EXTENSÃO POPULAR José Francisco de Melo Neto/PPGE UPFB Este texto tem a pretensão de promover um diálogo com aqueles que atuam no campo da extensão, em particular, com o extensionista de áreas rurais na organização das comunidades, com o extensionista
de
áreas
urbanas
voltados
aos
setores
sociais
empobrecidos e distanciados da posse de bens culturais e de sobrevivência humana e com todos/as aqueles que estão imersos nas mais díspares realidades, vislumbrando mesmo assim horizontes de superação das mesmas, inclusive por caminhos institucionais, em que a extensão pode ter um papel importante. Ao dimensionar o campo de atuação de profissionais, sejam professores, estudantes ou demais servidores públicos e pessoas de comunidades, aparece a questão: que extensão pode contribuir para os diferenciados tipos de atitudes nesses ambientes em destaque? A resposta que se impõe, de imediato, é: a extensão popular. Mas, o que é a extensão popular? A construção dessa perspectiva teórico-prática cobra uma caracterização, mesmo tênue, do tipo de sociedade que se deseja superar e as suas políticas dominantes. Dessa forma, urge um olhar crítico sobre aquilo que se está vivenciando e, assim, abre-se a possibilidade de ações na perspectiva coletiva de sua superação, a partir de uma melhor compreensão do mundo que se vive. A discussão da atual cultura política estabelecida passa pelo conhecimento das políticas dominantes do momento histórico atual. Para os dias de hoje, essa exigência exige a caracterização do liberalismo e os seus valores éticos presentes nas ações políticas. O liberalismo expressa uma visão capitalista de mundo, mesmo que tenha adquirido nuances em seu percurso histórico. Constitui uma formulação teórica e hegemônica na atualidade, absorvendo uma plasticidade conceitual em torno de um núcleo determinante que