JESUÍTAS
Boletim . nº 356 fevereiro/maio2016
JC:HEM “Oferecer a uma criança um lugar na escola é o melhor presente que lhe podem dar”
Missão País Alegra-te, Foste Encontrado!
Informação aos amigos
JESUÍTAS Informação aos amigos
LISBOA Boletim nº 356 fevereiro/maio 2015
BREVES DA PROVÍNCIA........................................ 3 DA COMPANHIA DE JESUS EM RESUMO...........12 JC:HEM - “Oferecer a uma criança um lugar na escola é o melhor que lhe podem dar ....................13 “ALEGRA-TE, FOSTE ENCONTRADO” ..............14
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Fevereiro/Maio 2016
MEIOS QUE UNEM O INSTRUMENTO COM DEUS ..................................15
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"Querido Papa Francisco" é um projeto nascido na editora americana Loyola Press e assumido em Portugal pela Editora Paulinas, que lançou a edição portuguesa no dia 21 de abril, no auditório do Colégio de São João de Brito. Estiveram presentes as quatro crianças que enviaram as suas perguntas e desenhos ao Papa Francisco. A carta do João foi uma das selecionadas e publicadas, que ele próprio leu! O Mateus, o Miguel e o Mateus leram outras cartas publicadas e o P. José Frazão Correia deu voz às respostas do Papa. Na sessão de lançamento do livro, estiveram presentes o P. Antonio Spadaro, jesuíta italiano responsável da Civiltá Catolica que acompanha o Papa nas suas viagens, a vaticanista Aura Miguel e o Padre Provincial, José Frazão Correia. A sessão foi conduzida pela Irmã Eliete Duarte. O P. Spadaro apresentou pessoalmente ao Papa o projeto da Loyola Press. A recetividade foi total! A partir desta entusiasmante resposta do Papa, 30 jesuítas recolheram 259 cartas com desenhos, vindas de 26 países, de seis continentes, escritas em 14 línguas e reunidas por dezenas de voluntários. Após a seleção, num encontro de duas horas com o Papa Francisco, o P. Spadaro lia as perguntas e o Papa respondia, falando com a criança, concentrado no desenho que tinha nas mãos, e nem olhava para o interlocutor. O P. Spadaro referiu que “foi um momento muito especial e intenso pela maneira sensível, profunda e espontânea de o Papa se relacionar com cada criança”, e que foi uma experiência que lhe pôs "a cabeça a andar à roda". Acrescentou que a ternura é parte do Papa Francisco, a quem não falta capacidade de entrar em sintonia com quem está a seu lado. O Papa dá uma dimensão física à sua pastoral, aproximando-se, abraçando e deixando-se aproximar e tocar. Ana Guimarães
Ficha Técnica Jesuítas – Informação aos Amigos – Boletim; Nº 356; fevereiro/maio 2016 Diretor: Domingos de Freitas, SJ • Coordenação: Ana Guimarães • Redação: Ana Guimarães; António Amaral, SJ; Avelino Ribeiro, SJ • Propriedade: Província Portuguesa da Companhia de Jesus • Sede, Redação e Administração: Estrada da Torre, 26, 1750-296 LISBOA (Portugal) • Telef.: 217 543 060; Fax: 217 543 071 • Impressão: GRAFILINHA - Trabalhos Gráficos e Publicitários; Rua Abel Santos, 83 - Caparide - 2775-031 PAREDE (Portugal) • Depósito Legal: Nº 7378/84 • Endereço Internet: www.jesuitas.pt • E-mail: ppcj@jesuitas.pt • Foto: Assembleia Social 2016 -Ricardo Baptista Dias, SJ
Breves da PROVÍNCIA
O Papa Francisco nomeou o P. Nuno da Silva Gonçalves, SJ Reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana, a partir de 1 de Setembro de 2016. O P. Nuno da Silva Gonçalves integra o corpo docente da Faculdade de História e Bens Culturais da Igreja desde outubro de 2011. Foi nomeado Diretor do Departamento de Bens Culturais da Igreja a 6 de março de 2012, Decano da Faculdade a 24 de outubro de 2012 e confirmado Decano por mais três anos a 26 de maio de 2015.
Ordenações Presbiterais Na Igreja de São Roque, em Lisboa, no dia 9 de julho, pelas 15h, serão ordenados presbíteros os diáconos Andreas Lind, António Ary, Bruno Nobre e Francisco Mota. As missas novas serão como segue: - P. António Ary, dia 10 de julho, na Igreja do Centro Inaciano do Lumiar, em Lisboa, às 16h; - P. Francisco Mota, dia 16 de julho, na Igreja de Santo António, no Estoril, às 16h; - P. Andreas Lind, dia 17 de julho, na Igreja de Nossa Senhora do Cabo, em Linda-a-Velha, às 11h30; - P. Bruno Nobre, dia 23 de julho, na Sé Catedral da Guarda, às 17h.
Novas missões de jesuítas em formação Terceira Provação Os PP. António Valério e João Carlos O. Pinto farão a última etapa da formação em Cochabamba, na Bolívia, com início em fevereiro de 2017. Estudos especiais O P. Bruno Nobre fará um Pós-Doutoramento em Filosofia, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil; integrará a Comunidade de Sto. Inácio (Botafogo). O P. Francisco Martins fará o Doutoramento em Bíblia Hebraica e Próximo Oriente Antigo, na Universidade Hebraica, em Jerusalém, Israel. Fará parte da Comunidade do Instituto Bíblico, em Jerusalém. II Ciclo Iniciam esta fase dos estudos: - o Diácono Duarte Rosado, em Teologia Bíblica, na Pontificia Universidade Gregoriana, em Roma, Itália. Fará parte da Comunidade do Colégio São Roberto Belarmino. - o Diácono João de Brito, fazendo o Master Inaciano, na Pontificia Universidade de Comillas, em Madrid, Espanha (2016/2017), ao qual se seguirá a Licenciatura em Espiritualidade, no Centre Sèvres, Paris, França (2017/2018). - o Diácono Manuel Cardoso, em Teologia e Ciências Políticas, em Paris, em instituição a designar.
I Ciclo: Iniciam, em Setembro, os estudos do primeiro ciclo de Teologia: - em Roma, os EE. António Pamplona e João Sarmento, na Pontificia Universidade Gregoriana, Itália. Farão parte da Comunidade Colégio “del Gesù”. - em Madrid, o E. Nelson Faria, na Pontificia Universidade de Comillas, Espanha; integrará uma comunidade a indicar pelo Provincial de Espanha. Magistério Inicia a etapa do Magistério, em Setembro, o E. Luís Palha, no Colégio das Caldinhas, Areias – Sto. Tirso. Farão o 3º ano de Magistério os EE. Ricardo Baptista Dias, no Colégio de S. João de Brito, Lisboa, e o E. Francisco Cortês, permanecendo em Timor até Dez 2016/Jan 2017. A segunda parte do ano será em Portugal, em Comunidade e Obra a determinar.
Orações Pedem-se orações pelo Pai do P. Miguel Almeida (Com. Pedro Arrupe - Braga), recentemente falecido.
Ordenações Diaconais em Madrid No passado dia 05 de Março, em Madrid, a Paróquia de São Francisco Xavier e São Luís Gonzaga, abrigava um grande acontecimento e motivo de alegria para a toda a Igreja: a ordenação diaconal de quatro jovens jesuítas – Alberto Domínguez Munáiz, de Espanha; Claudio Zonta, da Itália; João de Brito, de Portugal; Joseph Mboya, do Quénia. Pelas 18h00, D. Carlos Osoro, bispo de Madrid, presidiu à celebração da Eucaristia, que levava o mote que os candidatos ao diaconado escolheram para o seu ministério: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso». A Eucaristia, com os seus movimentos de diálogo entre o presidente e a assembleia, dos cantos oriundos
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Novos destinos e missões
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de lugares tão distintos a aonde chegou o mesmo Evangelho, tornava mais clara a atmosfera de comunhão que se ia gerando naquele lugar, pequeno demais para o que se celebrava. Nas suas palavras, D. Carlos centrou-se na parábola do Filho pródigo propondo-a como pauta do serviço ministerial dos que estavam prestes a ser ordenados diáconos. Chamava-os a um serviço incondicional que não exclua a ninguém, tal como Jesus que pregava aos fariseus e doutores da lei, por um lado, mas também aos publicanos e pecadores, por outro. Recordava-os, com as palavras do Papa Francisco, que os jesuítas estão chamados a ser homens de pensamento incompleto, por uma inquietação pessoal e apostólica, e nestes moldes deveriam viver o seu ministério. Animava-os, ainda, a um serviço diaconal à misericórdia de Deus Pai. Misericórdia que não se opõe à verdade, porque ela mesma é a verdade revelada por Deus em Jesus. Chamados, recordados e animados, o mesmo pastor da diocese impôs as mãos sobre a cabeça de cada um dos ordinandos. Introduzidos ao altar puderam, diante de toda a comunidade, estrear-se no exercício do ministério diaconal, servindo à mesa. Terminada a celebração, que fora viva e espiritualmente densa, seguiu-se o copo de água. Apesar do frio daquela noite, houve espaço para abraços calorosos aos recém-ordenados, grande motivo de alegria deste dia. «Palavras bem escritas são tesouros que corações aguardam», escreveu Pablo Neruda. Se considerarmos que as palavras bem escritas são as do Evangelho, poderemos entender mais profundamente o quanto necessitamos de diáconos. Regressados à vida diária, das aulas da faculdade e das horas de estudo e dos horários e dos ritmos… à hora da Eucaristia diária, a diaconia dos nossos companheiros Alberto, Claudio, João e Joseph torna-se num motivo de alegria e confirmação para os que, fazendo parte de um mesmo corpo, nos vamos deixando preparar para transmitir os tais «tesouros que corações aguardam». Deo gratias! Miguel Melo, SJ
Ordenações diaconais em Roma Como é tradição do Colégio Internacional do Gesù em Roma, na terça-feira da oitava da Páscoa, dia 29 de março, tiveram lugar, na Igreja do Gesù, as Ordenações Diaconais de dez escolásticos daquele Colégio, entre os quais o nosso Duarte Rosado, e um do Colégio S. Roberto Belarmino. Presidiu o Bispo Luis Francisco Ladaria, SJ, Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé. A celebração espelhou o ambiente internacional que se respira no dia a dia do Colégio do Gesù; além do Duarte, o grupo dos ordinandos era constituído por jesuítas de todas as partes do mundo: Croácia, Vietname, Sri Lanka, Alemanha, Perú, Índia, Espanha e Eslovénia. Além de uma assembleia multicultural, também as leituras foram proclamadas em diversas línguas, o que, por momentos, fez com que a Igreja-mãe da Companhia de Jesus, locali-
zada bem no coração de Roma, fosse um sinal claro da universalidade que a caracteriza. A liturgia, tanto o coro como os acólitos, esteve a cargo dos restantes escolásticos do Gesù que, segundo os presentes, estiveram à altura da solenidade do ato. De sublinhar também a presença de um grande número de portugueses na assembleia. Além dos familiares e amigos do Duarte, também quiseram marcar presença muitos animadores e participantes dos diversos movimentos de Campos de Férias, pessoas da paróquia do Pragal e de outros locais por onde o Duarte foi passando ao longo destes dez anos de formação como jesuíta. A presença de tantos portugueses não deixou indiferente a comunidade do Gesù, que se alegrou bastante e se desdobrou para receber tanto os portugueses, como todas as outras pessoas que se quiseram associar a esta Ordenação. A festa terminou com um rinfresco no Colégio S. Roberto Belarmino onde, provisoriamente, se encontra instalada a Comunidade do Gesù. No dia seguinte, os diáconos ordenados foram saudados durante a Audiência Geral de quarta-feira e recebidos pessoalmente pelo Papa Francisco, no final da mesma. Eis a mensagem dirigida pelo Papa: “Na alegria própria da Ressurreição, dirijo a minha saudação aos queridos Diáconos da Companhia de Jesus, acompanhados dos seus Superiores e familiares, e desejo de coração que a vossa peregrinação jubilar seja rica de frutos espirituais em benefício de toda a Companhia!” João Manuel Silva, SJ
Ordenação diaconal em Paris No sábado 16 de Abril, foi ordenado diácono, na igreja de Saint-Ignace, em Paris, o Manuel Cardoso, SJ. Com ele foram ordenados outros cinco companheiros jesuítas que também estudam teologia em Paris: um francês, Sebastian Carcel, um italiano, Matteo Suffritti e três indianos Sudhakar, Sahayaraj e John Michael. O termo diácono vem do grego daikonos que significa “servidor”, o que para estes companheiros tem o significado de uma etapa a caminho da ordenação sacerdotal, como uma dimensão indelével deste outro ministério que os espera. Os diáconos acolhem de forma litúrgica os dons do Espírito que os fortificam e os levam a cola-
borar com o Bispo e os padres nos ministérios da Palavra (predicação), do altar (ministro da Eucaristia) e da caridade (a atenção aos mais pobres), mostrando-se assim servos de todos. A celebração foi presidida por Mons. Henri Coudray, SJ, jesuíta francês Vigário Episcopal de Mongo, no Chade, que soube ter palavras de ânimo na fé e calorosas na sua proximidade sincera para com os ordinandos. Um momento sempre marcante é a entrega da estola de diácono e do livro dos Evangelhos, acompanhada pela palavra do Bispo : “Recebe o Evangelho de Cristo, que tens missão de proclamar. Crê o que lês, ensina o que crês e vive o que ensinas.” A expressão litúrgica foi especialmente cuidada, adequada e alegre, com um forte caráter internacional e intercultural na música, leituras e cânticos. Particularmente original para nós, ocidentais, foi uma dança com oferendas realizada por um grupo de amigas e familiares dos nossos companheiros indianos; a expressão corporal enriqueceu assim o gesto do ofertório eucarístico, alargando a sua forma simbólica ao espaço central da igreja delimitado pela assembleia. No final, o aperitivo oferecido no centro Sèvres mais parecia uma babilónia de famílias, línguas e costumes. Finalmente, pudemos festejar mais tranquilamente entre portugueses com a família e amigos do Manel, na sua comunidade. O Manuel estava particularmente “réjouissant”, o que não é de estranhar porque a alegria é no seu sentido mais profundo um fruto do Espírito Santo e a dinâmica própria do serviço diaconal. João Norton de Matos, SJ
Click to Pray ao serviço da Igreja Já é oficial. O Vaticano assumiu, no dia 4 de março de 2016, o Click To Pray - uma aplicação móvel criada em Portugal - como a aplicação da Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração). Esta manhã, em Roma, na apresentação da plataforma, Monsenhor Lucio Ruiz, secretário da Secretaria de Comunicações do Vaticano, considerou o Click To Pray "um instrumento que nos acompanhará e ajudará a viver os nossos dias ao serviço da missão da Igreja”.
Segundo este responsável do Vaticano, o Click To Pray é uma “bela surpresa e iniciativa” proporcionada pela Rede Mundial de Oração do Papa. A plataforma foi apresentada na primeira sextafeira do mês, Dia Mundial de Oração pelas Intenções do Santo Padre, no âmbito da iniciativa "24 Horas para o Senhor", para a qual o Papa Francisco convidou toda a Igreja. “Click To Pray é o resultado de codificar o ADN da Rede Mundial de Oração do Papa e de o levar a uma missão digital”, disse Juan Della Torre, CEO da La Machi, Comunicação para Boas Causas, a empresa que concebeu a aplicação. Na conferência de imprensa esta manhã no Vaticano, o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração) e do Movimento Eucarístico Juvenil, padre Frédéric Fornos, sj, falou do impacto, no mundo, de uma oração em rede pelas intenções da Igreja. A oração, tal como o amor, "atua e transforma o mundo, embora o faça sem ruído". O Click to Pray põe-nos em rede com milhões de pessoas “que desejam um mundo novo, de paz, justiça e fraternidade. É uma oração em ação, uma oração que nos liga ao mundo”. “O Click To Pray ajuda-nos a abrir o nosso coração aos grandes desafios da humanidade e a mobilizarmonos pela missão da Igreja. Com o Click To Pray, cada dia temos uma janela aberta sobre o mundo”, acrescentou. “A Rede Mundial de Oração do Papa ajuda-nos a sair da indiferença, para entrar numa cultura do encontro”, um tema muitas vezes citado pelo Papa Francisco, “abrindo o nosso coração, cada dia, aos homens, mulheres e crianças que, no nosso país ou noutros, enfrentam os desafios do mundo de hoje”. Numa mensagem a propósito desta apresentação, o Superior Geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicolás, sj, manifestou a certeza de que este projeto ajudará, de maneira simples e renovada, a rezar pelos desafios do mundo, com as suas alegrias e sofrimentos, acompanhando quem dia a dia trabalha por estes desafios, apoiando, assim, a missão da Igreja.
Oração em três momentos do dia Textos simples mas profundos, que podem ser acedidos através de um site ou do telemóvel. São estes breves minutos de oração, vividos no contexto da vida diária, que a plataforma digital Click To Pray disponibiliza a todos os que queiram viver a sua relação com Deus de forma próxima e intensa. A proposta da app da Rede
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Mundial de Oração do Papa é viver três momentos de oração durante o dia: de manhã, à tarde e à noite. A plataforma multicanal (web e app móvel para Android e para iOS) convida os homens e mulheres do mundo inteiro a unirem-se às intenções do Papa Francisco pelos desafios da humanidade e está disponível em inglês, espanhol, português e francês. Uma primeira versão de Click To Pray foi lançada em 2014, em Portugal, através do Secretariado Nacional do Apostolado da Oração e conquistou agora o Vaticano. A intenção de internacionalizar a versão portuguesa do Click To Pray foi apresentada pessoalmente ao Papa Francisco, em agosto de 2015, e recebeu do Sumo Pontífice um excelente acolhimento e incentivo, para que pessoas de várias línguas e culturas se associassem em oração pelas suas intenções mensais. O Click To Pray apresenta uma oração diferente para cada um dos 365 dias do ano, através das quais se pode rezar pelos desafios da humanidade e unir-se a diferentes culturas, idiomas e pessoas à volta desta causa universal. A plataforma envia notificações para recordar o dia mundial de oração pelas intenções do Papa (primeira sexta-feira de cada mês) e propor um ritmo de oração diária. Mais de 35 milhões de pessoas integram a Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração). Em Portugal, o Apostolado da Oração procura, desde há 150 anos, proporcionar ajudas para a oração e formação cristã, a nível das suas publicações periódicas e editoriais e, mais recentemente, através das suas iniciativas digitais. Apostolado da Oração
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“Lugares de Beleza” O Local era o CUPAV. O dia era uma quartafeira à hora da missa. Como estávamos no final de Fevereiro, todos os missionários de todas as Missões Universitárias estavam a entrar numa alegre euforia e a caminhar em direcção ao Salão. O meu olhar foi logo despertado pelo nome Lugares de Beleza. O subtítulo fez-me levantar da cadeira e quase arrancar o cartaz do placard: Fim de Semana Dedicado às Artes. Sem saber mais informações do que a data, o local(Sintra) e inscrevi-me no dia seguinte. Este seria um fim-de-semana de descoberta, de viagem, de exposição e de confiança. Estas foram as palavras de abertura do Padre Gonçalo Castro Fonseca da primeira dinâmica. Cada um tinha escolhido uma música para se apresentar. O apresentador sob duas luzes fortes explicava-se. Durante esta exposição, tanto fisíca como psicológica, a pessoa que o seguiria estava sentada a olhar para uma grande caixa de com cores. A música começava. Os elementos da caixa entravam em acção e a cara do apresentador coberta de cores e formas. O desafio era: o apresentador tinha que se abrir perante desconhecidos e aquele que o seguiria teria de representar na cara do primeiro tudo o que ouvia.
Não se perdeu tempo de manhã e demos início ao retrato-cego. Sem qualquer aviso, teríamos de desenhar a cara do nosso parceiro, de olhos fechados. Os risos nervosos deram lugar às gargalhadas e a timidez rapidamente desapareceu. A arte plástica ainda não tinha acabado. Fomos conduzidos para uma sala toda forrada de branco. Sei que nunca mais me vou esquecer deste momento. Sentados, sem mudar de lugar, em cima do papel, foram-nos oferecendo música. “Agora, vá, desenhem o que sentem. É fácil. Libertem-se.” 12 pessoas, cada um no seu lugar, a ouvir a mesma música. Quando nos levantámos, o riso tornou-se impossível de conter: “Parece uma sala de convívio de esquizofrénicos!” Estava na altura de introduzir a poesia e a música nos Lugares de Beleza. Mudámo-nos para o Palácio de Montserrat e fomos presenteados com Lizst, Beethoven, Antero de Quental e Alberto Caeiro, entre outros. Entre lágrimas, sorrisos fugidíos e uma admiração tremenda pelos dois “performers” fomos transportados, cada um na sua viagem, para inúmeros lugares de Beleza. Pouco tempo depois estávamos sentados no Museu das Artes de Sintra, perante um quadro desconhecido. O desafio: tentar adivinhar o título do quadro, olhando apenas. Cada opinião era um quadro novo. O regresso a casa foi marcado por uma partilha. Uma exposição do interno. De novo, a verdade foi pedida, e de novo, a verdade foi o que demos. O dia terminou de forma simples mas o sentimento de felicidade sincero perdurou. No Domingo, concentrámos-nos na outra parte da dualidade: em Deus. De tudo aquilo que poderia acontecer, uma pintora, que estava em plena crise de fé, aceitou-nos como sinal de Deus e comprometeu-se a voltar a pintar. O objectivo do fim-de-semana ganhou vida: A arte como conexão à Fé. Sebastião Veloso
Assembleia Social A Comissão de Apostolado Social (CAS) organizou mais uma Assembleia Social, nos passados dias 29 e 30 de Abril, em Almada. Participaram 60 pessoas vindas de Norte a Sul do País, de 20 entidades ligadas de diversas formas à Companhia de Jesus. Este encontro teve, entre outros, o objectivo delinear um Planeamento Estratégico para o sector social, procurando dar continuidade ao trabalho do ano passado, em que se fez uma avaliação da situação do sector. Para tal, numa primeira fase reflectiu-se e discutiu-se, em pequenos grupos e em plenário, o que são a missão, visão, valores e princípios que devem guiar a acção da CAS. Na fase seguinte procurou-se definir os eixos e objectivos do sector social da PPCJ para os próximos 3 anos. Os trabalhos foram intercalados por momentos de reflexãoe abertura de horizontes (era outro objectivo da
Assembleia), proporcionados por alguns convidados: - Rogério Roque Amaro, da Escola de Ciências Sociais e Humanas do ISCTE, falou de «desenvolvimento local», um processo de mudança centrado em comunidades de pequena dimensão procurando responder a necessidades não completamente satisfeitas, a partir de recursos da própria comunidade. - Mário Rui André apresentou o conceito de «governação integrada», partindo da experiência em curso na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. - José Ignacio García, SJ, do Centro Social Europeu Jesuíta, falou sobre a situação actual da Europa, para a qual identifica três desafios actuais: educação, demografia e novas tecnologias. - Alberto Ares, do sector social da província de Espanha, sublinhou a importância do trabalho de advocacy, para acompanhar e influenciar quem toma decisões políticas, tendo como objectivo proteger o direito dos mais vulneráveis. Para além do resultado esperado a nível de planeamento estratégico, a Assembleia Social teve como fruto o reforço do conhecimento entre as pessoas e do sentido de pertença a um mesmo «corpo», feito das diversas obras, instituições e movimentos ligados à Companhia e à espiritualidade inaciana. Frederico Cardoso de Lemos, SJ
II Jornadas de Comunicação Digital As Jornadas da Comunicação são desde logo um desafio pois representam a vontade que a Igreja tem de integrar o espaço digital de comunicação. E apesar de sabermos que muito há ainda para evoluir, é também muito claro que muitos passos já foram dados neste contexto e que tocam muitas pessoas em busca. O painel dos oradores era diversificado, tanto pela formação como pela experiência, e as suas exposições e partilhas constituíram ensinamento, enriquecimento e alertas. O P. António Valério, Secretário do AOApostolado Nacional do Apostolado da Oração, apresentou em traços largos o caminho que o AO tem percorrido ultimamente, numa tentativa - com resultados à vista - de se adaptar à linguagem atual e de ser canal de ligação a
uma população jovem. O empenho em levar a palavra de Deus ao tecido das realidades do dia-a-dia tem-se concretizado na linha da comunicação simples, mas com exigência, nos meios atuais. Há dois anos atrás, colocava-se a questão de como fazer chegar a todos as propostas de oração do AO. Olhando para os últimos meses, constata-se uma enorme expansão para a qual contribuiu muito o projeto Click to Pray, que transpõe para o meio digital a proposta diária de oração que o AO veicula. O P. António relembrou uma ideia-chave da mensagem do Papa Francisco no Dia das Comunicações: “Comunicar exige partilhar”. Com o P. Frédéric Fornos, SJ, responsável mundial do AO, ficámos a conhecer o enquadramento histórico desta Obra, criada no séc. XIX, há 172 anos, com o objetivo de despertar a capacidade missionária de todos os católicos. Desde 2015, tem vindo a ser operada uma grande mudança de imagem, que culmina na nova designação: rede mundial de oração do Papa. E o P. Fornos referiu Portugal como um país-piloto, com o lançamento da aplicação Click to Pray, em outubro de 2014, com o objetivo de ajudar os jovens a orar, de adaptar a missão do AO aos tempos correntes, transpondo as propostas para o mundo digital. O sucesso desta aplicação made in Portugal foi tal que se tornou a base a partir da qual se iniciou a rede internacional do AO, que estava em projeto. Iniciada em 2010, a recriação mundial do AO tem também o importante papel de dar visibilidade a milhares de pessoas que diariamente rezam pelas intenções do Papa e de valorizar a sua fidelidade ao longo de anos, muitas vezes de forma muito pouco conhecida. Click to Pray coloca em rede milhões de pessoas no mundo, em oração. E o P. Fornos desafiou-nos a não esquecermos a força da oração destas pessoas. A exposição do jornalista Andrés Beltramo Álvarez (jornalista da agência mexicana Notimex e correspondente junto da Santa Sé) “A relação com os meios: como chegar à imprensa e conseguir que publiquem a tua notícia” focou a realidade na qual trabalhamos. A dificuldade diária vivida na comunicação sobre a Igreja assenta fortemente no tempo e Beltramo referiu-se-lhe como “parecendo um diálogo de surdos”. A contenção da informação e a sua divulgação depois de reflexão é vista por
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jornalistas e leitores como excesso de secretismo e como insegurança; por seu lado, a Igreja identifica como banalização e invenção a comunicação rápida e pouco documentada de notícias. Beltramo concluía que esta oposição, verdadeira e real, existe porque a Igreja e os meios de comunicação trabalham nos antípodas: o imediatismo e o longo prazo. E sublinhava que não há nisto culpa de nenhuma das partes mas que se trata de um resultado da realidade. Ressaltou ainda que um jornalista nesta área é alguém que tem de lidar com esta realidade, sem a ignorar, e que a preparação em assuntos da Igreja é fundamental para merecer confiança da sua parte. O vaticanista referiu, por outro lado, a importância de ultrapassar alguns mitos que a Igreja mantém sobre os meios de comunicação, como olhar para os jornalistas como “inimigos” ou considerar que as crises “são invenção da imprensa”. Beltramo lembrou ainda que a profissão de jornalista faz frente a muitas dificuldades como a precariedade e a premência do tempo que muitas vezes é causa da impreparação dos jornalistas para alguns temas. E chamou a atenção para o facto de os jornalistas serem seres humanos, apelando a que os tratem como tal. Também apontou a necessidade de a Igreja veicular “mensagens claras”, de “estudar os métodos de comunicação” e de “respeitar o profissionalismo dos jornalistas” sem querer ditar a forma de fazer jornalismo “a partir da sua torre de marfim”. Marc Argémi, jornalista e sócio-diretor da Consultora Sibilare, na sua intervenção “Big Data e comunicação em redes sociais”, frisava a importância de medir e analisar visualizações e impacto das páginas de facebook, twitter e sites. Estes são recursos fundamentais para a orientação da comunicação operada, relativa ao público-alvo e aos conteúdos. Juan Della Torre, CEO da La Machi – Consultora para Boas Causas, responsável pelo desenvolvimento da plataforma digital Click To Pray, defendeu que as aplicações com maior sucesso são as que comunicam uma proposta única. Austen Ivereigh, doutorado em Filosofia, e com estudos universitários em Direito Canónico, é co-fundador de Catholic Voices -, um projeto destinado a formar pessoas comuns para intervirem nos meios de comunicação social, apresentando as propostas da Igreja sobre temas polémicos. Ivereigh é da opinião de que a Igreja tem de defender primeiro a pessoa, a “vítima”, e depois a doutrina, e considera que a imagem menos positiva que a Igreja tem nos media se deve precisamente a que Igreja não manifesta “misericórdia para com as vítimas”. “Quando quiseres explicar a opinião da Igreja, quando quiseres responder a uma crítica à Igreja, não comeces com a doutrina, com o desejo de defender o ensinamento da Igreja porque vai sublinhar a marca do farisaísmo”, sublinhando antes “só é possível apresentar o ensinamento e a doutrina da Igreja depois de se demonstrar a misericórdia de Deus”. E corrobora esta sua ideia dizendo que
o estilo do Papa confirma que a comunicação na Igreja tem de “defender a vítima” mais do que salvaguardar “a doutrina”. Neste dia das II Jornadas de Comunicação Digital, os participantes foram chamados a uma séria e profunda reflexão, num ambiente de abertura e de gratidão pela natural colaboração que passa por partilhar e pôr à disposição meios e ferramentas, com vista a um maior e melhor serviço a quem procura Deus no mundo digital. Ana Guimarães
“Ciência em Cena” INA e OFICINA vencem concurso Motivados pela professora Manuela Silva, que lhes apresentou o desafio da Fundação Gulbenkian e do concurso “Ciência em Cena”, para o presente ano letivo, um grupo de alunos do INA e da OFICINA juntaram-se para produzirem um vídeo sobre a ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica (https://youtu.be/QfG3Bl0GCcQ), fazendo jus ao lema “se queres ir mais rápido vai sozinho, mas se queres ir mais longe, vai acompanhado.” E assim fizeram os alunos Cátia Malheiro e Sara Costa, do INA (curso profissional de Técnico Auxiliar de Saúde) com os colegas João Pinheiro, Inês Devesas e Pedro da Cunha, da OFICINA (curso profissional de técnico de audiovisuais e técnico de comunicações e marketing). O concurso, para além de dinamizado pela Fundação Gulbenkian, tinha também o apoio da Maratona da Saúde e da RTP, pelo que os alunos, ainda antes de conhecidos os 10 finalistas, já tinham recebido um convite para estarem presentes no programa “Praça da Alegria”, na RTP1. Este convite surgiu porque foi, desde logo, reconhecida a elevada qualidade do trabalho destes alunos, nomeadamente, no que respeita à mensagem que pretendiam transmitir. Finalmente, no passado dia 12 de março decorreu, em Lisboa, a final do concurso, que juntou os 10 finalistas que foram avaliados por um júri, constituído por Fernando Alvim (apresentador de rádio e televisão), Elizabeth Silva (responsável pelo Setor das Ciências da Comissão Nacional da UNESCO) e Nuno Sousa (Professor Catedrático na Escola de Ciências da Saúde, da Universidade do Minho, onde é, actualmente, Diretor do curso de Medicina). Mais uma vez, o júri realçou a eleva-
Boletim “Jesuítas” O boletim “Jesuítas” é enviado gratuitamente a familiares, amigos e colaboradores. Se desejar contribuir para as despesas de publicação e envio, pode fazê-lo por transferência bancária para o NIB 0033 0000 000000 700 41 84, Millennium BCP, ou mediante envio de cheque em nome de Província Portuguesa da Companhia de Jesus, para Estrada da Torre, nº 26 - 1750-296 LISBOA. Em ambos os casos, solicita-se referência ao Boletim Jesuítas.
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"REZAR: falar pouco; ouvir muito" Consciente de que o ruído do dia-a-dia nem sempre nos dá o espaço "para ouvir" e com vontade de aprofundar a forma inaciana de fazer oração, utilizando o método de encontrar a Deus em todas as coisas, que Santo Inácio experimentou e nos propõe, inscrevi-me nesta atividade de um dia. Parti para o Rodízio, na manhã do temporal de sábado 27 de fevereiro, na disposição de me entregar e confiar a Ele. À espera tinha o sorriso aberto e cativante da Ana Guimarães. Excelente prenúncio para um dia diferente em recolhimento. E assim começámos, apoiados por textos e pontos de oração, ao nível da nossa vida concreta, que nos convidavam a identificar os nossos próprios "ruídos", cegueiras e a questionarmo-nos. Qual de nós não o fez já ... Será que Deus nos ouve? E se o fizemos, porventura já alguma vez nos interpelámos: o que faço eu? Que tempo ou forma tenho para estar em oração? Alimento-a? Tento ver Deus em todas as coisas? Sei como O procurar? Estou atento aos sinais e aos tempos de Deus? Ou simplesmente fico sentado à margem a ver passar. Logo à partida, um primeiro passo é estar disposto a…, deixarmos que a oração nos transforme por dentro para que possamos então, transformar por fora a nossa vida. Mas para que se torne realidade temos que aprender/aprofundar, a forma de meditar e contemplar de Sto Inácio. Com um tempo dedicado à meditação, dicas essenciais foram dadas, como saber escolher o espaço, o
tempo e a posição corporal, por forma a ir mais longe, mais fundo na oração; o ter a noção de que há um primeiro tempo para acalmar, parar, para só depois entrar no texto. Ou deixar-se ficar onde este mais nos diz e aproveitar para tirar notas, para depois, então, sintetizar. O saber concluir, o dar um tempo para “olhar” o que se rezou, terminar sempre de uma forma agradecida. Neste tempo, cada um procurava encontrar o seu espaço nos diferentes recantos da casa, fosse no jardim, terraço ou em qualquer uma das capelas. Procurando, também, a sua posição corporal para uma melhor e profunda oração em meditação. O desafio para um dos tempos de contemplação foi ver o mar! Deixar-nos ir ao nível da afetividade, contemplando o que está à nossa volta, o que se passa, o que está a acontecer, termos a real noção da composição do lugar. Tomando consciência onde é que Deus nos leva, entender a Alegria, glorificar e reconhecer que Ele está!! O sair para o frio e ir à praia, olhar a imensidão do mar, tão igual e tão diferente, tão revolto e tão tranquilizante. Um mar que nos faz sentir próximos mas que também nos transmite respeito. Olhar as gaivotas nas suas diferentes incursões. Que bom foi olhar para um mar em dia de temporal e sentir uma imensa tranquilidade interior! Inspirador foi terminar o dia e saber que PARAR é fundamental para uma boa oração, mas mais importante é ter a noção que é possível encontrar Deus em todas as coisas, desde que O saibamos e queiramos procurar. Espero que outros possam, em futuros outros dias, ter o privilégio da experiência que nós tivemos. Constança Lopes Pinto
Encontro dos Promotores vocacionais Nos passados dias 6 a 10 de Abril, desloquei-me à Hungria para mais uma reunião dos promotores das vocações das Províncias Europeias da Companhia de Jesus. Estes encontros, para além de nos possibilitarem um bom convívio e a partilha dos nossos trabalhos, são também ocasiões importantes para tratarmos de temas e assuntos comuns, bem como para refletirmos nalgum tema que seja mais urgente. Este ano, para além de tudo isto, tínhamos também a incumbência da preparação do programa MAGIS, que antecede as Jornadas Mundiais da Juventude. Estivemos 18 jesuítas na reunião, de outros tantos países europeus. Os que chegaram mais cedo, como eu, tiveram oportunidade de passear um pouco pela bela cidade de Budapeste. Na quinta-feira à noite, fomos todos para Dobogoko, uma casa de retiros nas montanhas perto da capital Húngara. Foi lá que passámos todos os dias da nossa reunião. Sexta-feira partilhámos como temos vivido esta nossa missão de um ponto de vista mais espiritual. Foi muito bonito e enriquecedor poder ouvir e falar com os nossos companheiros sobre estes temas. Da parte da tarde, procurámos falar em conjunto sobre as forças e fraquezas do nosso trabalho. Terminámos com um serão cul-
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da qualidade dos projetos ali representados, e teceu rasgados elogios ao trabalho produzido pelo grupo de alunos do Colégio das Caldinhas, o que podem ver em http://livestream.com/fcglive/20160312FinalCienciaemCena (minutos 53:40 e 02:34:50), que acabou por se tornar num dos vencedores. Agora, e para além do prémio monetário entregue ao grupo, os alunos irão ainda participar na Gala “Maratona da Saúde – RTP”. Virgínia Maria Teixeira Fonseca (Professora do INA)
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tural em que cada um dos participantes apresentou uma especialidade gastronómica do seu país. Eu, como seria de esperar, levei um bom Porto e um chouriço de Ponte de Lima! No sábado, partilhámos os materiais e dinâmicas que cada um utiliza no seu país. Aproveitámos essa ocasião para conversar sobre novas estratégias e novas ideias que vão surgindo nalgumas províncias. À noite, fomos visitar Esztergom, uma das mais antigas cidades da Hungria, que chegou a ser a sua capital e que continua a ser a sede do Arcebispo de Esztergon-Budapeste. Fomos guiados magistralmente por um dos nossos companheiros Húngaros – Zoltan Koronkai – que vários jesuítas portugueses conhecem por terem vivido com ele em Roma. O Domingo foi todo dedicado a preparar o MAGIS 2016. Para além do programa dessa atividade, vão decorrer várias iniciativas vocacionais na cidade de Cracóvia durante as jornadas Mundiais da Juventude. Tudo isso foi motivo da nossa reflexão e trabalho. No Domingo à noite foi o momento de regressar a casa. Como sempre, com o coração cheio pela riqueza da partilha e pelo bom companheirismo que sempre se sente nestes encontros. Ainda antes de saber qual será o local do encontro do próximo ano, sabemos que nos encontraremos todos na Polónia, daqui a uns meses, para o MAGIS e Jornadas Mundiais da Juventude! P. Pedro Rocha Mendes, SJ
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GRAPA "Bootcamp" – A revolução dos pequenos gestos
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E se os alunos das Caldinhas vivessem uma semana no Colégio? Nos colégios dos jesuítas em Portugal há um grupo chamado GRAPA* – Grupo de Apoio à Pastoral –, do qual fazem parte alunos que frequentam os dois últimos anos do secundário. Este ano, no Colégio das Caldinhas, desde cedo quisemos apostar em ganhar hábitos de santidade no dia a dia, de crescer em consciência das nossas ações e de despertar a vontade de acertar com a Sua vontade nos desafios do quotidiano. Tal exige uma revolução, mas uma revolução só ganha corpo com pequenos gestos; e para que uma revolução ganhe corpo, precisamos de um tempo forte. Esse tempo forte foi o GRAPA Bootcamp, uma semana a viver literalmente no Colégio, de 10 a 15 de janeiro. O GRAPA foi às aulas, como numa semana normal, e teve tempos de estudo, para que o centro do Colégio – a excelência académica – não fosse descurado; mas apostou também no coração do Colégio, aquilo que o anima, a profunda experiência espiritual que Santo Inácio nos legou. Sem alterar a rotina diária, fomos introduzindo novos hábitos: o hábito de fazer exame de consciência a meio do dia para ver por onde se está a ir; hábito de ter um final de tarde um pouco diferente, com trinta minutos de oração pessoal; e rever o que se passou durante o dia antes do tempo de descanso, para que nos deixemos apanhar pelo Senhor. E que percurso foi o nosso? Inspirados e convo-
cados pelo Papa Francisco, olhámos de perto a misericórdia de Deus, o Seu amor em ação, e fomos descobrindo como tal amor se faz presente. Começámos na Missa de Areias, a missa dominical da comunidade do Colégio. No final, a assembleia foi desafiada a dar boleia aos bootcampers até ao Colégio, onde após nos instalarmos e jantarmos, começámos suavemente o Bootcamp com uma provocação cinematográfica e uma oração centrada no sonho de Deus para mim, o inaciano Princípio e Fundamento. Na segunda-feira, foi dia de irmos entrando nas nossas histórias de vida, na biografia, nos nossos limites, e ouvir a Jú – Júlia Gomes –, uma educadora referência no Colégio, a falar-nos de como a sua experiência da misericórdia de Deus, a sua vida como pecadora perdoada, a leva a acolher tantos à semelhança do Pai. «Ninguém é feliz sozinho», disse-nos a Jú, «mas o que é que andamos aqui a fazer se não nos entregarmos uns aos outros, se não nos ajudarmos uns aos outros? Somos felizes uns com os outros, a entrega é precisamente essa: é confiar em Deus, é dizer, ‘estou aqui para servir, para ajudar os outros’». Terça e quarta-feira foram dias de olhar um pouco mais para Jesus e para a sua herança. Ouvimos a Andreia Quintela – agora professora e enfermeira no Colégio, outrora aluna e membro da primeira geração GRAPA – a falarnos de como vê, procura e intui Jesus no seu dia-a-dia. De como ficou marcada para sempre por uma amizade que não consegue explicar, mas que experiencia e a leva a procurá-Lo sem cessar. Falou do que foi vivendo, de como o foi encontrando na alegria e na plenitude de sentido, e como se vai surpreendendo por o encontrar também na desilusão, no sofrimento e até na experiência da perda de quem amamos, falando-nos em tons demasiado íntimos para podermos partilhar com vocês. Mas, ainda assim, queremos deixar-vos com algo do que foi estar com a Andreia: ao falar da experiência de oração, disse-nos que «rezar pode ser tão simples como agradecer: o meu filho Francisco, aos dois anos, no final do dia, já era capaz de fazer uma lista de coisas e pessoas pelo que agradecer. Se ele já era capaz aos dois anos, vocês também são capazes de rezar». Na quarta-feira fomos guiados, no final de tarde, pelo Samuel Afonso, sj a entrar no mistério da misericórdia de Deus através da liturgia. Como entro, de corpo e espírito, na vivência mesma da Trindade, no íntimo dos seus movimentos, através da Eucaristia? Tempo para per-
guntas e para ir saboreando o tantas vezes vivido mas tão pouco entre-visto. Depois deste final de tarde mais intenso, ao serão abrimos os corredores do Colégio e lançámo-nos numa desenfreada caça ao tesouro que culminou numa jam session com os talentos do nosso Colégio, da música erudita e clássica à popular, do jazz ao pop, entre vozes, beat box, violinos, violoncelos e contrabaixos. Nesse dia, a oração da noite centrou-se na passagem da festa com que começa a Última Ceia à apreensão pelo que o futuro nos pode trazer… não podia ser mais apropriado. Na quinta, a meditação no final de tarde vai preparando a experiência da Ressurreição. Ao serão, um filho de um ex-presidiário, rodeado desde a infância da marginalidade de quem cresce num bairro social nos subúrbios de Lisboa, falou-nos de como foi aprendendo a reconhecer o amor e a misericórdia de Deus na sua vida, na sua família, nos amigos da escola. Atualmente, vê toda a sua história como manifestação e sinal da ação de Deus, tudo fruto do seu infinito amor por ele. «Mais cedo ou mais tarde, temos de nos render a Deus». Vindo a terminar na sexta, com o jantar de despedida e o regresso a casa, a oração da noite de quinta pretendeu ser um exercício de memória, de se deixar agarrar pela intensa e forte experiência de uma semana, levando tudo aquilo que é necessário para continuar o caminho há muito começado e agora fortalecido: a sua própria história, uma maneira de ver o mundo, a sua paixão, e a confiança na ação de Deus, que em tudo e em todos opera. Basta aprender a ver a revolução dos pequenos gestos. *Génese do GRAPA O GRAPA nasce em 2003 com um grupo de alunos que se responsabilizou por animar as missas de quarta-feira do colégio. A pouco e pouco, com a fidelidade aos ensaios e com a missa, foram-se criando laços que fizeram com que o grupo se tornasse um foco de atração para outros alunos. Tudo começou de maneira informal, pela relação com o jesuíta, com o habitar de um espaço, senti-lo como próprio. Paulatinamente, foram surgindo encontros fora do estabelecido que levaram esses alunos a crescer na relação pessoal com Jesus. Esta é a grande missão do GRAPA: trabalhar a relação, estreitar laços. É a proximidade que marca.
Nelson Faria, SJ
A minha experiência na PUI Há pouco tempo que estou por dentro destes grupos e actividades, na verdade, a primeira vez que fui ao CUPAV foi há não mais de um ano e não foi preciso muito tempo para ouvir falar da PUI. Essa sigla tão respeitada, de que se falava com tanta admiração. A ideia foi criando em mim curiosidade e expectativa, em especial, com o aproximar da Páscoa. E não é que… lá fui convidado a faltar ao almoço de família de Sábado Aleluia para ir celebrar a Páscoa com um grupo de pessoas de todo o país para uma aldeia perdida no Ribatejo. Uma proposta aliciante… viver a Páscoa em missão no Cartaxo com estudantes dos quatro centros universitários e jesuítas, três padres e dois em formação. Sempre com momentos intensos de oração e partilha. Isto é a PUI.
Nos primeiros dois dias estivemos entre nós em oração e preparação, depois dividimo-nos em três comunidades e cada uma delas foi para uma aldeia diferente trabalhar com as comunidades cristãs locais. Não posso falar de todas as peripécias por que passei, nem das que outros passaram muito menos daquelas que se passaram e de que ninguém se apercebeu, embora seja engraçado recordar que em 4 dias passei do Bairro Alto para o coro, também alto, da pequena igreja de Vale da Pinta, essa gloriosa terra onde D. Afonso Henriques deixou a sua “pinta” de sangue. Nunca tinha vivido o Tríduo Pascal muito menos a semana Santa com esta intensidade. Todos os dias foram fantásticos e de uma variedade imensa. Visitámos o antigo colégio de Jesuítas em Santarém em modo de programa cultural e tivemos dias de deserto e de silêncio, para nos encontrarmos com Deus. Trouxe comigo memórias muito boas como a Via-Sacra e a devoção das pessoas da aldeia que a prepararam e nos receberam. O início do Lava-Pés em que o Pe. Carlos Carneiro entrou e ficou prostrado em frente ao altar. Ou a oração dessa noite de sexta-feira Santa em que estivemos em silêncio até ao dia seguinte e com a proposta de sentir a agonia de Jesus no horto. A minha comunidade cantou toda no coro da paróquia as músicas que eles vinham a ensaiar há meses, isto com partituras e maestro e tudo, aquilo é que ficou um coro! Na vigília de Sábado cantámos também os Salmos e um deles calhou-me a mim, cantei pela primeira vez um Salmo. Todas estas experiências de integração na comunidade fazem-nos sentir parte de algo maior, com os seus rituais, tradições e doutrinas, e essa experiência de integração para mim foi muito boa. Ao participar nas celebrações da missa de forma activa e interna, percebi a noção de serviço a Deus. Aquilo que se faz, faz-se para Ele e é mais fácil e melhor por ser feito com amor e simplicidade (diferente de simplista), sem segundos propósitos. Talvez o maior ensinamento que trago da PUI. Mas o que fica realmente é este espírito de união e alegria. A memória da PUI dá-me força para viver. O que aprendi em tantas partilhas e conversas, mais a experiência de viver em comunidade, são um testemunho daquilo que vale a pena. Esse sentimento é o fruto de que nos alimentamos dado pela semente que com tanto gosto plantámos. José Ruas
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Da Companhia em RESUMO Nomeações do Papa Francisco O Papa Francisco nomeou o P. Nuno da Silva Gonçalves, SJ Reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana, a partir de 1 de Setembro de 2016. O P. Nuno da Silva Gonçalves integra o corpo docente da Faculdade de História e Bens Culturais da Igreja desde outubro de 2011. Foi nomeado Diretor do Departamento de Bens Culturais da Igreja a 6 de março de 2012, Decano da Faculdade a 24 de outubro de 2012 e confirmado Decano por mais três anos a 26 de maio de 2015.
Nomeações do Padre Geral: O Padre Geral nomeou: - o P. Mario López Barrio (MEX) reitor do Colégio São Roberto Bellarmino, em Roma. - P. Stefan Dartmann (GER) reitor do Colégio Alemão e Húngaro; tomará posse em julho de 2016.
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O cuidado da Criação
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A comunidade de Vida Cristã (CVX) publicou recentemente um documento intitulado O cuidado da Criação. Desenvolvido pela Comissão de Ecologia da CVX, constitui um apoio comunitário para a ação na Fronteira Ecologia, que é uma das prioridades da Comunidade definida na última Assembleia Mundial do Líbano. Na publicação encontram-se testemunhos e convites para a ação apostólica escritos por membros da CVX e outros em todo o mundo. Um tratamento especial foi dado ao projeto amazónico. A publicação inclui também um conjunto de 12 propostas para o uso dos grupos nas reuniões comunitárias, que se centram no crescimento, em comunhão com a criação, o aprofundamento da missão e da resposta. http://www.cvx-clc.net/filesProgressio/Progressio.Sup.72 (sp).pdf
Abertura do Instituto São João de Brito O Instituto São João de Brito tem por missão a formação de professores. Iniciou a sua atividade com 23 estudantes – 12 candidatos a jesuítas, sete religiosas (duas dominicanas, duas irmãs de São Paulo de Chartres e três escravas do Sagrado Coração de Jesus) e quatro leigos. O ISJB ficará localizado em Kasait, junto do Colégio de Santo Inácio de Loiola, a escola secundária jesuíta; a construção das instalações do ISJB não foi ainda iniciada, estando este atualmente a funcionar na Casa Gonzaga, casa dos candidatos à Companhia de Jesus em Díli. Os jesuítas em Timor Leste dependem do Apoio dos amigos, benfeitores e colaboradores para levar adiante
o seu trabalho ao serviço da fé e da promoção da justiça. Este ano, os jesuítas de Timor Leste marcam um momento importante com a abertura do Instituto São João de Brito, uma instituição de formação de professores. A 4 de fevereiro, dia de São João de Brito, foi a abertura oficial, realizada de modo discreto. A abertura do Instituto São João de Brito, a 4 de fevereiro, marcou um momento importante da vida dos jesuítas de Timor-Leste. O P. Joaquim Sarmento, Delegado do Superior Maior, presidiu à Missa do Espírito Santo a que se seguiram os discursos do P. Roberto River, Reitor do ISJB, do P. Robert Boholst, Delegado para a Educação, assim como atuações de alunos e a cerimónia do partir o bolo. O ISJB está temporariamente a funcionar na Casa Gonzaga, no Bairro Pite, em Díli, uma casa construída para os candidatos a jesuítas que estão na fase de discernimento sobre a sua entrada na Companhia de Jesus. A Casa Gonzaga disponibilizou salas de aula, biblioteca e outras salas para as atividades dos estudantes. Devido às mudanças em Timor- Leste, os candidatos a jesuítas têm de se inscrever no ISJB com o objetivo de obterem uma graduação antes de serem aceites na Companhia de Jesus. O primeiro ano, e particularmente o primeiro semestre, são o tempo próprio para aferir o nível académico dos estudantes, para sistematizar a administração e, mais que tudo, ir construindo uma consistente tradição da instituição. O ISJB oferece uma formação em educação de dois e de quatro anos. Os que concluem o primeiro ciclo de dois anos são aceites no segundo quando o desejarem. De momento, a oferta de formação consiste num diploma e bacharelato em ensino de Inglês e Religião com uma opção em ensino de Matemática e Português. Está previsto que no próximo ano a oferta inclua três outras escolhas: bacharelato em ensino de Matemática, Português e Cultura de Timor-Leste. As aulas começaram a 25 de janeiro depois de uma sessão de orientação e de exames de admissão em Inglês, Matemática e Português. Até ao momento, os estudantes estão a lidar bem com as exigências da escola. Consideram a formação interessante e desafiante, apesar dos testes semanais, dos trabalhos de grupo e dos projetos, dos trabalhos individuais, dos testes e exames. Continuam alegre e fielmente a frequentar as aulas diariamente o que constitui uma consolação para os docentes do ISJB. Foram três as razões que levaram ao arranque da Instituição com um grupo reduzido de estudantes. A primeira é que a construção do ISJB ainda não começou, a segunda radica no desejo de gerir bem o Instituto desde o início e a terceira por haver o desejo de criar uma base e uma tradição fortes e em harmonia com as características da educação jesuíta. in https://timor-leste-jesuits.org tradução AG
Sentir e SABOREAR
(Papa Francisco no 35º aniversário do JRS, 14 de Novembro de 2015) Anteriormente conhecido por Ceilão, o Sri Lanka é uma ilha com uma área de cerca de dois terços da área de Portugal continental, separada do sub-continente indiano por um estreito de 30 quilómetros. Tendo, desde o início do século XVI, sido colonizado sucessivamente por portugueses, holandeses e britânicos (aproximadamente 150 anos cada um destes períodos), o Sri Lanka alcançou a sua independência em 1948. A sua população actual é de aproximadamente 20 milhões de habitantes, constituída basicamente por dois grupos étnicos: Cingaleses e Tamil (curiosamente, para além destes dois grandes grupos, existem ainda em algumas partes da ilha algumas comunidades descendentes de portugueses ou de mestiços – os chamados «Portuguese Burghers» – que mantêm em uso, ainda hoje, uma língua parecida com um português antigo). A guerra civil que deflagrou em 1983 e que, com algumas interrupções, se prolongou até 2009 causou grande sofrimento e destruição no País. As populações que mais terão sofrido, sobretudo nos últimos anos da guerra, terão sem dúvida sido as da parte norte da ilha, teatro das P. Luís Ferreira do Amaral, numa aula maiores operações militares. E em especial a parte do norprograma JC:HEM: ensino superior recorrendo a computadeste do País, onde em 2009 o último reduto do grupo dores e à Internet, e tendo por detrás uma série de universirebelde Tigres Tamil foi destruído (tendo na operação dades Jesuítas dos Estados Unidos (cfr. www.jc-hem.org). morrido também um elevado número de civis). O primeiro Centro foi aberto no noroeste do País, em Terminado o conflito, o Sri Lanka encontra-se Mannar. Pouco tempo depois foi aberto um segundo Centro hoje em recuperação, ainda que com algumas feridas no centro-norte da ilha, em Vavuniya. Finalmente, em ainda por cicatrizar. Por causa da guerra, o JRS (Serviço Fevereiro deste ano, o programa JC:HEM foi também lanJesuíta aos Refugiados) tem estado presente no Sri Lanka çado na parte nordeste do País, em Mullaittivu, a região que desde o final dos anos noventa. Além dos deslocados em 2009 mais sofreu com a guerra. internos, mais de 150.00 pessoas tiveram de abandonar o Oferecendo neste momento cursos intensivos de País, procurando abrigo noutros Países, desde logo na quatro meses de duração (inglês e aplicações para computavizinha Índia (onde o JRS tem também estado presente). dor), o programa JC:HEM alcançou já mais de quatrocentos Um dos serviços oferecidos pelo JRS no Sri alunos, na sua maioria jovens. Os professores do programa Lanka tem sido a nível da educação. Nada menos do que JC:HEM no Sri Lanka são actualmente Jesuítas, voluntários um total de 120 Escolas Primárias, 230 professores do internacionais, e professores recrutados localmente. Ensino Primário, 70 professores de Ensino Secundário e Depois de ter estado no Sri Lanka pela primeira 50 estudantes universitários (através de bolsas) são actualvez para a minha Terceira Provação, nesta minha segunda mente apoiados pelo JRS no Sri Lanka. estadia (de três meses) neste País, tenho agora estado a dar Desde 2014, o JRS lançou também neste País o aulas de inglês, ajudando também a montar o terceiro Centro, em Mullaittivu. O projecto, se Deus quiser, expandir-se-á no futuro, e nessa altura mais voluntários e professores virão a ser necessários. Um dos pontos fortes do JRS, reconhecido pelo Papa Francisco no já citado discurso, tem sido a sua aposta na educação. Como confirma o próprio Papa, é através da educação que as pessoas têm a possibilidade de vir a desenvolver todo o seu potencial. A um outro nível, acrescenta o Papa, a educação ajuda também as pessoas – e mais ainda se em situações de dificuldade – “a manterem viva a chama da esperança, a acreditar no futuro e a fazerem projectos”. Luís Ferreira do Amaral, SJ Reunião de professores
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“Oferecer a uma criança um lugar na escola é o melhor presente que lhe podem dar”
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Sentir e SABOREAR ALEGRA-TE, FOSTE ENCONTRADO
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MISSÃO PAÍS 2016
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Com o lema “Alegra-te, foste encontrado!” realizou-se no intervalo entre o primeiro e segundo semestres, mais um conjunto de missões universitárias (42 ao todo, de norte a sul do país) promovido pela MISSÃO PAÍS, que é um projecto de universitários que tem como objectivo levar Cristo para as universidades e evangelizar Portugal através de um testemunho de fé, esperança e caridade. A MISSÃO PAÍS nasce e encontra o seu suporte na experiência espiritual do Santuário de Schoenstatt. É uma vivência espiritual que encontra em Nossa Senhora. (A Mãe Peregrina) a grande fonte de inspiração e a grande mediação, onde cada um é convidado a sentir-se acolhido e amado por Deus; nesse amor ser transformado “como barro nas mãos do oleiro” e, depois, sentir-se enviado como missionário no mundo. É um privilégio para nós, jesuítas, sobretudo os que estamos mais envolvidos na pastoral universitária, poder fazer parte e contribuir para um projecto que tem incontestavelmente transformado vidas. Por isso, não hesitamos também, em encorajar os ‘nossos’ estudantes universitários a participar e aproveitar esta oportunidade de crescimento, aprofundamento e enraizamento na fé da Igreja que nos chama a ser testemunhas do Reino, no mundo. Insiste-se na tomada de consciência da tripla missão que cada missão universitária e cada missionário são chamados a assumir: a missão externa que diz respeito ao apostolado junto das populações onde se vai “missionar”; a missão interna que consiste no modo como os missionários vivem em comunidade, promovendo a partilha, a unidade e a sintonia com toda a Igreja, sob o preceito da caridade e fundadas no evangelho; e finalmente a missão pessoal, que diz respeito à vivência de fé e a dimensão de serviço que cada missionário tem oportunidade de experimentar. Os sacerdotes que acompanham os grupos - sem descurarem a importância de promover a missão nessa tríplice vertente - têm um maior cuidado em acompanhar cada um dos jovens universitários na sua missão pessoal,
pelo que a nossa grande tarefa é estar disponível para os missionários, para que sintam em nós um porto seguro onde podem encontrar respostas às suas dúvidas e inquietações, descanso nos seus desassossegos, cumplicidade nas suas procuras, coragem para as suas decisões, ânimo nas suas conversões e, claro, o perdão sacramental conferido pela Igreja. Faz parte da proposta de cada missão universitária a participação e animação das eucaristias diárias, e eventualmente outras celebrações, como o terço ou adoração ao Santíssimo, com as comunidades locais em acordo com os párocos. Esse encontro com as realidades paroquiais e a relação de sintonia e cooperação que se vai criando com os párocos que têm o encargo de conduzir as comunidades locais, têm proporcionado experiências de grande riqueza. Esta cooperação com os párocos e as realidades locais, e sobretudo a própria experiência da missão interna com jovens universitários provenientes de realidades eclesiais e espiritualidades diferentes, criam as condições de possibilidade de se viver – com a sua exigência – a riqueza da “unidade na diversidade”. São experiências espirituais e eclesiais que permitem aos jovens e a nós sacerdotes que os acompanhamos, conhecer e experimentar outros olhares na mesma direcção, percebendo assim a multiplicidade da Igreja e podendo encontrar encanto e estimulo precisamente na unidade que nasce dessa diversidade. Neste ano, jubileu extraordinário da misericórdia, movida pelo estímulo do Papa para darmos um especial relevo na nossa vida ao mistério da misericórdia, a MISSÃO PAÍS propôs como lema “Alegra-te, foste encontrado!”, inspirado na experiência do Filho Pródigo (Lc. 15, 11-32): reconhecendo que havia perdido a dignidade de Filho, dispõe-se a ser (re)encontrado pelo abraço misericordioso do pai e experimentar a alegria do perdão. Nas propostas de oração (missão interna) cada grupo de missionários fez o caminho do filho pródigo, com o convite pessoal a cada um de rezar e viver : “creio nas provas do teu amor por mim e caminho até Ti, na certeza de que fui escolhido para viver como Teu filho, porque Tu és meu Pai.” (da oração MISSÃO PAÍS 2016). Gonçalo Castro Fonseca, SJ
Meios que unem O INSTRUMENTO COM DEUS
Junho
Julho
Exercícios Espirituais
Exercícios Espirituais
3 DIAS 09 a 12 | em Soutelo, com o P. João Carlos Onofre Pinto 09 a 12 | no Rodízio, com o P. Gonçalo Eiró 16 a 19 | em Soutelo, com o P. Filipe Martins 23 a 26 |em Soutelo, com o P. Luís Maria da Providência 30 a 03 |em Soutelo, com o E. Samuel Beirão 30 a 03 |"Este é o tempo favorável", em Soutelo, com Mariana Abranches Pinto
3 DIAS 21 a 24 | no Rodízio, com o P. Dário Pedroso 28 a 31 |em Soutelo, com o P. Carlos Carneiro
4 DIAS 09 a 13 | no Rodízio, com o P. António Júlio Trigueiros• 7 DIAS 06 a 13 |no Rodízio, com o P. Domingos de Freitas 09 a 16 | pé-descalço, em Soutelo, com o P. José Eduardo Lima 8 DIAS 09 a 17 | pé-descalço, em Cernache, com o P. Nuno Branco 09 a 17 | em Soutelo, com o P. Luís Maria da Providência 22 a 30 | em Soutelo, com o P. José Carlos Belchior 30 a 08 |em Soutelo, com o P. José Eduardo Lima
7 DIAS 01 a 07 |para descobrir a felicidade/vocação, em Cernache, com o P. Pedro Rocha Mendes 21 a 28 |em Soutelo, com o P. António Vaz Pinto 8 DIAS 01 a 09 |em Soutelo, com o P. Dário Pedroso 14 a 22 |em Soutelo, com o P. Nuno Branco 21 a 2 | em Soutelo, com a Drª Alzira Fernandes e P. José Carlos Belchior 22 a 30 |no Rodízio, com o P. Manuel Morujão 22 a 30 | no Rodízio, com o P. Hermínio Rico 30 DIAS 01 a 31 |em Soutelo, com o P. Luís Maria da Providência
Agosto
Setembro
Exercícios Espirituais
Exercícios Espirituais
3 DIAS 08 a 16 |em Soutelo, com o P. João Carlos Onofre Pinto 12 a 15 |em Soutelo, com o P. Afonso Seixas 16 a 24 |em Soutelo, com o P. Pedro Cameira 18 a 26 | em Soutelo, com o P. Manuel Morujão 22 a 30 |em Soutelo, com o P. Marco Cunha
3 DIAS 15 a 18 |em Soutelo com o P. Paulo Duarte 29 a 02 |em Soutelo, com o P. Carlos Carneiro
4 DIAS 25 a 29 |em Soutelo, com o P. Álvaro Balsas
8 DIAS 12 a 20 |em Soutelo, com o P. Mário Garcia 16 a 24 |no Rodízio, com o P. Luís Maria da Providência 16 a 24 |no Rodízio, com o P. Marco Cunha 22 a 30 |em Soutelo, com o P. Luís Maria da Providência
7 DIAS 22 a 29 | em Soutelo, com o P. Carlos Carneiro
Consulte o programa anual em www.jesuitas.pt
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Fevereiro/Maio 2016
Retiro para Casais 03 a 05 |em Soutelo, com o P. Mário Garcia
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