PORTUGAL NIGHTMAG OUTUBRO 2008

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Foto do mês

4_ Editorial 7_ Stars 8_ Moments 14_ Portugalnight Life 16_ Festa Red Bull - Loft 22_ Palacio da Agronomia 24_ Forte Sº João 26_ Nikki Beach 28_ Bazaar 32_ Festa do Caniço 34_ Entrevista Tito Elbling 40_ Andromeda 42_ In Seven Seas 44_ Sangue novo 47_ Via Rápida 48_ Kiss 50_ Entrevista Dj Pedro Cazanova 53_ Breves Dj’s 54_ Eskada 56_ Capitvlo 58_ Art 59_ Restaurante 60_ Automoveis 64_ Guia Portugal 5 estrelas


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editorial

Depois de alguns anos em que o Porto deu sinais de apresentar uma noite bastante mais bonita e atractiva, Lisboa aparece agora na linha da frente, o que não significa, naturalmente, o regresso aos fantásticos anos noventa. Com um sem número de espaços em plena convulsão, estão no ar grandes mudanças que, acredito, acabarão por tornar tudo bastante mais saudável. O jogo da “pescadinha de rabo na boca” mantém-se. Em Lisboa, não se pagam presenças – não se paga a pessoas mediáticas para ir a festas – mas também não se aplicam “taxas moderadoras” na maioria das portas; logo, é natural que, nos espaços do Norte, circule bastante mais capital, o que, à segunda-feira, não significa propriamente obter mais lucro. Exemplo concreto do resultado de todo este fogo-deartifício nortenho, é o facto de muitos dos espaços que se dedicam a estes “artifícios bronzeadores” ter quase sempre períodos de duração bastante curtos, seguidos de debandadas generalizadas. É claro que estas “gerências” possuem grandes amizades, ou não fossem elas quem ciclicamente paga a renda de casa a um sem número de “estrelas do burgo” que, sem isto, na maioria dos casos viveria na mais profunda das penúrias. Pessoalmente, sinto um certo prazer em assistir a estas “festas”, embora chegue a experimentar um sentimento de tristeza por tamanhas discrepâncias num país tão pequeno. É espantoso como, a Norte, centenas, se não mesmo milhares de clientes pagam forte para estar numa festa, pelo facto de na mesma se encontrar o Manuel, o João ou a Arminda, da mesma forma que é “didáctico” ver gente que, nestes momentos de “estrelato”, desfila e diz adeus à “maralha”, convencido por certo de se tratar do membro de uma qualquer Corte. Neste reino de anormalidades, onde vejo gente giríssima pagar para fazer figura de campónio, apenas me choca o facto de a maioria destes “Bips” ser capaz de ganhar uma pipa de massa sem nada produzir. Poderiam, por exemplo, durante a semana, aproveitar para tirar o curso do Chapitô e, com ele, durante essas noites, deitar chamas pelas orelhas, saltar de corda em corda ou sei lá que mais… mas usufruírem de milhares de euros para acenar, deixando muitas vezes contas fantásticas nas discotecas e hotéis para pagar – e alguns estragos, verdadeiras selvajarias, nem vou falar – parece-me demais! É claro que, neste carrossel, não só “as estrelas” são culpadas. O dono da casa, não raras vezes, discute com o DJ, o barman, o copeiro e o porteiro por meia dúzia de tostões (leia-se, muitas vezes, por 5€ noite…) e, a seguir, é capaz de ficar na penúria e até de não pagar ao seu staff, pois os seus convidados – leia-se figuras públicas - recebem como barões. É evidente que cada um pode e deve gerir o seu negócio como bem entende, mas que há aqui uma disfunção, há. Não só o cliente não tem vergonha na cara, pois gosta de passar por lorpa ou já é tradição passar por tanso, como ainda o “empresário”, na maioria das vezes, parece uma bombinha de Carnaval de 5 cêntimos, já que o fogacho enquanto dura é dado pela sua prosápia na zona como “os meus convidados”, o rebentamento acontece, na noite da festa, onde dá aquilo que tem de pagar, e o rastilho e papel queimados são as contas que acabam por ficar “penduradas” em tantos sítios. Questionará; que culpa têm os “VIP´S”? Culpa, de facto, não têm nenhuma, custa-me é a perceber que existam tantos candidatos a rainhas de Inglaterra em Portugal e, claro, passo a perceber a importância que toda esta gente dá ao facto de aparecer nas revistas cor-de-rosa do burgo. Valem contratações. Aliás, os respectivos currículos até deveriam mencionar (não sei se o fazem ou não) terem sido 6 vezes capa daqui, terem dado 8 entrevistas acolá e terem marcado 72 presenças num qualquer programa de TV. Toda a regra tem excepção e é exactamente aqui que tiro o chapéu a gente como Rita Mendes, Gonzo e Ari entre poucos outros que, em vez de se pavonearem aceitando ganhar dinheiro para serem rainhas da Moimenta da Beira, preferiram aprender a passar música e vendem o seu trabalho com dignidade e prestígio.


Editorial_

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A confusão entre VIP e Mediatizado está instalada embora a maioria do país ainda não lá tenha chegado. Acho que há que chamar os bois pelos nomes, caso queiram até sectorizar: uma coisa são VIP`s, outra convidados e outra ainda, mediatizados. Fiquei impressionado quando, há dias, vi a Maya a apresentar o actor Rui de Carvalho num evento. Disse para mim: “Finalmente, temos um VIP que é VIP!... É de louvar!”. Qual não é o meu espanto quando, ao percorrer o mundo cor-de-rosa da semana seguinte, vejo Rui de Carvalho nessa reportagem numa foto invisível, e o pessoal do botox e do silicone, quase, quase, quase capa! E, meus amigos, levar Rui de Carvalho a um evento deve exigir arte e muito trabalho, pois não creio que o faça por dinheiro. O meu espanto é ainda maior quando há clientes de espaços nocturnos que numa noite gastam fortunas – deveriam ser eles de facto os VIP`s das discotecas do país, pois são quem paga as contas – a serem tratados como gado, pois há que dar primazia às meninas e meninos de Inglaterra! Lisboa ganhou por aqui. Sendo certo que há mais gente mediatizada na capital, não é menos verdade que existe quem não misture amigos, VIP`s, mediáticos e sei lá que mais na mesma tigela. Começa a nascer a diferença. Aliás, ninguém falou do aniversário de um prestigiado empresário da Praça - não convinha - e até tentaram particularmente denegrir e ridicularizar o mesmo, pois cada “VIP” viu-se nessa noite obrigado a pagar o seu consumo. Claro está, ficou a maioria dos convivas muito ofendida, pois não foi apenas um que teve de deixar o telemóvel, chaves, etc., para pagar a conta da noite, quando nalguns casos chegavam a ter mais de 100€ de despesa no seu cartão, não levando sequer 5€ no bolso! Ou é arte ou com o álcool e na euforia da festa, julgavam-se verdadeiros ilusionistas, esquecendose que na semana seguinte o álcool tinha de ser pago, não com chaves, telemóveis, BIs ou números de telefone, mas com euros. É claro que, quando as empresas de bebidas explicaram aos empresários que o álcool era para vender, isto depois de anos de “desbunda”, não faltaram calafrios no mercado, embora na capital, regra geral, antes de mais estejam os empregados. Estamos em época de aprendizagem forçada. Em breve, muita coisa irá novamente mudar, já que, no dia em que as televisões forem proibidas de passar publicidade ao álcool, as casas nocturnas passarão a deter o poder - como acontece, por exemplo, em Ibiza - de receber o que é devido por promover uma qualquer marca sem que lhes chorem os tostões e podendo, dessa forma, investir em verdadeiras campanhas de imagem e marketing. O mercado será obrigado a “endireitar” e, nessa altura, com o que esta gente tem aprendido, a noite será bastante mais salutar, já que teremos direito aos melhores DJs, às melhores produções, a melhor segurança e até a melhores publicações. Goste-se ou não, Portugal tem espaços nocturnos fantásticos, diria mesmo, ao nível do que há de melhor mundo fora e apenas o provincianismo de alguns empresários deste sector imbeciliza a totalidade dos intervenientes do mercado, o que inviabiliza de todo os projectos de grande qualidade que existem entre nós. Hoje, começa a ser interessante ver que já existe quem reconheça e distinga na capital como VIP, um médico, juiz, professor ou cientista, a quem juntam quem de facto quer e pode pagar o seu lugar no camarote. Os actores de renome, afastaram-se na sua grande maioria lamentavelmente da movida para não serem misturados com os emergentes e esse, é possivelmente o preço mais elevado que há a pagar. No próximo mês, irei dedicar-me com carinho a um dos assuntos do momento; os chamados direitos conexos, as associações, as labels, e os artistas nacionais, assunto que muita tinta promete fazer correr nos próximos tempos.

Miguel Tinoco Barreto Migueltinocobarreto@portugalnight.com


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fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight

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magem

Dj Ravin Setembro 2008

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Moments

2. Fui

3. À

4. Rosete

5. E

6. Comi

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1. Eu

6. Uma

7. Caixa

8. De


Moments_

9. Baguetes

10. Recheada

11. Com

12. Esparguete

13. Sem

14. Direito

15. A

16. Croquetes

18. (Para rir)

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O Mundo Azul Todas as imagens e palavras que aqui leu, são uma pura miragem, baseada na útopia de um monstro verde inexistente. Todos os comentários a esta inexistêntcia, devem ser remetidos para a lua, via CTT, com a frase, “faça-me uma chamada de valor acrescentado a pagar no destino”, seguido do seu número de telemóvel.Em caso de aflição, sorria, está a ser fotografado(a) pela câmara de um marciano felpudo, que disto nada sabe, que daquilo nada diz e daqueloutros nada viu


RealShaker

P

edro Lorena, depois de impor no mercado o sistema dos produtores, é agora o primeiro a alterar o conceito. Produtores apenas raramente,Produtoras fixas é o caminho assertivo e assim ficaram na The Loft Lisboa, apenas a Elite Night de Filipe Campina e

a Lust de Bruno Lorena. Como em termos de equipa de Djs, este é um casulo bem fechado desde a primeira hora, ninguém se deverá espantar se muito em breve Lorena passar a trabalhar com um relações públicas fixo. Sempre a mexer.

A

nthony Pereira, depois de mais um Verão de expectativas cumpridas, preparou para o regresso de mais um Inverno fortes mexidas no Liberto`s Bar de Albufeira, ao mesmo tempo que manteve a cadência da discoteca Kiss. Para o Liberto`s Bar, entrou Farinha vindo do bar Mitto também de Albufeira e que se tiver capacidade para impor conceito, pode vir a fazer história, embora de fácil nada tenha. Com esta alteração de vulto, Anthony pereira já começou a agitar as águas do sul, numa altura em que já prepara com pompa e circunstância mais um Fim-de-Ano.

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J

eff Silva, gerente do Swell Club localizado na Costa de Caparica não pára de surpreender, embora por vezes, a necessidade de excesso de protagonismo lhe vire o feitiço contra o feiticeiro. Dj que com o tempo soube aproveitar as oportunidades, é hoje gerente do Swell Club e perante a abertura dada ao sonho de ter Tha Zouk dentro de portas - essencialmente pelos atrasos na abertura do novo espaço do Grupo RS – Jeff Silva não hesitou acertando em cheio o que lhe permitiu balancear o Swell para o Inverno caso não se despiste em futuras contratações. Como nem tudo é verde e o protagonismo não perdoa, o gerente Jeff Silva transformou-se em Jeff Silver Dj. É normal?

H

ugo Antunes, depois de durante dois anos levar o seu projecto Be Alive para o Absoluto, optou por se dedicar de alma e coração apenas ao Alive Bar de Santos, ex Álcool Puro. Embora seja de prever que não deixe cair o Be Alive Festival que tem lugar anualmente nas Piscinas Naturais do Tamariz, Hugo Antunes anda agora mais virado para os estudos e para Madrid, o que o obriga a verdadeiras maratonas por amor. Quanto ao Alive Bar, serve prato forte às terças-feiras com noites Erasmus e está para durar.

C

ristiano Barros, depois de provocar uma imensa reviravolta na discoteca Act Porto, através da opção de reduzir no espaço e aumentar na selecção, começa a assistir de cadeirão às grandes movimentações da Invicta. Com empresários a sair e outros a entrar, casas a fechar e a abrir a uma velocidade louca e a grande maioria preparar-se para oferecer aos seus clientes mata moscas, Cristiano deve sentir-se hoje aliviado por atempadamente ter tomado a opção de reformular. Tirando a gigante Via Rápida que continua a pulverizar audiências, quem não se adaptar desaparece e Cristiano barros foi de facto dos mais lúcidos e esclarecidos.

C

esário Pinto sofreu o seu primeiro revés no regresso ao Coconut`s, quase que ao estilo de fazer jus ao ditado que nos diz que a história não se repete. Verdadeiro culpado da hecatombe verificada este Verão no Coconuts, Cesário pinto acabou por pagar o preço por ter falhado na área em que geralmente é prodígio; garantir condições de funcionamento segundo os seus critérios. Conhecedor do mercado de Cascais como poucos, Cesário Pinto, permitiu ao Coconuts reabrir as portas com nomes de segundo plano, quando Cascais, exige desde sempre requinte. Como seria de esperar foi o cabeça de cartaz Cesário Pinto que saiu fortemente chamuscado. BodyTalk na reabertura de uma casa de Cascais é para ficar na história da noite nacional!


RealShaker_

J

oão Meneses continua igual a si mesmo. Hábil, requintado e a exigir a noite a noite com sofisticação, conseguiu uma vez mais fazer uma leitura assertiva do mercado e entrou a ganhar. Capaz de provocar momentos verdadeiramente fantásticos, este empresário possui o dom de dar tanta atenção a uma casa de banho, como ao som da casa e é exactamente desta forma, que quem hoje entra no BBC, não pode deixar de ficar surpreendido pela manutenção existente e pelas pequenas melhorias constantes para não falar do staff escolhido a dedo. Com a vida a andar mais depressa do que seria desejável, Meneses optou por entregar a exploração do seu BBC a Frederico Rocha e Luís Evaristo o que terá uma leitura. Qual é que ainda não se sabe, mas que promete, promete!

P

aulo Leonardo, gerente da discoteca Bela Cruz é provavelmente dos profissionais que hoje torce a orelha e vê não sair sangue. Quando há um ano dominava a cidade Invicta com fins-desemana fantásticos que lhe permitiram ainda atacar as quintas-feiras da cidade, Leonardo estava longe de imaginar que algumas vaidades acabariam por deitar por terra o sonho. Como diz o ditado, subir até é fácil, manter é que é mais complicado. O tempo passou, as novas leis entraram em funcionamento. Entrou quem tinha que entrar, saiu quem tinha que sair e o Bela Cruz acabou por perder o seu estatuto. Impressionante e até mesmo incompreensível.

F

lávia Moreira, depois de optar por sair da Maya Eventos essencialmente fruto da sua opção por terminar o seu curso superior, tem aparecido agora com maior incidência nas noites da capital, até por ser uma das armas do empresário José Matos no inverno que se avizinha. De ideias bem definidas, Flávia Moreira tomou as suas opções, tem mercado e pode ajudar a colmatar algumas das deficiências do mercado, embora muito vá depender do ritmo que impuser a si mesma. Num mercado dominado por meia dúzia de monstros sagrados, conseguir furar será uma arte, sendo no entanto importante referir, que esta é uma das profissionais para quem o segmento de relações públicas é apenas uma opção pois como atrás dissemos em vias de terminar o seu curso.

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P

aulo Jorge ex gerente da discoteca Estado Novo é agora o novo gerente do Shu Club localizado no Edifício Transparente no Porto. Depois de uma abertura em que se sentiram muitas forças a favor e contra, Paulo Jorge foi eleito para manter a tarefa de fazer esta casa singrar, sendo justo afirmar que pelo seu perfil e ponderação, este pode ser o profissional certo, no local correcto há hora ideal. Preparado para fazer uma corrida de fundo, Paulo Jorge acredita que este Shu Club será um projecto que irá crescer pela qualidade e serviço, jamais gastando aquilo que não pode facturar.

R

ui Caralinda, homem forte do Capítulo V da Oura é aquele que evoluir, até evolui, mudar é que não muda. Senhor de conceitos bem definidos, Rui Caralinda parece agora decidido a implantar o verdadeiro conceito VIP no burgo. Farto de ver pés descalços a desfilar como se de magnatas se tratassem, o guru do sul implantou a regra de que junto dele, só desfila mesmo quem tem capacidade para desfilar Como seria de prever, as surpresas têm sido mais do que muitas, já que em Portugal, gente com muita parra e pouca uva é coisa que parece não faltar. Quanto às noites do Capítulo V, possuem agora muito mais encanto, é que a turba dos mamões está rotulada e para desfilar de copo de champagne na mão tem que vir acompanhada da carteira.

M

ário Boavida, de há muitos anos a esta parte cabeça de cartaz da discoteca Q.B. de Almeirim, no último ano acompanhado por Francisco Calheiros, parece decidido a não deixar cair uma história de sucesso. Figura fulcral do panorama nocturno nacional, já que foi o primeiro empresário do sector, a preferir encerrar as portas do que hipotecar o seu conceito, Boavida dá agora uma nova aula, já que a QB reabriu, investiu, aguentou o choque e prossegue jamais investindo para lá daquilo que pode. Aos que perguntam como é possível, Mário Boavida lá vai dizendo que para lá da discoteca, levantasse de segunda a sexta-feira às oito da manhã pois tem outros interesses e outras necessidades.


RealShaker

A

lberto Cabral, proprietário da discoteca Andromeda Vila Real, depois de assinar um Verão ao alcance de muito poucos, parece ter perdido o controlo da sua máquina de informação. Tendo feito sair para o mercado a data do seu aniversário com a devida pompa e circunstância, Alberto Cabral optou a seguir por adiar a mesma por duas vezes, sem que o mercado perceba a respectiva razão. Perante o cenário que apresenta, de um novo conceito para as quartas-feiras, quintas ladies night cheias e os sábados de sempre, este adiar é no mínimo inesperado por parte de alguém que tem por regra trabalhar por agenda.

J

aime Gomes, um dos cabeças de cartaz da discoteca Bazaar no Porto, parece decidido a prosseguir durante o próximo Inverno com o trabalho que realizou durante o Verão. Detentor do famoso Forte de S. João de Vila do Conde, da discoteca Bazaar e mais recentemente do bar Pop Porto, este Grupo tem vindo a crescer de forma bastante interessante, já que à sua volta parece reinar a harmonia. Jaime Gomes, não tem feito estardalhaço mas conseguido provocar noites de elevado registo, situação que numa noite como a do Porto que se encontra altamente descaracterizada é bastante interessante.

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M

ituxa Jardim encerrou mais um ciclo, desta feita, o segundo ano do projecto Nikki Beach em Portugal. Depois de uma primeira temporada muito abaixo das expectativas criadas, essencialmente pelo facto de Michael Penrod ter estado entre nós, o Nikki beach entrou numa certa estabilidade, através das mãos de Mituxa Jardim e Rui Valdir. Sem abdicar do requinte e fino trato, mas sem cometer loucuras mirabolantes, o projecto Nikki Beach deixou um sinal mais num ano globalmente fraco do mercado, o que pode dar bons sinais para a próxima temporada.

G

onçalo Barreto,depois de mais um Verão para a história, com a esplanada do Tamariz Estoril a revelar-se novamente inesquecível e quando já muitos gritavam a pulmões cheios em plena Rua Direita de Cascais, que a Jézebel não voltaria a abrir as suas portas, aí está de novo. Pouco dado a circos, apreciador da descrição e inabalável nas suas regras, Gonçalo Barreto, naturalmente que acompanhado de Ana Paula e Carlinhos Canto Moniz promete agora obras, mudança, sofisticação e nova reabertura para parar Cascais. Quem define os timings de toda a sua vida é ele mesmo e exactamente por isso, não falta quem se contorça no universo da capital.

M

aya, perdeu Flávia Moreira, ganhou Barbara Taborda e continua a revelar-se de uma eficácia assustadora. A mulher de ferro da noite nacional, pertence ao leque restrito daqueles que sabem de onde vêm e para onde vão e esta lucidez, tem vindo a revelar-se monstruosamente eficaz num mercado em que a grande maioria nem sabe que existem agendas, planeamento e objectivos. Embora a funcionar ainda de forma bastante limitada tendo em conta o potencial da sua máquina, Maya é hoje uma das cartas altas do mercado sendo uma das dez mãos por onde tudo passa. Após soltar-se de algumas amarras, proveitosas a seu tempo, mas actualmente um autêntico fardo, pode muito bem vir a ser um dos quatro ases do baralho.

G

onçalo Rocha não necessitou de muito para fazer Lisboa tremer, com centenas de chamadas de telemóveis, reuniões aqui e acolá e claro reposicionamentos inesperados na cidade. Depois de um Verão em que ao não abrir portas no Algarve virou o mercado do sul de pernas para o ar, deixou escapar o aparição de uma reabertura da Kapital e logo Portugal abanou. Como as cartas do futuro se encontram fechadas a sete chaves no cofre, saiu o encerramento do Kubo, mas logo a garantia de que o mesmo iria ser coberto e logo Lisboa parou. Embora se note que Gonçalo Rocha ainda só está a deixar sair o que bem lhe apetece, muitas das farmácia da capital, já devem estar a sentir o aumento de vendas para as dores de cabeça sendo certo que em breve será colocado no mercado .


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fotografia Nuno Ribeiro

Aniversรกrio Helga Barroso_


fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight

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Portugal Night Life_

DIMITRI FROM PARIS na

Portugalnight Life Foi em noite de fim de Verão, que o Tamariz Estoril se viu convertido pela primeira vez em Tamariz Mansion para receber, de forma a receber o Dj Dimitri from Paris. Esta, foi uma sexta-feira fresca o que de facto não ajudou ao conceito, mas perante um line-up desenhado por nomes como Dimitri from Paris, Diego Miranda, Romain Bno, Nebur, Baratta e Mike tha G, a festa, colorida pelo desenho de alguns Mínis aconteceu. Com o alinhamento principescamente dividido pelas duas pistas da Esplanada do Tamariz no Estoril, foram muitas as caras que sabendo ao que iam, desfrutaram como bem souberam, até pelo facto de desta feita, Dimitri, ter feito questão de impor a diferença sem utilizar o seu reconhecido bom feitio, sendo no entanto de justiça afirmar que esta foi uma daquelas noites em que qualquer dos djs presentes merecia ser cabeça de cartaz. Há hora mágica, com Dimitri a norte e Diego Miranda a sul o silêncio fez-se, deixando apenas recordações de grandes momentos aos presentes. A música, as pessoas e o espaço, resultam no momento. É assim, que por vezes acontecem estas coisas.

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Festa Red Bull Loft_

The Loft

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Deu asas e o povo voou

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fot. Gustavo Ramos - Direitos reservádos Portugalnight

ão há profissional que encabece uma qualquer marca que não sonhe com a perfeição. Começam por pedir casa cheia, desenham imagem, cor, luz. Oferecem música, garantem a diferença, mas quase sempre, como a noite já viu de tudo, as ideias acabam por resultar em banalidades, que por serem nocturnas, são suportadas por faces sorridentes, alegres e bem-dispostas que vão permitindo a diferença. Este ano, a Red Bull voltou a trazer até nós a sua tour de Verão Blue Elements e perante um conceito idêntico, coube às casas fazerem a diferença, tentarem a magia, procurarem a tal perfeição. A Red Bull Blue Elements da discoteca The Loft Lisboa, acabou a dividir os louros do pódio com a Estação da Luz de Aveiro, numa noite verdadeiramente memorável, em que será justo afirmar que quando um staff é capaz de fazer a diferença, a magia acontece. Perante um mar de caras giríssimas, coube aos Djs King Bizz e Osunlade obrigarem BullBull a chegar ao nível do tanto que esta noite lhes deu. Para mais tarde recordar, fica uma noite perfeita, onde os homens fortes da Red Bull se viram obrigados no dia seguinte a ir trabalhar de babete, tal a vaidade e inchaço que sentiram. Memorável!


O problema da córnea na noite

A questão da lingua vaidosa

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iego Miranda e Nuno Flores dos Corvos, aproveitaram o reencontro na Praia do caniço para acerto de posições. Com Diego Miranda em fase de produção e tendo em conta que os horários de um e outro, nem sempre são compatíveis, Nuno Flores lá foi dizendo a Diego Miranda;“Bro aprende aí a tocar isso que é mais fácil” ao que Diego Miranda não hesitou, enquanto ía dizendo a Flores; maninho vê lá se aprendes qualquer coisa comigo”. Não está de facto mal, entre “Bros” e “Maninhos” a coisa lá se vai fazendo.

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m final de mais um Verão, Simone Bertoncini, Patrícia Henriques e Rui Caralinda optaram por eleger um dos últimos grandes eventos do sul, para colocar a missa em dia. Sempre perspicaz, Rui Caralinda lá foi dizendo a Simone que não percebia como aquela contratação lhe tinha escapado, ao que Patrícia comentou, que há mais de onde ela veio. Perante a estupefacção dos dois, Patrícia Henriques, lá foi explicando que Move It de Arcanjo Ratibo é para além de uma empresa, uma escola.

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uma das últimas noites da esplanada do Tamariz, Nebur, deejay que consegue alimentar como poucos uma pista, já que para além de excelente dj, dá shows que o vão garantidamente tornar imortal dedicou algum do seu tempo a explicar-nos a razão de nada o atingir. Embora a foto de ares de um “estou pelos cabelos”, o que Nebur nos ia dizendo é que na sua arte, utiliza a técnica do Sansão, quanto mais os cabelos crescem, maior é o festival, para além que o negócio dele é música e não moda. Em cheio!

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uan Pereira, sócio do Grupo La Movida, Art Lisboa e Buddhas no terceiro aniversário do Art em Lisboa, recebeu o conterrâneo Carlos Vikera com a merecida pompa e circunstância. Perante tanta atenção, e com muita gente convencida de que este seria provavelmente um novo sócio do Grupo, Juan Pereira lá foi explicando aos incautos que Vikera é só o decorador que assinou casas como Bufallu`s, La Movidas de Porto, Guimarães e Montijo e Kiss entre outras. Como se imagina, não foi necessário esperar muito para se formar uma fila a pedir cartões-devisita a Carlos Vikera.

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edro Chuva, gerente da discoteca The Loft e Frederico Rocha foram apanhados por nós em amena cavaqueira na discoteca The Loft já a noite ia bem alto. Meio a sério, meio a brincar, Pedro Chuva fez questão de nos informar, com direito a registo de publicação que Frederico Rocha não iria regressar à The Loft, mas sim que lhe estava a explicar o significado registo de 2 LLs. Questionará o leitor; 2 LLs? Exactamente 2LLs.


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L

ourenço Tamagnini, depois de mais um grande Verão com a camisola do T Clube de José Manuel Trigo vestida, viu-se com três belíssimas propostas nas mãos, tendo naturalmente optado por assumir o cargo de gerente do BBC Lisboa. Embora no meio exista quem afirme que Lourenço Tamagnini se encontra em estágio pelas mãos do empresário João Meneses para um novo ataque na capital, Lourenço faz questão de afirmar que Miguel Espírito Santo e Nuno Leote são a sua equipa de djs de mão. Novos voos, novas surpresas. Mais uma volta, mais uma viajem…

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aulo Drummond possivelmente o mais afamado porteiro do país, é provavelmente dos porteiros que mais gente tentou ultrapassar. Pouco dados a festins, foi formado pelo Grupo K nos anos de ouro da Kapital, passou pelo Indústria Lisboa e é quem reina na porta do BBC Lisboa de há uns anos a esta parte. Conhcedor como poucos, até por não fazer interregnos o que lhe permite manterse bem actual, Drummond, depois de explicar que no BBC não existe nenhuma pista de tartan, dedica-se ainda a explicar, que nem tartan e muito menos um lago que exija ver gente de galochas ou botins. O Drumond é mau? Só mesmo para as mangas cavas e peúga branca.

J

oão Magalhães, Bé de Mello Laranjo e Miguel Galão, desde o início de Agosto que apresentam as orelhas a ferverem, fruto do monte de surpresas que tinham reservado para 2008. Depois de terem feito uma boa leitura de mercado com a falta do K no sul, entraram agora no BBC com projecto e vontade de fazer estragos. Mais do que reunirem muita gente aos sábados, conseguiram com as quartas-feiras “BBC Unplugged” retirar de casa um segmento de luxo, oferecer diferença e principalmente qualidade. Aquilo que hoje é óbvio para todos, saiu da cabeça de João Magalhães, o cabeça da L.O.V.E.

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or vezes, as aparências iludem. Quem vir esta foto, pode até ficar com a ideia de que a vida passou a correr mal a Gonçalo Barreto e que Carlinhos Canto Moniz, quiçá se ter dedicado a presidente de um sindicato anda feliz da vida. A verdade, é que Gonçalo Barreto e Carlinhos Canto Moniz continuam a dar festival na esplanada do Tamariz e Jézebel, muito por culpa das exigências sistemáticas de Gonçalo Barreto, que se tornou um profissional ímpar do mercado português. Mesmo quando atinge o pleno, trabalho é trabalho e com estes resultados, há que dizer que é um exemplo com quem aprender.

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No encerramento do Verão Nikki Beach 2008, Mituxa Jardim, voltou a receber com pompa e circunstância os seus convidados, onde naturalmente se destacou o sempre perspicaz e incisivo jornalista Victor Rainho.Sem dar secas a ninguém e facilitando o trabalho a tudo e todos, Mituxa Jardim culminou o Verão de forma exemplar e em plena luta contra os deuses da chuva e dos trovões. Quanto a Rainho, nem mesmo apertado diz o que pensa sem antes pontuar. Um exemplo.


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&

preto branco A partir do mês de Outubro de 2008, a marca Twin`s irá ficar na história do mercado nocturno nacional. Não só a abertura do Twin`s Lx irá recuperar um espaço com fortíssimas tradições nalgumas dos melhores momentos da noite do país, como dará seguimento ao conceito de Grupo de Clubes de qualidade em Portugal, podendo até, vir a tornar-se uma bandeira. Por algumas afirmações já feitas por responsáveis do Grupo Twin`s, está latente a ideia de derivar para outros pontos do país, acontece que depois de Lisboa e com potencial, sem contudo hipotecar o conceito, apenas resta o Algarve e com a responsabilidade de não deixar cair nem Lisboa e muito menos o Porto. De parabéns! A discoteca Estado Novo em Matosinhos acaba de mudar de mãos e embora a ideia que exista seja a de que é para continuar, este negócio, apanhou o mercado completamente desprevenido. Sendo certo que existe sempre um momento ideal para sair, esta opção de Betuxo Magalhães, pode vir a baralhar muitas das contas que são feitas no norte do país pois raramente duas pessoas peçam e agem da mesma forma. Na altura de arrumar a trouxa, Betuxo lá vai dizendo que trinta anos é muito tempo. A cadeia La Movida, que em Portugal nasceu na cidade do Porto pelas mãos dos empresários Juan Pereira e Benito Malvar, que o ano passado se expandiu para Guimarães e que agora abriu portas no Montijo, promete continuar a dar que falar ou não tivesse optado por abrir portas numas das zonas mais concorrenciais do país. Projecto que privilegia a festa em detrimento de de tudo o resto, foi executado de forma soberba durante anos no La Movida Porto, restando agora saber onde irão Juan Pereira e Benito Malvar encontrar staff, onde incluímos obviamente bailarinas, com o calibre que o projecto Porto sempre apresentou. A discoteca Lux-Frágil do empresário Manuel Reis comemorou o seu 10º aniversário no passado mês, fazendo desta forma regressar a Lisboa uma das festas que marca de há muito a esta parte o compasso do tempo. Casa cheia naturalmente que com a necessidade até de montar uma tenda, levaram por certo a fazer sorrir Manuel Reis pelo tanto que tem dado à animação do mercado nocturno nacional. A acompanhar a chamada crise, Manuel Reis optou não por anular, mas sim distender a festa ao longo de um mês através da presença de dez nomes top do panorama do djing mundial. Liderar até nem é muito difícil, fazê-lo impondo conceito na vanguarda é algo que apenas está ao alcance de predestinados. Manuel Reis é um deles. Do centro da cidade de Viseu até Coimbra é o próximo passo do NB Club, que transporta em si mesmo a essência do Factor C, 18X Bar e Reitoria. Com linhas mestras bem definidas, este é um dos projectos que se começa agora a distender sendo de esperar do selo NB apenas o melhor. Sem pretensões de abrirem o noticiário das oito da noite, têm vindo a conseguir solidificar a sua posição no mercado nocturno do norte do país, pautando o seu trabalho pela diversidade e qualidade. Muito em breve, também Coimbra irá passar a estar no mapa deste Grupo.

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João Magalhães depois de escorregar que nem um tonto conseguiu nas quartas-feiras e sábados do BBC Lisboa ser laçado para o topo de preferências. As quartas-feiras “BBC Unplugged” são já história que o tempo não conseguirá apagar, os sábados…são grandes sábados.

Manuel Faria, proprietário da discoteca The Loft em Lisboa, transporta em si mesmo alguns valores, ideias e conceitos que mesmo sem discursar, lhe permitem influenciar a noite de Lisboa de forma única. Haverá poucos empresários com um prestígio tão imaculado e tantas provas dadas. Não abdica de ser um Senhor e continua a reinar. Jeff Silva andou, andou,andou. Fartou-se de subir para o escorrega e cair e não é que neste final de 2008 entrou de ideias bem firmes? A WDB Management e Pete Tha Zouk permitiram-lhe o cumprir de um sonho que resultou, seguiu-se o Dj Ary, restará saber se as saudades do abismo não o levam a tropeçar. Basta-lhe manter. O empresário Ezequiel Sequeira, depois de ter acreditado que seriam outros a resolver o seu problema, parou, pensou e meteu mãos à obra. Como primeira medida, o Void, desapareceu em velocidade relâmpago e ressurgiu o Queen`s com uma equipa e projecto que vão chegar lá. Como Ezequiel Sequeira tantas vezes diz, nada melhor que cada um ir pela sua cabeça. Finalmente! Juan Pereira e Benito Malvar, pese o facto de terem finalmente aberto as portas do La Movida Montijo, somaram agora ao desaire Pacha 2007, o desaire Coconuts 2008. Embora não se perceba o vacilar de dois dos empresários que maior taxa de crescimento apresentaram durante anos entre nós, é de registar o La Movida Montijo, embora se saiba que por aquelas paragens a concorrência é dura. Promete! Pedro Santos, homem forte da Bacardi Martini na “Wolf Night” seguiu este mês escorrega abaixo, única e exclusivamente fruto do assumir do risco. Com as condições que possuiu, apenas teria que ter mantido o ritmo sem inventar e facilmente superaria a festa dos “Loucos de Lisboa” na capital. A inovação trouxe o risco, com ele os ritmos mais agressivos e daí o nosso trambolhão. Fernando Alves, depois de um Verão em que teve arte para superar de forma fantástica as contrariedades, deixou o tempo passar e o novo espaço do chamado Grupo Remédio Santo continua sem aparecer. Embora circule que está para muito breve e que vem para impressionar, deixar o seu mercado ao sabor da maré parece-nos um risco que deveria ser evitado.


fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight

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Palácio da Agronomia_

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Wolf Night da Eristoff

Foi festa

I

nesperadamente, a Eristoff aproveitou a euforia pela vodka Black para agitar o fim de mais um Verão e nada melhor, que o Palácio da Agronomia na Ajuda para fazer a diferença. Baptizada de Wolf Night pela Bacardi Martini Portugal, esta festa contou com a participação dos Djs Diego Miranda, Jackspot e Popof, num conceito desenhado para terminar através de sonoridades bem pesadas e pouco em voga entre nós. Pouco passava das 22h00, quando o batalhão de relações públicas cortou a fita, dando início a uma noite, em que a organização não olhou a meios para impressionar qualquer produtor europeu, conseguindo até, pormenores que dificilmente se repetirão. Para a Wolf Night da Eristoff Black ser festa do ano, faltou-lhe apenas aceitar o facto de que Portugal não é a Polónia e que se juntar este estilo de público de qualidade é uma arte, metralhar os mesmos com sonoridades a tocar no techo é matar a festa. A Bacardi agitou como lhe competia, arriscou forte para marcar a diferença e tentar ser o compasso do mercado. Se é verdade que entrou bem, também é verdade, que só não saiu em ombros pelo risco de tentar ir mais além, tendo naturalmente garantido com esta opção, uma grande festa para uns até às 4h30 da manhã e para outros, a partir daí e até de manhã.


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Forte de Sº João_

GOODBYE SUMMER 2008 do“FORTE” Sabor a festa

D

epois de um Verão para a história, o Forte de São João, teve a arte de transformar uma Fashion TV no seu “Goodbye Summer 08”, levando a melhor sobre as cambalhotas que se têm verificado no clima. Pertença de um Grupo nortenho que começa agora a emergir, e que para além do Forte, já assina Pop e Bazaar, será correcto afirmar que este espaço de Vila do Conde fez por ganhar nome, tendo tido a arte de jogar na estabilidade e é hoje para além de um espaço de Verão, uma marca altamente apetecível. Numa noite em que as estrelas foram recambiadas para o Pop da Invicta, ficaram os mais sabidos, aqueles, que por conhecerem bem as festas destas paragens, sabiam que jamais seria o tempo a ter capacidade para estragar a festa. É justo afirmar, que neste “até para o ano” do Forte de S. João 2008, tanto os clientes como o staff souberam ser especiais ao ponto de podermos afirmar que não trocaríamos esta por nenhuma outra noite. Top.

fot. João Ponccaino - Direitos reservados Portugalnight

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fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight

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Nikki Beach_

Nikki Beach Despediu-se com

Dj RAVIN A

ssinámos o livro de presenças da última noite do Nikki Beach Lake 08 de Vilamoura. A noite, começou a espaços, recheada de receios. No horizonte, a chuva e trovoada de fim de tarde fizeram Rui Valdir e Mituxa Jardim temerem o pior, mas há que ter fé para haver festa, e foi assim, que as nuvens optaram por ir banhar outras paragens permitindo ao Dj Ravin, convidado de eleição para este espaço e esta noite proporcionar a diferença. Longe de ter casa cheia, esta noite foi feita de resistentes, muito boa música e um ou outro estrangeiro, que mais ou menos embebido do real espírito Nikki Beach fizeram desfilar as merecidas garrafas de champagne. Por entre os convidados e sempre bem próximos do Dj convidado, mas suficientemente distantes dos holofotes das reportagens coloridas, Cinha Jardim, marcava o passo perante um leque de convidados regrado, educado e brilhante. Em época de resultados, há que registar que neste Verão de 2008, o Nikki Beach ainda se apresentou alguns furos abaixo do pretendido, mas já se notou trabalho realista, educação e principalmente espírito de festa.

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fot. Jo達o Poncciano - Direitos reservados Portugalnight

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Bazaar_

BAZAAR PORTO

Reentrou com tudo

C

om o fim do Verão, chegam as tradicionais rentrées que impõem os ciclos, permitindo o regresso das modas ao mesmo tempo que também marcam o compasso daqueles que por força das circunstâncias abandonam a lide das saídas nocturnas. Depois de um Verão de 2008 no Forte de S. João digno de registo, a rentrée do Bazaar Porto apenas poderia ser expulsiva, tendo em conta que dos proprietários ao staff, o desenho continua a ser apenas um. Dizer que estivemos numa casa cheia de gente lindíssima, produzida e nascida para fazer a festa poderá parecer corriqueiro, até mesmo um frete, mas é a mais pura das verdades e até ganha mesmo uma outra dimensão se tivermos em atenção, o facto da maioria dos espaços da cidade do Porto andar muito próximo da miséria. Esta foi uma noite de brilho, se a ideia de uma rentrée é o lançamento da casa para o que aí vem, há que dizer que o Bazaar está lançado e é um prazer.

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Lesboa

party

Na tapada da ajuda O Pavilhão de Exposições do ISA na Tapada da Ajuda, recebeu no passado mês o segundo aniversário da Lesboa Party, desta feita, através de uma edição Best Of. Com o dress code branco, o alinhamento de djs para esta noite ofereceu R. Kraft, Mariana Couto, Rita Zukt e Tânia Pascoal como cabeça de cartaz, para além da animação com sempre irreverente Stress. A imagem, esteve a cargo do VJ Phaustino que cumpriu. Com o número de presenças a ficado um pouco aquém das melhores expectativas, esta Lesboa Party teve a sua festa bem animada num daqueles momentos que ficam para mais tarde recordar. Esta foi uma Lesboa Party, que como posição de relevo trouxe a abertura de aceitar no seu ceio todas as tendências sem qualquer estilo de descriminação. Em termos de música, nota muito interessante. Adorámos e fomos muito bem recebidos.

I Sparkling party

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Da Lisboa Attitude A Lisboa Attitude assinou a sua primeira Sparkling Party no passado mês na Praia da Bela Vista na Costa de Caparica. Tendo garantido Dj Vibe acompanhado pelos djs Hugo Santana e Andy H, esta festa acabou por ser exactamente aquilo que dela se pretendia, embora os números tivessem ficado um pouco abaixo daquilo que era esperado pela organização. Sob o lema “The Summer Goes On” reuniram-se numa das praias mais emblemáticas do movimento gay nacional um sem número de caras, que perante a boa disposição reinante fizeram a festa até às primeiras horas da manhã. A imagem, esteve a cargo do colectivo de VJs H Collective Hd`s, sendo que com entradas, a um preço pouco habitual, limitaram muito boa gente.


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CANIÇO Encerrou Novamente Verão Algarvio

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A

no após ano, no final de cada Verão surge a chamada Festa do Caniço e com o tempo, a qualidade e nomes envolvidos, consagrou-se com naturalidade como tradição Este ano, uma vez mais no final de Setembro, a festa deuse de forma requintada, quase que ao estilo de clã e com os djs Vibe, Tó Ricciardi, Diego Miranda, China, Leote, Just e Alien G presentes, até António Cunha subiu ao palanque para fazer a festa. Esta foi uma festa diferente, numa noite em que o tempo reservou para todos os presentes, um sem número de agruras, mas em que a party people não vacilou, conseguindo com isso escrever mais um ano de festança no Caniço. Com a boa música garantida, num espaço que é único e tendo a tradição por medida, todos aqueles que marcaram presença no encerramento do Verão 2008 deram o tempo por muito bem empregue. Para o ano há mais!


fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight

Festa do Caniรงo_

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entrevista

Tito Elbling The sunday boy

Fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight

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Foi frente ao Tejo que me recebeu, sem certezas quanto ao futuro mas com o brilho nos olhos de um menino e a lucidez de quem faz as coisas acontecerem. È ele: The sunday boy - O homem que faz sorrir as noites de Domingo há mais de uma década na capital. Porque o Domingo não é apenas o dia de ir à missa.


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P- Como é que apareces no mercado de animação nocturna? T- Fazia fotografia, tentava vingar nesse mundo. Aquilo que gostava particularmente de fazer era e é um tipo de fotografia que em Portugal não é comercial logo, não dá dinheiro, o nu artístico. Então, vi-me obrigado virar-me para a vertente publicitária mas não era esse mundo que me fascinava. O que queria mesmo era o nu artístico. Percebi que para me preencher tinha de continuar a faze-lo, mas como hobby. ” A verdade é que tenho de acompanhar os tempos e se o mercado caminha para aí, eu tenho de o saber acompanhar.” E que tal corre esse hobby? Já editei dois livros e tenho um terceiro pronto. Apenas aguardo por uma editora interessada em por cá para fora este meu terceiro filho. Todos com nu? T- Sim, todos sem excepção com nu artístico. Possuo um deles, o teu segundo trabalho e vejo nele, corpos de muitas caras conhecidas da noite, é uma noite a nu? T- É natural, a noite é o meu mundo, onde me movimento e mesmo os meus amigos que não são da noite, por vezes aparecem por aqui logo, quase todos aqueles corpos são caras das minhas noites. Sim, e a tua noite como começou? T- Um Verão surgiu um convite para ir trabalhar para a discoteca Horta 2 no Algarve, algures na estrada entre Lagos e Portimão. Assim se inicia a minha carreira na noite, desempenhando a mediática função de apanha-copos. Onde fizeste a tua primeira festa, como foi a tua “primeira vez”? T- Como Relações Públicas, foi há catorze anos no Café da Ponte. Entrei como decorador, fiz umas fotos gigantes, uns nus com três metros e tal de altura por dois e muito de largura. Nesse dia, levei tanta gente a ver as fotos que o Amílcar no dia seguinte convidou-me para Relações Publicas da casa. O que sentiste nessa noite? T- Não me lembro, mas de certeza que me senti muito bem, foram imensas pessoas ver o meu trabalho e saíram todos contentes.

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E antes disso, antes da porta abrir? T- Não senti qualquer nervosismo porque não estava a fazer trabalho de RP, acabei por o fazer, mas inconscientemente. Estava apenas a divulgar o meu trabalho enquanto fotógrafo. Mas fiquei muitíssimo satisfeito e senti-me preenchido. Consideras-te, um gerente, um RP, um entertainer, um mestre-de-cerimónias (MC) ou um organizador de eventos? T- Gerente, não, certamente que não. Agora, um entertainer, um organizador mas que apenas dá a cara por uma única casa, por um único projecto sim, claramente. Planeio, organizo e apresento um evento à medida para aquela casa e para aquele dia. Cada noite, tem que ser um acontecimento, é por aí que vou.

“RP´s como eu já existem muito poucos”

Continuam a existir espaços para RP´s “dedicados” a trabalharem apenas para uma casa? Ou agora chegou a vez

dos outsourcers? T- É apenas, uma outra forma de ver a noite. Não te sei dizer se é melhor ou pior, apenas que é diferente. Constato que RP´s como eu já existem muito poucos. Existem é empresas promotoras de eventos e aquilo a que se chama promotores, por norma pessoal mais novo, que se limitam a distribuir convites. Não organizam rigorosamente nada apenas convidam e gerem uma mailling list, é uma outra forma de estar na noite. Confesso que ainda não consegui entender se é positivo ou negativo, mas a verdade é que todas as casas precisam deles. Eu próprio também os tenho e trabalho satisfatoriamente com eles. Conseguirias trabalhar do outro lado, como outsourcer? T- As minhas relações com o Matos, proprietário do In Seven Seas vão muito para além do aspecto profissional, o que me impede de ir para aí dar tiros. Para além disso, não me vejo a trabalhar assim, porque só consigo trabalhar a organizar o evento no todo e com a filosofia própria da casa, sendo que eu também peso na definição dessa filosofia. Não me estou a ver a convidar para um evento em que eu não controlo a execução e eventualmente, nem sei o que vai acontecer. Seria quase como vender um quadro que não fui eu que pintei. Sei que faz hoje parte da nossa realidade, não sei como disse, se é bom ou se é mau. Tenho de acompanhar os tempos e se o mercado caminha para aí, eu tenho de o saber acompanhar. Ainda voltaremos ao modelo do RP dedicado ou o futuro é das promotoras? T- Havemos de voltar, até porque o mundo é redondo. Garantote que havemos de lá voltar um dia, que nós estejamos cá quer não. (risos) Falas da tua relação com o Matos, proprietário do In Seven Seas, quase como de um casamento, é isso? T- Podes acreditar, um verdadeiro casamento para a vida.

“ Os Domingos eram um dia em que Lisboa não existia”...

És o homem dos Domingos? T- Comecei com os Domingos em Lisboa há cerca de catorze anos quando arranquei nas “Docas” num projecto, chamado “Café da Ponte”. Planeava e executava tudo o que era animação, MC ou entertainer, como lhe queiram chamar, coisa que continuo de há três anos a esta parte a executar no In Seven Seas. Os Domingos eram um dia em que em Lisboa não existia rigorosamente nada, foi exactamente esse o dia em que eu apostei. Quando arranquei com o Matos neste projecto do In Seven, começámos mesmo só pelos Domingos, os “tais”, os famosos Domingos que já fazia no Café da Ponte e pelo que se viu e continua a ver, é uma coisa que sei fazer. Foi a partir daí que conquistámos os restantes dias da semana, mas jamais esquecendo como começámos. O que pensas tu destes Domingos? T- Em relação aos Domingos, deixa-me dizer-te que ao fim deste tempo todo - catorze anos - vejo as pessoas a trabalhar, não falo de casos concretos, mas vejo as pessoas a trabalhar, cinco, oito e dez anos em certas casas nocturnas e acham que estão nas casas há muito tempo. É nessas alturas em que desperto, quando estou só e penso que ando há catorze anos a fazer a animação de um dia extremamente complicado numa cidade como Lisboa, que por acaso é a capital do país e tenho conseguido que os Domingos sejam meus há tantos anos. Não sou vaidoso, mas acho que tenho mérito e que sou profissional.


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Digamos que exploraste um nicho de mercado em que as pessoas não estão para investir, nem esforço nem capital. T- Posso-te assegurar que é o dia que me dá mais prazer trabalhar e simultaneamente o que me origina maiores dores de cabeça para manter a máquina a funcionar já que exige fazer com que as coisas aconteçam. É o dia que me dá mais trabalho, é o dia em que tenho mais stress, é o dia em que menos durmo, é o dia em que até na minha vida privada durante o dia não consigo fazer nada, pois só penso “naquilo” e no entanto, e volto a dize-lo, é o dia em que me dá mais prazer trabalhar. Conta-me como é que se mantêm uma equipa a trabalhar, coesa e dinâmica, Domingo após Domingo? T- Considero-me uma pessoa positiva. Considero-me uma pessoa, que transmite energias positivas, principalmente para as pessoas que considero que são boas pessoas e acredito, que quando tenho uma equipa que tem valores e vontade de trabalhar a nossa energia potencia-se e a coisa funciona sempre bem. É nisto que acredito. Conta-me os pormenores. T- Aos Domingos, chego cedo ao In Seven e falo com todos, todos mesmo, até porque essa energia positiva não passa só por mim, passa também por todos os meus colegas, todas as peças desta máquina. Desde a porta aos bares, passando pelo Bruno F, o meu colega Dj, pessoa com quem preciso de ter um grande entendimento, diria mesmo um excelente entendimento e uma perfeita sintonia. Então, mais que nos outros dias, faço questão de falar com cada um para que tudo corra bem e como idealizei pois até pode parecer, mas não há duas noites iguais. Quando tenho alguma coisa extraordinária a meio da noite, falo com toda a gente para que estejam preparados para o que vai acontecer, ali nada acontece por acaso e é por isso que somos profissionais e que os resultados são estes.

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Falaste de ti como entertainer ou MC, quando estás na cabine e dadas as semelhanças, persegues o estiloque o Anthony Pereira aplica na Kiss? T- Por amor de Deus, não há nada entre uma coisa e outra. O Tony é o Tony e o Tito é o Tito. Eu tenho a minha forma de animação e o Tony, a dele. São formas de estar e ser completamente diferentes. Conheço o Tony há muito tempo, respeito imenso o seu trabalho e tem o sucesso que todos conhecem, mas acho que os nossos trabalhos são diferentes. Se existe alguma semelhança essa será apenas no início da noite. Trabalhaste durante anos com as “vedetas” da TV, achas que esse modelo ainda é válido para o nosso mercado? T- Sim, trabalhei. Era sem dúvida um modelo adequado, certamente que existiriam outros, aquele era o meu. Agora, que tem sido tão utilizado, talvez até mesmo demasiado, achei melhor mudar para outras formulas pois há que ter sempre soluções diferentes para o futuro. O que é importante, é estar na frente e fazer o que os outros gostariam de fazer e vão tentar replicar. É bom sinal, até por que quem está no mercado sabe que nada é fruto do acaso, a noite exige muito trabalho, muita dedicação e capacidade de aprendizagem constante. E a gestão da porta, é fácil?

T- É muito complicado de balancear. Em qualquer dos modelos existentes existem sempre prós e contras como em tudo na vida. Quem deixa entrar todo o tipo de pessoas, tem o contra de não ter aquele tipo de ambiente que gostava de ter, mas chega ao final da noite e tem dinheiro para pagar as contas, paga a toda a gente e não deve a ninguém. Quem tem o ambiente mais seleccionado, até pode ter sucesso, e que o tenha, mas é um projecto mais a médio e longo prazo e logo, exposto a muito mais riscos sendo que o principal é o risco de asfixia financeira pois compromete a facturação. Cada negócio é um negócio e as pessoas têm direito a decidirem o que é melhor para elas e o seu modelo de negócio, sendo certo que toda a regra possui excepções. No caso concreto do In Seven, tentámos desde a primeira hora adoptar um modelo misto, em que utilizamos as duas fórmulas. Com ele, conseguimos modificar o conceito até então existente de “Docas”. Mudámos o rótulo, porque fazemos uma certa selecção, mas não uma selecção a cem por cento de forma a não deixarmos de facturar para pagarmos as contas aos nossos fornecedores. É como uma balança. O ponto de equilíbrio está no peso relativo de cada prato. Não digo que somos perfeitos, mas tentamos minuto a minuto controlar o máximo a balança para estamos no meio. De forma curta, como definirias hoje esse trabalho? Casa cheia, contas em dia, conceito definido. Tudo com selecção q.b. e festa. Se te fosse permitido ir buscar todo e qualquer profissional da noite, quem irias buscar para constituíres o teu “Dream Team”? T- Como já disse, gosto de trabalhar sozinho. Para trabalhar comigo, as pessoas tem de mostrar a cada momento ser excelentes profissionais e temos de ter uma certa química, profissionalismo e principalmente valores pessoais e gente com estas características encontrei poucos, mas encontrei alguns e é gente que me acompanha há muitos anos. Não é em quinze dias que se consegue o entrosamento necessário para esta actividade. Agora, quando me falas em Drem Team, já a tenho, não a troco por outra, da cabine aos bares, passando pela porta, segurança, bengaleiro e até o apanha-copos é tudo estrelas. Continuando pelo gerente, o Gato e pelo Boss, o Matos, tudo “All-Stars. Todos eles são peças importantes nos resultados do In Seven Seas, pois todos eles trabalham em prol da casa e do conceito definido. Quais foram algumas das pessoas que te marcaram na noite? T- O Amílcar do Café da Ponte, o Matos do In Seven, o Nuno Graciano, o Adelino do Karma e o João Paulo do Velvet. Tens eventos na manga? T- Toda e cada Noite é um evento especial. Mas no final de Novembro teremos o aniversário do In Seven Seas e sensivelmente a meio do mês irei comemorar os meus dezoito anos de noite e catorze aos Domingos. Um desejo? T- Continuar com o projecto In Seven na mó de cima e quem sabe um novo In Seven, onde com a mesma qualidade e trabalho me possa continuar a divertir ao receber os amigos. Desejos para todos nós? T- Que as pessoas saiam à noite cada vez mais e para se divertirem e não para se incomodarem ou serem incomodadas. Um grande abraço para todos aqueles que ao longo destes dezoito anos se cruzaram comigo. PN


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F*** ME Andromeda

na

Tirou toda a gente da cama

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D

epois de um Verão que muito dificilmente alguém poderá esquecer e onde a Andromeda fez questão de ter alguns dos melhores Djs do mundo na sua cabine, chegou novo ano lectivo e com ele, a moldura humana que faz de Vila Real cidade a não perder. A âncora, dá-se todas as quintas-feiras, com uma ladies night estranha, uma noite em que elas, ao invés de irem para beber de graça, vão para se divertir o que naturalmente resulta num espaço diferente, animado e recheado de sorrisos, ou não fosse o slogan “Escolhe o ar que respiras”. Como não há duas noites iguais, Alberto Cabral, proprietário do espaço, avançou agora com as quartas-feiras “F*** Me”, quase que num autêntico despertar de consciências. Optar pela Andromeda, é optar pela mais pura diversão, caso não seja essa a sua ideia, não vá pois o melhor é não estragar aquilo que já é fantástico.


Fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight

Andromeda_

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IN SEVEN

Reentrou com a Cutty Sark

D

Fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight

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epois de um Verão em que deixou incomodada muito boa gente da capital, fruto essencialmente, de ter aproveitado aquele que é geralmente tido como um período de acalmia para se impor, o In Seven das “Docas” deixou o “Sea”, para abraçar o Club tendo assinado a sua rentrée ao melhor estilo do “ninguém dorme” sem stress. Para esta reentrada que contou com o apoio da Cutty Sark, José Matos optou por trazer a Portugal Gadjo, que pareceu desenhado para a noite em questão. Não são raras as pessoas que tentam perceber o porquê do In Seven ter entrado quase que abruptamente na vida de tanta gente, a resposta é simples e parece começar a ter seguidores na Praça. Trabalho. Semana após semana, José Matos e Tito Elbling têm-se dedicado a ter agenda, a produzirem sem no entanto deixar explodir a tabela de custos e os resultados aí estão, não com uma noite boa, mas com a maioria das noites como muito boa gente nem consegue repetir ao sábado.Esta foi uma reentrada com casa cheia e onde a “rentrée” foi muito para lá de um convite de papel. Aqui há trabalho.


In Seven Seas_

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Sangue Novo

Bruno Lorena A sucessão da correcção

Possui a responsabilidade do nome que transporta, mas não tem sido essa, razão que lhe retardar o mérito. É filho de Pedro Lorena, e um dos produtores que actua na capital. Assina Lust Productions, em parceria com Nuno Almeida e Pedro Portugal estando para ficar. Cauteloso, perfeccionista, correcto. O “miúdo” felizmente sai ao Pai e está no mercado cheio de bons valores. Bruno para além da Lust o que pretendes? Estudo. Fiz uma paragem e estou de regresso. O que queres fazer? Muitas coisas, fotografia, marketing e publicidade fotografia, relações públicas. Como é que se vive com um Pai desta dimensão? É óptimo e é uma benesse. Tem muitos conhecimentos, é respeitado e isso tem sido indirectamente uma grande ajuda. Tens estado muito próximo dele, como é que aconteceu? Não vim por intermédio do meu Pai para este meio, foi através de outra pessoa. De qualquer forma, acho que gosta de trabalhar comigo, pelo menos tudo faço para que assim seja. Tens vindo a conquistar o teu espaço através da produção. O mercado não está demasiado exposto? È verdade, neste momento há muita concorrência e há muita gente que gosta de estar inserida no meio.

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Em termos produtora estas a trabalhar com quem? De há dois anos a esta parte com Lust Prod na companhia do Nuno Almeida e Pedro Portugal. Como vêem isto em termos de negócio? É viável. Não te parece que as produtoras ainda se encontram de certa forma distanciadas das marcas e patrocinadores? É possível, ainda não existe grande abertura, mas também depende das marcas. De

qualquer forma, a maioria desconhece o que é hoje a noite, estão distantes. Por outro lado no nosso caso em concreto,o facto de possuirmos uma estrutura como a The Loft por atrás possivelmente temnos acomodado. Já conheces Ibiza? Ainda não conheço, gostava.

mas

O Pai Lorena ainda não te quis mostrar esse mundo? Já falamos sobre isso e já me quis levar, mas ainda não surgiu a oportunidade. Tiveste em LLoret. Trouxe-te algo de novo? Nada. É muita rebaldaria e não traz nada de novo nem de benéfico para o mercado de Lisboa. É giro, mas apenas isso. Não te espanta a euforia que por lá se vive? Claro que sim, mas não é benéfica para o nosso mercado. É mesmo muita rebaldaria. Quando decides produzir uma festa, limitas-te a convidar e a agregar pessoas, ou já tens o cuidado de ir um pouco mais além? No princípio, queria era somar o máximo de pessoas possíveis, actualmente com a minha produtora, isso não chega. Quero naturalmente ter casa cheia, como todos, mas preocupo-me em produzir e em ter um bom ambiente. Estamos numa fase em que trabalhamos o tema e a casa, embora nem sempre seja possível criar tudo aquilo que idealizamos, mas tentamos, disso ninguém pode ter dúvidas. Tens referências? Tenho, mas não gosto de falar de nomes pois posso-me

esquecer de alguém. Nem um? Frederico Rocha. Há quantos anos estás neste mercado? Há 4 anos, mas como é normal, não com a posição que tenho hoje. Mais a sério, há dois anos e meio ou seja desde que surgiu a Lust. Lembraste do início? Claro, foi uma coisa que surgiu. Houve uma pessoa do Loft que me entregou uns convites para a mão para coloca-los no meu circuito de amigos, coreu bem, resultou. Como é que contabilizam o trabalho de um dos relações públicas? Cada pessoa tem os seus convites marcados e é através deles que obtemos os resultados. Este é um circuito que está directamente ligado aos liceus e universidades? Naturalmente. Todos nós estudamos e mexemo-nos em determinadas áreas. Já consegues ter a percepção, de que por exemplo esta sexta-feira será melhor que outra? Ainda não. De que forma as novas tecnologias podem fazer a diferença? Fazem toda. Actualmente temos os telemóveis e a internet que são meios altamente eficazes nesta actividade. A seguir, manda a criatividade. É um mercado que já envolve muitas áreas pois sem publicidade e marketing nada funciona. Aceitas que as condições que um qualquer espaço nocturno coloca à vossa disposição é bastante importante? Claro. Embora fisicamente

não tenhamos grandes necessidades, o escritório da discoteca acaba por ser o nosso escritório e até uma escola. Muitos dos contactos com marcas e outros é feito de lá. Já tens algum peso no mercado. Convives bem com isso? Não é nada que me afecte ou beneficie. Faço o meu trabalho e tento sempre fazê-lo bem feito. Tenho tido a facilidade de ser o filho de quem sou, mas também faço por respeitar o nome que tenho. Actualmente a Lust Productions já possui um curriculum de festas invejável e isso é resultado de muito trabalho, muita dedicação e seriedade. Que a linha que Lust procura ter? A de ter bom ambiente, boas festas e gente bonita. Quero fazer festas para a verdadeira party people, coisa que não é fácil de conseguir em Lisboa. Aceitas que a Lust é o braço promocional do Loft no mercado de Lisboa? Não, também temos a Elite Night entre outras produtoras seleccionadas. Sozinhos não somos ninguém e aqui, trabalhamos em parceria. Há um bom relacionamento. Como é que na Lust tem define as produções a realizar? Não impomos nada de forma forçada ao nosso público. Aquilo que produzimos, é o resultado da percepção e sensibilidade que possuímos do mercado. É possível, a Lust amanhã a trabalhar noutro qualquer espaço de Lisboa? Claro que sim, desde que seja melhor para nós e para essa casa, o que não é fácil pois o Loft oferece-nos condições de trabalho sérias e estáveis.


fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight

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A Lust já possui ideias para novas produções que pretendam executar? Claro, mas o que define as produções é o mercado e os apoios. A internet é um meio que permite viajar pelo mundo fora. Acompanhas o que vai sendo feito? Claro, tanto em Portugal como pelo mundo fora a informação é vital. Sou particularmente atento a casas, festas, pessoas, conceitos. Miami e Ibiza possuem exemplos muito interessantes e a que estou particularmente atento. É possível afirmar que no nosso mercado as produtoras se dão bem entre si? Não. Há casos de produtores que possuem uma proximidade, mas na maioria dos caos isso não acontece. Tens algum espaço que gostes particularmente de visitar? Gosto muito do Lux. É uma boa casa, com cultura e possui ainda uma grande variedade musical de alta qualidade.

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Este Verão, trabalhaste nas duas festas que Loft assinou no Waikiki e Tamariz. Foram

uma boa opção? A The Loft possui o seu público, nós o nosso e cada um desses espaços, o deles. No Verão, as pessoas procuram espaços ao ar livre, o que fizemos, foi acompanhar as tendências em dois espaços que nos diziam alguma coisa. O Loft noutros ambientes, revelou-se um conceito muito giro e de sucesso.

Que djs admiras? Gosto muito do Daveed, Baratta, Gilvaia e Pete Kriven que são a nossa selecção.

Como é que funciona a vossa parte de design criativo? Temos o nosso designer, e consoante a festa, instruímos em termos de conceito, cor e imagem a passar. É a partir daí que tudo nasce. A seguir é aceitamos ou não as propostas que nos são apresentadas.

Tens preocupações de imagem? Naturalmente. Hoje em dia é um factor importante, vou ao ginásio etc.

O teu Pai possui ideias muito definidas sobre música de dança, é um verdadeiro conhecedor. Como é que convives com isso? Isso é verdade e por essa razão, tento não só aprender como ouvi-lo. Possui um conhecimento, sensibilidade e ouvido fantástico. É uma maisvalia. Preocupas-te com essa área? Esforço-me por aprender e acompanhar e sou uma pessoa atenta.

E fugindo ao mercado The Loft? Gosto do Vibe, Pete Tha Zouk, Erick Morillo e Axwell entre outros. De qualquer maneira, posso ainda afirmar que gosto da linha comercial.

Onde compras a tua roupa? Onde a maioria dos jovens da minha idade se veste. Pepe Jeans, Diesel e por aí fora. Este Verão, foste ao Algarve? Claro. Estive essencialmente no Sasha, mas também fui ao Capítulo V. Tive pena de não passar pelo Jimmy-E, pois ouvi dizer muito bem do funcionamento da casa. Que diferenças encontras entre a noite de Lisboa e Porto? No Porto as pessoas preocupamse mais com a imagem e a música

Há alguém com quem gostasses de trabalhar numa produção? Gostava muito de produzir um evento com o David Guetta, mas infelizmente a The Loft não possui espaço para rentabilizar esse artista. Qual é o segredo do sucesso? Programar todos os pormenores com o máximo de antecedência. É muito importante preparar e estar preparado para as mais variadas situações. Acho que tem sido essa a principal razão do nosso sucesso Isso é selo “Lorena”? Tenho muito do meu Pai e fico feliz por isso. É bom sinal, também sinto aquele prazer de fazer as coisas com pompa e circunstância. Onde é que se janta bem em Lisboa? No restaurante da minha Mãe, o Frei Contente. Como é que a tua Mãe encara esta tua opção de vida? Julgo que já está habituada, passou por isto há uns anos com o meu Pai. Aceita, gosta e por vezes vem às minhas festas com os amigos. É giro e saudável. PN


Via Rápida... Sempre cheio

Sábado após sábado, a discoteca Via Rápida localizada na chamada Zona Industrial da cidade do Porto não perdoa, aglomerando enchentes após enchentes. Na lista do seu campeonato, figuram já um leque infindável de espaços vencidos, sem que a maioria consiga ainda hoje perceber lá muito bem a razão deste sucesso. Através de uma fórmula simples, mas sistematicamente actualizada consoante as oscilações do mercado, a casa da família Loureiro enche e sempre que começa a existir algum facilitismo por parte da porta, de imediato são tomadas medidas retemperadoras. Por aqui, a noite acontece, e dia após dia, com mais ou menos mediatização, a equipa cumpre a sua obrigação; estar cheio. Perante semelhante caudal, sente-se a necessidade, se não mesmo a falta de algumas festas memoráveis, mas esta parece ser uma época nacional de encolhas, pelo que, semana após semana a procissão prossegue.

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Fot. de Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight

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Pedro Cazanova Um dj especial Aos 31 anos, Pedro Cazanova faz parte do grupo restrito que impôs a house music como o futuro ainda numa Dub prodject, mais tarde a assinar Dubdelight. Os anos passaram, a história de Pedro Cazanova percorre de forma principesca alguns dos momentos de ouro que a noite de Lisboa já viu. Senhor de uma formação fantástica, abriu-nos as portas do seu mundo, que agora com o tema Selfish Love, parece não parar de rodar mas, nem sempre foi assim. Estás finalmente a explodir? Tanto em termos de trabalho como pessoal, sinto-me num ponto fantástico da minha vida e principalmente sinto que o mercado me está a gostar de ouvir. Para um Dj, isso é importante. És dos djs da tua geração, dos que provavelmente mais horas de pista possui. Aceitas bem isso? Tenho de facto um curriculum interessante. Os “after hours” foram uma escola importante? Foram, principalmente a época dos realizados no Paradise Garage. Foram de facto um momento em Lisboa, até pelo público de qualidade que agregavam. Não raras vezes hoje, quando estou a tocar pedem-me determinados temas que passava na época, é sinal de que ficou uma marca. Ao longo dos anos foste o patinho feio da Dubdelight, isso nunca te incomodou? Incomodar, naturalmente que sim, pois fui dos primeiros a entrar à época na Dub Project como bem te lembras. Senti toda a gente a vir e eu a ficar no mesmo sítio. Não sou reivindicativo, mas senti tristeza. E qual foi a tua postura perante esse facto? Prossegui o meu trabalho colocando de lado as tristezas e direi mesmo que alguma incompreensão, já que as pessoas diziam que fazia grandes sets, mas não subia na agência.

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Não teres reclamado teve um preço? Na época nada podia fazer e se te recordares contactarás de que era tudo muito básico. Podia sair é verdade, mas não tinha uma estratégia definida que me levasse a outro qualquer lugar. A minha vida é a música, tudo o resto sempre me passou um pouco ao lado. Deixei-me andar. Aceitas porém que fizeste viver um período de ouro da noite, a que muita pouca gente se pode gabar de ter pertencido? Claro que sim, há muita gente que hoje em dia me questiona, pois ouve falar. Apenas me posso rir, só quem viveu aqueles tempos percebe, não há forma de explicar. É impossível repetir, o mundo mudou. Houve ali cinco anos de ouro e eu pertenci àquilo, fiz parte daquilo. Entretanto, a Dubdelight desagregou-se. Como é hoje a relação com aquela equipa fantástica? Falo bem com todos eles. Naturalmente que

não com a mesma frequência, já que cada um seguiu o seu rumo, mas há muitos grandes momentos que ficarão para sempre a pertencer às nossas vidas. O Nuno Di Rosso está a morar no Porto e não o vejo há algum tempo, o Bruno, é empresário, continua o patrão do DNA do Barreiro e com quem falo pouco, mas bem, com o Del Costa, agora Magazino, continuo a darme muito bem, estivemos juntos este Verão no Algarve e o Capolo, perdi o seu contacto. Lembraste dos vossos fatos de corrida? Claro, foi giro.

mais festivas e menos pesadas. Tem a ver com o teu estado de espírito? Tem a ver com a minha maneira de ser. Sou uma pessoa muito alegre e exactamente por isso, oiço e toco temas mais alegres, que se me põem bem-disposto. Não necessito dos bolos que levam toda a gente a pular, mas sim, de quatro ou cinco temas que se calhar são menos conhecidos, que têm a minha assinatura mas deixam também toda a gente a pular. O tipo de som vocal que toco, faz com que as pessoas se sintam satisfeitas e contentes. Gosto mesmo da música que toco e isso, para além de me deixar feliz, diz-me muito. Não sou um embuste, vibro com certas musicas. Para dar um exemplo, quando gosto de um determinado tema sou capaz de a ouvir vezes seguidas.

E o Beto Perino? Dou-me muito bem com o Beto Perino. Não saí aborrecido da Dubdelight, saí apenas com uma mágoa, pois tudo isto poderia ter seguido um rumo diferente como hoje se constata e apenas por culpa do Beto, que deixou as coisas Que djs gostas de ouvir? andar, desligou-se. Muitos, mas sou suspeito, pois gosto de djs que passem boa música mas, que também Foste dos Djs fundadores da Dub Project, sejam evoluídos em termos de técnica. Gosto aquele que foi leal à Dubdelight quase até de ouvir muitos estilos de música e falar de ao fim. Como é que percebeste que terias nomes é complicado, mas posso dizer que me mesmo que sair? perco com Vegas, Dimitris e Moralles. Evolui e mudei. O Beto Perino, parecia querer Estive agora em Ibiza, onde conheci um Dj sulmanter as coisas como sempre e a verdade é africano que não conhecia, o Vini Da Vinci que que o mundo mudou, evoluiu. Com isto, o Beto me levou a delirar pois passa o meu estilo de passou a sentir-se desenquadrado e a seguir, música. Ouvir Vini Da Vinci num Pacha de Ibiza optou por dar outro rumo à vida. Como deves deixou-me sem palavras, por mim, poderia ter perceber, foi uma coisa que me custou imenso, ficado a noite toda a tocar. mas tinha que caminhar, não podia parar.

Viajar ajuda a crescer? Naturalmente. Em Ibiza temos pessoas de todo o mundo e dá para perceber como é que as pessoas vibram em função das mais variadas músicas. Estava na praia, e via pessoas com música calma a dançar e satisfeitas e depois, no Space, passavam-se coisas mais fortes e as pessoas a vibrarem na mesma. Saí de lá Durante alguns anos, vocês fizeram a festa com novas ideias e vou agora produzir com pela festa em regime de amor à camisola. sonoridades diferentes. É bom. Valeu a pena? Sei que tiveste direito a ouvir o teu Selfish Se valeu a pena? Claro que sim, foi uma época, Love em Las Salinas que tal? éramos uns miúdos e mexemos com a noite Levei e distribui alguns Cds e de facto, ser no geral pois como sabes fomos os primeiros surpreendido em Las Salinas pelo meu tema, a trilhar o caminho do house quando Portugal com as pessoas a gostarem, deixou-me feliz e é ainda se dedicava ao tecno. Hoje é o que se uma sensação que não sei descrever. vê, essa imposição do Beto na época, faz dele visionário, é um mérito só dele. A diferença é Ao mostrares em Portugal temas que se que hoje, visto apenas a camisola do Dj Pedro trazem dessas zonas leva muita gente a Cazanova e da Telma, que é quem trata do meu estranhar, concordas? agenciamento. Sim, há muita gente a quem hoje esses temas nada dizem mas, daqui a seis meses, quando Sempre optaste por trilhar sonoridades estiver a bater em força em Portugal lá se Ficou a amizade? Claro que sim. Nunca me aborreci com ninguém, mantenho as minhas amizades intactas. No caso do Beto, passámos a falar menos é verdade mas, essencialmente por ele ter optado por outro estilo de vida que não a noite, apenas isso.


fotografia de Nuno Ribeiro

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estiver a bater em força em Portugal lá se lembram e dançam. É sempre assim e é isso que ajuda a que Ibiza seja Ibiza.

mesma dinâmica e vê os resultados.

Como tens visto a vinda de Top Djs a Portugal? O facto de vires da época dos pratos, é-te Acho óptimo. Trazem-nos tendências, benéfica enquanto dj? novidades e acabamos sempre por aprender. É, por sentir que passei pelo princípio. Vejo Quem tem vindo até cá, são djs que estão nos actualmente amigos a começar a meter música tops de produção e de djing do mundo inteiro com cds, que me dizem não ser capazes de o e isso é fantástico. Da forma como tocam, a fazer com discos. Pergunto-lhes porquê? Acho como se comportam, às suas produções é piada, e agradeço a mim mesmo ter começado muito importante pois ajuda-nos a evoluir ao com o vinil. mesmo tempo que Portugal é acontecimento. Assinaste o tema oficial da primeira Lisboa Parade. Hoje, não te parece que tudo aquilo foi um marco? Acho que pelas condições de temporal e por ninguém ter arredado pé, tudo aquilo irá ficar para sempre na memória das milhares de pessoas presentes. A parte dos camiões, com aquelas cargas de água, a música, os envolvidos, enfim, não há palavras. Só aqueles que estiveram presentes entendem estas palavras. Memorável, com tudo molhado até às cuecas. Se a Lisboa Parade tem continuado, se calhar hoje as coisas eram diferentes.

Como estás em termos de produção? Não tirei nenhum curso. A primeira produção foi a música oficial da Lisboa Parade, que era muito gira, mas hoje que sinto como básica. Como aprendo sozinho, tenho vindo a evoluir e hoje, sinto-me onde quero estar. Geralmente quando começamos a produzir, temos uma ideia, e acabamos noutra completamente diferente. Hoje, já consigo fazer exactamente aquilo que quero.

fazer qualquer coisa. Vives com a MDusa. Pergunto-te, ela também gosta de produzir já que está a subir nos tops de preferências das pistas? Não, farto-me de a convidar mas passasse quando me vê uma semana a ouvir o mesmo loop. Diz-me, “já não posso ouvir isso”. No fim, quando ouve, questiona; “ah aquilo deu isto?” Gostas de produzir sozinho? Gosto. É muito difícil encontrar uma pessoa com quem encaixe bem, já tentei, mas é difícil. Quando produzo, estou no meu mundo. Como é que estás a colocar o Selfish Love no mercado? Tenho entregado às pessoas que acho que devem ouvir, ou que são importantes ouvir e desde que o tema está a rolar, tenho tido um excelente retorno.

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Tens aparecido como Casanova, o puto porreiro, não te parece ter chegado a hora de seres, o Dj Pedro Casanova? O teu tema Selfish Love está a bater nas Quem me acompanha há muitos anos irá ter pistas, como te sentes? sempre essa percepção. Posso-te no entanto Foi um respirar fundo, o conseguir fazer uma dizer, que por exemplo através do meu Que diferenças encontras, entre a noite de coisa que queria mesmo fazer. Se as pistas estão programa na Mix FM já tenho sentido ser o Dj Lisboa e Porto? a gostar, fico feliz com isso, é o objectivo do Pedro Casanova. É giro. No Porto, as pessoas ainda fazem cinquenta meu trabalho, agradar, só tenho que trabalhar quilómetros para ir a uma festa, em Lisboa, ainda mais e melhor. Objectivos? tudo o que seja a mais de 15 Km, ou se leva um Vou continuar a produzir, tenho neste top mundial ou esquece. Perdes muitas horas a produzir? momento alguns temas a andar e sinto Não tem a ver com a dinâmica de cada Imensas. Tento fazer cinco horas por dia, já que que estou a vencer nas pistas. Lentamente festa? maid do que isso faz-te estragar o bom que estou a cumprir o meu sonho e parece, que Faz a mesma festa em Lisboa e Porto com a fizeste, mas posso dizer que perco meses a finalmente está a resulta.


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breves djs

breves djs Dj Ric-M

Dj Pete Tha Zouk

Dj Diego Miranda

Dj China

Ric-M, é um dos novos valores que se apresenta actualmente no mercado a fazer a diferença. Com sonoridades para fazer a diferença em qualquer pista, não utilizando contudo o pacote “bolacha”, está a conseguir vencer por onde passa e ainda a custo reduzido. Não é de espantar se muito em breve trepar na tabela nacional.

Pete Tha Zouk soma e segue. O Dj produtor algarvio que ameaça agora dedicar-se mais ao djing em detrimento da produção, deixou meio mercado de boca aberta com esta opção fruto de ser considerado um dos grandes produtores nacionais. Como uma opção é uma opção, Pete Tha Zouk continua a fazer aquilo que tão bem sabe fazer e que passa, por dar lucro a todas as casas que o contratam.

Diego Miranda soma e segue. Senhor de um crescimento no último ano e meio de mercado que impressiona, Diego está já hoje a um nível que o faz sobressair do mercado em geral. Ao invés de Tha Zouk, a opção de Diego Miranda reside fortemente na produção, tendo já alguns temas de grande nível a correr nas pistas. Contra si, tem o facto de não ser suficientemente forte para ter a capacidade de ultrapassar o passado e esse é o seu grande handicap.

Dj China, prossegue a sua carreira como patinho feio de um mercado sem que se perceba lá muito bem porquê. De uma versatilidade ímpar, este “Sr Dj”, ou melhor este “Miúdo Dj” pouco mais poderá fazer para convencer o mercado a apostar em si, já que, onde vai vence e convence, mas parece ter algumas forças estranhas e de grande azia contra si. Preparar 2009 pode ser a arte que o leve a saltar do Algarve para Portugal, com a curiosidade de não raras vezes tocar lá fora.

Mastiksoul

Dj Vibe

Mastiksoul, o dj de Sintra radicado em Londres continua a dar cartas na produção mundial, embora em Portugal a sua carreira seja quase que incompreensível, já que poucos o reconhecem pelo seu real valor em Portugal. Para os menos atentos, este nome nacional, para além de figurar na galeria de notáveis de alguns ícones da música de dança mundial, pode-se considerar um verdadeiro campeão de vendas. Caso para dizer, que Portugal deve apenas aguardar que Mastiksoul nos visite sob outra qualquer bandeira para que se lhe reconheça o merecido valor.

Não só para deixar água na boca de muito boa gente, Dj Vibe, prepara-se agora para efectuar uma pequena digressão pela Ásia, local de onde partiu um dos seus vídeos mais interessantes. Desta vez, Vibe para além do Japão, irá passar pela Coreia do Sul e Indonésia. A tour de Vibe pela Ásia tem como datas, dia 18, Womb Club de Tóquio pelo quarto ano consecutivo, 24 de Outubro, Seul onde tocará no Volume Clube e por fim a 25, será o Stadium de Jakarta a receber o “Master”.


Primeiro Aniversário do

Eskada foi de sonho

U

Fot. Gustavo Ramos - Direitos reservados Portugalnight

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m ano depois, o Eskada Club de Vizela abriu as suas portas para festejar um ano de vida, e fê-lo de forma requintada, sem descurar pormenores, tentando proporcionar apenas do melhor. Considerada por muitos, a prima-dona nortenha por não ter abdicado de um sonho que continua seu e onde Nuno Oliveira tem tido papel de elevado relevo, o Eskada Club apagou a sua primeira vela, tendo na cabine o requintado Dj Emanuel a receber o convidado Dj Chus. Na pista, sobressaiam naturalmente Diana Chaves, Mariana Monteiro, Nuno Eiró, Cláudia Jacques, Olga Diegues e Filipa Castro entre outros, embora nos pareça que muito dificilmente alguém conseguirá novamente aglomerar tamanha moldura humana pela beleza e principalmente produção com que se apresentou neste aniversário.Há nossa volta, apenas gente bonita, requintadamente produzida e imbuída de um aniversário desenhado para que todos desfilassem Muito bom!


Eskada_

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O Capítulo

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de Alguns V

Não falta quem questione sobre a magia deste Capítulo V após a debandada dos veraneantes, o certo, é que esta casa da Oura, com a entrada do Outono ganha um conceito pessoal, absorvente, imaginário. Deixa de ter aquelas lotações que nos fazem esperar horas por um copo é certo, mas reúne sempre uma casa cheia, onde é possível dançar, conversar e conhecer o momento algarvio. A música, mantém-se como aposta de vida e este sucesso, prende-se exactamente com a reunião semanal feita, não à volta da fogueira, mas da boa música. Quando o fácil seria abrir a porta, as regras mantêm-se rígidas, os barmans, todos eles escolhidos a dedo, passam a ter mais trinta segundos para cada cliente e tudo isto, resulta no mais profundo espírito de festa, que não raras vezes nos obriga a ter que regressar de Táxi à caminha. Rui Caralinda às seis da manhã deixa de ter piada, o homem mantém-se lúcido, rígido, não tolera quebras de regras, muito menos permite esticar a festa e isso é sempre, sempre… desesperante. Poder desfrutar desta casa num sábado de Outono ou Inverno é um luxo. Pelo staff, pela casa, pela música e pela party people seleccionada, é a grande festa.


fot. SĂŠrgio Coelho - Direitos reservados Portugalnight

CapĂ­tulo_ 57


III do ART LX em época de mudança D

fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight

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Seja Responsável. Beba com moderação

epois de ter sido alvo de profundas mudanças durante o Verão que passou, o bar Art, localizado na Av. 24 de Julho em Lisboa comemorou o seu terceiro aniversário agora pelas mãos de Gustavo Galhardo. Numa altura em que a maioria dos espaços nocturnos da capital se dedica a uma verdadeira guerra com a sua caixa registadora, o Art Lisboa, será certamente dos espaços com que maiores dificuldades se debate, já que, parece ter sido desenhado para possuir conceito, imagem e glamour e nem sempre estes, são factores que rimem com “caixa”. Como a época é de relançamento de conceitos, o Art Lx voltou a brilhar, conseguiu nesta sua noite reunir um leque de caras há muito deslocadas e obteve a festa merecida. Com as três velas bem apagadas, há que esperar pelas novidades. Depois de Mário Lopes, a era é agora de Gustavo Galhardo.


Restaurantes_

Choupana Gordini Morada: Av. Marginal 5579 Sº João do Estoril 2765-603 Estoril Contactos: Tlf.: 21 466 41 23 Fumadores: Sim Actividade: Restaurante/Bar

L

Durante muitos e longos anos a trabalhar como Choupana, este restaurante-bar de S. João do Estoril apresenta-se hoje, mantendo a designação Choupana mas, juntou a si mesmo o selo de qualidade Gordini e com isso tudo mudou. Tendo o mar como denominador comum, o selo Gordini estende-se hoje a cinco fantásticos espaços da Linha de Cascais, sendo a Choupana Gordini, a última pérola da coroa e também, a última grande surpresa. Dividido em dois pisos, o térreo com um restaurante que tão bem recebe um “tet-a-tet”, como um bom grupo de amigos, possui no primeiro piso uma esplanada desenhada para embeiçar qualquer ser humano. Esta Choupana Gordini de S. João do Estoril, segue a linha dos restantes espaços Gordini. Uma ementa variada e de elevada qualidade sempre acompanhada por um serviço cuidado e muito simpático, obriga a que desde a primeira hora, conseguir mesa obrigue a alguma ginástica, seja de marcação ou pontualidade. Possuindo uma vista soberba, ou não estivesse plantado

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em cima do mar, esta Choupana-Gordini será dos poucos restaurantes nacionais, que nos obriga a não eleger pratos, já que, das entradas ao peixe, passando pela carne e sobremesas a oferta é vasta, toda ela empolgante e a superar aquilo que de melhor poderíamos esperar. Possui ainda uma carta de vinhos cuidada e atenta, propícia para entreter almoços e jantares com história. Ao longo do dia, o bar paradisíaco da Choupana Gordini encontra-se aberto, permite bons e animados lanches, também aqui sob um serviço de eleição. Perante semelhante cenário, quando a funcionária sorridente nos trás a conta, tememos o pior, acabando qualquer um por ficar surpreendido quando constata o resultado. Com um serviço solícito, simpático e extremamente eficaz, todo este cenário tem vindo a criar um mar de clientes habituais, já que repetir se torna sempre, mesmo sempre obrigatório.


OBRIGADO BMW A BMW rompeu com todos as tradições. Mostrando estar sempre disposta a rever posições, desde que isso signifique a melhoria dos produtos, optou por aderir ao conceito de um motor V8 para dar vida ao seu modelo desportivo de maior protagonismo, o M3. O resultado é um automóvel de prestações brilhantes, capaz de satisfazer, na total plenitude, o felizardo que o pode conduzir.

Já diz o ditado que “para melhor muda-se sempre”. Foi isso que a BMW fez, quando pensou na nova geração M3 que começa agora a “espalhar-se” por todo o mundo. Com base no Série 3, a marca deixou para o final o lançamento de mais uma versão da berlina germânica, quiçá a mais esperada de todas, também por ser a mais apetecível, pelo menos para os puristas. Neste novo episódio da saga M3, a marca germânica decidiu optar por uma nova filosofia em termos de motor. A escolha recaiu sobre a geometria V8 que, a partir de agora, passa a estar disponível no endiabrado coupé da marca da hélice. Uma aposta com tanto de arrojada como de valiosa, com evidentes ganhos na dinâmica e prazer de condução proporcionados a quem, estando aos comandos deste fantástico automóvel, saiba como tirar partido de tudo quanto ele tem para dar. A BMW conseguiu um automóvel de excepção, com prestações assombrosamente brilhantes, com um preço que está perfeitamente apetecível. Estas palavras ganham ainda mais sentido se pensarmos que este M3 consegue ombrear com alguns modelos que custam quase o dobro. Posto isto, só me ocorre uma palavra para traduzir o que sinto de pois de analisar este modelo, após conhecê-lo nas suas mais puras reacções. Obrigado BMW, por fazeres um automóvel perfeito.

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Atleta em estado puro A imagem do novo M3 é arrebatadora, sendo absolutamente impossível que este passe despercebido, seja onde for. A frente é imponente, realçando-se vários pontos de atenção, como as enormes entradas de ar que se encontram no pára-choques, responsáveis pela refrigeração do motor, para além de colaborarem para a aparência forte do coupé da BMW. Ainda na dianteira, é impossível não reparar na bossa que se encontra bem no centro do capot, que não esconde a sua função, dar espaço para a colocação de um bloco V8 no “coração” do M3. Visto de perfil, o M3 parece um guerreiro sempre ponto a assaltar a estrada, pleno de vigor e dinamismo. Sobressaem as imponentes jantes raiadas e as entradas de ar, que mais parecem guelras, para ajudar o bloco V8 a manter o fôlego. Na traseira, o M3 mantém toda a pujança e vigor que se lhe reconhece, seja qual for o lado pelo qual o observemos. Sobressaem o mini spoiler integrado na tampa da bagageira, o difusor integrado no pára-choques, as entradas de ar na parte inferior destes e as duas duplas ponteiras de escape. Não poderia concluir esta análise ao visual do novo M3 sem falar do tejadilho em carbono que, pela primeira vez, é introduzido num

modelo de produção em série, da BMW. Graças a esta escolha, para além deste BMW ver a sua imagem de agressividade fortemente incrementada, ainda ganha cerca de cinco quilos a menos, o que traz óbvios ganhos em termos dinâmicos.


61 Um motor enorme Como referimos anteriormente, a nova geração do BMW M3 optou por um novo caminho, em termos de motor, escolhendo a filosofia V8, em detrimento dos blocos V6, até aqui os preferidos da casa de Munique. Tirando partido de toda a tecnologia que foi utilizada para a concepção deste motor, a marca conseguiu alguns resultados fantásticos, como é o facto de obter um V8 com menos 15 kg que o bloco V6 até aqui utilizado. Este motor V8, totalmente em alumínio, nasce na mesma “maternidade” que dá vida aos blocos da BMW utilizados na Fórmula 1, tirando, por isso, partido de muita da tecnologia adjacente a este tipo de motorizações, como seja a utilização de materiais extremamente leves, como o já referido alumínio e ainda a fibra de vidro (colectores de admissão). Trata-se de um bloco extremamente potente, capaz de obter 420 cv às 8300 rpm, com um binário de 400 Nm às 3900 rpm. Com estes argumentos, o M3 chega dos 0 aos 100 km/h em 4,8 s, tendo a sua velocidade máxima limitada electronicamente aos 250 km/h. O consumo está em média nos 12,4 lt por cada 100 km, enquanto as emissões de C02 se ficam pelos 295 g/km.

Por dentro da “fera” No interior do novo M3 vive-se um ambiente desportivo, com detalhes que se encarregam de nunca nos fazer esquecer qual a origem e fundamento do carro em que nos encontramos acomodados, a gestão de muita, muita adrenalina. No tablier e consola central, são visíveis as aplicações em carbono que ilustram a pureza deste modelo, pensado para assegurar o máximo prazer de condução. Essencialmente, o interior deste modelo é como um normal Série 3, excepção feita às aplicações de carbono e alguns outros detalhes que, no seu todo, fazem as diferenças que tanto nos encantam. Por exemplo, os bancos, foram pensados especificamente para este modelo, com apoio lombar bastante evidente e importante, já que conduzido na sua mais pura força, o M3 é extremamente exigente em termos de força centrífuga. Se conduzido de forma “mais civilizada”, os bancos do M3 asseguram conforto, tanto nos lugares frontais, como na segunda secção de bancos. Em termos de espaço interior, o M3 é pouco capaz, primeiro porque se trata de um coupé, segundo porque isso interessa pouco para este modelo, que está longe, muito longe de querer ser um utilitário. E ainda bem! No que toca ao condutor, o M3 está próximo da perfeição. A posição de condução é quase perfeita, já que, na nossa opinião, era ainda possível permitir baixar um pouco mais a afinação em altura do banco. De resto, nada a apontar, um volante de “grip” fabuloso, uma caixa bem colocada em termos de distância para o condutor e um desempenho primoroso, enfim um ambiente fantástico para “andar” de carro, mais concretamente de M3.

O carro perfeito Pelas minhas palavras, é difícil não perceber que o M3 me encantou, em todos os sentidos. A mim e a qualquer pessoa, na sua mais honesta e apaixonada forma de analisar um automóvel na sua pura forma e fundamento. Não chega dizer que o novo M3 é um portento de elegância e tecnologia. São de louvar todos os aspectos tecnológicos que a marca escolheu para este mítico modelo, que muito ajudam o condutor a levar o M3 ao limite, sem riscos de maior. O M3 incorpora o sistema MDrive, que se estreou com os “manos” M5 e M6. Embora presente no M3 apenas como opcional, o MDrive permite, através da pressão no botão Power, alterar a gestão electrónica do motor, permitindo dispor de uma aceleração mais vigorosa e célere. O MDrive intervém ainda no controlo de estabilidade, tornando a condução bem mais exigente, o que requer todo o empenho de quem está ao volante. Para alem deste argumento, o M3 dispõe ainda de EDC, um programa que intervém directamente no desempenho da suspensão. Permitindo optar por três afinações (Normal, Confort e Sport), o EDC optimiza o desempenho dinâmico do M3, tornando-o mais adaptado à exigência, ou não, do condutor.

Com emoção e... muita emoção Durante o ensaio dinâmico ao M3, conduzi este coupé de eleição de dois modos, com emoção e, com muita emoção. Primeiramente, para perceber a eficácia do conjunto alemão apoiado de todos os sistemas de ajuda à condução, optei pela activação de todos, EDC, DSC, enfim, com tudo. Percebe-se que o M3 foi pensado para conduzir com todo o vigor e segurança do “acelera”, mas também pela inocente dona de casa, com a mesma eficiência. O resultado está à vista. Com suavidade, o M3 consegue ser uma normal berlina, mas, na arrojada tentação de transgredir, este coupé revela-se perfeito. A sua inserção e desempenho em curva são notáveis. Acho que nem sobre carris conseguiria tamanho compromisso de eficiência. É possível curvar extremamente depressa, sem perdas de motricidade ou de trajectória. Os travões são ultra eficazes e pouco dados à fadiga. A caixa denota um desempenho excelente, com um escalonamento adequado à condução desportiva. Nesta opção de conduzir com todas as ajudas, percebe-se a eficiência do conjunto, mas o seu excesso (de eficácia) traz um problema, a


falta de adrenalina e consequente falta de ambiente impróprio para cardíacos. Por isso, após curta reflexão, tomei uma decisão, fora com as ajudas, menos uma, mantenho a opção pelo botão Power. Aí vou eu. A estrada foi escolhida a preceito, assim como o horário para esta corrida, contra mim próprio. Às solicitações do acelerador, o M3 responde com enorme, enorme prontidão. O motor V8 grita, desalmadamente, o que ainda me transporta de forma mais apaixonada para o desvario. As curvas são ultrapassadas de forma rápida, a cada toque no acelerador, o motor sai, assim como a traseira. Toda a atenção e sensibilidade são poucas, há que reagir sempre um bocadinho antes. O baixo centro de gravidade faz-me sentir, sempre a reacção do carro. Diz quem sabe que o condutor sente as reacções do carro no rabo. Nada de homossexualidades, esta é a pura verdade. Nestas condições, os kms passam depressa, cada curva é um desafio, que convém superar. Chega-se sempre muito depressa ao ponto de travagem, que não nos atrevemos a transpôr. Os travões funcionam na perfeição, como tudo neste magnífico automóvel. Cheguei ao fim do exercício. Saio do carro, a transpirar, com um sorriso de orelha a orelha. É assim sempre que se guia, de verdade, um carro a sério. O M3 é tudo o que eu imaginava e ainda mais. São 104.400 euros que valem quanto custam. Grande carro, que a BMW lançou no mercado. Obrigado! Texto:

Jorge Cabrita

Fotos:

MAM/Hugo Manita

A PRÁTICA DO ESTILO

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O novo Opel Insígnia Sports Tourer é mais um exemplo do visual dinâmico da renovada família Opel, para o segmento médio. Com o Sports Tourer, estreado recentemente no Salão Internacional de Paris, “deram à luz” dois novos motores, que equiparão a gama Insígnia, um a gasolina (1.6 Turbo de 180 cv), um a diesel (2.0 Bi-Turbo de 190 cv com sistema Cleantech). A nova carrinha Opel partilha da mesma tecnologia avançada que já equipa o sedan incluindo o sistema OpelEye, faróis AFL, Adaptive 4X4 e FlexRide, que, neste caso, é complementada com equipamento específico para a variante carrinha: porta da bagageira eléctrica com abertura de altura programável, sistema de nivelamento de carroçaria e gestão de carga FlexOrganizer. A bagageira, com piso totalmente plano, tem uma capacidade entre os 540 e 1510 lt. Contando com um bom coeficiente de resistência aerodinâmica, abaixo dos 0,30, o Insígnia Sports Tourer é a carrinha mais desenvolvida de sempre (neste capítulo) da história da Opel. Destinado a um público alvo bastante jovem, votado para o lazer e as actividades desportivas, o Insígnia Sports Tourer valoriza a capacidade de transporte de equipamento desportivo, sem esquecer a necessidade de assumir a sua elegância, nem tão pouco um excelente desempenho em estrada e baixo consumo de combustível. Este novo produto da Opel, chegará aos mercados europeus na Primavera de 2009.


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VEGAS

Pavilhão Chinês

bar

PAVILHÃO CHINÊS

Baluarte

CONTACTOS_ 21 3424729

CONTACTOS_913852050

Morada_ Rua d. Pedro V, 89 -

Morada_Rua tenente valadim, 46

MORADA_ Rua Cândido Reis, 22-26

Bairro Alto - Lisboa

Av. Dº Carlos I, 6 (Av. Marginal)

- 8200 Albufeira

FUMADORES_Sim

2750-310 Cascais

URL:www.ruadosbares.com

URL: www.restbaluarte.com

FUMADORES_ Não

Vegas BAr CONTACTOS_289 589 413

FUMADORES_Sim Espaço

Espaço

Espaço

Serviço

Serviço

Serviço

C. Segurança

C. Segurança

C. Segurança

Higiene

Higiene

Higiene

Musica

Musica

Musica

Imagem

Imagem

Imagem

Porta

Porta

Porta

Estacionamento

Estacionamento

Estacionamento

Ambiente

Ambiente

Ambiente

Preço

Preço

Preço

Geral

Geral

Geral

LA BAMBA

Patchoulli Patchoulli MORADA_ Sº Pedro de sintra CONTACTOS_ FUMADORES_ sim

100 Norte MORADA_Lisboa, R. Bojador, 107 Parque das Nações / Junto à Praça Sony

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FUMADORES_ sim

La Bamba MORADA_Av. Francisco Sá

Carneiro 15/17 Areias de sº joão - Albufeira 8200-262 ALBUFEIRA FUMADORES_ Sim

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Guia Portugal 5 Estrelas_

Sete

100Vicios

1/2

Sete e meio MORADA_Rua

de

Andaluz Sº

Gonçalo

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de

MORADA_Praça Joaquim Antonio de

Lagos, 7 8200 ALBUFEIRA

Aguiar 23 - 1º - 7500-510 EVORA

FUMADORES_ Sim

CONTACTOS_ 916328758 FUMADORES_ Sim

100 Vicios MORADA_Travessa da Alfarrobeira 2 - 4º andar Cascais -2750-285 CASCAIS CONTACTOS_214864230 FUMADORES_Sim

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O´Gilins Irish Pub

Karma Café

MORADA_ Rua dos Remolares, 10 1200 - 371 Lisboa CONTACTOS_213421899 FUMADORES_ Sim

MORADA_Rua do Girassol, Bloco C1 - Carcavelos 2775-665 Carcavelos CONTACTOS_214582719 FUMADORES_Sim

ALive Bar MORADA_Lisboa, Av. D. Carlos I, 59 Lisboa CONTACTOS_ 965697204 URL:www.alive.pt FUMADORES_Sim

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Breves Marcas A marca de whisky Grant´s anunciou um investimento de 10,5 milhões de euros no seu galardoado Blended de 12 anos, fruto do excepcional desempenho que esta marca tem vindo a ter em Portugal. A nova embalagem do Grant`s 12 ano, para além de introduzir um novo e moderno estilo, transmite o sentimento de exclusividade e contemporaneidade sem ferir a sua excepcional qualidade. A presença deste Grant`s Premium 12 anos desde o passado dia 28 de Setembro, é acompanhado de uma campanha publicitária desenvolvida especificamente para este “novo angulo” Grant`s. Como um pouco de história é sempre bom, saber que o Grant’s 12 anos é produzido por uma destilaria independente, propriedade familiar de William Grant & Sons Ltd é elementar. É uma destilaria premiada, fundada por William Grant em 1886, que continua actualmente a ser detida e gerida pela quinta geração da família. A empresa destila algumas das mais importantes marcas de whisky escocês do mundo, incluindo Grant’s, Glenfiddich, o single malt mais apreciado no mundo, a gama artesanal dos single malts The Balvenie e Hendrick’s Gin, entre outras bebidas espirituosas.

A Barcardi Martini Portugal, aproveitou a febre existente actualmente no mercado pela Vodka preta, para proporcionar o seu momento de 2009. Foi através da uma festa baptizada de Eristoff Wolf, que esta empresa produziu no passado mês no Palácio da Agronomia na Ajuda a sua noite, que embora de rompante conseguiu mobilizar meia Lisboa. Com uma produção muito séria, onde parece não ter olhado a meios para impressionar, Pedro Santos, responsável pelo projecto optou ainda por inovar, fazendo uma tentativa no sentido de introduzir alguns novos conceitos no nosso mercado. Depois da série Bacardi B-Alive que trouxe os djs Pete Tha Zouk, Diego Miranda, Pedro Tabuada e King Bizz a agitar o mercado, este foi o grande regresso da Bacardi ao grande palco.

A marca de whiskey Jameson, representada em Portugal pela Pernod Ricard Portugal, prossegue com a sua estratégia de comunicação, através de eventos em espaços inovadores e alternativos, tendo como pano de fundo a personalização da marca. Possuindo uma posição confortável no seu segmento, a Jameson tem optado em Portugal por dar cor a estas festas através de algumas figuras mediáticas, mantendo naturalmente a presença jameson e apenas Jameson ao longo da noite de forma seleccionada. Intercalando o que baptiza de shows – acções pontuais da marca – com festas de elevada produção, esta marca tem optado por dividir os seus grandes momentos por Lisboa e Porto. Saber o que se bebe é uma arte e será exactamente por isso que a marca hoje se esmera.

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A Cocktail Team Portugal, depois de três anos de espera conseguiu finalmente o reconhecimento dos seus cursos por parte da DGERT – Direcção Geral do emprego e das Relações de Trabalho, situação que lhe confere o titulo de primeira escola de Flair Bartending reconhecida em Portugal. Longe de ser a escola com maior curriculum ou que mais fez pela introdução do Flair no mercado nacional, o certo, é que Cocktail Team Portugal trabalhou bastante e deu um passo importantíssimo na credibilização de uma “arte”, que embora maravilhe tudo e todos, continua a ser menosprezada no mercado nacional. Hugo Silva, uma das estrelas desta Cocktail Team está de parabéns pois com trabalho e perseverança, viu finalmente a sua escola ser reconhecida o que sem retirar mérito aos pioneiros, lhe confere desde já o direito da seriedade permitindo inclusive que os directores hoteleiros da maioria dos hotéis do país passe a ver esta categoria de forma profissional. Muitos daqueles que questionam o trabalho destes profissionais, chegando até a rotula-los de puros malabaristas podem finalmente meter as suas violas no saco. Mais informações disponíveis em www.cocktailteam.net

A marca de energéticos Red Bull, líder mundial do sector, prepara-se para apresentar no mercado a partir do dia 1 de Janeiro de 2009 a sua Red Bull Cola, com que naturalmente irá procurar rivalizar com a líder Coca-Cola. Existindo já algumas latas de apresentação a circular no mercado, os homens fortes da Red Bull Portugal começam agora a confirmar a sua aposta através da opinião e receptividade que o produto está a ter no mercado nocturno. Com esta estratégia da Red Bull, será de prever que a CocaCola responda, já que caso a deixem ter asas, a Red Bull Cola vai mesmo voar.

Ficha Técnica - Director: Miguel Tinoco Barreto (migueltinocobarreto@portugalnight.com) Redacção: Pedro Pessoa, Nuno Ribeiro, Sérgio Coelho, João Miranda, Paulo Araújo, Ricardo Escada, João Paulo Henriques » info@portugalnight.com Colaboradores: Nuno Elmano, João Poncciano, Zé Mário, Helder Alves, Ivo Lopes, Luís Gonçalves, Gustavo Ramos, Paulo Araújo » Editor fotográfico: Nuno Ribeiro » nunoribeiro@portugalnight.com Revisão: Tiago Lopes » Publicidade: Sérgio Coelho » sergiocoelho@portugalnight.com, Paulo Ferrão: pauloferrão@portugalnight.com » Design gráfico: Jorge Silva » Contabilidade: José Ortigueira Editora: Dança da Lua, Lda » NIF: 508472113 Morada postal: Rua Júlio Dantas, Lt 2 – 2750-680 Cascais » Periodicidade: Mensal Registo DGCS sob nº: 124993 Depósito legal: 215886/04 Marca/Propriedade: Filipa Barbosa » adm@portugalnight.com Web Master: Widescope, Lda. Url: http://www.portugalnight.com Agenda: agenda@ portugalnight.com Todos os artigos e imagens estão sob protecção do código de direitos de autor, não podendo ser total ou parcialmente reproduzidos, sem autorização escrita da empresa editora. Portugalnight é uma marca registada.


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