível ter um aspecto mais natural e por isso temos investido muito nesta área.” Tendências Quando questionada acerca das tendências para os próximos tempos, Ana não tem dúvidas de que a cor é o futuro, balayages e ombres são grandes tendências nesta área. “Na realidade estamos numa fase de cor e até as adolescentes começam desde cedo a querer apostar nos ombres. É um serviço que não deixa crescimento, transmite um ar discreto e como não precisa de manutenção, é bastante procurado.” Para além do seu salão, Ana Saramago integra a equipa artística da marca de produtos para cabelo Redken, o que lhe dá a possibilidade de participar em novos projetos, durante todo o ano e estar sempre a par de toda a dinâmica e de todas as tendências a nível internacional relacionadas com o cabelo.

ANA SARAMAGO Inicialmente no centro da cidade, e posteriormente na periferia das Caldas da Rainha, este salão sofreu recentemente uma reviravolta de 180 graus, através de uma remodelação total. Com inspirações nova-iorquinas, o salão ‘Ana Saramago Cabelereiros’ ganhou um ar industrial mas, ao mesmo tempo, com um toque requintado. Mas Nova Iorque não é a única cidade ali representada. São muitas os clientes que referem um estilo parisiense nas salas de estética. Num investimento colossal, só restaram as paredes por forma a dar vida a um espaço único, original, com carácter. Com um espaço mais amplo, fizeram-se novas contratações e são já 12 os profissionais que ali dão o seu melhor. Quanto a serviços disponibilizados, Ana Saramago, proprietária do espaço, diz-nos que não falta nada. “Temos tudo. Desde o cabelo ao corpo. Entre outros serviços, oferecemos jet bronze, vacuoterapia, pressoterapia, drenagem linfática, depilação a laser, massagem de relaxamento, cavitação, pedicure, manicure... Tentamos ter tudo o que envolva bem-estar”, disse-nos a profissional, reforçando que “é imprescindível que quem nos escolha encontre mesmo tudo”. Outro dos serviços nobres que este espaço disponibiliza é o apoio a mulheres com problemas oncológicos através da elaboração de cabeleiras. “Esta ideia surgiu há

Mensagem de boas festas Ana refere que mais do que tratar da beleza exterior, é imprescindível ouvir o cliente, acolhê-lo com um sorriso, para que perceba a que ponto é importante. Refere ainda o papel que os cabeleireiros têm na vida dos clientes. “A cada meia hora, os profissionais de cabelo e estética, adequam o seu estado emocional a quem servem. Ora temos alguém que se vai casar e que está eufórico, ora temos alguém que chora porque se vai divorciar, a seguir atendemos uma que está grávida, um que vai ser pai e eventualmente logo depois alguém que perdeu um filho. Em termos de alterações emocionais, julgo que as pessoas nem têm a noção daquilo com que lidamos. Ha quem olhe para a nossa área como algo de muito material, mas é muito mais do que isso. Trabalhar com o público é algo que eu adoro e que me faz crescer enquanto pessoa.” Nesse sentido, esta profissional que criou um espaço muito próprio e de referência já nacional, não quis passar esta oportunidade sem deixar uma mensagem aos seus clientes e à sua equipa: “Quero desejar boas festas a todos e espero que esta seja uma época para entendermos como tudo seria melhor, se conseguíssemos que este espírito durasse todo o ano. O nosso lema é: “Mais do que cabelos, tocamos corações” porque fazemos tudo com muita paixão e criamos uma relação muito especial com quem nos escolhe. “Acredito que sozinhos vamos mais depressa, mas acompanhados vamos mais longe e, por isso, faço tudo para ter uma equipa sempre motivada que encare a sua presença na empresa, não como um trabalho mas sim uma missão”. Ana Saramago Cabeleireiros é hoje mais do que uma marca, é um conceito, uma filosofia aplicada ao mundo do cabelo e sem a equipa toda que tem por trás, não seria a mesma.”

R. DA CUTILEIRA 3, CALDAS DA RAINHA TLF: 262835758 TLM: 917309226 E-MAIL: ANASARAMAGOCABELEIREIROS@GMAIL.COM PORTUGAL EM DESTAQUE | 55


“AS PESSOAS SÃO O NOSSO FOCO” Em entrevista à Revista Portugal em Destaque, Rita Cepa, administradora e formadora do grupo Remax City, apresenta-nos aquela que é umas das principais imobiliárias da zona da grande Lisboa e de Caldas da Rainha.

REMAX CITY II “Este projeto existe há seis anos e foi o meu pai, Mário Cepa, quem o iniciou. Começamos com uma primeira imobiliária em Óbidos e depois, um pouco à descoberta, decidimos abrir uma outra agência em Odivelas, a Remax City I, sendo que são dois mercados totalmente diferentes. Nessa altura, a loja de Odivelas cresceu bastante, mais que a de Óbidos, em que fomos durante dois anos consecutivos, considerada a imobiliária que mais evoluiu nessa zona. Mas, há cerca de um ano decidimos que Caldas da Rainha seria muito mais central e resolvemos investir neste mercado. Hoje, o grupo é constituído pela Remax City I, em Odivelas, pela Remax City II, em Caldas da Rainha e por uma equipa de 25 elementos”, começa por nos explicar. A atuar em mercados com características próprias e distintas, Rita Cepa acredita que a oferta disponibilizada por estes dois espaços é uma mais-valia no que respeita às necessidades dos seus clientes. “Consideramos que estes dois mercados fazem sentido, mesmo sendo áreas bastante diferentes. Assim, conseguimos trabalhar na capital do país, uma área mais cosmopolita e com mais movimento, em contraste com a cidade das Caldas da Rainha, mais calma e com uma qualidade de vida diferente. Com esta dualidade, conseguimos uma boa parceria porque muitas vezes os clientes procuram uma coisa e que em Lisboa, por exemplo, não é possível, mas conseguimos encontrar aqui. Sentimos que o mercado das Caldas da Rainha e sobretudo o mercado da grande Lisboa, estão em forte crescimento, pois a banca voltou a permitir os financiamentos que as pessoas precisam e que são inevitáveis. No entanto, existem muitos investidores estrangeiros que continuam a querer vir para Portugal e a apostar no país como sendo um local de excelência. A par de Lisboa, Caldas da Rainha é uma zona muito procurada por estrangeiros, que ao contrário dos portugueses, não consideram uma hora de viagem um entrave para adquirir um imóvel”. No entanto, pertencer e associar-se ao grupo imobiliário líder de mercado em Portugal, a Remax, é igualmente, na sua perspetiva, um dos principais fatores que permitiram atingir o sucesso alcançado ao longo de seis anos de atividade. “Fazer parte da Remax faz toda a diferença em relação a qualquer outra imobiliária. O acesso à formação que temos, ao sistema de partilha de negócios, que é fundamental, o impacto da nossa própria imagem junto do público, através de uma imagem muito consolidada em termos de marke56 | PORTUGAL EM DESTAQUE

RITA CEPA E MÁRIO CEPA ting, os vários prémios que a marca recebe e que conseguimos alcançar a nível nacional, mostram-nos claramente que estamos no sítio certo. Uma das grandes vantagens do grupo Remax é saber adaptar-se a todas as revoluções que este setor vai sofrendo e acredito que o ramo imobiliário é cíclico e que está em constante mudança”. Neste sentido e com o objetivo de crescer, o grupo Remax City, encontra-se neste momento a recrutar pessoas vencedoras, ativas e com vontade de evoluir no setor. “Como o mercado atualmente se encontra, precisamos de pessoas que queiram ganhar dinheiro, pois o nosso sistema de formação ajuda a que rapidamente consigam perceber como realmente funciona, o que também nos ajuda a crescer. Queremos pessoas que gostem de pessoas, que gostem de ganhar dinheiro, de comunicar, pois somos muito mais que agentes imobiliários e o nosso trabalho vai muito para além de vender casas. Neste sentido, também fazemos questão de apoiar de alguma forma campanhas de solidariedade tendo um grande foco na responsabilidade social e acreditamos que é assim que vamos crescer e ajudar a crescer quem está à nossa volta. Foram seis anos de trabalho intenso e árduo e a comunicação com as pessoas, é o que nos move. Aqui, não existe barreira de idade, mas notamos que há cada vez mais jovens a apostar nesta área. O mais importante é força de vontade e ter um objetivo, independentemente do caminho a percorrer. Neste negócio cada um vai onde quer e procuramos pessoas vencedoras, com vontade de chegar o mais longe possível”, conclui Rita Cepa.



SOBREMESAS DELICIOSAS E CASEIRAS Com 14 anos de mercado, a Vários Sabores começou com um crescimento sustentado, passou por dificuldades e reinventou-se. Atualmente possui inclusivamente um laboratório, para desenvolvimento de produtos á medida dos nossos clientes. O próximo desafio é apostar no setor da aviação e nos super-alimentos. VÁRIOS SABORES

A Vários Sabores nasceu em 2004, da sociedade de Paulo Mateus e Eugénio Santos. Infelizmente, o segundo faleceu de acidente poucos dias após o início da atividade da empresa, o que deu a Paulo Mateus, a vontade redobrada de a fazer vingar. “Queria fazê-lo por mim, mas também em honra do meu Amigo. Quando começámos a Vários Sabores, o foco foi o mercado de distribuição para supermercados. Começámos por contactar a rede de supermercados Intermarché e, em 2005, já enviámos amostras das nossas sobremesas para a SONAE, a fim de tentarmos uma parceria futura”. Essa parceria concretizou-se em 2007 e tem vindo a ser reforçada ano após ano. “O nosso grande impulsionador foi o Continente. Foi a partir do momento que começámos a trabalhar com eles que o nosso projeto ganhou firmeza e hoje fazemos parte do clube de produtores”. Dois anos depois de ter conquistado este cliente, a Vários Sabores recebeu o prémio “Empresa Gazela”, atribuído pela D&B Consulting e o Ministério da Economia: “Este prémio destaca as empresas que tiveram um crescimento sustentado muito acentuado e foi o que aconteceu. De 2006 a 2009, crescemos muito”. Entre 2011 e 2012, porém, as medidas governativas fizeram aumentar o IVA dos produtos lácteos de seis para 23 por cento em janeiro de 2011, o que afetou fortemente a Vários Sabores. “Os produtos com que nós trabalhávamos na altura eram, em mais de 50 por cento, derivados do leite (natas) como por exemplo: baba de camelo, natas do céu, tiramisu, cheesecakes…Quando o IVA subiu, o preço para o consumidor final iria aumentar muito, 58 | PORTUGAL EM DESTAQUE

PAULO MATEUS


então tivemos que assumir esses custos e isso, quase ia levando a empresa ao fim”. A solução surgiu em 2013, “resolvemos reinventar-nos. Trabalhávamos para um setor em que o preço era sempre o primeiro item a ser considerado e tivemos de alterar isso. Optámos por apostar na qualidade dos nossos produtos e diversificar a gama incluindo entre outros as tartes Gourmet, o que nos permitiu um posicionamento mais sólido no mercado”. Depois da mudança, a empresa tem vindo sempre a crescer. “Em 2014 tivemos um crescimento de 70 por cento. No ano seguinte aumentámos 49 por cento. Em 2016, 22 por cento e, este ano, o crescimento está na ordem dos 30 por cento. É uma faturação a rondar quatro milhões de euros”. O crescimento rápido da empresa obrigou ao aumento da própria infraestrutura. Em 2014, logo após o relançamento da empresa, foram feitas obras na unidade da Benedita, mas o espaço era pequeno e, em 2016, a Vários Sabores iniciava as obras na nova unidade das Caldas da Rainha. “Viemos para cá em Setembro de 2017. Quando fizemos estas instalações, já procurámos contemplar também espaços próprios para os nossos colaboradores, porque eles são peças fundamentais. Manter os nossos colaboradores satisfeitos e garantir o seu bem-estar é o nosso objetivo para assegurar a motivação máxima, por exemplo, neste momento temos uma terapeuta profissional a fazer uma massagem relaxante de 20 minutos, a todo o pessoal durante o horário de trabalho”. A pensar nisso, a Vários Sabores tem uma cantina, um espaço exterior, onde os colaboradores podem fazer uma pausa e relaxar e um espaço infantil, para quem tem filhos e não tem onde os deixar depois de os ir buscar à escola. “Estamos a implementar a certificação IFS, porque há muitos clientes que já nos perguntaram se somos certificados e é o tipo de certificação que nos abre muitas portas, principalmente no mercado Europeu. Estamos também neste momento a criar um documento que declara o código de conduta e valores da empresa, para nos alinharmos a todos com forma de ser/estar da Vários Sabores, o nosso edifício foi projetado com a silhueta de um Navio e o nosso lema aqui é ‘Todos no mesmo Barco’ “. A juntar ao cuidado que tem com os seus colaboradores, a Vários Sabores valoriza a qualificação. “Temos nove pessoas com formação superior, na nossa equipa, sendo que cinco delas são engenheiros alimentares e estão espalhados pelos diferentes setores, desde a qualidade, às compras, passando pela produção. Temos também um pasteleiro qualificado, cujo contributo nos deu alguma solidez na oferta ao mercado”. Cada vez mais, os clientes pedem qualidade e inovação, por isso a Vários Sabores criou o departamento I&D com um laboratório, de cerca de 50 metros quadrados, onde são desenvolvidos novos produtos. “Já têm saído daqui produtos muito bons. Em setembro, tivemos um cliente inglês que ficou três dias connosco, a usufruir das condições que temos no laboratório e criamos quatro produtos á medida e que já entraram em linha numa cadeia de restauração em Londres. Estamos em permanente desenvolvimento de amostras customizadas, para os nossos clientes”. Os clientes da Vários Sabores são grandes cadeias de distribuição alimentar, como o Continente, a Makro, Auchan, o Casino, em França, e a Mercadona, em Espanha. A nível da restauração, a empresa trabalha com nomes como H3, Burguer Ranch e Go-Natural. Uma das apostas da empresa é no setor da aviação. “Ainda não há muito para revelar, mas a nossa próxima aposta já está a ser desenhada no sentido de estar presente com produtos também neste setor”. A juntar à aposta na aviação, a Vários Sabores pretende investir no mercado dos produtos saudáveis e dos super-alimentos.“Queremos desenvolver produtos free-from e com sementes, cookies e barras. A ideia é continuar a crescer e diversificar os produtos”.

Rua da Cerâmica, 24 · Ribafria 2475 - 040 Benedita Telf.: +351 262 928 441 · Fax: +351 262 926 509 E-mail: geral@variossabores.com www.variossabores.com PORTUGAL EM DESTAQUE | 59


MUITO MAIS DO QUE UM GINÁSIO Com um percurso de 10 anos, o Balance Club é um ginásio de referência nas Caldas da Rainha e assim o pretende continuar a ser ao longo dos anos que se seguem. BALANCE CLUB pessoas que ainda ficam por casa. Com o slogan ‘Change your Life, Be Balance’ pretendem exatamente fazer a diferença e proporcionar aos seus utilizadores uma mudança que perdure no seu comportamento e rotina diária.

JOÃO SANCHEIRA João Sancheira começou como rececionista do Balance Club e hoje é o seu diretor. É o rosto da dedicação e ambição que regem toda a equipa deste ginásio, e concedeu-nos uma entrevista acerca da identidade deste espaço. Há dez anos, os sócios Pedro Simão, Luís Avelar, Henrique Martins e Carlos Condeço juntaram-se e decidiram abrir nas Caldas da Rainha o Balance Club. Decidiram usar um estrangeirismo para abrir um novo leque de possibilidades e viram aqui no espaço, que anteriormente era uma oficina de carros, uma oportunidade. Começaram do nada e agora têm mais de 20 colaboradores a tempo inteiro. “Há 10 anos, o conceito de fitness quase não existia, haviam maioritariamente pequenos ginásios ou academias com o foco na cultura fisica. A questão da saúde e do bem-estar associados à combinação de nutrição e exercício físico não existia e podemos orgulhar-nos de ter este legado criado ao longo deste período. Fazemos parte da revolução do fitness nas Caldas da Rainha. Neste momento somos uma referência”, referiu João Sancheira. Apesar do estatuto que atingiram, não deixam de parte a sua missão e responsabilidade social que se prende em trazer a vontade de fazer exercício àquelas 60 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Serviços disponibilizados Para além do ginásio, onde se destaca o circuito Egym com máquinas avançadas tecnologicamente (ainda únicas em Portugal), o Balance Club (já é marca registada) possui uma vasta gama de aulas em grupo, uma box de Cross Training (a Área 51), banho turco, sauna e tem também uma unidade de saúde a funcionar no interior das instalações, com gabinetes onde a nutrição e a fisioterapia são as especialidades de maior relevo. Chama-se Unidade de Saúde Balance (USB). Massagens de relaxamento, pilates clínico e abdominais hipopressivos, um serviço muito virado para recuperações pós-parto, são outros dos serviços que a USB oferece. Numa perspetiva exterior às instalações, acordos com parceiros sólidos permitem por exemplo a utilização de piscina pelos sócios do Balance. Trabalham também na produção de eventos, onde levam as aulas desportivas para a rua, maioritariamente no verão, de uma forma livre para quem as quiser praticar. Cliente do Balance Club De acordo com o diretor do espaço, o cliente do Balance é cada vez mais específico, até porque, segundo o próprio, o mercado tratou de os segmentar. “Há soluções para todos os gostos e com muita qualidade, e nós aqui nas Caldas estamos muito bem servidos em termos de ginásios. O nosso cliente é exigente e sabe que aqui vai encontrar um serviço qualificado e capaz de responder a suas necessidades específicas. Procura qualidade, um ambiente familiar e concretização de objetivos e resultados. Esse é o nosso tipo de cliente.” Mensagem de Natal Aproveitando a oportunidade, o diretor do Balance Club não quis deixar de transmitir uma mensagem natalícia aos leitores em nome de toda a equipa:

“Queremos desejar uma quadra verdadeiramente feliz a todos e agradecer este ano especial de 10º Aniversário que agora termina. Numa altura de reflexão, mas também de preparação de mais um novo ano fantástico, esperamos essencialmente que continuem a olhar para nós como parceiros ideais para uma vida mais saudável e feliz. Assumimos essa responsabilidade e damos melhor de nós próprios, todos os dias! Para quem ainda não é nosso cliente e quer começar o ano com uma rotina renovada, está, antes de mais, de Parabéns pela decisão! Estaremos à disposição para tudo o que for preciso e vamos fazer tudo para que já mais se arrependam da melhor decisão das suas vidas.”

Polo São Cristóvão, Caldas da Rainha Telf: 262083054 / 918078788 geral@balance.pt www.balance.pt


LEZÍRIA DO TEJO Coruche é a sede de um dos maiores municípios de Portugal. Pertencente ao distrito de Santarém, é ocupado por povos desde o período paleolítico, segundo sugerem vestígios no vale do rio Sorraia. Coruche é a capital mundial da cortiça. Só neste concelho, é extraída oito por cento da cortiça nacional e as fábricas do concelho produzem cinco milhões de rolhas de cortiça por dia. Por esse motivo, Coruche tem o Observatório do Sobreiro e da Cortiça é único no país, revestido a cortiça no interior e no exterior. Este edifício foi desenhado pelo arquiteto Manuel Couceiro, como homenagem à árvore de Portugal, o sobreiro. A entrada na cidade faz-se por sete pontes diferentes, coloridas entre o amarelo e o vermelho e com menos de três quilómetros cada, o que transforma a experiência de entrar em Coruche numa sensação alegre e transbordante de cor. Em Coruche, pode visitar o Museu Municipal, onde poderá admirar o mais antigo sino de Portugal, datado do século XIII. Terra de Lezíria e Montado, de lendas e tradições, misturadas com a modernidade e a inovação, Coruche é uma terra a conhecer. Em Almeirim, que faz fronteira com Coruche, a cultura também é um dos pontos centrais. A primeira biblioteca da terra, a Biblioteca Municipal Marquesa de Cadaval, foi inaugurada em 1937 e o Museu Municipal representa outro pólo cultural muito importante de Almeirim. A tradição das touradas está presente em Almeirim, bem como em Coruche, e a praça de touros está para provar isso mesmo. Além disso, pode visitar o Pórtico do Paço dos Negros, do tempo de D. Manuel I, o Jardim da República ou optar por fazer um circuito pela Rota do Vinho de Almeirim.


VOAR SEM ASAS: UMA EXPERIÊNCIA MÁGICA Com mais de 15 anos no mercado, a marca Windpassenger® é líder em Portugal, dedicando-se em exclusivo ao transporte de passageiros em balão de ar quente. Desde 2004 já voou mais de 26.000 pessoas com uma equipa de pilotos experientes e qualificados, proporcionando experiências inesquecíveis e mágicas. WINDPASSENGER

Subir aos céus a bordo de um balão de ar quente é uma experiência de vida inesquecível. Sem rumo nem destino marcado a viagem é feita ao sabor do vento. Cada voo é único e irrepetível. Se o seu sonho é voar de balão mas nunca teve a coragem, ou a oportunidade, para o fazer, Guido Santos garante que com a Windpassenger basta embarcar e desfrutar da viagem. A empresa foi fundada em 2004, e desde então já transportou mais de 26 mil passageiros, com uma equipa de pilotos experientes e qualificados. Mas a paixão pelo balonismo é mais antiga, começando com o pai, Carlos Manuel Santos, que viu pela primeira vez um balão de ar quente em 1978, na cidade holandesa de Utrecht. Até 1994 acompanhou equipas holandesas e espanholas, tendo realizado voos na Holanda (Utrecht), Portugal (Açores, Madeira), França (Limoge, Pau), Suíça (Basileia), Espanha (Ponteceso, Coruña, Ponferrada, Logroño, Madrid), Emirados Árabes Unidos (Abu Dhabi, Dubai), Marrocos (Ourzazate, Marraquech). Por Portugal, o percurso iniciou-se em 1987 com um balão da Fiat no Rally de Portugal e em 1988/89 com o balão da Fnac. A paixão passou de geração e em 2004, Guido Santos fundou

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GUIDO SANTOS a Windpassenger, dedicada unicamente a voar passageiros. A marca é hoje gerida pela Passageiros do Vento, uma empresa de animação turística que se dedica ao transporte de passageiros em balões de ar quente e que faz da segurança a sua prioridade. O objetivo, assume o responsável de operações, era “poder partilhar a incrível sensação de subir em altitude a bordo de um balão de ar quente”. E para tornar a experiência ainda mais inesquecível, a empresa tem 10 balões completos, nomeadamente, o maior balão de ar quente da Península Ibérica, com lugar para 24 pessoas e dois pilotos, oferecendo mais espaço e conforto. “Vamos candidatar-nos a um projeto, no âmbito dos fundos comunitários, para trazer para Portugal o maior balão de ar quente do mundo a voar passageiros, ou seja um balão para 32 pessoas e dois pilotos”, revela o responsável, esclarecendo que, por um lado, será um novo desafio e, por outro lado, será no sentido de rentabilizar e facilitar o acesso de todos a esta experiência inesquecível. Se a segurança o preocupa saiba que esta é uma empresa “com a cabeça nas nuvens mas os pés bem assentes no chão”, sublinha Guido Santos. A Windpassen-

ger conta com todos os certificados, seguros e licenças da European Aviation Safety Agency (EASA) e é inspecionada todos os anos por uma empresa CAMO (Continuing Airworthiness Management Organisation). “Tudo para lhe garantir a máxima qualidade e segurança, desde o primeiro momento”, realça. A Windpassenger está habilitada a realizar voos em todo o país e dá ainda apoio a formação, licenciamento das práticas de balonismo, registo e certificação na ANAC, organização e manutenção (AMO) ou continuação da certificação (CAMO). Com mais de 20 anos de experiência e mais de 2500 horas de voo, Guido Santos é instrutor e tem o projeto de criar uma escola em 2018, para que seja possível ob-

ter a licença de voo portuguesa, uma vez que hoje quem pretender obter a sua licença terá que o fazer fora do país. Paralelamente, Guido Santos pretende tirar a licença de balões a gás e, em 2020/2021, participar na Coupe Aéronautique Godon Bennett, a corrida de balões a gás mais antiga do mundo, cujo objetivo é voar a maior distância. Portugal nunca participou nesta corrida e Guido Santos gostaria de ser um dos elementos da primeira equipa portuguesa, tendo no horizonte a vitória, já que o país da equipa vencedora é o anfitrião da edição seguinte.


Uma aposta ganha Entre os dias 28 de março e 2 de abril de 2017, os céus da pacata vila ribatejana de Coruche, encheram-se de cor e fantasia. Foi esta a proposta da Rubis Gás, patrocinador principal, e da Windpassenger, empresa organizadora da primeira edição do Rubis Gás UP — Festival Internacional de Balonismo Coruche. Com o apoio das instituições locais e do tecido empresarial, o festival acolheu 35 equipas oriundas de todo o mundo, como Brasil, Espanha, França, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Inglaterra e, claro, Portugal. O céu encheu-se de figuras invulgares, como balões em forma de mota, dragão marinho, pelicanos, gelados, piratas, garrafas de gás, enfim nos céus de Coruche desfilaram alguns dos mais originais e surpreendentes exemplares do mundo. Em simultâneo com os passeios de balão, realizaram-se atividades lúdicas para as crianças e toda a família, no Parque do Sorraia, como uma feira de artesanato, caminhadas, street food e um espetáculo noturno de luz dos balões com música. Guido Santos considera que foi um sucesso e certamente uma aposta ganha. “O retorno do evento foi muito positivo, cerca de 36 vezes o investimento inicial e, para além disso, o festival recebeu mais de 15 mil visitantes, um excelente número para esta 1ª edição. “Este evento é para continuar e a ideia é apostar sempre nos balões de forma especial, aliás este ano o festival contou com a mota, o maior balão de ar quente do mundo de forma especial”. Em 2018 o Festival Internacional de Coruche irá realizar-se entre 6 e 11 de novembro.

cer neste Natal. Os CTT também iniciaram nesta época natalícia a venda do produto The Skybox pelo preço de 129€. Os packs variam consoante o destino, duração do voo e vantagens incluídas. O Gift Card Discovery, versão low cost, oferece um voo de 50 minutos (às sextas-feiras) sobre as serenas planícies de Coruche e do Ribatejo. Já o Gift Card Portugal leva-o a descobrir algumas das mais bonitas paisagens de norte a sul do país em destinos selecionados como Lisboa Vale do Tejo, Aveiro, Castro Verde, Alqueva, entre outros, num voo com duração até 1h30 por 159,90€. Por outro lado, o Gift Card Dream & Fly Away, oferece a experiência mais completa e vantajosa, que inclui um voo para duas pessoas e alojamento com pequeno-almoço em Coruche ao preço especial de 299,90€. The Skybox é uma caixa de oferta preparada para impressionar quem a receber e inclui folheto e postais exclusivos the Skybox ao preço especial de 129€. O pack WP Romance permite um voo único e exclusivo com a sua cara-metade, com a duração média de 1h30 e inclui um brinde com champanhe no final do voo, por 600 euros. Por último, o Flying With The Stars oferece a experiência única de um voo noturno onde poderá presenciar a magia do nascer do sol ao nível do seu olhar. Este voo tem a duração média de 2h e o valor ascende aos 1000€. Fácil, acessível e certamente inesquecível, os packs da Windpassenger são o presente certo para impressionar quem mais gosta neste Natal.

A sua marca em destaque no céu Para além de voos de passageiros particulares e empresariais, ou até voos feito à medida, a Windpassenger estendeu a sua oferta de serviços à publicidade e venda de balões personalizados. Pense num design, uma marca, um produto, uma mascote, a sua imaginação é o limite. A Windpassenger trata de tornar o seu sonho uma realidade. Uma experiência inesquecível A Windpassenger, empresa líder nacional em voos de balão de ar quente, tem um produto exclusivo nas lojas FNAC em Portugal. Três Gift Cards (Discovery, Portugal e Dream & Fly Away) com experiências únicas de voo a partir de 99€ para oferePORTUGAL EM DESTAQUE | 63


ESTRADA DOS PAÇOS, Nº 128 2080-517 ALMEIRIM TEL: 243 579 349 E-MAIL: MEUSUPERFAZENDASDEALMEIRIM@GMAIL.COM

UMA REFERÊNCIA PELA QUALIDADE E PROXIMIDADE A revitalização do comércio tradicional e a promoção do empreendedorismo constituíram a motivação para a criação do Meu Super Fazendas de Almeirim, que abriu portas a 25 de julho de 2015. Entre as mais-valias espelhadas pelo conceito, Inês e Diogo Graça, proprietários, destacam, em entrevista à Portugal em Destaque, “a garantia de um leque alargado de referências, disponibilizadas a preços competitivos, com um elevado nível de serviço”. MEU SUPER FAZENDAS DE ALMEIRIM

INÊS E DIOGO GRAÇA 64 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Aberto desde 2015, o Meu Super foi um projeto pensado pelos empreendedores Inês e Diogo Graça com intuito de criar um espaço que proporcionasse uma resposta de qualidade aos habitantes da vila de Fazendas de Almeirim. A superfície comercial fica situada na Estrada dos Paços e tem vindo a afirmar-se como uma referência, que se diferencia pela qualidade. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, Inês e Digo Graça contam como chegaram até aqui, seguindo um percurso, trilhado com muito empenho e dedicação. Com experiências e atividades profissionais distintas, os jovens empreendedores decidiram abraçar um desafio, contando com o apoio do pai de Inês, avançando para a compra de um terreno e construção, tendo criado, em 2013, um espaço ligado a outra insígnia comercial. Em 2015 nasceu o novo conceito, o Meu


Super Fazendas de Almeirim, concretizando assim mais um significativo contributo para o desenvolvimento económico e social da região. O grande fator de sucesso da marca Meu Super é o seu conceito de proximidade. O compromisso assumido neste espaço é o de oferecer uma grande seleção de produtos para todas as ocasiões e a mais elevada qualidade e a frescura aos melhores preços. Para atingir este objetivo, este jovem casal está diariamente na loja, percebendo assim o que os clientes querem e desenvolvendo as estratégias de negócio que lhes permite ir ao encontro das necessidades e exigências de que procura esta superfície comercial. Quem visitar o Meu Super Fazendas de Almeirim, certamente encontrará todos os motivos para voltar uma e outra vez, porque num só espaço pode encontrar um conjunto de valências que emanam qualidade, diversidade, compromisso, confiança, e tudo isto com preços bastante competitivos. Desde logo, a própria loja que cativa não só pelo serviço personalizado, próximo e atento, mas também pela própria harmonia e coesão na disposição dos produtos. No Meu Super pode encontrar tudo para o dia-a-dia, desde a grande diversidade de produtos da marca Continente, assim como produtos das marcas líderes no mercado a um preço competitivo. Segundo Diogo Graça, houve também a preocupação de disponibilizar produtos regionais. Por seu lado, Inês Graça acrescenta que o objetivo deste projeto, que permitiu a criação de 10 postos de trabalho, é dar resposta a um novo paradigma, “com produtos de qualidade a um preço muito competitivo, suportados por uma marca reconhecida por todos”. Aposta no conceito de talho tradicional Inês e Diogo Graça criaram um espaço personalizado que, desde o início, pretendeu diferenciar-se pela qualidade, disponibilizando aos seus clientes um conceito de talho tradicional com produtos selecionados, exclusivamente nacionais, e marcas de referência das regiões do Ribatejo e Alentejo. Molhinhos de Borrego, tripas, línguas de porco, bofe, rins, fígado, queixadas de porco, chouriço caseiro, carnes nacionais porco, vaca e borrego alentejano são apenas alguns dos exemplos dos excelentes produtos que poderá encontrar neste espaço. Take Away: uma aposta ganha O Meu Super das Fazendas de Almeirim tem uma novidade para os seus clientes: Churrasqueira Take Away. Neste novo serviço estão disponíveis diariamente frango assado, pato, coelho, espetadas de porco, leitão e muito mais. Para acompanhar também pode adquirir batatas fritas, arroz de forno e legumes. A aposta em equipamentos inovadores e de grande qualidade “permite-nos disponibilizar um conjunto de pratos regionais, confecionados no forno, que têm cativado os nossos clientes”, fazendo deste novo serviço um verdadeiro sucesso. E o sucesso já levou o jovem casal a pensar em reduzir a área de cafetaria e aumentar o espaço do take away. Novos horizontes Questionados sobre o futuro, Inês e Diogo Graça afirmam que vão continuar a dedicar-se ao crescimento e consolidação deste projeto, contudo deixam antever novos desafios. No âmbito da requalificação e dinamização da Arena d’Almeirim, que criará quinze espaços comerciais, o jovem casal terá uma pequena loja gourmet com marca própria, onde os produtos regionais como os vinhos, enchidos, carnes, frutas e legumes terão grande destaque. PORTUGAL EM DESTAQUE | 65


UMA VIAGEM PELOS SABERES E SABORES DO RIBATEJO O Restaurante Tertúlia da Quinta, em Almeirim, fica ao lado da praça de touros, e propõe uma viagem pelos saberes e sabores do Ribatejo. A cozinha apresenta especialidades da lezíria, paladares inspirados entre os aromas da terra e as águas do Tejo. Apostando na gastronomia tradicional na sua mais pura expressão, o Tertúlia da Quinta apresenta um serviço requintado, proporcionando aos seus clientes um cardápio recheado de paladares, aromas e cores. RESTAURANTE TERTÚLIA DA QUINTA

SÉRGIO RODRIGUES

O espaço nasceu como Quinta de Sant´Ana, uma loja gourmet que ‘respirava’ o legado gastronómico das gentes ribatejanas e a cultura dos saberes e sabores típicos desta região, mas em 17 de fevereiro de 2005, foi inaugurado o Tertúlia da Quinta, um conceituado restaurante que se concentra na conceção e divulgação da gastronomia típica ribatejana, aliada ao casamento perfeito com os melhores vinhos da região, como conta o anfitrião Sérgio Rodrigues. Implantado no coração da Sopa da Pedra, em Almeirim, este espaço gastronómico foi decorado com a máxima atenção a cada pormenor, de modo a proporcionar uma memória viva das gentes ribatejanas através de alguns artefactos expostos. A divulgação da gastronomia típica tem sido feita não só pelo espaço em si, mas também através da participação em concursos gastronómicos, em programas de televisão e em certames de interesse gastronómico. A Sopa da Pedra tem sido a iguaria nobre desta divulgação mas também sido dada enfâse às carnes de touro bravo e à doçaria. A partilha com os produtores de vinho tem igualmente atingido nobre sucesso, através dos jantares vínicos «Notas Soltas», que servem para divulgar a excelente comunhão entre iguarias e vinhos. “O conceito Notas Soltas desenha-se a partir do equilíbrio harmonioso das notas de prova com as notas culinárias e as notas musicais. Três argumentos são o suficiente para a participação nestes jantares: a elegância dos vinhos, o equilíbrio do menu e a magia da música”, esclarece, lembrando que o último «Notas Soltas» decorreu no dia 1 de abril 66 | PORTUGAL EM DESTAQUE

e contou com a presença do músico Rão Kyao e da fadista Deolinda Barros. Um dos ingredientes para o sucesso do Tertúlia da Quinta é, sem dúvida, a aposta na promoção da gastronomia tradicional na sua mais pura expressão, aliada a ideias inovadoras e a uma confeção inspirada no rigor e na perfeição, para que todas as suas iguarias ganhem vida nas mesas do restaurante. Uma apresentação e empratamento deliciosos e aprimorados são outros dos segredos deste espaço gastronómico. Nas especialidades apresentadas pelo Tertúlia da Quinta enquadram-se como não poderia deixar de ser a Sopa da Pedra, mas também o touro bravo, carne tenra de sabor intenso, e as carnes de porco preto. “Além disso, tentamos recuperar algumas iguarias do receituário da cozinha


tradicional almeirinense”, revela, recordando a experiência da conquista do 1º. prémio num concurso de arroz doce tradicional, que decorreu em 2012, em Torres Novas. No capítulo das iguarias gastronómicas, o nosso anfitrião destaca ainda os molhinhos de carneiro e a caldeirada de bacalhau à moda de Almeirim, dois pratos que pretende ver certificados a curto prazo e que são verdadeiras maravilhas da gastronomia almeirinense. Estes pratos podem ser bem acompanhados por néctares de qualidade que afirmam e distinguem a soberba culinária, isto porque o Tertúlia da Quinta tem uma excelente garrafeira. E depois de uma excelente refeição, deixe-se deliciar com as tentadoras sobremesas. Mas o Tertúlia da Quinta é muito mais que um simples restaurante, é também uma verdadeira delícia para os cinco sentidos, principalmente para o paladar, recheado de sabores e aromas, combinados com um ambiente distinto, francamente apreciado por todos os que o frequentam. Com uma decoração elegante e um atendimento personalizado, e uma capacidade para cerca de 90 pessoas, no Restaurante Tertúlia da Quinta encontra os ingredientes necessários para passar bons momentos na companhia dos seus amigos e familiares, portanto o local ideal para um jantar empresarial ou um simples convívio de amigos. Vale a pena conhecer este espaço gastronómico por excelência que há 12 anos faz as delícias de todos quantos o visitam, sempre com a simpatia e atenção do seu anfitrião, Sérgio Rodrigues.

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LARGO PORTO JOÃO FELÍCIO, N.º 8 2100-116 CORUCHE TEL: 918 498 791 E-MAIL: RESTAURANTE.GRANGULA@GMAIL.COM WWW.GRANGULA.WEEBLY.COM

UM VERDADEIRO DESFILE DE SABORES O Gran’Gula representa o encontro perfeito entre a arquitetura rústica e um ambiente moderno. A entrada do restaurante dá lugar a um pátio tipicamente português e deixa antever o requinte das suas salas. A ementa privilegia a gastronomia tradicional, mas deixa espaço para a inovação e criatividade. RESTAURANTE GRAN’GULA Bem-vindos ao Gran’Gula, o restaurante situado na simpática vila de Coruche, que oferece o que de melhor tem a cozinha tradicional, proporcionando-lhe uma viagem de sensações e de sabores únicos, combinados com um ambiente requintado e intimista. Espaço gastronómico por excelência, ideal para se deixar arrebatar por deliciosas iguarias confecionadas pelo anfitrião Pedro Veiga, que nos recebe com grande simpatia e um olhar atento a cada detalhe, para que cada refeição se torne num momento ímpar. Sem sombra de dúvidas, o Gran’Gula é o lugar onde uma refeição significa prazer: de comer, de estar com amigos e de beber um bom vinho. O Restaurante Gran’Gula reabriu portas há pouco mais de dois meses com um conceito que representa um encontro entre a tradição gastronómica e o desafio de novos ingredientes e aromas, realçando a simplicidade e os sabores. Este espaço esconde um verdadeiro desfile de sabores dos quais destacamos risotto de gambas com cogumelos e lima, bacalhau gratinado com presunto em carcaça de pão caseiro, secretos de porco preto com migas de espargos, empada de cabrito, folhado de perdiz, tornedó em molho de vinho da Madeira, ou com molho de mostarda e estragão. Iguarias da antiga carta como o magret de pato ou o camarão tigre com aguardente velha também poderão ser uma boa opção, mas terão que ser por marcação. Esta maravilha gastronómica disponibiliza ainda aos seus clientes um menu executivo durante a semana, apostando essencialmente em pratos mais tradicionais desde pataniscas com arroz de feijão, coelho frito à caçador com arroz de cogumelos silvestres, tiras de choco frito com açorda de grelos, ou iscas de vitela em vinha d’alhos, arroz de louro e alface frisada. Contudo, Pedro Veiga, chef e anfitrião do Gran’Gula, também gosta de contemplar os seus clientes com sabores diferentes como a bolonhesa de salmão salteado com cogumelos e gengibre servido com 68 | PORTUGAL EM DESTAQUE

spaghetti nero, bifinhos de frango com cogumelos, espinafres e molho de soja. “A nossa carta pretende ir ao encontro de um vasto leque de clientes e diferentes gostos aliando propostas tradicionais e sofisticadas, sempre com o objetivo de proporcionar uma experiência gastronómica inesquecível”, revela. O Gran’Gula está aberto aos almoços de segunda a sexta e jantares de sexta e sábado, permitindo ainda reservas nos períodos de encerramento com marcação prévia. Desde a realização de brunch’s, almoços, petiscos ou jantares, este restaurante assume-se um espaço rústico, mas cosmopolita capaz de criar ambientes distintos. A sua capacidade varia entre 40 a 70 pessoas com a utilização do pátio. Quem conhece o Gran’Gula fica encantado e quem prova não esquece os seus sabores, nem o ambiente, serpenteado pelos sons do jazz e bossa nova. Pedro Veiga mostra-se satisfeito com a reabertura do restaurante, mas outras ideias estão nos seus horizontes, como um personalizado serviço de chef a cozinhar em casa dos clientes, apostando nos sabores tipicamente portugueses apresentados de forma diferente, onde o requinte e o bom gosto fazem parte dos ingredientes.


HÁ 17 ANOS A OLHAR POR SI A Óptica Vanessa nasceu há 17 anos e tem sabido adaptar-se a um mercado em contínua evolução, investindo em equipamentos de alta precisão, na tecnologia ótica mais avançada. Com modernas instalações e infraestruturas, disponibiliza o mais completo leque de serviços de apoio ao cliente, saúde dos seus olhos e ao seu conforto, como também meios técnicos e profissionais qualificados, que visam o bem-estar visual dos seus clientes. ÓPTICA VANESSA

HELENA FIDALGO A Óptica Vanessa é uma referência, em Almeirim, de qualidade e excelência na comercialização e prestação de serviços óticos. Com 17 anos de história e trabalho, a Óptica Vanessa tem hoje três espaços de venda ao público, em Almeirim, Coruche e Benfica do Ribatejo, assumindo a sua diferenciação pela qualidade e inovação. Helena Fidalgo tem uma experiência de 28 anos no ramo da ótica, e em 2000, com grande entrega e empenho, decidiu abraçar o desafio de criar o seu próprio espaço, porque “fazer óculos é uma paixão”, revela, sublinhando que é um privilégio fazer o que se gosta, principalmente nesta região, essencialmente pela qualidade de vida. Desde o início, assumiu um conceito diferenciador que tem como pilares a qualidade do serviço prestado, a seriedade no mercado, enfim, saber trabalhar com coerência e lealdade com os clientes, “essa é a minha palavra de ordem e penso que os meus clientes conseguem reconhecê-lo, apesar de todas as adversidades consigo estar no mercado com a consciência tranquila de que faço o melhor por aqueles que me procuram”, sublinha Helena Fidalgo, acreditando que este tem sido o segredo da longevidade da empresa. Em 2017, a Óptica Vanessa em Almeirim remodelou as suas instalações, no sentido de acompanhar a evolução do mercado, isto porque “a ótica está em mudança a passos largos e nós para servirmos os nossos clientes com o profissionalismo com que estão habituados não podemos parar”, afirma Helena Fidalgo, lembrando

que a “Essilor Portugal é a marca de lentes mais conhecida e com a qual trabalhamos desde o início”. Por outro lado, a Óptica Vanessa está credenciada pela Essilor e certificada pela Associação Nacional dos Ópticos, o que lhe permite ter acesso a uma panóplia de informações e formações que são uma evidente mais-valia. Neste espaço de saúde ótica, podemos encontrar uma vasta gama de marcas em óculos e lentes bem como em óculos de sol. Entre elas estão a Ray-Ban, Vogue, Prada, Armani, Carolina Herrera, Tom Ford, entre outras, bem como um serviço de excelência, “sincero e próximo”. Ao longo de 17 anos, a Óptica Vanessa criou vários laços com os clientes e com as instituições da comunidade, assumindo o seu papel de responsabilidade social, apoiando por

exemplo o CRIAL - Centro de Reabilitação e Integração de Almeirim. Esta dinâmica deve-se ao carisma, personalidade e entrega de Helena Fidalgo, qualidades que fizeram com que fosse escolhida para liderar a Associação Comercial e Empresarial de Almeirim, funções que exerce com grande empenho, para que o comércio tradicional e as pequenas indústrias continuem a ser referências do tecido empresarial do concelho. Helena Fidalgo sublinhou que, durante o mês de dezembro, está uma pista de gelo ecológico na Esplanada das Laranjeiras, no centro de Almeirim, numa parceria da Câmara Municipal com a Associação Comercial e Empresarial de Almeirim e com a Associação de Restaurantes. “A criação deste espaço tem como objetivo a dinamização da atividade económica do concelho e regiões vizinhas e turistas”, evidencia aproveitando a oportunidade para desejar a todos um Feliz Natal!

• Praça Lourenço de Carvalho, 32 | 2080-043 Almeirim Tel.: 243 591 220 • Rua da Misericórdia nº 6 e 4 | 2100-134 Coruche Tel.: 243 618 060 • Rua Direita nº144 | 2080-326 Benfica do Ribatejo Tel.: 243 589 022 E.: opticavanessa@sapo.pt

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GONDOMAR E SANTO TIRSO Gondomar é uma terra rica em tradições, muito diversificadas no que diz respeito ao seu património artístico, cultural, histórico e de lazer. Quem procura o Turismo de Natureza estará em casa em Gondomar, pois o rio Douro atravessa o concelho, o que permite um sem-número de atividades aquáticas e ligadas à Natureza. Quem se interessar mais por património histórico e arquitetónico tem nos Espigueiros um bom exemplo de como funcionava a vida agrícola antigamente. Estas pequenas construções em madeira e granito serviam para guardar as espigas, depois da colheita, em condições corretas de armazenamento, e ainda hoje podem ser encontradas, um pouco por todo o município. A azulejaria também marca este concelho, nomeadamente na estação de caminhos-de-ferro de Rio Tinto, onde pode admirar uma vasta coleção de azulejos. Os mesmos também estão presentes nas igrejas de S. Cosme, Rio Tinto e Foz do Sousa. O Monte Crasto é o ponto mais alto do concelho, com 194 metros de altura, coroado pela capela de Santo Isidoro. Outros pontos de interesse do concelho são a Casa Branca do Gramido, o solar da Bandeirinha e o solar da Casa de Montezelo, todos exemplos arquitetónicos e históricos de grande interesse. A nível de atividade económica, Gondomar está a florescer e é um local interessante para quem quiser começar um negócio, pois a atividade comercial e de serviços é intensa.



OLHAR SOBRE O FUTURO COM O BEM-ESTAR DO PRESENTE A Associação de nome AMUT – Associação Mutualista de Gondomar surgiu em 2011 originária da “transformação da Caixa de Previdência dos trabalhadores da Câmara e Serviços Municipalizados de Gondomar, a qual nasceu em 1963”. Ângela Pereira, Presidente do Conselho de Administração (CA) da AMUT, acredita que este é um projeto que desenvolve “formas de as pessoas se partilharem, através de encontros de sabedoria e de atividades promotoras da saúde e qualidade de vida”. ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA DE GONDOMAR

que refere que “cessam, com efeitos a 1 de janeiro de 2007, quaisquer financiamentos públicos de sistemas particulares de proteção social ou de cuidados de saúde”, que a Caixa de Previdência suspende as suas funções a partir de 20 de fevereiro de 2007. A 25 de janeiro de 2011, com a publicação do Decreto-Lei nº 13/2011 de 25 de Janeiro, que regulava a transferência de verbas das Câmara Municipais para a concessão de benefícios sociais, a Câmara Municipal de Gondomar aprova a retoma do subsídio, sendo necessário a Caixa de Previdência se transformar numa associação de direito privado. E, foi lutando e batalhando pelas “necessidades que sabíamos estarem presentes”, que, a 14 de julho de 2011, em Assembleia Geral foi aprovada a transformação da antiga Caixa de Previdência numa Associação Mutualista, mantendo o seu foco no apoio social às despesas de saúde dos colaboradores autárquicos. Mas os dias da AMUT - Associação Mutualista de Gondomar vão muito para além dos cuidados de saúde. Áreas como a educação e a sociologia são trabalhadas de modo “a promover o bem-estar da comunidade que nos envolve”. É por isso que a AMUT tem por missão “a qualidade de vida para todos, solidariamente”, conforme a Presidente da direção explica.

A força de vencer no passado que marca o futuro Nos seus inícios, a Caixa de Previdência desempenhava funções de apoio social aos funcionários municipais essencialmente na área da saúde. Nessa época os acidentes de trabalho e doenças eram frequentes, decorrentes das parcas “condições de segurança e de trabalho na construção das redes de água, de eletricidade, de saneamento e de mobilidade municipais. Esta precariedade levava a que, em caso de incapacidades temporárias ou permanentes do trabalhador ou até mesma da morte, as suas famílias ficavam em graves dificuldades”. Numa altura em que, tal como a Presidente do CA explica, “eram maioritariamente os homens que trabalhavam para trazer o salário para casa e as mulheres tinham a responsabilidade das tarefas do lar e do acompanhamento dos filhos, a “Caixa de Previdência nasce, ainda antes da segurança social, como uma das primeiras organizações nacionais deste género, comparticipando despesas de saúde e um “subsídio por doença”. E desde cedo tornaram-se um exemplo a seguir. Foi no seguimento da publicação da lei de Orçamento de Estado para o ano de 2007, aprovado através da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de dezembro, e mais especificamente o estipulado no artigo 156.º 72 | PORTUGAL EM DESTAQUE


De hoje em diante: promoção do bem-estar “A primeira caminhada foi com 17 pessoas. Neste momento, quando lançamos uma caminhada, em cerca de 30 minutos chegamos a ter mais de 150 inscritos”, é com orgulho que Ângela Pereira e António Ferreira, Vogal do CA da AMUT, abordam um dos primeiros projetos que implementaram. Com o mandato renovado por mais três anos, apostam em atividades que “procurem responder às necessidades dos nossos associados e não só, ao público em geral”. Os projetos que abraçam com a consciência de que é necessário “dar passos minimamente seguros, respondendo ao nosso objetivo”, abrangem também a formação especializada. Em concreto o Programa “Encontros de Sabedoria” caracterizado por formações nas mais diversas áreas do saber que não só “promovem o conhecimento geral, como também permitem” que os indivíduos se sintam “bem consigo mesmos e na comunidade onde estão inseridos” e potenciar a partilha de experiências. Tal como a Presidente explica, através de “formações que podem ser mais técnicas ou mais informais” e com planos trimestrais que abrangem diversas formações, desde a Informática, passando por Pilates, Técnicas de Relaxamento e Yôga, até a “formações certificadas mais direcionadas para empresas”, a AMUT disponibiliza “formação por um técnico de excelência, com preço acessíveis”. Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Medicina Tradicional Chinesa, Osteopatia e Reflexologia são apenas algumas das especialidades que a Clínica AMUT’Saúde disponibiliza a “valores solidários” para a comunidade, conforme explicam à Portugal em Destaque os elementos do CA. A clínica, sediada no centro de Gondomar, presta cuidados de saúde dando respostas integradas que levem à redução do consumo de “medicamentos, a não ser que seja em casos de emergência”. É nesta “perspetiva que a clínica funciona, promovendo uma série de outras técnicas, com enfoque na ali-

mentação”. Ângela Pereira, de acordo com a experiência que lhe é transmitida pela equipa da AMUT’Saúde, defende que “grande parte das nossas patologias surge de uma alimentação errada e desequilíbrios emocionais”. São por isso fundamentais as “palestras gratuitas e abertas a qualquer pessoa, normalmente ligadas à saúde”, que permitem aumentar o conhecimento da população. A realização mensal destas iniciativas, em horário pós-laboral, possibilita que “as pessoas possam sair do trabalho e vir ao nosso espaço”, afirma. Com “uma equipa jovem, de excelência, a Clínica AMUT’Saúde tem desenvolvido um trabalho interdisciplinar”. E como quem corre por gosto não cansa, segundo o ditado português, o CA da AMUT - Associação Mutualista de Gondomar procura desenvolver projetos diversificados de modo a poder “dar resposta sociais em várias áreas de atuação”. Para os próximos anos, prevê, conforme conta Ângela Pereira, “dar continuidade aos apoios na área da saúde e criar uma farmácia social”. António Ferreira recorda que, por mês, em média, “são devolvidos cerca de 22 mil euros em comparticipações das despesas de saúde aos nossos associados”. O “alargamento da nossa Associação para além dos nossos associados que são os trabalhadores da Câmara”, é também uma das propostas do atual Conselho de Administração. Contudo, é necessário salvaguardar aqueles que, até hoje, colaboraram com a Associação. Assim, a AMUT pretende expandir-se para uma nova modalidade que, “aberta a toda a comunidade que permitirá o acesso a todas as nossas atividades e aos benefícios constantes dos nossos protocolos”. “A gestão de uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas que irá permitir prestar auxílio à população sénior e/ou com dependência e desenvolver o apoio domiciliário”, são também “alguns sonhos que esperamos concretizar até 2020”.

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CONSTRUIR ATRAVÉS DA DESCONSTRUÇÃO DO PRECONCEITO A Associação Social de Silveirinhos (ARCSS) é um exemplo no que se relaciona com “força de vontade e querer”, conta Matilde Monteiro. Através da participação em diversos projetos que promovem a “inclusão das pessoas com deficiência e com doença mental”, a Associação dá “uma resposta através da ajuda de investidores e apoios, nomeadamente o Instituto Nacional de Reabilitação (INR)”. A IPSS que “tem também o estatuto de Associação Juvenil, do IPDJ”, é simultaneamente um Centro de Cultura e Desporto (CCD) da Fundação Inatel. O trabalho que têm vindo a realizar permitiu, também, a obtenção da classificação como Organização Não Governamental de Pessoas com Deficiência (ONGPD). ASSOCIAÇÃO SOCIAL DE SILVEIRINHOS

MATILDE MONTEIRO Matilde Monteiro, diretora da ARCSS, recorda o tempo da formação da Associação. “Nasceu em Silveirinhos em 1985, com um contexto geográfico e histórico ligado a São Pedro da Cova e às minas, com famílias muito pobres e em situação de exclusão social”, conta, explicando que a Associação surgiu como uma forma de “dar resposta e saída a algumas crianças e jovens que andavam nas ruas e em situação de risco”. Para além do trabalho com os jovens, a deficiência e a doença mental são, nos dias de hoje, o principal foco de atuação da ARCSS. Mas nem sempre foi assim. Os inícios revelaram-se difíceis e trabalhosos. Com um “crescimento, mais ao menos após uma década, do ponto de vista desportivo, cultural e recreativo”, a Associação sofreu algumas transformações. E foi em 2005, com uma “equipa mais eclética a nível técnico e social”, que se candidataram a um projeto que “pretendia trabalhar a área da igualdade de género”. Foi através desta primeira experiência que o corpo técnico percebeu que “esta era uma área com muitas carências em São Pedro da Cova e no município de Gondomar”. Após mudança de instalações, de modo a tornar-se “mais próxima do público juvenil”, a Associação começou a redirecionar-se estrategicamente para projetos “relacionados com a área social e de intervenção, embora já tivesse um historial reconhecido neste campo”. Jornalista de primeira formação, Matilde Monteiro conheceu a ARCSS a convite do Presidente da altura, Miguel Oliveira, que a envolveu num projeto internacional. E “desde aí nunca mais me desliguei da Associação”, ocupando hoje a direção executiva, após ter sido, também, Presidente da Direção, ainda que não se considere “mais do que os outros, nós aqui somos todos iguais”. Foi através da “equipa que fomos criando e dos valores que tra74 | PORTUGAL EM DESTAQUE

çámos” que, a partir de 2009, a “Associação deu um salto com continuidade nos projetos”. Definindo assim o público-alvo, a Direção “começou a pensar internamente em formar os quadros diretivos” uma vez que a equipa era constituída por “muitos elementos de diferentes áreas de formação, apostando na profissionalização e capacitação para a gestão”. O principal destaque é dado “pela inclusão através da arte e da empregabilidade”. “Pessoas com deficiência e doença mental, em cima de palcos”, mexe com a sociedade “e faz-nos pensar”. Matilde Monteiro recorda que “fomos o primeiro grupo constituído por pessoas com deficiência a participar no Encontro de Dança municipal”, e é isto que orgulha a diretora. Outro motivo de orgulho para a instituição é o projeto RUMOS, que visa o emprego e a capacitação deste público, através da criação de um negócio social e de outras medidas de empregabilidade. Para além de ter ganho inúmeros prémios nacionais, contou com o reconhecimento da Fundação EDP e do BPI Capacitar. Mas há outras iniciativas que diferenciam os trabalhos realizados pela Associação. A criação de um “CD de raiz com músicas, letras e coreografias originais” foi a resposta dada para o “Projeto experimental inovador e atípico”, a nível nacional. A “Turma do Rodas”, nome dado ao CD, surgiu como medida de intervenção na “educação e prevenção rodoviária nas escolas”. Através da inclusão de “todos os membros da Associação”, desde os designers até às pessoas com deficiência e doença mental, o CD permitiu o desenvolvimento de “diversas áreas de conhecimento”. “Tudo isto é criação nossa”, conclui a diretora, relembrando a necessidade permanente de obter “financiamento para além dos grandes parceiros que temos e a quem nós muito agradecemos pois sem eles não era possível realizarmos todo este trabalho”.

RUA DA ESCOLA DA MÓ, S/N SÃO PEDRO DA COVA, PORTO, PORTUGAL TEL: 220 997 855 E-MAIL: ARCSS.GERAL@GMAIL.COM WWW.ARCSS.ORG


CRIAR, ADAPTAR E MELHORAR SERVIÇOS DE QUALIDADE Inovar é a palavra-chave para Jorge Santos, administrador de uma empresa jovem no mercado. É ao apresentar a empresa à Revista Portugal em Destaque que pretende dar a conhecer aos leitores os serviços de qualidade superior da Bricotec24. BRICOTEC24

Desde 2014 a aplicar os melhores serviços Há três anos no mercado, a Bricotec24 começou por ser responsável por promover várias empresas de diversas áreas de atividade. “Apercebi-me que algumas delas sentiam alguma dificuldade em adicionar contactos e em gerir a publicidade em que apostavam, ou seja, na sua própria gestão interna e administrativa, e percebemos que existiam algumas lacunas”, explica o administrador. A inovação fez parte, desde o início, do ADN da empresa que acabou por projetar “um modelo de negócio diferente, que nunca tínhamos visto no mercado”. Para concretizar esta novidade decidiram criar uma central de serviços, de forma a promovê-los. Serviços estes realizados pela equipa de colaboradores da Bricotec24 com a devida “seriedade que nos caracteriza”.

desta forma estão a “ganhar experiência e posteriormente irão prestar um serviço ainda melhor e vamos continuar a trabalhar com eles”. As soluções certas para um futuro de sucesso Tendo a qualidade como principal objetivo, Jorge Santos defende que é preciso trabalhar com dedicação, o que leva a que se criem soluções imprescindíveis para irem ao encontro das necessidades dos clientes. “Somos conhecedores de quem está mais bem posicionado para oferecer um serviço de qualidade e mesmo que essa resposta não exista numa determinada região, tentamos destacar uma outra equipa de outra zona, mesmo que fique mais dispendioso”, refere o administrador.

“Um bom serviço 24 horas” Para além da eficiência dos serviços, desde desentupimentos, limpeza de fossas, assistência de caldeiras a gás e gasóleo a fugas de água, a empresa desenvolveu, juntamente com um parceiro, novos equipamentos certificados que estão aliados “à prestação de um bom serviço 24 horas”. De norte a sul do país com as principais áreas de atuação A área dos desentupimentos e inundações são as que têm uma procura maior. Para isso, Jorge Santos afirma que têm capacidade para cobrir o país todo e “mesmo que não estejamos na nossa zona de conforto, tentamos prestar o melhor atendimento ao cliente através da subcontratação de serviços”. A Bricotec24 invade o território nacional para prestar os melhores serviços com a mais alta qualidade, “o que consideramos ser uma vantagem”. É assim que têm como alguns dos principais clientes os particulares, mas não só. Trabalham com empresas, hospitais privados e com o Serviço Nacional de Saúde. Fatores de diferenciação levam a boas experiências Existem diversos fatores que diferenciam a Bricotec24 no mercado, nomeadamente a rapidez e a eficácia dos colaboradores. “Os nossos serviços não são necessários todos os dias, mas numa emergência queremos ser a solução”, o que faz com que Jorge Santos tenha um conceito inovador entre mãos em que os clientes podem sempre contar com a empresa para resolver os problemas que considerem necessários. A excelente prestação dos serviços por parte dos técnicos é outro dos fatores a destacar. O administrador explica que

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O MARISCO CHEGOU A SANTO TIRSO A mais recente aposta, na área da restauração, na cidade de Santo Tirso, dá-se pelo nome de ‘O Mocho’ e promete surpreender. Inspirado no símbolo da sabedoria, é gerido por Maria Cunha e foi com ela que estivemos à conversa por forma a conhecermos melhor o conceito que representa. RESTAURANTE O MOCHO

Este restaurante abriu portas há um mês e é essencialmente uma casa de mariscos onde as tapas funcionam como uma alternativa a quem não aprecia as iguarias marinhas. “Quem cá vem pode começar pelas tapas, passar para os mariscos e depois optar por um dos três pratos que fazem parte da nossa ementa: o arroz de marisco, o polvo à Mocho e o bife à Mocho”, explicou-nos a proprietária. No que diz respeito às sobremesas, todas são confecionadas no restaurante, à exceção dos ‘pecadinhos do Abade’ que são feitos pelo chef Miguel Oliveira – vencedor do con-

curso da RTP, À Mesa dos Portugueses –, amigo da casa que fez questão de colocar a sua especialidade no novo espaço de Santo Tirso. Da oferta de bebidas para acompanhar as refeições fazem parte a Cerveja K – cerveja de fabrico próprio – e outras cervejas importadas, bem como vinhos verdes, do Douro e Alentejo. “Quisemos que os vinhos fossem diferentes e não tão comercializados, apostamos na qualidade e na diferença”, confidenciou-nos Maria Cunha. Já conta com take-away Com menos de um mês de existência esta casa já se apercebeu das necessidades dos seus clientes e, por forma a dar uma melhor resposta, as tábuas mistas de marisco já podem ser levadas para casa. Uma novidade que inclui sapateira, camarão, percebes e mexilhões e que promete fazer as delícias dos tirsenses. Caros leitores de Santo Tirso, e arredores, não se coíbam de se deslocarem ao restaurante ‘O Mocho’ e comprovem que a frescura e a qualidade do marisco já chegaram ao concelho!

Morada: Rua José Luís de Andrade nº40 | 4780-487 Santo Tirso • T: 939 853 944 • E: omochosantotirso@gmail.com

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O NATAL NA CONFEITARIA MOURA A Pastelaria e Confeitaria Moura, cuja sede se encontra localizada em Santo Tirso, nasceu em 1892, há precisamente 125 anos, para adocicar a vida dos portugueses e não só. Produz uma enorme variedade de iguarias de receita ancestral, sendo o Jesuíta e os Limonetes os seus ex-libris. O segredo destes produtos de enorme sucesso encontra-se fechado “a sete-chaves” no seio da família Moura e nela permanecerá, espera-se, pelo menos, por mais um século. CONFEITARIA MOURA

Num ano repleto de motivos para celebrar – festejou este ano 125 anos de existência e inaugurou uma nova loja –, a Confeitaria Moura aproveita a quadra que atravessamos para, através da Revista Portugal em Destaque, desejar a todos os seus clientes um Feliz Natal ao mesmo tempo que agradece a fidelidade e confiança depositadas na Marca Moura durante o ano de 2017. Marca Moura – Uma marca com história A história desta casa remonta há 125 anos e as receitas mantêm-se inalteradas desde então. É esse, dizem-nos Alda Moura e Fernanda Pelayo (nossas entrevistadas nesta edição), o segredo que está por detrás de tanto sucesso. A qualidade dos produtos e a forma de fabrico dos produtos de pastelaria também se diferenciam na medida em que, nesta casa, não se usa nada pré-fabricado: “Usamos 78 | PORTUGAL EM DESTAQUE


ovos frescos na confeção de todos os produtos e isso é uma das nossas grandes diferenças. A juntar a isso, o próprio chocolate é feito e trabalhado por nós”, confidenciaram-nos. Os éclairs e fatias de chocolate são dois exemplos que merecem ser provados por todos quantos visitem a Pastelaria e Confeitaria Moura. Também os artigos de confeitaria, os chamados “doces de gaveta”, são deliciosos e acompanham muito bem um café, ou um chá, a qualquer hora do dia. “O resultado que temos é fruto de um conjunto de pormenores que fazem a diferença. Para além da matéria prima, é necessário ter muita atenção, cuidado e principalmente carinho para que os produtos saiam assim tão saborosos e diferentes”, afirmaram as administradoras. A Marca Moura ganhou, no ano de 2017, um novo impulso e um novo ânimo. Alda Moura e Fernanda Pelayo admitiram terem apostado na promoção da marca e que essa ação as surpreendeu de forma muito positiva: “Nós pensávamos que não precisávamos de promoção, que já éramos demasiado conhecidas, no entanto, com esta aposta, a marca Moura fortaleceu-se imenso e está a superar todas as nossas expetativas. Consideramos que esta era a altura certa para o fazer e a verdade é que tivemos resultados imediatos: as vendas aumentaram e a nossa notoriedade perante os nossos clientes, também”, contaram-nos. As redes sociais aproximaram o cliente da administração da Casa Moura e isso permite que a marca esteja em melhoria contínua, sempre à procura de melhor servir os seus já fiéis visitantes. A equipa e o atendimento da Casa Moura Nesta casa com história e tão característica do norte de Portugal trabalham pessoas com mais de 50 anos de casa: “São elas a nossa imagem perante os clientes”, afirmaram as nossas entrevistadas. Mas é chegada a altura de preparar a saída delas e esse processo já está em curso até porque “não se faz nem em dias nem em meses, mas sim em anos. São pessoas quase insubstituíveis e já estamos em processo de formação de novas caras para a nossa casa”, garantiram. “A verdade é que os nossos funcionários entram e não mais querem sair porque temos uma cultura empresarial que tanto sabe acolher clientes como funcionários e isso é reconhecido por eles”, acrescentaram. Do sucesso dos produtos e do atendimento desta casa fazem parte dois fatores muito importantes: a constante formação – “Ainda há pouco tempo fizemos um upgrade aos nossos pasteleiros, proporcionando-lhes formação ao nível da cobertura para bolos

de aniversário” e a expansão e produção serem asseguradas por membros da família, por forma a preservar, assim, o segredo das receitas. As duas casas localizadas na cidade do Porto, uma no Mercado do Bom Sucesso e outra na Baixa da cidade, acompanharam, ao longo do ano de 2017, o sucesso da casa-mãe: “O Porto é uma cidade favorável ao crescimento do negócio, mas agora temos que continuar a trabalhar”.

O doce Natal da Casa Moura e o ano de 2018 Em época natalícia a Pastelaria e Confeitaria Moura apresenta uma variedade muito grande de produtos. O próprio bolo-rei é diferente de todos os outros comercializados pelo país fora: “Só mesmo provando se percebe a diferença, mas podemos dizer que este tem mais frutos secos que frutos cristalizados e que a própria massa tem um sabor diferente”, explicaram-nos as empresárias. A juntar ao bolo-rei tradicional encontra-se uma novidade: o bolo-rei de chocolate, que tem, também, sido um sucesso. “Este ano começamos muito cedo a divulgar estes produtos, portanto a adesão tem sido muito grande e a taxa de satisfação, também”. Mas, caro leitor, aconselhamos que prove estes produtos sempre com um Jesuíta ao lado, prometemos que a combinação não desiludirá, até porque, este ano, €0,10 de cada Jesuíta ou Limonete revertem, de forma equitativa, pelos dois corpos de Bombeiros de Santo Tirso (Amarelos e Vermelhos). Em 2018 será lançado um novo catálogo, em forma digital, com todos os produtos da Pastelaria e Confeitaria Moura e, para além disso, esperam-se mais novidades: “Temos um novo projeto, de expansão, já há muito esperado pelos nossos clientes”, revelaram-nos as administradoras sem adiantarem mais pormenores, mas abrindo-nos, com certeza, o apetite.

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AVEIRO Com mil anos de história, dos quais duzentos e cinquenta como cidade, Aveiro é uma cidade dinâmica que oferece qualidade de vida a quem por ali passa. Cidade de comércio e serviços, com um centro de cultura e lazer inserida numa região de grande desenvolvimento industrial, conhecida principalmente pelos segmentos portuário, ferroviário, universitário e turístico. Quem olha para Aveiro relembra os livros e catálogos de viagens, a essência única que transmite, com os moliceiros semelhantes a gôndolas, lagoas naturais e um contraste elegante da arquitetura do século XIX e as passagens calcetadas. A paisagem aqui é variada, com uma longa costa arenosa, um bonito estuário e variadíssimos parques e jardins. Conhecida como a “Veneza de Portugal”, a cidade portuguesa encantada é atravessada por um canal que dá graça à cidade com os moliceiros coloridos, os edifícios em tons de pastel ao estilo da Arte Nova e a atmosfera urbana tranquila, um cenário perfeito para quem gosta de passear. E por falar em passear… nada como visitar o famoso Mercado do Peixe. Este, é um mercado tradicional que alberga alguns dos melhores restaurantes de marisco de Aveiro. Por ali perto, há uma oferta ampla de restaurantes, lojas e bares. E não se esqueça de provar os divinais ovos moles, que são a especialidade do distrito, enquanto percorre o canal da cidade, as ruelas e as atrações. Quem vai a Aveiro fica com os olhos a brilhar com a beleza da cidade que faz valer a pena cada segundo que ali se passa, é um verdadeiro poço de surpresas à sua disposição para ter uma visita bem agradável.



“DETERMINAÇÃO E ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO”

JOÃO CARLOS NOVO

Localizada na Zona Industrial das Ervosas, em Ílhavo, a Motofil conta atualmente com 300 colaboradores. João Carlos Novo, CEO da empresa, fala do forte dinamismo da Motofil que pretende continuar a fazer novas apostas no mercado. MOTOFIL Fundada em 1981, conte-nos um pouco a história da Motofil. A empresa foi fundada pelo meu pai. A Motofil iniciou a sua atividade no fabrico de Motores Eléctricos e Fio de cobre esmaltado. Em finais de 1998 demos o passo para iniciar a restruturação da Motofil em 1999 e nasce aí o Grupo Motofil. 1998 foi um ano em que o meu pai delegou a gestão do futuro da empresa em mim e à minha irmã. Nesse ano mudámos o rumo do futuro da Motofil. Passámos a ter uma empresa com uma cultura de mentalidade aberta e inovadora. Dois fatores que foram a grande motivação para fazer o nosso forte investimento e o próximo passo para internacionalizar o nosso negócio que na altura era um grande desafio. Foi necessário muita determinação e espírito de sacrifício. Espírito esse que ainda hoje está na cabeça de todos os que nos acompanham nos nossos produtos. Estes são dois fatores que não há dinheiro que os compre, mas sim fatores que se cultivam todos os dias. Está no nosso ADN. Hoje, o Grupo é constituído por várias empresas. Cada uma delas com a sua especialidade mas com ligação à atividade da nossa fábrica mãe: a Motofil Robotics S.A, que em 1999 deixa de fabricar os produtos primários e aposta no setor da Robótica e Automação Industrial; a Motomig – Soldadura Lda, fundada em 2007, destinada ao fabrico de consumíveis de soldadura SG2 e SG3 em bobinas e tambores, que neste momento está a desenvolver dois novos

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projetos na área dos consumíveis. A Motofil Cutting Lda, fundada em 2010 que iniciou a atividade no desenvolvimento e fabrico de máquinas de corte térmico (oxicorte e plasma). Em 2015, deu o grande passo para o fabrico de máquinas de corte a laser 2D e 3D. Neste momento está a ser a grande aposta do Grupo. A Motofil Serviços, fundada em 2009, destinada ao fabrico de componentes em construção soldada e a maquinação dos mesmos. Por fim, a Motofil Aeronáutica Lda, criada em 2012. Uma empresa que foi criada para trabalhar para a Aeronáutica e Aeroespacial, no desenvolvimento de projetos e fabrico de moldes para compósitos, para fabrico de peças em fibra carbono e gabaritos para montagem de diversas partes do avião. Tudo isto foi criado partindo do zero e rapidamente permitiu-nos a afirmação no mercado. Neste momento, somos cerca de 300 trabalhadores e temos um parque industrial de 260.000 m2. Quais são as vossas principais áreas de negócio? Robótica Industrial, nomeadamente na área da Soldadura por arco e resistência e manipulação, Soluções para as Energias Renováveis, eólicas e solar, indústria Automóvel, Indústria Naval e Metalomecânica em geral. Quais as que têm maior destaque para o grupo? As que têm mais destaque é a Robótica e

mais recentemente as máquinas de corte por plasma e laser. Que inovações procuram colocar, diariamente, em todos os projetos que realizam? O Grupo Motofil desde cedo implementou uma estrutura de crescimento sustentado na Investigação e na Inovação. Inovação diária é a palavra de ordem do Grupo e que nos permite ser uma referência no setor a nível mundial. Com mais de 36 anos de experiência e com uma forte aposta na internacionalização da empresa, que projetos futuros têm para a Motofil? O projeto de internacionalização não tem sido nada fácil, mas foi um fator extremamente importante para o nosso crescimento porque permitiu criar grandes oportunidades para os nossos negócios. Durante as últimas duas décadas tivemos uma política de criarmos as nossas próprias delegações comerciais em pontos estratégicos no mundo. O ano de 2018 vai ser um ano de grande afirmação em três mercados: os EUA com três parceiros locais, o Canadá e Alemanha. Estamos a estudar outros mercados. Crescer e fazer crescer é a palavra de ordem do Grupo e dos que mais próximos estão de nós. Encaramos 2018 com grande optimismo, porque vão surgir novos projetos. Estamos preparados para enfrentar o futuro até nos momentos mais difíceis.


50 ANOS SEMPRE NA VANGUARDA HELIFLEX TUBOS E MANGUEIRAS, S.A. Com mais de 48 anos, a Heliflex é apresentada com uma empresa de referência. Como é que tudo começou? Começou de forma muito simples. Foi numa feira de agricultura em Paris que um sócio da empresa Henrique Vieira & Filhos, Lda, que pretendia adquirir um tubo para sucção de água de poços, teve contacto com o grupo A. G. Petzetakis, S.A., de origem grega. Nessa feira, a multinacional grega mostrou-se interessada numa possível representação em Portugal, estando assim lançada a semente que frutificou rapidamente, vindo, a 1 de setembro de 1969, nascer a Heliflex Portuguesa (Tubos Flexíveis), Lda, hoje a atual Heliflex Tubos e Mangueiras, S.A., com capital 100 por cento português. Logo após, a 1 de janeiro de 1971, foi criada a primeira unidade fabril, inaugurando a Zona Industrial da Mota, na Gafanha da Encarnação. Foi o primeiro momento alto de um projeto credível e ambicioso. Desde então, a Heliflex tem progressivamente introduzido no mercado uma gama variada de produtos com alto nível técnico e de qualidade, aspetos estes que sempre pautaram a sua imagem de marca, garantindo a liderança no mercado. Quais são os produtos que disponibiliza no mercado? A Heliflex tem 22 linhas de extrusão ativas, produzindo atualmente 16 milhões de metros de tubo/ano, num total de 5 mil toneladas/ano, divididos em 60 gamas de diferentes produtos, com 28 áreas de utilização. A sua gama de produtos dirige-se a vários segmentos de mercado, pelo que sentimos necessidade de criar quatro áreas de negócio, onde identificamos diversas áreas de utilização. A Heliflex Casa-Jardim, a Heliflex Agro, a Heliflex Tecno-Indústria e a Heliflex Construção, de onde se destacam as mangueiras para jardim e piscinas, mangas planas e sistemas de rega, tubos industriais e sistemas de tubagens para construção civil (tubos e acessórios para canalizações) respetivamente. Qual é o principal mercado em que atua? Face ao crescimento registado nos últimos anos e à crescente competitividade do mercado, a Heliflex sentiu necessidade de investir em produtos com maior conteúdo tecnológico, alargando o seu leque de ofertas, para além de garantir e consolidar a qualidade dos seus produtos e apostar na qualificação crescente dos seus recursos humanos. Este crescimento contínuo e sustentado, permitido pela sua postura de gestão estratégica e de otimização, refletiu-se ao nível da diversificação de mercados, tendo atualmente consolidado a sua posição internacionalmente com a abertura de seis filiais: Heliflex Angola, Heliflex Moçambique, Heliflex Sud America, Heliflex Brasil, Heliflex East Europe e Heliflex Marrocos. Paralelamente às filiais, a marca Heliflex tem atualmente ligações a um total de 54 países, estando

presente em 4 dos 5 continentes existentes. A Europa é o nosso principal mercado, focado sobretudo na área agrícola. Como é que se adaptam a novas soluções e superam os desafios? O nosso core business ainda é um setor tradicional. Por ser um setor tradicional, é pouco permeável a mudanças. Contudo, estas têm necessariamente que ser operadas, quer rápida, quer gradualmente por pressão da evolução célere do mercado e a sua globalização. É um setor que privilegia mais as mudanças a nível tecnológico. Neste sentido, é um facto que a I&D é e sempre foi um dos pilares de desenvolvimento da Heliflex. Temos várias patentes registadas e estamos atualmente com vários projetos em desenvolvimento que irão trazer enormes benefícios aos consumidores deste tipo de produtos. No nosso website e nas redes sociais onde a Heliflex também está presente, estamos constantemente a divulgar as nossas mais recentes novidades. Na vossa perspetiva, quais os principais fatores de diferenciação da Heliflex relativamente a outras empresas do mesmo sector? As principais vantagens competitivas da Heliflex assentam em quatro grandes pilares: a capacidade técnica, a capacidade de produção, a gama alargada de soluções em tubos e mangueiras e o reconhecimento da marca com quase meio século. Paralelamente, ainda sublinhamos os fatores críticos de sucesso do core business em que nos integramos, a saber: indicadores de qualidade exigentes (somos uma empresa certificada pela ISO 9001 e temos uma gama alargada de tubos também eles certificados); serviços de assistência técnica, incluindo o aconselhamento do melhor tubo a utilizar de acordo com a aplicação pretendida, tendo capacidade inclusive para desenvolver tubos à medida das pretensões do cliente e/ou utilizador final (pelo que criámos o GAT – Gabinete de Assistência Técnica); respeito por uma estrutura no canal de distribuição que implica a adoção de diferentes estratégias. Nós somos Heliflex e as pessoas que constituem a Heliflex são aquelas que a fazem diferente. E este fator não é copiável ou reproduzível. Sentimos muito orgulho em fazermos evoluir a marca. A marca Heliflex tem uma personalidade própria, criada por Anselmo Santos e Acácio Vieira. Nós mantemos esta chama viva e por isso a gostamos de sublinhar no nosso slogan institucional: Heliflex – tubos e mangueiras com alma! Por onde passa o futuro da Heliflex? É pelas pessoas que passará o futuro da Heliflex. São os nossos recursos humanos, juntamente com os nossos clientes, que levarão a Heliflex ao centenário. Queremos daqui a 50 anos comemorar o centenário da Heliflex, continuando a crescer!

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HÁ 25 ANOS A CRIAR ESPECIALIDADES Situado na Praia da Vagueira, em Vagos, o Restaurante Caravela tem as portas abertas há 25 anos. O peixe fresco da praia que se encontra mesmo ao lado do estabelecimento faz as delícias de quem por ali passa. Alda Tomé, proprietária, conta-nos como este negócio e paixão começaram. RESTAURANTE CARAVELA

ALDA TOMÉ E O MARIDO A novidade da restauração marcou Alda Tomé e o marido que sempre estiveram ligados à agricultura e à pesca. Em 1992 estavam a construir várias lojas na Praia da Vagueira, local onde Alda e o marido viram a oportunidade de abrir um estabelecimento. “Começamos a pensar no que iríamos fazer. Os amigos deram opiniões e disseram para abrirmos uma loja ou um café e surgiu esta ideia do restaurante. Eu não percebia nada de restauração, não tinha uma noção do que era isto”, destaca Alda Tomé. Na casa da Tia Alda, como é tratada pela maioria dos clientes, cada um cria a sua própria especialidade, mas a proprietária e cozinheira não deixa de salientar alguns dos pratos confecionados que deixam qualquer um com água na boca. “A especialidade na Praia da Vagueira é caldeirada de enguias, mas depois temos outros pratos como a carne de porco à alentejana. Também gostam muito de bacalhau na brasa e frito com batata pala e com molho de cebolada”, uma especialidade muito apreciada pelos espanhóis. Onde há mar, há peixe e é por isso que a proprietária acrescenta que “o peixe grelhado também tem muita saída, como o robalo grelhado, caldeirada de peixe e, no verão, a sardinha”. Por último e não menos importante são os chocos fritos com arroz de tomate. A habitual farinha de milho utilizada para este prato é substituída pela farinha de trigo, o que torna os chocos “crocantes e sem gordura”.

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Iguarias que vão além-fronteiras Numa zona propícia ao turismo, os turistas tornaram-se num dos principais clientes do restaurante e apreciadores da comida tradicional portuguesa. Desde espanhóis, franceses, belgas, italianos a brasileiros. Envolvidos num conceito familiar, os clientes vêm de vários locais. Viseu, Coimbra, Guarda são algumas regiões que abraçam o restaurante. “Temos pessoas que vêm cá desde que abrimos. Alguns já não estão cá mas continuam a vir os filhos e os netos”, afirma a proprietária. Com uma capacidade para cerca de 100 pessoas, o restaurante costuma ter casa cheia ao fim de semana e no verão. Para além da sala principal receber 73 pessoas, na parte da frente do Caravela existe espaço para mais 27 pessoas, “que por norma funciona como café mas quando está muita gente também é restaurante. Temos também uma esplanada que fazemos questão que esteja aberta ao longo do ano”. Clientes fidelizados Embora a mão de obra qualificada no setor da restauração seja um problema, principalmente no verão, a proprietária consegue estar preparada para corresponder a todas as necessidades e vontades dos clientes. É desta forma que primam por um serviço de qualidade, aliado a uma excelente relação com os clientes. De sorriso na cara, têm o dom de cativar as pessoas, de conviver com os clientes. “Gosto da amizade, para mim é uma família. Isto dá-nos uma grande felicidade e vontade de estar aqui”. Esta fidelização acontece pelo privilégio que é dado aos produtos frescos, “sem químicos” e de alta qualidade são fatores obrigatórios para entrarem na cozinha de Alda Tomé. Um futuro jovem A paixão pela cozinha e pelo negócio continua a estar presente. Alda Tomé gostava de ver o restaurante renovado, “nas mãos de uma pessoa jovem”. Um dos requisitos, embora com pequenas diferenças, é manter a comida tradicional. Com a convicção de que a sua casa é a mais bem situada da praia, Alda afirma que “tudo o que acontece passa aqui”.


A REFERÊNCIA NA INDÚSTRIA CERÂMICA A Grestel fabrica artigos de mesa e acessórios de servir, usando grés fino oriundo dos mais nobres recursos naturais em Portugal, numa fórmula exclusiva para elevada temperatura. Combinando tecnologia avançada com experiência artesanal, criam loiça de forno, mesa e cozinha, num conceito original de qualidade, durabilidade e design exclusivo, inspirados nas tendências de moda e oferecendo uma gama completa aos nossos clientes, em todo o mundo. Conversámos com Miguel Casal, presidente do Conselho de Administração. GRESTEL

em Portugal foi muito afetado, principalmente pela concorrência da China. No entanto, nos últimos anos essa concorrência não só continuou forte com a subida dos preços, como o mercado chinês se transformou nisso mesmo, num mercado. No ano passado, o volume de negócios da Grestel no mercado asiático significou sete por cento, principalmente em países como a Coreia do Sul e o Japão, mas também na China.

MIGUEL CASAL A laborar na Zona Industrial de Vagos (ZIV) desde 2000, numa unidade fabril com 1.500m2 e 20 colaboradores, atualmente já tem três unidades fabris e centenas de funcionários. Qual o segredo para o sucesso desta empresa? Salvo raras exceções, não há segredos para o sucesso. Normalmente constrói-se com muito trabalho e com as pessoas certas nos lugares certos. Tem sido, sem dúvida, o nosso caso. A última unidade foi construída em tempos de crise. Como se investe em períodos mais difíceis, sobretudo quando o setor da cerâmica também sai prejudicado pelo mercado asiático e chinês? Nas últimas décadas, o setor da cerâmica

Sendo portuguesa, a marca tem dificuldade de penetração? Não, antes pelo contrário. Em alguns mercados é uma vantagem competitiva. Portugal tem boa reputação enquanto fabricante europeu com tradição nesta indústria e o ‘made in Portugal’ é uma vantagem em quase todos os mercados. É obviamente mais difícil penetrar em mercados com tradição forte neste setor e isso diria que é normal. Como correu o ano de 2017, tendo em conta que, no ano de 2016, ocupou a 178.º posição do ranking das 1.500 maiores empresas do distrito de Aveiro e, a nível concelhio, é a quinta maior empresa? Este ano, com o arranque da nova unidade – Grestel 3 - esperamos atingir um volume de negócios de 20 milhões de euros o que significa um crescimento de 30 por cento. Efetivamente vamos subir um pouco no ranking.

Em que mercados marca presença a Grestel com os seus produtos? A Grestel está presente em cerca de 40 países em todo o mundo, mas há um mercado particularmente relevante para a empresa que é o dos Estados Unidos, representando mais de 50 por cento do volume de negócios. Inclusivamente, temos neste mercado uma estrutura comercial e logística própria que nos permite fazer distribuição para o retalho e vender online a nossa marca própria.

Atualmente, um dos maiores problemas dos empresários é a obtenção de mão de obra indiferenciada. Tem sido uma dificuldade da Grestel, numa altura em que aumentou a área de produção? As pessoas nas organizações fazem a diferença, no nosso caso é ainda tem mais impacto, pois a variedade e complexidade dos produtos são elevadas. Atualmente, a Grestel tem cerca de 570 colaboradores e estamos de momento a recrutar e a formar novos elementos com vista a aumentar a nossa capacidade, melhorar a eficiência dos processos, etc. Somos, efetivamente, um empresa que valoriza os seus colaboradores e apesar da dificuldade recente na contratação temos tido sempre novos candidatos.

O que procuram esses diversos mercados? Qual o produto mais procurado? Nós produzimos uma linha completa de produtos em grés fino, divididos em três grupos: mesa, cozinha e decorativo. As loiças de mesa representam o principal negócio da empresa tanto para o setor doméstico como também para o profissional, ou seja hotéis, restaurantes, etc.

Comemorando o seu 20.º aniversário em 2018, o que esperam do próximo ano? Temos vários projetos e processos em curso. A empresa cresceu rapidamente e acreditamos que 2018 será um ano de afirmação e consolidação daquilo que fizemos nos últimos 20 anos. Para muitos dos nossos colaboradores a ‘aventura’ só está agora a começar.

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A NOVA AGÊNCIA DA DECISÕES & SOLUÇÕES - ANADIA A nova Decisões & Soluções de Anadia foi inaugurada na passada terça-feira, dia 12 de dezembro, dando continuidade ao crescimento desta marca que tem registado bastante sucesso. A Portugal em Destaque cobriu o evento. DECISÕES E SOLUÇÕES

PAULO ABRANTES, PEDRO SERRA, GUIDA SOUSA E JOSÉ PIMENTEL A Decisões & Soluções nasceu há 14 anos como rede de Consultadoria Financeira. Pedro Serra, atual diretor da agência recém-inaugurada de Anadia, já fazia parte da empresa anteriormente, como diretor comercial. Atraiu-o o conceito de abrangência de várias áreas, uma vez que a D&S aliava a parte financeira com a seguradora, a imobiliária, a mediação de obras e, por último, a construção, área mais recente. “A mediação de obras surgiu porque os imóveis da banca eram muitos, por causa da crise, muitos não estão terminados, ou estão vandalizados. Para os vendermos tínhamos a necessidade de os colocarmos em condições e assim surgiu a mediação de obras, temos parceiros locais e vamos alargar o mais possível essas parcerias”, explicou Pedro Serra. A agência de Anadia é autónoma e vai abranger, essencialmente, o seu próprio concelho, Mealhada e Oliveira do Bairro. Também já tem negócios em Águeda e bastantes contactos em Coimbra. Não há impedimento para realizar negócios em qualquer parte do país, graças ao sistema em rede praticado pela D&S. Os clientes procuram, principalmente, moradias simples e apartamentos, embora se registe procura por de tudo um pouco, entre os valores de 80 e 150 mil euros. A vontade de comprar é sempre a que prevalece, muito devido à cultura portuguesa, e o mercado de arredamento em Anadia é quase inexistente. Pedro Serra iniciou funções na D&S em 2014, altura em que o mercado imobiliário ainda se ressentia muito da crise que assolou o país. Porém, em finais de 2015, inícios de 2016, sentiu-se o ressurgir do mercado. Nesta localidade, o sintoma desse efeito foi, nitidamente, o retomar da procura: “Quem não podia comprar casa por causa da crise voltou a fazê-lo e com a saída da crise a banca começou novamente a conceder crédito”. Casais novos que procuram a primeira casa e famílias que pretendem uma habitação maior são alguns dos exemplos. 86 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Neste momento, o problema que enfrentam é a falta de produto novo, daí a aposta em mediação de obras. “Temos que ser nós a apresentar um projeto ao cliente. Fruto da crise não existem imóveis novos porque a construção parou. O que há é usado e está a precisar de obras extensas, o que fica ainda mais caro. Assim, detetamos a necessidade e propomos uma solução ´’chave-na-mão’: arranjamos os terrenos, possuímos parceiros que construam, procuramos bancos que financiem e temos quem faça o projeto e o submeta na Câmara Municipal. Fazemos tudo”, afirmou Pedro Serra. José Pimentel, Coordenador Regional da D&S, junta-se à nossa conversa e afirma que as perspetivas para a nova agência de Anadia “são excelentes. Está muito bem localizada, o negócio encontra-se em expansão, há boas parcerias e a equipa tem várias valências”. A D&S disponibiliza formação gratuita em todas as áreas em que laboram para todos os seus colaboradores. Estes vão frequentando-as por vontade própria ou são convocados pela direção. “Recrutamos muitas vezes pessoas sem experiência ou que trabalham de outra forma e até pretendem atualizar os conhecimentos”, expôs José Pimentel. “Desde o início que nós, a Decisões & Soluções, somos consultores, essa é a grande diferença. Não somos só uma agência imobiliária, como tal, trabalhamos o cliente no seu todo”, declarou o coordenador regional. Têm parcerias com quase todas as instituições bancárias e com 14 companhias de seguros. Já são 96 agências abertas e em funcionamento, porém têm a certeza de que vão atingir a centena ainda antes do final deste ano. “São 14 anos de evolução e de estar sempre um passo à frente. Fazemos estudos e está provado que conseguimos poupar milhares de euros aos nossos clientes devido às nossas parcerias”. Por todos estes motivos, aposte na Decisões & Soluções.


Pedro Serra, diretor da agência de Anadia: “Agradeço aos parceiros, à equipa, ao diretor geral e à coordenadora nacional. Também o faço ao Presidente da Junta de Freguesia de Anadia. Hoje começa uma nova era da Decisões & Soluções em Anadia, numa altura em que o mercado está a investir esperamos estar à altura dos desafios que temos à nossa frente. Quando decidi avançar com este projeto há um ano atrás sabia que ia ser difícil, foi um ano complicado, um teste, mas neste momento estamos no caminho certo. A equipa está a ser reforçada. O nosso carinho vai para vocês todos. Ao sucesso!” José Pimentel, Coordenador Regional: “Quero agradecer a presença de quem aqui está. É um renascer da agência de Anadia, está a ser feito um trabalho muito bom, apesar das dificuldades que se depararam, o que é natural que assim aconteça. O trabalho está a ser bem desenvolvido muito fruto destas parcerias fundamentais para o nosso negócio. Não estamos, nem queremos, estar sozinhos no mercado e queremos desenvolver essa

vertente. Temos as condições reunidas para ser uma agência de sucesso.” Guida Sousa, Directora Coordenadora Nacional: “Em nome pessoal e da Decisões & Soluções queria agradecer a presença de todos e desejar os maiores sucessos profissionais ao Pedro Serra. O Pedro aceitou o desafio, o que demonstra estar preparado para esta grande função que é ser diretor de uma agência e dirigir uma equipa. A nossa missão principal é estar em todos os pontos do país para prestar um serviço de aconselhamento personalizado gratuito à população. O que está na génese da D&S foi poder melhorar as condições de vida da população. Fomos crescendo, desafiados pelos nossos parceiros, e neste momento estamos a trabalhar em grande na área da mediação mobiliária e somos reconhecidos nacionalmente, mas nunca devemos esquecer a razão principal pela qual a empresa existe. Daí a importância da colaboração com os nossos parceiros, sejam os bancos, as seguradoras, ou o poder local. O Pedro Serra tem esta vontade de ajudar

o próximo que representa bem o espírito da D&S e espero que contribuam ao nosso crescimento. Um brinde a vocês e ao vosso sucesso!” Paulo Abrantes, Diretor Geral “É uma satisfação estar aqui hoje e agradeço a presença de todos. Este ano está a ser um grande crescimento a todos os níveis da Decisões & Soluções. Ainda temos muito para fazer. O Pedro Serra decidiu dar um passo em frente, um processo natural de uma empresa em evolução. Faço votos de muito sucesso nesta nova era. O setor da mediação imobiliária está a crescer e deve continuar a fazê-lo nos próximos anos, atuamos em áreas de fase em grande crescimento. Portugal está na moda, o nosso país tem todas as condições para atrair investidores. A agência de Anadia tem, também, todas as condições para ter êxito. Toda a estrutura da D&S está aqui para o apoiar. Faço votos que o dia de hoje marque o início de uma fase de muito sucesso. Um brinde ao sucesso do Pedro e de toda a sua equipa, e um feliz Natal para todos!”.

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GAIA Situada na margem sul da Foz do Rio Douro, Vila Nova de Gaia é uma cidade portuguesa que conta com mais de 300.000 habitantes. O município, que se insere na Região Norte e na Área Metropolitana do Porto, prima por ser um local histórico, cultural e cheio de tradições, com uma porta aberta para a inovação e criatividade. O icónico Mosteiro da Serra do Pilar é um ponto de referência e paragem obrigatória para quem visita Gaia. Com uma vista privilegiada, é considerado um dos melhores miradouros para o rio Douro, bem como zonas históricas do Porto e Gaia. Promover a cultura sempre esteve nos planos do município. Exemplo disso é a Casa Barbot, o Solar dos Condes de Resende, a Biblioteca Municipal e o Arquivo Municipal Sophia Mello Breyner. Não poderíamos deixar de destacar a tão apreciada gastronomia da região. Para além do famoso vinho do Porto, o peixe é um dos ex libris. Confecionados ao critério de cada um, a lampreia e o sável são dois dos pratos típicos da cidade. A sardinha assada na brasa é presença assídua nas festas e romarias, não esquecendo a caldeirada de peixe à pescador, o arroz de polvo, o bacalhau, o marisco, a farinha de pau e os pratos de carne face aos hábitos rurais do concelho. Já os doces são indispensáveis, uma vez que estamos na época natalícia. É de salientar o leite creme queimado, as filhoses, a sopa seca, a aletria e as rabanadas de leite e vinho do Porto. E se falamos de gastronomia e tradições é impossível não falar da famosa broa de Avintes. Pela vivacidade das mãos das padeiras, o milho e o centeio são transformados em farinha e dão à broa um formato oval e de cor castanha. Se o desporto faz parte dos seus dias, a cidade de Gaia é ideal para se dedicar ao exercício físico com uma vasta rede de equipamentos, desde centros de estágio, campos de futebol, piscinas, pavilhões, espaços ao ar livre e complexos desportivos. As atividades turísticas, os escultores, os pintores, os arquitetos, as empresas de Vinho do Porto, indústria automóvel e vidreira são outras potencialidades de uma cidade com tanto para descobrir. Venha conhecer Vila Nova de Gaia connosco.

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UMA ASSOCIAÇÃO SÓLIDA E CREDÍVEL A atual A Vilanovense – Associação Mutualista foi formada por um grupo de portuenses e gaienses a 8 de Dezembro de 1882. O principal propósito da sua criação foi proporcionar aos seus associados serviços médicos e subsídios de funeral numa época em que grande parte das famílias carecia de um mínimo de serviços humanitários. Um dos momentos mais importantes da história da A Vilanovense foi a constituição com mais 4 congéneres, em 1905 da Liga das Associações de Socorro Mútuo de Vila Nova de Gaia, criando de raiz uma farmácia - Farmácia da Liga - e um serviço clínico, com um médico permanente e um outro, suplente, para prestar serviços domiciliários aos associados das societárias. Conversamos com Pedro Couto, Presidente do conselho de administração.

A VILANOVENSE - ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA

ANTÓNIO SILVA, PEDRO COUTO E JOSÉ GUEDES Como surge a Vilanovense? A atual A Vilanovense – Associação Mutualista foi formada por um grupo de portuenses e gaienses a 8 de dezembro de 1882. O principal propósito da sua criação foi proporcionar aos seus associados serviços médicos e subsídios de funeral numa época em que grande parte das famílias carecia de um mínimo de serviços humanitários. Um dos momentos mais importantes da história da A Vilanovense foi a constituição com mais quatro congéneres, em 1905 da Liga das Associações de Socorro Mútuo de Vila Nova de Gaia, criando de raiz uma farmácia - Farmácia da Liga - e um serviço clínico, com um médico permanente e um outro, suplente, para prestar serviços domiciliários aos associados das societárias. Quais os serviços disponibilizados aos vossos associados? Atualmente a Vilanovense proporciona aos seus associados o acesso a diversos 90 | PORTUGAL EM DESTAQUE

serviços nomeadamente: - Uma farmácia com uma área de 700 m2 permitindo um atendimento de grande qualidade e conforto; - Uma ótica no interior da farmácia; - Uma clínica com 22 especialidades médicas, cinco não médicas e enfermagem todos os dias; - Na área do bem-estar de uma clínica de estética; - Uma clínica de medicina integrativa; - Subsídios de funeral; - Através da adesão automática aos serviços da RedeMut - Associação Portuguesa de Mutualidades, de que somos mutualidade fundadora, permitindo aos nossos associados beneficiar de uma rede de cooperação a nível nacional e prestadora de serviços de saúde e bem-estar, através das clínicas médicas das associações mutualistas; - Protocolos com diversas associações e entidades. Quais as vantagens em ser associado? As vantagens em ser associado são ter acesso a todos os serviços definidos anteriormente tendo na farmácia, clínicas e ótica de descontos significativos. Realço que todos estes serviços são efetuados por prestadores de serviços com um elevado nível técnico com meios técnicos e instalações de muita qualidade. Como se tornar sócio? Para se tornar associado da Vilanovense tem que se dirigir aos nossos serviços administrativos e optar por uma das seguintes quotas (brevemente esta adesão poderá ser efetuada através do nosso website): - Quota sénior com um custo de 2,6 euros por mês com limite de adesão até 60 anos de idade; os associados que subscrevem esta quota têm direito a um subsídio de funeral, desconto na farmácia e ótica em todos os produtos adquiridos, na parte não comparticipada, e consultas médicas com preços mutualistas; - A quota vida com um custo de 3.5 euros por mês tem os seguintes benefícios:

desconto na farmácia e ótica em todos os produtos adquiridos, na parte não comparticipada, e consultas médicas com preços mais reduzidos; - A quota mais com um custo de 5 euros por mês, com limite de adesão até 60 anos de idade; os associados que subscrevem esta quota têm os benefícios das duas quotas anteriores. Como tem sido a evolução da Vilanovense nestes mais de 130 anos de existência? No dia 8 de dezembro A Vilanovense comemorou os seus 135 anos tendo tido ao longo destes anos de existência um permanente aumento e melhoria dos serviços prestados aos nossos associados. De realçar a remodelação e ampliação, efetuada em 1998 e em 2007, do prédio da farmácia e clínica da Liga das Associações de Socorro Mútuo (de que a Vilanovense é societário maioritário), que permitiu aos nossos associados ter acesso a condições fantásticas na farmácia e nas clínicas. A Associação tem também ao longo dos anos mantido um elevado número de associados, atualmente próximo dos 40 mil, e um aumento progressivo do seu património imobiliário e financeiro que a torna numa associação sólida e credível Por onde passa o futuro da Associação? Ao longo destes anos temos desenvolvido uma atividade vocacionada para a área da saúde através do apoio medicamentoso e das clínicas. Agora queremos criar mais projetos relacionados com a área social e com a rentabilização do nosso património. Gostaria de deixar mais alguma consideração aos nossos leitores? No dia 26 de outubro abrimos um novo espaço de atendimento dos nossos serviços administrativos na Rua do Marquês de Sá da Bandeira, n.º 396. Este espaço foi concebido de forma a melhorar as condições de atendimento em todos os aspetos e permite regressar às origens tendo um aumento considerável da nossa visibilidade.


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“EM SANDIM PRATICA-SE O MUTUALISMO, SERVIR É O NOSSO LEMA” Fundada em 1903, a Associação de Socorros Mútuos Nossa Senhora da Esperança de Sandim abrange mais de trinta freguesias do concelho de Vila Nova de Gaia e tem cerca de 10 mil associados. Augusto Machado, presidente, deu-nos a conhecer esta instituição. ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÚTUOS NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA DE SANDIM

EDUARDO VÍTOR RODRIGUES E AUGUSTO MACHADO As origens são bastante remotas, começa por contar o presidente. Criada por um carpinteiro, que se dedicou à sua construção, foi com muito trabalho que se fez esta grande casa. Considerado o herói daquele tempo, o seu retrato encontra-se na associação. Augusto Machado, não deixou de contar um episódio de esforço e dedicação encontrado nos arquivos. “Não havia transportes e ele mandou fazer os primeiros estatutos da associação a uma tipografia da Rua Firmeza. O homem foi-lhe prometendo estatutos para hoje, amanhã, mas era para naquela semana, no domingo, que efetivamente se ia fazer a assembleia geral, eles desesperaram pelos estatutos até tarde e o homem lá conseguiu fazê-los com alguns erros devido à pressa. Eles receberam os estatutos, vieram apanhar o último barco para Arnelas, que era o transporte que havia na época e depois a pé para Sandim. Foi realmente 92 | PORTUGAL EM DESTAQUE

um sucesso enorme, esse homem foi um herói e hoje a associação a ele se deve”. O mutualismo já vem então a ser praticado desde os primórdios. Com muita dedicação conseguiu-se chegar longe e ajudar quem mais precisa. “Aqui em Sandim, praticamos um mutualismo como ele deve ser praticado. As caixas económicas também são mutualistas, mas passei pela banca e nunca vi praticar o mutualismo. Por isso, em Sandim pratica-se o mutualismo, servir é o nosso lema”. E, para servir, a associação conta com diversas valências de apoio.

Só no centro de dia, são cerca de 70 idosos e alguns até em circunstâncias muito difíceis, mas todos eles são bem tratados, ao ponto de haver mais pedidos, mas não chegar o espaço. Aqui, “não lhes falta nada, conseguimos meter-lhes ar condicionado na casa toda, temos várias tele-


visões em várias salas e fazemos tudo o que é humanamente possível para os deixar bem”. O serviço ao domicilio também é um serviço prestado, onde os funcionários vão fazer a higiene às pessoas e levam comida a determinados locais. “É um pessoal que tem que ser reconhecido pelo trabalho que faz porque há casas que tem chuveiros e casas de banho capazes para se fazer esse trabalho e há outras casas que não tem nada disso e eles conseguem fazer o trabalho igual”. Também, fora disso, existem ainda três clinicas e uma farmácia. Chegar até aqui não foi fácil. O presidente conta que “o difícil é encontrar pessoas sérias”, é tão verdade que foi preciso tomar “algumas decisões muito drásticas, inclusivamente de colocar câmaras de vigilância em vários locais estratégicos”, o que tem ajudado muito. “Temos dois diretores na farmácia, temos diretores

na secretaria e está tudo controlado. Os nossos diretores são todos voluntários, como eu, porque não há dinheiro para pagar salários. Isso é o verdadeiro mutualismo, é dar sem receber”. Para o futuro, Augusto Machado desvenda que tem em mente um projeto ambicioso em que a Câmara Municipal de Gaia contribuiu oferecendo um terreno. “Queremos fazer um centro com cerca de 80 quartos para termos cuidados continuados, serviços de noite e serviços de acompanhamento. Esse é o último sonho que penso que se vai fazer”.

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PAULA MOTA CABELEIREIRO, UM SALÃO COM ASSINATURA Paula Mota Cabeleireiro é um espaço dedicado à beleza e ao bem-estar localizado em Vila Nova de Gaia. Com um espaço inovador e acolhedor, o salão emotion, procura satisfazer as necessidades do cliente com um serviço de qualidade. PAULA MOTA CABELEIREIRO

através das redes sociais. Estamos presentes no Facebook e no Instagram, o que nos permite um maior alcance. Já tivemos clientes de Guimarães, da Régua…o que é incrível.”

PAULA MOTA A vida nem sempre deixa seguir os sonhos e nem sempre é fácil lutar e resistir, mas nunca é tarde para fazer o que se gosta e que o diga Paula Mota, que viu a vida a distancia-la da paixão por esta área, mas viu sorrir-lhe a oportunidade. “Infelizmente a minha mãe, apesar de todo o esforço, não tinha as condições financeiras para me proporcionar uma formação nesta área. Naquela altura uma pessoa acabava a escola e tinha que ir trabalhar. Entretanto, surgiram algumas oportunidades e trabalhei numa fábrica durante algum tempo. Quando esta encerrou, decidi que era o momento perfeito para apostar no meu sonho e tirei o curso de cabeleireira. Fui tirar o curso com 30 anos, estive dois anos no Dourocabe, um ano no Gaia Shopping e depois arrisquei num negócio próprio”. Estabeleceu-se em Vila Nova de Gaia após ter estado em três espaços diferentes. Agora, com uma localização privilegiada de passagem e cruzamento de ruas, vê o negócio a crescer de dia para dia. “Comecei num espaço, que apesar de ser pequeno, me permitiu crescer profissionalmente. Entretanto surgiu uma nova

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oportunidade: investir num espaço maior. Foi uma decisão difícil, mas permitiu-me criar um novo conceito e um espaço moderno, acolhedor e que trouxe uma nova dinâmica de trabalho. Acompanhei todo o projeto e consegui concretizar a minha visão do que é um salão de cabeleireiro. Tenho muito orgulho.” Cabeleireiro, estética, barbearia e spa… Tudo num único espaço! Este salão é um salão emotion, um conceito da L’Oréal, e é considerado um dos melhores de Vila Nova de Gaia e quem por aqui passa, deixa-se envolver num momento agradável e sai com uma autoestima renovada. “O salão emotion é um cabeleireiro que se preocupa com as necessidades dos seus clientes. Proporcionamos ao nosso cliente, assim que entra no nosso salão, um diagnóstico realizado pela nossa equipa, uma análise das necessidades do cabelo do cliente e um aconselhamento personalizado. Até ao momento, o feedback foi muito positivo e conseguimos aumentar o nosso número de clientes. Isso é um excelente sinal e é o resultado de um investimento contínuo na nossa comunicação

Como não podia deixar de ser, a equipa é uma peça importante deste salão, Paula Mota considera que a equipa é “excelente, dinâmica e atualizada. Apostamos na formação da nossa equipa, é uma das nossas prioridades. Para vingar e ter sucesso precisamos de estar sempre atualizados quanto ao que se faz na nossa área.” No entanto, é preciso mais colaboradores: “Estou muito satisfeita com a minha equipa e pretendemos aumentá-la para responder às necessidades. Não sou de parar nem paro tão cedo, costumo dizer que vou ser velhinha e estar a cortar cabelos, é cansativo, mas chegamos ao fim do dia e é muito gratificante”. As formações são parte fundamental deste projeto, a gerente adora formações e garante que é assim que encontra a qualidade dos serviços que presta: “Fazemos formações constantes, formação atrás de formação. Estou sempre atenta e informada quanto às formações que aparecem. Só desta forma é que podemos garantir um serviço de excelência. Formação, qualidade e simpatia – são os nossos fatores de sucesso”. Trabalha-se para ganhar dinheiro, mas é na satisfação dos clientes que está o foco: “o facto de entrar aqui uma pessoa triste, deprimida, sentá-la ali e ver no final um sorriso de orelha a orelha é gratificante. Costumo dizer que o cabeleireiro devia ser comparticipado pelo estado, não havia tantas depressões”. O futuro é a formação e estar sempre a par das tendências. O alcance de um novo espaço também está na lista, mas será um projeto a realizar no futuro. A médio prazo o objetivo é dar a conhecer o salão e a marca Paula Mota.



NOVO EXECUTIVO NA FREGUESIA DE ARCOZELO A freguesia de Arcozelo, pertencente ao concelho de Vila Nova de Gaia, tem 14 mil habitantes e, na última ida às urnas, elegeu um novo executivo para o mandato dos próximos quatro anos. Maria Adelina Pereira é a mais recente autarca de Arcozelo e foi com ela que estivemos à conversa por forma a conhecer um pouco mais sobre a terra que agora representa. FREGUESIA DE ARCOZELO

MARIA ADELINA PEREIRA Maria Adelina Pereira exerceu durante a sua vida laboral a profissão de professora, que acumulou com diversos cargos diretivos. Este papel sempre dinâmico na comunidade valeu-lhe o recente voto de confiança que a população da freguesia de Arcozelo lhe deu nas últimas eleições. Apesar de não ser filiada em nenhum partido, a vontade que demonstrou em desenvolver esta freguesia resultou num convite por parte do Partido Socialista para que a candidata integrasse a sua lista. Convite que acabou por aceitar por considerar o Partido Socialista um partido “que não é fechado às pessoas desse mesmo partido e que dá abertura a quem tem ideias e projetos que queira desenvolver”. Arcozelo encontra-se muito bem localizada e junta, no seu território, o mar e o campo. Dispondo de boas escolas, empresas dinâmicas e Instituições que desenvolvem um bom trabalho em prol da comunidade, e tratando-se de uma freguesia cheia de potencialidades para ter vida própria e uma maior dinâmica social, cultural, desportiva e de lazer, pretendemos que Arcozelo seja uma terra para viver, trabalhar, estudar e onde se possa usufruir

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de momentos de lazer. Arcozelo “é uma terra muito bonita”, nas palavras da nossa entrevistada e conta com - para além das praias de Miramar, Aguda e Granja - uma zona rural bastante rica na produção agrícola, cheia de tradição, que outrora abastecia os mercados do Bolhão e Bom Sucesso. Nesta freguesia “temos uma população muito afável e participativa”, e por forma a fomentar este espírito interventivo, o atual executivo da junta de freguesia de Arcozelo propõe-se apostar na criação de uma bolsa de voluntários, que permita congregar jovens e adultos que estejam disponíveis para integrar equipas multidisciplinares tendo em vista a oferta de serviços variados à população. Por uma freguesia renovada Para além da criação de uma bolsa de voluntários, Maria Adelina Pereira confidenciou à nossa revista outras ideias e projetos que o seu executivo pretende levar a cabo nos próximos quatro


anos. Em primeiro lugar encontra-se a relocalização da sede da Junta de Freguesia, que se encontra em funções no mesmo edifício que o Centro Social: “Tudo isto está preparado para ser uma Estrutura Residencial para Idosos e o meu objetivo é entregar este edifício, na totalidade, ao Centro Social, e mudar a sede da Junta de Freguesia para outras instalações. Já tenho um lugar em vista para esta mudança, mas essa possibilidade está, ainda, a ser estudada”, adiantou a presidente. O arranjo dos arruamentos e a construção de passeios também são necessidades atuais da freguesia, a par da remodelação do Centro Cívico com a instalação de novos equipamentos muito necessários, nomeadamente a de uma biblioteca. No entanto, a atuação da Junta de Freguesia pretende estender-se a outras áreas: “Temos Miramar que é uma praia muito bonita mas que precisa de ser repensada, criando-se espaços de convívio e de lazer que atraiam as pessoas a visitar este local tão aprazível”, exemplificou-nos a autarca. A religião faz parte da natureza de Arcozelo e é intrínseca à identidade dos seus habitantes. ‘A Santa Maria Adelaide’ é o ex-líbris da freguesia, sendo um polo de atração para milhares de crentes que nos visitam anualmente, de norte a sul do país, bem como turistas estrangeiros e emigrantes. Neste seguimento, a nossa entrevistada confessou desejar criar um roteiro turístico que contemple a religiosidade na devoção à Santa, a pesca na Aguda e as tradições ligadas à faina e aos pescadores, os usos e

costumes do mundo rural, o lazer e o mar numa oferta completa e diversificada ao dispor dos visitantes da freguesia de Arcozelo. A identidade de Arcozelo “Queremos que todos os Arcozelenses abracem o sentimento de pertença para com a freguesia”, revelou a autarca. Para isso, pretende-se promover a ligação entre as associações e coletividades existentes na freguesia para que, todos, se identifiquem com a freguesia a que pertencem e desenvolvam atividades que possam ser partilhadas pela comunidade. Muitos são os projetos pretendidos pelo executivo e relativamente a isso, a autarca confessou: “quando me é colocado um problema eu costumo perguntar se essa situação é difícil ou impossível? Quando é impossível, não há nada a fazer! Quando é difícil, há sempre forma de dar a volta!”. Por fim, ficaram as palavras para os conterrâneos de Maria Adelina Pereira: “Espero conseguir deixar um Arcozelo melhor do que aquele que encontrei. Quero aproveitar para salientar que gosto muito de pertencer a esta comunidade, esperando que ela nos procure, que seja exigente, mas que elogie também o nosso trabalho. E, para terminar, não posso deixar de desejar umas boas festas para todos os leitores da Revista Portugal em Destaque, mas, principalmente, para todos os Arcozelenses”, finalizou.

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VALORIZAR A QUALIDADE DE VIDA No litoral de Gaia, situam-se as freguesias de Gulpilhares e Valadares. Freguesias muito diferentes, mas onde a qualidade de vida é uma garantia. UNIÃO DE FREGUESIAS DE GULPILHARES E VALADARES dente Alcino viu-se assim a braços com o desafio de lidar com duas freguesias que funcionam a ritmos diferentes e que têm perfis quase antagónicos. Enfrentou a difícil tarefa de gerir uma nova freguesia, sem contudo se poder esquecer das necessidades da antiga. O resultado foi uma união de freguesias com finanças saudáveis onde se pode viver com excelente qualidade de vida e onde o objetivo primordial da junta não é apenas pagar as contas, mas também apostar no investimento.

Gulpilhares e Valadares outrora freguesias gaienses vizinhas, mas as suas semelhanças contam-se pelos dedos. O perfil de Gulpilhares é predominantemente residencial, enquanto Valadares tem uma forte componente industrial e comercial. Estas diferenças foram postas à prova quando há quatro anos ambas as freguesias foram agregadas pela reforma administrativa que mudou o perfil autárquico português. Em freguesias de tão ampla extensão e tão díspares características, a gestão tem que ser feita por uma mão experiente e rigorosa. É a mão de Alcino Lopes, o presidente de junta mais antigo de Vila Nova de Gaia. Quando em 2013 nasceu a União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares novos desafios chegaram às mãos de Alcino, nomeadamente a necessidade de gerir uma freguesia com graves problemas estruturais e com características pouco semelhantes às de Gulpilhares. O presi-

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Disponibilidade e proximidade Alcino Lopes já é presidente de junta há mais de três décadas, mas a disponibilidade para com os fregueses parece não ter fim. O presidente explica que faz questão de ter sempre a casa aberta para todos os que têm necessidade de contacta-lo, na qualidade de presidente de junta. A disponibilidade para com os fregueses é uma das características do presidente de junta mais antigo de Vila Nova de Gaia, que frisa a importância da comunicação para o bom funcionamento da freguesia. Alcino Lopes faz questão de enfatizar que tanto em Gulpilhares como em Valadares não é preciso marcação para falar com o presidente da junta. “Os cidadãos são cada vez mais reivindicativos”, explica o presidente que atribui este fenómeno às redes sociais. Estas, na sua opinião, tanto podem ter um papel nocivo como positivo e por isso continua a preferir a comunicação cara-a-cara, onde todas as dúvidas podem ser esclarecidas rapidamente e os assuntos são tratados com mais rigor. O futuro de Gulpilhares e Valadares Para o presidente Alcino, os desafios que a união de freguesias enfrenta estendem-

-se a vários níveis, mas nem todos são da responsabilidade da junta de freguesia, relembra. Ainda assim, o presidente frisa que os principais obstáculos encontram-se no plano da mobilidade e ordenamento de território, embora também haja alguma carência de respostas sociais, sobretudo em Valadares. Desta forma, no futuro, o presidente da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares pretende fazer o que estiver ao seu alcance para que as freguesias melhorem nestas áreas, mas relembra que existem outros trabalhos, como por exemplo a manutenção de equipamentos que também são necessários e que o orçamento deve ser criteriosamente gerido. O presidente considera que as juntas de freguesia deviam ter mais autonomia dado que o poder local é aquele que mais proximidade tem com os cidadãos, mas enquanto isso não acontecer a sua acção encontra-se limitada, sobretudo, por barreiras orçamentais. A hipótese de uma nova candidatura, não está na cabeça de Alcino Lopes que por enquanto prefere focar-se num futuro bem mais próximo e desejar a todos os fregueses “uma casa cheia” para as quadras festivas que se aproximam.


FREGUESIA VIRADA PARA O MAR Maria José Gamboa foi eleita, pela segunda vez, para assumir a presidência da Junta de Freguesia de Canidelo e, nesta época natalícia, aproveitou esta nossa edição para deixar os seus votos de boas festas a todos quantos fazem parte da comunidade que representa. FREGUESIA DE CANIDELO

EXECUTIVO O balanço que faz dos primeiros quatro anos enquanto autarca é bastante positivo uma vez que conseguiu implementar um poder local de proximidade “que não era habitual”, criando comunicação com as pessoas e inaugurando uma Junta de Freguesia “verdadeiramente disponível” que diz ser a “marca fundamental do seu primeiro mandato”. Os compromissos já assumidos e a sua formação como assistente social deram o mote para a sua recandidatura: “Este é um mandato de compromisso com a freguesia e com os valores desta, porque não é possível desenvolver Gaia sem desenvolver Canidelo e vice-versa”, afirmou a nossa entrevistada. Canidelo é uma freguesia de grandes dimensões, com cerca de 50 mil habitantes e com um traçado essencialmente urbano: “Não tenho dúvidas de que será um dos polos urbanos de Gaia com maior desempenho em termos de lazer, turismo e habitação. É uma freguesia habitada por pessoas jovens-adultas, em idade de orga-

nizar família, o que contribui para o rejuvenescimento da população. A juntar a tudo isto, encontra-se a frente de mar frequentada, em grande parte, por pessoas alheias à freguesia, que reconhecem nesta um local de bem-estar e de lazer bastante apetecível: “Canidelo é uma freguesia que caminha toda para o mar. Aliás, de qualquer ponto da freguesia se vê o mar”, garantiu-nos a presidente. A Mercadona em Canidelo A cadeia de supermercados, de origem espanhola, irá abrir, em breve, um novo espaço comercial na freguesia de Canidelo. Sobre este assunto Maria José Gamboa foi bastante objetiva nas suas considerações: “A freguesia irá receber com novidade este investimento e sabemos que esta será mais uma razão para as pessoas cá virem”, disse. “Trabalhamos a pensar nas pessoas” Ao longo da entrevista a presidente da Junta de Freguesia de Canidelo enu-

merou os principais projetos que se encontram a ser desenvolvidos. Assim, a sustentabilidade da freguesia a partir de um projeto social que dê resposta a todos quantos necessitem está incluído na primeira linha de trabalho da autarquia: “Queremos que as crianças que nascem em Canidelo tenham condições para cá crescerem e ficarem. Queremos criar laços de cumplicidade entre as pessoas e o território e, para isso, elas têm que viver bem”. Para que as pessoas vivam bem existem diversos programas em funcionamento: o Gaia Aprende + é dirigido a toda a infância da freguesia, através das escolas públicas, e consiste no apoio ao estudo, atividades culturais, recreativas e de desenvolvimento pessoal que conta já com cerca de 500 crianças de Canidelo. A par deste programa incentivar-se-á o chamado envelhecimento ativo: “Defendemos que é necessário manter as pessoas no seu espaço, dando-lhes respostas ao nível de Centros de Dia, Apoio Domiciliário, atividades culturais e recreativas em que possam participar”, explicou-nos a nossa entrevistada. Além destas preocupações temos sempre em conta as pessoas com deficiência, que na Freguesia são acolhidas em Instituições especializadas. Por fim, ficou o convite: “Vale muito a pena visitar Canidelo a pé, quer junto ao mar, quer na zona mais antiga e interior da freguesia. Sugiro também uma visita ao Cantinho das Aromáticas, ao Estuário do Douro e ao Parque de Campismo da Freguesia, entre outros. Razões não faltam, para por cá passarem”, finalizou.

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FISIOTERAPIA COM TECNOLOGIA DE PONTA Na freguesia de Oliveira do Douro situa-se a Fisávin, uma clínica de medicina física e de reabilitação que já conta com mais de 20 anos de história. FISÁVIN nalizado em que a relação entre os doentes e os colaboradores sejam marcadas pela proximidade e confiança mútua. António Bica explica que “A escolha do profissional de saude por parte do doente leva à fidelização pois desta forma se está a valorizar o acompanhamento e a proximidade entre ambas as partes.”

GUILHERMINA SALDANHA BICA Desde 1995, que a Fisávin marca a memória dos gaienses. A empresa nasceu da forte vontade dos seus fundadores, António Bica e Guilhermina Saldanha Bica, de criar um serviço de saúde de qualidade no âmbito da Fisioterapia e Reabilitação. Inicialmente com instalações situadas em Avintes, foi necessário a determinada altura, procurar um novo espaço para fazer face à crescente procura dos seus serviços. As novas instalações foram também uma oportunidade para proporcionar melhores condições tanto para os doentes como para todos aqueles que aí prestam serviços. Estratégicamente posicionada, a sua localização proporciona um fácil acesso ao centro de Vila Nova de Gaia bem como ao Porto através da Ponte do Feixo e Ponte do Infante estando também bem servido em termos de transportes públicos. Actualmente, a Fisávin é um nome de referência na área da fisioterapia em Vila Nova de Gaia. Uma clínica citadina, um ambiente familiar Em funcionamento há 22 anos, a Fisávin já conta com uma vasta lista de utentes bem consolidada que nem a mudança de instalações abalou. António Bica justifica este fenómeno com o “ambiente familiar” que marca os tratamentos prestados na Fisávin. Existe a preocupação de prestar um serviço adaptado e perso-

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Responsabilidade social A Fisávin conta com o profissionalismo de 16 colaboradores devidamente formados entre os quais médicos fisiatras, fisioterapeutas, terapeutas da fala, auxiliares de Fisioterapia e pessoal administrativo. A relação duradoura existente com os seus colaboradores garantindo a sua actividade profissional é um ponto fundamental na sua politica de Responsabilidade Social. Segundo António Bica “Isto transmite uma imagem de estabilidade e confiança para quem recorre frequentemente aos nossos serviços”. Além disto a Fisávin patrociona e colabora em vários eventos desportivos nomeadamente o futebol, andebol e o atletismo, promovendo a prática do desporto como uma forma de manter uma vida saudável. Política de investimento em tecnologia Uma das grandes preocupações da Fisávin é prestar serviços com o máximo de qualidade. Deste modo, apostar em equipamento médico inovador faz parte da ideologia da empresa. A utilização de novos equipamentos, que permitam a aplicação de novas técnicas ou que simplesmente sejam mais eficazes, pode diminuir o tempo de recuperação de um utente. Assim, na Fisávin as portas estão sempre abertas às tecnologias mais modernas para que garantir a melhor qualidade do serviço. O que está para vir António Bica alerta para alguma instabilidade politica que se têm sentido nestes ultimos anos no setor da saúde e que lança alguma incerteza para o futuro nomeadamente para o setor convencionado no qual a Fisávin está integrada. Contudo, existem sempre projectos para o futuro. Expandir e promover os serviços existentes nomeadamente Fisioterapia ao Domicilio e Terapia da Fala, continuar a investir em equipamentos tecnologicamente avançados e criar novas valências e serviços são as metas que António Bica tem em mente.



PAREDES Inserida numa das regiões mais prósperas e paisagisticamente interessantes de Portugal que é o Vale do Sousa, Paredes é uma cidade com vários atrativos. Com um vasto património arqueológico, etnográfico, arquitetónico, natural e geológico, esta vigorosa cidade nortenha convida-o a olhar o território como um museu a céu aberto. Moinhos, castelo, igrejas, mosteiros medievais, quintas e solares brasonados emolduram uma paisagem maioritariamente pintada em tons de verde e azul. O verde vindo de serras e vales e o azul dos rios e ribeiras de águas cristalinas, numa comunhão com a natureza que contrasta com a modernidade dos centros urbanos. Mas nem só da natureza vive esta cidade. Paredes é conhecida por possuir um forte desenvolvimento indústrial, como é o exemplo do fabrico de móveis. Neste ramo é uma das cidades líderes a nível nacional. Quanto à gastronomia, é rica e cheia de sabores, estando relacionada com a agricultura e pecuária da região. Desde sempre a população se dedicou ao cultivo das terras férteis e de lá tiravam o seu sustento e alimento para todo o ano. Visite Paredes e aproveite com todos os sentidos aquilo que esta terra farta tem para lhe oferecer.


“20 ANOS A DAR ENERGIA AOS SEUS PROJETOS” Qualidade, excelência, inovação e ética são os pilares que distinguem a atividade da Bifase no mercado. Afirmando-se como uma marca de referência na distribuição de material e equipamento elétrico, a Bifase disponibiliza soluções ajustadas e inovadoras aos seus clientes, seguindo as tendências e correspondendo às exigências do mercado, representando as principais marcas líderes deste setor. BIFASE Prestes a completar o vigésimo aniversário, a Bifase surgiu pelo espírito empreendedor de Abílio Pacheco, sócio maioritário e CEO da empresa há mais de duas décadas. Fundada em nome individual em 1995, a constituição da BIFASE é feita em 1998, dando-se início a um longo caminho de sucessos. Ter como base uma política de qualidade que assenta em quatro vertentes, clientes, colaboradores, fornecedores e aperfeiçoamento, sempre foi o objetivo do CEO, respondendo desse modo às expectativas e solicitações do mercado. A distribuição de material e equipamento elétrico é o core business da empresa, mas a Bifase apresenta uma estrutura de serviços abrangente e completa, como nos explica: “No que diz respeito à distribuição de material elétrico trabalhamos essencialmente com o setor profissional, desde a construção civil à indústria. A par com a venda de produtos, a Bifase também desenvolve alguns equipamentos e é detentora de duas marcas próprias, mais propriamente a ECOBRIC e a REATIVA PLUS. A primeira apresenta soluções inovadoras para o setor da iluminação, nomeadamente tecnologia LED destinada a diversos sectores, nomeadamente mobiliário e construção civil. Já a segunda marca comercializa baterias de condensadores. O nosso objetivo é melhorar constantemente o produto, no sentido de dar resposta ao mercado. Por outro lado, temos duas empresas que complementam a atividade da Bifase. A Circuitos de Inovação, uma empresa ESE (Empresa de Serviços Energéticos), ligada às energias renováveis, eficiência energética e mobilidade elétrica e a Quadrinorte, fabricante de quadros elétricos e baterias condensadoras. Da iluminação, aos cabos elétricos, ou à distribuição de energia; do material de instalação, à automação e controlo; da domótica, intercomunicação e segurança, às energias renováveis e mobilidade elétrica, a Bifase conta com uma rede de parceiros de referência, que permitem a comercialização de uma vasta gama de produtos selecionados criteriosamente junto das marcas líderes do mercado. Para cada área de produto que comercializam, está ainda destacado um

gestor especializado e uma equipa de engenharia, com o intuito de dar todo o suporte necessário à equipa e fornecer ao cliente um aconselhamento técnico especializado, sendo a formação e a passagem de informação a palavra de ordem no dia a dia da Bifase. Paralelamente a empresa também desenvolve projetos de consultoria em diferentes âmbitos, nomeadamente domótica, iluminação, sistemas e equipamentos elétricos, e ainda soluções de automação. Com uma equipa jovem e dinâmica composta por 42 colaboradores (Grupo BIFASE), quando se menciona o grupo, Abílio Pacheco continua a primar pelo investimento na qualificação e motivação dos seus quadros técnicos e superiores. Num mercado em constante mudança e desenvolvimento, a mobilidade elétrica, as energias renováveis, a eficiência energética e a gestão de energia assumem-se como os principais projetos a nível nacional e europeu, que irão exigir uma rápida adaptação das empresas, mas ao mesmo tempo irão alavancar este setor. Globalmente com um volume de negócios próximo dos 8 milhões de euros, o grande objetivo do grupo BIFASE é manter um ritmo de crescimento sustentável, que passa pelo aumento das exportações e paralelamente por promover o bem-estar da equipa e garantir-lhe as melhores condições de trabalho. “Um dos nossos grandes desafios a curto prazo será, ainda, a aposta no comércio eletrónico”, termina o administrador.

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70 ANOS DEDICADOS À ARTE DE ESCULPIR A MADEIRA NUMA PEÇA DE MOBILIÁRIO Prestes a completar o septuagésimo aniversário, a Zagas é uma empresa de cariz familiar, que privilegiou sempre os valores do seu fundador, como o profissionalismo, a dedicação, o empenho e a componente humana. Com um percurso profissional construído a pulso, Gonzaga Barros da Silva edificou uma empresa de sucesso, que produz mobiliário de qualidade para diversos países da Europa. Em entrevista à Portugal em Destaque, Albano Silva relembrou o início da Zagas e revelou-nos os desafios de futuro para a empresa. ZAGAS

EVOLUÇÃO DAS INSTALAÇÕES

Rua Rainha Santa Teresa 467 Rebordosa 255 880 594 comercial@zagas.pt www.zagas-aef.com.pt 104 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Fundado em 1948, o grupo Zagas nasceu da vontade e da enorme paixão de Gonzaga Barros da Silva em transformar a madeira em arte, desafiando mesmo a indústria de mobiliário. Um homem com visão, que desde tenra idade decidiu entrar no mundo empresarial, sobressaíndo sempre os valores que geração após geração continuam a marcar a identidade da empresa no mercado. “O grande lema dos meus pais era que fôssemos pessoas com escolaridade e com cultura, para termos uma vida menos dura. Eles valorizavam muito essa vertente e deram a mim e aos meus irmãos essa oportunidade”, relembra o administrador Albano Silva, e acrescenta: “Por isso mesmo, reconheço o esforço do meu pai, que nos proporcionou todas as condições para continuarmos a preservar o seu legado, pois com muita seriedade, sacríficio e dinamismo a Zagas é de facto uma empresa de sucesso no setor de mobiliário”. Nos dias de hoje são os filhos de Gonzaga Barros da Silva que traçam o percurso da empresa, que se dedica à produção de mobiliário doméstico 100 por cento maciço, em carvalho e cerejeira, tendo como principais clientes as lojas profissionais ligadas à comercialização deste produto. Respeitando sempre os gostos e as tendências dos mercados em que estão inseridos, a Zagas exporta cerca de 90 por cento da sua


produção para a Europa, destacando-se Espanha e França, entre os países para os quais trabalha diretamente. O Norte de África será um dos próximos mercados que a empresa pretende abarcar a curto/ médio prazo. “O conceito de casa alterou-se significativamente nos últimos anos. Atualmente o cliente procura um produto mais acessível, porque o mobiliário passou a ser um bem de consumo, logo foi necessário adaptarmo-nos às exigências do mercado. A tendência passa pela introdução de novos materiais, tais como os aglomerados folheados ou as madeiras naturais”, revela o administrador. Dar a conhecer o produto de qualidade e apresentar o serviço personalizado são os principais objetivos da empresa, que se encontra em constante inova-

ção quer ao nível do equipamento, quer ao nível dos métodos de trabalho, privilegiando a aquisição de tecnologia de ponta e apostando permanentemente na formação dos seus colaboradores. “Existe uma preocupaçao constante com o bem-estar da nossa equipa, proporcionando as melhores condições de trabalho. Por outro lado, procuramos respeitar o ambiente, privilegiando uma política de sustentabilidade ambiental”, completa Albano Silva. Com tecnologia de ponta, experiência, know-how e com uma forte presença no setor do mobiliário, a Zagas pretende consolidar o crescimento da empresa, mantendo a visão de negócio e a forma de estar no mundo empresarial, que sempre marcaram o sucesso da Zagas ao longo dos últimos 70 anos. “O nosso posicionamento passa pela excelência e qualidade. Para mim os principais desafios que se auguram para o futuro são a atualização constante, a resposta rápida às exigências e mutações do mercado, assim como o alargamento de relações comerciais a novos países”, termina o administrador.

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HÁ MAIS DE SETE DÉCADAS UMA REFERÊNCIA NO SETOR DO MOBILIÁRIO Fundada em 1945, a Américo Silva & Filhos SA é hoje uma empresa de referência na indústria do mobiliário. Sediada no concelho de Paredes, a empresa alia o fabrico manual à tecnologia de ponta na criação e design do mobiliário. Pioneira no design e fabrico de diferentes produtos como as mesas extensíveis ou as consolas, a Américo Silva & Filhos SA está orientada para o mercado externo, exportando quase na totalidade a sua produção. AMÉRICO SILVA & FILHOS

gostos e hábitos”, salienta Domingos Silva. Outra das mais-valias para empresa, prende-se com um serviço próprio de logística, transportando os nossos produtos até ao ponto de venda do cliente, com o apoio de colaboradores especializados para o efeito, o que na exportação, acaba por ser um fenómeno diferenciador, uma vez que o manuseamento do mobiliário é o apropriado e o cliente fica bastante satisfeito com este acompanhamento quase personalizado.

Idealizada por Américo Silva, pai de Domingos Silva, atual administrador, em simultâneo com a sua esposa Maria José Silva, a empresa familiar, que iniciou atividade em meados da década de 40 dedicou-se inicialmente ao fabrico de mesas, passando atualmente a produzir todo o tipo de mobiliário. “Fomos pioneiros no desenvolvimento, conceção e produção de mesas. Na década de 70, o meu pai foi o criador da mesa oval extensível, constituída por aumentos, que poderiam ser recolhidos interiormente, ficando ocultos, o que até então não era concebível. Este fenómeno originou um sucesso de vendas, que ultrapassou em larga escala a capacidade produtiva existente na altura, e culminou com a ampliação das nossas instalações fabris”, recorda o administrador. Com a evolução e as mutações constantes do mercado, a empresa foi introduzindo novos produtos, iniciando a exportação nos anos 90, momento em que começaram a comercialização quase em exclusivo para o mercado francês. A ASF Furniture Group dispõe de uma vasta gama de serviços, distinguindo-se por concentrar dentro de portas todo o processo criativo, produtivo e logístico. “Todos os nossos produtos e projetos são desenhados internamente por uma equipa multifuncional, e como trabalhamos quase em exclusivo para o mercado francês, a nossa central de desenho está lá posicionada, sendo posteriormente executados aqui na fábrica, com o desígnio de ir de encontro ao perfil do mercado francês, privilegiando os seus 106 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Experiência, inovação e criatividade A ASF Furniture Group é uma empresa dinâmica, que se vem adaptando gradualmente às mutações do mercado, investindo em tecnologia avançada, de modo a executar mobiliário diferenciado, com design inovador, correspondendo dessa forma às expectativas dos clientes. Apresentar móveis apelativos, e que tenham um modo de fabrico rápido e simples é o principal objetivo da empresa, de modo a atingir preços competitivos no mercado. A Américo Silva & Filhos SA é pioneira no design e fabrico de todo o tipo de mesas. Para além deste produto, também fabrica secretárias, móveis, cadeiras, consolas, entre outros, como nos revelou Domingos Silva. “A par com o lançamento das mesas extensíveis, em 2000 fomos igualmente precursores na criação, desenvolvimento e produção das consolas extensíveis, tal como das mesas de centro. Aliás estivemos vários anos apenas dedicados ao fabrico desses produtos. Nos últimos tempos, a par da evolução do mercado, direcionamo-nos para conjuntos de sala de jantar”. Das linhas rústicas, ao design mais contemporâneo, o ASF Furniture Group executa mobiliário para o público em geral, primando sempre pela qualidade das matérias-primas e dos acabamentos e pela introdução de materiais nobres, utilizando madeiras de excelência, como cerejeira americana e francesa ou carvalho francês. “Quando o setor entrou em declínio, traçamos como objectivo principal a adaptação dos preços ao mercado, passando das


linhas rústicas 100 por cento de madeira maciça, para o semi-maciço ou aglomerados folheados. Com a atual recuperação do mercado, foi-nos possível retomar a produção de mobiliário com madeira 100% maciça, principalmente de carvalho”, revela Luís, diretor de produção. Em 2013, ASF Furniture Group, iniciou a atividade no setor de Contracting, com a formalização de um contrato de produção e fornecimento de mobiliário para o Hotel Riu Plaza Berlim, na Alemanha. Aliando à sua vasta experiencia no mobiliário, a ASF Contract (marca para este setor), passou a executar inúmeros projetos de hotelaria e contract para todo o mundo, sendo hoje uma referência neste segmento. O Estado do Setor “Com o mercado do mobiliário em crescendo, devido ao aumento da procura, notório nos indicadores dos volumes de exportação, os empresários portugueses têm incrementado o investimento em tecnologia, inovação e marketing. O que era utópico há alguns anos, hoje é uma clara realidade. Daí a nossa aposta contínua na qualidade dos serviços e dos produtos, investindo no design, em tecnologia de ponta, e no acompanhamento distinto ao cliente no serviço após-venda. Neste momento a imagem da indústria de mobiliário portuguesa tem dado cartas

internacionalmente, subindo o seu estatuto de qualidade e de valor, tornando-se mesmo num país de referência para o setor. As feiras são um reflexo desse sucesso, devido ao cuidado na apresentação das próprias empresas, e temos observado que o feedback dos visitantes é cada vez mais positivo. No nosso caso, apostamos ainda em camiões expositores, o Road Show, a par da participação em feiras dedicadas ao setor, o que permite um contacto privilegiado junto do cliente. No próximo ano iremos participar igualmente em feiras, nos mercados em que pretendemos alargar laços comerciais”, completa o administrador. A ASF Group é hoje uma empresa totalmente orientada para o mercado externo, exportando 98% da sua produção para França. Outros mercados para os quais a empresa exporta são a Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, Marrocos, Suíça e Inglaterra Com uma equipa composta por 97 colaboradores, a aposta na formação contínua é uma constante, para a especialização e valorização dos profissionais, é cada vez mais uma prioridade, sobretudo devido ao incremento no investimento em equipamentos inovadores, com vista a ultrapassar a atual carência de mão-de-obra especificada. “Começamos a sentir a falta de mão-de-obra especializada, e embora a máquina execute o móvel,

torna-se crucial o acompanhamento por parte de um colaborador que compreenda a execução e montagem do móvel e lhe dê o acabamento manual, de forma a garantir a perfeição do nosso mobiliário”, refere o diretor de produção. Novos projetos “Delineamos para um futuro próximo o alargamento de mercados, a remodelação das nossas infra estruturas, mantendo a tendência dos últimos anos de investimento em tecnologia de vanguarda, de modo a concretizar de forma inequívoca as exigências dos clientes. No que à inovação diz respeito, o propósito do ASF Furniture Group passa por marcar pela diferença, através do design e da funcionalidade no produto, sendo um dos nossos próximos desafios diminuir o peso bruto do mobiliário. Em suma, pretendemos continuar a antecipar oportunidades, inovando constantemente os processos produtivos, numa perspetiva de antecipação das necessidades dos clientes. Maximizando assim a cadeia de valor da empresa, de modo a garantir a manutenção da estrutura económico financeira forte, baseada num correto dimensionamento dos recursos e eficácia dos processos, visando o crescimento sustentável da empresa” conclui Marta Teixeira, diretora financeira.

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ARMAMAR E VISEU Armamar é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, que está situada a sul do vale do Douro numa íngreme encosta, com a cascata da Misarela a seus pés, um miradouro de onde se avista o cenário paisagístico do Douro. O seu setor primário consiste na produção de vinhos do Douro e Porto, queijos, fumeiros, enchidos e a maçã é o produto com maior importância económica e por isso Armamar é conhecida como «Capital da Maçã de Montanha». Do património histórico destaca-se a igreja matriz, de invocação a São Miguel, patrono da freguesia, único monumento no Município classificado como monumento nacional. Existem também algumas capelas, (capela do Espírito Santo, capela de Santa Bárbara, capela de São Lázaro, etc.), muitas propriedades anexa de casas brasonadas, as ruelas do lugar do Outeiro com reminiscências do período medieval e a cascata da Misarela com o seu miradouro, já mencionada. Já Viseu, berço de D. Duarte, distrito a que Armamar pertence, é eloquentemente um município no Coração de Portugal que se projecta num futuro promissor. Cidade de múltiplos referenciais que fazem história, é, cada vez mais, uma cidade viva. Exemplos disso, são a revitalização da atividade económica da zona histórica, os diversificados equipamentos de lazer de metabolismo turístico, o crescimento do ensino superior, os inúmeros cuidados da saúde ambiental do concelho, os cuidados de assistência médica, melhorados com o Hospital de São Teotónio, as infra-estruturas culturais e desportivas, como são exemplo o Viriato, Teatro Municipal, a Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva, o Multiusos de Viseu, o Campo Viriato, a Ciclovia, o Campo de Futebol de 7, o Campo 1º de Maio e o Complexo de Piscinas num dos pulmões da Cidade, o Fontelo.


A CAPITAL DA MAÇÃ Armamar, a vila capital da maçã de montanha, situa-se na região do Alto Douro Vinhateiro onde o vinho e a vinha predominam mas onde a maçã é rainha. Trata-se de uma maçã “com características únicas ao nível da doçura (mais doce) e também da textura (mais crocante)”, explicou-nos o presidente. A par disso, é uma maçã mais resistente e com uma durabilidade maior comparativamente com as maçãs produzidas nas outras regiões do país, o que permite que esta seja exportada em maiores quantidades. Por ano, são produzidos cerca de 70 milhões de quilos de maçã em Armamar, tornando este concelho o maior produtor de maçã do país. MUNICÍPIO DE ARMAMAR

Mas, a par do vinho, da vinha e da maçã, o turismo tem conquistado o seu lugar e, segundo o nosso entrevistado “o turismo tem começado a despontar com o surgimento de diversos locais de turismo rural aliados a outras atividades atrativas ao nível do património cultural e imaterial”, referenciou João Paulo Fonseca. Foi com este propósito que Armamar se associou, também, às Jornadas Europeias do Património com a organização de diversos eventos culturais no concelho por forma a dinamizar as riquezas patrimoniais nele existentes. O aumento exponencial das ofertas ao nível turístico e da procura desta região por parte dos mais diversos tipos de visitantes não é, para o presidente da Câmara Municipal de Armamar, uma ameaça à beleza natural que envolve Armamar. “A nossa paisagem natural está assegurada porque o plano de ordenamento do Alto Douro Vinhateiro é bastante restritivo, podemos é correr o risco de ficarmos sem pessoas. É necessário considerar as pessoas que vivem nesta região, que vivem da terra e do que ela tem para oferecer”, alertou porém. Considerando-se um presidente próximo dos seus munícipes, João Paulo Fonseca afirmou: “Eu costumo dizer que dos meus 7 mil habitantes eu devo conhecer 5 mil. Isto permite que haja mais proximidade e à vontade para me abordarem mais vezes. E eu gosto disso porque só estando perto deles percebo os seus anseios. Posso dizer que as pessoas de Armamar são as melhores do mundo. São muito trabalhadoras, gente que não verga perante as contrariedades, simples, humildes e acolhedoras”, completou. De entre os diversos projetos em curso e promovidos pela Câmara Municipal de Arma-

mar, destacam-se a ampliação do sistema de rega da Barragem de Temilobos que serve 700ha de pomar mas que pretende chegar a 1000ha. A construção de um Auditório e de uma Biblioteca e, ainda, um Pavilhão Desportivo que sirva também a comunidade escolar que está necessitada de novas infraestruturas para o desporto. Projetos morosos e de grandes dimensões que implicam um trabalho prolongado: “Podemos esperar uma recandidatura porque quatro anos é muito pouco tempo para conseguirmos por em prática aquilo que são os nossos projetos”, confidenciou o presidente. Em final de conversa, ficou o convite: “Quem visitar Armamar com certeza que irá encontrar um território de gente que acolhe de braços abertos. Quem vem a Armamar tem que provar o Cabritinho de Armamar com o seu recheio fantástico. Quem vem a Armamar encontrará maçãs, vinhos, queijos, enchidos e um património cultural e imaterial que vale a pena ser visitado e experienciado. Terra de emoções que é, Armamar garantidamente despertará muitas e boas emoções em quem por cá passar”, finalizou o autarca de Armamar.

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UMA FREGUESIA COM DINAMISMO A freguesia de Armamar conta, atualmente, com mais de 1400 habitantes. Em 2013, Coura e Tões, antigas freguesias, passaram a integrar a Junta de Freguesia de Armamar. Afonso Gouveia, Presidente da Junta de Freguesia, fala-nos sobre a Vila. FREGUESIA DE ARMAMAR Associações. Isto porque a relação de proximidade com todos os habitantes é um ponto essencial para o Presidente Afonso Gouveia. “A questão de proximidade é muito importante, porque existem pessoas com alguma carência, principalmente os idosos, que por vezes estão sozinhos”. Enquanto Junta de Freguesia pretendem “ajudar naquilo que nos é possível e dar-lhes um momento de carinho e conforto”, acrescenta.

EQUIPA Projetos desenvolvidos ao longo do mandato Afonso Gouveia é um Presidente ativo e pronto a colaborar em projetos que sejam dinâmicos e úteis para Armamar. Um dos projetos que sempre quis pôr em prática e que considera “o melhor projeto” foi em termos de limpezas tanto das ruas, como de vários espaços no concelho de Armamar. “Fomos pioneiros nas limpezas. Queríamos dar o direito a todas as pessoas de terem as suas ruas e tudo o resto limpo”. Refere ainda que “as localidades estão todas limpas, sempre tudo bem organizado”. Para que se evitem os incêndios florestais, o Presidente da Junta de Freguesia de Armamar tem “o cuidado de acompanhar no terreno as limpezas que hoje tanto são apeladas. Estar atento e evitar que isto aconteça aqui na nossa porta e é um excelente trabalho”. Outro plano que queria ver posto em prática era a construção de uma Casa Mortuária “que já justificava há muitos anos”. Foi em 2017 que a construção foi iniciada e concluída e encontra-se neste momento “ao serviço da população”. Num concelho por excelência de fruticultura e viticultura não poderiam faltar os caminhos agrícolas. Afonso Gouveia desenvolveu obras para que se pudessem criar acessos para os terrenos agrícolas e porque defende que “essas pessoas ainda vão criando algum emprego”. Uma junta de proximidade São inúmeras as colaborações que a Junta de Freguesia têm com

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Património histórico Se falamos dos bens históricos deixados por natureza à região, não poderemos deixar de destacar a Igreja Matriz, “o ex libris de Armamar”. Pelas palavras de Afonso Gouveia, “o património histórico é algo que tem vindo a ser preservado”. As capelas são também uma referência no concelho, nomeadamente a Capela de Santa Bárbara, da Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Esperança, de São Lázaro e ainda a Capela da Sra. das Neves em Travanca, Nossa Senhora da Guia em Tões e a Igreja de São João Batista em Coura. Festividades e gastronomia O feriado no dia 25 de Abril é uma festividade notória e organizada pela Junta de Freguesia. “Começa logo de manhã com o hastear das bandeiras acompanhada por uma fanfarra local. Depois temos as corridas para todos os tipos de idade, no período da manhã. Durante a tarde temos várias atividades, juntamente em parceria com a Câmara, onde envolvem vários tipos de jogos”, destaca o Presidente. Já o São João é um dos momentos altos do Concelho de Armamar festejado por todos, sem deixar de divulgar a famosa Feira da Maçã. E uma vez que estamos no período natalício, a Junta proporcionou o almoço de Natal dos idosos e a festa de Natal das crianças com entrega de prendas. A nível gastronómico é de salientar o cabrito no forno recheado e a maçã de montanha utilizada para “aguardentes, licores, sumos e para o bolinho de maçã”. Um passo para o futuro O passeio pedonal de Travanca até Armamar, “se possível com ciclovia”, é o grande sonho de Afonso Gouveia que espera ver concretizado. Outros projetos passam pelo melhoramento do jardim de Armamar, bem como a renovação do Largo 25 de Abril, junto ao Tribunal, utilizado para as festas da localidade, na Rua Miguel Bombarda e outros espaços.


ONDE A HISTÓRIA E O TURISMO SE ENCONTRAM É no concelho de Tarouca que está situada Salzedas, uma freguesia com cerca de 860 eleitores e um Mosteiro com mais de 800 anos. O Presidente da Junta de Freguesia de Salzedas, Manuel Laranjo conta à Revista Portugal em Destaque a importância do turismo para a localidade. FREGUESIA DE SALZEDAS

MANUEL LARANJO

Tradições que são “uma referência na nossa terra” Composta por quatro povoações como Meixedo, Murganheira, Vila Pouca e Salzedas, a Freguesia conta com um passado muito centrado no Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. Numa localidade marcada pela história, não poderia faltar uma marca registada, o encontro de cantadores de janeiras. “Foi em Salzedas que se fez pela primeira vez o encontro distrital de cantadores de janeiras em 1979”, afirma Manuel Laranjo. Um lugar para visitar O turismo tem sido uma das grandes apostas da Freguesia. Para isso, a Junta de Freguesia tem vindo a criar condições, nomeadamente as recentes obras da entrada da Freguesia. Anualmente recebe entre 30 a 35 mil visitantes. Se quiser pernoitar em Salzedas também já é possível. O turismo rural Cascata do Varosa pretende proporcionar verdadeiros dias relaxantes, onde impera a tranquilidade composta apenas pelo som do rio. Este turismo é a desculpa perfeita para uma escapadela. O Restaurante a “Casa do Forno” proporciona que os visitantes possam usufruir das iguarias e dos sabores característicos da região. Para adoçar a boca pode ainda experimentar o biscoito, um doce típico da Freguesia. O Presidente conta que é “uma marca muito própria e interessante, um biscoito muito característico feito em fornos de lenha. Foi uma atividade que gerou muita dinâmica”. Apesar do Mosteiro ser um dos pontos de paragem obrigatória para quem visita esta localidade, não podem deixar de ver e conhecer a Quinta de Pinhô e subir ao Miradouro de Santa Bárbara que tem “uma vista magnífica para Tarouca”.

Projeto ‘Vale do Varosa’ Em 2009 surgiu o projeto Vale do Varosa para mostrar o que de melhor há na região e por isso foram renovados vários monumentos históricos, como é o caso do Mosteiro de Salzedas. O Presidente da Junta revela que para além das obras desenvolvidas em volta dos claustros, “dentro do próximo ano vai avançar a obra de recuperação da igreja do Convento, inserido no programa Vale do Varosa, que tem sido distinguido a nível nacional pela intervenção que fez no nosso museu e também já foi premiada internacionalmente. O projeto foi premiado exatamente pela qualidade da intervenção”. Um futuro sólido Com os olhos postos no futuro, Manuel Laranjo recorda uma das obras mais emblemáticas já concluídas, o Centro Social e Paroquial que criaram, “aproveitando uma antiga escola e que hoje já tem 30 utentes”. Para janeiro de 2018 querem iniciar outra centralidade, a recuperação da Casa do Povo que estava degradada. “A Freguesia de Salzedas foi das primeiras a criar uma Casa do Povo após o 25 de abril, um edifício que foi construído pelas pessoas. Queremos não só fazer uma homenagem às pessoas que construíram o edifício, mas também dar-lhe outra utilidade, que será passar os serviços que estão aqui na Junta para lá. Isto porque a acessibilidade à estrada é muito mais fácil. Vai permitir-nos criar melhores condições e ser utilizado diariamente”, assinala o Presidente. Criada em 1830, a banda filarmónica de Salzedas, provavelmente a mais antiga do país “sem interrupção”, será uma das beneficiárias do espaço, de forma a criarem na Casa do Povo um espaço central a toda a população. Mosteiro de Santa Maria de Salzedas: De terça feira a domingo - 10h00 às 18h00 Encerrado à segunda feira Para mais informações consulte: www.freguesiasalzedas.pt

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A SAÚDE DOS SEUS OLHOS EM PRIMEIRO PLANO Proprietário das óticas médicas em São João da Pesqueira, São João em Armamar e Penedono (distrito de Viseu), Luís Teixeira providencia desta forma emprego a jovens recém-formados e dinamiza a zona, necessitada de profissionais da saúde. ÓPTICA MÉDICA S.JOÃO

Luís Teixeira iniciou aos poucos a sua vida laboral. São João da Pesqueira, em Viseu, não tinha um profissional residente de oftalmologia. O empresário estava ligado à área da ourivesaria e requeria os serviços de um oftalmologista que se deslocava uma vez por semana. “Quase como uma brincadeira de miúdos”, relata o próprio, “pedi dinheiro ao meu pai para abrir uma ótica, o que ele fez porque tinha confiança em mim. Em dois meses edifiquei uma ótica em S. João da Pesqueira com um consultório médico”, corria o ano de 1995. Passado pouco mais de um ano abriu uma nova ótica, desta vez em Penedono. As consultas, que eram para ser de oito em oito dias, passaram a ser três dias por semana devido à quantidade de procura: “foi um sucesso enorme e privilegiou-se a zona que, de outro modo, não tinha médico para isso”. Entretanto, há 11 anos, expandiu o seu negócio para Armamar, onde abriu uma segunda ótica e, depois, em Penedono. O proprietário explicou-nos a importância de um médico oftalmologista. “Hoje em dia as óticas são associadas ao optometrista, que é um profissional licenciado e está preparado para fazer uma refração. A nível de patologias não é o mais indicado, porque não é médico. Temos uma população tão envelhecida em Armamar, são João da Pesqueira e Penedono que muitas vezes na consulta de oftalmologista descobre-se outra doença qualquer. Muitos não têm noção que a observação do olho é extremamente importante.” Por esse motivo, Luís Teixeira tem sempre profissionais oftalmológicos nas suas óticas e acredita que isso contribui para o sucesso dos seus projetos. Outras razões para esse sucesso será a relação de proximidade que mantêm com os clientes e a escolha de colaboradores da zona. “Os nossos clientes são quase família e os nossos colaboradores também são da terra. Penso que essa união cativa o cliente, que sabe que tem aqui alguém que os desenrasca. Não abri mais para manter um padrão de qualidade”, admite o proprietário, “nas localidades pequenas tudo se sabe, o cliente deve sentir que deixa aqui dinheiro, mas leva algo de valor”. 112 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Depois da abertura da ótica e para rentabilizar o espaço que era muito grande, disponibilizou-se mais valências: fisioterapia (dois fisioterapeutas e um médico fisiatra que dá consultas) e dentária. Se tudo correr como planeado, a partir de janeiro de 2018 estarão disponíveis mais especialidades: cardiologia, dermatologia e clínica geral. Essas valências dão emprego aos recém-formados, dinamizam a região de Armamar e dão apoio necessário à população. Esta é uma área muito influenciada pela moda: “É muito difícil termos um padrão de qualidade e modernização numa aldeia para dar resposta aos clientes”, expõe Luís Teixeira. Nas suas óticas disponibilizam uma panóplia de marcas e tentam “ter a qualidade média, para garantir a relação qualidade-preço”. O que diferencia as óticas com assinatura Luís Teixeira é o atendimento personalizado e sincero ao cliente, o qual deposita a sua confiança. Para o futuro, o empresário tenciona abrir pelo menos mais um espaço com o mesmo conceito: o mais pequeno possível no qual se possa juntar quatro ou cinco especialidades úteis para a região. Juntamente com um sócio, pensam em alargar para uma vila perto de Armamar, “usando a mão de obra local para criar incentivo de trabalho aos jovens e evitar que as pessoas doentes saiam da sua zona de conforto”, conclui.

Loja Armamar Avenida 8 de setembro, nº67, loja D 5110-121 Armamar 254 103 945 Loja Penedono Chão de Alvamares, lote 17 3630-231 Penedono 254 505 073 Loja São João da Pesqueira Rua direita, nº2 5130-348 São João da Pesqueira 254 488 016


O TESOURO NATURAL DO DÃO No planalto mais requintado do Dão, uma terra de lugares encantados. Gentes do campo com vidas duras mas com grande alegria no coração. Assim se descreve Silgueiros. Uma vila com povoados que variam entre um passado longínquo e a modernidade. Uma vila que conserva histórias de conquistas e tradições bem antigas e que deslumbra pelas paisagens, rios e serras, pelo património e simpatia das suas gentes. FREGUESIA DE SILGUEIROS

JOSÉ AUGUSTO HENRIQUES MOTA

LUÍS FIGUEIREDO LOPES

JOÃO GERMANO

A chegada a Silgueiros faz-se por entre as vinhas que se multiplicam ao longo das suas 16 povoações a sul do concelho de Viseu. É este património paisagístico, e as quintas que aqui existem que atraem cada vez mais turistas, que aqui encontram a serenidade que o campo tem para oferecer. Silgueiros é uma terra extraordinária. Fundada num planalto de terras férteis, irrigadas pelos rios Dão, Pavia e Asnes, entre os contrafortes das serras do Caramulo e da Estrela,

Os estragos causados pelos incêndios Ver parte desta riqueza consumida pelas chamas, deixou-nos profundamente feridos. O povo defendeu-se como pode. Agora os desafios maiores. Recompor, reorganizar, limpar as lágrimas e ir à luta. Já se começou pelo levantamento de perdas, aguardam-se pareceres para se poder avançar com os respetivos apoios.

go de todo ano desfrutamos de acontecimentos que dinamizam a freguesia como os Festivais de ranchos folclóricos em julho, as festas durante todo mês de agosto, em setembro a nossa Feira de Época, que recria vidas do antigamente... Estas são algumas das nossas sugestões.

Por Silgueiros! Nestes últimos quatro anos, fizemos um caminho para devolver Silgueiros a todos os silgueirenses, procurando reposicionar a nossa freguesia no lugar que merece e precisa. Silgueiros cresce quando cresce o orgulho dos silgueirenses. No próximo mandato pretendemos dar continuidade ao trabalho desenvolvido anteriormente com a mesma dedicação e empenho. Dois mandatos seguidos com maioria são um acréscimo de responsabilidade. A proximidade Procuro ser um presidente sempre presente, daí a decisão de estar a tempo inteiro ao serviço da freguesia. A dimensão da nossa freguesia e o número de ocorrências exigem muito tempo de entrega. Dedicação esta, que a meu ver, só pode ser total.

O turismo Há muito em Silgueiros a visitar e conhecer. Existem quintas vinhateiras que abrem as suas portas a quem as queiram descobrir. Silgueiros convida a visitar e a saborear séculos de história da verdadeira cozinha antiga portuguesa, farta e saborosa. Recomendo que visite o Restaurante O Martelo, a Mesa de Lemos, o Granito e a Sepa do Dão, para retemperar forças e vontades. Visite a igreja do Mosteiro, lugar ancestral e fundacional da nossa paróquia, que exibe atualmente uma fachada do século XVIII. Para quem gosta de caminhadas, poderá percorrer os trilhos seculares e encontrar a pitoresca aldeia da Póvoa Dão. Para dar a conhecer as nossas tradições, visite o museu etnográfico. Culturalmente também somos muito ativos, podem assistir já em janeiro ao cantar das Janeiras em Passos e Pindelo de Silgueiros, às festas religiosas, como por exemplo a festa em honra de Santo Amaro na aldeia da Póvoa Dão. Ao lon-

As dificuldades A interioridade e todos os problemas associados. A escassez de recursos para avançar com projetos de desenvolvimento local e de fixação dos nossos jovens. A insuficiência de infraestruturas básicas, desportivas condignas, e espaços de lazer. O atraso a que somos alheios, no concretizar de obras já protocoladas. Projetos e Metas Silgueiros é uma freguesia com história, cultura e tradição. Hoje visitar Silgueiros é reviver a nossa origem, é sentir em cada rosto o afago beirão, sentir em cada vinho o saber ancestral de gerações de mestres e, sobretudo, descobrir segredos guardados. O nosso principal projeto, neste segundo mandato é fazer continuar a fazer sentir orgulho em ser silgueirense, e realizar obras que sejam uma mais-valia para a comunidade. Criar as condições básicas para que as famílias se fixem na nossa terra, principalmente as mais jovens. Chamar a Silgueiros ainda mais investimento. Venha descobrir os segredos do Dão!

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QUALIDADE E ELEGÂNCIA NA ARTE DE BEM SERVIR Vasco Trindade é o proprietário e co-fundador, desde 1978, da casa de que se orgulha por ser sua. O Restaurante Santa Luzia era, na altura da compra por parte de Vasco Trindade e o irmão, Jorge Ferreira, “uma casa pequena, do género de uma taberna, pouco frequentada”. Em conversa com a Portugal em Destaque, relembra o dia 1 de outubro, data da inauguração do Restaurante, que desde “então temos feito dele uma casa com nome e condições para o cliente”. RESTAURANTE SANTA LUZIA

Ao longo de 33 anos, a gerência foi “fazendo pequenas alterações, de dois em dois anos a casa tinha uma nova pintura, uma remodelação ou um arranjo que considerássemos necessário para o nosso espaço”. O passo seguinte foi a compra do terreno onde hoje estão e as obras resultaram numa “transformação para a casa que temos hoje, com este aspeto, há cerca de seis anos”, com a colaboração de uma equipa de arquitetos. “As ideias gerais foram nossas, mas ouvimos atentamente as sugestões deles de modo a tornar-nos num espaço mais apelativo”, perdendo por isso as características de uma casa tipicamente e tradicionalmente portuguesa. A mudança de um “espaço naturalmente familiar” para um restaurante mais amplo, deveu-se ao facto de, para o proprietário. “Os clientes merecem ter uma casa melhor e um espaço diferente”. Ainda que o avultado investimento tenha sido em tempo de crise, no ano de 2011, a “confiança dos nossos clientes que são os melhores”, permitiu ao Restaurante Santa Luzia ultrapassar essa fase ‘tremida’. Vasco Trindade realça, como pontos fortes do espaço, a “cozinha tradicionalmente típica” que vai desde “os grelhados até aos vários tipos de arroz, que são as especialidades da casa”. Mas esta tradição une-se também à “vontade de inovação” e talvez esta seja mais uma das possíveis justificações para a prospeção do espaço. “O cliente aqui tem muita escolha”, garante o co-proprietário. E é essa escolha variada aliada à relação que mantém com os clientes, que consideram que “alguns são praticamente já da nossa família, 40 anos é

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muito tempo, e por isso temos já uma aproximação grande”. Mas nesta casa “todos são bem-vindos e tratados da melhor foram que sabemos”. O Restaurante Santa Luzia é uma referência para quem aprecia a arte de bem servir e de bem comer. A cozinha é chefiada pelas esposas dos dois irmãos fundadores. Nos dias de hoje, a equipa conta com 12 funcionários, sendo que os elementos familiares estão sempre presentes - Jorge Ferreira, filho do fundador com o mesmo nome, e Idílio Martins, cunhado de Vasco Trindade. Paralelamente, o espaço acolhe também a realização de eventos. “O espaço é amplo e foi planeado”, para albergar ocasiões especiais. “Recebemos casamentos, bodas, aniversários ou festas de empresas”, ainda que, neste momento, o “principal mercado são as comunhões”. O Restaurante Santa Luzia, aproveitando a época das ocasiões especiais, estará aberto a 25 de dezembro, dia de Natal, e a 1 de janeiro, dia de Ano Novo, ainda que esta seja a folga habitual da equipa.Com “clientes para todos os gostos”, Vasco Trindade realça a importância da “simpatia no atendimento aos nossos clientes”. A “boa-vontade e o espírito de sacrifício” permitem ao Restaurante Santa Luzia completar, já no ano de 2018, 40 anos de existência. Vasco Trindade garante que “se tivesse que escolher um Restaurante, escolhia o Santa Luzia porque é o sítio onde me sinto bem”. E é essa a mensagem que pretende transmitir aos seus clientes, uma vez que “quero que eles se sintam tão bem aqui como eu me sinto”.


30 ANOS DE RIGOR NA COMERCIALIZAÇÃO DE FERRO E INOX A honestidade e a ambição de chegar mais longe sempre foram os princípios que nortearam a Ferroviseu. Luís Burgos, o atual sócio-gerente, desvendou-nos a história de um espaço que se tornou numa referência na comercialização e distribuição de ferro e seus derivados, na região de Viseu. FERROVISEU

LUÍS BURGOS E SANDRA BURGOS Sediada nas proximidades da cidade de Viseu, a Ferroviseu é atualmente uma das grandes referências da região, na venda de ferro. Abel Burgos foi o responsável por iniciar o percurso desta empresa. Datava-se 1987 aquando Abel, juntamente com dois sócios, reuniu a sua experiência de trabalho num armazém de ferro e decidira criar a sua própria empresa. Durante os primeiros anos a Ferroviseu operava numa cave, contando apenas com a força de uma pequena equipa para carregar os materiais (o 1ª empilhador foi comprado ao fim de quatro anos). Após dois anos verificou-se a saída dos 2 sócios e a entrada de Luís Burgos (filho de Abel Burgos), o atual sócio-gerente. A empresa de caráter familiar crescera, e a cave tornou-se um espaço muito pequeno; assim em 1997 mudaram para as novas instalações, com uma área de cerca de 2.000m2, onde puderam alargar o leque de produtos. O investimento cauteloso foi sempre feito com capitais próprios, uma filosofia que tem feito parte da empresa desde o seu início e que tem dado o conforto económico que hoje vive

– “temos fundo de maneio e isso dá-nos vantagem com os fornecedores. Temos a politica de poder pagar a pronto e isso é sem dúvida uma mais-valia”, explicou Luís Burgos. São precisamente 30 anos de existência que a empresa celebra durante este ano, um trajeto que tem sido marcado por o constante crescimento, sustentado nas filosofias de rigor estipuladas por Luís Burgos, o atual sócio-gerente e dinamizador da empresa. Uma das mais-valias da Ferroviseu é a venda direta ao particular, uma vertente que tem permitido à empresa contornar as quebras da construção civil. “Hoje há a moda de o particular comprar o material e depois requisitar um serralheiro para lhe fazer a mão-de-obra” referiu o atual sócio-gerente. Com um serviço que abrange essencialmente o distrito de Viseu e ocasionalmente algumas outras regiões do norte e centro do país, a Ferroviseu garante a distribuição de todo o material com viaturas próprias, que comercializa com um preço competitivo. Com uma carteira de mais de 3.000 produtos, por Viseu costuma-se dizer, “se não há na Ferroviseu, não vais encontrar em mais lado nenhum”. Nesse sentido Luís Burgos referiu a importância de ter em stock alguns materiais mais raros e com menos saída no mercado, produtos esses que no fim se revelam uma mais-valia para a satisfação dos seus clientes. Apesar do negócio ter evoluído a crescido a cada ano, o atual gerente lamentou a dificuldade que os revendedores atravessam com o atraso de pagamentos, que pela região foram já responsáveis pelo fechar de portas de alguns armazéns concorrentes. Perspetivando o futuro com alguma cautela, Luís Burgos confessou ter alguma expectativa em relação à sucessão da empresa, “gostaria que a empresa continuasse na família”. Com 30 anos no mercado, a Ferroviseu tem uma base sólida e consolidada no mercado da comercialização de ferro. “Sempre pautei por crescermos de forma sustentável e dentro da nossa realidade. Somos uma empresa com muitos anos e as pessoas já conhecem a nossa qualidade e as nossas garantias”, concluiu Luís Burgos.

Rua do Abrunhal - Vila Chã de Sá - 3510 - 298 Viseu

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