2
3
SUMÁR!O
12 14 16 48
4 7 8 10 12 14
Editorial Stars Moments Conferência Rock in Rio BBC - Aniversário Capítulo V
16 18 21 22 26
Plateau - Aniversário On Line Preto & Branco Real Shaker Moda Lisboa
30 36 38 40 42 44 46
Entrevista João Magalhães Alcantara Café Bar do Cais Gossip 9elle Kapital Party People POP
48 50 53 54 56 59 60 63 64 66
Rs Dreams Entrevista Pedro Tabuada Breves djs Jézebel Companhia Club Havaii Kiss Club Horta da Fonte The Loft Breves Marcas
editorial
4
Kamikaze tuga Com a Primavera, a tradição continua a ser o que era e nem a insensatez do homem para as visíveis e até aberrantes alterações climáticas não alteram qualquer procedimento, já que o assunto da ordem do dia, é mesmo o PEC com as condicionantes que a maioria pressente, mas como ainda não sente, para já, prefere simplesmente alhear-se. Poucos serão os empresários do sector nocturno que param para pensar e mesmo aqueles que têm vivido as constantes alterações dos ciclos de mercado, limitam-se a manter o carrossel que tem cada vez mais o seu ponto alto na primeira quinzena do El Dourado algarvio. O tempo passa, os apoios, as fórmulas e os conceitos viajam por viajar, quando na essência, a crise retirou a abundância e porque não mesmo alucinação que as representantes de bebidas haviam injectado no mercado através da ânsia da liderança, onde o preço não era problema, apenas os resultados de caixas, não necessariamente vendidas, mas colocadas no mercado faziam e desfaziam carreiras. Claro está, que da ganância, à obrigatoriedade de perceber o preço do dinheiro e com ele do custo de cada caixa, levou a que o mercado nocturno nacional entrasse em colapso. Os mais velhos, os de sempre, aqueles que usufruíram das vacas gordas e suas benesses, choramse hoje pelo adeus aos gordos lucros que lhes permitiram construir pequenos impérios, mas vivem, olhando para a noite como hobby, todos os outros, os mais novos, aqueles que chegaram com os resquícios do leite gordo, lutam agora ferozmente por um lugar ao sol, ao melhor estilo de talibãs contra as multinacionais de bebidas e até contra o próprio mercado. Lisboa está explosiva, é verdade, o Porto, começa agora a despertar para a necessidade da competição justa, pois como disse, já não há álcool à borla, o gelo já não se fia e o som tem que ser pago, daí, a maioria dos novos espaços oferecer não colunas e som, mas panelas e zumbidos que deitem algum “sonido” enquanto os velhos espaços, arrastarem-se como Ferraris da guerra de 14-18. Pelo meio, alguns dos grandes produtores de eventos, carregados de dívidas, debandaram para fora ou mudaram de vida e empresário, já não dá para ser, há que tentar também ser talibã ou seja, andar montanha fora de cartucheira e RPG7 às costas para tentar caçar qualquer coisa que se coma. À primeira vista, a festa é total, está tudo em êxtase, a festança impera. Mas será mesmo assim? Claro que não! Os lobos do mar, conhecedores da realidade entregaram as suas casas para arrendamento ou exploração, até pelo facto de saberem como mais ninguém que já não controlam as massas, que a vaca do álcool minguou e principalmente, que pagas as respectivas rendas, a coisa mal dá para respirar ou sobreviver, quanto mais para ser empresário ou sequer sonhar crescer. Questionará o leitor. Então de que vive toda esta gente? Nada mais simples, para já, não vive, sobrevive, enquanto espera semana após semana religiosamente, que Deus este ano lhes conceda um bom espaço no Algarve ou uma boa festa no litoral norte de maneira a fazer a colecta ao melhor estilo do urso, já que a seguir, com o frio e as chuvas há que hibernar e esperar pelos estragos do PEC. É claro, que este é um mercado de sonhos, de momentos, de paixões. Numa noite, ganha-se e perde-se muito, vive-se ou morre-se, prossegue-se ou muda-se de vida. Portugal, tem hoje do que existe de melhor no mundo, possui nesta área oxigénio puro e força, mas
Editorial_
5
falta-lhe método e disciplina, falta-lhe conceito e imagem, não pensa como os de outrora numa vida, mas no dia a dia, na hipótese de um tiro em ceio que lhe permita o pleno e quem sabe o encosto por alguns meses. Por aqui, não se pensa em contratar um gestor, são todos formados, todos gestores, não se pensa em contratar um bom advogado, quando rebentar logo se vê, não se faz contas para saber se depois dos impostos deu lucro, o importante, é que vá caindo algum na caixa, sendo que numa coisa este mercado é melhor que o Estado. Despesas, quanto menos melhor, tem é que cair algum na caixa. Com tudo isto, o Agosto, é actualmente a bóia de salvação e porquê? Simples, em vinte ou trinta dias, com as despesas de um mês e mais alguns trocos, empresários, talibãs, promotores, bailarinos e sabe-se lá que mais obtêm a facturação de um ano. Não há como dizer não, não há como não inventar um espaço, uma festa, uma coisa qualquer. É este o lucro de um ano, o resto, é dinheiro a rolar e não raras vezes contas sem fim bem acumuladas e até a forrar escritórios Venha o sol e depressa! É claro, que as gentes destas terras refilam, barafustam, dizem-se “lixadas”. Sendo certo que isso é verdade, não é menos verdade, que todos eles tiveram oportunidade de diversificar e evoluir a oferta e se não o fizeram, foi por não terem dado a devida atenção aos ciganos, que como se sabe, são desde sempre bons para o negócio. Ou será difícil perceber, que sendo Portugal um pais de praias, mares e marés, que o povo quer aquilo que ainda é de borla, a praia! No interior, as facturações e apoios também caíram em flecha. Quem “comeu” outrora, “comeu” largo, todos os outros, arrastam-se actualmente para conseguir manter o saldo zero e daí, não faltarem empresários que habituados aos últimos modelos de grandes bombas, se têm que contentar agora com “bombas” de 39-45 e por isso, até batem palminhas. Perante tudo isto, há que louvar quem arrisca noite após noite. É mais do que verdade que pagando electricidade, satffs, promotores, copos, álcool, manutenção, licenças, etc, mal dá para amortizar qualquer investimento e foi exactamente isso que mudou em Portugal sem que a maioria percebesse. Ao contrario da vizinha Espanha, onde o Estado há muito que percebeu que a noite é um pólo de atracão turística e social, por cá, são uns tipos esquisitos que vivem à noite, chegando-se ao ponto de denegrir este ou aquele por ir beber o seu copo! Gente estranha esta, sem dúvida. Ao mercado, para sobreviver, cabe-lhe começar a pensar o negócio pela via profissional, a mecaniza-lo e até, por ir buscar quadros com formação académica para gerir áreas nucleares como a financeira, compras, etc, mas, como já nem barmans formados existem nas discotecas...está tudo no bom caminho e daí, a debandada que se está a verificar de profissionais e empresários para o Brasil. Sangue novo e de preferência com formação precisa-se. É que ao contrario de outrora, quem hoje anda no mercado é gente com formação académica, só ainda não chegou foi ao chamado poleiro. Há que ter esperança, a noite, é metade de um dia logo, nunca irá acabar!
Miguel Barreto Miguelbarreto@portugalnight.com
6
fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight
7
magem
Silicone Soul @ Gossip
i
moments
Mário Roque e Rui Cardoso reencontraram-se na Covilhã. Como nos bons velhos tempos, ainda mexem e não é pouco.
Nebur, com Rui Remix e Espírito Santo a caminho da eternidade, dessa noite é claro.
Alberto Macedo, apresnetopu finalmente as suas Bond Girls. Foi no Dolce e logo de entrada.
Rui Borja, no anuncio de uma famosa água do país, optou por revelar-se. Para si, a melhor água é Grey Goose. Nem mais!
Pete Tha Zouk e Helga Barroso aproveitaram dez minutos de acalmia para jogarem ao novo Nokia Bomb. É para mais um Verão em pleno!
Pedro luz, fez mais uma das suas aparições relâmpago. Tudo começou com a moda, pelo que Ana Salazar teve direito a um Luz dos old times na Moda Lisboa. Só para alguns!
Miguel Amaral e Miguel Rendeiro vieram para ficar. Numa altura em que meio Portugal bica o outro meio para nadar, a postura desta gente é luxo, um grande luxo!
Mário Boavida, proprietário da discoteca Q.B. de Almeirim, depois de uma temporada a limpar cinzeiros, optou por regressar ao trabalho e aí está; Até ficou com os cabelos em pé!
8
Eddie Ferrer no limite da continência musical. Eis um Dj em velocidade de subida!
moments 9
Little Loie Vega assinou o aniversário do BBC Lisboa com duas noites memoráveis. A sua simpatia e predisposição, podem ficar como aula para muitos nabos que por aí se passeiam.
Dj Vibe no Capítulo V não necessita nunca de nada para explodir de sucesso. É natural! Como guru é guru, Rui Caralinda é dos poucos que tem acesso ao altar quando o líder toca. Tudo o resto, é a correr e depressa. Mágico!
Kiki Kuski passou pela mão de Dj Vitamine no GroundZero da discoteca Kapital em Lisboa. Esta foi uma noite para a história,daquelas em que o algodão não engana. Sé para quem sabe!
Aldo Lima e Miguel Fernandes, são a dupla que onde aparece, faz história. Com a boa disposição a reinar, Aldo Lima não se coibiu de sentir que em espírito...”Sé de pensar que nasci de dentro dela”...(lol)
Nuno Leote e Kamala preparam como sempre mais uma intentona. Senhores que sabem ao que andam, o que fazem e do que gostam, quando trocam mimos, alguém fica de orelha quente e traseiro arder. Imaginem quem...
Rui caralinda, tirou a Páscoa 2010 para dar mais uma aula. O espírito, sempre o positivo e dentro dessa fornada, Borja e o apaixonante Sése aceitaram fazer de coro. Mandem lá vir os queques.
Flávia Moreira optou por vestir a camisola Doce Vilamoura com Rita Mendes e em boa hora o fez. Saiu da Páscoa 2010 em ombros e com Bruno Oliveira a dizer; “Olé”. Viva o luxo!
Rodrigo Herédia e José Moutinho reencontraram-se na Moda Lisboa. Com paixões diversas, têm como elo comum o facto de já terem reinado à noite e de ambos estarem fora. Nada como viver de rendimentos...diurnos é claro!
João Menezes, proprietário do BBC Lisboa teve como quis duas noites seguidas com Vega. Contra a conversa do mercado, espetou duas lotações de luxo e mandou a maltinha para canto. Notável!
Roberta Medina apresenta
Tenda Electrónica do Rock in Rio
10
R
oberta Medina e Miguel Marangas apresentaram com a devida pompa e circunsância o cartaz que fará a festa na famosa Tenda Electrónica do Rock in Rio Lisboa. Para este ano e ao contrario até daquilo que algumas vozes chegaram a apregoar, o Rock In Rio irá manter a cadencia de sempre, possui um cartaz francamente abrangente e vai certamente voltar a explodir de sucesso. Existindo quem defenda que falta um ou outro nome, é claro para a maioria, que os bons não mudam de mês para mês já que uma carreira demora anos a fazer, pelo que, estando presentes nomes como jjj a qualidade é por demais inquestionável. A 21 de Maio na Tenda Electrónica, o Rock in Rio abre portas com Deadmau5, Calvin Harris, Chris Lake. Diego Miranda e soul Mates, prossegue a 22 com Major Lazer, Drop The Lime, Zombie Kids feat Aqeel, Jamie XX e Zombies for Money, a 27 tem John Digweed, Gui Boratto, The Twelves, Miguel Quintão e Tha Bloody Bastards, a 29 Dubfire, Dj Vibe, Audiofly, Davide Squillace e Tó Ricciardi e culmina a 30 de Maio com Green Velvet Live, Speedy J, Paul Ritch, Jim Masters, Jiggy e Heartbreakerz. Inquestionável, serão noites a não perder e o difícil é mesmo para quem tiver que optar. Eu, já garanti que vou!
fot. Nuno Ribeiro e Ivo Bacelar - Direitos reservados Portugalnight
ConferĂŞncia Rock in Rio_
11
8º Aniversário
do BBC ensina a bem pecar
12
P
or ocasião do seu oitavo aniversário, o Belém Bar Café em Lisboa presenteia o seu público com duas noites seguidas de festa! João Menezes não deixa os créditos em mãos alheias e não faz por menos: Little Louie Vega, precedido por Dj Nebur deixa adivinhar um festival digno de deixar Lisboa em alvoroço! E como de previsões não reza a história, os factos não deixaram margem para dúvidas: filas nas portas ainda não batiam sequer as onze badaladas, casa cheia duas noites de enfiada e um regime de luxo e qualidade irrepreensível, já regra nesta casa, que sem fugir a regras simples ou recorrer a métodos circenses, faz ver, a quem quer ou não, como se faz história! Habitués, VIP’s e party people a formar uma massa humana bonita de se ver, preenchem cada metro quadrado do espaço desde bem cedo, que depois de devidamente pré-aquecidos pela classe e bom gosto musical de Nebur, fervem pela mão sábia de Vega! Não se esperava menos e não se contava com tanto! Uma festa digna de por Portugal nas bocas do mundo nocturno na cena internacional!
Fot. Nuno Ribeiro & Ivo Bacelar - Direitos reservados Portugalnight
BBC_ 11 13
Festa do VXI Aniversário
do Capítulo V até ser dia!
A
14
discoteca Capítulo V na praia da Oura, Albufeira, comemorou o seu décimo sexto aniversário com uma festa especialíssima planeada ao pormenor, com uma produção digna da melhor “red carpet” de Hollywood. Entre habitués, velhos troféus e peregrinos, ninguém quis ficar do lado de fora do festejo que deu direito a presente de luxo em forma do tradicional CD comemorativo, misturado por Diego Miranda, distribuído pela gerência aos convivas, noite adentro. Com os nomes de Geninho, Poppy e Miguel Amaral prometidos em cartaz por Rui Caralinda para a cabine de som, o espaço depressa lotou de party people pronta para tirar o pé do chão, num ambiente de animação e boas “vibes” como manda a tradição neste espaço algarvio. Geninho encarregou-se de aquecer as hostes, passando a pasta à irmã Iolanda a.k.a Dj Poppy que agarrou os fiéis da dança até às 5.30h da madrugada, hora em que Miguel Amaral toma as rédeas da pista, mantendo o delírio até o sol raiar, já os presentes e resistentes puxavam dos óculos escuros, batiam já as oito badaladas! Após uma noite histórica, em que nem todos puderam entrar, tal foi a afluência, fica no ar a questão retórica acerca do que se passará para Mike se manter um pouco abaixo do nível habitual, não sendo, no entanto, motivo para não deixar Henrique Vieira e Rui Caralinda orgulhosos do patamar atingido! Esta foi, aliás, uma data festejada de forma tão intensa, que nas palavras do gerente: “Correu tão mal, que acabou a vodka, o rum (…) e apenas sobrou água… quente! Obrigado!” Mais palavras para quê?
fot. Ivo Bacelar - Direitos reservados Portugalnight
Capitulo V_
15
Plateau 26 anos a dar Cartas!
16
A
discoteca Plateau festejou os seus 26 anos de vida com uma festa digna de mais de um quarto de século de história pródiga em contínuos êxitos, algo de que muito poucos se podem gabar. Com Pedro Luz no backstage de tudo isto e Victor Melo, actualmente, a dar cartadas como front man, a Plateau mantém-se fiel aos seus pilares de pop e rock, estando há décadas referenciada como casa de culto para todos aqueles que das guitarradas fazem motivo de festa! Sem excepção, esta foi uma noite fantástica, com gente bonita de todos os quadrantes sociais unidos em louvor a uma casa que já é um ícone da capital, no matter what! Quer mudem de gerência, quer mudem de staff, esta continua a ser, indiscutivelmente, a discoteca que há mais anos se mantém firme no top nacional de enchentes! São 26 anos a reunir sucessos e contra factos, não há argumentos!
Fot. ivo Bacelar - Direitos reservados Portugalnight
Plateau_
17
LIFE IS A LIFE
O
nde Catarina Furtado aparece, pára. Na última edição da Moda Lisboa, a menina de Portugal fez questão de espalhar simpatia, irradiar alegria e foi um dos focos da boa disposição vivida. Sem peneiras, Catarina Furtado, espalhou brilho por tudo o que era recanto e ainda teve tempo para nos dar um pouco do seu melhor. Se em termos de noite, Catarina, é dos nomes que sempre evitou as primeiras páginas, há que afirmar que é das pessoas por quem é sempre um prazer passar.
M
ilton Pinto, um dos propriet´rios da discoteca RS Dreams de Santa Marta de Corroios, soma e segue sem apelo nem agravo. Profissional com tradição, ou não tivesse sido em tempos um dos barmans da moda, Milton é dos que sabe da poda, dos que tem vivido anos a fio no topo do sucesso e quem hoje, da cabine do seu RS Dreams já pode mandar que lhe façam o poster. Chegar ao topo é raro, manter é difícil, Milton Pinto é um dos homens do impossível.
D
avid Portugal entrou de mansinho, delineou o seu espaço e é hoje um dos promotores de sucesso da capital. Como espinha dorsal, tem o facto de apenas pretender trabalhar com um determinado segmento de mercado, que aliás é onde se move bem, sempre que a proposta foge do espírito, a nega é a garantia. Em mais uma das suas sextas-feiras do BBC Lisboa, David Portugal fez questão de mostrar que não anda ao sabor do vento, mas do sucesso.
P 18
or entre mais uma noite de copos e caricas, João Magalhães, Ezequiel Sequeira, Bé de Melo Laranjo, Maria João e Frederico Rocha, discutiam a problemática do ser ou não ser, com a certeza de que no meio de tudo isto, Ezequiel Sequeira, é cada vez mais o sábio inspirador. Por entre a conversa e desconversa, os sorrisos e apalpadelas, valeu a espionagem e contra espionagem com a informação a tomar conta da conversa. Ao fundo o “meu anjo da guarda” fazia sonhar e limitava a conversa a Vilamoura, nem mais!
V
alter Carvalho, é dos nomes que vê os anos passarem por si, mas pelo que se constata, é dos poucos que nem sente. Dividido entre a moda, agência, noite e negócios, onde aparece faz toda a diferença. Eleito naturalmente pelo Dj Diego Miranda para o papel principal no seu novo videioclip, Valter Carvalho, chegou, viu e venceu não deixando nada nem ninguém indiferente o que lhe abre desde já obrigatoriamente a porta para a TV nacional. Nomes há muitos, classe há pouca, Valter Carvalho é dos que merece e vai ter o mundo, onde se aplica...vence.
19
20
&
preto branco A discoteca Jézebel Estoril continua a lutar para que cada noite valha sempre a pena Ana Paula, Carlos Canto Moniz e Gonçalo Barreto fazem com que tudo aconteça, não abdicam de seleccionar e com isso, já possuem o estatuto da diferença. Com a Primavera vêm os odores da praia e sol e com eles o Tamariz. A Linha está ao rubro.
O Alcântara-café Lisboa, através dos “Ámici” João Graça e Paulo Ferreira conseguiram chegar à Primavera de 2010 no topo da tabela de preferências nacional. Promotores apanhados na avalanche que abanou com meia noite de Lisboa,souberam ficar sem Lollipop, estabeleceram-se nas “Friday I´m in love” do Alcântara e lideram. Melhor seria sempre impossível!
O “K” de João e Gonçalo Rocha continua a ser dos frutos mais apetecíveis e procurados do mercado, situação que está a colocar o Grupo na ordem do dia. Depois de dados como na “Linha”, situação desde logo desmentida, surgem agora rumores a dar o “K” a caminho de Sagres. É sempre a fundo!
O Belém Bar Café, tido no início da segunda volta como a casa que iria pagar o preço da explosão verificada em Lisboa, prepara-se agora para fechar mais uma temporada com chave de ouro, muito por culpa dos seus sábados “Sinner`s in heaven” que se vieram a revelar fenomenais. Eis João Menezes de cadeirão.
O Le Club Santa Eulália, embora inserido num aldeamento que necessita de fugir da confusão, terá certamente este ano a sua coroação. Esta Páscoa, o Le Club já deu mostras de mostrar ao que vem, Zé Black reapareceu inspirado e esse, é o melhor sinal para o sucesso que se adivinha.
A discoteca Andromeda em Vila Real, aproveitou a Páscoa para uma vez mais levar muitos dos seus clientes rumo ao sul. A situação, voltou a provocar alguma fricção na zona, com meio mundo a discutir se eram cem, duzentas ou quinhentas pessoas. Certo mesmo, é que com cem ou quinhentas, Alberto Cabral fez a diferença.
21
Rui Caralinda, cabeça do Capítulo V da Oura entrou na ordem do dia com mais uma cebolada. Dj Vibe de entrada e a armada Bacardi Martini a fechar porporcinaram-lhe o impensável. Bum!
Bruno Oliveira, é o rosto do novo Dolce Vilamoura. Este jovem empresário, acreditou, apostou e para já, entrou a ganhar. Alberto Macedo, Rui Borja, Flávia Moreira, Rita Mendes e King Bizz revelaram-se armas certeiras.
Ricardo e Tiago Mira, com a sua educação e profissionalismo estão a cumprir com classe tudo aquilo que deles se pensava nas sextas-feiras da Kapital. Noite morta por tradição, tem tido apenas uma branca por mês, mas sempre com publico de eleição
Nuno Pedroso, entrou a matar e as suas obras no Blues Café estão a demorar mais do que o esperado. Reentrar de “Ás” é a única via possível, para o sangue novo que está a entrar na noite de Lisboa e que pode vir a mudar muitas das regras há anos estabelecidas. Lisboa aguarda, mas impacientemente!
Nuno Valente, apostou tudo na margem sul, ganhou a primeira noite e perante a resposta esperada de Samuel Lopes, perdeu as duas seguintes. Possui uma margem de manobra curta para reagir, virar de imediato, seja a que preço for é premente sob pena de pagar com o lugar.
Helga Barroso e Luís Magone, que na primeira temporada das “Slave to love” se haviam imposto sem apelo nem agravo, têm vindo a apresentar-se no Alcântara-Café muito abaixo de forma. Sendo Helga uma lutadora e principalmente alguém que nunca gostou de perder, sacudir o pote revela-se premente. Nuno Eça, assumiu com Frederico Guerra a responsabilidade de voltar a colocar o Twin`s Lisboa na crista da cidade. As equipas de trabalho revelaram-se sempre fortemente instáveis, os resultados não foram satisfatórios e só se aceitam acordos quando se constata ser possível vencer. Vermelhão, troca a trabalhar para o verde!
F
rederico Rocha, o homem forte do Grupo B.O. continua a ser quem põe e dispõe na capital, tendo conseguido, como aliás era de prever, colocar a nova Gossip num plano altamente apetecível.De ideias bem tolhidas e ciente de que noite para si, tem que ser com o estilo de cliente que sempre pretendeu, Frederico Rocha conseguiu com a Gossip mostrar ser possível ter um espaço a trabalhar três dias por semana a fundo, com públicos completamente diferentes e sem destabilizar o restante organigrama. Por ver, está como irá reagir este Grupo à avalanche do Verão que se aproxima, já que com o Sasha, Lollipop e fala-se de um novo espaço a sul, não se consegue vislumbrar de que forma manterá Frederico Rocha a Gossip a fundo.
N
uno Pedroso, é o nome que saltou no passado mês para os escaparates do diário nocturno nacional, ao tomar uma posição no Blues Café Lisboa. Embora neste momento não exista uma única pessoa que não questione para quando a abertura do Blues Café e em que formato, é já certo, que com a contratação de Viriato de Sousa e Bernardo Macambira, para além de se sentirem condições de trabalho, que alguma coisa irá mudar fortemente no chamado rectângulo dourado. A acompanhar o empresário Nuno Pedroso está Ana Teresa Pedroso, empresários que com ideias muito próprias na abordagem do mercado nocturno e sua oferta prometem qualidade a preços normais, já que o dado e arregaçado é como se sabe coisa que não existe. Certo mesmo, é que a pergunta da noite, é quando abre? O mercado aguarda por novidades.
22
J
osé Manuel Trigo, promete continuara lutar, afirmando-se como o rosto do contra sistema, tentando através da recentemente formada Associação de Discotecas do Sul e Algarve limitar ao máximo os estragos colaterais vindos da abertura de novos espaços. Depois de no verão de 2009 terem colocado em sentido muito boa gente, mais pela entrada e formato, que pelo conteúdo, José Manuel Trigo, sempre ladeado por Custódio Guerreiro prometem neste Verão de 2010 não dar tréguas seja a quem for. Embora se continue sem perceber a razão porque os membros desta Associação não entram na luta por espaços concessionáveis ao ar livre, o certo, é que esta é uma luta que promete continuara encantar. Para já, a hora deve ser de reforçar o T Clube e Trigonometria em todo o seu potencial, já que continuando a ser quem faz as despesas da casa, José Manuel Trigo candidata-se a perder muito do seu precioso tempo.
RealShaker
F
ilipe Campina, uma das estrelas da companhia dos novos promotores da capital, é ainda mais empreendedor do que aquilo que a imensa maioria julgava. Depois de ter abandonado as sextas-feiras da The Loft tidas desde sempre para os mais novos e assumido um papel de preponderância nas quintas-feiras e Sábados desta famosa discoteca de Lisboa, Campina, aceitou agenciar o Dj Enrage com relativo sucesso até ao momento, tendo este mês avançado também para a moda através da marca “Layout, na companhia das estilistas Rita Castanheira e Joana Peixinho. Senhor de uma personalidade muito própria, Filipe Campina tem vindo a definir-se pela postura, onde se nota os anos que tem de ligação a Pedro Lorena. Notável!
B
é de Melo Laranjo é mais um dos nomes que se encontra com as antenas parabólicas direccionadas a sul. Sendo um dos homens fortes do denominado Grupo Faces que no Verão 2009 entrou com tudo em Vilamoura, Bé, acompanhado de João Magalhães e Hugo Tabaco arriscaram na Kapital Lisboa, têm estado a fundo, mas prometem não ganhar para a ansiedade quando em Agosto tiverem que rumar a sul, já que as suas equipas, são limitadas. Numa altura em que já é para todos evidente que o Verão de 2010 será quente, pois não havendo alma que não sonhe com o sul, as posições definem-se e está tudo de baterias carregadas pronto para dar a bicada possível no parceiro. Nuno Valente, foi o nome eleito pela gerência da discoteca Absorv Lisboa, para depois de umas obras profundas fazer reaparecer este espaço da Kapital. A entrada, de leão digase, apanhou Samuel Lopes distraído por uma noite, situação que a partir da segunda noite foi completamente invertida. Tendo apostado forte no regresso das gentes da margem sul à noite da capital, Nuno Valente arriscou tudo, diríamos até que demais,já que,o mercado onde se tentou posicionar,é feito não de lobos, mas de leões que não passam uma noite sem papar. Ao alicerçar os pilares fundamentais do seu staff na margem sul, Nuno Valente terá cometido um erro estratégico, até pelo facto, de em termos de figuras públicas pretendidas, a área de actuação de Jimmy é a mesma que a do In Seven Club e por estes lados, também ninguém trabalha a brincar. Depois de uma primeira semana com entrada de leão e saída de cordeiro, Nuno Valente, que tem uma casa muito bem conseguida terá obrigatoriamente que virar o azimute para os promotores da capital ou candidata-se a levar uma cabazada.
23
R
oberta Medina, é mais uma vez o rosto de um Rock in Rio que vai garantidamente parar Portugal. Num ano, em que não só se assiste ao cancelamento de alguns grandes eventos, como é público que as grandes marcas baixaram fasquias, o Rock in Rio regressa como prometido a Portugal e Espanha, com um cartaz que é no mínimo ao nível do esperado, chegando aqui e ali a ser até surpreendente. Rosto de charme do evento, Roberta Medina, tem vindo a acompanhar os grandes momentos do seu festival e será hoje sem grandes margens para dúvidas dos rostos mais profissionais e explícitos do mercado. No palco principal, 2ManyDjs são merecidos, ao mesmo tempo que a pista electrónica possui uma leitura ampla, que vai do mainstream ao techno de forma primorosa. A caça ao bilhete já aí está!
R
ui Caralinda, deu mostras de saber ao que anda e principalmente mostrou andar de agenda de baixo do braço, quando há mais de seis meses definiu que iria abrir as hostilidades de Páscoa com Dj Vibe e que culminaria os festejos na noite de 3 de Abril, com a noite que iria levar a armada Bacardi Martini à Páscoa algarvia. Sem apelo nem agravo, o guru, saiu a terreiro e lutou pelo seu lugar ao sol, sendo evidente que todos aqueles que hoje arranjar desculpas de mau pagador, mais não fazem, do que passar um atestado de mentecaptos a si mesmos. Dezasseis anos depois de tudo ter começado e sem obras que levem a afirmar que o Capítulo foi virado de pernas para o ar - atenção que como poucos sabem, Henrique Vieira ainda tem margem física para isso – Rui Caralinda conseguiu obter uma Páscoa para a história. Cocem-se os senhores que quiserem, a isto chama-se arte de fabricar noite, de fabricar momentos, enfim, a arte do prazer de assinar o pleno.
A
lberto Macedo, depois de uma saída relâmpago da discoteca Black Jack, calçou as galochas, colocou o boné e imiscui-se nas obras daquilo que é hoje o bar “Dolce Vilamoura” de Bruno Oliveira. Como seria de esperar, não faltaram vozes a baptizar o projecto de “enterra”, mas o certo, é que logo de entrada, a casa mostrou-se, King Bizz brilhou e deu-se a distribuição de rolhas de barlavento a Sotavento. Com a Páscoa, muito se jogou. Macedo, aqui acompanhado de Rui Borja, calçou os tamancos, meteu-se à estrada, percorreu meio Portugal e pelo meio, contratou mais meia dúzia de flores para embelezar o seu jardim. Como resultado pratico, o “Dolce Vilamoura” teve uma Páscoa de primeira e Macedo, lá fez o favor de partir para o Mónaco para uns merecidos dias de “vacances” à lord. Venha o Verão, é que as obras no exterior do “Dolce” vão ter início.
L
uís Vilarinho, mais conhecido por Luís Evaristo entre os noctívagos nacionais e garantidamente um dos empresários que tem vindo a marcar os Verões da última década, optou por falar menos e manter o caudal a que há muito nos habituou. Depois de ver meio mundo optar pela difamação, técnica hardcore em vigor para quem não perfilha a estratégias de combate ou do famoso; “não podes, junta-te a eles”, Luís, prepara-se para calar os corneteiros do reino através de mais uma cartada de mestre. “Tasqueiro” por natureza, que por sinal, deu o último clube de luxo ao pais – o saudoso Clube Casa do Castelo – Evaristo tem a seu favor a arte de fazer coisas bem feitas, inovadoras e que mexem com paixões, situação nem sempre bem entendida pelos velhos do Restelo. Para 2010, mais uma avalanche de emoções se aproxima, todas elas para calar meio Portugal, embora a contratação de um gestor pudesse dar a Evaristo e a Portugal uma nova dimensão.
S
amuel Lopes, o homem forte da discoteca RS Dreams de Santa Marta de Corroios passou mais um mês em pleno e tirando a distracção da noite em que perdeu para o Absorv Lisboa, situação que no dia seguinte já tinha reposto, continua a passear-se como bem quer pela noite da margem sul. Com uma dinâmica de trabalho impressionante, já que serão poucos os espaços em Portugal que conseguem obter semelhante procura, e tudo com consumo mínimo a ser aplicado, Samuel Lopes, terá obrigatoriamente que ter cada vez mais atenção, já que, não há no pais quem não saiba ao que anda. Sendo certo que ainda possui uma margem bastante grande em relação a tudo aquilo que existe por parte da concorrência, já não há quem não saiba o que faz e como se move o líder pelo que, caldinhos de galinha e surpresas podem vir a valer por dois ou três.
P
edro Paiva, assume-se cada vez mais como um dos grandes promotores da capital e embora dividindo as quintas-feiras da discoteca Kapital com John Magalhães e Adolfo Rodrigues, sabe ao que anda. Com um sentido estético e bastante apurado daquilo que se deve oferecer, Pedro Paiva, tem ainda a seu favor o facto de a convidar, receber e servir, estar na linha da frente. Sócio do Grupo Faces desde a primeira hora até há pouco tempo, Pedro Paiva optou por vender a sua pequena quota na estrutura, o que não só lhe dá outra margem de trabalho, como lhe permite ter tempo para sorrir para o mundo. Certo mesmo, é que contra todas as previsões, Paiva, Magalhães e Rodrigues, são a S.A. das quintas-feiras da Kapital Lisboa.
RealShaker
P
edro Lorena, tem vindo de forma quase que sublime a passear a sua classe ao longo de duas décadas pelo território nocturno nacional, mas existindo vozes, a questionar sempre tudo, nunca será demais informar, que depois de anos com o AlcântaraMar em regime de distinção, de ter saído para o Queen`s e colocado este no topo das preferências e mais recentemente, se ter instalado com Manuel Faria e Pedro Chuva na The Loft com igual sucesso, Lorena continua a ser quem jamais vira a cara a ajudar seja quem for. Espantado? Não esteja! De uma dimensão impar, Pedro Lorena, é um homem e profissional feito de actos, não vive sem o pormenor, jamais abdica do requinte e é dos poucos, capaz do nada fazer tudo. Como sempre, há quem investe histórias, trajectos e até sucessos. Também aqui, Pedro Lorena é a bíblia. Conhece a história por fazer parte dela, teve a arte de se manter sempre um caso à parte e como se isto fosse pouco, ainda dá a mão a terceiros. É este o reitor da UN.
24
A
nthony Pereira, é hoje certamente um dos nomes que mais trabalha afincadamente, já que tudo terá mudado na sua forma de actuação de 2009 para 2010. Com o restaurante-bar Wild&Company a trabalhar a fundo, Anthony Pereira tomou como missão colocar o Liberto`s Bar no patamar em que este sempre esteve e se começou de forma plena com uma remodelação de encher o olho, já em termos de lógica de trabalho, notou-se que o ter ficado sem a Kiss em fim de noite lhe alterou por completo o estilo. Para já, é por demais evidente que o Liberto`s Bar terá que fazer regressar a sua publicidade local, pois com o encerramento por rês meses, houve quem se esquecesse do caminho e a seguir, terá que voltar a programar com meses de antecedência como era seu timbre. Não sendo das missões mais difíceis, até por conhecer como poucos a casa e a zona, Anthony Pereira terá que despertar já, é que os lobos andam famintos, o Inverno foi duro.
T
iago Pinto leite, depois de uma saída relâmpago do Twin`s Lisboa que deixou meia Lisboa de boca aberta, aí está de novo na crista da onda, desta feita no Pop Porto. Embora a memoria do homem tenha tendência para ser curta, nunca será demais referir que a vinda de Tiago Pinto Leite para Lisboa, provocou um choque em cadeia pela saída de Daniel Mantinhas e Eduardo Carvalho da Silva do Grupo Twin`s, o que levou Pinto Leite, a passar como se deve imaginar um mau bocado e principalmente, a ter que serenar os ânimos. Com parte da estabilidade conseguida em Lisboa, Pinto Leite viu-se com uma guia de marcha e com isso, deu-se nova reviravolta, situação que obrigou este profissional a recomeçar de novo. Como a história por aqui se escreve noite após noite, Tiago Pinto Leite está agora de novo em grande e no Pop, sendo certo que desta feita, não conseguirá deixar de pensar... o que falta vir dali?
F
rederico Guerra e Nuno Eça, passaram pelo Twin`s Lisboa como verdadeiros meteoritos, já que em pouco mais de um mês foram de anjos a diabos. Tendo sido parte essencial na guia de marcha emitida por Batata Cerqueira Gomes a Tiago Pinto Leite, esta dupla, pese o facto de ter tentado, jamais conseguiu ter uma equipa estável e principalmente, não conseguiu estabilizar alguns projectos, que no papel eram de facto brilhantes, mas que na prática, poucos resultados deram. Como por estes lados, à falta de resultados dançam os jogadores, Frederico Guerra e Nuno Eça acabaram também eles com uma guia de marcha, situação que não contundindo com as suas vidas pessoais, perturba sempre de forma agressiva com o ego. Para já, a hora é de copos e bem estar. Nuno Eça é dado como a caminho do Grupo K, Frederico Guerra, propõe-se instalar-se na noite como patrão, mas sem capataz por perto.
S
érgio Nóbrega, será hoje um dos rostos que actuam no mercado nocturno mais realizados, já que depois de muitos avanços e recuos, o Sensation White viu-se confirmado pelo segundo ano consecutivo e tudo, num ano em que Espanha não irá ter a “Wicked Wonderland”. De forma surpreendente, Sérgio Nóbrega conseguiu juntar a maioria dos rostos de primeira linha da noite nacional e com isso, não só tornou o Sensation White 2010 um projecto galvanizador, como principalmente, pelos nomes que aceitaram ser Embaixadores do evento, candidata-se a ter uma das festas mais bonitas do pais, já que só os Embaixadores nomeados juntos, são nomes suficientemente capazes de levar a 19 de Junho até ao Pavilhão Atlântico em Lisboa, as caras mais bonitas do país. Depois de em 2009 ter conseguido a lotação pretendida, este ano, até por do mercado espanhol serem de prever muitos rostos, esta festa promete ficar para a história.
25
A
26
Moda Lisboa, certame que define as tendências do país regressou a Lisboa, depois de alguns anos “sitiada” no Estoril e diz quem sabe, que veio para ficar. Mais do que um regresso ao epicentro das tendências nacionais, Check Point, foi um novo élan recebido pelo público de coração aberto e carregado de vontade de acompanhar o que dizem que será a moda. No Páteo da Galé e no Museu do Design e da Moda (MUDE), palco LAB para duas exposições (aforestdesign e Lara Torres) e três desfiles (Ricardo Andrez, White Tent e Vítor) com apoio da adidas Originals. Lisboa, we LAB you! Foram milhares os visitantes, fossem público, jornalistas, fotógrafos ou colunáveis que faliram a esta edição da Moda Lisboa, não sendo irreal afirmar que esta edição marcou a vinda de algo de novo a Lisboa, à moda e principalmente à forma de beber tendências. Da abertura, com o sensacional showcase de Legendary Tigerman, ao encerramento, com a festa no Lux, já em regime de descompressão, passando pelas festas ecléticas da Diesel Be Stupid ou Electric 28 party, ModaLisboa Check Point recuperou o charme e o romance de uma cidade galante que seduz. Do Paço à passerelle, ModaLisboa Check Point renovou o espírito da cidade, Através de vinte e duas apresentações, vinte desfiles, vinte e um designers, três marcas e três estreias absolutas ModaLisboa, respectivamente, Ricardo Andrez, Salsa e Mental by Shunnoz & Tekasala que deram luz a uma intervenção repartida pelo eixo central da capital. O regresso da Workstation a Lisboa destacou a heterogeneidade e o génio de seis fotógrafos no espaço do MUDE, na Rua Augusta. Ao trio de Isabel Zuzarte Guedes, José Fernandes e Rita Carmo, já presentes na edição anterior da ModaLisboa I Estoril Fashion Force, em Cascais, juntaram-se Gonçalo Borges Dias, Matilde Travassos e Vasco Neves. Seis visões de proximidade, seis perspectivas de autor para uma exposição inventiva e interventiva que permanecerá em exibição no MUDE até ao dia 31 de Março. Check Point coincide com a celebração do protocolo de colaboração entre a Associação ModaLisboa e o MUDE – Museu do Design e da Moda, através da Câmara Municipal de Lisboa, com vista à realização conjunta de projectos de moda. Está aberto, assim, caminho para um debate da Moda em Lisboa e um novo desafio para a ModaLisboa.
MIGUEL VIEIRA
NUNO BALTAZAR
PEDRO PEDRO
Moda Lisboa_
27
MIGUEL VIEIRA
28
KATTY XIOMARA
LUIS BUCHINHO
Fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight
29
JOÃO MAGALHÃES 30
A arte de do nada tudo fazer
Em 1988, João Magalhães deu os primeiros passos na noite nacional. Entrou pela porta do Alcântara-Café, de onde ficaram os saberes de António Pinto, Tierry, Bruno e Margarida Adónis, o que lhe permitiu ganhar, em dois anos, o suficiente para comprar um famoso Lancia Delta HF Turbo. Em 1990, é convidado, por Luís Bethoven, para gerente do Yuppie, bar no piso superior do Pão de Açúcar de Cascais que foi um dos maiores sucessos da época, chegando, mais tarde, a sócio. Com os velhos do Restelo em cima deste sucesso de Cascais, o Yuppie viu-se sem licenças e foi obrigado a encerrar, nascendo em Lisboa o Subsolo pelas mãos de João Meneses, Pedro Baptista e Rogério Néri com João Magalhães a gerênte, na época em que as universidades descobrem a noite da capital. Daí para cá, João Magalhães jamais parou. Aplicou-se em áreas díspares como a restauração, moda, organização de eventos e promoção de marcas. Trabalhou com top Djs como Tiesto, deixou o seu cunho no BBC e Piazza, inventou o explosivo Faces Beach Club de Vilamoura e é hoje o homem forte da Kapital. Menino da Linha, tem no seu quadro de valores a arte da vida. É um negociante nato e só isso, lhe faz, não raras vezes, afirmar que o dinheiro, não tem cor, nem cheiro. Desde que seja limpo, há que trabalhar.
fot. SĂŠrgio Coelho - Direitos reservados Portugalnight
31
João, como e porque sais do BBC?
32
Foi uma questão de relação comercial. Houve sempre um sentimento, além do comercial, de realização pessoal muito grande e, a uma dada altura, quando se começa a ganhar de forma própria, há que trilhar o caminho próprio também. Eu acho que o João Menezes teve alturas muito boas, desde 1992. O seu historial é muito bom, mas no ano passado fui encontrá-lo muito diferente do que eu conhecia. Quanto à maneira de trabalhar ou de liderar os processos, não vou comentar se está certo ou errado, pois ele é uma pessoa que sabe o que está a fazer, e que até se dispensa de comentários. Toda a gente sabe que o que faz, faz por amor. Havia na altura, por parte do João, uma vontade de encabeçar o BBC, quase mesmo a substituição e eu acho que era a pessoa certa. Só que o problema, são estas grandes organizações que têm muitos corpos e anti-corpos, há muita gente, fala-
se muito, criam-se situações dúbias. Como o líder não está, anda tudo em bicos de pés e a tentar saltar por cima, as conversas por telemóvel ganham fulgor e ritmo e, se não há sintonia total, dá-se o colapso e foi isso que aconteceu. Sempre fui e serei leal e sempre dei tudo. Um bom exemplo disso, é que quem colocou lá o Nebur fui eu. A equipa que eles têm ao Sábado, também esteve toda na minha passagem, mas há muita coisa com que eu não concordo. Eu tenho as minhas razões, mas o negócio é dele. Nunca fui uma pessoa a estar sujeita aos outros para fazer negócios, sempre tive a minha atitude. E quando chegou aquela hora, num momento triste da minha vida em que passei muito mal e não estava no meu melhor, como é evidente, porque não sou de ferro, sinceramente senti uma certa frieza e desilusão. Quando entras no BBC, vais para o lugar que era para o Frederico Rocha e quando sais de lá, vais para o maior concorrente do BBC. Primeiro ainda vais ao Faces, mas agora encontras-te na Kapital.
Eu não sei se fui para o lugar do Frederico Rocha. O que sei é que na altura que entrei, ele tinha um negócio com o João, para explorar e gerir de uma certa forma o BBC, mas acabaram por não chegar a acordo. O Frederico, acabou por abrir o seu próprio negócio e o João acabou por me fazer a proposta para avançar, estando, já aí, as águas bem separadas.Penso que se o projecto inicial deles tivesse prosseguido, eu, se calhar, não tinha entrado no BBC e ido para outro sítio qualquer.
Mas como é que as coisas se processaram realmente?
O Algarve era uma coisa que já estava decidida quando acabei o BBC e o Jimmy-E. Com muita pena minha, tive uma reunião com o Lucas, onde expressei que o Jimmy-E teria sucesso no futuro. O grupo K espanhol é um grupo muito forte e eu fui com eles a
O Lucas inicialmente mostrou interesse e eu ia produzindo um bocado às ordens dele. Depois disseram que aquilo não tinha futuro. Como tinha outra proposta, disse-lhe para pensar muito bem, naquilo tudo, pois de outra forma, eu iria avançar porque não acreditava em mais um ano naquela atitude que eles tinham, pois era a morte lenta. O Lucas, não deu qualquer feedback, não acreditou em mim, pensava que eu estava a fazer bluff, mas a verdade é que mal fechei o Jimmy-E Vilamoura, fui de imediato contactado pelo Grupo Tivolli para me chegar a eles no ano a seguir, coisa que não valorizei de imediato, pois aguardava uma resposta do Lucas. Comecei então de facto a ir à carga para essa proposta do Grupo Tivoli. A mesma, tinha muitas limitações, era um espaço que ia fechar às duas da manhã, não se podia fazer barulho,
Madrid e vi isso. Estava a falar com gente de um peso tal que as pessoas não têm ideia e de um grupo que “engole” qualquer um dos portugueses. E quando me reuni com o Lucas, foi no sentido de os aconselhar a terem uma festa de fecho, tirarem umas fotografias e fazerem um álbum bonito para estar na prateleira, pois as recordações também fazem parte da nossa vida. Há momentos para tudo e aquela casa acabou por ir por um caminho sem retorno, daí fazer o tal encerramento e o álbum para meter na mesinha de cabeceira para lembrança. Não percebo mesmo como é que as pessoas entram em guerras desta forma. A ideia que eu tinha era o mesmo espaço ser dividido em vários negócios. A zona da Kadoc seria um espaço para concertos onde iríamos fazer uma parceria com a Everything is New ou com a Música no Coração, alguém que tivesse nome nessa área. Nos terraços seriam feitos restaurantes temáticos e o Jimmy-E seria transformado num clube de elite, que provavelmente abanaria o Algarve todo. Era um projecto para mais 10 anos e o investimento não era nada por ai além.
num conceito já bem definido, portanto, não ia inovar nada, não ia fazer nada, quando muito, iria complementar um espaço ou um projecto como foi, por exemplo, a alteração do Kadoc Club para o Jimmy-E. Quando estou em reunião com o grupo Tivolli, percebo que não era também uma boa opção. De facto já, no final de almoço até um pouco desiludido com a reunião, tive que pensar onde podia arranjar outro espaço e perguntei se não tinham um espaço para fazer discoteca, que desse para estar aberto até de manhã, que tivesse muito espaço ao ar livre. Levaram-me ao espaço que havia sido Nicky House, portanto, entrámos pela parte da Marina de Vilamoura, o que me desiludiu. Entretanto, ao dar a volta ao edifício todo, reparei na porta, que hoje é a porta do Faces, que é a porta contrária, do lado da praia. É muito mais reservada e depois também configura um espaço completamente diferente, pois as pessoas que foram ao Faces, nunca se aperceberam que estavam no Nicky House. Mal vi o espaço apercebi-me logo do potencial, olhei para os jardins e o Faces
Após saíres do BBC, quando é que pensas seguir o teu caminho? Quando decides: “Ok, Algarve, é por ali que eu vou.”?
33 automaticamente ficou-me logo desenhado na cabeça e disse: Pronto, é aqui. O Faces Vilamoura já estava definido antes de eu ir para o BBC, aliás, esta reunião que tive com o Lucas foi em Janeiro e eu defino o Faces em Fevereiro. Como é que defines a sociedade? A sociedade é engraçada pois é constituída por pessoas completamente diferentes umas das outras, mas que se complementam muito bem. Acho que só assim poderia ter funcionado. Se fossem todos iguais não valia a pena ter vários sócios, bastava um. Nas sociedades, as pessoas têm que ser diferentes porque uns têm jeito para umas coisas, outros para outras e, na minha opinião, em equipa que vence, não se mexe. Mas como é que as escolheste? Quando nós estávamos a lançar o Jimmy-E, o meu irmão sofre um grave acidente que o deixa às portas da morte. Como toda a gente deve calcular isso foi um momento muito complicado para mim e, na altura, apesar de estar com este projecto em mãos, já não pude estar presente na inauguração. Então, um amigo disse-me que tinha uma pessoa que vinha da área do marketing e que também conhecia muita gente e que estava interessado em entrar no mercado da noite, o Bé. Conheci-o por telefone, estava eu sentado à porta do recobro do Hospital Sº Francisco Xavier enquanto o meu irmão estava lá dentro. Quando estava a decorrer a apresentação, estava eu com o Bé ao telefone, sem saber se ele era gordo, magro, baixo, alto, loiro ou moreno, a dar-lhe as instruções e a dizer o que teria que fazer durante a noite para ir segurando a festa. Eu senti logo uma grande energia e determinação da parte dele e percebi que tinha perfil de liderança e era a pessoa ideal. Entretanto já tinha falado com o Miguel Galão e com o Xerife, que também já não está entre nós, para liderar as camadas mais jovens e começámos a desenhar a equipa. Ninguém imagina as dificuldades, de modo que, quando descemos para o Algarve, descemos todos aos “trambolhões” e o Bé veio provar que era uma pessoa exemplar, o que estreitou a nossa relação. Depois disso, acabámos por nos encontrar pessoalmente e organizar a descida. O meu irmão teve o acidente no dia 11 de Julho, a apresentação foi por volta de dia 13 e descemos para o Algarve no dia 18, portanto, vendo a rapidez disto tudo, eu conheci o Bé cinco dias antes do Projecto Jimmy-E. Percebi logo que era uma pessoa que podia chegar longe. Foi daqueles “feelings” de olharmos para a pessoa e sentir-se a energia ou não. Tenho mau feito para tanta coisa, mas vi logo que o Bé, no final do projecto Jimmy-E, iria fazer parte do nascimento de uma sociedade, o que acabou por acontecer, no tempo da LOVE, ainda no BBC. Em Dezembro fizemos a festa do aniversário da Face Models da Fátima Lopes, no seguimento de um contacto anterior com a própria e com o Hugo Tabaco, no aniversário do Só Visto da RTP. A festa da Face coincidiu com o dia da Festa da TVI no Sasha, que já tem grande tradição, e tivemos a casa de tal maneira boa que, quer a RTP, quer a TVI, ficaram surpreendidas. Houve ali uma magia! Tivemos até que alugar uma tenda, pois foi a noite mais forte do BBC
que eu me lembre. Tivemos para cima de três mil pessoas, tudo gente muito bonita e, de facto, começou aí a nascer um “namoro” muito grande entre mim e o Bé. Começámos então a falar sobre o Algarve e quando reunimos, já os quatro, para começar a desenhar o negócio do Faces, não sabíamos sequer como se iria chamar, pois não havia ainda projecto. Quando fechámos o acordo do Tivolli, aparece o Pedro Paiva, que nos tinha sido indicado para coordenar as camadas mais jovens por ser vice-presidente da Lusófona e por ter historial de fazer eventos: uma pessoa com visão de negócio e que quis entrar para a sociedade. Assim se fundou a famosa Faces Luminosas, a fase embrionária do projecto, que depois de complementado com o Adolfo, o John Magalhães e as pessoas todas que lá trabalharam connosco, como o Paulo Carreira do Porto e o Miguel Tavares, passou a ser a sociedade Faces. Estavas à espera, no primeiro ano do Faces, dos resultados obtidos? Antes de avançarmos para uma nova época no Algarve, temos que perceber o que se passa por lá. Vilamoura estava adormecida e sentia-se já o desgaste de três anos de Sasha, pelo que não era difícil adivinhar o êxito do Faces. Portimão pode ser Portimão, mas Vilamoura é Vilamoura, aquele local de eleição das pessoas de bom gosto, com outro perfil. De facto, sentiu-se uma grande carência nas pessoas de um espaço onde elas pudessem estar, com grandes produções. O Projecto Faces nunca foi ligado a grandes Djs e grandes produções, mas à boa música (música para as meninas como eu costumo dizer), porque as pessoas vão pelo entretenimento, pela casa ser bonita e, acima de tudo, por ser mais simpático estarem a divertir-se em Vilamoura do que fazerem quilómetros para Portimão, sujeitos a apanhar Polícia. Além disso, não acho que o Sasha, apesar de ser bom e digno, seja um projecto “premium” como a Casa do Castelo, que eu tomo como uma referência a seguir. E os resultados foram os pretendidos? O Faces superou, sem dúvida, as expectativas de todos nós sócios e de todos os que tiveram uma intervenção directa, logo todo o grupo está satisfeitíssimo. Foi uma surpresa muito agradável, tanto que tivemos vários telefonemas de restaurantes, hotéis e de pessoas que têm interesses em Vilamoura, a dar-nos os parabéns! Tanto os hotéis ali à volta, como os restaurantes, há anos que não faziam o lucro do ano passado. Viemos dar uma lufada de ar fresco àquela zona que foi benéfica para todos! Quando chegas cá cima resolves enfiar-te na Kapital. Foi só para não estar parado ou por mais algum motivo? Nós tínhamos um espaço que estivemos a negociar entre Setembro e Outubro e irmos abrir um Faces em Lisboa. O espaço era muito grande e simpático, só que estava inserido na APL e, a poucos dias de fecharmos o acordo, não sei como, nem porquê, o negócio desapareceu-nos da mão. Eu queria meter todas as pessoas no activo
34
e precisava de um espaço. De facto quando apareceu a Kapital, era um voo pesado, mas eu achava que, com a força que nós estávamos, iríamos conseguir e provei estar certo. Ao contrário do que toda a gente comentava, que éramos malucos, eu achei mais insano investir meio milhão de euros trinta dias, do que arriscar 600 mil euros por 12 meses, portanto os termos de comparação do negócio que são feitos, não são viáveis. Quer a gente queira, quer não, a Kapital, embora estivesse fechada e com muito boas recordações, era um espaço com uma má aura, uma imagem negativa. O negócio era carregado, é verdade, mas até agora tem corrido bem. Não era um empreendimento para ganharmos muito dinheiro, mas temos as nossas contas todas em dia, temos a equipa toda junta e no activo. Tivemos a coragem de por cartões à porta normalmente, o que aqui em Lisboa é uma coisa que as outras casas não fazem, portanto há sempre alguma desvantagem. O importante é que as pessoas não deixaram de vir por causa disso e tivemos resultados fabulosos, com a casa sempre com um nível elevado de qualidade e quantidade de público, portanto não nos podemos queixar. Tem sido um negócio positivo e acho que veio para ficar e durar, pelo que estamos a tentar renegociar algumas condições para renovação de contrato. Claro que a força que temos no primeiro ano não é a força que vamos ter no segundo, pois há sempre o cansaço, o desgaste e, portanto, há a necessidade de fazer alguns ajustes. Os Rocha são pessoas de competência e, para eles, tem sido um descanso e uma vantagem, pois, como senhorios, agradalhes ter ali um grupo que está a segurar a imagem e a fazer um bom trabalho, e além de um rendimento simpático, asseguram-lhes a continuidade de um
projecto, no fundo, feito por eles. De que forma é que vês ou fazes a leitura hoje da noite em Portugal? A noite, hoje, é muito diferente do que era há 10 ou 15 anos atrás. As pessoas têm um perfil completamente diferente, temos de ser muito humildes. Quem está neste mercado é gente tanto com uma formação académica, como do negócio, o que é completamente diferente, e trabalham como se tivessem a gerir uma PT ou uma empresa grande, como um negócio sério. Quando é assim sério tem várias componentes como a estratégia, a organização, o marketing, a propria gestão e, portanto, tem que ser cuidado. Quando falamos de marketing hoje em dia, marketing tradicional, tem um padrão muito baixo, que é enviar o convite para casa da pessoa e, se fizermos 5000 convites, nem 5% chegam a vir. Portanto nasceu, para mim, o chamado esquema Herbal Live, que é o esquema do Relações Públicas que atrai as pessoas e que acaba por ser um modelo muito mais eficaz e que assegura o sucesso da noite. É uma estratégia para quem esta no topo da liderança, sabendo o que esta a fazer. Quem não sabe o que está a fazer não acompanhar o ritmo e hoje em dia o negócio da noite é muito complexo. Antigamente as pessoas pensavam que ter uma discoteca era so abrir a porta, mas hoje tem de perceber-se se o produto funciona, como se chega até ele e que pessoas pomos a trabalhar lá, para que se atinjam objectivos. Eu estou neste negócio desde 199091 e acompanhei o aparecimento e o desaparecimento muita gente, acompanhei filosofias e métodos de trabalho que têm vindo a ser modificados principalmente de 5 em 5 anos e, hoje em dia, evidentemente nós temos vindo a ter
uma atitude embora eu ache que Lisboa tem este grave problema à semelhança das outras cidades. O português é viajado, portanto não há razão para que as pessoas não mudem os seus comportamentos, porque eu vejo quem fale disto e daquilo e depois chegam lá e acham que é tudo muito normal. Já estive com grupos de pessoas em sítios em que era perfeitamente normal pagar cerca de 170 reais, ou seja 70, 80 euros, e cá, se pagarem 20 euros de entrada ficam muito ofendidos e ainda por cima são exigentes, mas têm que compreender, de uma vez por todas, que se querem ter coisas de qualidade, têm que pagar o Dj, o serviço e que tudo aquilo custa dinheiro a nós como empresários, e têm que perceber que, se vão sair, têm que gastar. Eu, por exemplo, não bebo álcool, mas se vou sair, bebo uma água, ou qualquer coisa. Hoje em dia há grupos na noite dos quais me afastei, aqueles que saem e não gastam dinheiro, que querem beber à borla e ter o cartão assinado, que é aquele grupo de clientes que só está ali para denegrir e acabar com o trabalho. Portanto, essa espécie tem que desaparecer, e eu encaro-a como se fosse o cancro deste negócio, alimentado por várias pessoas inicialmente Para que possamos corrigir isto, devemos ir para as camadas mais jovens e educar esse tipo de cliente bonito, com poder de compra, educado, que reclama quando tem que reclamar, mas quando está satisfeitos, também elogia, algo que já não se via há muito tempo, como miúdas giras entre os 20 e 25 anos a beberem garrafas. Os espaços onde eu estive anteriormente envolvido, tirando o Faces, tinham consumos per capita muito baixos, era uma vergonha. Havia um ou dois grupos que se destacavam, mas de resto ninguém consumia. Portanto o que de positivo vejo no trabalho que estamos a desenvolver
35 é que, de facto, temos um cliente que nos tem sido muito fiel, e leal no nosso percurso. Isto é um verdadeiro cliente. Preparas-te agora para ir para o Algarve de novo, para o Faces, e preparas-te ainda para abrir um restaurante, e outro em Cascais. Como é que o João Magalhães se movimenta? A meu ver, se o Belmiro de Azevedo abrisse um supermercado e não pensasse que tinha de abrir mais em cada sítio que lhe fosse próximo, não era quem é. Hoje em dia, temos todos tanto de substituíveis como de insubstituíveis. O que interessa é que quando fazemos um projecto, temos de ter ideia de que o que estamos a fazer é ou não é e que ninguém pode estar em 3 ou 4 lugares ao mesmo tempo. Isso só é possível quando começa a haver confiança nas pessoas que nos rodeiam e nos começam a dar margem para podermos desenvolver outros projectos, porque estagnar é morrer. A vida hoje está muito séria e os negócios têm que ser muito bem pensados. Eu já levei muita tareia, durante anos e olhava para o dia de amanhã sem ver luz ao fundo do túnel. Os projectos não são todos feitos para ter sucesso e quando entramos num,
temos que saber que se correr mal devemos ter capacidade para suportar aquilo sem deixar que faça mossa na nossa vida. Portanto, não estou aqui a trabalhar para um salário no final do mês, ou então tinha ido trabalhar e vivia balizado nisso, mas não sou assim, nem mesmo quando estive no BBC, como empregado, e ganhava em função de uma variante de vendas, como fiz quando estava no Piazza, e o meu perfil é esse. De que forma é que viste, no ano passado, essa situação e aquilo que se avizinha para este ano no Algarve? Para mim é uma grande desilusão pois acho que todos os dirigentes de câmaras que tem lobbies com discotecas e todas as pessoas locais tiveram perfeita noção que não era uma boa atitude porque eu não tenho a culpa de que o Lucas tenha aceitado fazer um projecto comigo, mas eu não era obrigado a morrer com ele no buraco. Com o Zé Manuel Trigo, a mesma situação, no ano passado, e ele
não tem do que se queixar pois foi o melhor ano dele, uma vez que com a vinda do Faces para Vilamoura ele facturou mais porque, tal qual nós prevíamos, o Faces veio estimular a economia local e as pessoas que iam lá, iam ao T-Clube. Imagino que o Trigo tem, agora, a noção de que a vinda do Faces não foi assim tão má como ele pensava. Nós somos Portugueses e eu tanto tenho direito a ter negócios no Algarve, como ele tem direito de os ter em Lisboa. Quando ele veio abrir o T-Club na capital, não ouvi ninguém, nem os Rocha, nem o João Menezes a questionar a abertura. Espantame uma pessoa com visão do negócio ter entrado nesta palhaçada, quando deviam era preocupar-se em ter estratégias de ataque nas suas casas. Eu acho que quem está na câmara municipal, apercebe-se que os seus projectos não evoluiram nada e, se querem estar ao nível de Marbella, ou dos grandes pólos de turismo, têm que inovar, o que passa pela animação, pelos hotéis, pelo restaurante, passa por tudo. O que interessa as pessoas chegarem a Vilamoura e terem uma discoteca com aspecto de há 50 anos atrás, ou ser uma discoteca que não tem nada a ver connosco? Ainda há pouco referi que o português tem um grau de exigência enorme e se não vai à Kadoc agora, então antes de haver o Faces e o Jimmy-E, ía porquê? O que é que o Faces lhe veio tirar? O meu público não tem nada a ver com o deles, nem com o Zé Manuel Trigo, a não ser uma facção dos mais novos que se calhar se dividia, mas chega para os dois. Os espaços todos juntos não levam dez mil pessoas, portanto há suficiente público para dividir por todos. O que é que o Faces vai trazer de novo este ano? O Faces é uma casa que prima pelo glamour e, realmente, queremos ir um bocadinho para além daquilo que habitualmente se vê em Portugal. É obvio que se conseguirmos convidar algumas figuras de peso internacionais ligadas à moda, ao cinema ou ao mundo artístico, conforme alguns eventos temáticos que vamos ter, a aposta musical tem que ser mais alta em termos de qualidade. Teremos alguns nomes já conhecidos, mas o desafio passa pelo glamour e pelos eventos temáticos. O quer ainda João Magalhães fazer? Os meus projectos em Lisboa e no Algarve (quando digo meus, falo de toda a sociedade) passam, em primeiro lugar, por levar muitos mais anos ligado à noite; passam por tentar que os restaurantes, que neste momento estão para abrir, sejam projectos de sucesso e que tenham muitos anos de vida. Quero concentrar-me muito nesse trabalho e, acima de tudo, fazer uma coisa que tenho há muito na cabeça, que é levar a marca Faces para São Paulo. Há algumas condições já para o fazer, mas queremos esperar mais um tempo para ver como as coisas se encaminham. O Faces é uma marca que cativa as pessoas, com um conceito de glamour e por isso é que o nosso projecto nunca foi só virado exclusivamente para a música. Também gostaria de experimentar outras cidades, nomeadamente Paris e eu acho que a Faces é uma marca que pode passar fronteiras.
Alcântara Café
“In Love”
com Art
36
O
Alcântara Café em Lisboa foi palco de mais uma noite mítica dos Amici, desta vez aliados a uma exposição fotográfica de Inês Sacadura a que chamaram “Friday I’m in Love… Art”. Sem fugir à regra que elevou estas festas ao mais alto nível, os promotores JoãoGraça e Paulo Ferreira puderam contar quer com um público selecto, quer com um ambiente distinto, não fosse a mobilização de massas preparada com esse mesmo intuito. Os RPs Hugo Variz, Nuno Antunes, João Costa, Luís Dias (Zina), Diogo Schaefer e Pedro Vilalobos, neste ponto são exímios: a clientela que todos almejam, eles arrebatam! Uma noite assumidamente alternativa, em que o público, apesar de estar mais na onda de dançar ao som do Dj Baratta, não ficou totalmente alheio à parte cultural preenchida pelo trabalho fotográfico da artista convidada. Parte cultural essa que só enobreceu toda uma obra conjunta dos Amici que, se já se faziam notar pela diferença e talento, vieram provar que abrangendo mais áreas, abraçam mais amigos!
fot. Ivo Bacelar - Direitos reservados Portugalnight
Alcantara CafĂŠ_
37
BAR DO
CAIS
O
novo espaço da capital, Bar do Cais, foi palco de uma grande festa a cargo de Santiago Romero e Sílvia Guedes, após uma primeira paragem no restaurante Sacramento no Chiado. Com as hostes a serem animadas, desde bem cedo, ao som dos Djs King Bizz, Gilvaia, Paul Day e Dual Method, presenciamos uma noite de boa música e excelente ambiente, graças às apostas desta dupla de amigos para o efeito. Santiago sempre muito bem-disposto e Sílvia uma exímia anfitriã, não poderiam ter tido uma melhor pontaria quanto às escolhas para a cabine, brindando os clientes do espaço de Carla Espiridião, com um festim ritmado e repleto de gente bonita, digno de fazer jus à tradição das noites de culto que são as de quinta-feira! Excelente!
fot. Ivo Bacelar - Direitos reservados Portugalnight
38
Mantém tradição!
39
Kitsch lança
GOSSIP
para o outro mundo!
40
Q
uando João Figueiredo, Zé Paulo do Carmo e Duarte Ribeiro, da Kitsch,resolvem dar uma festa,é certo que é algo em grande. Foi o que aconteceu na Gossip, onde este trio resolveu juntar o Dj Diego Miranda e o curso de Direito da Universidade Católica Portuguesa, e Sérgio Nóbrega, produtor do grupo BO abrilhanta a noite, contando com a participação de Liliana acompanhada por dois Vjs para colorir ainda mais o estrondoso cenário previsto! Pois as previsões não poderiam ser as mais acertadas tal foi a romaria que Lisboa viu ir parar a esta casa que, só não albergou mais fiéis porque não cabiam! Embora o calor humano já se fizesse sentir, Nuno Leote aqueceu e animou a multidão com a mestria, de que poucos se podem vangloriar, de saber deixar a cabine na hora exacta em que a pista atinge o ponto de rebuçado, dando lugar a Diego Miranda, que arrasa por completo com um set impossível de definir por palavras, correndo nós o risco de não fazer jus ao que se ali viu e ouviu! E se o Dj convidado foi o topping, Liliana e os Vjs de serviço foram a cereja que não podia faltar no cimo do bolo! Uma mistura brutal, com resultados de primeiro campeonato, a pôr a Gossip a um nível muito, muito alto com uma festa que terá sido até agora, uma das melhores do ano…sem dúvida!
Fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight
Gossip_
41
9elle Kapital Na Dianteira
de Lisboa 42
A
discoteca 9Elle Kapital mostrou uma vez mais a Lisboa como se apresenta uma noite de qualidade, daquelas de ficar para a história! Adolfo Rodrigues, John Magalhães e Pedro Paiva mostraram como o trabalho e afinco dão resultados e factos dignos de registo: três pisos apinhados de gente bonita a dançar e a fazer a festa! Contra factos não há argumentos e diante de tal concentração de peregrinos festeiros numa só casa, imaginamos que os demais lugares de peregrinação nocturna se tenham ressentido pela falta dos fiéis nesta noite! Digam o que disserem, dez anos depois, Pedro Luz é indubitavelmente o Pai da noite da capital, e espera-se que esta nova injecção de vitamina fresca siga as suas pisadas por mais uma década, no mínimo, e ponha Portugal nos mapas mundiais dos grandes acontecimentos noctívagos!
Fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight
9elle_
43
PartyPeople
Sónia Fernandes
É desde há muito, uma das figuras de relevo da noite do sul. Ao longo dos anos, foi a flor de alguns bares, que permitiu em noites gordas ou magras que se registasse sempre a diferença. Os anos passam, as profissões mudam e Sónia Fernandes deixou o seu cantinho de sempre – quem sabe se momentaneamente - mas continua a ter papel preponderante na movida nacional. Uma barmaid que conhece os clientes pelo nome, que sabe o que bebem, possui sempre um sorriso e dois dedos de conversa útil são as características do luxo. Eis Sónia Fernades. Quantas vezes por semana frequenta o ginásio? Duas a três vezes por semana. Cuidar do visual é essencial? Sim, claro. Uma barmaid tem de ter um aspecto “clean”, cuidado. Tem noites em que apanhe grandes “secas”? Eu não faço favores desses (risos)! Qual a bebida, que garantidamente nos coloca bem-dispostos? Champanhe, sem dúvida. Se de repente lhe oferecerem flores, no que pensa? Humm… tem a certeza que são para mim? (risos)
44
E o que diz? Obrigada. O champanhe é a bebida certa para quê? Para beber ao final da tarde, à beira-mar, ou acompanhar qualquer refeição. Qual é o melhor whisky? Bushmills 16 anos. Tem um aroma inconfundível. O que faz nas horas livres? Leio e faço grandes jantaradas com amigos.
Qual o Dj que nos garante sempre grandes noites? O Vibe sem dúvida, mas com o Diego Miranda também não ficava mal servida. Da nova geração, o Miguel Amaral. As mulheres perdem-se com quê? Com uns trapinhos. E os homens? Com os amigos. E refilam quando… …não lhes fazem a vontade. Uma “ladies night” é uma noite… …onde nunca irei estar presente. Nas noites mortas, em que pensa? Não tenho noites mortas. Tenho noites bem vividas e penso sempre: amanhã vai moer vai, vai! (risos) E nas de enchente? Venham mais! O final de uma noite é… …para descontrair, falar com os amigos e beber finalmente “ uns copos”. Um jantar tem que ter vinho?
Claro! Branco ou tinto? Tinto, Douro ou Alentejo! Propostas indecentes aparecem? Pois… há marotos em todo lado. Para tirar as olheiras de uma grande noite, o melhor é… …uma noite bem dormida. No Verão, em que praia a podem encontrar? Chiringuito em Albufeira. Qual é a personagem, que sempre que aparece, altera as suas noites? O Vítor Raínho com aquele sorriso e simpatia, a dizer “ Oh cara linda!”. O que lhe falta fazer? Ir de férias, o mais rápido possível... (risos) Ganhar ou perder é igual? Nem pensar! Não gosto de perder nem a feijões! A noite é… …a melhor parte do dia. De dia, adora… …passear na praia durante
o Inverno! De Verão, uma esplanada com música lounge e uma boa sangria. Nas férias, não deixa de… …conhecer as raízes gastronómicas do destino onde me encontro . Onde se janta bem em Portugal? No estilo gourmet, Vila Joya e Bica do Sapato. Noutro estilo, sem dúvida o GiGi na Quinta do Lago. Qual o sonho que tem por realizar? São tantos... Qual foi o filme da sua vida? O 5º Elemento. É a favor ou contra o casamento entre homossexuais? Sou a favor claro! Todos devemos ter os mesmos direitos! You can… …make the world a better place. E agora que acabou, como se sente? Bem! Foi um prazer fazer esta entrevista. Beijos!
45
Il Dolce Fare festa!
46
O
novíssimo bar Dolce de Bruno Oliveira, em Vilamoura, foi inaugurado com a pompa e circunstância de quem pretende entrar directamente para a primeira linha do roteiro nocturno algarvio. Do jantar na Marina de Vilamoura, com as tradicionais fitas a serem cortadas por Francisco Côrte-Real, Fátima Preto, Ana Lúcia, Gonzo e Zé Manel, ao espaço propriamente dito com Flávia Moreira e Rita Mendes na zona VIP, a festa fez sentir-se desde bem cedo. Neste espaço que nos remete visualmente para o Art de Lisboa e conceptualmente se orienta pelo conterrâneo Capítulo V, a exigência e a expectativa na aposta de qualidade, atraiu, desde logo, todas as atenções e fez com que todos os caminhos fossem lá dar nesta noite, arrastando clientes, pessoal do meio e mesmo caras da concorrência, uns com mais fair play que outros. Quem foi pela festa, não saiu com as expectativas goradas. Ladsoul, como Dj residente, fez um belo warm up a deixar transparecer o rumo que o Dolce pretende seguir, entregando a pista em ponto de ebulição a King Bizz, que apresentou um set digno de registo! Ficou visto que esta casa que conta com a cabeça de Alberto Macedo e os braços de Rui Borja, veio para ficar e vencer, levando desde já uma nota muito positiva no que concerne ao staff, ao público-alvo, ao ambiente e à música. Fica o registo de uma grande noite daquela que promete ser uma grande casa e que tem tudo para o confirmar. Excelente!
Fot. Nuno Ribeiro - Direitos reservados Portugalnight
Dolce_
47
THA ZOUK explode com
a RS DREAMS
48
A
RS Dreams, em Santa Maria de Corroios, foi palco de mais uma grande festa ao som de Pete Tha Zouk, o algarvio que arrasta massas de fãs para onde quer que vá. Apesar de ser uma discoteca que, estando na voga, leva multidões à margem sul com qualquer cartaz, com Tha zouk a diferença prendeu-se com as filas na porta de entrada, já que o ambiente, esse, é sempre de espantosa qualidade e a clientela top, jovem e animosa! Com Rozz &Passos a fazer um warm up exímio, o Dj convidado não precisou de muito para levar o público ao rubro num piscar de olhos. De assinalar o estilo diferente que Tha Zouk apresentou no seu set, muito (e bem!) na linha de Diego Miranda, facto que o voltará com toda a certeza a pôr na linha da frente do panorama do djing nacional, uma vez que à qualidade que lhe é inerente, faltava apenas uma definição no estilo. Mais uma vez, a gerência da RS Dreams mostrou que não desilude quem lá pára e que é com altas apostas que se alcançam grandes vitórias!
fot. Luis Lopes - Direitos reservados Portugalnight SĂŠrgio Coelho - Direitos reservados Portugalnight
Rs Dreams_
49
PEDRO TABUADA
Aos 29 anos e já com dez de carreira, Pedro Tabuada orgulha-se de figurar hoje na Liga de Honra do djing nacional, ao ser presença assídua nos mais conceituados espaços nocturnos e festivais nacionais. Do Deephouse ao Soulfull, o carimbo do House puro que coloca nos seus sets, faz com que seja um dos mais aclamados Djs portugueses do momento. Pedro fala-nos um pouco do teu percurso Existem várias casas onde costumas actuar que obedecem a um certo estilo musical. que exige ao Dj que lá vai que se molde Comecei há dez anos, numas férias da à casa. Tu és uma das excepções a isso e Páscoa, no Algarve. Um amigo meu levou quando vais a uma casa as pessoas já uns pratos para a casa onde fomos morar e o sabem ao que vão. O que sentes? “bichinho” apareceu. A partir daí foi sempre É verdade.Já foi mais difícil esse trabalho. a trabalhar. Hoje em dia as pessoas já conhecem o nome Pedro Tabuada e associam-no à música que Onde? vão ouvir. Mesmo assim, em muitas ocasiões, Inicialmente, no Algarve, mas entretanto dentro da biblioteca musical que trago no fiquei residente nos after-hours do Garage meu computador, tenho que me adaptar e com o Beto Perino, em Lisboa. Sendo eu do nem sempre toco o que quero. Mas tenho Porto, surgiram também algumas coisas no que agradar ao público que tenho à minha frente, pois eles é que mandam. norte, pelo que trabalhava pelo país todo. És um Dj que traz muita mulher. O que te vai na alma quando atinges aqueles momentos de pura festa que 20 aninhos. poucos conseguem em Portugal neste Fala-nos um pouco da tua experiência na momento? Dub Delight. O que tiraste de lá? É tudo um pouco derivado à música que Quando lá cheguei já tinha Djs bastante eu passo. As mulheres gostam geralmente experientes como o Del Costa, Félix Da Cat mais de House vocal, enquanto os homens e o Pedro Cazanova. Aprendi muito com eles preferem música mais forte, minimal. e ganhei experiência para altos voos, que é Quando tenho este público à frente é óbvio que fico super feliz e com vontade de fazer onde ando agora. mais momentos desses. De onde vem a alma do Pedro Tabuada? Como é que tens acompanhado a evolução Fui um bocadinho influenciado pelos meus da música de dança nos últimos anos? irmãos, através da música dos anos 80 e 90, com um espírito muito alegre e muito Nestes 10 anos de trabalho, a música de dançável. A partir daí eu tive que adaptá-la dança teve várias fases e os primeiros 3, 4 à música de dança, transportá-la para outro anos foram incrivelmente bons. Na altura os produtores eram poucos, mas cada um tinha patamar. a sua distinção musical. Agora são milhares, quase todos os meses Consideras o teu estilo único? aparecem dez ou vinte novos e eu sempre me tentei adaptar, dentro do que gosto. A que nível? Acho que estamos numa fase muito boa outra vez, em termos de produção, com A nível geral, a marca Pedro Tabuada? coisas de mais qualidade. Hoje em dia fazem Não existe outro, mas há Djs semelhantes, um Techno Minimal muito agradável, ou como o Mário Marques, o meu grande seja, conseguiram adaptar-se aos tempos. amigo King Bizz, que é a minha alma gémea em termos de música de Evoluiste também ou mantiveste-te fiel dança e poucos mais. Em termos de às tuas raízes? Housemusic a sério, de Soulfull, somos os Tive que me adaptar, há 10 anos atrás tocava únicos.
50
Que idade tinhas?
exclusivamente Deep House. Eu cresci em After-Hours onde se tocava só essa onda. Na altura nos afters do Maré Alta, nos do Algarve, nos do Garage em Lisboa as pessoas dançavam como hoje se dança o Techno. Agora pões Deep House e as pessoas param. Eu abri os olhos e pensei que se continuasse exclusivamente naquela linha, o Dj Pedro Tabuada iria desaparecer, pois o público já não está com paciência nem ouvidos para ouvir Deep a noite inteira. O Deep House no Algarve é dançado como qualquer outro estilo de música no resto de Portugal. Como caracterizas o Algarve? Para mim o Algarve é mágico, seja pelo clima, pelo Sol, pelo bem-estar que esta região faz às pessoas. O Capítulo V é simplesmente a casa com mais magia que existe em Portugal. Eu e o Bizz, em dupla ou em separado, tocamos lá das duas às oito da manhã Deep House ou Vocal House e as pessoas parece que estão histéricas e dançam como se não houvesse amanhã. Isso não acontece em mais nenhum ponto do país. Tens um projecto em parceria com o King Bizz, a dupla Soulmates, fala-nos um pouco desse projecto. Quando comecei a tocar no Capítulo V, lembro-me de ter um menino ao lado cada vez que lá ia, que só mais tarde vim a saber que era o King Bizz, que adorava o meu estilo de música. Começámos a conhecernos, idealizámo-nos um com o outro a nível musical e formámos uma dupla, um projecto novo, com dois nomes sonantes, que iriam ser ainda mais fortes no mercado: a dupla Soulmates. E foi o que aconteceu, hoje em dia estamos no Rock In Rio que é o momento mais alto do projecto até agora. Em conjunto têm feito noites realmente mágicas por Portugal. Como é que se sentem com a recepção das pessoas que tanto vos acarinham? É uma relação de carinho que temos vindo a construir ao longo dos tempos e deixo
51
desde já um agradecimento a todos os fãs, esperando que continuem a aparecer cada vez mais. Como é que te caiu a noticia de que irias actuar no Rock In Rio?
internacionais.
Vou ser sincero, já me tinham sondado há uns tempos atrás acerca da hipótese da dupla Soulmates ir ao Rock In Rio. Na altura ouvi o que tinha que ouvir, pediram me para não falar muito no assunto e foi o que fiz. Esperei e só há 15 dias atrás houve um anúncio com o meu nome. É o momento mais alto quer da minha carreira, quer da dos Soulmates e penso eu, que da do King Bizz também.
Diz-nos quais os teus clubes de eleição? Tenho um projecto que está para arrancar com um grande nome nacional, que hoje Considero o Vaticano a melhor casa feita no em dia vive em Barcelona, e que não posso norte, até hoje, para o efeito dance scene anunciar ainda. Já fizemos contactos um e é das poucas que conheço assim. Entras com o outro e vamos andar com isso para lá e é uma sensação e um som únicos, mas a frente. Estou a trabalhar devagarinho, com também gosto muito da Vogue e do Act, na vários amigos e agora é só esperar que saia cidade do Porto, para tocar. No centro, em o disco. Lisboa, gosto do antigo Garage, a Loft para Dance Music e para tocar a minha linha, a És neste momento agenciado pela Jézebel. Connect. No Sul, sem dúvida alguma, Capítulo V e os sunsets. Sim, tenho duas pessoas a quem chamo “equipa perfeita” e que são importantíssimas Se te pedissem para fazeres um retorno para mim: o Raul Duro e o Ricardo Mourinho. ao passado, ao velho Tabuada da Dub O Ricardo é a pessoa que trata de tudo o Delight... que é booking, internet e o mais que esteja ligado ao nome Pedro Tabuada. Estamos os Ia buscar uns discos e era o fim! Adorava que três a trabalhar em sintonia total. O resultado me fizessem um convite desses, mas o meu é esta fase tão boa da minha carreira em problema é que sonho tocar como há uns que me encontro, fase essa em que eu não anos e ter mil pessoas de braços no ar. Hoje estava há uns 3 ou 4 anos atrás. Hoje toco nas isso é completamente impossível. melhores casas, todos os fins-de-semana.
Como é que antevês essa grande noite? Inacreditável. Por acaso, já pensei nisso! Espero que esteja completamente cheio, que nos corra bem e que haja para nós mais Rock in Rio’s no futuro. Diz-nos alguns artistas com que te identifiques tanto nacionais como
Estou a preparar há algum tempo, sem pressas, o meu disco e que só irá sair quando A nível nacional, naturalmente Dj Vibe, o eu achar que é “o disco” mesmo. melhor dj português, Rui Vargas e o King Bizz. Lá fora Rocco, Frankie Knuckles, Quentin Como é que estás em termos de Harris e para sempre Laurent Garnier. produção?
Tens músicas que te acompanhem Achaste que te fazia falta este sempre? agenciamento para que desses o pulo?
52
Sim tenho. De Presence, a Future Love e a Quando entrei para a Connect, encontrei o Beautiful Day, de Alex Finkin, Those Days Are apoio que me faltava nestas duas pessoas Gone e de Maw, Like a Butterfly. importantes e respeitadas que me deram o suporte para eu poder trabalhar à vontade. Sabemos que estás no cartaz da Páscoa Neste momento só tenho que tocar e do Capitulo V. Como antevês esta Páscoa produzir. lá em baixo visto que as passadas têm sido tremendos sucessos? Consideras o marketing importante hoje em dia na carreira de um Dj? Numa frase: Páscoa do Capítulo é o melhor gig do ano. Acho que a internet, para divulgar o trabalho de um Dj, é muito importante hoje Fala-nos um pouco da tua experiência em em dia, pois toda a gente a usa e se o teu gigs Internacionais. nome aparecer muitas vezes, as pessoas memorizam mais facilmente e vão pesquisar Já tive algumas experiências. Estive em para saberem mais informações. Angola, onde fui o primeiro Dj internacional a actuar no Chill Out, de que toda a gente já Como é que vês a aparição do minimal ou ouviu falar e onde fui super bem recebido electro? por gente amável. Correu muito bem. Estive também em Espanha e no Brasil no passado O meu caminho é o House vocal e o Deep mês de Janeiro e que foi uma experiência Tech, e, este último, eu defino como Techno sensacional! Fiz o Portugal Fashion no tipo Chicago de antigamente, mas com Escape com um ambiente tão fantástico, ritmos no meio. Agora o resto não é o que eu nem queria acreditar! Talvez a Suíça caminho que sigo, pois não é seguramente a tenha sido o país em que eu notei haver minha praia. Não sinto, não há alma. menos cultura a nível de música de dança. É um país mais de Hip Hop e Reggaeton, mas O que é para ti isso da música ter alma? não deixou de ser festivo. Não sei como hei-de explicar. É ouvir e Como é que aceitam a tua música lá fora? sentir. Como aqui. Eu acho que o maior trunfo de um artista, de um Dj, é mesmo a leitura de pista, saber chegar a uma casa e ver que é mesmo isto ou aquilo que o público quer, dentro da minha linha. É assim que eu trabalho e que sempre trabalhei, no improviso. Nunca preparei um set na minha vida, mas também tento chegar sempre cedo à casa para a estudar um pouco.
Como é que imaginas o teu futuro a partir de agora? Pretendo continuar neste caminho, trabalhar cada vez mais e atingir outros patamares. Uma mensagem para os leitores, para os amantes da música electrónica e para os teus fãs?
Qual será o próximo passo a dar na tua Trabalhem sempre com amor à causa e carreira? Estás pronto? ponham este meio ao mais alto nível.
53
Kourosh Tazmini aí está com um novo trabalho e com ele, não há quem não abra a boca de espanto, já que Tazmini, melódico como sempre, conseguiu ir para lá do melhor que se poderia esperar. Músico por natureza, Tazmini com “Can U feel love” conta com a voz da romena Anda Adam, que neste trabalho tem uma prestação francamente bem conseguida. Embora se note que Kourosh Tazmini fez uma alteração de estilo, as suas sonoridades continuam a ser extremamente trabalhadas e depois de ver Dj Tiesto notabilizar um dos seus temas, vai com “Can U feel love” mexer com muito do que já existe. Quem diria que um dos residentes do antigo Coconuts tinha isto para dar a Portugal!
Pedro Cazanova, é mais um dos nomes que trilhou o underground até se fechar em casa e descobrir que tinha muito para dar ao país. Membro com lugar cativo na Dub Delight que para alem de si, juntou nomes como Del Costa ou Nuno di Roço, o que por si só, mostra a abrangência que aquele projecto de Beto Perino já perfilhava, Casanova, primeiro com “Selfish Love” e mais recentemente com “Furst Luv” deu uma autêntica pedrada no charco, mostrando que ser possível furar algumas das barreiras até então estabelecidas. Numa fase de crescendo e tendo já mais alguns temas em carteira, Cazanova, é cada vez mais um dos nomes que possui uma margem de progressão digna de registo.
MastikSoul, o produtor luso campeão do Beetport é muito provavelmente dos nomes lusos, aquele que mais datas e apetência possui por parte do mercado estrangeiro, a que não será indiferente, o facto d éter dado os seus primeiros passos fora de portas. Com um beat muito seu, MastikSoul atravessa agora o profundo desafio de também ele mostrar que é capaz de produzir com sonoridades dispares o que sem o descaracterizar, já que Mastik é Mastik, nos trará certamente grandes descobertas e novidades. Para já, é quem continua a somar fora de portas, por mais que exista quem se meta em bicos de pés.
Luís Gilvaia, é um dos Dj que irá entrar no Verão de 2010 numa posição bastante agradável. Nome que de há muito a esta parte, possui a admiração por parte da parti people mais conhecedora, tem vindo nos últimos meses a conseguir abrir o leque de mercado em que possui influência e com isso, está a granjear cada vez mais apoios entre o público. Residente do Paradise Garage Lisboa durante muitos anos, prosseguiu a sua carreira na The Loft pelas mãos de Pedro Lorena e quando já era dado como residente do Lollipop Lisboa, começa a explodir para o grande público. Tecnicamente bastante evoluído ou não tivesse como um dos professores Dj Jiggy, Gilvaia, afigura-se como um dos próximos incontornáveis. Tudo depende de si e da gestão que souber fazer da sua carreira.
Dj Vibe, prossegue como a grande bandeira da música de dança lusa. Numa altura em que se prepara para se estabelecer com a histórica discoteca Indústria da Foz, Vibe continua a passear toda a sua classe pelas pistas nacionais, sendo um dos nomes que para alem de mercado, possui a sensibilidade de conseguir surpreender com grande requinte. Com muitos galos em bicos de pés, a hora continua a ser a de Dj Vibe. A manter-se nos Top 50 mundiais, coisa que todos desejam mas mais ninguém ainda ali chegou, Vibe é um estilo e uma forma de estar que resulta sempre. Vai estar no Rock in Rio Lisboa e Madrid. De aplaudir!
DIEGO MIRANDA
DJ VIBE
LUÍS GILVAIA
MASTIKSOUL
PEDRO CAZANOVA
KOUROSH TAZMINI
BREVES DJS
Diego Miranda, é o nome de quem se fala. Vindo das sonoridades mais pesadas para o mainstream, situação que levou muita gente a arrepiar-se, o certo, é que está a conseguir agradar a Gregos e Troianos, já que, tanto como Produtor, como com Dj, consegue impor-se nos mais variados estilos de música de dança. Trabalhador incansável, Diego Miranda, entrou na ordem do dia e fruto das suas prestações em tudo o que é pista por onde passa, e como resultado, já tem uma imensa falange atrás de si. Na noite de encerramento da Páscoa algarvia, inserido na armada Bacardi Martíni, Diego Miranda colocou a cereja no topo do bolo e saiu já de manhã em ombros....para mais tarde recordar! Depois de “Ibiza for Dreams” aí está “Just Fly” que promete também ter vindo para ficar.
A corrida
ao Blue Label
na Jézebel 54
A
Jézebel Estoril recebeu de novo a banda Black Label Loves Jézebel para mais uma grande noite de festa! Com a casa atestada de uma massa de pessoas bonitas e alegres, foi um deleite ver também por lá Daniel Mantinhas, André Cunha, Bernardo Mexia e John Magalhães a “consumir” Blue Label, fazendo-se sentir apenas a falta do Marcão na área. Com Dj Castela desde bem cedo a aquecer a pista, pouco mais foi preciso para que, em seguida, o Dj Arquitecto Filipe Matos, agora em versão mais mainstream, apesar dos ares da Linha cujo nome deixa adivinhar, mostrasse a quem lá estava “como é que se faz”, arquitectando um set digno do top nacional de djing! Um espaço que já é de acesso apenas para quem pode e não para quem quer! Com tamanha qualidade, a afluência faz com que seja preciso treinar bem a corrida, a ver quem chega primeiro! Quem não corre, já não passa da porta! Muito in!
Fot. Ivo Bacelar - Direitos reservados Portugalnight
JĂŠzebel_
55
SOS
de Luxo na Companhia
56
A
discoteca Companhia brindou mais uma vez os covilhanenses com uma festa meritória de registo. Desta feita as hostes ficaram nas mãos de Demi&Omid 16B, as figuras por detrás do colectivo SexOnSubstance (SOS), que muito longe de desiludir em termos de qualidade, não atraiu em quantidade. Ainda assim, foi uma noite de luxo a que poucas casas se podem dar, um verdadeiro carimbo de diferença, já que, por aqui, apenas passam nomes da mais “fina flor” do djing quer da cena nacional, quer da internacional, não fosse a cabine umas das poucas desenhadas por Tó Pereira e a acústica de primeira categoria! Pois que, tendo a Companhia Covilhã investido no progresso do staff e na sensibilidade do atendimento, os clientes passam num ápice a amigos, que alinhando em grandes massas aos sábados, reservam as sextas para noites mais intimistas e selectas, de vaidade, luxo e magia, só mesmo ao alcance de casas deste calibre! Brilhante!
Fot. Joel Vaz - Direitos reservados Portugalnight
Companhia Club_
57
58
Havaii_
59
HAVAII
ao ritmo de
Candy Shop Project
O
fot. Paulo Araujo - Direitos reservados Portugalnight
bar Hawaii nas “Docas” em Lisboa, contou a festa Candy Shop Project para mais uma noite animada e em ritmo de festa já característico desta casa. Com a cabine a cargo da dupla nacional Michael W (Miguel Maravalhas) e MC Daduh King, a pista bombou ao melhor estilo da party people presente! Sendo este um espaço que tem primado pelo atendimento pautado pela qualidade, os clientes tornam-se já habitués da casa, na sua maioria, e, por tal, aparecem sempre abastecidos de energia suficiente para fazer a festa, fruto da experiência de quem sabe ao que vai, seja qual for o cartaz! Uma vez que as “Docas” são, durante o Inverno, uma área de trabalho muito exigente, batemos as nossas palmas ao Hawaii por conseguir manter este óptimo compasso nesta época do ano!
KISS
com novo rumo ou o rumo de sempre com novas cores?
60
A
discoteca Kiss, agora num formato bastante mais virado para o mercado turístico, apresenta-se para o Verão 2010 imbuída do espírito de sempre. Caso raro do panorama nocturno nacional, seja pela sua longevidade, seja pela forma como sempre fez questão de receber nacionais e estrangeiros, a Kiss, é parte essencial do sonho que muitos têm por espaços existentes mundo fora e que teimam em julgar como estranho em Portugal. Sendo certo que por terras lusas, alguns grupos de turistas contribuíram fortemente para criar uma imagem nem sempre real, como seja a dos ingleses bebidos, os alemães truculentos e por aí fora, é evidente, que faltam em Portugal e principalmente ao Algarve, espaços cosmopolitas abrangentes, onde a música seja o denominador comum para a festa. Por cá e ao longo dos anos, na divisão de espaços para nacionais e estrangeiros, a Kiss tem conseguido manter-se como espaço nacional que não abdica de receber gentes vindas dos quatro cantos do mundo. Com as mudanças entretanto verificadas na gerência da casa, há que ver se a tendência é para manter, se for, bem hajam, se não for, o Algarve perdeu uma casa de raiz. Só o tempo o dirá!
Fot. Ivo Bacelar - Direitos reservados Portugalnight
Kiss Club_
61
62
Horta da Fonte_
63
HORTA DA FONTE com Purpurina em dose dupla
A
fot. Paulo Araujo - Direitos reservados Portugalnight
discoteca Horta da Fonte no Cartaxo recebeu mais uma festa Purpurina da Antena 3, desta feita com a presença de dois Djs convidados: Rui Estêvão na pista principal e Magazino na alternativa. Outroraespaçodeculto,estacasamantémumóptimoritmodetrabalhoeassiduidade de clientela,embora já sem a afluência e loucura de dias passados. No entanto, o cartaz alternativo desta noite deixava adivinhar um festão passível de muito jogo de cintura e algumas manobras perigosas, sabendo à partida que esta discoteca pende para o som mainstream. A opção das várias forças da casa de ter dois Djs fora dessa linha, revelou-se numa pista com Magazino a tentar manter- se alheio à confusão e, numa outra, Rui Estevão a dar uma das maiores cartadas de música do seu histórico, mas que, não alinhando no circo, abandona a cabine em menos de nada alegando que “gosta pouco de confusões”. Com isto, ficou nas mãos do Dj residente manter a pista a dançar para que a noite prosseguisse dentro da normalidade possível. Uma vez que ficou a lição de que juntar dois Djs do mesmo estilo na mesma noite não deu um resultado notável, definiremos tudo fazendo também um mix improvável de dois provérbios antigos, mas que englobam em si a moral da história: “Casa onde não há patrão, tudo manda e ninguém tem razão!”
LOFT
no seu auge e com direito a free party
64
A
The Loft, em Lisboa, continua a dar cartas e, como se não bastasse, a surpreender quando já se pensava que se viu tudo. Pois que, surge Filipe Campina com uma inesperada festa na manga: “Back to Egas”, da Escola Egas Moniz. Até aqui talvez não se esperasse grande coisa, mas a surpresa residiu toda aí! Uma casa a rebentar pelas costuras de gente bonita, enérgica, bemdisposta e (uma raridade!) com uma percentagem de mulheres suficiente para lhes dar a maioria absoluta! Só até aqui a festa já teria valido o mérito atribuído, mas as surpresas mal tinham começado. Dj Daveed aquece a pista com o seu esmero característico e passa a pasta a Baratta, que mostra que sabe o que está a fazer e onde! Seguiu-se a presença de Gilvaia determinado em dar à casa o que ela merecia ainda nesta noite de primeira Liga! Apesar do burburinho acerca da after party na Gossip, com Tha Zouk, Mastercriss e Abigail Bailey, já corresse por ali, eis que o trio chega à Loft e reserva o piso privado. O que seria uma after noutro sítio, passa a private party in loco, com os participantes escolhidos a dedo, e vai de ouvir Tha Zouk no seu melhor estilo “free spirit night”, que sem headphones nem nada, dá um bailarico de mestre para quem pôde e não para quem quis! Se esta noite podia ter corrido melhor? … humm… não, não podia, nem teria sido a mesma coisa!
Fot. Ivo Bacelar - Direitos reservados Portugalnight
The Loft_
65
Bacardi Clubbing Tour culmina em apoteose total
BrevesMarcas Sensation com “Let`s dance until Sensation Lisbon!”
A Bacardi Martini Portugal, conseguiu superar tudo aquilo que havia feito de melhor ao longo da sua Bacardi Clubbing Tour e diga-se, foi muito. Tendo encerrado a sua Tour de forma estratégica na última noite da Páscoa algarvia, Pedro Santos, conseguiu colocar a sua armada composta pelos Djs Diego Miranda, Soul_Mates, Miguel Rendeiro e Jackspot perante um brilharete que provocou um vendaval de norte a sul de Portugal. Mais do que provar que existem valores de primeira linha, capazes de fazer gato sapato de um sem número de internacionais, a Bacardi Martini, conseguiu nesta sua última festa obter um pleno, não pela prestação deste ou daquele Dj, já que estiveram todos no limite da qualidade máxima, mas pelo espírito que consegui incutir, de que cada um teria que fzer de forma principesca o seu trabalho em prol do resultado final que era a marca...do outro mundo!
Depois de muito se falar, chegou finalmente a hora de Portugal ver confirmado o Sensation White 2010 no Pavilhão Atlântico em Lisboa. A festa, desta feita a Wicked Wonderland, tem data marcada para 19 de Junho no Pavilhão Atlântico em Lisboa e fruto deste evento não se realizar em Madrid este ano, será garantidamente a Sensation White Ibérica, colocando Portugal no epicentro de uma das melhores festas do mundo. Para 2010, a Hype Live Events, detentora daquela que é considerada uma das melhores festas do mundo para Portugal, optou por arrancar de forma abrupta, conseguindo a união das elites das gentes da noite, que por uma causa, deixaram de lado as habituais rivalidades do mercado o que é um primeiro sinal positivo para o evento. Tal como aconteceu o ano passado, este ano a Hype Live Events irá promover nos melhores espaços de Portugal as “Let`s dance until Sensation Lisbon!”, festas Sensation White, que pretendem aquecer Lisboa para 19 de Junho em Lisboa.
Rock in Rio carregado de qualidade
66
O Rock in Rio Lisboa 2010 aí está novamente e vem carregado de força, qualidade e vontade para mais uma vez, ser o evento que mobiliza um país. Com a pretensão de ser brilhante, há que tirar novamente o chapéu a Roberta Medina pela forma coesa e simpática como conseguiu continuar a ter à sua volta uma equipa essencialmente profissional, que como se constata, uma vez mais elevou a fasquia. Com a contagem decrescente a decorrer e com meio Portugal a não abdicar de estar presente, Shakira, John Mayer, Ivete Sangalo, Marisa e Xutos e Pontapés, são apenas uma pequena parte do mundo que deve ir acompanhando em http://rockinrio-lisboa. sapo.pt/ .Embora com a Tenda Electrónica entregue à profissional gestão de Miguel Marangas, Roberta Medina não abdicou de também ela ser o rosto deste espaço na sua apresentação, sinal mais do que evidente de que o mundo Rock in Rio é todo igual. Deadmau5, Calvin Harris, Chris Lake, Diego Miranda, Soul Mates, Major Lazer, Drop The Lime, Jamie XX ,Zombies for Money, John Digweed, Gui Boratto, The Twelves, Miguel Quintão, Dubfire, Dj Vibe, Audiofly, Davide Squillace, Tó Ricciardi ,Green Velvet Live, Speedy J, Jim Masters, Jiggy e Heartbreakerz, são apenas um pouco do mundo electronico com que se irá deparar este ano no Rock in Rio, que pela primeira vez irá contra com um “Dj Contest”, que dará a possibilidade a um Dj amador de actuar no maior evento de música e entretenimento do mundo, cabendo à Mega FM e Rock in Rio decidir por quem irá ver o seu passaporte carimbado com este “Eu vou!”.
Miss Sixty InSky Sessions A Made, de António Manuel Pereira e Tiago Silva avançou agora com o Projecto “Miss Sixty InSky Sessions” que irá consistir num conjunto de cinco eventos que irão acontecer entre Abril e Agosto em Lisboa, Porto e Algarve e terão como palco espaços de rara beleza e vistas únicas, para noites que se querem memoráveis, tal como Terraços, penthouses e o último andar de um hotel. Será em locais privilegiados como estes que vão acolher esse conjunto de eventos, que tem como denominador comum o céu. Festas de acesso restrito, para um target trendy e fashion e com uma recomendável dose de secretismo, a Made, desafia agora o público a preparar-se para combater de vez as temidas vertigens e a estar mais perto do céu para desfrutando da lua e das estrelas em noites de pura animação e glamour. A festa de apresentação debruçar-se-á sobre a skyline do Porto no terraço do Ipanema Park Hotel este Sábado dia 10 de Abril às 23h.
Ficha Técnica - Director interino: Paulo Henriques Ferrão (pauloferrao@portugalnight.com) Redacção: Pedro Pessoa e Cátia Monteiro » info@portugalnight. com Colaboradores: Nuno Elmano, Zé Mário, Helder Alves, Ivo Bacelar, Luís Gonçalves, Paulo Araújo, Miguel Ferreira, Ivan Gonçalves, Joel Vaz » Fotográfia: Nuno Ribeiro » nunoribeiro@portugalnight.com Revisão: Tiago Lopes » Publicidade: Sérgio Coelho » sergiocoelho@portugalnight.com, Paulo Ferrão: pauloferrao@portugalnight.com » Design gráfico: Jorge Silva » Contabilidade: José Ortigueira Editora: Dança da Lua, Lda » NIF: 508472113 Morada postal: Rua Júlio Dantas, Lt 2 – 2750-680 Cascais » Periodicidade: Mensal Registo DGCS sob nº: 124993 Depósito legal: 215886/04 Marca/Propriedade: Filipa Barbosa » adm@portugalnight.com Web Master: Widescope, Lda. Url: http://www.portugalnight.com Agenda: agenda@portugalnight.com Todos os artigos e imagens estão sob protecção do código de direitos de autor, não podendo ser total ou parcialmente reproduzidos, sem autorização escrita da empresa editora. Portugalnight é uma marca registada.
67